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RELATÓRIO E CONTAS 2017

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RelatóRio e contas

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índice

01 MensageM do presidente

Mensagem do Presidente 6

02 sÍntese da aCtiVidade

Síntese da Actividade 12

03 o BanCo postal

Estrutura Accionista 18

Organização 20

Visão, Missão, Valores e Princípios 24

04 enquadraMento MaCroeConóMiCo

Economia Internacional 30

Economia Angolana 32

Alterações Regulamentares 38

05 enquadraMento da aCtiVidade

Estratégia e Modelo de Negócio 44

Xikila Money 46

Comércio & Empresários 54

Corporate & Personal 60

Inovação e Tecnologia 66

Marketing e Comunicação 68

Património Humano 72

06 gestão de risCo

Risco 78

Compliance 86

Auditoria Interna 87

08 deMonstrações finanCeiras e notas

Demonstrações Financeiras 96

Notas às Demonstrações Financeiras 100

Relatório de Auditor Independente 146

Relatório e parecer do Conselho Fiscal 148

07 análise finanCeira

Análise Financeira 88

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MensageM do presidentedo Banco Postal

Prezados Accionistas, Clientes, Parceiros e membros da Família Postal.

O ano 2017 foi sem dúvida um ano marcado por enormes desafios e ex-pectativas.

Numa panorâmica global, o ano registou profundas alterações no contexto geopolítico com impactos significativos na dinâmica das trocas comerciais, bem como na reorganização de todo mercado financeiro mundial. As con-sequências da queda do preço do barril de petróleo ocorridas no passado recente desempenharam também um papel crítico na alteração do pano-rama económico mundial, contribuindo para a restruturação de algumas médias e grandes economias.

A disrupção digital teve em 2017 momentos marcantes com a aparição e consolidação de novos players no mercado, onde a inovação nos modelos de negócio suportada pelos avanços tecnológicos da actualidade desafia-ram todo o conceito e percepção do mercado, bem como a forma como os serviços financeiros são distribuídos.

Por outro lado, é possível verificar que a crise financeira é efectivamente uma página virada nos mercados e economias mais maduras. Contudo, políticas de redução dos custos rígidas continuam a ser a base para uma maior solidez e equilíbrio nas contas públicas e privadas. Neste contexto, o sector bancário africano apresenta uma dinâmica interessante sendo actualmente o segundo maior mercado em crescimento, com um ROE médio de 14.9% e uma receita bruta, a preços correntes, avaliada em USD 86 mil milhões, mas com uma taxa de bancarização de apenas 38%. A ca-pitalização do potencial do sector no continente está repleta de desafios, sobretudo no que concerne à adequação do quadro regulatório, à eleva-da circulação de massa monetária, bem como o baixo acesso ao crédito e uma, consequente, melhor gestão de risco.

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A elevada penetração da tecnologia de comunicação móvel coloca o con-tinente africano na vanguarda da inovação de produtos e serviços finan-ceiros com foco no combate à pobreza e melhoria das condições de vida, permitindo assim um crescimento acelerado do nível de inclusão financei-ra de uma nova classe média.

Nos últimos anos e como sobejamente assinalado, Angola tem atravessado uma profunda crise financeira, como consequência da queda do preço do petróleo, o que obriga a que a força de regeneração de todo o panorama socioeconómico do país seja um objectivo e um desígnio nacional. Sem descurar as mais recentes mudanças no contexto político, o país tem vivido um momento histórico sem precedentes. A ano de 2017 mostrou-se parti-cularmente difícil e desafiante para os angolanos sobretudo para os que se encontram na franja mais frágil da sociedade. A desvalorização do kwanza, bem como o aumento da inflação tiveram um impacto significativo no ren-dimento familiar.

A inclusão financeira do Banco Postal

NAscimeNto

É ponto assente que os propósitos que norteiam o nascimento de uma organização, são normalmente a capacidade que esta tem de gerar valor para os seus accionistas, enquanto contribuem para o crescimento e de-senvolvimento socioeconómico do país. No caso do Banco Postal, toda a envolvente política, social e económica que marcou o seu nascimento re-flecte o compromisso de toda a organização para enfrentar com soluções adequadas todo o momento de incerteza que assiste as famílias e empre-sas do país. Na sua génese, o Banco Postal assume o propósito de providen-ciar instrumentos e ferramentas que permitam a todos os angolanos, mas com particular foco nos que se encontram excluídos do sistema financeiro, assumirem a autoria da sua própria narrativa: serem dotados de persona-lidade financeira como um direito fundamental.

o ano de 2017 é, por isso, um ano particularmente especial para mim e para toda a Família Postal, pois marcou o lançamento da nossa primeira unidade de negócio: Xikila Money, um projecto inovador e único

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É pois com imensa satisfação e privilégio que me dirijo a Vossas Ex.ªs neste nosso primeiro relatório e contas. O documento é o resultado de uma enor-me dedicação e sentido de compromisso da Família Postal, que todos os dias acreditou que era possível. A humildade que nos assiste e deve sem-pre assistir na antevisão do futuro são para mim motivo maior de satisfação pela forma como abordamos os desafios de crescimento e consolidação do nosso negócio de forma a caminharmos sustentadamente para a materia-lização da nossa Missão.

PessoAs e orgANizAção

No Banco Postal as pessoas são a organização. A Família Postal é por isso um activo estratégico e como tal é importante dotar a instituição de um ambiente e de instrumentos e ferramentas que permitam não só atrair talento, mas também fomentar o seu desenvolvimento e crescimento pessoais. Nesta vertente, o Banco é uma instituição jovem com uma mé-dia de idade global de 31 anos. Os números que hoje sustentam a nossa operação são o resultado de uma aposta numa força laboral enérgica e dinâmica. A inclusão faz-se e é acima de tudo um fenómeno que resulta da abordagem humana e esta deve começar de dentro para fora. Neste sentido, a inclusão no Banco Postal materializa-se também na promoção e igualdade de género.

A inovação potenciada pela juventude dos nossos colaboradores é e será sempre o motor que permitirá gerar verdadeiro impacto nas vidas das pes-soas e das comunidades. Desafiamo-nos pois e sempre a procurar capitali-zar toda a nossa criatividade em processos e ferramentas que permitam a geração de uma experiência de serviço financeiro verdadeiramente única e dedicada aos nossos clientes.

DigitAlizAção vs Físico

A revolução digital, não só é necessária como incontornável, sendo por isso o ponto de partida na optimização de processos de gestão de organização e de negócio e o elemento fundamental para uma re-lação de proximidade, conforto e sobretudo de segurança na relação com os nossos clientes.

Os desafios de crescimento e sustentabilidade passam por um equilíbrio entre os canais físicos e digitais. É nesta premissa em que assenta o nosso modelo de negócio, permitindo-nos utilizar as práticas mais inovadoras na forma como disponibilizamos os nossos serviços, sem comprometer os aspectos socioculturais importantes para a materialização da inclusão. Isto é, privilegiar o contacto humano e ao mesmo tempo tirar partido das soluções digitais para providenciar, acessibilidades, conforto e segurança.

no BanCo postalas pessoas são a organização

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Importa ainda salientar que a segmentação de mercado e a adequação dos canais de distribuição em função das necessidades dos nossos clientes de-sempenha um papel crucial no alcance de rácios de eficiência e de transfor-mação sustentáveis a longo prazo.

O Xikila Money é a materialização efectiva desta visão. Os mais de 130 mil clientes em menos de um ano confirmam assim a nossa aposta num servi-ço de proximidade e inovador. Uma rede de distribuição onde se destacam 4 agências (três em Luanda e uma no Huambo) tendo como complemento 147 postos bancários (quiosques).

Adicionalmente a esta capilaridade o Xikila Money conta ainda com uma rede de agentes e parceiros comerciais em franco crescimento e que à data perfazem 6 agentes e 1642 comerciantes aderentes à rede de pagamentos "Paga Aqui"!

Por outro lado, os canais digitais como web e aplicação para Smartphones e SMS permitem criar uma experiência financeira verdadeiramente única e direccionada a todo o tipo de utilizadores.

o BANco em 2018

O futuro é uma certeza para o Banco Postal. Esta certeza começa por ser plantada nas nossas acções previstas para o ano de 2018. Isto traduz-se numa aposta forte no desenvolvimento do Xikila Money, acelerando a ex-pansão nacional bem como o fomento ao desenvolvimento comunitário. Alcançadas estas duas primeiras dimensões da nossa Missão, prosseguire-mos com o aumento exponencial da utilização efectiva dos nossos canais e com a implementação gradual de produtos de poupança e crédito.

Para completar a cobertura do seu mercado-alvo estratégico, o Banco Pos-tal prevê o lançamento de mais duas unidades de negócio: Comércio & Em-presários e Corporate & Personal.

A unidade de negócio Comércio & Empresários, posiciona-se como um complemento ao Xikila Money, com particular foco na formalização das actividades económicas, através de produtos específicos e dedicados aos micro e pequenos empresários.

O Corporate & Personal completará assim o nosso portfolio, com um leque de oferta mais convencional, mas ainda assim inovador e essencial na cap-

o futuroé uma certeza para o Banco Postal

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tação de recursos e na prestação de um serviço de elevada qualidade que aposta em nichos de mercado tais como Trade Finance e Mercado de Ca-pitais, claramente vocacionados para as médias e grandes empresas bem como para particulares de elevado rendimento.

Em 2018, dentro do seu plano de expansão o Banco Postal, manterá a sua lógica de banca de proximidade, investindo em 3 Centros de Negócios para Comércio & Empresários e um Centro Financeiro para o Corporate & Personal.

Cientes da nossa responsabilidade para com a economia, reconhecemos os nossos desafios e asseguraremos um retorno para os accionistas e para a sociedade assente em ambiciosos racionais económicos mas objectiva-mente sólidos.

A toda a Família Postal, que no dia-a-dia faz crescer o Banco, apresento o meu reconhecimento incondicional pelo enorme esforço e dedicação. A todos os nossos parceiros reitero o meu profundo agradecimento.

Plenos do espírito da nossa Missão, construiremos os caminhos que nos permitirão dotar todos os angolanos de personalidade financeira, sendo este desígnio um requisito basilar da nossa Visão fundacional.

Desejo uma leitura que vá ao encontro das Vossas expectativas, pois este relatório, É para si!

N’ gunu tinyPresidente do Conselho de Administração

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sÍntese da aCtiVidade

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488Colaboradores

264Colaboradores

46Colaboradores

11Colaboradores

254M AKZ

Depósitos

299M AKZ

Depósitos

6 148M AKZ

Depósitos

147/4Quiosques / Agências

3Centros de Negócios

1Centro Financeiro

130 253Clientes

556Clientes

113Clientes

130 922Clientes

261Canais activos

RetRosPectiVa 2017_

Recursos de Clientes

6701M aKZ

Produto bancário

727M aKZ

Resultado Líquido

-4319M aKZ

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reCursos de Clientes

6 700 565milhares de Kwanzas

produto BanCário

727 204milhares de Kwanzas

MargeM finanCeira

141 255milhares de Kwanzas

MargeM CoMpleMentar

585 949milhares de Kwanzas

Custos de estrutura

4 680 785milhares de Kwanzas

PRinciPais indicadoRes_

resultado de eXploração

(4 319 568)milhares de Kwanzas

resultado lÍquido

(4 319 568)milhares de Kwanzas

aCtiVo total

10 333 226milhares de Kwanzas

488Colaboradores

130 992Clientes

269Clientes por colaborador

1 607TPA Activos

8Agências/Centros

6Agentes

147Quiosques

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o BanCo postal03

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O Banco Postal, S.A. foi constituído por Escritura Pública a 1 de Setembro de 2016, com capital social no valor de 2 500 000 000 AKZ (dois mil e quinhen-tos milhões de Kwanzas). O Banco Postal é uma Instituição Bancária detida por accionistas públicos e privados. Sendo 70% do capital social do Banco Postal detido por accionistas privados.

A 31 de Dezembro de 2017, o Banco Postal apresentava a seguinte estru-tura accionista:_ EGM Capital, S.A._ Correios de Angola, E.P._ Grupo ENSA - Investimentos e Participações, E.P._ ENSA - Seguros de Angola, S.A._ C8 Capital, S.A.

estRUtURa accionista_

62,90%EGM Capital, S.A.

5%Grupo ENSA - Investimentos e Participações, E.P.

5%ENSA - Seguros de Angola, S.A.

4,60%C8 Capital, S.A.

22,50%Correios de Angola, E.P.

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Órgão sociAisO Modelo de Governo Societário do Banco Postal tem por base uma Assembleia Geral, um Conselho de Administração e um Conselho Fiscal.

oRGaniZaÇÃo_

PresidenteÍris Ililiana Chagas de Sousa Martins secretárioEsteves C. Francisco de Oliveira

PresidenteN'Gunu Olívio Noronha Tiny AdministradoresCarla Yessénia de Lousada Lourenço Evangelista de Jesus João Carlos Silva Freire

PresidenteFelícia Faustino Muteca Antunes vogaisSilvano Pinto Adriano Pedro Manuel Loureiro Calixto

asseMBleia geral

ConselHo de adMinistração

ConselHo fisCal

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goverNAção corPorAtivAAo nível da Governação Corporativa, o Banco Postal está estruturado de forma a responder aos mais elevados padrões de governance.

asseMBleia geral

ConselHo de adMinistração

auditoria externa

Conselho de estratégia

Conselho fiscal

Comité de remunerações

Comissão de Crédito Comissão de auditoria e Compliance

Xilika Money

Jurídico e Secretaria Geral

Comunicação e Imagem

Património Humano

Estratégia e Inovação

Segurança Interna

Financeira

Contabilidade

Sistemas de Informação

Operações Bancárias

Infraestrutura e Logística

Recursos Humanos

Call Center & Reclamações

Risco

Auditoria

Compliance

Marketing

Crédito

Comercial

Marketing

Crédito

Comercial

Sala de Mercado

Trade Finance

Marketing

Agências

Comercial

Agentes

Comércio & Empresários

Corporate & Personal

Serviços de Controlo

Serviços Operacionais

Serviços Financeiros

Serviços de Suporte

alCo Comissão de risco

PWC

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íris ililiana chagas de sousa MartinsPresidente da Mesa da Assembleia Geral

_ Responsável pela coordenação geral do processo de organização das assembleias Gerais e manutenção da documentação legal e estatutária inerente ao Banco.

_ licenciada em ciências Jurídico–Forenses e direito económico, pela Faculdade de direito da Universidade católica de angola.

_ Foi consultora jurídica na Pwc angola, onde desempenhou funções nas áreas de direito societário, laboral, contratual e investimento privado.

Maria luísa alves andradePresidente do Conselho de Estratégia

_ Responsável pelo aconselhamento e acompanhamento do conselho de Administração em matérias de definição e condução da política estratégica do Banco.

_ licenciada em economia pela Universidade agostinho neto e em administração Postal pela Universidade dos correios do Brasil.

_ conta com mais de 30 anos de experiência no sector postal, onde desempenhou funções nas áreas de contabilidade e finanças, produção, comércio internacional, entre outros.

_ actualmente é a Presidente do conselho de administração dos correios de angola.

Felícia Faustino Muteca antunesPresidente do Conselho Fiscal

_ Responsável pela conformidade dos processos fiscais, gestão e ética do Banco.

_ licenciada em economia com especialidade em Gestão pela Universidade agostinho neto.

_ tem mais de 37 anos de experiência em gestão empresarial, tendo desempenhado funções de chefia no Gabinete de Planeamento e estatística do Mintec, MintRans e mais recentemente no Mtti.

_ actualmente administradora executiva dos correios de angola

QUeM soMos_

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n'Gunu olívio noronha tinyPresidente do Conselho de Administração

_ licenciado em direito pela Faculdade de direito da Universidade nova de lisboa. doutorando pela lse e Visiting scholar na Harvard law school.

_ É Presidente do conselho de administração do Grupo emerald.

_ Foi membro do ca da deBeers angola.

_ Foi chairman e membro fundador da eaglestone.

_ Foi consultor do Goldman sachs e do carlyle Group.

_ Foi Presidente da Mesa da assembleia Geral no FiniBanco angola.

carla Yessénia de lousada lourenço evangelista de JesusAdministradora Executiva

_ licenciada em Gestão de empresas pela Universidade Gregório semedo.

_ Pós-graduada em Gestão pela Universidade do Minho - Portugal.

_ Foi directora comercial central no Banco de Fomento de angola (BFa).

_ Foi membro da comissão de crédito no Banco BFa.

_ Foi directora comercial no Banco VtB África.

_ Foi Gerente de Balcão no Banco Bci.

João carlos silva FreireAdministrador Executivo

_ licenciado em organização e Gestão de empresas e pós graduações em operação Bancária e desenvolvimento de estratégia de liderança pela Universidade católica Portuguesa e em desenvolvimento de estratégia pelo iese Business school da Universidade de navarra.

_ Foi membro da comissão executiva do deutsche Bank, Portugal, onde foi responsável pela coordenação das áreas de negócio de "Private, Personal & Business clients". Foi também membro da alta direcção do Millennium BCP onde desempenhou funções em diversas geografias.

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MissÃo, VisÃo, ValoRes e PRincíPios_

o Banco Postal orienta a sua actuação por um conjunto de Valores e Princípios sólidos e transparentes

missãoO Banco Postal tem uma missão de inclusão financeira e social, com benefí-cios para a dinamização da economia nacional. É, assim, um Banco centra-do em três principais vertentes:

_ Um Banco focado na inclusão e na dinamização da economia, que se posiciona na primeira linha do combate à exclusão social, pobreza e na promoção da criação de emprego. Um Banco que dinamiza a economia nacional, pelo fomento da inclusão financeira e formalização de activida-des comerciais.

_ Um Banco eficiente e eficaz, diferenciado pela inovação, que tem como objectivo contribuir de forma premente para a evolução do sistema bancá-rio, através da criação de produtos e serviços de elevado valor e qualidade para os Clientes, apresentando-se com uma nova postura de modernidade e de ética do ponto de vista da opinião pública.

_ Um Banco que transmite segurança e confiança ao sector bancário, que actua com elevados padrões de conduta e responsabilidade corporativa, combinando investimentos públicos e privados, projectando assim uma imagem de confiança no futuro da economia nacional.

visãoO Banco Postal ambiciona ser uma instituição de referência em Angola:_ com abrangência nacional e distinta pela criação sustentada de valor;_ exemplar e amplamente reconhecida pela sociedade;_ com foco numa actuação rigorosa, consistente e equilibrada.

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inoVaÇÃo

disciPlina

sUstentaBilidade

inteGRidade

Foco no cliente

PaRceRia

ValoRes e PRincíPiosA nossa actuação pauta-se pelos seguintes valores e príncipios:

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a marcaO Banco Postal é um Banco que se pretende mais próximo, acessível e humano. É um Banco diferente porque nasceu para todos nós, para ajudar a crescer, a viver o presente e a pensar no futuro.Para quem investe em si, no seu negócio, para quem quer sentir-se realizado, para quem tem vontade de crescer, criar bases sólidas, e ser feliz e poder celebrar cada momento. É esta a simbologia que o Banco Postal representa – a inclusão de todos nós numa sociedade cada vez mais moderna, dinâmica e inovadora.

o símboloCom um desenho simplificado, mas manten-do a sua personalidade e linguagem ances-tral, o símbolo Banco Postal está centrado nas pessoas, na liberdade, independência e na expressão máxima da felicidade, o elevar os braços para celebrar cada momento.A inclinação do símbolo transmite movimen-to, evolução. Um acto contínuo de querer che-gar mais longe e ter alguém que nos acom-panha. O símbolo Banco Postal representa também a base para a criação de uma cultura interna que envolve todos os que nele traba-lham. Estar de braços abertos para receber, ouvir e valorizar cada Cliente.

a MaRca Banco Postal_

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o território cromáticoEste é o papel do Banco Postal – dar "sangue novo", esperança, segurança, qualidade de vida às pessoas e vitalidade ao desenvolvimento social e económico de Angola.

o logótipoÉ composto pelo símbolo e pela tipografia. A tipografia acrescenta ao desenho livre e alegre do símbolo, o rigor e a solidez, valores fundamentais num Banco. O desenho da letra é arrendondado, revelendo flexibilidade e capacidade de adaptação a cada Cliente.

a assinaturaA assinatura "É para si" demonstra o quão ex-clusivo, dedicado e ao mesmo tempo inclusivo e acessível é o Banco Postal. Esta é a mensa-gem do Banco Postal. Um Banco que nasceu para todos, é para si. Desde o atendimento, serviços e produtos, até às novas tecnologias e inovações, há um Banco onde tudo é feito para si, seja cliente particular, empresa, colaborador ou accionista. A resposta a todas as necessi-dades de comunicação do Banco Postal está sempre lá e é para si!

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enquadraMento MaCroeConóMiCo

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Em 2017 a Economia Mundial registou um ritmo de crescimento optimis-ta, segundo dados reportados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no World Economic Outlook (WEO). A projecção inicial apontava para um crescimento de 3,6%, em 2017, que foi revista para 3,7%, na actualização publicada no início de 2018.1 Este resultado foi superior em 0,5 pontos per-centuais face aos resultados de 2016 e, segundo o WEO, em 2018 a tendên-cia positiva deverá manter-se, sendo que o FMI prevê que o crescimento Global se situe nos 3,9%.

econoMia inteRnacional_

+3,7%economia mundial

1 World Economic Outlook Update – Publicado a 11 de Janeiro de 2018 [http://www.imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2018/01/11/world-economic-outlook-update-january-2018]

Fonte: FMI/WEO

CRESCIMENTO ECONOMIA (%)

8%

7%

6%

5%

4%

3%

2%

1%

0

USA Zona Euro China

2015

2016

2017

2,9

2,1

6,9

1,51,8

6,7

2,3 2,3

6,9

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A maior economia mundial, os Estados Unidos da América, cresceu 2,3% em 2017, 0,8 pontos percentuais face à taxa de crescimento registada em 2016. Segundo a mesma fonte, este crescimento positivo no curto prazo reflecte condições financeiras favoráveis e tendo em conta o pacote de reforma fiscal aprovado em Dezembro de 2017, que prevê o corte aos impostos cobrados às empresas corporativas, cria um ambiente de maior confiança no sector empresarial e fomento ao desenvolvimento do sector com objectivos de redução nos preços dos produtos internos e tornando as empresas mais competitivas face a concorrência externa, principalmen-te da China e das economias da zona euro.

A economia da zona Euro apresentou, também, um crescimento positivo em 2017. Enquanto o WEO estimou um crescimento de 2,4% para a zona euro, em 2017, o Eurostat revê o crescimento do PIB em 2,5%, o maior cres-cimento dos últimos 10 anos.

A economia Chinesa, a segunda maior a nível mundial, cresceu 6,9%, em 2017, um crescimento tímido de 0,14 pontos percentuais face ao cresci-mento registado no ano anterior (6,72% em 2016), mas agressivo face ao crescimento global. A China continua a impulsionar os mercados emergentes como principal fi-nanciador e a desafiar os países de política macroeconómica proteccionis-ta como os Estados Unidos onde o Presidente propôs uma taxa de até 45% para bens importados da China e México, sendo que a estabilização de determinadas commodities deveu-se em parte pela demanda dos mesmos pela China, devido ao crescimento do seu mercado interno, bem como o aumento da sua influência e poder em estabelecer determinadas regras no mercado mundial.

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O FMI reviu positivamente o crescimento da economia nacional em 2017. O WEO estima que a Economia Angolana tenha crescido 0,7% em 2017, (Orçamento Geral de Estado de 2018 previa um crescimento de 1,1% para 2017), +1,5pp face ao crescimento registado no ano anterior.

econoMia anGolana_

+0,7%economia angolana

Num ano marcado por eleições gerais que anteviam um processo de tran-sição do poder político, a comunidade internacional acompanhou aten-tamente este processo, pois este era um momento de bastante incerteza quanto ao rumo que o país tomaria e, principalmente, se seria uma transi-ção pacífica, como aliás se revelou.A par das eleições, a redução do poder de compra, associada à desvalo-rização da moeda nacional face à moeda externa, reduziu a capacidade produtiva da economia afectando directamente os pequenos empresários.Dificuldades financeiras, falta de matéria-prima/falta de materiais e a falta de procura figuram entre os principais factores que limitaram as activida-des das empresas em 2017, segundo a informação publicada pelo Instituto Nacional de EstatÍstica (INE) no Relatório da Conjuntura Económica do IV Trimestre de 2017. Segundo o mesmo documento, que considera a opinião de 631 empresas nacionais que actuam em diversos sectores da economia, a conjuntura económica nacional continua desfavorável, contudo, o indi-cador apresenta uma tendência positiva quando comparado com os resul-tados do período homólogo, tendo passado de -33 pontos, no IV Trimestre de 2016, para -15 no IV Trimestre de 2017, representando uma subida de 18 pontos percentuais.

CRESCIMENTO ECONOMIA ANGOLANA (%)

5%

0

-5%

2015 2016 2017

3,0

-0,8 0,7

1 World Economic Outlook Update – Publicado a 11 de Janeiro de 2018 [http://www.imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2018/01/11/world-economic-outlook-update-january-2018]

Fonte: FMI/WEO

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Este pequeno sinal de confiança das empresas numa melhoria da conjun-tura económica nacional poderá estar ligado aos esforços feitos pelo Banco Nacional de Angola, e pelo Executivo, no sentido de garantir uma dispo-nibilização regular de divisas que assegurem a estabilização da oferta de bens essenciais, nomeadamente os que fazem parte da cesta básica, bem como assegurar as condições mínimas para o desenvolvimento da indús-tria transformadora, contribuindo para a diversificação da economia, que no momento não constituem um catalisador e/ou dinamizador da econo-mia, contudo, que se pretende que venham a assumir um papel cada vez mais importante no que toca ao seu contributo para o Produto Interno Bru-to Nacional.

135,31

165,90 165,92

TAXA DE CÂMBIO MÉDIA

200

150

100

50

0

2015

2016

2017

AKZ / EURAKZ / USD

147,15

185,38 185,40

Fonte: BNA

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O esforço de manutenção da taxa de câmbio ao longo do ano de 2017 e a disponibilização regular de divisas (em 2017, a venda de Euro pelo BNA aumentou 18% face ao montante vendido em 2016) afectou de forma se-vera as Reservas Internacionais Líquidas que, segundo estimativas do BNA para 2017, terão diminuído 36%, face ao montante de 2016, fixando-se em 13 352 M USD, um montante que não é suficiente para cobrir 6 meses de importações.

RESERvAS INTERNACIONAIS LíquIDAS (EM M uSD)

30 000,00

20 000,00

10 000,00

0,00

2015 2016 2017

24 265,0020 806,58

13 351,71

Após vários anos de estabilização monetária, os primeiros sinais de registo de crescimento da inflação, para dois dígitos, acontecem em 2015, quando a inflação acumulada anual atingiu os 14,27%. Em 2016, a inflação anual acumulada atinge os 41,95% e finalmente, em 2017, e apesar da recupera-ção tímida da economia, a inflação anual acumulada mantém-se nos dois dígitos tendo um valor de 26,26%.

EvOLuÇÃO EXPORTAÇÕES vs IMPORTAÇÕES

40 000 M

20 000 M

0,00

2015

2016

2017Importações (M USD)Exportações (M USD)

Fonte: BNA

Fonte: AGT

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Embora haja divergência entre a posição relativa ao valor médio da infla-ção dos últimos 3 anos, publicado pelo INE versus determinadas agências internacionais, e considerando que os parâmetros de estimação do mode-lo não devem ser os mesmo, para o INE e as agências internacionais, o cer-to é que o valor acumulado da inflação situa-se muito próximo dos 100%. Esta contenção da inflação acumulada resulta das políticas implementadas para controlo do mercado cambial, controlo da especulação de preços a nível do mercado informal, regularização do stock de bens essenciais (Im-portações crescem 2% em 2017, face a 2016) e disponibilização regular de divisas a um regime de câmbio flexível de banda fixa.Foram também tomadas medidas de política monetária com o objectivo de reverter o processo inflacionista.

2015 2016 2017

TAXAS DE REFERêNCIA

Taxa básica BNA 11,00 16,00 18,00

Facilidade permanente de cedência de liquidez 13,00 20,00 20,00

Facilidade permanente de absorção de liquidez 0,00 0,00 0,00

Facilidade permanente de absorção de liquidez 7 dias 1,75 7,25 0,00

Taxa de Redesconto 15,00 20,00 20,00

TíTuLOS DO TESOuRO (BT)

63 dias

91 dias 13,90 18,55 16,15

182 dias 14,95 24,08 20,25

384 dias - 24,70 23,90

TAXA LuIBOR

Overnight 11,31 23,35 17,77

3 meses 11,88 18,23 18,92

9 meses 12,58 19,65 21,90

Fonte: BNA

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Em Outubro de 2017 o Comité de Política Monetária do BNA, cujo objec-tivo passa por preservar o valor da moeda nacional e evitar pressões infla-cionistas através da gestão dos agregados monetários , tomou as seguintes medidas :_ Adopção da Base Monetária em moeda nacional como variável operacio-nal da Política Monetária;_ Aumento da Taxa básica BNA de 16% para 18%;_ Redução da taxa de Facilidade permanente de absorção de liquidez 7 dias para de 2,25% para 0% (a taxa de Facilidade permanente de absorção de liquidez 7 dias passou por 3 alterações antes desta última. De 7,25% para 5,25%; e de 5,25% para 2,25%);_ Remoção da necessidade de constituição de cativos em moeda nacional para a compra de divisas ao Banco Central, pelos Bancos comerciais;_ Remoção da necessidade de constituição de cativos em moeda nacional como condição prévia para a compra de moeda estrangeira aos clientes dos Bancos comerciais;_ Redução de 30% para 21% do coeficiente das reservas obrigatórias a ser aplicado sobre os depósitos dos clientes dos Bancos comerciais (com ex-cepção das contas do Governo Central, dos Governos Locais e das Admi-nistrações Municipais);_ Passaram a ser elegíveis para efeitos de dedução do cumprimento das reservas obrigatórias em moeda nacional, exclusivamente, 80% dos desembolsos de créditos em moeda nacional, concedidos a projectos dos sectores da agricultura, pecuária, silvicultura e pescas.

Os Títulos do Tesouro também foram revistos a 91, 182 e 364 dias, tendo passado para 16,15%, 20,25% e 23,90%, respectivamente.A Taxa LUIBOR também sofreu alterações na modalidade Overnight (ten-do passado de 23,35% para 17,77%), na modalidade 3 meses (sofreu uma subida ligeira de 0,69pp, face à taxa de 2016, tendo terminado 2017 nos 18,92%) e na modalidade de 9 meses (terminou 2017 em 21,90%, uma su-bida de 2,25pp face à taxa de 2016)."A estratégia de endividamento interno do Governo, com a emissão de Obrigações e Títulos de Tesouro, com taxas de juros até 23%, tem feito com que os Bancos comerciais financiem mais o Estado do que o sector empresarial privado, verificando-se o que em Macroeconomia se chama "Crowding out" ou efeito de evicção." Estas medidas poderão ser uma faca de dois gumes, visto que, se por um lado ajudam a controlar a inflação por outro podem produzir efeitos adversos ao desenvolvimento da economia.

2 São Instrumentos de Politica monetária: a) Facilidades Permanentes de Cedência e Absorção de Liquidez; b) Oper-ações de Mercado Aberto; c) Reservas Obrigatórias; d) Intervenções no mercado cambial. Estes indicadores medem a quantidade de dinheiro que circula na economia3 Informação BNA4 O efeito de Crowding Out corresponde a uma redução no investimento e de outras componentes da despesa agrega-da sensíveis às taxas de juro, sempre que o Estado aumenta a despesa pública.5 Paulo, Francisco Miguel, CEIC-UCAN, "O papel da actual Política Monetária do BNA", Disponível em [http://www.ceic-ucan.org/wp-content/uploads/2017/12/O-Papel-da-Actual-Pol%C3%ADtica-Monet%C3%A1ria-do-BNA.pdf]

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De seguida, apresentamos as principais alterações regulamentares publi-cadas pelas Entidades de tutela, ao longo do ano de 2017:

alteRaÇÕes ReGUlaMentaRes_

Dec. Pres. n.º01/2017, de 3 de Janeiro Regras anuais de execução do orçamento geral do estado

Dec. Leg. Pres. n.º01/2017, de 20 de Junho

Regime de reporte fiscal de informações financeiras no âmbito do FACTA

Dec. Leg. Pres. n.º02/2017, de 9 de Agosto Regime jurídico das sociedades gestoras de capitais

Dec. Pres. n.º24/2017, de 17 de Fevereiro Regime interno do conselho nacional de estabilidade financeira

Dec. Pres. n.º28/2017, de 22 de Fevereiro Lista de trabalhos proibidos ou condicionados às mulheres

Dec. Pres. n.º30/2017, de 22 de Fevereiro Lista de trabalhos proibidos ou condicionados a menores

Dec. Pres. n.º31/2017, de 22 de Fevereiro Regulamento do regime jurídico de cedência temporárida de trabalhadores

Dec. Pres. n.º40/2017, de 6 de Março Paradigmas dos contratos de trabalho por tempo determinado e indeterminado

Dec. Pres. n.º43/2017, de 6 de Março Regula o exercício da actividade profissional do trabalhador estangeiro não residente

Dec. Pres. n.º75/2017, de 7 de Abril Regulamento procedimentos administrativos de licenciamento de importações e (re)exportações

Dec. Pres. n.º115/2017, de 8 de Junho Aprova as instruções para a elaboração do orçamento geral do estado para 2018

Dec. Pres. n.º125/2017, de 12 de Junho Regulamento sobre o registo dos actos relativos aos direitos de autor e conexos

Dec. Pres. n.º151/2017, de 4 de Julho Alteração do artigo 75.º do regulamento do regime jurídico de estrangeiros

Dec. Pres. n.º152/2017, de 15 de Abril Regulamento da lei da nacionalidade

Dec. Pres. n.º193/2017, de 22 de Agosto Regulamento do licenciamento dos estabelecimentos e actividade comercial e serviços mercantis

Dec. Pres. n.º202/2017, de 6 de Setembro Cria sistema nacional de contratação pública electrónica e aprova o respectivo regulamento

presidênCia da repúBliCa

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Legenda: Dec. - Decreto Leg. - Legislativo Pres. - Presidencial

Lei n.º 07/2017, de 16 de Fevereiro Lei da protecção das redes e sistemas informáticos

Lei n.º 09/2017, de 13 de Março Lei geral da publicidade

Lei n.º 10/2017, de 13 de Setembro Lei de alteração à lei das micros e PME

Lei n.º 14/2017, de 7 de Agosto Lei geral dos arquivos

Lei n.º 18/2017, de 17 de Agosto Lei que altera o código geral tributário

Lei n.º 19/2017, de 25 de Agosto Lei sobre a prevenção e o combate ao terrorismo

Lei n.º 20/2017, de 31 de Agosto Lei que altera o regime jurídico da identificação civil e emissão do bilhete de identidade

asseMBleia naCional

Regulamento n.º 01/2017, de 7 de Dezembro

Estabelece os requisitos e procedimentos relativos ao registo dos responsáveis com função de gestão relevante

nas instituições financeiras não bancárias ligadas ao mercado de capitais e investimento, bem como dos

directores e gerentes das sucursais ou dos escritórios de representação

Regulamento n.º 02/2017, de 7 de Dezembro

Disciplina os mercados regulamentados, a estrutura de acesso aos referidos mercados, define os valores

mobiliários passíveis de serem admitidos à negociação e regula o processo de registo

CoMissão MerCado de Capitais

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BanCo naCional de angola

Aviso n.º01/2017, de 3 de Fevereiro

Procedimentos para a realização de investimentos, transferências de capitais, juros, dividendos e outros

rendimentos relacionados com transacções de valores mobiliários por parte de entidades não residentes

cambiais, admitidos à negociação na Bolsa da Dívida e de Valores de Angola e demais mercados regulamentados

geridos por sociedades gestoras registadas na Comissão do Mercado de Capitais

Aviso n.º02/2017, de 3 de Fevereiro

Regras aplicáveis à abertura e movimentação de contas de depósito domiciliadas junto das instituições financeiras bancárias nacionais, tituladas por não residentes cambiais,

denominadas em moeda nacional e estrangeira

Aviso n.º03/2017, de 30 de Março

Estabelece as regras e os procedimentos aplicáveis à isenção de cobrança de comissões, bem como os deveres

de informação a observar no âmbito dos serviços mínimos bancários

Aviso n.º04/2017, de 28 de JunhoEstabelece as regras e os procedimentos aplicáveis na

realização de operações cambiais destinadas à recepção de receitas de exportação e reexportação de mercadorias

Aviso n.º05/2017, de 10 de JulhoRegulamenta as actividades de emissão, aceitação e

utilização de cartões de pagamento e os princípios de funcionamento do subsistema multicaixa

Aviso n.º06/2017, de 10 de Julho Define os níveis de serviços das operações em tempo real da rede multicaixa

Aviso n.º07/2017, de 12 de Setembro Regulamenta a prestação de serviços de pagamentos no âmbito do Sistema de Pagamentos de Angola

Aviso n.º08/2017, de 12 de Setembro

Regula a classificação dos subsistemas de compensação e de liquidação SPA, tendo em vista a adopção de mecanismos de controlo de riscos, bem como dispor sobre o funcionamento

e operacionalização dos referidos subsistemas, e sobre as responsabilidades dos respectivos operadores

Aviso n.º09/2017, de 12 de Setembro

Estabelece os prazos para a execução de transferências e de remessas de valores, bem como para a disponibilização

de fundos ao beneficiário, em resultado de depósitos de numerário e de cheques, de transferências ou de remessas

de valores

Instrutivo n.º01/2017, de 10 de Janeiro Estabelece os limites de valor para emissão de cheques, compensação no STC e liquidação por bruto no SPTR

Instrutivo n.º02/2017, de 30 de JaneiroEstabelece a obrigatoriedade de realização dos testes de

esforço, nomeadamente os riscos a considerar, a tipologia e periodicidade, as metodologias e a prestação de informação

Instrutivo n.º03/2017, de 30 de Janeiro Prestação de informação sobre limites prudenciais aos grandes riscos

Instrutivo n.º04/2017, de 3 de FevereiroOperações de mercadorias, suspensão temporária da aplicação dos números 3 e 5 do artigo14.º do Aviso n.º

19/2012, de 25 de Abril

Directiva n.º01/DMA/2017 Facilidades permanentes de cedência e de absorção de liquidez, nomeadamente taxas de juros das operações

Directiva n.º02/DMA/2017 Taxa básica de juro do BNA

Instrutivo n.º05/2017, de 1 de Dezembro Revogação do instrutivo n.º12/2015 e dos pontos 4.1.4, 4.1.5, 4.1.6 e 4.1.7 do instrutivo n.º 10/2015

Instrutivo n.º06/2017, de 1 de Dezembro Actualização das normas de apuramento e cumprimento das reservas obrigatórias

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Legenda: Dec. - Decreto Leg. - Legislativo Pres. - Presidencial

Dec. Executivo n.º67/2017, de 14 de Fevereiro

Novo formulário de declaração aduaneira (DU) para a tributação de mercadorias

Dec. Executivo n.º249/2017, de 25 de Abril Regulamento da auditoria ambiental para a certificação

Dec. Executivo n.º290/2017, de 11 de Maio

Regulamento sobre os procedimentos de arbitragem e Código de Ética e Deontologia dos árbitros

Dec. Executivo n.º293/2017, de 30 de Maio Regulamento sobre a emissão, atribuição e uso do alvará industrial

Dec. Executivo n.º338/2017, de 12 de Julho

Regulamento aplicável aos cartórios notariais de competência especializada e privativos

Dec. Executivo n.º345/2017, de 14 de Julho Aprova o modelo de título de registo automóvel e o modelo único de requerimento de registo

Dec. Executivo n.º363/2017, de 26 de Julho

Regime jurídico da tramitaçãoe registo electrónico dos procedimentos e processos tributários

Dec. Executivo n.º365/2017, de 27 de Julho Normas sobre a arrecadação de receitas públicas

Dec. Executivo n.º366/2017, de 27 de Julho Regime jurídico do número de identificação fiscal

Dec. Executivo n.º660/2017, de 27 de Novembro Taxa de circulação e fiscalização de trânsito

Dec. Executivo n.º662/2017, de 12 de Dezembro

Aplicação de acordos de isenção de vistos com a África do Sul e Moçambique

Dec. Executivo n.º667/2017, de 14 de Dezembro Regulamento da inspecção da segurança social

órgãos Ministeriais

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enquadraMento da aCtiVidade

05

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O Banco Postal é uma instituição financeira com a missão de dinamizar a economia nacional, através do fomento da inclusão financeira e formaliza-ção de actividades comerciais. Com o propósito de prossecução da sua missão, foi desenvolvida uma ofer-ta diferenciadora de produtos e serviços inovadores, através dos quais o Banco Postal pretende contribuir de forma premente para a modernização do sistema bancário, conferindo mais segurança e confiança ao sector.

O Banco Postal tem uma oportunidade no mercado de serviços financei-ros móveis e nos segmentos de particulares Mass Market e de pequenas empresas e empresários, com especial foco nos não bancarizados e os que operam no mercado informal.

Aproveitando esta oportunidade num espaço de mercado não ocupado, o Banco Postal criou uma relação financeira assente numa oferta de pa-gamentos e transferências, com evolução para uma relação bancária que inclui produtos de poupança e crédito.

Assim sendo, a estratégia de diferenciação do Banco Postal baseia-se numa abordagem multissegmento com foco principalmente nos segmentos de clientes não bancarizados ou que não se encontrem servidos adequada-mente, tendo como objectivo a inclusão financeira bem como a oportuni-dade financeira de longo prazo que esta inclusão representa.

As vertentes acima enunciadas permitem ao Banco Postal estar presente em distintos segmentos de mercado dando resposta a necessidades espe-cíficas da nossa população, criando para o efeito três unidades de negócio distintas, autónomas e independentes entre si.O ano de 2017 foi pautado pelo início da actividade comercial do Xikila Mo-ney, e pelo desenvolvimento dos esforços necessários para o lançamento do Comércio & Empresários e Corporate & Personal no primeiro trimestre de 2018, bem como a composição e consolidação de toda a estrutura de negócio e suporte do Banco.

estRatÉGia e Modelo de neGócio_

a estratÉgiade diferenciação assenta numa abordagem multissegmento

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Pequenas empresas e empresáriosSegmento composto por pequenas empresas e empresários que hoje se encontram na economia formal e informal e que são marginalmente servidas por Bancos e Instituições de microfinanças.

Médias e grandes empresasSegmento composto por empresas de dimensão onde o Banco pretende ter um foco tático, por via da introdução selectiva de produtos e serviços inovadores.

Particulares de elevado rendimentoClientes com rendimento elevado que o Banco serve de modo eficiente através de canais de comunicação modernos, produtos inovadores e um serviço de excelência.

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Particulares de rendimento médio e baixoSegmento composto por particulares com rendimento médio, médio-baixo e baixo que não encontram resposta satisfatória no sistema financeiro tradicional, ou seja, os não bancarizados, e restante população que apesar de bancarizada não é adequadamente servida.

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Tendo elegido dar resposta em primeiro lugar ao segmento Mass Market, constituído por clientes particulares com baixos e médios recursos econó-micos, actualmente não bancarizados e não servidos, o Banco Postal apos-tou no lançamento da unidade Xikila Money.

O ano de 2017 ficou marcado pelo arranque da unidade de negócio Xikila Money, focada no segmento de mercado constituído por particulares com rendimento médio e baixo e que não encontra hoje uma resposta satisfa-tória às suas necessidades no sistema financeiro tradicional. O objectivo foi de servir, de forma rentável, os 70% da população Angolana que não estava sendo servido pela oferta tradicional, bem como a restante população des-te segmento que apesar de bancarizada não era adequadamente servida.

70%da população angolana

Xikila MoneY_

"o Banco tem a capacidade de mudar a vida dos angolanos atribuindo personalidade financeira aos mesmos, cujas principais características são a proximidade, o impacto e a inovação social" n'Gunu tiny

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estratégia

oferta

_ Rede física de distribuição baseada em agências, pos-tos bancários (quiosques) e agentes (terceiros), com uma marca própria e ajustada à oferta comercial.

_ Foco no segmento de clientes particulares não bancari-zados ou não servidos adequadamente, constituído por particulares com rendimento médio, médio-baixo e baixo.

_ Peça fundamental para a missão de proximidade e de desenvolvimento do Banco Postal, e serve de alicerce para a restante operação.

_ Rede de distribuição apoiada por postos bancários (quiosques) dedicados e por agentes (terceiros). Cada agência Xikila Money funciona como um Hub para os postos bancários (quiosques).

_ Solução inovadora de serviços financeiros, via telemó-vel e de baixo custo facilitando o acesso a pagamentos, transferências, poupanças e crédito.

_ Acesso ao sistema nacional de pagamentos.

_ Acesso à rede Paga Aqui: comerciantes aderentes ao modo de pagamentos atráves da solução Xikila Money.

_ Acesso às principais utilities que operam no mercado para pagamento de contas e serviços.

_ Modelo de scoring de crédito para operações simples de crédito ao consumo.

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reDe De DistriBuiçãoSegmento composto por clientes com rendimento médio, médio-baixo e baixo que o Banco serve de modo eficiente através de canais modernos de proximidade tanto físicos como digitais, produtos inovadores e um serviço de excelência.

integração com a rede local de Atm e tPA (emis)

CANAIS FíSICOS

CANAIS DIGITAIS

agênCiasHubs do Xikila Money

quiosques (postos bancários)Pontos de venda próprios sob dependência de uma Agência

paga aquiRede de comerciantes aderentes à solução de pagamentos Xikila Money

WeB

MoBile BanKing

agentesRede de balcões em locais de afluência de clientes (postos de abastecimento, retalhistas locais, serviços públicos, etc)

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cANAis De DistriBuição Durante o ano económico de 2017, verificou-se um crescimento dos canais físicos (próprios e externos) de distribuição ao longo dos meses, alcançan-do desta forma um total 157 de canais de atendimento nas províncias de Luanda e Huambo.

agênciasAs 4 agências instaladas em Luanda (3) e Huambo (1), formam os pilares de sustentação do Xikila Money, sendo o ponto de ligação entre os vários canais. Agrega agentes, quiosques próprios para todo o tipo de operações e de apoio.

QuiosquesOs 147 quiosques instalados, em Luanda (97) e Huambo (50) fornecem aos clientes o acesso aos serviços, atráves da sua maior capilaridade em relação às agências.

"trata-se de um Banco simples, fácil. a inovação está na mutiplicidade de canais que utilizamos para chegar aos nossos clientes, desde as agências, passando pelos quiosques, e terminando na operação que também temos com os telemóveis, mobile banking e os agentes da rede Paga aqui." n'Gunu tiny

EvOLuÇÃO DOS CANAIS ACTIvOS

Fev

8

Mar

9

Abr

47

Mai

53

Jun

87

Jul

89

Ago

110

Set

110

Out

111

Nov

146

Dez

157

200

150

100

50

0

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agentesOs 6 Agentes Xikila Money instalados em Luanda são uma rede constituí-da por comércios de variado tipo que funcionam como agentes, com um contrato de operação que fornece o acesso aos serviços, permitindo desta forma estender ao máximo a capilaridade do Xikila Money.

Rede Paga aquiOs 1 607 Comerciantes Paga Aqui instalados em Luanda (1 104) e Huambo (503) foram os parceiros do Banco Postal, onde é possível aos clientes reali-zarem pagamentos de compras.

BAse De clieNtesAtravés da rede de distribuição implementada e de uma força de vendas dinâmica e motivada, foi possível a captação de clientes, correspondendo a um total 130 253 contas à data de 31 de Dezembro 2017, o que no últi-mo trimestre de actividade representou uma média um total de 650 novas contas por dia.

45%Básica

44%Provisória

11%Normal

Contas aBertas

Fev JunAbr Ago NovMar Jul OutMai Set Dez

EvOLuÇÃO DO NÚMERO DE CLIENTES

150 000

120 000

90 000

60 000

30 000

0

as pessoas acreditam no Xikila Money e nos benefícios que esta oferta de serviços financeiros móveis traz para as suas vidas

100 000atingimos 100 000 contas em menos de 7 meses de operação

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DePÓsitos De clieNtesAo longo da operação comercial no exercício de 2017, os volumes dos depósitos de clientes evoluíram de forma positiva e em linha com o expectável, representando a 31 de Dezembro um volume total superior a 254 milhões de Kwanzas.

meios De PAgAmeNtos | PAgA AQuiA rede Paga Aqui permite aos clientes Xikila Money pagar comodamente e sem complicações as suas contas na rede de Comerciantes aderentes aos Terminais de Pagamento Automáticos (TPAs) do Xikila Money. A unidade de negócios Xikila Money celebrou nas províncias de Luanda e Huambo um total de 2 007 contratos, contabilizando-se a 31 de Dezembro 2017, mais de 50 000 pagamentos realizadas na rede de comerciantes Paga Aqui.

32%Huambo

68%Luanda

Meios de pagaMentos

paga aqui

Fev JunAbr Ago NovMar Jul OutMai Set Dez

EvOLuÇÃO DO NÚMERO DE DEPóSITOS E LEvANTAMENTOS

70 000

60 000

50 000

40 000

30 000

20 000

10 000

0

temos vindo a registar um aumento progressivo do número de aberturas de contas, do número de agências e postos de atendimento e, muito importante, um aumento do número de transacções efectuadas pelos nossos clientes

Depósitos XKA

Levantamentos

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Comércio & Empresários é a Unidade de Negócio do Banco Postal dedica-da aos empresários a título individual e às micro e pequenas empresas do sector formal e informal, vocacionada para atender às diferentes necessi-dades de poupança, financiamento e investimento fundamentais ao de-senvolvimento de negócios de sucesso.Dotado de um portfólio especializado de produtos e serviços com soluções de poupança e crédito adequadas à realidade deste segmento, bem como de uma rede de Centros de Negócios dedicada e uma força de vendas com-petente e motivada.Com vista à promoção da inclusão financeira e social das famílias angola-nas, o Banco Postal promove uma cultura de sustentabilidade orientada para o sucesso, posicionando-se como o parceiro estratégico para a vida empresarial dos seus clientes.Através da unidade de negócio Comércio & Empresários o Banco Postal quer contribuir para a concretização dos sonhos e ambições do tecido em-presarial angolano, proporcionando o apoio e as ferramentas necessárias para a sustentabilidade financeira, aumento da receita, geração de lucro e criação de emprego, contribuindo para uma economia mais próspera e inclusiva, da qual todos beneficiam.

coMÉRcio & eMPResÁRios_

estamos mais próximos de si, da sua empresa e dos seus negócios

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estratégia_ O Banco Postal Comércio & Empresários tem como alvo potencial as mi-cro e pequenas empresas e empresários a título individual que se encon-tram na economia formal e informal._ Implementação de serviço acessível e simplificado, e processo de aprova-ção de crédito robusto, adaptado a este segmento devido ao risco associa-do à concessão de crédito.

oferta_ Rede de Centros de Negócio dedicados e complementada por uma Força de Vendas inovadora, proporcionando um serviço diferenciado e centrado no cliente.

_ Produtos e serviços adaptados ao segmento de clientes.

_ Processo de aprovação de crédito robusto, apoiado nas melhores práticas em termos de modelos de scoring.

_ Modelos de pricing apoiado não apenas no risco de crédito inerente ao segmento mas também na rentabilidade total dos clientes.

_ Acesso a solução de pagamento móveis e aos canais de distribuição física do Xikila Money para operações simples de depósitos, levantamentos, pa-gamento e transferências.

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reDe De DistriBuiçãoO potencial cliente Comércio & Empresários tem como principal necessida-de o acesso a produtos e serviços específicos que potenciem o desenvolvi-mento da sua actividade empresarial. Para esta Unidade de Negócio, o grande desafio é o desenho de produtos, serviços e soluções de crédito de baixo risco adaptado a este segmento para posteriormente evoluir para um processo de aprovação de crédito ro-busto apoiado nas melhores práticas em termos de modelos de scoring. O Comércio & Empresários conta com uma rede de Centros de Negócios dedicados e complementada por uma força de vendas inovadora, propor-cionando um serviço de proximidade e centrado no cliente que garante acesso a soluções de pagamentos móveis e aos canais de distribuição físi-cos do Xikila Money para operações simples de depósitos e levantamentos.

Centros de negóCiosHub para uma inovadora equipa comercial

força de VendasCanal que providencia um atendimento diferenciado e a possibilidade de angariação de clientes. A força de vendas desloca-se directamente aos potenciais clientes para a venda de produtos e serviços

CANAIS FíSICOS

CANAIS DIGITAIS

integração com a rede local de Atm e tPA (emis)

WeB

MoBile BanKing

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BAse De clieNtesO mês de Outubro de 2017 marcou o início da operacionalização da Unidade de Negócio Comércio & Empresários consubstanciado num modelo piloto. Durante o decorrer da operação piloto, a equipa comercial conseguiu, em linha com as previsões, a captação de um total de 556 clientes, dos quais o segmento empresas representa 64% estando o foco de angariação direc-cionado para as empresas.

0

100

200

300

400

500

600

DezNovOut

Empresas

Particulares

CAPTAÇÃO DE CLIENTES

Porque acreditamos na capacidade criativa dos angolanos, queremos apoiar empreendedores com ambição e projectos válidos, que sejam geradores de emprego e de melhoria da qualidade de vida

556clientes captados

36%Particulares

64%Empresas

Clientes por segMento

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cArteirA De recursosÀ semelhança do comportamento do indicador de captação de clientes, observou-se uma evolução positiva ao nível da carteira de recursos, apre-sentando a 31 de Dezembro 2017 um saldo de aproximadamente 299 milhões de Kwanzas, dos quais 86% são relativos a clientes Empresas. Em contrapartida, os depósitos a prazo e à ordem em moeda estrangeira en-contravam-se em fase de testes no sistema core da Unidade.

84%Empresas

16%Particulares

Carteira de reCursos

DezNovOut

DEPóSITOS CAPTADOS (EM M Akz)

4

144150

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A Unidade de Negócio Corporate & Personal foi estrategicamente direc-cionada para um segmento composto por empresas e particulares, onde o Banco pretende ter um foco táctico, por via da introdução selectiva de produtos e serviços inovadores.

O segmento Corporate é destinado às médias e grandes empresas que têm, em geral, necessidades muito sofisticadas, recorrendo sobretudo à negociação de linhas de crédito com spreads muito baixos devido à sua grande capacidade de negociação. Por sua vez, o segmento Personal destina-se a clientes com níveis elevados de rendimentos que solicitem ao Banco serviços sofisticados, tais como consultoria, aconselhamento, intermediação, valorização e protecção dos seus activos.

eXCelênCiao serviço de excelência é o principal factor diferencidor

coRPoRate & PeRsonal_

ser cliente Banco Postal corporate & Personal, é ter uma equipa experientee dedicada a si, à sua família e à sua empresa. É a Unidade de negócio do Banco focada nas médias e grandes empresas e particulares de rendimento elevado

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estratégia

oferta

_ O Banco Postal optou estrategicamente por lançar a Unidade de Negócios Corporate & Personal cujo foco está em dois segmentos de maior valor.

_ Médias e grandes empresas: Segmento constituído por empresas de média e grande dimensão onde o Banco pretende ter um foco táctico, por via da introdu-ção selectiva de produtos e serviços inovadores.

_ Particulares com elevado rendimento: Segmento constituído por clientes com rendimento elevado que o Banco tem capacidade de dinamizar e rentabilizar através de parcerias e de produtos inovadores.

_ Acesso à rede física de Agência do Xikila Money e do Comércio & Empresários para operações simples de de-pósitos, levantamentos, pagamentos e transferências.

_ Produtos e serviços adaptados ao respectivo segmento de mercado, com enfoque em operações de trade finan-ce, FX e capital market products.

_ Adopção das melhores práticas ao nível do internet banking e mobile banking.

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reDe De DistriBuiçãoO ano de 2017, para o Corporate & Personal, foi essencialmente um ano de constituição e estruturação, de forma a garantir todos os recursos e valên-cias necessários para o arranque numa primeira fase em piloto no primeiro trimestre de 2018 e posteriormente em pleno da actividade comercial.Os canais de distribuição operam em sintonia para providenciar uma expe-riência omni-canal com elevados níveis de serviços.

Centro finanCeiro Corporate & personalPrincipal ponto de atendimento desta Unidade de Negócio. Elevado nível de serviço, com contacto personalizado num ambiente reservado

outros Canais de distriBuiçãoPermitem o acesso a um serviço simplificado (depósitos, levantamentos, pagamentos e transferências)

unidade de gestão reMota de ClientesProvidencia um adequado atendimento, na ausência do gestor de conta respectivo, através de uma equipa de assistentes comerciais especializados

CANAIS FíSICOS

CANAIS DIGITAIS

integração com a rede local de Atm e tPA (emis)

WeB

MoBile BanKing

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113novas contas abertas

6 148milhões de Kwanzas

BAse De clieNtesNo decorrer dos últimos meses de 2017, e em modo pré-piloto, a equipa comercial Coporate & Personal, realizou um conjunto de acções que culmi-naram na captação de novos clientes, pela qual foi possível a abertura de 113 contas.Relativamente à distribuição dos clientes angariados por segmento, os clientes Corporate são os que apresentam maior peso, com 68% face aos 32% do Personal.

o Banco Postal ambiciona ser uma instituição de referência em angola

cArteirA De recursosEmbora a Unidade de Negócio Corporate & Personal ainda se encontrasse numa fase embrionária, a sua abordagem comercial reflectiu-se positiva-mente não só na sua base de clientes mas também no volume de depósitos alcançados, de 6 148 milhões de Kwanzas a 31 de Dezembro 2017, o que é também um indicador animador do nível de performance comercial espe-rado para o exercício de 2018.

68%Corporate

32%Personal

Clientes angariados

por segMento

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Neste primeiro ano de operação – assim considerado por ter sido marca-do com a abertura de portas da instituição ao público em geral – o Banco Postal exerceu o seu foco na conclusão dos trabalhos preparatórios que levaram ao arranque das suas operações.Graças à decisão estratégica na utilização de dois cores bancários - cada um com as suas particularidades e focadas em um determinado segmento de negócio da instituição, houve todo um intenso trabalho de lançamento destes sistemas ao longo do ano anterior e do actual que culminaram com a abertura de portas.

inoVaÇÃo e tecnoloGia_

Assim, podemos dizer que 2017 foi um ano muito virado para o lan-çamento das fundações em termos não só tecnológicos, mas também humanos, através de muito esforço de capacitação dos recursos em sis-temas , a decisão em utilização de sistemas com pouca ou nenhuma utilização no nosso mercado trouxe alguns desafios extra a todo o pro-jecto de implementação do Banco.Desta forma, muitos dos projectos levados a cabo ao longo do ano tiveram como objectivo, dar seguimento à estratégia do Banco, bem como assegu-rar o suporte à operação das Unidades de Negócio, nomeadamente:

t24 | core BANKiNgImplementação do T24 – plataforma Core Bancária, utilizada por mais de 600 Bancos a nível mundial, combina tecnologia de ponta com uma va-riedade de funcionalidades, com o objectivo de suportar a operação das Unidades de Negócio Comércio & Empresários e Corporate & Personal.Na mesma são executados diversos processos, desde onboarding de clien-tes e abertura de contas, até transferências, processos de crédito, investi-mentos, entre outros.

tAgPAY | core BANKiNg DigitAlImplementação da solução TAGPAY – plataforma Core Bancária digital, uti-lizada em mais de 15 países e habilitadora de transacções financeiras recor-rendo ao telemóvel, é usada como suporte da unidade de negócio Xikila Money, cujo mote é a inclusão financeira. Nesta plataforma são executados os processos habituais de onboarding

Um Banco mais fácil e simples, inovador, apoiado nas melhores soluções tecnológicas, onde tudo é tratado com mais rapidez

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de clientes, abertura de contas e transferências internas, sendo que houve ainda um trabalho de integração com os subsistemas de pagamentos na-cionais, via EMIS, para permitir a execução de transferências Interbancárias (STC), pagamentos de serviços (H2H) e compensação de cheques (SCC).

creDitQuestImplementação da solução CreditQuest e integração com o Core Bancário T24 para gestão, análise e revisão das aplicações de crédito, permitindo diminuir não só o tempo de processamento dos processos de crédito, mas também automatizar a análise e diminuir o risco.

FiorANo esB A Fiorano ESB é a solução de middleware utilizada no Banco. Tem como principal objectivo intermediar todas as comunicações entre todos os sis-temas, servindo como linha central de comunicação, o que permite dimi-nuir a complexidade das integrações, monitorar e alertar em caso de falha. A decisão estratégica da implementação desta solução teve como mote a diminuição dos custos de interligação de todos os sistemas em produção, dado a crescente complexidade destes.

emisImplementação de sistemas aplicacionais e integrações que permitam a li-gação do Banco Postal aos subsistemas geridos pela EMIS, nomeadamente SCC, STC, H2H e MCX.

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Em 2017, o Banco Postal desenvolveu um conjunto de acções de marketing e comunicação de apresentação e posicionamento da marca do Banco e das Unidades de Negócios, enquanto instituição financeira bancária com uma proposta de valor distinta e com um forte sentido de missão de inclu-são financeira e geração de impacto positivo tanto na economia angolana (formal e informal), bem como na vida dos angolanos.

eveNtosAPreseNtAção e lANçAmeNto Do Banco PostAl e iNAugurAção DA AgÊNciA XiKilA moNeY

MaRketinG e coMUnicaÇÃo_

Realizou-se a 21 de Março de 2017, nas instalações do Instituto Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação – ISUTIC, no Rangel, o evento de apresentação e lançamento do Banco Postal e das suas Unidades de Negócio. O evento contou com a presença do Ministro das Finanças, Ar-cher Mangueira, do Governador do Banco Nacional de Angola, Valter Filipe, accionistas e parceiros do Banco, entre outras personalidades de diversos quadrantes da sociedade angolana.A par da cerimónia, foi inaugurada a segunda agência Xikila Money, uma das três unidades de negócio que constituem o Banco Postal.

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"O Banco tem a capacidade de mudar a vida dos angolanos atribuindo per-sonalidade financeira aos mesmos, um Banco cujas principais características são a proximidade, o impacto e a inovação social", salientou N´Gunu Tiny, Presidente do Conselho de Administração do Banco Postal, no seu discurso de apresentação, acrescentando que o Banco tem como objectivo principal "potenciar a inclusão financeira e o crescimento económico e sustentável dos angolanos através de uma abordagem e oferta totalmente inovadoras, e de uma implementação nacional, gradual e bem estruturada".

1ª eDição Do PostAl DA mANHã

O Banco Postal promoveu a 11 de Fevereiro 2017, em Luanda, um Evento Institucional, denominado "O Postal da Manhã", subordinado ao tema "In-vestimento de Impacto e Inovação Social".O Evento juntou os Órgãos Sociais e a alta Direcção do Banco, assim como um grupo de convidados de diversos sectores da sociedade angolana e teve a participação especial do ex-Ministro português, o Professor Doutor Luís Miguel Poiares Maduro, que partilhou as suas reflexões sobre o Inves-timento na Inovação Social.

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"Ao pretender dar personalidade financeira a mais de metade da popula-ção que actualmente se encontra à margem do sistema financeiro, o Banco Postal é um exemplo de Investimento em Inovação ao nível do sector ban-cário", referiu. "E apesar de ser uma instituição privada com fins lucrativos, noto que tem no centro de toda a sua actuação uma forte dimensão social, que se manifesta no alargamento, de forma substancial, do número de pes-soas que passará a ter uma conta bancária", aludiu o político luso.

2ª eDição Do PostAl DA mANHã

A segunda edição do "Postal da Manhã" organizada pelo Banco Postal, teve lugar no Hotel Sana, a 12 de Abril e contou com Ashish Thakkar como "key-note speaker".O orador Ashish Thakkar é um reconhecido empresário, fundador do Mara Group, Mara Foundation e co-fundador da Atlas Mara e aproveitou este encontro institucional promovido pelo Banco Postal para partilhar as suas reflexões subordinadas ao tema: "Investing in Africa".

o Banco tem a capacidade de mudar a vida dos angolanos atribuindo personalidade financeira aos mesmos, um Banco cujas principais características são a proximidade, o impacto e a inovação social

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cAmPANHAscAmPANHA De lANçAmeNto e DivulgAção Do XiKilA moNeYAquando do lançamento do Xikila Money e a par do início da sua operação, desenvolveu-se uma campanha veículada pelos diversos meios de maior cobertura, de forma a apresentar a marca Xikila Money, mas acima de tudo, informar e posicionar a oferta de valor distinta e inovadora.

cAmPANHA "XiKilA moNeY estÁ A DAr Que FAlAr"Por altura da quadra festiva, e no sentido de aumentar a transaccionalidade por via do estímulo dos pagamentos na rede Paga Aqui, lançou-se uma campanha nas redes sociais de sorteio semanal de smartphones para os clientes que realizassem compras de valor igual ou superior a 2.000 Akz nos estabelecimentos da rede Paga Aqui.

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O Banco Postal acredita nas pessoas e tem um intrínseco compromisso de promover o crescimento sustentado do seu Património Humano.O nosso foco é motivar o nosso Património Humano, mostrando-lhe o ca-minho para que encontre as melhores soluções para os nossos clientes, e para desta forma melhor servir a nossa sociedade.A nossa Política de Património Humano pauta-se por: _ Trabalhar com brio, rigor e profissionalismo num ambiente saudável, onde as pessoas são o centro de toda a nossa actuação e o nosso activo mais valioso._ Assumir o compromisso público de defesa e protecção dos Direitos Fun-damentais do trabalho e dos nossos colaboradores, obedecendo à legisla-ção laboral em vigor;_ Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, ofere-cendo-lhes condições para o equilíbrio entre o trabalho, saúde e a família;_ Priorizar o crescimento profissional das pessoas, através do investimento na formação e valorização do conhecimento adquirido ao longo da carreira;_ Respeitar a diversidade e dignidade do Ser Humano, preservando a indi-vidualidade e privacidade, não admitindo a prática de actos discriminató-rios de qualquer natureza no seio da nossa organização.

Com o início da sua actividade em 2017, o Banco Postal teve o desenvolvi-mento do seu Património Humano como um dos seus vectores estratégicos. A ambição e desenvolvimento do Banco Postal assentam na aposta séria do seu quadro de colaboradores, na inovação, formação, treinamento e desen-volvimento de talentos para o seu crescimento e afirmação no mercado.

cArActerizAção Do PAtrimÓNio HumANoAo longo de 2017, decorrente do início da actividade e no sentido de ga-rantir a qualidade dos seus profissionais e assistir às necessidades das uni-dades de negócio, o Banco Postal levou a cabo um esforço de constituição do quadro pessoal através da captação de talentos promovendo a igualda-de de oportunidade através de anúncio nos principais canais de pesquisa e publicidade especializada.O Banco Postal apresenta-se como um Banco jovem no mercado reflexo da pirâmide etária da sua força de trabalho, que combina uma força dinâmica e inovadora e um conjunto de experiências multifacetadas e únicas. No início de 2017 o Banco contava com uma força de trabalho de 57 cola-boradores. Até Dezembro do mesmo ano registou-se um aumento de 431 colaboradores atingindo um número total de 488 colabores corresponden-do a um aumento de 7 vezes em comparação com o mês de Janeiro.

PatRiMónio HUMano_

o Banco postaldesenvolveu o Património Humano como um dos seus vectores estratégicos

2017marcou o início

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FaMília Banco Postal_

57(1 Jan. 2017)

488 (31 Dez. 2017)

núMero de ColaBoradores

264Xikila Money

46Comércio & empresários

11Corporate & personal

167áreas de suporte

distriBuição por unidade de negóCio

67%Com licenciatura ou frequência universitária

nÍVel de ensino

43%Mulheres

57%Homens

igualdade de gÉnero

5%≤ 22 anos

62%23 - 32 anos

idade média: 31 anos

29%33 - 42 anos

5%≥ 43 anos

distriBuição por faiXa etária

91%< 1 ano

9%> 1 ano

antiguidade

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A estrutura de colaboradores encontra-se maioritariamente alocada às Unidades de Negócio (66%), sendo que na sua maioria pertencem ao Xikila Money, representando 54% dos quadros totais do Banco.Ao nível da distribuição por zona geográfica, e em linha com a operação actual, os colaboradores distribuem-se pelas zonas de Luanda e Huambo, sendo que Luanda representa 84% face aos 16% no Huambo.

Diversidade e igualdadeO Banco Postal acredita que os seus colaboradores são um activo de valor inestimável e de elevada criticidade para o seu sucesso, pelo que assume na sua gestão a missão de promoção da diversidade, igualmente e criação de oportunidades de sucesso para os seus colaboradores.Relativamente à distribuição por género, verifica-se uma distribuição re-lativamente equilibrada composta em 43% por colaboradores do género feminino e, consequentemente 57% do género masculino.

Banco novo e colaboradores jovensInovação, novidade e arrojo compõem o espírito fundacional do Banco Postal, características tipo da idade média dos colaboradores do Banco que, durante o ano de 2017 foi de 31 anos e em que 85% do efectivo tem idades compreendidas entre os 23 e 37 anos de idade.Esta média de idades coaduna-se com o grau de juventude da maioria da população, observando-se os colaboradores com a maior experiência e idades ao nível dos quadros de topo.

+1000horas de formação

o nosso foco é motivar o nosso Património Humano, mostrando-lhe o caminho para que encontre as melhores soluções para os nossos clientes e, desta forma, melhor servir a nossa sociedade

Formação e investimento no capital HumanoA aposta na formação dos quadros é um compromisso da Administração para com os seus colaboradores e define a política contínua de capacitação do Património Humano contribuindo para o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores.O Banco Postal, durante o exercício de 2017, promoveu mais de 1000 horas de formação, o que representa um investimento de 0,7% do total do seu custo com pessoal em formação nuclear das suas equipas comerciais, sen-do que o valor indicado não incorpora os custos de alojamento, bem como os custos de logística associados à formação e treinamento das equipas.Aproximadamente 67% do total do efectivo do Banco possui licenciatura ou frequência universitária.

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gestão de risCo

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Com o intuito de assegurar o cumprimento das melhores práticas de Go-verno da Sociedade, a Assembleia Geral confia a condução do Banco, ao Conselho de Administração, que é o principal órgão de governo do Banco, cabendo-lhe os mais amplos poderes de gestão e de representação, de for-ma a prosseguir com a estratégia e objectivos delineados para a Instituição, zelando pelo acompanhamento das suas actividades, contribuindo, assim, para o desenvolvimento sustentável do Banco Postal.Esta gestão encontra-se em conformidade com a legislação em vigor, e está consignada, não só nos Estatutos do Banco e Regulamento do Con-selho, mas em toda uma prática de controlo permanente, suportada por um Sistema de Gestão de Risco de que fazem parte as Direcções de Com-pliance , Risco e Auditoria Interna, cada uma desempenhando de forma independente as funções que lhe cabem pela regulamentação em vigor, complementadas com as melhores práticas internacionais.

GestÃo de Risco_

É principal objectivo do Sistema de Gestão de Risco garantir que o Con-selho de Administração tenha conhecimento da estrutura e do nível de Controlo Interno existente na Instituição , de forma a poder actuar atem-padamente e assegurar a prevenção e minimização dos riscos inerentes à actividade e assim, assegurar da melhor forma o desenvolvimento, renta-bilidade e solvabilidade do negócio e da própria Instituição numa lógica de médio e longo prazo, assegurando o seu crescimento sustentado, estabili-dade financeira e consequente adequação de capital.Dentro desta estratégia de actuação, é privilegiada a qualidade do relacio-namento com o cliente, através da manutenção da excelência do serviço prestado e da boa reputação institucional no mercado.

UniVeRso de Risco

compliance Risco auditoria interna

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gestão De riscoPara efeitos de identificação, avaliação e monitorização dos vários riscos, o Banco definiu um modelo de governação que assenta na seguinte estru-tura :

Compete ao Conselho de Administração, no âmbito das competências atri-buídas pelo Aviso 2/2013 do Banco Nacional de Angola :1. Definir, implementar e rever periodicamente o sistema de controlo interno; 2. Garantir, no mínimo: a) uma estratégia, devidamente formalizada, focalizada na solvabilidade, a longo prazo, das instituições; b) a existência de elevados valores éticos e profissionais; c) uma estrutura organizacional adequada e transparente; d) o alinhamento da política de remuneração com a estratégia e perfil de risco das instituições, para, entre outros objectivos, inibir a tomada exces-siva de risco; e) a independência, estatuto e efectividade das funções chave do sistema de controlo interno de gestão do risco, de compliance e de auditoria inter-na, as quais devem ser dotadas de meios humanos e materiais suficientes para o cumprimento da sua missão; f ) a identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e prestação de in-formação das diversas categorias de riscos, tendo em vista obter uma com-preensão fundamentada da sua natureza e magnitude; g) a preparação das demonstrações financeiras de acordo com políticas e processos que assegurem a sua fiabilidade, oportunidade, consistência e compreensibilidade; h) a existência de processos de identificação e avaliação de transacções com partes relacionadas, de forma a garantir que estas se processem em condições idênticas às praticadas com partes não relacionadas;

conselho deadministração

comissãode Risco

Direcçãode Risco

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i) a existência de recursos humanos e materiais suficientes para se atingi-rem os objectivos da instituição e de políticas consistentes de recrutamen-to, avaliação, promoção, compensação e formação dos colaboradores; j) a oportuna execução das suas orientações, nomeadamente, as que visem introduzir correcções e melhorias no sistema de controlo interno; k) a comunicação ao Banco Nacional de Angola da existência de operações suspeitas de actividades criminosas ou situações de fraude materiais à se-gurança, conduta sã e prudente e reputação da instituição, e; l) a existência de processos que detectem e mitiguem a ocorrência de con-flitos de interesses.

À Comissão de Risco compete apoiar o Conselho de Administração na to-mada de decisões sobre risco, analisando e propondo metodologias, políti-cas, procedimentos e soluções para a minimização dos riscos inventariados pelas Direcções de Controlo de Gestão de Risco, recebendo maioritaria-mente a informação necessária para a sua actuação, da Direcção de Risco Global.

Direcção De riscoÀ Direcção de Risco compete ( ver aviso 2/2013):.a) acompanhar a adequação e eficácia do sistema de gestão do risco face à actividade desenvolvida pela instituição e promover as medidas necessá-rias à correcção das deficiências detectadas; b) identificar, avaliar e monitorizar todos os riscos relevantes e controlar o seu enquadramento nos limites definidos; c) validar periodicamente os modelos e as metodologias de avaliação do risco utilizados na instituição, bem como os dados e a informação externa de base considerados nestes modelos; d) documentar adequadamente os processos associados à sua área inter-venção, e; e) elaborar relatórios periódicos para o órgão de administração informação de gestão e aconselhar este órgão sobre as políticas e as práticas de gestão do risco.A gestão e controlo de riscos é efectuada por esta Direcção numa óptica centralizada, onde prioridade é dada aos riscos de crédito, operacional, de mercado e de liquidez do Banco, consagrando o princípio da segregação de funções entre as Unidades de Negócio e as áreas de controlo interno , de que a Direcção de Risco Global faz parte, no que respeita à identificação, avaliação e controlo dos riscos.

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Considerando que o ano de 2017 correspondeu ao primeiro ano de acti-vidade do Banco Postal, a criticidade de alguns dos riscos identificados é inexistente ou baixa, por força da inexistência de produtos ou serviços base ou da limitação da sua existência, em termos de quantidade, volume ou frequência de ocorrência.Por tal facto, independentemente de o Banco Postal estar preparado para a evolução natural da sua actividade nos próximos anos, a estrutura da Direc-ção de Risco Global, à data de 31 de Dezembro de 2017, reflecte a simpli-cidade dos riscos existentes o que implica a transversalidade das funções dos técnicos que dela fazem parte .Assim, a estrutura da Direcção de Risco Global é a seguinte :

metoDologiA De gestão De risco

A metodologia seguida, para efeitos de controlo de riscos por parte do Banco Postal, consubstancia-se no seguinte processo :a. Identificação dos macro riscos e subdivisão em subcategorias e activida-des de acordo com o Aviso 07/2016 de 22 Junho do BNA. Este inventário base irá ser enriquecido à medida que riscos e actividades não contempla-das, por ora, venham a ser mapead;b. Descrição dos riscos e actividades identificados para elaboração de di-cionário de riscos; factos e exemplos que suportem a avaliação que é efec-tuada; medidas de mitigação em curso ou a propor;c. Identificação do owner do risco/ actividade;d. Recolha de informação dos owners em formato pré-definido;e. Avaliação dos vários riscos/actividades através de matriz desenvolvida para o efeito;f. Guarda de informação obtida para posterior tratamento estatístico e evi-dência histórica;g. Elaboração de reportes tipo, de acordo com destinatários alvo;h. Monitorização dos riscos identificados dentro de periodicidade a definir, de acordo com graduação: Permanente para os de grau critico e elevado

direCção de risCo gloBal

departamento de gestão de riscos financeiros

departamento de gestão de riscos não financeiros

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com reporte mensal; trimestral para os de outro grau. Sempre que consi-derado necessário, são elaborados reportes intercalares.i. Qualquer das actividades mapeadas ou a mapear passa por obter infor-mação quantitativa (análise de impacto do risco na conta de exploração do Banco) e só em situações extremas se aceitam avaliações qualitativas.

Após a avaliação dos riscos da actividade do Banco , os mesmos são clas-sificados segundo uma matriz – impacto versus probabilidade – com a se-guinte estrutura :

1. imPActos Para o ano de 2017, definiu-se a seguinte grelha de criticidade, para classi-ficação dos impactos do risco em avaliação, nos fundos próprios do Banco:

classificação dos impactos intervalos

Muito baixo x < 2,5%

Baixo 2,5% ≤ x < 5%

Médio 5% ≤ x < 7,5%

Elevado 7,5% ≤ x < 10%

Crítico x ≥ 10%

2. ProBABiliDADe Calculada com base na frequência da ocorrência ( dia/ mês/ semestre / ano:

classificação das Probabilidades Frequência

Muito provável Uma vez por dia / mês

Provável Uma vez por semestre

Pouco provável Uma vez por ano

Remoto Nem uma vez por ano

Muito provável

Provável

Pouco provável

Remota

Baixo ElevadoMuito baixo

IMPACTO

PRO

BABI

LID

ADE

Médio Crítico

Destes dois vectores de análise, resulta a seguinte matriz de risco:

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capacidade deassumir Risco

Apetite ao risco

Risco máximo que o Banco consegue assumir, considerando a sua base de capital, liquidez, requisitos de crédito e regulamentares.

Dentro da capacidade para assumir risco, quanto é que o Banco está disposto a assumir?

Qual deverá ser a diferença que visa assegurar o cumprimento dos objectivos?

Buffer

A metodologia e a estrutura da matriz de riscos seguidas serão alvo de monitoriza-ção permanente e sujeitas a alterações necessárias e justificáveis, de forma a ade-quar , de forma permanente, a avaliação dos riscos incorridos pelo Banco à dinâmica da sua actividade, à medida que esta se diversifique e se torne mais complexa. A Gestão de Riscos por parte do Conselho de Administração do Banco Postal passa por tomar medidas consentâneas com o nível de risco em questão, em sequência das acções de monitorização e alerta efectuadas pela Direcção de Risco, nomeadamente:

• Risco inaceitável (zona vermelha): acção de governação para eliminar a componente de risco ou reduzir a sua severidade e frequência;

• Risco inesperado : (zona laranja): definição de estratégias de mitigação e/ou planos de contingência para preparar a Instituição para a eventual repetição do acontecimento;

• Risco provável (zona amarela): definição de níveis aceitáveis de perda por tipo de acontecimentos e de limites de competência que evitem que o nível de impacto suba ao longo do tempo;

• Risco aceitável (zonas azul e verde): acção de manutenção de monitoriza-ção para garantir o não aumento do impacto.

• Nos acontecimentos de fronteira que são os de risco médio com proba-bilidade remota, risco elevado com probabilidade remota e risco crítico com probabilidades remota ou pouco provável, as decisões serão toma-das casuisticamente, de acordo com o acontecimento.

• O Conselho de Administração definiu, como grau de tolerância ao risco, as situações enquadradas nas categorias de risco aceitável e provável e como limite de risco as contempladas em risco aceitável.

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Contudo, e porque o ano de 2017 foi o primeiro ano de actividade do Ban-co Postal, constatou-se a necessidade de ajustar, de forma regular, a organi-zação interna da Instituição à dinâmica e ao crescimento natural das várias Unidades de Negócio e Serviços de Suporte e Corporativos, o que degene-rou, excepcionalmente, na existência de riscos inesperados que obrigaram a estratégias de mitigação e potenciaram por essa razão o limite de risco assumido.Da análise regular da tipologia de riscos correntes no Banco Postal, no ano de 2017, destacam-se os seguintes :

risco De créDitoRisco de Crédito é o risco associado à possibilidade de uma Instituição Financeira incorrer em perdas financeiras, resultantes do incumprimento das obrigações contratuais dos tomadores nas respectivas operações de crédito. É compromisso do Conselho de Administração e das Direcções de Créditos e Risco manter a exposição de risco em níveis aceitáveis face aos objectivos de desenvolvimento do Banco, respeitando sempre as exigên-cias regulamentares a que está sujeita.No final do exercício de 2017, a carteira de crédito é exclusivamente com-posta por crédito a colaboradores num total de 9 milhões de Kwanzas e está classificada com risco baixo. Os riscos de crédito registados em contas extrapatrimoniais por estarem substancialmente colateralizados por depósitos estão também classifica-dos com risco baixo.Risco de MercadoO Risco de Mercado regista a possibilidade de ocorrência de perdas resul-tantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pelo Ban-co, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, de taxa de juros, de preço de acções e de preço de mercadorias. No final de 2017, o Risco de Mercado no Banco Postal é substancialmente representado pelo risco de taxa de juro resultante das aplicações em mer-cado monetário e em títulos de curto prazo.

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risco oPerAcioNAl O Banco Postal sustenta a operacionalidade da sua actividade em proces-sos como meio de harmonizar procedimentos, segregar funções e respon-sabilidades e deste modo minimizar os riscos de compliance , operacional e de sistemas de informação. Complementarmente, garante as melhores práticas de controlo e fiabilidade na produção de informação através da utilização de sistemas de suporte adequados aos requisitos comerciais, re-gulamentares e de gestão, seguindo o seguinte esquema de análise:

Eventos de risco

avaliação e quantificação

Monitorizaçãoidentificação e análise

Direcção De comPliANceA Direcção de Compliance, responsável pela função de compliance, abran-ge todas as áreas, processos e actividades desenvolvidas pelo Banco e tem como missão contribuir para a prevenção e a mitigação dos "riscos de com-pliance", que se traduzem no risco de sanções legais ou regulatórias, de perda financeira ou de reputação em consequência da falha no cumpri-mento da aplicação de leis, regulamentos, código de conduta e das boas

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práticas bancárias, promovendo o respeito do Banco Postal e dos seus Co-laboradores por todo o normativo aplicável através de uma intervenção independente, em conjunto com todas as unidades orgânicas do Banco.As funções de risco e compliance reportam hierárquica e funcionalmente a um administrador executivo e também ao Conselho de Administração através dos Comités em que participam outros administradores executi-vos, sendo responsabilidade da Direcção de Compliance:

• Identificar requisitos de Compliance referentes a risco, documen-tando os mesmos em normas de procedimento;

• Identificar lacunas de Compliance e oportunidades de melhoria. No decorrer do exercício de 2016, o Banco Nacional de Angola emitiu um conjunto de Avisos e Instrutivos com especial enfoque na gestão e repor-te de risco por parte das Instituições Financeiras. Tendo em consideração que o ano 2017 foi o 1º ano de actividade em que as operações bancárias desenvolvidas não foram ainda muito abrangentes em termos de produ-tos e serviços oferecidos aos clientes pelas unidades de negócio, o Banco Postal ainda estando a desenvolver todos os esforços no sentido estar em condições de proceder ao reporte dentro dos prazos legalmente aplicáveis

Direcção De AuDitoriA iNterNAO Direcção de Auditoria Interna é responsável pelo processo monitoriza-ção e de acompanhamento do sistema de controlo interno e de garantir que as politicas emitidas pelo Banco Postal associado ao sistema de contro-lo interno são efectivamente seguidas. É sua competência:

• Implementar as políticas e orientações gerais em matéria de Audi-toria Interna;

• Realizar inspecções e auditorias nas diversas Áreas do Banco, de modo a avaliar o grau de implementação dos princípios e regras de-finidos, identificando eventuais insuficiências e definir, em conjunto com as diferentes Áreas, medidas correctivas para as oportunidades de melhoria e não conformidades identificadas nas auditorias.

• Colaborar para a definição de planos de auditoria interna através da identificação de áreas com maior exposição a risco.

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análise finanCeira

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anÁlise FinanceiRa_

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activo10 333 266

produto Bancário727 204

depósitos de Clientes6 700 565

resultado líquido- 4 319 568

Valores em milhares de kwanzas

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O Banco Postal iniciou a actividade em Março de 2017 com a inauguração da sua Unidade de Negócio Xikila Money, que no final do ano já operava em Luanda e no Huambo, com um total de 4 Agências e 147 Quiosques. As Unidades de Negócio Comércio & Empresários e Corporate & Personal embora tenham sido formalmente lançadas em Fevereiro de 2018, já reali-zaram alguma actividade comercial no 4º trimestre de 2017.

Assim, em 31 de Dezembro de 2017, em resultado da actividade desenvol-vida, o balanço apresenta um activo total de 10.3 mil milhões de kwanzas, do qual 6,7 mil milhões de kwanzas (65%) é representado por disponibili-dades e aplicações financeiras de curto prazo consideradas muito líquidas e 3,1 mil milhões de kwanzas (30%) é representado pelos investimentos em imobilizações de natureza corpórea e em soluções tecnológicas core (software). O crédito a Clientes no final de 2017 é ainda exclusivamente representado por créditos a colaboradores.

31.12.17 %

Caixa e dispon. em Bancos centrais 1 873 613

Disponibilidades em outras instituições de crédito 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instit.de crédito 4 166 964

Investimentos detidos até à maturidade 529 732

DISPONIBILIDADES E APLICAÇÕES FINANCEIRAS LíquIDAS 6 744 385 65%

CRÉDITO A CLIENTES 9 732 -

Activos tangíveis 2 357 520

Activos intangíveis 739 266

INvESTIMENTOS EM IMOBILIzAÇÕES CORPóREAS E SOFTWARE 3 096 786 30%

OuTROS 482 363 5%

activo total 10 333 266 100%

Valores em milhares de kwanzas

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31.12.17 %

Recursos de Clientes 6 700 565 87%

Outros 973 821 13%

PASSIvO TOTAL 7 674 386 74%

Capital Social 6 978 448

Resultado do Exercício -4 319 568

CAPITAL PRóPRIO 2 658 880 26%

passivo e Capital próprio 10 333 266 100%

Valores em milhares de kwanzas

O passivo e o capital próprio do Banco representam em 31 de Dezembro de 2017, respectivamente 74% e 26% do total.Relativamente ao passivo, é sobretudo representado por recursos de Clien-tes (87%) que em 31 de Dezembro de 2017 atingiram 6,7 mil milhões kwan-zas, sob a forma de depósitos à ordem em moeda nacional, de empresas e particulares afectos às três Unidades de Negócio.

Durante o ano 2017, os accionistas do Banco realizaram 4,5 mil milhões de kwanzas correspondente a 56% do aumento de capital de 8 mil milhões de kwanzas aprovado para o exercício, de 2,5 mil milhões de kwanzas (capi-tal inicial) para 10,5 mil milhões de kwanzas. Em Março e Abril de 2018 foi realizada a quase totalidade da parcela remanescente deste aumento de capital, no montante de 3,3 mil milhões.

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2017 %

Margem financeira 141 255 19%

Resultados da Prestação de Serviços 79 028 11%

Resultados cambiais 506 921 70%

PRODuTO BANCáRIO 727 204 100%

Custos com Pessoal 2 380 784 47%

Fornecimentos e serviços de terceiros 2 274 850 45%

Depreciações e Amortizações 365 987 7%

Imparidades e provisões 9 494 -

Outros custos 15 657 -

CuSTOS TOTAIS 5 046 772 100%

resultado líquido -4 319 568

Valores em milhares de kwanzas

O produto bancário registou uma evolução progressiva ao longo dos tri-mestres com forte contribuição dos resultados cambiais (81%). A margem financeira teve uma contribuição de 19% para o produto bancário enquan-to que o resultado da prestação de serviços contribuiu com 11%.Embora em linha com o planeamento estratégico do Banco, neste primeiro ano de actividade, o resultado do exercício foi negativamente influenciado pelos custos com pessoal e com fornecimentos e serviços de terceiros, fun-damentais para o arranque e operação do Banco, incorridos quer em 2017, como também em 2016 (cerca de 180 milhões de kwanzas).

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deMonstrações finanCeiras e notas

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deMonstRaÇÕesFinanceiRas_

Balanço eM 31 de deZeMBro de 2017

Valores em milhares de kwanzas

notas 31.12.2017

ACTIvO

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 10 1 873 613

Disponibilidades em outras instituições de crédito 10 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 11 4 166 964

Activos financeiros disponíveis para venda 11 71 000

Investimentos detidos até à maturidade 12 529 732

Crédito a clientes 9 732

Outros activos tangíveis 13 2 357 520

Activos intangíveis 13 739 266

Outros activos 14 411 363

total do aCtiVo 10 333 266

PASSIvO

Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 3 104

Recursos de clientes e outros empréstimos 15 6 700 565

Provisões 9 395

Outros passivos 16 961 322

total do passiVo 7 674 386

CAPITAL PRóPRIO

Capital Social 17 6 978 448

Resultado líquido do exercício -4 319 568

total do Capital próprio 2 658 880

total do passiVo + Capital próprio 10 333 266

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deMonstração de resultados e do outro rendiMento integral do perÍodo de 23 de Março a 31 de deZeMBro de 2017

notas 31.12.2017

Juros e rendimentos similares 4 149 605

Juros e encargos similares 4 (8 350)

MargeM finanCeira 141 255

Rendimentos de serviços e comissões 5 96 445

Encargos com serviços e comissões 5 (17 417)

Resultados cambiais 6 506 921

produto da aCtiVidade BanCária 727 204

Custos com o pessoal 7 (2 380 784)

Fornecimentos e serviços de terceiros 8 (2 274 850)

Depreciações e amortizações do exercício 13 (365 987)

Provisões líquidas de anulações (9 396)

Imparidade para crédito a clientes líquida de reversões e recuperações 98

resultado antes de iMpostos de operações eM Continuação (4 303 911)

Impostos sobre os resultados

Correntes 9 (15 657)

resultado após iMpostos de operações eM Continuação (4 319 568)

Rendimento reconhecido directamente no Capital Próprio -

resultado lÍquido indiVidual do eXerCÍCio (4 319 568)

Valores em milhares de kwanzas

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras

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deMonstração de fluXos de CaiXa do perÍodo de 23 de Março a 31 de deZeMBro de 2017

Valores em milhares de kwanzas

2017

FLuXOS DE CAIXA DAS ACTIvIDADES OPERACIONAIS

Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 219 907

Juros, comissões e outros custos equiparados pagos 19 659

Pagamentos a empregados e fornecedores (3 658 465)

Outros resultados -

fluXos de CaiXa antes das alterações nos aCtiVos e passiVos operaCionais (3 418 899)

AuMENTOS/DIMINuIÇÕES DE ACTIvOS OPERACIONAIS

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito (4 150 555)

Activos financeiros disponíveis para venda (71 000)

Investimentos detidos até à maturidade (519 998)

Crédito a clientes (9 830)

Outros Activos (3 308)

fluXo lÍquido proVeniente dos aCtiVos operaCionais (4 754 691)

AuMENTOS/DIMINuIÇÕES DE PASSIvOS OPERACIONAIS

Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 3 104

Recursos de clientes e outros empréstimos 6 700 565

Outros passivos 1 935

fluXo lÍquido proVeniente dos passiVos operaCionais 6 705 604

CAIXA LíquIDA DAS ACTIvIDADES OPERACIONAIS ANTES DOS IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Impostos sobre o rendimento pagos (15 657)

CaiXa lÍquida das aCtiVidades operaCionais (1 467 986)

FLuXOS DE CAIXA DAS ACTIvIDADES DE INvESTIMENTO

Aquisições de outros activos tangíveis, líquidas de alienações (2 682 899)

Aquisições de activos intangíveis, líquidas de alienações (779 874)

CaiXa lÍquida das aCtiVidades de inVestiMento (3 462 773)

FLuXO DE CAIXA DAS ACTIvIDADES DE FINANCIAMENTO

Aumentos/(Reduções) de capital social 6 978 448

CaiXa lÍquida das aCtiVidades de finanCiaMento 6 978 448

vARIAÇÃO DE CAIXA E SEuS EquIvALENTES

Caixa e seus equivalentes no início do período 2 047 689

Efeitos da variação cambial em caixa e seus equivalentes -

CaiXa e seus equiValentes no fiM do perÍodo 2 047 689

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deMonstração de alterações do Capital próprio do perÍodo de 23 de Março a 31 de deZeMBro de 2017

Valores em milhares de kwanzas

notas capital social Resultado líquido do

período

total do capital

próprio

saldos eM 23 de Março de 2017 17 2 500 000 - 2 500 000

Aumentos/(Reduções) de capital social 17 4 478 448 - 4 478 448

Resultado líquido do período - (4 319 568) -

saldos eM 31 de deZeMBro de 2017 6 978 448 - 6 978 448

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras

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notas Às deMonstRaÇÕesFinanceiRas_

NotA 1 - NotA iNtroDutÓriA O Banco Postal, S.A., doravante igualmente designado por "Banco" ou "BPT", com sede em Luanda, é um Banco de capitais privados constituído por escri-tura pública em 1 de Setembro de 2016, tendo como objecto social o exercí-cio da actividade bancária, nos termos e dentro dos limites da Lei Angolana. A actividade comercial do Banco teve início no dia 23 de Março de 2017.

NotA 2 - PriNciPAis PolíticAs coNtABilísticAs2.1 - Bases de apresentaçãoNo âmbito do disposto no Aviso n.º 6/2016 de 22 de Junho, do Banco Nacio-nal de Angola, as Demonstrações Financeiras do Banco Postal, S.A. são prepa-radas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS"). As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Ac-counting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo Interna-tional Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC), e pelos respecti-vos órgãos antecessores.As demonstrações financeiras do Banco agora apresentadas reportam-se ao período de 23 de Março de 2017 a 31 de Dezembro de 2017.As normas contabilísticas e interpretação recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que Banco ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras podem ser analisadas na nota 21.As Demonstrações Financeiras estão expressas em milhares de Kwanzas, ar-redondado ao milhar mais próximo e foram preparadas no pressuposto de continuidade das operações. Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos com excepção dos activos registados ao justo valor, nomeadamente os activos financeiros disponíveis para venda. A preparação de Demonstrações Financeiras de acordo com as IFRS requer que o Banco efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de provei-tos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferen-ças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimati-vas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas sig-nificativas na preparação das Demonstrações Financeiras encontram-se analisadas na Nota 3.

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As demonstrações financeiras individuais e o relatório de gestão do período findo em 31 de Dezembro de 2017 foram aprovadas em reunião do Con-selho de Administração em 10 de Maio de 2017, e serão submetidas para aprovação da Assembleia Geral que tem o poder de as alterar. No entanto, é convicção do Conselho de Administração que as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2 - transacções em moeda estrangeiraAs transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcio-nal (Kwanza) à taxa de câmbio em vigor na data da transacção. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As di-ferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao custo histórico são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data da transacção. Os activos e passivos não mo-netários registados ao justo valor são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor é determinado e reco-nhecido por contrapartida de resultados, com excepção daqueles reconheci-dos em activos financeiros disponíveis para venda, cuja diferença é registada por contrapartida de reservas.As taxas de câmbio AKZ/USD e AKZ/EUR a 31 de Dezembro de 2017 eram 165,924 e 165,903, respectivamente.Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo, são imediatamente registadas na posição cambial à vista ou a prazo, cujo conteúdo e critério de reavaliação são como segue:

_ Posição cambial à vistaA posição cambial à vista em cada moeda, é dada pelo saldo líquido dos ac-tivos e passivos dessa moeda, assim como das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo com vencimento nos dois dias úteis sub-sequentes. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base na taxa de câmbio média publicada pelo BNA nessa data, dando origem à movi-mentação da conta de posição cambial (moeda nacional), por contrapartida de resultados.

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_ Posição cambial a prazoA posição cambial a prazo em cada moeda corresponde ao saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se ven-çam dentro dos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações (forwards de moeda), são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou na ausência destas, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. A diferença entre os contravalores em Kwanzas às taxas de reavaliação a prazo aplica-das e os contravalores às taxas contratadas, que representam o custo ou proveito ou o custo de reavaliação da posição cambial a prazo, é registada nas rubricas de "Operações cambiais" do activo ou do passivo, por contra-partida de resultados.

2.3 - crédito a clientesO crédito a Clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja inten-ção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente.O crédito a Clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos con-tratuais do Banco relativos aos respectivos fluxos de caixa expiraram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não substan-cialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os activos foi transferido.O crédito a Clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transacção, e é subsequentemente valorizado ao custo amor-tizado, com base no método da taxa de juro efectiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.

imparidadeA política do Banco consiste na avaliação regular da existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparida-de identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo sub-sequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num exercício posterior.Após o reconhecimento inicial, um crédito ou uma carteira de créditos sobre clientes, definida como um conjunto de créditos com caracterís-ticas de risco semelhantes encontra-se em imparidade (i) quando existe evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos, e (ii) quando estes tenham impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, que possam ser estimados de forma fiável.

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Dada a diminuta dimensão e ausência de histórico, o Banco analisa indivi-dualmente a totalidade da carteira de crédito. As perdas por imparidade são calculadas através da comparação do valor actual dos fluxos de caixa futuros esperados descontados à taxa de juro efectiva original de cada con-trato e o valor contabilístico de cada crédito, sendo as perdas registadas por contrapartida de resultados. O valor contabilístico dos créditos com imparidade é apresentado no balanço líquido das perdas por imparidade. Para os créditos com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de juro efectiva anual, aplicável no período em que foi determinada a imparidade.Para os clientes que da análise individual de crédito resultar imparidade zero e não exista nenhum indício de imparidade, o Banco regista uma perda IBNR (incurred but not reported) de 1%.

2.4 - outros instrumentos financeiros(i) classificação, reconhecimento inicial e mensuração subsequenteOs outros instrumentos financeiros são reconhecidos na data da transacção, que é o momento a partir do qual o Banco se torna parte integrante do con-trato e são classificados considerando a intenção que lhes está subjacente de acordo com as categorias descritas seguidamente: _ Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados, e dentro desta categoria como: _ Detidos para negociação; _ Designados ao justo valor através de resultados. _ Investimentos detidos até à maturidade;_ Activos financeiros disponíveis para venda; e _ Passivos financeiros.Um activo ou passivo financeiro é inicialmente mensurado ao justo valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis à aquisição ou emissão, excepto se forem itens registados ao justo valor através de resulta-dos em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos como gastos do exercício.As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional e indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos estão sujeitas a actualização cambial. O resultado da actualização cambial do valor nominal do título, do desconto e do juro corrido, é reflectido na demonstração dos resultados do exercício em que ocorre, na rubrica "Resultados cambiais".

1) Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados1a) activos financeiros detidos para negociaçãoOs activos financeiros detidos para negociação são aqueles adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no curto prazo ou que são detidos como parte integrante de uma carteira de activos, normalmente de títulos ou derivados, em relação à qual existe evidência de actividades recen-tes conducentes à realização de ganhos de curto prazo.

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Derivados detidos para negociaçãoOs derivados que não sejam considerados numa relação de cobertura con-tabilística são considerados como outros instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados. Quando o justo valor dos instrumentos for posi-tivo, são apresentados no activo, quando o seu justo valor for negativo são classificadas no passivo, em ambos os casos na rubrica de derivados detidos para negociação.Derivados embutidosOs derivados embutidos em instrumentos financeiros são separados conta-bilisticamente sempre que: _ os riscos e benefícios económicos do derivado não estejam relacionados com os do instrumento principal (contrato hospedeiro);_ o instrumento híbrido (conjunto) não esteja, à partida, reconhecido ao jus-to valor através de resultados.Os derivados embutidos são apresentados na rubrica derivados de nego-ciação, registados ao justo valor com as variações reflectidas em resulta-dos do período.1b) Designados ao justo valor através de resultadosA designação de activos ou passivos financeiros ao justo valor através de re-sultados (Fair Value Option) pode ser realizada desde que se verifique pelo menos um dos seguintes requisitos:_ os activos ou passivos financeiros são geridos, avaliados e reportados inter-namente ao seu justo valor; _ a designação elimina ou reduz significativamente o mismatch contabilísti-co das transacções; ou _ os activos ou passivos financeiros contêm derivados embutidos que alte-ram significativamente os fluxos de caixa dos contratos originais (contrato hospedeiro).Os activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados são re-conhecidos inicialmente ao seu justo valor, com os custos ou proveitos as-sociados às transacções reconhecidos em resultados no momento inicial, com as variações subsequentes de justo valor reconhecidas em resultados. A periodificação dos juros e do prémio/desconto (quando aplicável) é reco-nhecida na margem financeira com base na taxa de juro efectiva de cada transacção, assim como a periodificação dos juros dos derivados associados a instrumentos financeiros classificados nesta categoria.

2) investimentos detidos até à maturidadeNesta categoria são reconhecidos activos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidade fixa, para os quais o Ban-co tem a intenção e capacidade de manter até à maturidade e que não foram designados para nenhuma outra categoria de activos financeiros. Es-tes activos financeiros são reconhecidos ao custo amortizado no momento inicial do seu reconhecimento e mensurados subsequentemente ao custo amortizado, usando o método da taxa de juro efectiva. O juro é calculado através do método da taxa de juro efectiva e reconhecido em margem fi-nanceira. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados quan-do identificadas.

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Qualquer reclassificação ou venda de activos financeiros reconhecidos nesta categoria que não seja realizada próxima da maturidade, obrigará o Banco a reclassificar integralmente esta carteira para activos financeiros disponíveis para venda e ficará durante dois anos impossibilitado de classificar qualquer activo financeiro nesta categoria.

3) Activos financeiros disponíveis para vendaSão activos financeiros não derivados que: (i) o Banco tem intenção de man-ter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se en-quadram nas categorias anteriormente referidas. Esta categoria pode incluir títulos de dívida ou de capital.Os activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transacções e posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são vendidos ou até ao reconhecimento de perdas de imparidade, caso em que passam a ser reconhecidos em resultados. Instrumentos de ca-pital que não sejam cotados e cujo justo valor não é possível ser calculado com fiabilidade são registados ao custo. Na alienação dos activos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos em reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica "Resultados de activos financeiros disponíveis para venda" da demonstração dos resultados.A flutuação cambial dos títulos de dívida em moeda estrangeira é registada na demonstração de resultados na rubrica de "Resultados cambiais". Para os instrumentos de capital, por se tratarem de activos não monetários, a flu-tuação cambial é reconhecida na Reserva de justo valor (Capitais próprios), como uma componente integrante do respectivo justo valor. Os juros de ins-trumentos de dívida são reconhecidos com base na taxa de juro efectiva na margem financeira, incluindo um prémio ou desconto, quando aplicável. Os dividendos são reconhecidos em resultados na rubrica de "Rendimentos de instrumentos de capital" quando for atribuído o direito ao recebimento.Os activos financeiros aqui reconhecidos são inicialmente registados ao seu justo valor e subsequentemente ao custo amortizado líquido de imparidade. Os custos de transacção associados fazem parte da taxa de juro efectiva des-tes instrumentos financeiros. Os juros reconhecidos pelo método da taxa de juro efectiva são reconhecidos em margem financeira.As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados quando identificadas.

4) Passivos financeirosUm instrumento financeiro é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual de uma liquidação a ser efectuada median-te a entrega de dinheiro ou outro activo financeiro, independente da sua for-ma legal. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando a obrigação subjacente é liquidada, expira ou é cancelada.Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de Clientes, empréstimos, responsabilidades representadas por tí-tulos, outros passivos subordinados e vendas a descoberto.

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Os passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao justo valor e sub-sequentemente ao custo amortizado. Os custos de transacção associados fazem parte da taxa de juro efectiva. Os juros reconhecidos pelo método da taxa de juro efectiva são reconhecidos em margem financeira.As mais e menos valias apuradas no momento da recompra de outros passi-vos financeiros são reconhecidas em Resultados de activos e passivos avalia-dos ao justo valor através de resultados no momento em que ocorrem.O Banco classifica os seus passivos financeiros que não garantias e compro-missos, mensurados ao custo amortizado, com base no método da taxa efec-tiva ou ao justo valor através de resultados.

(ii) custo amortizadoO custo amortizado de um activo ou passivo financeiro é o montante pelo qual um activo ou passivo financeiro é reconhecido inicialmente, deduzido de recebimentos de capital, acrescido ou deduzido de amortizações acumu-ladas usando o método da taxa de juro efectiva, decorrentes da diferença entre o valor inicialmente reconhecido e o montante na maturidade, menos as reduções decorrentes de perdas por imparidade.

(iii) Mensuração ao justo valorO justo valor é o preço que seria recebido ao vender um activo ou pago para transferir um passivo numa transacção corrente entre participantes de mer-cado à data da mensuração ou, na sua ausência, o mercado mais vantajoso a que o Banco tem acesso para efectuar a transacção aquela data. O justo valor de um passivo reflecte o risco de crédito do próprio Banco. Quando disponí-vel, o justo valor de um investimento é mensurado utilizando a sua cotação de mercado num mercado activo para aquele instrumento. Um mercado é considerado activo se houver frequência e volume de transacções suficien-tes de forma a que exista uma cotação de preços numa base constante.Se não houver cotação num mercado activo, o Banco utiliza técnicas de va-lorização que maximizem a utilização de dados de mercado observáveis e minimizem a utilização de dados não observáveis em mercado. A técnica de valorização escolhida incorpora todos os factores que um participante no mercado levaria em consideração para calcular um preço para a transacção.

(iv) identificação e mensuração de imparidadeAdicionalmente à análise de imparidade sobre os créditos a Clientes, em cada data de balanço é efectuada uma avaliação da existência de evidência objectiva de imparidade para todos os restantes activos financeiros que não estejam registados ao justo valor através de resultados. Um activo financei-ro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tenham impacto nos flu-xos de caixa futuros do activo que possam ser estimados com fiabilidade.Em conformidade com as IFRS, o Banco avalia regularmente se existe evidên-cia objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade.

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Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em im-paridade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para as acções e outros instrumentos de capital, uma des-valorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado abaixo do custo de aquisição, e (ii) para os títulos de dívida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de cai-xa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do activo financeiro e são registadas por contrapartida de resultados. Estes ac-tivos são apresentados no balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período sub-sequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de re-sultados do exercício.Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à di-ferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qual-quer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resulta-dos, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente re-conhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à re-posição do custo de aquisição se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, em que as mais-valias subsequentes são reconhecidas em reservas.

(v) transferências entre categoriasO Banco apenas procede à transferência de activos financeiros não deriva-dos com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas, da categoria de activos financeiros disponíveis para venda para a categoria de activos financeiros detidos até à maturidade, desde que tenha a intenção e a capacidade de manter estes activos financeiros até à sua maturidade.Estas transferências são efectuadas com base no justo valor dos activos transferidos, determinado na data da transferência. A diferença entre este justo valor e o respectivo valor nominal é reconhecida em resultados até à maturidade do activo, com base no método da taxa efectiva. A reserva de justo valor existente na data da transferência é também reconhecida em re-sultados com base no método da taxa efectiva.As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para crédito a Clientes – crédito titulado – são permitidas se existir a intenção e capacidade de o manter no futuro previsível ou até à maturidade.

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(vi) Desreconhecimento O Banco desreconhece os seus activos financeiros quando (i) expiram to-dos os direitos aos fluxos de caixa futuros, (ii) o Banco os tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os ris-co e benefícios.O Banco procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando es-tes são cancelados, extintos ou expirados.

(vii) compensação de instrumentos financeirosO Banco procede à compensação de activos e passivos financeiros, apre-sentando um valor líquido no balanço quando, e apenas quando, o Banco tem o direito irrevogável de os compensar numa base líquida e tem a in-tenção de os liquidar numa base líquida ou de receber o valor do activo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal executável não pode ser contingente de eventos futuros, e deve ser executável no decurso nor-mal da actividade do Banco, assim como em caso de default, falência ou insolvência do Banco ou da contraparte.

2.5 - instrumentos de capitalUm instrumento financeiro é classificado como instrumento de capital quan-do não existe uma obrigação contratual de a sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro a terceiros, in-dependentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.Os custos de transacção directamente atribuíveis à emissão de instrumen-tos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção. Os rendimentos de instrumentos de capital (divi-dendos) são reconhecidos quando o direito ao seu recebimento é estabele-cido e deduzidos ao capital próprio.

2.6 - outros activos tangíveis

(i) Reconhecimento e mensuraçãoOs outros activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, de-duzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

(ii) custos subsequentesOs custos subsequentes são reconhecidos como um activo separado ape-nas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio da es-pecialização dos exercícios.

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(iii) amortizaçõesOs terrenos não são amortizados. As amortizações são calculadas pelo mé-todo das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada:_ Benfeitorias em Imóveis arrendados (edifícios) - 10 anos, que corresponde aos prazos dos contratos de arrendamento dos imóveis onde são realizadas benfeitorias;_ Quiosques – 4 anos_ Material electrónico e informático – entre 3 e 5 anos;_ Equipamento de comunicações e de segurança – entre 3 e 15 anos;_ Mobiliário e instalações interiores – entre 3 e 10 anos_ Material de transporte – 4 anosQuando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, a IAS 36 – Imparidade de activos exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor lí-quido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparida-de são reconhecidas na demonstração dos resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.7 - Activos intangíveissoftwareOs custos incorridos com a aquisição de software a terceiras entidades são ca-pitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco neces-sárias à sua implementação. Estes custos são amortizados linearmente pelo período da vida útil estimado, a qual se situa normalmente entre 5 e 10 anos.encargos com projectos de investigação e desenvolvimentoOs custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, relativamente às quais seja expectável que venham a gerar be-nefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis. Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.

2.8 - Activos cedidos e empréstimo de títulosTítulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições de cré-dito ou Clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

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Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O correspon-dente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de crédito ou a Clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhe-cidos do balanço, sendo classificados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na Nota 2.4. Os títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

2.9 - impostos sobre lucrosOs impostos sobre lucros registados em resultados incluem o efeito dos im-postos correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demons-tração dos resultados, excepto quando relacionado com itens que sejam mo-vimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios.

(i) imposto correnteOs impostos correntes correspondem ao valor que se apura relativamente ao rendimento tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas autoridades à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de exercícios anteriores.Com a publicação da Lei 19/14 que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2015, o imposto Industrial é objecto de liquidação provisória numa única presta-ção a ser efectuada no mês de Agosto, apurada através da aplicação de uma taxa de 2% sobre o resultado derivado das operações de intermediação fi-nanceira, apurados nos primeiros seis meses do exercício fiscal anterior, ex-cluídos os proveitos sujeitos a imposto sobre aplicação de capitais, indepen-dentemente da existência de matéria colectável no exercício.

(ii) imposto diferidoOs impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passi-vo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças tempo-rárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis com excepção das diferenças resultantes do reco-nhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro con-tabilístico quer o fiscal e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se revertam no futuro.Os activos por impostos diferidos são reconhecidos quando é provável a existência de lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças tempo-rárias dedutíveis para efeitos fiscais (incluindo prejuízos fiscais reportáveis).

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2.10 - Provisões e passivos contingentesSão reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente (legal ou decorrente de práticas passadas ou políticas publicadas que impli-quem o reconhecimento de certas responsabilidades), (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma esti-mativa fiável do valor dessa obrigação. A mensuração das provisões tem em conta os princípios definidos na IAS 37 no que respeita à melhor estimativa do custo expectável, ao resultado mais provável das acções em curso e tendo em conta os riscos e incertezas inerentes ao processo.Nos casos em que o efeito do desconto é material, provisões corresponden-tes ao valor actual dos pagamentos futuros esperados, descontados a uma taxa que considera o risco associado à obrigação.As provisões são revistas no final de cada data de reporte e ajustadas para re-flectir a melhor estimativa, sendo revertidas por contrapartida de resultados na proporção dos pagamentos que não sejam prováveis.As provisões são desreconhecidas através da sua utilização para as obriga-ções para as quais foram inicialmente constituídas ou nos casos em que estas deixem de se observar.Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passi-vo contingente. Os passivos contingentes são sempre objecto de divulgação, excepto nos casos em que a possibilidade da sua concretização seja remota.

2.11 - reconhecimento de jurosOs resultados referentes a juros de instrumentos financeiros activos e passi-vos mensurados ao custo amortizado são reconhecidos nas rubricas de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares (margem financeira), pelo método da taxa de juro efectiva. Os juros à taxa efectiva de activos fi-nanceiros disponíveis para venda também são reconhecidos em margem fi-nanceira assim como dos activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados.A taxa de juro efectiva corresponde à taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento fi-nanceiro (ou, quando apropriado, por um período mais curto) para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.Para a determinação da taxa de juro efectiva, o Banco procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do ins-trumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando eventuais perdas por imparidade. O cálculo inclui as comis-sões pagas ou recebidas consideradas como parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios ou descontos directamen-te relacionados com a transacção, excepto para activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados.No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada para des-conto de fluxos de caixa futuros na mensuração da perda por imparidade.Especificamente no que diz respeito à política de registo dos juros de crédito vencido são considerados os seguintes aspectos:

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_ Os juros de créditos vencidos com garantias reais até que seja atingido o li-mite de cobertura prudentemente avaliado são registados por contrapartida de resultados de acordo com a IAS 18 – Rédito no pressuposto de que existe uma razoável probabilidade da sua recuperação; e_ Os juros já reconhecidos e não pagos relativos a crédito vencido há mais de 90 dias que não estejam cobertos por garantia real são anulados, sendo os mesmos apenas reconhecidos quando recebidos por se considerar, no âmbi-to da IAS 18 – Rédito, que a sua recuperação é remota. Para os instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles que forem classificados como instrumentos de cobertura do risco de taxa de juro, a componente de juro não é autonomizada das alterações no seu jus-to valor, sendo classificada como Resultados de activos e passivos avalia-dos ao justo valor através de resultados. Para derivados de cobertura do risco de taxa de juro e associados a activos financeiros ou passivos financei-ros reconhecidos na categoria de Fair Value Option, a componente de juro é reconhecida em juros e rendimentos similares ou em juros e encargos similares (margem financeira).

2.12 - reconhecimento de dividendosOs dividendos (rendimento de instrumentos de capital) são reconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao seu recebimento.

2.13 - reconhecimento de rendimentos de serviços e comissõesOs rendimentos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios: _ quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reco-nhecimento em resultados é efectuado no período a que respeitam; _ quando resultam de uma prestação de serviços, o seu reconhecimento é efectuado quando o referido serviço está concluído. Quando são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instru-mento financeiro, os proveitos resultantes de serviços e comissões são re-gistados na margem financeira.2.14 - Actividades fiduciáriasOs activos detidos no âmbito de actividades fiduciárias não são reconhe-cidos nas demonstrações financeiras do Banco. Os resultados obtidos com serviços e comissões provenientes destas actividades são reconhecidos na demonstração de resultados no período em que ocorrem.

2.15 - resultados em operações financeirasOs resultados em operações financeiras incluem os ganhos e perdas gerados por activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados, no-meadamente das carteiras de negociação e de outros activos e passivos ao justo valor através de resultados, incluindo derivados embutidos e dividen-dos associados a estas carteiras.Estes resultados incluem igualmente as valias nas vendas de activos financei-ros disponíveis para venda, e de activos financeiros detidos até à maturidade. As variações de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cober-tura e dos instrumentos cobertos, quando aplicável a relações de cobertura de justo valor, também aqui são reconhecidas.

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2.16 - caixa e seus equivalentesPara efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalen-tes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as dis-ponibilidades em outras instituições de crédito. A Caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto dos Bancos Centrais.

2.17 - garantias financeiras e compromissosGarantias financeiras são contratos que obrigam o Banco a efectuar paga-mentos específicos de forma a reembolsar o detentor por uma perda incor-rida em virtude de um devedor falhar o cumprimento de um pagamento. Compromissos são compromissos firmes com o objectivo de fornecer crédi-to ao abrigo de condições pré-determinadas.Passivos que decorrem de garantias financeiras ou compromissos dados para fornecer um empréstimo a uma taxa de juro abaixo do valor de mer-cado são inicialmente reconhecidos ao justo valor, sendo o justo valor inicial amortizado durante o período de vida útil da garantia ou compromisso. Sub-sequentemente o passivo é registado ao mais alto entre o valor amortizado e o valor presente de qualquer pagamento expectável para liquidar.

NotA 3 – PriNciPAis estimAtivAs e julgAmeNtos utilizADos NA elABorAção DAs DemoNstrAções FiNANceirAsOs IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça as estimativas necessárias para decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Banco são apresentadas nesta Nota, ten-do como objectivo melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação. Uma descrição alarga-da das principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco é apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras.Considerando que, em muitas situações, existem alternativas ao tratamen-to contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um tratamento diferen-te fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco e o resulta-do das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

3.1 - impostos sobre os lucrosPara determinar o montante global de impostos sobre os lucros foi neces-sário efectuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerta durante o ciclo normal de negócios. Outras interpretações e esti-mativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício.

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As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Banco durante um período de cinco anos. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes prin-cipalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal, que pela sua probabilidade, o Conselho de Administração considera que não terão efeito materialmente relevante ao nível das demonstrações financeiras.

3.2 - relato financeiro em economias hiperinflacionáriasA norma internacional de contabilidade 29 – Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias (IAS 29) refere que deve ser efectuada uma avaliação de quando se torna necessária a reexpressão das demonstrações financeiras de acordo com esta norma. O juízo deve ter em consideração as características do ambiente económico do país, nomeadamente as seguintes:_ a população em geral prefere conservar a sua riqueza em activos não monetários ou numa moeda estrangeira relativamente estável. As quan-tias de moeda local detidas são imediatamente investidas para manter o poder de compra;_ a população em geral vê as quantias monetárias não em termos de moeda local mas em termos de uma moeda estrangeira estável. Os preços podem ser cotados nessa moeda;_ as vendas e compras a crédito têm lugar a preços que compensem a perda esperada de poder de compra_ durante o período de crédito, mesmo que o período seja curto;_ as taxas de juro, os salários e os preços estão ligadas a um índice de preços; _ a taxa de inflação acumulada durante três anos aproxima-se de 100% ou excede este valor.No que se refere à económica Angolana, a Associação Angolana de Bancos ("ABANC") e o Banco Nacional de Angola ("BNA") expressaram uma interpre-tação de que não se encontram cumpridos a totalidade dos requisitos pre-vistos na IAS 29 – Relato financeiro em economias hiperinflacionárias ("IAS 29") para que a economia Angolana seja considerada hiperinflacionária no período findo em 31 de Dezembro de 2017 e, consequentemente, a Admi-nistração do Banco decidiu não aplicar as disposições constantes naquela Norma às suas demonstrações financeiras naquela data.

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NotA 4 – mArgem FiNANceirA O valor desta rubrica é composto por:

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

De activos/ passivos ao custo

amortizado e activos disponíveis

para venda

De activos/ passivos ao justo valor através de resultados total

JuROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Juros de crédito a clientes 957 - 957

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 138 976 - 138 976

Juros de investimentos detidos até à maturidade 9 672 - 9 672

149 605 - 149 605

JuROS E ENCARGOS SIMILARES

Juros de recursos de Bancos centrais e instituições de crédito 7 638 - 7 638

Juros de recursos de clientes 712 - 712

8 350 - 8 350

MargeM finanCeira 141 255 - 141 255

NotA 5 – resultADo De serviços e comissõesO valor desta rubrica é composto por:

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

RENDIMENTOS DE SERvIÇOS E COMISSÕES 96 445

Comissões de movimentos em moeda estrangeira 67 772

Comissões de garantia 11 955

Comissões de pagamentos e levantamentos 10 718

Comissão de custódia de títulos 2 821

Comissões de pagamento de serviços 1 750

Comissões de pagamentos, transferências e remessas 1 114

Outros serviços bancários 315

ENCARGOS COM SERvIÇOS E COMISSÕES 17 417

Despesas bancárias 9 046

Encargos com operações de compensação 1 977

Outras despesas e encargos 6 394

resultado CoM CoMissões 79 028

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Esta rubrica inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial de acti-vos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2, e os resultados decorrentes da venda de moeda estrangeira.

NotA 7 – custos com PessoAl O valor desta rubrica é composto por:

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

vENCIMENTOS E SALáRIOS

Membros dos órgãos de Gestão e Fiscalização 293 360

Vencimento base 226 105

Subsídios e bónus 67 255

PESSOAL 1 810 525

Vencimento base 1 440 605

Subsídios e bónus 369 920

ENCARGOS SOCIAIS 240 061

Obrigatórios 123 774

Facultativos 116 287

OuTROS CuSTOS 36 838

Custos CoM pessoal 2 380 784

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

Resultados com compra e venda de divisas 562 110

Resultados de reavaliação cambial 55 189

resultados CaMBiais 506 921

NotA 6 – resultADos cAmBiAisO valor desta rubrica é composto por:

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31.12.2017

Funções directivas 21

Funções de chefia 13

Funções administrativas e outras 454

total 488

Valores em milhares de kwanzas

conselho de administração

assembleia Geral

conselho Fiscal

conselho de estratégia total

Remunerações e outros benefícios de curto prazo 285 294 - - - 285 294

Remunerações variáveis - 4 420 1 271 2 376 8 067

suBtotal 285 294 1 271 2 376 293 360

Benefícios de longo prazo e outros encargos sociais - - - - -

Outras remunerações e prémios de antiguidade - - - - -

suBtotal 285 294 1 271 2 376 293 360

Os custos com a remuneração e outros benefícios atribuídos ao pessoal chave do Banco é apresentado como segue:

Considera-se "Outro pessoal chave da gestão" os Directores Gerais e os As-sessores do Conselho de Administração.O número de Colaboradores do Banco, considerando os efectivos e os contratados a termo, apresenta a seguinte desagregação por categoria profissional:

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NotA 9 – imPostosO Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de imposto industrial, sen-do considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A.Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os ori-ginaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio. Nestas situações, não aplicáveis em 2017, o correspondente imposto é reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.O cálculo do imposto corrente do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017 foi apurado nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 4º, da Lei nº 19 / 14, de 22 de Outubro, sendo a taxa de imposto aplicável de 30%. Porém, como o Banco registou prejuízos fiscais no exercício então findo, não existe imposto corrente a liquidar ao Estado. As declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das au-toridades fiscais durante um período de 5 anos, podendo resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, em eventuais correcções ao resultado tributável do exercício de 2017. No entanto, não é previsível que qualquer correcção relativa a este exercício venha a ocorrer e, caso ocorra, não são esperados impactos significativos nas Demonstrações financeiras.Os prejuízos fiscais apurados em determinado exercício, conforme dispos-to no artigo 46.o do Código do Imposto Industrial, podem ser deduzidos aos lucros tributáveis dos três anos posteriores.

NotA 8 – ForNecimeNtos e serviços De terceiros O valor desta rubrica é composto por:

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

Rendas e alugueres 328 293

Publicidade e publicações 273 728

Comunicações e expedição 164 251

Conservação e reparação 259 752

Deslocações e representação 251 164

Água, energia e combustíveis 40 552

Material de consumo corrente 164 566

Serviços Informáticos 137 684

Mão-de-obra eventual 4 083

Judiciais, contencioso e notariado 32 150

Consultoria e auditoria 515 398

Recrutamento e formação 49 663

Outros custos 53 566

total 2 274 850

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O Banco apresenta na rubrica de impostos correntes o montante de custos de rendimentos de IAC reconhecidos em resultados na medida que conside-ra que este imposto cumpre com os requisitos definidos na IAS 12 para ser considerado como imposto corrente. A totalidade do custo reconhecido na rubrica de impostos correntes no período de 2017 é referente a este imposto.Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Em 2017, o Conselho de Administração optou por não reconhecer impostos diferidos activos sobre os prejuízos fiscais registados pelo Banco neste seu primeiro ano de actividade, uma vez que no cenário mais conservador do planeamento estratégico de médio prazo, pode não ser possível realizar os resultados tributáveis positivos suficientes até ao fi-nal do período de três anos, para absorver a totalidade dos prejuízos fiscais de 2017. O valor total de impostos diferidos activos por prejuízos fiscais passíveis de ser reconhecidos era de 1,3 mil milhões de Kwanzas.

NotA 10 – cAiXA e DisPoNiBiliDADes em BANcos ceNtrAis e Dis-PoNiBiliDADes em iNstituições De créDito O valor desta rubrica é composto por:

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

Caixa 62 431

Depósitos em Bancos centrais 1 811 182

Banco Nacional de Angola 1 811 182

total 1 873 613

A rubrica Disponibilidades no Banco Nacional de Angola inclui depósitos de carácter obrigatório, no montante de AKZ 1.563.516 milhares, que têm por objectivo satisfazer os requisitos legais quanto à constituição de dispo-nibilidades mínimas de caixa, as quais são exclusivamente denominadas em moeda nacional.De acordo com o Instrutivo nº 06/2017 do Banco Nacional de Angola, de 1 de Dezembro, as reservas mínimas obrigatórias são calculadas de acordo com a seguinte tabela:

Moeda nacional Moeda estrangeira

TAXAS SOBRE BASE DE INCIDêNCIA

Governo Central, Governos Locais e Administradores Municipais

Apuramento Diário 75% / 50% 100%

Outros sectores Apuramento Diário 21% 15%

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Todas as aplicações têm prazo de maturidade até 3 meses.As aplicações em instituições de crédito em Angola reportadas nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 venciam juro à taxa média de 13,78%.A rubrica de activos financeiros disponíveis para venda é composta pela par-ticipação de 0.9% do Banco na EMIS.

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

APLICAÇÕES EM INSTITuIÇÕES DE CRÉDITO NO PAíS

Aplicações no Banco Nacional de Angola 1 450 555

Mercado monetário interbancário 2 700 000

Outras aplicações

Juros corridos 16 409

total 4 166 964

De acordo com o Instrutivo em vigor todas as reservas obrigatórias relativas a responsabilidades com Clientes em moeda nacional, deverão ser constituí-das exclusivamente depósitos à ordem junto do BNA conforme descrito no quadro acima, sendo que em moeda estrangeira 80% dessa reserva pode ser constituída por Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira. Em 31 de De-zembro de 2017 o Banco não tinha responsabilidades em moeda estrangeira abrangidas pelo instrutivo acima referido.O cumprimento das disponibilidades mínimas obrigatórias é efectuado para um dado período de observação semanal, tendo por base a média dos sal-dos diários das responsabilidades dos Clientes junto do Banco durante o pe-ríodo imediatamente anterior.

O saldo de disponibilidades em Instituições de Crédito é composto na tota-lidade por exposições junto de entidades residentes em Angola e Portugal.

NotA 11 – APlicAções em BANcos ceNtrAis e em outrAs iNstituições De créDito e Activos FiNANceiros DisPoNíveis PArA veNDA Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2017 é analisada como segue:

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Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

OBRIGAÇÕES E OuTROS TíTuLOS DE RENDIMENTO FIXO

De emissores públicos 519 998

Juros corridos 9 734

total 529 732

NotA 12 – iNvestimeNtos DetiDos Até à mAturiDADeEsta rubrica a 31 de Dezembro de 2017 é analisada como segue:A 31 de Dezembro de 2017, o prazo de vencimento dos títulos em carteira é inferior a 3 meses.

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.4, o Banco avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de activos detidos até à maturidade seguindo os critérios de julgamento descri-tos na referida nota.O Banco avaliou com referência a 31 de Dezembro de 2017, a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de investimentos detidos até à maturidade, não tendo verificado eventos com impacto no montante recuperável dos fluxos de caixa futuros desses investimentos.

NotA 13– Activos tANgíveis e iNtANgíveisA rubrica de Activos tangíveis, a 31 de Dezembro de 2017, é apresentada como segue:

Valores em milhares de kwanzas

adições abatesRegularizações/

transferências 31.12.2017

Activo tangível

Móveis, utensílios, instalações e equipamentos 1 756 799 - - 1 756 799

Outras imobilizações 780 091 - - 780 091

Imobilizações em curso 146 009 - - 146 009

total 2 682 899 - - 2 682 899

AMORTIzAÇÕES ACuMuLADAS

Móveis, utensílios, instalações e equipamentos (190 069) - - (190 069)

Outras imobilizações (135 310) - - (135 310)

total (325 379) - - (325 379)

activo tangível líquido 2 357 520 - - 2 357 520

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Todos os Activos tangíveis com excepção de alguns veículos incluídos na categoria Material de Transporte, iniciaram a sua utilização em 2017 e as res-pectivas amortizações foram calculadas tendo em consideração o mês da sua entrada em actividade. A rubrica de Activos intangíveis, a 31 de Dezembro de 2017, é apresentada como segue:

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

Adiantamentos pelo fornecimento de bens e serviços

Nacionais 192 083

Estrangeiros 97 301

Devedores diversos 6 443

Despesas antecipadas 114 076

Outros activos 1 460

total 411 363

Os Activos intangíveis em funcionamento foram iniciando a sua utilização ao longo de 2017 e as respectivas amortizações foram calculadas com referên-cia à data da sua entrada em funcionamento.

NotA 14 – outros ActivosA rubrica Outros activos a 31 de Dezembro de 2017 é analisada como segue:

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

ACTIvOS INTANGívEIS

Adquiridos a terceiros em funcionamento

Sistema de tratamento automático de dados 692 968

Outros 10 166

703 134

Adquiridos a terceiros em curso de implementação

Sistema de tratamento automático de dados 76 740

Outros -

76 740

activos intangíveis (valor bruto) 779 874

amortização acumulada 40 608

activos intangíveis (valor líquido) 739 266

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O saldo de Adiantamentos pelo fornecimento de bens e serviços nacionais, inclui um valor de Akz 149 milhões da EGM Capital, cuja regularização só não ocorreu antes do final do ano, pelo facto de este accionista ter privilegiado canalizar as entregas de caixa por si efectuadas em 2017, para a realização parcial do aumento do capital do Banco, quer na proporção que lhe com-petia, quer por conta de outros accionistas. Prevê-se que este saldo seja re-gularizado no início de 2018, imediatamente após a conclusão da realização integral do aumento de capital por todos os accionistas.

NotA 15 – recursos De clieNtes e outros emPréstimosO saldo da rubrica recursos de Clientes e outros empréstimos é composta, quanto à sua natureza, como segue:

Valores em milhares de kwanzas

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

DEPóSITOS à vISTA

Depósitos à ordem 6 700 515

DEPóSTIOS A PRAzO

Depóstios a prazo 50

activo tangível líquido 6 700 565

31.12.2017

FORNECEDORES

Nacionais 215 648

Estrangeiros 197 964

413 612

ENCARGOS FISCAIS

Próprios 58 703

De terceiros 8 229

66 932

PESSOAL 211 649

OuTROS CREDORES 8 679

total 961 322

NotA 16 – outros PAssivosA rubrica Outros passivos a 31 de Dezembro de 2017 é analisada como segue:

R e l ató R i o e co n ta s 2017 123

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A rubrica Fornecedores inclui Akz 260 milhões referentes à especialização de custos incorridos no exercício para os quais ainda não foram recebidas as respectivas facturas.A rubrica Encargos fiscais inclui fundamentalmente imposto sobre o rendi-mento de trabalho, segurança social, imposto de selo e imposto da aplicação de capitais a liquidar.A rubrica Pessoal, inclui as estimativas de custo com férias e subsídio de férias a pagar a Colaboradores.

NotA 17 – cAPitAl sociAl, Acções PrÓPriAs e reservAs De reAvAliAçãoO Banco Postal foi constituído no dia 1 de Setembro com um capital social de Akz 2.500 milhões, representado por igual número de acções, tendo sido realizado pelos seguintes accionistas na proporção das suas:

Valores em milhares de kwanzas

capital em 31.12.2017

% capital nº acções Montante

EGM Capital,S.A. 62,90% 1 572 500 1 572 500

Correios Angola 22,50% 562 500 562 500

Grupo ENSA 5% 125 000 125 000

ENSA Seguros de Angola, S.A. 5% 125 000 125 000

C8 Capital 4,60% 115 000 115 000

total 100,00% 2.500 000 2 500 000

Em Junho de 2017, sob proposta do Conselho de Administração do Banco Postal, os accionistas deliberaram aprovar na Assembleia Geral de 7 de Ju-nho, um aumento do capital social do Banco para Akz 10.500 milhões, atra-vés da emissão de 8.000 milhões de novas acções. O prazo e o formato do aumento de capital veio a sofrer algumas alterações que foram ratificadas na Assembleia Geral de Accionistas ocorrida em 24 de Novembro de 2017. Assim, o aumento de capital de Akz 8.000 milhões aprovado em Junho foi executado parcialmente até 31 de Dezembro de 2017 no montantes de Akz 4.478.447 milhares, nos seguintes moldes:

em espécie no montante global de Akz 2,865,114 milharesEsta parcela foi realizada em Setembro de 2017, e resultou:_ da conversão dos créditos da EGM Capital sobre Banco Postal relativos às despesas pagas em 2016 pela EGM por conta do Banco Postal no montante de Akz 2.113 milhões e_ da conversão de um empréstimo em dinheiro concedido pela EGM Capital ao Banco Postal, em Agosto de 2017, no montante de Akz 752 milhões.Este aumento de capital em espécie, foi objecto de certificação por auditor independente.

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em dinheiro no montante global de Akz 1.613.333 milharesEsta parcela foi realizada entre Setembro e Dezembro de 2017.Assim, após o aumento de capital realizado nos termos acima descritos pelos accionistas evidenciados no quadro abaixo, o capital social do Banco em 31 de Dezembro de 2017 ascende a AKZ 6 978 447 milhares:

Valores em milhares de kwanzas

Valores em milhares de kwanzas

capital em 31.12.2017 aumento de capital realizado capital em31.12.2017

% capital nº acções Montante em espécie em dinheiro total

EGM Capital,S.A. 62,90% 1 572 500 1 572 500 2 865 114 1 046 689 3 911 803 5 484 303

Correios Angola 22,50% 562 500 562 500 - - - 562 500

Grupo ENSA 5% 125 000 125 000 - 326 644 326 644 451 644

ENSA Seguros de Angola, S.A. 5% 125 000 125 000 - 240 000 240 000 365 000

C8 Capital 4,60% 115 000 115 000 - - - 115 000

total 100,00% 2 500 000 2 500 000 100,00% 1 613 333 4 478 447 6 978 447

Participação accionista

aumento capital 2017

capital em 31.12.2017

aumento capital 2018

capital em 31.04.2018

Distribuição Final de capital

EGM Capital,S.A. 62,90% 3 911 803 5 484 303 1 120 197 6 604 500 6 604 500

Correios Angola 22,50% - 562 500 1 611 803 2 174 303 2 174 303

Grupo ENSA 5% 326 644 451 644 73 356 525 000 525 000

ENSA Seguros de Angola, S.A. 5% 240 000 365 000 160 000 525 000 525 000

C8 Capital 4,60% - 115 000 368 000 483 000 483 000

total 100,00% 4 478 447 6 978 447 3 333 356 10 311 803 10 311 803

A parcela remanescente do aumento de capital não realizado até 31 de De-zembro de 2017, no montante de Akz 3 521 553 mil foi realizada em dinheiro em Março e Abril de 2018, pelos accionistas abaixo evidenciados, pelo que no final de Abril de 2018 o Capital Social do Banco Postal atinge já o montan-te de Akz 10 312 milhões:

Antes de procederem à emissão das novas acções representativas do capital social do Banco Postal e ao respectivo registo na conservatória, é intenção dos accionistas procederem ao encontro de contas necessário à manutenção das suas participações iniciais de capital, conforme acima apresentado.

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NotA 18 – gArANtiAs e outros comPromissosOs montantes de garantias e avales prestados e os compromissos perante terceiros são analisados como segue:

As garantias e os avales prestados são operações bancárias que não se tra-duzem por mobilização de fundos por parte do Banco.Os compromissos assumidos perante terceiros são revogáveis e dependem da concretização dos compromissos assumidos por terceiros. Caso o com-promisso assumido pelo terceiro se concretize, este converte-se num de-pósito colateral e o compromisso assumido perante terceiros converte-se automaticamente numa garantia prestada pelo Banco, colateralizada pelo depósito anteriormente referido.Os compromissos revogáveis e irrevogáveis apresentam acordos contratuais para a concessão de crédito com os Clientes do Banco os quais, de forma ge-ral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em vigor requerem que os Clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da con-tratualização dos mesmos.Não obstante as particularidades destes compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade, quer do cliente, quer do negócio que lhe está subjacente, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colaterizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros com-promissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e con-trolo aplicados à Carteira de Crédito nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões constituídas.Os valores recebidos em depósitos são representados por títulos de clientes recebidos pelo Banco em custódia.

Valores em milhares de kwanzas

31.12.2017

Garantias e avales prestados 934 424

Compromissos perante terceiros 1 095 000

Valores recebidos em depósitos 564 174

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NotA 19 – justo vAlor De Activos e PAssivos FiNANceirosO justo valor tem como base as cotações de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estas não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. A geração de fluxos de caixa dos diferentes instrumentos é feita com base nas respectivas características financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporam quer a curva de taxas de juro de mercado, quer os actuais níveis de risco do respectivo emitente.Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelos parâmetros uti-lizados no modelo de avaliação, que necessariamente incorporam algum grau de subjectividade, e reflecte exclusivamente o valor atribuído aos dife-rentes instrumentos financeiros.O justo valor dos activos e passivos financeiros registados ao custo amortiza-do no balanço do Banco, são apresentados como segue:

Valores em milhares de kwanzas

31 de Dezembro de 2017

activos e passivos financeirosValor contabilístico

(líquido)Registados ao

justo valorRegistados ao

custo amortizado

Justo valor dos activos ao custo

amortizado Diferença

Registados ao custo histórico

Caixa e disponibilidades Bancos centrais 1 873 613 - 1 873 613 1 873 613 - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 174 076 - 174 076 174 076 - -

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito

4 166 964 - 4 166 964 4 166 964 - -

Investimentos detidos até à maturidade 529 732 - 529 732 529 732 - -

Crédito a clientes 9 732 - 9 732 9 732 - -

ATIvOS FINANCEIROS 6 825 117 - 6 825 117 6 754 117 - 71 000

Recursos de Bancos centrais e outras instituições de crédito 3 104 - 3 104 3 104 - -

Recursos de clientes e outros empréstimos 6 700 565 - 6 700 565 6 700 565 - -

PASSIvOS FINANCEIROS 6 703 669 - 6 703 669 6 703 669 - -

R e l ató R i o e co n ta s 2017 127

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Em 31 de Dezembro de 2017, não existiam diferenças significativas entre os activos e passivos registados ao custo amortizado e o respectivo justo valor.O Banco utiliza a seguinte hierarquia de justo valor, com três níveis na valo-rização de instrumentos financeiros (activos ou passivos), a qual reflecte o nível de julgamento, a observabilidade dos dados utilizados e a importância dos parâmetros aplicados na determinação da avaliação do justo valor do instrumento, de acordo com o disposto na IFRS 13:Nível 1: O justo valor é determinado com base em preços cotados não ajus-tados, capturados em transacções em mercados activos envolvendo instru-mentos financeiros idênticos aos instrumentos a avaliar. Existindo mais que um mercado activo para o mesmo instrumento financeiro, o preço relevante é o que prevalece no mercado principal do instrumento, ou o mercado mais vantajoso para os quais o acesso existe;Nível 2: O justo valor é apurado a partir de técnicas de avaliação suportadas em dados observáveis em mercados activos, sejam dados directos (preços, taxas, spreads…) ou indirectos (derivados), e pressupostos de valorização se-melhantes aos que uma parte não relacionada usaria na estimativa do justo valor do mesmo instrumento financeiro. Inclui ainda instrumentos cuja valo-rização é obtida através de cotações divulgadas por entidades independen-tes, mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida; e, Nível 3: O justo valor é determinado com base em dados não observáveis em mercados activos, com recurso a técnicas e pressupostos que os partici-pantes do mercado utilizariam para avaliar os mesmos instrumentos, incluin-do hipóteses acerca dos riscos inerentes, à técnica de avaliação utilizada e aos inputs utilizados e contemplados processos de revisão da acuidade dos valores assim obtidos.O Banco considera um mercado activo para um dado instrumento financeiro, na data de mensuração, dependendo do volume de negócios e da liquidez das operações realizadas, da volatilidade relativa dos preços cotados e da prontidão e disponibilidade da informação, devendo, para o efeito verificar as seguintes condições mínimas:_ Existência de cotações diárias frequentes de negociação no último ano; _ As cotações acima mencionadas alteram-se com regularidade; _ Existem cotações executáveis de mais do que uma entidade;Um parâmetro utilizado numa técnica de valorização é considerado um dado observável no mercado se estiverem reunidas as condições seguintes: _ Se o seu valor é determinado num mercado activo; _ Se existe um mercado OTC e é razoável assumir-se que se verificam as con-dições de mercado activo, com a excepção da condição de volumes de ne-gociação; e, _ O valor do parâmetro pode ser obtido pelo cálculo inverso dos preços dos instrumentos financeiros e ou derivados onde os restantes parâmetros ne-cessários à avaliação inicial são observáveis num mercado líquido ou num mercado OTC que cumprem com os parágrafos anteriores.Em 31 de Dezembro de 2017 não existiam activos no Banco valorizados ao justo valor.

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A aplicação dos critérios de justo valor atrás referida aos activos e passivos financeiros do Banco valorizados ao custo amortizado, resulta na seguinte distribuição em termos de hierarquia de valorização:

Valores em milhares de kwanzas

31 de Dezembro de 2017

activos e passivos ao custo amortizado Justo valor nível 1 nível 2 nível 3

Caixa e disponibilidades Bancos centrais 1 873 613 - 1 873 613 -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 174 076 - 174 076 -

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 4 166 964 - 4 166 964 -

Investimentos detidos até à maturidade 529 732 - 529 732 -

Crédito a clientes 9 732 - 9 732 -

ACTIvOS FINANCEIROS 6 754 117 - 6 754 117 -

Recursos de Bancos centrais e outras instituições de crédito 3 104 - 3 104 -

Recursos de clientes e outros empréstimos 6 700 565 - 6 700 565 -

PASSIvOS FINANCEIROS 6 703 669 - 6 703 669 -

caixa e disponibilidades e aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de créditoDada a curta maturidade e elevada liquidez dos instrumentos financeiros, o justo valor é o igual ao custo amortizado.

investimentos detidos até à maturidade O justo valor destes instrumentos financeiros é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis. Caso não existam, o justo valor é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes instrumentos.

crédito a clientes O justo valor do crédito a Clientes é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as presta-ções são pagas nas datas contratualmente definidas. Os fluxos de caixa fu-turos esperados das carteiras de crédito homogéneas, são estimados numa base de portfólio.

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Aplicações e recursos em/de Bancos centrais e outras instituições de créditoO justo valor destes activos e passivos é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros, considerando que os recebi-mentos e os pagamentos, consoante o caso, ocorrem nas datas contratual-mente definidas.

recursos de clientes e outros empréstimos O justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na ac-tualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros. A taxa de des-conto utilizada é a que reflecte as taxas praticadas para os depósitos com características similares à data do balanço. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem dife-renças materialmente relevantes no seu justo valor.

NotA 20 – gestão De riscos DA ActiviDADeO Banco está sujeito a riscos de diversa ordem no âmbito do desenvolvimen-to da sua actividade. A gestão dos riscos é efectuada de forma centralizada aos riscos específicos de cada negócio.A política de gestão de risco do Banco visa a manutenção, em permanência, de uma adequada relação entre os seus capitais próprios e a actividade de-senvolvida, assim como a correspondente avaliação do perfil de risco/retor-no por unidade de negócio.Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e con-trolo dos principais tipos de riscos financeiros - crédito, mercado, liquidez e operacional - a que se encontra sujeita a actividade do Banco.

Principais categorias de risco

créditoO risco de crédito encontra-se associado ao grau de incerteza de recupera-ção do investimento e do seu retorno, por incapacidade quer de um devedor (e do seu garante, se existir), provocando deste modo uma perda financeira para o credor. O risco de crédito encontra-se patente em títulos de dívida ou outros saldos a receber.

MercadoO conceito de risco de mercado reflecte a perda potencial que pode ser re-gistada por uma determinada carteira em resultado de alterações de taxas (de juro e de câmbio) e/ou dos preços dos diferentes instrumentos financei-ros que a compõem, considerando quer as correlações existentes entre eles, quer as respectivas volatilidades. Assim, o Risco de Mercado engloba o risco de taxa de juro, cambial e outros riscos de preço.

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liquidezO risco de liquidez reflecte a incapacidade do Banco cumprir com as suas obrigações associadas a passivos financeiros a cada data de vencimento, sem incorrer em perdas significativas decorrentes de uma degradação das condições de acesso ao financiamento (risco de financiamento) e/ou de ven-da dos seus activos por valores inferiores aos valores habitualmente pratica-dos em mercado (risco de liquidez de mercado).

operacionalComo risco operacional entende-se a perda potencial resultante de falhas ou inadequações nos processos internos, nas pessoas ou nos sistemas, ou ainda as perdas potenciais resultantes de eventos externos.

organização interna Como elemento basilar para o sucesso da actividade, o Banco considera fundamental a implementação e preservação de uma adequada gestão do risco, que se deverá materializar na definição do apetite ao risco do Banco e na implementação de estratégias e políticas que visam atingir os seus objec-tivos tendo em conta o apetite ao risco definido garantindo que o mesmo se mantém dentro de limites predefinidos e que é sujeito a uma supervisão adequada e contínua.O Conselho de Administração do Banco Postal é responsável pela aprovação do apetite ao risco, política global de risco e políticas específicas para os ris-cos significativos. Inclui-se neste âmbito a aprovação dos princípios e regras de mais alto nível que deverão ser seguidas na gestão do risco do Banco as-sim como as linhas de orientação que deverão ditar a alocação de capital aos diferentes riscos e unidade de negócio.O Conselho de Administração assegura através do Comité de Risco a existên-cia de um controlo de risco adequado e de sistemas de gestão eficazes em todas as áreas do Banco.O Comité de Risco é responsável por acompanhar periodicamente os níveis globais de risco incorridos, assegurando que os mesmos são compatíveis com os objectivos e estratégias aprovadas para o desenvolvimento da ac-tividade.A função de gestão de risco é desempenhada pela Direcção de Risco. É res-ponsável pela monitorização e reporte da situação de risco do Banco, nomea-damente: estabelecer e promover políticas, procedimentos, metodologias e ferramentas de gestão de risco; monitorizar a tomada de risco das unidades de negócios e promover a importância do controlo ao nível da primeira linha de defesa assegurada pelas unidades de negócios; recolher informação re-levante junto das unidades de negócios de modo a controlar regularmente as métricas do apetite ao risco; produzir de forma automática (sempre que possível) relatórios de apetite ao risco.

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Avaliação de riscos

Risco de créditoEm 31 de Dezembro de 2017 o Banco Postal não tinha ainda concedido qual-quer crédito, excepto aos seus colaboradores, o qual se encontra provisiona-do com IBNR de 1% (ver nota 2.3). No quadro abaixo apresenta-se a informação relativa à exposição do Banco ao risco de crédito:

31 de Dezembro de 2017

Valor contabilístico

bruto imparidade

Valor contabilístico

líquido

PATRIMONIAIS

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 1 873 613 - 1 873 613

Disponibilidades em outras instituições de crédito 174 076 - 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 4 166 964 - 4 166 964

Activos financeiros disponíveis para venda 71 000 - 71 000

Investimentos detidos até à maturidade 529 732 - 529 732

Crédito a clientes 9 830 98 9 732

EXTRAPATRIMONIAIS

Garantias e avales prestados 943 819 9 395 934 424

Valores em milhares de kwanzas

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31 de Dezembro de 2017

origem do rating nível de rating exposição bruta imparidadeexposição

líquida

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais Sem rating ND 62 431 - 62 431

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais Rating externo B- 1 811 182 - 1 811 182

Disponibilidades em outras instituições de crédito Sem rating ND 174 076 - 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito Rating externo B- 1 454 980 - 1 454 980

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito Sem rating ND 2 711 984 - 2 711 984

Activos financeiros disponíveis para venda Sem rating ND 71 000 - 71 000

Investimentos detidos até à maturidade Rating externo B- 529 732 - 529 732

Crédito a clientes - Patrimonial Rating interno B 9 830 98 9 732

garantias e avales prestados rating interno B 943 819 9 395 934 424

Valores em milhares de kwanzas

Por nível de rating, a exposição do Banco ao risco de crédito está assim representada:

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No que respeita ao risco de crédito, as Disponibilidades e as Aplicações em Bancos centrais, e os Investimentos detidos até à maturidade, são exposições soberanas à República de Angola.

A concentração geográfica do risco de crédito em 31 de Dezembro de 2017, pode analisar-se como segue:

31 de Dezembro de 2017

Área geográfica

angola europa total

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 62 431 - 62 431

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 1 811 182 - 1 811 182

Disponibilidades em outras instituições de crédito 11 253 162 823 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 1 454 981 - 1 454 981

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 2 711 984 - 2 711 984

Activos financeiros disponíveis para venda 71 000 - 71 000

Investimentos detidos até à maturidade 529 732 - 529 732

Crédito a clientes - Patrimonial 9 732 - 9 732

Crédito a clientes - Extrapatrimonial 934 424 - 934 424

Valores em milhares de kwanzas

Para efeitos de redução do risco de crédito em 31 de Dezembro de 2017 são relevantes os depósitos constituídos no Banco como colateral da garantia emitida cuja exposição líquida totaliza AKZ 108.425 milhares.

Risco de MercadoNo que respeita à informação e análise de risco de mercado é assegurado o reporte regular no ALCO sobre as carteiras de activos financeiros, as quais estão sujeitas a diversos limites de risco.O Banco mantém ainda o cumprimento do Aviso nº 08/2016 de 16 de Maio referente ao Risco de Taxa de juro na carteira bancária (instrumentos finan-ceiros não detidos na carteira de negociação). A avaliação do risco de taxa de juro originado por operações da carteira bancária é efectuada por análise de sensibilidade ao risco.Com base nas características financeiras de cada contrato, é feita a respectiva projecção dos fluxos de caixa esperados, de acordo com as datas de refixa-ção de taxa e eventuais pressupostos comportamentais considerados.A agregação, para cada uma das moedas analisadas, dos fluxos de caixa es-perados em cada um dos intervalos de tempo permite determinar os gaps de taxa de juro por prazo de refixação.

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31 de Dezembro de 2017

exposição a

"não sujeito a risco

de taxa de juro" Derivados totaltaxa fixataxa

variável

ACTIvOS 4 706 527 - 62 431 62 431 62 431

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais - - 1 873 613 - 1 873 613

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 174 076 - 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito 4 166 964 - - - 4 166 964

Activos financeiros disponíveis para venda - - 71 000 - 71 000

Investimentos detidos até à maturidade 529 732 - - - 529 732

Crédito a clientes 9 732 - - - 9 732

PASSIvOS 349 - 6 703 320 - 6 703 669

Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito - - 3 104 - 3 104

Recursos de clientes e outros empréstimos 349 - 6 700 216 - 6 700 565

Valores em milhares de kwanzas

No seguimento das recomendações da Instrução n.º 06/2016 de 08 de Agosto, do Banco Nacional de Angola, o Banco calcula a sua exposição ao risco de taxa de juro de balanço baseado na metodologia definida no instrutivo.Os activos e passivos do Banco são decompostos por tipo de taxa à data de 31 de Dezembro de 2017 como segue:

R e l ató R i o e co n ta s 2017 135

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31 de Dezembro de 2017

exposição por intervalos de maturidade ou refixação de taxa de juro

até 1 mês 1 a 3 meses 3 a 6 meses6 meses a 1 ano

1 a 2 anos indeterminado total

ACTIvOS 6 318 242 428 499 1 613 2 472 3 291 71 000 6 825 117

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 1 873 613 - - - - - 1 873 613

Disponibilidades em outras instituições de crédito 174 076 - - - - 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito

4 166 964 - - - - - 4 166 964

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - 71 000 71 000

Investimentos detidos até à maturidade 102 897 426 835 - - - - 529 732

Crédito a clientes 692 1 664 1 613 2 472 3 291 - 9 732

PASSIvOS 6 703 669 - - - - - 6 703 669

Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 3 104 - - - - 3 104

Recursos de clientes e outros empréstimos 6 700 565 - - - - - 6 700 565

POSIÇÃO LIquIDA ( 385 427) 428 499 1 613 2 472 3 291 71 000 121 448

Valores em milhares de kwanzas

O detalhe dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de maturidade ou de refixação em 31 de Dezembro de 2017, preparado nos termos do Aviso n.º 08/2016 de 16 de Maio, apresen-ta-se como segue:

R e l ató R i o e co n ta s 2017136

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A repartição dos instrumentos financeiros activos e passivos, a 31 de Dezem-bro de 2017, por moeda, é apresentada como segue:

31 de Dezembro de 2017

Kwanzas

Dólares dos estados

Unidos da américa euros total

ACTIvOS 6 975 274 - 261 206 7 236 480

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais 1 873 613 - 1 873 613 1 873 613

Disponibilidades em outras instituições de crédito 10 980 163 096 174 076 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito

4 166 964 - 4 166 964 4 166 964

Activos financeiros disponíveis para venda 71 000 - 71 000 71 000

Investimentos detidos até à maturidade 529 732 - 529 732 529 732

Crédito a clientes 9 732 - 9 732

Outros activos 313 253 98 110 411 363 9 732

PASSIvOS 7 449 737 92 901 122 353 7 664 991

Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito 3 104 - - 3 104

Recursos de clientes e outros empréstimos 6 700 565 - - 6 700 565

Outros passivos 746 068 92 901 122 353 961 322

POSIÇÃO LIquIDA (474 463) (92 901) 138 853 (428 511)

Valores em milhares de kwanzas

A análise de sensibilidade do valor patrimonial dos instrumentos financeiros ex-pressos em moeda estrangeira a variações das taxas de câmbio face ao kwanza à data de 31 de Dezembro de 2017, é apresentada como segue:

31 de Dezembro de 2017

-20% -10% -5% +5% +10% +20%

MOEDA

Dólares dos Estados Unidos da América 18 580 9 290 4 645 (4 645) (9 290) (18 580)

Euros (27 771) (13 885) (6 943) 6 943 13 885 27 771

total (9 191) (4 595) (2 298) 2 298 4 595 9 191

Valores em milhares de kwanzas

R e l ató R i o e co n ta s 2017 137

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O resultado do stress test apresentado corresponde ao impacto esperado nos capitais próprios (antes de impostos), devido a uma valorização de 20% no câmbio de cada moeda contra o Kwanza.

Risco de liquidez A avaliação do risco de liquidez é feita utilizando métricas internas definidas pela gestão do Banco, nomeadamente, limites de exposição.Este controlo é reforçado com a execução mensal de análises de sensibilida-de, com o objectivo de caracterizar o perfil de risco do Banco e assegurar que as suas obrigações num cenário de crise de liquidez são cumpridas.O controlo dos níveis de liquidez tem como objectivo manter um nível sa-tisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo. O risco de liquidez é monitorizado diariamente, sendo elaborados diversos relatórios, para efeitos de controlo e para acom-panhamento e apoio à tomada de decisão em sede de comité ALCO.A evolução da situação de liquidez é efectuada, em particular, com base nos fluxos de caixa futuros estimados para vários horizontes temporais, tendo em conta o balanço do Banco. Aos valores apurados é adicionada a posição de liquidez do dia de análise e o montante de activos considerados altamen-te líquidos existentes na Carteira de Títulos descomprometidos, determinan-do-se assim o gap de liquidez acumulado para vários horizontes temporais. Adicionalmente, é também realizado um acompanhamento das posições de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculadas segundo as regras exigi-das pelo Banco Nacional de Angola (Instrutivo n.º 06/2016 de 08 de Agosto).Em 31 de Dezembro de 2017, o gap de liquidez do balanço do Banco apre-sentava a seguinte estrutura:

R e l ató R i o e co n ta s 2017138

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31 de Dezembro de 2017

Prazos residuais contratuais

À vista até 1 mês"1 a

3 meses""3 a

6 meses""6 mesesa 1 ano"

"1 a3 anos"

Mais de 3 anos

indetermi-nado total

ACTIvOS 2 047 689 4 270 553 428 499 1 613 2 472 3 291 - 71 000 6 825 117

Caixa e disponibilidades em Bancos centrais

1 873 613 - - - - - - - 1 873 613

Disponibilidades em outras instituições de crédito

174 076 - - - - - - - 174 076

Aplicações em Bancos centrais e em outras instituições de crédito

- 4 166 964 - - - - - - 4 166 964

Activos financeiros disponíveis para venda

- - - - - - - 71 000 71 000

Investimentos detidos até à maturidade

- 102 897 426 835 - - - - - 529 732

Crédito a clientes - 692 1 664 1 613 2 472 3 291 - - 9 732

PASSIvOS 6 700 515 3 154 - - - - - - 6 703 669

Recursos de Bancos centrais e de outras instituições de crédito

3 104 3 104 3 104 3 104 3 104 - - 3 104

Recursos de clientes e outros empréstimos

6 700 565 6 700 565 6 700

565 6 700

565 6 700

565 - -

6 700 565

gap (4 652 826) 4 267 399 428 499 1 613 2 472 3 291 - 71 000 121 448

gap aCuMulado (4 652 826) ( 385 427) 43 072 44 685 47 157 47 157 47 157 47 157 47 157

Valores em milhares de kwanzas

R e l ató R i o e co n ta s 2017 139

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Em 31 de Dezembro de 2017, o Rácio de Liquidez (até 1 mês) e o Rácio de Observação (de 1 a 3 meses), calculados em conformidade com o Instrutivo 19/2016 de 30 de Agosto, é de 226% e 417%, respectivamente. Este instru-tivo define como mínimo 100% para cada um destes rácios. De referir que o Banco dispõe do montante 530 milhares de Akz respeitante a títulos de Dí-vida Pública Angolana não onerados e que poderão ser dados em colateral para efeitos de obtenção de liquidez.

Risco operacional Encontra-se implementado um sistema de gestão de risco operacional que se baseia na identificação, avaliação, acompanhamento, medição, mitigação e reporte deste tipo de risco.A Direcção de Risco do Banco exerce a função corporativa de gestão de risco operacional do Banco que é suportada pela existência de Interlocutores em diferentes unidades orgânicas que asseguram a adequada implementação da gestão de risco operacional no Banco.

Gestão de capital e Rácio de solvabilidade Os fundos próprios do Banco são apurados de acordo com as normas regula-mentares aplicáveis, o Aviso nº 02/2016 de 28 de Abril e o respectivo Instruti-vo nº 18/2016, o Aviso nº 03/2016 de 28 de Abril e os respectivos Instrutivos nºs 12/2016 e 13/2016, o Aviso 09/2016 de 16 de Maio e o Aviso 14/2013 de 15 de Novembro. As instituições financeiras angolanas devem manter um nível de fundos próprios compatíveis com a natureza e escala das operações devidamente ponderados pelos riscos inerentes às operações, sendo o Rá-cio de Solvabilidade Regulamentar mínimo de 10%. Os Fundos Próprios regulamentares compreendem:1 - Fundos Próprios de Base – compreendem (i) o Capital Social realizado; (ii) Reserva para registo do valor da actualização monetária do capital social realizado; (iii) resultados transitados de exercícios anteriores; (iv) reservas legais, estatutárias e outras reservas provenientes de resultados não distri-buídos, ou constituídas para o aumento de capital, e (v) resultado líquido do exercício e (vi) instrumentos cujas condições de emissão cumprem os requi-sitos para serem incluídos nesta categoria e foram autorizados pelo Banco Nacional de Angola. 2 - Fundos Próprios complementares – compreendem (i) acções preferen-ciais remíveis; (ii) fundos e provisões genéricas; (iii) reservas provenientes da reavaliação dos imóveis de uso próprio; (iv) dívidas subordinadas e instru-mentos híbridos de capital e dívida; (v) 45% das mais valias potenciais dos títulos disponíveis para venda e (vi) outros valores autorizados pelo Banco Nacional de Angola.

R e l ató R i o e co n ta s 2017140

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3 - Deduções – Compreendem: (i) acções próprias em carteira; (ii) acções pre-ferenciais remíveis e com dividendos fixos e cumulativos; (iii) empréstimos concedidos com natureza de capital; (iv) resultados negativos de exercícios anteriores ou do exercício em curso; (v) créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais; (vi) imobilizações incorpóreas líquidas das amortizações; (vii) insuficiências de provisões e (viii) outros valores, por determinação do Banco Nacional de Angola.

O rácio de solvabilidade regulamentar a 31 de Dezembro de 2017 é de 53%.

NotA 21 – NormAs coNtABilísticAs iNterPretAções receNte-meNte emitiDAs imPActo DA ADoPção DAs AlterAções às Nor-mAs Que se torNArAm eFectivAs A 1 De jANeiro De 2016

impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017.

a) ias 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divul-gação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagre-gados entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa.b) ias 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de im-postos diferidos activos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensu-rados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando exis-tem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal.

normas (novas e alterações) publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, que a União europeia já endossou:

a) iFRs 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhe-cimento e classificação da contabilidade de cobertura.

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b) iFRs 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na "metodologia das 5 etapas".

c) iFRs 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obri-gados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de "direito de uso" para todos os contratos de loca-ção, excepto certas locações de curto prazo e de activos de baixo valor. A definição de um contrato de locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um activo identificado".d) iFRs 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contratos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da apli-cação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contratos de seguro ser publi-cada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras con-solidadas que incluam uma entidade seguradora.e) alterações à iFRs 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Estas alte-rações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhe-cimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição.

normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janei-ro de 2017, mas que a União europeia ainda não endossou:

noRMas

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28.

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b) ias 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Eu-ropeia. Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efectuar a transferência.

c) iFRs 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em acções’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente ("cash-settled") e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado financeira-mente ("Cash-settled") para liquidado com capital próprio ("equity-settled"). Para além disso, introduz uma excepção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio ("equity-settled"), quando o empregador seja obrigado a re-ter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.d) iFRs 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar ac-tivos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados.

e) ias 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e em-preendimentos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investi-mentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e em-preendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, an-tes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo.

R e l ató R i o e co n ta s 2017 143

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f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11. g) iFRs 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se ini-ciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, con-tratos de resseguro e contratos de investimento com características de par-ticipação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo ("building block approach") ou sim-plificado ("premium allocation approach"). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva.

inteRPRetações

a) iFRic 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janei-ro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da tran-sacção" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contra-prestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A "data da transacção" determina a taxa de câmbio a usar para converter as transac-ções em moeda estrangeira. b) iFRic 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendi-mento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determi-nado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os activos ou passivos por im-posto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – "Provisões, passivos contingentes e activos contingentes", com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada.

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O Banco não estima impactos relevantes nas demonstrações financeiras na adopção futura das normas e interpretações enunciadas, com excepção da IFRS 9 conforme abaixo apresentado:Em Julho de 2014, o IASB emitiu a versão final da IFRS 9 que vem subs-tituir a IAS 39 – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e Mensu-ração, a qual foi endossada pela União Europeia no passado dia 3 de Novembro de 2017. A IFRS 9 introduz novos requisitos no que respeita à (i) classificação e mensuração de activos e passivos financeiros, (ii) mensuração e reconhecimento de imparidade de crédito sobre activos financeiros através de um modelo de perdas esperadas e (iii) contabili-dade de cobertura. A IFRS 9 é de aplicação obrigatória nos exercícios com início em ou após de 1 de Janeiro de 2018 e estas novas regras são de aplicação retrospec-tiva a partir dessa data. No entanto, os respectivos saldos comparativos, não serão reexpressos.Os impactos nas demonstrações financeiras do Banco decorrentes da adopção desta nova norma foram estimados por referência a 1 de Janei-ro de 2018, tendo por base a informação disponível à data e a assunção de um conjunto de pressupostos. Com base nestas estimativas, e tendo presente que o Banco continua à presente data a concluir com maior rigor o impacto que a IFRS 9 terá nas suas demonstrações financeiras, com modelos que continuam a ser alvo de aprimoramento e de valida-ção interna e externa. O tratamento fiscal dos impactos que venham a resultar da adopção da IFRS 9 está dependente da legislação fiscal que venha a ser aprovada durante o ano de 2018.Durante o exercício de 2018 o Banco continuará a calibrar os modelos que estão em implementação para dar cumprimento aos novos requi-sitos da IFRS 9 e acompanhará eventuais orientações dos reguladores nacionais e internacionais a respeito da aplicação da referida norma.

NotA 22 – eveNtos suBseQueNtesNão temos conhecimento de quaisquer factos ou acontecimentos pos-teriores a 31 de Dezembro de 2017 que justifiquem ajustamentos na divulgação nas Notas às Contas relativas ao exercício analisado, que afectem as situações e/ou informações nas mesmas reveladas de forma significativa e/ou que tenham alterado ou se espere que venham a alte-rar significativamente a situação financeira do Banco, os seus resultados e/ou as suas actividades.

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RelatóRio de aUditoR indePendente_

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RelatóRio e PaReceR do conselHo Fiscal_

R e l ató R i o e co n ta s 2017148 R e l ató R i o e co n ta s 2017148

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adMinistRadoRes_

R e l ató R i o e co n ta s 2017150

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