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RELATÓRIO ANUAL REFERENTE AO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS EM 2012
DIRETORIA DE PREVENÇÃO E EMERGÊNCIA AMBIENTAL - DEAMB
1
Sistema Estadual de Meio Ambiente Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada Superintendência de Controle e Emergência Ambiental
Diretoria de Prevenção e Emergência Ambiental
RELATÓRIO ANUAL REFERENTE AO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS EM 2012
SEMAD – SUCFIS – SUCEA – DEAMB – RT 01/2013
Belo Horizonte Fevereiro de 2013
2
© 2013 Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Governo do Estado de Minas Gerais
Antonio Augusto Junho Anastasia
Governador
Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD
Adriano Magalhães Chaves
Secretário
Subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada - SUCFIS
Marília Carvalho de Melo
Subsecretária
Superintendência de Controle e Emergência Ambiental - SUCEA
Ana Carolina Miranda Lopes de Almeida
Superintendente
Diretoria de Prevenção e Emergência Ambiental - DEAMB
Zenilde das Graças Guimarães Viola
Diretora
Elaboração:
Luiz Filipe Venturi Vianna
Rosa Maria Cruz Laender Costa
Marina Silva Soares Moreira - Estagiária
Rodovia Pref. Américo Gianetti, s/nº - Edifício Minas 2º andar – Bairro Serra Verde - Belo Horizonte/MG CEP: 31.630-900
M663r Minas Gerais. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Relatório anual referente ao atendimento de emergências ambientais 2012. Belo Horizonte: SEMAD, 2013.
49 p. ; il.
SEMAD – SUCFIS – SUCEA – DEAMB – RT 01/2013.
1. Emergência ambiental - atendimento. 2. Acidentes ambientais. I. Título.
CDU: 614.8
3
SUMÁRIO
RESUMO .......................................................................................................................... 6
01 - OBJETIVO ................................................................................................................. 7
02 – JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 8
03 - METODOLOGIA ........................................................................................................ 9
04 – ATENDIMENTO ÀS EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS EM MINAS GERAIS - 2012 ... 11
4.1 – ACIONAMENTO DO NEA............................................................................... 12
4.2 - ATENDIMENTOS AOS ACIDENTES AMBIENTAIS - 2012 ............................. 14
4.3 - ACIDENTES RODOVIÁRIOS .......................................................................... 19
4.4 - TRANSPORTE FERROVIÁRIO ....................................................................... 22
4.5 - ACIDENTES POR URC ................................................................................... 23
4.6 - NÚMERO DE ATENDIMENTOS REALIZADOS PELO NEA EM 24 HORAS - 2012 ........................................................................................................................ 25
4.7 – PERCENTUAL DE EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS ATENDIDAS PELO NEA EM ATÉ 24 HORAS - 2012 ...................................................................................... 25
5 – ELABORAÇÃO DE PROPOSTA PARA AMPLIAR CONHECIMENTO DA EQUIPE DA DEAMB EM RELAÇÃO ÀS EMPRESAS DE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS GERADOS EM ACIDENTES .......................................................................................... 28
6 - BLITZ NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS ................. 29
7 - P2R2 ......................................................................................................................... 31
8 - PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE DISCUSSÃO ABNT .............................................. 32
9 - AÇÕES, PROGRAMAS E PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS: ..................................... 33
10 - III SEMINÁRIO TRANSPORTE DE DERIVADOS DE PETRÓLEO - PREVENÇÃO DE ACIDENTES AMBIENTAIS ....................................................................................... 35
11 - PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AUXÍLIO MÚTUO .............................................. 36
12 - ATLAS DE VULNERABILIDADE A INUNDAÇÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS .......................................................................................................................... 38
13 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 41
14 - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO ................................................................................. 42
4
LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Acionamentos registrados pelo NEA mês a mês em 2012 .......................... 15
Figura 2 - Acidentes 2012 por atividade geradora ....................................................... 15
Figura 3 - Acidentes 2012 por Classe de Risco .......................................................... 17
Figura 4 – Impactos decorrentes dos acidentes registrados em 2012. ........................ 18
Figura 5 – Percentual de acidentes rodoviários em relação ao total anual. ................. 19
Figura 6 - Acidentes rodoviários registrados entre 2008 e 2012. ............................... 20
Figura 7 - Classe de Risco dos produtos envolvidos nos acidentes rodoviários .......... 22
Figura 8 – Distribuição dos acidentes de 2012 por URC ............................................. 24
Figura 9 – Mapa de acidentes ambientais - 2012 ........................................................ 27
Figura 10 e Figura 11 – Operação Temática de Combate aos Crimes Ambientais
realizada pela Polícia Rodoviária Federal – Fiscalização de veículos transportando
produtos perigosos. .................................................................................................... 30
Figura 12 – Operação Temática de Combate aos Crimes Ambientais realizada pela
Polícia Rodoviária Federal – Fiscalização de veículos transportando produtos
perigosos em conjunto com alimentos, proibido por lei. .............................................. 31
Figura 13 - Reunião ordinária da Comissão Estadual do P2R2 .................................. 32
Figura 14 - Reunião da ABNT, em São Paulo. ............................................................ 33
Figura 15 – Simulado em Nova Lima. ......................................................................... 34
Figura 16 - Primeira reunião para apresentação da proposta de criação do PAM
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, em Uberlândia. ................................................... 38
Figura 17 – Mapa de vulnerabilidade a inundações .................................................... 40
Figura 18 e 19- Acidente na rodovia BR 262, município de Igaratinga. Produto:
Carbureto de Cálcio - 31/01/2012 ............................................................................... 42
Figura 20 e 21 - Acidente na BR 040, município de Caetanópolis. Produtos químicos
diversos. 08/04/2012................................................................................................... 43
Figura 22 e 23 - Acidente na estrada vicinal de acesso às Fazendas Reunidas B e
Danklin, próximo ao km 149 da BR 050, em Uberaba – Produto: óleo diesel -
09/02/2012 .................................................................................................................. 44
Figura 24 e 25- Abatimento do corpo de barragem em Conselheiro Lafaiete -
09/01/2012 .................................................................................................................. 45
Figura 26 – Acidente ferroviário ocorrido em novembro/2012, em Patrocínio. ............ 46
Figura 27 e 28 – Mortandade de peixes ocorrida em 13/12/2012 em Campo Belo. .... 47
Figura 29 e 30 – Acidente ferroviário envolvendo milho e óleo diesel. Data 09/11/2012,
em Ibiá. ....................................................................................................................... 48
5
LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Acionamentos registrados pelo NEA no período de 2008 a 2012 .............. 14
Tabela 2 – Ocorrência por Rodovia, no território mineiro em 2011 e 2012. ................. 21
Tabela 3 - Unidades Regionais Colegiadas ................................................................ 24
6
RESUMO
A Diretoria de Prevenção e Emergência Ambiental – DEAMB tem por finalidade
planejar e atuar, de forma integrada e articulada com as demais instituições
intervenientes no assunto, na prevenção e resposta aos acidentes e
emergências ambientais que coloquem em risco os bens vulneráveis, o meio
ambiente e a saúde pública.
Neste contexto, foi definida uma meta para o Núcleo de Emergência Ambiental
– NEA da DEAMB, a realização do atendimento às Emergências Ambientais no
prazo de até 24 horas, conforme previsto no Acordo de Resultados firmado
pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -
SEMAD com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG.
O processo de atendimento às emergências ambientais tem início a partir da
comunicação da ocorrência de um acidente com possível dano ambiental – via
telefone móvel do plantonista ou fixo durante o horário comercial da Diretoria.
Em 2012, verificou-se pelo registro no Banco de Dados, que foram atendidas
165 emergências ambientais pela DEAMB, sendo 158 delas, ou 95,75%, dentro
do prazo de 24 horas.
Além desta verificação, o Relatório apresenta uma série de informações
relativas ao atendimento realizado e sobre ações desenvolvidas pela DEAMB.
7
01 - OBJETIVO
Apresentar o percentual de emergências ambientais atendidas pelo Núcleo de
Emergência Ambiental – NEA da Diretoria de Prevenção e Emergência
Ambiental – DEAMB, em até 24 horas, durante o ano de 2012, conforme
pactuado no Acordo de Resultados.
De forma suplementar, objetivou-se apresentar as ações desenvolvidas pela
Diretoria e analisar os atendimentos realizados pelo NEA ao longo do ano.
8
02 – JUSTIFICATIVA
A emergência é uma situação crítica ou acontecimento perigoso e fortuito, que
pode ocorrer em diferentes níveis de importância. Em diversos contextos, as
emergências ambientais podem colocar em risco as vidas humanas, o meio
ambiente, a saúde pública, os bens vulneráveis e as atividades sociais e
econômicas, sendo que uma resposta rápida a estes eventos indesejados pode
ser um fator muito relevante para a redução dos impactos potenciais.
Pelo exposto, justifica-se a meta do NEA de realizar o atendimento às
emergências ambientais no prazo de até 24 horas, conforme previsto no
Acordo de Resultados firmado com a Secretaria de Estado de Planejamento e
Gestão – SEPLAG.
9
03 - METODOLOGIA
Conforme o Indicador – Percentual de emergências ambientais atendidas em
até 24 horas, pactuado para o NEA no Acordo de Resultados, o atendimento
dar-se-á com a realização das seguintes ações:
1- recebimento da comunicação via telefone móvel (plantão 24hs) nos
números:
(31) 9822-3947
(31) 9825-3947
ou telefone fixo da Diretoria de Prevenção e Emergência Ambiental – DEAMB:
(31) 3915-1236
2- após o comunicado é realizado o levantamento via telefone, das informações
da situação descrita pelo informante (transportador, Polícia Rodoviária Federal,
Policia Militar, empresas diversas, mídia, dentre outros);
3- de posse dos dados, é realizada a avaliação da necessidade de
comparecimento ao cenário do acidente;
4- a orientação de primeira resposta é realizada via telefone ou presencial, para
minimização dos impactos;
5- avaliação da necessidade de acionamento de outros órgãos – Centro de
Controle de Emergência da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Corpo de
Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado da Saúde, dentre
outros, e dos representantes da empresa responsável pelo acidente;
6- definida a necessidade de verificação “in loco”, desloca-se para o cenário
com a finalidade de assessorar os demais atores em relação à recuperação da
área e disposição adequada dos resíduos gerados no acidente, pelo poluidor.
10
Ressalta-se que há casos em que não há necessidade de ir ao campo em
24hs, e o atendimento é todo via telefone. A conferência das orientações via
telefone, dá-se após as 24hs. Assim, o acionamento é considerado atendido.
Foi considerada emergência ambiental atendida em até 24 horas quando
executadas as ações dos itens de 1 a 5, a partir do horário registrado no
recebimento do acionamento. É importante nesta meta o registro das
ocorrências para que o Estado, por exemplo, tenha conhecimento dos pontos
recorrentes de acidentes, principalmente em rodovias, de forma a subsidiar
melhorias no traçado e proteção de mananciais, como é o caso do Sistema
Serra Azul ou possa identificar locais para receber vítimas decorrentes de
acidentes com produtos químicos ou fazer gestão junto às empresas com
recorrência de acidentes, para adoção de medidas preventivas.
A meta proposta para 2012 era atender 95,5% dos acionamentos em até 24
horas.
11
04 – ATENDIMENTO ÀS EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS EM MINAS GERAIS - 2012
O Decreto nº 45.824, publicado em 20 de dezembro de 2011 dispõe sobre a
nova organização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD e define como competência para a
Diretoria de Prevenção e Emergência Ambiental – DEAMB planejar e atuar, de
forma integrada e articulada com as demais instituições intervenientes no
assunto, na prevenção e resposta aos acidentes e emergências ambientais que
coloquem em risco os bens vulneráveis, o meio ambiente e a saúde pública.
O Núcleo de Emergência Ambiental – NEA, criado em 2003 e anteriormente
vinculado à Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM, passou a ser
vinculado à DEAMB em 2011, e tem como finalidade realizar o atendimento, o
assessoramento, a colaboração na investigação e a gestão dos acidentes e
emergências ambientais decorrentes das atividades que coloquem em risco
vidas humanas, o meio ambiente, a saúde publica ou atividades sociais e
econômicas, de acordo com as normas e diretrizes vigentes.
O Decreto nº 45.824/2011 instituiu ainda o Núcleo de Riscos Tecnológicos
Ambientais, ao qual compete:
I - propor e realizar projetos, normas e procedimentos;
II - divulgar informações à sociedade no sentido de colaborar com a promoção
de gestão de riscos de acidentes ampliados no Estado de Minas Gerais; e
III - apoiar o Núcleo de Emergência Ambiental – NEA, dando-lhe suporte
técnico e adequado, visando minimizar os riscos e as situações de perigo
iminente.
Em 2012 a DEAMB contou com um corpo técnico composto de 13
profissionais, dos quais 6 se revezaram em plantões de 24 horas durante 07
dias da semana para o atendimento às emergências ambientais. A equipe
conta com um Coordenador dentre os 6 plantonistas.
12
Além do Diretor, e de mais três analistas ambientais, o setor conta ainda com
uma secretária e duas estagiárias. No final de 2012, um dos plantonistas se
desligou da Secretaria, diminuindo ainda mais uma equipe já reduzida para
atender o estado de Minas.
A infra-estrutura para estes atendimentos é composta de 04 veículos da marca
Mitsubishi – Modelo L200, conduzidos por 04 motoristas exclusivos para o
serviço.
Conforme previsto no Acordo de Resultados firmado com a Secretaria de
Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG para o ano de 2012, foi definida
como meta para o NEA um percentual de atendimento às emergências
ambientais ocorridas no Estado, no prazo máximo de 24 horas.
O processo de atendimento às emergências ambientais tem início a partir da
comunicação da ocorrência de um acidente de origem tecnológica com
possível dano ambiental – via telefone móvel do plantonista, ou fixo durante o
horário comercial da Diretoria.
4.1 – ACIONAMENTO DO NEA
O NEA atende eventos que de modo geral necessitam de uma resposta rápida,
ou seja, a presença de especialistas em campo para identificar, avaliar o
cenário e propor medidas reparadoras.
A comunicação destes eventos é feita por diversas fontes intervenientes ou não
no assunto, como o Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Polícia
Militar, Defesa Civil, Secretaria de Saúde, o responsável pela ocorrência, a
mídia, ou até mesmo anônimos.
13
Cabe ressaltar que o responsável por provocar o acidente tem a obrigação de
comunicar o Estado sobre o acidente e adotar as providências para controlá-lo,
conforme previsto no Decreto Estadual 44.844/2008:
“Art. 90. Fica a pessoa física ou jurídica responsável por
empreendimento que provocar acidente com dano ambiental
obrigada a:
I - comunicar imediatamente o acidente à Superintendência
Regional de Meio Ambiente da SEMAD ou à FEAM ou ao IEF
ou
ao IGAM, solicitando registro da data e horário da
comunicação,
para fins de futura comprovação;
II - adotar, com meios e recursos próprios, as medidas
necessárias para o controle das conseqüencias do acidente,
com vistas a minimizar os danos à saúde pública e ao meio
ambiente, incluindo as ações de contenção, recolhimento,
neutralização, tratamento e disposição final dos resíduos
gerados no acidente, bem como para a recuperação das áreas
impactadas, de acordo com as condições e os procedimentos
estabelecidos ou aprovados pelo órgão ambiental competente;”
14
4.2 - ATENDIMENTOS AOS ACIDENTES AMBIENTAIS - 2012
Desde 2003, quando da criação do NEA, os acionamentos são registrados em
um Banco de Dados. Neste Relatório são apresentados os acionamentos dos
últimos cinco anos, conforme Tabela 1.
Tabela 1 – Acionamentos registrados pelo NEA no período de 2008 a 2012
Atividade
2008 2009 2010 2011 2012
Total % Total % Total % Total % Total %
Rodoviário 98 76 88 72 126 79 133 84 125 76
Ferroviário 6 5 11 10 12 8 9 5,5 11 7
Industrial 8 7 10 8 13 8,5 10 7 12 7
Mortandade 2 1 0 0 1 0,5 2 1,5 9 5
Barragem 3 2 2 2 2 1 0 0 1 1
Outros 11 9 10 8 5 3 3 2 7 4
TOTAL 128 100 121 100 159 100 157 100 165 100
Em 2012 foram atendidos uma média de 13,75 acidentes por mês, conforme
pode ser verificado pelos atendimentos mês a mês apresentados na figura 1.
Contrariando a estatística de maior número de acionamentos nos meses de
chuva, quando o acidente rodoviário prevalece pela potencialização do risco
nas rodovias, este ano o mês de junho teve o número máximo de registros de
acionamentos.
15
Figura 1 - Acionamentos registrados pelo NEA mês a mês em 2012
Durante o ano de 2012 foram atendidas 165 emergências ambientais no estado
de Minas Gerais. Em sua maioria foram acidentes no transporte rodoviário -
125 casos, sendo que dos demais, 12 foram dentro de empreendimentos
industriais, 11 acidentes envolveram o transporte ferroviário, 9 casos
envolveram mortandade de peixes, 7 casos foram de atividades diversas, como
descarte irregular de resíduos e 1 acidente em barragem. A figura 2 demonstra
esta distribuição percentual.
Figura 2 - Acidentes 2012 por atividade geradora
16
Os produtos perigosos são identificados por uma numeração denominada
“Número ONU” para fins de transporte terrestre - rodoviário e ferroviário, de
produtos químicos perigosos. Estes produtos recebem ainda uma Classificação
de Risco, conforme a descrição abaixo:
Classe 1 - Explosivos
Classe 2 - Gases
Classe 3 - Líquidos inflamáveis
Classe 4 - Sólidos inflamáveis; Substâncias sujeitas a combustão
espontânea; Substâncias que, em contato com água, emitem gases
inflamáveis
Classe 5 - Substâncias oxidantes; Peróxidos orgânicos
Classe 6 - Substâncias tóxicas e substâncias infectantes
Classe 7 - Materiais radioativos
Classe 8 - Substâncias corrosivas
Classe 9 - Substâncias e artigos perigosos diversos
Uma síntese destas informações, relacionadas à segurança no transporte e
manuseio de produtos químicos, estão contidas no Manual para Atendimento a
Emergências com Produtos Perigosos da Associação Brasileira da Indústria
Química – ABIQUIM.
Dentre os atendimentos realizados pelo NEA, verificou-se que 42%
envolveram produtos que não são classificados como perigosos, entre eles o
cimento, óleo de soja, óleo lubrificante e leite. Mesmo não sendo classificados
como perigosos estes produtos podem causar poluição ambiental, levando à
contaminação do solo e principalmente de recursos hídricos.
Em 1% dos casos a Classificação de Risco do material não foi determinada.
Ressalta-se que o item “Não se Aplica” foi utilizado para os casos em que não
houve presença de produtos envolvidos na ocorrência, como no caso dos
atendimentos de mortandade de peixes.
17
Dentre os acidentes envolvendo produtos perigosos, verifica-se que os
líquidos inflamáveis - Classe 3 - permanecem entre os mais freqüentes, com
24% do total. É preocupante esta estatística, se considerarmos os produtos
mais comuns – óleo diesel, gasolina e álcool etílico – e o grau de
periculosidade e a chance dos acidentes com estes produtos gerarem
impactos de grande magnitude, como explosões. Deve-se levar em
consideração também a contaminação do solo e de cursos d’água,
decorrentes destes acidentes. As Substâncias e Artigos Perigosos Diversos -
Classe 9 - e as Substâncias Corrosivas - Classe 8 - aparecem,
respectivamente, com 10% e 11%, conforme figura 3.
Figura 3 - Acidentes 2012 por Classe de Risco
Dos impactos causados pelos acidentes atendidos pelo NEA em 2012, a
grande maioria foi o comprometimento do solo. Felizmente são poucos os
casos de áreas no Estado consideradas contaminadas e em fase de
remediação decorrentes de acidentes que chegam ao conhecimento do
18
Núcleo. Na maioria das vezes as ações são realizadas de forma rápida e a
remoção do resíduo gerado tem a destinação correta.
Cursos d’água também são comprometidos e demandam ações imediatas de
contenção com mantas e cordões absorventes. Chama a atenção a
possibilidade de estes acidentes comprometerem mananciais de
abastecimento, o que sugere um trabalho de identificação destes pontos ao
longo das rodovias de maior transito de veículos que transportam estes
produtos e a definição de ações preventivas.
Infelizmente muitas vítimas são registradas, a maioria condutores dos
veículos. Ressalta-se que estes registros são aqueles constatados no
momento do acidente. As vítimas removidas às unidades de saúde não são
rastreadas pela equipe, cabendo à Secretaria de Saúde este
acompanhamento.
Figura 4 – Impactos decorrentes dos acidentes registrados em 2012.
19
4.3 - ACIDENTES RODOVIÁRIOS
Como os acidentes rodoviários representam 76%, ou seja, um percentual
muito significativo do número total de acidentes atendidos em 2012, a
atividade merece destaque.
A Figura 5 apresenta o percentual de acidentes rodoviários em relação ao
total de registros no ano, considerado o período compreendido entre 2008 e
2012.
Figura 5 – Percentual de acidentes rodoviários em relação ao total anual.
Os acidentes rodoviários predominam, corroborado pela predominância no
Brasil do uso deste tipo de modal para o transporte de cargas; o aumento do
consumo do tipo de produto que transita pelas rodovias, e as condições das
vias existentes no estado de Minas Gerais, em sua maioria, apresentando má
conservação e trajetos sinuosos, não compatíveis com o tipo de veículo ou
velocidade aplicada pelos condutores.
A malha viária em Minas é muito extensa e pela posição geográfica que ocupa,
faz do Estado um corredor de passagem entre as regiões do país e entre
20
alguns polos industriais. A Figura 6 mostra o crescente aumento de
acionamentos neste modal entre os anos de 2008 e 2012.
Figura 6 - Acidentes rodoviários registrados entre 2008 e 2012.
Conforme a Tabela 2 a seguir, pode-se verificar que as ocorrências no
transporte rodoviário continuam com maior incidência na BR-381. Ressalta-se
que o trecho sul – Rodovia Fernão Dias sentido Belo Horizonte - São Paulo
conta com 41 do total de 50 ocorrências em toda BR – 381 em 2012.
Deve-se considerar que a partir de 2008, quando a rodovia foi concessionada,
o número de registros foi crescente. Algumas justificativas se aplicam a este
caso, não sendo porém, excludentes entre si.
Com o início da concessão, o NEA passou a contar com um canal direto de
acionamento, realizado pela Concessionária Autopista Fernão Dias. Somado
ao comunicado do acidente, outros fatores podem ser considerados para o
aumento do registro de acidentes. Ressalta-se a melhoria na condição do
pavimento e sinalização, com a consequente melhoria das condições da via e a
isto somam-se a confiança excessiva do condutor do veículo que emprega uma
velocidade acima dos limites permitidos.
Vários fatores também podem ser considerados como responsáveis pelo alto
índice de acidentes registrado, como o aumento do uso de drogas pelos
21
condutores dos veículos, o abuso da jornada de trabalho e o aumento do
volume de produto perigosos transportado neste modal.
Tabela 2 – Ocorrência por Rodovia, no território mineiro em 2011 e 2012.
RODOVIA 2012 2011
BR 040 12 6
BR 050 3 4
BR116 11 9
BR 135 2 3
BR 153 2 4
BR251 1 5
BR262 8 8
BR265 2 2
BR354 3 1
BR356 2 2
BR365 6 2
BR381 50 60
LMG758 1 1
MG050 1 2
MG290 1 3
Dentre os produtos envolvidos nos acidentes rodoviários em 2012, e como já
registrado em anos anteriores, os líquidos inflamáveis merecem destaque.
22
Figura 7 - Classe de Risco dos produtos envolvidos nos acidentes rodoviários
A predominância dos produtos não classificados pela ONU se deve ao
atendimento aos acidentes com produtos que, apesar de não serem
perigosos, entre eles o cimento, óleo de soja, óleo lubrificante e leite, podem
causar poluição ambiental, levando à contaminação do solo e de recursos
hídricos, conforme já mencionado e constatado na figura 7.
4.4 - TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Apesar do transporte ferroviário não ser priorizado no Brasil e do investimento
no modal ser pequeno, os acidentes ferroviários tem chamado atenção do NEA
por manter uma média anual nos últimos cinco anos de 9,8 ocorrências. Apesar
de muitas das vezes não envolver produto perigoso, as consequências podem
ser maximizadas pelo abandono da carga no local, gerando por exemplo, a
contaminação do solo pela fermentação do produto.
Também como fator dificultador, o acesso ao local do acidente, em caminhos
de serviço ou estradas rurais, prejudica o tempo de resposta.
23
Normalmente, o volume transportado também é muito elevado, o que implica
em impactos significativos. Caso o acidente envolva produtos como a soja, se
não for realizada a limpeza de forma adequada, poderá haver decomposição
dos grãos e geração de chorume.
Uma outra questão que deve ser considerada é o licenciamento ambiental,
todo realizado no nível federal, com a participação do Ibama. Por se tratar de
empreendimento que é instalado em mais de um Estado, a competência é
daquele Instituto.
O acidente, por ser de impacto pontual, é atendido pelo Estado. Entretanto, por
haver recorrência em alguns pontos, caberia uma ação preventiva, com
intervenção junto às empresas.
A Diretoria vem tentando uma ação mais efetiva das empresas, em conjunto
com o Ibama, visando a diminuição dos acidentes e melhoria no tempo gasto
para finalizar a limpeza da área e remoção dos resíduos e maquinários
danificados. Esta atuação deve continuar ao longo de 2013, pois como
mencionado, a recorrência de acidentes tem sido elevada.
4.5 - ACIDENTES POR URC
As Unidades Regionais Colegiadas (URC) são unidades deliberativas e
normativas, encarregadas de analisar e compatibilizar, no âmbito de sua
atuação territorial, planos, projetos e atividades de proteção ambiental com a
legislação aplicável e propor, sob a orientação do Plenário do Conselho
Estadual de Política Ambiental - COPAM, as políticas de conservação e
preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável.
Em Minas Gerais, compete as URCs deliberar em relação a pedidos de
licença ambiental, autorizar a supressão de cobertura vegetal nativa,
manifestar-se sobre as decisões das Superintendências Regionais de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SUPRAMs relativas à aplicação
de penalidade prevista na Lei nº 7.772, de 1980, e em seu regulamento; além
24
de decidir, como última instância administrativa, recurso de decisão relativa a
requerimento de autorização ambiental de funcionamento proferida pelas
SUPRAMs, admitida a reconsideração destas Superintendências.
As URCs são divididas no Estado como informado a seguir:
Tabela 3 - Unidades Regionais Colegiadas
URC e Local da Sede Física da SUPRAM Datas de Implantação
Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba Uberlândia 31/10/2003
Sul de Minas Varginha 15/12/2003
Alto São Francisco Divinópolis 15/03/2004
Zona da Mata Ubá 19/03/2004
Norte de Minas Montes Claros 31/03/2004
Leste Mineiro Governador Valadares 21/05/2004
Jequitinhonha Diamantina 28/05/2004
Noroeste de Minas Unaí 28/06/2006
Rio das Velhas Belo Horizonte 17/03/2008
Rio Paraopeba Belo Horizonte 13/03/2008
A Figura 8 apresenta o percentual de acidentes atendidos em 2012 por
Unidade Regional Colegiada. Percebe-se o predomínio de atendimentos na
URC Sul de Minas, considerando o volume de acidentes rodoviários ocorridos.
Figura 8 – Distribuição dos acidentes de 2012 por URC
25
4.6 - NÚMERO DE ATENDIMENTOS REALIZADOS PELO NEA EM 24 HORAS - 2012
Em 2012 foram realizados 158 atendimentos a emergências ambientais pelo
NEA dentro do prazo de 24 horas. Dos 165 acionamentos, sete eventos não
foram atendidos dentro do prazo, devido às dificuldades enfrentadas pela
equipe como grandes distâncias a serem percorridas, quadro reduzido de
plantonistas ou ocorrência de vários acidentes simultâneos.
O tempo médio de cada ocorrência varia em função de diversos fatores, como
acessibilidade ao local do acidente, estrutura disponível para o atendimento,
presença de representantes das empresas no local, entre outros. Pela
experiência de campo, pode-se inferir, que o tempo médio para o
deslocamento, adoção de medidas emergenciais, rescaldo, destinação dos
resíduos, recuperação da área atingida pelo dano e elaboração de relatórios, é
de oito dias.
4.7 – PERCENTUAL DE EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS ATENDIDAS PELO NEA EM ATÉ 24 HORAS - 2012
Do total de 165 acidentes atendidos pelo NEA, 158 foram atendidos no prazo
de 24 horas, o que corresponde a 95,75%.
Conforme estabelecido pelo Acordo de Resultados, para o cálculo do
percentual de Emergências Ambientais atendidas pelo NEA em até 24 horas
deve-se utilizar a seguinte fórmula:
(Número de solicitações de atendimento a emergências ambientais atendidas
em até 24 horas) / (Número de solicitações de atendimento a emergências
ambientais recebidas) * 100.
26
Logo:
Percentual de Emergências Ambientais atendidas em até 24 horas:
(158 / 165) * 100 = 95,75%
Considera-se desta forma a meta atendida. Vários problemas foram
enfrentados para se chegar a este percentual, devendo ser considerada
principalmente a equipe reduzida e concentrada em Belo Horizonte, a extensão
territorial do Estado, a frota de veículos dedicados, que apresenta problemas
com a manutenção e quilometragem avançada, implicando muitas das vezes
na interrupção do transporte dos técnicos.
A seguir é apresentado o Mapa de Ocorrência de Acidentes Ambientais em
Minas Gerais – versão 2012.
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5 – ELABORAÇÃO DE PROPOSTA PARA AMPLIAR CONHECIMENTO DA EQUIPE DA DEAMB EM RELAÇÃO ÀS EMPRESAS DE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS GERADOS EM ACIDENTES
Em 2011 a DEAMB iniciou um projeto que visa ampliar o conhecimento da
equipe sobre as empresas disponíveis para receberem a destinação final de
resíduos no estado de Minas Gerais.
A destinação adequada de resíduos perigosos gerados nos acidentes de
transporte rodoviário e ferroviário de produtos perigosos ou não é de extrema
importância, tendo em vista que a grande quantidade deste tipo de acidentes
vem crescendo a cada ano. Neste contexto deve-se ressaltar que o Estado
além de consumidor de produtos principalmente perigosos, é corredor de
passagem entre as regiões do país e entre polos industriais de outros Estados.
Após a ocorrência de um acidente ambiental, seguem-se as atividades de
identificação do dano, controle do impacto, limpeza/descontaminação da área e
destinação adequada dos resíduos gerados na etapa anterior. Esta destinação,
em sua maioria das vezes, é decidida no local do acidente com a realização de
contatos dos responsáveis pelo acidente e as empresas de destinação final.
Fica apenas a cargo do analista ambiental do Núcleo de Emergência Ambiental
– NEA, a efetiva autorização tanto para a destinação como para o transporte
destes resíduos, quando é checada a possibilidade da empresa estar
licenciada para receber o tipo de resíduo gerado.
Com este objetivo, foi realizada uma de proposta de trabalho, com o respectivo
cronograma. Parte do trabalho foi executada em 2011, continuado no primeiro
semestre de 2012 e encontra-se paralisado. O projeto apesar da sua
importância foi inviabilizado devido à equipe ser reduzida e a priorização ser
voltada para o atendimento aos acidentes.
Para desenvolvimento deste projeto estão previstas as seguintes ações:
29
• Levantamento dos empreendimentos devidamente licenciados para a
atividade de destinação final de resíduos, com sua respectiva localização;
• Análise dos processos de licenciamento para verificar para quais tipos de
resíduos estes empreendimentos estão devidamente licenciados;
• Visita técnica a estes empreendimentos para verificar as condições de
operação das suas atividades e os procedimentos que são adotados no caso
de recebimento de resíduos provenientes de acidentes;
• Elaboração de planilha de dados que possa subsidiar os analistas do NEA no
processo de tomada de decisão, constando pelo menos dos seguintes dados:
nome da empresa, localização, número da licença, prazo de validade, tipos de
atividades licenciadas, tipos de resíduos licenciados.
Quando em campo, a consulta às informações constantes no sistema
informatizado do Estado de Minas Gerais muitas das vezes é precário, uma vez
que existe um grande número de localidades que não dispõem de sinais de
telefonia celular contratada e os equipamentos não são apropriados para este
tipo de atividade.
Uma forma de minimizar este problema seria o levantamento de todos os
empreendimentos que estão licenciados no Estado de Minas Gerais para a
atividade de destinação final de resíduos, com informações sobre detenção de
licenças, localização e tipos de resíduos que podem ser recebidos, sendo este
resultado disponibilizado aos analistas do NEA para consulta no local do
acidente.
6 - BLITZ NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou no período de 10 a 17/05 uma
Operação Temática de Combate aos Crimes Ambientais, nas rodovias federais
que cortam Minas Gerais. Foram realizadas diversas ações de combate ao
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transporte irregular ou ilegal de carvão, madeira, produtos perigosos, animais
da fauna silvestre e resíduos tóxicos.
A DEAMB participou com a apresentação de uma palestra aos policiais sobre o
trabalho desenvolvido pelo NEA nos acidentes com produtos perigosos e com
o apoio à fiscalização dos veículos que transportavam produtos perigosos e
resíduos. A operação contou, ainda, com a participação do Instituto Estadual
de Florestas (IEF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA) e Agência Nacional de Telecomunicações
(ANATEL)
As fiscalizações se concentraram nas BRs 040, próximo à Sete Lagoas; 116,
em Teófilo Otoni; e 251 e 135, na cidade de Montes Claros.
Dentre outras ações, foram aplicadas pela PRF mais de 300 autuações por
transporte de produto perigoso, além de 22 certificados de registro e
licenciamento de veículos apreendidos.
Participaram da operação dois técnicos da Diretoria e 43 policiais rodoviários
federais, dentre eles, 13 vindos de outros Estados.
Figura 10 e Figura 11 – Operação Temática de Combate aos Crimes Ambientais realizada pela Polícia Rodoviária Federal – Fiscalização de veículos transportando produtos
perigosos.
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Figura 12 – Operação Temática de Combate aos Crimes Ambientais realizada pela Polícia Rodoviária Federal – Fiscalização de veículos transportando produtos perigosos em
conjunto com alimentos, proibido por lei. 7 - P2R2
Em 2012 foi realizado evento de posse dos membros da Comissão Estadual de
Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com
Produtos Perigosos – CE P2R2 Minas, instituída pelo Decreto Estadual nº
45.231/2009. O evento ocorreu em 26/06/2012, com apoio da Federação das
Indústrias de Minas Gerais – FIEMG, e contou com apresentação de
representante da SEMAD e da Coordenadora de Emergência Ambiental do
Ministério do Meio Ambiente, representando a Comissão Nacional do P2R2.
Após o evento de posse, foram realizadas duas reuniões da Comissão nos
meses de setembro e outubro e em 30/11 foi realizado um Workshop que teve
como objetivo integrar e conhecer o campo de atuação das instituições que
participam da CE P2R2 Minas. Nivelar as informações institucionais e o
conhecimento entre os integrantes no início dos trabalhos foi considerado
fundamental, de forma a estimular a adoção de trabalhos conjuntos entre
órgãos e entidades envolvidos.
A partir das apresentações, poderão ser desenvolvidos trabalhos de
estruturação e implementação de programas, priorizando ações integradas que
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conduzam a prevenção, preparação e resposta rápida a emergências
ambientais com produtos perigosos em Minas Gerais.
Os trabalhos desenvolvidos em 2012 foram conduzidos por representante da
DEAMB na Comissão. O Regimento Interno elaborado pela Comissão está
sendo analisado pela Assessoria Jurídica da SEMAD e o plano de trabalho
para 2013 está sendo discutido e deverá ser desenvolvido ao longo do ano.
Figura 13 - Reunião ordinária da Comissão Estadual do P2R2
8 - PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE DISCUSSÃO ABNT
Registra-se a participação da DEAMB desde setembro de 2012 no Projeto de
Revisão da Norma ABNT NBR 14064 – Atendimento a Emergência no
Transporte de Produtos Perigosos – Comissão de Estudo de Transporte e
Tráfego 16:400.04 – Comitê Técnico CB-16, com o objetivo de descrever de
forma detalhada os requisitos e procedimentos operacionais mínimos a serem
considerados nas ações de preparação e de resposta rápida aos acidentes e
incidentes envolvendo os modais de transporte terrestre de produtos perigosos,
para as equipes de atendimento de emergências. As ações de resposta às
emergências contidas neste documento, não limitam ou excluem a adoção de
procedimentos e diretrizes mais rigorosos.
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Esta Norma tem como foco principal os aspectos de preparação, resposta e
mitigação dos acidentes envolvendo o transporte terrestre de produtos
perigosos. Os aspectos de prevenção relacionados ao modal de transporte
terrestre de produtos perigosos não são objeto desta Norma.
A DEAMB acompanhará a discussão do documento, que terá continuidade em
2013, com a realização de reuniões mensais do Comitê em São Paulo.
Figura 14 - Reunião da ABNT, em São Paulo.
9 - AÇÕES, PROGRAMAS E PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS:
Para executar o trabalho é necessária a atualização dos técnicos e participação
em cursos e eventos. Em 2012, a equipe participou de treinamentos, palestras
e simulados de atendimento à emergência. Registra-se aqui:
Treinamento Profissional em Engenharia Geotécnica: Conceitos Básicos
e Aplicações em Mineração, promovido pelo Departamento de
Engenharia de Transportes e Geotecnia – ETG da Escola de Engenharia
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da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, agosto de
2012.
Participação no V Congresso Brasileiro de Comunicação Ambiental, 01
a 03 de agosto de 2012 – Minascentro, Belo Horizonte.
Participação no Workshop dos Núcleos de Gestão Ambiental, 17 de
outubro de 2012 – Cidade Adiministrativa, Belo Horizonte.
Participação no Understanding Risk Brazil 2012, 11 a 14 de novembro
de 2012 – Hotel Ouro Minas Belo Horizonte. Secretaria Nacional de
Defesa Civil, Ministério da Integração Nacional, World Bank. Tema: "
Entendendo a Natureza e Reduzindo os Impactos".
A equipe da DEAMB participou em 2012 na preparação, planejamento, e
execução de simulados de emergência ambiental. Ressalta-se o simulado
envolvendo a substância química cianeto de sódio ocorrido na planta
metalúrgica da Anglo Gold Ashanti, bairro do Galo, Nova Lima em 27 de
setembro de 2012.
Figura 15 – Simulado em Nova Lima.
Da mesma forma, participou dos simulados programados em conjunto com as
empresas que participam dos Planos de Auxílio Mútuo, como em Pouso Alegre,
envolvendo óleo para re-refino e em Juiz de Fora, envolvendo gás e resgate
aeromédico.
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10 - III SEMINÁRIO TRANSPORTE DE DERIVADOS DE PETRÓLEO - PREVENÇÃO DE ACIDENTES AMBIENTAIS
Nos dias 27 e 28/06/2012 aconteceu no Centro Mineiro de Referência em
Resíduos o III Seminário Transporte de Derivados de Petróleo, com o tema
“Prevenção de Acidentes Ambientais”.
O evento foi realizado pela SEMAD em conjunto com a Regap e a Essencis
Soluções Ambientais e contou com o apoio das empresas Anglo Gold Ashanti,
Suatrans, Distribuidoras Rio Branco e Zema.
Participaram do Seminário, além de servidores públicos de diversos órgãos que
atuam com emergências ambientais, representantes das bases distribuidoras
de derivados de petróleo, de empresas que transportam, manipulam, produzem
e armazenam produtos e resíduos perigosos e outros interessados no assunto.
O objetivo do Seminário foi debater com os diversos segmentos da atividade de
transporte rodoviário de produtos perigosos, em especial o de combustíveis, os
impactos dos acidentes com danos ambientais, além da troca de experiências
neste tipo de atendimento. Foram abordados também outros segmentos do
setor privado bem como as atividades do Governo tendo como foco o
desenvolvimento de ações de prevenção a ocorrência de acidentes.
A atuação preventiva tem como foco a diminuição de acidentes, a minimização
dos impactos ambientais à população e ao meio ambiente a partir da
preparação para uma resposta rápida, e a diminuição de custos para corrigir os
danos decorrentes desse tipo de acidente.
O Seminário foi dividido em três painéis e palestras
Painel 1 – Órgãos Públicos e a Prevenção dos Acidentes Ambientais
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Painel 2 – Prevenção para a Redução de Risco à Saúde
Painel 3 – A Gestão do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
No Seminário foi lançado o Mapa de Ocorrência de Acidentes Ambientais em
Minas Gerais - Ano 2011, proposta que deverá se tornar uma praxe da
Diretoria para os anos seguintes.
11 - PARTICIPAÇÃO EM PLANOS DE AUXÍLIO MÚTUO
Dentre as atribuições da DEAMB está o fomento e orientação à implementação
de Planos de Auxílio Mútuo – PAM para prevenção e resposta rápida às
emergências ambientais em nível local e regional.
O Plano de Auxílio Mútuo – PAM tem como pressuposto a associação de
esforços para o auxílio aos incidentes e acidentes ambientais dos parceiros
que participam do Plano. As empresas e órgãos públicos envolvidos oferecem
agilidade, racionalização de recursos e apoio nas situações de urgência e
emergência ambiental que porventura extrapolem a condição de ação pelo
responsável pela ocorrência.
Mensalmente, os integrantes do PAM se reúnem para promover a integração
entre as empresas de uma determinada região, que são armazenadoras,
transportadoras ou manipuladoras de produtos químicos perigosos e os Órgãos
Públicos, objetivando o desenvolvimento técnico, a troca de informações e o
conhecimento integrado dos riscos potenciais das empresas da região. As
regras e compromissos são regidos por um Estatuto com carta de adesão
assinada pela empresa participante.
Em 2011 foi apresentado um projeto para a DEAMB referente à Avaliação das
Reuniões Interinstitucionais e Regionais dos Planos de Auxílio Mútuo no
Estado, sendo este um produto de avaliação do Acordo de Resultados definido
para aquele ano.
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Mantido o projeto para o ano de 2012, representantes da DEAMB participaram
e acompanharam as reuniões mensais dos Planos de Auxílio Mútuo de
Betim/Ibirité, de Juiz de Fora, do Sul de Minas e do Vale do Aço. Além deste
acompanhamento, destaca-se o apoio na realização das reuniões e a
participação em simulados.
Além destes PAMs, foi criado em setembro de 2012, com o apoio da DEAMB e
a partir de uma meta estabelecida em 2011, o PAM do Triângulo Mineiro e Alto
Paranaíba. Foram realizadas três reuniões e a proposta foi apresentada às
empresas da região e definida como área de abrangência os municípios de
Uberlândia, Uberaba, Araxá e Araguari, Santa Juliana, Santa Vitória,
Tupaciguara, Ituiutaba, Patos de Minas, Frutal, Iturama e Campina Verde.
O reconhecimento desta ferramenta como forma de proporcionar discussões
sobre a temática da emergência com produtos perigosos, da realização de
simulados como treinamento para as situações de atendimento aos acidentes,
assim como o fortalecimento das relações interinstitucionais, é um incentivo
para o prosseguimento da participação da Diretoria, com vistas à criação de
uma rede estadual de atendimento à emergência com produtos perigosos em
Minas Gerais.
O objetivo de conjugar esforços para uma resposta eficiente e mais econômica
às emergências nas instalações e ativos das empresas, a disponibilização de
recursos humanos e materiais para assegurar maior eficiência e conhecimento
técnico no atendimento das emergências, como forma de prevenção e
preparação tem sido atingido. Além disto, as ações facilitam a interação e
parceria entre as empresas e órgãos integrantes para melhoria do fluxo de
processos, com conhecimento dos riscos de cada empresa integrante, não só
pelos parceiros como também pelos Órgãos integrantes.
Como um dos principais ganhos proporcionados pelos PAMs verifica-se que
em qualquer evento que porventura ocorra, teremos sempre pessoas que se
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conhecem não só entre as empresas como também entre os responsáveis
pelos órgãos envolvidos, facilitando as ações.
Figura 16 - Primeira reunião para apresentação da proposta de criação do PAM Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, em Uberlândia.
12 - ATLAS DE VULNERABILIDADE A INUNDAÇÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Foi elaborado no ano de 2012, pela Diretoria de Prevenção e Emergência
Ambiental – DEAMB, em parceria com a agência Nacional das Águas - ANA o
Atlas de Vulnerabilidade a Inundações do Estado de Minas Gerais,
apresentando os trechos de cursos d’água suscetíveis a inundações, com base
nos dados fornecidos pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil -
CEDEC/MG.
O produto será utilizado por órgãos gestores nas esferas federal, estadual e
municipal para aprimorar o gerenciamento de áreas de riscos de desastres
naturais hidrometeorológicos no Estado, visando prevenir e mitigar os impactos
à população e aos bens patrimoniais vulneráveis, além da melhor gestão do
uso e ocupação do solo e recursos hídricos.
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Futuramente serão realizados estudos hidrológicos e hidráulicos das bacias
hidrográficas correlativas aos cursos d’água vulneráveis, a fim de se obter um
diagnóstico ambiental em escala local, possibilitando a implementação de
medidas adequadas para gerenciamento dos desastres.
A metodologia utilizada foi desenvolvida pela ANA e promove o cruzamento
entre a frequência de ocorrência de inundações, a partir de dados históricos e o
impacto do evento, estimado em função da ocorrência de danos à vida e às
propriedades e da interrupção dos serviços públicos e privados.
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13 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Relatório, elaborado para fins de comprovação do cumprimento do Acordo
de Resultados, apresenta o resultado do atendimento realizado pelo Núcleo de
Emergência Ambiental da DEAMB/SEMAD durante o ano de 2012. A meta de
realizar o atendimento em até 24 horas, num percentual de até 95,5% foi
cumprida e chegou ao percentual de 95,75% a despeito de todas as dificuldades
enfrentadas pela equipe, que trabalha em número reduzido, insuficiente para
atender todo o extenso estado de Minas Gerais.
Apesar de a meta ter sido cumprida, não se recomenda alterá-la em 2013, caso o
Indicador permaneça no Acordo de Resultados. Ao longo dos anos de existência
do NEA – desde 2003, o número de acionamentos tem aumentado. A justificativa
deste aumento pode ser pela divulgação do próprio NEA, pelo cumprimento da
legislação pelos responsáveis pelas ocorrências e pelo aumento do volume de
produtos transportados. Somado a isto, ressalta-se o aumento das atribuições da
Diretoria a partir de 2011.
Para se atingir a eficiência no atendimento, a equipe deverá ser ampliada, adquirir
mais equipamentos e veículos novos.
O Relatório faz, ainda, a análise dos acionamentos e uma série de considerações
sobre os dados apurados. O transporte rodoviário de produtos perigosos requer o
desenvolvimento de ações junto às instituições públicas de forma constante e
efetiva na fiscalização e, também, conscientização dos produtores/embarcadores
e transportadores.
O transporte de derivados de petróleo continua a merecer uma atenção especial.
Os acidentes ferroviários deverão ser objeto novamente de ações junto às
empresas responsáveis, com objetivo de tentar prevenir os acidentes neste
modal.
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14 - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 18 e 19- Acidente na rodovia BR 262, município de Igaratinga. Produto: Carbureto de Cálcio - 31/01/2012
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Figura 20 e 21 - Acidente na BR 040, município de Caetanópolis. Produtos químicos diversos. 08/04/2012
44
Figura 22 e 23 - Acidente na estrada vicinal de acesso às Fazendas Reunidas B e Danklin, próximo ao km 149 da BR 050, em Uberaba – Produto: óleo diesel - 09/02/2012