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Relatório e Contas Consolidadas 2003 1 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2003 Apresentamos aos Senhores Accionistas o Relatório do Conselho de Administração relativo à actividade e Contas Consolidadas da Auto-Industrial, S.A. DESTAQUES INTRODUÇÃO E SÍNTESE DOS RESULTADOS O Boletim Económico Trimestral do Banco de Portugal, relativo a Setembro passado inclui um texto sobre a economia portuguesa em 2003, artigo esse que foi redigido com a informação disponível até ao final do passado mês de Outubro. Ao seu estilo, em linguagem neutra e procurando conter laivos de subjectividade, o banco central português traça um quadro realisticamente negativo no panorama económico nacional que, em síntese, caracterizou nos seguintes aspectos: (i) Contracção do Produto Interno Bruto (PIB) português, em termos reais, estimada entre -1,5% e -0,75%, que compara com o ténue crescimento de 0,4% em 2002. (ii) Acentuada quebra da procura interna privada (-1,25/-0,25) devido às expectativas desfavoráveis das famílias e dos empresários, e também em consequência da prudência dos agentes económicos face à sua posição de endividamento. (iii) O Investimento a registar uma evolução negativa de cerca de 10%, apresentando-se como a componente da procura interna com a contracção mais acentuada. (iv) Despesa pública praticamente ao mesmo nível do ano anterior. (v) Descontando os efeitos das operações especiais efectuadas quer em 2002, quer em 2003, o défice público neste ano deverá ser bastante mais elevado que os 4,2% do PIB em 2002. (vi) Desemprego a crescer de 5% para 6,5%, mas abaixo do que normalmente seria induzido pela redução da actividade económica, sendo que se o emprego cai menos do que o Produto, tal indicia uma quebra da produtividade para o conjunto da economia. (vii) No sector privado as remunerações deverão ter desacelerado em 2003, mas também menos do que seria de esperar em resultado da situação económica. (viii) O preço do factor trabalho terá aumentado cerca de 3% em 2003 (5,9% e 4,7%, respectivamente em 2001 e 2002), o que se situará 1% acima da média da zona Euro. (ix) A inflação média anual deverá baixar de 3,7% em 2002 para cerca de 3,3% em 2003. Apesar da melhoria, considera o Banco de Portugal que, atendendo ao quadro de redução da procura interna e a uma situação de preços internacionais também relativamente favorável, a redução da inflação deveria ser mais acentuada se a economia tivesse funcionado melhor. Em conclusão, para o Banco de Portugal, o processo de ajustamento e recuperação da economia portuguesa será determinado sobretudo por três factores: 1. Melhoria na envolvente externa da economia portuguesa, em especial nos principais mercados europeus de exportações nacionais. 2. Consolidação do défice orçamental português, sendo de sublinhar estarem os valores apresentados para 2002 e para 2003, influenciados por medidas especiais, que embora podendo ser idóneas em termos dos seus efeitos na contabilidade pública, têm efeitos temporários e não se repetem. É pois essencial combater a evasão fiscal e reduzir a despesa corrente primária das administrações públicas. Embora as medida de correcção orçamental tenham impacto negativo no desenvolvimento da actividade económica, a sua não implementação, oneraria mais o futuro, na medida em que o défice tem que ser suportado pelo sector produtivo e comportaria o risco da necessidade de correcções ainda mais gravosa em momento posterior. 3. A terceira condição para a recuperação económica tem a ver com a produtividade e o crescimento dos salários. Os portugueses não podem ganhar mais do que produzem. Para que a competitividade da economia seja assegurada, os custos unitários do factor trabalho têm de estar na linha dos nossos parceiros comerciais, o que não tem acontecido na evolução recente, designadamente no ano de 2003. Neste contexto recessivo o sector automóvel foi dos mais afectados pela falta de confiança dos agentes económicos, que ao nível dos automóveis de passageiros mais afectados pela falta de confiança dos particulares, quer ao nível dos veículos comerciais associados ao investimento e à actividade produtiva.

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Relatório e Contas Consolidadas 2003

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REFERENTE À ACTIVIDADE E CONTAS CONSOLIDADAS DE 2003

Apresentamos aos Senhores Accionistas o Relatório do Conselho de Administração relativo à actividade e Contas Consolidadas da Auto-Industrial, S.A. DESTAQUES INTRODUÇÃO E SÍNTESE DOS RESULTADOS O Boletim Económico Trimestral do Banco de Portugal, relativo a Setembro passado inclui um texto sobre a economia portuguesa em 2003, artigo esse que foi redigido com a informação disponível até ao final do passado mês de Outubro. Ao seu estilo, em linguagem neutra e procurando conter laivos de subjectividade, o banco central português traça um quadro realisticamente negativo no panorama económico nacional que, em síntese, caracterizou nos seguintes aspectos:

(i) Contracção do Produto Interno Bruto (PIB) português, em termos reais, estimada entre -1,5% e -0,75%, que compara com o ténue crescimento de 0,4% em 2002.

(ii) Acentuada quebra da procura interna privada (-1,25/-0,25) devido às expectativas desfavoráveis das famílias e dos empresários, e também em consequência da prudência dos agentes económicos face à sua posição de endividamento.

(iii) O Investimento a registar uma evolução negativa de cerca de 10%, apresentando-se como a componente da procura interna com a contracção mais acentuada.

(iv) Despesa pública praticamente ao mesmo nível do ano anterior. (v) Descontando os efeitos das operações especiais efectuadas quer em 2002, quer em 2003, o

défice público neste ano deverá ser bastante mais elevado que os 4,2% do PIB em 2002. (vi) Desemprego a crescer de 5% para 6,5%, mas abaixo do que normalmente seria induzido pela

redução da actividade económica, sendo que se o emprego cai menos do que o Produto, tal indicia uma quebra da produtividade para o conjunto da economia.

(vii) No sector privado as remunerações deverão ter desacelerado em 2003, mas também menos do que seria de esperar em resultado da situação económica.

(viii) O preço do factor trabalho terá aumentado cerca de 3% em 2003 (5,9% e 4,7%, respectivamente em 2001 e 2002), o que se situará 1% acima da média da zona Euro.

(ix) A inflação média anual deverá baixar de 3,7% em 2002 para cerca de 3,3% em 2003. Apesar da melhoria, considera o Banco de Portugal que, atendendo ao quadro de redução da procura interna e a uma situação de preços internacionais também relativamente favorável, a redução da inflação deveria ser mais acentuada se a economia tivesse funcionado melhor.

Em conclusão, para o Banco de Portugal, o processo de ajustamento e recuperação da economia portuguesa será determinado sobretudo por três factores:

1. Melhoria na envolvente externa da economia portuguesa, em especial nos principais mercados europeus de exportações nacionais.

2. Consolidação do défice orçamental português, sendo de sublinhar estarem os valores apresentados para 2002 e para 2003, influenciados por medidas especiais, que embora podendo ser idóneas em termos dos seus efeitos na contabilidade pública, têm efeitos temporários e não se repetem. É pois essencial combater a evasão fiscal e reduzir a despesa corrente primária das administrações públicas. Embora as medida de correcção orçamental tenham impacto negativo no desenvolvimento da actividade económica, a sua não implementação, oneraria mais o futuro, na medida em que o défice tem que ser suportado pelo sector produtivo e comportaria o risco da necessidade de correcções ainda mais gravosa em momento posterior.

3. A terceira condição para a recuperação económica tem a ver com a produtividade e o crescimento dos salários. Os portugueses não podem ganhar mais do que produzem. Para que a competitividade da economia seja assegurada, os custos unitários do factor trabalho têm de estar na linha dos nossos parceiros comerciais, o que não tem acontecido na evolução recente, designadamente no ano de 2003.

Neste contexto recessivo o sector automóvel foi dos mais afectados pela falta de confiança dos agentes económicos, que ao nível dos automóveis de passageiros mais afectados pela falta de confiança dos particulares, quer ao nível dos veículos comerciais associados ao investimento e à actividade produtiva.

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Em 2003 as vendas de veículos ligeiros em Portugal registaram o pior desempenho dos últimos catorze anos, só tendo superado as verificadas em 1989 e as do período anterior a 1988 em que as vendas se encontravam administrativamente contingentadas. Os registos de veículos ligeiros de passageiros, todo o terreno e comerciais ligeiros ascenderam a 258.859 unidades em 2003, menos 15,27% do que as 305.509 registadas em 2002. Os registos de automóveis ligeiros, em 2003, correspondem ainda a uma variação negativa de 27% relativamente ao ano de 2001 e de 37% relativamente ao ano de 2000. No que respeita aos veículos de passageiros, as cerca de 186.000 unidades vendidas em Portugal, em 2003, já ficam aquém das 208.000 registadas no mercado húngaro e não muito longe das 153.000 registadas no mercado checo, que tem uma população inferior à de Portugal. A tendência recessiva do mercado de automóveis continuou-se a manifestar em Janeiro de 2004, em que se registou uma variação negativa de 5,8%, tendo-se mantido essa tendência até meados de Fevereiro. Se verificarmos todos os registos de vendas de automóveis ligeiros no mês de Janeiro, desde os inícios da década de 90, constataremos que em nenhum mês se venderam menos que 21.000 unidades (19.917 em Janeiro de 2004), tendo o mercado atingido nos anos de 1999, 2000 e 2001 valores superiores às 30.000 unidades. Mantém-se pois em 2004 a tendência de retracção na aquisição de automóveis. O número de unidades vendidas é contudo um indicador demasiado simplificado da situação do mercado da distribuição automóvel. Em termos qualitativos, como já tínhamos alertado no relatório do ano passado, manteve-se a tendência forte para a degradação das margens e de todo o quadro financeiro da actividade, com particular relevo para o peso e riscos dos stocks. A pressão dos fabricantes de automóveis, muitos deles em situação financeira difícil e a conhecerem dificuldades competitivas, tem-se intensificado, com práticas e expedientes que, atendendo ao seu peso negocial deixam os distribuidores retalhistas em situações dilemáticas que, na maior parte dos casos os conduzirá à descapitalização, à ruína financeira e ao abandono do mercado. O mais sofisticado expoente destes sistemas é o dito das “margens variáveis”, adoptado por quase todos os fabricantes e importadores nacionais de automóveis. Faz depender a margem de cada automóvel vendido de uma multiplicidade complexa de factores, em alto grau controláveis pelos fabricantes, e que são de difícil controlo administrativo, aumentando brutalmente a incerteza da actividade (muitas vezes o preço de custo do automóvel não é conhecido pelos Concessionários no momento em que o vende), ampliando as necessidades de investimentos, as exigências de stocks e de objectivos de vendas, as exigências de estruturas operacionais administrativas e financeiras, tudo isto numa actividade que se encontra em degradação continuada. Neste quadro muito desfavorável o desempenho do Grupo Auto Industrial deve ser considerado, em 2003, uma vez mais, bastante positivo. Contudo acentuaram-se as dificuldades da distribuição de automóveis e respectivos serviços associados, o que foi amplamente compensado pelos bons resultados do sector financeiro do Grupo, quer na actividade em Portugal, quer nas suas filias estrangeiras - na Hungria e em Espanha. Para além dos bons resultados o Grupo manteve acções visando a restruturação das operações por forma a assegurar a eficiência no plano dos custos e a sua competitividade no plano comercial e na prestação de serviços. No sector do retalho automóvel o Grupo AI está claramente sobre dimensionado, considerando o actual nível de actividade, em especial no que respeita a instalações e equipamentos, o que é verificável através da evolução dos custos com amortizações do imobilizado e o seu peso nos resultados de exploração (€ 3.044.055 para € 3.605.928 em 2003 no Grupo A.I. com a exclusão da Tecnicrédito SGPS e entidades que nela consolidam). Existem pois condições para tirar bom partido da melhoria das condições do mercado e da sua recuperação, que se espera possa ter o seu início no corrente ano e também da maior competitividade da distribuição de automóveis, no quadro do novo regulamento do “Block Exemption”, em especial a partir de Outubro de 2005 após a cessação da validade das clausulas de localização, que impedem os distribuidores de se estabelecerem nos locais que considerarem mais convenientes e em que reconhecem melhores oportunidades de desenvolver o negócio da venda de automóveis e da prestação de serviços.

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Em 2003, o lucro consolidado do Grupo, após impostos e antes da exclusão de interesses minoritários, foi de € 18.090.104, um considerável aumento de 31%, relativamente aos € 13.854.534 obtidos em 2002 e de 45% face aos € 12.555.680 de 2001. Em 1999, após o aumento de capital da Tecnicrédito, SGPS, a Auto Industrial passou a deter 51% das acções desta holding financeira, quando anteriormente detinha 85%. Posteriormente e após algumas aquisições a Auto Industrial passou a consolidar cerca de 53,5% dos resultados da Tecnicrédito SGPS. Excluindo então os interesses minoritários, não imputáveis à participação da Auto Industrial, os lucros do exercício de 2003, após impostos, atingiram € 9.566.511, que comparam com € 7.206.142, em 2002 (mais 35%) e € 6.255.895 em 2001. Estes lucros estão em linha ascendente com os anos anteriores e correspondem a um “return on equity” (ROE) de 22%, superior ao rácio de rentabilidade de 19% obtido em 2002. Os resultados simples da Auto Industrial após impostos foram de € 1.659.347, nível idêntico aos de 2002 (€ 1.604.704), isto após o cálculo das provisões para impostos de acordo com as instruções contabilísticas relativas à tributação sobre o lucro consolidado. Os resultados operacionais apresentaram uma redução substancial de € 2.211.287 para € 986.476, o que resultou da redução dos proveitos de vendas e prestações de serviço em cerca de 16%, mas a função financeira foi bastante mais favorável, passando os resultados financeiros de – € 511.847 para € 1.195.210. Os resultados correntes foram claramente superiores, passando de € 1.699.440 para € 2.181.687, uma variação percentual de 28%. O saldo positivo de resultados extraordinários viu-se substancialmente reduzido, de € 379.943 em 2002, para € 129.532 em 2003. O quadro seguinte evidencia a evolução dos resultados do Grupo nos últimos dois anos, considerando a sua imputação a Auto Industrial, S.A., à Tecnicrédito, S.G.P.S., S.A. e empresas que nela consolidam e às restantes empresas do Grupo que consolidam na Auto Industrial, bem como o impacto na consolidação das operações intragrupo. ANTES DE IMPOSTOS 2003 2002 APÓS IMPOSTOS 2003 2002

RESULTADO AI 2.311.218 2.079.383 RESULTADO AI 1.659.347 1.604.704

RESULTADO TEC 22.074.132 16.675.111 RESULTADO TEC 18.263.173 13.737.312

OUTRAS EMP.GRUPO -1.486.266 -852.935 OUTRAS EMP.GRUPO -767.548 -585.950

INTRA-GRUPO -1.064.868 -901.532 INTRA-GRUPO -1.064.868 -901.532

TOTAL 21.834.216 17.000.027 TOTAL 18.090.104 13.854.534

O NOVO REGULAMENTO DO BLOCK EXEMPTION – OS NOVOS CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO Justifica-se uma vez mais abordar neste Relatório o novo Regulamento do Block Exemption relativo à distribuição e assistência dos veículos a motor na União Europeia. Como se sabe este regulamento incide sobre os contratos de distribuição e as práticas concertadas, no âmbito por ele definido, e deu lugar a novos contratos de distribuição celebrados entre os fabricantes e importadores nacionais e os distribuidores retalhistas, também designados por concessionários. O regulamento n.º. 1400/2002 de 31 de Julho, relativo à aplicação do n.º. 3 do artigo 81 do Tratado da União Europeia veio substituir o regulamento n.º 1475/95 que caducou em 30 de Setembro de 2002, tendo entrado em vigor em 1 de Outubro de 2002. Contudo, pelo facto da Comissão ter introduzido um período transitório, o novo regulamento só se mostra obrigatoriamente aplicável após o termo desse período, ou seja após 30 de Setembro de 2003. Em consequência os acordos vigentes que satisfizessem as condições do regulamento n.º. 1475/95 poderiam manter a sua vigência até ao termo do período transitório do actual regulamento. A larga maioria dos fabricantes de automóveis e dos seus respectivos importadora nacionais, utilizou o período de transição até ao fim, apresentando os novos projectos de contrato de distribuição às redes de concessionários apenas na primavera / verão de 2003. O teor de tais projectos provocou reacções dos concessionários quanto à conformidade de tais instrumentos contratuais com o regime e filosofia preconizados e estabelecidos pelo dito regulamento. Questiona-se

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designadamente se os referidos contratos consagram os requisitos e condições necessárias para beneficiar do regime de excepção previsto no regulamento nº. 1400/2002. As Associações de Concessionários nacionais e europeias analisaram e solicitaram pareceres jurídicos sobre os projectos dos contratos de distribuição apresentados pelas marcas às suas redes, suscitando fundadas dúvidas sobre a compatibilidade de muitas clausulas face ao regulamento, à lei e aos princípios da concorrência vigentes na União Europeia. Algumas dessas associações, como foi o caso do Raggrupment Nacional de Concessionaires Opel em França dirigiram-se à Comissão Europeia expondo detalhadamente as clausulas que à associação pareciam não compatíveis com o Regulamento ou com a lei da concorrência, solicitando à Comissão Europeia o respectivo parecer. Em Portugal algumas associações de concessionários, ou em alguns casos, a totalidade dos concessionários, dirigiram cartas ao fabricante ou ao seu representante em Portugal, ressalvando certas clausulas dos contratos assinados, por conterem o que consideravam diversas e graves restrições verticais, em contradição com o disposto no Regulamento 1400/2002. Os principais temas levantados pelos concessionários disseram respeito aos seguintes pontos:

1. Relação de poderes entre as partes e abuso de poder negocial.

1.1 Os contratos de distribuição contêm diversas clausulas que permitem ao fabricante ou importador nacional proceder à sua alteração unilateral em termos de conteúdo relevante.

1.2 Os contratos de distribuição ou de reparador autorizado prevêem regras que permitem aos fabricantes denunciá-los mediante aviso prévio inferior aos dois anos ou ao ano, previstos no Regulamento

1.3 Os contratos de distribuidor ou de reparador autorizado contêm regras que fazem depender do prévio consentimento do fabricante, ou do seu importador nacional, em geral emitido por escrito, a possibilidade do concessionário realizar qualquer mudança ou mudanças significativas na sua gestão.

1.4 Os contratos contêm limitações à liberdade de actuação do distribuidor / reparador, designadamente quanto à pessoa do dirigente e ou proprietário, imprimindo-lhes um cunho de “intuitu personae” aparentemente em contradição com a objectividade dos critérios qualitativos admissíveis pelo Regulamento e com a defesa da independência dos concessionários e reparadores autorizados que o Regulamento visa tutelar.

1.5 Os contratos contêm clausulas relativas a direitos de preferência sobre o património ou outro tipo de obrigações de negociação com o fabricante relativo à possível ”aquisição” por parte deste de qualquer imóvel ou instalação usada pelo concessionário ao abrigo do contrato.

2. Incompatibilidade com o sistema de múltipla marca.

2.1 Os contratos de distribuição e o contrato de reparador autorizado estabelecem regras

segundo as quais, se o distribuidor ou reparador autorizado, cada um no seu âmbito, pretenderem celebrar um contrato com terceiros para distribuir, vender, manter ou reparar e assistir veículos de outras marcas, deverão notificar previamente o fabricante ou o seu representante, por escrito, do tipo e duração do contrato, do terceiro com quem irá contratar, da descrição das instalações que são usadas na execução do referido contrato, ou qualquer tipo de impacto no pessoal, recursos e instalações do concessionário afectos à marca em questão. Não constituirá tal obrigação uma limitação incompatível com os princípios estabelecidos pelo Regulamento 1400/2002 sobre a representação de marcas múltiplas? E, do mesmo modo, não se traduzirá numa obrigação de não concorrência proibida pelo Regulamento?

2.2 Os contratos, na sequência da questão anterior, estipulam que caso o concessionário ou reparador tenham contratos com outras marcas, deverão diferenciar claramente as operações desenvolvidas ao abrigo de qualquer outro contrato celebrado com o fabricante e as desenvolvidas ao abrigo de qualquer outro contrato com terceiros. Será esta restrição à capacidade do concessionário / reparador autorizado em organizar as suas empresas, numa óptica de gestão racional, aceitável? Não há uma obrigação de não concorrência?

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2.3 Os contratos de distribuição e de reparador autorizado estabelecem diversos “standards”, em diferentes níveis, a que estes se encontram sujeitos, cuja conformidade com o Regulamento 1400/2002 é questionável, sobretudo por parecerem entraves ao sistema multimarca, na medida em que impõem condições que seriam incompatíveis com condições idênticas impostas por outros concorrentes ou que tornariam o sistema multimarca de tal forma oneroso que na prática tornasse impossível a sua subsistência.

3. Questões diversas.

3.1 Os contratos de distribuição impõem a obrigação do concessionário em operar programas de

carros usados, ditos de remarketing, implicando em alguns casos a compra de determinado número de unidades ao fabricante / importador.

3.2 Questiona-se a licitude da obrigação da compra de volumes mínimos de veículos usados à marca, dado que os veículos usados não são abrangidos pelo Regulamento do Block Exemption, nem há razão para que os contratos de distribuição celebrados ao seu abrigo, imponham a condição suplementar do distribuidor de adquirir ao fabricante veículos usados.

3.3 Os contratos de distribuidor impõem a obrigatoriedade do concessionário possuir ao seu serviço técnicos de vendas de créditos e seguros e por vezes a obrigação de este ou o distribuidor orientarem a sua actividade para a promoção ou a venda de produtos financeiros específicos da marca em questão. Questiona-se se essas obrigações não violam o teor do Regulamento 1400/2002 em relação ao sistema multimarca e em segundo lugar a imposição da comercialização de um produto distinto subordinada à venda dos produtos contratuais, o que constitui uma violação da lei comunitária da concorrência.

3.4 Os contratos de distribuição ou de reparador autorizado impõem o fornecimento à marca dos dados pessoais dos clientes actuais e dos clientes potenciais do distribuidor ou do reparador autorizado. Será essa clausula lícita perante a legislação de protecção de dados pessoais e perante o Regulamento n.º. 1400/2002? Não constituirá a mesma um obstáculo à multimarca e uma obrigação de não concorrência?

3.5 Quer o distribuidor quer o reparador autorizado encontram-se obrigados a utilizar textos contratuais aprovados pela marca nas transações que realizem com clientes de veículos ou de serviços para produtos da marca. O teor de tais clausulas não implica uma restrição abusiva à liberdade contratual, revelando-se assim clausulas abusivas? Não constituem elas também um obstáculo à multimarca e na prática uma obrigação de não concorrência?

3.6 Os contratos de distribuição adoptam critérios selectivos quantitativos, embora não apresentem, directa ou indirectamente, qualquer critério que concretize o carácter quantitativo no que respeita a saber que quantidade de concessionários a marca considera necessária para cobrir as necessidades de distribuição, nem indicando qualquer critério que permita aperceber qual a relação entre o volume de vendas e a quantidade dos concessionários, caso seja esse o critério. Do mesmo modo, não se encontra definido qual o critério para nomeação e instalação de novos concessionários. O Contrato não deveria prever tais situações. Na ausência da sua previsão, qual a solução?

3.7 Alguns contratos de distribuição ainda operam com o conceito de área de responsabilidade do distribuidor, fazendo dela decorrer alguns efeitos contratuais. Não violam tais obrigações contratuais o novo Regulamento do Block Exemption?

A interpretação e a aplicação do Regulamento do Block Exemption para o sector automóvel é uma tarefa complexa e delicada em que a linha de orientação deve ser traçada pelas duas normas fundamentais do ordenamento da concorrência comunitária que são os artigos 81º e 82º do Tratado de Roma. O número um do artigo 81º CE considera incompatíveis com o Mercado Comum e, como tal, proibidos, todos os acordos ou práticas entre empresas que sejam susceptíveis de afectar o comércio entre Estados membros e que tenham por objectivo ou efeito impedir, restringir ou falsear a concorrência no mercado comum. O terceiro número desta disposição permite contudo a flexibilização da proibição constante no número um, desde que os acordos ou práticas concertadas aí abrangidas preenchem os requisitos correspondentes ao balanço económico. O balanço económico, enquanto critério de ponderação dos custos e benefícios inerentes ao acordo, em princípio nulo nos termos do artigo 81º CE, n.ºs 1 e 2, permite todavia aceitar ou tolerar determinadas situações restritivas da concorrência, desde que estas contribuam para melhorar a produção ou a distribuição

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de produtos ou para promover o progresso técnico, uma vez reservada aos consumidores uma parte justa do benefício resultante dessa restrição; esta ponderação será contudo sujeita a um juízo de proporcionalidade, uma vez que esses acordos só poderão ser autorizados se as restrições impostas forem absolutamente necessárias ou indispensáveis à prossecução dos objectivos de eficiência e de desenvolvimento técnico, não conferindo aos participantes, em contrapartida, o poder de eliminar a concorrência numa parte substancial do mercado em causa . Estes são os vectores essenciais que deve guiar qualquer interpretação minimamente sistemática, não só das regras da concorrência, como dos acordos e decisões individuais individualmente sujeitos a tais regras; uma vez que as regras dispõem os princípios básicos do sistema, compete ao interprete determinar se os acordos ou decisões in casu se coadunem com tal sistema – no que o juízo de proporcionalidade, juntamente com os demais critérios do balanço económico, é absolutamente essencial. Apenas as restrições necessárias para a prossecução das finalidades de eficiência e que visem partilhar os ganhos desses acréscimos de eficiência com o consumidor final, poderão ser declaradas válidas.

INTERNACIONALIZAÇÃO DA TECNICRÉDITO SGPS / BANCO MAIS Tecnicrédito Hungria No quinto ano completo de actividade a Tecnicrédito Hungria alcançou o melhor desempenho comercial de sempre. Foram celebradas 7.457 novas operações que corresponderam a um volume total de crédito concedido na ordem dos 25 milhões de euros. Este desempenho correspondeu a um crescimento de 25.2% face ao número de novos contratos celebrados em 2002 e cerca de 24.6% no que respeita ao crédito concedido. Em 2003 a Tecnicrédito Hungria lançou um novo produto “euro based”, que tem gozado de bastante aceitação no mercado de financiamento automóvel apresentando como novidade o facto de se encontrar indexado ao euro. Na carteira originada em 2003, o “euro based” representou cerca de 28% da produção em numero de contratos e 39% em termos do volume de crédito. O ano de 2003 foi um período de clara consolidação e alargamento da presença da Tecnicrédito Hungria no mercado de financiamento automóvel húngaro. A empresa continuou a reforçar a sua organização interna, efectuando os investimentos necessários à continuação da prestação de um serviço de maior qualidade aos seus interlocutores directos (os comerciantes de automóveis), sobretudo através da actualização da sua base tecnológica e do reforço da sua equipa comercial.

Da análise das Demonstrações Financeiras, saliente-se o resultado líquido de 1.9 milhões de euros, resultado que evidencia um retorno para os accionistas na ordem dos 17,7% ano. Este resultado líquido apresentou um decréscimo de 30% face a 2002. Se considerarmos as demonstrações financeiras em Forints húngaros o decréscimo do resultado líquido é de cerca de 26%. Esta quebra é justificada pelo crescimento dos custos operacionais e investimentos necessários à expansão da actividade, bem como por custos cambiais relacionados com a desvalorização do forint e introdução do produto “euro based”. A 31 de Dezembro de 2003 a carteira de crédito tinha um valor de 41.9 milhões de euros e o activo total registou um crescimento de 13.9% face a 2002. O crédito em mora, líquido de provisões para crédito em mora, situou-se nos 0.65% do total da carteira de crédito. Se considerarmos o total de provisões acumuladas em balanço, o total de crédito em mora é coberto em 110%. Os proveitos financeiros gerados ao longo do exercício totalizaram os 11.3 milhões de euros, o que representou um acréscimo de 18 % face ao ano anterior. Os custos financeiros e equiparáveis atingiram os 1.8 milhões de euros o que se traduziu numa margem bruta financeira de 9.5 milhões de euros. Os custos cambiais, fruto da desvalorização do forint face ao euro, atingiram os 1.2 milhões de euros. Estes custos de cobertura de risco de taxa de câmbio, são, no entanto, compensados em cerca de 2/3 pelo inferior custo de financiamento suportado pela empresa, uma vez que estes estão indexados à taxa de referência do EUR, bastante inferior à do HUF.

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A situação líquida acumulada da Tecnicrédito Hungria atingiu os 11.6 milhões de euros o que se traduz numa autonomia financeira de 39%, no final do ano. Na Tecnicrédito Hungria, a análise e controlo do risco associado às propostas e aos fornecedores é feita pelo departamento de análise de crédito (DAC) com o auxílio do sistema de scoring elaborado pela equipa central de análise de risco em Portugal mas tendo em consideração a realidade local da Hungria, sendo metodologia consistente com as políticas gerais definidas para a área da concessão de crédito dentro do grupo. Ao nível da cobrança o modelo adoptado é também o do Banco Mais. Os contactos com o cliente final estão centralizados no Contact Center e as situações de mais gravidade são tratadas por equipas regionais. A Tecnicrédito Hungria recebeu durante o ano em análise 13.812 solicitações de crédito, das quais se concretizaram 7.457, decrescendo assim o nível de aceitação de propostas de 60%, registado no ano anterior, para 54%. Este decréscimo, experimentado em Portugal de há uns anos a esta parte, está em linha com o normal desenvolvimento do mercado e da expansão da actividade comercial que exige políticas de concessão de crédito mais restritivas, encontrando-se actualmente muito próximo da realidade portuguesa. Banco Mais Espanha 2003 constituiu o segundo ano de operação da Sucursal de Espanha e o primeiro ano de actividade completa. Não obstante uma parte substancial da actividade se ter ainda concentrado na região de Madrid, durante o ano em análise foi iniciada no segundo semestre a actividade comercial nas províncias da Estremadura e da Galiza, com base, respectivamente, em Badajoz e em Vigo. A actividade comercial da Sucursal progrediu em bom ritmo neste segundo ano tendo apresentado níveis de crescimento interessantes. Em 2003 a sucursal de Espanha efectuou operações com 115 comerciantes de automóveis tendo recebido 2.857 solicitações de crédito, das quais 53% tiveram concretização, valor na linha dos realizados em Portugal e na Hungria. Em consequência foram celebrados 1.503 contratos o que corresponde a um crescimento na ordem dos 142%. Para os resultados obtidos na actividade comercial contribuíram uma maior adequação dos produtos da empresa ao mercado e também as várias iniciativas promocionais levados a cabo e que foram acolhidas de forma muito favorável pelos prescritores do Banco Mais Espanha. Neste exercício foram também implementadas várias funcionalidades informáticas com vista não só a beneficiar a actividade operacional bem como a aprofundar os sistemas de controlo interno. Nesta matéria o destaque deve ser atribuído ao processo de integração e automatização contabilística encontrando-se desde meados do ano a tesouraria da Sucursal a funcionar em harmonia com a tesouraria da casa mãe. Apesar do resultado líquido do ano ser negativo o break even foi atingido em alguns meses que registaram resultados positivos, nomeadamente no 2º semestre do ano. Para 2004 a Sucursal tenciona incrementar o volume de actividade na província de Madrid, prosseguir a entrada nos mercados da Estremadura e Galiza e alargar a actividade a novas províncias de Espanha. No final do exercício o quadro de pessoal era composto por onze colaboradores, contra sete no final de 2002. REESTRUTURAÇÃO DE PESSOAL Prosseguiu em 2003 o esforço para adequar a estrutura de recursos humanos de algumas operações de retalho automóvel do Grupo aos níveis de actividade induzidos pelo mercado e pela necessidade de uma organização interna mais eficiente e racional. Esta restruturação tem sido traduzida na redução de efectivos e na redefinição e optimização de funções no interior das operações. O aumento da eficiência daí resultante tem permitido a obtenção economias de escala e a consequente redução dos custos de gestão. Assim, em 2003 foram despendidos 281.962 € com indemnizações por rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. Este valor refere-se apenas às operações automóveis do Grupo. Sendo de realçar que 31% deste valor foi pago pela C.A.M. Lisboa, cujo nº de colaboradores passou, de 2002 para 2003, de 75 para 66. De referir também o esforço feito pelas operações Auto-Industrial Leiria, Auto-Industrial Coimbra e EUA cujo valor de indemnizações representou, para cada uma, cerca de 16% do valor total pago pelo Grupo em 2003.

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Esta política de adequação da estrutura de pessoal tem vindo a ser desenvolvida sistematicamente desde o ano 2000, tendo nos últimos 4 anos representado um montante total de 1.565.412 € pagos em indemnizações por rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. SEGURO DE SAÚDE PARA OS COLABORADORES Na sequência de decisão tomada no segundo semestre de 2002 foi decidido atribuir aos colaboradores do Grupo um seguro de saúde com inicio em janeiro de 2003. Esta importante regalia teve como principal objectivo proporcionar uma regalia social de inegável valor na medida que se refere a cuidados de saúde, constituindo, decerto, um factor adicional de motivação e atracção para colaboradores actuais e potenciais. Após uma consulta aos principais operadores de planos privados de protecção na doença, foi celebrado acordo com a seguradora ICI (Império Comércio e Industria) cujo plano Médis foi considerado o mais interessante em termos de custos, condições e vantagens para os aderentes. O seguro de saúde para os trabalhadores da Auto-Industrial abrange a assistência hospitalar e, em opção, a assistência ambulatória. A assistência hospitalar, que inclui o internamento e as intervenções cirúrgicas, é totalmente suportado pela empresa. Em complemento a assistência ambulatória, que inclui as consultas e os honorários médicos, é opcional, e caso o colaborador pretenda aderir o respectivo custo é suportado em 50% pela empresa sendo os restantes 50% descontados mensalmente no respectivo vencimento. Em termos de adesão, podemos considerar esta medida como um sucesso. De um total de 828 colaboradores do Grupo (excluindo os colaboradores do Banco Mais/ Tecnicrédito) cerca de 68% aderiram a este seguro de saúde. Entre estes, a maioria (58%) optou pela cobertura mais alargada, ou seja a assistência hospitalar e a ambulatória, enquanto que os restantes (42%) preferiram a cobertura mais reduzida da assistência hospitalar. AUTOMÓVEIS USADOS O mercado de usados, de acordo com os últimos dados disponíveis, que se referem a Junho de 2003, sofreu em relação ao período homólogo de 2002, uma quebra de –9,8%.

MERCADO NACIONAL DE USADOS – Veículos Ligeiros de Passageiros

JAN / JUN 2002 JAN / JUN 2003 DIFERENÇA

RENAULT 35.302 29.896 -15,31%

OPEL 32.029 27.495 -14,16%

FIAT 25.592 23.043 -9,96%

VW 23.921 22.906 -4,24%

FORD 17.248 15.218 -11,77%

M.T.M. 241.531 217.781 -9,83% Fonte: ACAP Esta estatística baseada nas alterações dos registos de propriedade permite tirar as seguintes conclusões: o O mercado de usados registou uma diminuição inferior à sentida no mercado de novos e é menos sensível do que este a variações negativas da economia. o O mercado de usados não traduz, imediatamente, o desempenho verificado no mercado de novos. A Renault, Peugeot e Opel, dominaram a venda de viaturas novas em 2003. A Fiat apenas 8ª classificada neste ranking – há alguns anos atrás chegou a ser líder - registou uma prestação superior nos usados (especialmente através da comercialização de viaturas mais antigas). O mercado de Turismo também registou uma quebra traduzida pela diminuição de vendas de viaturas novas a Rent-Car na ordem dos –18.4%. Há que relevar que estas entidades são a maior fonte de abastecimento de viaturas semi-novas.

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Fonte: ACAP

Sofrendo, os fabricantes, a pressão comercial resultante de um excesso de capacidade de produção na Europa de cerca de 500.000 unidades, as marcas desenvolveram fortes acções de marketing para impulsionar o mercado de novos, criando dificuldades na venda de usados. Exemplo disso foram as campanhas 0% de juros, ofertas variadas o subsídio ao abate e o recurso ao pré registo, como é o exemplo das viaturas DEMO e 0 KM. O Grupo AI, apesar da conjuntura negativa verificada registou um desempenho positivo com uma quebra inexpressiva no total de unidades vendidas – 4.925 unidades em 2002, para 4850 unidades em 2003. Destaca-se, contudo, um aumento das vendas a retalho, principal canal gerador de lucro, em que as vendas passaram para 2.314 unidades em 2003, contra 1.995 em 2002. Em contrapartida as vendas a comerciantes registaram uma quebra de 13,4% em relação a 2002 e que resulta dos seguintes factores: • Papel passivo da Auto-Industrial determinado pela análise de risco de crédito e pela concentração de

esforços no canal de retalho. • Os comerciantes tradicionais de usados passaram, com a entrada dos grandes operadores especialmente

no segmento de viaturas semi-novas, a basear os seus negócios em produtos mais antigos. A Auto Industrial devido à escassez deste tipo de viaturas não dispõe de oferta suficiente que lhe permita alimentar este canal.

• Advento dos leilões. As Gestoras de Frotas e as Sociedades Financeiras, principais fontes de abastecimento de viaturas entre 2 a 5 anos, passaram a utilizar os leilões como meio de escoamento preferencial, por forma a garantir uma clareza no processo de venda e a eliminar o risco de crédito

• O Grupo gerou menos 7% de retomas em 2003, fonte privilegiada de abastecimento deste canal. O total de facturação, em virtude do aumento de vendas verificado no canal retalho, registou um crescimento de 3,3% em relação ao ano transacto, atingindo cerca de € 42.000.000.

Vendas a Rent-a-Car

2000 2001 2002 2003

Veicul.Passag. 31.978 30.486 30.816 24.409

V.Comerc.Lig. 1.795 1.661 1.728 1.790 TOTAL 35.773 34.148 34.546 28.202

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2000 2001 2002 2003VENDAS TOTAIS 4509 5180 4925 4850VENDAS A RETALHO 1617 2101 1995 2314FACTURAÇÃO 31,652,000.00 € 39,903,831.77 € 40,477,985.00 € 41,831,033.00 €PREÇO VIATURA VENDIDA 7,019.74 € 7,703.44 € 8,218.88 € 8,624.96 €

ANÁLISE DAS VENDAS

Os produtos de valor acrescentado associados ao negócio de usados, que assumem especial importância, especialmente na área do crédito, pelas sinergias que geram com o Banco Mais, voltaram a registar um aumento, realizando-se, em 2003, 1239 novos contratos correspondendo a um total de crédito concedido de € 13.640.681,00. A base do sucesso do negócio de usados passa pela forma com se executa a gestão de stocks. Implementaram-se, durante o ano em apreço, um conjunto de medidas, das quais é de destacar a remarcação mensal dos preços, o alargamento das fontes de abastecimento para outro tipo de fornecedores e para viaturas mais antigas, entre 2 a 3 anos de idade. Estas medidas permitiram melhorar a rotação de stocks como se constata no quadro abaixo.

A relação com os fornecedores foi alargada, destacando-se o conjunto de viaturas adquiridas à Auto-Industrial Rent-a-Car e ao Banco Mais, totalizando 496 unidades, o que assegura um acesso privilegiado a uma fonte controlável.

Em 2003 foram realizadas duas campanhas de publicidade na rádio, com presença na RFM e Rádio Renascença, complementadas por uma distribuição de mais de 1 milhão de folhetos. Simultaneamente manteve-se presença, com assiduidade, no Jornal de Noticias e participámos em 6 feiras de âmbito regional. Os custos com publicidade ascenderam a cercas de € 160.000, um crescimento de 67,4% em relação a 2002. Foi implementada a última fase do projecto de Telemarketing, a fim de utilizar este instrumento como meio potenciador de vendas e também de auditoria e controlo do processo de vendas (que se traduziu no contacto a todos os clientes que adquiriram viaturas há 30 meses, com a intenção de agendar um encontro com um dos vendedores da empresa). Foram contactados nas diversas fases que o programa comporta mais 6.000 clientes. Cerca de 96% dos clientes manifestaram satisfação com os serviços prestados e, em consequência, recomendariam a nossa empresa. Foram realizados 4 dias de acções de formação, onde estiveram presentes, entre vendedores e quadros da Empresa, cerca de 3 dezenas de elementos. IMPORTAÇÃO DOS TRACTORES RENAULT Em fevereiro de 2003 foi assinado em Paris um acordo histórico, entre dois dos principais fabricantes europeus de máquinas agrícolas, a Claas e a Renault Agriculture. Nos termos deste acordo a Claas torna-se accionista maioritário da Renault Agriculture. Esta parceria é lógica e muito coerente no plano estratégico, por decorrer da complementaridade das duas empresas em termos de produtos, de tecnologias, de mercados e de volumes de vendas. A Claas, líder mundial de máquinas de colheita, enriquece assim a sua gama de produtos com os tractores Renault (vinhateiros, pomareiros, convencionais e gama alta), marca muito bem implantada sobretudo no exigente mercado francês, o mais importante da europa ocidental; por outro lado, o acordo permite à Renault Agriculture adquirir uma nova dimensão nas suas actividades de produção e marketing, devido à reconhecida capacidade em inovação tecnológica e ao dinamismo comercial da Claas. Desde 1971, a Auto-Industrial possui com a Claas um acordo de distribuição em exclusivo para Portugal dos respectivos produtos. Fruto desta longa e bem sucedida ligação comercial, a Claas deu preferência à Divisão Agrícola da Auto-Industrial para distribuir também as máquinas Renault. De modo a garantir o

42 DIAS 4850 553 2003

62 DIAS 4925 831 2002

55 DIAS 5180 774 2001

ROTAÇÃO VENDAS STOCK

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aproveitamento da estrutura comercial e técnica anteriormente existente, a Auto-Industrial procedeu à aquisição da firma Sagar Lda, o anterior distribuidor em Portugal das máquinas Renault. Esta aquisição foi efectuada em Abril, tendo entretanto a actividade da Sagar sido totalmente integrada na Divisão Agrícola da Auto-Industrial.

QUADRO GERAL DA ECONOMIA ECONOMIA INTERNACIONAL

O panorama político e económico internacional foi muito diferenciado durante o ano de 2003. Os primeiros meses foram afectados pela incerteza associada à guerra no Iraque, pela volatilidade dos mercados financeiros e pelo clima de estagnação económica generalizada. A resolução rápida do conflito militar no Iraque, a natureza expansionista das políticas macroeconómicas nos principais países industrializados e o elevado grau de correcção de alguns excessos verificados ao longo da década de 90 contribuíram para que na segunda metade do ano se assistisse à consolidação da retoma da economia norte-americana, à estabilização das economias na área do euro, ao crescimento superior às expectativas no Japão e à melhoria das condições económicas nos países emergentes. Contudo, a persistência de riscos como o desequilíbrio externo e orçamental dos EUA poderá condicionar a robustez e sustentabilidade da expansão económica mundial a médio prazo. O comportamento da generalidade dos mercados financeiros foi positivo em 2003, beneficiando da dissipação da incerteza com o fim da guerra no Iraque, da natureza expansionista da política monetária nos principais países industrializados e da retoma económica internacional. As taxas de juro de curto prazo nos EUA e na área do euro mantiveram-se relativamente estáveis, após as reduções das taxas directoras no primeiro semestre, enquanto as “yields” de longo prazo evidenciaram uma tendência de subida a partir do Verão, reflectindo os sinais de aceleração da actividade económica, a deterioração dos desequilíbrios orçamentais e a recomposição de carteiras de investimentos no sentido de uma maior preferência pelo risco, influenciando, deste modo, favoravelmente, a evolução dos mercados accionistas. Em 2003, o índice Dow Jones apreciou-se 25.3%, enquanto que o índice Eurostoxx50 aumentou 15.7%; em Portugal, após três anos consecutivos de quebras, o índice PSI-20 registou uma valorização de 15.8%. A Economia Mundial cresceu 3.3% em 2003 (mais 5 p.b. que no ano anterior), prevendo-se um crescimento de 4.1% para 2004, acompanhado de uma melhoria nos indicadores de confiança dos agentes económicos, de um reforço do comércio mundial e de uma baixa generalizada da inflação. Para os EUA estima-se um crescimento do PIB, para 2004, de 3.8% (2.8% em 2003). Esta aceleração será suportada pelo estímulo da política monetária e fiscal. A Zona Euro apresentou uma desaceleração do crescimento do PIB, em 2003, de 0.9% para 0.4%. Para 2004 estima-se um crescimento do produto interno na ordem dos 1.8%. A taxa de inflação anual da área, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, situou-se nos 2.1% em 2003 prevendo-se um valor entre os 1.3% e os 2.3% para 2004. ECONOMIA PORTUGUESA O Produto Interno Bruto em Portugal contraiu-se cerca de 1% em 2003 situando-se nos -0.8%, essencialmente devido ao impacto da redução do consumo privado, da forte contracção do investimento e dos esforços de contenção dos gastos públicos, que foi apenas parcialmente contrariado pelo contributo positivo da procura externa em termos líquidos. Esta evolução deveu-se ao processo de ajustamento endógeno aos ritmos de crescimento insustentáveis do consumo e investimento dos finais da década de 90, estimulados pela descida das taxas de juro associada à introdução do euro. A partir do fim do Verão evidenciaram-se sinais de inversão da tendência de deterioração da actividade, tendo o PIB registado taxas de variação homólogas menos negativas, beneficiando da evolução favorável do enquadramento internacional, do considerável grau de ajustamento da despesa das famílias e empresas já efectuado, da natureza estimuladora da política monetária e da ligeira recuperação dos indicadores de confiança. Em 2004, o consumo privado deverá registar um crescimento no intervalo de 0 a 1.5 por cento, invertendo a tendência de desaceleração observada nos últimos anos. Refira-se que esta tendência é consistente com a recuperação recente do indicador de confiança dos consumidores, após o mínimo histórico atingido em meados do primeiro semestre de 2003.

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Segundo a informação disponível, o crédito interno (excluindo a Administração Pública e instituições financeiras monetárias) cresceu, em termos homólogos, cerca de 6.5% em 2003, face a 9.8% em 2002. O crédito concedido a empresas desacelerou para 3% (7.5% em 2002), enquanto que o crédito concedido a particulares desacelerou para próximo de 10% (11.5% em 2002). O adiamento de decisões de investimento e de consumo de bens duradouros bem como critérios de decisão mais apertados por parte das instituições de crédito têm contribuído para a desaceleração do crédito interno, que tem sido atenuada pela persistência das taxas de juro em níveis mínimos históricos, bem como pelo alargamento do limite máximo da maturidade dos empréstimos e a intensificação da concorrência entre as instituições de crédito. Em 2003, a taxa de inflação em Portugal, medida pela variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no consumidor (IHPC), situou-se nos 3.3%, o que constitui uma redução em relação ao valor de 3.7%, observado em 2002. Segundo o Banco de Portugal a previsão para 2004 está compreendida entre 0.7% e 2.7%. ECONOMIA ESPANHOLA Em Espanha o crescimento anual em 2003 situou-se em torno dos 2.4%. A procura interna e um contexto internacional progressivamente mais favorável, dando um novo impulso às exportações foram o principal motor deste crescimento. O ano de 2003 finalizou com uma taxa de inflação, medida pelo Índice de Preços de Consumo, de 2.6% (4% em 2002). Para 2004, estima-se, um crescimento do produto interno na ordem dos 3%, causado essencialmente pelo renovado dinamismo da construção e pelo crescimento sustentado do consumo interno. ECONOMIA HÚNGARA Tema marcante ao longo de 2003 foi a adesão da Hungria à UE com a adopção do Euro prevista para 2007. Durante o ano de 2003 a economia húngara, em sintonia com o resto da Europa, sofreu as repercussões da situação de incerteza e instabilidade das políticas externas face às expectativas e desenvolvimentos da intervenção militar no Iraque. Em 2003, a Hungria registou um crescimento do PIB em torno dos 2.7%, valor abaixo do atingido em 2002 (3.3%) mas mais uma vez bastante acima do crescimento da União Europeia (0.8%). Relativamente ao ano de 2004 prevê-se um crescimento económico entre 3.0% e 3.5%. A inflação situou-se nos 5.7%. Em 2002 tinha-se situado nos 4.8%. Ao nível da taxa de câmbio, no final do ano, a moeda húngara, o forint, registava face ao euro o valor de 262.23, uma depreciação de cerca de 11% face a 2002. Esta depreciação teve origem na instabilidade dos mercados financeiro e cambial e nos resultados menos animadores do défice externo e do défice orçamental. Ao nível da política monetária e no que concerne às taxas de juro o Banco Nacional Húngaro (MNB) interveio por 5 vezes modificando a sua taxa de referência (2 week depo rate). Em Janeiro, no sentido de cortar as taxas, por duas vezes, num total de 2%, de 8,5% para 6,5%. Em sentido contrário operou em Junho, também por duas vezes, modificando a taxa dos anteriores 6,5% para 9,5%. Esta taxa manteve-se até ao final de Novembro, altura em que se assistiu a um aumento na taxa de referência de 3%, no dia 28, para sustentar a depreciação do forint no mercado cambial, passando, a fixar-se nos 12,5%. De salientar também que no início do mês de Junho, o Banco Central decidiu alterar o ponto central da banda de flutuação do forint de 276,1 para 282,36 (mantendo-se a variação em +/- 15% em torno daquela referência).

MERCADO AUTOMÓVEL MERCADO EUROPEU Em 2003 as vendas de automóveis ligeiros de passageiros na Europa passaram de 14.457.966 unidades vendidas em 2002 para 14.221.994, o que se traduziu numa variação negativa de 1,6%. Esta tendência já se adivinhava pela evolução do mercado em anos anteriores (-1,9% de 1999 para 2000, +0,4% de 2000 para 2001 e –2,7% de 2001 para 2002). Apesar da quebra das vendas na Europa, a nível mundial as vendas de automóveis aumentaram 0,9%, situando-se agora em 49,5 milhões de unidades novas vendidas em 2003. De referir as variações positivas em praticamente todos os mercados, com especial destaque para o Asiático que registou o maior aumento:

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17,6%. Para além da Europa, registaram-se variações negativas nos mercados da América do Norte (-2,0%) e da América do Sul (-7,2%). É importante notar que o mercado europeu em conjunto com o mercado norte americano representam cerca 67% das vendas mundiais. Analisando, no mercado de automóveis de passageiros na Europa Ocidental, a evolução mensal das vendas de 2003 em relação ao ano homólogo, verificamos que o mercado teve a maior quebra no 1º trimestre do ano (-2,5%) tendo atenuado essa quebra no ultimo trimestre (-1,6%), tendo uma variação homologa positiva no 3º trimestre (+0,8%). Em média, na Europa foram vendidos em 2003, 1,2 milhões de automóveis por mês o que representa, como seria de esperar, uma variação negativa de -3,6% em relação à média mensal do ano homologo. Dos cinco maiores mercados da Europa Ocidental, à excepção do Reino Unido e da Espanha, todos apresentaram um comportamento desfavorável em 2003. Alemanha O mercado alemão apresentou um ligeiro decréscimo de 0,3%, com as vendas de automóveis a passar de 3.252.898 em 2002 para 3.243.035 em 2003, traduzindo-se em termos absolutos numa variação negativa de 9.863 viaturas. De salientar que o mercado alemão está em queda desde 2000 com taxas de evolução negativas de –11,1% em 2000, – 1,1% em 2001 e –2,7% em 2002. Situação particularmente preocupante para o principal mercado europeu cujas vendas em 2003 apresentaram o nível mais baixo nos últimos 9 anos, e à qual não será alheia a performance da economia bastante abaixo das expectativas nomeadamente em termos crescimento negativo do PIB (-0,1%) e elevado nível de desemprego (9,8%). À semelhança dos últimos anos, a Volkswagen manteve a liderança destacada no mercado alemão, representando este grupo 30,5% das vendas em 2003. Esta quota representa aproximadamente o dobro do Grupo que ocupa a segunda posição no ranking, o Grupo DaimlerChrylser. O VW Golf continua a ser o modelo mais vendido (6,5% do mercado) apesar da queda de 15,6% em relação ao ano anterior. O VW Polo, segundo modelo mais importante desta marca, após ter superado o VW Passat, registou um aumento nas vendas de 6,2%. Dentro do Grupo VW de realçar a performance do Audi A4, que continua a ser o terceiro modelo mais vendido na Alemanha, apesar de ter baixado os registos em 8,8%. Em 2003 o Grupo DaimlerChrysler viu a sua quota de mercado baixar de 14,0% do mercado para 13,3%. Todas as marcas do Grupo sofreram reduções nos níveis de vendas em relação a 2002. A marca principal, a Mercedes-Benz, tem vindo a registar sucessivas quedas na sua quota de mercado, 12,1% em 2001, 11,9% em 2002 e 11,3% em 2003. O Mercedes Classe E ultrapassou em vendas o Classe C e passou a ser o modelo mais vendido desta marca, ocupando a sexta posição no ranking alemão. Destaque para o aumento de 17,4% nas vendas deste modelo em relação ao ano 2002. O Grupo General Motors manteve inalterada a sua quota de mercado em 10,6%. O principal modelo em termos de vendas continua a ser o Opel Astra que neste ultimo ano antes da renovação anunciada para 2004, passou de 4º modelo mais vendido na Alemanha em 2002 para 8º lugar em 2003, com uma sig nificativa quebra de 19,2%. O Grupo Ford alcançou uma quota de mercado de 8,7% tendo perdido em 2003 1,2% do mercado. Esta queda na quota de mercado correspondeu a uma redução de 12,1% nas vendas do Grupo. A marca Ford e Volvo são as principais responsáveis por esta situação com uma redução de, respectivamente, 10,3% e 24,7% nas vendas. O principal modelo da Ford neste mercado continua a ser o Focus apesar da quebra nas vendas de 16%. Reino Unido Em 2003 o mercado britânico de automóveis volta a bater o seu recorde do ano anterior, atingindo o seu mais alto valor de sempre 2.579,050 viaturas vendidas, um aumento de 0,6% em relação a 2002, em que se registaram 2.563.631. O mercado britânico, cuja performance contrariou o ocorrido na maioria dos países europeus, continua a ser o segundo mercado mais importante da Europa. Este sucesso continua a dever-se em grande parte o elevado nível de vendas a particulares através da dinâmica rede de retalho automóvel, factor ao qual não é alheia a performance, acima da média, do Reino Unido em termos de crescimento económico (aumento de 2,0% do PIB) e de controlo do desemprego (taxa de 5,1%). O Grupo Ford domina no Reino Unido com uma quota de 19%. A marca Ford representa 14,7% do mercado. Apesar de ser a mais vendida perdeu nos últimos 3 anos cerca de 1,7% do mercado. O modelo

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mais vendido no Reino Unido continua a ser o Ford Focus, apesar de ter reduzido o número de unidades em 14,7%. O Grupo GM ultrapassou o Grupo PSA e passou a ocupar o 2º lugar no mercado com uma quota de 13,2%. A GM detém a segunda marca mais vendida no Reino Unido, a Opel (designada por Vauxhall neste mercado) com uma quota 12,7%. No ranking de vendas por modelo, o Corsa e o Astra ocupam respectivamente a 2ª e 3ª posição com variações de vendas d e, respectivamente, +3% e -5%. Estas posições não alteraram em relação a 2002. O Grupo VW, que também ultrapassou o Grupo PSA, passou a ser o 3º mais importante no mercado britânico com 12,4%, tendo registado um aumento da penetração de 0,3%. A marca VW representa 6,9% do mercado, tendo diminuído 0,1% em relação ao ano anterior, e a marca Audi representa 2,7%, tendo aumentado a sua penetração no mercado em 0,5% nos últimos 3 anos. De referir que o modelo mais vendido desta marca é o VW Golf, ocupando um modesto 7º lugar no ranking de vendas neste país. Itália O mercado automóvel italiano registou uma redução de 3,1% tendo sido vendidas 2.263.963 viaturas em 2003 contra 2.336.526 em 2002. De recordar que em 2002 o mercado já tinha registado uma evolução negativa de 4,4%. A economia italiana viu o seu PIB crescer lentamente (+0,5%) ao mesmo tempo que a inflação cresceu e o desemprego, apesar de ligeiro decréscimo, continua num nível elevado. O mercado italiano continua dominado pelo Grupo Fiat, com uma quota de 27,9%. Apesar da liderança este Grupo tem vindo a perder terreno , tendo nos últimos 3 anos perdido 6,3% do mercado. De realçar a erosão que o Grupo tem vindo a sofrer num país onde em meados dos anos 80 chegou a representar 60% das vendas. Dentro deste Grupo a marca Fiat apresenta uma quota de mercado de 20,3%, tendo registado uma variação negativa de 1,6%. No ranking de vendas por modelo o Grupo Fiat possui cinco modelos nos dez primeiros lugares: Fiat Punto (Líder de mercado), Fiat Panda (segunda posição), e Fiat Seicento (sexta posição), Fiat Stilo (oitava posição) e Lancia Ypsilon (décima posição). Nota de destaque pela negativa para a quebra de 11% nas vendas do Fiat Punto em 2003. O Grupo PSA ocupa no mercado a segunda posição com 11,1% de quota e a terceira posição no ranking de vendas por modelo com o Citroën C3. De referir que o Grupo PSA aumentou, nos últimos 3 anos, em 3,1% a sua penetração no mercado italiano. A marca Citroën é a principal responsável por esta performance positiva, desde 2001 as vendas aumentaram, surpreendentemente, 76,5%. Na terceira posição, encontra-se o Grupo VW com uma quota de mercado de 11%. A marca VW sofreu entre 2001 e 2003 uma queda nas vendas de 21,4%. França O mercado automóvel francês continua a evoluir negativamente. Em 2003 foram registadas 1.998.345 viaturas, um decréscimo de 6,8% em relação a 2002. Este mercado, que em 2002 já tinha conhecido uma queda de 4,9%, atinge assim o nível mais baixo de vendas dos últimos 5 anos. Os fabricantes franceses (PSA e Renault), em conjunto, dominam amplamente, tendo sido responsáveis por 60% das vendas de automóveis em França. O Grupo PSA continua a dominar com uma quota de 32,8%. A marca Peugeot representa 19% (decréscimo de 1,1% em relação a 2002) e a Citroën representa 13,7% (decréscimo de 0,2%). Em termos de ranking por modelos o Peugeot 206 e o Peugeot 307 são respectivamente o 2º e o 3º modelo mais vendido, o Citroën C3 e o Xsara Picasso ocupam por sua vez a 6ª e a 8ª posição. Outra marca francesa, a Renault, alcançou em 2003 uma quota de mercado de 27%, valor idêntico ao de 2002. Graças ao modelo Clio a Renault alcança a primeira posição no ranking das vendas por modelos. Para atestar a força das marcas francesas no seu mercado doméstico de referir que os 9 primeiros modelos mais vendidos são de origem francesa, representando em conjunto 46,2% do mercado. A VW através do VW Golf ocupa a décima posição no referido ranking. O Grupo Volkswagen, o terceiro Grupo mais importante neste mercado, representa 10,1% do mercado francês, uma quebra de 0,6 em relação a 2002. Espanha Considerando os cinco maiores mercados automóveis europeus, o espanhol foi o que registou o maior crescimento em 2003, com 1.382.384 unidades contra 1.331.875 em 2002, uma variação de +3,8%. O

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Grupo PSA e o Grupo VW dividem a liderança deste mercado, cada um com 21,8% de quota Em termos de marcas, o mercado espanhol encontra-se relativamente fragmentado, existindo cinco marcas com quotas muito aproximadas: a Renault (12,7%), a Citroën (11,1%), a Peugeot (10,8%) e a Seat (10,9%). Contrariando a performance geral da marca, no mercado por modelos o Ford Focus lidera, com ligeiríssima vantagem sobre o Seat Ibiza. Estes dois modelos possuem cada um 4,8% da quota de mercado 2003. Restantes Países Á semelhança do que aconteceu nos países já referidos, nos restantes mercados europeus de automóveis ligeiros de passageiros também houve uma tendência acentuada para o decréscimo, tendo Portugal sido o mais penalizado com uma queda de 16%. As excepções à regra, com crescimentos positivos, foram a Áustria (6,1%), a Finlândia (26%), a Islândia (41,7), a Noruega (1,3%) e a Suécia (2,5%). De referir que dos 18 países que compõem o mercado automóvel da Europa Ocidental, Portugal ocupa o 12º lugar em termos de vendas, ultrapassando apenas a Finlândia, a Irlanda, a Dinamarca, a Noruega, o Luxemburgo e a Islândia. FABRICANTES AUTOMÓVEIS Grupo Volkswagen Quanto ao desempenho dos fabricantes de automóveis na Europa Ocidental o primeiro aspecto a realçar é a continuação da liderança do Grupo Volkswagen (VW), com 2.580.703 viaturas vendidas, apesar da quota de mercado ter passado de 18,4% em 2002 para 18,1% em 2003. A marca VW registou uma quebra nas vendas de 4,9% tendo sido vendidos 1.415.988 automóveis desta marca, a segunda marca mais vendida na Europa, a seguir à Renault. Todas as restantes marcas do Grupo VW sofreram uma ligeira queda nas vendas, com a excepção da Seat, com um incremento de 1%. O modelo mais vendido do Grupo VW continua a ser o Golf, que, à semelhança do ano anterior, é o segundo classificado no ranking de vendas europeu. As vendas do Golf sofreram uma quebra de 14,8% representando uma quota de mercado de 3,5% com menos 42.745 unidades vendidas que o Peugeot 206, modelo líder em vendas na Europa. O segundo modelo mais vendido do Grupo VW continua a ser o VW Polo, mantendo o nono lugar no ranking europeu, com 335.036 viaturas vendidas, um decréscimo de 5% em relação a 2002. Grupo PSA O Grupo PSA, tal como o Grupo VW, viu em 2003 a sua quota de mercado diminuir para 14,8%. Recorde-se que em 2002 essa quota era de 15,0% e em 2001 de 14,4%. Esta quota traduz-se em 2.110.835 viaturas vendidas em 2003. A marca Peugeot registou uma quebra de 6,3% nas vendas, passando de 1.278.305 para 1.198.346 viaturas vendidas em 2003. Por este facto a quota de mercado diminuiu de 8,8% em 2002 para 8,4% em 2003. Destaque para a, já referida, liderança do modelo Peugeot 206 no mercado europeu com 544.038 viaturas vendidas, o que representa uma quota de mercado de 3,8%, isto apesar da quebra na vendas de 7,7%. De destacar, dentro desta marca, a prestação do Peugeot 307, cujas vendas de 448.910 unidades, um aumento de 2,5% em relação a 2002, permitem a este modelo ocupar a quarta posição no ranking europeu de vendas por modelo. Performance mais positiva para a marca Citroën, cujas vendas aumentaram em termos absolutos, 912.489 viaturas em 2003 contra 888.701 em 2002, e em termos de quota de mercado, 6,4% em 2003 contra 6,1% em 2002. O modelo mais vendido desta marca é o Citroën C3 com 2,2% do mercado europeu seguido pelo Citroën Xsara Picasso com 1,4%. Grupo Ford O Grupo Ford é o terceiro grupo mais importante em vendas na Europa com 1.570.236 viaturas vendidas em 2003, uma redução de 4,6% em relação ao ano anterior, tendo a respectiva quota de mercado passado de 11,4% para 11,0%. A marca Ford vendeu no ano em análise 1.230.855 viaturas o que traduziu uma quebra de 4% em relação a 2002, no mesmo sentido a quota de mercado passou de 8,9% para 8,7%. O Ford Focus é o 5º modelo mais importante no mercado europeu com 438.531 viaturas vendidas, tendo registado em relação a 2002 um decréscimo significativo de 14,9%. O Ford Fiesta, que ocupa a 12ª posição no ranking, registou uma variação positiva de 4,5%. As 306.968 viaturas vendidas atestam a boa performance da nova versão do Fiesta na Europa. Realce negativo para a quebra de 20,8% nas vendas do Ford Mondeo, que se quedaram em 2003 nas 197.087 viaturas vendidas.

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Renault Em 2003 a Renault manteve a 4ª posição na Europa. Apesar da que bra de 3,3%, as 1.496.489 viaturas Renault vendidas permitiram-lhe uma quota de mercado de 10,5% Recorde-se que em 2002 essa quota foi de 10,7%. O principal modelo desta marca foi o Renault Clio com 458.300 unidades vendidas, 3ª posição no ranking europeu de vendas. Em 2002 este modelo ocupava a 4ª posição. Destaque também para o novo Megane, 10º lugar no ranking e cujas vendas aumentaram espectacularmente este ano 51,3%. Grupo General Motors O Grupo GM sofreu em 2003 uma nova quebra nas vendas: -3,1%, ainda assim menor que o valor registado no ano passado: 10,5%. Este Grupo apenas vendeu 1.397.473 viaturas em 2003 o que se traduziu numa redução das vendas em 45.137 viaturas relativamente ao ano anterior. O Grupo GM possui agora uma penetração de mercado de 9,8%. A marca Opel/Vauxhall, que representa 94% das vendas do Grupo, sofreu uma redução de 3,3% nas vendas, tendo sido vendidas 1.317.494 viaturas Opel/Vauxhall em 2003. Parte da explicação para esta redução pode ser encontrada na performance de vendas dos dois principais modelos desta marca. O Opel Astra, que ocupa a 8ª posição no ranking europeu, registou a venda de 336.167 viaturas, uma quebra de 20,7%. O Opel Astra, que será substituído em 2004 por nova versão, passou de uma quota de mercado de 2,9% em 2002 para 2,4% em 2003. O modelo mais vendido da Opel é o Opel Corsa, cujas vendas foram de 359.418 viaturas em 2003, uma redução significativa de 14% em relação ao ano anterior. Outros Fabricantes Para finalizar esta breve análise do mercado automóvel europeu por fabricantes, duas referências adicionais por razões opostas. O Grupo Fiat, pela negativa, ao registar novamente uma significativa quebra de vendas neste mercado: - 10,2%, tendo passado de 1.181.223 unidades vendidas em 2002 para 1.061.367. A quota de mercado passou de 8,2% em 2002 para 7,5% em 2003. Todas as marcas do Grupo registaram quebras tendo a da Fiat sido a mais acentuada: -11,4%. Referência, pela positiva, para os construtores Japoneses, cujas vendas aumentaram 8,3%. O conjunto dos fabricantes nipónicos atingiu vendas de 1.766.322 unidades. À excepção da Mitsubishi e da Suzuki todas as marcas registaram incrementos positivos, em maior evidência os crescimentos da Mazda (32%), Nissan (9,4%) e Toyota (8,5%). MERCADO PORTUGUÊS O mercado nacional de veículos ligeiros (passageiros e comerciais) registou em 2003 uma retracção de 15,2%. Tratou-se do terceiro ano consecutivo em que o mercado diminuiu Recorde-se que em 2001 e 2002 essa variação negativa tinha sido, respectivamente, -13,8% e –13,7%. Com um volume de vendas de 258.859 veículos ligeiros em 2003, contra 305.387 em 2002, o mercado nacional atingiu em 2003 o seu nível mais baixo desde 1989. Esta queda nas vendas de automóveis em Portugal decorre, como já tinha sido referido no relatório do ano passado, de uma significativa alteração do clima económico nacional. Infelizmente, em 2003, e tal como já havia sido referido no anterior relatório, continuaram a não haver alterações positivas na confiança dos agentes económicos, com especial ênfase para os consumidores, quanto às perspectivas de melhoria da situação económica do país. Consequentemente manteve-se o abrandamento da procura interna com as naturais implicações desfavoráveis para o mercado automóvel, já bastante penalizado por uma política fiscal desajustada da realidade europeia. Automóveis Ligeiros 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Passageiros 267.170 297.670 289.945 255.215 226.092 189.829 Comerciais 100.986 102.285 120.585 98.679 79.295 69.030

Total 368.156 399.955 410.530 353.894 305.387 258.859 Fonte: ACAP

Considerando apenas o mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este sofreu uma queda de 16%, a maior quebra registada em toda a Europa. Em 2003 foram vendidos 189.829 automóveis enquanto que no ano anterior esse valor tinha sido 226.092.De recordar que as vendas de 2001 para 2002 já tinham sofrido uma quebra de 11,4%. O mercado de veículos comerciais ligeiros com uma quebra nas vendas de 12,9% sofreu uma queda inferior à do mercado de veículos de passageiros. No ano em análise foram matriculadas 69.030 unidades enquanto que em 2002 tinham sido matriculadas 79.295 unidades. Este mercado ainda está claramente a ser penalizado pela continuação do desaceleramento do investimento das empresas nos últimos anos.

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Análise por Fabricante Em termos de Grupos de fabricantes de automóveis, o mercado português continua a ser liderado pelo Grupo PSA (Citroën e Peugeot), com uma quota de mercado de 20,5%, um acréscimo de 1,7% em relação ao ano anterior, isto apesar das suas vendas terem baixado 7,8%. Na segunda posição está a Renault com 39.447 unidades vendidas em 2003 e uma quota de mercado de 15,2%, sendo de referir que esta posição era ocupada em 2002 pelo Grupo VW. A Renault aumentou a sua quota de mercado em relação a 2002, em 1,4%. Isto apesar de uma redução nas vendas de 6,9%. O Grupo VW (VW, Skoda, Seat e Audi) ocupa agora a terceira posição com 39.125 unidades vendidas a que corresponde uma quota de mercado de 15,1% , uma perda de 3,2% na quota e de 25,9% nas vendas, uma queda bastante superior à do mercado. Para esta queda contribui decisivamente a marca Seat cujas vendas baixaram impressionantemente 32,1% devido ao processo turbulento de alteração do importador para o nosso país. Na quarta posição está o Grupo GM (Opel, Isuzu e Saab) com uma quota de 10,1% contra 10,9% em 2002. As vendas deste Grupo em 2003 foram de 26.105 unidades tendo sofrido uma das maiores quedas nas vendas em comparação com os seus principais concorrentes e com o mercado, - 21,3%, queda essa, apenas superada pela do Grupo VW. Os restantes fabricantes apresentaram em 2003 uma quota de mercado inferior a 2 dígitos, destacando apenas aqueles com quem o Grupo Auto-Industrial possui parceria comercial: Grupo Ford (Ford, Land Rover e Volvo) com 6,4% e uma queda nas vendas de -19,5%, o Grupo Fiat (Fiat, Alfa Romeo e Lancia) com 6,0% e uma queda nas vendas de -19,2%, e o Grupo DaimlerChrysler (Mercedes-Benz, Chrysler e Jeep) com 5,1% e uma queda nas vendas de -6.2%. Análise por Marca e Modelo Analisando o mercado de automóveis de passageiros na perspectiva de cada marca, constatamos que não houve alterações significativas no ranking de vendas das principais marcas. A liderança do mercado nacional de veículos ligeiros de passageiros continua a ser assumida pela Renault, com 39.447 unidades vendidas e uma redução de 6,9% em relação a 2002. Pertencem à Renault os dois modelos mais vendidos em Portugal, o novo Mégane e o Clio. Fruto da muito boa aceitação que este modelo tem tido no mercado, o novo Mégane ultrapassa em 2003 o Clio passando a ser o modelo com mais vendas, 12.276 unidades a que corresponde 6,5% do mercado, em relação a 2002 as vendas praticamente duplicaram. Este feito é tanto mais surpreendente dado tratar se um modelo que se insere num segmento superior (C) ao que tradicionalmente tem dominado o mercado, o segmento (B) onde se insere o precisamente o Clio. O Clio em 2003 vendeu 11.146 unidades e conquistou 5,9% do mercado nacional. Em 2003 a Opel, ao vender apenas 29.905 viaturas perdeu a segunda posição no mercado passando para terceira posição no ranking, com uma importante quebra de 22,2%. O desempenho negativo dos dois modelos mais vendidos da Opel explica em parte essa variação. O Corsa registou uma redução de 29,2% nas vendas passando a ser o 5º modelo mais vendido em Portugal com 9.832 unidades. Mais dramática, a quebra de 36% nas vendas do Astra, o segundo modelo mais importante da Opel com vendas, em 2003, de 4.420 unidades, recorde-se que em 2001 esse valor tinha sido 10.249. Este modelo que se encontra na fase final do seu ciclo de vida será substituído em meados de 2004 por nova versão. A Peugeot, que em 2002, ocupava a terceira posição passou a ser em 2003 a segunda marca mais vendida, com 29.905 viaturas vendidas, tendo sofrido uma redução de 6,2% nas vendas em relação ao ano anterior. Tanto o terceiro como o quarto modelo mais vendido em Portugal pertencem a esta Marca. O modelo mais vendido é o Peugeot 307 com 10.543 unidades vendidas e 5,6% do mercado, seguido do Peugeot 206 com uma quota de 5,5% e 10.246 automóveis vendidos. Tendo ultrapassado a VW, a Citroën é agora a quarta marca mais vendida em Portugal, com 23.067 unidades vendidas, uma variação negativa de 9,8%. Destaque nesta marca para a performance comercial do modelo C3 cujas vendas subiram 36,2%. Este modelo tem tido um sucesso apreciável no mercado ocupando uma quota de mercado de 4,4%, o que se traduz em 8.278 unidades vendidas.

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Referências pela negativa para a marca VW cujas vendas baixaram 27,7% (21.028 unidades vendidas), para a Ford com quebra de 21,2% (13.820 unidades vendidas) e para a Fiat com redução de vendas de 20,6% (10.613 unidades vendidas). Uma breve referência ao mercado de automóveis ligeiros de mercadorias, onde a Renault, apesar da quebra de 10,8%, continua a comandar destacada, tendo atingido em 2003 um nível de vendas de 11.791 unidades. A Citroën com 8.161 unidades vendidas continua também na segunda posição apesar da redução de 7,5%. Com quebras significativas nas vendas de referir a Mitsubishi (-26,6%), a Ford (-21,8%), Recorde-se que este mercado globalmente sofreu uma quebra de 12,9%. Performance positiva para a Peugeot e para a Fiat cujas vendas aumentaram, respectivamente 7,5% e 25,4%. Fruto desta boa performance a Peugeot ultrapassou a Opel no ranking de vendas passando a ser a terceira marca mais vendida neste mercado. Na categoria de Comerciais derivados de Ligeiro o modelo mais vendido passou a ser o Opel Corsa com 5.796 unidades. Após um ano na liderança, o Renault Clio, que vendeu 5.509 unidades, passou para a segunda posição. Na categoria de Furgões, após vários anos no primeiro lugar, o líder destacado deixou de ser o Ford Transit, apesar de ter vendido 1.743 unidades. Assim, o modelo de furgão mais vendido é agora o Peugeot Partner com 2.355 unidades. Análise por Segmento Para finalizar esta abordagem ao mercado automóvel nacional em 2003 iremos analisar os respectivos segmentos. O segmento Económico (A), representa 2,3% do mercado total, tendo sofrido uma redução de 2002 para 2003 de 14,8%. O modelo mais vendido continua a ser o surpreendente Smart com 1.822 unidades representando 41,9% das vendas deste segmento. Relativamente a 2002 o Smart vendeu mais 38%. O segmento Inferior (B), é o mais importante do mercado representado 42,2% das vendas totais, ou seja, 80.158 unidades. Relativamente a 2002, o volume de vendas deste segmento baixou 19,8%. Neste segmento o modelo mais vendido no ano em análise foi, tal como em 2002, o Renault Clio com 11.142 unidades logo seguido do Peugeot 206 com 10.426 unidades e, a curta distância, o Opel Corsa com 9.832 unidades. De referir que há 3 anos atrás, este segmento era liderado pelo Opel Corsa seguido do Renault Clio e do Peugeot 206. Os principais modelos vendidos no Segmento Inferior registaram quebras nas vendas em relação a 2002, o Renault Clio, o Peugeot 206 e o Opel Corsa baixaram as vendas, respectivamente, -31,6%, -25,4% e -29,2%. O segmento Médio-Inferior (C), é o segundo mais importante sendo responsável por 35,8% das vendas no mercado de automóveis ligeiros de passageiros, este valor traduziu em 2003 a venda de 67.155 unidades contra as 75.526 unidades vendidas em 2002. De referir que o peso relativo deste segmento em relação ao mercado total, aumentou em 2%. A quebra de vendas registada neste mercado foi de 11,1%. O VW Golf, líder incontestado neste segmento em 2002, foi ultrapassado pelo novo Renault Megane e pelo Peugeot 307. Assim, em 2003, a Renault vendeu 12.276 automóveis Mégane (+ 88,6% que no ano anterior), a Peugeot vendeu 10.543 modelos 307 (+21,7%) e a VW registou a venda de 5.977 modelos Golf (-36,2%). O quarto e o quinto modelo mais vendido neste mercado são, respectivamente, o Opel Astra com 4.420 unidades (-33,6%) e o Ford Focus com 4.222 unidades (-37,5%). O segmento Médio–Superior (D), diminuiu o seu peso no mercado total, 15% em 2003 contra 16,2% em 2002, totalizando 28.389 unidades vendidas. Em relação a 2002 foram vendidas menos 8.289 viaturas. Com uma quebra de -22,6% este foi sem dúvida o segmento mais penalizado do mercado nacional. Este segmento é comandado pelo Audi A4 com 3.818 unidades vendidas, apesar da diminuição nas vendas de 18% este modelo ultrapassa no ranking o Renault Laguna, anterior líder. O BMW série 3 ocupa a terceira posição no ranking. No segmento Superior (E), surge a principal surpresa. Apesar dos evidentes sinais de recessão em todos os segmentos de mercado, o segmento superior contraria claramente essa tendência negativa ao crescer 15%. Em 2003 foram vendidas 6.051 viaturas contra 5.264 em 2002, representando este segmento 3,2% do mercado. O Mercedes Classe E que registou 2.370 viaturas, mantém a liderança absoluta com 39,2% das vendas do segmento. Em segunda posição, a uma distância apreciável, o BMW série 5 com 843 unidades vendidas. O segmento Luxo (F) com apenas 609 unidades vendidas manteve o seu reduzido peso de 0,3% no mercado total. Na liderança destacada deste segmento está agora o BMW série 7 com 174 unidades vendidas seguido

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do Mercedes Classe S com 157 unidades. De referir que estes dois modelos representam 55% das vendas totais do segmento Luxo. O segmento Desportivos, com um total de 5.868 unidades vendidas manteve-se praticamente inalterado. Este segmento representa 3,1% do mercado total. Na liderança deste segmento dois modelos da Mercedes-Benz, o CLK (895 unidades) e o C Sportcoupé (591 unidades). De referir que a totalidade dos modelos Mercedes-Benz existentes neste segmento (C, SLK, CLK e SL) representam 28% das vendas totais de desportivos em Portugal. Quanto ao segmento de viaturas Todo-o-terreno, este representa 1,6% do mercado com 3.078 unidades vendidas em 2003. Este mercado, que por razões sobejamente conhecidas tem vindo a perder dimensão, viveu em 2003 um ano de excepção tendo se registado um aumento das vendas de +4,2%. O modelo mais vendido foi o Land-Rover com 657 unidades vendidas seguido pelo BMW X5 (316 unidades) e pelo Mercedes M (263 unidades). O segmento de Monovolumes, também registou uma variação positiva de 4,4%, com um nível de vendas de 13.162 unidades este segmento representa 6,9% do mercado em 2003. Os três modelos mais vendidos continuam os mesmos. Em primeiro lugar o Renault Scénic com 2.188 unidades vendidas, em segundo o Opel Zafira com 1.082 unidades e o Citroën Picasso com 1.046 unidades. De referir que estes 3 modelos que representam 33% do mercado, apesar do crescimento do segmento tiveram em conjunto uma redução nas vendas de –31%. ACTIVIDADE COMERCIAL AUTOMÓVEIS NOVOS Em 2003 as operações de reatalho automóvel do Grupo Auto-Industrial venderam 7.342 automóveis ligeiros novos, uma redução de 26,4% em relação às 9.970 unidades comercializadas no ano anterior. Tratou-se de um fraco desempenho comercial justificado pela situação de recessão do mercado, pelo fraco desempenho da Opel e da Ford (em que se concentram cerca de 70% das vendas do Grupo) e por uma redução de 44% nas vendas a empresas de rent-a-car . Este decréscimo das vendas de automóveis novos traduziu-se também numa redução da quota de mercado para 2,8%, inferior ao valor de 2002 (3,3%) mas ainda superior à registada em 2001 (2,5%).

As operações Opel do Grupo, a Auto-Industrial e a Central Parque, registaram vendas de 3.875 viaturas, uma quebra de 34,7% face às 5.925 unidades vendidas em 2001. Esta redução deve-se a uma substancial diminuição das vendas a rent-a-car, de referir que essas vendas são atribuídas pelo importador e não angariadas pelas operações. Neste período as vendas de viaturas ligeiras da Opel Portugal baixaram 22,2%. Esta performance negativa da marca Opel no Grupo Auto-Industrial foi generalizada com excepção das operações da Auto-Industrial no Porto e na Figueira da Foz e da Central Parque em Lisboa, cujas quebras de

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vendas foram inferiores as registadas no mercado. Consequentemente o peso do Grupo Auto-Industrial nas vendas da Opel Portugal baixou de 18% para 14%. Como aspecto positivo, as vendas a retalho registaram um aumento de 5% no peso nas vendas. A operação Ford do Grupo, a C.A.M., teve também um desempenho negativo em 2003, com a venda de 1.552 viaturas novas contra as 2.121 vendidas em 2002, ou seja, um decréscimo de 27%. Recorde-se que em 2003 as vendas da Ford Lusitana baixaram 22,2%. A operação do Porto teve em 2003 uma performance um pouco melhor que a do mercado e que a da marca, tendo as suas vendas baixado apenas 13,5%. Em 2003 o peso das vendas da C.A.M. nas vendas da Ford passou a ser de 11,2% contra 12,1% no ano anterior. As operações Renault do Grupo, a Gilauto e a Auto-Horizonte, venderam 836 viaturas, menos 11% que as 939 do ano anterior. O peso do Grupo nas vendas Renault praticamente não se alterou tendo passado de 2,2% para 2,1%. A Garagem de Santa Cruz, operação Citroën do Grupo em Coimbra, contrariou a tendência negativa geral e aumentou as vendas em 4,7%, tendo vendido 509 unidades; de referir que em 2002 se tinham vendido 486 viaturas. As vendas globais da marca caíram 9,8% pelo que a Garagem de Santa Cruz consegue em 2003 aumentar a sua quota nas vendas da Citroën de 1,9% para 2,2%. A União Eborense, concessão Fiat, Lancia e Alfa Romeo em Évora, apresentou um desempenho comercial bastante positivo, 191 unidades vendidas em 2003 contra as 175 em 2002. Deste modo não surpreende que o peso desta concessão nas vendas da Fiat tenha aumentado de 1% para 1,3%. De referir que 88% das vendas foram feitas a retalho o que significa melhores margens comerciais para a empresa. A EUA, concessão Chrysler e Jeep em Braga, reflexo de uma gama ainda bastante dependente dos veículos todo-o-terreno e dos monovolumes, vendeu 83 viaturas em 2003, menos 69 automóveis que no ano anterior. A redução nas vendas da EUA foi de 45%, ainda assim, inferior à redução de 48% registada nas vendas do importador, a Chrysler Portugal. A EUA aumentou o seu peso nas vendas do importador de 14,5% para 15%. Nota positiva para o facto de 77% das vendas da EUA terem sido feitas a Retalho. Uma referência final para a mais recente operação do Grupo, a Mercentro. Tendo sido adquirida em Julho de 2002, esta concessão Mercedes-Benz em Aveiro funcionou em pleno este ano tendo vendido 296 viaturas, tendo tido um peso de 2,8% nas vendas totais da Mercedes-Benz. ACTIVIDADE DE RENT-A-CAR A operação de rent-a-car da Auto-Industrial conheceu em 2003 uma redução da sua actividade, que se traduziu num volume de facturação de 2.378.253€, ou seja cerca de 5,6% abaixo do ano anterior. Em termos operacionais, podemos destacar os seguintes indicadores:

Descrição 2002 2003 Variação Contratos 9.788 10.142 +3.6% Dias de Aluguer 120.122 96.033 -20% Revenue per Day 20.97€ 24.76€ +18.1% Duração média Contrato 12,3 dias 9.5 dias -22.8% Receita média Contrato 257.3€ 234.5€ -8.9% Taxa de Ocupação 71% 63% -8% O resultado verificado no exercício em referência deve-se essencialmente aos seguintes factores:

- Redução significativa dos contratos de aluguer de “longa duração” ou “mensais” o que se pode verificar pela diminuição de quase 23% na duração média de cada contrato e que originou quebras significativas, 8 % na taxa de utilização e 20% nos dias de aluguer; - Diminuição considerável nas vendas de viaturas usadas que de 567 unidades em 2002 passaram a 336 unidades em 2003. Este facto originou uma quebra das mais valias geradas por essas vendas e também uma menor adequação entre a frota existente e a frota necessária, com consequências directas na redução da taxa de utilização. A frota total em 31/12/2003 ascende a 407 viaturas, sendo que a frota média ao longo do ano foi de 417 viaturas o que representa uma diminuição de cerca de 10% face ao ano anterior. Esta frota é constituída na sua totalidade por viaturas de marcas representadas pelo Grupo Auto-Industrial como forma de reforço do

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aproveitamento de sinergias. Esta lógica de compras dentro do universo de marcas do Grupo tem permitido a optimização da gestão comercial das operações de retalho automóvel das diferentes marcas. O escoamento das viaturas que compõem a frota é assegurado pela rede de retalho AutoUsados do Grupo Auto-Industrial. PEÇAS E ACESSÓRIOS Facturaram-se em 2003, 28,7 milhões de euros de peças e acessórios o que representou um crescimento de 2,1 % em relação ao ano transacto. Os preços unitários mantiveram uma tendência de descida, pelo que o aumento real de vendas superou o valor nominal acima referido. No sector agrícola, em virtude da distribuição da Renault Agriculture – Tractores, a partir de Março, foi possível um crescimento de 24% sobre o ano anterior.

O rácio de rotação de existências melhorou ligeiramente, passando de 5,2 para 5,5 rotações por ano. Tendo em conta que no sector agrícola se iniciou, a partir de Março, a distribuição de mais duas marcas de máquinas e equipamentos, este rácio representa um bom desempenho na gestão de existências do Grupo. Na Auto-Industrial, verificou-se um crescimento de 4,8%, com as vendas a atingirem 10,9 milhões de euros, portanto com um desempenho melhor que o do Grupo. SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA Prosseguiu em 2003 o trabalho de implementação dos sistemas de gestão da qualidade, tendo arrancado os processos da CAM (Porto e Lisboa) e da Mercentro, que se prevê concluir em 2004. Foi continuada a política de negociação e celebração de acordos de parceria com os maiores clientes, designadamente Gestoras de Frotas e Seguradoras. Este facto levou a que mesmo numa situação bastante depressiva no sector , tenha sido possível atingir no grupo uma facturação de Mão de Obra oficinal de 8,6 milhões de euros o que representou uma quebra de 4,4 %. A evolução, por um lado das viaturas, com intervalos de serviço de manutenção cada vez mais alargados e por outro lado pelo aumento generalizado da fiabilidade das mesmas, tem levado a uma diminuição significativa nos serviços de manutenção dos veículos automóvel. Prosseguiu de modo reforçado, a vertente de formação no pessoal dos serviços oficinas. Apenas através da melhoria contínua da qualidade e por consequência da satisfação dos clientes, será possível desenvolver este sub-sector de actividade que é de uma importância capital na rentabilidade do negócio.

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IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS Destacamos durante 2003, a renovação do contrato de distribuição dos tractores Kubota, o que representa para o Grupo a manutenção da longa e proveitosa parceria com a Kubota Corporation. Destacamos ainda, que no seguimento da aquisição da maioria do capital da Renault Agriculture, SA pela Claas, adquirimos a Sagar,Lda, detentora do contrato de distribuição dos Tractores Renault para Portugal, tendo assim, passado a partir de Abril a distribuir a prestigiada marca Tractores Renault/Claas. Também decorrente da aquisição da Sagar, estabelecemos (Tractores Ibéricos,Lda) um contrato de distribuição da prestigiada marca Kuhn de equipamentos agrícolas, que estamos certos é um trunfo muitíssimo importante na nossa estratégia no sector de distribuição de máquinas e equipamentos agrícolas. Este sector teve um comportamento aparente positivo, tendo passado as matrículas de tractores agrícolas de 8747 para 8940, ou seja mais 2,2%. No entanto analisando o mercado real, constatamos que por força da entrada em vigor de legislação sobre o ruído (Setembro) Directiva 77/311/CE e Decisão 2000/63/CE, e sobre as emissões para motores entre 37 e 74 Kw (Dezembro) DL 114/2002 e Directiva 2000/25/CE, diversos distribuidores tiveram de matricular unidades, que não corresponderam a vendas a clientes finais, estimando-se que terão passado de ano (de 2003 para 2004) matriculados em existência, cerca de 1200 a 1400 unidades. Sendo assim, o mercado real seria de cerca de 7600 unidades representando um decréscimo de 13% sobre o ano anterior. A quebra mais significativa terá sido no mercado dos convencionais, pois que no sector dos tractores compactos, tendo unicamente tido em 2003 de se submeter em termos de novas regras à legislação sobre o ruído, as matrículas não se afastaram tanto das vendas reais, apesar da transferência de matriculação de vendas em final de 2001, quando o IVA passou de 5% para 12% . Podemos portanto afirmar que, o mercado de tractores convencionais, onde actuamos, a nível de Grupo, com as marcas Fendt, Kubota e Renault (esta a partir de Abril), teve um decréscimo real superior ao do mercado total, devendo ter atingido cerca de 19%. No mercado de Ceifeiras debulhadoras, continua a verificar-se uma forte estagnação, tendo o ano de 2003, unicamente beneficiado de algumas vendas excepcionais, atingindo cerca de 20 unidades, tendo as vendas Claas sido unicamente 3 unidades, o que representou a mais baixa quota de mercado dos últimos anos. Por sua vez o mercado de Ensiladoras Auto-motrizes, começa a ter uma maior importância , devendo ter atingido em unidades novas cerca de 7 unidades, das quais as vendas Claas foram de 4 unidades com uma quota de mercado de 57%, que compara respectivamente com 3 unidades e uma quota de 43% no ano anterior. Nos tractores, o comportamento da marca Fendt, foi positivo pois para um mercado em queda de 19%, a diminuição de vendas foi de 6,8%, tendo passado para 96 unidades. A Kubota, distribuída por Tractores Ibéricos teve um desempenho excelente tanto nos tractores compactos como nos convencionais, alcançando 500 unidades, um aumento de 13% sobre o ano anterior. Quanto à Renault e considerando as vendas totais, ou seja as da Sagar e as da Auto-Industrial, atingimos 189 unidades, o que representa uma quebra de cerca de 15%, mas que compara favoravelmente com a queda do mercado de 19%, tendo aumentado assim a quota de mercado.

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No total o Grupo, atingiu no mercado de tractores, uma quota de mercado de 12% contra cerca de 6,6% no ano anterior. Nos equipamentos agrícolas o comportamento das marcas distribuídas pelo Grupo: Amazone, Lemken, Kverneland e Mchale, esteve melhor do que o mercado, com uma ligeira queda de vendas. Quanto à marca Kuhn, tendo em atenção que só recomeçou a ser distribuída em condições normais, na segunda metade do ano e porque se trata de produtos de campanha não podemos apresentar uma comparação de vendas, podendo unicamente referir-se que o volume de vendas até final do ano 2003, foi o previsto. IMPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MOTORES MARÍTIMOS E INDUSTRIAIS Durante o ano de 2003, por a taxa de câmbio da Libra esterlina com o Euro, ter tido um comportamento favorável, conseguimos num mercado em queda, aumentar em 6% as vendas de motores diesel industriais, tendo atingido as 89 unidades. Os esforços desenvolvidos no sector de motores marítimos comerciais foram coroados de êxito, pois conseguimos aumentar as vendas em 29%, passando para as 18 unidades. Na área da náutica de recreio, prosseguindo a política traçada no ano anterior, mais que duplicámos a facturação (aumento de 140%). Vendemos 41 motores o que representa um acréscimo de 37% em relação ao ano anterior, nos barcos Quicksilver passámos de 2 para 15 unidades e nos Pioner de 21 para 27 unidades. A Loja em Belém consolidou a sua implantação. Fomos nomeados distribuidores exclusivos para a zona de Lisboa dos Barcos Quicksilver e dos motores Mariner, o que nos irá permitir a expansão destas linhas de negócio. ACTIVIDADE DE CRÉDITO

Apesar do contexto claramente negativo da economia, o ano de 2003, revelou-se positivo para as empresas participadas pela Tecnicrédito SGPS.

A Tecnicrédito SGPS, encerrou o ano de 2003 com resultados líquidos consolidados de 18,3 milhões de euros, mais 33% que no ano anterior. O Banco Mais, principal activo da consolidação, registou um resultado líquido de 13,4 milhões de euros, o que representa um aumento de 12% face a 2002. A Tecnicrédito Hungria foi responsável por 10% do resultado global.

A Tecnicrédito concretizou 38.772 novos contratos, correspondentes a um crédito de 263 milhões de euros. O crédito automóvel foi responsável por 92% do crédito concedido.

O ano de 2003 terminou com a Tecnicrédito a gerir uma carteira de crédito de 612 milhões de euros (incluindo a carteira securitizada),

No âmbito internacional, o grupo continuou a crescer sustentadamente, concedendo mais de 35 milhões de euros de crédito. Em Espanha, a Sucursal do Banco Mais celebrou 1.503 novos contratos, um crescimento de 142% face a 2002. Na Hungria, a Tecnicrédito apresentou o melhor desempenho comercial desde que a actividade começou e no seguimento da estratégia de expansão, foram inauguradas duas novas delegações regionais (Pecs e Miskolcs).

Ao nível da gestão e acompanhamento do risco refira-se o nível de concretização das solicitações de crédito que se situou nos 52% e o nível de recusas directas na ordem dos 29%, o que comprova a manutenção da cuidada política de aceitação de crédito e a criteriosa selecção dos prescritores do negócio. Ainda no decorrer de 2003, foram introduzidos factores de rendibilidade no desenvolvimento dos modelos de apoio à análise de risco de forma a alcançar uma cada vez maior adequabilidade dos riscos assumidos em relação às rendibilidades pretendidas.

Para 2004, ao nível nacional, e no que se refere ao crédito automóvel, o Banco Mais irá manter a estratégia de uma forte presença no mercado onde tradicionalmente opera. Na área do crédito ao consumo a aposta será na diversificação dos produtos oferecidos e na exploração da oferta de produtos a novos perfis de clientes e novas bases de dados. O reforço do cross selling continuará a ser uma constante. Ao nível internacional a aposta será no estudo de novos mercados e na consolidação da estrutura central e alargamento da rede de delegações regionais de Espanha e Hungria.

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SITUAÇÃO FINANCEIRA VOLUME DE NEGÓCIOS O volume total dos negócios do Grupo ultrapassou os 315,5 milhões de euros, valor inferior ao de 2002 em cerca de 6,5%. A crise porque passou o sector automóvel e o sector agrícola no exercício em análise, já sobejamente analisada noutras partes deste relatório, afectando negativamente e de forma muito importante as vendas de automóveis e máquinas agrícolas novas mais que justifica esta quebra. Na verdade os proveitos resultantes tanto da actividade financeira como da prestação de serviços, nomeadamente venda de serviços, que englobam entre outros as comissões obtidas pela venda de seguros na Margem e as cobradas no Banco Mais pela prestação de serviços bancários que não assumem o carácter de juros, aumentaram em relação ao ano anterior, respectivamente, 1.2% e 2.5%. O mix das vendas voltou assim a ter variações significativas, tendo os Veículos Novos diminuído o seu peso no total das vendas passando de 59% para 51% enquanto as vendas dos Usados aumentaram de 16% para 19% e as Peças passaram de 11% para 13%. Da conjugação destes factos resultou um aumento do Lucro Bruto, tanto em valores absolutos como em valores percentuais. A uma diminuição da facturação de 21.7 milhões de euros correspondeu um aumento do lucro bruto de 5 milhões de euros (+ 5.5%). Poderemos dizer que este ganho de margem se reflectiu quase integralmente no aumento dos resultados antes de impostos (+ 4.8 milhões de euros).

O volume total de vendas da Auto-Industrial rondou os 100 milhões de euros, quando no exercício anterior tinha sido de 116 milhões. Esta variação deriva, quase em exclusivo, da variação das vendas de viaturas novas, que passaram de 66.8 milhões para 44.8 milhões (- 33%), já que as vendas de viaturas usadas aumentaram em 2%, as peças 4%, e as máquinas agrícolas, pelo início da comercialização dos tractores Renault, 151% (mais 4.2 milhões de euros). Como as vendas de Serviços, que compreendem entre outras as vendas de Mão de Obra nas Oficinas e o aluguer de viaturas no Rent-a-Car, diminuíram 829 mil euros relativamente ao exercício de 2002, a margem total não sofreu grandes alterações. Daqui resultou que o Lucro Bruto decresceu passando de 15.2 milhões de euros para 13.9 milhões.

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DESPESAS OPERACIONAIS As Despesas Operacionais do Grupo Auto-Industrial, excluindo as Despesas com Pessoal e as Amortizações e Provisões com análise autónoma a seguir, diminuíram em relação ao exercício anterior 4.4 milhões de euros, muito por força da diminuição dos Fornecimentos e Serviços Externos. A maior contribuição para esta redução provém do sector financeiro do Grupo, mas deveremos realçar que em todas as outras operações se verificou uma redução de custos, fruto da necessidade sentida de face á diminuição de proveitos se ter de reduzir custos. Nas contas simples da Auto-Industrial a diminuição destes custos foi ainda maior em termos percentuais com uma redução de 17% , menos 975 mil euros do que no exercício de 2002. Saliente-se que este corte de despesas se verificou apesar do aumento na Divisão Agrícola, consequência da tomada do negócio da Sagar, que passou a ser da responsabilidade desta divisão.

AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES As contas do Grupo revelam que no exercício em análise foram efectuadas amortizações e criadas provisões num montante que ultrapassa o 25.5 milhões de euros. Recorda-se que no exercício anterior este valor foi de 21.7 milhões. O aumento de amortizações, mais 30% que em 2002, está directamente relacionado com o aumento do Imobilizado Incorpóreo e principalmente Corpóreo, conforme está expresso na nota nº 27 do anexo ao Balanço Consolidado, pois continuou o Grupo a utilizar as taxas máximas admitidas pela Lei Fiscal para serem aceites como custos. Permitimo-nos realçar que na rubrica Edifícios e Outras Construções o aumento deriva em grande parte da passagem do imobilizado em curso, pela conclusão das obras na Perafita (CAM Porto), de um valor de cerca de 3.8 milhões de euros. As Provisões do exercício ascenderam a 19.5 milhões de euros, mais 2.5 milhões que no exercício anterior. A contribuição para este reforço é maioritariamente proveniente do Banco Mais e foram constituídas seguindo as regras impostas pelo Banco Central. Nas sociedades não financeiras seguiram-se as regras definidas pelo Código do IRC. No final do exercício as Provisões Acumuladas são de 15.8 milhões de euros e parecem-nos adequadas aos riscos de crédito estimados por critérios económicos. Nas contas simples da Auto-Industrial as amortizações cresceram de um exercício para o outro 9%, mais 150 mil euros, e eram no final do exercício de 11.5 milhões de euros. A dotação de 1.76 milhões de euros está dentro da média dos últimos quatro anos, num intervalo de 1.61 milhões em 2002 a 1.79 milhões em 2000, e foi, como sempre, calculada utilizando as taxas máximas permitidas pelo Fisco. As provisões foram no exercício em análise reforçadas em 213 mil euros, mais 35% que em 2002, atingindo no final do exercício o valor acumulado de 2.47 milhões de euros. Foram também

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calculadas utilizando critérios aceites pelas leis fiscais, e parecem-nos adequadas à luz de critérios económicos. PESSOAL Os custos com pessoal ascenderam no Grupo Auto-Industrial a 21.423.465 € um ligeiro aumento de 0,3% relativamente aos 21.355.558 € do ano anterior. O número total de empregados no final de 2003 era de 1.108, uma redução de 6 pessoas em relação a 2002. Durante o ano de 2003 o nº médio de empregados foi de 1.112, um valor um pouco acima dos 1.090 registados no ano anterior. O número total de empregados no Grupo reparte-se do seguinte modo: 33% pertencem à Auto-Industrial S.A., 25% à sub-holding Tecnicrédito, 13% à C.A.M. e os restantes 29% repartem-se pelas outras empresas do Grupo. De referir que na sub-holding Tecnicrédito, 51 funcionários trabalham na Hungria e 12 em Espanha. Continuando a caracterização do Grupo em termos de recursos humanos, é interessante referir que em termos de actividade, 47% dos funcionários estão ligados às oficinas/assistência técnica, 25% trabalham na área comercial, 15% na área de peças e os restantes 13% estão ligados a funções administrativas. Considerando apenas a Auto-Industrial S.A., os custos com pessoal foram de 7.490.450 € um aumento de 0,9% face aos 7.426.676 € registados em 2002. O número de colaboradores no final do ano foi de 364 um decréscimo de 5 em relação ao ano anterior. O número médio de empregados ao longo de 2003 foi 368, recorde-se que no ano anterior esse valor tinha sido ligeiramente superior, 374. Em praticamente todas as operações houve redução do número de empregados, a excepção foi a Divisão Agrícola que registou um aumento de 8 funcionários. Esse aumento deve-se ao início da importação e distribuição de nova marca de tractores, a Renault. Caracterizando sumariamente a estrutura de recursos humanos da Auto-Industrial, em termos de funções, 45% estão ligados à área de assistência técnica, 23% às vendas, 19% à área administrativa e 13% às peças. Quanto a níveis de escolaridade, 67% possui a escolaridade básica/obrigatória, 23% o ensino secundário e 10% o ensino superior. Continua a haver uma predominância dos funcionários de sexo masculino (81%). Em termos de idade, a idade média dos empregados da Auto-Industrial é 40 anos, sendo a antiguidade média na empresa 12 anos. CUSTOS FINANCEIROS A função financeira consolidada do Grupo AI reflecte os encargos e proveitos financeiros relativos às actividades comerciais e de prestação de serviços não financeiros, os proveitos e encargos financeiros da actividade de crédito e ainda receitas provenientes de investimentos financeiros diversos que o Grupo detém. Assim, em termos consolidados, os custos financeiros, excluindo os gerados pela actividade de crédito, passaram de € 5.988.976, em 2002, para 9.269.733 em 2003, enquanto que as receitas financeiras, incluindo rendimentos de títulos negociáveis e outras aplicações financeiras, ascenderam a € 3.749.830, contra apenas € 798.477 em 2002. Em consequência o resultado financeiro não operacional do grupo (que exclui o resultado financeiro directamente ligado à actividade de crédito) acabou por ser de € -5.519.903, muito na linha dos -€ 5.190.499 registados em 2002. Em termos consolidados a dívida financeira do Grupo ascendeu a € 116.557.517, apresentando uma redução expressiva face aos € 167.703.343 atingidos em 2002 e uma redução ainda mais expressiva quanto aos € 217.546.617 registados no final de 2001. Os ciclos de redução e crescimento da dívida ao nível do consolidado do grupo têm fundamentalmente a ver com as operações de securitização de activos do Banco Mais e com os ritmos da reposição da carteira devido ao aumento da actividade e à expansão dos negócios, quer em Portugal quer no estrangeiro, e à sua relação com as vendas de activos no quadro das operações de securitização. No final de 2003 o montante global associado à utilização dos programas de titularização de activos (securitização) ascendia a € 397.357.663 O saldo financeiro apresentado pela Auto-Industrial (contas simples) em 2003 foi positivo no montante de € 1.195.210, contra - € 511.847 apresentados em 2002. Os encargos financeiros passaram de € 2.671.664 para € 2.435.539, o que correspondeu a uma redução de cerca de 8,9%. Pelo lado das receitas estas subiram com significado passando de € 2.159.817 para € 3.630.750, sendo de registar os aumentos de dividendos recebidos, e dos rendimentos de outros títulos negociáveis e outras aplicações financeiras. A taxa média dos fundos utilizados terá descido cerca de 0,74% de 2002 para 2003, quando no ano anterior a redução tinha sido de 0,26%. A Auto-Industrial manteve a orientação no sentido de cobrir o risco de variação das taxas de juro mediante o recurso a instrumentos financeiros derivados. No final do ano € 30.492.787 tinham a

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taxa fixada mediante os adequados instrumentos contratuais, cobrindo um período até Agosto de 2006. É intenção da empresa manter a mesma política. Os saldos de clientes, líquidos de provisões para cobranças duvidosas, passaram de € 9.960.000 em 2002 para € 10.564.000 em 2003. Embora o incremento não tenha sido muito significativo não corresponde a um desempenho positivo dado que se verificou uma redução da facturação da empresa em cerca de 15%. Em contrapartida as existências de mercadorias tiveram uma evolução muito favorável do ponto de vista financeiro. Os stocks passaram de € 13.040.000 em 2002 para € 9.691.453 em 2003. As existências aumentaram consideravelmente na Divisão Agrícola de € 2.000.000 para € 2.800.000, devido à tomada da importação dos tractores Renault, mas esse aumento foi mais que compensado com reduções importantes de stocks na AI Leiria ( de € 3.000.000 para 1.400.000) e na AI Malveira ( de € 3.400.000 para € 2.095.000) e noutras operações com menor expressão. Considerando a totalidade do grupo as existências também diminuíram de € 41.100.000 atingidos em finais de 2002 para € 31.500.000 em finais de 2003, saldo até inferior ao atingido em 2001 mas em consonância com a redução da actividade que se verificou no ano em análise. A dívida financeira da Auto-Industrial que atingia os € 28.957.357 no final de 2001 passou para € 31.681.683 no final de 2002 e conheceu novo aumento em 2003 para € 34.838.194 A principal causa deste aumento reporta-se ao aumento dos créditos sobre empresas do Grupo em cerca de € 3.500.000. RESULTADOS A conta de Demonstração de Resultados consolidados da Auto-Industrial apresenta neste exercício uma melhoria muito expressiva devida substancialmente ao excelente desempenho do Banco Mais e das sociedades que consolidam na Tecnicrédito SGPS. Os resultados consolidados desta após impostos cresceram cerca de 33% para € 18.263.173, sendo também de destacar o aumento dos resultados consolidados do Banco Mais em 12%, para € 13.428.966. A Tecnicrédito Hungria foi responsável por cerca de 10% do resultado global e é também de destacar a expressividade dos resultados após impostos alcançados pela Margem, Mediadora de Seguros que crescem 21%, para € 1.463.357. Após as provisões para impostos o Resultado Líquido consolidado do grupo AI foi de € 18.090.104 que comparam com € 13.854.534 em 2002 e € 12.555.680 em 2001. Os Resultados consolidados líquidos de impostos e interesses minoritários foram de € 9.566.511 contra € 7.186.238 no ano anterior, ou seja um aumento de 33 % em relação ao exercício de 2002. Quanto às contas simples da Auto-Industrial estas reflectiram as dificuldades por que passou a actividade de distribuição retalhista de automóveis. As vendas de mercadorias e serviços registaram uma redução de cerca de 16% e a margem bruta de cerca de 9%. Embora os fornecimentos e serviços de terceiros tivessem registado um decréscimo de 17% este deveu-se em parte a uma circunstância pontual relacionada com os custos de um seguro de assistência que foi comercializado em 2002 e que praticamente cessou em 2003 o que teve também a correspondente repercussão na rubrica de prestação de serviços. Embora os custos com remunerações e demais despesas associadas se tivessem situado em nível idêntico ao do ano anterior há que registar a expressividade das amortizações do exercício que crescem cerca de 9,5%, para € 1.763.618. É um valor muito pesado na actual estrutura de custos da Auto-Industrial que reflecte elevados investimentos em instalações e equipamentos efectuados nos anos recentes e sobrecapacidade para os actuais níveis de actividade. Se esta situação deteriora a conta de resultados tem a vantagem de posicionar bem a AI para uma futura situação de retoma do mercado automóvel e também para a liberalização que se tenderá a gerar no quadro do actual regulamento comunitário em especial após o fim da “location clause”. As provisões para cobrança duvidosa tiveram também um peso mais elevado na conta de exploração, crescendo cerca de 35%, para € 213.869. É também de assinalar a evolução da rubrica de impostos indirectos, dominada pelo imposto de selo, que quase triplica de € 89.640, para € 241.981 o que foi consequência das novas regras de incidência deste imposto sobre as operações financeiras cujo período transitório de aplicação cessou em 31 de Dezembro de 2002.

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Relatório e Contas Consolidadas 2003

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Em consequência dos factores descritos os resultados operacionais da A.I. conheceram uma redução substancial de € 2.211.287, para € 986.476, sendo contudo compensados pelos resultados financeiros que ascenderam a € 1.195.210 decorrentes de juros cobrados a empresas do grupo, dividendos e resultados de outras operações financeiras. Os resultados antes de impostos aumentaram cerca de 11% para € 2.311.218 e após impostos para € 1.659.347, aqui devido à aplicação das regras contabilísticas relativas à aplicação dos princípios da tributação pelo lucro consolidado.

MENÇÕES FINAIS A fim de satisfazer ao disposto no artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, consigna-se não terem ocorrido factos relevantes desde 1 de Janeiro de 2004 até à data em que este relatório é redigido. Para os trabalhadores e colaboradores das sociedades do Grupo um agradecimento pelo empenho e dedicação demonstrados. Ao Conselho Fiscal manifesta-se o reconhecimento do Conselho de Administração pela forma competente, interessada e colaborante com que tem seguido os negócios sociais. Coimbra, 25 de Fevereiro de 2004 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Tomaz Andrade Rocha (Presidente) Mário Rui Veiga Figueiredo Costa Manuel Cardoso Pinto Marta Mário Leite Santos Francisco José da Cunha Lucas

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BALANÇO CONSOLIDADO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL 2003

ACTIVO AB AP AL 2002IMOBILIZADOIMOBILIZAÇÕES INCORPOREAS

431 Despesas de instalação 1.269.799 1.149.157 120.643 224.705432 Despesas de investig. e desenv. 215.063 172.808 42.255 25.705433 Propriedade industrial e outros dir. 117.647 47.293 70.354 9.438434 Trespasses 559.627 559.627 559.626435 Outras imobilizações incorpóreas 2.451.589 2.008.362 443.227 468.249

Imobilizações incorpóreas em curso4.613.724 3.377.619 1.236.105 1.287.723

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS421 Terrenos e recursos naturais 9.273.759 9.273.759 9.324.926422 Edificios e outras construções 23.111.775 8.320.190 14.791.585 12.348.901423 Equipamento básico 10.433.008 5.720.013 4.712.996 3.092.322424 Equipamento de transporte 6.531.464 2.012.057 4.519.407 1.304.342425 Ferramentas e utensílios 1.699.533 1.295.241 404.292 365.550426 Equipamento administrativo 12.357.419 10.416.267 1.941.152 2.897.866427 Taras e vasilhame429 Outras imobilizações corpóreas 1.054.133 883.257 170.877 214.736

441/6 Imobilizações em curso 2.371.704 2.371.704 5.746.560448 Outras imobilizações corpóreas em curso

66.832.796 28.647.025 38.185.771 35.295.203INVESTIMENTOS FINANCEIROS

4111 Partes capital empresas grupo 30.397 30.397 30.4624121+4131 Emprestimos empresas grupo 7.450 7.450 7.450

4112 Partes capital empresas associad. 115.505 115.505 113.1784122+4132 Emprestimos empresas associad.

4113+414+415 Titulos e outras aplicaç. financeiras 12.851.921 12.851.921 13.055.7504123+4133 Outros empréstimos concedidos 649.510 649.510 649.510

441/6 Imobilizações em curso447 Adiant. conta investimentos financ.

13.654.783 13.654.783 13.856.350CIRCULANTEEXISTÊNCIAS

36 Matérias primas,subsd.e consumo 1.139 1.139 1.67435 Produtos e trabalhos em curso 14.481 14.481 9.75034 Subprodutos,desperd.,resid.,refug.33 Produtos acabados e intermédios 30.812 30.812 37.63332 Mercadorias 31.448.043 14.964 31.433.079 41.043.15237 Adiantamentos conta de compras

31.494.476 14.964 31.479.512 41.092.209DIVIDAS TERCEIROS M/L PRAZO

211+212+218 Clientes c/c (Actividade Financeira) 153.067.589 153.067.589 135.735.504252 Clientes Titulos a Receber (Actividade Comercial)

253+254 Empresas Associadas251+255 Outros accionistas

229+2619 Fornecedores24 Estado e outros entes públicos

262+266/8+221 Outros devedores153.067.589 153.067.589 135.735.504

DIVIDAS TERCEIROS C. PRAZOClientes c/c

211 Actividade Comercial 18.561.064 18.561.064 17.640.500214 Actividade Financeira 52.027.105 52.027.105 22.786.108212 Clientes titulos a receber (Actividade Comercial) 1.282.678 1.282.678 1.768.766

Clientes de cobrança duvidosa218 Actividade Comercial 4.766.987 4.506.568 260.419 328.447

Actividade Financeira 11.393.619 11.329.322 64.297 1.312.370252 Empresas associadas 5.631.259 5.631.259 3.903.791

253+254 Empr.assoc.,participadas,participan229 Adiantamentos a fornecedores 88.897 88.897 52.739

2619 Adiant.fornecedores imobilizado24 Estado e outros entes públicos 4.267.028 4.267.028 8.363.159

262+266/8+221 Outros devedores 4.100.869 4.100.869 3.068.655264 Subscritores de capital

102.119.507 15.835.890 86.283.617 59.224.533TITULOS NEGOCIÁVEIS

1511 Acções empresas grupo1521 Obrigações titulos partic.emp.grupo1512 Acções empresas associadas1522 Obrig.titulos partic. emp.associadas

1513+1523+153/9 Outros títulos negociáveis18 Outras aplicações de tesouraria

06-04-2004

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BALANÇO CONSOLIDADO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL 2003

ACTIVO AB AP AL 2002DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA

12+13+14 Depósitos bancários 24.719.100 24.719.100 12.125.57011 Caixa 73.987 73.987 158.309

24.793.088 24.793.088 12.283.879ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

271 Acréscimos de proveitos 10.613.863 10.613.863 9.282.233272 Custos diferidos 5.155.659 5.155.659 6.201.335

15.769.522 15.769.522 15.483.569Total de amortizações 32.024.644

Total de provisões 15.850.854Total do activo 412.345.485 47.875.498 364.469.987 314.258.969

06-04-2004

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BALANÇO CONSOLIDADO DO GRUPO AUTO-INDUSTRIAL 2003

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 2003 2002

CAPITAL PRÓPRIOCapital 12.500.000 12.500.000Acções próprias-Valor nominal -33.885 -33.885Acções próprias-Descontos prémios 18.088 18.088Prestações suplementaresPrémios de emissão Diferenças de consolidação 17.558.257 12.946.292Ajustamentos de partes de capital 451.288 451.288Reservas de reavaliação 1.694.904 1.694.904Reserva legal 658.805 568.805Reservas estatutáriasReservas contratuaisOutras reservas 6.444.152 4.465.516Resultados transitados

Subtotal 39.291.610 32.611.009Resultado liquido do exercicio 9.566.511 7.206.142Dividendos antecipados

Total do capital próprio 48.858.121 39.817.151INTERESSES MINORITÁRIOSCapital 28.826.932 24.967.980Resultado 8.523.593 6.648.392

37.350.525 31.616.372

PASSIVOProvisões para pensõesProvisões para impostosOutras provisões para riscos encarg. 10.607.979 10.433.641

10.607.979 10.433.641DIVIDAS A TERCEIROS M/L PRAZOEmprestimos por obrigações 50.500.000 30.500.000Dividas a instituições de crédito 46.343.180 36.659.300Fornecedores imobilizado c/c 5.231.166 6.231.064

102.074.346 73.390.364DIVIDAS A TERC. CURTO PRAZOEmprestimos por obrigações 15.000.000 32.500.000Empréstimos por titulos de participaç. 4.987.979 4.987.980Dividas a instituições de crédito 77.471.960 56.824.999Adiantamentos por conta de vendasFornecedores c/c 25.050.909 35.131.399Fornecedores-fact. recep. conferencia 1.824.225 1.024.631Fornecedores-titulos a pagarFornec. imobilizado-titulos a pagarEmpresas assoc. partic.participantesOutros accionistasAdiantamentos de clientes 691.141 416.957Outros emprestimos obtidosFornecedores imobilizado c/c 2.713.929 2.969.923Estado e outros entes públicos 5.323.341 3.846.624Outros credores 21.156.406 10.819.410

154.219.890 148.521.923ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de custos 11.177.116 10.301.279Proveitos diferidos 182.009 178.239

11.359.125 10.479.518Total do passivo 278.261.340 242.825.447

Total do capital próprio, inter.minoritarios e do passivo 364.469.987 314.258.969

06-04-2004

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES 2003

2003 2002

Vendas e Prestações de Serviços 315.625.935 337.309.672

Custos das Vendas e Prestações de Serviços 226.322.604 253.013.239

RESULTADOS BRUTOS 89.303.331 84.296.433

Outros proveitos e ganhos operacionais 4.779.816 6.499.922Custos de Distribuição 22.781.879 28.826.616Custos Administrativos 26.350.528 23.423.092Outros custos e perdas operacionais 19.878.167 17.274.349

RESULTADOS OPERACIONAIS 25.072.573 21.272.298

Custo líquido de Financiamento 5.402.105 5.216.354Ganhos (Perdas) em filiais e associadas -118.738 23.560Ganhos (Perdas) em outros investimentos 940 2.296Resultados não usuais ou não frequentes 2.281.547 918.227

RESULTADOS CORRENTES 21.834.217 17.000.027

Imposto sobre os resultados correntes 3.744.113 3.145.493

RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 18.090.104 13.854.534

Interesses Minoritários 8.523.593 6.648.392

Resultado de operações em descontinuação

Resultados Extraordinários

Imposto sobre os resultados extraordinários

Resultados líquidos 9.566.512 7.206.142

Resultado por acção 3,83 2,88

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2003 EURO 2002

Actividades Operacinais

251.705.014 280.653.26093.440.506 92.305.005

230.870.031 276.449.48843.161.431 46.232.25721.903.574 21.954.147

Fluxo Gerado Pelas Operações 49.210.484 28.322.373

-1.760.845 -7.115.236Fundos adiantados a clientes ( actividade financeira ) -213.381.070 -222.991.642Venda de Crédito s/ clientes ( actividade financeira ) 168.617.211 278.988.600

-529.251 936.894

2.156.529 78.140.990

2.564.493 1.339.448512.338 753.787

Fluxo das Actividades Operacionais 4.208.684 78.726.651

Actividades de InvestimentoRecebimentos Provenientes de :

0 06.621.469 9.411.207

0 00 0

2.456.555 774.91724.500 9.102.525 23.560 10.209.684

Pagamentos Respeitantes a :6.094 13.695.890

21.891.697 15.445.175546.163 22.443.954 577.935 29.719.000

Fluxo da Actividade de Investimento -13.341.429 -19.509.316

Actividades de FinanciamentoRecebimentos Provenientes de :

Empréstimos Obtidos 32.830.840 0Aumento de Capital, Prestações Suplementares e Prémios de Emissão 0 0Subsídios e Doacções 162.204 188.132Venda de Acções (quotas) Próprias 0 0Cobertura de Prejuízos 0 32.993.043 0 188.132

Pagamentos Respeitantes a :Empréstimos Obtidos 0 52.778.883Amortização de Contratos de Locação Financeira 1.878.358 1.457.893Juros e Custos Similares 8.000.959 5.988.976Dividendos 1.471.773 1.471.773Redução de Capital e Prestações Suplementares 0 0Aquisição de Acções (quotas) Próprias 0 11.351.090 0 61.697.525

Fluxo da Actividade de Financiamento 21.641.954 -61.509.393

Variação de Caixa e seus Equivalentes 12.509.209 -2.292.058

Efeito das Diferenças de CâmbioCaixa e seus Equivalentes no Início do Período 12.283.879 14.575.937Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 24.793.088 12.283.879

Outros Recebimentos / Pagamentos relativos à Actividade Operacional

Fluxo Gerado antes das Rubricas Extrordinárias

Grupo Auto IndustrialDemonstração de Fluxos de Caixa

Pagamentos / Recebimentos IRC

Recebimentos de Clientes

Pagamentos a Fornecedores

Pagamentos a Pessoal

Recebimentos de Clientes ( actividade financeira )

Pagamentos a Fornecedores ( actividade financeira )

Recebimentos Relacionados com Rúbricas ExtrordináriasPagamentos Relacionados com Rúbricas Extrordinárias

Investimentos FinanceirosImobilizações Corpóreas

Investimentos FinanceirosImobilizações CorpóreasImobilizações Incorpóreas

Imobilizações IncorpóreasSubsídios de InvestimentoJuros e Proveitos SimilaresDividendos

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 I - INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO E A OUTRAS 1 - EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO A denominação e a sede das empresas incluídas na consolidação, bem como a respectiva proporção do capital detido, constam do quadro seguinte. As condições que determinaram que fosse levada a efeito a consolidação resultam do disposto na alínea a) do nº.1 do Dec. Lei nº. 238/91.

Nome Sede Proporção Detida

AUTO-INDUSTRIAL, S.A. Av. Navarro, 36 - COIMBRA Auto Industrial, SGPS, SA Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 100% Lisboa Auto Industrial - Porto, Lda R. Pedro Alves Cabral 205 a 213 100% Rio Tinto AUTO HORIZONTE, LDA. Rua de Lisboa (Edifício Horizonte) 98,78% ESTORIL C.A.M.- Camiões, Automóveis Rua Delfim Ferreira, 188 100% e Motores, S.A. PORTO CENTRAL PARQUE - AUTOMÓVEIS, S.A. Rua Castilho, 167 A/E 93,12% LISBOA DIGITESE - Consultadoria em Aplica- Av. Duque de Loulé, 93/95 B 100% ções Informáticas, Lda. LISBOA FORTE - Camiões, Máquinas e Av. Navarro, 36 Coimbra 100% Reparações, Lda. COIMBRA E.U.A. – EMPRESA UNIVERSAL de Rua Cidade do Porto 100%

Automóveis, Lda. BRAGA GARAGEM DE SANTA CRUZ, LDA Av. Navarro, 45 100% COIMBRA GESTECO - Centro de Gestão Av. Fernão de Magalhães, 333 100% de Coimbra, Lda. COIMBRA GILAUTO - Automóveis, Máquinas Rua Cidade da Beira, 48-K 90,01% e Equipamentos, S.A. LISBOA

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2

Nome Sede Proporção Detida

MARGEM INVESTMENTS & Cº. P.O.Box 30124 100% Grand Cayman - CAYMAN ISLANDS MARGEM - Mediação Seguros, Lda. Av. Navarro, 36 53,50% . COIMBRA MERCENTRO- Comercio de Automóveis, SA. R. de Nossa Senhora das Necessidades, 72 100% . AVEIRO MOTOLUSA - Motores de Portugal, Lda. Estrada da Circunvalação 100% Portela da Ajuda - LISBOA NOVITEXTO - Base de Dados, Lda. Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 100% LISBOA R.M.P.- Reparações Mecânicas do Av. Heróis do Ultramar, 25 100% Pombal, Lda. POMBAL SAGRUP - SGPS, S.A. Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 57,92% LISBOA SOLMOTOR - Veículos e Peças, S.A. Edifício C.A.M., Cruz de Popa 100% ALCABIDECHE TECNICRÉDITO SGPS, S.A. Rua Soeiro Pereira Gomes, 7 – sala 2 53,50%

LISBOA

BANCO MAIS, SA Rua Soeiro Pereira Gomes, 7 53,50% Sala 2,3,5 LISBOA TECNICRÉDITO - ALD - ALUGUER DE Rua Soeiro Pereira Gomes, 7 53,50%

AUTOMÓVEIS, SA SALA 2,3 LISBOA

TECNICRÉDITO - MAGYARORSZÁG PÉMZÜGYI ARPAD CENTER 1134 BUDAPESTE 53,50% RÉSZVENYTÁRSASÁG ARBOC UTQA 6 - HUNGRIA TECNICRÉDITO CAYMAN, INC The Bank of Nova Scotia Building, 53,50% 4th Floor - Cardinal Avenue, P.O. Box 30124 Cayman Islands TCC INVESTMENT, LTD The Bank of Nova Scotia Building, 53,50% 4th Floor - Cardinal Avenue, P.O. Box 30124 Cayman Islands TECNICRÉDITO INTERNACIONAL (II), SGPS Avenida Arriaga, 77 53,50% Sociedade Unipessoal, Lda Edifício Marina Fórum, 3º Andar - Sala 302 Funchal TRACTORES IBÉRICOS, LDA. Estrada da Circunvalação 100% Portela da Ajuda - Carnaxide UNIÃO EBORENSE DE AUTOMÓVEIS, LDA. Praça do Sertório, 5 100% ÉVORA ______________________________________________________________________________

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2 - EMPRESAS DO GRUPO EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO A denominação e a sede das empresas excluídas da consolidação, bem como a respectiva proporção do capital detido constam do quadro seguinte. As condições que levaram a que não fosse levada a efeito a consolidação resultam do disposto no nº.1 do artigo 4º. do Decreto-Lei nº. 238/91. Nome Sede Proporção Detida

AUTO CALDENSE Automóveis, Lda . Praça 5 de Outubro, 34/35 100% CALDAS DA RAINHA A.U.A.- Auto Associadas Av. de Nice, 4 100% (Automóveis) , LDA. ESTORIL Auto Palace Automóveis, LDA Rua Alexandre Herculano, 66 100% LISBOA ESTAÇÃO DE SERVIÇO Rua Pde. Angelo F.da Silva,1-A 93.24% NOVALMADAUTO, LDA. ALMADA Mascarenhas e Miranda, Lda Av.24 de Julho, 180 – C 100% LISBOA RENAUTO - Comércio e Indústria Rua Cidade da Beira,48-K 92.5% Automóvel, LDA. LISBOA SAGAR - Comércio de Máquinas e Av.Fontes Pereira de Melo, 14 12º 98.3% reparações, LDA. LISBOA _ ____________________________________________________________________ 3 - EMPRESAS ASSOCIADAS CONSOLIDADAS As empresas associadas do Grupo, respectivas sede e proporção do capital detido constam do quadro seguinte: Nome Sede Proporção Detida

MODIPE, S.A. Poligno de las Monjas 19,6% MADRID VERA CRUZ, Industria e Comércio, SA Av. Presidente Vargas 351 sala 1302 21,72% Belém Pará - BRASIL ____ _________________________________________________________________ 7 - PESSOAL AO SERVIÇO O número médio de pessoal que durante o ano esteve ao serviço das empresas incluídas na consolidação foi 1.112.

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III - INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO 10 - DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO O saldo nesta rubrica justifica-se pelas diferenças de consolidação originadas em 1992 com as correspondentes variações ocorridas nos exercícios subsequentes até 2001 inclusivé corresponde à compensação efectuada entre os valores contabilísticos das partes de capital detidas e a proporção dos capitais próprios que elas representam. Diferenças de consolidação positivas 31.095.318 Diferenças de consolidação negativas 13.537.561 17.558.257 18 - CRITÉRIO DE CONTABILIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO EM ASSOCIADA Os investimentos financeiros nas empresas Associadas, encontram-se registados pelo método da equivalência patrimonial, sendo as participações contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi ajustado para o valor correspondente à proporção nos resultados líquidos da Associada e ao valor relativo à proporção nas restantes rúbricas dos capitais próprios. IV - INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS

21 - COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO REFLECTIDOS NO BALANÇO

CONSOLIDADO. A composição das responsabilidades assumidas perante terceiros e não reflectidas no balanço consolidado são as seguintes: ___________________________________________________________________________ RESPONSABILIDADES MONTANTES ___________________________________________________________________________ POR CAUÇÕES ESTATUTÁRIAS 25.000

POR MERCADORIAS TERCEIROS CONSIGNAÇÃO 6.487.925

POR VALORES E ACTIVOS DADOS COMO CAUÇÃO 331

POR GARANTIAS PRESTADAS 28.532.214

___________________________________________________________________________ TOTAL 35.045.469

22 - Garantias prestadas no valor de 28.532.214 que correspondem na sua maioria a garantias bancárias.

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V - INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

23 - CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA Os critérios de valorimetria utilizados nas demonstrações financeiras consolidadas foram consistentes com os critérios utilizados pelas empresas entre si, descritos como se segue:

- Existências Os veículos e as máquinas agrícolas foram valorizados ao custo efectivo de aquisição, unidade a unidade. As restantes mercadorias foram valorizadas ao custo médio (existências iniciais mais as aquisições efectuadas durante o exercício). Os produtos e trabalhos em curso foram valorizados pelo custo das peças incorporadas em obras e pela mão-de-obra e eventuais serviços externos aplicados.

- Investimentos Financeiros As partes de capital em empresas do grupo e outras aplicações financeiras encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, com excepção do referido no segundo parágrafo da nota 50 As partes de capital em empresas associadas encontram-se registadas de acordo com o critério referido na nota 18.

- Imobilizações Incorpóreas As imobilizações incorpóreas são registadas ao custo de aquisição. As reintegrações são calculadas pelo método das quotas constantes e dentro dos limites máximos permitidos pela legislação em vigor.

- Imobilizações Corpóreas As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, tendo no entanto tais valores sido sucessivamente reavaliados nos termos da legislação em vigor As reintegrações são calculadas pelo método das quotas constantes e dentro dos limites máximos permitidos pela legislação em vigor. - Provisões para riscos e encargos O Grupo regista nesta rubrica provisões constituídas para processos judiciais em curso.

24 - COTAÇÕES PARA CONVERSÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA

As cotações utilizadas contra o Euro foram as seguintes:

Dinamarca - DKK - 7.4450

EUA - USD - 1.2630

Japão - JPY - 135.05

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Reino Unido - GBP - 0.7048

Suiça - CHF - 1.5579

Hungria HUF 262.50

Brasil BRL 3.6646

Coreia do Sul KRW 1506.32

Noruega NOK 8.4141

Para as restantes moedas da zona Euro utilizou-se as taxas de conversão abaixo referidas:

Alemanha - DEM - 1.95583

Áustria - ATS - 13.7603

Bélgica - BEF - 40.3399

Espanha - ESP - 166.386

Finlândia - FIM - 5.94573 França - FRF - 6.55957

Grécia (a) - GRD - 340.75

Holanda - NLG - 2.20371

Irlanda - IEP - 0.787564

Itália - ITL - 1936.27

Luxemburgo - LUF - 40.3399

Portugal - PTE - 200.482

a) Em vigor desde 1 de Janeiro de 2001

25 - As imobilizações incorpóreas são basicamente constituídas por despesas com aumento de capital, trespasses comerciais e outras despesas de investigação e desenvolvimento directamente relacionadas com a actividade e objectivos das empresas incluídas na consolidação.

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27 - ACTIVO IMOBILIZADO / AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES

RUBRICAS SALDO IN REAVAL AUMENTO ALIENAÇÃO TR.ABAT. SALDO FI

ACTIVO BRUTO

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de Instalação 1.222.040 64.495 16.735 1.269.800

Desp.Invest. Desenvolvimento 170.968 44.095 215.063

Propriedade Industrial 21.103 96.544 117.647

Trespasses 559.627 559.627

Imobiliz. em curso

Outras Imobilizações Incorpóreas 2.500.654 341.029 390.094 2.451.589

4.474.390 546.163 406.829 4.613.724

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e Rec. Naturais 9.324.925 51.166 9.273.760

Edificios e outras construções 19.339.724 3.774.615 2.564 23.111.775

Equipamento básico 8.142.797 8.917.537 6.579.222 48.105 10.433.008

Equipamento transporte 3.200.048 7.861.173 296.663 4.233.094 6.531.464

Ferramentas e utensilios 1.438.922 261.627 1.015 1.699.533

Equipamento administrativo 12.285.243 598.944 1.235 525.532 12.357.419

Taras e vasilhames

Outras imobiliz. corporeas 1.074.475 14.102 34.444 1.054.133

Imobilizações em curso 5.746.560 412.534 3.787.390 2.371.704

60.552.694 21.840.532 6.928.285 8.632.144 66.832.796

Investimentos Financeiros

Partes capital emp.grupo 30.462 65 30.397

Emprestimos emp. grupo 7.450 7.450

Partes capital emp.associadas 113.178 2.328 115.506

Emprestimos emp. associadas

Partes capital emp. participadas

Emprestimos emp. participadas

Titulos e outras aplic. financeiras 13.055.750 3.766 207.595 12.851.921

Outros emprestimos concedidos 649.510 649.510

Imobilizações em curso

Adiant.por c/ invest.financeiros

13.856.350 6.094 207.660 13.654.784

AMORTIZ.E PROVISÕES

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de Instalação 997.334 151.822 1.149.157

Desp.Invest. Desenvolvimento 145.263 27.545 172.808

Propriedade Industrial 11.665 35.628 47.293

Trespasses

Outras Imobilizações Incorpóreas 2.032.404 197.992 222.034 2.008.362

3.186.666 412.988 222.034 3.377.619

Imobilizações Corpóreas

Terrenos e Rec. Naturais

Edificios e outras construções 6.990.823 1.329.874 507 8.320.190

Equipamento básico 5.050.475 1.117.903 448.613 -246 5.720.012

Equipamento transporte 1.895.706 1.765.337 127.592 1.521.393 2.012.058

Ferramentas e utensilios 1.073.372 221.870 1.295.242

Equipamento administrativo 9.387.377 1.124.481 1.235 94.357 10.416.267

Taras e vasilhames

Outras imobiliz. corporeas 859.739 52.279 28.762 883.256

25.257.493 5.611.744 577.440 1.644.772 28.647.025

Investimentos Financeiros

Titulos e outras aplic. financ.

Outros emprestimos conced

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39 - Remunerações atribuidas aos orgãos sociais da empresa-mãe Conselho de Administração 315.601 Conselho Fiscal 54.320 41 - A reavaliação efectuada ao abrigo do Dec.Lei nº 31/98 no valor de 2.231.641 encontra-se realizada, por força das amortizações e alienações, no montante de 620.454. 42 - A contabilidade das sociedades do Grupo não estava organizada de modo a permitir imputar as amortizações feitas durante os vários exercícios subsequentes à primeira reavaliação efectuada ao custo histórico e às reavaliações propriamente ditas, pelo que não é possível apurar o custo histórico líquido de amortizações e as reavaliações também líquidas das amortizações.

44 - DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS

EXERCICIOS CUSTOS E PERDAS 2003 2002

Juros suportados 7.331.167 5.467.695 Remuneração a tit. Participação 263.677 236.931 Amort. Invest. em imoveis Prov. P/ aplicações financeiras Diferenças cambio desfavoraveis 11.705 5.359 Descontos p.p. concedidos 21.592 34.399 Perdas alienação aplic. tesouraria Outros custos perdas financeiras 372.818 244.592 Perdas relativas emp. Associadas Resultados Financeiros -5.519.903 -5.190.499

2.481.055 798.476

PROVEITOS E GANHOS Juros obtidos 2.408.423 718.636 Rendimentos tit. participação 25.420 24.882 Rendimentos imóveis Ganhos part. capital outras emp. Diferenças cambio favoraveis 4.060 2.022 Descontos p.p. obtidos 27.089 27.799 Ganhos alienação aplic. tesouraria Outros prov. ganhos financeiros 16.064 25.136 Ganhos relativos emp. associadas

2.481.055 798.476

45 - DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

EXERCICIOS CUSTOS E PERDAS 2003 2002

Donativos 2.433 4.746 Dividas incobraveis 29.302 101.385 Perdas em existencias 35.020 10.364 Perdas em imobilizações 40.155 34.688 Multas e penalidades 331.052 434.672 Aumentos de amortiz.e provisões Correcç.relativas exercicios anter. 142.797 210.667 Outros custos perdas extraordin. 178.853 314.369 Resultados extraordinarios 2.281.811 918.228

3.041.423 2.029.119

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PROVEITOS E GANHOS Restituiçãode impostos 38.763 6.445 Recuperação de dividas 6.727 40 Ganhos em existencias 33.493 34.352 Ganhos em imobilizações 310.779 627.384 Beneficios de penalidades contr. 9.513 40.306 Reduções de amortiz.e provisões 70.357 24.661 Correcç.relativas exercicios anter. 62.301 3.274 Outros proveitos e ganhos extrao. 2.509.490 1.292.657

3.041.423 2.029.119

46 - PROVISÕES

Provisões Saldo inicial Aumento Redução Saldo final

Aplicações de tesouraria

Cobranças duvidosas 15.235.815 19.244.824 18.644.749 15.835.890

Riscos e encargos 10.433.641 305.988 131.650 10.607.979

Depreciação de existencias 56.132 41.169 14.964

Investimentos financeiros

Total 25.725.588 19.550.812 18.817.568 26.458.833

47 - Bens em regime de locação financeira Activo Bruto Outros Credores Instalações Seixal Contrato nº31 BCP LEASING 551.518 388.236Benavente Contrato nº507420 IMOLEASING 685.847 543.861Vila Nova de Gaia Contrato nº20020342 BCP LEASING 1.244.003 994.323Rio Tinto Contrato nº103261 TOTTAIMO 1.508.864 821.634Contrato nº203261 TOTTAIMO 1.448.375 886.898Aveiro Contrato nº120115 BANCO ALVES RIBEIRO 2.645.923 1.741.024 8.084.530 5.375.976Equipamentos

Contrato nº008723 LOCAPOR 84.176 54.267

Contrato nº004039 LOCAPOR 58.176 46.597

Contrato nº058332 LOCAPOR 48.266 14.500

Contrato nº049008 INTERBANCO 50.503 25.721

Contrato nº158 MERCEDES BENZ 12.160 1.050

Contrato nº3210001001 LOCAPOR 275.372 177.292

Contrato nº3210001002 LOCAPOR 117.120 75.850

Contrato nº3210002001 LOCAPOR 11.764 9.443

Contrato nº3210002002 LOCAPOR 8.593 6.897

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Contrato nº3210002003 LOCAPOR 18.565 14.901

Contrato nº3210002004 LOCAPOR 7.060 5.667

Contrato nº3210002005 LOCAPOR 3.679 2.706

Contrato nº3210002006 LOCAPOR 9.050 7.264

Contrato nº3210003001 LOCAPOR 237.021 189.922

Contrato nº3210003002 LOCAPOR 30.012 24.089

971.517 656.166 VIII - INFORMAÇÕES DIVERSAS 50 - A) A rubrica ´Ajustamentos partes de capital` regista um valor de 451.289 resultante de aumentos de capital em sociedades do grupo por incorporação de reservas de reavaliação conforme norma interpretativa nº 8/87 da Comissão de Normalização Contabilística e já registado em exercícios anteriores. B) Para efeitos de consolidação a empresa Sagar, Lda, foi consolidada pelo método da equivalência patrimonial, apesar de ser detida a 98,3% pela Auto Industrial S.A. O método seguido para a consolidação justifica-se porque, desde a sua aquisição, a empresa não desenvolveu qualquer tipo de actividade. C) Para uma melhor comprensão do Balanço e da Demonstração de Resultados Consolidados, abaixo apresentamos o Balanço Sintético Consolidado e a Demonstração de Resultados Consolidada da Tecnicrédito, SGPS. Na consolidação da Tecnicrédito SGPS foram utilizadas as contas financeiras da Tecnicrédito ALD e foi elaborada de acordo com os princípios de consolidação que o Plano Oficial de Contabilidade preconiza.

BALANÇO SINTÉCTICO CONSOLIDADO DA TECNICRÉDITO SGPS

ACTIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA

Imobilizado Líquido 20.635.871 Capital Próprio 61.859.663

Dividas de Terceiros MLP 153.067.589 Resultado líquido do Exercício 18.263.173

Dividas de Terceiros C.P. 57.087.191 Total da SL 80.122.836

Títulos Negociáveis

Dep Bancários e Caixa 23.403.689

Acréscimos e Diferimentos 12.836.461 PASSIVO

Provisões 9.096.197

Total do Activo 267.030.801 Dividas a Terceiros MLP 70.279.581

Dividas a Terceiros CP 99.850.163

0 Acréscimos e Diferimentos 7.682.024

Total do Passivo 186.907.965

Total do Cap. Próprio + Passivo 267.030.801

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADA TECNICRÉDITO, SGPS

Custo das Merc. Vend. Mat. Cons. 33.102.981 Vendas 93.440.506

Fornecimentos e Serv. Externos 19.543.804 Prestações de Seviços 9.294.222

Custos com o Pesoal 5.410.491 Proveitos Suplementares 1.267.632

Amortizações 2.418.804 Outros Prov. e Ganhos Operacionais 0

Provisões 18.943.408 (B) 104.002.360

Impostos 980.041 Outros Juros e Proveitos Similares 1.892.734

Outros Custos e Perdas Operacionais 66.101 (D) 105.895.094

(A) 80.465.629 Proveitos e Ganhos Extraordinários 2.563.045

Juros e Custos Similares 5.696.089 (F) 108.458.140

(C) 86.161.718

Custos e Perdas Extraordinárias 222.289

(E) 86.384.008 Resultados Operacionais (B) - (A) 23.536.731

Imposto s/ Rend. Exercício 3.810.959 Resultados Financeiros (D-B) - (C-A) -3.803.356

(G) 90.194.967 Resultados Correntes (D) - (C) 19.733.376

Resultado Líquido do Exercício 18.263.173 Resultados Antes Impostos (F) - (E) 22.074.132

TOTAL 108.458.140 Resultado Liq. do Exercício (F) - (G) 18.263.173

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Senhores Accionistas: Nos termos dos artigos 508º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais, e do mandato que V. Exª s nos conferiram, o Conselho Fiscal acompanhou, com a frequência que entendeu necessária, durante o exercício de 2003, o processo de preparação das contas consolidadas, com o apoio e colaboração, que agradece, do Conselho de Administração e dos serviços administrativos, analisando os documentos que lhe serviram de suporte e verificando a sua conformidade com as disposições aplicáveis. O Conselho verificou igualmente a concordância do Relatório Consolidado de Gestão com as Contas Consolidadas do exercício. Nestas condições é parecer do Conselho Fiscal que o Relatório Consolidado apresentado pelo Conselho de Administração e as Contas Consolidadas satisfazem todos os requesitos legais. Sendo assim, o Conselho Fiscal, apoiado pela Certificação Legal das Contas Consolidadas elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu a sua inteira concordância, propõe: Sejam aprovados o Relatório Consolidado de Gestão e as Contas Consolidadas apresentadas pelo Conselho de Administração, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2003. Coimbra 25 de Fevereiro de 2004 O Conselho Fiscal Sílvio Costa - Presidente Maria Teresa Andrade Dias António Luís Athayde Martha Carlos Manuel Amado Figueiredo Nunes António Freitas dos Santos - ROC

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

INTRODUÇÃO 1- Examinei as demonstrações financeiras consolidadas anexas de Auto- Industrial SA, as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2003, (que evidencia um total de balanço de 364.469.987 Euros e um total de capital próprio de 48.858.121 Euros , incluindo um resultado líquido de 9.614.623 Euros ), a Demonstração Consolidada de Resultados, Resultados por Funções, Demonstração de Fluxos de Caixa e o correspondente Anexo. RESPONSABILIDADES 2- É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadas na consolidação, e o resultado consolidado das suas operações, bem como a adopção de políticas critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriados. 3- A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no meu exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4- O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes.Para tanto o referido exame inclui: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgaçãp, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5- Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da minha opinião..

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OPINIÃO 6- Em minha opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada de Auto Industrial sa em 31 de Dezembro de 2003, o resultado das suas operações no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites. Coimbra 25 de Fevereiro de 2004 António Freitas dos Santos Roc nº 263

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

INTRODUÇÃO O presente Relatório é emitido nos termos das disposições legais em vigor, nomeadamente tendo em atenção o estatuído no artº 452 do Código das Sociedades Comerciais,e através dele damos conhecimento das deligências e acções tomadas durante o ano de 2003, no âmbito da revisão legal das contas consolidadas de Auto-Industrial SA. ÂMBITO Procedemos à revisão legal da Auto-Industrial SA e ao exame das suas demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, de acordo com as normas técnicas de revisão aprovadas pela Câmara dos Revisores Oficiais de Contas, e com a profundidade considerada necessária nas circunstâncias. Em consequência do exame efectuado emitimos a respectiva certificação legal das contas, cujo conteúdo damos aqui como integralmente reproduzido. TRABALHOS EFECTUADOS Os procedimentos adoptados no desenvolvimento sistemático da revisão legal ao longo do exercício de 2003, assentaram fundamentalmente nos aspectos e àreas seguintes: - acompanhamento da gestão corrente das Empresas do Grupo Auto Industrial através de contactos regulares com elementos das respectivas Administrações, e outros responsáveis, nomeadamente na área financeira, tendo solicitado e obtido todos os esclarecimentos que considerámos necessários. - apreciação da adequação e consistência das políticas contabilísticas adoptadas pelas diversas empresas e que se encontram divulgadas no Anexo às Contas. - análise da informação financeira divulgada, com testes substantivos nas seguintes àreas: . análise e teste das reconciliações bancárias preparadas pelas empresas; . confirmação directa e por escrito junto de terceiros (bancos, clientes e fornecedores) dos saldos de contas, responsabilidades e outras garantias. Procedimentos alternativos foram adoptados, com o apoio dos serviços administrativos das empresas, visando o completo esclarecimento de divergências entretanto surgidas e que considerei materialmente relevantes. - análise dos procedimentos de inventariação física das existências, incluindo a apreciação das normas internas aplicáveis à sua execução. - confirmação directa junto dos consultores jurídicos das diferentes Empresas, no que refere a acções judiciais ou outras, nas quais a Empresa é autora ou ré, por forma a avaliar da eventual materialidade que tais acções pudessem vir a ter nas demonstrações financeiras do exercício. CONCLUSÕES Como conclusão geral da minha actividade durante o exercício de 2003, apraz-me registar que:

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- houve sempre, quer por parte da Administração, quer por parte dos demais sectores da Empresa, uma preocupação permanente na aderência estricta às disposições legais vigentes e aos estatutos da Empresa; - houve de igual modo uma abertura total e sem reservas às deligências e solicitações por mim manifestadas; - ao longo do acompanhamento da Gestão da Empresa não tive conhecimento de quaisquer factos ou situações relevantes que mereçam divulgação. Coimbra 25 de Fevereiro de 2004

_________________________ António Freitas dos Santos Roc nº 263

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RELATÓRIO DA BDO BINDER & CO.

Exmo. Conselho de Administração da Auto Industrial, SA 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da Auto Industrial, SA, as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2003 (que evidencia um activo líquido de 364 469 987 euros e um capital próprio positivo de 48 858 121 euros, incluindo um resultado líquido positivo de 9 566 511 euros), as Demonstrações Consolidadas dos Resultados por Naturezas e por Funções, a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa e o Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados, referentes ao exercício findo naquela data. A elaboração e apresentação das demonstrações financeiras consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade consiste em expressarmos uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras consolidadas com base na auditoria que realizámos. 2. O nosso exame foi realizado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites, as quais requerem que a auditoria seja planeada e executada de forma a obtermos uma razoável segurança sobre se as demonstrações financeiras consolidadas contêm ou não erros ou omissões significativos. Uma auditoria inclui a verificação, por amostragem, da documentação de suporte dos valores e das informações constantes das demonstrações financeiras. Uma auditoria inclui também a apreciação dos princípios contabilísticos adoptados e das estimativas mais significativas efectuadas pelo Conselho de Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras consolidadas consideradas na sua globalidade. As demonstrações financeiras consolidadas, em 31 de Dezembro de 2003, incluem empresas consolidadas pelo método integral, que representam cerca de 73% do activo líquido consolidado e 94% do resultado líquido consolidado, cujas demonstrações financeiras foram examinadas por outros auditores que emitiram opiniões sem reservas. A nossa opinião, em relação aos referidos montantes, está baseada nesses pareceres. É nossa convicção que a auditoria que realizámos constitui uma base razoável da nossa opinião. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas, apresentam adequada e apropriadamente, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira consolidada da Auto Industrial, SA, em 31 de Dezembro de 2003, bem como o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa referentes ao exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

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4. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, refere-se que, tendo por objectivo dar uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira consolidada e conforme referido no Relatório do Conselho de Administração e nas notas 1 e 50 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Consolidados, a Auto Industrial consolida, pelo método integral, as demonstrações financeiras consolidadas da sua filial Tecnicrédito SGPS, SA, que são preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário, regulados pelo Banco de Portugal. As demonstrações financeiras consolidadas incluem rubricas próprias onde se evidenciam os principais saldos resultantes daquele procedimento. Lisboa, 12 de Março de 2004