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Relatório e Contas Consolidadas 2004 1 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2004 Apresentamos aos Senhores Accionistas o Relatório do Conselho de Administração relativo à actividade e Contas Consolidadas da Auto-Industrial, S.A. DESTAQUES INTRODUÇÃO E SÍNTESE DOS RESULTADOS O Boletim Económico Trimestral do Banco de Portugal, relativo a Setembro passado faz uma análise sobre a evolução da economia portuguesa em 2004, com a informação disponível até ao final do passado mês de Outubro. Dessa avaliação do banco central português e dos Indicadores de Conjuntura de Novembro de 2004, podem-se destacar os seguintes aspectos: (i) Crescimento estimado do Produto Interno Bruto (PIB) português, em termos reais, entre 1% e 1,5%, que compara com uma variação negativa de – 1,3% em 2003 e com o ténue crescimento de 0,4% em 2002. (ii) O consumo privado estima-se agora com um crescimento mais acentuado entre 1,5% e 2,5%, contrastando com a evolução negativa de - 0,7% registada em 2003. Admite-se que possa haver alguma distorção devido à actual dificuldade em distinguir o consumo de residentes e não residentes (v.g. receitas do turismo) o que pode ter sido potenciado pela realização em Portugal do Euro 2004. (iii) Variação positiva no Investimento, estimada entre 0,75% e 2,75%, em forte contraste com a evolução negativa de cerca de - 9,5 % em 2003 e - 4,9% em 2002, constituindo um acrescido contributo positivo para a procura interna. (iv) No relativo dinamismo da procura interna estará a explicação do surpreendente crescimento das importações, que deverá situar-se entre os 7 e 9%, em contraste com a contracção de -0,5% em 2003. Embora se estime uma evolução bastante positiva das exportações ( 7 a 8%) o saldo do comércio externo será agravado pelo surpreendente dinamismo das importações. (v) A despesa pública agregada regista um crescimento de 0,6%, superior aos 0,5% de 2003, constituindo uma revisão em sentido inverso das estimativas de Junho do Banco de Portugal que admitiam uma variação anual negativa de 0,6%. Contudo a despesa corrente primária, com exclusão dos pagamentos relativos a anos anteriores, registou até Novembro um crescimento homólogo de 5,8%. (vi) Nas publicações acima referidas o Banco central português, contrariamente ao que fizera no ano passado, não se manifestou quanto à dimensão do déficit público em percentagem do PIB. À semelhança do que ocorreu em 2002 e 2003 também em 2004 se mostrou necessário colmatar o desiquílibrio das contas do Estado, mediante o recurso a receitas extraordinárias, a fim do país cumprir o Pacto de Estabilidade e Crescimento no âmbito da União Europeia. Para tanto o Governo procedeu à transferência para o sector público dos fundos de pensões da Caixa Geral de Depósitos, da ANA e de outras duas empresas públicas, o que deverá ter gerado uma receita de 1.2% do PIB. A falhada operação de alienação de imóveis públicos deveria ter gerado receitas no valor de 0.8% do PIB, pelo que é de admitir que sem essas operações o défice público pudesse ascender para além de 4,5% do PIB. (vii) A taxa de desemprego manteve-se relativamente estável nos dois primeiros trimestres face ao ano anterior (6,3%), mas conheceu um incremento no terceiro trimestre para cerca de 6,8%. Em termos qualitativos refira-se o predomínio da criação líquida de emprego em trabalhadores por conta própria e por conta de outrem com vínculo temporário e o aumento da incidência de desemprego de longa duração, que no terceiro trimestre atinge 47,8% do desemprego total. (viii) No sector privado as remunerações por trabalhador terão aumentado em média 3,7%, contra cerca de 3% em 2003 (5,9% e 4,7%, respectivamente em 2001 e 2002). (ix) A inflação média anual, de acordo com o Índice Harmonizado, deverá situar-se entre 2,4 e 2,6% em 2004, diminuindo face aos 3,3% em 2003 e aos 3,7% em 2002. Trata-se de um desempenho favorável atendendo a um quadro de certo dinamismo da procura interna e a uma situação de preços internacionais de matérias primas desfavorável, embora, em contrapartida, favorecida pela apreciação do euro em 2004. Há pois que concluir que, em 2004, o processo de ajustamento e recuperação da economia portuguesa não deu passos significativos se considerarmos como critério de aferição as tendências médias dos países da

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2004

Apresentamos aos Senhores Accionistas o Relatório do Conselho de Administração relativo à actividade e Contas Consolidadas da Auto-Industrial, S.A. DESTAQUES INTRODUÇÃO E SÍNTESE DOS RESULTADOS O Boletim Económico Trimestral do Banco de Portugal, relativo a Setembro passado faz uma análise sobre a evolução da economia portuguesa em 2004, com a informação disponível até ao final do passado mês de Outubro. Dessa avaliação do banco central português e dos Indicadores de Conjuntura de Novembro de 2004, podem-se destacar os seguintes aspectos:

(i) Crescimento estimado do Produto Interno Bruto (PIB) português, em termos reais, entre 1% e 1,5%, que compara com uma variação negativa de – 1,3% em 2003 e com o ténue crescimento de 0,4% em 2002.

(ii) O consumo privado estima-se agora com um crescimento mais acentuado entre 1,5% e 2,5%, contrastando com a evolução negativa de - 0,7% registada em 2003. Admite-se que possa haver alguma distorção devido à actual dificuldade em distinguir o consumo de residentes e não residentes (v.g. receitas do turismo) o que pode ter sido potenciado pela realização em Portugal do Euro 2004.

(iii) Variação positiva no Investimento, estimada entre 0,75% e 2,75%, em forte contraste com a evolução negativa de cerca de - 9,5 % em 2003 e - 4,9% em 2002, constituindo um acrescido contributo positivo para a procura interna.

(iv) No relativo dinamismo da procura interna estará a explicação do surpreendente crescimento das importações, que deverá situar-se entre os 7 e 9%, em contraste com a contracção de -0,5% em 2003. Embora se estime uma evolução bastante positiva das exportações ( 7 a 8%) o saldo do comércio externo será agravado pelo surpreendente dinamismo das importações.

(v) A despesa pública agregada regista um crescimento de 0,6%, superior aos 0,5% de 2003, constituindo uma revisão em sentido inverso das estimativas de Junho do Banco de Portugal que admitiam uma variação anual negativa de 0,6%. Contudo a despesa corrente primária, com exclusão dos pagamentos relativos a anos anteriores, registou até Novembro um crescimento homólogo de 5,8%.

(vi) Nas publicações acima referidas o Banco central português, contrariamente ao que fizera no ano passado, não se manifestou quanto à dimensão do déficit público em percentagem do PIB. À semelhança do que ocorreu em 2002 e 2003 também em 2004 se mostrou necessário colmatar o desiquílibrio das contas do Estado, mediante o recurso a receitas extraordinárias, a fim do país cumprir o Pacto de Estabilidade e Crescimento no âmbito da União Europeia. Para tanto o Governo procedeu à transferência para o sector público dos fundos de pensões da Caixa Geral de Depósitos, da ANA e de outras duas empresas públicas, o que deverá ter gerado uma receita de 1.2% do PIB. A falhada operação de alienação de imóveis públicos deveria ter gerado receitas no valor de 0.8% do PIB, pelo que é de admitir que sem essas operações o défice público pudesse ascender para além de 4,5% do PIB.

(vii) A taxa de desemprego manteve-se relativamente estável nos dois primeiros trimestres face ao ano anterior (6,3%), mas conheceu um incremento no terceiro trimestre para cerca de 6,8%. Em termos qualitativos refira-se o predomínio da criação líquida de emprego em trabalhadores por conta própria e por conta de outrem com vínculo temporário e o aumento da incidência de desemprego de longa duração, que no terceiro trimestre atinge 47,8% do desemprego total.

(viii) No sector privado as remunerações por trabalhador terão aumentado em média 3,7%, contra cerca de 3% em 2003 (5,9% e 4,7%, respectivamente em 2001 e 2002).

(ix) A inflação média anual, de acordo com o Índice Harmonizado, deverá situar-se entre 2,4 e 2,6% em 2004, diminuindo face aos 3,3% em 2003 e aos 3,7% em 2002. Trata-se de um desempenho favorável atendendo a um quadro de certo dinamismo da procura interna e a uma situação de preços internacionais de matérias primas desfavorável, embora, em contrapartida, favorecida pela apreciação do euro em 2004.

Há pois que concluir que, em 2004, o processo de ajustamento e recuperação da economia portuguesa não deu passos significativos se considerarmos como critério de aferição as tendências médias dos países da

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União Europeia e mais específicamente dos países que integram o Euro, sobretudo após a adesão à União Europeia de dez novos países com sistemas de organização e nível de desenvolvimento económico desfazados dos anteriores. O crescimento económico nos últimos três anos, em Portugal, vem apresentando níveis de variação inferiores aos da área do euro e tal vai de novo ocorrer em 2004, se se confirmar uma variação para a união monetária em que o país se integra em torno de 1,8%. O crescimento económico continua a ser muito induzido pelo consumo privado e público e sustentado pelo endividamento das famílias e do Estado. A principal consequência deste perfil de evolução económica é a deterioração da balança de mercadorias e de transacções correntes e, portanto, do défice externo, e necessidades acrescidas do financiamento externo da economia. O Banco de Portugal estima que em 2004 “a capacidade líquida de financiamento do conjunto das famílias e empresas residentes deverá ser praticamente nula”. Questão que permanece preocupante é a da incapacidade dos diversos governos em controlarem as finanças públicas, assegurando o equílibrio financeiro do Estado. Os incontroláveis défices públicos constituem um peso para o sector privado da economia, absorvem recursos que deveriam ter utilização produtiva e causam erosão na competitividade da economia, gerando custos que sobrecarregam o sector produtivo. Nos últimos três anos os défices do Estado têm consistentemente ultrapassado os 4% do PIB (desconsiderando as receitas extraordinárias, a que aliás também recorrem outros membros da união monetária). As previsões da OCDE, de Novembro de 2004, para os saldos das administrações públicas na área do euro, eram de - 2,9% em 2004, -2,6% em 2005 e - 2,4% em 2006. Também na evolução dos níveis de preços no consumidor Portugal tem tido desempenhos inferiores à união monetária do euro, cuja taxa média de inflação terá sido de 2,1% em 2004, contra os acima referidos 2,4 a 2,6%, em Portugal. É de realçar a persistente inflação no sector dos serviços no nosso país que se tem mantido próxima dos 4%. Estes indicadores revelam um défice relativo na eficiência na economia portuguesa, decerto em parte justificado por uma mais deficiente implementação dos mecanismos que asseguram a concorrência e a competição entre os operadores económicos (designadamente o problema do sector dos bens e serviços ditos não transaccionáveis, menos sujeitos à oferta externa). Neste contexto próximo da estagnação económica e com desiquílibrios financeiros, o sector automóvel continua a ser negativamente afectado pela falta de confiança dos agentes económicos. Em 2004 as vendas de veículos ligeiros em Portugal (passageiros e comerciais) registaram uma variação positiva de cerca de 3,6% ( mais 9.270 unidades), ascendendo a 268.128 unidades. A realização do Euro 2004 em Portugal poderá explicar em parte este pequeno crescimento que em termos homólogos incidiu sobretudo no segundo trimestre, em que se verificou uma variação positiva de 8,2%. Março foi o mês em que se fizeram mais registos (28.090 unidades) e maior variação homóloga ( + 20%) o que se pode explicar por alguma antecipação de compras pelos rent-a-car e outros operadores económicos considerando o importante evento desportivo que atraiu muitos turistas a Portugal. As vendas aos operadores de aluguer de automóveis passaram de 26.199 unidades em 2003 para, 28.301 em 2004, um acréscimo de 2.100 unidades, correspondente a 8%. A análise da evolução semestral do mercado de automóveis em Portugal pode também reforçar a ideia de que o Euro 2004 foi um contributo importante para o moderado crescimento que se verificou. Com efeito os registos de automóveis no primeiro semestre têm uma variação positiva de 6,3%, sendo que no segundo semestre essa variação foi de apenas 1,2%, um crescimento muito modesto. Esse crescimento semestral da ordem de 1 ponto percentual, está aliás em linha com o do mercado europeu em 2004, onde foram matrículadas 15.337.418 unidades, contra 15.0173.418 em 2003, um crescimento de 1,8 %. Uma nota adicional, nesta parte introdutória, respeita ao IA e à exportação de automóveis usados nos países europeus. Verifica-se uma tendência crescente de exportação de automóveis semi-novos ou usados, dos países europeus com mercados mais maduros e parques mais saturados, para os países menos desenvolvidos da Europa de leste ou mesmo para os países africanos com mais afinidade política e cultural. Essa tendência tem sido crescente e teve em 2004 um caso paradigmático que foi o da Polónia. Após a adesão deste país à União Europeia e o consequente desmantelamento de impostos aduaneiros, verificou-se uma explosão da

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importação de automóveis usados, que até ao final do ano terá atingido cerca de 700.000 unidades. Em contrapartida verificou-se uma queda acentuada das vendas de novos no mercado polaco ( 318 mil unidades, mas com uma quebra de 10 %). Portugal, por ter um Imposto Automóvel (IA) que fica “agarrado” ao automóvel, pelo menos em parte (após um processo burocrático moroso pode-se recuperar 75% do IA caso a exportação seja feita até um ano após a matrícula), fica na prática impedido de exportar automóveis semi novos ou usados o que constituíria uma “valvula de escape” e de regularização do mercado e do parque e uma oportunidade interessante (perdida) de “trading internacional” dos operadores do mercado português. Refira-se por fim que apesar da modéstia do crescimento do mercado automóvel português as receitas do IA, até Outubro, tinham uma variação positiva de 13,1% (Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Nov. 2004, pg. 8) o que pode ser explicado, para além da evolução do número de unidades vendidas, por uma tendência positiva do mercado português para automóveis de maior cilindrada e potência mais adequados à rede rodoviária actualmente disponível. Neste quadro, ainda cinzento, o desempenho do Grupo Auto Industrial pode ser considerado, em 2004, e uma vez mais, bastante positivo. No sector da distribuição automóvel são de destacar os desempenhos muito favoráveis das operações da Opel e da Renault. Estas duas marcas tiveram desempenho bastante positivo no mercado nacional e as operações da A.I., por seu lado, tiveram desempenhos ainda mais favoráveis no âmbito das referidas marcas. A Opel obteve uma variação positiva de 14,4%, para 28.880 unidades, sendo de destacar a boa “performance” do Corsa face aos seus mais directos concorrentes ( Peugeot 206 e Renault Clio) o enorme sucesso do Astra, que passa de 4.400 unidades para 7.000 e também o bom desempenho do Vectra que no segmento médio superior coloca 2.171 unidades e coloca-se na primeira posição do segmento entre as marcas generalistas ( atrás do Audi 4, Mercedes C e BMW série 3). Contudo as diversas operações de retalho Opel da A.I. tiveram um desempenho superior ao da marca, vendendo 4.561 unidades ( + 17,7%) e aumentando a penetração na rede Opel de 14,3% para 15,7%. A Renault, por seu lado, reforçou a sua liderança nos veículos ligeiros em Portugal, crescendo mais que o mercado ( 5,2%) e registando 41.479 unidades. A Gilauto, o concessionário Renault do grupo AI, vende 1.038 unidades, o que correspondeu a uma variação positiva de 24,2%, bastante superior à da marca, passando a valer 2,6% das vendas Renault em Portugal. O sector do crédito, encabeçado pela Tecnicrédito SGPS e com o Banco Mais como a principal empresa operacional, teve um desempenho excepcional quer em Portugal, quer na Hungria e na Espanha, países em que o grupo opera desde 1998 e 2002, respectivamente. A boa performance verificou-se quer ao nível da actividade e posição nos mercados, tendo a carteira de crédito gerada em 2006 atingido os € 320.232.255 (dos quais cerca de 21% gerados nas filiais estrangeiras), quer no domínio crítico da gestão do risco e do crédito de que pode depender a rentabilidade das instituições. Em 2004, o lucro consolidado do Grupo, após impostos e antes da exclusão de interesses minoritários, foi de € 34.833.931, quase dobrando os resultados consolidados de 2003 (€ 18.090.104), que já tinham tido um considerável aumento de 31%, relativamente aos € 13.854.534 obtidos em 2002. Em 1999, após o aumento de capital da Tecnicrédito, SGPS, a Auto Industrial passou a deter 51% das acções desta holding financeira, quando anteriormente detinha 85%. Posteriormente e após algumas aquisições, a Auto Industrial passou a consolidar 53,52 % dos resultados da Tcc SGPS. Excluindo então os interesses minoritários, não imputáveis à participação da Auto Industrial, os lucros do exercício de 2004, após impostos, atingiram € 19.184.165, dobrando os € 9.566.511 obtidos em 2003, que já tinham tido um consideravel aumento de 32,75% relativamente aos resultados atingidos em 2002 (€ 7.206.142). Os lucros mantiveram-se em linha fortemente ascendente com os anos anteriores e corresponderam a um “return on equity” (ROE) de 34,13 % sem exclusão dos interesses minoritários (contra cerca de 23%, em 2003) e de 33,57 % com exclusão dos interesses minoritários, considerando em ambos os calculos o valor médio dos capitais no final de cada ano. Os resultados simples da Auto Industrial após impostos foram de € 2.850.535, cerca de 72% superiores aos € 1.659.347 de 2003, que por seu lado tinham atingido nível idêntico aos de 2002 (€ 1.604.704), isto após o cálculo das provisões para impostos de acordo com as instruções contabilísticas relativas à tributação sobre

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o lucro consolidado. Os resultados operacionais apresentaram uma forte variação positiva de € 986.476 para € 1.646.929 ( + 67%), ficando ainda assim áquem dos € 2.211.287 obtidos em 2002. Contrariamente à tendência do ano passado a facturação de mercadorias teve uma variação positiva de 8,5% ( € 97.805.486) e a de serviços de 5,7% ( € 7.871.086) atingindo a facturação total não consolidada da AI € 105.676.573, ainda assim um valor inferior aos € 115.973.616 obtidos em 2002. Após a função financeira que foi positiva em € 1.775.307, os resultados correntes atingiram € 3.422.236 (contra € 2.181.687, em 2003) e o saldo positivo de resultados extraordinários foi de € 124.502, inferior aos € 129.532 de 2003. O quadro seguinte evidencia a evolução dos resultados do Grupo nos últimos dois anos, considerando a sua imputação a Auto Industrial, S.A., à Tecnicrédito, S.G.P.S., S.A. e empresas que nela consolidam e às restantes empresas do Grupo que consolidam na Auto Industrial, bem como o impacto na consolidação das operações intragrupo.

Antes de Impostos Após Impostos

RESULTADOS 2004 2003 2004 2003

Auto-Industrial S.A. 3.546.738 2.311.218 2.850.535 1.659.347

Tecnicrédito SGPS. 39.668.538 22.074.132 33.640.867 18.263.173

Outras Empresas do Grupo 557.617 -1.486.266 745.645 -767.548

Operações Intra-Grupo -2.403.116 -1.064.868 -2.403.116 -1.064.868

TOTAL 41.369.777 21.834.216 34.833.931 18.090.104 euros

AQUISIÇÃO DE NOVOS DISTRIBUIDORES MERCEDES BENZ Por escritura pública o Grupo Auto-Industrial adquiriu em 12 de Março de 2005 a totalidade do capital social da Sodicentro – Comércio de Veículos Lda., distribuidor oficial e oficina autorizada para as marcas Mercedes Benz e Smart nos distritos de Coimbra e Leiria. Desde meados de 2002 a Auto-Industrial detinha já uma concessão Mercedes-Benz para o distrito de Aveiro (Mercentro). Após esta aquisição estendeu a sua área de influência para sul, em zonas contíguas, ganhando peso na rede de distribuição Mercedes-Benz, o que permitirá aproveitar sinergias que por esse facto são geradas, ganhando assim eficiência na gestão das três operações. A Mercedes é uma marca com um elevado prestígio entre os fabricantes de automóveis, produzindo viaturas de elevada qualidade, dirigidas a clientes alvo de estrato social médio alto e alto, que como já foi referido em relatório anterior, é um sector onde o grupo ainda não possuía uma representação significativa. Tem tido a Mercedes, ao longo dos últimos cinco anos, acréscimos de vendas num mercado em queda e no decurso de 2004 alcançou o seu melhor ano de sempre em numero de unidades vendidas. Para continuar a aumentar as suas vendas vai em 2005 alargar a gama dos seus produtos para outros segmentos de mercado, cobrindo com o novo classe B o chamado segmento C inferior que no mercado português está a ter, cada ano que passa, uma maior quota de mercado. É uma aposta que deverá ter sucesso, até porque, a Mercedes, já teve uma experiência anterior semelhante, com o lançamento do classe A, de que forçosamente tirou conhecimentos. Por outro lado a Mercedes-Benz Portugal reorganizou em 2004 a sua rede de distribuição de veículos pesados tanto de mercadorias como de passageiros, tendo passado, no continente, de 7 para 4 distribuidores autorizados. A Mercentro foi uma das concessões preteridas. Com a compra da Sodicentro o grupo continuou nesse mercado dos pesados, que é principalmente significativo pelo valor acrescentado que traz na parte de oficinas e de venda de peças. Na mesma data a Auto-Industrial comprou também os imóveis afectos à exploração da Sodicentro em Leiria. Foi um investimento vultoso mas de que se espera um retorno significativo. Logo após a aquisição empreendeu-se a reestruturação das duas operações que se espera estar concluída em 2005. Em consequência destas aquisições as contas consolidadas de 2004 têm um perímetro de consolidação mais alargado que asde 2003, pelo que as comparações a serem feitas deverão ter tal facto em consideração. Neste relatório, e sempre que tal se justifique, quantificaremos a contribuição da Sodicentro para as diferenças existentes.

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INTERNACIONALIZAÇÃO DA TECNICRÉDITO SGPS / BANCO MAIS A expansão para o estrangeiro da actividade do crédito especializado constitui o vector estratégico predominante do desenvolvimento e expansão dos negócios do Grupo Auto-Industrial. A Auto-Industrial foi um dos pioneiros do crédito automóvel em Portugal, criando uma organização dedicada a esta actividade, em 1987, com a Tecnicar, Automóveis, S.A. Passados quase 18 anos os resultados alcançados e a posição atingida no sector de actividade transformaram profundamente a dimensão e as potencialidades do Grupo Auto-Industrial como fonte geradora de valor e de rendimentos para os seus accionistas e local atractivo de trabalho e de realização profissional para os seus empregados e quadros. O know-how e a experiência acumulados pelo Banco Mais e demais sociedades que operam na área do crédito especializado, não só asseguraram uma posição de destaque à A.I. em Portugal, como já provaram a capacidade para replicar o modelo de actividade noutros países, confrontando-se em pé de igualdade com os diversos operadores nacionais e internacionais, especializados e generalistas. Daí a enorme potencialidade dos horizontes abertos pela estratégia de expansão internacional do Banco Mais, já testada em dois países europeus, com perfis muito diversos em dimensão, nível de desenvolvimento económico e matriz histórico cultural, como são a Espanha e a Hungria. Tecnicrédito Hungria 2004 foi um ano de importantes realizações para a Tenicrédito Magyarország. Não apenas no que se refere à actividade comercial e à sua posição no mercado, mas também aos resultados de exploração atingidos. Os contratos de financiamento gerados atingiram 9.954, um aumento de 34% relativamente à produção de 2003 (7.457 contratos). No que respeita ao valor financiado, atingiram-se 10.339.350.894 Forints Hungaros (€42.647.050), que representaram uma variação positiva de 63% relativamente ao valor dos empréstimos gerados no ano anterior. Durante o ano a empresa abriu duas novas delegações – uma localizada em Kecskémet e outra localizada no sul de Budapeste – que acresceram à já existente rede de delegações que cobre as maiores cidades da Hungria (Budapeste, Debrecen, Miskolc, Gyor e Pécs). A Tecnicédito desenvolve ainda a actividade comercial em duas outras cidades do país – Székesfehérvar e Szombathely – planeando abrir escritórios nessas duas cidades durante 2005 para dar melhor suporte ao desenvolvimento da actividade nessas regiões. Para complementar a sua estratégia de proximidade com o mercado e assegurar condições para providenciar um melhor serviço aos clientes finais e aos comerciantes de automóveis, a Tecnicrédito continua a lançar novos produtos competitivos. Explorando a vantagem do baixo nível da taxa de juro do franco suíço e seguindo o caminho já trilhado por outros operadores no mercado, a Tecnicrédito lançou em Maio empréstimos baseados em francos suíços, os quais conheceram muito boa aceitação no mercado, passando a representar uma parte substancial dos novos créditos originados. Em 2004 a Tenicrédito Magyarország recebeu mais de 18.800 solicitações de crédito, das quais resultaram os mencionados 9.954 contratos. Este nível de concretização (cerca de 53%) reflecte uma aproximação prudente e sustentada no que respeita ao risco de crédito das operações. Quanto ao balanço o portfolio de crédito cresceu em 47%, atingindo os 14,8 biliões de fórints (€ 61.046.032) afastando-se bastante dos 10 biliões registados no final de 2003. Os resultados líquidos totalizaram 721.597.000 fórints ( € 2.863.056) bastante acima dos € 1.912.942 obtidos 2003, representando um aumento de 49,7%. Um dos factores relevantes da evolução positiva dos resultados de 2004 foi a rubrica de provisões para crédito em mora, que conheceu uma tendência muito favorável, devendo ser atribuída à adequada orientação quanto à análise de crédito, a uma eficiente gestão do após crédito e também ao facto de alguns dos empréstimos em incumprimento remetidos aos tribunais, terem gerado algum cash-flow, através das recuperações efectuadas nos processos judiciais executivos. Os capitais próprios atingiram € 15.282.000 o que assegura um rácio de solvabilidade muito confortável de 24,4%. No que respeita às operações passivas, a Tecnicrédito Hungria mandatou o Commerzbank para organizar uma facilidade de crédito multidivisas de 15 milhões de Euros. A assinatura do empréstimo sindicado teve

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lugar em Setembro sendo até ao momento a maior linha de crédito tomada envolvendo bancos com presença local directa no mercado húngaro. Entre os participantes estiveram o Commerzbank (Budapeste) – como organizador – o ING Bank, o Hungarian Volksbank e o Erste Bank Hungary. No decurso do exercício em questão, a Tecnicrédito conseguiu assegurar maiores e mais extensas linhas de crédito com outros bancos e entidades a operar no mercado hungaro, que sustentaram o desenvolvimento da sua actividade. Banco Mais Espanha O ano de 2004 constituiu o terceiro ano de operação do Banco Mais em Espanha e confirmou a capacidade da instituição de crédito da AI se afirmar num mercado europeu de grande dimensão, maduro e competitivo, como é o mercado financeiro espanhol. Não obstante uma parte substancial da actividade se ter ainda concentrado na região de Madrid (74%), onde se encontra a sede da empresa, Badajoz e Vigo foram responsáveis por 10% e 8%, respectivamente, da produção e durante o ano em análise. Foi ainda iniciada nos meses de Setembro e Novembro, a actividade nas regiões de Barcelona e de Valência, mediante a constituição de equipas comerciais locais e instalação de escritórios que constituirão embriões de futuras delegações. A actividade comercial da Sucursal em Espanha progrediu em bom ritmo tendo sido celebrados 3.203 contratos de financiamento que corresponderam ao crédito concedido de € 26.512.000. Foi um crescimento na ordem dos 115% no que se refere ao número de contratos e de 143 % quanto ao crédito concedido. Para os resultados obtidos contribuíram a implementação de várias funcionalidades informáticas com vista a beneficiar a actividade operacional e a aprofundar os sistemas de controlo interno, assim como as várias iniciativas promocionais levados a cabo e que foram acolhidas de forma muito favorável pelos prescritores da empresa. Passados três anos de actividade pode-se considerar que a presença do Banco Mais em Espanha se encontra enraízada e com boas perspectivas de desenvolvimento, tendo-se mostrado recentemente particularmente promissoras as entradas nos mercados de Barcelona e Valência, onde foi boa a resposta às propostas do Banco Mais. Ao nível dos resultados de exploração obtidos também é de considerar o empreendimento bem sucedido. No segundo semestre de 2003 já se verificara alguma consistência de resultados positivos de exploração tendo nesse ano a sucursal registado um resultado negativo de - € 368.000. Em 2004 os resultados da sucursal de Espanha do Banco Mais foram mensalmente positivos de forma regular, atingindo no final do ano resultados positivos após impostos de € 328.000. Projectos de internacionalização em curso Concretizando a estratégia traçada efectuaram-se em 2004 estudos de mercado relativos ao crédito automóvel na Eslováquia e na Polónia ( neste caso levou-se a cabo uma actualização e desenvolvimento de um “survey” efectuado em 2001). No que respeita ao estabelecimento na Eslováquia efectuaram-se processos de recrutamento de executivos em Portugal e na Eslováquia, que já foram concluídos, estando-se actualmente a desenvolver diligências para a instalação da empresa em Bratislava. Também já deu entrada no Banco de Portugal o processo relativo à constituição da sucursal naquele país da Europa central AUTOMÓVEIS USADOS O sector dos usados é também estratégico para a o Grupo Auto-Industrial pelas seguintes razões principais: (i) - É um mercado de grande dimensão gerando boas possibilidades de lucros se a actividade for bem conduzida; (ii) - A capacidade para vender automóveis novos é potenciada pela capacidade de vender usados; (iii) – Gera boas receitas financeiras e potência muito a actividade de crédito do grupo AI; (iv) – Sendo multimarca assegura alguma independência em relação ao controlo dos fabricantes; Por todas estas razões a comercialização de automóveis usados tem merecido acrescida atenção no grupo AI existindo um departamento central que organiza, controla e dinamiza esta actividade. O mercado de usados de acordo com os últimos dados disponíveis, que se referem a Junho de 2004, teve uma variação homologa positiva de 11,71%, ascendendo as transacções a 243.274 unidades, quando no ano passado a variação reportada a Junho de 2003 tinha sido negativa em –9,8%.

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Mercado nacional de Automóveis Usados: Desta estatística baseada nas alterações dos registos de propriedade podem-se confirmar as conclusões já avançadas no ano passado: (i) o mercado de usados tem uma evolução mais favorável que o dos novos e é menos sensível às vicissitudes da economia; (ii) O mercado de usados não traduz de forma imediata as variações dos mercados dos novos: a Renault e a Opel apresentam desempenhos nos usados desfasados nos novos em termos negativos enquanto na VW a tendência da procura dos usados é superior à dos novos. As vendas ao rent-a-car que são a principal fonte de abastecimento do mercado de semi-novos, após uma redução forte de 2002 para 2003 ( -18,4%) conhecem de novo uma variação positiva para 28,301 unidades (+ 8%) admissivelmente explicada pela realização do Euro 2004 em Portugal. Uma vez que a exportação não constitui uma saída viável para o escoamento dessas unidades, no mercado de semi-novos haverá pressão para a colocação dessas unidades. As vendas de unidades usadas do grupo AI, que em 2003 tinham conhecido uma diminuição inexpressiva para 4.850 unidades, tiveram em 2004 crescente dinamismo atingindo, 5.500 (+ 13%) com a correspondente facturação a passar de € 41.831.033 para € 46.908.214 ( + 12,01%).

As vendas a retalho, as mais rentáveis e as que constituem o objectivo principal da AI, passaram de 2.314 unidades em 2003 para 2.471 em 2004 ( + 7%), sendo de destacar o desempenho da EUA Lda de Braga que em Junho de 2004 abriu um parque novo para comercialização de usados localizado em Celeirós, junto à principal via de acesso à cidade de Braga e cujas vendas a retalho passaram de 85 para 118 unidades (+ 39%). Em níveis mais elevados de actividade foi expressiva a realização da CAM Porto cujas vendas a retalho de automóveis usados passam de 322 unidades em 2003 para 366 em 2004 (+ 14%). Programa Central de Avaliações Em Novembro de 2004 a AI iniciou um processo de centralização de avaliações e colocação de retomas que passa a depender de uma equipa central do departamento de usados, deixando essa função de estar a cargo de cada operação. O programa iniciou-se com a AI Lisboa, CAM Lisboa e a Sodicentro (Leiria e Coimbra), para além das operações de retalho dependentes da estrutura central de usados e passará a abranger outras

JAN / JUN 03 JAN / JUN 04 DIFERENÇA

RENAULT 29,896 30,778 2.95%

OPEL 27,495 28,901 5.11%

VW 22,906 26,175 14.27%

FIAT 23,043 22,537 -2.20%

FORD 15,218 15,856 4.19%

MERCADO NACIONAL 217,781 243,274 11.71%

FACTURAÇÃO DE AUTOMÓVEIS USADOS NO GRUPO AUTO-INDUSTRIALmilhares de euros

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004

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operações do grupo à medida em que os procedimentos e resultados vão sendo testados e em que a estrutura central vai sendo reforçada com recursos humanos adequados. A centralização da avaliação e colocação das retomas tem fortes vantagens para a AI como modo de gerir a distribuição de automóveis e traduz-se também numa vantagem competitiva de enorme relevo face aos concorrentes. Isso decorre das seguintes razões principais: (i) – Desenvolve uma competência central de que todas as operações da AI beneficiarão criando e potenciando um know how próprio; (ii) – Melhora e tende a uniformizar os critérios de avaliação das retomas atenuando fortemente a possibilidade da sobreavaliação ou a prática de incoerências; (iii) – Permite um maior controlo da actividade e do negócio, evitando desvios lesivos dos interesses da AI; (iv) – Dá acrescida segurança e celeridade à colocação das retomas atenuando riscos e a manutenção de stocks sobreavaliados; (v) – Em conjugação com o processo de autorização prévia de comerciantes de usados e com o crédito stock potencia e dirige mais criteriosamente as vendas ao comércio reduzindo o risco de crédito que normalmente estas relações implicam; (vi) – Garante, como fonte regular de abastecimento dos nossos canais de retalho, as retomas geradas pelo Grupo; (vii) – Permite a dedicação, em exclusivo, das diferentes concessões do Grupo às vendas a retalho a particulares e empresas. Desde 1 de Novembro de 2004 até 31 de Janeiro de 2005 o departamento central efectuou 829 avaliações das quais resultaram a tomada de 221 retomas. Esta prática irá prosseguir e ser ampliada a outras operações do grupo, afinando-se os procedimentos e desenvolvendo-se as práticas de avaliação e alargando-se o número de especialistas envolvidos nas operações. GILAUTO – “OPERAÇÃO HARMÓNIO” PARA AUMENTO DE CAPITAL A Gilauto S.A., sediada em Lisboa, é a única concessão Renault do Grupo Auto-Industrial e devido à enorme projecção que esta marca tem vindo assumir no mercado automóvel em Portugal esta empresa do grupo tem assumido acrescida importância estratégica e conhecido uma tendência de aumento de vendas e de favoráveis resultados de exploração. O Decreto Lei nº 162/2002 cominou a dissolução automática das sociedades nos casos em que o capital próprio se mantivesse a um nível igual ou inferior a metade do capital social, durante dois exercícios consecutivos, embora essa consequência apenas produzisse efeitos a partir de 2005. Em função disso, e porque a Gilauto se encontrasse nessa situação, procedeu-se nos finais de 2004 à redução do capital social em € 325.000, para cobertura de prejuízos e posterior aumento de capital para, de novo, € 325.000, realizado em dinheiro, pela emissão de 65.000 acções com o valor nominal unitário de € 5. Antes da operação aqui referida o capital social da Gilauto era detido em 90 % pelo grupo, sendo os restantes 10% detidos por pessoas individuais. Dado que o aumento de capital foi realizado integralmente pela Auto-Industrial esta passou a ser a única titular do capital da Gilauto, passando a mesma a ter a situação de subsidiária integral do grupo A.I., o que é positivo para a gestão integrada das empresas de retalho automóvel, suprimindo a possibilidade quaisquer eventuais conflitos de interesses que pudessem vir a ocorrer.

QUADRO GERAL DA ECONOMIA ECONOMIA INTERNACIONAL A evolução do panorama político e económico internacional em 2004 foi caracterizado por diversos factores. Por uma lado, a debilidade do dólar, que registou um novo mínimo histórico em relação ao euro no início de Dezembro (1.33 dólares por cada euro), ainda que tenha estabilizado face ao yén. Por sua vez, o preço do petróleo, alcançou um máximo histórico, ultrapassando a cifra dos 50 euros por barril de crude em Outubro, valor que superou o nível nominal histórico alcançado em 1991 aquando da Guerra do Golfo. A subida dos preços verificada está relacionada, entre outros motivos, com um aumento da procura mundial e com factores de instabilidade geo-política no médio oriente. Todos estes motivos acarretam diversas consequências, como são exemplo, a redução da procura, impactos na inflação e nos mercados financeiros.

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Na área euro as taxas de juro de intervenção do mantiveram-se estáveis. Por sua vez, as taxas do mercado interbancário (euribor) experimentaram uma ligeira subida, sendo que no final de 2004, o BCE manteve a taxa directora em 2%. A taxa de rendibilidade das obrigações de dívida pública (treasury bonds) da zona euro com maturidades de 5 e 10 anos, sofreram uma queda de cerca de 50 p.p. em 2004. Em relação aos mercados accionistas, estes terminaram o ano com nota positiva, mantendo a tendência de subida registada no último trimestre. Em 2004, os índices Dow Jones e Eurostoxx50 sofreram uma apreciação de 3,2% e 6.9% respectivamente, sendo que o índice PSI-20 registou uma valorização de 13,5%. O crescimento económico global dos países da OCDE em 2004 foi de 3,6% contra os 2,2% registados no ano anterior. Para este crescimento, o consumo privado e as exportações tiveram um contributo positivo, sendo que o aumento das importações contribuiu negativamente. As previsões para 2005, apontam para um crescimento global de cerca de 2,9%. Nos EUA, depois do crescimento verificado em 2004 de 4,4%, resultado de um aumento do consumo privado e no investimento em capital, é estimada uma desaceleração no crescimento da economia em 2005 para 3,3%. No Japão, o PIB deverá igualmente abrandar de uma forma expressiva (crescimento de 2,1% em 2005, face a 4% em 2004), devido a um aumento maior das importações em relação às exportações e a um retrocesso do consumo em resultado do aumento da taxa de desemprego e redução dos gastos das famílias. No Reino Unido, no ano de 2004, foi observado um crescimento económico de 3,2% fruto de um aumento da procura interna e das exportações, sendo de prever, em 2005, uma diminuição do ritmo de crescimento para 2,6%. Esta redução resulta de uma perda de dinamismo da procura interna, embora seja em parte compensada pelo crescimento das exportações. A Zona Euro apresentou um aumento do crescimento do PIB, de 0,6% em 2003, para 1,8% em 2004, designadamente devido a aumentos no consumo privado e na FBCF. Para 2005 estima-se um crescimento do produto interno na ordem de 1,9%, perspectivando-se um crescimento progressivo do consumo privado e a continuação da recuperação da FBCF iniciada em 2004. A taxa de inflação anual da Zona Euro, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), situou-se em 2004, tal como em 2003, nos 2,1%, prevendo-se um valor entre 1,5% a 2,5% para 2005 e 1,0% a 2,2% para 2006. Estas previsões estão fortemente condicionadas pela perspectiva da trajectória descendente assumida para o preço do petróleo. ECONOMIA PORTUGUESA O Produto Interno Bruto em Portugal sofreu uma variação positiva de cerca de 1,1% em 2004. Esta evolução positiva, depois de se ter verificado uma contracção da economia de 0,8%, correspondeu a uma interrupção do processo de ajustamento do equilibrio dos agentes económicos, tendo-se verificado um aumento inesperado da procura interna. Este facto, implicou um aumento do consumo privado de 2,2%, valor superior ao previsto. Como consequência da variação do consumo privado, que superou a variação real do rendimento disponível dos particulares, observou-se uma queda de 0,7%, da respectiva taxa de poupança em 2004. Apesar de um crescimento de 4,6% das exportações, verificou-se um aumento anómalo das importações. Este facto, aliado à perda de termos de troca decorrente do aumento do preço do petróleo, contribuiu para agravar substâncialmente o desequilíbrio comercial externo. Importa referir que em 2004 se registou um aumento significativo do número de famílias endividadas em Portugal, o que faz com que as perspectivas para 2005 apontem para níveis do consumo privado mais moderados do que os observados em 2004. Consequentemente, a taxa de poupança regressará a um nível semelhante a 2003, devido às restrições orçamentais dos agentes económicos acima mencionados, apesar da persistência das taxas de juro em níveis mínimos históricos, bem como a intensificação da concorrência entre as instituições de crédito. Após o registo da queda muito significativa de FBCF em 2003 assistiu-se a um crescimento em 2004, designadamente devido ao facto de uma das suas componentes (investimento empresarial) ter registado uma evolução positiva em consequência das organizações aproveitarem os períodos de expansão da economia quer para incrementar a sua capacidade produtiva quer para efectuar investimentos. Assim, o crescimento da economia previsto para 2005 e 2006, de 1,6% e 1,7%, respectivamente, assenta na hipótese de uma continuação do crescimento da variável FBCF e de um forte crescimento das exportações (cerca de 7%/ano). Um dos principais riscos das previsões apontadas ao crescimento do PIB está associado à tomada de medidas orçamentais restritivas que visam a redução do défice. Excepção ao ano de 2002, onde foram tomadas medidas de consolidação orçamental, o tipo de receitas extraordinárias apresentadas em 2003 e 2004 não alteraram a conjuntura económica porque não afectaram os rendimentos dos agentes económicos,

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ou seja, foram sobretudo medidas de carácter extraordinário (com o intuito de cumprir o PEC), que podem comprometer futuros orçamentos. Em 2004, a taxa de inflação em Portugal medida pela variação média anual do IHPC, situou-se nos 2,5%, o que constitui uma redução em relação ao valor de 3,3%, observado em 2003. Segundo o Banco de Portugal, a previsão da taxa de inflação para os anos de 2005 e 2006 é de 2,1% e 2%, respectivamente. A expectativa da evolução da taxa de inflação apresentada está associada, por um lado, à manuntenção das taxas de câmbio do euro a níveis actuais, e por outro lado, à redução do preço internacional do petróleo. ECONOMIA ESPANHOLA A taxa de crescimento da economia verificada em Espanha em 2004 foi de 2,7%. Este comportamento foi consequência da trajectória ascendente da procura interna que subiu de 4% em 2003, para 4,5% em 2004, o que fortaleceu o crescimento do consumo. A procura exterior líquida contribuiu negativamente para o crescimento económico, devido a uma redução das exportações e a um aumento das importações agravadas pela subida o preço do petróleo. Um dos motivos para o aumento do consumo deveu-se ao facto de, em 2004, se ter verificado uma subida dos indicadores de confiança dos agentes económicos, fruto destes apresentarem expectativas mais optimistas designadamente em relação à redução da taxa de desemprego. O ano de 2004 finalizou com uma taxa de inflação, medida pelo IHPC, de 3,5% o que representa uma subida de 0.9 p.p. em relação ao final do ano de 2003. Para 2005 e 2006, estima-se, um crescimento do produto interno bruto na ordem dos 2,7% e 3% respectivamente. ECONOMIA HÚNGARA Tema marcante da economia húngara, foi a adesão deste país à UE em 1 de Maio de 2004, com a entrada no euro prevista para 2007. Durante o ano de 2004 a economia húngara registou um crescimento do PIB que se situou nos 4%, crescimento superior ao registado em 2003 (2,2%), acima da média registada pelos países membros da OCDE (3,6%) e muito acima da média da zona euro. Esta expansão económica foi fruto de um forte aumento do investimento e das exportações, apesar da redução dos consumos público e privado e do aumento das importações. Relativamente ao ano de 2005 prevê-se um crescimento económico de 3,7%. A taxa de inflação, medida pelo IHPC, teve um desempenho negativo situando-se, em 2004, nos 6,8%, comparável com os 4,7% de 2003. Ao nível da taxa de câmbio, o Forint esteve bastante volátil na primera metade do ano e bastante estável no último trimestre de 2004. No final do ano, a moeda húngara, registava face ao euro o valor de 245.97 (262.23 registados em 2003) o que significa uma apreciação de cerca de 6,6% face ao ano anterior, esta valorização é ainda mais impressionante tendo em conta o comportamento da taxa de inflação. A taxa juro de referência do mercado interbancário definida pelo Banco Nacional Húngaro, situou-se no final do ano de 2004 em 9,5%. Esta taxa atingiu um máximo de 12,5% no início do ano. As causas da volatilidade observada, foram a instabilidade governativa, o déficit orcamental elevado e a subida da taxa de inflação.

MERCADO AUTOMÓVEL MERCADO EUROPEU Em 2004 foram vendidos na Europa 15.337.418 automóveis ligeiros de passageiros, valor que traduz um acréscimo de 1,8% em relação às 15.073.418 unidades vendidas em 2003. De referir que estes números abrangem todos os países da União Europeia, incluíndo os países do leste da Europa que aderiram no decorrer de 2004, bem como os países da EFTA. Considerando apenas os países da parte ocidental da União Europeia (Austria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e da EFTA (Islândia, Noruega e Suiça), em 2004 foram vendidos 14.517.879 automóveis ligeiros de passageiros, um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior. Quanto a automóveis comerciais ligeiros, em 2004, foram vendidas 1.868.592 unidades, um crescimento de 9% em relação a 2003.

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Analisando o mercado de automóveis de passageiros na Europa Ocidental, praticamente todos os países registaram evoluções positivas, com destaque para a Noruega (+29%), a Dinamarca (+25%), a Islândia (+21%), a Grécia (+13%), o Luxemburgo (+11%) e a Espanha (+10%). Em 2004, apenas 4 países registaram quebras nas vendas: a Finlândia (-3%), a Holanda (-1%), o Reino Unido (-0,5%) e a Suiça (-0,5). No mercado de automóveis comerciais ligeiros, à excepção do Luxemburgo (-22%) e da Irlanda (-1%), as vendas cresceram em todos os países, com destaque para a Islândia (+47%), a Dinamarca (+40%), a Noruega (+28%) e Grécia (+27%). Os cinco maiores mercados da Europa Ocidental, continuam a ser a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, a França e a Espanha. Em conjunto estes países representam cerca de 80% das vendas de automóveis ligeiros na Europa Ocidental. Alemanha O mercado alemão apresentou um ligeiro acréscimo de 0,9%, com as vendas de automóveis ligeiros de passageiros a passar de 3.236.938 em 2003 para 3.266.826 em 2009, traduzindo-se em termos absolutos numa variação positiva de 29.888 viaturas. De salientar que o mercado alemão estava em queda desde 2000 com taxas de evolução negativas de –11,1% em 2000, – 1,1% em 2001, –2,7% em 2002 e –2,6% em 2003. Este mercado tem um peso de 23% nas vendas europeias de automóveis ligeiros de passageiros. Na Alemanha foram vendidos 185.535 veículos comerciais ligeiros, um acréscimo de 5% em relação a 2003. O mercado alemão de comerciais ligeiros representa apenas 10% do mercado europeu, sendo assim o menos relevante dos 5 principais países europeus. Reino Unido Em 2004 o mercado britânico de automóveis ligeiros de passageiros registou 2.567.269 viaturas vendidas, um ligeiro decréscimo de 0,5% em relação a 2003, em que se registaram 2.579.050 unidades vendidas, de relembrar que nesse ano foi atingido o valor mais alto de sempre. O mercado britânico, representou em 2004 18% do mercado europeu. No Reino Unido foram vendidos 329.599 comerciais ligeiros, o que traduziu um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. A par da Espanha, este é o segundo mercado de comerciais ligeiros mais importante da Europa, com uma quota de 17%. Itália O mercado automóvel italiano registou um pequeno aumento de 0,5% tendo sido vendidas 2.258.861 viaturas ligeiras de passageiros em 2004 contra as 2.247.043 em 2003. De recordar que nos 3 anos anteriores este mercado tinha registado variações negativas, -6% em 2003, –4% em 2002 e –1% em 2001. O mercado italiano representa 16% do mercado europeu. Em termos de comerciais ligeiros, a Itália representa 11% do mercado europeu. Em 2004 foram vendidas 221.108 unidades, um acréscimo de 3% em relação a 2003. França Após ter atingido em 2003 o nível mais baixo de vendas dos últimos 5 anos, em 2004 o mercado francês praticamente não recuperou vendas. Com um crescimento irrisório de 0,2%, foram vendidos 2.013.712 automóveis ligeiros de passageiros contra os 2.009.246 registados em 2003. De recordar que nos 2 anos anteriores este mercado apresentou quedas nas vendas de –7% em 2003 e –5% em 2002. O mercado francês representou em 2004 uma quota de 14% do mercado europeu. O mercado francês de automóveis comerciais ligeiros é o mais importante da Europa com um peso de 21%. Em 2004 foram vendidas 407.622 unidades. Ao contrário do mercado de passageiros, o mercado de comerciais apresenta algum dinamismo tendo crescido 7%. Espanha Tal como no ano anterior, dos cinco maiores mercados automóveis europeus, o espanhol foi o que registou o maior crescimento em 2004, com 1.517.518 ligeiros de passageiros vendidos contra 1.382.109 em 2003, uma variação significativa de +9,8%. Apesar deste crescimento, o mercado espanhol representa apenas 10% do mercado europeu. Em Espanha foram vendidos 333.012 comerciais ligeiros em 2004, um acréscimo de 12% em relação ao ano homólogo. Neste segmento, o mercado espanhol representa 17% do mercado europeu.

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Portugal na Europa De referir que dos 18 países que compõem o mercado automóvel de ligeiros de passageiros da Europa Ocidental, Portugal ocupa o 12º lugar em termos de vendas, ultrapassando apenas a Irlanda, a Finlândia, a Noruega, a Dinamarca, o Luxemburgo e a Islândia. Neste segmento, o peso do mercado português é de apenas 1,4%. No mercado de comerciais ligeiros, Portugal com um peso de 3,7% nas vendas do mercado europeu ocupa o 7º lugar nas vendas. FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS Grupo Volkswagen Quanto ao desempenho dos fabricantes de automóveis na Europa Ocidental o primeiro aspecto a realçar é a continuação da liderança do Grupo Volkswagen (VW), com 2.623.694 viaturas ligeiras de passageiros vendidas, apesar da quota de mercado ter passado de 18,2% em 2003 para 18,1% em 2004. A marca VW registou um crescimento nas vendas de 1,6% tendo sido vendidos 1.440.686 automóveis desta marca, a segunda marca mais vendida na Europa, a seguir à Renault. Quanto às outras marcas do Grupo VW, a Audi e a Skoda aumentaram as vendas, respectivamente, +1,8% e +3%, enquanto a Seat registou uma queda de -1,2%. O modelo mais vendido do Grupo VW continua a ser o Golf, que, alcança em 2004 o 1º lugar no ranking de vendas europeu. As vendas do Golf aumentaram 11% representando uma quota de mercado de 3,7%. O segundo modelo mais vendido do Grupo VW continua a ser o VW Polo com 282.924 viaturas vendidas, um decréscimo de -19% nas vendas em relação a 2003. Grupo PSA O Grupo PSA, que abrange as marcas Peugeot e Citroën, viu em 2004 a sua quota de mercado diminuir para 14%. Recorde-se que em 2003 essa quota era de 14,8%. Esta quota traduz-se em 2.036.251 viaturas vendidas em 2004. A marca Peugeot registou uma quebra de -4% nas vendas, passando de 1.196.338 para 1.148.646 viaturas vendidas em 2004. Por este facto a quota de mercado diminuiu de 8,4% em 2003 para 7,9% em 2004. Destaque para o Peugeot 206, que é agora o segundo modelo mais vendido na europa, tendo perdido a liderança no mercado europeu para o já referido VW Golf. Foram vendidas 502.579 viaturas Peugeot 206, o que representa uma quota de mercado de 3,4%, isto apesar da quebra na vendas de 9%. De destacar, dentro desta marca, a prestação do Peugeot 307, cujas vendas de 449.833 unidades, apesar da redução de 0,6% em relação a 2003, permitem a este modelo ocupar a terceira posição no ranking europeu de vendas por modelo. Performance, também negativa para a marca Citroën, cujas vendas baixaram em termos de unidades, 887.605 viaturas em 2004 contra 908.730 em 2003 (-2,3%), e em termos de quota de mercado, 6,1% em 2004 contra 6,4% em 2003. O modelo mais vendido desta marca é o Citroën C3 com 2% do mercado europeu seguido pelo Citroën Xsara Picasso com 1,3%. Grupo Ford O Grupo Ford é o terceiro grupo mais importante em vendas na Europa com 1.624.847 viaturas vendidas em 2004, um aumento de 4% em relação ao ano anterior, tendo a respectiva quota de mercado passado de 11% para 11,2%. A marca Ford vendeu no ano em análise 1.248.115 viaturas, o que traduziu um aumento de 1,7% em relação a 2003, aumento este que não teve impacto na quota de mercado que se manteve nos 8,6%. O Ford Focus continua a ser o 5º modelo mais importante no mercado europeu com 402.080 viaturas vendidas, tendo registado em relação a 2003 um decréscimo de 9%. O Ford Fiesta, é o segundo modelo mais vendido da Ford, e registou uma variação positiva de 0,5%. As 310.936 viaturas vendidas atestam a boa performance do Fiesta na Europa. Realce negativo para a quebra de 14,3% nas vendas do Ford Mondeo, que se quedaram em 2004 nas 170.998 viaturas vendidas. De referir o crescimento de 14,6% nas vendas europeias da Volvo, ainda assim as 247.457 unidades vendidas traduzem-se numa reduzida quota de mercado de 1,7%. Renault Em 2004 a Renault manteve a 4ª posição na Europa. Apesar da quebra de 1,1%, as 1.488.895 viaturas Renault vendidas permitiram-lhe uma quota de mercado de 10,3% Recorde-se que em 2003 essa quota foi de 10,6%. O principal modelo desta marca é agora o Mégane, que ocupa o 4º lugar no ranking de vendas europeu. As vendas deste modelo, 406.842 unidades, aumentaram 18% em 2004. O Renault Clio com

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377.400 unidades vendidas, deixou de ser o principal modelo da Renault e quedou-se pela 5ª posição no ranking europeu de vendas. No ano em análise as vendas do Clio baixaram fortemente (-19%). Grupo General Motors Contrariando a tendência dos últimos anos, o Grupo GM registou em 2004 um ligeiro acréscimo nas vendas: +0,6%. Este Grupo vendeu 1.393.471 viaturas em 2003 o que se traduziu num aumento das vendas em 8.743 viaturas relativamente ao ano anterior. O Grupo GM possui agora uma penetração de mercado de 9,6%. A marca Opel/Vauxhall, que representa 94% das vendas do Grupo, sofreu um aumento de 0,1% nas vendas, tendo sido vendidas 1.311.579 viaturas Opel/Vauxhall em 2004. Os dois principais modelos desta marca, são: o Astra, que ocupa a 7ª posição no ranking europeu e registou a venda de 360.906 viaturas, um aumento de 4,3%; e o Corsa, 8º no ranking europeu, cujas vendas foram de 329.410 viaturas em 2004, uma redução de 10,7% em relação ao ano anterior. Grupo FIAT No ano em análise, as vendas deste Grupo permaneceram praticamente estabilizadas em relação ao ano anterior. Foram vendidas 1.055.602 unidades por este fabricante, o que representa uma quota no mercado europeu de 7,3%. Neste Grupo, a marca Fiat representa 74% das vendas, a Alfa-Romeo 15% e a Lancia 11%. As vendas da marca Fiat baixaram 1,2% em 2004, sendo o Fiat Punto o principal modelo com 306.608 unidades vendidas. De referir que as vendas deste modelo baixaram 17%. As vendas da Alfa-Romeo baixaram cerca de 4% enquanto que as vendas da Lancia subiram 15%. Esta performance positiva da Lancia deve-se exclusivamente ao sucesso nas vendas dos modelos Musa e Ypsilon. Grupo DAIMLER CHRYSLER A par do Grupo PSA e da Renault, o Grupo DaimlerChrysler registou também, em 2004, uma quebra das vendas. Com 912.775 unidades vendidas, este Grupo, que apresenta uma quota de mercado de 6,3%, viu as suas vendas baixar 1%. A marca mais importante deste Grupo, a Mercedes-Benz representa 76% das vendas do Grupo, enquanto que as outras marcas, a Smart e a Chrysler representam, respectivamente, 15% e 9%. A Mercedes-Benz apresentou uma variação negativa de 4% nas vendas, o que se traduziu numa redução da quota de mercado de 5,1% para 4,8%. Os principais modelos desta marca são a Classe C, com 211.948 unidades vendidas, e a Classe E, com 165.136 unidades vendidas. Destaque para a performance da Smart que registou um crescimento, extremamente positivo nas vendas, de 21%. Este crescimento deve-se essencialmente à introdução no mercado da versão para 4 passageiros, o ForFour. MERCADO PORTUGUÊS Após três anos consecutivos de quebras nas vendas, o mercado nacional de veículos ligeiros (passageiros e comerciais) registou em 2004 um crescimento de 3,9%. Trata-se sem dúvida de um sinal animador para um sector em crise desde o inicio de 2000, no entanto, o nível de vendas ainda está longe de se considerar satisfatório, atendendo quer ao histórico das vendas quer ao potencial do mercado automóvel português. De referir que entre 1999 e 2003 este mercado caiu 37%! A situação em que o mercado automóvel se encontra nos últimos anos, é um reflexo do actual estado da economia nacional, ainda à espera da tão anunciada retoma. Os baixos índices de confiança dos agentes económicos, em especial dos consumidores e das empresas, condiciona fortemente a procura interna. Este condicionamento, afecta directamente o mercado automóvel nacional, mercado esse já bastante afectado por uma politica fiscal fortemente penalizadora, para os compradores e utilizadores de automóveis. Em 2004, foram vendidos em Portugal, 268.874 automóveis ligeiros, no ano anterior esse valor tinha sido 258.860. Vendas de Automóveis Ligeiros em Portugal

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Passageiros 267.170 297.670 289.945 255.215 226.092 189.792 197.584 Comerciais 100.986 102.285 120.585 98.679 79.295 69.068 71.290

Total 368.156 399.955 410.530 353.894 305.387 258.860 268.874 fonte ACAP

Considerando apenas o mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este aumentou 4%. Em 2004 foram vendidos 197.584 automóveis enquanto que no ano anterior esse valor tinha sido 189.792.De recordar que as vendas entre 1999 e 2003 tinham sofrido uma quebra de 36%. No mercado de automóveis ligeiros o segmento de passageiros representa 73% das vendas e o segmento de comerciais, os restantes 27%.

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Vendas de Automóveis Ligeiros em Portugal fonte ACAP

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Passageiros

Comerciais

O mercado de veículos comerciais ligeiros também recuperou, tendo subido 3%. No ano em análise foram matriculadas 71.290 unidades enquanto que em 2003 tinham sido matriculadas 69.068 unidades. Análise por Fabricante Em termos de Grupos de fabricantes de automóveis ligeiros de passageiros, o mercado português continua a ser liderado pelo Grupo PSA (Citroën e Peugeot), com uma quota de mercado de 18%, uma redução na quota de mercado de 2% em relação ao ano anterior. Em unidades, as vendas baixaram 5%, tendo passado de 37.163 para 35.304. O Grupo VW (VW, Skoda, Seat e Audi) em 2004 recupera a 2ª posição no mercado nacional com 33.824 unidades vendidas a que corresponde uma quota de mercado de 17% , uma perda de 0,7% na quota. As vendas foram praticamente idênticas às do ano anterior. De referir a recuperação das vendas da Seat em relação ao ano anterior (+28%) ultrapassado o processo turbulento de alteração do importador para o nosso país. Após ter ocupado em 2003, a 2ª posição, a Renault passa a ser o 3º maior fabricante com 30.796 unidades vendidas em 2004 e uma quota de mercado de 15,6%, sendo de referir que esta posição era ocupada em 2002 pelo Grupo VW. Com um aumento de 11% nas vendas, a Renault aumentou a sua quota de mercado em relação a 2003, em 1%. Na quarta posição está o Grupo General Motors (Opel e Saab) com uma quota de 10,7% contra 9,5% em 2003. As vendas deste Grupo em 2004 foram de 21.192 unidades tendo registado um dos maiores cresciemntos nas vendas em comparação com os seus principais concorrentes e com o mercado, + 17%. Os restantes fabricantes apresentaram em 2004 uma quota de mercado inferior a 2 dígitos, destacando apenas aqueles com quem o Grupo Auto-Industrial possui parceria comercial: Grupo Ford (Ford, Land Rover e Volvo) com 7,6% e uma subida nas vendas de 25%; o Grupo DaimlerChrysler (Mercedes-Benz, Smart, Chrysler e Jeep) com 5,7% e um aumento das vendas de 11%; e o Grupo Fiat (Fiat, Alfa Romeo e Lancia) com 4,9% e uma queda nas vendas de -19%. Análise por Marca e Modelo Analisando o mercado de automóveis de passageiros na perspectiva de cada marca, constatamos que não houve alterações significativas no ranking de vendas das principais marcas. A liderança do mercado nacional de veículos ligeiros de passageiros continua a ser assumida pela Renault, com 30.796 unidades vendidas e um aumento nas vendas de 11% em relação a 2003. Como já foi referido atrás, a Renault possui em Portugal uma quota de mercado de 15,6%. Pertence à Renault o modelo mais vendidos em Portugal, o Megane. Fruto da muito boa aceitação que este modelo tem tido no mercado nacional, o novo Megane vendeu 14.564 unidades a que corresponde 7,4% de quota de mercado. O segundo modelo mais importante da Renault continua a ser o Clio com 8.244 unidades vendidas e uma quota de mercado de 4%. O Clio, que em 2003 era o segundo modelo mais vendido, ocupa agora a quinta posição.

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A Peugeot, em 2004, é a segunda marca mais vendida, com 20.868 viaturas vendidas, tendo sofrido uma redução de 6,3% nas vendas em relação ao ano anterior. A Peugeot possui uma quota de mercado de 10,6%. Tanto o terceiro como o quarto modelo mais vendido em Portugal pertencem a esta Marca. O seu modelo mais vendido é o Peugeot 206 com 9.715 unidades vendidas e 4,9% do mercado, seguido do Peugeot 307 com uma quota de 4,8% e 9.483 automóveis vendidos. Em 2004 a Opel, ao vender 20.758 viaturas ocupa a terceira posição no mercado, praticamente ao mesmo nível da Peugeot, uma diferença de 110 viaturas. A Opel viu em 2004 a sua quota de mercado crescer de 9,3% para 10,5%. Este aumento de quota é um reflexo do bom desempenho das suas vendas, que cresceram 17,3%, ou seja, bastante acima do crescimento de 4% do mercado. Os principais modelos da Opel são o Corsa, terceiro no ranking de vendas nacional, e o renovado Astra, sétimo no ranking. O Corsa registou uma redução de 1,2% nas vendas com 9.692 unidades, este modelo possui uma quota de mercado de 5%. Mais significativa, a performance do novo Astra cujas vendas cresceram 60%, este modelo vendeu 7.098 unidades e representou em 2004 cerca de 4% do mercado. De referir que o desempenho deste modelo poderia ter sido ainda mais positivo caso não tivessem ocorrido no inicio do ano algumas dificuldades em ajustar os stocks de viaturas disponiveis à elevada procura e ainda o facto da versão Caravan apenas ter sido lançada no final do ano. As vendas da Volkswagen cairam 4,3% em 2004, tendo esta marca vendido 17.520 automóveis. A estas vendas corresponde um quota de mercado de 8,9%. O modelo mais vendido da VW é o Polo, que com 7.965 unidades vendidas, ocupa o sexto lugar no ranking português de vendas por modelo. A Citroën é quinta marca mais vendida em Portugal, com 14.436 unidades vendidas, uma variação negativa de 3,1%. Nesta marca o modelo C3 continua a ser o mais vendido, com 6.588 unidades, isto apesar das respectivas vendas terem caído 16,7%. Este modelo é o oitavo no ranking de vendas por modelo. Referência positiva para a Ford cujas vendas, contrariando a tendência de anos anteriores, subiram 23% Com 11.649 unidades vendidas, a Ford teve em 2004 uma quota de mercado de 6%. O modelo mais vendido é o Fiesta. Relativamente à performance comercial em 2004, das outras marcas representadas pelo Grupo Auto-Industrial: a Mercedes-Benz com uma quota de mercado de 4% aumentou as vendas também em 4%; a Fiat com 3,8% do mercado baixou as vendas em 25%; a Smart cresceu 41% e representa 1,5% do mercado; a Alfa-Romeo teve uma quota de mercado de 0,7% e cresceu 2,5%; as vendas da Lancia subiram 32% e apresentou uma quota de 0,4%; a Chrysler teve uma quota de 0,1% e uma quebra de 28% nas vendas; e finalmente, a Jeep teve uma quota de 0,1% e uma quebra de 20% nas vendas. Uma breve referência ao mercado de automóveis ligeiros de mercadorias, onde a Renault, apesar da quebra de 9,4%, continua a comandar destacada, tendo atingido em 2004 um nível de vendas de 10.682 unidades (15% de quota de mercado). A Citroën com 8.402 unidades vendidas (12% de quota) continua também na segunda posição, tendo aumentado as vendas em 2,8%. Com níveis de vendas praticamente idênticos estão a Peugeot e a Opel com uma quota de mercado de 11,4% cada, respectivamente com 8.150 e 8.125 unidades vendidas. Os quatro modelos de comerciais ligeiros de mercadorias mais vendidos em Portugal reflectem a posição das marcas no mercado, assim: em primeiro lugar está o Renault Clio Van, com 8% do mercado, e, segundo o Opel Corsa Van com 5,4% do mercado; em terceiro o Peugeot 206 Van com 4,8%; e em 4º o Citroën Berlingo com 4,7%. Análise por Segmento Para finalizar esta abordagem ao mercado automóvel nacional em 2004 iremos analisar os respectivos segmentos. O segmento Económico (A), representa 2,4% do mercado total, tendo sofrido um aumento de 2003 para 2004 de 32%. O modelo mais vendido continua a ser o Smart ForTwo com 1.749 unidades representando 32% das vendas deste segmento. Destaque para a ascensão do Fiat Panda que vendeu 1.565 unidades e conquistou uma quota de 29%. Deste modo estes dois modelos foram responsáveis por 61% das vendas neste segmento. O segmento Inferior (B), continua a ser o mais importante do mercado representado 38,8% das vendas totais, ou seja, 76.738 unidades. Relativamente a 2003, o volume de vendas deste segmento baixou 5%. Neste segmento o modelo mais vendido no ano em análise foi o Peugeot 206 com 9.715 unidades logo

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seguido do Opel Corsa com 9.692 unidades. Uma diferença de apenas 23 unidades permite que estes dois modelos possuam uma quota de mercado no segmento praticamente idêntica: 12,6%. O terceiro modelo mais vendido é agora o Renault Clio, com 8.244 unidades, uma significativa quebra de 26% em relação ao ano anterior, tendo a quota de mercado no segmento passado de 13,8% para 10,7%. O segmento Médio-Inferior (C), é o segundo mais importante sendo responsável por 38,6% das vendas no mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este valor traduziu em 2004 a venda de 76.285 unidades contra as 66.985 unidades vendidas em 2003. Um crescimento de 14%, que permite a este segmento estar praticamente ao nível do segmento Inferior, este crescimento denota um positivo “upgrade” na procura automóvel em Portugal. De referir que o peso relativo deste segmento em relação ao mercado total, aumentou em 3%. O Renault Megane, que como já referimos anteriormente é o modelo mais vendido em Portugal, lidera este segmento com uma quota de 19% (14.564 unidades vendidas). As vendas deste modelo cresceram 44% em 2004. O Peugeot 307, ocupa a segunda posição, com 9.483 unidades vendidas e uma quota de 12,4%. O novo Opel Astra com uma quota de 9,3% vendeu 7.098 unidades, tendo crescido em 60% as vendas. O VW Golf é o quarto modelo mais vendido com 6.158 unidades vendidas e uma quota de 8,1% no segmento. De referir que estes quatro modelos representam quase metade das vendas no segmento (49%). O segmento Médio–Superior (D), diminuiu ligeiramente o seu peso no mercado total, 14% em 2004 contra 14,9% em 2003, totalizando 27.654 unidades vendidas. Em relação a 2003 foram vendidas menos 637 viaturas. Este segmento continua comandado pelo Audi A4 com 3.234 unidades vendidas, apesar da diminuição nas vendas de 15%. O segundo modelo mais vendido é o Mecedes-Benz classe C, com 3.073 unidades vendidas, seguido do BMW série 3, com 2.410 unidades e do Opel Vectra com 2.171 unidades. Na quinta posição, após uma queda nas vendas de 35%, está agora o Renault Laguna com 2.091 unidades vendidas. O segmento Superior (E), cresce 22,6% em 2004. Neste ano foram vendidas 7.423 viaturas contra 6.055 em 2003, representando este segmento 3,8% do mercado. O Mercedes Classe E que registou 2.203 viaturas, mantém a liderança absoluta com 30% das vendas do segmento. Em segunda posição, a alguma distância, o BMW série 5 com 1.695 unidades vendidas e 23% do segmento. Apenas dois modelos são responsáveis por mais de metade das vendas no segmento. O segmento Luxo (F) com apenas 617 unidades vendidas, manteve o seu reduzido peso de 0,3% no mercado total. Na liderança destacada mantém-se o BMW série 7 com 143 unidades vendidas seguido do Audi A8 com 91 unidades e do Mercedes Classe S com 79 unidades. Quanto ao segmento de viaturas Todo-o-terreno (G), este representa 1,8% do mercado com 3.458 unidades vendidas em 2004. Tal como no ano anterior mercado cresceu, desta vez 12%. O modelo mais vendido foi o Land-Rover com 340 unidades vendidas seguido de muito perto pelo BMW X5 (332 unidades), pelo Volvo XC90 (332 unidades) e pelo BMW X5 (323 unidades).

Vendas de Automóveis Ligeiros de Passageiros por Segmento - Portugal 2004fonte ACAP

Médio-Super.14%

Médio-Infer.38%

Inferior39%

Superior4%

Todo-Terreno2%Luxo

0,3%

Económico3%

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Terminada a análise aos segmentos de mercado, referência especial para o sub-segmento dos Monovolumes, que registou uma impressionante variação de +35%, com um nível de vendas de 17.789 unidades este sub-segmento representa 9% do mercado em 2004. Os três modelos mais vendidos foram: em primeiro lugar o Renault Scénic com 3.987 unidades vendidas, em segundo o Ford C-max com 3.044 unidades e o Citroën Picasso com 1.771 unidades. De referir que estes 3 modelos representam 49% do mercado de monovolumes. Destaque pela negativa para o Opel Zafira cujas vendas baixaram 62%, recorde-se que em 2003 era o segundo modelo mais vendido neste sub-segmento. ACTIVIDADE COMERCIAL AUTOMÓVEIS NOVOS Em 2004 as operações de retalho automóvel do Grupo Auto-Industrial venderam 9.200 automóveis ligeiros novos, um aumento significativo de 25% em relação às 7.342 unidades comercializadas no ano anterior. Tratou-se de um excelente desempenho comercial justificado pelo acréscimo generalizado das vendas na maior parte das operações, com especial destaque para as concessões Opel e Mercedes-Benz do Grupo. Este acréscimo das vendas de automóveis novos traduziu-se naturalmente no aumento da quota de mercado para 3,4%, valor superior ao de 2003 (2,8%) e ao de 2002 (3,3%).

VENDAS DE AUTOMÓVEIS NOVOS NO GRUPO AUTO-INDUSTRIALunidades

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004

Outras MarcasOPEL

As operações Opel do Grupo, a Auto-Industrial e a Central Parque, registaram vendas de 4.561 viaturas, um aumento de 18% face às 3.875 unidades vendidas em 2003. Em geral as vendas de todas as operações Opel do Grupo Auto-Industrial cresceram, sendo de destacar os crescimentos da Auto-Industrial em Pombal (+89%), no Porto (+52%), em Leiria (+26%) e em Coimbra (+18%). Este aumento deveu-se a uma melhoria considerável nas vendas a retalho, sendo que em 2004 as vendas a retalho tiveram um peso de 44% nas vendas totais. Esta performance é ainda mais significativa se atendermos a que as vendas de viaturas ligeiras da Opel em Portugal cresceram apenas 7,4%. Consequentemente o peso do Grupo Auto-Industrial nas vendas da Opel Portugal cresceu de 14% para 16%. A operação Ford do Grupo, a C.A.M. S.A., teve também um desempenho positivo em 2004, com a venda de 1.643 viaturas novas contra as 1.552 vendidas em 2003, ou seja, um acréscimo de 6%. Apesar de ter crescido mais que o mercado total, esse crescimento ficou abaixo do crescimento de 21% nas vendas do importador, a Ford Lusitana. Analisando individualmente as operações da C.A.M., verificamos que a operação do Porto/Leça teve em 2004 um aumento de 4,5% nas vendas e a operação de Lisboa/Cascais um aumento de 7,4%. Em 2004 o peso das vendas da C.A.M. nas vendas da Ford baixou de 11,2% para 9,8%. Fruto do investimento que o Grupo têm efectuado na aquisição de concessões Mercedes-Benz, esta marca têm vindo a ganhar importância, sendo presentemente a terceira marca do Grupo em termos de unidades vendidas. Após a aquisição em meados de 2002 da Mercentro S.A., concessionário em Aveiro, o Grupo adquiriu a Sodicentro Lda no inicio deste ano. Através desta empresa, o Grupo possui uma nova concessão Mercedes-Benz em Coimbra e outra em Leiria. De referir que estas novas concessões também contemplam

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a marca Smart, marca que até então não estava representada no Grupo. Em termos de vendas de unidades Mercedes-Benz, a Mercentro e a Sodicentro venderam, em 2004, 1.157 unidades. Geográficamente a repartição de vendas dos concessionários foi feita do seguinte modo: 41% em Leiria, 31% em Coimbra e 28% em Aveiro. Como seria de esperar o peso das vendas dos concessionários Mercedes-Benz do Grupo nas vendas totais da Mercedes em Portugal passou de 2,8% para 8,1%. A operação Renault do Grupo, a Gilauto S.A., vendeu 1.038 viaturas, mais 24% que as 836 do ano anterior. Este desempenho comercial da Gilauto em Lisboa foi bastante positivo, tendo registado um crescimento das vendas muito acima do acréscimo de 1,4% das vendas da Renault em Portugal. O peso da Gilauto nas vendas da Renault aumentou de 2,1% para 2,6%.

A Garagem de Santa Cruz Lda, operação Citroën do Grupo em Coimbra, contrariou a tendência positiva geral e diminuiu as vendas em 8,3%, tendo vendido 467 unidades; de referir que em 2003 se tinham vendido 509 viaturas. As vendas globais da marca caíram apenas 1% pelo que a Garagem de Santa Cruz em 2004 diminui a sua quota nas vendas da Citroën de 2,2% para 2,0%. A União Eborense Lda, concessão Fiat, Lancia e Alfa Romeo em Évora, apresentou um desempenho comercial bastante positivo, 270 unidades vendidas em 2004 contra as 191 em 2003, um crescimento de 41%. De registar que as vendas da Fiat em Portugal baixaram 8%. Deste modo não surpreende que o peso desta concessão nas vendas da Fiat tenha aumentado de 1,3% para 2%. De referir que 79% das vendas foram feitas a retalho o que significa melhores margens comerciais para a empresa. A EUA Lda, concessão Chrysler e Jeep em Braga, vendeu 64 viaturas em 2004, menos 19 automóveis que no ano anterior. A redução nas vendas da EUA foi de 23%. A performance do importador, a Chrysler Portugal, teve sinal contrário já que as respectivas vendas a nível nacional cresceram 2%. A EUA reduziu o seu peso nas vendas do importador de 15% para 11,3%. Nota positiva para o facto de 76% das vendas da EUA terem sido feitas a Retalho. ACTIVIDADE DE RENT-A-CAR O Rent-a-Car do Grupo Auto-Industrial conheceu em 2004 um aumento da sua actividade, que se traduziu num volume de facturação de 2.426462 €, ou seja cerca de 2 % acima de 2004. Da actividade, destacamos os seguintes indicadores:

Descrição 2003 2004 Variação Contratos 10.142 12782 +26% Dias de Aluguer 96.033 123025 +28,1% Revenue per Day 24.76€ 22,49€ -9,2% Duração média Contrato 9.5 dias 12,8 dias +34,7% Receita média Contrato 234.5€ 216,44€ -7,7% Taxa de Ocupação 63% 70,4% +7,4%

Vendas de Automóveis no Grupo Auto-Industrial por Marca em 2004

Opel49%

Ford18%

Mercedes 13%

Renault11%

Outras9%

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Os resultados verificados em 2004 devem-se aos seguintes factores:

• recuperação dos contratos de aluguer de duração mais longa, ou mensais, para os níveis de 2002º que originou um aumento na taxa de utilização da frota para 70,4% e um aumento da duração média unitária para 12,8 dias, ou seja mais cerca de 35% em relação a 2003;

• aumento de 37 unidades nas vendas de viaturas usadas que ascenderam a 373 em 2004. No entanto as mais valias unitárias diminuíram cerca de 14%, afectando negativamente os resultados do Rent-a-Car, mas que foram compensados na nossa actividade de comercialização de viaturas usadas.

A frota total em 31/12/2004 ascendia a 505 viaturas, tendo a frota média ao longo do ano sido de 479 viaturas. Estes valores representam um aumento de 15% relativamente a 2003. A frota continua a ser constituída por viaturas de marcas representadas pelo Grupo Auto-Industrial permitindo o aproveitamento de sinergias a nível operacional e de exploração. O escoamento das viaturas que passam pela frota do Rent-a-Car, continua a ser assegurado pelas operações de retalho de viaturas usadas do Grupo PEÇAS E ACESSÓRIOS Em 2004 a facturação de peças e acessórios foi de 37,7 milhões de euros o que representa um crescimento de 31 % em relação a 2003. Este crescimento é fundamentalmente devido à inclusão das operações Mercedes e Smart, da Sodicentro, que foi adquirida em 2004 não estando incluído o valor correspondente na comparação homóloga. A pressão sobre os preços de venda manteve-se muito forte, o que representou para o Grupo, uma redução das margens unitárias pelo que poderemos concluir que o aumento de vendas em unidades foi superior ao verificado em facturação. No sector de material e equipamento agrícola, obteve-se um crescimento de 9,5% em relação a 2003, tendo atingido uma facturação de 2,6 milhões.

O rácio de rotação de existências manteve-se em 5,5 rotações por ano, o que representa um bom desempenho na gestão de existências do Grupo. Na Auto-Industrial, verificou-se uma redução de 2,2%, com as vendas a atingirem 10,6 milhões de euros. Tal facto resulta de uma maturação do mercado e do efeito de esmagamento de margens já referido. SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA Concluíu-se o trabalho de implementação dos sistemas de gestão da qualidade na Mercentro e nas duas operações da Sodicentro.

FACTURAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS NO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL (excluindo o Sector Agrícola)

milhares de euros

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004

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A celebração de acordos de parceria com os nossos maiores clientes, Gestoras de Frotas e Seguradoras, levou a que tenhamos conseguido atingir no grupo uma facturação de serviços de 10,2 milhões de euros o que representou um crescimento de 18,6 %. A evolução dos veículos, com intervalos de serviço de manutenção recomendados mais alargados e o seu aumento da fiabilidade, têm levado a uma diminuição significativa das necessidades de assistência e reparação, o que conduziria a uma diminuição da actividade oficinal, não fosse o sucesso dos acordos de parceria atrás referidos. A formação no pessoal dos serviços oficinais, continua a ser uma aposta muito forte do permitindo uma melhoria da qualidade e satisfação dos clientes, o que estamos certos, assegura o desenvolvimento deste sector de actividade.

IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS O rendimento da actividade agrícola teve um ligeiro crescimento de 0,6% em relação a 2003, que resulta do aumento da produção agrícola, +2,3% ter sido inferior ao crescimento dos consumos intermédios, + 4,3%, que resultou essencialmente dos aumentos dos combustíveis e lubrificantes, +7,5% e de 4,9% nos alimentos para animais. O mercado de tractores teve uma redução, em termos de matrículas de 19,3%, com reduções de 16,3% no segmento dos convencionais e de 23,4% no segmento dos compactos. O comportamento das marcas distribuídas pelo grupo não foi uniforme. A Kubota distribuída por Tractores Ibéricos, teve um comportamento excelente, alcançando 621 unidades ou seja um crescimento de 24% a que correspondeu uma quota de mercado de 8,6%. A Fendt acompanhou a evolução do mercado tendo descido 14%, para 84 unidades, a que correspondeu uma quota de mercado de 1,2% e a Claas/Renault, por ter entrado num ciclo de renovação da gama baixa, reduziu as vendas para 149 unidades ou seja uma quebra de 21% , superior à do mercado. No total o Grupo, atingiu no mercado de tractores, uma quota de 11,2%. O mercado total de Ceifeiras debulhadoras reduziu-se a 10 unidades, ou seja em 50%, resultante de uma paragem acentuada na renovação do parque e na comercialização de máquinas de rendimentos muito mais elevados. As vendas de ceifeiras Claas foram de 2 unidades o que representa a mais baixa quota de mercado, nos últimos anos e uma redução de 33% em relação a 2003. As vendas de Ensiladoras auto-motrizes atingiram em 2004 as 4 unidades, o que representa uma quebra de 40%, não tendo havido vendas de unidades Claas. Quanto ao sector de equipamentos agrícolas, em que o Grupo distribui em diferentes operações as prestigiadas marcas: Kuhn; Lemken; Kverneland; Amazone bem como a Stara-Sfil, o comportamento foi em geral positivo e melhor do que o estimado para o mercado em geral. Há que referir a nova representada , Wiedenmann, no sector de tratamento de espaços verdes, que a par com a Kubota - jardinagem profissional, é distribuída por Tractores Ibéricos, com a qual contamos para o desenvolvimento deste sector.

FACTURAÇÃO COM SERVIÇOS TÉCNICOS NO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL(excluindo o Sector Agrícola)

milhares de euros

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004

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Na Amazone, iniciámos a distribuição das máquinas para espaços verdes e estamos confiantes no seu potencial de desenvolvimento. IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MOTORES MARÍTIMOS E INDUSTRIAIS O ano de 2004, devido ao fraco desempenho da economia Portuguesa, foi difícil para a actividade da Motolusa. O desempenho desta empresa tem-se baseado de uma forma marcada, no sector de peças para motores Perkins que, pelo acima referido não teve o crescimento esperado. Assim em 2004, assumiu particular relevância o sector da Náutica- barcos e motores. No mercado de motores diesel industriais conseguimos um aumento significativo, 29%, devido a uma política comercial agressiva e eficaz, que foi conduzida sem descurar a necessária segurança na gestão do crédito. Apesar da continuação de acções comerciais fortes, no sector de motores marítimos comerciais não conseguimos contrariar a falta de investimento do sector, devida aos problemas das políticas de subvenção das pescas, pelo que as vendas caíram cerca de 60%, para 7 unidades. No sector da Náutica de recreio, continuámos os esforços de desenvolvimento que se traduziram em avanços consideráveis. Nos motores, aumentámos as vendas em cerca de 110%, nos barcos – Pioner; Quicksilver; Valiant, o crescimento foi de 33%. Iniciámos a distribuição dos barcos Valiant na zona da grande Lisboa com grande sucesso. A Loja em Belém consolidou a sua implantação e iniciou a distribuição de outros produtos e equipamentos do sector náutico.

ACTIVIDADE DE CRÉDITO

No ano de 2004 as empresas participadas pela Tecnicrédito SGPS tiveram níveis de desempenho muito favoráveis apresentando taxas de crescimento superiores às das economias onde estão integradas. A Tecnicrédito SGPS apresentou em 2004 resultados consolidados na ordem dos 33,6 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 84% em relação aos 18.3 milhões de euros alcançados no ano anterior. Em termos consolidados o Banco Mais, em Portugal, contribuiu naturalmente com a maior fatia, sendo responsável por 85,5% deste resultado. Saliente-se também o excelente contributo da Tecnicrédito Hungria e da Sucursal do Banco Mais em Espanha, contribuindo com cerca de 8,5% e 1%, respectivamente, para os resultados líquidos do grupo. No seu conjunto, as empresas do grupo receberam 81.801 solicitações de financiamento, das quais 44.895 se concretizaram em novos contratos, a que correspondeu um crédito concedido superior a 320 milhões de euros. Face ao ano de 2003, o número global de contratos e o crédito concedido apresentaram um crescimento de 15,8% e 21,9%, respectivamente, muito acima do crescimento no crédito ao consumo registado a nível nacional que segundo informação do Banco de Portugal se situou nos 4,5%. No que se refere à actividade desenvolvida no estrangeiro o grupo continuou a crescer sustentadamente, concedendo mais de 67,5 milhões de euros de crédito face aos 35,9 milhões em 2003. Em Espanha, a Sucursal do Banco Mais celebrou 3.203 novos contratos, um crescimento de 115% face a 2003. Na Hungria, a Tecnicrédito apresentou o melhor desempenho comercial desde que iniciou ali a actividade tendo sido celebrados 9.953 novos contratos de crédito que corresponderam a um volume total de crédito concedido na ordem dos 41 milhões de euros, um crescimento face a 2003 de 33,5% e de 63%, respectivamente. O ano de 2004 terminou com a Tecnicrédito a gerir uma carteira de crédito de 714,7 milhões de euros, incluindo a carteira titularizada. Ao nível da gestão e acompanhamento do risco manteve-se uma cuidada política de aceitação de crédito traduzida no facto de o nível de concretização se ter situado nos 56% e de o nível de recusas directas se ter situado nos 28%, sendo que cerca de 16% das propostas não se concretizaram por impossibilidade ou desinteresse do cliente em apresentar garantias adicionais. Ainda no decorrer de 2004 foi introduzida como nova ferramenta, na análise de crédito, a consulta da base de dados do Banco de Portugal, que permite identificar a totalidade de responsabilidades no sistema bancário em geral. Este novo instrumento para além do seu elevado nível de utilização tornou-se determinante na análise da concessão de financiamento. Para 2005, a nível internacional, a Tecnicrédito prepara a entrada do Banco Mais em novos mercados e o alargamento da rede de delegações regionais de Espanha e Hungria. A nível nacional, no que se refere ao crédito automóvel, o Banco Mais irá manter a estratégia de uma forte presença no mercado onde tradicionalmente opera.

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Na área do crédito ao consumo a aposta será na diversificação dos produtos oferecidos e na exploração da oferta de produtos a novos perfis de clientes e novas bases de dados. O reforço do cross-selling continuará a ser uma forte aposta. Por fim projecta-se para 2005 o aumento de capital social do Banco Mais dos actuais 43 milhões de euros para os 100 milhões de euros. SITUAÇÃO FINANCEIRA VOLUME DE NEGÓCIOS O volume total dos negócios do Grupo ultrapassaram os 382,6 milhões €, valor superior ao de 2003 em cerca de 21,3%. A Sodicentro teve uma contribuição de 41,9 milhões € para esta variação.

O Lucro Bruto, depois da variação da produção, aumentou 15,5 milhões €, mais 16% do que no ano anterior, consequência de uma ligeira quebra na margem que passou de 30,6% para 29,3%. Esta quebra resulta de um maior peso das vendas de Viaturas Novas no total do volume de negócios, que, como é sabido, têm a margem mais reduzida de todas as áreas que contribuem para esse mesmo volume de negócios do Grupo. Na verdade o peso das vendas das viaturas novas no total das vendas, excluídos os proveitos da actividade financeira, passou de 51% para 55%, aumentando 45 milhões €, tendo a Sodicentro contribuído com 26,5 milhões € . Foi o peso das vendas de Viaturas Usadas que, por contrapartida, diminuiu passando de 19 para 16% do total, embora registando um aumento, em valores absolutos, de 5 milhões €, sendo de 2,4 milhões a contribuição da Sodicentro. Salientamos ainda o aumento da venda de Peças (incluindo as peças do sector agrícola) de 8,9 milhões €, aumento esse que foi todo da responsabilidade da inclusão da Sodicentro na consolidação, e das Oficinas, com aumento de 2,5 milhões € na facturação, dos quais 2,2 milhões € da Sodicentro. Nestas duas secções o peso de cada uma no total das vendas manteve-se idêntico ao do ano anterior, 13 e 4% respectivamente.

FACTURAÇÃO DO GRUPO E DA AUTO-INDUSTRIALmilhares de euros

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004

Facturação AI

Facturação Grupo AI

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O volume total de vendas da Auto-Industrial rondou os 106 milhões €, quando no exercício anterior tinha sido de 97,6 milhões. Foi um crescimento de 8,5% mas é um valor ainda distante dos alcançados em 2001 ou 2002. Também nas contas simples se constata uma muito ligeira quebra na margem bruta que passa de 14,2 % para 14%. Esta pequena variação é também justificada pelo aumento do peso das Viaturas Novas no total das vendas, que passa de 53% para 55% desse total. Foi um aumento expressivo de 6,3 milhões €, principalmente devido à boa aceitação do novo Opel Astra, e que só não foi mais expressivo por o carro se ter mantido em short suplly desde o seu lançamento até ao final do ano, e da carrinha só ter iniciado a comercialização no último trimestre de 2004. De salientar ainda o aumento da facturação de usados em mais de 2 milhões €. Nas outras áreas de negócio os valores de facturação não tiveram variações dignas de registo. O total do Lucro Bruto foi de 14,7 milhões €, mais cerca de 1 milhões do que em 2003. Note-se que este total não cobre a totalidade dos custos operacionais, que atingiram os 15,5 milhões €. Cada vez mais as empresas que se dedicam à distribuição automóvel têm os seus resultados dependentes dos Proveitos Suplementares, que incluem os bónus atribuídos pelas marcas que representam, bónus esses dependentes do atingimento de objectivos que são arbitrariamente fixados pelas próprias marcas. DESPESAS OPERACIONAIS As Despesas Operacionais do Grupo Auto-Industrial, excluindo as Despesas com Pessoal e as Amortizações e Provisões com análise autónoma a seguir, aumentaram em relação ao exercício anterior 4,1 milhões €, muito por força do aumento dos Fornecimentos e Serviços Externos. Para esta variação contribuiu a Sodicentro com 1,85 milhões € e o sector financeiro do grupo com um aumento de 2 milhões €. Nas contas simples da Auto-Industrial as despesas operacionais, excluindo as Despesas com Pessoal e as Amortizações e Provisões, aumentaram e foram ainda os Fornecimentos e Serviços Externos, que subiram 340 mil euros, muito por força do investimento nas acções de lançamento do novo Astra, que justificaram aquela variação. De realçar que o total destas despesas ficou abaixo dos valores registados em 2001 e 2002.

AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES As contas consolidadas mostram que no exercício em análise foram efectuadas amortizações e criadas provisões no montante de 15 milhões €, valor muito inferior aos 25,5 milhões € do exercício anterior. As Amortizações não tiveram variação significativa, tendo aumentado 333 mil euros em relação a 2003. O aumento de amortizações, mais 5,5% que em 2003, está directamente relacionado com o aumento do Imobilizado Incorpóreo e principalmente Corpóreo, conforme está expresso na nota nº 27 do anexo ao Balanço Consolidado, já que continuou o Grupo a utilizar as taxas máximas admitidas pela Lei Fiscal para serem aceites como custos. Permitimo-nos realçar que nas rubricas Terrenos e Edifícios e Outras Construções o aumento é resultante da compra, já atrás referida, dos terrenos e edifícios em Leiria, onde a Sodicentro opera.

FACTURAÇÃO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL POR ÁREAS DE NEGÓCIO EM 2004 (excluindo a Actividade de Crédito; Sector Agrícola inclui respectivas peças e serviços)

Autom.Novos55,4%

Autom.Usados16,4%

Peças Auto11,9%

Serviços Auto3,8%

Sector Agricola7,0%

Rent-a-Car0,6% Outros

4,9%

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A grande variação verifica-se ao nível do reforço das Provisões, com uma diminuição de 10,7 milhões € em relação ao constituído no ano anterior. Esta diminuição tem a sua justificação nas sociedades que consolidam na Tecnicrédito SGPS, pois nas outras sociedades houve um aumento de cerca de 40 mil euros na dotação para provisões. Ao nível das provisões para riscos de crédito quer o Banco Mais quer a Tecnicrédito Hungria tiveram desempenhos bastante positivos traduzidos numa redução da necessidade de provisões no caso do Banco Mais em cerca de 4,3 M € e no caso da Tecnicrédito Hungria em cerca de 200 mil . Analisando a situação do Banco Mais, onde a redução é mais significativa, destaca-se por um lado o facto da qualidade das carteiras de 2002, 2003 e nalguma medida também a de 2004 apresentarem níveis de risco claramente inferiores - em cerca de um terço - aos das carteiras originadas em 2000 e 2001 o que, tendo em conta que por natureza são os portfólios mais recentes aqueles que têm mais repercussões nas provisões do exercício, provocou um acentuado decréscimo da necessidade de provisões para os créditos em Balanço e para os créditos cedidos em programas de titularização de crédito em, respectivamente, 1,7 e 2,3 M €. Adicionalmente, é ainda responsável por esta redução da dotação para provisões face ao valor homologo o facto de nas operações de titularização quando os créditos atingem um determinado nível de incumprimento, estes são objecto de um provisionamento integral, isto é, são objecto de “write off”, ao nível do SPV (special purpose vehicle) que está fora do perímetro de consolidação do Grupo e não é por ele controlado, provocando desse modo uma diminuição directa nos rendimentos obtidos com os títulos de maior grau de subordinação, ou também designados de “first loss position” ou “Residual Certificates”. Apesar de em termos líquidos o efeito ser completamente neutro, em termos de uma análise rubrica a rubrica da Demonstração de Resultados tal metodologia incorpora por um lado uma diminuição dos Juros e proveitos equiparados (quer ao nível dos proveitos quer dos custos) e por outro uma não constituição de provisões. Com o incremento das operações de securitização este efeito tende mesmo a ampliar-se. No que respeita à rubrica outras provisões, na sequência da carta circular nº 96/03/DSBDR do Banco de Portugal, o Banco Mais passou a provisionar os “Residual Certificates” de acordo com as regras definidas pela instrução 27/2000, ou seja constituindo como provisões para a cobertura das perdas latentes daqueles títulos, as que resultariam necessárias caso os activos tivessem permanecido em Balanço. Considerando que o Banco Mais usou até 2003 um critério de provisionamento mais acelerado, tal alteração implicou numa redução das outras provisões face ao ano anterior num montante aproximado de 6,5 milhões €. Não obstante esta forte poupança ao nível das provisões, considerando a totalidade das provisões face ao total do crédito em mora, o rácio de cobertura no final do ano era de 170%, comparável com os 148% do ano anterior. Excluindo as provisões para créditos titularizados o rácio de cobertura seria de 121% superior em 3 p.p. face aos 118% do ano anterior. Este forte nível de provisionamento decorre não só das orientações do Banco de Portugal como também da política de provisionamento do grupo. As provisões para crédito vencido situaram-se nos 10 milhões €, revelando um rácio de cobertura de provisões específicas sobre o total de crédito em mora de 91% ligeiramente inferior ao do ano precedente. O crédito em mora, líquido de provisões para crédito em mora, situou-se nos 0,47% do total da carteira de crédito. No final do exercício, nas contas consolidadas, as Provisões Acumuladas são de 15,3 milhões € e parecem-nos adequadas aos riscos de crédito estimados por critérios económicos. Nas contas simples da Auto-Industrial as amortizações do exercício foram de 1,98 milhões €, contra 1,76 milhões € em 2003 para o outro cresceram de um exercício para o outro 12%, atingindo no final do exercício o valor acumulado de 12,7 milhões €. Foram, como sempre, calculadas utilizando as taxas máximas permitidas pelo Fisco. As provisões foram no exercício em análise reforçadas em 183 mil euros, menos 14% que em 2003, atingindo no final do exercício o valor acumulado de 2,7 milhões €. Foram também calculadas utilizando critérios aceites pelas leis fiscais, e parecem-nos adequadas, à luz de critérios económicos, à cobertura de eventuais riscos futuros. PESSOAL Os custos com pessoal ascenderam no Grupo Auto-Industrial a 25.556.643 € um aumento de 19% relativamente aos 21.423.465 € do ano anterior. O número total de empregados no final de 2004 era de 1.280, um aumento de 172 pessoas em relação a 2003. Este aumento nos custos e no número de funcionários deve-se essencialmente à aquisição da Sodicentro Lda. Durante o ano de 2004 o nº médio de empregados foi de 1.280, um valor acima dos 1.112 registados no ano anterior. O número total de empregados no Grupo reparte-se do seguinte modo: 28% pertencem à Auto-Industrial S.A., 23% à sub-holding Tecnicrédito, 12% à C.A.M. S.A., 12% à Sodicentro Lda. e os restantes 25% repartem-se pelas outras empresas do Grupo. De referir que na sub-holding Tecnicrédito, 28% dos funcionários trabalham fora

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de Portugal, 64 funcionários na Hungria e 19 em Espanha. Continuando a caracterização do Grupo em termos de recursos humanos, é interessante referir que em termos de actividade (não considerando o universo da Tenicrédito), 48% dos funcionários estão ligados às oficinas/assistência técnica, 24% trabalham na área comercial, 14% na área de peças e os restantes 14% estão ligados a funções administrativas. Considerando apenas a Auto-Industrial S.A., os custos com pessoal foram de 7.735.311 € um aumento de 3,3% face aos 7.490.450 € registados em 2003. O número de colaboradores no final do ano foi de 364, exactamente o mesmo número que no ano anterior. O número médio de empregados ao longo de 2004 foi 367, recorde-se que no ano anterior esse valor tinha praticamente idêntico, 368. Caracterizando sumariamente a estrutura de recursos humanos da Auto-Industrial, em termos de funções, 43% estão ligados à área de assistência técnica, 23% às vendas, 20% à área administrativa e 14% às peças. Quanto a níveis de escolaridade, 63% possui a escolaridade básica/obrigatória, 24% o ensino secundário e 13% o ensino superior. Continua a haver uma predominância dos funcionários de sexo masculino, 81% do total. Em termos de idade, a idade média dos empregados da Auto-Industrial é 41 anos, sendo a antiguidade média na empresa 12 anos. CUSTOS FINANCEIROS A função financeira consolidada do Grupo AI reflecte os encargos e proveitos financeiros relativos às actividades comerciais e de prestação de serviços não financeiros, os proveitos e encargos financeiros da actividade de crédito e ainda receitas provenientes de investimentos financeiros diversos que o Grupo detém. Em termos consolidados, os custos financeiros, excluindo os gerados pela actividade de crédito, passaram de € 8.000.959, em 2003, para 9.003.061 em 2004, enquanto que as receitas financeiras, incluindo rendimentos de titulos negociáveis e outras aplicações financeiras, ascenderam a € 4.295.687, contra € 2.481.055 em 2003. Em consequência o resultado financeiro não operacional do grupo ( que exclui o resultado financeiro directamente ligado à actividade de crédito) foi de € -4.707.375, reduzindo a sua expressão negativa, em 14,7 %, dos -€ 5.519.903 registados em 2003. Em termos consolidados a dívida financeira do Grupo ascendeu a € 212.952.313, contra os € 199.534.285 atingidos em 2003. Os ciclos de redução e crescimento da dívida ao nível do consolidado do grupo têm fundamentalmente a ver com as operações de securitização de activos do Banco Mais e com os ritmos da reposição da carteira devido ao aumento da actividade e à expansão dos negócios, quer em Portugal quer no estrangeiro, e à sua relação com as vendas de activos no quadro das operações de securitização. No final de 2004 o montante global de dívida associado à utilização dos programas de titularização de activos (securitização) ascendia a € 442.115.579, contra € 397.357.663, em 2003. O saldo financeiro apresentado pela Auto-Industrial (contas simples), em 2004, foi positivo no montante de € 1.775.307, contra € 1.195.210 igualmente positivos, apresentados em 2003. Os encargos financeiros passaram de € 2.435.539 para € 2.816.776 ( + 15,6%). Pelo lado das receitas estas subiram com significado, passando de € 3.630.750 para € 4.592.083 ( 26,5%), sendo de registar os aumentos de dividendos recebidos, e dos rendimentos de outros titulos negociáveis e outras aplicações financeiras. A taxa média dos fundos utilizados terá descido cerca de 0,74% de 2002 para 2003 e em 0,5% de 2003 para 2004. A Auto-Industrial manteve a orientação no sentido de cobrir o risco de variação das taxas de juro mediante o recurso a instrumentos financeiros derivados. No final do ano de 2003 € 30.492.787 tinham a taxa fixada mediante os adequados instrumentos contratuais, cobrindo um período até Agosto de 2006, sendo que no final de 2004 a cobertura da taxa de juro abrangia o capital de € 32.500.000 extensível até Abril de 2007 na tranche mais longa. É intenção da empresa manter a mesma política. Os saldos de clientes, líquidos de provisões para cobranças duvidosas, passaram de € 10.564.000 em 2003 para € 10.380.623 em 2004 o que constituiu uma evolução positiva dado que a facturação da empresa registou uma subida de 8,3%. Em contrapartida as existências de mercadorias tiveram uma evolução mais desfavoravel do ponto de vista financeiro. Os stocks subiram de € 9.691.453 em 2003 para € 11.239.776 em 2004, o que constituiu um aumento de 16% mas ainda assim situaram-se abaixo dos € 13.040.000 em 2002. As existências aumentaram de novo consideravelmente na Divisão Agricola ( de € 2.000.000 em 2002, para € 2.800.000 em 2003 e 3.840.000 em 2004), sendo que em 2003 tal se deveu à tomada da importação dos tractores Renault, e também em algumas operações Opel, como Coimbra, Leiria e Lisboa. Em contrapartida na AI Malveira (Auto-usados) as existências no final do ano baixaram de € 2.095.000 para € 818.471.

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Considerando a totalidade do grupo, com exclusão do sector financeiro, as existências aumentaram de € 31.500.000 em finais de 2003 para € 41.800.000 em finais de 2004 o que se explica em parte pela inclusão da Sodicentro no perímetro de consolidação ( + € 6.262.000). A dívida financeira da Auto-Industrial (contas simples) que atingia os € 34.838.194 no final de 2003, teve expressivo crescimento para € 45.795.901 em 2004. Foram os seguintes factores principais que estiveram na origem deste aumento: aquisição a Tractores Ibéricos de acções da Tecnicrédito SGPS por € 5.063.466; aquisição de parte do capital da Sodicentro por € 2.641.000; prestações suplementares na Mercentro de € 4.870.000; aquisição de terrenos e edifícios associadas à Sodicentro por € 4.000.000. RESULTADOS A conta de Demonstração de Resultados consolidados da Auto-Industrial apresenta de novo, neste exercício, uma melhoria muito expressiva devida substancialmente ao excelente desempenho do Banco Mais e das sociedades que consolidam na Tecnicrédito SGPS. Os resultados consolidados do Grupo, antes de impostos, atingiram os 41,4 milhões de € quase o dobro do registado no ano precedente e mais do triplo do alcançado em 2000. Apraz-nos salientar que o aumento de 19.5 milhões de € em relação a 2004 foi uma consequência quase directa do aumento dos resultados operacionais que passaram de 25 para 43,5 milhões de €. Os resultados consolidados da Tecnicrédito SGPS, após impostos, cresceram cerca de 84 %, para € 33.640.866, sendo também de destacar o aumento dos resultados consolidados do Banco Mais em 53% para € 20.557.004. A Tecnicrédito Hungria foi responsável por cerca de 8,5 % do resultado global e é também de destacar a expressividade dos resultados após impostos alcançados pela Margem, Mediadora de Seguros que crescem 49 %, para € 2.174.922. Nas restantes sociedades do grupo e que se situam fora do perímetro de consolidação da Tecnicrédito SGPS deveremos destacar os aumentos de resultados antes de impostos na Gilauto, na A.I. Porto e nos Tractores Ibéricos, com taxas de variação superiores a 50%, para além da Auto-Industrial, SA com destaque autónomo a seguir. Tendo o Imposto estimado sobre o Rendimento do Exercício aumentado de 2003 para 2004 de 3,7 milhões de € para 6,5 milhões, o resultado liquido de impostos e de interesses minoritários do Grupo Auto-Industrial foi de 19,1 milhões de €, mais quase 10 milhões que o do ano anterior. Após as provisões para impostos que ascenderam a € 6.535.846 (contra € 3.744.112, em 2003) o Resultado Líquido consolidado do grupo AI foi de € 34.833.931 que compara com € 18.090.104 em 2003. Os Resultados consolidados líquidos de impostos e interesses minoritários foram de € 19.184.165, cerca do dobro dos € 9.566.511 atingidos no ano anterior.

Quanto às contas simples da Auto-Industrial estas reflectiram uma melhoria da actividade de retalho de automóveis novos e usados e serviços correlativos, com predomínio das representações da Opel. As vendas de mercadorias e serviços registaram um aumento de cerca de 8,3% e a margem bruta um aumento de cerca de

RESULTADOS LIQUIDOS DO GRUPO E DA AUTO-INDUSTRIALmilhares de euros

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004

Result.Liq. AI

Result.Liq. Grupo AI

RL antes impostos AI

RL antes imp. Grupo AI

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Relatório e Contas Consolidadas 2004

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6,6%. Os custos com remunerações e demais despesas associadas tiveram um aumento contido de cerca de 3,2%, havendo que registar uma vez mais a expressividade das amortizações do exercício que crescem cerca de 12,4%, para € 1.982.055 quando em 2003 já tinham apresentado um aumento de 9,5%. É um valor muito pesado na actual estrutura de custos da Auto-Industrial que reflecte elevados investimentos em instalações e equipamentos efectuados nos anos recentes e sobrecapacidade para os actuais níveis de actividade. Se esta situação deteriora a conta de resultados tem a vantagem de posicionar bem a AI para uma futura situação de retoma do mercado automóvel e também para a liberalização que se tenderá a gerar no quadro do actual regulamento comunitário em especial após o fim da “location clause”. É também de assinalar a evolução da rubrica de impostos indirectos, dominada pelo imposto de selo, que tendo triplicado de € 89.640, para € 241.981 em 2003, em consequência das novas regras de incidência deste imposto sobre as operações financeiras cujo período transitório de aplicação cessou em 31 de Dezembro de 2002, foram em 2004 ajustadas para baixo reduzindo em 19% para € 195.002. Em consequência dos factores descritos os resultados operacionais da AI conheceram uma sensível melhoria de € 986.476 para € 1.646.929 (ainda assim inferiores aos € 2.211.287 obtidos em 2002). Este aumento de 660 mil € foi consequência da (i) diferença entre o aumento do lucro bruto, resultante do aumento de vendas, e o aumento dos custos operacionais atrás justificados e (ii) dos aumentos dos proveitos suplementares, também já atrás referidos. Os resultados financeiros que tinham ascendido a € 1.195.210, em 2003, subiram cerca de 48% em 2004 para € 1.775.307 . Tal fica a dever-se predominantemente à aquisição feita pela Auto-Industrial a Tractores Ibéricos da participação por esta detida na Tecnicrédito SGPS e consequentemente ao recebimento da totalidade dos dividendos da Tecnicrédito na Auto-Industrial, quando no exercício anterior 50% desse montante estava nas contas dos Tractores. Os resultados antes de impostos aumentaram cerca de 53% para € 3.546.738 e após impostos para € 2.850.535, aqui devido à utilização das regras contabilisticas relativas à aplicação dos princípios da tributação pelo lucro consolidado. MENÇÕES FINAIS A fim de satisfazer ao disposto no artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, consigna-se não terem ocorrido factos relevantes desde 1 de Janeiro de 2005 até à data em que este relatório é redigido. Para os trabalhadores e colaboradores das sociedades do Grupo um agradecimento pelo empenho e dedicação demonstrados. Ao Conselho Fiscal manifesta-se o reconhecimento do Conselho de Administração pela forma competente, interessada e colaborante com que tem seguido os negócios sociais. Coimbra, 23 de Fevereiro de 2005 O Conselho de Administração Tomaz Andrade Rocha (Presidente) Mário Rui Veiga Figueiredo Costa Manuel Cardoso Pinto Marta Mário Leite Santos Francisco José da Cunha Lucas

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL 2004

2004 2003CUSTOS E PERDAS Custos das mercadorias vendidas 239.540.891 186.003.290 Custos (Juros) suportados na actividade financeira 31.094.044 33.102.981 Custos das matérias consumidas

270.634.935 219.106.271Fornecimentos e serviços externos 31.282.168 26.949.707Custos com pessoal Remunerações 20.499.888 17.271.741 Encargos sociais Pensões 89.951 93.761 Outros 4.966.805 4.057.963

25.556.643 21.423.465Amortizações do imobilizado 6.358.201 6.024.732Provisões 8.819.052 19.550.812

15.177.253 25.575.544Impostos 1.081.952 1.378.866Outros custos operacionais 1.030.875 897.501

2.112.827 2.276.367(A) 344.763.826 295.331.353

Perdas relativas a empresas associadasAmortizações e provisões investim.financeirosJuros e custos similares Relativos a empresas associadas Outros 9.003.061 8.000.959

9.003.061 8.000.959(C) 353.766.887 303.332.312

Custos e perdas extraordinários 982.235 759.612(E) 354.749.122 304.091.924

Impostos sobre rendimento do exercício 6.535.846 3.744.112Impostos diferidos s/rendimento

(G) 361.284.968 307.836.036Interesses Minoritários 15.649.766 8.523.593Resultado liquido do exercício 19.184.165 9.566.511TOTAL 396.118.899 325.926.140

PROVEITOS E GANHOSVendas Mercadorias 261.334.763 202.785.367 Proveitos (Juros) obtidos na actividade financeira 96.709.854 93.440.506Prestação de serviços 24.614.195 19.400.062

382.658.812 315.625.935Variação de produção -6.754 -2.089Trabalhos para a própria empresaProveitos suplementares 5.166.557 4.249.362Subsídios à exploração 114.170 162.204Outros proveitos e ganhos operacionais 380.977 368.250

5.654.949 4.777.727(B) 388.313.761 320.403.662

Ganhos de participações de capital Relativos a empresas associadas 16.660 24.500 Relativos a outras empresasRendim de titulos neg.e outras apl. financ. Grupo Outros 24.890 76.546Outros juros e proveitos similares Relativos a empresas associadas 467.882 400.602 Outros 3.786.255 1.979.407

4.295.687 2.481.055(D) 392.609.448 322.884.717

Proveitos e ganhos extraordinários 3.509.451 3.041.423(F) 396.118.899 325.926.140

RESUMO 2004 2003Resultados operacionais:(B)-(A)= 43.549.935 25.072.308Resultados financeiros:(D-B)-(C-A)= -4.707.375 -5.519.903Resultados Correntes:(D-C)= 38.842.560 19.552.405Resultados antes de impostos:(F)-(E)= 41.369.777 21.834.216Res. consoli. c/ int. minor. do exer:(F)-(G)= 34.833.931 18.090.104

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BALANÇO CONSOLIDADO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL 2004

ACTIVO Activo Bruto Amort+Prov.Acum. Activo Liquido 2003IMOBILIZADOIMOBILIZAÇÕES INCORPOREASDespesas de instalação 1.213.936 953.018 260.918 120.643Despesas de investig. e desenv. 219.921 201.976 17.945 42.255Propriedade industrial e outros dir. 125.907 82.753 43.154 70.354Trespasses 776.604 776.604 559.627Outras imobilizações incorpóreas 2.718.985 2.253.353 465.632 443.227Imobilizações incorpóreas em curso 16.326 16.326

5.071.679 3.491.100 1.580.579 1.236.105IMOBILIZAÇÕES CORPÓREASTerrenos e recursos naturais 10.751.758 10.751.758 9.273.759Edificios e outras construções 28.851.336 10.144.799 18.706.537 14.791.585Equipamento básico 12.469.665 7.108.727 5.360.938 4.712.996Equipamento de transporte 8.831.942 2.522.226 6.309.715 4.519.407Ferramentas e utensílios 2.367.913 1.959.091 408.822 404.292Equipamento administrativo 13.358.021 11.755.102 1.602.918 1.941.152Taras e vasilhameOutras imobilizações corpóreas 1.068.646 913.404 155.242 170.877Imobilizações em curso 3.487.555 3.487.555 2.371.704Outras imobilizações corpóreas em curso

81.186.835 34.403.350 46.783.485 38.185.771INVESTIMENTOS FINANCEIROSPartes capital empresas grupo 30.397 30.397 30.397Emprestimos empresas grupo 7.450Partes capital empresas associad. 104.206 104.206 115.505Emprestimos empresas associad.Titulos e outras aplicaç. financeiras 55.310.642 29.616.116 25.694.526 12.851.921Outros empréstimos concedidos 880 880 649.510Imobilizações em cursoAdiant. conta investimentos financ.

55.446.126 29.616.116 25.830.010 13.654.783CIRCULANTEEXISTÊNCIASMatérias primas,subsd.e consumo 1.951 1.951 1.139Produtos e trabalhos em curso 290.025 290.025 14.481Subprodutos,desperd.,resid.,refug.Produtos acabados e intermédios 29.138 29.138 30.812Mercadorias 41.520.707 14.964 41.505.743 31.433.079Adiantamentos conta de compras

41.841.820 14.964 41.826.856 31.479.512DIVIDAS TERCEIROS M/L PRAZOClientes c/c (Actividade Financeira) 120.434.139 120.434.139 153.067.589Clientes Titulos a Receber (Actividade Comercial)Empresas AssociadasOutros accionistasFornecedoresEstado e outros entes públicosOutros devedores

120.434.139 120.434.139 153.067.589DIVIDAS TERCEIROS C. PRAZOClientes c/c Actividade Comercial 22.545.884 22.545.884 18.561.064 Actividade Financeira 95.761.247 95.761.247 52.027.105Clientes titulos a receber (Actividade Comercial)1.564.014 1.564.014 1.282.678Clientes de cobrança duvidosa Actividade Comercial 5.501.259 5.143.886 357.373 260.419 Actividade Financeira 10.343.971 10.209.856 134.115 64.297Empresas associadas 5.435.735 5.435.735 5.631.259Empr.assoc.,participadas,participanAdiantamentos a fornecedores 72.926 72.926 88.897Adiant.fornecedores imobilizadoEstado e outros entes públicos 3.581.407 3.581.407 4.267.028Outros devedores 7.299.382 7.299.382 4.100.869Subscritores de capital 15.769 15.769

152.121.593 15.353.742 136.767.851 86.283.617TITULOS NEGOCIÁVEISAcções empresas grupoObrigações titulos partic.emp.grupoAcções empresas associadasObrig.titulos partic. emp.associadasOutros títulos negociáveis 55.335 55.335Outras aplicações de tesouraria

55.335 55.335

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BALANÇO CONSOLIDADO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL 2004

ACTIVO Activo Bruto Amort+Prov.Acum. Activo Liquido 2003DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXADepósitos bancários 37.096.873 37.096.873 24.719.100Caixa 116.511 116.511 73.987

37.213.384 37.213.384 24.793.088ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de proveitos 8.804.845 8.804.845 10.613.863Custos diferidos 10.427.221 10.427.221 5.155.659

19.232.066 19.232.066 15.769.522Total de amortizações 37.894.450

Total de provisões 44.984.822Total do activo 512.602.976 82.879.271 429.723.705 364.469.987

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BALANÇO CONSOLIDADO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL 2004

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 2004 2003

CAPITAL PRÓPRIOCapital 12.500.000 12.500.000Acções próprias-Valor nominal -33.885 -33.885Acções próprias-Descontos prémios 18.088 18.088Prestações suplementaresPrémios de emissão Diferenças de consolidação 24.513.547 17.558.257Ajustamentos de partes de capital 451.288 451.288Reservas de reavaliação 1.694.904 1.694.904Reserva legal 748.805 658.805Reservas estatutáriasReservas contratuaisOutras reservas 6.365.840 6.444.152Resultados transitados

Subtotal 46.258.588 39.291.610Resultado liquido do exercicio 19.184.165 9.566.511Dividendos antecipados

Total do capital próprio 65.442.754 48.858.121INTERESSES MINORITÁRIOSCapital 36.820.304 28.826.932Resultado 15.649.766 8.523.593

52.470.070 37.350.525

PASSIVOProvisões para pensõesProvisões para impostosOutras provisões para riscos encarg. 12.991.101 10.607.979

12.991.101 10.607.979DIVIDAS A TERCEIROS M/L PRAZOEmprestimos por obrigações 19.249.900 50.500.000Dividas a instituições de crédito 48.190.117 46.343.180Fornecedores imobilizado c/c 7.765.134 5.231.166

75.205.151 102.074.346DIVIDAS A TERC. CURTO PRAZOEmprestimos por obrigações 22.500.000 15.000.000Empréstimos por titulos de participaç. 5.000.000 4.987.979Dividas a instituições de crédito 110.472.424 77.471.960 45.200.694,21Adiantamentos por conta de vendasFornecedores c/c 30.310.027 25.050.909Fornecedores-fact. recep. conferencia 1.218.301 1.824.225Fornecedores-titulos a pagarFornec. imobilizado-titulos a pagarEmpresas assoc. partic.participantesOutros accionistasAdiantamentos de clientes 620.384 691.141Outros emprestimos obtidosFornecedores imobilizado c/c 3.160.523 2.713.929Estado e outros entes públicos 6.504.685 5.323.341Outros credores 27.134.874 21.156.406

206.921.218 154.219.890ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de custos 11.986.049 11.177.116Proveitos diferidos 4.707.362 182.009

16.693.412 11.359.125Total do passivo 311.810.881 278.261.340

Total do capital próprio, inter.minoritarios e do passivo429.723.705 364.469.987

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2004 2003

Vendas e Prestações de Serviços 382.658.811 315.625.935Vendas e Prestações de Serviços ( actividade financeira )

Custos das Vendas e Prestações de Serviços 279.407.591 226.322.604Custos das Vendas e Prestações de Serviços ( actividade financeira )

RESULTADOS BRUTOS 103.251.221 89.303.331

Outros proveitos e ganhos operacionais 5.661.705 4.779.816Custos de Distribuição 26.748.495 22.781.879Custos Administrativos 29.401.241 26.350.528Outros custos e perdas operacionais 9.213.255 19.878.167

RESULTADOS OPERACIONAIS 43.549.934 25.072.573

Custo líquido de Financiamento 4.725.219 5.402.105Ganhos (Perdas) em filiais e associadas 16.660 -118.738Ganhos (Perdas) em outros investimentos 1.185 940Resultados não usuais ou não frequentes 2.527.217 2.281.547

RESULTADOS CORRENTES 41.369.776 21.834.217

Imposto sobre os resultados correntes 6.535.846 3.744.113

RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 34.833.930 18.090.104

Interesses Minoritários 15.649.766 8.523.593

Resultado de operações em descontinuação

Resultados Extraordinários

Imposto sobre os resultados extraordinários

Resultados líquidos 19.184.165 9.566.512

Resultado por acção 7,67 3,83

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES

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2004 EURO 2003Actividades Operacionais

340.273.073 251.705.01496.709.854 93.440.506

302.385.482 230.870.03142.946.652 43.161.43125.945.838 21.903.574

Fluxo Gerado Pelas Operações 65.704.955 49.210.484

-3.716.748 -1.760.845Fundos adiantados a clientes ( actividade financeira ) -250.727.860 -213.381.070Venda de Crédito s/ clientes ( actividade financeira ) 252.799.543 168.617.211

-649.898 -529.251

63.409.992 2.156.529

3.107.690 2.564.493780.045 512.338

Fluxo das Actividades Operacionais 65.737.637 4.208.684

Actividades de InvestimentoRecebimentos Provenientes de :

0 07.843.207 6.621.469

0 00 0

4.279.027 2.456.55516.660 12.138.894 24.500 9.102.525

Pagamentos Respeitantes a :42.458.721 6.09422.327.016 21.891.697

287.247 65.072.984 546.163 22.443.954

Fluxo da Actividade de Investimento -52.934.090 -13.341.429

Actividades de FinanciamentoRecebimentos Provenientes de :

Empréstimos Obtidos 11.109.322 32.830.840Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão 0 0Subsídios e Doacções 114.170 162.204Venda de Acções (quotas) Próprias 0 0Cobertura de Prejuízos 0 11.223.492 0 32.993.043

Pagamentos Respeitantes a :Empréstimos Obtidos 0 0Amortização de Contratos de Locação Financeira 1.038.024 1.878.358Juros e Custos Similares 9.003.061 8.000.959Dividendos 1.565.658 1.471.773Redução de Capital e Prestações Suplementares 0 0Aquisição de Acções (quotas) Próprias 0 11.606.743 0 11.351.090

Fluxo da Actividade de Financiamento -383.251 21.641.954

Variação de Caixa e seus Equivalentes 12.420.296 12.509.209

Efeito das Diferenças de CâmbioCaixa e seus Equivalentes no Início do Período 24.793.088 12.283.879Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 37.213.384 24.793.088

Investimentos FinanceirosImobilizações CorpóreasImobilizações Incorpóreas

Imobilizações IncorpóreasSubsídios de InvestimentoJuros e Proveitos SimilaresDividendos

Recebimentos Relacionados com Rúbricas ExtrordináriasPagamentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias

Investimentos FinanceirosImobilizações Corpóreas

Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à Actividade Operacional

Fluxo Gerado antes das Rubricas Extrordinárias

Grupo Auto-IndustrialDemonstração de Fluxos de Caixa

Pagamentos / Recebimentos IRC

Recebimentos de Clientes

Pagamentos a Fornecedores

Pagamentos a Pessoal

Recebimentos de Clientes ( actividade financeira )

Pagamentos a Fornecedores ( actividade financeira )

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

I - INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO E A OUTRAS 1 - EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO A denominação e a sede das empresas incluídas na consolidação, bem como a respectiva proporção do capital detido, constam do quadro seguinte. As condições que determinaram que fosse levada a efeito a consolidação resultam do disposto na alínea a) do nº.1 do Dec. Lei nº. 238/91.

Nome Sede Proporção Detida

AUTO-INDUSTRIAL, S.A. Av. Navarro, 36 - COIMBRA Auto Industrial, SGPS, SA Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 100% LISBOA Auto Industrial - Porto, Lda R. Pedro Alves Cabral 205 a 213 100% RIO TINTO AUTO HORIZONTE, LDA. Rua de Lisboa (Edifício Horizonte) 98,78% ESTORIL C.A.M.- Camiões, Automóveis Rua Delfim Ferreira, 188 100% e Motores, S.A. PORTO CENTRAL PARQUE - AUTOMÓVEIS, S.A. Rua Castilho, 167 A/E 93,12% LISBOA DIGITESE - Consultadoria em Aplica- Av. Duque de Loulé, 93/95 B 100% ções Informáticas, Lda. LISBOA FORTE - Camiões, Máquinas e Av. Navarro, 36 Coimbra 100% Reparações, Lda. COIMBRA E.U.A. – EMPRESA UNIVERSAL de Rua Cidade do Porto 100%

Automóveis, Lda. BRAGA GARAGEM DE SANTA CRUZ, LDA Av. Navarro, 45 100% COIMBRA GESTECO - Centro de Gestão Av. Fernão de Magalhães, 333 100% de Coimbra, Lda. COIMBRA GILAUTO - Automóveis, Máquinas Rua Cidade da Beira, 48-K 100% e Equipamentos, S.A. LISBOA

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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Nome Sede Proporção Detida

MARGEM INVESTMENTS INC. P.O.Box 30124 100% Grand Cayman - CAYMAN ISLANDS MARGEM - Mediação Seguros, Lda. Av. Navarro, 36 53,52% . COIMBRA MERCENTRO- Comercio de Automóveis, SA. R. de Nossa Senhora das Necessidades, 72 100% . AVEIRO MOTOLUSA - Motores de Portugal, Lda. Estrada da Circunvalação 100% Portela da Ajuda - LISBOA NOVITEXTO - Base de Dados, Lda. Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 100% LISBOA R.M.P.- Reparações Mecânicas do Av. Heróis do Ultramar, 25 100% Pombal, Lda. POMBAL SAGRUP - SGPS, S.A. Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 78,18% LISBOA SODICENTRO, Lda. R.Dr. Manuel Almeida e Sousa, 297 100% COIMBRA SOLMOTOR - Veículos e Peças, S.A. Edifício C.A.M., Cruz de Popa 100% ALCABIDECHE TECNICRÉDITO SGPS, S.A. Rua Soeiro Pereira Gomes, 7 – sala 2 53,52%

LISBOA

BANCO MAIS, SA Rua Soeiro Pereira Gomes, 7 53,52% Sala 2,3,5 LISBOA TECNICRÉDITO - ALD - ALUGUER DE Rua Soeiro Pereira Gomes, 7 53,52%

AUTOMÓVEIS, SA SALA 2,3 LISBOA

TECNICRÉDITO - MAGYARORSZÁG PÉMZÜGYI ARPAD CENTER 1134 BUDAPESTE 53,52% RÉSZVENYTÁRSASÁG ARBOC UTQA 6 - HUNGRIA TECNICRÉDITO CAYMAN, INC The Bank of Nova Scotia Building, 53,52% 4th Floor - Cardinal Avenue, P.O. Box 30124 Cayman Islands TCC INVESTMENT, LTD The Bank of Nova Scotia Building, 53,52% 4th Floor - Cardinal Avenue, P.O. Box 30124 Cayman Islands TRACTORES IBÉRICOS, LDA. Estrada da Circunvalação 100% Portela da Ajuda - CARNAXIDE UNIÃO EBORENSE DE AUTOMÓVEIS, LDA. Praça do Sertório, 5 100% ÉVORA ______________________________________________________________________________

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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2 - EMPRESAS DO GRUPO EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO A denominação e a sede das empresas excluídas da consolidação, bem como a respectiva proporção do capital detido constam do quadro seguinte. As condições que levaram a que não fosse levada a efeito a consolidação resultam do disposto no nº.1 do artigo 4º. do Decreto-Lei nº. 238/91. Nome Sede Proporção Detida

AUTO CALDENSE Automóveis, Lda . Praça 5 de Outubro, 34/35 100% CALDAS DA RAINHA A.U.A.- Auto Associadas Av. de Nice, 4 100% (Automóveis) , LDA. ESTORIL Auto Palace Automóveis, LDA Rua Alexandre Herculano, 66 100% LISBOA ESTAÇÃO DE SERVIÇO Rua Pde. Angelo F.da Silva,1-A 93,24% NOVALMADAUTO, LDA. ALMADA FINIM , S.A. Alto do Vieiro 100% LEIRIA Mascarenhas e Miranda, Lda Av.24 de Julho, 180 – C 100% LISBOA RENAUTO - Comércio e Indústria Rua Cidade da Beira,48-K 100% Automóvel, LDA. LISBOA SAGAR - Comércio de Máquinas e Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 98,3% reparações, LDA. LISBOA _ ____________________________________________________________________ 3 - EMPRESAS ASSOCIADAS CONSOLIDADAS As empresas associadas do Grupo, respectivas sede e proporção do capital detido constam do quadro seguinte: Nome Sede Proporção Detida

MODIPE, S.A. Poligno de las Monjas 19,6% MADRID VERA CRUZ, Industria e Comércio, SA Av. Presidente Vargas 351 sala 1302 29,31% Belém Pará - BRASIL ____ _________________________________________________________________

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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7 - PESSOAL AO SERVIÇO O número médio de pessoal que durante o ano esteve ao serviço das empresas incluídas na consolidação foi 1.280. III - INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO 10 - DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO O saldo nesta rubrica justifica-se pelas diferenças de consolidação originadas em 1992 com as correspondentes variações ocorridas nos exercícios subsequentes até 2004 inclusivé corresponde à compensação efectuada entre os valores contabilísticos das partes de capital detidas e a proporção dos capitais próprios que elas representam. Diferenças de consolidação positivas 41.344.892 Diferenças de consolidação negativas 16.831.345 24.513.547 18 - CRITÉRIO DE CONTABILIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO EM ASSOCIADA Os investimentos financeiros nas empresas Associadas, encontram-se registados pelo método da equivalência patrimonial, sendo as participações contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi ajustado para o valor correspondente à proporção nos resultados líquidos da Associada e ao valor relativo à proporção nas restantes rúbricas dos capitais próprios. IV - INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS

21 - COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO REFLECTIDOS NO BALANÇO

CONSOLIDADO. A composição das responsabilidades assumidas perante terceiros e não reflectidas no balanço consolidado são as seguintes: ___________________________________________________________________________ RESPONSABILIDADES MONTANTES ___________________________________________________________________________ POR CAUÇÕES ESTATUTÁRIAS 25.000

POR MERCADORIAS TERCEIROS CONSIGNAÇÃO 9.332.971

POR VALORES E ACTIVOS DADOS COMO CAUÇÃO 331

POR GARANTIAS PRESTADAS 22.564.816

___________________________________________________________________________ TOTAL 31.923.117

22 - Garantias prestadas no valor de 22.564.816 que correspondem na sua maioria a garantias bancárias.

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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V - INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

23 - CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA Os critérios de valorimetria utilizados nas demonstrações financeiras consolidadas foram consistentes com os critérios utilizados pelas empresas entre si, descritos como se segue:

- Existências Os veículos e as máquinas agrícolas foram valorizados ao custo efectivo de aquisição, unidade a unidade. As restantes mercadorias foram valorizadas ao custo médio (existências iniciais mais as aquisições efectuadas durante o exercício). Os produtos e trabalhos em curso foram valorizados pelo custo das peças incorporadas em obras e pela mão-de-obra e eventuais serviços externos aplicados.

- Investimentos Financeiros As partes de capital em empresas do grupo e outras aplicações financeiras encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, com excepção do referido no segundo parágrafo da nota 50 As partes de capital em empresas associadas encontram-se registadas de acordo com o critério referido na nota 18.

- Imobilizações Incorpóreas As imobilizações incorpóreas são registadas ao custo de aquisição. As reintegrações são calculadas pelo método das quotas constantes e dentro dos limites máximos permitidos pela legislação em vigor.

- Imobilizações Corpóreas As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, tendo no entanto tais valores sido sucessivamente reavaliados nos termos da legislação em vigor As reintegrações são calculadas pelo método das quotas constantes e dentro dos limites máximos permitidos pela legislação em vigor. - Provisões para riscos e encargos O Grupo regista nesta rubrica provisões constituídas para processos judiciais em curso.

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24 - COTAÇÕES PARA CONVERSÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA

As cotações utilizadas contra o Euro foram as seguintes:

Dinamarca - DKK - 7.4388

EUA - USD - 1.3621

Japão - JPY - 139.65

Reino Unido - GBP - 0.7051

Suiça - CHF - 1.5429

Hungria HUF 245.97

Brasil BRL 3.6147

Coreia do Sul KRW 1410.05

Noruega NOK 8.2365

Para as restantes moedas da zona Euro utilizou-se as taxas de conversão abaixo referidas:

Alemanha - DEM - 1.95583

Áustria - ATS - 13.7603

Bélgica - BEF - 40.3399

Espanha - ESP - 166.386

Finlândia - FIM - 5.94573 França - FRF - 6.55957

Grécia (a) - GRD - 340.75

Holanda - NLG - 2.20371

Irlanda - IEP - 0.787564

Itália - ITL - 1936.27

Luxemburgo - LUF - 40.3399

Portugal - PTE - 200.482

a) Em vigor desde 1 de Janeiro de 2001

25 - As imobilizações incorpóreas são basicamente constituídas por despesas com aumento de capital, trespasses comerciais e outras despesas de investigação e desenvolvimento directamente relacionadas com a actividade e objectivos das empresas incluídas na consolidação.

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27 - ACTIVO IMOBILIZADO / AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES ALT..PER.

RUBRICAS SALDO IN Concolidação REAVAL AUMENTO ALIEN. TR.ABAT. SALDO FI ACTIVO BRUTO

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de Instalação 1.297.455 20.024 70.116 173.658 1.213.936

Desp.Invest. Desenvolvimento 187.408 66.958 34.444 219.922

Propriedade Industrial 117.647 8.260 125.907

Trespasses 559.627 216.977 776.604

Imobiliz. em curso 0 16.326 16.326

Outras Imobilizações Incorpóreas 2.451.588 125.587 -141.810 2.718.985

4.613.724 237.001 287.247 66.292 5.071.679

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e Rec. Naturais 9.273.760 273.827 -36.231 1.240.402 10.751.758

Edificios e outras construções 23.111.775 1.889.481 3.884.482 1.850 32.551 28.851.337

Equipamento básico 10.433.008 1.212.964 9.066.521 8.212.740 30.089 12.469.664

Equipamento transporte 6.531.464 396.600 9.969.244 277.631 7.787.734 8.831.943

Ferramentas e utensilios 1.699.533 454.855 240.487 437 26.525 2.367.913

Equipamento administrativo 12.357.419 1.228.037 507.213 3.129 731.520 13.358.021

Taras e vasilhames

Outras imobiliz. corporeas 1.054.133 6.338 -8.175 1.068.646

Imobilizações em curso 2.371.704 1.482.131 366.280 3.487.554

66.832.796 5.455.764 -36.231 26.396.818 8.495.787 8.966.525 81.186.835

InvestimentosFinanceiros

Partes capital emp.grupo 30.397 30.397

Emprestimos emp. grupo 7.450 7.450

Partes capital emp.associadas 115.506 11.300 104.206

Emprestimos emp. associadas

Partes capital emp. participadas Emprestimos emp. participadas

Titulos e outras aplic. financeiras 12.851.921 42.458.721 55.310.642

Outros emprestimos concedidos 649.510 648.630 880

Imobilizações em curso

Adiant.por c/ invest.financeiros

13.654.784 42.458.721 667.380 55.446.125

AMORTIZ.E PROVISÕES

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de Instalação 1.176.812 36.855 118.910 379.559 953.018

Desp.Invest. Desenvolvimento 145.152 49.866 -6.957 201.975

Propriedade Industrial 47.293 35.460 82.753 Trespasses

Outras Imobilizações Incorpóreas 2.008.362 201.440 -43.551 2.253.353

3.377.619 36.855 405.676 329.051 3.491.099 Imobilizações Corpóreas

Terrenos e Rec. Naturais

Edificios e outras construções 8.320.694 291.074 1.533.791 760 10.144.799

Equipamento básico 5.719.508 804.896 1.270.682 695.838 -9.478 7.108.727

Equipamento transporte 2.012.058 283.161 1.895.996 158.317 1.510.671 2.522.227

Ferramentas e utensilios 1.295.241 411.427 252.423 1.959.091

Equipamento administrativo 10.416.267 800.439 956.366 2.351 415.618 11.755.102 Taras e vasilhames

Outras imobiliz. corporeas 883.257 43.267 13.120 913.404

28.647.025 2.590.997 5.952.525 856.506 1.930.691 34.403.350

InvestimentosFinanceiros Titulos e outras aplic. financ. Outros emprestimos conced

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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39 - Remunerações atribuidas aos orgãos sociais da empresa-mãe Conselho de Administração 408.690 Conselho Fiscal 57.576 41 - A reavaliação efectuada ao abrigo do Dec.Lei nº 31/98 no valor de 2.231.641 encontra-se realizada, por força das amortizações e alienações, no montante de 657.339. 42 - A contabilidade das sociedades do Grupo não estava organizada de modo a permitir imputar as amortizações feitas durante os vários exercícios subsequentes à primeira reavaliação efectuada ao custo histórico e às reavaliações propriamente ditas, pelo que não é possível apurar o custo histórico líquido de amortizações e as reavaliações também líquidas das amortizações. 44 - DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS

EXERCICIOS

CUSTOS E PERDAS 2004 2003

Juros suportados 8.170.439 7.331.167

Remuneração a tit. Participação 343.937 263.677

Amort. Invest. em imoveis

Prov. P/ aplicações financeiras

Diferenças cambio desfavoraveis 7.143 11.705

Descontos p.p. concedidos 14.898 21.592

Perdas alienação aplic. tesouraria

Outros custos perdas financeiras 466.644 372.818

Perdas relativas emp. Associadas

Resultados Financeiros -4.707.375 -5.519.903

4.295.687 2.481.055

PROVEITOS E GANHOS

Juros obtidos 4.237.146 2.408.423

Rendimentos tit. participação 17.845 25.420

Rendimentos imóveis

Ganhos part. capital outras emp.

Diferenças cambio favoraveis 5.333 4.060

Descontos p.p. obtidos 24.808 27.089

Ganhos alienação aplic. tesouraria

Outros prov. ganhos financeiros 10.554 16.064

Ganhos relativos emp. associadas

4.295.687 2.481.055

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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45 - DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

EXERCICIOS

CUSTOS E PERDAS 2004 2003

Donativos 6.473 2.433

Dividas incobraveis 29.690 29.302

Perdas em existencias 30.738 35.020

Perdas em imobilizações 133.956 40.155

Multas e penalidades 359.682 331.052

Aumentos de amortiz.e provisões

Correcç.relativas exercicios anter. 7.806 142.797

Outros custos perdas extraordin. 413.890 178.853

Resultados extraordinarios 2.527.216 2.281.811

3.509.451 3.041.423

PROVEITOS E GANHOS

Restituiçãode impostos 0 38.763

Recuperação de dividas 2.571 6.727

Ganhos em existencias 21.674 33.493

Ganhos em imobilizações 337.882 310.779

Beneficios de penalidades contr. 15.022 9.513

Reduções de amortiz.e provisões 12.947 70.357

Correcç.relativas exercicios anter. 29.258 62.301

Outros proveitos e ganhos extrao. 3.090.097 2.509.490

3.509.451 3.041.423

46 - PROVISÕES

Alter.Perim. Provisões Saldo inicial Consolidação Aumento Redução Saldo final

Aplicações de tesouraria

Cobranças duvidosas 15.835.891 3.611 6.401.288 6.887.047 15.353.742

Riscos e encargos 10.607.980 2.417.764 34.642 12.991.102

Depreciação de existencias 14.964 14.964

Investimentos financeiros

Total 26.458.835 3.611 8.819.052 6.921.689 28.359.808

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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47 - Bens em regime de locação financeira Activo Bruto Outros Credores Instalações Seixal Contrato nº31 BCP LEASING 602.683 347.335 Benavente Contrato nº507420 IMOLEASING 685.847 493.180 Vila Nova de Gaia Contrato nº20020342 BCP LEASING 1.244.003 895.103 Marinheiros Contrato nº 600433 IMOLEASING 3.756.137 3.295.058 Casal do Cego Contrato nº 600434 IMOLEASING 262.500 250.000 Rio Tinto Contrato nº103261 TOTTAIMO 2.957.239 1.385.507 Aveiro Contrato nº120115 BANCO ALVES RIBEIRO 2.645.923 1.640.386 12.154.332 8.306.569 Equipamentos

Contrato nº008723 LOCAPOR 84.176 37.785

Contrato nº004039 LOCAPOR 58.176 35.614

Contrato nº058332 LOCAPOR 48.266 3.478

Contrato nº049008 INTERBANCO 50.503 15.412

Contrato nº158 MERCEDES BENZ 12.160 0

Contrato nº3210001001 LOCAPOR 275.372 123.982

Contrato nº3210001002 LOCAPOR 117.120 52.593

Contrato nº3210002001 LOCAPOR 11.764 7.222

Contrato nº3210002002 LOCAPOR 8.593 5.275

Contrato nº3210002003 LOCAPOR 18.565 11.397

Contrato nº3210002004 LOCAPOR 7.060 4.334

Contrato nº3210002005 LOCAPOR 3.679 2.258

Contrato nº3210002006 LOCAPOR 9.050 5.556

Contrato nº3210003001 LOCAPOR 237.021 145.501

Contrato nº3210003002 LOCAPOR 30.012 18.424

Contrato nº66712 BESLEASING 48.146 22.124

Contrato nº66588 BESLEASING 37.650 17.302

Contrato nº59131 SOFINLOC 331.520 94.862 1.388.833 603.119 VIII - INFORMAÇÕES DIVERSAS 50 - A) A rubrica ´Ajustamentos partes de capital` regista um valor de 451.289 resultante de aumentos de capital em sociedades do grupo por incorporação de reservas de reavaliação

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

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conforme norma interpretativa nº 8/87 da Comissão de Normalização Contabilística e já registado em exercícios anteriores. B) Para efeitos de consolidação a empresa Sagar, Lda, foi consolidada pelo método da equivalência patrimonial, apesar de ser detida a 98,3% pela Auto Industrial S.A. O método seguido para a consolidação justifica-se porque, desde a sua aquisição, a empresa não desenvolveu qualquer tipo de actividade. C) Para uma melhor comprensão do Balanço e da Demonstração de Resultados Consolidados, abaixo apresentamos o Balanço Sintético Consolidado e a Demonstração de Resultados Consolidada da Tecnicrédito, SGPS. Na consolidação da Tecnicrédito SGPS foram utilizadas as contas financeiras da Tecnicrédito ALD e foi elaborada de acordo com os princípios de consolidação que o Plano Oficial de Contabilidade preconiza.

BALANÇO SINTÉCTICO CONSOLIDADO DA TECNICRÉDITO SGPS

ACTIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA

Imobilizado Líquido 36.034.485 Capital Próprio 77.653.254

Dividas de Terceiros MLP 120.434.139 Resultado líquido do Exercício 33.640.867

Dividas de Terceiros C.P. 100.233.305 Total da SL 111.294.121

Títulos Negociáveis 55.335

Dep Bancários e Caixa 36.229.227

Acréscimos e Diferimentos 16.782.549 PASSIVO

Provisões 11.513.961

Total do Activo 309.769.040 Dividas a Terceiros MLP 33.872.286

Dividas a Terceiros CP 141.085.229

0 Acréscimos e Diferimentos 12.003.443

Total do Passivo 198.474.919

Total do Cap. Próprio + Passivo 309.769.040

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADA TECNICRÉDITO, SGPS

Custo das Merc. Vend. Mat. Cons. 31.094.044 Vendas 96.709.854

Fornecimentos e Serv. Externos 21.712.460 Prestações de Seviços 11.710.380

Custos com o Pesoal 5.666.943 Proveitos Suplementares 972.619

Amortizações 2.254.924 Outros Prov. e Ganhos Operacionais 0

Provisões 8.172.599 (B) 109.392.853

Impostos 675.370 Outros Juros e Proveitos Similares 3.667.525

Outros Custos e Perdas Operacionais 31.847 (D) 113.060.378

(A) 69.608.187 Proveitos e Ganhos Extraordinários 3.067.049

Juros e Custos Similares 6.442.826 (F) 116.127.427

(C) 76.051.013

Custos e Perdas Extraordinárias 408.236

(E) 76.459.249 Resultados Operacionais (B) - (A) 39.784.666

Imposto s/ Rend. Exercício 6.027.671 Resultados Financeiros (D-B) - (C-A) -2.775.301

(G) 82.486.920 Resultados Correntes (D) - (C) 37.009.365

Resultado Líquido do Exercício 33.640.508 Resultados Antes Impostos (F) - (E) 39.668.178

TOTAL 116.127.427 Resultado Liq. do Exercício (F) - (G) 33.640.508

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

Senhores Accionistas: Nos termos dos artigos 508º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais, e do mandato que V. Exªs nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou, com a frequência que entendeu necessária, durante o exercício de 2004, o processo de preparação das contas consolidadas, com o apoio e colaboração, que agradece, do Conselho de Administração e dos serviços administrativos, analisando os documentos que lhe serviram de suporte e verificando a sua conformidade com as disposições aplicáveis. O Conselho verificou igualmente a concordância do Relatório Consolidado de Gestão com as Contas Consolidadas do exercício. Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal que o Relatório Consolidado apresentado pelo Conselho de Administração e as Contas Consolidadas satisfazem todos os requesitos legais. Sendo assim, o Conselho Fiscal, apoiado pela Certificação Legal das Contas Consolidadas elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu a sua inteira concordância, propõe: Sejam aprovados o Relatório Consolidado de Gestão e as Contas Consolidadas apresentadas pelo Conselho de Administração, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004. Coimbra, 23 de Fevereiro de 2005 O Conselho Fiscal Sílvio Costa - Presidente Maria Teresa Andrade Dias António Luís Athayde Martha Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes. António Freitas dos Santos - ROC

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

INTRODUÇÃO 1- Examinei as demonstrações financeiras consolidadas anexas de Auto-Industrial S.A., as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2004, (que evidencia um total de balanço de 429.723.705 Euros e um total de capital próprio de 52.470.070 Euros, incluindo um resultado líquido de 19.184.165 Euros), a Demonstração Consolidada de Resultados, Resultados por Funções, Demonstração de Fluxos de Caixa e o correspondente Anexo. RESPONSABILIDADES 2- É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadas na consolidação, e o resultado consolidado das suas operações, bem como a adopção de políticas critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriados. 3- A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no meu exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4- O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes.Para tanto o referido exame inclui: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgaçãp, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5- Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da minha opinião. OPINIÃO 6- Em minha opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada de Auto Industrial sa em 31 de Dezembro de 2004, o resultado das suas operações no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites. Coimbra, 23 de Fevereiro de 2005 António Freitas dos Santos Roc nº 263

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

INTRODUÇÃO O presente Relatório é emitido nos termos das disposições legais em vigor, nomeadamente tendo em atenção o estatuído no artº 452 do Código das Sociedades Comerciais,e através dele damos conhecimento das deligências e acções tomadas durante o ano de 2004, no âmbito da revisão legal das contas consolidadas de Auto-Industrial S.A.. ÂMBITO Procedemos à revisão legal da Auto Industrial sa e ao exame das suas demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, de acordo com as normas técnicas de revisão aprovadas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, e com a profundidade considerada necessária nas circunstâncias. Em consequência do exame efectuado emitimos a respectiva certificação legal das contas, cujo conteúdo damos aqui como integralmente reproduzido. TRABALHOS EFECTUADOS Os procedimentos adoptados no desenvolvimento sistemático da revisão legal ao longo do exercício de 2004, assentaram fundamentalmente nos aspectos e àreas seguintes: - acompanhamento da gestão corrente das Empresas do Grupo Auto Industrial através de contactos regulares com elementos das respectivas Administrações, e outros responsáveis, nomeadamente na área financeira, tendo solicitado e obtido todos os esclarecimentos que considerámos necessários. - apreciação da adequação e consistência das políticas contabilísticas adoptadas pelas diversas empresas e que se encontram divulgadas no Anexo às Contas. - análise da informação financeira divulgada, com testes substantivos nas seguintes àreas: . análise e teste das reconciliações bancárias preparadas pelas empresas; . confirmação directa e por escrito junto de terceiros (bancos, clientes e fornecedores) dos saldos de contas, responsabilidades e outras garantias. Procedimentos alternativos foram adoptados, com o apoio dos serviços administrativos das empresas, visando o completo esclarecimento de divergências entretanto surgidas e que considerei materialmente relevantes. - análise dos procedimentos de inventariação física das existências, incluindo a apreciação das normas internas aplicáveis à sua execução. - confirmação directa junto dos consultores jurídicos das diferentes Empresas, no que refere a acções judiciais ou outras, nas quais a Empresa é autora ou ré, por forma a avaliar da eventual materialidade que tais acções pudessem vir a ter nas demonstrações financeiras do exercício. CONCLUSÕES Como conclusão geral da minha actividade durante o exercício de 2004, apraz-me registar que: - houve sempre, quer por parte da Administração, quer por parte dos demais sectores da Empresa, uma preocupação permanente na aderência estricta às disposições legais vigentes e aos estatutos da Empresa; - houve de igual modo uma abertura total e sem reservas às deligências e solicitações por mim manifestadas; - ao longo do acompanhamento da Gestão da Empresa não tive conhecimento de quaisquer factos ou situações relevantes que mereçam divulgação. Coimbra, 23 de Fevereiro de 2005 António Freitas dos Santos Roc nº 263

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RELATÓRIO DA BDO & ASSOCIADOS

Exmo. Conselho de Administração da Auto Industrial, SA 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da Auto Industrial, SA, as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2004 (que evidencia um activo líquido de 429 723 705 euros e um capital próprio positivo de 65 442 754 euros, incluindo um resultado líquido positivo de 19 184 165 euros), as Demonstrações Consolidadas dos Resultados por Naturezas e por Funções, a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa e o correspondentes Anexos, referentes ao exercício findo naquela data. A elaboração e apresentação das demonstrações financeiras consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade consiste em expressarmos uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras consolidadas com base na auditoria que realizámos. 2. O nosso exame foi realizado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites, as quais requerem que a auditoria seja planeada e executada de forma a obtermos uma razoável segurança sobre se as demonstrações financeiras consolidadas contêm ou não erros ou omissões significativos. Uma auditoria inclui a verificação, por amostragem, da documentação de suporte dos valores e das informações constantes das demonstrações financeiras. Uma auditoria inclui também a apreciação dos princípios contabilísticos adoptados e das estimativas mais significativas efectuadas pelo Conselho de Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras consolidadas consideradas na sua globalidade. As presentes demonstrações financeiras consolidadas incluem empresas consolidadas pelo método integral, que representam cerca de 72% do activo líquido consolidado e 111% do resultado líquido consolidado, cujas demonstrações financeiras foram examinadas por outros revisores que emitiram opiniões sem reservas. A nossa opinião, em relação àqueles montantes, está baseada nessas opiniões. É nossa convicção que a auditoria que realizámos constitui uma base razoável da nossa opinião. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas, apresentam adequada e apropriadamente, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira consolidada da Auto Industrial, SA, em 31 de Dezembro de 2004, bem como o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa referentes ao exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

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4. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, refere-se que, tendo por objectivo dar uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira consolidada e conforme referido no Relatório do Conselho de Administração e nas notas 1 e 50 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados, a Auto Industrial consolida, pelo método integral, as demonstrações financeiras consolidadas da sua filial Tecnicrédito SGPS, SA, que são preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário, regulados pelo Banco de Portugal. As demonstrações financeiras consolidadas incluem rubricas próprias onde se evidenciam os principais saldos resultantes daquele procedimento. Lisboa, 11 de Março de 2005 BDO & ASSOCIADOS