Relatório de Mestrado

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O TRANSPORTE MARÍTIMO DE MERCADORIAS ANA CAROLINA COELHO LIMA DA COSTA FONSECA Relatório de Projecto submetido para satisfação parcial dos requisitos do grau de MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL ESPECIALIZAÇÃO EM VIAS DE COMUNICAÇÃO Orientador: Professor Doutor António José Fidalgo do Couto FEVEREIRO DE 2008

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Relatório de Mestrado

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O TRANSPORTE MARTIMO DE MERCADORIAS ANA CAROLINA COELHO LIMA DA COSTA FONSECA Relatrio de Projecto submetido para satisfao parcial dos requisitos do grau de MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL ESPECIALIZAO EM VIAS DE COMUNICAO Orientador: Professor Doutor Antnio Jos Fidalgo do Couto FEVEREIRO DE 2008MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL2007/2008 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Tel. +351-22-508 1901 Fax +351-22-508 1446 [email protected] Editado por FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Rua Dr. Roberto Frias 4200-465 PORTO Portugal Tel. +351-22-508 1400 Fax +351-22-508 1440 [email protected] http://www.fe.up.pt O Transporte Martimo de Mercadorias i RESUMOEsteprojectopretendemostraraevoluodotransportemartimodemercadoriaaolongodahistria, concentrando-seespecialmenteno desenvolvimentorecenteverificadonaUnioEuropeiaeemalguns dos seus portos. A partir da comparao de factores caractersticos de cada porto e do local onde este se insere,comoo casoda rea terrestre,daprofundidademxima,dotrfegode mercadorias edoPIB, conclui-se que o comrcio porturio mais influenciado pelo crescimento econmico do que pelas suas caractersticas fsicas. Com o auxlio do programa Limdep, conclui-se tambm, com base numa anlise economtrica que as economias associadas aos portos so economias de escala, ou seja, um aumento da capacidade de produo incita a um aumento mais do que proporcional da produo.

PALAVRAS-CHAVE: Unio Europeia, portos, evoluo histrica, produo, economias de escala. O Transporte Martimo de Mercadorias ii O Transporte Martimo de Mercadorias iii ABSTRACT Thisprojectaimstoshowthedevelopmentofthemaritimetransportofgoodsthroughouthistory, focusingespeciallyontherecentdevelopmentoccurredintheEuropeanUnionandsomeofitsports. From the comparison of characteristic factors of each port and the place where it falls, such as land area, maximumdepth,trafficofgoodsandGDP,itisconcludedthattradeportismoreinfluencedbythe growthofeconomythanbytheirphysicalcharacteristics.WiththehelpoftheprogramLimdep,itis also concluded, based on econometric analysis, that the economies associated to ports are economies of scale; this means that an increase of production capacity encourages a more than proportional increase in production. KEYWORDS: European Union, ports, historical development, production, economies of scale. O Transporte Martimo de Mercadorias iv O Transporte Martimo de Mercadorias v NDICE GERAL RESUMO .................................................................................................................................. i ABSTRACT...............................................................................................................................................iii NDICE GERAL ......................................................................................................................................... v NDICE DE FIGURAS................................................................................................................................vii NDICE DE TABELAS................................................................................................................................xi SMBOLOS E ABREVIATURAS............................................................................................................... Xiii 1. INTRODUO.................................................................................................................... 1 1.1. ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS................................................................................................. 1 1.2. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ............................................................................................... 1 1.3. DEFINIES ..................................................................................................................................... 2 1.4. TIPO DE NAVIOS............................................................................................................................... 4 2. EVOLUO HISTRICA........................................................................................ 7 2.1. O COMRCIO NO MAR MEDITERRNEO......................................................................................... 9 2.2. INCIO DO COMRCIO NO NORTE EUROPEU.................................................................................. 11 3.OTRANSPORTEMARTIMODEMERCADORIASNA UNIO EUROPEIA............................................................................................................. 15 3.1. PANORAMA DO TRANSPORTE....................................................................................................... 15 3.2. TRANSPORTE DE MERCADORIAS POR VIA MARTIMA NA UNIO EUROPEIA ............................... 17 3.2.1.TRANSPORTEMARTIMODEMERCADORIASMANIPULADASNOSPORTOS, POR PASEPORTIPODECARGA............................................................................................................................................................... 17 3.2.2. TRANSPORTE MARTIMO DE MERCADORIAS POR ORIGEM/DESTINO..................................................... 22 3.2.3. TRANSPORTE MARTIMO POR TIPO DE NAVIO..................................................................................... 24 3.2.4. TRANSPORTE MARTIMO A CURTA DISTNCIA SHORT SEA SHIPPING (SSS)................................... 25 3.2.4.1. Transporte martimo a curta distncia por pas e regio martima........................................... 26 3.2.4.2. Transporte martimo a curta distncia por tipo de carga.......................................................... 31 3.2.4.3. Transporte martimo a curta distncia de contentores, em TEUs ............................................ 33 3.2.5. O TRANSPORTE DE MERCADORIAS POR VIAS NAVEGVEIS INTERIORES TRANSPORTE FLUVIAL .......... 34 O Transporte Martimo de Mercadorias vi 3.2.5.1. Transporte na EU por vias navegveis interiores: desenvolvimento geral por tipo de transporte............................................................................................................................................................... 35 3.2.5.2. Transporte fluvial de mercadorias por tipo de mercadoria....................................................... 38 3.2.5.3. Transporte fluvial de mercadorias por tipo de navio ................................................................ 40 4.CARACTERIZAODOSPORTOSDAUNIOEUROPEIA............................................................................................................................................................... 43 4.1. RANKING DOS PRINCIPAIS PORTOS ............................................................................................. 43 4.2. COMPARAO DE DADOS DE ALGUNS PORTOS EUROPEUS....................................................... 47 5.ANLISEPRODUTIVADOSPORTOSDAUNIO EUROPEIA................................................................................................................................. 57 5.1. INPUTS ........................................................................................................................................... 58 5.2. ANLISE DOS RESULTADOS.......................................................................................................... 61 6. CONCLUSO................................................................................................................... 63 7. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 65 8. ANEXOS................................................................................................................................ A1 O Transporte Martimo de Mercadorias vii NDICE DE FIGURAS Figura 2.1 The Westline 5000 anos de centros do comrcio martimo..............................................8 Figura 2.2 - Mapa da Fencia e rotas de comrcio. ....................................................................................9 Figura 2.3 - O antigo mundo grego, por volta de 550 a.C.. ......................................................................10 Figura 2.4 - Imprio Romano na sua mxima extenso com as conquistas de Trajano. ........................10 Figura 2.5 - A Repblica de Veneza (Republik Venedig) por volta do ano 1000. ....................................11 Figura 2.6 - Imprio colonial Neerlands com as possesses da Companhia Neerlandesa das ndias Orientais a verde claro. .......................................................................................12 Figura 3.1 - Desempenho do transporte de cargas por meio de transporte na UE-25, entre 1995 e 2005 (em milhes de toneladas*km)........................................................................16 Figura 3.2 - Total da carga movida na UE-25, entre 1995 e 2005 (em %). .............................................16 Figura 3.3 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas em todososportosentre1997e2005naUE-15eentre2003e2005naUE-27 (em milhes de toneladas). ..................................................................................................17 Figura 3.4 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas em todososportosdospasespertencentesUE-27,entre2003e2005(em milhes de toneladas). .........................................................................................................18 Figura3.5-PesoBrutodasmercadoriasqueentramesaemporviamartima, manipuladasemtodososportosdospasespertencentesUE-15,entre 1997 e 2005 (em %). ............................................................................................................19 Figura3.6-PesoBrutodasmercadoriasqueentramesaemporviamartima, manipuladasemtodososportosdospasespertencentesUE-15,entre 1997 e 2005 (em %). ............................................................................................................20 Figura 3.7 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas nos portosprincipaisdospasespertencentesUE-27,em2004,portipode carga (em % do total da carga movimentada). ....................................................................21 Figura 3.8 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas nos portosprincipaisdospasespertencentesUE-27,em2005,portipode carga (em % do total da carga movimentada). ....................................................................21 Figura 3.9 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas nos portosprincipaisdospasespertencentesUE-27,em2004,portipode carga (em % do total da carga movimentada). ....................................................................21 Figura 3.10 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27eosseusportosparceiros(%dopesobrutototaldasmercadorias transportadas). .....................................................................................................................22 Figura 3.11 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27eosseusportosparceiros,para2003(%dopesobrutototaldas mercadorias transportadas). ................................................................................................23 Figura 3.12 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27eosseusportosparceiros,para2004(%dopesobrutototaldas mercadorias transportadas). ................................................................................................24 O Transporte Martimo de Mercadorias viii Figura 3.13 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27eosseusportosparceiros,para2005(%dopesobrutototaldas mercadorias transportadas). ................................................................................................ 24 Figura 3.14 Mdia entre 2004 e 2005 das quotas de transporte martimo a curta distncia (SSS), do total de mercadorias transportadas por via martima (em milhes de toneladas)............................................................................................................................. 27 Figura3.15Mdiaentre2004e2005dotransportedemercadoriasacurtadistncia, pela UE-25, por regio martima (em %). ............................................................................ 28 Figura3.16-Transportedemercadoriasacurtadistncia,pelospasesdaUE-25,por regio martima em 2004 (em %)......................................................................................... 29 Figura3.17-Transportedemercadoriasacurtadistncia,pelospasesdaUE-25,por regio martima em 2005 (em %)......................................................................................... 29 Figura 3.18 Transporte de mercadorias a curta distncia, por regio martima e por pas daUE-25,Bulgria,RomniaeNoruega,para2004(emmilhesde toneladas)............................................................................................................................. 30 Figura 3.19 Transporte de mercadorias a curta distncia, por regio martima e por pas daUE-25,Bulgria,RomniaeNoruega,para2005(emmilhesde toneladas)............................................................................................................................. 30 Figura 3.20 Mdia entre 2004 e 2005 do transporte de mercadorias a curta distncia na UE-25 por tipo de carga (em %). ......................................................................................... 31 Figura 3.21 Mdia entre 2004 e 2005 do transporte de mercadorias a curta distncia na UE-25 por tipo de carga e por regio martima, para 2004 (em %)..................................... 32 Figura 3.22 Mdia entre 2004 e 2005 do transporte de mercadorias a curta distncia por pas da UE-27 e por tipo de carga, para 2004, (em %). ...................................................... 33 Figura 3.23 - Transporte de contentores a curta distncia por pas da UE-27, em 2004 (em 1.000 TEUs). ........................................................................................................................ 34 Figura 3.24 - Transporte de contentores a curta distncia por pas da UE-27, em 2005 (em 1.000 TEUs). ........................................................................................................................ 34 Figura 3.25 Mdia entre2004 e 2005 do total de mercadorias transportadas por tipo de transporte (em %). ............................................................................................................... 36 Figura3.26Transportenacional,internacionaledetrnsitodemercadorias(em1.000 toneladas),porcaptuloNST/R,declaradoem2004paratodosospases declarantes........................................................................................................................... 40 Figura3.27Transportenacional,internacionaledetrnsitodemercadorias(em1.000 toneladas),porcaptuloNST/R,declaradoem2005paratodosospases declarantes........................................................................................................................... 40 Figura4.1-Rankingdosportosemtermosde movimentaodemercadoriadesde2002 at 2006 (em milhes de toneladas).................................................................................... 44 Figura4.2-Localizaodosprincipaisportoseuropeusemtermosdemovimentaode mercadoria desde 2002 at 2006. ....................................................................................... 45 Figura 4.3 - Ranking dos portos em termos de movimentao de contentores desde 2002 at 2006 (em 1.000 TEUs)................................................................................................... 46 O Transporte Martimo de Mercadorias ix Figura4.4-Localizaodosprincipaisportoseuropeusemtermosdemovimentaode contentores desde 2002 at 2006........................................................................................47 Figura 4.5 Portos da Unio Europeia analisados no subcaptulo 4.2. ..................................................47 Figura 4.6 - reas terrestres de alguns portos da Unio Europeia (em ha).............................................48 Figura4.7ProfundidademximadofundodealgunsportosdaUnioEuropeia(em metros). ................................................................................................................................48 Figura4.8MovimentaodeMercadoriasSecasaGranelem2004,2005e2006(em milhes de toneladas). .........................................................................................................49 Figura 4.9 - Movimentao de Mercadorias Lquidas a Granel em 2004, 2005 e 2006 (em milhes de toneladas). .........................................................................................................50 Figura4.10-MovimentaodeCargasGeraisem2004,2005e2006(emmilhesde toneladas). ............................................................................................................................50 Figura4.11Mdiapara2004,2005e2006demovimentaodeMercadoriasSecasa Granel, separadas por especialidades (em milhes de toneladas). ....................................51 Figura 4.12 - Mdia para 2004, 2005 e 2006 de movimentao de Mercadorias Lquidas a Granel, separadas por especialidades, em 2004 (em milhes de toneladas). ....................52 Figura4.13Mdiapara2004,2005e2006domovimentaodeCargasGerais, separadas por especialidades, em 2004 (em milhes de toneladas). .................................53 Figura 4.14 - Movimentao de Contentores, em 2004, 2005 e 2006 (em mil TEUs). ............................53 Figura4.15RelaoentreoPIBeasimportaes,emescalalogaritmica,dospases ondeselocalizamosportosestudadosnestesubcaptulo,exceptoparaa Romnia (porto de Constana). ...........................................................................................54 Figura4.16-Relaoentreareadosportos(emha)eamovimentaototalde mercadoria ou transporte (em milhes de toneladas), para 2004, 2005 e 2006. ................55 Figura4.17-Relaoentreaprofundidadedosportos(emmetros),eamovimentao total de mercadoria (em milhes de toneladas), para 2004, 2005 e 2006. .........................55 Figura 5.1 Portos da Unio Europeia avaliados no captulo 5. .............................................................59 Figura 5.2 Outputs do programa Limdep...............................................................................................62 O Transporte Martimo de Mercadorias x O Transporte Martimo de Mercadorias xi NDICE DE TABELAS Tabela 1.1 Nomenclatura do tipo de navios. ...........................................................................................4 Tabela 1.2 Nomenclatura do tipo de navios. (continuao) ....................................................................5 Tabela 2.1 Evoluo cronolgica da Westline. .....................................................................................8 Tabela 3.1 Desempenho do transporte de cargas por meio de transporte na UE-25, entre 1995 e 2005 (em mil milhes de toneladas*km). .................................................................15 Tabela 3.2- Total da carga movida na UE-25, entre 1995 e 2005 (em %)...............................................16 Tabela 3.3 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas em todososportosdospasespertencentesUE-27,entre2003e2005(em milhes de toneladas). .........................................................................................................18 Tabela3.4-Nmeroearqueaobruta(GT)dosnaviosnosprincipaisportosdaUE-27, portipodeembarcao(baseadoapenasnasdeclaraesinternasdos portos). .................................................................................................................................25 Tabela 3.5 - Evoluo do total das mercadorias transportadas por Estado-Membro. .............................35 Tabela3.6Transporteinternacionaldemercadoriasintra-UE,declaradasemrelaoa 2004 (em 1.000 toneladas). .................................................................................................37 Tabela3.7-Transporteinternacionaldemercadoriasintra-UE,declaradasemrelaoa 2005 (1.000 toneladas). .......................................................................................................38 Tabela 3.8 Classificaes NST/R utilizadas neste subcaptulo.............................................................38 Tabela3.9 Transportetotalde mercadoriaspor tipo denavio (em 1.000 toneladas), em 2004......................................................................................................................................41 Tabela 3.10 Transporte total de mercadorias por tipo de navio (em 1.000 toneladas), em 2005......................................................................................................................................42 Tabela 4.1 Ranking dos portos em termos de movimentao de mercadoria desde 2002 at 2006 (em milhes de toneladas). ...................................................................................44 Tabela 4.2 - Ranking dos portos em termos de movimentao de contentores desde 2002 at 2006 (em 1.000 TEUs). ..................................................................................................46 Tabela 5.1 Deflator do PIB (% anual). ....................................................................................................60 Tabela 5.2 Taxas de juro, a longo prazo, governamental (dados anuais). ............................................60 Tabela8.1-Transportenacionaldemercadorias(em1.000toneladas),porcaptulo NST/R, declarado em2004. ..................................................................................................2 Tabela8.2-Transporteinternacionaldemercadorias(em1.000toneladas),porcaptulo NST/R, declarado em2004. ..................................................................................................3 Tabela8.3-Transporteemtrnsitodemercadorias(em1.000toneladas),porcaptulo NST/R, declarado em2004. ..................................................................................................6 Tabela8.4-Transportenacionaldemercadorias(em1.000toneladas),porcaptulo NST/R, declarado em2005. ..................................................................................................7 O Transporte Martimo de Mercadorias xii Tabela8.5-Transporteinternacionaldemercadorias(em1.000toneladas),porcaptulo NST/R, declarado em2005................................................................................................... 8 Tabela8.6-Transporteemtrnsitodemercadorias(em1.000toneladas),porcaptulo NST/R, declarado em2005................................................................................................. 11 Tabela8.7Transportedemercadoriasemmilhesdetoneladasseparadaspor importaes e exportaes, para 2004 e 2005.................................................................... 12 Tabela8.8-reaterrestre(emhectares),profundidade(emmetros)emovimentaode contentores (em TEUs e toneladas) em alguns portos da Unio Europeia. ....................... 13 Tabela8.9-MovimentaoTotaldeMercadoriasem2004,2005e2006(em milhesde toneladas)............................................................................................................................. 17 Tabela 8.10 - Custos operacionais e activos tangveis de alguns portos da Unio Europeia. ................ 27 Tabela 8.11 - Inputs do programa Limdep. .............................................................................................. 31 O Transporte Martimo de Mercadorias xiii SMBOLOS E ABREVIATURAS: a.C. antes de Cristo AT ustriaBE Blgica CZ Repblica Checa d.C. depois de Cristo DE Alemanha Equi. Equipamento E.U.A Estados Unidos da Amrica exp. Exportao FR Frana GT Gross Tonnage ou arqueao bruta HU Hungria imp. Importao LU Luxemburgo NL Pases Baixos NST/R Nomenclatura uniforme de mercadorias para as estatsticas de transporte/Revista PL Polnia PIB Produto Interno Bruto PNB Produto Nacional Bruto Ro-ro Roll on / Roll off SK Eslovquia SSS Short Sea Shiping ou Transporte martimo a curta distncia TEU Twenty-foot equivalent unit ou Unidade equivalente a 20 ps ton. - toneladas TPB Tonelagem de porte bruto U.E. Unio Europeia UE-25 Unio Europeia dos 25 UE-27 Unio Europeia dos 27 ZCM Zona Costeira Martima O Transporte Martimo de Mercadorias xiv O Transporte Martimo de Mercadorias 1 1 1.INTRODUO 1.1. ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS Este projecto insere-se no mbito de um Mestrado Integrado em Engenharia Civil, tendo como objectivo mostraroestadoactualeaevoluoregistadapelotransportemartimodemercadoriasnaUnio Europeia. Apartirdevriosdadosimportantesparaacaracterizaodosportos,comoporexemploarea, profundidade,nmerodetrabalhadores,equipamentoseinfra-estruturas,pretende-sedeterminarquais os factores que mais influenciam a produo porturia. 1.2. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Estetrabalhodesnteseiniciacomumadescriodaevoluodotransportemartimoaolongoda histria,evidenciandoaszonasdomundoemqueestetipodetransportesetornourelevanteedeque forma os grandes plos do comrcio martimo se alteraram ao longo dos anos. Neste captulo histrico tambmpodemosficarapardotipodemercadoriastransportadasedosportosquemaisse evidenciaram ao longo dos anos. Ocaptulo3,relativoaotransportemartimodemercadoriasnaUnioEuropeia,baseia-seemdados recolhidos do Eurostat [1]. Este captulo d uma ideia abrangente do panorama do transporte na Unio Europeia,isto,dequeformaosdiversosmeiosdetransporte(rodovia,ferrovia,meiofluvial, oleodutosemeioareo)evoluramaolongodosanoseanalisaasmercadorias transportadasnaUnio Europeia nos ltimos anos, quanto quantidade, ao tipo e forma de transporte (graneis lquidos, graneis slidos, contentores, unidades ro-ro e outros), origem/destino, distribuio por mares e oceanos e ao tipo de navio. Estas estatsticas baseiam-se na Directiva 95/64/CE do Conselho de 8 de Dezembro de 1995, relativa ao levantamentoestatsticodostransportesmartimosdemercadoriasepassageiros[2]enaDirectivado Concelho de 17 de Novembro de 1980 relativa ao registo estatstico dos transportes de mercadorias por viasnavegveisinteriores(80/1119/CEE)[3].importantesalientarqueapenasosportosquelidem anualmentecommaisdeummilhodetoneladasdemercadoriasouregistemmaisde200.000 movimentos de passageiros so considerados, designam-se estes por portos principais. Comocaptulo4,intenta-senumacaracterizaodosportosdaUnioEuropeia,identificandoem primeirolugarosportosquemaismercadoriatransportamequetmmaiormovimentaode contentores,prevendotambmocrescimentorespectivo,seguindo-seumaanliseecomparaode 2 diferentesndicesdosportos(reaterrestre,profundidademximaequantidadedemercadorias transportadas). O ltimo captulo destina-se anlise produtiva dos portos da U.E.. Partindo de dados caractersticos de cadaporto,comoocasodareaterrestre,daprofundidademxima,daquantidadedemercadorias movimentadas, do nmero de trabalhadores e do capital relativo ao equipamentos e s infra-estruturas, pretende-se saber qual a influncia destes factores na produo total do porto, recorrendo a uma anlise economtrica do programa Limdep. 1.3. DEFINIES Segundo a Directiva 95/64/CE do Conselho de 8 de Dezembro de 1995 [2] , entende-se por: i.Transportemartimodemercadoriasedepassageiros,omovimentodemercadoriasede passageiros atravs de navios, em percursos efectuados, total ou parcialmente, por mar. O mbito de aplicao da presente directiva inclui igualmente as mercadorias: a) Transportadas para instalaes off shore; b) Recuperadas dos fundos marinhos e descarregadas nos portos. So excludos o combustvel lquido e os abastecimentos de que necessitam os navios. ii.Navio de mar, qualquer navio, com excepo dos que navegam exclusivamente em guas interiores ou em guas situadas no interior ou na proximidade de guas abrigadas ou emzonas nas quais se apliquem regulamentos porturios. Nosoabrangidospelombitodeaplicaodapresentedirectivaasembarcaesdepescaeos navios-fbrica para o tratamento de peixe, os navios de sondagem e explorao, os rebocadores, os empurradores,asdragas,osnaviosdepesquisaedeexplorao,osnaviosdeguerraeas embarcaes utilizadas exclusivamente para fins no comerciais. iii.Porto, um local com instalaes que permitam amarrar navios mercantes e descarregar ou carregar mercadorias, bem como desembarcar ou embarcar passageiros dos ou nos navios. iv.Nacionalidade do operador de transporte martimo, a nacionalidade do pas onde est estabelecido o centro real da actividade comercial do operador de transporte. v.Operador de transporte martimo, qualquer pessoa que celebre, ou em nome da qual seja celebrado, um contrato de transporte martimo de mercadorias ou de pessoas com um carregador ou com um passageiro. vi.Contentor de transporte: um elemento de equipamento de transporte: a)Decarcterduradouroe,porconseguinte,suficientementeslidoparasuportarmltiplas utilizaes; b)Concebidodeformaafacilitarotransportedemercadoriasporumoumaismodosde transporte, sem rotura de carga; c)Equipadocomacessriosquepermitamumamovimentaosimplese,especialmente,a transferncia de um modo de transporte para outro; d)Concebido de forma a ser fcil de encher ou esvaziar; e)Com um comprimento mnimo de, pelo menos, 20 ps. O Transporte Martimo de Mercadorias 3 vii.Unidadero-ro:umequipamentocomrodasdestinadoaotransportedemercadorias,comoum camio,reboqueousemi-reboque,quepossaserconduzidoourebocadoparaumnavio.Os reboquespertencentesaosportosouaosnaviosestoincludosnestadefinio.Estasunidades podem ser com autopropulso ou sem autopropulso a)Ro-rocomautopropulso:incluimercadoriasemveculosrodoviriosautomveisparao transportedemercadoriaseacompanhadosdereboques,viaturasparticulares,motociclose acompanhadosdereboquesecaravanas,autocarrosdepassageiros,veculoscomerciais (incluindo veculos automveis import/export) e animais vivos. b)Ro-rosemautopropulso:incluimercadoriasemreboquesrodoviriosdemercadoriase semireboques no acompanhados, caravanas no acompanhadas e outros veculos agrcolas e industriaiseMercadoriasemvagesdecaminho-de-ferro,reboquesparaotransporte martimo transportados por navios, bateles para transporte de mercadorias transportadas por navios. viii.Cargacontentorizada:contentorescomcargaouvazioscarregadosparaooudescarregadosdo navio que os transporta por mar. ix.Carga ro-ro: unidades ro-ro e mercadorias (em contentor ou no) em unidades ro-ro que entrem no ou saiam do navio que as transporta por mar. x.Tonelagembrutademercadorias:atonelagemdemercadoriastransportadas,incluindoas embalagens, mas excluindo a tara dos contentores e unidades ro-ro. xi.Tonelagemdeportebruto(TPB):adiferena,expressaemtoneladas,entreodeslocamentode umnavioemlinhadecargadeVeroemguacompesoespecficode1,025eatarada embarcao, ou seja, o deslocamento, expresso em toneladas, de um navio sem carga, combustvel, lubrificante,guadelastro,guafresca,guapotvelnostanques,provisesparaconsumo,nem passageiros, tripulao e sues haveres. xii. Arqueaobruta:amedidadotamanhototaldeumnavionostermosdaConveno Internacional sobre a Arqueao dos Navios, de 1969. Granellquido:tipodecargaqueincluigsliquefeito,petrleobruto,derivadosdepetrleo,outras mercadorias lquidas a granel. xiii.Granelslido:tipodecargaqueincluiminrios,carvo,produtosagrcolas(porexemplo: cereais, soja, tapioca), outras mercadorias slidas a granel. xiv.Outracargageral:tipoecargaqueincluiprodutosflorestais,Produtosferrososeaoeoutras cargas gerais. 4 1.4. TIPO DE NAVIOS Segundo a Directiva 95/64/CE do Concelho de 8 de Dezembro de 1995 [2], utiliza-se a nomenclatura do tipo de navios representada na Tabela 1.1. Tabela 1.1 Nomenclatura do tipo de navios. ModeloCategorias includas em cada tipo de navio Petroleiro Navio-tanque para produtos qumicos Transportador de gs liquefeito Batelo-cisterna 10Granel lquido Outros navios-tanque Petroleiro/graneleiro20Granel slido Graneleiro 31ContentoresPorta-contentores integral Transportador de bateles Transportador de produtos qumicos Transportador de produtos radioactivos Transportador de gado Transportador de veculos 32Transporte especializado Outros transportadores especializados Navio frigorfico Navio ro-ro e passageiros Navio ro-ro e contentores Outros navios ro-ro Navio misto (carga geral e passageiros) Navio misto (carga geral e contentores) Navio de carga geral single decker 33Carga geral Navio de carga geral multi-decker Batelo de convs Batelo de comportas Batelo porta-barcaas LASH Batelo de carga seca aberta Batelo de carga seca coberta 34Batelo sem propulso para cargas secas Outros bateles de carga seca no especificados noutra posio O Transporte Martimo de Mercadorias 5 Tabela 1.2 Nomenclatura do tipo de navios. (continuao) ModeloCategorias includas em cada tipo de navio Navios de passageiros (excluindo passageiros de cruzeiros)35Passageiros S navios de cruzeiro Embarcaes de pesca (*)41Pesca (*) Navio-fbrica para o tratamento de peixe (*) Sondagem e explorao (*)42Actividades off shore Abastecimento off shore Rebocadores (*)43Rebocadores (*) Empurradores (*) Dragas (*) Investigao/explorao (*) 49Diversos (*) Outros navios e embarcaes no especificados noutra posio (*) (*) No abrangidos pela presente directiva. 6 O Transporte Martimo de Mercadorias 7 2 2.EVOLUO HISTRICA Anavegaoprimeiroeantesdemaisumnegciointernacional.Quandoolhamosparaahistria, reparamosqueocomrcioestemconstantemutao,nosdevidosquestespolticas,como tambmdevidoaodesenvolvimentodospasesesnecessidadesdaspopulaes.Assimcomoo comrciodeumpassealteracomoseucrescimentoeconmico,tambmopadrodocomrcio martimo mundial se altera. Segundo Martin Stopford [4], a evoluo do comrcio martimo tem seguido uma linha distinta de Este para Oeste, levando-o a formar uma teoria The Westline theory. Quando se examina a histria do comrcio mundial, verificamos que nos ltimos 5000 anos o centro do comrcioportransportemartimotempercorridoumcaminhoOcidental,comomostraaFigura2.1. Esta Westline comeou no Lbano, 3000 anos a.C., dando pequenos passos para oeste, em direco aRhodes,Creta,Grciacontinental,RomaeoNortedeItlia.Halgunsmilharesdeanosatrs,o NoroestedaEuropatornou-seocentrodocomrcio martimoe,porsuavez,ascidadesdeAnturpia, Amesterdo,LondreseaCostaEstedoNortedaAmricatornaram-selderesdocentrodocomrcio martimo. Finalmente no sculo XX o centro de comrcio foi para o Pacfico. O Japo, a Coreia do Sul e a China tornaram-se lderes do crescimento do comrcio martimo. (Tabela 2.1) CadaetapaaolongodestaWestlinefoiacompanhadaporumalutaeconmicaentreestados adjacentes,namedidaemqueoantigocentroentravaemdeclnioeonovocentrodecrescimento emergia.Atradiomartima,alinhamentospolticos,portos,eatmesmoariquezaeconmicadas diferentes regies so o produto de sculos de evoluo econmica, em que a navegao mercante tem desempenhado um importante papel. 8 Tabela 2.1 Evoluo cronolgica da Westline. CronologiaEras, regies, pases ou cidades importantes para o comrcio martimo 3000 1000Era Fencia - Lbano Tiro a.C. 600 400Era Grega - Cartago, Atenas, Rodes, Antioquia e Alexandria 100 a.C. - 700 d.C.Imprio Romano - Roma, Constantinopla 700 1200Era Veneziana Veneza 1400 - 1520Era dos descobrimentos - Portugal e Espanha 1520 1620Era Neerlandesa - Anturpia e Amesterdo 1660-1940Era Inglesa - Bristol, Whitehaven, Liverpool e Glasgow 1950 - 1960Era Americana - Pittsburgh, Chicago e Detroit, Nova Iorque e Baltimore d.C. 1960 - 1975Era Japonesa, da Coreia do Sul e Chinesa - Hong Kong e Singapura Fonte:(Stopford, 1997) [4] Figura 2.1 The Westline 5000 anos de centros do comrcio martimo. O Transporte Martimo de Mercadorias 9 2.1. O COMRCIO NO MAR MEDITERRNEO 3000 a.C. 1000 a.C.: A era Fencia. Foicomaformaodasprimeirascivilizaes,h3100anosa.C.nosvalesdorioNilo(Egipto),dos riosTigreeEufrates(Mesopotmia)edorioIndus(Harappa),queseiniciouocomrcioporvia martima.Existempoucosregistosdasmercadoriascomercializadas.OshabitantesdaMesopotmia trocavamoseuazeiteetxteisportmarasecobre,apartirdoBahreinedeOmepossivelmente tambm negociavam com o Vale do rio Indus e Egipto.Em2000a.C.osnavioseramcomunsnoMediterrneoeosegpcioseramcomerciantesactivos.No entanto, foi no Lbano que se estabeleceu uma interligao dos sistemas de transporte no mar e na terra, tornando-seassimoprimeirocentrodocomrciomartimo.AimportantecidadedeTiro,fundadaem 2700 a.C., tornou-se numa grande potncia martima depois do declnio do Egipto, setecentos anos mais tarde,alcanandooseuaugenosculoVIIIa.C..Negociavam-seprodutosmanufacturados(vidro, txteis,produtosmetalrgicos)enaturaistaiscomomadeira,vinhoeazeite,porlinhoegpcio,ouroe marfim,ldaAnatlia,cobredoChipreeresinasdaArbia.Ocomrciocresceucomo desenvolvimento da urbanizao e da indstria em torno do mar Mediterrneo. (Figura 2.2) Fonte: Wikipedia [5] Figura 2.2 - Mapa da Fencia e rotas de comrcio. Aps a descoberta da Espanha e da povoao de Sades (Cdis), cerca de 1000 a.C.,a Pennsula Ibrica emergiucomoaprincipalfontedemetalparaaseconomiasdesenvolvidasdoOrientedo Mediterrneo, proporcionando prata, cobre e estanho que garantia o domnio comercial no Oriente pelos Fenciose,emparticularporTiro.Emterra,adomesticaodoscamelostornoupossvelestabelecer rotascomerciaisentreoMediterrneo,oGolfoArbicoeoMarVermelho,fazendoaligaocomo comrcio martimo entre o Ganges e o Golfo Prsico. 10 600 a.C. - 400 a.C.: A era Grega. Com o crescimento de grandes cidades no meio do Mediterrneo, em Cartago e em Siracusa, no Norte de frica e em Atenas, na Grcia e em Mnfis (Egipto) e com a queda de Tiro para acivilizao Assria em666a.C.,osgregos,comumaposiomaiscentral,ecomumaeconomiabaseadanomercado, tomouolugarcomooldernocomrciomartimo.OMediterrneoOrientaltornou-seumarea comercial activa, dominada pelas quatro principais cidades de Atenas, Rodes, Antioquia e Alexandria.Osgregostrocavamvinho,azeiteeprodutosmanufacturados(principalmentecermica)pormetaisde CartagoedaEtrriaeporprodutostradicionaisdoEgiptoedoOriente.Orpidocrescimentodas cidades-estado gregas no era auto-suficiente e por isso cereais e peixe foram expedidos a partir do Mar Negro,ondeporcercade500a.C.aGrciatinhafundadomaisde100colnias(Figura2.3).Cartago controlavaamaiorpartedoMediterrneoocidental,incluindoacostadoNortedefrica,oSulde Espanha, a Crsega e a Siclia Ocidental. No entanto, esta no era uma rea desenvolvida e havia pouco comrcio, em comparao com o Mediterrneo Oriental. Fonte: Wikipedia [5] Figura 2.3 - O antigo mundo grego, por volta de 550 a.C.. 100 a.C. 700 d.C.: O Imprio Romano e a Pax Romana. Como Roma cresceu em importncia econmica e poltica, o centro de comrcio mudou-se para Itlia, RomaimportavamineraisdeEspanha,otrigodoNortedefricaedoMarNegroeprodutos manufacturadosdoMediterrneoOriental.SobaPaxRomana,ocomrcionoMediterrneoexpandiu, Figura 2.4, no entanto o nmero de cidades e rotas comerciais eram muito maiores no Oriente do que no Ocidente. Fonte: Wikipedia [5] Figura 2.4 - Imprio Romano na sua mxima extenso com as conquistas de Trajano. O Transporte Martimo de Mercadorias 11 NapartefinaldosculoIIId.C.,umroldefactoresscio-polticoslevouaodeclniodoImprio Romano,eestefoidivididoemdois.Ametadeoriental,omundoeconomicamentedesenvolvido, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida como Imprio Bizantino a partir de 476 d.C.. Com esta diviso, o Imprio contraiu e em 700 d.C., o comrcio martimo centrou em Constantinopla. 2.2. INCIO DO COMRCIO NO NORTE EUROPEU Foi tambm em 476 d.C. que se deu iniciou a Idade Mdia e a economia da Europa do Norte comeou a crescer, baseado sobretudo na indstria da l, em Inglaterra e na indstria txtil da Flandres. Os Vikings abriram o comrcio entre o mar Bltico e o Norte da Europa, comercializando peixe, l, vinho e milho. Colnia (Alemanha) cresceu e tornou-se numa grande cidade. Como resultado o mundo desenvolvido j tinha dois centros econmicos, um no Mediterrneo Oriental, e outro no Norte da Europa. Veneza e Gnova, que se localizavam na rota comercial deste dois centros econmicos beneficiaram do comrcio. 700 d.C. 1200 d.C.: A era Veneziana.Durante500anosat1200d.C.,Venezaemergiucomoumgrandecentrodocomrcio,dotransporte martimo e da construo naval e foi ajudado pelo declnio econmico do imprio bizantino. Devido a questespolticaseeconmicas,osvenezianoscomearamasubstituiraredecomercialdosnativos bizantinos, alcanando o apogeu no incio do sculo XIII. (Figura 2.5) Fonte: Wikipedia [5] Figura 2.5 - A Repblica de Veneza (Republik Venedig) por volta do ano 1000. AsimportaesprovenientesdoNortedaEuropaforamprincipalmentetxteis,enquantooNortede Itliaexportoutxteisdeelevadaqualidade,produtosmanufacturadosereexportavaprodutosdo Oriente, transportados por camelos at Europa do Norte. No entanto, devido a vrios acontecimentos, entre os quais os descobrimentos, Veneza foi perdendo o seu poder comercial. 12 Sclo XV sclo XVI: Era dos descobrimentos nos sculos XV e XVI. Asmotivaesquelevaramaosdescobrimentos,no finaldosculo XVforamprincipalmente, embora nounicamente,decarctereconmico:procuraracessodirectoafontesdefornecimentodetrigo,de ourooudeescravose,maistarde,dasespeciariasorientais.EspanhaePortugal,quejestavama negociarcomafrica,lideraramocaminho.Comoresultadodestasviagens,novosgrandesfocos comerciais foram abertos. 1520 1620: O crescimento do transporte martimo Neerlands. Situadonocentrodanovaredecomercial,osportosmartimosdeAnturpiaedeAmesterdoforam idealmente localizados para beneficiar desta tendncia. Eles estavam no cruzamento da Europa, onde os principaissistemasderotasdenavegaointernas,quetransportavamgrandepartedamercadoriado NorteItlia,seencontravamcomamercadoriavindadeLeste,OesteedoBltico.Assimos comerciantesdoNortedeItliaforampostosdepartepeloscustosdosseusprodutoseservios,bem como pela perda da sua posio estratgica.Entre1520e1576,Anturpiafoioemporeummercatorium,oarmazmeomercadodocomrcio mundial.EmAnturpia,osaventureirosmercantesInglesesnegociavamvesturioInglsel;os banqueiros do sul da Alemanha comercializavam vesturio, especiarias e metais com a Alemanha e com aItlia;grandescarregamentosdepimentaIndiana,noz-moscada,canelaecravo-da-ndiaforam trazidosporagentesdoreinadodePortugal;naviosmercantesespanhisdeCdistraziam carregamentosdel,vinhoeprata,comretornodecarregamentosdevesturio,ferro,carvoevidro. Anturpiatambmsetornounumcentrodefinanas.Oscomerciantesevoluramparacapitalistas, conscientes dos custos, bem como dos lucros e dos volumes de negcios.Este imprio foi abalado depois de 1567, data em que tropas espanholas saquearam a cidade. Em 1584, sofreunovoataqueeorioEscalda,sobreoqualAnturpiaestlocalizada,foibloqueado.Destavez, Anturpiafoiforadaarender-seaosespanhisem1585.Muitosdoscomerciantesfugirampara Amesterdo, que rapidamente assumiu o comando como a cidade lder para o comrcio martimo. Entre 1585e1620,tornou-seocentrodeumarededocomrciomundial,alongandoasuainflunciada Alemanha para a ndia, com a criao da Companhia Neerlandesa das ndias Orientais (Figura 2.6). A empresa foi muito bem sucedida e obteve um monoplio do comrcio com a Malsia, o Japo e a China. Source: Wikipedia [5] Figura 2.6 - Imprio colonial Neerlands com as possesses da Companhia Neerlandesa das ndias Orientais a verde claro. O Transporte Martimo de Mercadorias 13 1660 1940: A frota mercante Britnica. DuranteosculoXVII,aRevoluoIndustrialestavaacomearemInglaterraeoscomerciantes Ingleses tornaram-se srios concorrentes dos Neerlandeses no comrcio martimo. Os portos de Bristol, Whitehaven,LiverpooleGlasgow,dacostaoeste,cresceramricoscustadoslucrosdoAtlnticono comrcio de acar, algodo, tabaco e escravos. As exportaes de txteis, instrumentos de ferro, pregos evidrotambmcresceramrapidamente.Nosanosde1650se1660s,oparlamentoInglspromulgou umasriedeleisproteccionistasparaanavegao(TheNavigationAct),destinadaaexcluiros Neerlandesesdestascomercializaesrentveis.Assimcomeouodeclniodasupremaciamartima Neerlandesa e o crescimento da marinha mercante Inglesa, tornando Londres o novo centro do comrcio martimo. ACostaEstedoNortedaAmricanoestavamuitoatrsdaEuropaemtermosdedesenvolvimento econmico. A indstria do ao e a indstria pesada desenvolveu-se no Nordeste dos Estados Unidos em tornodePittsburgh,ChicagoeDetroit,sobreosGrandesLagoseparabaixo,paraNovaIorquee BaltimorenaCostaLeste.Orpidocrescimentopopulacionalfoicompletadaporumaemigraoem massa da Europa Ocidental, e a Costa Leste tornou-se num mercado de massas. Pelo final dosculo XIX,oAtlnticoNorteestava rodeado de indstriase tinha-setornadoumcentro do trfego martimo. Esta fase atingiu o seu pico nas primeiras dcadas do sculo XX, mas para a maior parte do sculo, anterior a 1950, a Europa Ocidental dominou o cenrio martimo internacional. 1950s e 1960s - Liberalizao da marinha mercante. NasdcadasapsaSegundaGuerra Mundialhouve mudanasnoestabelecido padrodenavegaoe comrcio,queteveprofundosefeitosparaaindstriamartima.Muitasdasmaisimportantescolnias foram-lhesdadasaindependncia,iniciandoumprocessodedesconcentrao,queprejudicaramo quadrodaseguranaeconmicaepoltica,noqualascompanhiasmartimaseuropeiastinham anteriormenteoperado.Estesacontecimentosabalaramoestabelecidopadrodocomrciomartimo, comacriaodenovasforasindependentesnomercadomartimo,nomeadamenteospasesem desenvolvimento, obrigando a Europa Ocidental a um molde econmico diferente. NoincioestesdesenvolvimentostiverampoucoimpactosobreaposiodominantedaEuropano transportemartimo.Libertadasdosseusimprioscoloniais,aseconomiasdaEuropaOcidental embarcaramnumperododereconstruops-guerra.Noinciodosanos1970s,aeconomiaeuropeia foi amadurecendo e as importaes estagnaram. Sculo XX - A marinha mercante dos Estados Unidos. No incio do sculo XIX, os E.U.A. detinham uma posio forte no transporte martimo e na construo naval, mas a interrupo da Guerra Civil Americana coincidiu com a revoluo da construo naval do aoem1860.Houveumarpidaesemoposioexpansododomnioeuropeu,eaparticipaodos E.U.A.notransportemartimointernacionalmurchougradualmente.AtaoinciodosculoXX,os E.U.A. tinha apenas uma pequena frota comercial e dependia fortemente das frotas de outros pases para transportar o seu comrcio externo.OperodoapsaSegundaGuerraMundialassistiuaumrelanamentodaactividademartima americana. Em Junho de 1920 o Merchant Marine Act, vulgarmente conhecido como o Jones Act, foi introduzido, com o objectivo de manter uma marinha mercante com os mais bem equipados e mais adequado tipos de navios. Por alguns anos a marinha mercante dos E.U.A. transportou uma grande parte do comrcio mundial e uma percentagem muito maior das exportaes e importaes dos E.U.A, maior doqueeletinhanosprimeirosanosdaRepblica.Noentanto,pormeadosdosanos1950,ospases europeus tinham reconstrudo as suas frotas mercantes. 14 1945-1975 - As trocas no Pacfico. ComoavanodosculoXX,asnegociaesdocomrcionoAtlnticocomearamaamadurecereo centro do crescimento econmico mudou-se para o Oceano Pacfico e para o Oceano ndico. Apesar do crescimentoindustrialdoJapoiniciarnofinaldosculoXIX,nofoiantesdadcadade1950ede 1960queacrescenteimportnciadocomrciomartimojaponssetornouevidente.Asindstrias lderes,taiscomoaconstruonaval,osveculosautomveis,asiderurgiaeos transportesmartimos, foram seleccionadas para serem desenvolvidas, e durante a dcada de 1960 a economia japonesa iniciou um programa de crescimento que o tornou lder mundial da nao martima. Entre 1965 e 1972, o Japo gerou 80 por cento do crescimento do comrcio da carga slida no alto mar. No incio dos anos 1970s, o Japo tinha metade da indstria naval mundial e a frota de marinha mercante maior do mundo. Durante a dcada de 1970, a economia japonesa alterou-se, o comrcio afastou-se das matrias-primas para produtos com maior valor acrescentado. O prximo passo para oeste foi desde o Mar do Japo at Coreia do Sul que, durante o final dos anos 1970, emergiu como um novo e agressivo operador da liga martima,captandoumagrandequotademercadomundialdaconstruonaval,revitalizandooJapo narpidaexpansodassuasindstriaspesadas,comoasiderurgiaeosautomveis.evidentequeo processo no vai parar aqui. Depois de duas dcadas de isolamento total e de muitos sculos de contacto restritocomoOcidente,emmeadosdadcadade1970aeconomiachinesacomeouaabrirassuas portas ao capitalismo. Desde a foi seguido um perodo de notvel crescimento econmico, aliado a um sistemaeconmicocapitalista,maisocidental.Notrfegodecargasgerais,doiscentroscomerciais lutavam por uma supremacia regional, Hong Kong e Singapura e os pases na rea de agrupamento entre Singapura e o Japo tornaram-se o novo centro comercial do comrcio martimo. O Transporte Martimo de Mercadorias 15 3 3.OTRANSPORTEMARTIMODE MERCADORIASNAUNIO EUROPEIA 3.1. PANORAMA DO TRANSPORTE NaUE-25odesempenhodotransportedecargasporrodovia,ferrovia,meiofluvial,oleodutos,por meio martimo intra-UE e por meio areo subiu 31% entre 1995 e 2005, de quase 3 bilies de toneladas porquilmetroatingiu-se3,903biliesdetoneladasporquilmetro,medidocomotoneladas transportadasmultiplicadasporquilmetrospercorridos.Istoequivaleamoverumatoneladadebens durante cerca de 23 km por dia, por habitante da UE.Os31%desubidafoiemgrandeparteatribudasestradaseaostransportesmartimos,que representaram44%e39%,respectivamentedototaldacargamovidaem2005,equeexibiu crescimentosentre1995e2005daordemdos38%e35%,respectivamente.(Tabela3.1,Tabela3.2, Figura 3.1 e Figura 3.2) Emboraareduzidacontribuioparaastoneladasporquilmetrototais,oterceiromaisrpido crescimento entre 1995 e 2005 foi claramente o transporte areo (31%). Esta foi seguida pelos oleodutos (17,5%). Os crescimentos menores foram registados para o transporte ferrovirio, onde o transporte de cargas aumentou apenas 9%, e para as vias navegveis interiores (10%). Tabela 3.1 Desempenho do transporte de cargas por meio de transporte na UE-25, entre 1995 e 2005 (em mil milhes de toneladas*km).

Estrada(*) Caminhos-de-ferro Vias fluviais navegveis Oleodutos Vias Martimas(*) Vias areas(*) Total 19951.2503581171121.13322.972 20001.4873741301241.34523.462 20041.6833921291291.48433.820 20051.7243921291311.52523.903 crescimento 1995-2005 (%) 37,99,210,217,534,631,131,3 (*)Estrada:transportenacionaleinternacionalporveculosmatriculadosnaUE-25.Areose martimos: dados apenas incluem o trfego intra-UE. 16 02004006008001.0001.2001.4001.6001.8002.0001995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005mil milhes de toneladas-kmEstrada Cami nhos-de-ferro Vi as fl uvi ai s navegvei sOl eodutos Vi as Marti mas Vi as areas Figura 3.1 - Desempenho do transporte de cargas por meio de transporte na UE-25, entre 1995 e 2005 (em milhes de toneladas*km). Tabela 3.2- Total da carga movida na UE-25, entre 1995 e 2005 (em %). Estrada Caminhos-de-ferro Vias fluviais navegveis Oleodutos Vias Martimas Vias areas Total 199542,112,03,93,838,10,1100 200043,010,83,83,638,90,1100 200444,110,33,43,438,80,1100 200544,210,03,33,439,10,1100 0%20%40%60%80%100%1995 2000 2004 2005Vias areasVias MartimasOleodutosVias fluvi ais navegveisCami nhos-de-ferroEstrada Figura 3.2 - Total da carga movida na UE-25, entre 1995 e 2005 (em %). O Transporte Martimo de Mercadorias 17 3.2. TRANSPORTE DE MERCADORIAS POR VIA MARTIMA NA UNIO EUROPEIA 3.2.1. TRANSPORTE MARTIMO DE MERCADORIAS MANIPULADAS NOS PORTOS, POR PAS E POR TIPO DE CARGA AglobalizaoeacrescenteintegraoeconmicadosEstados-MembrosdaUEtmconduzidoaum aumento significativo do transporte de mercadorias. O territrio da Unio Europeia inclui vrias zonas altamente industrializadas e densamente habitadas, o que gera grandes fluxos de transporte de matrias-primas, produtos acabados e de gneros alimentcios e muitos dos materiais e produtos so importados por via martima.OReinoUnidooldernaUE-27notransportemartimodemercadorias,com586milhesde toneladasmanuseadasem2005,representandocercade16%dototaldaUE-27.OReinoUnido seguido pela Itlia, com uma quota de 14%, Pases Baixos (12%) e Espanha (11%). (Figura 3.3 e Figura 3.4) OtotaldetoneladasmanipuladasnaUE-27,entre2004e2005,aumentou4,2%,sendoosmais importantesaumentosregistadospelaRomnia(+18%),Portugal(+11%)epelaBlgica(+10%).No entanto,emPortugalenaBlgicaestesaumentossoempartedevidoaumamelhoriadosdadosdo sistemadeinformao.ApsalgumasmudanasestruturaisantesdaadesoUE,oaumentoda actividade nos portos da Letnia em 2005 (+9%) foi impulsionada basicamente pelo crescimento geral da economia (PIB: +10,6%). (Tabela 3.3) Entre 2004 e 2005, o peso das mercadorias manipuladas cresceu em todos os Estados-Membros com a excepo da Finlndia (-6%), onde as fbricas de papel e celulose foram encerradas durante umms e meio por causa de uma disputa industrial na I ndstria do papel, da Grcia (-4%) e da Dinamarca (-1%). (Tabela 3.3) A Dinamarca o nico pas que registou uma queda da quantidade de mercadorias manipuladas desde 1997:de124milhesdetoneladasem1997para100milhesdetoneladasem2005(-20%), principalmentedevidoaumadiminuiodotransportedecarvoedotransportedeunidadesRo-Ro aps a abertura da ponte Grande Belt e da ponte de resund. Por outro lado, os valores para a Grcia e paraEspanhaapresentamosmaioresaumentosnomesmoperodo.Noentanto,nessescasos,os aumentos so principalmente devido melhoria da cobertura estatstica. 0,0500,01.000,01.500,02.000,02.500,03.000,03.500,04.000,01997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Peso Bruto - milhes de toneladasUE-15UE-27 Figura 3.3 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas em todos os portos entre 1997 e 2005 na UE-15 e entre 2003 e 2005 na UE-27 (em milhes de toneladas). 18 0,0100,0200,0300,0400,0500,0600,0BlgicaBulgriaDinamarcaAlemanhaEstniaIrlandaGrciaEspanhaFranaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPases BaixosPolniaPortugalRomniaEslovniaFinlndiaSuciaReino UnidoPases da UE-27Peso Bruto - milhes de toneladas200320042005 Figura 3.4 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas em todos os portos dos pases pertencentes UE-27, entre 2003 e 2005 (em milhes de toneladas). Tabela 3.3 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas em todos os portos dos pases pertencentes UE-27, entre 2003 e 2005 (em milhes de toneladas). 1997200320042005 crescimento 2004 - 2005 (%) crescimento 1997 - 2005 (%) Blgica161,6181,1187,9206,51028 Bulgria21,423,124,87 Dinamarca124,0104,0100,499,7-1-20 Alemanha213,3254,8271,9284,9534 Estnia47,044,846,54 Irlanda36,346,247,752,1944 Grcia101,3162,5157,9151,3-449 Espanha270,6343,7373,1400,0748 Frana305,1330,1334,0341,5212 Itlia434,3477,0485,0508,9517 Chipre7,36,87,37 Letnia54,754,859,79 Litunia30,225,826,11 Malta3,43,53,50 O Transporte Martimo de Mercadorias 19 Tabela 3.3 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas em todos os portos dos pases pertencentes UE-27, entre 2003 e 2005 (em milhes de toneladas). (continuao) 1997200320042005 crescimento 2004 - 2005 (%) crescimento 1997 - 2005 (%) Pases Baixos402,2410,3440,7460,9515 Polnia51,052,354,85 Portugal54,757,559,165,31019 Romnia35,940,647,918 Eslovnia10,812,112,64 Finlndia75,3104,4106,599,6-632 Sucia149,9161,5167,4178,1619 Reino Unido558,5555,7573,1585,725 UE- 273.450,53.568,53.717,74,2 UE-152.887,13.188,83.304,73.434,53,919 Em 2005, 3.718 milhes de toneladas foram manipuladas nos portos da UE-27, e destes, cerca de 63% foram mercadorias importadas (entradas). (Figura 3.5 e Figura 3.6) Deve-se ter cuidado ao interpretar os valores totais (sadas + entradas), como uma medida de "transporte de mercadorias", pois estes totais podem incluir dupla contagem (por exemplo mercadorias carregadas e descarregadasnosportosdomesmopas).Emgeralsomaisasmercadoriasdescarregadasporvia martima do que as carregadas na UE-27. UE-150%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005sadasentradas Figura 3.5 - Peso Bruto das mercadorias que entram e saem por via martima, manipuladas em todos os portos dos pases pertencentes UE-15, entre 1997 e 2005 (em %). 20 UE-270%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%2003 2004 2005sadasentradas Figura 3.6 - Peso Bruto das mercadorias que entram e saem por via martima, manipuladas em todos os portos dos pases pertencentes UE-15, entre 1997 e 2005 (em %). Namaioriadospases,osgranislquidosapresentaramamaiorparticipaonototaldebens movimentados. Esta quota foi de 66% em 2004 e de 61% em 2005 para a Estnia e de 57% em 2004 e de 51% em 2005 para a Litunia (ambos reflectindo grande volume de exportao de petrleo russo) e de 29% em 2004 e 54% em 2005 para a Frana, enquanto que, para a Eslovnia foi de apenas 18% em 2004 e 16% em 2005, para a Blgica 21% em 2004 e 22% em 2005 e para a Alemanha e a Polnia 26% nos dois anos. A mdia de transporte de granis lquidos da UE-27 subiu de 40% em 2004 para 41% em 2005. (Figura 3.7, Figura 3.8 e Figura 3.9) Osgranisslidosrepresentampara2004,24%epara2005,26%dototaldecargamanipuladosnos portos a nvel da UE-27. Uma grande quantidade de granis slidos foi movimentada nos Pases Baixos (145 milhes de toneladas em 2004 e 147 milhes de toneladas em 2005), no Reino Unido (112 milhes de toneladas em 2004 e 126 milhes de toneladas em 2005) e em Espanha (82 milhes de toneladas em 2004 e 112 milhes de toneladas em 2005). Os transportes de granis slidos foram dominantes no total de mercadorias movimentadas nos portos principais da Eslovnia (61% em 2004 e 62% em 2005), em queconsisteprincipalmenteminriosecarvo,edaPolnia(46%em2004e49%em2005),ondea principal mercadoria foi o carvo.O transporte de contentores foi significativo para a Alemanha (34% em 2004 e 35% em 2005) e para a Blgica(33%em2004e32%em2005).AmdiadaUE-27de16%paraosdoisanos.Aquotade unidades ro-ro foi elevado para a Dinamarca (26% em 2004 e 27% em 2005) e para a Sucia (26% em 2004e25%em2005),masoReinoUnidofoidelonge,oqueregistouomaisaltopesobrutode mercadorias transportadas (95 milhes de toneladas em 2004 e 103 milhes de toneladas em 2005) em relaoaunidadesRo-Ro,quaseduasvezesmaisqueosegundopascommaiormovimentaode unidades Ro-Ro, a Itlia (50 milhes de toneladas em 2004 e 52 milhes de toneladas em 2005). O Transporte Martimo de Mercadorias 21 20040%20%40%60%80%100%BlgicaBulgriaDinamarcaAlemanhaEstniaIrlandaGrciaEspanhaFranaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPases BaixosPolniaPortugalRomniaEslovniaFinlndiaSuciaReino UnidoGrani s Lqui dos Grani s Sl i dos ContentoresUni dadesRo-Ro Outras Cargas desconheci do Figura 3.7 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas nos portos principais dos pases pertencentes UE-27, em 2004, por tipo de carga (em % do total da carga movimentada). 20050%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%BlgicaBulgriaDinamarcaAlemanhaEstniaIrlandaGrciaEspanhaFranaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPases BaixosPolniaPortugalRomniaEslovniaFinlndiaSuciaReino UnidoGranis Lqui dos Grani s Sli dos ContentoresUni dadesRo-Ro Outras Cargas desconheci do Figura 3.8 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas nos portos principais dos pases pertencentes UE-27, em 2005, por tipo de carga (em % do total da carga movimentada). UE-27 - 20050%26%16%11%7%40%UE-27 - 2004 0%41%7%11%25%16%Grani s Lqui dosGrani s Sl i dosContentoresUni dadesRo-RoOutras Cargasdesconheci do Figura 3.9 - Peso Bruto das mercadorias transportadas por via martima, manipuladas nos portos principais dos pases pertencentes UE-27, em 2004, por tipo de carga (em % do total da carga movimentada). 22 3.2.2. TRANSPORTE MARTIMO DE MERCADORIAS POR ORIGEM/DESTINO OtransportemartimodaUE-27,comoestimadoapartirdasdeclaraesdosprincipaisportos, expressosemtoneladasdemercadorias,registouumaumentodemaisde4%,entre2004e2005.O valorprximoaocalculadoparao"PesoBrutodasmercadoriastransportadasporviamartima, manipuladasemtodososportos"(Figura3.3eFigura3.4).Noentanto,emtermosdetoneladas-quilmetro, a demanda do transporte de/para os principais portos da UE-27 aumentou cerca de 5% a 7% (primeira estimativa). Isto pode ser explicado por um aumento da internacionalizao (globalizao), da actividadedotransportemartimo:astoneladasmovimentadosparaforadaUE-27(extraUE-27) aumentou de 50%, em 2003, para 59%, em 2005, para a UE-27 como um todo, o transporte intra-UE-27 diminuiude35%,em2003,para28%,em2005,eostransportesnacionaisaumentaramde10%,em 2003, para 11%, em 2005. (Figura 3.10) 0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%2003 2004 2005desconheci doextra EU-27intra EU-27naci onal Figura 3.10 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27 e os seus portos parceiros (% do peso bruto total das mercadorias transportadas). Pode-seobservarque,em2003,2004e2005,asituaovariabastanteentrepases,paraaBulgria, Chipre, Letnia, Litunia, Romnia, Estnia, Blgica, Alemanha e Polnia (que so pases relativamente pequenosoucomcostas limitadas), humamuitobaixapercentagem(menosde2%)dotransportede mercadorias a nvel nacional, por outro lado, pases como a Grcia, que devido s suas inmeras ilhas, temumelevadotransportedemercadoriasnacionais(15%em2003,33%em2004e32%em2005), seguida pelo Reino Unido (20% em 2003 e 19% em 2004 e 2005), Itlia (17% em 2003 e 2004 e 18% em 2005), Dinamarca (17% em 2003, 16% em 2004 e 18% em 2005), Espanha (6% em 2003 e 14% em 2004e2005)ePortugal(11%em2003e2004e15%em2006).(Figura3.11,Figura3.12eFigura 3.13) OspasesquerevelaremumaaltaquotadetransporteinternacionalparaoexteriordaUE-27forama Bulgria (80% em 2003, 82% em 2004 e 83% em 2005) e a Romnia (83% em 2003, 76% em 2004 e 72% em 2005), devido sua posio geogrfica, bem como os Pases Baixos (67% em 2003, 66% em 2004e69%em2005),Itlia(67%em2003,2004e2005),Espanha(60%em2003,64%em2004e 65% em 2005), Blgica (61% em 2003, 64% em 2004 e 63% em 2005) e a Eslovnia (65% em 2003 e 59% em 2004 e 2005).O Transporte Martimo de Mercadorias 23 Ospasesquese destacamnotransportedemercadoriaspara osoutrospasesdaUE-27soaEstnia (85% para 2003, 76% em 2004 e 71% para 2005), a Litunia (72% em 2003, 76% em 2004 e 70% em 2005), a Letnia (76% em 2004 e 75% em 2005, o valor para 2003 desconhecido) e Malta (71% em 2003, 65% em 2004 e 77% em 2005).Entre 2003 e 2004, houve uma notvel reduo na quota de transporte de mercadorias para fora da UE-25,emdetrimentodotransporteparaorestodaUE-25,paraaDinamarcaeaEslovnia.Asituao opostaobservadanaFinlndiaenoReinoUnido,ondeapercentagemdetransporteintra-UE-25foi reduzidaembenefciodotransporteextraUE-25,nomeadamentecomaRssia.Apercentagemde transporte de mercadoria da Irlanda para o resto da UE-25 subiu de 23% em 2003 para 70% em 2004, essencialmente devido ao trfego com o Reino Unido (que representa 38% do total transporte martimo relatado pela Irlanda). A Finlndia tambm registou quotas de cerca de 70%, essencialmente devido ao seutrfegocomaAlemanhaecomaSucia(quejuntamenterepresentam34%dototaldotransporte martimo relatado pela Finlndia). A quota de transporte de mercadoria para o resto da UE-27 aumentou para Malta entre2004e2005,emdetrimento dotransporteparaoexteriordaUE-27.Istoexplicado principalmente pelo aumento do trfego Malts com a Itlia e uma diminuio com os Emiratos rabes Unidos.Mesmo que ainda seja superior a 70%, a quota de transporte de mercadoria internacionais para o resto da UE-27 na Estnia e na Litunia, em 2005, tem registado um decrscimo perceptvel em benefcio do transporte de mercadoria para o exterior da UE-27. Para a Litunia isto principalmente devido a uma diminuio do trfego com a Holanda e um aumento com o Canad. A Estnia registou uma queda do trfego com vrios Estados-Membros e um aumento com os E.U.A.. 20030%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%BlgicaBulgriaDinamarcaAlemanhaEstniaIrlandaGrciaEspanhaFranaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPases BaixosPolniaPortugalRomniaEslovniaFinlndiaSuciaReino Unidodesconheci doextra EU-27i ntra EU-27naci onal Figura 3.11 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27 e os seus portos parceiros, para 2003 (% do peso bruto total das mercadorias transportadas). 24 20040%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%BlgicaBulgriaDinamarcaAlemanhaEstniaIrlandaGrciaEspanhaFranaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPasesPolniaPortugalRomniaEslovniaFinlndiaSuciaReinodesconheci doextra EU-27i ntra EU-27naci onal Figura 3.12 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27 e os seus portos parceiros, para 2004 (% do peso bruto total das mercadorias transportadas). 20050%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%BlgicaBulgriaDinamarcaAlemanhaEstniaIrlandaGrciaEspanhaFranaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPases BaixosPolniaPortugalRomniaEslovniaFinlndiaSuciaReino Unidodesconheci doextra EU-27i ntra EU-27naci onal Figura 3.13 - Transporte martimo de mercadorias entre os principais portos declarados na UE-27 e os seus portos parceiros, para 2005 (% do peso bruto total das mercadorias transportadas). 3.2.3. TRFEGO MARTIMO POR TIPO DE NAVIO OnmerodechamadasdenaviosnosprincipaisportosdaUE-27ultrapassaos2milhesem2004e 2005, mas mostra uma diminuio de 3,4% em relao a 2004. No entanto, o total de tonelagem bruta dos navios aumentou 1,4%, em comparao com 2004, o que significa que o tamanho mdio dos navios aumentou (de cerca de 6200 toneladas em 2004 para cerca de 6500 toneladas em 2005). (Tabela 3.4) O Transporte Martimo de Mercadorias 25 Tabela 3.4 - Nmero e arqueao bruta (GT) dos navios nos principais portos da UE-27, por tipo de embarcao (baseado apenas nas declaraes internas dos portos). 20042005 Tipo de navio n de naviosGT (1.000)n de naviosGT (1.000) Granel Lquido101.9951.192.954106.1631.265.784 Granel Slido42.935494.76144.323515.578 Contentores 89.9551.569.68290.5601.602.848 Transporte especializado26.511478.08130.590535.351 Carga geral1.130.8147.703.4971.068.6287.672.718 Batelo sem propulso para cargas secas 7.38114.7657.35515.412 Passageiros (no cruzeiros)634.7681.180.856629.0171.236.087 Cruzeiros de passageiros6.119212.6666.689265.933 Actividades Offshore (*) 9.46522.03310.22424.165 Outros (**) 48.257169.60132.77384.049 TOTAL2.098.20013.038.8962.026.32213.217.925 (*)Adivulgaodedadosrelativosaosnaviosdeactividadesoffshoreno obrigatria.Estacategoriaincluinaviosdeperfuraoedeexplorao(naviose embarcaes de apoio no mar).(**)"Outros"incluibarcosdepesca,rebocadoresediversosnavios(paraosquais nosejaobrigatrianotificao),assimcomoparaosnavioscujatipologia desconhecida. 3.2.4. TRANSPORTE MARTIMO A CURTA DISTNCIA SHORT SEA SHIPPING (SSS) Otransportemartimodemercadoriasacurtadistncialidacomotransportedemercadoriasentreos portosdaUE-25,BulgriaeRomnia,porumlado,ecomosportossituadosnaEuropa,noMar Mediterrneo e no Mar Negro, ou seja, portos nos pases da U.E. (Blgica, Chipre, Dinamarca, Estnia, Finlndia,Frana,Alemanha,Grcia,Irlanda,Itlia,Letnia,Litunia,Malta,Holanda,Polnia, Portugal,Eslovnia,Espanha,SuciaeReinoUnido),nospasesdoEspaoEconmicoEuropeu (Islndia e Noruega), nos pases do Mar Bltico (Rssia), nos pases mediterrnicos (Albnia, Arglia, BsniaeHerzegovina,Crocia,Egipto,Israel,Lbano,Lbia,Montenegro,Marrocos,Sria,Tunsiae Turquia) e nos do Mar Negro (Bulgria, Gergia, Moldvia, Romnia, Rssia, Turquia e Ucrnia). Asseguintesregiesmartimasforamtidasemconta:MarBltico,MardoNorte,OceanoAtlntico (incluindo o Canal da Mancha e o Mar da Irlanda), Mar Mediterrneo e Mar Negro. Marrocos na frica Ocidental, Egipto no Mar Vermelho, e Israel no Mar Vermelho no so tidos em conta. Mar Bltico: PortosdinamarqueseseasuldalinhaformadaporHelsingborg-Korsr-Nyborg-Kolding (excluindo Helsingor). 26 Todos os portos da Finlndia, Estnia, Letnia, Litunia e Polnia, bem como os portos alemes e russos no Mar Bltico. Os portos Suecos do Mar Bltico desde Helsingborg (excludo). Mar do Norte: Todos os portos da Noruega, da Holanda e da Blgica, bem como os portos da Alemanha no Mar do Norte. Os portos Suecos do Mar do Norte desde Helsingborg (includo). OsportosdinamarquesesacimadalinhaHelsingborg-Korsor-Nyborg-KoldingeoNorteda Dinamarca (incluindo Helsingor). Ilhas Faroe. PortosdacostalestedoReinoUnidoapartirdeRamsgate(includo)ataoCaboWrathna Esccia, as Ilhas Shetland e as ilhas Orkney. Oceano Atlntico: Portos do Reino Unido sobre o canal (de Ramsgate excludos) e os portos do Reino Unido na costa Ocidental at ao Cabo Wrath na Esccia. Todos os portos da Irlanda, Portugal (incluindo Aores e Madeira) e da Islndia. Portos franceses sobre no Oceano Atlntico e no Canal da Mancha. Portos espanhis sobre o Oceano Atlntico at Tarifa (includo), as Ilhas Canrias esto includos. Mar Mediterrneo: Portos espanhis sobre o Mar Mediterrneo a partir de Tarifa (excludas). Portos franceses no Mar Mediterrneo. Todos os portos de Malta, Itlia, Eslovnia, Crocia, Bsnia e Herzegovina, Montenegro, Albnia, Grcia, Chipre, Sria, Lbano, Lbia, Tunsia, Arglia e Gibraltar. Portos de Marrocos, Egipto e Israel no Mar Mediterrneo. Portos da Turquia no Mar Mediterrneo (incluindo os portos no Bsforo). Mar Negro: Os portos do Mar Negro excluindo os portos no Bsforo. Outros: Portosdesconhecidoe/oudaZCMdesconhecidosdaAlemanha,Espanha,Frana,ReinoUnido, Israel, Marrocos, Rssia, Sucia, Turquia e Egipto; portos fluviais. 3.2.4.1. Transporte martimo a curta distncia por pas e regio martima O transporte martimo a curta distncia representou 63% de todo o transporte martimo de mercadorias na UE-25 em 2004, e 68% em 2005, totalizando cerca de 1,8 bilies de toneladas.O Reino Unido e a Itlia representam o maior peso do transporte martimo a curta distncia, com 347 e 311 milhes de toneladas, respectivamente para 2004 e 354 e 323 milhes de toneladas, respectivamente para 2005. O Reino Unido totaliza 16% do total do transporte realizado a curta distncia pela UE-25 e a Itliarepresenta14%, seguindo-seosPasesBaixos com12%.Aquotade transportemartimoacurta distncia na totalidade do transporte martimo varia muito de um pas para outro. Como os valores entre 2004 e 2005 no sofrem grandes alteraes, na figura 3.14, est representada a mdia entre 2004 e 2005 dasquotasdetransportemartimoacurtadistncia,dototaldemercadoriastransportadasporvia martima, em milhes de toneladas). O Transporte Martimo de Mercadorias 27 O transporte martimo a curta distncia registou um aumento na maioria dos Estados-Membros da UE-25 a partir de 2004 at 2005, com excepo da Estnia, Grcia, Litunia, Pases Baixos e Finlndia. Aprepondernciadotransportemartimoacurtadistnciasobreorestantetransportemartimo (navegaoocenica)foiparticularmenteacentuadonaFinlndia(93,6%),Sucia(89,6%),Grcia (86,5%),Dinamarca(85,9%),Litunia(84,1%),Estnia(82,1%)enaIrlanda(81,6%)em2004ena Finlndia(94%),Malta(92%),Sucia(91%),Dinamarca(87%),Grcia(85%)eIrlanda(81%)em 2005. A quota deste tipo de transporte tambm foi significativa nos trs pases blticos e na Polnia, em 2005, onde este representou mais de 77% do total do transporte martimo de mercadorias. De facto estes pasesmostraramalgumasdasmaiorespercentagensdetransportedemercadoriaanvelnacionale internacional dentro da UE-25. (Figura 3.14) 2004 e 20050100200300400500600700BlgicaDinamarcaAlemanhaEstniaGrciaEspanhaFranaIrlandaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPases BaixosPolniaPortugalEslovniaFinlndiaSuciaReino UnidoBulgriaRomniaShort Sea shi ppi ng (SSS) Restante transporte marti mo Figura 3.14 Mdia entre 2004 e 2005 das quotas de transporte martimo a curta distncia (SSS), do total de mercadorias transportadas por via martima (em milhes de toneladas). O Mar do Norte e o Mar Mediterrneo tiveram as maiores participaes no transporte martimo a curta distncia,declaradaspelospasesdaUE-25,com29,3%(582milhesdetoneladas)e26,9%(533 milhes de toneladas), respectivamente, em 2004 e com 28,6% (591 milhes de toneladas) e 26,4% (546 milhes de toneladas), respectivamente, em 2005. Tendo em conta as baixas variaes percentuais entre 2004e2005dotransportedemercadoriasacurtadistncianaUE-25,porregiomartima,naFigura 3.15 est representada a sua mdia. OmontantedotransportemartimoacurtadistnciaentreosportosdaUE-25eosportossituadosno MardoNorteatingiuos582milhesdetoneladasem2004eos591milhesdetoneladasem2005, respectivamente 29,3 % e 28,6% do total declarado pela UE-25. O Mar Mediterrneo seguiu logo a trs, com 533 milhes de toneladas em 2004 e 546 milhes de toneladas em 2005. 28 Oceano Atl nti co14,3%Mar Bl ti co19,9%Mar Negro5,6%Mar Medi terrneo26,7%Mar do Norte28,9%Outros4,6% Figura 3.15 Mdia entre 2004 e 2005 do transporte de mercadorias a curta distncia, pela UE-25, por regio martima (em %). Nestesdoisanos(2004e2005),aItliafoiopasdaUE-25queregistouamaiorpartedotransporte martimo a curta distncia no Mar Negro (55 milhes de toneladas, ou seja, 50,3% do total do transporte SSS na UE-25 no Mar Negro, para 2004 e 57 milhes de toneladas, para 2005, ou seja 49% do total do transporte SSS no Mar Negro). Uma parte considervel do transporte martimo a curta distncia da UE-25 realizadas no mar Mediterrneo tambm foi registado pelos portos italianos (37,9%) - 213 milhes de toneladas,em2004e(38%)-220milhesdetoneladas,em2005.NoOceanoAtlnticoenoMardo Norte,otransporteSSSmaiornosportosbritnicos.NoMarBltico,otransporteSSSrefere-se principalmenteaquatroEstados-Membros,aAlemanha,osPasesBaixos,aSuciaeaFinlndia,que em conjunto representaram 69% do transporte martimo a curta distncia da UE-25 para o Mar Bltico, em2004e61%em2005.ComaexcepodaEstnia,Letnia,LituniaePolnia,todosospases efectuaramamaiorpartedoseu transportemartimoacurtadistnciacomportosparceiro situadosno maremqueestespasestambmtivessemumacosta.(Figura3.16,Figura3.17,Figura3.18eFigura 3.19) O Transporte Martimo de Mercadorias 29 20040%20%40%60%80%100%BlgicaDinamarcaAlemanhaEstniaGrciaEspanhaFranaIrlandaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPases BaixosPolniaPortugalEslovniaFinlndiaSuciaReino UnidoBulgriaRomniaOceano Atl nti co Mar Bl ti co Mar NegroMar Medi terrneo Mar do Norte Outros Figura 3.16 - Transporte de mercadorias a curta distncia, pelos pases da UE-25, por regio martima em 2004 (em %). 20050%20%40%60%80%100%BlgicaDinamarcaAlemanhaEstniaGrciaEspanhaFranaIrlandaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPasesPolniaPortugalEslovniaFinlndiaSuciaReinoBulgriaRomniaOceano Atl nti co Mar Bl ti co Mar NegroMar Medi terrneo Mar do Norte Outros Figura 3.17 - Transporte de mercadorias a curta distncia, pelos pases da UE-25, por regio martima em 2005 (em %). 30

Fonte: Eurostat [1] Figura 3.18 Transporte de mercadorias a curta distncia, por regio martima e por pas da UE-25, Bulgria, Romnia e Noruega, para 2004 (em milhes de toneladas). Fonte: Eurostat [1] Figura 3.19 Transporte de mercadorias a curta distncia, por regio martima e por pas da UE-25, Bulgria, Romnia e Noruega, para 2005 (em milhes de toneladas). O Transporte Martimo de Mercadorias 31 3.2.4.2. Transporte martimo a curta distncia por tipo de carga Osgranislquidosdesempenhamumpapelpreponderantenovolumetotaldotransportemartimoa curta distncia de/para a UE-25. Com 902 milhes de toneladas, para 2004 e 934 milhes de toneladas para 2005, o transporte de granis lquidos a curta distncia representa mais de 50% do transporte total demercadoriadaUE-25.Com337milhesdetoneladas,em2004e353milhesdetoneladas,em 2005,osgranisslidosforamosegundotipodecargamaisimportante(18.9%em2004e19,1% em 2005,dototaldotransporteSSSdaUE-25),masforamconsideravelmentemenosimportantesqueos granislquidos.Asunidadesroll-on/roll-offvmaseguircom12.7%em2004(225milhesde toneladas)e12.4%em2005(230milhesdetoneladas),seguindo-seoscontentorescom10.2%em 2004e2005(189milhesdetoneladas).NaFigura3.20representa-seamdiaentre2004e2005do transporte de mercadorias a curta distncia na UE-25 por tipo de carga, em termos percentuais. Grani s Lquidos50,6%Granis Sli dos19,0%Contentores10,2%Uni dades Ro-Ro12,6%Outras Cargas7,6% Figura 3.20 Mdia entre 2004 e 2005 do transporte de mercadorias a curta distncia na UE-25 por tipo de carga (em %). AFigura3.21representaamdiaentre2004e2005 dotransportedemercadoriasacurta distnciana UE-25 por tipo de carga e por regio martima, em termos percentuais. Os granis lquidos foram o tipo decargamaistransportadaparatodasasregiesmartimaseemparticularnoMarNegro,onde representa71%em2004e69%em2005.Maisde97%em2004equase85%dogranellquido correspondeapetrleobrutoeprodutospetrolferoscarregadosnosportosdoMarNegroe descarregados nos portos da UE-25.Embora o granel lquido tambm fosse o tipo de carga mais transportada para o Oceano Atlntico, a sua quota no total da carga (41% para 2004 e 40% para 2005) no foi to elevada como nas outras regies martimas. Osgranisslidosforamosegundotipodecargamaisimportante,transportadaacurtadistnciaem todas as regies martimas da UE-25, excepto no Mar Mediterrneo. No Oceano Atlntico, as unidades roll-on/roll-off e os granis slidos representam respectivamente 19% e21%em2004e19%e22%em2005dovolumedetransportemartimodecurtadistnciade mercadorias de e para a UE-25 portos. 32 O Mar Mediterrneo a nica regio em que os contentores representam o segundo tipo de carga mais importante no transporte martimo a curta distncia, 16% do total para 2004 e 17% para 2005. 0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%OceanoAtl nti coMar Bl ti co Mar Negro MarMedi terrneoMar do NorteGrani s Lqui dos Grani s Sl i dos Contentores Uni dades Ro-Ro Outras Cargas Figura 3.21 Mdia entre 2004 e 2005 do transporte de mercadorias a curta distncia na UE-25 por tipo de carga e por regio martima, para 2004 (em %). Otransportedegranislquidosumacomponenteimportantenotransportedemercadoriasacurta distncia, principalmente na Estnia (64.3% em 2004 e 58.7% em 2005), em Frana (62.6% em 2004 e 65.4%em2005)ePasesBaixos(62.2%em2004e60.1em2005).Aexcepoestentreosnovos Estados-Membros,Litunia,PolniaeEslovnia.Paraestesacargamaistransportadaacurtas distncias so os granis slidos. (Figura 3.22) O Reino Unido o Estado-Membro da UE-25 com o maior volume de unidades ro-ro a curta distncia (81.7milhesdetoneladasem2004e88.3milhesdetoneladasem2005),sendoosegundoeo terceiro, a Sucia e a Alemanha, respectivamente com 37.8 e 33.0 milhes de toneladas para 2004 e 40.2 e 33.5 milhes de toneladas para 2005. O Reino Unido lidera tambm o ranking de transporte de granis lquidos (54.9 milhes de toneladas em 2004 e 62.2 milhes de toneladas para 2005). Tendoemcontaosgranislquidoseoscontentores,aItliaalcanouomaiorvolume(181.6e43.3 milhes de toneladas, respectivamente, para 2004 e 189.6 e 42.4 milhes de toneladas, respectivamente, para 2005). O Transporte Martimo de Mercadorias 33 0%20%40%60%80%100%BlgicaDinamarcaAlemanhaEstniaGrciaEspanhaFranaIrlandaItliaChipreLetniaLituniaMaltaPasesPolniaPortugalEslovniaFinlndiaSuciaReinoBulgriaRomniaGrani s Lqui dos Grani s Sl i dos ContentoresUni dades Ro-Ro Outras Cargas Figura 3.22 Mdia entre 2004 e 2005 do transporte de mercadorias a curta distncia por pas da UE-27 e por tipo de carga, para 2004, (em %). 3.2.4.3. Transporte martimo a curta distncia de contentores, em TEUs. OvolumetotaldetransportedecontentoresacurtadistncianaUE-25aumentade20.7milhesde TEUs em 2004 para 22.2 milhes de toneladas em 2005. A Alemanha e a Itlia lideram o transporte de contentores a curta distncia em 2004 e 2005. A Alemanha transporta 4.2 milhes de TEUs em 2004 e 4.7 milhes de TEUs em 2005 e a Itlia transporta 4.4 milhes de TEUs em 2004 e em 2005. No Reino Unido foram registados o maior volume de transporte de contentores vazios (1.1milhes de TEUs em 2004 e 1.0 milhes em 2005) (Figura 3.23 e Figura 3.24). Entre2004e2005aUE-25registrouumcrescimentode+7.2%notransportedecontentores.Apenas Chipre, Malta, Reino Unido, Grcia, Itlia sofreram uma queda no transporte de contentores entre 2004 e2005,comomaiordeclniorelatadopeloChipre(-45,2%).Letnia(+70,0%)eEslovnia(+32,7%) apresentaramosaumentosmaisimportantesentre2004e2005.NaBlgica,Dinamarca,Alemanha, Frana,Irlanda,PasesBaixos,Polnia,Portugal,Eslovnia,FinlndiaeRomniaotransportede contentoresvaziosacurtadistnciaaumentoumaisrapidamentedoqueotransportedototalde contentores entre 2004 e 2005. Pode-se notar tambm que, a partir de 2004 at 2005, o nmero de contentores reportados pelos portos daLetniaeBulgriasubiram,enquantoonmerodecontentoresvaziasmanipuladoscaiu.Em contraste, a Itlia mostra um aumento de contentores vazios entre 2004 e 2005, enquanto o nmero total de contentores diminuiu. 34 Figura 3.23 - Transporte de contentores a curta distncia por pas da UE-27, em 2004 (em 1.000 TEUs). Figura 3.24 - Transporte de contentores a curta distncia por pas da UE-27, em 2005 (em 1.000 TEUs). 3.2.5. O TRANSPORTE DE MERCADORIAS POR VIAS NAVEGVEIS INTERIORES TRANSPORTE FLUVIAL Osdadosdestesubcaptulosoapresentadospor10Estados-MembrosdaUnioEuropeia:Blgica, Alemanha,Frana,Luxemburgo,PasesBaixos,ustria,RepblicaCheca,Hungria,Polniae Eslovquia. Segundo o artigo 2 da directiva 80/1119/EEC [3], os Estados-Membros cujo volume total demercadoriastransportadasanualmente,porviasnavegveisinteriores comotransporteinternacional ou de trnsito, no exceda um milho de toneladas no so obrigados a fornecer as estatsticas exigidas nostermosdapresentedirectiva.ABulgriaeaRomniatambmemitiramdadossegundoesta directiva. O Transporte Martimo de Mercadorias 35 3.2.5.1.Transporte na UE por vias navegveis interiores: desenvolvimento geral por tipo de transporte ATabela3.5forneceinformaessobreaevoluodaquantidadedemercadoriatransportadapor Estado-Membrodesde2001at2005.Comparando2005com2004,umaumentoglobaldecercade 0,4%podeserobservadoparaototaldostransportesdemercadoriasanveldaUnioEuropeia.Em 2005, o montante total das mercadorias transportadas por vias navegveis interiores da UE foi de 465,3 milhes de toneladas, o que representa cerca de 128,5 milhes de tonelada por quilmetro. OsvaloresregistadosparaaAlemanhaeparaosPasesBaixosreflectemopapelfundamentaldoRio Renoparaotransportedemercadorias.Estesdoispasessoresponsveispor68%dasmercadorias transportadasporestamodalidadenaEuropa,em2005.Cercade20%soatribudosBlgicae8% paraaFrana.Finalmente,austriaresponsvelporapenas1%dasmercadoriastransportadaspor vias navegveis interiores, enquanto os restantes 3% foram registadas pelos novos Estados-Membros. Nosdoispasesquecarregamamaiorquantidadedemercadoriasporviasnavegveisinteriores,os PasesBaixoseaAlemanha,aquantidadedetoneladasdemercadoriastransportadasbastante semelhante em 2001 e 2005. No entanto, ambos registaram um crescimento desde 2003. Em 2005, a Repblica Checa registou um aumento significativo de 36% sobre o valor das mercadorias transportadas,emcomparaocom2004.Pelocontrrio,aEslovquiaregistouumadiminuiona quantidade de mercadorias transportadas de 14%. Tabela 3.5 - Evoluo do total das mercadorias transportadas por Estado-Membro. BECZDEFRLUHUNLATPLSKU.E. (*) em 1.000 toneladas 2001127.8701.747236.10168.40811.0615.897328.91311.634-3.234395.465 2002134.4631.569231.74667.09211.2857.093311.50712.316-3.293459.110 2003137.1451.184219.99963.6709.7046.137293.39010.737-2.624436.149 2004147.1511.179235.86167.31211.1807.356319.2199.0727.2972.725463.409 2005160.3971.610236.76568.34710.3778.413317.6399.3367.1662.350465.267 em milhes de toneladas*Km 20017.6557864.8188.2943712.34641.7932.557--58.337 20028.0736264.1668.2693701.66840.8042.846-98126.355 20038.2304958.1548.0243161.51739.0312.276-94117.692 20048.3924863.6678.4163701.90443.0921.74737091128.096 20058.5666364.0968.9053422.11042.2251.75332788128.475 (*) De maneira a evitar a dupla contagem, o total em 1.000 toneladas corresponde s mercadorias nacionais e internacionais que entram nos portos. Trstiposdetransportepodemserconsideradosparaotransportedemercadoriasporviasnavegveis interiores: transportes nacional, internacional e de trnsito. A nvel europeu, e considerando o transporte 36 em trnsito como transportes internacionais, os transportes nacionais e internacionais representam 48% e 52%, em 2004, e 47% e 53%, em 2005, respectivamente, do total dos transportes por vias navegveis interiores (baseados em nvel nacional e internacional de transporte de carga). Contudo,anvelnacional,opanoramadiferente.OlhandoparaaFigura3.25,verifica-seque,no Luxemburgo,nohmercadoriastransportadas,anvelnacional,porviasnavegveisinteriores.A Hungria, a ustria e a Eslovquia tambm exibem quotas muito baixas de transporte nacional. Por outro lado, na Polnia, na Repblica Checa, em Frana, na Holanda, na Alemanha e na Blgica, as percentagensdetransportedomsticonototaldostransportesdemercadoriasporviasnavegveis interioresforamconsiderveis(69%,53%,40%,32%,23%e23%,respectivamenteparacadaum dessesEstados-Membrosem2004)e(62%,43%,42%,29%,24%e22%,respectivamenteparacada um desses Estados-Membros em 2005). OLuxemburgoregistouamaiorproporodetransporteemtrnsito,correspondentea86%do transporte fluvial, para 2004 e 2005. Notransporteinternacional,em2005,austriaregistouamaiorproporodedescarga(65%), enquanto que na Eslovquia foi registado, a maior proporo de cargas (85%). 0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%BlgicaRepblicaChecaAlemanhaFranaLuxemburgoHungriaPasesBaixosAustriaPolniaEslovquiaTransi to descarregamento i nternaci onal carregamento i nternaci onal naci onal Figura 3.25 Mdia entre 2004 e 2005 do total de mercadorias transportadas por tipo de transporte (em %). Passandoparaotransporteinternacionaldemercadorias,interessanteconsiderarquaissoos principaispasesdeintercmbiodemercadorias.Aquantidadedemercadoriascomercializadasentre pasesinfluenciadaprincipalmentepelosaspectoseconmicos,mastambmpelaestruturadarede transeuropeia. O Transporte Martimo de Mercadorias 37 A Tabela 3.6 e a Tabela 3.7 so matrizes e mostram a quantidade de produtos trocados em 2004 e 2005 entre os dez Estados-Membros. A Estado-Membro declarante sempre o pas que exporta. Ressaltaque,83%dotransporteinternacionalporviasnavegveisinterioressorealizadasentreos Pases Baixos, a Alemanha e a Blgica. O Pases Baixos o pas europeu que exporta a maior quantidade de mercadoria, por uma larga margem (117,4 milhes de toneladas em 2004 e 119,9 milhes de toneladas em 2005). Com a Alemanha e com a Blgica,osPasesBaixostrocaram110milhesdetoneladasem2004e113milhesdetoneladasde mercadoriasem2005,ouseja,94%e95%doseuvolumetotaldetransporteinternacional, respectivamente. Para as exportaes, a Alemanha um importante destino para todos os Estados-Membros (cerca de 95 milhesdetoneladasdemercadoriaspara2004e96milhespara2005):com78%provenientesdos Pases Baixos, 13% da Blgica e de 5% a partir de Frana. A Alemanha , de longe, o pas que importa o maior volume de mercadorias. Tabela 3.6 Transporte internacional de mercadorias intra-UE, declaradas em relao a 2004 (em 1.000 toneladas). Pas que importa Pas que exporta BECZDEFRLUHUNLATPLSKTOTAL BE211.8515.1752825022.673521040.086 CZ1622217255 DE14.7003571.79838738129.3249983112848.284 FR3.8545.231208275.93315.253 LU19181676282 HU6965962333358521.677 NL36.1107873.9475.6343703149574117.414 AT95440245261401861.411 PL241.773351.832 SK7407135621.6322.144 TOTAL54.89443794.71112.6441.2701.33358.5934.224316216228.638 38 Tabela 3.7 - Transporte internacional de mercadorias intra-UE, declaradas em relao a 2005 (1.000 toneladas). Pas que importa Pas que exporta BECZDEFRLUHUNLATPLSKTOTAL BE 512.7214.8141971526.81336744.581 CZ9 525 21 555 DE14.850349 2.16032928830.8561.0473641750.260 FR4.446 4.731 90 6.25100 15.518 LU42 142278 264 HU8 65719 5268222.023 NL38.9341874.4454.767433374 882944119.906 AT88 55016 4421301761.402 PL13 2.032 40 2.085 SK4 378151141.3011.812 TOTAL58.39437296.18111.7601.0581.13464.8294.055379244238.406 3.2.5.2.Transporte fluvial de mercadorias por tipo de mercadoria. AclassificaoNST/R(Nomenclaturauniformedemercadoriasparaasestatsticasde transporte/Revista),segundoaDirectiva95/64/CEdoConselhode8deDezembrode1995[2], constitudapor24gruposdemercadorias.Nestesubcaptulonoforamapresentadostodosos24 grupos separadamente, estando apenas representados os captulos expressos na Tabela 3.8. Tabela 3.8 Classificaes NST/R utilizadas neste subcaptulo. Captulos NST/R: 0: Produtos agrcolas e animais vivos 1: Produtos alimentares e forragem 2: Combustveis minerais slidos 3: Produtos petrolferos 4: Minrios e desperdcios no ferrosos 5: Produtos metalrgicos 6: Cimentos, cal e materiais de construo manufacturados 7: Fertilizantes 8: Qumicos 9: Veculos e materiais de transporte, mquinas, artigos manufacturados e artigos diversos O Transporte Martimo de Mercadorias 39 AFigura3.26eaFigura3.27mostramque,anvelnacional,ocimentos,acaleosmateriaisde construomanufacturados(NST/R,captulo6)representarammaisde40%dasmercadorias transportadas. Os produtos petrolferos representam 19% para 2004 e 21% para 2005 (NST/R, captulo 3).Anvelinternacional,amaioriadosprodutostransportadosconsistiuemcimentos,calemateriaisde construo manufacturados (NST/R, captulo 6). A sua quota foi de 19% para 2004 e 18% para 2005 detodasasmercadoriastransportadas.Oscaptulos"Produtospetrolferos"(NST/R,captulo3)e" Minrios e desperdcios no ferrosos " (NST/R, captulo 4) representaram 15% e 17% respectivamente, para 2004 e 16% e 15% respectivamente, para 2005.Anvelnacional,austriadistingue-sedosoutrospaseseuropeus,principalmenteportransportar produtos petrolferos (NST/R, captulo 3) e crude, minerais manufacturados e materiais de construo (NST/R, Captulo 6). Estas mercadorias em conjunto representaram 89%, para 2004, e 70%, para 2005, dasmercadoriastransportadas.ParaaRepblicaCheca,oCimentos,calemateriaisdeconstruo manufacturados(NST/R,captulo6),representou91%,para2004,e94%,para2005,dototal.A repartio por grupos de mercadorias foi semelhante na Blgica e na Alemanha. Cerca de 30% de todas as mercadorias transportadas consistiram em Cimentos, cal e materiais de construo manufacturados (NST/R,captulo6).EmFranaenosPasesBaixos,otransportedessesprodutosfoiaindamais predominante, a sua proporo representou cerca de 59% do total para 2004 e 2005 em Frana e 50% do total para 2004 e 45% do total para 2005 nos Pases Baixo. Nas Tabela 8.1 eTabela 8.4 em anexo est detalhado o transporte nacional de mercadorias, em 1.000 toneladas, por captulo NST/R, declarado em 2004 e 2005 respectivamente. NoquerespeitadesagregaoporcaptulosNST/Rdeprodutosparaostransportesinternacionais (Tabela 8.2 e Tabela 8.5 em anexo), menos fcil definir um perfil para os pases. Em 2004, a Frana temapercentagemmaiselevadadeprodutosagrcolaseanimaisvivos(NST/R,captulo0), representando18%detodasasmercadoriastransportadas.Para2005,aHungriaeaRepblicaCheca ultrapassamaFranaetm37%e33%,respectivamentedetodasasmercadoriastransportadas.No Luxemburgo,amercadoriatransportadaconsistiuprin