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QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA “ELEMENTOS, COMPOSTOS E MISTURAS Docente: Leonardo Moreira Discentes: Alessandra Mendonça Siqueira e Queler Xavier Ferreira.

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QUMICA GERAL EXPERIMENTALRELATRIO DA AULA PRTICAELEMENTOS, COMPOSTOS E MISTURAS

Docente: Leonardo MoreiraDiscentes: Alessandra Mendona Siqueira e Queler Xavier Ferreira.1- INTRODUO:

A Qumica trata das propriedades da matria e das transformaes que esta sofre. Define-se propriedades da matria como sendo as suas diferentes caractersticas.

As propriedades so usadas para descrever a matria. Ao descrevermos uma pessoa, por exemplo, referimo-nos s suas propriedades: sua altura, aparncia, disposio, habilidades, qualidades e defeitos. Da mesma forma, todas as espcies de matria apresentam propriedades, e do mesmo modo que algum pode ser identificado pela relao de suas propriedades, qualquer espcie de matria pode ser determinada atravs de suas caractersticas.

Substncias e misturas so identificadas e diferenciadas analisando-se as suas propriedades.

Atravs dos relatos experimentais presentes neste, algumas destas propriedades, importantes para a identificao de uma substncia, so demonstradas de forma prtica.2- OBJETIVOSDiferenciar elementos atravs da comparao de suas propriedades organolpticas;

Determinar a densidade por deslocamento de uma amostra;Identificar substncias solveis e insolveis em determinado meio;

Analisar a separao dos componentes de uma mistura por diferena de solubilidade e por solubilidade seletiva

3- REFERENCIAL TERICO3.1- Elemento Qumico: uma substancia fundamental (conjunto de tomos) que no pode ser quimicamente transformada ou quebrada em algo mais simples, isto , so as substancias mais simples existentes na natureza. O2 um exemplo.

3.2- Compostos (ou Substancias Qumicas): Um composto uma substncia (...) que consiste de dois ou mais elementos diferentes com seus tomos presentes em uma proporo definida. A gua, por exemplo, um composto de hidrognio e oxignio, com dois tomos de hidrognio para cada tomo de oxignio. Qualquer que seja a fonte de gua a composio a mesma: de fato, uma substncia com uma razo diferente entre tomos no seria gua! (ATKINS, 2001)

So exemplos de compostos:

Cloreto de sdio (NaCl)

Dixido de carbono Gs carbnico (CO2)

lcool comum (C2H5OH)

3.3- Substancias Puras Simples e Compostas

3.3.1- Substancia pura qualquer poro de matria formada por unidades estruturais (tomos ou molculas) iguais entre si e que apresentam caractersticas fsicas e qumicas tais como, composio, densidade e cor definidas e constantes. Gs Helio (He), gs oxignio (O2), gs oznio (O3) so exemplos.

3.3.2- Mistura Uma mistura uma combinao de duas ou mais substncias em que estas conservam as suas identidades caractersticas. (ATKINS, 2001)

Mistura a reunio de duas ou mais substncias que no reagem entre si, sem que ocorram alteraes nelas, mantendo-se, portanto, as caractersticas e propriedades das substncias envolvidas.

As misturas so formuladas para se alcanar algum objetivo, como obter uma propriedade, por exemplo, dureza, flexibilidade, elasticidade, tenacidade. Muitas ligas, misturas de metais, so formuladas para se obter maior dureza e resistncia corroso. Um medicamento, dependendo de sua aplicao, formulado com determinados ingredientes para conseguir tal efeito biolgico.

3.4- Misturas homogneas (so tambm chamadas de solues) so aquelas que apresentam uma nica fase, j as heterogneas apresentam duas ou mais fases.

3.5- Volume - O volume de uma poro de matria expressa o quanto de espao e ocupado por ela. O volume de um corpo e determinado multiplicando-se seu comprimento por sua altura e por sua largura.3.6- Densidade: Encontrada atravs da diviso entre a massa de uma substancia e o volume por ela ocupado. A densidade de um objeto ou de uma amostra de certo material ou substancia e o resultado da diviso da sua massa pelo seu volume, sendo a massa dada em g e o volume em cm3.3.7- Propriedades Gerais da Matria: So as propriedades da matria observadas em qualquer corpo, independente da substancia que e feito. Podem ser: extenso, inrcia, Impenetrabilidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade e indestrutibilidade.3.8- Propriedades especificas da matria: So as propriedades que variam conforme as substancias de que a matria feita. 3.8.1- Organolpticas:

Cor: a matria pode ser colorida ou incolor. Esta propriedade e percebida pela viso;

Brilho: a capacidade de uma substancia de refletir a luz e a que determina o seu brilho Percebemos o brilho pela viso;

Sabor: uma substancia pode ser inspida (sem sabor) ou spida (com sabor). Esta propriedade e percebida pelo paladar;

Odor: a matria pode ser inodora (sem cheiro) ou odorfera (com cheiro). Esta propriedade e percebida pelo olfato;

Forma e estado fsico: percebidos pelo tato; 3.8.2- Dureza: Definida pela resistncia que a superfcie oferece quando riscada por outro material. Um material considerado mais duro que o outro quando consegue riscar esse outro deixando um sulco. 3.8.3- Maleabilidade: propriedade que permite a matria ser moldada. Existem materiais maleveis e no-maleveis. Exs.:cobre, prata, ouro.

3.8.4- Ductibilidade: Propriedade que permite transformar materiais em fios. Exs.:cobre, prata, ouro.3.9- Polaridade das molculasMolculas onde ocorrem o aparecimento de plos, ou seja, de uma diferena de eletronegatividade que implica no aparecimento de cargas iguais, positivas ou negativas, separadas por uma distancia constituindo um dipolo, so denominadas molculas polares, as que no possuem carga so as apolares.3.10- Separao de substncias: Os quadros a seguir mostram os processos de separao de substncias de acordo com sua natureza:

4- MATERIAIS E REAGENTESBalana digitalProveta de 10,0 ml

Tubo de ensaio

Esptula

Becker de 50 ml

Papel filtro

Funil

PipetaPraZinco

gua

Etanol

Cloreto de Sdio

Naftaleno

Enxofre

Iodo

Acetona

HCl 2 mol/L

Clorofrmio5- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL5.1- Experimento I:

As substncias (1) gua, (2) NaCl, (3) Etanol e (4) Naftaleno foram colocados em tubos de ensaio distintos e foram observadas suas caractersticas organolpticas. 5.2- Resultados:5.2.1 Propriedades organolpticas1. gua: lquida, inodora e transparente.

2. NaCl (cloreto de sdio): slido, granuloso (cristais no muito refinados com formao de grumos), inodoro e branco.

3. Etanol: lquido, transparente, odor caracterstico de bebida alcolica

4. Naftaleno: slido, granuloso (grnulos maiores do que os do NaCl), transparente, semelhante a cristais, odor caracterstico de naftalina (usado para dar cheiro as roupas).

5.3- Experimento II: Com o auxlio de uma balana foram registradas as massas de trs (03) amostras de zinco fornecidas, cada amostra foi ento colocada em um tubo de ensaio contendo gua em quantidade suficiente para mant-la submersa e posteriormente calculou-se o volume do objeto atravs da diferena entre os volumes do contedo de gua no tubo antes e depois de colocada a mostra. E posteriormente calculadas suas respectivas densidades, massa especfica real, erro absoluto e erro percentual, possibilitando posterior anlise comparativa determinante do grau de pureza das amostras.Clculo de Densidade:

d = Definimos a massa especifica dessa substncia atravs da razo entre a massa (m) de uma poro compacta e homognea dessa substncia e o volume (V) ocupado por ela. Matematicamente expressamos a massa especfica da seguinte forma:

=m

V

Erro absoluto: Diferena entre o valor exato de um nmero x e seu valor aproximado x

obtido a partir de um procedimento numrico.

Erro percentual: o erro relativo em termos percentuais, ou seja:Epx= E rx 100%

5.4- Resultados:5.4.1- Densidade por deslocamento.

A verificao da densidade foi realizada com amostras de barras de zinco.Amostra 1Amostra 2Amostra 3

Massa (g)10,1011,3312,09

Volume inicial (mL)77,17,1

Volume final (mL)8,48,68,6

Volume do objeto (mL)1,41,51,5

Densidade7,217,557,55

Massa especfica real8,628,628,62

Erro absoluto (densidade menos massa especfica real)7,21-8,62=

-1,417,55-8,62=

-1,077,55-8,62=

-1,07

Erro percentual (percentual em relao a massa especfica real)(-1,41x100)/8,62=

-16,35(-1,5x100)/8,62=

-12,41(-1,5x100)/8,62=

-12,41

5.5- Experimento III:Com o auxlio de uma esptula foram adicionados alguns mg de Cloreto de sdio, Naftaleno, Enxofre, Iodo e Acetona; em trs tubos de ensaio distintos contendo o solvente gua e trs contendo Etanol para anlise de solubilidade. 5.6- Resultados:5.6.1- SolubilidadePrvioExperimentalObservaes

SubstnciaguaEtanolguaEtanol

Cloreto de sdioSSSS

NaftalenoISIIgua: sobrenadante e etanol: precipitado

EnxofreISIIgua: sobrenadante e etanol: precipitado e soluo amarelada

IodoISISSolues finais de cor mbar sendo que, com gua, houve formao de precipitado.

AcetonaSSSS

S: solvel, I: Insolvel5.7- Experimento IV:Separao de NaCl e Carbonato de Clcio em gua; por diferena de solubilidade e;

Separao de Iodo em Clorofrmio e gua por solubilidade seletiva; com observao das fases da mistura, com base em suas diferentes densidades.5.8- Resultados:5.8.1- Separao dos componentes de uma mistura.5.8.2 Separao baseada na diferena de solubilidade.

Para a mistura foi adicionado NaCl, que solvel em gua e Carbonato de clcio (CaCO3) deixando a mistura com aspecto leitoso. A separao ocorreu primeiramente com a filtrao sendo o Carbonato de clcio o composto que ficou retido na filtrao. O filtrado foi ento evaporado restando como resduo de NaCl. Quando foi adicionado HCl ao slido (carbonato de clcio), ocorreu formao de bolhas e conseqente liberao de gs.

5.8.3 Separao baseada na solubilidade seletiva.

O iodo solvel em clorofrmio e pouco solvel em gua, a densidade do clorofrmio

maior do que a gua, formou-se ento uma soluo bifsica com a parte inferior contendo o soluto iodo com a cor violeta bem acentuado de aspecto coloidal. A fase aquosa ficar gradativamente lmpida devido a retira do iodo pelo clorofrmio.

6 - DISCUSSO:Durante a realizao do experimento IV, no subitem 5.8.2, observou-se a liberao de um gs, que de acordo com a reao da prtica, corresponde ao gs carbnico.

2HCl + CaCO3 => CaCl2 + H2O + CO2

7- CONCLUSO

Os experimentos descritos neste relatrio possibilitaram a observao das diferenas entre as substancias atravs das propriedades especficas da matria ao analisar suas caractersticas organolpticas, bem como definir se uma substncia est ou no pura. Tambm foi possvel observar a solubilidade de determinadas substncias em solventes especficos, atravs de suas caractersticas eletronegativas e a separao de duas ou mais substncias por solubilidade e solubilidade seletiva.Bibliografia:

De Boni, Luis Alcides Brandini. Introduo Clssica a Qumica Geral. Porto Alegre, Ed. Tch Qumica Cons. Educ. LTDA, 2007.