relatório de ecologia serra do cipo2

29
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL ECOLOGIA GERAL RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO NA SERRA DO CIPÓ

Transcript of relatório de ecologia serra do cipo2

Page 1: relatório de ecologia serra do cipo2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

ECOLOGIA GERAL

RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO NA SERRA DO CIPÓ

BELO HORIZONTENovembro 2010

Page 2: relatório de ecologia serra do cipo2

Ana Caroline Águido – 2010020850Catarina Azevedo Borges – 2010020930

Elizângela Pinheiro da Costa – 2010020965Ingrid Santos Custodio -2010021074

Jéssica Sangiorgi Ricardo - 2010021104 Marina Antônia Salmen - 2010021210

Marina Lorena Campos Teixeira – 2010021228Tuane Cafiero Garcia – 2010021317

RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO NA SERRA DO CIPÓ

BELO HORIZONTENovembro 2010

Page 3: relatório de ecologia serra do cipo2

LISTA DE FIGURASFIGURA 1-ÁREAS PERCORRIDAS NA TRILHA DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ.................................................5FIGURA 2–LAGOA DA CAPIVARA.........................................................................................................................7FIGURA 3 – CAVALO DOMESTICADO PASTANDO PRÓXIMO À LAGOA DA CAPIVARA........................................................7FIGURA 4 – OXÍMETRO/ CONDUTIVÍMETRO MODELO 85YSI....................................................................................8FIGURA 5 – FRASCO CLARO E FRASCO ESCURO PARA ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA................................8FIGURA 6 – LAGOA BONITA...............................................................................................................................9FIGURA 7 – LAGOA BONITA ESTAVA COM SEU NÍVEL BAIXO......................................................................................9FIGURA 8 – CONFLUÊNCIA DOS RIOS CIPÓ, MASCATES E BOCAÍNA. ASSOREAMENTOS EM UMA PEQUENA ÁREA..............11FIGURA 9 – TRECHO DA CONFLUÊNCIA DOS RIOS COM PRESENÇA DE EROSÃO...........................................................11TABELA 1 - PARTE MODIFICADA DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA DA DIVERSIDADE DE HABITATS EM TRECHOS DE

BACIAS HIDROGRÁFICAS DO TRECHO DE ENCONTRO DOS RIOS CIPÓ, MASCATES, E BOCAÍNA MODIFICADO DA AGÊNCIA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE OHIO (EUA)(EPA, 1995).............................................................................12

TABELA 2- PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA DA DIVERSIDADE DE HABITATS EM TRECHOS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DO TRECHO DE ENCONTRO DOS RIOS CIPÓ, MASCATES, E BOCAÍNA MODIFICADO DO PROTOCOLO DE HANNAFORD ET AL. (1997)...............................................................................................................................................13

TABELA 3 – ANEXO I DO ROTEIRO DE CAMPO.....................................................................................................16TABELA 4 – PLANILHA DE CAMPO COM AS OBSERVAÇÕES FEITAS COM AS ESPÉCIES DE FLORES COLHIDAS NO LOCAL..........16FIGURA 10 – FLOR ESPÉCIE 1..........................................................................................................................17FIGURA 11 – FLOR ESPÉCIE 2..........................................................................................................................17FIGURA 12 – FLOR ESPÉCIE 3..........................................................................................................................17FIGURA 13 – FLOR ESPÉCIE 4..........................................................................................................................18FIGURA 14 – FLOR ESPÉCIE 5..........................................................................................................................18FIGURA 15 – FLOR ESPÉCIE 6..........................................................................................................................18FIGURA 16 – FLOR ESPÉCIE 7..........................................................................................................................19FIGURA 17 – FLOR ESPÉCIE 8...........................................................................................................................19TABELA 5 - CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME DE FRUTOS E SEMENTES......................................................................20TABELA 6 - OBSERVAÇÕES FEITAS COM AS ESPÉCIES RECOLHIDAS NO LOCAL..............................................................20FIGURA 18 – SEMENTE ESPÉCIE 1....................................................................................................................21FIGURA 20– SEMENTES ESPÉCIE 3....................................................................................................................21Figura 19 – Sementes Espécie 2................................................................................................................21

Page 4: relatório de ecologia serra do cipo2

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS 3

1.INTRODUÇÃO5

2.DESCRIÇÃO 6

2.1-Prática de produtividade primária nas Lagoas da Capivara e Bonita..................................6

2.2 - Protocolos de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas...........................................................................................................................11

2.3 – Prática de Caracterização das Síndromes de Polinização de Espécies Coletadas na região.....................................................................................................................................15

2.4 – Práticada Caracterização das Síndromes de Dispersão apresentadas por Frutos e Sementes................................................................................................................................20

CONCLUSÃO 23

REFERÊNCIAS 24

Page 5: relatório de ecologia serra do cipo2

1.INTRODUÇÃO

A visita ocorreu no dia 30 de Outubro de 2010, no Parque Nacional Serra do Cipó, que abrange áreas dos municípios de Jaboticatubas, Santana do Riacho, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro, fazendo divisa com Itabira. Por volta das 11h00, iniciou-se o percurso em uma trilha. Realizaram-se experimentos nas Lagoas da Capivara e Bonita e uma avaliação no local do encontro dos rios Cipó, Bocaína e Mascates (Figura 1). Na trilha foram coletadas amostras de espécies da flora local.

Figura 1-Áreas percorridas na trilha do Parque Nacional da Serra do Cipó.O símbolo do balão indica a entrada do Parque, com seus prédios administrativos, e os círculos em vermelho indicam os locais visitados.

Foram realizadas práticas de produtividade primária das lagoas, caracterização das síndromes de polinização e de dispersão das amostras coletadas e uma avaliação do trecho do encontro dos rios.

Page 6: relatório de ecologia serra do cipo2

2.DESCRIÇÃO

2.1-Prática de produtividade primária nas Lagoas da Capivara e Bonita

A prática consiste em mensurar a concentração de oxigênio dissolvido (OD) como parâmetro da produtividade primária do meio aquático. Para isso, foram utilizados dois frascos: um claro e um escuro. No frasco claro ocorrem os processos de fotossíntese e respiração, indicando a produtividade primária líquida (PPL). Já no frasco escuro, ocorre apenas o processo de respiração, uma vez que a luz solar necessária para a fotossíntese não penetra no frasco. A diferença entre a PPL e a respiração fornece a produtividade primária bruta (PPB).

Para o cálculo da PPB, a seguinte fórmula é utilizada:

(2.1)

onde:

0,375 = Coeficiente de massas (C/O). A fotossíntese é expressa em termos de carbono fixado, e não em termos de oxigênio.

1000 = Conversão L para m³.

QF = Coeficiente fotossintético: 1,2.

t : tempo de incubação (em horas).

PPB: expressa em mgC.m-3.h-1.

A primeira lagoa visitada foi a Lagoa da Capivara, que apresenta mata ciliar conservada, vegetação arbustiva e gramíneas no seu entorno e algumas árvores de maior porte na margem oposta da lagoa, como pode ser visto na Figura 2. Não foram verificadas presenças de fauna na área, com exceção de insetos e de cavalos, estes últimos provavelmente pertencentes aos funcionários do parque (Figura 3).

Page 7: relatório de ecologia serra do cipo2

Figura 2–Lagoa da Capivara

Figura 3 – Cavalo domesticado pastando próximo à Lagoa da Capivara

O experimento de produtividade iniciou-se às 11h44, quando foi coletada uma amostra de água para medir a concentração inicial de oxigênio dissolvido.

Page 8: relatório de ecologia serra do cipo2

O aparelho utilizado para a medição foi o oxímetro/condutivímetro 85YSI (Figura 4), sendo este calibrado com o valor da altitude local. Depois, o frasco claro e o escuro (Figura 5) foram preenchidos com água da lagoa e, em seguida, submersos na mesma. Esse último procedimento foi realizado para manter a temperatura, luminosidade e as demais condições da lagoa.Eles foram incubados por 4 horas e, após esse período, foram retirados da lagoa para a medição de concentração de OD. O resultado de PPB foi de 70,3 mgC.m-3.h-1 tendo sido esse valor calculado com a fórmula 2.1.

Figura 4 – Oxímetro/ condutivímetro modelo 85YSI

Figura 5 – Frasco claro e frasco escuro para análise de Produtividade Primária Bruta

A segunda lagoa visitada foi a Lagoa Bonita, que, diferentemente da Lagoa da Capivara, não possuía mata ciliar expressiva. O nível de água estava

Page 9: relatório de ecologia serra do cipo2

baixo, devido esse fato próximo à lagoa havia apenas gramíneas, e um pouco mais afastado dela (onde a água provavelmente deve atingir no nível normal) havia vegetação arbustiva de pequeno porte (Figuras 6 e 7). O experimento de produtividade foi realizado de modo similar ao realizado na primeira lagoa, com os frascos sendo submersos na lagoa às 12h11. Após o período de 4 horas de incubação foi realizada a medição da concentração de OD e o resultado calculado através da fórmula 2.1foi de 35, 2mgC.m-3.h-1.

Figura 6 – Lagoa Bonita

Figura 7 – Lagoa Bonita estava com seu nível baixo

Page 10: relatório de ecologia serra do cipo2

A produção primária de um ecossistema aquático é realizada por todos os organismos capazes de sintetizar matéria orgânica, a partir de gás carbônico, sais minerais e energia solar (Esteves, 1998). A base de um estudo detalhado sobre os mecanismos que controlam a energia transferida durante o ciclo da matéria orgânica é determinada pela produtividade primária, associada a fatores ambientais (Barbosa. & Tundisi, 1989).

Processos físico-químicos, como a disponibilidade de nutrientes, estão diretamente relacionados com a produtividade primária, que por sua vez influencia toda a cadeia trófica. A produtividade primária nos ecossistemas aquáticos é fundamental para a manutenção de qualquer cadeia alimentar (Silva, 2007).

Aplicações:

Os estudos de produtividade primária têm por finalidade:

Avaliar a capacidade construtiva de um ecossistema, que graças à energia externa (radiante e química) pode sintetizar compostos primários de alto potencial químico, os quais são transformados e fluem para os níveis tróficos mais elevados;

O monitoramento ecológico em estados de poluição orgânica e/ou industrial, indicando a extensão e os efeitos dessa poluição;

Fornecer dados sobre o estado trófico de um ambiente aquático;

Subsidiar a interpretação de dados físico-químicos e vice-versa;

Indicar o estado fisiológico da população do fitoplâncton;

Documentar a variabilidade na qualidade da água, como consequência de mudanças naturais e/ou provocadas pelo homem;

Subsidiar estudos de estratificações do fitoplâncton.

A diferença de PPB entre a lagoas (35, 2 mgC.m-3.h-1na Lagoa Bonita e 70,3 mgC.m-3.h-1 na Lagoa da Capivara) mostra como a atividade dos organismos aquáticos produtores estava mais intensa na primeira lagoa visitada, a da Capivara. Uma possibilidade para tal resultado é o fato da primeira lagoa ter uma maior preservação de seu entorno (intensa vegetação arbustiva e arbórea recobrindo as margens) do que a Lagoa Bonita, que estava circundada por vegetação rasteira (gramíneas) e com a vegetação de maior porte bem afastada das margens. A Lagoa Bonita também estava com seu nível de água visivelmente baixo. Tais fatores podem afetar no ecossistema aquático e variar a produtividade primária.

Page 11: relatório de ecologia serra do cipo2

2.2 - Protocolos de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas

A avaliação ocorreu no trecho do encontro dos rios Cipó, Mascates, e Bocaína. (Figuras 8 e 9) Para a análise inicial do trecho, consideraram-se as observações realizadas na margem; depois foi feita uma análise a partir das observações realizadas dentro d’água.

Figura 8 – Confluência dos Rios Cipó, Mascates e Bocaína. Assoreamentos em uma pequena área

Figura 9 – Trecho da Confluência dos Rios com presença de Erosão

Page 12: relatório de ecologia serra do cipo2

A primeira parte do Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas utilizado na avaliação foi modificada do protocolo da Agência de Proteção Ambiental de Ohio (EUA) (EPA, 1995). Segue-se uma tabela indicando as questões analisadas. O marcador azul indica qual aspecto o rio apresentou.

Para cada parâmetro analisado avaliou-se se o rio estava em sua situação natural, em uma situação levemente alterada ou em uma situação severamente alterada. Para a primeira condição, somam-se 4 pontos, para a segunda, 2 pontos e, para a última condição, somam-se 0 pontos.

A segunda parte do Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas utilizado foi modificada do protocolo de Hannaford ET AL. (1997). Segue-se uma tabela com a análise. Novamente, o marcador azul indica o aspecto observado.

Tabela 1 - Parte modificada do Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas do trecho de encontro dos rios Cipó, Mascates, e Bocaína modificado da Agência de Proteção Ambiental de Ohio (EUA)(EPA, 1995).

Page 13: relatório de ecologia serra do cipo2

Tabela 2- Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em trechos de bacias hidrográficas do trecho de encontro dos rios Cipó, Mascates, e Bocaína modificado do protocolo de Hannaford ET AL. (1997).

Nesta parte do protocolo, a análise dos parâmetros ocorreu da seguinte forma: 5 pontos para o rio em situação natural e 3, 2 e 0 pontos para situações leve ou severamente alteradas.

Sobre a análise: O ambiente analisado estava localizado na Serra do Cipó, em um trecho da trilha. A análise foi realizada no dia 30 de outubro de 2010, aproximadamente às 12h40. O dia estava nublado. Foi avaliado um rio que possuía largura média de 25 m.

Page 14: relatório de ecologia serra do cipo2

Para calcular a alteração dos ambientes naturais, é necessário avaliar todos os parâmetros descritos na tabela. Os 10 primeiros parâmetros procuram avaliar as características dos trechos e os impactos ambientais decorrentes de atividades antrópicas, enquanto os 12 parâmetros seguintes estão relacionados às condições de hábitats e níveis de conservação das condições naturais. Para determinar cada parâmetro, foi necessária uma observação minuciosa, mas fácil de ser realizada. Após a análise, é feito o somatório total dos pontos obtidos nas duas tabelas, e a avaliação final é feita da seguinte maneira: 0 a 40 pontos indicam trechos impactados, 41 a 60 pontos indicam trechos alterados; e superior a 61 pontos indica trechos naturais (FERNADEZ, 2006).

Para a primeira tabela, o somatório da pontuação obtida foi 34, em 40 possíveis. Poucos foram os parâmetros (3 parâmetros) marcados como levemente alterados, sendo todos os outros classificados como inalterados. Já para a segunda tabela, o valor total de pontos obtidos foi de 41 em 60 possíveis. Nessa parte, mais parâmetros estavam indicados como situações leve ou severamente alteradas, revelando indícios de modificação de habitats. O resultado total indicado foi de 75 em 100 pontos possíveis, o que indica região de trecho natural.

O resultado obtido para a avaliação da diversidade de habitats confirma o cenário presenciado. Como a Serra do Cipó é uma Unidade de Conservação nacional, isso implica que a preservação das condições naturais ali apresentadas precisa ser constante. Entretanto, alguns dos parâmetros indicaram uma mudança mais significativa na paisagem. Isso pode estar relacionado com o fato da Unidade ser aberta ao público, mas é mais provável que as alterações presenciadas estejam relacionadas com fatores naturais, visto que os principais parâmetros avaliados com menor pontuação estão localizados na Tabela 2.

Page 15: relatório de ecologia serra do cipo2

2.3 – Prática de Caracterização das Síndromes de Polinização de Espécies Coletadas na região

Existe uma grande variedade de estruturas morfológicas e anatômicas das flores que se associam aos mecanismos de polinização. O conjunto destas características inclui a forma geral da flor, a morfologia, as cores, o fornecimento de substâncias atrativas como o néctar e o próprio arranjo das flores e sua posição na planta, as quais frequentemente se relacionam à forma e ao comportamento do agente polinizador. Este conjunto de características é chamado de síndrome de polinização.

O experimento foi realizado ao longo de uma trilha em meio a vegetação arbustiva e gramíneas, com algumas árvores de pequeno porte. No decorrer de um percurso pré-estabelecido foram coletadas oito espécies de flores. Após observação e análise de acordo com o Anexo I da Tabela 3, foram identificados os agentes polinizadores de cada espécie, durante o preenchimento da Tabela4.

A identificação experimental de guias de néctar consiste em expor a flor à presença de algodão embebido em amônia, em um recipiente. Dessa forma o guia de néctar toma coloração e é possível enxergá-lo da mesma forma que o polinizador o enxerga. A professora conduziu o experimento, que foi realizado com espécies diferentes das coletadas pelo nosso grupo.

As espécies foram identificadas como 1,2,3,4,5,6,7 e 8 (que aparecem respectivamente nas Figuras 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17).

Page 16: relatório de ecologia serra do cipo2

Tabela 3 – Anexo I do Roteiro de Campo

Tabela 4 – Planilha de Campo com as observações feitas com as espécies de flores colhidas no local

Espécie Cor da Flor Odor Néctar Forma da FlorPossíveisAg

entes Polinizadores

1 Roxa Fresco, atrativo Não Tubo estreito, plataforma de

pouso.

Borboleta

2 Amarela Fresco, atrativo Sim - Abelha3 Vermelha Não Abundante,

mas escondido.

Aberta e grande

Morcego, pássaro e borboleta.

4 Branca Forte Não Ampla e aberta

Morcego

5 Roxa Não Não Tubular Vento, borboleta

6 Rosa Não Não Tubular Mariposa7 Sem cor Não Não Variável Vento8 Roxa Forte Não Fechada Morcego,

borboleta

Page 17: relatório de ecologia serra do cipo2

Figura 10 – Flor Espécie 1

Figura 11 – Flor Espécie 2

Figura 12 – Flor Espécie 3

Page 18: relatório de ecologia serra do cipo2

Figura 13 – Flor Espécie 4

Figura 14 – Flor Espécie 5

Figura 15 – Flor Espécie 6

Page 19: relatório de ecologia serra do cipo2

Figura 16 – Flor Espécie 7

Figura 17 – Flor espécie 8

Page 20: relatório de ecologia serra do cipo2

2.4 – Práticada Caracterização das Síndromes de Dispersão apresentadas por Frutos e Sementes

A prática realizou-se entre as margens do encontro dos rios Cipó, Mascates e Bocaína e a entrada do Parque Nacional Serra do Cipó. No decorrer do caminho, os frutos e sementes coletados foram coletados em sacos plásticos. Ao chegar ao final do percurso, foram feitas observações do material recolhido, espécies identificadas como 1,2 e 3 (que aparecem respectivamente nas Figuras 18, 19 e 20), com base na Tabela 4 abaixo.

Tabela 5 - Caracterização da síndrome de frutos e sementes.

Tabela 6 - Observações feitas com as espécies recolhidas no local.

EspécieTamanho do fruto

PolpaDeiscência

do frutoSuperfície

do fruto

Alas (sementes ou frutos alados)

Arilo na semente

1 Pequeno Abundante Indeiscente Lisa Ausente Ausente2 Pequeno Ausente Deiscente Lisa Ausente Ausente3 Pequeno Ausente Indeiscente Lisa Presente Ausente

Page 21: relatório de ecologia serra do cipo2

Figura 18 – Semente Espécie 1

Figura 20– Sementes Espécie 3

As síndromes de dispersão de frutos e sementes correspondem às histórias de vidas compartilhadas pelas espécies. Além disso, é por meio delas

Figura 19 – Sementes Espécie 2

Page 22: relatório de ecologia serra do cipo2

que é possível diagnosticar qual são as estratégias utilizadas pelas plantas para obter sucesso na etapa de sua reprodução que corresponde à dispersão de frutos e sementes. (ICB UFMG, 2010). Existem dois tipos básicos de dispersão, são eles:

• Dispersão biótica ou zoocoria

• Dispersão abiótica: através da água, vento, ou por dispersão própria (autocoria)

As dispersões enfatizadas nessa prática podem ser descritas da seguinte maneira:

Endozoocoria:Sendo um exemplo de zoocoria, esse tipo de dispersão se faz através da ingestão e posterior liberação do diásporo (UFU, 2010).

Ectozoocoria: Se caracteriza como uma dispersão passiva onde animais transportam as sementes externamente grudadas nos pelos e penas dos mesmos. (LEINER, 2002)

Anemocoria:As sementes são dispersas através do vento, sendo, portanto um exemplo de dispersão abiótica.

Autocoria: Nesse processo as sementes são morfologicamente adaptadas para serem dispersas pelo vento ou por movimentos realizados pela própria planta.

No percurso realizado foram encontradas poucas amostras de sementes e frutos devido à escassez de chuvas do período de inverno e até o dia do trabalho

Page 23: relatório de ecologia serra do cipo2

CONCLUSÃO

Esta visita ao Parque Nacional da Serra do Cipó serviu ao propósito de realizar atividades práticas de ecologia, atividades estas que complementam os tópicos estudados na disciplina de Ecologia Geral. Além de ser uma oportunidade para ver em campo assuntos discutidos em aula teórica, a visita serviu também para preparar os alunos a terem uma postura crítica, observadora do meio ambiente em análise.

Em relação às práticas realizadas, pôde-se compreender a importância da produtividade primária para os sistemas aquáticos, como os das lagoas analisadas, e como os resultados da produtividade estão relacionados com as características e alterações sofridas pelas lagoas.

As práticas de síndrome de dispersão de sementes e frutos e síndrome de polinização de flores permitiram uma melhor compreensão dos processos relacionados com a reprodução das plantas. Essas práticas mostram as estratégias desenvolvidas pelas plantas, que estão em sincronia com o tipo de ambiente em que elas vivem.

Os protocolos de avaliação rápida de diversidade de hábitats em trechos de rios foram interessantes para ter resultados mais concretos ao avaliar os trechos observados na visita. Com esses protocolos pode-se concluir como o trecho de confluência dos rios é bem preservado e os impactos por este sofrido são preferencialmente de causas naturais e menos de causas antrópicos, ressaltando que tal trecho localiza-se em uma área de conservação.

Page 24: relatório de ecologia serra do cipo2

REFERÊNCIAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Dispersão de Sementes. Disponível em: www.icb.ufmg.br/bot/mtem-bot-bak/Dispersão%20de%20sementes.pdf Acessado em: 13 de novembro de 2010

INSTITUTO DE BIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. Dispersão. Disponível em: <www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/.../morfvegetalorgaDISPERSAO.pdf> Acessado em:13 de novembro de 2010

LEINER, N.O. Consequências Ecológicas da Dispersão de Sementes por Vertebrados na Estrutura de Populações de Plantas Neotrópicas: Programa de Pós-Graduação em Ecologia, IB, UNICAMP, 2002. Disponível em: <www2.ib.unicamp.br/profs/fsantos/nt238/2002/natalia.pdf> Acessado em: 13 de novembro de 2010

FERNANDEZ, O.V.Q SANDER,C.Aplicação de um Protocolo Simplificado de Avaliação de Hábitats aquáticos no Igarapé, Caxangá, Boa Vista, RR. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA, 6., 2006, Goiânia.Disponível em: <http://www.labogef.iesa.ufg.br/links/sinageo/aut/articles/046.pdf> Acessado em: 13 de novembro de 2010