Relatório Anual Segurança e Saúde no Trabalho 2016 · algumas atividades permanentes do Setor de...
-
Upload
phungtuyen -
Category
Documents
-
view
213 -
download
0
Transcript of Relatório Anual Segurança e Saúde no Trabalho 2016 · algumas atividades permanentes do Setor de...
Relatório Anual Segurança e
Saúde no Trabalho
2016
Divisão de Gestão e
Valorização e Pessoas
Setor de Segurança e Saúde Ocupacional
Página 1 de 21
Página 2 de 21
CONTEUDOS
I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Pág. 4
II. PROCESSOS E PROCEDIMENTOS Pág. 6
Verificação e Autorização para a realização de trabalhos em Espaços Confinados Pág. 6
III. ATIVIDADES DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL Pág. 8
Avaliação de agentes físicos e químicos Pág. 8
Visitas técnicas Pág. 12
Peritagens dos Acidentes de Trabalho Pág. 13
Atividades Médicas e de Enfermagem Pág. 13
IV. DADOS E INDICADORES Pág. 15
Caracterização da Sinistralidade Pág. 17
V. PERSPETIVAS FUTURAS Pág. 20
Página 3 de 21
Página 4 de 21
I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Após o incremento e consolidação de novas práticas pelo Setor de Segurança e Saúde
Ocupacional, prosseguimos um caminho, neste domínio, de criação de condições de trabalho
favoráveis ao bem-estar dos trabalhadores e à produtividade dos serviços.
De forma a assegurar que o trabalho desenvolvido tem alcançado os objetivos propostos,
torna-se incontornável assumir, como elemento fundamental de toda a atividade, o princípio
da avaliação e partilha de resultados.
Entre outros mecanismos, este encontra eco no Relatório Anual de Segurança e Saúde no
trabalho que, para além do descritivo das atividades desenvolvidas, também pretende
disponibilizar informação útil e adequada, que sustente a definição de prioridades de
intervenção e torne o processo de tomada de decisão mais esclarecido e direcionado.
O presente relatório estrutura-se em quatro capítulos.
O primeiro capítulo, “Processos e Procedimentos”, apresenta o Guia Básico de Segurança no
Trabalho em Espaços Confinados, juntamente com um documento de Verificação e
Autorização para a realização de Trabalhos em Espaços Confinados.
Página 5 de 21
No segundo capítulo, “Atividades de Segurança e Saúde Ocupacional” são apresentadas
algumas atividades permanentes do Setor de Segurança e Saúde Ocupacional, onde se destaca
em 2016, a avaliação dos agentes físicos e químicos nos locais de trabalho.
No terceiro capítulo, “Dados e Indicadores” são explorados os indicadores da sinistralidade
laboral no SIMAS de Oeiras e Amadora.
O quarto capítulo, encerra este Relatório, “ Perspetivas para 2017”, onde serão apresentadas
as atividades e projetos para o ano de 2017.
Findo o ano de 2016 e cumprindo uma vez mais a boa prática de apresentar o quadro de
atividades desenvolvidas e resultados alcançados, apresenta-se o Relatório Anual de
Segurança e Saúde no Trabalho.
Página 6 de 21
II. PROCESSOS E PROCEDIMENTOS
Verificação e Autorização para a realização de Trabalhos em Espaços Confinados
O SIMAS de Oeiras e Amadora enquanto sistema de distribuição de água e drenagem de águas
residuais são constituídos por um conjunto de instalações que pelas suas atividades
subjacentes apresentam fatores riscos específicos.
Destes fatores de risco podem resultar várias situações que colocam em risco a segurança e a
saúde tanto dos trabalhadores como das infraestruturas e equipamentos de trabalho. Uma
destas situações é a existência de gases ou vapores perigosos nos espaços confinados.
As atmosferas nos espaços confinados podem apresentar gases suscetíveis de constituir riscos
de intoxicação, asfixia, incêndio ou explosão, como é o caso, do ozono, cloro, gás sulfídrico,
dióxido de carbono e metano. Acidentalmente, pode ainda ocorrer a presença de outros gases
ou vapores perigosos, tais como vapores de combustíveis líquidos, vapores de solventes
orgânicos, gases combustíveis e monóxido de carbono (Portaria n.º 796/2002 de 1 de Julho,
estabelece o regulamento de segurança, higiene e saúde no trabalho na exploração dos
sistemas públicos de distribuição de água e de drenagem de águas residuais).
Página 7 de 21
Apesar das explosões e os acidentes provocados por incêndios não serem as causas mais
frequentes de acidentes de trabalho, quando acontecem, constituem riscos gravíssimos para a
vida, a integridade física e a saúde dos trabalhadores, para além dos elevados custos
económicos.
Em conjunto com o Manual de proteção contra explosões, que especifica os requisitos
mínimos para garantir a segurança dos trabalhadores contra o risco de exposição a atmosferas
explosivas e estabelece as responsabilidades da entidade empregadora, foi elaborado um Guia
Básico de Segurança no Trabalho em Espaços Confinados, juntamente com um documento de
Verificação e Autorização para a realização de Trabalhos em Espaços Confinados.
Este documento pretende garantir que os responsáveis pelo trabalho em espaços confinados
adotem todas as medidas para que se possa intervir nestes locais em segurança. O sistema de
autorização para entrada no espaço confinado tem em linha de conta uma série de elementos
que fazem parte integrante da check-list e especifica as condições em que o trabalho se deve
realizar e os meios de proteção a utilizar. Esta autorização será assinada pelos responsáveis
hierárquicos dos trabalhadores que intervirão nos trabalhos e serão válidas apenas para um
período de trabalho.
Os trabalhadores abrangidos por estes documentos são das Divisões de Saneamento de
Oeiras, Divisão de Saneamento da Amadora e o Setor de Operação da Divisão de Equipamento
e Telegestão.
Página 8 de 21
III. ATIVIDADES DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL
Avaliação de agentes físicos e químicos
De entre o considerável número e a grande diversidade de elementos condicionantes da saúde
existentes num ambiente de trabalho, as substâncias físicas, químicas e biológicas ocupam um
extenso grupo de fatores de risco de natureza profissional. Estes agentes são identificados na
génese de doenças profissionais, potenciais indutores de tumores ou de manifestações
alérgicas ou mucosas.
No grupo dos fatores de riscos físicos encontramos:
O ruído – acima de um determinado nível torna-se incómodo, e um obstáculo à comunicação,
contribuindo para o aumento da fadiga, podendo provocar alterações no sistema nervoso e
auditivo;
E as vibrações – resultantes das trepidações de equipamentos mal protegidos, afinados ou
ajustados, provocam alterações da coluna, do sistema nervoso, ósseo e articular, bem como
dificuldades respiratórias.
Página 9 de 21
No grupo dos riscos químicos, encontramos, os gases, vapores e fumos que fazem parte do
grupo de contaminantes de uma atmosfera de trabalho. Estas substâncias são chamadas
poluentes do ar. Por outro lado, as partículas ultrafinas são geradas espontaneamente por
fontes de combustão, nomeadamente pelos motores dos veículos, ou ainda em processos de
soldadura. Têm reconhecidos efeitos nocivos para a saúde, dependendo não só das
concentrações presentes como do tempo de exposição.
Estes fatores de riscos embora percetíveis de se aferir da sua existência nos ambientes de
trabalho são mensuráveis a partir de técnicas específicas de medição. A partir da avaliação da
exposição do trabalho aos riscos identificados é possível definir medidas de controlo
assegurando a exposição aos menores limites previstos legalmente, caso não sejam possíveis
de eliminar do ambiente de trabalho.
De acordo com o Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho (Lei n.º
102/2009, de 10 de setembro, com as devidas alterações introduzidas pela Lei n.º 3/2014 de
28 de janeiro), a “avaliação e controlo de riscos profissionais” constitui um dos princípios
gerais da prevenção.
a. Monitorização de ruído ocupacional
Centrando-se no cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 182/2006, de 6 de setembro
(estabelece as prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes à exposição dos
trabalhadores devido ao ruído), foi realizado um estudo que consistiu na avaliação diária dos
trabalhadores ao ruído e dos valores máximos dos picos de nível sonoro, resultantes nos
seguintes locais de trabalho:
Oficina Metalomecânica
- Máquina de corte;
- Guilhotina;
- Rebarbadora;
Página 10 de 21
Oficina de Mecânica
Laboratório de ensaio de contadores
- Área de pintura
- Área de laboratório;
- Área de lavagem;
- Área de reparação;
Tendo em consideração o objetivo do estudo, foram selecionados 8 pontos de amostragem
representativos dos postos de trabalho onde se realizam as atividades anteriormente
identificadas.
As medições de ruído foram efetuadas durante o horário normal de trabalho, com o propósito
de se aferirem valores representativos da exposição real, e foram realizadas de acordo com a
metodologia descrita no Anexo I do Decreto-Lei n.º 182/2006, de 6 de setembro.
Durante a avaliação, os trabalhadores desempenharam as suas tarefas usando os métodos e as
cadências habituais a fim de assegurar representatividade à avaliação.
b. Avaliação de níveis de exposição a vibrações
Centrando-se no cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 46/2006, de 24 de fevereiro
(estabelece as prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes à exposição dos
trabalhadores aos riscos devidos a vibrações mecânicas), o presente estudo consistiu na
avaliação da exposição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro:
- Ensaio metrologia – laboratório de ensaios;
- Ensaio pressão – laboratório de ensaios;
- Ultrassons – laboratório de ensaios;
- Máquina de secagem – laboratório de ensaios;
Página 11 de 21
- Camião limpeza de redes;
- Carrinha.
E ao sistema mão-braço:
- Pistola de pintura de ar comprimido;
- Rebarbadora.
As medições dos níveis de vibração foram efetuadas durante o horário normal de trabalho,
com o propósito de se aferirem valores representativos da exposição real, e foram realizadas
de acordo com a metodologia constante do Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de fevereiro.
Durante a avaliação, os trabalhadores desempenharam as suas tarefas usando os métodos e as
cadências habituais a fim de assegurar representatividade à avaliação.
c. Avaliação da qualidade do ar
Centrando-se no cumprimento do disposto nos artigos 10º e 11º do Decreto-Lei n.º 243/86 de
20 de agosto (Regulamento Geral de Higiene e Segurança no Trabalho nos Estabelecimentos
Comerciais, de Escritórios e Serviços) e a Norma Portuguesa NP 1796:2007 que estabelece os
valores limite de exposição profissional a agentes químicos, em 14 de julho e 25 de julho de
2016 foi realizada uma avaliação da qualidade do ar ambiente de trabalho:
- partículas no ar;
- monóxido de carbono (CO),
- dióxido de carbono (CO2)
- temperatura e a humidade relativa.
Esta avaliação foi realizada na serralharia e oficina auto, no Setor de Contadores da Divisão de
Equipamento e Telegestão e nas instalações da Divisão do Laboratório de Análises.
Página 12 de 21
Os parâmetros analisados foram selecionados tendo por base um levantamento prévio da
atividade desenvolvida, nomeadamente no que concerne aos produtos, materiais e processos
utilizados, bem como, os requisitos relativos às condições especiais dos locais de trabalho
impostos pela legislação em vigor.
As medições foram realizadas estando os Serviços em funcionamento normal pelo que as
amostras são consideradas representativas das emissões usualmente existentes. Em função
dos parâmetros que se pretendiam analisar em cada posto de trabalho, foi seguida a
metodologia de recolha/análise definida nas normas de base das organizações norte
americanas NIOSH e na Norma Portuguesa 2199:1986.
Visitas Técnicas
A melhoria das condições dos postos de trabalho com vista à criação de um ambiente de
trabalho mais seguro e saudável é resultado de uma avaliação realizada aos locais de trabalho
com a participação ativa dos trabalhadores.
O diagnóstico das condições de trabalho contribui para a identificação e descrição de não
conformidades e consequentemente, para a implementação de medidas corretivas que
contribuam para diminuir os riscos em presença.
Um dos contributos importantes para o sucesso do diagnóstico das condições de trabalho é a
existência das observações realizadas pelos próprios trabalhadores durante as visitas técnicas.
Os trabalhadores são incentivados a apresentar as suas observações sobre as condições onde
desempenham a sua atividade diária de trabalho, nomeadamente sobre o equipamento
presente no local e a sua interação com os mesmos.
As visitas técnicas realizadas, no decurso de 2016, incidiram sobre os seguintes serviços:
Oficinas gerais de Porto Salvo;
Setor de Operação da Divisão de Equipamento e Telegestão;
Secção Comercial da Amadora;
Setor de Tesouraria;
Serviços Técnicos da Brandoa;
Página 13 de 21
Secção Comercial da Brandoa;
Acompanhamento de trabalhadores com diagnóstico de lesões músculo-esqueléticas.
Durante a realização das visitas técnicas, os trabalhadores são sensibilizados e informados
sobre as diferentes temáticas, nomeadamente no que respeita a posturas corretas e
organização do posto de trabalho.
Para além disso, as visitas técnicas realizadas com a presença do médico do trabalho tornam-
se de extrema importância, o médico fica a conhecer a realidade dos ambientes de trabalho
possibilitando a confrontação com as condições de trabalho e as eventuais situações de risco
de doenças relacionadas com o trabalho, facilitando o acompanhamento clínico do
trabalhador.
Peritagens dos Acidentes de Trabalho
A análise dos acidentes de trabalho contribui para a construção de um quadro de
conhecimento que permite, através da sua peritagem, dinamizar comportamentos ativos de
ação preventiva estrutural e não simplesmente pontual. Os dados recolhidos permitem efetuar
reflexões mais específicas e informadas com a identificação de fatores de risco que devem ser
objeto de acompanhamento.
Em cada ocorrência de acidentes de trabalho, foi elaborado um relatório de peritagem com
referências às causas, fatores de riscos e perigos associados, bem como propostas de medidas
corretivas, sempre que se justifique.
Atividades Médicas e de Enfermagem
Tabela 1 – Atividades médicas e de enfermagem
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Clínica Geral 583 711 665 753 689 609 536
Medicina do Trabalho 255 219 272 281 314 276 316
Atos de Enfermagem 656 438 746 1194 1213 1371 1590
Página 14 de 21
O aumento de número de horas mensal da prestação de serviços de medicina do trabalho
favorece o aumento dos atos médicos de medicina do trabalho e os atos de enfermagem que
se observa em 2016. No ano de 2016 realizou-se mais 40 consultas de medicina do trabalho do
que em 2015, correspondendo a um aumento de 14,5%.
Tabela 2 - Variação do número de atos médicos e de enfermagem
2015 2016 Var. Var.%
Clínica Geral 609 536 -73 -12%
Medicina do Trabalho 276 316 40 14,5%
Atos de Enfermagem 1371 1590 219 16%
No âmbito dos programas especiais de promoção da saúde e bem-estar, os trabalhadores dos
SIMAS de Oeiras e Amadora beneficiam das seguintes valências:
Programa de fornecimento de leite artificial aos filhos dos trabalhadores – 8
trabalhadores inscritos;
Programa anual de vacinação contra a gripe sazonal – distribuídas 50 doses de
vacinas;
Campanha de fornecimento de protetores solares aos trabalhadores expostos ao sol –
distribuídos 156 protetores;
Programa de apoio psicológico ao trabalhador – 18 trabalhadores usufruíram das
consultas de psicologia.
Página 15 de 21
IV. DADOS E INDICADORES
Durante o ano de 2016 foi promovido o registo de dados da análise efetuada aos acidentes de
trabalho.
Os dados recolhidos permitem efetuar reflexões mais específicas e informadas com a
identificação de fatores de risco que devem ser objeto de acompanhamento, dando origem a
uma gestão de informação complementar no sentido de identificar as principais
problemáticas, desenvolvendo uma ação preventiva e sistematizada dos acidentes de
trabalho.
Neste sentido são apresentados nas tabelas seguintes os resultados da análise dos acidentes
de trabalho ocorridos durante o ano de 2016.
Tabela 3 - Análise dos acidentes de trabalho ocorridos em 2016
Aci
den
tes
de
trab
alh
o
Sem baixa
Com baixa
Mortal N.º dias perdidos
1 a 3 dias 4 a 30 dias
Superior a 30 dias
H 18 0 1 10 7 0 658
M 1 0 0 1 0 0 6
Total 19 0 1 11 7 0 664
Página 16 de 21
Tabela 4 - Análise dos acidentes "in itenere" ocorridos em 2016
Aci
den
tes
“in
iten
ere”
Sem baixa
Com baixa
Mortal N.º dias perdidos
1 a 3 dias 4 a 30 dias
Superior a 30 dias
H 0 0 0 0 0 0 0
M 1 1 0 0 0 0 0
Total 1 1 0 0 0 0 0
Tabela 5 - Incidentes ocorridos em 2016
Inci
de
nte
s
H 8
M 3
Total 11
No ano 2016, observa-se a qualificação de 20 acidentes de trabalho, sendo 1 das ocorrências,
acidente “in itenere”, verifica-se ainda a qualificação de 11 incidentes.
Contabilizando os acidentes de trabalho que ocorreram em 2015 e que se prolongaram para o
ano 2016, temos o seguinte total de dias perdidos:
Tabela 6 - Dias perdidos por acidente de trabalho
Acidentes "in
itenere"
Acidentes de
trabalho
Acidentes início
2015/final 2016
Total
Dias perdidos 0 664 279 943
Página 17 de 21
Em comparação com o balanço social desde 2010 temos:
Tabela 7 - Comparação de dias perdidos e acidentes de trabalho desde 2010
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Total de acidentes de trabalho
11 14 19 17 13 20 20
N.º de dias perdidos
423 393 430 509 974 772 943
Pela análise comparativa dos dados referentes aos dois últimos anos consecutivos verifica-se o
igual número de acidentes de trabalho.
Apesar da manutenção do número de ocorrências, observa-se um aumento de dias perdidos
em 2016 relativamente a 2015. Analisando a génese dos dias perdidos, verifica-se que o
aumento dos dias perdidos em 2016 deve-se por um lado aos acidentes ocorridos em 2015 e
que transitaram para o ano seguinte, por outro lado, os acidentes de trabalho ocorridos em
2016 originaram lesões músculo-esqueléticas, lesões que requerem um tratamento e
reabilitação demorada.
Tabela 8 - Análise dos dias perdidos por acidente de trabalho
Acidentes "in itenere"
Acidentes de trabalho
Acidentes início ano anterior
Total
Dias perdidos 2016 0 664 279 943
Dias perdidos 2015 172 472 128 772
Tabela 9 - Média da taxa de absentismo 2015/2016
Média da Taxa de Absentismo (acidentes
de trabalho)
N.º dias perdidos
Variação entre o número de dias perdidos
2015 0,8 772 171
2016 1,0 943
Página 18 de 21
Apesar do aumento do número de dias perdidos em 2016, o aumento da média da taxa de
absentismo em 2016 não é significativo, correspondendo a uma taxa de absentismo de 1,0.
Tabela 10 - Comparação da taxa de absentismo por acidente de trabalho
Caracterização da sinistralidade
Considerando a organização interna dos SIMAS em 2016, a unidade orgânica onde se observou
mais acidentes de trabalho foi a Divisão de Equipamento e Telegestão, com 7 ocorrências.
Tabela 11 - Caracterização dos acidentes de trabalho por unidade orgânica
Unidade Orgânica Acidentes em Serviço
Divisão de Águas da Amadora 1
Divisão de Águas de Oeiras 1
Divisão de Saneamento da Amadora 1
Divisão de Saneamento de Oeiras 3
Divisão de Infraestruturas, Fiscalização e Manutenção 1
Divisão de Equipamento e Telegestão 7
Divisão de Controlo de Perdas e Cadastro 1
Divisão Comercial 4
Divisão de Comunicação e Apoio ao Cliente 1
Analisando comparativamente os acidentes de trabalho, observa-se que a categoria
profissional de Assistente Operacional continua a destacar-se com um maior número de
ocorrência. Em 2016, 18 dos 20 sinistrados são Assistentes Operacionais.
No que respeita ao grupo de idades, observa-se que as ocorrências incidiram em trabalhadores
entre os 38 e os 66 anos. Verificando-se novamente o “traumatismo” como a lesão mais
frequentemente diagnosticada.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Dias 423 393 430 509 974 772 943
Taxa 0,39 0,37 0,4 0,5 1,0 0,8 1,0
Página 19 de 21
Aproximadamente 90% das lesões diagnosticadas em sequência de acidentes de trabalho são
do foro músculo-esquelético.
No que diz respeito aos índices estatísticos utilizados para a análise da totalidade dos
acidentes de trabalho, observa-se os seguintes dados:
Índice de Incidência = 50,76 acidentes com baixa por cada 1000 trabalhadores (em média)
Índice de Frequência = 20,9 acidentes com baixa por milhão de horas-homem trabalhadas
Índice de Gravidade = 0,75 dias úteis perdidos por mil horas-homem trabalhadas
Índice de Duração = 22,6 dias perdidos por acidente (em média)
Considerando os acidentes de trabalho ocorridos em 2016, e quando comparados com os
ocorridos em 2015, não se observa diferenças significativas nos resultados dos índices
estatísticos.
Página 20 de 21
V. PERSPETIVAS FUTURAS
Tendo como base o cumprimento da missão do SIMAS de Oeiras e Amadora e numa opção
clara de prosseguir o trabalho de análise e de interpretação da segurança e saúde do trabalho
enquanto fatores vitais para a qualidade e eficiência dos serviços, foram definidas um conjunto
de atividades a desenvolver e a operacionalizar no ano de 2017.
Estas atividades representam a continuação do processo de intervenção da valência de
Segurança e Saúde no trabalho no contexto real de trabalho, atuando a montante dos
acidentes laborais numa perspetiva preventiva e a jusante, numa lógica corretiva.
Nestes termos, apresentamos o quadro de atividades a desenvolver em 2017:
Introdução da valência de nutrição na Clínica – Serviços de Saúde.
Elaborar o Manual de Segurança e Saúde do Trabalho;
Rever as análises de riscos das atividades dos SIMAS;
Verificar a conformidade técnica dos equipamentos de trabalho das centrais
elevatórias;
Reforçar junto das Associações Representativas dos Trabalhadores o interesse dos
SIMAS em eleger os seus representantes na área da segurança e saúde no trabalho.
Página 21 de 21
Para além destas atividades, durante o ano de 2017 estão previstas as seguintes ações:
Avaliação dos riscos físicos, químicos e psicossociais;
Peritagens aos acidentes de trabalho;
Análises funcionais;
Realização de visitas técnicas com a participação do médico do trabalho;
Informação e sensibilização dos trabalhadores.
A par destas ações serão organizadas eventos de promoção de saúde, nomeadamente
rastreios para os trabalhadores dos SIMAS de Oeiras e Amadora.
Continuaremos, assim, a afirmar o papel desta valência no quadro das atividades dos SIMAS,
contribuindo de forma inequívoca, para o aumento da segurança dos trabalhadores e a
produtividade dos serviços.