Relatório Da Prática MILENO

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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO-ÁGUA (P) DO ÁCIDO MANDÉLICO ROSEMARY SOUZA DE SANTANA NASCIMENTO RAFAEL OLIVEIRA ROSÂNGELA SANTOS

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Relatório de aula prática QFM

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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA

GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO-ÁGUA (P) DO

ÁCIDO MANDÉLICO

ROSEMARY SOUZA DE SANTANA NASCIMENTO

RAFAEL OLIVEIRA

ROSÂNGELA SANTOS

SALVADOR2015

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ROSEMARY SOUZA DE SANTANA NASCIMENTO

RAFAEL OLIVEIRA

ROSÂNGELA SANTOS

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO-ÁGUA (P) DO ÁCIDO

MANDÉLICO

Relatório de atividade prática entregue ao

Prof. Mileno Mota, como requisito de

avaliação parcial da disciplina de

Química Farmacêutica Medicinal.

SALVADOR2015

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SUMÁRIO:

1. Introdução................................................................................................... 04

2. Objetivos.................................................................................................... 05

3. Parte experimental...................................................................................... 05

4. Resultados ................................................................................................. 06

5. Discussão ................................................................................................ 07

6. Conclusão ................................................................................................ 07

7. Referencias ............................................................................................... 08

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1- INTRODUÇÃO

O coeficiente de partição óleo-água (P) é definido como a relação das concentrações

da substância em óleo e em água. Para se determinar o valor de P realiza-se um experimento

no qual se misturam quantidade conhecida da substância, um solvente orgânico imiscível com

água (n-octanol, clorofórmio, éter etílico, etc), que mimetiza a fase oleosa, e água e, após a

separação das fases orgânica e aquosa, determina-se a quantidade de substância presente em

cada uma das fases. Para se calcular P utiliza-se a seguinte expressão:

P = concentração da substância na fase orgânica/concentração da substância na fase

aquosa.

Para o ácido mandélico, um antisséptico urinário, o valor de P encontrado na literatura

é 1.

O ácido mandélico é o principal metabólico do estireno e do etil benzeno. As

principais exposições ocupacionais do estireno ocorrem durante a produção de polímeros

plásticos (poliestireno), resinas (acrilonitrila-estireno), borracha sintética e na fabricação de

produtos de fibra de vidro. Em exposição aguda, o estireno atua principalmente sobre o SNC

e a exposição crônica está relacionada com câncer ocupacional. É um ácido carboxílico cuja

fórmula química é C8H8O3. É um sólido branco, cristalino e é parcialmente solúvel em água e

totalmente em solventes orgânicos como o isopropanol e etanol. Sua temperatura de fusão é

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de 118°C. Obscurece-se por efeito da luz solar e possui propriedades parcialmente solúveis

em água e livremente solúvel em álcool isopropílico e etanol.

O interesse dos pesquisadores no ácido mandélico deve-se à sua dupla “função: AHA (alfa-

hidróxi-ácidos) e atividade antibacteriana”. Com uma cadeia carbônica grande não tão

irritante como o ácido glicólico, tem sido estudado exaustivamente para ser usado em

tratamentos de desordens de pele como foto-envelhecimento, pigmentação irregular e acne.

Segundo PEREIRA-2007: a "ação de um fármaco, quando administrado a humanos ou

animais, pode ser dividida em três fases: fase farmacêutica, fase farmacocinética e fase

farmacodinâmica. Na fase farmacêutica, ocorre a desintegração da forma de dosagem, seguida

da dissolução da substância ativa. A fase farmacocinética abrange os processos de absorção,

distribuição, metabolismo e excreção (ADME), ou seja, “o que o organismo faz com o

fármaco”. A fase farmacodinâmica está relacionada com a interação do fármaco com seu alvo

(receptor, enzimas etc.) e a consequente produção do efeito terapêutico, e pode ser entendida

como “o que o fármaco faz no organismo”. Nota-se que a fase farmacocinética pode ter

profundo impacto sobre o efeito farmacológico, uma vez que os processos de ADME

determinam a concentração e o tempo despendido das moléculas do fármaco no seu local de

ação." O principio que rege a distribuição do fármaco no organismo é a Lei de Partição.

2 – OBJETIVO

O objetivo deste experimento é determinar o coeficiente de partição para fármacos,

através de solução de ácido mandélico, titulado com a solução de hidróxido de sódio.

3 – PARTE EXPERIMENTAL

Foi transferido 10,0 mL de solução de ácido mandélico (aproximadamente 2,5000 g/L)

para um erlenmeyer, após adicionado água destilada, 2 gotas de fenolftaleína e titulado com

solução de hidróxido de sódio padronizada (de concentração aproximadamente 0,01000

mol/L) até viragem.

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Transferido 15,0 mL de solução de ácido mandélico para um funil de separação ou

tubo de ensaio com tampa/rolha/para filme, e adicionado 15 mL de éter etílico e agitar

vigorosamente com bastante cuidado, deixando em repouso até a separação.

Posteriormente foi recolhido a fase aquosa em um béquer e transferido 10,0 mL para

um erlenmeyer, adicionando água destilada, 2 gotas de fenolftaleína, sendo titulado com

solução de hidróxido de sódio padronizada (de concentração aproximadamente 0,01000

mol/L) até viragem.

4 – RESULTADOS

Experimento 1:

V1 = 21,91 ml

V2 = 22,01 ml

V3 = 21,50 ml

V4 = 23,60 ml

V5 = 22,81 ml

V6 = 23,38 ml

135,21 / 6 = 22,53

C1H8O5 (M.M = 152,15 g/mol)

Ca x Va = C2 x V2

Ca x 10 = 0,01 x 22,53Ca x 10 = 0,2253Ca = 0,2253 / 10Ca = 0,02253

Experimento 2:

VALOR ENCONTRADO: 7,51

Ma x Va = M2 x V2

Ma x 10 = 0,01 x 7,51

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Ma x 10 = 0,0751Ma = 0,0751 / 10Ma = 0,00751

P = CI / CF P = 0,02253 / 0,00751 P= 3

5 – DISCUSSÕES

A lei da partição também é bastante útil em química orgânica porque descreve de

maneira bastante precisa toda teoria de extração; a técnica da extração envolve a separação de

um composto, presente na forma de uma solução ou suspensão em um determinado solvente,

através da agitação com um segundo solvente, no qual o composto orgânico seja mais solúvel

e que seja pouco miscível com o solvente que inicialmente contém a substância. O sucesso da

separação depende da diferença de solubilidade do composto nos dois solventes. Geralmente,

o composto a ser extraído é insolúvel ou parcialmente solúvel num solvente, mas é muito

solúvel no outro solvente.

Os métodos experimentais para medir o coeficiente de partição estão normalmente

divididos em métodos diretos, nos quais a quantidade de soluto é determinada numa ou em

ambas as fases de solvente, e métodos indiretos, onde não há análise quantitativa. Os

principais métodos diretos são: método de agitação, método de agitação lenta, método

estático, método de coluna, cromatografia líquida com suporte sólido, cromatografia sem

suporte sólido, o método utilizado na prática submetida na disciplina pelo professor foi o

método de titulação.

No método de titulação o soluto é inicialmente dissolvido numa das fases e através de

titulação com base forte, verifica-se o volume consumido da solução de hidróxido de sódio

(NaOH) através da titulação, e quantifica a concentração do ácido mandélico na solução. Este

método tem um procedimento experimental muito simples, no entanto para se obter elevada

exatidão nos resultados, é necessário ter em consideração determinados detalhes como :

pureza dos solventes e do soluto, concentração de soluto, que deve ser suficientemente baixa

de modo a garantir a lei de Henry, a pré-saturação dos solventes um no outro.

6 – CONCLUSÃO

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O trabalho em laboratórios de Química Medicinal requer cuidado e uso de boas

práticas de laboratório. O manuseio de instrumentos, a utilização de calor, o uso de vidrarias e

de solventes não representam problemas especiais, desde que sejam seguidas, de forma

cuidadosa e com orientações.

As propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas são influenciadas pela

lipofilicidade das substâncias biologicamente ativas.

Por definição, o coeficiente de partição será sempre definido como a razão

entre a concentração da fase orgânica pela concentração fase aquosa no denominador; desta

maneira então valores menores que 1, implicam maior afinidade pela fase aquosa, e valores

maiores que 1, implicam maior afinidade com a fase orgânica e valor igual a 1 significa igual

afinidade tanto pela fase aquosa, quanto pela a orgânica. Desta maneira o valor encontrado

nesta análise, demonstra que o ácido mandélico tem maior afinidade pela fase orgânica.

Provavelmente devido às hidroxilas do ácido mandélico conferir características hidrofóbicas

ao composto e o éter ser um hidrocarboneto também hidrofóbico.

Segundo a literatura, o coeficiente de partição para o ácido mandélico é 0,6, o que

demonstra que está muito próximo o resultado do esperado ou desejado. Lembrando que é de

extrema importância ao metabolismo a lipossolubilidade molecular do composto, desde que

não ultrapasse os limites consideráveis de absorção ideal do fármaco.

7 - REFERÊNCIAS

VOGEL, Arthur I. Vogel análise química quantitativa. Revisão de J. Mendham et al. 6. ed. Rio de Janeiro (RJ): LTC , 2009. 462 p.

PEREIRA, Dárcio Gomes, Importância do metabolismo no planejamento de fármacos. Química Nova, Volume 30, no 1. Págs 171-177. 2007. Disponível em: http://www.ebah.com.br/metabolismo-e-planejamento-de-farmacos-pdfa10149.html#. Acesso em: 06 de Abr. de 2015.

Rama, Ana Cristina Ribeiro et al. Complexos de inclusão de indometacina com hidroxipropil-b-ciclodextrina:estudos de dissolução e coeficiente de partição. Rev. Bras. Cienc. Farm., Mar 2006, vol.42, no.1, p.59-68. ISSN 1516-9332