RELATÓRIO DE · I. 2.3 Grandes Opções do Plano 2015 16 ... num esforço de rentabilização de...
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RELATÓRIO DE ATIVIDADES
2015
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ÍNDICE
I. NOTA INTRODUTÓRIA 4
I. 1 Breve análise conjuntural 4
I. 2 Orientações gerais e específicas prosseguidas pelo organismo 5
I. 2.1 Caracterização do Ambiente Externo 6
I. 2.2 Caracterização do Ambiente Interno 11
I. 2.3 Grandes Opções do Plano 2015 16
I. 2.4 Objetivos Estratégicos 2015 17
I. 2.5 Objetivos Operacionais 2015 17
II. 1 Resultados alcançados e desvios verificados - QUAR 2015 18
II. 2 Apreciação por parte dos stakeholders/utilizadores da ANPC 24
II. 2.1 Processo de recolha de informação 24
II. 2.2 Apresentação dos resultados 25
II. 3 Avaliação do sistema de controlo interno 30
II. 3.1 Ambiente de controlo 30
II. 3.2 Estrutura organizacional 30
III. 3.3 Atividades e procedimentos de controlo administrativo implementados no serviço 31
IV. 3.4 Fiabilidade dos sistemas de informação 32
II.3.5 Tabela de avaliação do ambiente de controlo 34
II. 4 Análise das causas de incumprimento de ações/projetos não executados ou com
resultados insuficientes 35
II. 5 Desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho 35
II. 5.1 Medidas internas de reforço positivo 35
II. 5.2 Medidas externas de reforço positivo 36
II. 6 Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano nacional e
internacional 41
II. 7 Apreciação da atividade da ANPC por parte dos seus colaboradores 41
II. 7.1 Processo de recolha de informação 41
II. 7.2 Metodologia utilizada 41
II. 8 Informação adicional - atividades desenvolvidas e resultados alcançados 49
II. 9 Medidas de Modernização Administrativa 75
II. 10 Afetação real e prevista dos recursos humanos, materiais e financeiros 76
II. 11. Secção específica – Publicidade Institucional 82
II. BALANÇO SOCIAL 83
1. Caracterização do efetivo 83
2. Relação jurídica de emprego 84
3. Trabalhadores por grupo de pessoal 85
4. Trabalhadores segundo o género 86
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5. Estrutura etária 86
6. Estrutura de antiguidade segundo o género 88
7. Trabalhadores segundo o nível de escolaridade 88
8. Trabalhadores portadores de deficiência segundo o género 89
9. Mobilidade dos trabalhadores admitidos, saídos e regressados 89
10. Postos de trabalho previstos e não ocupados 91
11. Mudanças de situação remuneratória dos trabalhadores 92
12. Modalidades de horário de trabalho 92
13. Assiduidade 93
14. Ausências dos trabalhadores por atividade sindical ou greve 95
II – Encargos com pessoal durante o ano de 2015 95
III – Formação 97
IV – Acidentes em serviço e doenças profissionais 99
V – Disciplina 99
VI – Indicadores de gestão 99
III. AVALIAÇÃO FINAL 101
IV.1 Apreciação dos resultados alcançados 101
IV. 2 Menção proposta pelo dirigente máximo do serviço como resultado da
autoavaliação 105
IV. 3 Conclusões prospetivas 105
ANEXOS 108
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I. NOTA INTRODUTÓRIA
I. 1 Breve análise conjuntural
A Proteção Civil é uma atividade permanente e transversal.
Permanente porquanto a proteção dos cidadãos, do património e do ambiente exige
monitorização e ação contínuas.
Transversal porque articula com toda uma série de forças e agentes que, numa base de
diálogo e cooperação, promovem essa mesma proteção.
É nesta natureza peculiar que a Autoridade Nacional de Proteção Civil desenvolve, numa
base 24 sobre 24 horas, a sua atividade decorrente da sua missão e enquadrada no sistema
nacional de proteção civil.
Depois de em 2014 ter sido publicado o Decreto-Lei n.º 163/2014, de 31 de outubro que
procedeu à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 126-B/2011, de 29 de dezembro, que aprova
a Lei Orgânica do Ministério da Administração Interna e à primeira alteração ao Decreto-Lei
n.º 73/2013 de 31 de maio (que aprova a Orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil e
que veio definir o novo modelo de organização da ANPC e introduzir alguns ajustamentos
orgânicos por forma a garantir uma maior eficiência e eficácia dos diferentes serviços que
compõem esta organização, adequando a sua estrutura às necessidades atuais), e à
publicação da Portaria n.º 224-A/2014, de 4 de novembro, que define a estrutura nuclear da
ANPC, e com a posterior publicação, a 4 de Dezembro de 2014, do Despacho nº 14688/2014,
de 25 novembro no qual se definem as Unidades Flexíveis, o qual veio a ser alterado e
republicado em 2015 pelo Despacho n.º 1553/2015, de 13 Fevereiro, a ANPC dotou-se
finalmente de uma estrutura orgânica mais flexível, menos burocrática e com processos de
decisão mais expeditos o que permitiu libertar recursos que podem ser alocados às diversas
áreas de atuação da ANPC, permitindo uma resposta aos desafios diários e assegurando
uma gestão mais eficiente de acidentes graves e catástrofes, não esquecendo obviamente
a prevenção dos mesmos.
Após ter decorrido o processo de extinção da Empresa de Meios Aéreos, S.A. (EMA) em
2014, num esforço de rentabilização de recursos e de economias de escala, o ano 2015 viu
concentrar na Autoridade Nacional de Proteção Civil as funções desempenhadas por aquela
empresa pública, num primeiro momento na Direção de Serviços de Meios Aéreos (DSMA)
e a partir de março 2015 partilhadas pela DSMA e prestadoras de serviços externos.
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I. 2 Orientações gerais e específicas prosseguidas pelo organismo
A ANPC nasce a 1 de Abril de 2007, com a missão de “Planear, coordenar e executar a política
de Proteção Civil, designadamente, na prevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, de
proteção e socorro das populações e de superintendência da atividade dos bombeiros”1.
Em Março de 2012, no âmbito do processo de modernização e de otimização do
funcionamento da Administração Pública e, consequentemente, da melhoria da qualidade
dos serviços públicos, o Decreto-Lei n.º 126 -B/2011, de 29 de dezembro, veio proceder, no
que concerne aos serviços centrais de natureza operacional do Ministério da Administração
Interna, ao reforço das atribuições da Autoridade Nacional de Proteção Civil através da
absorção das atribuições anteriormente cometidas ao Conselho Nacional de Planeamento
Civil de Emergência em matéria de planeamento e coordenação das necessidades nacionais
na área do planeamento civil de emergência.
Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 73/2012 de 26 de março, a ANPC passou a ter por
missão “planear, coordenar e executar a política de proteção civil, designadamente na
prevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, de proteção e socorro de populações e de
superintendência da atividade dos bombeiros, bem como assegurar o planeamento e
coordenação das necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência com vista
a fazer face a situações de crise ou de guerra.”
O modelo de organização da Autoridade Nacional de Proteção Civil preconizado pelos
referidos diplomas legais demonstrou-se, na sua generalidade, adequado para assegurar as
suas missões e atribuições. Não obstante, importou introduzir alguns ajustamentos
orgânicos por forma a garantir uma maior eficiência e eficácia dos diferentes serviços que
compõem esta organização, adequando a sua estrutura às necessidades atuais.
Foi este enquadramento e a pretensão de dotar a ANPC de uma estrutura orgânica mais
flexível, menos burocrática e com processos de decisão mais céleres e eficazes, permitindo
uma resposta aos desafios diários e assegurando uma gestão mais eficiente de acidentes
graves e catástrofes, que determinou a conceção de uma nova estrutura base do modelo
de organização da ANPC apresentada no Decreto-Lei nº 73/2013 de 31 de Maio (destacando-
se as novas competências ao nível da gestão dos meios aéreos e a reorganização
operacional – figura do CADIS), o qual foi mais tarde (2014) alterado pelo Decreto-Lei n.º
1 Artigo 2º do Decreto-Lei nº 75/2007, de 29 de Março
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163/2014, de 31 de outubro, com um acréscimo de competências e responsabilidades
assumidas, ao nível do seu quadro orgânico, traduzido na alteração do número de cargos
dirigentes e na respetiva adequação da estrutura nuclear e flexível da ANPC.
Com efeito, a posterior publicação da Portaria n.º 224-A/2014, de 4 de novembro, na qual se
concretiza a estrutura nuclear da ANPC e as competências das respetivas unidades
orgânicas nucleares esteve na origem da ulterior publicação do Despacho nº 14688/2014, de
25 novembro (alterado e republicado pelo Despacho n.º 1553/2015, de 13 Fevereiro), para
dar sequência aos diplomas legais elencados, definindo e especificando as unidades
orgânicas flexíveis da Autoridade e as suas atribuições.
Esta reorganização de fundo na orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil,
consubstanciada na articulação dos referidos diplomas, não ocorreu apenas ao nível do
acréscimo de competências e responsabilidades assumidas, mas também no que diz
respeito ao seu quadro orgânico, traduzido na alteração do número de cargos dirigentes e
na respetiva adequação da estrutura nuclear e flexível da ANPC.
Pode concluir-se que as atualizações legislativas contribuíram para conferir à ANPC uma
estrutura orgânica mais ajustada, de forma a melhor cumpria a sua missão.
I. 2.1 Caracterização do Ambiente Externo
A proteção civil tem carácter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo a
todos os órgãos e departamentos da Administração Pública promover as condições
indispensáveis à sua execução, de forma descentralizada, sem prejuízo do apoio mútuo
entre organismos e entidades do mesmo nível ou proveniente de níveis superiores.
É neste ambiente que um número elevado de parceiros sustenta, condiciona e colabora
com a ANPC no cumprimento da sua missão. A tabela seguinte apresenta alguns desses
parceiros:
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Associações humanitárias e Corpos de Bombeiros Instituto da Conservação da Natureza e Florestas
Forças Armadas Escola Nacional de Bombeiros
Guarda Nacional Republicana Regimentos Sapadores Bombeiros
Polícia de Segurança Pública Instituto Nacional de Estatística
Polícia Judiciária Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia
Instituto Nacional de Emergência Médica Associação Nacional de Municípios Portugueses
Cruz Vermelha Portuguesa Associação Nacional de Freguesias
Instituto de Socorros a Náufragos Liga dos Bombeiros Portugueses
Autoridade Nacional da Aviação Civil Associação Nacional de Bombeiros Profissionais
Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências
Forenses Direção Geral do Território
Direção Geral de Autoridade Marítima Municípios
Instituto Português do Mar e da Atmosfera Serviços Municipais de Proteção Civil
Agência Portuguesa do Ambiente Instituto da Segurança Social, I.P. (ISS)
Serviços Regionais de Proteção Civil dos Açores e
Madeira Direção-Geral da Saúde
Autoridade Nacional de Comunicações Estradas de Portugal
EDP – Energias de Portugal Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e
Serviços Marítimos
REFER – Rede Ferroviária Nacional Instituto Tecnológico do Gás
REN – Rede Elétrica Nacional Universidades e Institutos Superiores
Portugal Telecom NAV Portugal
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária Cáritas Portuguesa
Autoestradas do Atlântico Correios e Telecomunicações de Portugal
Gabinete Coordenador de Segurança Autoridade Marítima
ASAE Entidades Exploradoras da Rede Ferroviária
ATTIMA (Associação de Transportadores de
Terras, Inertes, Madeiras e Afins)
Entidades gestoras de sistemas de distribuição de
gás/combustíveis
Empresas de Segurança Privada Entidades gestoras de sistemas de abastecimento de
água
A articulação com os parceiros é efetuada através dos seguintes órgãos:
Articulação Política:
Comissão Nacional de Proteção Civil – Órgão consultivo, assistindo o Governo no
exercício das suas competências em matéria de proteção civil, competindo-lhe
designadamente:
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Garantir a concretização das linhas gerais da política governamental de
proteção civil em todos os serviços da administração;
Apreciar as bases gerais da organização e do funcionamento dos
organismos e serviços que, direta ou indiretamente, desempenhem
funções de proteção civil;
Apreciar os acordos ou convenções sobre cooperação internacional em
matéria de proteção civil;
Aprovar os planos de emergência de âmbito supradistrital, distrital,
supramunicipal e municipal;
Dar parecer sobre os planos de emergência de proteção civil de âmbito
nacional e regional;
Adotar mecanismos de colaboração institucional entre todos os
organismos e serviços com responsabilidades no domínio da proteção civil,
bem como formas de coordenação técnica e operacional da atividade por
aqueles desenvolvida, no âmbito específico das respetivas atribuições
estatutárias;
Proceder ao reconhecimento dos critérios e normas técnicas sobre a
organização do inventário de recursos e meios, públicos e privados,
mobilizáveis ao nível local, distrital, regional ou nacional, em caso de
acidente grave ou catástrofe;
Definir os critérios e as normas técnicas sobre a elaboração e
operacionalização de planos de emergência de proteção civil;
Definir as prioridades e objetivos a estabelecer com vista ao
escalonamento de esforços dos organismos e estruturas com
responsabilidades no domínio da proteção civil, relativamente à sua
preparação e participação em tarefas comuns de proteção civil;
Aprovar e acompanhar as iniciativas públicas tendentes à divulgação das
finalidades da proteção civil e à sensibilização dos cidadãos para a
autoproteção e para a colaboração a prestar aos organismos e agentes
que exercem aquela atividade;
Apreciar e aprovar as formas de cooperação externa que os organismos e
estruturas do sistema de proteção civil desenvolvem nos domínios das
suas atribuições e competências específicas;
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Determinar o acionamento dos planos de emergência de proteção civil de
âmbito nacional ou supradistrital e desencadear as ações neles previstas;
Possibilitar a mobilização rápida e eficiente das organizações e pessoal
indispensáveis e dos meios disponíveis que permitam a conduta
coordenada das ações a executar;
Formular, junto do Governo, pedidos de auxílio a outros países e às
organizações internacionais, através dos órgãos competentes;
Determinar a realização de exercícios, simulacros ou treinos operacionais
que contribuam para a eficácia de todos os serviços intervenientes em
ações de proteção civil;
Difundir os comunicados oficiais que se mostrem adequados às situações
previstas na presente lei.
Conselho Nacional de Bombeiros - Órgão consultivo do Governo e da ANPC em
matéria de bombeiros, competindo-lhe emitir pareceres sobre:
Programas de apoio a atribuir a associações humanitárias de bombeiros e a
corpos de bombeiros;
Critérios gerais a observar nas ações de formação do pessoal dos corpos
de bombeiros;
Critérios gerais a observar na criação de novos corpos de bombeiros e
respetivas secções, bem como da sua verificação em concreto;
Normas gerais a que deve obedecer a regulamentação interna dos corpos
de bombeiros;
Definição das normas a que deve obedecer o equipamento e material dos
corpos de bombeiros, com vista à normalização técnica da respetiva
atividade;
Os projetos de diplomas relativos à definição e desenvolvimento dos
princípios orientadores do sector;
Outros assuntos, relacionados com a atividade dos bombeiros, quando
solicitado pelo presidente.
• Comissão Nacional de Emergências Radiológicas – Órgão consultivo da ANPC,
competindo-lhe:
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Dar parecer sobre os planos de emergência externos para os casos de
emergência radiológica;
Assessorar a proteção civil, através da Autoridade Nacional de Proteção
Civil nas ações de preparação para situações de emergência radiológica
consideradas de âmbito nacional;
Integrar de imediato, em situação de emergência que afete ou possa vir a
afetar zonas do território nacional, o Centro de Coordenação Operacional
Nacional, com vista ao acompanhamento da situação e à elaboração dos
comunicados para informação da população.
Articulação Operacional:
• Centro de Coordenação Operacional Nacional - Assegura que todas as entidades e
instituições de âmbito nacional imprescindíveis às operações de proteção e socorro,
emergência e assistência, previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou
catástrofe, se articulam entre si, garantindo os meios considerados adequados à
gestão da ocorrência em cada caso concreto.
• Centros de Coordenação Operacional Distrital - Asseguram que todas as entidades
e instituições de âmbito distrital imprescindíveis às operações de proteção e
socorro, emergência e assistência previsível ou decorrentes de acidente grave ou
catástrofe se articulam entre si garantindo os meios considerados adequados à
gestão da ocorrência em cada caso concreto.
1.2.1.1 Análise aos stakeholders2
A análise SWOT3 é uma ferramenta de diagnóstico e de planeamento estratégico que
permite fazer uma avaliação de organizações, equipas ou indivíduos, assim como das
respetivas envolventes, no que diz respeito aos seus Pontos Fortes/Pontos Fracos
(ambiente interno) e Oportunidades/Ameaças (ambiente externo).
2 Intervenientes que influenciam ou são influenciados pela atividade da ANPC. 3 Acrónimo anglo-saxónico: Strengths, Weaknesses Opportunities, Threats.
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I. 2.2 Caracterização do Ambiente Interno
A ANPC é um serviço da administração direta do Estado, dotado de autonomia
administrativa e financeira e património próprio. A sua organização interna obedece ao
modelo de estrutura hierarquizada e compreende a área da Presidência, 4 Direções
Nacionais, compostas pelas seguintes unidades:
(1) Presidência
Direção de Serviços de Meios Aéreos
Divisão de Desenvolvimento Organizacional e Relações Internacionais
Gabinete da Qualidade, Higiene e Segurança no Trabalho
Divisão de Comunicação e Sensibilização
Gabinete de Cidadania e Conhecimento
Divisão de Assuntos Jurídicos
(2) Direção Nacional de Recursos de Proteção Civil
Direção de Serviços de Recursos Humanos e Financeiros
o Divisão de Organização e Recursos Humanos
Gabinete de Planeamento e Organização de Recursos
Humanos
o Divisão de Gestão Financeira
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Direção de Serviços de Recursos Tecnológicos e Patrimoniais
o Divisão de Informática e Comunicações
o Divisão de Gestão Patrimonial
Gabinete de Planeamento e Apoio Técnico aos Recursos
Patrimoniais
Gabinete de Planeamento e Apoio aos Projetos Estratégicos
(3) Direção Nacional de Planeamento de Emergência
o Divisão de Planeamento Civil de Emergência
Direção de Serviços de Segurança Contra Incêndios em Edifícios
o Divisão de Verificação e Fiscalização
o Divisão de Regulamentação, Normalização e Credenciação
Direção de Serviços de Riscos e Planeamento
o Divisão de Riscos e Ordenamento
o Divisão de Planeamento de Proteção Civil
(4) Direção Nacional de Bombeiros
Direção de Serviços de Gestão Técnica e Planeamento
o Divisão de Estudos
o Divisão de Planeamento de Infraestruturas e de Recursos Materiais
Direção de Serviços de Regulação e Recenseamento dos Bombeiros
o Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social
o Divisão de Regulação, Recenseamento e Formação
(5) Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização
Gabinete de Auditoria e Fiscalização
Gabinete de Processamento de Contraordenações
Com vista a assegurar o comando operacional das operações de socorro e ainda o comando
operacional integrado de todos os agentes de proteção civil (no respeito pela sua
autonomia própria), a ANPC compreende ainda a estrutura operacional constituída pelo
Comando Nacional de Operações de Socorro, 5 Comandantes4 de Agrupamento Distrital e
por 18 Comandos Distritais de Operações de Socorro.
A ANPC dispõe ainda de uma força Especial de Bombeiros. 4 Apoiam-se na estrutura orgânica dos Comandos Distritais que tutelam
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Quadro da Estrutura Macro da ANPC
Quadro do Comando Nacional de Operações de Socorro
I. 2.2.1 Recursos Humanos
Para a prossecução da sua atividade em 2015, a ANPC contou com um total de 805
colaboradores (à data de 31DEZ15) distribuídos de acordo com os seguintes quadros:
Trabalhadores pertencentes ao Mapa de Pessoal da ANPC:
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Cargo/Categoria Nº
Dirigentes – Direção Superior 6
Dirigentes – Direção Intermédia 66
Coordenadores 3
Técnico superior 59
Coordenador técnico 4
Assistente técnico 59
Informático 2
Encarregado Geral Operacional --
Encarregado Operacional --
Assistente Operacional 7
Forças Armadas 9
GNR 1
Total 216
Fonte: Balanço Social 2015
Trabalhadores que exercem funções nesta Autoridade Nacional mediante celebração de
protocolo de colaboração com a Escola Nacional de Bombeiros (ENB):
Categoria Nº
Técnicos e Administrativos afetos ao Departamento de Apoio Técnico Operacional (DATO)
72
Operadores de Telecomunicações afetos ao Departamento de Recursos Tecnológicos (DRT)
250
Elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) 267
Total 589
I. 2.2.2 Orçamento
Os orçamentos da ANPC são caracterizados por alguma imprevisibilidade e sazonalidade,
quer no que se refere ao valor da receita a arrecadar, quer quanto ao valor das despesas.
Esta imprevisibilidade tem a ver:
nas receitas, com as transferências das receitas dos jogos sociais e dos seguros, e
com a realização de atividades no âmbito da segurança contra incêndios em
edifícios;
nas despesas, com a severidade do período de verão no que respeita a incêndios
florestais e do desempenho dos meios aéreos do Estado propriedade da ANPC.
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O Orçamento atribuído à ANPC para o ano de 2015 foi de € 134.278.906, distribuído pelas
seguintes fontes de financiamento:
Funcionamento (€ 130.643.607):
RG não afetas a projetos cofinanciados - € 74.228.888
RG afetas a projetos cofinanciados – Fundo de Coesão - € 1.044.444
Fundo de Coesão – PO Valorização do Território - € 6.070.275
Receitas Próprias - € 48.300.000
Transferências entre organismos - € 1.000.000.
Investimento (€ 3.635.299)
Fundo de Coesão – PO Valorização do Território - € 3.635.299.
Foram inscritos em Orçamento de Investimento os seguintes projetos:
8841 – Constituição de Reserva Nacional de Emergência e Equipamento Operacional de
Proteção Civil
9456 – Aquisição de Viaturas Operacionais de Proteção e Socorro.
Como grandes grupos de despesa, destacam-se o financiamento da atividade operacional
dos Corpos de Bombeiros e a aquisição de bens e serviços, onde estão incluídas as
operações de meios aéreos.
O quadro seguinte mostra a evolução entre 2004 e 2015 do orçamento corrigido:
0
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
90.000.000
ReceitasGerais
ReceitasPróprias
FundosComunitários
75.273.332
49.300.000
6.070.275
7.656.235
1.601.526
ORÇAMENTO DE FUNCIONAMENTO
Dotação Inicial Cativos e reserva
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
Fundos Comunitários
3.635.299
0
ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO
Dotação Inicial Cativos e reserva
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Ano
Receita Cobrada Orçamento
Global Despesa Orçamento
Estado Receitas Próprias
Fundos Comunitários
2004 48.304 50.193 (valor incluído nas receitas próprias)
98.497 95.661
2005 57.553 42.300 (valor incluído nas receitas próprias)
99.853 94.581
2006 55.570 56.296 (valor incluído nas receitas próprias)
111.866 109.258
2007 52.026 49.280 (valor incluído nas receitas próprias)
107.306 104.002
2008 62.226 53.366 (valor incluído nas receitas próprias)
115.592 103.252
2009 82.025 48.979 (valor incluído nas receitas próprias)
131.005 130.452
2010 84.850 51.596 (valor incluído nas receitas próprias)
136.446 131.162
2011 75.483 53.989 (valor incluído nas receitas próprias)
129.472 125.927
2012 80.473 51.543 855 132.871 128.680
2013 85.750 60.651 4.357 150.758 141.907
2014 86.324 57.830 1.651 145.805 124.004
2015 89.456 58.075 9.706 157.237 153.921
I. 2.3 Grandes Opções do Plano 2015
Seguindo o estipulado nas Grandes Opções do Plano - GOP 2014, o Governo promoveu, em
2015, a reforma do sistema de proteção civil, racionalizando recursos, promovendo
sinergias e clarificando os diversos níveis de intervenção operacional, reforçando assim a
capacidade de resposta do dispositivo, nomeadamente através da criação, nos corpos de
bombeiros, das condições adequadas a um melhor desempenho, avaliando o dispositivo
existente, em função das necessidades e dos riscos específicos de cada zona, clarificando os
diversos níveis de intervenção operacional.
No âmbito do quadro financeiro de apoio europeu, o Governo continuou em 2015 “a aposta
nos investimentos com vista à melhoria das infraestruturas e dos equipamentos de proteção
civil, bem como do planeamento, conhecimento e monitorização dos riscos específicos
associados, no contexto do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de
Recursos (POSEUR)”.
Considerando que para o período 2013-2016, a aposta do Governo recaiu no reforço do
“sistema de proteção civil intensificando o aproveitamento de sinergias operacionais entre
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ministérios responsáveis pelas áreas da segurança interna, da justiça, da defesa nacional, da
administração local e da saúde, sendo de destacar a integração, num único dispositivo, de
meios aéreos das missões de prevenção e combate a incêndios florestais e o helitransporte de
doentes urgentes/emergentes, com vista à promoção de economias de escala e redução de
custos”, foram identificados pela ANPC um conjunto de objetivos estratégicos e
operacionais que visaram o cumprimento das Grandes Opções do Plano para 2015.
I. 2.4 Objetivos Estratégicos 2015
OE1: Melhorar a capacidade do Dispositivo Integrado de Operações de Proteção e
Socorro (DIOPS), valorizando a formação e treino dos recursos humanos e otimizando
os meios operacionais;
OE2: Aperfeiçoar as capacidades de avaliação de risco, alerta e aviso, com vista a
reforçar os níveis de prontidão e mobilização do DIOPS e a sensibilização e
autoproteção dos cidadãos;
OE3: Reforçar os mecanismos de articulação e coordenação institucional para fazer
face a situações de acidente grave, catástrofe, crise ou guerra;
OE4: Afirmar as competências de auditoria, inspeção e fiscalização de âmbito interno e
externo.
I. 2.5 Objetivos Operacionais 2015
A Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro, alterada pela Lei n.º 66-B/2012 de 31 de dezembro,
estabelece o Sistema Integrado de gestão e Avaliação do Desempenho na Administração
Pública e prevê a avaliação dos serviços da administração direta e indireta do Estado. A
avaliação dos organismos assenta num Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR)
no qual são evidenciados os objetivos estratégicos e operacionais, os indicadores de
desempenho e respetivas fontes de verificação e os meios disponíveis dos resultados
obtidos na prossecução dos objetivos.
Assentes nos objetivos estratégicos, os objetivos operacionais são estabelecidos de acordo
com os parâmetros de eficácia, eficiência e qualidade e com a identificação de indicadores
de desempenho que obedecem aos princípios da (a) pertinência face aos objetivos que
pretendem medir; (b) credibilidade; (c) facilidade de recolha; (d) clareza; e (e)
comparabilidade.
_____________________________________________________________________________
18
Considerados os Objetivos Estratégicos acima apresentados, foram propostos, para 2015,
os seguintes Objetivos Operacionais:
Eficácia:
OB1 Incrementar a interoperabilidade entre as organizações intervenientes no Sistema
Integrado de Operações de Socorro (SIOPS).
OB2
OB3
Melhorar o conhecimento sobre as vulnerabilidades perante situações de risco.
Promover uma resposta operacional qualificada e eficaz no combate aos Incêndios
Florestais.
Eficiência:
OB4 Promover ações que contribuam para o controlo de receitas/custos na ANPC
OB5
Aumentar a capacidade de regulação e de monitorização da atividade dos Bombeiros
Portugueses.
Qualidade:
OB6 Melhorar a qualidade do serviço prestado internamente, aos colaboradores da ANPC
e externamente, aos cidadãos.
AUTO-AVALIAÇÃO
II. 1 Resultados alcançados e desvios verificados - QUAR 2015
No quadro do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração
Pública, e de forma a dar cumprimento ao estabelecido no n.º 5 do artigo 10.º da Lei n.º 66-
B/2007, de 28 de Dezembro, os objetivos operacionais da ANPC construídos na lógica do
QUAR para o ano de 2015 e respetiva taxa de realização, resultados e desvios, recursos
humanos e recursos financeiros, constam das tabela abaixo apresentada:
_____________________________________________________________________________
19
* Proposta ANPC - Ver esclarecimentos aos Indicadores 2 e 6 na pág. 21
5 *
5 *
_____________________________________________________________________________
20
No resultado da monitorização realizada à data de 30 de setembro de 2015, atentos alguns
constrangimentos entretanto verificados, a ANPC propôs a alteração dos indicadores 1 e 3:
No que respeita ao indicador 1 – “N.º de Planos Especiais de Emergência submetidos a
consulta pública” - este relaciona-se com a elaboração de Planos Especiais de
Emergência (para diversos riscos, mas principalmente barragens) de âmbito distrital,
contudo, o início da sua elaboração foi condicionado por fatores extrínsecos à ANPC,
designadamente: i) a alteração do regime legal do planeamento de emergência de
proteção civil, com a publicação da Resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil
nº 30/2015, de 7 de maio, a qual veio alterar a estrutura e conteúdos dos planos de
emergência; ii) a alteração do regime legal da proteção civil, com a publicação da
segunda revisão da Lei de Bases da Proteção Civil (Lei nº 80/2015, de 3 de agosto), a
qual introduziu alterações significativas no patamar distrital da estrutura de proteção
civil, algumas delas ainda não totalmente consolidadas por força do fim da legislatura e
do período de transição governativa em curso; e iii) Decorrente dos dois fatores
anteriores, o atraso na aprovação dos Planos gerais do mesmo nível territorial e que
não só se constituiriam como base para a elaboração destes Planos especiais como
forçosamente teriam de criar um quadro de articulação entre estes instrumentos de
planeamento. Neste contexto, e sobretudo até à consumação das definições
decorrentes do segundo ponto supra (plena constituição dos órgãos distritais de
coordenação pública e definição das novas autoridades políticas distritais em matéria
de proteção civil), não houve condições para a execução do previsto no indicador.
Assim, propôs-se a revisão do Indicador 1 do Objetivo 1 por outro análogo (e até de
maior dimensão), que passou a ter a seguinte redação: “N.º de meses, após a realização
da consulta pública, para a submissão dos 18 Planos Distritais de Emergência de Proteção
Civil à apreciação e aprovação por parte das entidades legalmente Competentes”.
No que respeita ao indicador 3 – “N.º de meses para a realização do Estudo do Risco de
Tsunami para a região do Litoral Alentejano” – este à data de 30 de setembro
encontrava-se em fase final de execução, dentro da meta inicialmente prevista (8
meses). No entanto, inicialmente estava previsto que o Estudo deveria estar concluído
no mês de Agosto (8 meses a partir de 1 de Janeiro de 2015), contudo, ainda que o
estipulado correspondesse à expectativa inicial, aquando da elaboração do QUAR, a
verdade é que a execução do Estudo não se iniciou a 1 de Janeiro devido a atrasos no
processo de contratação pública, decorrentes de chegada tardia de parecer favorável
_____________________________________________________________________________
21
por parte do Ministério das Finanças, o qual era essencial para a ANPC poder adjudicar
os trabalhos. Assim, propôs-se a revisão do Indicador 3 do Objetivo 2 que passou a ter a
seguinte redação: “N.º de dias para a realização do estudo do Risco de Tsunami para a
região do Litoral Alentejano”.
Quanto aos indicadores cujas metas não foram atingidas (indicadores 2 e 6) importa prestar
os seguintes esclarecimentos:
Indicador 2: O exercício previsto contava com a necessária participação da
Infraestruturas de Portugal, S.A. Sucede que, devido à fusão da Rede Ferroviária
Nacional - REFER, EPE e da Estradas de Portugal, S. A. (Decreto-Lei n.º 91/2015 de 29
de maio), o departamento de segurança encontra-se em processo de remodelação;
A ANPC ciente das dificuldades apresentadas pela Infraestruturas de Portugal, S.A,
tudo efetuou no sentido da execução do exercício mesmo fora da meta temporal
estipulada contudo, o pedido de adiamento para 2016 por parte da Infraestruturas
de Portugal, S.A., só veio a ocorrer em dezembro de 2015, altura em que, o prazo de
pedido de revisão do indicativo já estava ultrapassado. Sublinha-se porém que,
foram realizadas todas as ações internas para a concretização do exercício,
nomeadamente o planeamento do mesmo, pelo que no nosso entendimento
existiu uma taxa de execução por parte da ANPC, sendo que a meta, conforme
estabelecida, é que não foi possível de concretizar, pelos motivos exógenos acima
expostos. Assim, entende esta ANPC que a taxa de execução deste indicador foi de
50%, valor este que se submete à consideração da SGMAI, enquanto entidade
competente para a emissão de parecer, nos termos do artigo 17ª, nº 1, da Lei do
SIADAP (Lei 66-B/2007 de 28 de dezembro).
Indicador 6: Na prossecução da concretização deste indicador, nomeadamente nos
trabalhos preparatórios de recolha de elementos para a construção da aplicação
informática de controlo da arrecadação e cobrança da receita, verificou-se que,
numa lógica de otimização de custos e recursos, a mesma deveria integrar o
trabalho desenvolvido pela Divisão de Organização e Recursos Humanos e Divisão
de Gestão patrimonial. Nesta lógica mais abrangente, numa única aplicação
informática ter-se ia acesso a todo o trabalho desenvolvido na Direção Nacional de
Recursos de Proteção Civil com as inerentes vantagens nomeadamente, uma
_____________________________________________________________________________
22
aplicação voltada para o apoio à gestão e de leitura transversal. Se no caso da
aplicação inicialmente prevista, esta passaria pela migração de dados constantes em
diversas aplicações já existentes, e por conseguinte, um projeto que do ponto de
vista técnico apresentava uma relativa facilidade na sua concretização, com a
verificação de necessidade de expansão da aplicação a outras unidades orgânicas os
trabalhos preparatórios necessários ampliaram-se exponencialmente. Ainda assim,
sublinha-se, no final de 2015 o modelo de aplicação encontra-se totalmente
desenhado não sendo contudo possível por uma questão de lealdade intelectual dá-
lo por concretizado. Assim, entende esta ANPC que ainda que a meta não tenha
sido atingida, por se referir ao nº de meses para a concretização do indicador,
existiu um trabalho profundo de planeamento e execução deste indicador,
considerando-se que o mesmo teve uma taxa de realização de 50%, valor este que
se submete à consideração da SGMAI, enquanto entidade competente para a
emissão de parecer, nos termos do artigo 17ª, nº 1, da Lei do SIADAP (Lei 66-B/2007
de 28 de dezembro).
No que respeita aos indicadores com desvios positivos é possível elencar as seguintes
justificações:
Indicador 3: Após a reformulação deste indicador foi possível a sua concretização
antes do prazo previsto;
Indicador 7: Esforço acrescido dos técnicos que conseguiram realizar as inspeções
aos GIPE´s protocolados com os corpos de bombeiros em tempo inferior ao
inicialmente previsto;
Indicador 8: Esforço acrescido dos técnicos que conseguiram realizar um número
superior de monitorizações no âmbito do Recenseamento Nacional dos Bombeiros
Portugueses;
Indicador 9: Entendeu a Direção Nacional de Bombeiros face às necessidades
constatadas produzir legislação necessária ao normal e regular funcionamento dos
corpos de bombeiros, superando a meta estabelecida;
Indicador 11: Decorrente de fatores exógenos e de um esforço acrescido de técnicos
e dirigentes foi possível superar a meta estabelecida.
_____________________________________________________________________________
23
A análise dos resultados alcançados no ano de 2015 permite constatar as seguintes taxas de
realização5 dos objetivos traçados:
OB 1. Incrementar a interoperabilidade entre as organizações intervenientes no
SIOPS – 50%;
OB 2. Melhorar o conhecimento sobre as vulnerabilidades perante situações de risco
– 100,5%;
OB 3. Promover uma resposta operacional qualificada e eficaz no combate aos
incêndios florestais - 100%;
OB 4. Promover ações que contribuam para o controlo de receitas/custos na ANPC –
62,5%;
OB 5. Aumentar a capacidade de regulação e de monitorização da atividade dos
Bombeiros Portugueses – 166,7%;
OB 6. Melhorar a qualidade do serviço prestado internamente, aos colaboradores da
ANPC e externamente, aos cidadãos- 145%.
Por outro lado, uma análise por parâmetros e respetiva ponderação permite concluir que
foram alcançadas taxas de realização bastante positivas porquanto no parâmetro da
Eficácia se atingiu uma taxa de realização de 75,1%, no parâmetro da Eficiência alcançou-se
uma média de 114,6% e, finalmente, a taxa de realização do parâmetro da Qualidade atingiu
o valor de 145%. Essas taxas, avaliadas no contexto do peso que lhes foi atribuído, permitiu
que a ANPC registasse uma avaliação global quantitativa de 100,9%.
Nesse contexto, a análise circunstancial do desempenho da ANPC em 2015 quanto aos
objetivos estratégicos e operacionais traçados, bem como dos constrangimentos e dos
desvios verificados na monitorização do QUAR em 2015, acrescida da classificação obtida
por cada indicador do QUAR, possibilita uma avaliação positiva do desempenho da ANPC
quanto aos objetivos estabelecidos.
Com efeito, apenas dois indicadores - um de objetivo de eficácia e outro de objetivo
eficiência – resultaram numa classificação de “não atingido” pelas razões mencionadas no
quadro supra. Nos restantes indicadores do parâmetro de eficácia, bem como nos definidos
para o parâmetro de eficiência e de qualidade quase todos indicadores alcançaram
classificações de “superado” com exceção dos indicadores 1, 4, 5 e 10 classificados como
5 A análise realizada neste ponto não contempla as propostas de taxa de execução da ANPC para os indicadores 2 e 6 conforme páginas 21 e 22 uma vez que as mesmas carecem de parecer da SGMAI
_____________________________________________________________________________
24
“atingido”. A leitura do quadro de referência permite a seguinte contabilização quanto à
classificação: 2 indicadores “não atingido”, 4 indicadores “atingido”, 5 indicadores
“superados”.
No que respeita aos meios disponíveis, quer a nível de recursos humanos, quer no âmbito
orçamental, é possível apresentar as estimativas, a execução e respetivos desvios,
constantes dos seguintes quadros:
II. 2 Apreciação por parte dos stakeholders/utilizadores da ANPC
Foram inquiridos os parceiros que, em conjunto com a ANPC, prosseguem a missão de
proteção civil.
II. 2.1 Processo de recolha de informação
Foi elaborado e disponibilizado um questionário para preenchimento on-line, de natureza
confidencial e anónima.
O pedido de preenchimento do questionário foi enviado por e-mail, através de um
endereço eletrónico do Gabinete do Presidente da ANPC criado para o efeito, dirigido a 3
grupos de stakeholders, a saber: Associações Humanitárias de Bombeiros e Corpos de
Bombeiros, Municípios, Entidades Privadas e Públicas (não municipais). Este e-mail era
acompanhado por um link, que direcionava os destinatários ao questionário de satisfação
disponível on-line.
O e-mail foi enviado a 3 de fevereiro, e o preenchimento do questionário esteve disponível
até ao dia 11 de Março. No final desse período foram recolhidas 204 respostas cuja análise
se apresenta.
_____________________________________________________________________________
25
muito satisfeito
20%
satisfeito 54%
pouco satisfeito
18%
insatisfeito 6%
muito insatisfeito
2%
Imagem Global da ANPC
0% 50% 100%
Desempenhoglobal
Disponibilidadedos
colaboradores…
Capacidadetécnica dos
colaboradores…
muitosatisfeito
satisfeito
poucosatisfeito
insatisfeito
muitoinsatisfeito
II. 2.2 Apresentação dos resultados
O questionário aplicado aos parceiros pretendeu avaliar 4 parâmetros (imagem global,
envolvimento e participação, acessibilidade e produtos e serviços). Os resultados apresentam-se
a partir da página seguinte.
1) Imagem global da ANPC:
Os parceiros da ANPC demonstram um nível de satisfação elevado, com cerca de 74%
entre “muito satisfeitos” e “satisfeitos”. Estes valores são mais elevados nos
indicadores “disponibilidade dos colaboradores da ANPC com quem contacta” e
“capacidade técnica dos colaboradores da ANPC para apoiar/resolver situações”.
Análise por grupos de parceiros
Este parâmetro demonstra que são as entidades públicas e privadas que apresentam um
valor mais elevado na satisfação global com a ANPC.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ass. Humanitárias e Corposde Bombeiros
Administração Local Entidades Públicas ePrivadas
muito insatisfeito
insatisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
muito satisfeito
_____________________________________________________________________________
26
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Participação no processo deplaneamento e tomada de
decisões da ANPC (reuniões,conselhos, comissões)
Recolha e integração pelaANPC das práticas e saberes
recomendadas pelosparceiros
Impacto dos protocolos,parceiros e programas decolaboração e cooperação
institucional celebrados…
Capacidade e esforçodesenvolvidos pela ANPC na
melhoria do setor daproteção civil
muito satisfeito
satisfeito
pouco satisfeito
insatisfeito
muitoinsatisfeito
2) Envolvimento e Participação:
Cerca de 57% dos parceiros estão satisfeitos/muito satisfeitos com o seu envolvimento e
participação na ANPC. De salientar a imagem positiva relativamente à capacidade e
esforço desenvolvidos pela ANPC na melhoria do setor da Proteção Civil, bem como no
impacto dos protocolos, parceiros e programas de colaboração e cooperação
institucional celebrados pela ANPC.
Análise por grupos de parceiros
As Associações Humanitárias de Bombeiros/Corpos de Bombeiros e a Administração
Local apresentam um nível médio de satisfação mais baixo comparando com as
Entidades Públicas e Privadas.
muito satisfeito
12%
satisfeito 46%
pouco satisfeito
27%
insatisfeito 12%
muito insatisfeito
3%
Envolvimento e Participação
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ass. Humanitárias eCorpos deBombeiros
Administração Local Entidades Públicase Privadas
muito insatisfeito
insatisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
muito satisfeito
_____________________________________________________________________________
27
muito satisfeito
19%
satisfeito 54%
pouco satisfeito
18%
insatisfeito 7%
muito insatisfeito
2%
Acessibilidade
0% 50% 100%
Informação disponibilizadapela ANPC
Meios expeditos da ANPCna prestação do serviço
(formulários e outrosdicumentos em suporte…
Atendimento telefónico daANPC
Atendimento da ANPC pore-mail
muitosatisfeito
satisfeito
poucosatisfeito
insatisfeito
muitoinsatisfeito
3) Acessibilidade:
Cerca de 73% dos parceiros referem estar muito satisfeitos/satisfeitos relativamente ao
parâmetro Acessibilidade. Todos os indicadores referentes a este parâmetro estão
relativamente equilibrados, destacando-se no entanto a informação disponibilizada pela
ANPC como o indicador que apresenta menor percentagem de insatisfação.
Análise por grupos de parceiros
As entidades Públicas e Privadas são os parceiros que demonstram níveis de satisfação
mais elevados, à volta dos 85%.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ass. Humanitárias eCorpos de Bombeiros
Administração Local Entidades Públicas ePrivadas
muito insatisfeito
insatisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
muito satisfeito
_____________________________________________________________________________
28
muito satisfeito
16%
satisfeito 54%
pouco satisfeito
21%
insatisfeito 7%
muito insatisfeito
2%
Produtos e Serviços
0% 50% 100%
Serviços prestados pela ANPC
A qualidade da informação ouserviços disponibilizados pela
ANPC
Tempo de resposta da ANPC àssolicitações
muitosatisfeito
satisfeito
poucosatisfeito
insatisfeito
muitoinsatisfeito
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ass. Humanitárias e Corposde Bombeiros
Administração Local Entidades Públicas ePrivadas
muito insatisfeito
insatisfeito
pouco satisfeito
satisfeito
muito satisfeito
4) Produtos e serviços:
Cerca de 70% dos parceiros demonstram níveis de satisfação bastante elevados (entre
“muito satisfeito” e “satisfeito”) no que diz respeito aos produtos e serviços prestados
pela ANPC. Como indicador mais positivo destacam-se os serviços prestados pela ANPC,
a qualidade da informação e, como menos positivo, o tempo de resposta da ANPC às
solicitações.
Análise por grupos de parceiros
As Entidades Públicas e Privadas são o parceiro mais satisfeito com os produtos e
serviços disponibilizados pela ANPC (cerca de 80% entre “muito satisfeito” e
“satisfeito”).
_____________________________________________________________________________
29
II. 2.3 Análise qualitativa
Dos 902 questionários enviados a parceiros foram recebidas 204 respostas, o que
representa uma taxa de 22,6% de respostas. Esta disparidade pode encontrar explicação
no facto de que muitos endereços de e-mail não serem institucionais, designadamente
dos Corpos e Associações de bombeiros, pelo que não existe garantia de que os mesmos
ainda permanecem ativos ou sequer consultados.
Dos 4 parâmetros avaliados, o nível “satisfeito” atinge valores elevados, o que
demonstra que os parceiros da ANPC estão, de um modo geral, satisfeitos com os
serviços prestados por esta entidade. Verifica-se, no entanto, no parâmetro
“Envolvimento e Participação”, que as entidades estão menos satisfeitas com este
indicador, destacando-se as Associações Humanitárias e Corpos de Bombeiros.
Na generalidade, a análise por grupos destaca as Associações Humanitárias e Corpos de
Bombeiros e a Administração Local como aquelas que demonstram um maior nível de
insatisfação nos quatro parâmetros avaliados. Comparativamente com o ano anterior, o
grau de satisfação das Associações Humanitárias e Corpos de Bombeiros mantém-se e o
da Administração Local agravou-se ligeiramente.
De acordo com as respostas dos nossos parceiros, são indicadores a melhorar:
Participação no processo de planeamento e tomada de decisões da ANPC
(reuniões, conselhos, comissões);
Recolha e integração pela ANPC das práticas e saberes recomendadas pelos
parceiros;
Meios expeditos da ANPC na prestação do serviço (formulários e outros
documentos em suporte digital);
Tempo de resposta da ANPC às solicitações.
A nossa preocupação centrar-se-á ainda na redução das apreciações de ‘muito
insatisfeito’, ‘insatisfeito’ ou ‘pouco satisfeito’ cujo somatório, nos diferentes itens em
apreciação, apresenta percentagens que consideramos elevada e, por isso,
pretendemos diminuir, de forma sustentada.
Foi também analisada a componente da consulta ao site da ANPC, sendo de destacar
que cerca de 32% dos parceiros consultam o site numa base semanal.
_____________________________________________________________________________
30
São vários os motivos que levam os nossos parceiros a consultar o site da ANPC,
destacando-se a consulta de informação diversa, bem como os alertas e as ocorrências.
II. 3 Avaliação do sistema de controlo interno
II. 3.1 Ambiente de controlo
Com vista ao controlo das atividades, foram realizadas reuniões ordinárias semanais de
direção (Presidente da ANPC, Diretores Nacionais, Comandante Operacional Nacional,
Chefe da Direção de Serviços de Meios Aéreos, Chefe da Divisão de Desenvolvimento
Organizacional e Relações Internacionais, Chefe da Divisão de Comunicação e Sensibilização,
Chefe da Divisão de Apoio Jurídico). Estas reuniões permitiram fazer o ponto de situação
das ações em curso, a partilha de informação entre as várias áreas e planear as atividades
futuras. Foram também realizadas reuniões trimestrais entre o Comandante Operacional
Nacional e os Comandantes Operacionais Distritais, com a participação dos Diretores
Nacionais.
II. 3.2 Estrutura organizacional
SIADAP 2 e 3
Relativamente à avaliação de desempenho no âmbito do SIADAP 2 e 3, em 2015
procedeu-se à avaliação dos dirigentes e trabalhadores no que concerne ao biénio
2013/2014, tendo sido avaliados um total de 157 dirigentes/trabalhadores, o que
corresponde a uma taxa de implementação de 94,5%.
De salientar que nos termos dos artigos 35.º a 40.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de
dezembro, alterada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, o pessoal dirigente
0
50
100
150
200
Consultainformação
Consultaalertas
Ocorrências Noticias Outro
Motivo de Visita ao site da ANPC
19%
5%
5% 32%
17%
Frequencia de Visita ao site da ANPC
Diária Quinzenal Mensal Semanal Ocasional
_____________________________________________________________________________
31
passou a ser avaliado no termo das respetivas comissões de serviço; As avaliações
do pessoal dirigente da estrutura operacional não se encontram contemplados na
taxa acima referida porquanto, o termo das respetivas comissões de serviço
ocorrerá na sua maioria entre maio e junho de 2016.
III. 3.3 Atividades e procedimentos de controlo administrativo implementados no serviço
1) GESCOR (Solução de Gestão Documental)
No ano de 2015 foi desenvolvido e implementado um módulo integrado para
elaboração e gestão do Plano Anual de Necessidades (PAN).
2) GerFIP
O GerFIP, é uma solução para os domínios da gestão contabilística e financeira e
consubstancia a implementação do POCP, abrangendo transversalmente as
seguintes áreas: orçamental, financeira, gestão patrimonial, gestão de aquisição
de bens e serviços.
3) Recenseamento Nacional de Bombeiros Portugueses
Esta aplicação permite uma melhor gestão dos recursos humanos existentes nos
Corpos de Bombeiros, bem como contribui para melhorar o fluxo de informação
entre a ANPC e esses mesmos Corpos de Bombeiros. Permite ainda facultar aos
Bombeiros Portugueses o acesso à sua informação pessoal, no âmbito da sua
atividade nos Corpos de Bombeiros, bem como a gestão de pedidos de cartões de
identificação e respetiva distribuição.
Durante o ano de 2015, em estreita colaboração com os Serviços Partilhados do
Ministério da Saúde deu-se início a um processo de estudo e avaliação de soluções
técnicas que permitam integrar o RNBP com o Registo Nacional do Utente (RNU),
com vista a agilizar o procedimento de isenção no pagamento de taxas
moderadoras aos bombeiros.
Também em 2015 foram desenvolvidos os trabalhos necessários com vista a
adequar o RNBP ao novo quadro legal da formação e carreira dos bombeiros,
decorrentes da publicação, respetivamente, dos Despachos nº 9920/2015, de 1 de
_____________________________________________________________________________
32
setembro (este alterado republicado pelo Despacho nº 11787/2015, de 21 de
outubro), e Despacho nº 9921/2015, de 1 de setembro.
IV. 3.4 Fiabilidade dos sistemas de informação
A aposta ao nível dos equipamentos continuou a ser de fundamental importância, com vista
ao aumento da fiabilidade dos sistemas de informação e de comunicações da ANPC,
destacando-se:
1) Requalificação de infraestruturas e equipamentos
No ano de 2015 procedeu-se à instalação do CDOS de Lisboa num espaço cedido
temporariamente pela Câmara Municipal de Lisboa, bem como do Grupo de
Santarém da Força Especial de Bombeiros numa nova Base Permanente em
Almeirim. Esta Base Permanente, construída de raiz, pela Câmara Municipal de
Almeirim, ao abrigo de uma candidatura ao QREN em parceria com a ANPC;
Ao nível das infraestruturas, foi ainda instalada a BHSP de Loulé, num novo
edifício construído e cedido pela Câmara Municipal de Loulé no Heliporto de
Loulé;
Foi ainda efetuada a preparação das infraestruturas e aquisições para dotar o
CDOS de Évora de condições para suportar o CNOS alternativo;
Foram adquiridos e entregues 13 veículos a diversas Corporações de Bombeiros a
fim de repor veículos perdidos no combate aos incêndios florestais;
Foi concluído o procedimento de locação de equipamentos de cópia e
impressão, tendo entrado o contrato em execução em agosto de 2015 tendo sido
substituídos todos os equipamentos que já se encontravam obsoletos visando a
redução de custos e a qualidade das impressões evitando-se os desperdícios;
2) Instalação de VoIP
Interligação da rede fixa (Sede e CDOS) à rede móvel através do Sistema VoIP,
permitindo a redução dos custos fixo/móvel.
_____________________________________________________________________________
33
3) Reforço das comunicações de emergência - rede SIRESP
No âmbito das comunicações de emergência, nomeadamente da rede SIRESP,
em 2015, em parceria com a Secretaria Geral do Ministério da Administração
Interna, no âmbito de uma candidatura ao QREN, procedeu-se:
À configuração e distribuição pelos Corpos de Bombeiros dos 6.856
terminais SIRESP (1.740 portáteis, 4.800 móveis e 316 Bases p/ CB's);
Aquisição de 11 Control Rooms e 18 Consolas Despacho, para os CDOS que
ainda não dispunham de Consolas;
Aquisição de 2 Estações Móveis TETRA para reforço da rede;
Aquisição de software (TRACES) para melhor gestão da cobertura das
comunicações SIRESP;
A ANPC reforçou ainda os CMA com esta rede de comunicações, com a
instalação de estações base SIRESP.
4) Sistema Biométrico de assiduidade (INFONET)
Desde a implementação em 2013 do Sistema Biométrico de assiduidade, viabilizou-
se a desmaterialização de procedimentos na área de pessoal, designadamente no
fluxo de documentação que anteriormente circulava em formato de papel e que
passou a operar-se na aplicação INFONET e por conseguinte em formato digital.
_____________________________________________________________________________
34
II.3.5 Tabela de avaliação do ambiente de controlo
Questões Aplicado
Fundamentação S N NA
1 – Ambiente de controlo
1.1 Estão claramente definidas as especificações técnicas do sistema de controlo interno? X
1.2 É efetuada internamente uma verificação efetiva sobre a legalidade, regularidade e
boa gestão? x
1.3 Os elementos da equipa de controlo e auditoria possuem a habilitação necessária para
o exercício da função? x
1.4 Estão claramente definidos valores éticos e de integridade que regem o serviço (ex.
códigos de ética e de conduta, carta do utente, princípios de bom governo)? x
1.5 Existe uma política de formação do pessoal que garanta a adequação do mesmo às
funções e complexidade das tarefas? x
1.6 Estão claramente definidos e estabelecidos contactos regulares entre a direção e os
dirigentes das unidades orgânicas? x
1.7 O serviço foi objeto de ações de auditoria e controlo externo? x
2 – Estrutura organizacional
2.1 A estrutura organizacional estabelecida obedece às regras definidas legalmente? x
2.2 Qual a percentagem de colaboradores do serviço avaliados de acordo com o SIADAP 2
e 3? 94,5%
2.3 Qual a percentagem de colaboradores do serviço que frequentaram pelo menos uma
ação de formação? 38%
3 – Atividades e procedimentos de controlo administrativo implementados no serviço
3.1 Existem manuais de procedimentos internos? X NEP/NOP/INSTROP/ etc
3.2 A competência para autorização da despesa está claramente definida e formalizada? X
3.3 É elaborado anualmente um plano de compras? X
3.4 Está implementado um sistema de rotação de funções entre trabalhadores? x
3.5 As responsabilidades funcionais pelas diferentes tarefas, conferências e controlos
estão claramente definidas e formalizadas? x
3.6 Há descrição dos fluxos dos processos, centros de responsabilidade por cada etapa e
dos padrões de qualidade mínimos? x
3.7 Os circuitos dos documentos estão claramente definidos de forma a evitar
redundâncias? x
3.8 Existe um plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas? x
3.9 O plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas é executado e
monitorizado? x
4 – Fiabilidade dos sistemas de informação
4.1 Existem aplicações informáticas de suporte ao processamento de dados,
nomeadamente, nas áreas de contabilidade, gestão documental e tesouraria? x
4.2 As diferentes aplicações estão integradas permitindo o cruzamento de informação? x
4.3 Encontra-se instituído um mecanismo que garanta a fiabilidade, oportunidade e
utilidade dos outputs dos sistemas? x
4.4 A informação extraída dos sistemas de informação é utilizada nos processos de
decisão? x
4.5 Estão instituídos requisitos de segurança para o acesso de terceiros a informação ou
ativos do serviço? x
4.6 A informação dos computadores de rede está devidamente salvaguardada
(existência de backups)? x
4.7 A segurança na troca de informações e software está garantida? x
Legenda: S – Sim; N – Não; NA – Não aplicável
_____________________________________________________________________________
35
O único procedimento não aplicado, relativo à rotatividade de funções entre trabalhadores
prende-se com a escassez de recursos disponíveis e com a perda de eficácia que tal
rotatividade introduz nos processos.
II. 4 Análise das causas de incumprimento de ações/projetos não executados ou com
resultados insuficientes
Os projetos planeados foram executados e concluídos sem desvios significativos a
destacar, à exceção de dois indicadores do QUAR (indicadores n.º 2 e 6) cuja não
concretização foi fundamentada pela ANPC com a existência de fatores imprevistos
que impossibilitaram a sua realização, adiando a sua verificação.
II. 5 Desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho
II. 5.1 Medidas internas de reforço positivo
1) Reconhecimento de mérito através da atribuição de medalhas de mérito de
Proteção e Socorro, bem como louvores, a colaboradores da ANPC
No ano de 2015 foram atribuídas 4 Medalhas de Mérito de Proteção Civil e 16
louvores.
2) Ações de Formação
Cerca de 50% dos trabalhadores participaram em pelo menos 1 ação de formação
através da ANPC. Importa também destacar a participação em vários cursos e/ou
seminários nacionais e internacionais em que técnicos da ANPC participaram como
formandos e/ou formadores/avaliadores.
Por outro lado, a ANPC promoveu em 2015 a realização de algumas ações de
formação internas: i) 3º Curso de Emergências Radiológicas; ii) Ação de formação
SCIE- Procedimentos e documentos em ações inspetivas; iii) Curso Media training.
3) Cursos de formação internacionais, no âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da
União Europeia
Foi possível a 14 elementos da ANPC participarem em uma ou mais ações de
formação internacional, no âmbito do Programa de Formação do Mecanismo de
_____________________________________________________________________________
36
Proteção Civil da União, perfazendo, até 31 de dezembro de 2015, 72 elementos
formados neste programa com 1 ou mais cursos de formação.
II. 5.2 Medidas externas de reforço positivo
1) Assessoria de Imprensa
Foram realizadas reuniões com os Órgãos de Comunicação Social - OCS, com o
objetivo de dar a conhecer a organização da estrutura de proteção civil,
nomeadamente na componente operacional, sensibilizando os jornalistas e
respetivas redações para a problemática da proteção civil e da importância dos
OCS na ligação entre os organismos públicos responsáveis e o cidadão. Durante o
ano foram convidados vários jornalistas a visitarem o serviço, sensibilizando-os
para a necessidade de um trabalho cada mais articulado entre proteção civil e
imprensa.
Neste contexto foi organizado um Curso de Media Training, em ligação com o
CENJOR envolvendo os 18 Comandantes Operacionais Distritais, com uma
preparação prévia de um dia, num trabalho orientado pela Divisão de
Comunicação e Sensibilização - DCS de ”Introdução à Comunicação Social”.
Durante o ano foram emitidos 22 Comunicados de Imprensa, refletindo as
iniciativas de maior relevo e notoriedade pública desenvolvidas pela ANPC, bem
como a necessidade de esclarecer publicamente determinados assuntos
fundamentais para a reputação do serviço. Foram ainda divulgados 22 Avisos à
População, em articulação com o CNOS, com o intuito de difundir medidas de
autoproteção e recomendações genéricas face à previsibilidade de ocorrências de
riscos maiores.
Foram ainda preparadas respostas aos OCS, em articulação com as diferentes
Unidades Orgânicas e CNOS, bem como assegurado o devido acompanhamento
de representantes da ANPC em programas de rádio e TV.
Destaque ainda para a organização de conferências de imprensa em articulação
com o CNOS, em particular no âmbito do DECIF 2015, em que se implementou a
metodologia de efetuar um balanço mensal durante a fase CHARLIE (no final dos
meses de julho, agosto e setembro).
_____________________________________________________________________________
37
2) Elaboração e divulgação de publicações, bem como conceção de suportes de
imagem e comunicação para eventos, nomeadamente:
Paginação e produção da Diretiva Operacional Nacional n.º 2 DECIF 2015;
Criação da imagem, produção de identificação do DECIF 2015;
Design e produção do “Guia de Bolso – Sistemas de Gestão de Operações SGO;
Colaboração na estratégia e criação da imagem, suportes de apoio e troféu
para o Prémio Boas Práticas ANPC 2015;
Apoio de imagem e suportes do Curso Geral de Proteção Civil para Professores;
Apoio de imagem e suportes do Curso de Emergências Radiológicas;
Colaboração na edição dos materiais e suportes de apoio à campanha A Terra
Treme 2015;
Colaboração na edição dos materiais e suportes de apoio à campanha nacional
de sensibilização da população sobre Sistemas de Aviso;
Paginação da publicação “Cidades Resilientes em Portugal - 2015” da
Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes;
Colaboração na edição do vídeo de avaliação de segurança sísmica do edifício
da ANPC;
Colaboração nos suportes gráficos do Projeto MOLINES;
Criação e produção dos suportes de informação e apoio aos seminários no
âmbito da participação na SEGUREX 2015;
Finalização das Secções I e II do Manual de Identidade Corporativa da ANPC
Conclusão dos trabalhos de normalização documental dos documentos de uso
geral e da área da Presidência;
Elaboração de propostas legislativas e gráficas para Cartões de Identificação
de funcionários da ANPC, colaboradores da ENB, Força Especial de Bombeiros
e técnicos credenciados;
Reorganização do Centro de Documentos da Intranet;
Atualização dos requerimentos de SCIE;
Criação de formulários para a área de Processamento de Contraordenações;
Criação de assinatura de email dos funcionários;
Atualização das placas de identificação de gabinetes da sede;
Conceção de sinaléticas para o CDOS de Faro e edifícios de apoio à BHSP de
Loulé, CDOS de Lisboa, e Base de Almeirim da Força Especial de Bombeiros;
_____________________________________________________________________________
38
Caraterização dos VETE – Veículos de Telecomunicações de Emergência;
Emissão de cartões de Técnico de Supressão de Fogo;
Sonorização de spot de atendimento telefónico / chamada em espera ANPC;
Estruturação das ofertas institucionais ANPC;
Conceção e produção de t-shirts, bonés, sacos, canetas, placas em acrílico;
Produção de autocolantes de identificação de equipamentos e para mapas;
Conceção e produção de material de economato: capas de processo, capas de
despacho, capas A4, cartões-de-visita, carimbos, etc.;
Conceção de faixas para coletes não operacionais;
Conceção e produção de fita sinalizadora de área reservada;
Conceção e produção de roll-ups / expositores para os CDOS e FEB;
Produção de diplomas da Medalha de Mérito de Proteção e Socorro;
Atualização do site da ANPC: Criação de banners para iniciativas ANPC,
alimentação área de Concursos
3) Website e redes sociais
O website da ANPC é atualizado e monitorizado diariamente, tendo havido uma
clara aposta no Facebook enquanto rede de partilha de informação e de
aproximação da organização à comunidade e aos cidadãos. O seu arranque deu-se
em 2012, concluindo-se esse ano, em termos de adesão, com um total de 10.000
seguidores da página de Facebook da ANPC. Em 2015 ultrapassámos os 100 mil
seguidores. A função em termos de sensibilização e informação pública é
claramente demonstrada pelo fluxo de partilha de informação associada aos
avisos e comunicados emitidos pela ANPC. Assim, as redes sociais (Facebook,
Twitter, Youtube) funcionam também enquanto ferramenta de comunicação e
podem constituir-se como uma importante fonte de informação e promoção de
atividades diversas.
4) Boletim PROCIV
Em 2015 foram editados 06 números do Boletim PROCIV, com um alargamento no
seu formato para mais 4 páginas (total de 16 páginas), passando a ter uma
periodicidade bimestral.
_____________________________________________________________________________
39
5) Relações Públicas e Protocolo
Foram organizados, planeados e executados diversos eventos de afirmação da
ANPC enquanto serviço público de referência, próxima dos cidadãos e com um
trabalho que se desenvolve em parceria com diferentes forças, serviços e
entidades, destacando-se os seguintes números:
22 visitas de entidades nacionais;
7 visitas de entidades internacionais;
3 cerimónias de grande alcance em termos de convidados e entidades
envolvidas e importantes em termos de impacto mediático (1 de março,
Entrega de Rádios SIRESP; Apresentação Pública do “Prémio de Boas
Práticas”);
25 eventos diversos incluindo a promoção e acompanhamento de exercícios,
formações, wokshops, exposições (Segurex), reuniões e briefings operacionais
(com a participação de convidados especiais/membros do governo);
3 eventos de comunicação interna: aniversário ANPC, festa de natal e
maratona (iniciativa realizada pela 1ª vez e que envolveu a participação de 81
funcionários).
6) Educação para o Risco
Na sequência do protocolo com o Ministério da Educação para a construção de um
Referencial de Educação para o Risco, foi concluído, homologado e divulgado esse
documento, reunindo conteúdos de proteção civil devidamente adaptados do
ponto de vista pedagógico, abarcando desde o pré-escolar ao secundário, com o
intuito primeiro de promover uma cidadania informada e ativa em matéria de
proteção e reação a situações de acidente grave e catástrofe.
7) Curso Geral de Proteção Civil para professores e educadores
Realizou-se as 4ª, 5ª e 6ª edições do Curso Geral de Proteção Civil para professores
e educadores, com duração de 25 horas, com 1 crédito associado, na sequência da
creditação da ANPC, em maio de 2013, enquanto entidade formadora de
professores, envolvendo neste momento 30 formandos em cada uma das sessões,
num total de 90 formandos em 2015.
_____________________________________________________________________________
40
Em 2015 concretizou-se a 1ª edição fora de Lisboa, no concelho de Palmela, com o
apoio da Câmara Municipal, que disponibilizou instalações e meios audiovisuais.
Acrescentamos a necessidade de expandirmos estas ações para fora de Lisboa,
indo de encontro aos anseios dos professores e dos CDOS que nos reportam esta
necessidade.
8) Formação prestada no quadro internacional
No âmbito da CPLP – Inserido no projeto de cooperação bilateral técnico-
policial, destaca-se a vinda do Presidente do Serviço de Proteção Civil e
Bombeiros de Cabo Verde para uma ação de formação de uma semana
designada de “Estágio de Dirigentes de Proteção Civil”; Uma ação de
formação ministrada por um formador da ANPC na Guiné-Bissau
denominada “Comando Tático de Operações de Proteção Civil” com a
duração de 2 semanas e que abrangeu 16 formandos e uma ação de
formação que teve lugar em São Tomé e Príncipe, também com um
formador da ANPC intitulada “Avaliação de Risco e Planeamento de
Emergência” com duração de 2 semanas e que contou com 15 formandos;
Âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da União – Participaram em duas
ações de formação 2 elementos dos Serviços Regionais de Proteção Civil e
Bombeiros dos Açores e da Madeira, num total de 88 horas de formação.
9) Exercício público de cidadania “A Terra Treme”
Realização do exercício público de cidadania “Terra Treme”, de sensibilização para
o risco sísmico, envolvendo várias entidades parceiras e com uma expressão
nacional. Como valor indicativo, tivemos um total de cerca de 500.000 inscritos no
site criado para a promoção deste evento, compreendendo organismos públicos,
empresas, escolas, universidades e famílias, mais 200.000 inscrições que no ano de
lançamento deste projeto.
Importa realçar que tivemos pela primeira vez a Direção Geral de Educação - DGE e
a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares - DGEST como entidades parceiras,
para além da Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo-se um envolvimento das
escolas muito expressivo, parceiros cruciais e de absoluto, relevo nesta aposta em
_____________________________________________________________________________
41
fazer chegar a educação para o risco às escolas, envolvendo toda a comunidade
educativa.
Em 2015, esta iniciativa realizou-se em novembro, integrando-se nos eventos
evocativos do Terramoto de 1755 na região de Lisboa organizados pela CM de
Lisboa. Destaca-se a adesão dos media a esta iniciativa, incluindo imprensa escrita,
rádios e jornais, e que nos cria um nível de exigência acrescido na concretização de
próximas edições, criando novas ferramentas de comunicação e mensagem.
10) Sensibilização (descentralizada) ao nível dos Distritos
Atividade desenvolvida pelos CDOS, fornecendo material pedagógico de apoio nas
iniciativas que desenvolvem localmente, nomeadamente exposições, seminários,
conferências e mais especificamente na ligação com os serviços municipais de
proteção civil no apoio aos projetos educativos relacionados com o Clube de
Proteção Civil e projetos educativos diversos.
II. 6 Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano nacional e
internacional
Não aplicável.
II. 7 Apreciação da atividade da ANPC por parte dos seus colaboradores
II. 7.1 Processo de recolha de informação
Para viabilizar uma recolha fiável da informação relativa à apreciação da ANPC pelos seus
colaboradores, foi elaborado um questionário para preenchimento online, de cariz
confidencial e anónimo. Esse questionário de satisfação dirigido ao universo de
colaboradores da ANPC, foi enviado através de email, no dia 3 de fevereiro de 2016, um
link para o preenchimento do referido questionário cujo prazo de resposta se estendeu
até ao dia 11 de Março.
II. 7.2 Metodologia utilizada
A metodologia utilizada baseou-se na realização de 1 inquérito, enviado por e-mail a
todos os colaboradores do quadro da ANPC, bem como os colaboradores contratados
_____________________________________________________________________________
42
0% 50% 100%
Desempenho global daANPC
Imagem da ANPC nasociedade
Nível da sua participação naprossecução da missão da
ANPC
Nível de satisfação nafunção desempenhada
muito satisfeito
satisfeito
indiferente
insatisfeito
muito insatisfeito
Não sabe/Nãoresponde
muito satisfeito
19%
satisfeito 54%
indiferente 14%
insatisfeito 9%
muito insatisfeito
5%
Não sabe/Não responde
1%
pela ENB. Na sequência das 235 respostas obtidas, os dados foram processados e
analisados para apresentação de resultados.
Em 2016 serão efetuados ajustamentos a esta metodologia com dois grandes objetivos:
aumentar a participação no inquérito;
permitir retirar ilações mais concretas que permitam a mitigação dos
principais aspetos considerados negativos pelos trabalhadores.
II. 7.3 Apresentação dos resultados
O inquérito colocado a um total de 783 colaboradores da ANPC, e que visava avaliar 6
parâmetros, apresenta os seguintes resultados da análise das 235 respostas:
1) Satisfação global com a ANPC
Uma análise às respostas dadas pelos colaboradores da ANPC permite concluir que cerca
de 70% estão globalmente “satisfeitos/muito satisfeitos” com a ANPC. Com efeito,
atribuem valores elevados de satisfação relativamente ao desempenho global da ANPC e
ao nível da sua participação na prossecução da missão da ANPC. Por outro lado, o maior
número de respostas de insatisfação surge na pergunta a propósito da satisfação na
função desempenhada na ANPC.
_____________________________________________________________________________
43
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Novo regulamentointerno de
funcionamento,atendimento e…
Oportunidades para odesenvolvimento de
competênciasprofissionais
Ambiente de trabalho(relacionamento
interpessoal)
Ambiente de trabalho(condições físicas)
muito satisfeito
satisfeito
indiferente
insatisfeito
muito insatisfeito
Não sabe/Nãoresponde
Análise por categoria profissional
Estendendo essa análise às categorias profissionais é possível concluir que, ao nível da
satisfação global com a ANPC, a generalidade de colaboradores da ANPC em cada
categoria apresenta respostas que os colocam como “satisfeito/muito satisfeitos” com
esta Autoridade, à exceção dos Assistentes operacionais e do Operadores CNOS / CDOS,
uma vez que todas as categorias apresentam níveis superiores a 60% na soma dessas
respostas positivas.
2) Satisfação com as condições de trabalho
No capítulo da satisfação com as condições de trabalho, as respostas dos colaboradores
da ANPC demonstra que 60% se apresentam como “satisfeitos/muito satisfeitos” com as
condições de trabalho que lhes são disponibilizadas na ANPC. Estes valores
representam, sobretudo, a satisfação demonstrada com o ambiente de trabalho,
surgindo o relacionamento interpessoal algo destacado em relação às condições físicas
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Dirigentes Técnico Superior Assistente Técnico AssistenteOperacional
OperadoresCNOS/CDOS
Outro
Não sabe/Nãoresponde
muito insatisfeito
insatisfeito
indiferente
satisfeito
muito satisfeito
muito satisfeito
17%
satisfeito 43%
indiferente 16%
insatisfeito 13%
muito insatisfeito
8%
Não sabe/Não responde
3%
_____________________________________________________________________________
44
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Tenho disponibilidadepara aprender novosmétodos de trabalho
Sentimento que osobjetivos que me são
atribuídos sãoadequados e…
Sentimento dereconhecimento pelo
trabalhodesempenhado
Sentimento de quepoderei trabalhar naANPC por um longoperíodo de tempo
muito satisfeito
satisfeito
indiferente
insatisfeito
muito insatisfeito
Não sabe/Nãoresponde
disponíveis. No polo oposto, pode verificar-se menor grau de satisfação dos
colaboradores quanto às oportunidades para o desenvolvimento de novas
competências profissionais.
A análise às respostas por categorias profissionais apresenta valores mais elevados de
satisfação para os dirigentes e outros, quanto às condições de trabalho. No que respeita
a valores menos elevados, podem mencionar-se as categorias de Assistente Operacional
e de Operadores CNOS/CDOS.
3) Níveis de motivação
Uma das vertentes fundamentais em todas as organizações é o grau de motivação dos
seus colaboradores e, nesta área, os colaboradores da ANPC surgem com motivação
elevada, percentualmente contabilizada em 68% das respostas em “satisfeito/muito
satisfeito”. A motivação resulta sobretudo da disponibilidade para aprender métodos de
trabalho e do sentimento de que os trabalhadores poderão trabalhar na ANPC por um
longo período de tempo. Deve ainda referir-se que a maior percentagem de respostas
negativas surgiu quanto ao reconhecimento pelo trabalho desempenhado.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Dirigentes Técnico Superior AssistenteTécnico
AssistenteOperacional
OperadoresCNOS/CDOS
Outro
Não sabe/Nãoresponde
muito insatisfeito
insatisfeito
indiferente
satisfeito
muito satisfeito
muito satisfeito
27%
satisfeito 41%
indiferente 14%
insatisfeito 9%
muito insatisfeito
7%
Não sabe/Não responde
2%
_____________________________________________________________________________
45
0% 20% 40% 60% 80%100%
A Presidência lideraatravés do exemplo
As decisões daPresidência
contribuem para a…
A Presidênciademonstra empenho
no processo de…
A Presidência aceitasugestões de melhoria
muito satisfeito
satisfeito
indiferente
insatisfeito
muito insatisfeito
Não sabe/Nãoresponde
Análise por categoria profissional
A contabilização de respostas por categoria profissional possibilita a perceção de que é
nas categorias de Dirigentes, Técnicos Superiores e Outros que surgem níveis mais
elevados de motivação.
4) Satisfação com o estilo de liderança da Presidência da ANPC
No contexto da avaliação feita ao estilo de liderança da Presidência da ANPC, 60% dos
colaboradores respondem estar “satisfeitos/muito satisfeitos” com a liderança da
Presidência. O número de respostas que contribuem para esta conclusão é muito
aproximado nas perguntas a respeito da liderança através do exemplo, decisões que
contribuem para a prossecução da missão da ANPC e um empenho da Presidência no
processo de mudança.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Dirigentes TécnicoSuperior
AssistenteTécnico
AssistenteOperacional
OperadoresCNOS/CDOS
Outro
Não sabe/Nãoresponde
muitoinsatisfeito
insatisfeito
indiferente
satisfeito
muito satisfeito
muito satisfeito
21%
satisfeito 39%
indiferente 17%
insatisfeito 6%
muito insatisfeito
5%
Não sabe/Não responde
12%
_____________________________________________________________________________
46
0% 50% 100%
Apoio com que posso contarpor parte da minha chefia
Modo como a chefiareconhece os esforços dotrabalho individual e em…
A chefia distribui o trabalhode forma equilibrada pelos
membros da equipa
A chefia delega competênciase responsabilidades
muito satisfeito
satisfeito
indiferente
insatisfeito
muito insatisfeito
Não sabe/Nãoresponde
Análise por categoria profissional
O gráfico representativo das respostas dadas por categoria profissional apresenta graus
de satisfação genericamente elevados, surgindo os Dirigentes, Técnicos Superiores,
Assistentes Técnicos e Outros como as categorias mais satisfeitas, em contraponto com
os Assistentes Operacionais e Operadores CNOS/CDOS com maior quantidade de
respostas a denotar alguma insatisfação.
5) Satisfação com o estilo de liderança – chefia direta
A satisfação com a liderança adotada pela chefia direta tem valores positivos totalizando
63% de respostas em que os colaboradores afirmam estar “satisfeitos/muito satisfeitos”
com a liderança do seu chefe direto, sendo que o apoio dado pelo chefe direto é a mais-
valia referida. Algumas respostas negativas surgem na distribuição equilibrada de
trabalho.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Dirigentes TécnicoSuperior
AssistenteTécnico
AssistenteOperacional
OperadoresCNOS/CDOS
Outro
Não sabe/Nãoresponde
muitoinsatisfeito
insatisfeito
indiferente
satisfeito
muitosatisfeito
muito satisfeito
32%
satisfeito 31%
indiferente 12%
insatisfeito 13%
muito insatisfeito
10%
Não sabe/Não responde
2%
_____________________________________________________________________________
47
0% 50% 100%
Existência de protocolos/acordosque visem o acesso a benefícios
sociais
Serviço de refeitório e bar
Condições de higiene esegurança
Mobiliário/equipamentosinformáticos/consumíveis de
escritório
muito satisfeito
satisfeito
indiferente
insatisfeito
muito insatisfeito
Não sabe/Nãoresponde
Análise por categoria profissional
As respostas dadas ao questionário permitem distinguir maior grau de satisfação nos
Dirigentes, Técnicos Superiores, Assistentes Técnicos e Outros. Quanto aos valores
menos positivos, surgem com elevado destaque nos assistentes operacionais.
6) Satisfação com as condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços
Finalmente, cerca de 47% dos colaboradores da ANPC estão “muito
satisfeitos/satisfeitos” com as condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços
disponíveis, nomeadamente os mobiliários, equipamentos de informática e consumíveis.
Por outro lado, o maior número de respostas negativas refere-se à existência de
protocolos / acordos que visem o acesso a benefícios sociais.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Dirigentes Técnico Superior AssistenteTécnico
AssistenteOperacional
OperadoresCNOS/CDOS
Outro
Não sabe/Nãoresponde
muito insatisfeito
insatisfeito
indiferente
satisfeito
muito satisfeito
muito satisfeito
11%
satisfeito 36%
indiferente 19%
insatisfeito 17%
muito insatisfeito
15%
Não sabe/Não responde
7%
_____________________________________________________________________________
48
Análise por categoria profissional
As questões de higiene, segurança, equipamentos e serviços da ANPC apresentam
valores mais comedidos no sentimento médio de satisfação, sendo os mais negativos
apresentados pelos assistentes operacionais.
II. 7.4 Análise qualitativa
O inquérito aos colaboradores foi enviado a 783 pessoas, tendo sido registadas 235
respostas, o que representa uma taxa de 30,0% de respostas obtidas.
O processamento e análise de todas as respostas dadas pelos colaboradores da ANPC ao
questionário de satisfação, permite concluir globalmente que o grau de satisfação é
bastante positivo. A satisfação global com a ANPC e os níveis de motivação são as
categorias que recolhem maior número de respostas de satisfação, sendo que
praticamente todos os parâmetros avaliados registaram aumento de satisfação
relativamente ao ano anterior. O único capítulo que continua a registar respostas
positivas abaixo dos 50% é a satisfação com as condições de higiene, segurança,
equipamentos e serviços.
No que respeita à análise por categoria profissional, da comparação efetuada, destacam-
se como mais satisfeitos os Dirigentes, Assistentes Técnicos e outros, por contraposição
às categorias que aparentam menor satisfação, Assistentes Operacionais e Operadores
CNOS/CDOS.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Dirigentes Técnico Superior Assistente Técnico AssistenteOperacional
OperadoresCNOS/CDOS
Outro
Não sabe/Nãoresponde
muito insatisfeito
insatisfeito
indiferente
satisfeito
muito satisfeito
_____________________________________________________________________________
49
II. 8 Informação adicional - atividades desenvolvidas e resultados alcançados
As atividades programadas foram realizadas sem desvios significativos, enunciando-se, de
seguida, os principais resultados alcançados:
1. Modernização de infraestruturas e equipamentos
Procedeu-se à instalação do CDOS de Lisboa num espaço0 cedido temporariamente
pela Câmara Municipal de Lisboa, bem como do Grupo de Santarém da Força Especial
de Bombeiros numa nova Base Permanente em Almeirim. Esta Base Permanente,
construída de raiz, pela Câmara Municipal de Almeirim, ao abrigo de uma candidatura
ao QREN em parceria com a ANPC. Ao nível das infraestruturas, foi ainda instalada a
BHSP de Loulé, num novo edifício construído e cedido pela Câmara Municipal de Loulé
no Heliporto de Loulé.
Foi concluído o procedimento de locação de equipamentos de cópia e impressão,
tendo entrado o contrato em execução em agosto de 2015 tendo sido substituídos
todos os equipamentos que já se encontravam obsoletos visando a redução de custos
e a qualidade das impressões evitando-se os desperdícios e ainda a substituição de
equipamentos de switch de rede principal das instalações da Sede da ANPC.
2. Inovação tecnológica
a) Desenvolvido e implementado um módulo integrado no Sistema de Gestão
Documental (GESCOR) para elaboração e gestão do Plano Anual de Necessidades
(PAN).
b) Consolidação e reforço dos sistemas de telecomunicações: Execução do Plano
Anual de Necessidades 2015; ativação dos Centros de Meios Aéreos no âmbito do
Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais 2015; operacionalização dos
Sistemas de Telecomunicações do Plano de Operações Nacional da Serra Estrela;
operacionalização dos Sistemas de Telecomunicações do Plano de Operações
Nacional do Gerês.
_____________________________________________________________________________
50
c) Sistema de Apoio à Decisão Operacional (SADO)
O SADO permite a gestão das ocorrências de proteção e socorro e respetivos
meios envolvidos, sendo uma ferramenta fundamental na gestão das operações,
contribuindo assim para aumentar a eficiência operacional da ANPC. Permite gerar
informação estatística e relatórios com informação geográfica, nomeadamente
dados de localização (distrito, concelho, freguesia, localidade, código postal, local,
pontos de referência, bem como coordenadas geográficas). Este sistema permite
também a gestão operacional-administrativa no âmbito da criação e mobilização
de Grupos de Reforço. Em 2015 entrou em produção no Comando Regional de
Operações de Socorro (CROS da Região Autónoma da Madeira) o SADO para a
gestão operacional da atividade de proteção e socorro, por aquele Comando.
Iniciou-se também o desenvolvimento do módulo (SINOP), para envio de SMS
através do SADO, com recurso à utilização do sistema de gateway de SMS da AMA
– Agência de Modernização Administrativa.
d) Sítio institucional
Criação de um sítio na internet com informação pública e institucional no
contexto dos países da CPLP, em matéria de proteção civil e bombeiros.
Este local tem por objetivo disponibilizar informação aos cidadãos, bem
como permitir uma maior facilidade na partilha de informação entre os
países de expressão portuguesa (www.prociv-cplp.org);
Criação do Site da Plataforma Nacional para a Redução do Risco de
Catástrofes (www.pnrrc.pt), lançada em Outubro de 2015;
Foi também iniciado o projeto de reformulação do site da ANPC, com vista
à melhoria da informação aos cidadãos.
3. Outras ações desenvolvidas
a) Início dos trabalhos de produção legislativa com vista à alteração das portarias
que regulam os Programas de Apoio Estrutural e Infraestrutural, os quais se
preveem concluídos no primeiro trimestre de 2016, com a elaboração, em
sequência, de um regulamento de condições a observar nos de projetos de obras
_____________________________________________________________________________
51
para edifícios operacionais dos Corpos de Bombeiros (recomendações e
especificações técnicas), com conclusão prevista no segundo trimestre de 2016;
Publicação da nova lei de financiamento das Associações Humanitárias de
Bombeiros, enquanto entidades detentoras de corpos de bombeiros – Lei n.º
94/2015, de 13 de Agosto – e aplicação da mesma no apuramento do
“Financiamento Permanente” de cada uma das 412 Associações Humanitárias de
Bombeiros. Aguarda-se ainda a publicação das alterações ao Regulamento de
especificações técnicas de veículos e equipamentos operacionais dos corpos de
bombeiros Veículos.
b) Tratamento, análise técnica e emissão de parecer, no âmbito do Programa de
Apoio Infraestrutural, a cerca de 90 projetos de edifícios operacionais para os
Corpos de Bombeiros, com vista à instrução das respetivas candidaturas no
âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos
- POSEUR, numa estimativa orçamental de cerca de 15M€.
c) Aquisição através de dois procedimentos concursais e respectiva distribuição
pelos CB’s de cerca de 16.000 unidades (compostas por: capacete, cogula, fato,
botas, luvas e camisolas interiores), de Equipamentos de Proteção Individual
(Combate a incêndios em Espaços Naturais) Equipamentos por forma a dotar a
100% os bombeiros com estes equipamentos.
d) Início dos trabalhos com vista à redefinição das áreas de atuação dos Corpos de
Bombeiros, conformando-as com a reorganização administrativa do território ao
nível das freguesias efetuada no ano de 2013.
e) Consolidação das Equipas de Apoio Psicossocial, que ao longo de 2015, realizaram
310 Intervenções, de caráter reativo, de apoio a Bombeiros, e seus Familiares
expostos a incidentes críticos. Ao nível do programa de formação das EAPS foram
desenvolvidos 3 novos cursos de formação (2 cursos avançados e 1
complementar), tendo sido ministrados ao todo 8 cursos de formação, para um
total de 117 formandos.
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52
f) Área do Planeamento Civil de Emergência
No âmbito da Divisão de Planeamento Civil de Emergência, foram desenvolvidas as
seguintes atividades:
(1) Elaboração dos contributos da ANPC para a Estratégia Nacional de
Planeamento Civil de Emergência.
(2) Coordenação da resposta nacional com as entidades sectoriais da área dos
transportes, no âmbito do questionário efetuado pelo Comité de
Planeamento Civil de Emergência (CEPC).
(3) Articulação com a OTAN, através do acompanhamento à escala nacional de
todas as atividades no quadro do Comité de Planeamento Civil de Emergência
(CEPC) da OTAN, assegurando a representação nacional nas respetivas
reuniões plenárias.
g) Área da “gestão de risco e planeamento de emergência” (nº 2 do artigo 2º do
Decreto-Lei n.º 73/2013 de 31 de maio)
Sem prejuízo de outras atividades desenvolvidas no quadro das atribuições em
matéria de avaliação de riscos coletivos e de planeamento de emergência de
proteção civil (designadamente, apoio técnico à decisão operacional, participação
em comités e grupos de trabalho de âmbito nacional e internacional, participação
em procedimentos legislativos, ações de formação e divulgação pública, emissão
de pareceres a estudos, projetos e planos, etc.), as principais atividades realizadas
no ano de 2015 foram as seguintes:
Instrumentos Legais
(4) Revisão do Enquadramento Legal da Proteção Civil: Para além do
acompanhamento dos trabalhos de revisão da Lei de Bases de Proteção Civil
(a qual foi publicada através da Lei n.º 80/2015, de 3 de agosto), foi
elaborada uma proposta de revisão da Lei n.º 65/2007 (organização da
proteção civil no âmbito municipal), procurando adequar tal diploma ao
novo enquadramento legal vigente e procedendo à atualização de algumas
componentes, tendo por base a experiência adquirida e a identificação de
_____________________________________________________________________________
53
diversos aspetos de melhoria, tanto no plano institucional como no domínio
operacional. Esta proposta de revisão foi remetida à tutela, para a
correspondente sequência do processo legislativo.
(5) Revisão do Regime Jurídico do Planeamento de Emergência de Proteção
Civil: Foi publicada em Diário da República a Resolução n.º 30/2015, de 7 de
maio, da Comissão Nacional de Proteção Civil, a qual veio simplificar a
estrutura e conteúdos dos planos de emergência de proteção civil e agilizar
os procedimentos para a sua elaboração e aprovação. Nesta sequência,
foram desencadeados procedimentos de apoio aos municípios no quadro do
regime transitório instituído, bem como iniciada a revisão de documentos
orientadores para a elaboração de Planos de Emergência (Caderno Técnico
PROCIV 3).
(6) Revisão do Regime Jurídico relativo à prevenção de acidentes graves que
envolvem substâncias perigosas: Em 2015, com a publicação do Decreto-Lei
nº 150/2015, de 5 de agosto, concluíram-se os trabalhos de transposição da
Diretiva n.º 2012/18/EU do Parlamento Europeu e do Conselho (Diretiva
Seveso III), iniciados em 2014, em articulação com a Agência Portuguesa do
Ambiente. Neste processo foram preparadas propostas legislativas relativas
a portarias referidas no diploma, bem como diversos documentos técnicos
de suporte e orientação.
Avaliação de Riscos e Vulnerabilidades
(7) Estudo do Risco Sísmico e de Tsunami: Concluiu-se o projeto QREN/POVT
“Estudo para a caracterização do risco sísmico e de tsunami”, no qual foi
elaborada cartografia de risco de tsunami para zonas historicamente
vulneráveis. Foi ainda desenvolvida uma metodologia de avaliação de bens
culturais para o risco sísmico, preparada uma campanha de sensibilização da
população relativa a sistemas de aviso e avaliada a resistência sísmica da
sede da ANPC.
(8) Caracterização de riscos à escala municipal: Foi finalizada, em pareceria com
8 Comunidades Intermunicipais e Áreas Metropolitanas, a concretização de
“Estudos de Identificação e Caracterização de Riscos”, os quais servirão de
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54
base aos instrumentos municipais de planeamento de emergência de
proteção civil. Os estudos, elaborados com co-financiamento comunitário,
através do Programa Operacional de Valorização do Território, abrangeram
um total de 47 municípios, incluindo para todos eles a identificação e
avaliação dos riscos naturais, tecnológicos e mistos existentes, a
caracterização das zonas vulneráveis e elementos expostos, a definição de
estratégias para a mitigação dos riscos e a identificação de cenários de
sustentação às operações, concorrendo assim para o objetivo de prevenir os
riscos coletivos e para a minimização dos efeitos de acidentes graves ou
catástrofes.
(9) Instrumentos de Gestão Territorial: No âmbito da participação da ANPC em
procedimentos relacionados com instrumentos de gestão territorial
registou-se o acompanhamento de mais de uma centena de Planos
Municipais de Ordenamento do Território, bem como da revisão dos
Programas da Orla Costeira. Adicionalmente, a ANPC pronunciou-se, em
sede de Comissão Nacional da Reserva Ecológica Nacional, até à extinção
daquele órgão, sobre cerca de duas dezenas de propostas de delimitação
desta restrição de utilidade pública, de modo a consagrar a gestão dos
riscos e a redução de vulnerabilidades na ocupação do território.
Instrumentos de Planeamento de Emergência
(10) Revisão dos Planos Distritais de Emergência de Proteção Civil: Foi finalizada
a elaboração dos 18 Planos Distritais de Emergência de Proteção Civil
(PDEPC), os quais foram sujeitos a consulta pública entre junho e agosto de
2015, encontrando-se, no final de 2015, a aguardar a apreciação por parte
das entidades territorialmente competentes. Os 18 PDEPC seguiram um
modelo comum (“Plano-tipo”), ajustado ao novo regime jurídico do
planeamento de emergência, de modo a garantir a homogeneidade
territorial dos mecanismos de resposta e a constituir um instrumento
pedagógico numa lógica de otimização e operacionalização dos planos de
emergência de proteção civil de outros níveis territoriais.
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(11) Análise a Planos de Emergência de Proteção Civil: Em 2015, foram emitidos
pareceres a 26 Planos de Emergência de Proteção Civil de âmbito municipal
e a 1 de âmbito regional. Em paralelo, foram aprovados pela Comissão
Nacional de Proteção Civil mais 10 Planos Municipais de Emergência de
Proteção Civil, somando agora 145, abrangendo já cerca de 62% da
população e 55% da área geográfica de Portugal Continental. De referir que
em 2015 apenas foi realizada uma reunião da CNPC visando a aprovação de
PEPC.
(12) Plano Regresso: No quadro da Comissão Executiva do Plano Regresso (no
qual a ANPC assume a Vice-Presidência e o Secretariado), a ANPC elaborou o
documento “Plano Regresso – Articulação Plano Regresso Geral e Planos
Setoriais”, destinado a estabelecer a articulação dos diversos Planos
Setoriais e a evidenciar o seu contributo no quadro de execução do Plano
Regresso Geral. De notar que Plano Regresso constitui um instrumento
onde se definem a estrutura e os procedimentos que visam criar condições
para que os cidadãos nacionais, radicados em países estrangeiros, onde
ocorram situações anómalas, possam regressar e serem inseridos na
sociedade, de forma rápida, segura e organizada, e com o mínimo de
perturbação para a vida nacional.
(13) Proteção de Infraestruturas Críticas: No âmbito do cumprimento da
legislação comunitária e nacional relativa a esta matéria, foi assegurado o
apoio aos operadores de Infraestruturas Críticas Nacionais (ICN) na
elaboração dos respetivos "Planos de Segurança dos Operadores" (PSO),
tendo sido apreciados os PSO correspondentes a cerca de 15% das ICN
designadas. Em paralelo, continuaram a desenrolar-se os trabalhos de
identificação preliminar de potenciais ICN referentes às infraestruturas
físicas do sector das Comunicações.
Mecanismos de Cooperação Institucional
(14) Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes: No âmbito
das atividades da Plataforma, foi assinalado o dia 13 de outubro (designado
Dia Internacional para a Redução do Risco de Catástrofes), através do
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lançamento do site da Plataforma Nacional para a Redução do Risco de
Catástrofes – www.pnrrc.pt – e da publicação “Cidades Resilientes em
Portugal” que dá destaque às boas práticas desenvolvidas pelos 7
municípios portugueses que aderiram à campanha “Making Cities Resilient –
My City is Getting Ready”, promovida pela UNISDR. A ANPC participou ainda
na 3ª Conferência Internacional para a Redução do Risco de Catástrofes,
onde foi adotado o Quadro de Sendai para a Redução do Risco de
Catástrofes 2015-2030, tendo sido realizadas diversas visitas técnicas a
entidades japonesas no âmbito deste tema.
(15) Comissão Nacional de Proteção Civil: Ao longo de 2015 reuniu por 2 vezes,
tendo aprovado 10 e revisto 4 Planos de Emergência de Proteção Civil e
ainda aprovado a Diretiva Operacional Nacional n.º 2/2015 “Dispositivo
Especial de Combate aos Incêndios Florestais” (DON-DECIF/2015).
(16) Grupos de Trabalho Internacionais: A ANPC esteve representada num
variado conjunto de grupos/fóruns internacionais, designadamente (i)
Grupo de Trabalho de Proteção Civil da EU, (ii) Comité de Proteção Civil da
Comissão Europeia, (iii) Comité de Proteção Civil da NATO, (iv) Comité dos
Correspondentes Permanentes do Acordo Parcial Aberto, (v) Fórum de
Ministros da CPLP, (vi) Comissões Mistas Luso-Espanholas, (vii) Grupo de
Peritos em Incêndios Florestais (EFFIS), (viii) Grupo de Coordenação
Intergovernamental para o Sistema de Alerta de Tsunami na região do
Atlântico Nordeste, Mediterrâneo e Mares Conexos, (ix) Agência
Internacional de Energia Atómica, (x) Grupo de Peritos Seveso da Diretiva
Seveso III, (xi) Autoridades Competentes do sistema ECURIE e (xii)
Convenção UNECE - Efeitos Transfronteiriços em caso de acidentes
industriais.
(17) Protocolo sobre Emergências Radiológicas: Foi assinado, em 30 de julho de
2015, o Protocolo de Cooperação em matéria de Emergências Radiológicas e
Nucleares, entre a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Agência
Portuguesa do Ambiente, o Instituto Superior Técnico da Universidade de
Lisboa e o Conselho de Segurança Nuclear do Reino de Espanha. Este
protocolo tem como principal objetivo reforçar a colaboração entre as
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instituições signatárias para estabelecer mecanismos de resposta e
promover o desenvolvimento dos meios humanos e materiais, de forma a
reagir a potenciais emergências radiológicas ou nucleares com impactos
transfronteiriços ou transnacionais.
(18) 3ª Edição do Curso de Emergências Radiológicas: A ANPC realizou, em
outubro de 2015, a 3ª edição do Curso de Emergências Radiológicas, tendo
como principal objetivo melhorar a articulação entre entidades e forças
empenhadas em situações de emergência radiológica. Esta ação formativa
teve origem nos trabalhos da Comissão Nacional para Emergências
Radiológicas, órgão presidido pela ANPC, na qual foram apresentados os
seus objetivos e respetiva planificação. O curso incluiu uma componente
letiva, realizada em sala ao longo de 2 dias, e uma componente prática
conduzida no 3.º e último dia, através de uma demonstração. Ao todo, a
ação contou com 65 participantes provenientes de 13 entidades com
responsabilidades neste domínio.
(19) Sistemas de Alerta e Aviso: Enquadrado no projeto MOLINES – Modelação
da Inundação em Estuários - Da avaliação da perigosidade à gestão crítica,
financiado pela Fundação de Ciência e Tecnologia, no qual também
participam o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Universidade de
Coimbra, foi realizada uma visita técnica à Holanda para obter informação
sobre o sistema de aviso à população implementado, baseado em
tecnologia difusão celular. Esta visita permitiu o estabelecimento de
contactos importantes com vista à estruturação do futuro Sistema Nacional
de Alerta e Aviso.
h) Área da Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE)
Sem prejuízo de outras atividades desenvolvidas no quadro das atribuições em
matéria de segurança contra incêndio em edifícios (designadamente: participação
em comissões de normalização; participação em seminários e conferências e ações
de sensibilização e divulgação pública; etc.), as principais atividades realizadas no
ano de 2015 foram as seguintes:
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(1) Regime jurídico de Segurança contra Incêndio em Edifícios: Foi Concluída a
revisão deste regime jurídico, com a publicação do Decreto-Lei n.º 224/2015,
de 9 de outubro; Foram ainda preparadas e finalizadas as três propostas de
alteração da Portaria n.º 1532/2009, de 29 de dezembro, da Portaria n.º
773/2009, de 21 de julho e da Portaria n.º 1054/2009, de 16 de setembro.
(2) Acompanhamento da implementação do regime jurídico de Segurança
contra Incêndio em Edifícios: No âmbito da apreciação de projetos, medidas
de autoproteção e da realização de vistorias e inspeções, procedeu-se ao
acompanhamento dos CDOS mais deficitários em termos de resposta,
nomeadamente nos processos classificados nas categorias de risco mais
elevadas. No geral, verificou-se um ligeiro aumento do nº de requerimentos
(mais de 14 mil) e da receita arrecadada (acima dos 3.5 milhões de euros),
sobretudo devido à entrega de medidas de autoproteção, que representam
agora o principal foco das solicitações.
(3) No âmbito da operacionalização da Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho, de
referir a análise e tratamento de 305 novos pedidos de registo de empresas,
totalizando, no final de 2015, 1740 empresas registadas e 2699 técnicos
responsáveis (informação atualizada e publicitada no site da ANPC).
(4) No âmbito do registo de técnicos especialistas de SCIE, conforme o
estipulado no artigo 16º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro,
deram entrada 109 novos processos em 2015, encontrando-se, no final de
2015, 1250 técnicos registados e publicitados no site da ANPC.
(5) No âmbito da formação na área de SCIE, e de acordo com o estipulado
neste regime jurídico, nomeadamente na formação preconizada para
técnicos especialistas (alínea anterior) e para entidades credenciadas ao
abrigo da Portaria n.º 64/2009, de 22 de janeiro, foram ainda apreciadas 12
novas propostas de empresas formadoras, totalizando agora a oferta
formativa, disponível no site da ANPC, 24 cursos de 128h, 7 cursos de 90h e 7
cursos de 70h.
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(6) Foi elaborada, submetida ao Sistema de Apoio à Modernização e
Capacitação da Administração Pública – SAMA2020 em Set/2015, e aprovada
no final do ano, uma candidatura para a implementação do sistema
informático previsto no artigo 32º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de
novembro. Este projeto, de cerca de 2 anos e 1 milhão de euros de
investimento, deverá permitir a desmaterialização dos procedimentos
previstos neste regime jurídico. Os custos distribuem-se pelas aquisições de
serviços de apoio e para a implementação do sistema informático, de
licenças de software e de hardware.
i) Recursos Humanos
Em 2015 podem destacar-se, na área dos recursos humanos, as seguintes ações:
(1) Foi estudado e aprovado internamente um Mapa de Pessoal de Referência,
que tem por objetivo constituir um suporte para a orientação da
estruturação anual do Mapa de Pessoal. Este Mapa de Pessoal de referência
integra ainda para cada posto de trabalho considerado, a sua devida
caracterização seja nos requisitos exigidos ou recomendados seja no
conteúdo funcional do mesmo. Este documento será objeto de avaliação,
analise e eventuais ajustamentos.
(2) Sub-Registo ANPC: análise e encaminhamento de toda a documentação
provenientes do Comité de Planeamento Civil de Emergência (CEPC) da
OTAN e dos seus quatro Grupos de Trabalho.
(3) Procedeu-se à abertura de seis procedimentos concursais para
recrutamento de Técnicos Superiores, Assistentes Técnicos e Assistentes
Operacionais.
(4) Desmaterialização de processos de assiduidade devido à implementação do
Sistema Biométrico de Gestão de Assiduidade;
(5) Formação a cerca de 38% de trabalhadores da ANPC;
(6) Garantida a colaboração entre a ANPC e Escola Nacional de Bombeiros em
matéria de gestão de recursos humanos (universo de cerca de 589
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trabalhadores a exercerem funções na ANPC). Foram desenvolvidas tarefas
de natureza diversificada, destacando-se análise prévia de toda a
documentação antes de ser submetida a despacho da direção da ENB,
conferência mensal do mapa de vencimentos; registo de assiduidade;
elaboração de todos os cálculos referentes a ajudas de custo e trabalho
extraordinário; elaboração de pareceres; elaboração de contratos.
j) Apoio aos Projetos Estratégicos QREN/POVT 2007/2013
(1) Promoção e apresentação de candidaturas da ANPC ao POVT/QREN,
destacando-se as relativas à “Aquisição de 14 Viaturas Operacionais de
Proteção e Socorro”, à “Aquisição de Estações Rádio Móveis e de uma
Aplicação para Mapas de Cobertura, destinadas a reforçar o serviço da rede
SIRESP em situações de emergência” e à “Aquisição Equipamentos
Operacionais de Proteção Civil” – 3ª fase;
(2) Elaboração da reprogramação material, temporal e financeira em baixa das
operações: "Aquisição de 95 viaturas Operacionais de Proteção e Socorro",
"Aquisição de Equipamentos Operacionais de Proteção Civil - 2.ª Fase", bem
como reprogramação temporal das operações relacionadas com os Estudos
de Identificação e Caracterização de Riscos em diversos Concelhos (10
candidaturas);
(3) Acompanhamento e apoio às candidaturas das CIM/AM ao POVT/QREN para
a aquisição de EPI para os corpos de bombeiros;
(4) Conclusão de operações da ANPC no domínio POVT;
(5) Acompanhamento de auditorias e ações de follow-up promovidas pelas
autoridades de gestão e controlo financeiro (POVT-QREN / ADC) em especial
nas operações Capacidade de intervenção operacional e Aquisição de
viaturas e outros equipamentos para reforço do sistema de prevenção,
vigilância e 1ª intervenção;
(6) Relatórios Anuais e Finais de execução de operações;
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(7) Conclusão de algumas das candidaturas da ANPC no domínio POVT;
k) Quadro Comunitário de Apoio POSEUR 2014-2020
(1) Participação no Comité de Acompanhamento do Programa Operacional
Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos - POSEUR para a definição
dos conteúdos/projetos do POSEUR/PORTUGAL2020 (Acordo Parceria,
Investimentos Prioritários e Programa Nacional);
(2) Participação em reuniões de trabalho no âmbito do MAI/POSEUR/ADC para
a definição das condicionalidades ex-ante no âmbito da Política de Coesão
2014-2020;
(3) Participação no Grupo de Trabalho do MAI para a definição do Programa
Nacional do Fundo de Segurança Interna (FSI);
(4) Participação no Grupo de Trabalho denominado GTA (Grupo Técnico de
Apoio) do Tema Secure Societies do H2020.
l) Parcerias e Pareceres ANPC
(1) Coordenação de pareceres da ANPC sobre candidaturas de beneficiários ao
reprogramado Eixo II do POVT - Ações Materiais (infraestruturas de
proteção civil/quartéis, veículos, equipamentos operacionais) e aos PO
Regionais – Ações Imateriais (estudos e planos municipais de emergência);
(2) Contributos de âmbito setorial para a Direção de Serviços de Gestão de
Fundos Comunitários e POVT - QREN (pontos de situação da ANPC e
designadamente informação técnica de candidaturas em curso).
m) Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha/Portugal
Acompanhamento e encerramento de projetos em parceria com a ANPC –
regime de participação não financeira.
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n) FORÇA ESPECIAL BOMBEIROS - FEB
Em 2015 verificou-se um aumento significativo da atividade operacional de combate a
incêndios florestais face ao ano de 2014, em linha com o restante Dispositivo Especial de
Combate a Incêndios Florestais (DECIF).
A área formativa caraterizou-se em duas vertentes, a primeira numa forte componente
interna, com a implementação de um plano de formação e treino que contemplou 3 236
horas nas mais variadas áreas, e a segunda num apoio significativo à Escola Nacional de
Bombeiros (ENB), maioritariamente na área formativa de combate a incêndios florestais.
Outro aspeto particularmente importante foi a atribuição de novas funções à Unidade de
Apoio, que permitiu a centralização, o tratamento e a uniformização de todos os
processos inerentes ao parque automóvel da FEB.
A inauguração da Base Permanente da FEB de Santarém proporcionou também as
condições de permanência necessárias aos recursos da FEB existentes naquele distrito.
Foi igualmente desenvolvido um estudo sobre acidentes rodoviários com veículos da FEB,
com implicações a vários níveis, traduzindo-se na implementação de um programa de
prevenção na condução de veículos.
Os recursos humanos da FEB caraterizam-se genericamente pela sua multidisciplinaridade
e elevada capacidade técnica, associado à permanente disponibilidade na operação. A
maioria dos operacionais é do sexo masculino (97,02%), com uma média global de idades
de 35,7 anos. No que concerne às habilitações literárias, 62% do efetivo conta com o
ensino secundário completo, verificando-se 15,2% de operacionais com formação de nível
superior.
Por fim, os procedimentos administrativos de aquisição de equipamentos associados à
massificação da especialidade de Salvamento em Grande Ângulo no seio da FEB, permitiu
reunirem as condições necessárias à operacionalização da valência, prevista para o
primeiro trimestre de 2016. Ainda na parte operacional, foi possível formatar três módulos
de bombagem de águas, por via de recursos disponibilizados pelo Comando Nacional de
Operações de Socorro, com uma capacidade de trabalho total aproximada de 12.000
litros/minuto. Estes módulos estão distribuídos por Companhia, sem prejuízo da sua
mobilização local ou em qualquer ponto de território nacional, isoladamente ou em grupo.
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(1) Missões Operacionais
Missões de combate a incêndios florestais com meios terrestres: 558;
Missões de ataque inicial com meios aéreos no combate a incêndios florestais: 1169;
Missões no âmbito do Plano Operacional Peneda Gerês: 135;
Missões de ataque ampliado com meios aéreos no combate a incêndios florestais: 101;
Missões de ataque ampliado com meios terrestres, pré-posicionamentos, Grupo de
Análise e Uso do Fogo, equipas de reconhecimento e avaliação da situação (incêndios
florestais): 155.
Atividade do Grupo de Recuperadores Salvadores:
Busca e Salvamento: 4;
Evacuações médicas: 55;
Outras missões (transporte de órgãos e reposicionamentos): 8;
Número de vítimas transportadas: 57;
Treinos: 6.
Missões do Grupo de Resgate em Montanha no âmbito do Plano Operacional Nacional
Serra da Estrela:
PONSE 2014/2015: 347
PONSE 2015/2016: 476;
Missões da Brigada de Salvamento Aquático: 30;
Missões da Brigada de Apoio Logístico: 19;
Missões de fogos controlados: 8;
Missões em situações meteorológicas adversas: 2;
Participações em dispositivos especiais distritais: 2;
(2) Formação e Treino Operacional
Treino Operacional de ferramentas manuais e mecânicas no combate a incêndios
florestais, ministrado a Corpos de Bombeiros: 26 ações
Número de elementos formados: 420
Número de horas de empenhamento: 416
Treino Operacional de ferramentas manuais no combate a incêndios florestais,
ministrado a outros Agentes de Proteção Civil (Forças Armadas e Sapadores Florestais):
32 ações
6 Valores provisórios em 31de dezembro de 2015, relativos ao PONSE em curso (2015/2016)
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Número de elementos formados: 807
Número de horas de empenhamento: 512
Formação ministrada em apoio à Escola Nacional de Bombeiros: 37 ações
Formação adquirida: 60 ações
Número de elementos formados: 325
Número de horas de empenhamento: 2 148
Exercícios operacionais: 15
(3) Missões de Apoio
Missões de apoio aos CDOS, CNOS, PONSE (Serra da Estrela), BHSP Loulé e reforço a
teatros de operações (operadores de telecomunicações): 673 missões
Número de horas de empenhamento: 11 767
(4) Representações
Ações de sensibilização: 210 ações
Número de participantes: 379
o) Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS)
Atividade desenvolvida e principais resultados
Atividade de Proteção e Socorro
O Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) define-se como o
conjunto de estruturas, normas e procedimentos de natureza permanente e conjuntural
que asseguram que todos os agentes de proteção civil atuam, no plano operacional,
articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respetiva dependência
hierárquica e funcional, visando responder a situações de iminência ou de ocorrência de
acidente grave ou catástrofe. É regulado pelo Decreto-lei n.º 134/2006, de 25 de julho e
após 6 anos da sua vigência e aplicação, foi alvo de uma revisão por via do Decreto-lei n.º
72/2013 de 31 de maio, melhorando a capacidade de resposta ao nível do Comando
Nacional de Operações de Socorro, dotando-o de maior capacidade de resposta e criando
os agrupamentos distritais de operações de socorro, com o objetivo de aproveitar os
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65
efeitos de escala e sinergias de nível regional, na capacidade de comando e controlo de
operações de proteção e socorro.
Analisando, comparativamente, a distribuição do número de ocorrências no domínio da
proteção e socorro com os valores verificados nos últimos anos, é possível constatar um
ligeiro acréscimo do número de ocorrências [+6 325 ocorrências o que corresponde a um
acréscimo de 3,5 %], em 2015 face ao ano anterior. Tal acréscimo verificou-se sobretudo
nas famílias de ocorrências relacionadas com os incêndios em habitação, nos acidentes
rodoviários e nos outros eventos de proteção e socorro onde se incluem ações como a
limpeza de vias e sinalização de perigo ou a prevenção a atividades de lazer. O conjunto
das 178.548 ocorrências empenhou um total de 807.186 operacionais e 302.571 veículos.
Tipo de Socorro 2013 2014 2015
Incêndios em Habitação 5.655 6.380 6.484
Incêndios Industriais 704 626 692
Outros Incêndios [excluindo os rurais] 11.874 11.125 9.944
Acidentes [com socorro] 30.349 29.585 31.863
Intervenções em Infraestruturas e Vias de Comunicação 28.458 20.215 12.622
Conflitos legais 17.774 16.207 17.484
Acidentes Tecnológicos e Industriais 1.076 1.003 919
Outros Eventos de Proteção e Socorro 78.655 87.082 98.540
Totais Intervenções de Socorro 174.545 172.223 178 548
Para além das 178.548 missões de proteção e socorro efetuadas em 2015, os agentes de
proteção civil e em particular os bombeiros efetuaram ainda 973 374 ocorrências de
assistência em saúde, representando a assistência à doença, 62 % do total das missões
efetuadas.
Em Maio e à semelhança do que se tem verificado em anos anteriores, a ANPC, através do
CDOS de Santarém, preparou um dispositivo de resposta na vertente safety, composto
por 243 operacionais e 81 veículos pertencentes aos 28 Corpos de Bombeiros (CB´s) do
distrito de Santarém, Serviço Municipal de Proteção Civil de Ourém, Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM), Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), Força Especial de
Bombeiros (FEB) e Corpo Nacional de Escutas (CNE) destinado a garantir a prestação de
socorro e assistência ao elevado número de peregrinos que, nos dias 12 e 13 de Maio,
acorreram ao Santuário de Fátima. Considerando o grande afluxo de pessoas aos locais de
visita, com especial incidência para o Santuário de Fátima, este dispositivo, para além dos
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66
meios de proteção e socorro, contou a utilização do Centro Tático de Comando (CETAC),
como centro tático de comando avançado, autónomo e modular, para coordenação de
toda a operação de proteção e socorro. Este dispositivo respondeu a um total de 722
ocorrências, sendo que 634 corresponderam a assistência de primeiros socorros aos
peregrinos.
INCÊNDIOS FLORESTAIS
Os incêndios florestais continuam a constituir-se como um dos principais domínios que
obrigam a um permanente envolvimento da Proteção Civil e de todos os agentes de
proteção civil que concorrem para o seu combate. À semelhança de anos anteriores a
ANPC efetuou uma cuidada preparação e aprontamento do dispositivo especial de
combate a incêndios florestais, em estreita coordenação e articulação com os agentes de
proteção civil e todas as entidades que concorrem para a defesa da floresta contra
incêndios. Em 2015 deu-se sequência à realização de um conjunto de ações de treino
operacional, especialmente dirigidas aos Corpos de Bombeiros num total de 340 ações
que envolveram um universo de 5.851 operacionais treinados em áreas identificadas após
a campanha de 2014 como prioritárias, tais como, (i) implementação do sistema de gestão
de operações, (ii) técnicas de combate com ferramentas manuais e mecânicas, (iii)
técnicas de combate com recurso a máquinas de rasto, (iv) operações de comando e
controlo de unidades de reforço e (v) controlo de operações aéreas.
Em 2015 registaram-se 16.301 ocorrências, as quais contribuíram para 63.937 ha de área
ardida. Tais valores representam um acréscimo face aos valores verificados em 2014 [o
melhor de sempre] mas com valores abaixo dos valores médios do decénio. Apesar do
acréscimo de área ardida verificado, constata-se que o valor de área ardida em
povoamentos florestais verificado em 2015, se encontra abaixo do objetivo estabelecido
pelo Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios para o quinquénio 2013 – 2018
e que corresponde, a 0,8 % da superfície florestal em povoamentos.
Incêndios Florestais 2013 2014 2015** Média (10 anos)
Numero ocorrências 19.291 7.067 16.301 21.244
Área Total Ardida (ha) 152.758 19.930 63.937 104.250
Incultos ardidos (Matos) (ha) 67.968 (64 %) 11.203 (56 %) 40.655 57.428 (55 %)
Povoamentos ardidos (ha) 55.673 (36 %) 8.727 (43 %) 23.282 46.822 (45 %)
Objetivo do PNDFCI para período 2013 - 2018 <25.238 ha
**Valores Provisórios – 01 de Janeiro a 31 Dezembro, Fonte: ICNF I.P.
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67
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) expresso na Diretiva
Operacional Nacional (DON) N.º 2/2015, integrou durante a fase mais crítica de 2015
[período Julho a Setembro], um total de 9.721 operacionais, 2.050 veículos e 49 meios
aéreos. Contou igualmente com operacionais do Grupo de Intervenção e Socorro (GIPS)
da Guarda Nacional Republicana (GNR), com intervenção em 11 distritos, com um total de
591 elementos apoiados por 73 veículos e, pela Força Especial de Bombeiros (FEB), que
integrou um efetivo de 256 operacionais apoiados por 49 veículos, distribuídos por 7
distritos. Do dispositivo de combate a incêndios florestais, fizeram parte ainda 1.517
elementos do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e onde se incluem
265 equipas de sapadores florestais; 231 operacionais da AFOCELCA para além de 944
elementos do SEPNA-GNR responsáveis pela deteção e vigilância. Contou ainda com a
habitual colaboração das Forças Armadas, as quais ao abrigo do Plano Lira do Exército,
empenharam um efetivo acumulado de 38 pelotões militares e 14 destacamentos de
engenharia em ações de combate indireto, vigilância, rescaldo e consolidação da extinção,
que se traduz num total empenhado de 917 militares e 172 veículos e equipamentos
pesados de engenharia.
A área do Parque Natural da Peneda Gerês (PNPG) continuou em 2015 a merecer especial
atenção no que aos incêndios florestais diz respeito, através da ativação de um Plano de
Operações Nacional dedicado, o qual estabelece, durante a fase Charlie do DECIF a
existência, em permanência, de um Dispositivo Conjunto de Defesa Contra Incêndios
(DCDCI) por via da constituição de 2 Forças de Intervenção Rápida (FIR), localizadas em
dois locais de estacionamento próximos de duas importantes áreas naturais (Mata de
Albergaria e Ramiscal), compostas por operacionais do ICNF, dos Bombeiros, da FEB e do
GIPS-GNR. A presença deste dispositivo dedicado permitiu concluir que, na sua área de
influência (freguesias de Pedra Bela, Campo do Gerês e Terras de Bouro), se conseguiu
manter o número de ignições num quantitativo bastante reduzido quando comparado
com anos anteriores.
Embora os meios aéreos não sejam responsáveis pela extinção dos incêndios florestais, já
que estes incêndios se combatem no terreno, através da ação dos recursos terrestres, a
sua utilização no combate é essencial para o domínio de incêndios nascentes e para a
diminuição da intensidade das frentes de fogo, possibilitando uma intervenção mais
rápida e segura dos recursos terrestres. Ao nível do combate aéreo, foram realizadas em
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68
2015, um total de 5.456 missões, um valor naturalmente superior ao verificado no ano
anterior, fruto do incremento do número de incêndios.
2013 2014 2015
Horas
voadas
Número
Missões
Número
Aeronaves
Horas
voadas
Número
Missões
Número
Aeronaves
Horas
voadas
Número
Missões
Número
Aeronaves
7.112 6.887 47 1.921 2.522 49 5.233 5.456 49
Para os resultados obtidos, terá certamente contribuído o papel desempenhado pelas
forças de segurança (GNR, PSP e PJ), na prevenção de elícitos relativos ao crime de
incêndio florestal, tendo no seu conjunto contribuído para a deteção de 85 indivíduos
identificados, pela prática fundada, deste crime.
A ANPC garantiu, no período de 14 de outubro a 06 de novembro, a ativação de um
Dispositivo Especial de Proteção e Socorro - DEPET2015, de apoio ao exercício NATO Trident
Juncture 2015, apropriado para responder com eficácia, rapidez e em segurança às
situações de proteção e socorro que se poderiam vir a registar, compreendendo ainda uma
forte e permanente articulação com as forças de segurança e forças militares. No período
de 14 a 20 de Outubro, período que correspondeu à movimentação nacional de forças
oriundas de diversas unidades militares nacionais e, a chegada a território nacional, dos
vários contingentes militares, implicou o reforço dos corpos de bombeiros na envolvente
do Campo Militar de Santa Margarida, nomeadamente os corpos de bombeiros de
Constância, Vila Nova da Barquinha, Abrantes e Chamusca, na valência de combate a
incêndios, salvamento e desencarceramento e emergência pré-hospitalar, num efetivo
global de 16 bombeiros. Numa segunda fase, compreendida entre 21 de outubro e 06 de
novembro e, considerando a localização e o tipo de cenários previstos no âmbito de cada
exercício, onde se incluíam, entre outros, diversos lançamentos de paraquedistas,
exercícios militares com fogo real, e a montagem de meios militares para a transposição
do rio Tejo e de meios de combate pesados, o dispositivo foi reforçado e alargado a outros
corpos de bombeiros dos distritos de Santarém – Entroncamento, Golegã e Torres Novas,
Portalegre – Ponte de Sor e Gavião e Setúbal - Grândola num efetivo global de 68
bombeiros. Durante este período o INEM reforçou igualmente um conjunto de valências
específicas no domínio da emergência médica, através o pré-posicionamento de diversos
meios diferenciados envolvendo um efetivo global de 32 operacionais.
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69
À semelhança do que já se verificou, em anos anteriores, foi ativado no início do mês de
Dezembro o Plano de Operações da Serra da Estrela (PONSE). Este plano tem como
finalidade a gestão operacional, conjunta e plurianual, de um Dispositivo conjunto de
Proteção e Socorro (DICSE), constituído por meios humanos e equipamentos de resposta
operacional, com especial incidência para a área do Maciço Central da Serra da Estrela. Este
dispositivo é constituído, anualmente, considerando o grande afluxo de visitantes a esta
região durante o Inverno, tendo em vista a realização de diversas atividades ao ar livre,
originando, com frequência situações problemáticas no âmbito da proteção e do socorro
que exigem o empenhamento de diversos Agentes de Proteção Civil. Abrange os distritos
da Guarda e Castelo Branco, e é constituído durante a semana por 20 operacionais,
aumentando para 41 operacionais durante os fins-de-semana e feriados, envolvendo
operacionais dos Corpos de Bombeiros, FEB e elementos da Base Tática de Busca e Resgate
de Montanha da Serra da Estrela dos GIPS/GNR, e estará em funcionamento até ao final do
mês de Abril de 2016. Ao abrigo deste plano, houve lugar à realização de 347 missões
destacando-se do total de missões, a realização de 223 missões de pré-posicionamento de
meios, 57 missões de apoio a veículos e 30 ações de patrulhamento.
No quadro do teste de vários planos de emergência e de resposta a vários cenários, houve
lugar, em 2015, à realização de 32 exercícios do tipo CPX ou LIVEX, de âmbito municipal e
distrital, responsáveis pelo envolvimento de cerca de 2.390 operacionais, dos vários
agentes de proteção civil e entidades cooperantes. Do total de exercícios realizados, 29
incidiram sobre a componente LIVEX, com real mobilização de meios e recursos de socorro,
vocacionados para a exercitar a resposta a vários cenários de emergência complexos, tais
como, os incêndios florestais, os acidentes com aeronaves, no domínio ferroviário ou em
infraestruturas rodoviárias complexas (Tuneis rodoviários e outros importantes eixos
rodoviários). Foram ainda realizados um conjunto significativo de exercícios LIVEX, no
domínio do teste aos Planos de Emergência de natureza especial, municipal e distrital.
A componente CPX, com 6 exercícios efetuados e que envolveram a participação de 424
operacionais destinou-se, em particular, à exercitação de uma importante área no domínio
das operações de proteção e socorro e que diz respeito ao funcionamento e articulação
institucional dos vários intervenientes, ao nível do Posto de Comando Operacional,
estrutura responsável por coordenar, articular e controlar a execução das várias missões
atribuídas aos diversos intervenientes numa operação complexa, e que no quadro do
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70
aprontamento do DECIF2015, incidiu em grande parte sobre cenários relativo ao combate
aos incêndios florestais.
EXERCÍCIOS INTERNACIONAIS
Decorreu nos dias 10 e 11 de Novembro de 2015, um exercício na modalidade CPX (Command
Post Exercise) de resposta a um evento de Tsunami, designado por EU WESTSUNAMI. A
Autoridade Nacional de Proteção Civil, em conjunto com o Instituto Português do Mar e
Atmosfera (IPMA) e a Direção-Geral da Autoridade Marítima, participam no exercício que
simulou um evento de Tsunami, que atinge em particular a Região do Algarve.
O exercício decorreu enquadrado no projeto coordenado pela Proteção Civil e Emergências
de Espanha, cofinanciado pela Comissão Europeia, envolvendo os países de Portugal,
Espanha e Marrocos, simulando o sismo de Lisboa de 1755, com o propósito de preparar e
capacitar a resposta um evento sísmico seguido de Tsunami, de âmbito internacional com a
afetação em simultâneo dos 3 países e teve como principais objetivos de âmbito
internacional os seguintes:
1. Testar os protocolos de comunicação entre as quatro entidades do projeto (ERCC,
Espanha, Portugal e Marrocos);
2. Identificar as principais lacunas inerentes à resposta uma situação de emergência
inerente a um evento de Tsunami;
3. Conhecer e exercitar os instrumentos de coordenação que podem ser utilizados para
um evento de Tsunami;
4. Familiarização por parte de Marrocos com os procedimentos, ferramentas e
capacidades do Mecanismo Europeu de PC;
5. Testar a ferramenta de imagens de satélite associado ao sistema COPERNICUS;
6. Testar os procedimentos de pedidos de assistência internacional, por parte dos
Países afetados, e respetivo apoio às equipas de resposta.
PLANEAMENTO
No decurso da preparação do DECIF2015, foram levadas a cabo um conjunto de sessões
técnicas por agrupamento que culminaram na realização de uma sessão técnica final em
Santarém, no sentido de recolher melhorias a introduzir na Diretiva Operacional Nacional
(DON) respetiva. À luz desses contributos, esta DON foi presente e aprovada em sede da
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71
CNPC, no dia 30 de março. Foram ainda iniciados os trabalhos sobre a elaboração de 2
Diretivas Operacionais Nacionais (DON), respetivamente, Busca e Salvamento Urbano e
Salvamento Aquático e a ainda iniciados os trabalhos de conducentes à revisão à DON n.º 1
e DON n.º3
Célula Operacional de Planeamento, Operações, Monitorização e Avaliação do Risco e
Informações (CEPORI)
Sistema de Apoio à Decisão Operacional (SADO)
O ano de 2015 foi marcado por grandes desenvolvimentos no SADO, e planeamento de
futuros módulos para o ano de 2016. No ano de 2015 procedeu-se ainda a um conjunto de
correções de anteriores projetos, de forma a adaptá-los às novas necessidades de apoio à
decisão operacional. Dos desenvolvimentos efetuados destacam-se:
Desenvolvimento de módulo SINOP (Sistema de notificações operacionais) tornando
este sistema automático a partir do SADO;
Desenvolvimento de projeto 112.pt - com implementação em 2016 – de forma a
automatizar o processo de comunicação de ocorrências entre o 112.pt e os CDOS;
Desenvolvimento do módulo SITAC (Situação tática) para apoio a teatros de
operações;
Desenvolvimento do módulo SGO (Sistema de Gestão de Operações) permitindo o
registo de todas as funções do SGO na aplicação SADO, e criação dos
correspondentes organogramas;
Desenvolvimento do módulo Dossier permitindo o agrupamento, a análise e
monitorização de ocorrências associadas;
Desenvolvimento do módulo para integração dos corpos de bombeiros sapadores e
registos das ocorrências no SADO;
Continuação do processo de integração de registos de ocorrências no SADO pelos
corpos de bombeiros voluntários;
Desenvolvimento de relatórios para integração do SADO diretamente na página
online da ANPC;
Para além destes desenvolvimentos foram melhorados os módulos já em funcionamento e
efetuados melhoramentos nos relatórios estatísticos do SADO, e criados novos relatórios
_____________________________________________________________________________
72
para novas necessidades operacionais e alguns solicitados por diferentes unidades
orgânicas da ANPC.
Formação Operadores do CNOS e CDOS
A formação dos trabalhadores assume-se como a pedra basilar da evolução de qualquer
estrutura ou organização. Neste sentido durante o ano de 2015 realizaram-se um vasto
conjunto de ações de formação conforme resumido na tabela infra.
Ação N.º formandos Destinatários N.º Ações Carga
Horária
Treino Operacional com o VC3 259
OPTEL CNOS
OPTEL CDOS
EO ANPC
FEB
6 8 horas
Curso de Gestão de situações de
atendimento telefónico em Inglês 24 OPTEL CNOS 3 8 horas
Curso de Operador de Telecomunicações
da ANPC 100
OPTEL CNOS
OPTEL CDOS 4 25 horas
O Treino Operacional com o VC3 teve como principal objetivo dotar os participantes de
competências técnico-operacionais que permitam garantir, em situação de reforço, o
funcionamento do VC3 afeto ao Centro Tático de Comando da ANPC.
As ações decorreram:
Sede ANPC – 30 e 31 março 2015 (Operadores CNOS e CDOS Leiria);
BAL Castelo Branco – 14 e 15 abril 2015 (Agrupamento Centro Sul);
CB Águas de Moura – 16 e 17 abril 2015 (Agrupamento Sul e Algarve);
BAL Mangualde – 27 e 28 abril 2015 (Agrupamento Centro Norte);
BAL Paredes – 29 e 30 abril 2015 (Agrupamento Norte);
Sede ANPC – 4 de Junho (OPAT CNOS).
Estas ações foram devidamente certificadas pela ENB enquanto Ação de Treino Operacional.
O corpo docente foi constituído por formadores oriundos do CNOS/ANPC.
O Curso de Gestão de situações de atendimento telefónico em Inglês surge da necessidade
de formar os operadores da SALOC do CNOS, com os conceitos básicos para procederem
ao atendimento de chamadas telefónicas em língua inglesa. Foi solicitado à Direção-Geral
da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA), que apresenta-se uma
_____________________________________________________________________________
73
proposta de formação para dar resposta às necessidades sentidas. Estas ações decorreram
na sede ANPC em Carnaxide nas seguintes datas:
1.º Curso – 16 de abril 2015;
2.º Curso – 30 de abril 2015;
3.º Curso – 07 de maio 2015;
O Curso de Operador de Telecomunicações da ANPC surge da necessidade de dotar os
Operadores das SALOC do CNOS e CDOS com as competências necessárias para o
desempenho da função de Operador de Telecomunicações nas Salas de Operações e
Comunicações dos Comandos Operacionais da ANPC. A metodologia adotada foi a de
formar 100 elementos por ano distribuídos por 4 cursos nas seguintes datas:
1.º Curso – 7 e 8 de Abril 2015;
2.º Curso – 9 e 10 de Abril 2015;
3.º Curso – 1 e 2 de Dezembro 2015;
4.º Curso – 3 e 4 Dezembro 2015;
Estes cursos foram devidamente certificados pela ENB e decorreram nas suas instalações
em Sintra. O corpo docente foi constituído por formadores oriundos das diversas Direções
Nacionais e CNOS da ANPC.
Treino Operacional do CNOS Alternativo (TOCA)
A Norma Operacional Permanente (NOP) n.º 1301/2015 estipula um conjunto de
procedimentos que visa a instalação do CNOS alternativo no CDOS Évora em caso de
colapso físico ou tecnológico do edifício de Carnaxide.
O exercício de treino e validação desta NOP, designado TOCA, realizou-se em 25/26NOV2015
e teve como objetivos:
Treinar os procedimentos previstos na NOP em ref.ª;
Praticar as operações do CNOS a partir do CDOS de Évora e por parte dos operadores
de telecomunicações (OPTEL) alocados ao CDOS de Évora;
Praticar as operações do CNOS a partir do CDOS de Évora por parte da Estrutura
Operacional (EO) da ANPC e OPTEL do CNOS;
Praticar as operações do CDOS de Évora a partir de local diferente do habitual, nas
instalações do CDOS de Évora;
_____________________________________________________________________________
74
Aferir a adequação e exequibilidade dos procedimentos previstos na NOP em ref.ª;
Assegurar e garantir o normal funcionamento dos sistemas informáticos e de
comunicações do CNOS e CDOS de Évora, fora das suas instalações habituais.
As principais conclusões e oportunidades de melhoria constam do relatório final e visam
essencialmente incrementar a resiliência do CNOS enquanto infraestrutura crítica no
âmbito do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro.
Célula Operacional de Logística e Comunicações (CELCOM)
Operações Nacionais de Assistência
À semelhança de anos transatos a CELCOM acompanhou e apoiou a Operação Fátima, de 11
a 13 Maio, em estreita articulação com o CDOS Santarém, FEB e DNRPC. Nesta Operação foi
empenhado o Centro Tático de Comando (CETAC) e o módulo de logística alimentar.
Ainda no mês de Maio o VC3 (Veículo de Comando, Controlo e Comunicações) afeto ao
CETAC foi projetado para apoio à Operação de Prevenção desportiva “Wings for Life - World
Run 2015” que decorreu nos Agrupamentos Norte e Centro Norte.
Apoio Logístico ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais 2015
No âmbito do DECIF realizaram-se as seguintes ações:
Distribuição de 3000 rações de combate pelos CDOS para apoio à sustentação de
diversos Teatros de Operações e Grupos de Reforço;
Atribuição de 36 rádios portáteis de banda aeronáutica aos diversos CDOS, para
reforço das comunicações terra/ar e incremento da função COPAR;
Apoio logístico ao funcionamento dos CMA’s e operação de aeronaves.
Reserva nacional de emergência
A CELCOM em estreita articulação com a DNRPC colaborou nos diversos processos
administrativos de reposição da capacidade nacional de emergência, bem como, na receção
dos equipamentos, acondicionamento, inventariação e catalogação.
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Célula Operacional de Meios Aéreos
Atualização do manual de meios aéreos
A CEGMA procedeu a uma revisão do manual operacional de emprego dos meios aéreos em
operações de proteção civil, estando o mesmo em fase da última revisão. Relativamente ao
manual anterior foram aditados alguns capítulos importantes, nomeadamente os requisitos
mínimos para os CMA, os procedimentos de coordenação aérea no âmbito do Sistema de
Gestão de Operações e as recomendações e medidas de segurança em caso de acidente.
Formação e acompanhamento dispositivo aéreo.
No âmbito da preparação da campanha do DECIF2015 foi efetuada uma ação de formação,
durante o mês de Maio e Junho para todos os operadores dos Centros de Meios Aéreos
num efetivo global de 201 formandos em novo ações distribuídas pelos agrupamentos
distritais. Foi ainda, levada a cabo, neste período, uma ação de formação para os pilotos dos
diferentes operadores aéreos, referente ao sistema de gestão de operações. Foram ainda
efetuadas verificações a pontos de scooping para confirmação das suas condições de
operacionalidade e segurança.
A CEGMA acompanhou ainda a DSMA na receção das aeronaves do DECIF, assegurando ao
longo de todo a duração do mesmo a verificação dos indicadores de gestão e controlo dos
meios aéreos, incluindo o cumprimento dos contratos de locação dos meios aéreos e das
condições de operacionalidade e funcionamento dos Centros de Meios Aéreos (CMA).
III. 9 Medidas de Modernização Administrativa
Neste âmbito no ano de 2015:
Procedeu-se aos trabalhos preparatórios com vista à implementação do Sistema de
Gestão da Qualidade (SGQ) em 2016;
Foi levado a cabo um levantamento de necessidades e contratação dos Serviços de
Higiene, Segurança e Medicina no Trabalho;
Concretizou-se a interligação da rede fixa (Sede e CDOS) à rede móvel através do
Sistema VoIP, permitindo a redução dos custos fixo/móvel;
_____________________________________________________________________________
76
No âmbito do GESCOR (Solução de Gestão Documental) foi desenvolvido e
implementado um módulo integrado para elaboração e gestão do Plano Anual de
Necessidades (PAN);
Operacionalizaram-se os Sistemas de Telecomunicações do Plano de Operações
Nacional da Serra Estrela e do Plano de Operações Nacional do Gerês.
Iniciou-se o desenvolvimento do módulo (SINOP), para envio de SMS através do
Sistema de Apoio à decisão Operacional - SADO, com recurso à utilização do sistema
de gateway de SMS da AMA – Agência de Modernização Administrativa.
Foi feito um levantamento, compilação, análise e reformulação de todos os modelos
de gestão documental da ANPC com vista à elaboração de um Manual da Imagem;
Foi dado início aos trabalhos preparatórios com vista à criação de um novo site da
ANPC;
Foi criado um site da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, que
pretende dinamizar, de forma on-line e permanente, a partilha de informação em
matéria de proteção civil entre países de expressão portuguesa;
No âmbito das atividades da Plataforma Nacional para a Redução do Risco de
Catástrofes, foi implementado o site da respetiva Plataforma– www.pnrrc.pt –.
II. 10 Afetação real e prevista dos recursos humanos, materiais e financeiros
a. Recursos Humanos
No que se refere à afetação dos recursos humanos, e comparando a situação planeada
aquando da elaboração do QUAR e a situação existente em 31 de dezembro de 2015,
verifica-se uma diminuição de 23 trabalhadores, conforme quadro infra:
RECURSOS HUMANOS
Designação RH Planeados RH a 31.12.2015
Dirigentes Superiores 6 6
Dirigentes intermédios e chefes de equipa 69 71
Técnico Superior (incluindo DATO, Oficiais FA e Especialista de informática) 104 95
Coordenador técnico 4 4
Assistente técnico (incluindo DATO, Sargentos FA e Informático) 113 101
Assistente operacional (incluindo DRT+FEB) 532 528
TOTAL 828 805
_____________________________________________________________________________
77
De salientar que para cumprimento das atribuições da ANPC, para além dos trabalhadores
efetivos que constam no balanço social, acrescem os elementos da FEB e os operadores de
telecomunicações que garantem o funcionamento das salas de operações e comunicações
e os técnicos a exercerem funções na ANPC através da celebração de contratos individuais
por tempo indeterminado com a ENB, com a qual mantêm um vínculo jurídico-laboral.
Quanto aos meios disponíveis, importa analisar os pontos planeados e executados no
âmbito dos recursos humanos, no qual se verifica um desvio resultante da diminuição de
trabalhadores que decorre da cessação dos acordos de cedência de interesse público
celebrados com os trabalhadores da extinta Empresa de Meios Aéreos - EMA e saídas por
motivo de aposentação, mobilidade, procedimentos concursais e outras situações:
_____________________________________________________________________________
78
b. Recursos financeiros 2015
Notas:
a) O montante total de reforços do ano 2015, autorizados por diversos Despachos de Sua Excelência o Secretário de Estado do Orçamento, e as transferências do Programa 007, provenientes da
Secretaria-Geral do MAI totalizaram € 24.715.554.
b) Face à extinção da EMA – Empresa de Meios Aéreos, SA, o orçamento da ANPC teve que suportar despesas relativas a pessoal e aquisição de bens e serviços respeitantes à citada Empresa. O
montante global das referidas despesas representa cerca de 1,2% do total executado.
___________________________________________________________________________________
79
___________________________________________________________________________________
80
Dotação corrigida
O orçamento final totalizou no ano 2015, € 157.236.266, o que se traduziu num acréscimo
de 17,1% - ou seja mais € 22.957.360, face à dotação inicialmente atribuída.
Pagamentos:
0
20.000.000
40.000.000
60.000.000
80.000.000
100.000.000
120.000.000
140.000.000
160.000.000
Orç. Inicial Orç. Corrigido
130.643.607 153.197.859
3.635.299
4.038.407
Orçamento inicial e corrigido Situação a 31 de dezembro 2015
Investimento
5% 6%
34%
0%
51%
0%
4% 0%
Pagamentos Acumulado a dezembro de 2015
Despesas c/pessoal
Aquisição de bens
Aquisição de serviços
Juros e outros encargos
Transf. correntes
Outras despesas correntes
Aquisição bens capital
Transf. de capital
_____________________________________________________________________________
81
Analisando os pagamentos por mês, verifica-se que a partir de junho os montantes são
mais elevados, refletindo assim a sazonalidade da despesa – a maior parte das despesas
situa-se no segundo semestre do ano.
O “pico” da despesa em fevereiro de 2015 deveu-se ao pagamento dos encargos da ex-
EMA relativos aos Meios Aéreos Pesados do Estado Português respeitantes ao 2.º
semestre de 2014 e aos Ligeiros do mesmo ano.
Refere-se no final do ano 2015 não existiam Pagamentos em Atraso.
Em Resumo
No que concerne ao orçamento estimado, corrigido e realizado, o quadro infra permite avaliar o
respetivo desvio:
Orçamento Estimado Corrigido Realizado
Desvio em
relação ao
Estimado
Desvio em relação
ao Corrigido
Global 134.278.906 157.236.266 153.921.092 19.642.186 - 3.315.174
4.154.951
17.428.146
6.502.026 5.173.576
5.659.853
14.484.286
19.736.151
11.658.437
23.694.650
10.620.041
16.890.054
17.918.920
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Pagamentos mensais
Totais Meios aéreos
_____________________________________________________________________________
82
II. 11. Secção específica – Publicidade Institucional
Conforme o disposto na Resolução do Conselho de Ministros nº 47/2010 de 25 de Junho,
designadamente no que diz respeito à obrigatoriedade dos Organismos do Estado
reportarem a informação sobre as ações de publicidade institucional realizadas em cada
ano civil, cumpre informar que durante o ano de 2015 não foi realizada qualquer
atividade desta natureza.
_____________________________________________________________________________
83
II. BALANÇO SOCIAL
1. Caracterização do efetivo
a. Para a prossecução das suas atividades, a 31 de dezembro de 2015, a ANPC tinha em
exercício de funções 216 trabalhadores, sendo 215 de nacionalidade portuguesa e 1
de nacionalidade italiana.
b. Comparativamente ao ano de 2014, em que o número de efetivos era de 237
trabalhadores, registou-se uma diminuição de 21 trabalhadores. Esta diminuição
decorre da cessação dos acordos de cedência de interesse público celebrados com
os trabalhadores da extinta Empresa de Meios Aéreos - EMA e saídas por motivo de
aposentação, mobilidade, procedimentos concursais e outras situações.
c. Através do gráfico seguinte pode-se verificar a evolução do número de efetivos,
desde o ano 2007, ano da reestruturação do Serviço Nacional de Bombeiros e
Proteção Civil - Decreto-Lei n.º 75/07, de 29 de março - que passou a designar-se
Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Gráfico 1 – Evolução de efetivos de 2007 a 2015
c. Da análise do gráfico, constata-se uma descida acentuada do número de trabalhadores,
entre 2007 e 2010, resultante de saídas por aposentação, por procedimento concursal,
termo de situações de mobilidade interna e outras situações, tais como a cessação de 22
contratos de avença que a Autoridade Nacional de Proteção Civil detinha com diversos
colaboradores.
254
233
200 196 203
224 222 237
216
170
220
270
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
N.º Trabalhadores
ANOS
Evolução efetivos
_____________________________________________________________________________
84
d. Entre os anos de 2012 e 2015 registou-se um aumento significativo do número de
efetivos, motivado pela integração nesta Autoridade Nacional de 18 trabalhadores,
resultante da extinção dos Governos Civis, do Conselho Nacional de Planeamento
Civil de Emergência e da extinta Empresa e Meios Aéreos – EMA, cujos contratos de
cedência de interesse público de 25 trabalhadores cessaram no decurso do ano de
2015.
2. Relação jurídica de emprego
a. A relação jurídica de emprego público predominante nesta Autoridade Nacional é a
titulada por contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado –
130 trabalhadores - representando 60% do total dos trabalhadores, em exercício de
funções na Sede e Comandos Distritais de Operações de Socorro da ANPC.
Gráfico 2 – Vínculo jurídico dos trabalhadores
b. Encontram-se designados em Comissão de Serviço, no âmbito do Estatuto de
Pessoal Dirigente ou da Orgânica da ANPC, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 73/2013,
de 31 de maio, alterada e republicada pelo Decreto-Lei n.º 163/2014, de 31 de
outubro, 79 trabalhadores, representando 37% do total.
c. Na modalidade de nomeação definitiva, encontram-se sete (7) trabalhadores que
representam (3%), oriundos da Guarda Nacional Republicana (GNR) e das Forças
Armadas (FA), em regime de mobilidade na ANPC.
020406080
100120140
NomeaçãoDefinitiva
CT em FunçõesPúblicas por Tempo
Indeterminado
Comissão deServiço no Âmbito
da LTFP
7
130
79
Nº Trabalhadores
Relação Jurídica
_____________________________________________________________________________
85
3. Trabalhadores por grupo de pessoal
a. Da análise da tabela infra, contata-se que o grupo de pessoal constituído pelos
dirigentes superiores e intermédios (1.º e 2.º grau) regista 72 efetivos,
representando 33% da globalidade de trabalhadores, incluindo-se neste o número
de elementos afetos à estrutura operacional.
Tabela 1 – Distribuição dos trabalhadores por grupo de pessoal
Grupo de Pessoal
N.º de
Trabalhadores
Dirigente Superior de 1.º Grau 1
Dirigente Superior de 2.º Grau 5
Dirigente intermédio de 1.º Grau 32
Dirigente intermédio de 2.º Grau 34
Técnico Superior 61
Docente 1
Informático 2
Assistente Técnico 63
Assistente Operacional 7
Forças Armadas 9
Guarda Nacional Republicana 1
Total 216
b. Os grupos de pessoal pertencente às carreiras de técnico superior e de assistente
técnico, com 62 e 63 trabalhadores, respetivamente, representam de igual modo
29%, totalizando 58% do universo total de trabalhadores.
c. Por fim, o grupo de pessoal da carreira de assistente operacional conta com sete (7)
trabalhadores, representando 3% do universo total de trabalhadores da ANPC,
sendo que, o pessoal das Forças Armadas e GNR, representam 4%.
d. Considerando o total de trabalhadores da ANPC – 216 - a ocupação de cargos
dirigentes corresponde a uma taxa de enquadramento de 33,33%.
_____________________________________________________________________________
86
4. Trabalhadores segundo o género
a. O género masculino constitui o grupo dominante no universo de trabalhadores da
ANPC, com um total de 128 trabalhadores, que representam 59,26 % do universo
total, assumindo particular visibilidade nos trabalhadores nomeados em comissão
de serviço.
b. Os 88 trabalhadores do género feminino, representativos de 40,74% do universo
total de trabalhadores da ANPC, atingem maior representatividade nos
trabalhadores detentores de contrato de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado, conforme evidenciado no gráfico infra.
Gráfico 3 – Trabalhadores da ANPC por género e vínculo jurídico
c. A estes valores corresponde uma taxa global de feminização de 40,74%, um pouco
superior à registada no ano anterior, que correspondia a 38,40%, sendo que a taxa
de masculinização situa-se nos 59,26%.
5. Estrutura etária
a. A média etária do total de efetivos, em 31 de dezembro de 2015, correspondia a 50
anos, ligeiramente superior à verificada no ano anterior.
b. O intervalo de idade que engloba um maior número de trabalhadores é o
compreendido entre os 45-49 anos, com 47 trabalhadores, seguido do intervalo
entre 40-44 anos com 45 trabalhadores, representando, respetivamente 21,76% e
20,83% do universo de trabalhadores.
020406080
NomeaçãoDefinitiva
CT em FunçõesPúblicas por Tempo
Indeterminado
Comissão de Serviçono Âmbito da LTFP
7
56 65
0
74
14
Nº Trabalhadores
Relação Jurídica
Masc. Fem.
_____________________________________________________________________________
87
c. O intervalo de idades compreendido entre 50-54 com 44 trabalhadores, representa
20,37% do universo total.
d. O leque etário traduzido na diferença entre o trabalhador mais idoso e o
trabalhador mais jovem, corresponde a uma diferença de 32 anos, sendo que a
idade do trabalhador mais idoso é de 65 anos e a idade do trabalhador mais novo é
de 33 anos.
Gráfico 4 – Estrutura etária segundo o género
e. Da análise do gráfico, destaca-se um maior número de trabalhadores do género
masculino – 30 – no intervalo de idades compreendido entre os 50-54 anos,
correspondendo a 17 trabalhadores designados em comissão de serviço, 10
detentores de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado
e os restantes três, de nomeação definitiva. Destaca-se também um maior número
de trabalhadores do género masculino no intervalo de idades compreendido entre
40-44, contando 27 trabalhadores.
f. O índice de envelhecimento dos trabalhadores da ANPC situa-se nos 25%, sendo que
a maioria dos trabalhadores (162), tem menos de 55 anos de idade.
Face ao ano de 2014, em que o índice se situou nos 24,05%, apurou-se um ligeiro
aumento de 0,95%.
g. Os trabalhadores com 60 ou mais anos de idade são 20 e representam 9% do total.
0
10
20
30
25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69
0 2
13
27 22
30
21
12
1
0 0
11
18
25
14 13
6 1
Nº Trabalhadores
Faixa Etária
Masc. Fem.
_____________________________________________________________________________
88
6. Estrutura de antiguidade segundo o género
a. Os trabalhadores efetivos registavam, a 31 de dezembro de 2015, uma média de
antiguidade de 21 anos na administração pública, verificando-se um aumento
comparativamente ao ano anterior em que a média se situava nos 18 anos de
antiguidade.
Gráfico 5 – Antiguidade na função pública
b. De salientar que a classe modal de antiguidade mais significativa é a dos
trabalhadores com vínculo entre 20-24 anos, num total de 43 trabalhadores.
Seguidamente, os intervalos de antiguidade dos trabalhadores com vínculo entre os
15-19 e 25-29 anos, com um total de 42 e 32 trabalhadores, respetivamente.
c. Da análise do gráfico resulta que no intervalo de antiguidade entre 20-24 anos, situa-
se a antiguidade do maior número de trabalhadores do género feminino, sendo que
a do género masculino verifica-se na classe modal entre 15-19 anos, com 22
trabalhadoras.
d. De referir que estas variações relativamente ao ano anterior devem-se à cessação
dos acordos de cedência de interesse público de trabalhadores que não detinham
vínculo à Administração Pública.
7. Trabalhadores segundo o nível de escolaridade
a. O nível de escolaridade predominante detido pelos trabalhadores da ANPC é a
licenciatura, com um total de 124 trabalhadores, o que representa 57% do universo,
0
20
40
60
até 5anos
5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40 oumais
17 11 10 22
15 18 16 15 4
3 4 5
20 28 14
5 5 4
Nível de Antiguidade
Masc. Fem.
_____________________________________________________________________________
89
existindo 11 trabalhadores detentores do grau de mestrado, correspondendo a 5%, e
um (1) trabalhador detentor do grau de doutorado.
b. Com o nível habilitacional entre o 11.º ano e 12.º ano a ANPC detém 56 trabalhadores,
que corresponde a 26% do universo existente, e do 4º ao 9º ano detém 21
trabalhadores, o que equivale a 10%.
Gráfico 6 – Nível Habilitacional
8. Trabalhadores portadores de deficiência segundo o género
No universo de 216 efetivos, existem três trabalhadores portadores de deficiência,
sendo um do género masculino e dois do género feminino.
9. Mobilidade dos trabalhadores admitidos, saídos e regressados
a. Face à análise da mobilidade dos trabalhadores, onde se registam todos os
movimentos de entrada e saída de pessoal da ANPC, refira-se que, no que respeita
às admissões, contam-se um total de 26 trabalhadores, conforme indicado na tabela
seguinte:
0
50
100
4º ao 9º ano Bacharelato Mestrado
12 27
2
79
7 1
9
29
1
45
4 0
Nº Trabalhadore
s
Nível de Escolaridade
Masc. Fem.
_____________________________________________________________________________
90
Tabela 2 – Entrada de trabalhadores
Modalidade Categoria N.º de Trabalhadores
Designação em Comissão de Serviço Dirigente Intermédio 2.º Grau 4
Mobilidade Técnico Superior 3
Mobilidade Assistente Técnico 5
Mobilidade Assistente Operacional 1
Procedimento concursal Técnico Superior 3
Designação em Comissão de Serviço Inspetores da Continuidade da
Aeronavegabilidade 3
Mobilidade/Comissão normal Oficial/Sargento das Forças
Armadas 4
Protocolo de cooperação entre ANPC e o
Exército Português
Oficial /Sargento das Forças
Armadas 2
Regressa carreira origem por cessação
comissão serviço noutro organismo Técnico Superior 1
Total 26
_____________________________________________________________________________
91
b. Relativamente às saídas de trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço,
registou-se uma (1) movimentação por motivo de aposentação e no que se refere a
trabalhadores detentores de contrato de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado, registaram-se 45 movimentações, conforme discriminação infra:
Tabela 3 – Saída de trabalhadores
Modalidade Categoria N.º de Trabalhadores
Aposentação Dirigente Intermédio de 2.º Grau 1
Aposentação Técnico Superior 1
Aposentação Assistente Técnico 2
Mobilidade Técnico superior 1
Mobilidade Assistente Técnico 1
Mobilidade Assistente Operacional 1
Cessação de Acordos de Cedência de interesse
público Técnico Superior 12
Cessação de Acordos de Cedência de interesse
público Assistente Técnico 3
Cessação de Acordos de Cedência de interesse
público Assistente Operacional 10
Procedimento Concursal Técnico Superior 2
Procedimento Concursal Assistente Técnico 1
Procedimento Concursal Assistente Operacional 1
Licença sem vencimento Técnico Superior 1
Mobilidade/Comissão normal Oficial/Sargento das Forças
Armadas 9
Total 46
10. Postos de trabalho previstos e não ocupados
a. O mapa de pessoal da ANPC previa, para o ano de 2015, a existência de 236 postos
de trabalho, mantendo-se vagos, até 31 de dezembro de 2015, por motivo de não
abertura de procedimento concursal, 10 postos de trabalho de Técnico Superior,
encontrando-se a decorrer procedimentos concursais para ocupação de quatro
postos de trabalho de Técnico Superior e quatro postos de trabalho de Assistentes
Técnicos.
_____________________________________________________________________________
92
b. Assim, relativamente aos postos de trabalho previstos e ocupados durante o ano,
contabilizou-se um total de 18 postos de trabalho, sendo que 14 correspondem à
carreira/categoria de técnico superior e quatro (4) correspondem à categoria de
Assistente Técnico.
11. Mudanças de situação remuneratória dos trabalhadores
Não se verificaram no ano em questão, e à semelhança de anos anteriores,
valorizações e outros acréscimos remuneratórios, designadamente os resultantes de
alterações de posicionamento remuneratório e da atribuição de prémios de
desempenho nos termos do disposto nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 38.º da Lei
n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro (LOE 2015).
12. Modalidades de horário de trabalho
a. A análise dos dados referentes às modalidades de horários de trabalho praticados,
em 31 de dezembro de 2015, na ANPC, demonstra a predominância da modalidade de
horário flexível praticado por 108 trabalhadores, seguida da modalidade de isenção
de horário praticado por 86 trabalhadores a exercerem funções de dirigentes, bem
como do pessoal afeto aos meios aéreos. O horário rígido é efetuado por um (1)
trabalhador que desempenha funções no Comando Distrital de Operações de Socorro
da Guarda.
_____________________________________________________________________________
93
b. A modalidade de jornada contínua era praticada por 19 trabalhadores e o horário de
trabalho por turnos efetuado por dois (2) trabalhadores, que desempenham funções
operacionais.
Gráfico 7 – Modalidades de horário de trabalho
c. Da análise do gráfico destaca-se a modalidade de horário flexível, praticada por
trabalhadores a desempenharem funções na Sede e nos 18 Comandos Distritais de
Operações de Socorro.
13. Assiduidade
a. Durante o ano de 2015, registou-se um total de 2.458,5 dias de ausências ao
trabalho, dos quais 1478,5 dizem respeito a ausências de trabalhadoras do género
feminino, e as restantes 980 a ausências de trabalhadores do género masculino.
b. Relativamente ao ano transato, constatou-se um aumento de 275 dias no número
de ausências, considerando que o seu valor atingiu 2.183,5 dias, em 2014.
0
20
40
60
80
Horário Rigido Horário Flexivel Jornada Continua Trabalho porTurnos
Isenção de Horário
1
51
6 2
68
0
57
13
0
18
Nº Trabalhadores
Tipos de Horário
Masc. Fem.
_____________________________________________________________________________
94
Gráfico 8 – Ausências por grupo profissional
a. O grupo profissional com maior número de ausências é o correspondente à
categoria de assistente técnico com 1.251,5 faltas, seguido da categoria de técnico
superior com 832,5 dias de faltas, representando respetivamente 51% e 34% do total
de ausências.
b. Analisando o tipo de ausências, verificou-se uma maior incidência nos dias de
ausência motivados por doença que totalizaram 1.386 dias, seguido dos dias de
ausências por outros motivos, tais como tolerâncias de ponto e frequência de ações
de formação, com um total de 490 dias, por proteção na parentalidade com 381
dias.
0100200300400500600700800900
1000110012001300
1 7,5 152 145
832,5
4,5
1251,5
43 4 2 15,5
Nº Trabalhadores
Dirigente Superior 1º Grau Dirigente Superior 2º Grau Dirigente Intermédio 1º Grau
Dirigente Intermédio 2º Grau Técnico Superior Informático
Assistente Técnico Assistente Operacional Docente
GNR Forças Armadas
_____________________________________________________________________________
95
Tabela 4 – Motivo de ausência
Modalidade
N.º de Ausências
Total
Masc. Fem.
Parentalidade 159 222 381
Falecimento 6 13 19
Doença 475 911 1.386
Assistência Familiares 1 47 48
Trabalhador-Estudante 4 15 19
Acidente de Serviço 4 4
Por conta do período de férias 36 56,5 92,5
Casamento 15 15
Greve 1 3 4
Outras 283 207 490
Total 980 1.478,5 2.458,5
c. Face ao ano anterior, o aumento de dias de ausência ao trabalho verificou-se, com
maior incidência, nas faltas por parentalidade e outros motivos.
d. Tendo em conta as ausências assinaladas em 2015, a taxa de absentismo
corresponde a 4,46%, valor superior ao ano anterior, que correspondeu a 3,63%.
14. Ausências dos trabalhadores por atividade sindical ou greve
No universo de 216 trabalhadores da ANPC, 20 trabalhadores são sindicalizados,
tendo-se verificado quatro (4) ausências de trabalhadores por motivo de greve
ocorrida no dia 3 de março de 2015.
II – Encargos com pessoal durante o ano de 2015
a. Em 2015, os encargos com pessoal representaram € 6.383.457,17 do total do
orçamento da ANPC, constatando-se assim um acréscimo relativamente ao ano de
2014, onde foram despendidos € 5.952.819,38.
_____________________________________________________________________________
96
b. Verifica-se que € 5.490.613,08 dos encargos de pessoal são referentes ao abono da
remuneração base mensal, incluindo os subsídios de férias e de natal.
c. O acréscimo referido anteriormente, deve-se à afetação dos trabalhadores oriundos
da extinta Empresa de Meios Aéreos – EMA, que, em 2015, na sua maioria, foram
remunerados cinco meses enquanto que no ano de 2014 apenas o foram durante
dois meses. Por outro lado, foram processadas as férias não gozadas dos referidos
trabalhadores, aquando da cessação dos acordos de cedência de interesse público.
Gráfico 9 – Encargos com pessoal
d. Quanto à relação entre a maior e a menor posição remuneratória ilíquida, a que
corresponde, respetivamente, 6.974,59€ e 505,00€, verifica-se um diferencial de
6.469,59€.
e. Após a análise da prestação de trabalho suplementar realizado durante o ano de
2015, verificou-se que foram efetuadas 2.710:11 horas extraordinárias: das quais
1.172:00 realizadas por um trabalhador pertencente à Guarda Nacional Republicana
a exercer funções de motorista da Presidência, 1.121:55 por trabalhadores
integrados na carreira de assistente operacional, 304:31 horas por trabalhadores
integrados na carreira de assistente técnico, 82:45 por trabalhadores pertencentes
à carreira de técnico superior e 29:00 por um trabalhador da carreira de informática.
f. Importa salientar que, nos últimos anos, tem vindo a registar-se uma diminuição na
prestação de trabalho suplementar, não obstante, no ano de 2015 ter-se verificado
5.490.613,08 €
613.824,57 €
259.575,97 € 19.443,55 €
Remuneração Base Suplementos Remuneratórios
Prestações Sociais Outros Encargos com Pessoal
_____________________________________________________________________________
97
um aumento de cerca de 464:82 horas, mais acentuado nos assistentes técnicos e
no motorista afeto à Presidência.
Gráfico 10 – Trabalho suplementar
g. O trabalho suplementar realizado foi efetuado de acordo com as seguintes modalidades:
Tabela 5 – Modalidades de trabalho suplementar
Modalidade Horas
Diurno 2248:46
Em dias de descanso semanal obrigatório 31:00
Em dias de descanso semanal Complementar 352:25
Em dias feriados 78:00
Total 2.710:11
III – Formação
a. No que respeita às ações de formação profissional, no decorrer do ano de 2015,
realizaram-se 177 ações, sendo 111 externas e 66 internas.
b. Verificou-se que o grupo de pessoal com mais participações foi o pertencente à
carreira de técnico superior, com 102 participações.
c. Foram formados 106 trabalhadores, distribuídos pelos seguintes cargos/categorias:
82,45 304,31
1.121,55
29,00
1.172,00
Técnico Superior
AssistenteTécnico
AssistenteOperacional
Informático
Guarda NacionalRepúblicana
Motorista do Presidente
_____________________________________________________________________________
98
Tabela 6 – Participantes em ações de formação profissional
Por cargo/categoria Total
Dirigente superior de 2ºgrau 1
Dirigente intermédio de 1ºgrau 23
Dirigente intermédio de 2ºgrau 12
Técnico superior 63
Assistente técnico 7
Total 106
d. Da análise do gráfico seguidamente indicado, evidencia-se a predominância de
ações de formação de curta duração, ou seja, com uma carga horária inferior a 30
horas.
Gráfico 11 – Participações segundo a duração
e. O tempo despendido em formação totalizou 7.300:00 horas, sendo 5.724:00 horas
de formação externa e 1.576:00 horas de formação interna.
f. Relativamente ao número de horas de formação por grupo de pessoal, constata-se
conforme tabela que a seguir se apresenta, que os grupos profissionais com maior
número de horas de formação dizem respeito aos Técnicos Superiores, com
4.684:00horas de formação, seguidos dos Dirigentes Intermédios de 1.º grau, com
1.304:00 horas de formação.
0
20
40
60
80
menos 30horas
de 30 a 59horas
de 60 a 119horas
120 horasou mais
65
1 0 0
36
50
7 18
N.º Participações
Duração da ação
N.º participações internas N.º participações externas
_____________________________________________________________________________
99
g. Refira-se que, comparativamente ao ano de 2014, verifica-se um acréscimo de
participações em ações de formação, tendo sido formados um total de 106
trabalhadores, relativamente aos 87 trabalhadores formados em 2014.
Tabela 7 – Horas de formação por grupo de pessoal
Modalidade Total
Dirigente superior de 2ºgrau 200
Dirigente intermédio de 1ºgrau 1.304
Dirigente intermédio de 2ºgrau 904
Técnico superior 4.684
Assistente técnico 208
Total 7.300
h. Os custos com a formação representam 43.518,28€ do orçamento da ANPC,
englobando os custos com a participação em ações de formação e ajudas de custo,
deslocações e alojamento dos formandos.
IV – Acidentes em serviço e doenças profissionais
Registou-se um acidente de trabalho de uma assistente técnica.
V – Disciplina
Não foram instaurados processos disciplinares no ano de 2015, no entanto transitou um
processo disciplinar do ano de 2014, tendo sido decidido em 2015, com pena de demissão.
VI – Indicadores de gestão
A tabela seguinte ilustra diversos tipos de rácios, comparativamente ao ano de 2014.
_____________________________________________________________________________
100
Tabela 8 – Indicadores de gestão relativos ao ano de 2015
RÁCIOS FÓRMULAS
INDICADORES
2014 2015
Taxa de feminização Total de efetivos do género feminino/total de
efetivos x 100 38,40% 40,74%
Taxa de masculinização Total de efetivos do género masculino/total
de efetivos x 100 61,60% 59,26%
Índice de envelhecimento Nº trabalhadores com idade> 55 anos/total
efetivos x 100 24,05% 25,00%
Índice de enquadramento Nº dirigentes/total de efetivos x 100 29,11% 33,33%
Índice de tecnicidade Nº técnicos superiores/total de efetivos x 100 30,38% 28,70%
Leque etário Trabalhador mais idoso/trabalhador menos
idoso 2,38 1,97
Nível etário Soma das idades/total de efetivos 48 50
Nível médio de antiguidade
na função pública
Soma da antiguidade na função pública/total
de efetivos 18,98 21,57
Índice de formação superior
(n.º de trabalhadores com Bacharelato +
Licenciatura+ Mestrado) /total de efetivos x
100
59,07% 64,35%
Índice de admissão N.º total de admissões/total efetivos x 100 18,57% 12,04%
Índice de saídas N.º total de saídas/total efetivos x 100 13,08% 21,30%
Índice de rotação N.º efetivos em 31 dezembro/n.º efetivos em 1
janeiro + admissões + saídas 1,09% 1,00%
Taxa de reposição Nº admissões/ n.º de saídas x100 141,94% 56,52%
Taxa de participação em
ações de formação
N.º trabalhadores abrangidos por ações de
formação/total efetivosx100 36,71% 49,07%
Taxa de absentismo N.º de dias de faltas/ n.º total de efetivos x n.º
anual de dias trabalháveis x 100 3,63% 4,46%
Leque salarial ilíquido Maior remuneração base ilíquida/ menor
remuneração base ilíquida 16,83 13,81
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101
III. AVALIAÇÃO FINAL
I V . 1 Aprec i ação d os resu ltad os a l can çad os
O ano de 2015 no que concerne ao Planeamento de emergência, destacou-se pela alteração
da Lei de Bases de Proteção Civil, a qual veio tornar o sistema nacional de proteção civil
mais coerente, através da clarificação de competências, redefinição de patamares de
coordenação política e até contemplando, pela primeira vez, disposições habilitantes para o
enquadramento futuro de organizações de voluntariado de proteção civil.
Foi publicada a resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil n.º 30/2015, de 7 de maio,
que veio alterar a Resolução n.º 25/2008 de 18 de julho, sobre a Diretiva relativa aos Critérios
e Normas Técnicas para a Elaboração e Operacionalização de Planos de Emergência de
Proteção Civil.
A Comissão Nacional de Proteção Civil aprovou mais 10 Planos Municipais de Emergência de
Proteção Civil, o que globalmente totaliza 145 planos, abrangendo cerca de 62% da
população e 53% da área geográfica de Portugal continental.
Concluiu-se o estudo do risco sísmico para a região do Alentejo litoral, formando agora uma
única área da região de Lisboa ao Algarve e concluiu-se ainda o estudo do risco de Tsunami
para toda a costa de Portugal continental.
Prosseguiu-se a dinamização da Plataforma Nacional para a Redução de Catástrofes,
integrada numa Estratégia Internacional do âmbito da Organização das Nações Unidas, que
conta já, na sua subcomissão executiva, com cerca de 33 entidades dos sectores público,
central e local, privado e do meio académico; Procedeu-se à identificação de 162
infraestruturas críticas nacionais dos sectores dos transportes e energia, tendo sido já
realizada a identificação preliminar de cerca de 50 potenciais infraestruturas críticas
nacionais do sector das comunicações.
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102
Na área da segurança contra incêndio em edifícios e após 5 anos de experiência da
aplicação do regime jurídico, foi publicada a 1ª alteração ao Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12
de novembro (que consagra o regime jurídico da segurança contra incêndio em edifícios),
através do Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro. Dentro desta área foram também
revistas três Portarias, aguardando-se para breve a sua publicação, e destacando-se o
Regulamento Técnico de segurança contra incêndio em edifícios, e deu-se início ao
processo de implementação do Portal de SCIE que desmaterializará todos os
procedimentos nesta área de atividade, com grande benefício para os cidadãos e também
para a ANPC.
Destaca-se que em 2015 foram analisados mais de 13 mil processos de segurança contra
incêndio em edifícios, com uma arrecadação de receita superior a 3,5M€, com forte
perspetivas de crescimento desde que reforçado os Recursos Humanos afetos.
Na vertente operacional o ano de 2015 correspondeu à realização de 32 exercícios do tipo
CPX ou LIVEX, de âmbito municipal e distrital, responsáveis pelo envolvimento de cerca de
2.390 operacionais.
Prosseguiu-se com a consolidação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios
Florestais que envolveu cerca de 807 mil operacionais e 302 mil veículos para fazer face a
mais de 178 mil ocorrências, contando ainda com operacionais do Grupo de Intervenção,
Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana, da Força Especial de Bombeiros, do
Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, e das Forças Armadas. Ao nível do
combate aéreo, estiveram empenhadas 49 aeronaves que realizaram 5.456 missões.
Realizaram-se 340 ações de treino operacional, em áreas identificadas após a campanha de
2014 como prioritárias, especialmente dirigidas aos Corpos de Bombeiros, que envolveram
um universo de 5.851 operacionais.
No que respeita às infraestruturas e equipamentos, foram configurados e distribuídos
6.856 terminais SIRESP, os quais, ao estarem georreferenciados, facilitam o comando e
controle das operações de combate aos incêndios florestais.
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103
Foram adquiridas consolas de despacho para a ANPC (no âmbito de candidatura POVT, bem
como software para melhor gestão da cobertura das comunicações SIRESP) e duas
estações móveis TETRA, para reforço das comunicações de emergência em caso de falha
das comunicações da rede SIRESP, e entregues ao CB’s 13 veículos operacionais de
proteção e socorro.
Foi assegurado o apoio às Comunidades Intermunicipais e Áreas Metropolitanas no âmbito
da aquisição de Equipamentos de Proteção Individual, bem como foi desenvolvido um
procedimento com vista à sua aquisição diretamente pela ANPC.
Foi concluída a construção da Base Permanente do Grupo de Santarém da Força Especial de
Bombeiros, em parceria com a Câmara Municipal de Almeirim e requalificado o edifício de
apoio à Base de Helicópteros de Serviço Permanente de Loulé, em resultado de um
Protocolo celebrado com a Câmara Municipal.
Procedeu-se à mudança de instalações do CDOS de Lisboa para instalações cedidas pela
Câmara Municipal de Lisboa e foi dado início à preparação das infraestruturas e aquisições
para dotar o CDOS de Évora de condições para suportar o CNOS alternativo.
Procedeu-se à comparticipação no âmbito do Programa de Apoio às Infraestruturas, com
cerca de €8 milhões para intervenções em quartéis de bombeiros, e no âmbito do Programa
de Apoio aos Equipamentos, num valor de cerca de 11 milhões de euro para veículos e
equipamentos de proteção individual.
Foi apresentada uma candidatura ao Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência
no Uso de Recursos (POSEUR) para a construção (i) Do CDOS de Santarém em Almeirim, (ii)
da Unidade de Reserva Logística e Pavilhão para Parqueamento de veículos operacionais
nacionais da ANPC em Almeirim (iii) do CDOS de Faro em Loulé e (iv) da Base de Apoio
Logístico em Loulé. Salienta-se que estas empreitadas serão executadas em parceria com as
respetivas Câmaras Municipais, de acordo com Protocolos já celebrados.
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104
Relativamente à vertente técnica, foi aprovada a nova lei de financiamento das AHB’s
(enquanto entidades detentoras de corpos de bombeiros) e respetiva aplicação no
apuramento do “Financiamento Permanente” de cada uma das 412 AHB’s e foi dado início
aos trabalhos com vista à alteração das portarias que regulam os Programas de Apoio
Estrutural e Infraestrutural (PAE e PAI). Foi realizado o devido tratamento, análise técnica e
emissão de parecer, no âmbito do programa de apoio infraestrutural, a cerca de 90 projetos
de edifícios operacionais para os CB’s, com vista à instrução das respetivas candidaturas no
âmbito do POSEUR.
Foi ainda elaborado um novo “Regulamento de especificações técnicas de veículos e
equipamentos operacionais dos corpos de bombeiros”, que aguardar publicação.
Em 2015 foi ainda dado início ao projeto inovador, o Prémio Boas Práticas ANPC 2015, que
reflete o seu empenho na promoção da segurança e saúde ocupacional dos Corpos de
Bombeiros. Na 1ª edição deste Prémio foram recebidas 41 candidaturas de Boas Práticas,
provenientes de 12 Corpos de Bombeiros, tendo sido promovida a vigilância médica dos
bombeiros e desenvolvidos projetos de sensibilização e informação para promoção da sua
segurança ocupacional e impulsionou-se a área do apoio psicossocial aos bombeiros com
mais de 250 Intervenções de apoio a Comandos de Corpos de Bombeiros, a Bombeiros, e a
seus Familiares.
Foram reforçadas as ações inspetivas nas áreas (i) da segurança contra incêndios em
edifícios, (ii) das Equipas de Intervenção Permanente, (iii) da instrução dos corpos de
bombeiros, e ainda às contas das despesas extraordinárias com incêndios florestais.
Foi reforçada a cooperação internacional em matéria de proteção civil em especial com os
países de expressão portuguesa, através da criação do site www.prociv-cplp.org e no
âmbito do Acordo Parcial Aberto do Conselho da Europa com a decisão da organização em
Lisboa da 13ª Reunião Interministerial em 2016.
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105
Iniciou-se o trabalho de redefinição das áreas de atuação dos CB’s, conformando-as com a
reorganização administrativa do território das freguesias e foram promovidas, a nível
nacional, ações de formação e treino operacional destinadas aos bombeiros, bem como, a
nível internacional, através da participação de elementos integrantes do sistema nacional
de proteção civil nos cursos de formação do mecanismo de proteção civil da união europeia.
Promoveu-se a criação do Site da Plataforma Nacional para a Redução do Risco de
Catástrofes, e do Site da proteção civil dos países de expressão portuguesa.
No âmbito da sensibilização e informação, em 2015 foram realizados três Cursos Gerais de
Proteção Civil para professores e educadores de infância e foi realizada a terceira edição do
exercício público de cidadania A TERRA TREME, de preparação das populações para o risco
sísmico; Foram ainda realizadas ações de sensibilização com o apoio dos Comandos
Distritais, que ora como promotores, ora como parceiros, colaboraram em exercícios,
seminários, exposições, conferências e em projetos vários, em parceria com entidades
locais, públicas e privadas.
I V . 2 Menção propos ta pel o d i r i g en te m áxi m o d o s erv i ço como res u l tad o
d a au toaval i ação
De tudo o que antecede, e em resultado de uma avaliação que não assenta apenas nos
resultados do QUAR mas globalmente nos resultados obtidos ao nível das ações levadas a
cabo por esta Autoridade, propõe-se, nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 18.º da
Lei nº 66-B/2007 de 28 de Dezembro, a menção de “Desempenho Bom” à Autoridade
Nacional de Proteção Civil, relativamente ao ano de 2015.
I V . 3 C on clu s ões pros pet i vas
De acordo com os resultados alcançados e da experiência acumulada em 2015, afigura-se,
como principal desafio à ANPC para o ano de 2016, continuar a apostar numa atividade de
proteção civil inscrita num sistema de proteção e socorro cada vez mais integrado,
envolvendo neste desiderato todos os agentes de proteção civil e demais entidades
relevantes, suportado num quadro legal adequado aos novos desafios. Pretende-se assim:
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106
Contribuir para implementar um dispositivo de Proteção Civil equilibrado, estável,
sustentável e resiliente;
Contribuir para o aperfeiçoamento da legislação estruturante do sector e dos vários
diplomas que regulam os diferentes domínios de trabalho da proteção civil;
Estabilizar a orgânica interna da ANPC, consolidando o seu Mapa de Pessoal de
Referência e promovendo o seu progressivo preenchimento, bem como procedendo à
abertura de procedimentos concursais dos dirigentes intermédios;
Prosseguir a implementação do programa de relocalização dos Comandos Distritais de
Operações de Socorro, tendo em vista o aumento da resiliência do dispositivo de
proteção civil;
Iniciar um processo de tipificação dos Corpos de Bombeiros, atendendo às
características das respetivas áreas de atuação e dos riscos nelas identificados, como
base para a definição de uma malha sustentável que funcione em complementaridade
e não em concorrência;
Continuar a promover e a dignificar a atividade de Bombeiro Voluntário, melhorando a
formação e a instrução ministradas;
Apresentar uma proposta de regulamentação das organizações de voluntariado de
proteção civil no sentido do seu reconhecimento e adequada integração;
Retomar o processo de avaliação da Força Especial de Bombeiros e de promoção das
ações que visem a otimização das suas capacidades;
Reavaliar o conceito subjacente à criação e emprego de uma Reserva Logística de
Emergência seja para emprego nacional seja internacional;
Adotar normas e guias técnicos para a implementação de sistemas de aviso à
população, complementando esta atividade com a realização de campanhas de
informação públicas;
Promover o intercâmbio com Espanha no âmbito da avaliação de riscos
transfronteiriços, bem como realizar a reunião da Comissão Mista Luso-Espanhola em
Portugal;
Promover a melhoria das ferramentas tecnológicas de apoio à atividade operacional,
nomeadamente através da integração das áreas de atuação dos Corpos de Bombeiros
no SADO – Sistema Informático de Apoio à Decisão Operacional;
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107
Proceder ao levantamento do estado de conservação e adequação técnico-operacional
dos edifícios operacionais dos Corpos de Bombeiros;
Elaborar um Manual de Instruções de apoio à elaboração de Orçamentos e Prestação
de Contas das Associações Humanitárias;
Reavaliar e atualizar o Regulamento de Ordem Unida, Honras e Continências para os
Corpos de Bombeiros;
Promover uma cooperação coerente, sequente e sustentada, com os países de
expressão portuguesa, no quadro das excelentes relações existentes entre os serviços
homólogos de proteção civil.
Carnaxide, 15 de Abril de 2016.
O Presidente
Francisco Grave Pereira
Major-General (R)
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108
ANEXO
Balanço Social 2015