Relatorio Cientifico Hidroponia Pronto Certo (2)

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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS SISTEMA DE CULTIVO HIDROPÔNICO COM BOMBEAMENTO DE ÁGUA AUTOMÁTICO BARRETOS, novembro de 2012

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trabalho sobre hidroponia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE

BARRETOS

SISTEMA DE CULTIVO HIDROPÔNICO COM BOMBEAMENTO

DE ÁGUA AUTOMÁTICO

BARRETOS, novembro de 2012

Projeto de maquete realizado em equipe

sob orientação do Professor Dr. Fábio

Oliveira de Nóbile.

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BARRETOS, novembro de 2012

RESUMO

A hidroponia garante, de certa maneira, um mercado paralelo aos produtos

ofertados convencionalmente, onde se articula maior qualidade e confiança de

consumo, favorecendo o bem-estar do consumidor. Apresenta-se um estudo,

via simulação computacional, os fenômenos sistêmicos e a viabilidade

econômica da prática hidropônica na produção de alface, bem como apresentar

aos produtores resultados que evidenciem vantagens em relação ao custo-

benefício desta atividade. E para maior praticidade adaptou-se um sistema de

bombeamento de corda automático, visando distribuir água para todos os tubos

onde se encontram as plantas.

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Palavras – chave: hidroponia, dinâmica de sistemas, viabilidade econômica.

ABSTRACT

Hydroponics guarantees, in some ways, a parallel market the products offered.

Conventionally, which is articulated higher quality and good faith the consumer,

favoring the welfare consumer. It presents a study, via simulção computational

phenomena and systemic economic viability of the practice in hydroponic

lettuce production, as well as to present producing results that demonstrate

benefits in cost-benefit of this activity. And for greater convenience adapted a

system of automatic pumping rope in order to distribute water to all tubes which

are plants.

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Keywords: hydroponics, system dynamics, economic feasibility.

SUMÁRIO

Conteúdo

1 - Introdução......................................................................................................6

2 – Revisões bibliográficas..................................................................................9

2.1 Sistemas de cultivo hidropônico................................................................9

2.2 Extrações de nutrientes em alface hidropônica.........................................9

2.3 Caracterizações dos ambientes e sistemas hidropônicos de cultivo.......11

2.4 Preparo e manejo da solução nutritiva....................................................12

2.5 Sistema de Bombeamento de Água (bomba de corda)...........................12

2.6 Tecnologias de Bombeamento................................................................13

2.7 Classificações das Bombas.....................................................................14

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2.8 As Bombas Volumétricas.........................................................................15

3 – Materiais e métodos....................................................................................16

4 – Resultados e discussões.............................................................................18

5 - Conclusão....................................................................................................19

Apêndice...........................................................................................................20

1 - Introdução

A hidroponia é o cultivo de plantas em meio líquido, associado ou não a

substratos não orgânicos naturais, ao qual é adicionada uma solução nutritiva

necessária ao desenvolvimento da cultura. A mesma vem sendo conduzida em

condições de ambiente controlado, onde temperatura, luminosidade, umidade

relativa do ar e o ataque de pragas e doenças são monitorados para

proporcionar condições adequadas ao desenvolvimento da cultura.

A hidroponia ou hidropônica, termos derivados de dois radicais gregos (hydor,

que significa água e ponos, que significa trabalho), está se desenvolvendo

rapidamente como meio de produção vegetal, sobretudo de hortaliças sob

cultivo protegido.

Apesar de o cultivo hidropônico ser bastante antigo, foi somente em meados

de1930 que se desenvolveu um sistema hidropônico para uso comercial.

Em 1955 foi fundada a Sociedade Internacional de Cultivo Sem Solo (ISOSC)

por um pequeno grupo de dedicados cientistas. Naqueles primeiros anos,

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freqüentemente estiveram sujeitos ao ridículo por perseguirem uma causa que

comercialmente foi considerada inútil e irrelevante.

O primeiro uso comercial significativo não ocorreu até a metade da década de

1960, no Canadá. Existia uma sólida indústria de estufas de vidro em Columbia

Britânica, principal produtor de tomates, que chegou a ser devastado por

enfermidades do solo. Eventualmente, a única opção para sobreviver foi

evitando o solo, pelo uso da hidroponia. A técnica que usaram foi rega por

gotejamento em bolsas de serragem. Os recentes avanços técnicos também

ajudaram especialmente ao desenvolvimento de plásticos e fertilizantes. No

decorrer desta década, houve um aumento de investimento na investigação e

desenvolvimento de sistemas hidropônicos. Também houve um pequeno

aumento gradual na área comercial que estava sendo utilizada.

O seguinte maior avanço veio como resultado do impacto da crise do petróleo,

sobre o custo de calefação da indústria de estufas em rápida expansão na

Europa. Devido ao enorme incremento nos custos da calefação, os

rendimentos chegaram a ser ainda mais importantes, assim os produtores e

investigadores começaram a ver a hidroponia como um meio para melhorar a

produção. Na década de 1970, o cultivo em areia e outros sistemas

floresceram e logo desapareceram nos Estados Unidos.

O sistema hidropônico em nível comercial é feito, basicamente, com hortaliças

e flores. O cultivo sem solo no Brasil vem sendo utilizado para a produção de

rúcula, agrião, almeirão, couve, manteiga, salsa, cebolinha, cebola, coentro,

salsão, tomate, pepino, pimentão, rabanete, alho, beterraba, cenoura, melão,

morango, plantas ornamentais e outras. O sistema NFT (Nutrient Film

Technique) ou Técnica do Fluxo Laminar, comercialmente usado em

hidroponia, consiste em canais onde as plantas ficam com as raízes submersas

em um filme de nutrientes que circula pelas raízes e é depois recolhido a um

tanque. Dois terços do sistema radicular da planta devem permanecer

submersos, absorvendo os nutrientes necessários ao desenvolvimento da

cultura e um terço restante deve desenvolver-se ao ar livre, absorvendo

oxigênio. A estrutura básica de um sistema NFT é composta de casa de

vegetação ou estufa, reservatório para solução nutritiva, bancada ou mesa para

os canais, bomba, encanamento e temporizador.

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O maior atrativo do sistema hidropônico é a isenção de resíduos agrotóxicos.

Na hidroponia, a planta não entra em contato com o solo e recebe os sais

minerais que precisa em proporção equilibrada, dissolvidos em água. Dentre as

desvantagens, está o alto custo inicial do processo, devido à necessidade de

terraplenagens, construção de estufas, mesas, bancadas, sistemas hidráulicos

e elétricos. Qualquer falha ou erro de manejo pode acarretar um prejuízo bem

maior e mais grave do que na agricultura tradicional, pois o sistema hidropônico

é muito mais vulnerável.

Bomba de Corda ou “Rope Pump” é um sistema de bombeamento de água

relativamente simples, utilizado há séculos pelo homem e que vem se tornando

muito relevante nos últimos anos para a melhoria da qualidade de vida de

populações de pequenos produtores rurais. Materiais modernos, como

diferentes tipos de plásticos, vêem sendo utilizados em adaptações dessa

bomba, com o objetivo de melhorar sua eficiência. Por outro lado, acredita-se

que essa bomba possa ser construída com material reciclado, de baixo custo, o

que a torna capaz de atender às necessidades de comunidades rurais mais

carentes ou que disponham de menor poder aquisitivo.

2 – Revisões bibliográficas

2.1 Sistemas de cultivo hidropônico

O termo hidroponia significa o cultivo de plantas em meio líquido. E derivado de

duas palavras de origem grega: hydro que significa água, e ponos que significa

trabalho. Esta definição foi proposta pelo Professor William Frederick Gericke,

da Universidade da Califórnia, nos E.U.A., nos anos 30, quando utilizou esta

técnica em escala comercial. Posteriormente, com o advento da II Guerra

Mundial, foi usada para fins militares (RESH, 1985).

Fazendo uma retrospectiva da hidroponia, RESH (1985) cita como exemplos

de cultivo de plantas sem solo os jardins suspensos da Babilônia, os jardins

flutuantes dos Astecas e da China, todos datados como anteriores à era cristã.

Os experimentoss com cultivo hidropônico iniciaram-se na França e Inglaterra

durante o século XVII, sendo que os estudos científicos relacionados ao ajuste

da solução nutritiva tiveram início na Alemanha, por volta de 1699.

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No século XX muitos pesquisadores dedicaram-se aos estudos de soluções

nutritivas através da dissolução de sais em água destilada. Entre eles podemos

destacar HOAGLAND (1920) e ARNON (1950), citados por BLISKA JÚNIOR

(1998), cujas soluções propostas são utilizadas até os dias de hoje, com

pequenas alterações.

No entanto, o grande marco no desenvolvimento da hidroponia econômica e

comercial foi o conceito de NFT (“Nutrient Film Technique”), traduzido como

Técnica do Fluxo Laminar de Nutrientes, por Allen Cooper em 1965 (JONES

JÚNIOR, 1983; SANTOS, 1998).

No Brasil, o cultivo hidropônico tem sido utilizado como ferramenta por diversos

pesquisadores: CARDOSO (1975), SARRUGE (1975), MALAVOLTA.

2.2 Extrações de nutrientes em alface hidropônica

A alface é considerada uma hortaliça exigente em nutrientes, mesmo

absorvendo pequenas quantidades, quando comparada às outras culturas.

O período de maior consumo é na fase final de produção, devido ao seu ciclo

curto e à pequena exigência em nutrientes pelas cultivares disponíveis no

mercado (TERRA et al., 2001).

Esta intensificação de absorção de macronutrientes, principalmente, está

relacionada com a produção de matéria seca, a qual é lenta no início de

desenvolvimento das plantas, ocorrendo uma aceleração no processo a partir

do trigésimo dia do ciclo cultural, chegando a valores elevados na época da

colheita GARCIA et al. (1982). Os mesmos autores verificaram que a partir do

quadragésimo dia do ciclo cultural, a alface apresenta a tendência de acumular

mais rapidamente matéria seca, consequentemente com uma maior absorção

de nutrientes.

Segundo FURLANI et al. (1978) a alface é dentre as folhosas, a que apresenta

teores mais elevados de nitrogênio e cálcio sendo que, a extração destes

nutrientes por tonelada produzida de alface é de, respectivamente, 2,51 kg e

0,82 kg. De acordo com SHEAR (1975), o nitrogênio é o nutriente que mais

interfere no crescimento vegetativo da alface, sendo que a sua falta inibe a

absorção de cálcio. A alface responde mais ao fornecimento de nitrogênio, pois

é basicamente composta por folhas. Entretanto, a fisiologia da planta não é

eficiente na utilização deste macronutriente, tendo uma taxa de utilização

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sempre menor que 50% (ALEXANDER, 1965). ALVARENGA (1999) observou

que diversos trabalhos, sob as mais variadas situações, têm mostrado,

invariavelmente, uma resposta quadrática à aplicação de nitrogênio e que a

partir de uma determinada dose há um decréscimo na produção. Segundo

KATAYAMA (1993) a absorção de dose há um decréscimo na produção.

Segundo KATAYAMA (1993) a absorção de aproximadamente 80% do N-total

se dá nas últimas semanas do ciclo da cultura.

O nutriente mais exigido por esta cultura é o potássio, que embora não faça

parte de nenhuma substância é o mais importante elemento em quantidade

absorvida. O potássio age na planta principalmente como ativador enzimático,

regulador da abertura e fechamento dos estômatos, resistência dos vegetais às

geadas, regulador do turgor celular e responsável pela qualidade dos produtos

agrícolas em geral. Em experimentos conduzidos em hidroponia este nutriente

foi o mais absorvido. VERDADE et al. (2003) observaram que a extração de

macronutrientes seguiu a seguinte ordem decrescente: K>N>Ca>P>Mg,

macronutrientes seguiu a seguinte ordem decrescente: K>N>Ca>P>Mg,

concordando com as pesquisas conduzidas em condições de solo (GARCIA et

al., 1982) e em hidroponia (FURLANI, 1995; CORTEZ, 1999).

O cálcio é fundamental para a estrutura e funcionamento de membranas

celulares, absorção iônica, constituinte do pectato (lamela média) e como

constituinte ou ativador enzimático, como na ATPase (apirase). É um eventual

causador do “tip burn” (queima doas bordos das folhas) na cultura de alface

(quando constatada a sua deficiência), descrito por MALAVOLTA et al. (1997).

Os mesmos autores relatam a importância do macronutriente fósforo como

fundamental para o crescimento das plantas, principalmente do sistema

radicular, constituinte da molécula de ATP, transportadora de solutos pelas

membranas das células, do DNA, RNA, nucleotídeos, ácido fítico, coenzimas e

participam também da fotossíntese, respiração, sínteses, absorção iônica,

multiplicação e divisão celular, na fixação biológica do nitrogênio e no

armazenamento e transferência de energia.

O magnésio é fundamental para a fotossíntese, sendo constituinte da molécula

de clorofila, participa de inúmeras reações como ativador enzimático, da

respiração, absorção iônica e transporte de energia, balanço eletrolítico e

confere estabilidade aos ribossomas (MALAVOLTA et al., 1997).

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2.3 Caracterizações dos ambientes e sistemas hidropônicos de cultivo

Os cultivos hidropônicos foram instalados e conduzidos em duas casas de

vegetação, denominadas: convencional e climatizada. As duas casas de

vegetação foram instaladas com o eixo longitudinal no sentido leste - oeste,

para reduzir o sombreamento interno. O ambiente convencional consistiu de

uma casa de vegetação modelo Hidrogood®, confeccionada com arcos de

polipropileno, filme plástico na cobertura (150 µ, aditivada contra raios

ultravioleta) e tela tipo sombrite na lateral, tendo asseguintes dimensões: pé

direito de 2,8 m de altura, largura de 7,0m e comprimento de 8,0m (Figura 1).

A casa de vegetação climatizada é de fabricação da Van der Hoeven, modelo

Poly House, com área de 140,80 m2, com cobertura e fechamentos laterais em

filme de polietileno duplo e inflado por micro-ventilador, antecâmara com

sistema automático de resfriamento, exaustores e cortina de sombreamento

externo com fechamento e abertura motorizados.

Em cada casa de vegetação foram construídas três bancadas de plantio com

declividade de 2%, nas quais foram posicionados sete canais de cultivo

espaçados em 0,25m e com comprimento de 6,00m. Nos canais foram

transplantadas 22 plantas de alface, seguindo espaçamento de 0,25m entre

plantas.

Cada canal era interligado a um reservatório de plástico rígido com capacidade

de 50 litros e um conjunto moto-bomba. As eletro bombas de ½ HP foram

instaladas nas casas de vegetação convencional e climatizada, o que permitia

uma vazão de no mínimo 1,5 L.minuto-1.

Os conjuntos foram completados com mangueiras, emissores e um

temporizador, que foi regulado para o período de 15 minutos de circulação das

soluções nutritivas e 15 minutos desligados durante o período diurno. No

período noturno eram desligados. O sistema NFT (“Nutrient Film Technique”)

foi individualizado para cada um dos canais de cultivo, constituídos por tubos

de polipropileno específicos fabricados pela empresa Hidrogood®.

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2.4 Preparo e manejo da solução nutritiva

O preparo e manejo da solução nutritiva foram efetuados conforme

recomendação de FURLANI et al. (1999), com monitoramento diário da

condutividade elétrica (CE) e respectiva correção com uma solução de ajuste.

A análise da solução nutritiva inicial preparada apresentou as seguintes

concentrações dos nutrientes em (mg.L-1): P (54,6), K (240,0), Ca (142,2), Mg

(19,8), S-SO4-2 (28,9), Fe (0,96), Mn (0,98), Cu (0,55), Zn (0,25), B (0,54) e pH

de 6,3. Na fase de desenvolvimento das mudas foi adotada a condutividade

elétrica das soluções nutritivas de 1,4 mS, e depois do transplante para a

bancada definitiva, utilizou-se 1,7 mS. Estas condutividades elétricas das

soluções nutritivas foram determinadas com condutivímetro portátil modelo

CON 100 (OAKTON).

Diariamente foram retiradas alíquotas da solução nutritiva para determinação

de pH (peagâmetro modelo GEHAKA®) e a condutividade elétrica.

Os valores de temperatura e umidade relativa do ar (máximas e mínimas)

foram anotados diariamente nas duas casa-de-vegetação, utilizando-se de

termo higrômetros digitais.

2.5 Sistema de Bombeamento de Água (bomba de corda)

A concatenação de recursos tecnológicos, humanos, financeiros e de políticas

públicas com o propósito de incubar novas práticas de convivência com a seca

e adaptação à mudança climática pode ser implementada pelo uso de energias

renováveis no que tange respeito ao bombeamento de água aproveitando

melhor a infra-estrutura hídrica já disponível em açudes, barreiros e poços.

Neste contexto, o uso das energias renováveis pode contribuir como recurso

tecnológico para garantir a segurança alimentar e a geração de renda baseada

na pequena e média propriedade agrícola, produzindo sem destruir o

ecossistema local.

2.6 Tecnologias de Bombeamento

Embora a agricultura esteja em prática há mais de 10.000 anos, os primeiros

registros que se tem de irrigação são devidos aos egípcios. Inicialmente

transportavam a água em potes, mas cerca de 1.500 a.C. apareceu a primeira

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máquina de elevação de água, a picota, constituída por duas varas de madeira,

um deles na posição vertical. A outra, perpendicular a primeira, possui numa

extremidade um peso e no outro um recipiente para a água. Abaixandose o

recipiente ao poço, o peso na outra extremidade da vara ajuda a içar o

recipiente com água. Posteriormente apareceu o sarilho usado para elevar um

balde, máquina simples em que um cabo é tracionado por seu enrolamento em

um cilindro, acionado por uma manivela de raio maior; em seguida veio a nora,

engenho ou aparelho para tirar água de poços ou cisternas que é constituído

por uma roda com pequenos reservatórios ou alcatruzes e por fim a roda persa

[8]. Todas estas máquinas eram movidas por trabalho humano ou animal. O

sarilho é empregado ainda hoje no abastecimento de água. Um dos tipos mais

antigos de bomba foi o Parafuso de Arquimedes, empregado por Senaquerib,

Rei da Assíria, para a irrigação dos Jardins Suspensos da Babilônia e Nínive,

no século VII a.C. e descritas depois em maior detalhe por Arquimedes no

século III a.C [9].

Os sistemas de bombeamento usam vários tipos de bomba e na irrigação são

fundamentais para transportar a água da fonte até a plantação. Bomba é uma

máquina hidráulica que recebe energia mecânica através da força motriz de um

motor, e converte-a em energia hidráulica que por sua vez transmite força ao

fluído o qual é transportado de um ponto a outro.

2.7 Classificações das Bombas

As bombas possuem complexos mecanismos e são usadas nas mais diversas

aplicações e por isso são produzidas em vários modelos e tamanhos. No

entanto, o conjunto de todos os modelos é dividido e classificado em duas

grandes categorias fundamentais, bombas volumétricas e hidrodinâmicas [10].

As bombas podem ser classificadas ainda pela sua aplicação ou pelo modo

como a energia é fornecida ao fluído. Normalmente, existe uma relação entre o

emprego e a característica da bomba que, por sua vez, está fortemente

relacionada ao modo como a energia é transferida a ao fluido. A forma pela

qual é efetuada a transformação do trabalho em energia hidráulica e o recurso

para cedê-la ao líquido ampliando a pressão e/ou a velocidade permitem que

elas se classifiquem em bombas de volumétricas e hidrodinâmicas [11]. Dentre

as classificações de bombas de deslocamento positivo e de turbo-bombas se

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podem enumerar algumas das mais importantes subdivisões destas bombas

como mostram o diagrama de blocos.

Normalmente, um sistema de bombeamento é denominado de acordo com a

modalidade de energia que alimenta o motor de acionamento da bomba. As

bombas foram acionadas, na antiguidade, por rodas d'água, cata-ventos e pela

força muscular, de homens ou de animais. Embora ainda haja muitas bombas

acionadas manualmente, a grande maioria das bombas modernas é acionada

por motores elétricos. O motor elétrico é máquina destinada a transformar

energia elétrica em mecânica, sendo o mais usado de todos os tipos, pois

combinam as vantagens da energia elétrica de baixo custo, facilidade de

transporte, limpeza e simplicidade de comando, construção simples, custos de

aquisição e manutenção reduzido, grande versatilidade de adaptação às

cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos. Na atualidade, a

grande maioria das bombas é acionada por motores elétricos em corrente

alternada. Sistemas de bombeamento que empregam bombas acionadas

eletricamente representam uma das soluções mais eficientes para lugares

onde há acesso à eletricidade. O conjunto motor-bomba é simples de operar e

eficaz, não necessitando de caixa de velocidades e ainda é silencioso. As

bombas acionadas eletricamente apresentam como vantagens, a opção de ser

o dispositivo do sistema de bombeamento menos oneroso com relação aos

demais tipos, apresentam manutenção reduzida, é o tipo de bombeamento

mais comum, fácil de achar peças de reposição, usa motores elétricos já

consolidados e de alta eficiência. A principal desvantagem das bombas

acionadas eletricamente é que para manter o baixo custo de instalação do

sistema de bombeamento, o conjunto motor-bomba deve ser usado em lugares

com acesso à rede elétrica, outra desvantagem é a vida útil em torno de 4 a 5

anos. O conjunto motor-bomba pode ser denominado de acordo com a

modalidade energética usada pela unidade motora de acionamento

abrangendo as duas grandes categorias de bombas volumétricas e

hidrodinâmicas. Nas seções seguintes serão discutidas a respeito de alguns

tipos bombas, que empregam o princípio de funcionamento de uma das duas

categorias alguns tipos bombas, que empregam o princípio de funcionamento

de uma das duas categorias de bombas mencionadas.

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3 – Materiais e Metodos

Com o Sistema em mente, foi projetada em interface digital a maquete em 3D,

utilizando a mesma escala que o projeto atual. Fez uso do Software

Solidworks® para o desenvolvimento desse estágio do projeto, as próximas

etapas foram guiadas através do uso do Sistema projetado

tridimensionalmente.

DA HIDROPÔNICA:

Montou-se a tubulação principal do Sistema, utilizando 4 metros de tubo de

PVC de 4”, 6 cotovelos de PVC de 4” e 3 luvas de PVC de 4”. O furo da

abertura onde os copos com as plantas a serem cultivadas ficam acoplados, foi

feito utilizando uma furadeira e serra do tipo copo, com a abertura de 2 ½”.

Depois de feito a tubulação do Sistema, fez-se a base, utilizando madeira de

baixa densidade, ficando assim com um peso mais leve, e optou-se por fazê-la

desmontável para que fosse mais fácil transporte.

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DA BOMBA DE CORDA:

Usando chapas de liga de aço foi feita a estrutura onde todo o sistema de

transmissão e guia de rotação foi posicionado. A estrutura foi fixada na lateral

da base da tubulação.

Fez uso de uma roda de 12”, da qual eixos foram adaptados em seu centro,

para fixação nos mancais, utilizados para guia de rotação.

Com a roda fixa na estrutura, foi também fixado a caixa de transmissão, onde

estava o motor de 1610 RPM, e o jogo de engrenagens para a diminuição da

rotação do motor, da qual caiu para 250 RPM.

Foi feita a ligação elétrica do motor, do qual necessita ser alimentado por uma

tensão de 127 v, e um potenciômetro, que regula a velocidade do motor.

Após a parte mecânica e elétrica feita, foi utilizado para a confecção do circuito

de trajetória da água contendo a solução nutritiva para alimentar as hortaliças

cultivadas no Sistema, 1,5 metro de tubo de PVC de 2”, 2 cotovelos de PVC de

2”x90°, um Tee de PVC de 2” para interseção, e uma curva longa de aço

galvanizado de 2”x180°.

Feito o circuito de trajetória da água, passou por dentro dos canos um cordão

de bitola de 5mm de diâmetro, contendo discos de borracha de 1 ½” de

diâmetro. Criando assim o sistema de impulsionamento da solução nutritiva.

DO RESERVATÓRIO:

Foi feito um reservatório de chapas de Zinco de 3 mm de espessura, utilizando

as seguintes dimensões: 30 cm de largura x 90 cm de comprimento x 50 cm de

altura. Contendo assim o volume máximo de 135 cm³.

Seguindo todos esses passos, foi conseguido o resultado esperado, provando

que quando se há um planejamento pré-fabricação, os resultados seguem

conforme o que foi calculado.

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4 – Resultados e discussões

O processo de hidroponia apresenta várias vantagens em relação às formas de

cultivo tradicionais, como o crescimento mais rápido; maior produtividade;

aumento da proteção contra doenças, pragas e insetos nas plantas; economia

de água de até 70% em comparação à agricultura tradicional; possibilidade de

plantio fora de época; rápido retorno econômico; os nutrientes são balanceados

diariamente, conforme a necessidade do cultivo, fazendo com que as plantas

recebam durante todo seu ciclo de crescimento, as quantidades ideais de

nutrientes; assim como menores riscos perante as adversidades climáticas.

Depois de muito estudo e tentativas, conseguimos chegar aos resultados

esperados.

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A única questão que se deve tomar cuidado é com a energia, que com a falta

dela não há o funcionamento da bomba de corda que no nosso projeto foi

adaptado para funcionar automaticamente com motor de 1610 RPM.

As vantagens de automatizar o sistema de bomba de corda é que os custos da

montagem dessa bomba são baixos e automatizando o sistema fica muito mais

pratico a bombeamento da mesma.

5 - Conclusão

Verificou-se que o projeto executado de sistema hidropônico com

bombeamento de água automático se mostra muito eficaz ao cultivo de

hortaliças, o racionamento de água é eficiente, contribuindo com o meio

ambiente.

O gasto inicial para implantação do sistema é elevado, porém se tem um

retorno rápido na produção.

O sistema é ideal para uso em residências e apartamentos, pois ocupa pouco

espaço, sendo assim um sistema acessível a todos.

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7 – Referências bibliográficas

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Protegido.Editora:Funep,2002.pg,762.

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Acesso em 28 de Nov. de 2012.

TEIXEIRA, N. T. Hidroponia: Uma Alternativa Para Pequenas Áreas. Guaíba:

Agropecuária, 1996. 86p.

FURLANI, P. R., SILVEIRA, L. C. P.; BOLONHEZI, D.; FAQUIM, V. Cultivo

hidropônico de plantas. Campinas: Instituto Agronômico, 1999. 52p.

APENDICE

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Figura A: Reservatório de água com Figura B: Roda guia da corda com

nutrientes. os pistões de borracha.

Figura C: Caixa de engrenagem para Figura D: Sistema hidropônico com

redução da rotação do motor. bombeamento de água automático.