Relatório de Visita Tecnica (Empresa Superior Energy Services)

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA

    INSTITUTO DE QUMICA FUNDAMENTOS DE PERFURAO E CIMENTAO DE POOS DE PETRLEO

    PROF. DR. JLIO CEZAR DE OLIVEIRA FREITAS

    AIRTON SANTOS ARAJO DE SOUZA

    RELATRIO DE VISITA TECNICA EMPRESA SUPERIOR ENERGY SERVICES

    NATAL RN Maio de 2014

  • AIRTON SANTOS ARAJO DE SOUZA

    RELATRIO DE VISITA TECNICA EMPRESA SUPERIOR ENERGY SERVICES

    Trabalho avaliativo referente nota parcial da terceira unidade da disciplina Fundamentos de Perfurao e Cimentao de Poos de Petrleo QUI 0059, ministrada pelo Prof. Dr. Jlio Cezar de Oliveira Freitas, sendo a disciplina oferecida pelo Instituto de Qumica ao Curso de Qumica do Petrleo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

    NATAL RN Maio de 2014

  • RESUMO

    Esse relatrio abordar sobre o que foi visto na visita tcnica, feita pelo Prof.

    Dr. Jlio Cezar com os alunos da disciplina Fundamentos de Perfurao e

    Cimentao de Poos de Petrleo, da base da empresa Superior Energy Services,

    localizada na cidade de Mossor RN. O motivo da visita foi o de consolidar os

    contedos ministrados em sala de aula, alm de ter um contato maior com as

    ferramentas, equipamentos, unidades e veculos utilizados em cimentao de poos

    e atividades de workover. Far-se- uma explanao do que foi apresentado pelo

    engenheiro responsvel por acompanhar os visitantes, sendo ele funcionrio lotado

    no setor de engenharia e projetos da empresa, expondo-se o que foi visto em cada

    setor visitado.

    Palavras-chave: Superior Energy Services; Empresa da rea de petrleo;

    Cimentao; Atividades de workover.

  • SUMRIO

    RESUMO 3

    SUMRIO 4

    1 INTRODUO 6

    1.1 PEQUENO HISTRICO DA EMPRESA 6

    2 DESCRIO DA VISITA 8

    2.1 FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS, UNIDADES E VECULOS 8

    2.1.1 Alargadores e estabilizadores 8

    2.1.2 Unidades de cimentao (batch mix) 9

    2.1.3 Unidades de bombeio 10

    2.1.4 Bulk de cimento 11

    2.1.5 Caminho pipa para transporte de cido 12

    2.1.6 Mud bucket 12

    2.1.7 Shock subs 13

    2.1.8 Cabea de cimentao 14

    2.1.9 Unidades de armazenamento de cimento (silos de cimento) 15

    3 CONSIDERAES FINAIS 16

    REFERNCIAS 17

  • 6

    1 INTRODUO

    A Superior Energy Services uma empresa que atua no ramo de petrleo e

    gs natural, com mais de 30 anos de experincia no mercado, que oferece um

    inventrio completo de ferramentas especializadas para a perfurao, produo e

    atividades workover em poos de petrleo, alm de trabalhar com prestao de

    servios auxiliares.

    1.1 PEQUENO HISTRICO DA EMPRESA1

    Anos 1980 e 1990:

    A Superior tem suas origens no incio da dcada dos anos 1980. Desde

    ento, Superior cresceu de 125 funcionrios e $ 12 milhes em receitas para

    uma empresa de capital aberto com faturamento acima de $ 4,5 bilhes e

    cerca de 14.000 funcionrios no mundo todo.

    Ela comeou como uma empresa de fabricao de produtos para

    campos petrolferos e, eventualmente, ramificou-se na oferta de servios dos

    mais diversos.

    Em meados dos anos 1990, a fim de financiar o crescimento neste

    ramo de negcio de alto investimento de capital, a Superior deu incio a uma

    oferta pblica de aes.

    Aps sua oferta pblica, a Superior cresceu rapidamente com a

    aquisio de mais de 10 empresas, de pequeno e mdio porte, de aluguel de

    ferramentas para campos de petrleo e de interveno em poos em apenas

    trs anos, fazendo o crescimento das receitas subir de $ 23,6 milhes para $

    91,3 milhes na poca.

    Em 1999, a Superior fundiu-se com a Cardeal Services, lder no

    mercado de servios com dutos no Golfo do Mxico e tambm a maior

    proprietria e operadora de liftboats na regio.

    1 http://superiorenergy.com/about/history/

  • 7

    Anos 2000:

    Em meados da dcada de 2000, no Golfo do Mxico o mercado foi

    inundado com o excesso de capacidade, sofrendo com os preos baixos das

    commodities. Para aumentar a utilizao de ativos, Superior Energy Services

    passa a se voltar para o mercado global.

    Em 2003, a Superior adquiriu a Premier Oilfield Services, de Aberdeen

    Esccia, proporcionando acesso imediato ao Mar do Norte, Europa, Oriente

    Mdio e os mercados do Oeste Africano.

    Em 2003, a Superior formou a SPN Resources para pesquisar campos

    maduros no Golfo do Mxico, que exigiam os servios de interveno,

    ferramentas e disciplinas tipicamente empregados para os clientes.

    Em 2006, o Superior Energy Services expandiu suas operaes em

    terra na Amrica do Norte por meio da aquisio da Warrior Energy Services,

    uma empresa de gs natural que trabalha tanto com servios com dutos de

    poos de petrleo como servios de interveno em poos de empresas de

    explorao e produo. O acordo feito fez da Superior a empresa lder em

    crescimento de produo na Amrica do Norte.

    O ano de 2008 iniciou uma expanso das capacidades do Superior

    desta vez no mercado offshore, comeando com um par de liftboats classe

    175 ps, o Superior Liberty e o Superior Future, sendo batizados pela Marine

    Services Division. Mais tarde, naquele ano, o Superior Pride, uma barcaa

    guindaste, entrou em trabalho. Como suas capacidades continuaram a se

    expandir, o seu alcance aumentou. As empresas da Superior, que trabalham

    individualmente e em conjunto, continuaram a expandir o alcance da

    companhia desde a Nova Zelndia at Cingapura, Noruega e Cazaquisto.

    Bateu mais um marco nesse mesmo ano, sendo classificada como a n 15 na

    lista Top 100 de empresas que mais crescem da revista Fortune.

  • 8

    2 DESCRIO DA VISITA

    Num primeiro momento, foi feito um briefing pelo tcnico de segurana,

    mostrando uma introduo do que seria a empresa Superior, as empresas das quais

    ela dona, a sua evoluo com o passar das dcadas, os continentes nos quais

    atua, etc.. Depois foi apresentado os setores da base da Superior em Mossor, e

    suas respectivas zonas de risco de acidentes atravs do mapa de risco, reiterando-

    se os cuidados necessrios quando fosse feito o momento da visita propriamente

    dito, alm de informar ponto de encontro, sadas de emergncia, como agir em caso

    de ocorrncia de sinistro, entre outras informaes uteis.

    2.1 FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS, UNIDADES E VECULOS

    O engenheiro responsvel por acompanhar os alunos na visita comeou

    apresentando, no ptio da empresa, as ferramentas, equipamentos, unidades e

    veculos disponveis para serem apresentados: alargadores, estabilizadores,

    unidade de cimentao, unidade de bombeio, bulks de cimento, caminho pipa para

    transporte de cido, cabeas de cimentao e shock subs. O engenheiro ainda

    frisou a importncia de aproveitar-se a visita ao mximo, no sentido de tirar as

    dvidas existentes quanto aos equipamentos e a operao de cimentao de poos.

    2.1.1 Alargadores e estabilizadores

    Foi explicado que os alargadores possuem a funo de aumentar o dimetro

    de um poo j perfurado. J os estabilizadores so utilizados para centralizar a

    coluna de perfurao, dando maior rigidez e afastando os comandos das paredes do

    poo, alm de manter o calibre do poo e controlar a variao da inclinao de

    poos direcionais.

  • 9

    Figura 01 Alargadores e estabilizadores

    2.1.2 Unidades de cimentao (batch mix)

    Como foi explicado, so responsveis por fornecer cimento para a cimentao

    de poos de maneira contnua. As unidades pertencentes Superior possuem duas

    centrifugas (50 barris de volume, cada) com agitadores. A desvantagem do uso

    dessas unidades o difcil controle da qualidade da pasta de cimento produzida.

  • 10

    Figura 02 Unidade de cimentao (batch mix)

    2.1.3 Unidades de bombeio

    A unidade de bombeio, diferentemente da unidade de cimentao, trabalha

    com mistura em batelada. Foi dito que essa caracterstica d uma vantagem muito

    importante dela em comparao com a unidade de cimentao: permite um melhor

    controle da qualidade da pasta.

    Ela composta por: motor, caixa de transmisso e bomba.

    Na empresa, costuma-se trabalhar com uma margem de segurana: soma-se

    1ppg no peso (massa especfica) da pasta a ser bombeada. Algumas

    recomendaes feitas pelo engenheiro foram: para garantir uma boa cimentao,

    deve-se baixar ao mximo possvel o limite de escoamento da pasta, permitindo

    uma boa fixao dela nas paredes do poo; na cimentao sempre deve se verificar

    as presses que o poo apresenta no momento da cimentao; nunca deve-se

    lavar a sapata e deixar cimento no revestimento.

  • 11

    Figura 03 Unidade de bombeio (batch mix)

    2.1.4 Bulk de cimento

    Foram apresentados bulks de cimento, ou seja, reservatrios pressurizados

    de cimento, com a finalidade de transport-lo at o campo. Cada bulk da empresa

    tinha capacidade de levar 600sk de cimento (600 sacos, com 50 kg cada saco).

    Figura 04 Bulk de cimento

  • 12

    2.1.5 Caminho pipa para transporte de cido

    Utilizado para transporte de cido que ser utilizado para acidificao de

    poos. O cido empregado pela Superior o cido clordrico, sendo que o cido j

    sai misturado da base.

    2.1.6 Mud bucket

    Esse dispositivo pneumtico, sendo que o utilizado pela empresa nas

    operaes de campo foi desenvolvido e patenteado pela Stabil Drill (uma das

    companhias pertencentes Superior), controla e redireciona a sada de fluido de

    perfurao que retorna pelo anular formado entre a coluna de perfurao e o poo.

    So usados para tubos de perfurao e revestimento, em aplicaes com tamanhos

    que variam de 2 3/8" at 6 5/8" e 7" at 16", respectivamente. O aparato faz com que

    a sada de fluido esteja sempre selada, e assim permite proteger o meio ambiente,

    o pessoal e diminui custos desnecessrios. A tecnologia "Rig Air" usada para selar

    o duto de retorno, garantindo que no haja vazamentos e derramamentos2.

    2 http://stabildrill.com/products/pneumatic_mud_buckets/

  • 13

    Figura 05 Mud bucket

    2.1.7 Shock subs

    So tubos projetados para fornecer uma taxa melhorada de penetrao, para

    minimizar as vibraes axiais produzidas pela broca durante operaes de

    perfurao. A ferramenta ir absorver cargas de choque na coluna de perfurao e

    na broca. Os shock subs da Superior, que tambm so produzidos pela Stabil Drill,

    tm um design resistente, com base em uma ampla gama de experincia

    operacional, e eles podem perfurar em qualquer condio, seja em formao macia,

    mdia ou dura. So construdos com molas tipo Key Belleville, anis de desgaste

    de lato, o-rings de Teflon e vedaes de borracha nitrlica, que suportam condies

    de alta temperatura. Eles tambm reduzem as vibraes, utilizando uma srie de

    molas, que podem ser de peso leve, mdio ou pesado, para acomodar vrias

    condies de perfurao3.

    3 http://stabildrill.com/products/shock_subs/

  • 14

    Figura 06 shock subs

    2.1.8 Cabea de cimentao

    Equipamento que interliga a unidade de cimentao e o revestimento, sendo

    que atravs dele que injetado a pasta de cimento para dentro do poo perfurado e

    revestido. Na base havia trs cabeas de diferentes dimetros: 13", 9 5/8" e 7".

    Figura 07 cabeas de cimentao

  • 15

    2.1.9 Unidades de armazenamento de cimento (silos de cimento)

    A base possua silos de armazenamento de cimento, sendo que em um deles

    havia uma clula de carga para medio do peso de cimento contido no seu interior.

    Figura 08 silo de cimento

  • 16

    3 CONSIDERAES FINAIS

    Prximo ao fim da visita, o engenheiro mostrou ainda um pequeno laboratrio

    onde so feitas as anlises dos parmetros das pastas produzidas na base

    (densidade, limite de escoamento, viscosidade plstica, tempo de pega, entre

    outros). Ao fim da visita, o engenheiro perguntou se haviam ainda mais perguntas a

    serem feitas. Depois dos ltimos esclarecimentos, o prof. Jlio agradeceu pela

    disponibilidade da empresa em fazer a apresentao da base, afirmando a

    importncia daquela visita quanto ao andamento do cronograma da disciplina em

    todo o semestre (inicialmente com aulas tericas em sala, em seguida fazendo

    anlises de pastas em laboratrio, e, por ltimo, uma visita a uma empresa que

    trabalhe com cimentao de poos), como tambm a consolidao de todos os

    assuntos ministrados e vistos em sala de aula e nas prticas de laboratrio.

  • 17

    REFERNCIAS

    FREITAS, J. C. O. Adio de poliuretana em pastas de cimento para poos de petrleo como agente de correo do filtrado. Dissertao (Mestrado em Cincia e Engenharia do Petrleo) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008. Stabil Drill pneumatic mud buckets [S.i.: s.n., 200-?]. Disponvel em: . Acesso em: 29 maio 2014. Stabil Drill shock subs [S.i.: s.n., 200-?]. Disponvel em: . Acesso em: 29 maio 2014. Superior Energy Services company history [S.i.: s.n., 200-?]. Disponvel em: . Acesso em: 22 maio 2014.