Relatório - Disciplina- Patrimônio Histórico

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JOSUÉ GUILHERME – RA:914109003 MARY SALDANHA – RA:913200106 TATIANE A. DE MATOS- RA:914114654 RELATÓRO DE VISITA AO BEM CASA DAS ROSAS: ESPAÇO HAROLDO DE CAMPOS DE POESIA E LITERATURA Trabalho final na disciplina de Patrimônio Histórico, ministrada pelo Prof. Juliano Custódio Sobrinho, no semestre (matutino) do curso de História da Universidade Nove de Julho.

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Trabalho de patrimônio Histórico

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JOSU GUILHERME RA:914109003MARY SALDANHA RA:913200106TATIANE A. DE MATOS- RA:914114654

RELATRO DE VISITA AO BEM CASA DAS ROSAS: ESPAO HAROLDO DE CAMPOS DE POESIA E LITERATURA

Trabalho final na disciplina de Patrimnio Histrico, ministrada pelo Prof. Juliano Custdio Sobrinho, no 3 semestre (matutino) do curso de Histria da Universidade Nove de Julho.

So Paulo, 30 de abril de 2015RELATRIO: CASA DAS ROSAS

Conhecida popularmente como Casa das Rosas, um Patrimnio Histrico de suma importncia para a cidade de So Paulo. Segundo informaes concedidas pela monitora educacional Anelise Paiva, a Casa das Rosas foi projetada em 1928, pelo arquiteto Francisco de Paulo Ramos de Azevedo e construda em 1935; sendo um arquiteto paulista de renome, fez do lugar sua residncia familiar, e ao mesmo tempo, um escritrio tcnico de Engenharia; tais informaes demonstram que o bem outrora foi de uso familiar e de negcios pessoais. Era o patriarca da famlia Ramos de origem Belga, a construo do imvel sofreu algumas influncias europias, sendo seu modelo arquitetnico ecltico (arquitetura da casa mesclava se com estilo gtico, clssico e barroco), um casaro tpico de cidades burguesas francesas do sculo XIX.A famlia Ramos residiu na casa at 1986, no mesmo ano foi desapropriada pelo Governo do Estado de So Paulo, porm um ano antes em 1985 foi tombado pelo rgo Estadual CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimnio Histrico, Arqueolgico, Artstico e Turstico do Estado de So Paulo). Foi apenas em 11 de maro de 1991 que a Secretaria de Estado e Cultura inaugurou o Centro Cultural Casa das Rosas: Espao Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, nome que foi inspirado no belo jardim de rosas coloridas que cercam a entrada do local.Ao visitarmos o Centro Cultural, percebemos que houve uma tentativa de preservao do local (a casa em si) em seu modelo original. A fachada um tanto rstica (precisando de reforma), os portes de ferro na entrada, o exterior do local cercado por um caminho de rosas, uma grande escada (estilo casares coloniais) ligando o ptio e a casa. No interior do imvel percebe- se que a arquitetura ecltica permanecia: o piso de mrmore, tetos de gesso com sancas, portas, janelas e corrimos de escadas (imensas) amadeiradas, lustres e vitrais coloridos, quadros de madeira com imagens do dono da casa (pintura bem realista). Todas essas observaes nos fazem pensar que em um determinado momento histrico habitavam pessoas de grande importncia, que atravs de suas relaes culturais produziram uma memria material e imaterial, e apesar do decorrer do tempo foi preservada e restaurada e de alguma maneira trazida a ns contemporneos, uma pequena parcela dessa memria que contribuiu para a historiografia de So Paulo e para o nosso conhecimento acadmico de como eram as casas de burgos em meados do sculo XX e as relaes humanas ali vivenciadas.Em contrapartida este centro cultural no tenta apenas preservar os aspectos fsicos e a memria do bem, mas o local que alm de atuar como um Museu, fornece atividades educativas como: palestras, teatros, exposies (alis o grupo pode apreciar duas exposies com os seguintes temas: Poemas e Multimdia e Branco: a pgina desdobrada (Blanco de Otaviano Paz) tradues em espanhol por Haroldo Campos, programao ldica e experimentaes, etc. fornecem funcionrios bem preparados que conhecem essencialmente o valor historiogrfico do bem, que atravs de suas explicaes e orientaes tornaram nossas visita plena e satisfatria. H uma interao excelente dos atendentes da Casas das Rosas com os visitantes, so profissionais qualificados que nos proporcionaram momentos marcantes para a obteno de saberes essenciais.Quando refletimos sobre a concepo de memria abordada por Le Goff, sendo a memria um conjunto de ideias psquicas do homem deixadas como propriedade que conserve informaes consideradas passadas, ao serem estudadas cientificamente podem ser atualizadas assim, a memria ento ganha valor de patrimnio; portanto, a Casa das Rosas um bem tombado em processo de restaurao que retrata e transmite atravs de seu modelo arquitetnico, informaes concedidas pelos monitores a despeito do valor de uma memria constituda na poca em que a famlia Ramos residiu o local. Apesar do decorrer do tempo, reflexos desta memria foi de alguma forma resgatada e preservada, auxiliando na compreenso de uma pequena parcela das relaes sociais dos homens do sculo passado, as cidades burguesas como eram e principalmente, contribuiu na construo dos nossos pilares no saber acadmico, nos levando reflexo da importncia da concepo primordial de Patrimnio Histrico para ns como historiadores e acima de tudo como cidados, que no dever de nossas funes de forma primria a responsabilidade de defesa e preservao dos bens tombados.

IMAGENS DO CENTRO CULTURAL: CASA DAS ROSAS

(Fachada rstica da lateral exterior com jardim e escada).

(Teto do interior do bem arquitetura ecltica).(Vitrais no interior do bem).

(Exposio Poemas e Multimdia).

(Exposio Branco: a pgina desdobrada (Blanco de Otaviano Paz) tradues em espanhol por Haroldo Campos).

(Exposio: Branco: a pgina desdobrada (Blanco de Otaviano Paz) tradues em espanhol por Haroldo Campos Mesa que pertenceu a Haroldo de Campos).

(Pintor Oscar Pereira da Silva Retrato de Ramos de Azevedo, 1898- leo sob madeira).