Relatório Anual 2009 -...

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7 Relatório Anual 2009

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Relatório Anual 2009

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Relatório anual 2009

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Sumário

Instituto Acaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Ateliê Acaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Área de atuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Resultados alcançados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Premiações e publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Demonstrações contábeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Centro de Estudar Sagarana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

O que fazemos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Os motivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

Demonstrações contábeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Acaia Pantanal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Resultados das atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

Demonstrações contábeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

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1

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Sede do Instituto Acaia

1 . Ateliê Acaia

Acaia Sagarana

2 . Ritápolis

3 . Acaia Pantanal

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Caros Amigos,

Como vocês verão pelo presente relatório o ano de 2009 foi um tempo de consolida-

ção e crescimento para os três núcleos do Instituto.

O Ateliê avançou conceitualmente na formulação dos estágios e atenção aos seus alu-

nos. A classificação e a divisão do trabalho com os alunos em acolhimento, autonomia e

especialização surgiram naturalmente da própria atuação diária com as crianças e adoles-

centes, da reflexão sobre a mesma e do ordenamento da atividade que disso se seguiu.

A isso se acrescentou a decisão de ir às favelas, através da compra de dois barracos, um

em cada uma delas para lá montar um pré-acolhimento, uma espécie de pré-escola e com

atendimento de enfermagem.

No Sagarana, a preparação de alunos de escolas públicas para ingressarem em escolas

técnicas ou faculdades, apresentou resultados que falam por si. Dos 28 alunos com os quais

encerramos 2009, 9 ingressaram em faculdades públicas ou de primeira linha e 8 obtive-

ram bolsa integral do Anglo para 2010. E todo esse trabalho, também aqui, se benefician-

do de constante reflexão e aperfeiçoamento.

Já o Acaia Pantanal deu passos decisivos e positivamente caminha para uma boa es-

truturação, o que permitirá uma melhor execução de suas propostas. Aos poucos, o de-

safio de gerenciar ações num local tão distante de tudo tem sido vencido e um passo im-

portante será a contratação de um novo coordenador geral, baseado em Corumbá, a ser

efetivada em 2010. Com experiência acumulada, inicia seu terceiro ano de funcionamen-

to num entrosamento e disponibilidade recíproca com vários órgãos públicos e privados,

para a melhoria de vida dos habitantes da região, observada a preservação inteligente do

meio ambiente.

Nas páginas a seguir, cada um desses núcleos conta, em detalhe, o desenvolvimento

das suas atividades.

Agradecemos o interesse e o apoio que temos recebido e que esperamos continuar a

merecer.

A Direção

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DADOS DO INStItutO

Início do Instituto AcaiaData de fundação: 3 de abril de 2001

Endereço Sede do Instituto:R. Dr. Avelino Chaves, 80Vila Leopoldina CEP 05318-040São Paulo SP Brasiltel: 55 (11) 3643 5533Fax: 55 (11) 3643 5510e-mail: [email protected]

Orçamento:2009: R$ 3 .791 .363,02Previsão para 2010: R$ 3 .965 .387,00

Imposto de Renda, Lei Federalnº 9249 de 26/12/1995:O Acaia teve aprovados pelo CMDCA/SP em 2008/2009, projetos que o qualificaram a receber doações incentivadas no corrente ano.

tÍtuLOS

CMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – São Paulo e Corumbá

COMAS Conselho Municipal de Assistência Social da Cidade de São Paulo

CEAS Certificado Entidade Beneficente de Assistência Social CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social

SMADS/SP Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social

SEADS/SP Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo

Certificado de Inscrição Pró-Social

UPF utilidade Pública Federal Ministério da Justiça / Secretaria Nacional de Justiça

UPE utilidade Pública Estadual Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo

UPM utilidade Pública Municipal Prefeitura da Cidade de São Paulo

INSS Instituto Nacional de Seguridade Social Isenção da Cota Patronal

CRP Conselho Regional de Psicologia de São Paulo

Auto de Licença de Funcionamento Prefeitura do Município de São Paulo

Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros

Polícia Militar do Estado de São Paulo

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DIREtORIA 2005-2009

Presidente

Fernão Bracher

Diretora Administrativo-Financeira

Sonia Maria Sawaya Botelho Bracher

Membros do Conselho Fiscal

Mario Luiz Amabile

José Eduardo Frigo

Ronaldo Amaral

ASSESSORIAS

Assessoria Jurídica

Dra. Sandra Alves Silva

Dr. theotonio Monteiro de Barros

Assessoria Contábil / Financeira

Empresarial FS

Auditoria

Price Waterhouse Coopers

DOADORES

Doadores Pessoa Física

Candido Botelho Bracher

Dr. Ezequiel Grin

Eduardo Mazzilli de Vassimon

Fernão Carlos Botelho Bracher

Geraldo Henrique Frei

Heinz Jorge Gruber

Henrique Lacerda de Camargo

Maria Cecília Lacerda de Camargo

Sonia Sawaya Botelho Bracher

teresa Cristina Ralston Bracher

Doadores Pessoa Jurídica

Banco Itaú BBA

Indústria Alimentícia Ralston

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Total de frequentadores: 365

Divididos da seguinte maneira:

98 crianças (6 a 11 anos) no período

matutino

117 adolescentes (12 a 18 incompletos)

no período vespertino

60 adultos acompanhados de seus filhos

pequenos (20 crianças abaixo de 6 anos)

no período noturno

40 crianças e adolescentes e

30 adultos nos barracos-escola do

Acaia nas favelas da Linha e do Nove

Os frequentadores provêm

majoritariamente de duas favelas e do

Cingapura Madeirite.

60% moram nas favelas da Linha (Viela

Votoran) e Japiaçu (Favela do Nove)

35% moram no Cingapura Madeirite

5% moram no entorno do Ateliê

Atividades oferecidas:Artes

Biblioteca

Bijuteria

Capoeira

Costura e Bordado

Culinária

Dança

Oficina dos Sentimentos (atendimento

psicológico individual, em grupos, às

famílias e em meio às atividades)

Oficina de Linguagem Oral e Escrita

Letramento Digital

Marcenaria e Matemática

Música

técnico de Áudio

Vídeo

10

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ÁREA DE AtuAÇÃO

Nossa LocalizaçãoA sede do Instituto Acaia localiza-se na zona oeste de São Paulo, próximo ao Ceagesp,

maior entreposto alimentício da América Latina.

Legenda

INSTITUTO ACAIA / POSTO ACAIA DENTRO DA FAVELA DO NOVE / POSTO ACAIA DENTRO DA FAVELA DA LINhA

FAVELA JAPIAÇU (NOVE) / FAVELA VOTORAN (LINhA) / CINGAPURA

PARQUE VILLA LOBOS

CEAGESP

91º DP – DELEGACIA DE POLÍCIA

ZEIS

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Nosso PúblicoNos arredores do Ceagesp existem duas favelas – a da “Linha” e a do “Nove” e um con-

junto tipo Cingapura que, no total, somam 1.030 famílias, aproximadamente 4.500 pesso-

as vivendo em condição de risco, público que majoritariamente atendemos.

Moradia

16% Favela da Linha

24% Favela do Nove

50% Cingapura

10% Outros

Estrutura familiar

51,5% Péssima

0,5% Ótima

16% Regular

6% Boa

26% Ruim

Parente próximo em sistema prisional ou tráfico

72% Sim

18% Não

10% Ignorado

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INtRODuÇÃO

Em 2009 conseguimos formatar nossa maneira de funcionamento dividindo as atividades

do Ateliê em 4 eixos: Pré-acolhimento, Acolhimento, Autonomia e Especialização.

Pré-acolhimentoAções dentro da comunidade e no período noturno, com horários e atividades mais fle-

xíveis que os preparam em termos de organização e prontidão para o aprendizado. O tra-

balho na comunidade nos fornece o conhecimento necessário para desenvolvermos nos-

sa estratégia de funcionamento.

AcolhimentoÉ o tempo largo de receber as crianças e construir condições e estratégias para que elas

se estruturem e sustentem seu desenvolvimento. Acontece predominantemente nas ma-

nhãs do Ateliê, mas o acolhimento pode acontecer em qualquer momento que seja ne-

cessário.

AutonomiaNo período da tarde recebemos os adolescentes e, em uma escala gradual que os acom-

panha dos 11 aos 18 anos, oferecemos atividades que requerem maior concentração e ha-

bilidades específicas. A partir dos 14 anos os adolescentes, de acordo com seu envolvimen-

to na área escolhida, são encaminhados para extensões de aprendizagem (estágios).

EspecializaçãoConstitui a quarta etapa no desenvolvimento de habilidades dos frequentadores do Ate-

liê. Os grupos de trabalho específico e concentrado para aqueles que definiram sua área

de interesse permitem o aprofundamento dos conhecimentos e discussões efetivas sobre

a entrada nos ambientes profissionais.

Recebemos em 2009, no Ateliê, 365 alunos e adultos da nossa região e, em 2010, espe-

ramos continuar com este número de frequentadores. Via de regra há uma queda de apro-

ximadamente 10% de frequentadores ao longo do ano em razão de mudança para outra

região da cidade, retorno para o estado / cidade de origem ou desorganização familiar.

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Foram os seguintes os tópicos de reflexão e principais áreas de ação em 2009:

O período da manhã, basicamente de acolhimento, está estruturado e chegamos a 1.

uma boa medida em termos das atividades propostas e das regras estabelecidas.

Ainda encontramos bastante dificuldade no período da tarde. A passagem da au-2.

tonomia para especialização é dura, em especial para meninos que estão muito de-

fasados na escola e começam a ser cobrados em suas casas para fazer dinheiro. A

oferta de empregos informais é grande e muitos adolescentes acabam deixando o

Acaia e às vezes também a escola para responder às necessidades da família.

O reconhecimento da importância dos conhecimentos formais e a deficiência do en-3.

sino público regular. Notamos que meninos e meninas extremamente habilidosos pa-

ram de evoluir a partir de certa idade se não tem desenvoltura na leitura, na escri-

ta ou no uso do computador. Assim, dentro dos eixos de funcionamento do Acaia,

priorizamos as aulas de Linguagem e de Letramento Digital.

Através das extensões de aprendizagem continuamos a buscar a melhor maneira de 4.

inserir no mundo meninos ainda com pouca bagagem cultural e dividimos pragmati-

camente os meninos e meninas em dois grupos: o primeiro, bem pequeno, que tem

boa desenvoltura técnica e razoável conhecimento de leitura e escrita e o segundo

grupo, maior, que se caracteriza por adolescentes com bom desempenho técnico e

fraco conhecimento de leitura e escrita.

Ficou clara para nós a necessidade de apresentar à criança que está prestes a mudar 5.

de período, quais caminhos futuros existem em cada área. As atividades do período

da tarde e especialização produzem materiais atraentes, tais como vídeos e livros,

que se transformam em objetos de desejo das crianças da manhã.

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Em agosto de 2009, adquirimos um barraco na favela da Linha e começamos as ati-6.

vidades na sequência, em moldes semelhantes ao da Favela do Nove.

Iniciamos na Especialização o curso de técnico de Áudio com noções sobre os equi-7.

pamentos, construção de cabos, indo até a utilização da mesa de som e de sistemas

de gravação avançados. O curso aglutinou alunos das turmas de vídeo e música.

FuNCIONAMENtO

Ateliê/Sede – É onde se concentra a maior parte das atividades, em oficinas, estudo e ativi-

dades lúdicas, nas quais os professores atuam conforme se trate de Pré-acolhimento, Aco-

lhimento, Autonomia ou Especialização. No primeiro caso, sobretudo no período da ma-

nhã, as oficinas estão abertas e o papel do professor aparece como supletivo. Nas etapas

posteriores, a orientação, a proximidade e mesmo a disciplina aparecem mais.

Durante as noites recebemos adultos para atividades de bordado, dança e marcenaria,

que na sua maioria procuram Acolhimento de uma maneira muito parecida à das crianças.

Muitas vezes vêm acompanhados de seus filhos pequenos para os quais são oferecidas ati-

vidades lúdicas e de pré-alfabetização.

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Alfabetização

Marcen

aria 1 Costura 1

Artes Musica

lizaçã

o

C

apo

eira

1

Ofic

ina de Sentimentos 1

ACOLHIMENTO

AUTONOMIA

ESPECIALIZAÇÃO

EXTENSÃO DE APRENDIZAGEM

Linguagem 1 • Letramento digital

Marcen

aria 2 Costura 2

Cerâmica • Xilogravura • Desenho Prática de conjunto • In

strumen

tos

deo

1

Dan

ça

C

apo

eira

2

C

ulin

ária

Ofic

ina de Sentimentos 2

Linguagem 2

Desig

n

A

rtesãs da Linha Nove Tipografia • XiloCeasa • Encadernação

Técnico de áudio

Víd

eo 2

Cul

inár

ia E

spec

ial

Livraria

Design • Escr. de A

rquitetura • Mo

ldu

raria • Mecân

ica

Ateliê • Editora • Encadernação

Produtora

Res

taur

ante

• B

uffe

t

Barracos-escola: Favela da Lin

ha e Favela do Nove

Notu

rno:

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cria

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PRÉ-ACOLHIMENTO

O Ateliê se organiza por eixos partindo do Pré-acolhimento para a extensão de Aprendizagem.

O gráfico mostra o que contempla cada eixo e como se desenvolve no eixo seguinte.

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Grade de horários:

Matutino8:00 hs – entrada e café da manhã

9:20 hs – hora da fruta

9:30 às 11:00 hs – oficinas

Atividades obrigatórias: Oficina de Linguagem Oral e Escrita.

11:00 às 12:00 hs – organização das oficinas e banho

12:00 hs – almoço e ida a para escola acompanhados dos professores do Ateliê.

Vespertino13:45 hs – entrada e fruta

14:00 hs às 18:00 hs – oficinas seguidas por jantar

Atividades obrigatórias: Oficina de Linguagem Oral e Escrita e de Letramento Digital.

NoturnoAcolhimento – 17:30 hs às 19:30 hs

Especializações – 17:30 hs até o horário necessário para o término da atividade.

Barracos-escola: Acaia na Favela do Nove e na Favela da LinhaSão nossas principais ações externas.

Na favela do Nove, durante o ano de 2008, além das oficinas de artes, narração de his-

tórias e capoeira, inserimos as de costura e bordado e a presença de uma auxiliar de enfer-

magem 2 vezes por semana. Desta maneira, o barraco-escola fica aberto todos os dias da

semana pela manhã e às sextas também no período da tarde.

Na favela da Linha, as atividades tiveram início no segundo semestre de 2009, todos os

dias no período da tarde.

RESuLtADOS ALCANÇADOS

O Ateliê Acaia atua na orientação e no encaminhamento de ações jurídicas e auxilia na re-

lação da comunidade com a utilização dos equipamentos públicos.

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Ações InternasNa Oficina de Linguagem, terminamos o ano com quase a totalidade dos alunos da 4ª

série do Ensino Fundamental do período da manhã alfabetizados, o que significa a passa-

gem para o período da tarde com outra condição de aproveitamento das atividades.

Dos alunos egressos do Acaia em 2009, 100% estão encaminhados, alguns empregados

ou em continuidade dos estudos em escolas da região ou no Centro de Estudar Sagarana.

Formação dos Grupos:

1. XiloCeasa – Tipografia e Gráfica ArtesanalFirma-se a cada ano como um grupo forte e com inser-

ção nos meios culturais.

No ano de 2009 a tipografia continuou sendo um ins-

trumento importante de comunicação com a comunidade

dos alunos e também suporte essencial para o trabalho de

gravura.

No final do primeiro semestre realizaram exposição no Estúdio Buck com bastante des-

taque nos meios de comunicação (http://www.acaia.org.br/atelie/?page_id=85).

Os meninos e meninas da xilo ilustraram e editaram a segunda série da coleção Letra

da Cidade com lançamento na Galeria Estação em dezembro último de três livros com ti-

ragem limitada de 125 exemplares cada e totalmente rodada na tipografia: Animais, de

Arnaldo Antunes e Zaba Moreau, Exclamações para César Vallejo, de Fabrício Corsaletti,

e Fronteiras, coordenado por Denis Araújo. Fronteiras é um projeto de ex-aluno do Ateliê

Acaia, Denis Araújo, selecionado no edital VAI (Secretaria Municipal da Cultura) que junta-

mente com o grupo XiloCeasa reuniu e ilustrou histórias de algumas mães moradoras das

favelas e do Cingapura.

O grupo foi convidado para propor o logotipo de uma confecção infantil – “Casa na ár-

vore”, tendo uma gravura selecionada, e continua produzindo ilustrações para livros e ca-

pas da Editora 34.

Continuaram a participar de viagens e intercâmbios culturais, participando do “Dese-

nhando na Mata”, em São Francisco Xavier (MG).

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Consta no site do Instituto Acaia parte do acervo do XiloCeasa e o contato do grupo.

A Encadernação começa a tomar porte de pequena oficina regular, reunindo adolescentes

e mulheres, e os primeiros produtos podem ser encontrados em loja na Vila Madalena.

2. Artesãs da Linha NoveGrupo de mulheres cujo nome faz menção às duas

favelas das quais são provenientes, a da Linha e a do

Nove. Este grupo, através de 3 coordenadoras, cons-

tituiu este ano uma microempresa que celebra o cres-

cimento do grupo.

Fizeram a primeira exposição solo no A Casa – Mu-

seu do Objeto Brasileiro, e as pequenas artesãs, alunas

do período da tarde participaram com dois painéis integrando os trabalhos expostos.

O grande número de encomendas fez com que o grupo se aliasse às artesãs da cidade

mineira de Ritápolis – formadas por elas no decorrer de 2008.

Com inscrição estadual, nota fiscal e principalmente com uma postura de estar no mun-

do, a meta é que este grupo consiga estar cada vez mais pleno e autônomo.

uma gerente de produto foi contratada no segundo semestre para pensar junto com as

artesãs o melhor formato para busca de mercados e clientes, bem como a eleição e o aca-

bamento dos produtos.

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3. Olhares do BecoO grupo de vídeo avançado Olhares do Beco é o

resultado da evolução dos alunos da turma que em

2008 frequentou as aulas de iniciação. Depois de

o grupo ter o seu primeiro curta, Se vira malandro,

selecionado para exibição, o segundo, Sabotagem,

também foi exibido no Festival Internacional de Cur-

ta Metragem de São Paulo. Em 2009 finalizou o do-

cumentário sobre as obras de saneamento da favela da Linha. A oficina de vídeo trabalha

desde redação para elaboração dos roteiros, passando pelos processos de filmagem, até a

finalização em equipamentos avançados de edição.

Entre fevereiro e março de 2009, Barrie Birch (educador) e Bob Walters (credenciado da

BBC de Londres) realizaram um workshop de 4 semanas, concluindo um documentário e

uma ficção, Old Friends, posteriormente dublada em inglês (http://vimeo.com/4183722).

Em janeiro e fevereiro de 2010, dois alunos deste grupo passaram um mês em Londres,

nas produtoras talckBack thames e Media, em continuidade ao intercâmbio iniciado em

2006 (http://vimeo.com/9159470).

toda a área de vídeo tem como parceiro e incentivador a Primo Filmes.

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Ações Externas

1. Favela da Linha Pré-acolhimentoAbertura do barraco-escola do Acaia com atividades lúdicas e educativas.

Formação da Associação de Moradores da Favela da LinhaAção de usucapião coletivo – O Acaia, representando os moradores da favela da Linha

propôs ação de usucapião da área. Através desta ação, solicitou e obteve a aprovação da

Sabesp para a feitura da obra de saneamento que teve início em abril de 2008 e foi con-

cluída em junho de 2009. Em outubro, o Ateliê realizou uma visita ao escritório da Sabesp

para entregar um registro fotográfico e um documentário do processo. Cidadãos com mes-

mo chão e endereço, fazem agora parte da cidade.

teve sequência o trabalho de organização da coleta de lixo, com instalação e manuten-

ção de mais lixeiras.

Para 2010 está programada a instalação de uma mini-lavanderia coletiva que, com o

apoio do Deutsche Bank, entre outras funções, ajudará nas discussões sobre o uso racio-

nal da água.

2. Favela do Nove Pré-acolhimentoAmpliação do horário de funcionamento do barraco-escola que passou a contar com

café da manhã e atividades lúdicas antes das oficinas, seguindo modelo da sede do Ate-

liê Acaia.

Às atividades de bordado somam-se as das artesãs e uma maior integração com as ações

do posto de saúde foi possível com o trabalho da auxiliar de enfermagem.

3. Conjunto Habitacional CingapuraO trabalho com o lixo realizado nas favelas fez com que um pedido de colocação de li-

xeiras nas áreas coletivas, especialmente na quadra, fosse solicitado por alunos do Acaia

moradores do Conjunto.

Realização de uma aula de artes por mês nas dependências do Conjunto Habitacional.

O trabalho no Cingapura continua sendo um desafio.

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4. Ritápolis (MG)Oficialização da Parceria com Instituto Chico Mendes e com a FLONA (floresta nacional)

de Ritápolis e apoio da Faculdade Federal de São João del Rey.

um novo módulo da OBB Outward Bound Brasil dando sequência à formação do gru-

po de guias para eco-turismo foi realizado em julho, com participação das cidades históri-

cas do entorno: tiradentes, São João del Rey, Coronel Xavier Chaves.

PREMIAÇõES E PuBLICAÇõES

urban Age Deutsche Bank/ London School of Economics 2008.•

Prêmio Milton Santos da Câmara Municipal de São Paulo 2009.•

Exibição do curta • Sabotagem no Festival Internacional de Curta Metragem de São

Paulo.

Finalização documentário • SABESP sobre a obra de saneamento da favela da Linha,

2009.

Coleção Letra da Cidade: lançamento de três livros, de Arnaldo Antunes / Zaba Mo-•

reau, Fabrício Corsalleti e Denis Araújo, com tiragem limitada e ilustração da tipo-

grafia e Gráfica Artesanal Acaia, 2009.

O Projeto “Dinossauro”, das ofinas de Linguagem e Letramento Digital do Ateliê •

Acaia, foi um dos 6 finalistas na categoria Desenvolvimento do Prêmio Claro Novas

Formas de Aprender.

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EQuIPE

DireçãoElisa BracherCoordenação GeralOlga Maria AralheAna Cristina Cintra CamargoAssessoriaCaetana Dultra BrittoAdministrativoDra. Sandra Alves SilvaViviane dos SantosJuliana Raquel dos SantosOperacionalRosângela dos Santos de JesusSimone Santos PaixãoSimone Baptista dos SantosManutençãoMauro Cezar Silva BritoOsnir Alves de SouzaLutércia Félix da SilvaGilcéria Rosa da Silva

COORDENAÇÃO DE ÁREAS E PROFESSORES

ArtesCoordenação: Fabrício de Jesus Barrio LopezAdalgisa Maria Cavezzale de CamposAndresa Alves FerreiraCristina Duran ChadeFlávio CastellanJosé Carlos GianottiMúsicaCoordenação: Pedro MourãoArnaldo Barbosa NardoLucas Simões BorelliMarcos Azella MalteseRicardo de Castro Ortega

Rodrigo Albuquerque MourãoWellington das Neves MoreiraVídeoCoordenação: Carolina M. Lutz SetúbalConsultoria e Assessoria: Primo FilmesLetramento Digital: Fabiana Amélia FaleirosLinguagem Oral e EscritaCoordenação: Maria Isabel Fernandes BezerraLouise Arosa Del OteroEvandro Rodrigues da SilvaIvan Martins Fontes LeichsenringJuliana Cristina DinizCaroline Florêncio da SilvaDalila Gonçalves LuizLeonel Parente FilhoBibliotecaMarta Maria Pinto FerrazHilda LibermanMarcenaria, Design e MatemáticaCoordenação: Daniel RomãoEnio Alex AssunçãoGilmar Geraldo de OliveiraCapoeiraGeraldo Sebastião Pinto SobrinhoDançaMaria Beatriz Costilles PodgorskiCulináriaCoordenação: Les Amis – Cozinha para AmigosNadine Kin CamachoPaulo Henrique Duarte MartinsFernanda ColeCostura e BordadoBernadete Maria de Oliveira FreitasOficina dos SentimentosSilvia Maia BraccoInglêsDaniela Mentone

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Auxiliar de EnfermagemNeuza Francisca dos Santos LinsMonitoria Barracos/EscolaClaudinei Vieira RodriguesFabiana França Catarina (técnica de nutrição)Bordado Barracos/EscolaAna Cláudia Bento dos SantosLiz Andréa Lima MirimAtividades Lúdicas Noturno

e Barraco-escolaSandra Antunes RamosArtesãs da Linha NoveAssessoria: teresa MaiaBijuteriaAssessoria: Miriam Andraus Pappalardo

PARCERIAS

Centro universitário Belas Artes de São Paulo – dois educadores do Ateliê fazem os cursos de Artes Visuais e Desenho Industrial e os alunos da Belas Artes podem utilizar os equipamentos das oficinas do Ateliê.

universidade Anhembi Morumbi / GastronomiaRáscal Pizza e Cozinha

SAÚDE

CardiologiaDr. Otávio GebaraFisioterapiathais BojadsenRenata MatuoOftalmologiaDr. Ronaldo Barcellos

OrtopediaDr. Eduardo BracherClínica Axis de ColunaOtorrinoloringologiaDr. André DupratDra. Roberta Ribeiro de AlmeidaOdontologiaDra. Renata Corrêa de FreitasPediatriaDr. José Ricardo de Mello BrandãoPsiquiatriaDr. Fernando Ramos AshbarPsicologiaSolange Fecuri

ASSESSORIAS

PsicologiaProf. Dr. tales Ab´SaberPedagógicaDra. Nilza MichelettoCulturalDr. Rodrigo Naves

COLABORADORES

Arquiteturauna ArquitetosEASP – Escritório de Arquitetura São PauloMárcia GrosbaunBracher, Filisetti e Somlo ArquitetosAdvocaciaDra. Mary LivingstonInglêsAt Paul’s – apoio Editora OxfordTraduçõesAlessandra L.M.Kipnis

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PARCEIROS NA EXtENSÃO DE APRENDIZAGEM

Apiacás ArquitetosAtelier PiratiningaBita Encadernações, Caixas e CerâmicasDali Artes e MoldurasDuetto Produções GastronômicasEditora 34Flame – Friends for Latin America ExpressionGBC AutoserviçosGustavo Panzone Aranda J. NakaoJun SakamotoHelena FreddiLivraria da VilaLola BistrotMotortec Auto MecânicaOBB – Programa de Ação Social Outward

Bound BrasilOlímpia – Escola de FutebolPanaceia Oficina de costuraPortfólio Ateliê de EncadernaçãoRáscal Pizza e Cozinhauna ArquitetosVanbel Comércio e ServiçosZezo Centro Automotivo

DOADORES

Doadores Pessoa FísicaAlberto ZurcherAlessandra BresserAna Beatriz de Araújo CintraAna Silvia Cintra ZurcherCaio Ibrahim DavidCandido Botelho BracherDiogo Simões de Oliveira Santos

Eduardo Sawaya Botelho BracherEzequiel GrinFernão Carlos Botelho BracherGeraldo Henrique FreiHales de Pádua AssunçãoHenrique Lacerda CamargoJoão Dionisio Filgueira Barreto AmoedoJosé Carlos dos SantosJosé de Menezes Berenguer NetoJosé Irineu Nunes BragaLuis Carlos de MenezesMárcia Maria Fartos terlizziMaria Alice Roxo Nobre FranciosiMarion MinerboMauricio Generoso CampoliNancy EnglanderPedro Roxo Nobre FranciosiRaimunda Simões de Oliveira dos SantosRenata Cunha Bueno MellãoSergio Mychkis GoldsteinSergio Villas BoasSofia Helena Vieitas CarvalhosaStefan Fernandes Riess

Doadores Pessoa JurídicaAssociação Com. Ind. de São João Del ReyEscola Vera CruzBanco Itaú BBAConsenso Gestão Financeira Independente Ltda.Danone Ltda.Deutsche Bank Fundação LemannInstituto CarrefourItaú Social

universidade de Swansea (País de Gales)

27

28

DEMONStRAÇõES CONtÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 E PARECER DOS AuDItORES INDEPENDENtES

29

31

Frequentadores: 35 alunos.

Horário:

Aulas de 2ª a 6ª das 18h às 22h30

Atividades extracurriculares aos sábados

De 2 a 6ª, os alunos têm acesso à sala de

aula para estudar a partir das 14h

Carga horária semanal:22,5 horas de aulas

E mais 3 a 6 horas semanais de atividades

extracurriculares de ampliação do

universo cultural

Na sala de aula há 10 computadores

conectados à internet disponíveis para

uso dos alunos.

Escolas de onde vem os alunos:E.E. Emiliano A.C.A. Melo

(Di Cavalcanti)

E.E. Pereira Barreto

E.E. Prof. José Monteiro Boanova

E.E. Prof. Manuel Ciridião Buarque

E.E. Romeu de Moraes

E.E. Godofredo Furtado

E.E. Virgília Rodrigues

E.E. Augusto do Amaral

E.E. Alexandre Von Humboldt

Aulas oferecidas: Português

Literatura

Redação

Matemática

Física

Biologia

Química

História

Geografia

33

O QuE FAZEMOS

O Centro de Estudar Acaia Sagarana desenvolve suas atividades desde 2005, atendendo

os adolescentes de ensino médio de escolas estaduais que têm a continuidade dos estudos

como prioridade e parte de seu projeto de vida.

Atualmente o Sagarana desenvolve duas ações:

A primeira é um curso gratuito que atende 35 alunos que estejam cursando ou tenham

terminado no ano passado o terceiro ano do ensino médio. Este curso visa principalmen-

te fortalecer nos alunos as competências necessárias ao estudo: ampliar a autonomia para

estudar, seu vínculo com o conhecimento e sua capacidade de gestão do próprio proces-

so de aprendizagem. Acreditamos que estas são ferramentas essenciais para que eles pos-

sam prosseguir os estudos com autonomia, seja em uma faculdade ou curso técnico, seja

em um cursinho pré-vestibular (os cursinhos pré-vestibulares se propõem a revisar todo o

conteúdo de ensino médio em um ano, o que, para muitos alunos, representa uma opor-

tunidade para suprir lacunas deixadas por sua formação anterior. Por imprimirem um rit-

mo acelerado, exigem uma prontidão nem sempre presente nos alunos de escolas públi-

cas). Sabemos, no entanto, que estas ferramentas são condições necessárias, mas não su-

ficientes, para garantir o ingresso nas boas universidades do país. Há um percurso até lá

que passa, por um lado, pela disciplina e dedicação que cada aluno dedica ao seu projeto

de continuidade dos estudos e, por outro, pela reparação das lacunas de conhecimento e

reposição de conteúdos escolares.

A segunda ação do Sagarana é uma parceria com o Curso Anglo Vestibulares e visa dar

continuidade a este processo. No Anglo, o aluno terá oportunidade para focar o estudo

nos conteúdos exigidos pelos vestibulares.

O curso do SagaranaNo início do ano é realizada uma avaliação inicial com os alunos selecionados que nos

permite conhecer o perfil daquela turma e definir nosso planejamento. Os conteúdos são

definidos em torno do que é estrutural em cada uma das áreas.

Este curso é oferecido das 18h00 às 22h30 de segunda à sexta-feira e aborda conteú-

dos de Língua Portuguesa, Redação, Literatura, Matemática, Biologia, Física, Química, His-

tória e Geografia. Aos sábados são desenvolvidas atividades extracurriculares, como estu-

dos do meio, visitas a museus, palestras e filmes.

34

A parceria com o AngloA parceria com o Curso Anglo Vestibulares oferece 20 bolsas de estudos integrais no

curso extensivo do período da manhã aos alunos que já terminaram o ensino médio em

escolas estaduais. Para participar, os alunos devem dispor de período integral – de manhã

para as aulas e à tarde para estudo no espaço do Anglo, quando recebem orientações de

estudo específicas, desfrutam de um ambiente propício ao estudo e podem dispor de toda

a estrutura do Anglo de atendimento ao aluno.

Como é feita a seleçãoO curso do Sagarana é oferecido às escolas estaduais da região. É realizada uma apre-

sentação para a direção, coordenação e equipe docente e depois para os alunos. Há um

processo seletivo realizado em três fases que busca identificar os alunos que possuem mo-

tivação para o estudo. A primeira fase, eliminatória, consiste em uma prova em forma de

teste de múltipla escolha. São eliminados os alunos que não conseguirem pontuar em Lín-

gua Portuguesa e/ou Matemática. Vale ressaltar que as provas são elaboradas de forma a

contemplar diversos níveis, desde o mais básico de conhecimento da área (por exemplo, as

quatro operações em Matemática) até aquele ajustado aos alunos de terceiro ano do en-

sino médio. A segunda fase consiste em uma prova dissertativa e uma redação. Os alunos

aprovados na segunda fase passam também por uma entrevista e, sempre que necessário,

por uma terceira avaliação. Esta terceira avaliação ocorre nos casos em que os alunos apre-

sentam um desempenho muito defasado em uma única área e visa identificar o potencial

de aprendizagem do aluno em relação ao conhecimento daquela área.

35

A seleção para as bolsas do Curso Anglo Vestibulares é feita a partir do exame de bol-

sa realizado regularmente pelo Curso Anglo no final do ano. Os alunos que tiverem feito

ensino fundamental e médio em escolas públicas e que tiverem disponibilidade de perío-

do integral para estudar são selecionados pela ordem de classificação. Os alunos do Saga-

rana fazem o mesmo exame e, desde que obtenham pontuação e boa classificação, rece-

bem prioritariamente a bolsa integral.

ResultadosNo curso oferecido pelo Sagarana, iniciamos 2009 com 35 alunos e encerramos o ano

com 28 alunos, dos quais 9 ingressaram em faculdades públicas e/ou de primeira linha (uSP,

uNESP, uNICAMP e PuC) e 8 ganharam bolsa integral no Anglo para 2010.

No Anglo, em 2009, foram distribuídas 14 bolsas a alunos de escolas públicas. Destes,

12 foram aprovados na uSP, uNESP, uNICAMP e/ou uFSCar.

OS MOtIVOS

O trabalho do Sagarana nasceu da percepção de que há uma parte significativa dos ado-

lescentes brasileiros que tem suas oportunidades de acesso às boas universidades reduzi-

das drasticamente pelas deficiências de um ensino público que ainda não venceu o desa-

fio de garantir educação básica de qualidade para todos. No Brasil são 88,3%1 dos alunos

de Ensino Médio matriculados nas escolas públicas. No estado de São Paulo são 86,16%.

E apenas 27,4% dos aprovados no vestibular da Fuvest em 2009 fizeram o ensino médio

em escolas públicas, sejam elas federais, estaduais ou municipais.2 Aqui vale destacar que

estes números incluem os alunos das Escolas técnicas que têm acesso a um ensino diferen-

ciado e de melhor qualidade, conforme revelam as avaliações do ENEM.3

um outro dado que merece atenção é que a maioria dos alunos de escola pública não

chega a prestar o vestibular para as melhores faculdades. tomando como exemplo o vesti-

1 Fonte: Censo Escolar 2009/INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio teixeira, órgão vinculado ao Mi-

nistério da Educação (MEC) para promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro.

2 Fonte: Fuvest/ vestibular 2009.

3 ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio é um exame individual, de caráter voluntário, criado pelo Ministério da Educação e ofe-

recido anualmente aos estudantes que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.

36

bular da Fuvest: ao compararmos a quantidade de inscritos de escolas públicas e particula-

res, encontraremos o dobro de alunos de escolas particulares em relação às públicas, em-

bora o número de alunos de ensino médio matriculados na rede pública seja mais de três

vezes maior que o número de alunos da rede particular.

Os resultados do ENEM4 também confirmam uma posição desfavorável aos alunos das

escolas públicas: podemos observar que em todas as edições do ENEM até 2008, a média

obtida pelos alunos que estudaram somente em escola pública foi inferior à média obtida

pelos alunos que estudaram somente em escolas particulares.

A exclusão destes alunos da universidade veta uma importante via de acesso à partici-

pação na vida social, política, econômica e cultural do país. O prejuízo é da nação, que não

apenas desperdiça seus talentos, mas vê crescer sua dívida social. Estudo recente publica-

do pelo IPEA aponta que apenas 13% dos adolescentes de 18 a 24 anos frequentavam o

ensino superior em 20075 e o Relatório Jovens em Situação de Risco no Brasil,6 do Banco

Mundial, estima que o Brasil perderá R$ 320 bilhões nas próximas décadas se não inves-

tir nos adolescentes. A presença tímida dos adolescentes de escolas públicas nas boas uni-

versidades deste país empobrece e limita também a própria universidade, que se vê priva-

da da representatividade social e dos benefícios trazidos pela diversidade, que deveria ca-

racterizá-la.

Diante dessa situação, o Instituto Acaia, por meio do Sagarana, procura oferecer uma

oportunidade para que adolescentes de escolas públicas possam seguir construindo seus

projetos de vida e ampliem suas possibilidades de real participação na construção da na-

ção. Acreditamos ser esta uma contribuição para diminuir a desigualdade social existente

no país e democratizar o ensino superior.

4 Dados referentes ao ENEM até 2008. Os resultados do ENEM 2009 não estavam disponíveis até a data de impressão deste

material.

5 Dados publicados na pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil divulgada em janeiro de 2010 pelo IPEA – Instituto de Pesqui-

sa Econômica Aplicada.

6 Relatório Jovens em Situação de Risco – Vol I e II. Disponível para leitura no site do Banco Mundial – http://go.worldbank.org/YuIu-

DQBBH0

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EQuIPE

DireçãoAna Amélia InoueCoordenação PedagógicaSonia Aidar FavarettoSilvana AugustoSecretáriaPatrícia PortoProfessoresAndré YaminDaniel Vieira HeleneFábio Áviles GouveiaJoão Antunes RamosLisângela Kati do NascimentoPaulo Roberto da CunhaRafael Andrade PereiraSuzete Maria Ribeiro

AGRADECIMENtOS

Erenay Martins MacielLuis Antonio GagliardiLuciana Alves da CostaSilvia Catunda

COLABORADORES

Eduardo Giannetti da FonsecaFernando ReinachJayme ServaJoão Augusto PompéiaKátia BraklingLuiz Raul Weber AbramoSérgio LacarteSamuel PessoaRoberto Pompéia

INStItuIÇõES PARCEIRAS

Anglo vestibularesE.E. Prof. Architiclino SantosE.E. AnhangueraE.E. Deputado Augusto do AmaralE.E. Godofredo FurtadoE.E. Prof. José Monteiro BoanovaE.E. Prof. Manuel Ciridião Buarque E.E. Pereira BarretoE.E. Romeu de MoraesE.E. Virgília Alves RodriguesE.E. Odair MartinianoE.E. Emygdio de BarrosE.E. Prof. Almeida JuniorE.E. Emiliano Augusto “Di Cavalcanti”E.E. Sólon Borges dos ReisE.E. Alexandre von HumboldtE.E. Prof. Antonio Alves CruzInstituto Fernando Henrique CardosoIntituto SangariCentro universitário Belas Artes de São Paulo

DOADORES

Eduardo Mazzilli de VassimonCandido Botelho Bracher

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DEMONStRAÇõES CONtÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 E PARECER DOS AuDItORES INDEPENDENtES

39

41

Objetivo GeralContribuir para o desenvolvimento

humano e social integrado à

conservação do Bioma Pantanal.

Área de atuaçãoRegião da Serra do Amolar, município

de Corumbá, MS, às margens do

Rio Paraguai, entre as coordenadas

aproximadas 18º37’ e 17º43’ de

latitude sul.

Total de público atingido diretamente41 crianças e adolescentes38 famílias

Público atingido indiretamenteMoradores da região da Serra do Amolar,

em Corumbá, MS, e instituições públicas

e privadas envolvidas na pesquisa e na

gestão de políticas sociais e ambientais.

AtividadesEscola Itinerante – alfabetização e

capacitação profissional de adolescentes

e adultos;

Escola Jatobazinho – ensino fundamental

de 1º ao 5º ano em regime de internato;

Fomento ao trabalho em rede;

Rede de Proteção e Conservação da Serra

do Amolar;

Parque Nacional do Pantanal

Matogrossense;

Apoio à pesquisa científica.

Início das atividadesJaneiro de 2008

1. Floresta decídua na época da estiagem – Região da Serra do Amolar no Pantanal, Corumbá, MS.

2. O projeto Brasil à Beira do Rio permitiu aos alunos tomarem contato com a realidade de outras regiões do Brasil nas quais também há comunidades ribeirinhas.

3. O projeto Culinária foi um dos mais apreciados pelos alunos, que elaboraram pratos típicos da tradição regional.

4. A horta escolar criou o interesse pela aquisição de hábitos alimentares saudáveis.

43

INtRODuÇÃO

Em Mato Grosso do Sul, em meio à deslumbrante paisagem do Pantanal, às margens do

Rio Paraguai, vivem inúmeras famílias. Refugiam-se da inevitável subida anual das águas

dentro de casas sobre pilotis ou sobre aterros, construídos como já o faziam há centenas

de anos os primeiros habitantes da região. As águas que cobrem, durante muitos meses,

grande porção do município de Corumbá no período da enchente, e a vastidão do seu ter-

ritório, impossibilitam a construção de estradas e dificultam o acesso à sede. Como conse-

quência, os serviços públicos têm dificuldade de chegar aos ribeirinhos, que por sua vez fi-

cam isolados, tendo poucas oportunidades de emprego e de geração de renda. todas es-

tas condicionantes contribuem para que a população ribeirinha apresente características

de baixo desenvolvimento social:

Baixo grau de instrução•

Baixa renda•

Alto índice de analfabetismo•

Grande fecundidade•

Acresce-se a isto o fato de que a proximidade com a fronteira boliviana favorece a cir-

culação de drogas e produtos de roubo e contrabando, tornando a população local vulne-

rável ao envolvimento com atividades ilegais e à violência.

Dentro deste cenário, o Acaia Pantanal optou por desenvolver ações que contribuam

para um desenvolvimento humano e social compatível com a conservação da natureza.

Sob esta perspectiva, foram desenvolvidos os projetos para instalação e funcionamen-

to das seguintes atividades:

Escola Itinerante, de alfabetização e capacitação profissional de adolescentes e adultos.

Escola Jatobazinho, que funciona em regime de internato como escola rural da rede mu-

nicipal de ensino fundamental.

Apoio à Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar, grupo que desenvolve ati-

vidades de monitoramento, proteção de áreas destinadas à conservação e educação am-

biental.

Apoio ao Parque Nacional do Pantanal Matogrossense por meio da doação dos proje-

tos urbanístico/arquitetônicos e de programação visual, destinados a permitir a visitação

pública ao Parque após sua implantação, contribuindo com o incremento do turismo con-

44

templativo na região, em substituição ao turismo de pesca, de forte presença na econo-

mia municipal.

Apoio à pesquisa científica, por meio da cessão de alojamento, alimentação e apoio lo-

gístico a instituições conveniadas.

RESuLtADOS DAS AtIVIDADES

Escola ItineranteEm virtude da reorganização das atividades do Acaia Pantanal, o funcionamento da Es-

cola Itinerante foi suspenso em 2009, recomeçando em 2010. Neste período foram reali-

zadas: a identificação das coordenadas geográficas dos núcleos de moradias e a definição

dos novos núcleos da Escola Itinerante (é nas casas de ribeirinhos que acontecem as au-

las). E foi estabelecido um acordo com a Prefeitura de Corumbá para alojamento do edu-

cador do Acaia Pantanal na Escola do Paraguai-Mirim, mais próxima à maior concentra-

ção de residências.

Escola JatobazinhoEm fevereiro de 2009, foi assinado com a Prefeitura de Corumbá o convênio para insta-

lação na Fazenda Jatobazinho de uma classe multisseriada de aceleração de aprendizagem,

que funciona em regime de internato como uma escola rural da rede municipal.

Em janeiro e fevereiro a Fazenda Jatobazinho passou por grandes reformas para ade-

quação de espaços. E em março, iniciaram-se as aulas na Escola Jatobazinho, com 39 alu-

nos matriculados, 20 meninos e 19 meninas, com assessoria pedagógica do Instituto Sin-

gularidades de São Paulo.

Os alunos matriculados na Jatobazinho têm idades que variam de 7 a 16 anos e estão

oficialmente matriculados do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. A defasagem idade/

ano de matrícula mostra uma tendência de proporcionalidade em relação à idade do alu-

no: quanto maior a idade, maior a diferença entre sua idade e a idade correta para o ano

em que está matriculado.

A escola funcionou com 4 educadores, de forma a possibilitar um atendimento perso-

nalizado às necessidades de cada aluno e facilitar a aceleração da aprendizagem.

As atividades pedagógicas foram desenvolvidas no contexto de projetos escolhidos pela

sua afinidade com a realidade local e pelo interesse dos alunos.

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No projeto Postais, os alunos estabeleceram correspondência com as crianças do Moi-

nho Cultural Sul Americano, com sede na cidade de Corumbá. Este projeto permitiu, além

do exercício de uma escrita carregada de significado, a integração com as crianças urba-

nas, que vivem uma realidade bem diferente.

A partir de 2010, a assessoria pedagógica e o apoio educacional e administrativo para

a Escola Jatobazinho serão prestados pela Fundação Bradesco dentro do seu Programa

educa+ação.

A Escola Jatobazinho funciona também como uma casa de portas abertas, recebendo

e apoiando equipes do poder público nas esferas federal (Marinha do Brasil, IBAMA – Ins-

tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), estadual (IAGRO

– Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, IMASuL – Instituto de Meio Am-

biento do Mato Grosso do Sul, Polícia Militar Ambiental) e municipal (Secretaria Executiva

da Educação, Secretaria da Saúde) em atividades de assistência técnica, social e de saúde

à população da região, bem como instituições acadêmicas em pesquisas científicas. Para

os alunos da escola, esta parceria com o poder público resultou na sua inclusão no sistema

público de saúde, com o recebimento dos seguintes atendimentos:

Odontológico: Exame clínico individual, realizado pela equipe do NAsH (Navio de •

Assistência Hospitalar) tenente Maximiano, que entrou em operação em junho de

2009 para atendimento da população ribeirinha da Bacia do Rio Paraguai.

Exames médico e ambulatorial: Atendimento pela equipe de estudantes do cur-•

so de medicina da universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Campus Campo

Grande) e coleta de sangue para a realização de hemograma completo, dentro do

Projeto Criança das Águas coordenado pela ECOA – Ecologia em Ação, em parce-

ria com a Marinha do Brasil, universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Prefeitu-

ra Municipal de Corumbá (Secretaria Executiva da Educação e Secretaria Executiva

de Saúde Pública).

Vacinação: Hepatite B, Dupla Adulto (Difteria/ tétano) e Febre Amarela.•

Registro no Sistema Único de Saúde, com emissão de Carteira do SuS para cada •

aluno.

1. A capivara no desenho dos alunos.

2. O projeto de teatro.

3. Sábado na piscina.

4. Festa junina.

5. Campeonato de futebol.

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Integrantes dos órgãos públicos que usaram a Escola Jatobazinho como base para pres-

tação dos seus serviços também contribuíram com seu projeto pedagógico, desenvolven-

do várias atividades com os alunos e educadores:

Marinha do Brasil: palestras sobre regras de sinalização e navegação.•

Polícia Militar Ambiental: palestras sobre o trabalho que desenvolvem no combate •

a incêndios florestais e fiscalização ambiental; hasteamento das bandeiras do Brasil,

Mato Grosso do Sul e Corumbá.

Com o propósito de fortalecer os projetos voltados para a infância e a adolescência no

município de Corumbá, a assessoria jurídica do Instituto Acaia ministrou palestra em se-

minário do qual participaram integrantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança

e do Adolescente (CMDCA), representantes do poder público e de ONGs locais. Deste en-

contro, resultaram a aprovação de Resolução do CMDCA que permite a doação de recur-

sos de renúncia fiscal, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, para projetos es-

colhidos pelo doador, bem como a redação de um edital permanente para inscrição junto

ao Conselho de projetos de atendimento à criança e ao adolescente.

também em 2009, o Acaia Pantanal foi eleito como um dos representantes da socieda-

de civil junto ao CMDCA, de forma a continuar dando sua contribuição para a formulação

de políticas públicas para a infância e adolescência no município.

Fomento ao trabalho em rede

1. Rede de Proteção e Conservação da Serra do AmolarNo início de 2008, constituiu-se um grupo de instituições interessadas na proteção de

cerca de 265.000 ha de terras públicas e privadas destinadas à conservação, integrado por

Instituto Homem Pantaneiro e Ecotrópica – Fundação de Apoio à Vida nos trópicos, com

apoio do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense e do Acaia Pantanal e patrocínio do

grupo EBX.

Dando sequência a este trabalho, a Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amo-

lar criou em 2009 um programa de monitoramento ambiental, tendo como objetivos iden-

tificar e monitorar as atividades antrópicas realizadas na região, desenvolver ações de Edu-

cação Ambiental voltadas para a população ribeirinha e turistas, e contribuir para a forma-

ção de profissionais no campo da Biologia e Geografia. Participaram desta equipe de mo-

48

nitoramento 6 estagiários dos cursos de Biologia e Geografia da universidade Federal do

Mato Grosso do Sul. O monitoramento é feito com o uso de embarcações navegando pelo

Rio Paraguai, corixos e lagoas, sendo de 235 km a extensão do percurso pelo rio da sede

de Corumbá até a sede do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, próxima à divisa

entre os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Cada viagem tem a duração de

três dias, e em 2009 foram realizadas 12 viagens.

A Rede, além de realizar suas próprias expedições de monitoramento, fornece também

apoio às diligências de fiscalização da 2º Companhia da Polícia Militar Ambiental de Co-

rumbá (PMA), indispensáveis à inibição e autuação das atividades ilegais que põem em ris-

co a conservação da natureza e a segurança da população ribeirinha. As diligências da po-

lícia também são feitas por via fluvial, percorrendo o mesmo trajeto do monitoramento de

responsabilidade da Rede. Em 2009 foram realizadas 10 expedições.

Outras atividades realizadas em 2009: dotação das unidades protegidas de equipamen-

to de combate a fogo, realização de curso de brigadistas de incêndio florestais e formação

de uma brigada de incêndio que conta atualmente com 17 voluntários.

2. Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (PNPM)Ainda com o objetivo de contribuir para a conservação da região da Serra do Amolar,

o Acaia Pantanal ofertou ao PNPM a elaboração dos projetos urbanístico e arquitetônico e

de programação visual destinados a subsidiar a implantação do seu plano de manejo, de

forma a tornar possível a abertura do parque à visitação pública.

1. População ribeirinha; 2. Escola Jatobazinho – sala de aula

49

3.Onça flagrada por armadilha fotográfica na Fazenda Santa Tereza.

3. Apoio à pesquisa científicaCom a parceria da Fazenda Santa tereza, em 2009 foram fornecidas 41 diárias para

pesquisadores de universidades públicas brasileiras para pesquisas na área de fauna, flo-

ra e geomorfologia.

Foi também encerrada a pesquisa para avaliação da eficácia de práticas de manejo de

gado destinadas a reduzir a predação de reses por onças pintadas, e redigido o relatório fi-

nal. Esta pesquisa, desenvolvida por iniciativa do Acaia Pantanal, teve início em 2007 com

apoio da Fazenda tereza e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Seu objetivo foi buscar subsídios que pudessem contribuir para a redução do conflito en-

tre a pecuária e a conservação da onça pintada no Pantanal.

Em 2009 foi desenvolvida uma proposta de logomarca e comunicação visual. E foram elaboradas também a proposta urbanística para implantação geral e as propostas arquitetônicas para as várias edificações planejadas. Estas propostas estão em fase de discussão com as direções do Parque e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ao qual o Parque está subordinado.

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EQuIPE

Direçãoteresa Cristina Ralston BracherMaria Cecília Lacerda de CamargoCoordenação GeralAna Lúcia Valente BarbasGerente Escola JatobazinhoWania Alecrim de LimaEducadoresDaiane Bispo AlvesJéssica Marcelle Cedron de SouzaKarlos Roberto da SilvaOdilson Moraes de Oliveirataís tatit BarrossiOperacionalCarmen Lúcia AlvesJuliana dos Santos Ramalho MartinsMarcelo Silva de AraújoSuzana Costa RosaEquipe de apoio nas FazendasJatobazinho e Santa TerezaAgnaldo Orlando BertiniAntonio de Jesus da ConceiçãoAmilton Álvaro BrandãoJosé Faner Rodrigues MachadoJuciara Amorim ReisIvanete CarmielRepresentante junto ao CMDCA de CorumbáAna Cecília Demarqui Machado

ASSESSORIAS

ArquiteturaRoberto PompéiaLuzia Correa RibeiroFabiana RochaComunicação VisualLetícia MouraEngenhariaCarlos Roberto da Silva SouzaGestãoVia GutembergFábrica do FuturoJurídicaDr. theotônio Monteiro de BarrosPedagógicaInstituto SingularidadesFundação BradescoAmbientalJGP Consultoria e Participações Ltda.Isabel Villalobos

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DOADORES

Doadores Pessoa FísicaAna Lúcia Valente BarbasAri WeinfeldCandido Botelho BracherFernão Carlos Botelho BracherHenrique Lacerda de CamargoMaria Cecília Lacerda de CamargoMarina MassiSílvia WeinfeldSonia Maria Sawaya Botelho Bracherteresa Cristina Ralston Bracher

Doadores Pessoa JurídicaGrupo Santander BrasilInstituto unibancoWhirpool S.A.

PARCEIROS

Parceiros ApoiadoresFazenda Campo DamiaFazenda JatobazinhoFazenda Santa terezaFundação Bradesco – Programa educa+açãoHotel Nacional – Corumbá MSPosto Paulista de Pneus Ltda.Prefeitura Municipal de CorumbáSecretaria de Ações Sociais de CorumbáSecretaria Executiva de Educação de CorumbáSecretaria Executiva de Saúde Pública de

Corumbá

Parceiros FinanciadoresFundação AVINAOGX Petróleo e Gás Participações S.A.Participações Morro Vermelho S.A.

Parceiros EstratégicosECOA – Ecologia e AçãoEcotrópica – Fundação de Apoio à Vida nos

trópicosEMBRAPA – Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal (CPAP)Grupo EBXInstituto Arara AzulInstituto Chico Mendes de Conservação da BiodiversidadeInstituto Homem PantaneiroMarinha do Brasil: 6º Distrito Naval: Capitania Fluvial do PantanalMMX Mineração e Metálicos S.A.Moinho Cultural Sul AmericanoPanthera FoundationParque Nacional do Pantanal MatogrossensePolícia Militar Ambiental MS: 2ª Cia / 15º

Batalhão / Corumbá / MSuniversidade Estadual “Júlio de Mesquita

Filho” (uNESP Campus Rio Claro – Instituto de Geociências e Ciências Exatas)

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AGRADECIMENtOS ESPECIAIS

Ana Paula SaterBeatriz NovaesDemi GalvãoCarmem MaradeiCoronel Angelo RabeloDaniela e Alfredo VillelaElizabeth Rudge ZanoniElizabeth ScheichlElson Fonseca de AlmeidaFernanda Caiuby Novaes SalataGislaine e Adalberto EberhardHeinz GruberJosé Augusto FerrazJussara e Roberto MoritzKiko FarkasLilian e Alex SzabzonLucas LeuzingerMárcia RolonMaria tereza A. IonescuMarina SchweizerMário AmabileMarizete Gonçalves FerreiraMarly e Armando LacerdaMiguel MilanoMilu VillelaOdney BastosOlga torresPaulo Cesar Ferreira de OliveiraRegina Varga e Equipe da ACtCRicardo KassarRoberto Jank Jr.Rubens de SouzaSônia e Luís terepinsSusana e Ricardo Steinbruchtania e Antonio Carlos Viottiterezinha Ribeiro Ralston

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DEMONStRAÇõES CONtÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 E PARECER DOS AuDItORES INDEPENDENtES

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56

Projeto gráfico e diagramação:Bracher & Malta Produção Gráfica /Juliana de Campos Silva

Fotografias:Acervo Instituto AcaiaAlex Szabzon

Revisão:Fabrício Corsaletti

Papel capa:Cartão Supremo Duo Design 300 grPapel miolo:Couché Reflex Matte 150 grImpressão:Ipsis Gráfica e Editora

São Pauloabril de 2010

6

Instituto AcaiaRua Dr. Avelino Chaves, 80 – Vila Leopoldina, São Paulo

CEP 05318-040fone/fax: 11 3832 5804

www.acaia.org.brInstituto Acaia • Rua Dr. Avelino Chaves, 80 • Vila Leopoldina São Paulo CEP 05318-040 • fone/fax: 11 3832 5804 • www.acaia.org.br