RELATÓRIO FINAL RELATÓRIO TÉCNICO Projeto: Mini Estação de ...
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Ação de Formação
«Educação e Formação de Adultos: Uma porta para a Apredizagem ao Longo da Vida, na Europa do Sec.XXI.»
Reg. Acred.: CCPFC/ACC- 67718/11 Número de Horas: 25 horas
Destinatários: Professores do Curso EFA- reAct
Formadora: Anabela dos Santos Luís
Local de realização: Escola Secundária D. Inês de Castro
REFLEXÃO
O mundo à nossa volta mudou, já não é o mesmo que era há três séculos, três décadas, três anos… está em
constante mudança e é preciso, é urgente, acompanhar essa mudança. Já Manuel da Fonseca o disse, na década de
50, no conto O Largo. «Antigamente, o Largo era o centro do mundo. Hoje… (…) O mundo está em toda a parte,
tornou-se pequeno e íntimo para todos.» E o mundo continua a mudar, mas agora a uma velocidade vertiginosa, da
era digital.
Então por que razão não muda a Escola?
Será que ainda não mudou?
Temos conhecimento de que um número cada vez maior de alunos mostra pouco ou nenhum interesse pela
escola e pela aquisição de conhecimentos nos moldes em que ele se processa no ensino tradicional. A consequência
mais direta desse facto é o abandono precoce da escola, mesmo antes de terminar a escolaridade obrigatória. Para
combater este problema, tem-se apostado ultimamente em cursos e programas de formação que tentam recuperar
esses alunos, através de uma nova dinâmica do processo educativo desenvolvendo neles uma motivação intrínseca
ausente. Motivação essa que parece estar diretamente relacionada com o envolvimento pessoal, o compromisso
com a execução de tarefas que o aluno/formando considere relevantes, bem como com a subsequente interação
entre os elementos que participam nessas mesmas tarefas. Pretende-se assim, estimular a Criatividade, a
Autonomia e a Colaboração – elementos pouco valorizados no ensino tradicional.
Estes são os elementos-chave que enformam o projeto ReAct e que, com a ajuda e recurso das novas
tecnologias, permitirão desenvolver competências cognitivas, pensamento crítico de modo a que os alunos se
preparem de forma a lidarem com autonomia perante as exigências do mundo social e profissional.
Ocorreu-me, ao tomar conhecimento deste programa, o seguinte provérbio chinês: «Antes de dar comida a
um mendigo, dá-lhe uma vara e ensina-o a pescar.», na verdade, podemos considerar, metaforicamente, o mendigo
como o aluno carenciado de conhecimento, a vara corresponderá às ferramentas que lhe são facultadas para a
aquisição do conhecimento, num processo de autoconstrução do indivíduo, através de uma cooperação
colaborativa, num espírito de conectivismo, competindo ao formador o papel de ensinar a aprender.
Este projeto pretende uma mudança de paradigma, e, para isso vai desenvolver/experimentar atividades
criativas com metodologias baseadas na investigação e na aprendizagem informal de modo a reactivar nos
formandos e formadores a capacidade de apropriação do conhecimento. Para tal, deveremos ter em mente sete
importantes princípios: a confiança, formandos e formadores devem estar confiantes das suas ideias, contributos e
comentários, o que levará ao incremento da autoestima; o desafio, pode levar a uma maior motivação; a pertença -
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é muito importante que o formando sinta que a construção do saber lhe pertence, essa perceção aumentará a sua
autoestima; a criatividade - é importante para fomentar a motivação e descobrir novos talentos; a autonomia - o
formando precisa de se sentir autónomo, é fundamental para que ele se sinta integrado; a colaboração é outro dos
princípios fundamentais deste projeto, regra geral os alunos apreciam o trabalho colaborativo, o professor/formador
pode/deve apoiar os grupos e estabelecer momentos de reflexão para obter um feedback; a pertinência – o
formando pode questionar-se sobre até que ponto este tipo de aprendizagem será relevante para a construção da
sua identidade.
O formador, por seu lado, deverá: promover a motivação; adotar uma abordagem centrada no aluno em vez
de ser centrada nos conteúdos, isto é, deve perspectivar os conteúdos em função do aluno; preferir as atividades
orientadas para o grupo; usar as tecnologias (não como um fim, mas como um meio); fomentar a criatividade e
facilitar o seu desenvolvimento profissional.
Pelos vistos já há quem aposte na mudança…
Frequentei esta ação de formação para me preparar como professora/formadora do Curso ReAct, projeto
piloto do qual fazem parte seis países, entre os quais Portugal, através do Curso EFA- reAct da escola D. Inês de
Castro – Alcobaça.
Considero que os objetivos propostos foram concretizados pois, não só interiorizei os princípios base do
projeto, com os quais aliás me identifico, como também aprendi e desenvolvi competências a nível das novas
tecnologias, com a aquisição de ferramentas e recursos educativos digitais, o recurso às redes sociais e a
possibilidade do seu uso em formação. Tomei conhecimento de ferramentas que eu desconhecia como o caso do
Diigo, DropBox, Pearltrees, Preezi, Google doc., entre outros, que me permitirão explorar materiais e recursos TIC
em contexto da sala de aula.
Posso acrescentar que a minha participação nesta ação me proporcionou momentos de reflexão sobre a
importância de inovar as minhas práticas,e que foi além das minhas expetativas iniciais. Foi bom frequentá-la, foi
proveitoso pois considero que os professores/formadores precisam, cada vez mais, de estar preparados para
enfrentar os desafios da nova geração da Internet, da Sociedade em Rede, da Era Digital.
Resta-me agradecer a todos os colegas do grupo de formação, pela simpatia e espírito de cooperação,
fatores que tornaram o ambiente de trabalho muito agradável. Não poderei também deixar de salientar o ótimo
trabalho, o empenho e a disponibilidade da formadora para nos ter mostrado de forma tão clara e inovadora uma
possível abordagem do processo de ensino-aprendizagem.
A formanda
Mª Manuela Vieira de Oliveira