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relatório e contas 2011

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relatório e contas 2011

índice relatório do conselho

de administração

sumário

considerações gerais

o mercado

tecnologias de informação

e comunicação

atividade florestal

atividade industrial

investimentos

recursos humanos

sistemas de gestão

atividade financeira

proposta de aplicação

de resultados

anexo ao relatório do conselho

de administração

contas e notas anexas

demonstração da posição

financeira

demonstração dos resultados

por naturezas

demonstração do rendimento integral

demonstração das alterações

no capital próprio

demonstração dos fluxos de caixa

anexo às demonstrações

financeiras

relatório e parecer do conselho fiscal

e certificação legal das contas

relatório e parecer do conselho fiscal

certificação legal das contas

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relatório do conselho de administração

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vendas líquidasmilhões de euros

2007 2008 2009 2010 2011

ano total

2007 197

2008 145

2009 158

2010 329

2011 333

ano total

2007 58.0

2008 225.1

2009 81.9

2010 20.0

2011 7.6

2007 2008 2009 2010 2011

investimentomilhões de euros

250

200

150

100

50

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resultados operacionaismilhões de euros

2007 2008 2009 2010 2011

ano total

2007 60

2008 16

2009 29

2010 101

2011 74

ano total

2007 325

2008 270

2009 401

2010 539

2011 601

2007 2008 2009 2010 2011

vendas de pasta de eucaliptomilhares de toneladas

2007 2008 2009 2010 2011

capital própriomilhões de euros

ano total

2007 226

2008 232

2009 225

2010 262

2011 288

2007 2008 2009 2010 2011

produção de pasta1.000 tons.

ano total

2007 325

2008 275

2009 398

2010 540

2011 599

sumário em 31 de dezembro de 2011

1.000 euros 2011 2010 2009

vendas líquidas 333.197 328.904 157.893

amortizações 33.956 33.057 20.346

resultados operacionais 74.435 101.428 29.192

resultados líquidos 20.402 39.925 151

capital próprio 288.285 261.650 225.246

valor acrescentado 94.901 133.367 35.214

investimento 7.591 20.034 81.919

empregados no quadro em 31 de dezembro (*) 218 218 216

(*) Não inclui Orgãos Sociais, nem contratos a termo certo.

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O ano de 2011 foi um ano de contrastes porque, se no plano interno da empresa se assistiu à consolidação dos

investimentos realizados com a obtenção de um novo record de produção, já na envolvente externa se verificou um ambiente depressivo provocado pela crise do euro e das economias ocidentais.

O mercado de pasta não deixou de refletir o pessimismo que se instalou na Europa e, não fora o crescimento que se verificou nas economias emergentes, nomeadamente a China, e a degra-dação dos preços verificada na última metade do ano, teria sido bem mais acentuada.

As condições de fornecimento de madeira no mercado interno continuaram a não corresponder às exigências da indústria, quer na vertente quan-tidade quer na da qualidade. A certificação da madeira não teve evolução, uma vez que continua a não existir uma política de sensibilização aos produtores para esta exigência cada vez maior dos mercados.

A instalação de novas plataformas de informação baseadas em SAP, a contínua formação dos colabo-radores e o desenvolvimento de ações conducentes à certificação energética, o que veio a acontecer já em 2012, foram desafios e práticas que a Celbi enfrentou em 2011 conducentes a que a empresa se afirmasse e mantivesse como uma das mais compe-titivas da Europa, na produção de pasta branqueada de eucalipto.

considerações gerais

relatório anual 2011

O ano de 2011 foi um ano de contrastes.

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Para os produtores de pastas para mercado 2011 foi um ano de desafios.

A Celbi beneficiou deste enquadramento de mercado colocando no mercado as novas capaci-dades resultantes do projeto de expansão.

A estratégia de incidência das vendas no seu mercado natural – a Europa – persistiu ao longo do ano, sendo o seu produto – pasta papeleira de eucalipto – reconhecido como de qualidade supe-rior e muito apreciado pelos produtores europeus nas mais variadas aplicações, de onde se destaca o papel de impressão e escrita e em variadíssimas especialidades. A aplicação da pasta Celbi em papéis tissue tem também uma relevância muito significativa, uma vez que este setor vem apresen-tando taxas de crescimento positivas na Europa.

O volume de vendas total foi de 601.311 tonela-das, 11,6% superior ao registado em 2010. Este acréscimo resultou de maior disponibilidade de pasta como consequência de um progressivo aumento da produção em 2011. Para 2012, não havendo novas capacidades a entrar no mercado, estima-se que este recupere durante o primeiro semestre grande parte do ajustamento ocorrido na segunda metade de 2011, devendo manter-se relativamente estável até ao final do ano.

o mercado

Para os produtores de pastas para mercado 2011 foi um ano de desafios. O mercado esteve forte nos primeiros dois

trimestres, enfraquecendo progressivamente ao longo de todo o segundo semestre. Globalmente, as vendas mundiais de pasta no ano atingiram 52,6 milhões de toneladas, 2,4 milhões acima do ocorrido em 2010, i.e. um crescimento de 4,8%. O mercado chinês foi o grande responsável por este crescimento apresentando um aumento de 30,5%, relativamente a 2010, o que corresponde, em termos absolutos, a 3,2 milhões de toneladas de aumento da procura, o maior aumento anual jamais ocorrido.

Quanto à pasta de eucalipto, a procura mundial cresceu 8% em 2011, ou seja 1,3 milhões de tone-ladas. O preço internacional da fibra de eucalipto iniciou o ano nos 850 USD/t terminando nos 650 USD/t, após ter atingido um pico de 880 USD/t em Maio.

O câmbio do USD face ao EUR teve naturalmente impacto nos resultados da empresa, uma vez que oscilou entre os 1,336 USD em Janeiro e os 1,3179 USD em Dezembro, tendo no entanto, o EURO atingido o valor mais alto do ano precisamente em Maio cotando 1.4882 USD.

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Em simultâneo, foi feito o upgrade do sistema ROP (Recepção de Outros Produtos) existente na Celbi e a sua extensão às outras unidades do gru-po. Este sistema faz a gestão de todos os outros produtos que, para além da madeira e da biomas-sa, são controlados nas receções das fábricas.

Concluíram-se também os estudos para o upgrade do Sistema de Gestão Documental e Intranet (MS Sharepoint) e do Sistema de Informação Fabril (MIS).

Foi assegurada assistência aos utilizadores da Internet e aos trabalhos de desenvolvimento na CelbiNet, foram efetuadas as renovações dos contratos de manutenção em carteira e introduzidas alterações e melhorias diversas noutros Sistemas de Informação e de Comunicações existentes.

Foi prestado suporte a todos os utilizadores e dada continuidade ao trabalho de instalação de antivírus e outros produtos similares, no sentido de proteger as redes dos constantes ataques de pirataria informática.

tecnologias de informaçãoe comunicação O desafio lançado para a instalação de

uma nova plataforma de informação ba-seada no ERP SAP e o upgrade do sistema

de gestão de manutenção, constituíram os factos mais relevantes, na área das TI no ano de 2011. O projeto designado por Altri SAP Unify & Máximo teve um âmbito alargado a todas as empresas do grupo Altri e a sua entrada em produção ocorreu no mês de Setembro.

Instalação de uma nova plataforma de informação.

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O plano de abastecimento de madeira para 2011 foi elaborado tendo em conta as previsões de consumo da Celbi, as

disponibilidades do mercado nacional e ibérico, com base nos últimos inventários efetuados, bem como uma perspetiva sobre a intervenção no mercado dos outros agentes consumidores de madeira de eucalipto.

O défice de madeira de eucalipto na Península Ibérica forçou-nos a importar matéria-prima, principalmente na forma de aparas, da América do Sul. Por outro lado, a nossa ação na Galiza acentuou-se, em resultado das disponibilidades existentes naquela região espanhola. Em termos logísticos há a realçar o incremento da utilização da via ferroviária.

A procura de madeira no mercado nacional, por parte das empresas espanholas do setor, aumen-tou durante o ano de 2011, no entanto esse facto foi compensado com a diminuição, de cerca de 40%, das vendas para fora da Península Ibérica.

Os volumes do mercado nacional fornecidos à Celbi aumentaram em relação ao ano anterior, em resultado duma maior disponibilidade de madei-ra. A quantidade de madeira certificada fornecida pelo mercado continuou a ser muita reduzida.

A área certificada nacional tem aumentado muito lentamente nos últimos anos, apesar dos incentivos pagos à madeira certificada. O volume de madeira entregue na Celbi, pela Altri Florestal, foi semelhante ao ano anterior.

atividade florestal

Em termos logísticos há a realçar o incremento da utilização da via ferroviária.

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A eficiência operacional atingiu valores próximos dos 90%.

atividade industrial

Introduziu-se um conjunto de alterações nas instalações que permitiram aumentar o pico de produção, reduzir consumos, aumentar a dispo-nibilidade e melhorar os desempenhos ambien-tais e energéticos. Merecem especial referência os consumos e a produção de energia elétrica, a redução do consumo de gás natural e a redução do consumo de água.

O ano de 2011 fica ainda caracterizado pelo aumento do consumo específico de madeira para níveis nunca antes verificados na Celbi, devido à importação de madeira e ao consumo de madeira nacional de fraca qualidade, especialmente devido ao diâmetro muito baixo. Devido a estes fatores, anteciparam-se as dificuldades previsíveis na instalação de preparação de madeiras reforçando equipas de modo a permitir aumentar a capacida-de de pico e disponibilidade das várias linhas.

Prestou-se uma atenção especial às ferramentas que permitissem aumentar a fiabilidade da instala-ção e reduzir custos, nomeadamente o GRUTASF, em parceria com a SKF, à análise de indicadores e às reuniões preparatórias de paragens.

O ano 2011 fica caracterizado pela consolidação da produção da fábrica e, sobretudo, pelo aumento da fiabilidade

da instalação, especialmente no último terço do ano, o que permitiu que se atingisse o nível de produção previsto de 600 mil toneladas/ano. No entanto, problemas remanescentes na área do cozimento da madeira, branqueamento e automa-ção impediram que a produção atingisse outros valores.

A eficiência operacional melhorou durante o ano tendo-se, nos últimos meses, atingido valo-res próximos dos 90 % e a produção anual foi de 599 278 toneladas, novo recorde anual, tendo sido batidos diversos recordes, nomeadamente:

→ recorde mensal 55 431 t → média diária 1 798 t → recorde diário 2 059,9 t

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Durante o ano de 2011 foram identifica-das situações que suscitaram a elaboração de estudos para melhoria da fiabilidade e

disponibilidade das diversas instalações e equipa-mentos processuais.

Foi executado um conjunto de projetos de de-senvolvimento na Celbi entre os quais se destacam pela sua dimensão e valor de investimento:

→ instalação do conceito dolphin nos crivos primário, secundário e terciário e instalação de nova prensa de refugos e de um parafuso separador de areias na recuperação de fibras da LCO ;

→ instalação de nova centrifugadora e aumento da capacidade de extração de fibras no trata-mento de efluentes;

→ instalação da cobertura do silo n.º 1 da arma-zenagem de aparas. Foi também levada a cabo a engenharia de detalhe dos seguintes projetos:

→ Remodelação do sistema de ventilação da Máquina de Secagem

→ Aumento de capacidade/fiabilidade da instala-ção de Caustificação

Foi concluído o processo de licenciamento da central de cogeração e obtida a respetiva licença de exploração, e o processo de licenciamento municipal para as edificações novas, tendo sido obtidas também as licenças de utilização. Desen-volveram-se atividades no âmbito do processo de legalização dos recipientes sob pressão (RSP), com a realização de diversos ensaios e envio de documentação às autoridades oficiais.

Deu-se continuidade ao apoio ao desenvolvi-mento estratégico da Celtejo, nomeadamente na conceção e implantação de um número significa-tivo de modificações realizadas na sua unidade industrial. Destacamos a elaboração da engenha-ria base e orçamentação que permitiu a aprovação do investimento na remodelação da instalação da Evaporação.

investimentos

Melhoria da fiabilidade das instalações.

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Os resultados do impacto da formação nas áreas da saúde e segurança podem verificar-se pela dimi-nuição dos indicadores de Absentismo e Sinistrali-dade. De facto, os acidentes com baixa diminuíram de 16 em 2010 para 7 em 2011, tendo o Índice de Gravidade registado uma quebra de 0,70 para 0,15. Por sua vez, a taxa de absentismo por doença e acidentes diminuiu de 2,6% para 2,1%.

O efetivo médio do quadro de pessoal em 2011 situou-se nos 244. No final do ano, como resulta-do do programa de rejuvenescimento da empresa, ocorreram 14 rescisões por mútuo acordo. O total de horas trabalhadas aumentou cerca de 3% em consequência de um acréscimo significativo do trabalho suplementar que se situou nos 7,5% do potencial de horas de trabalho.

Os custos com pessoal foram de 13,4 milhões de euros, representando um aumento de 1,5% relati-

vamente a igual período de 2010. Contribuiu para isso, além do aumento salarial de 1,3%, o acréscimo do trabalho suplementar e as resci-sões contratuais no final do ano que não estavam provisionadas na sua totalidade.

No âmbito da Responsabilidade Social, conti-nuou-se a cooperar com as Escolas, concedendo 26 estágios curriculares, dos quais vinte são de cursos secundários técnico-profissionais e seis de cursos universitários. Para além destes estágios curriculares, foram concedidos 11 Estágios Pro-fissionais. Mantivemos o alargamento às Escolas e Universidades do nosso programa de Ocupação de Tempos Livres nos meses de Verão, ajudando 38 jovens a ocupar o seu tempo e apoiando-os na aproximação ao mundo do trabalho.No envolvimento com a comunidade, demos res-posta positiva a 55 pedidos de apoio e donativos, num total de 95 recebidos.

A área de recursos humanos deu continuidade ao desenvolvimento de competências dos trabalhadores, sobre-

tudo na sua vertente técnica, concluindo o plano de formação apresentado ao Programa Opera-cional de Potencial Humano (POPH) em 2010, com um grau de concretização de 82%. O valor subsidiado correspondeu a cerca de 50% do total investido nestas ações.

Em 2011 o total de horas de formação atingiu 4.176 h. Este esforço de formação representa 1,0% do total de horas potenciais e uma média de 2,3 dias de formação por trabalhador. As priori-dades da formação foram orientadas para as áreas de informática, em virtude do projeto Altri SAP / Máximo (42,7%), segurança e saúde ocupacional (19,4%) e processo de fabrico (8,3%).

recursos humanos

Continuidade ao desenvolvimento de competências dos trabalhadores.

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rior, que engloba a Declaração Ambiental EMAS. Renovou-se a certificação do Sistema de Gestão Saúde e Segurança, em conformidade com a norma OHSAS 18001 e a certificação do Laboratório, em conformidade com a norma ISO 17025.

Ao longo do ano realizaram-se auditorias internas e externas, de modo a garantir o normal funcionamento do sistema de Gestão (Qualidade, Ambiente, Segurança e Cadeia de Responsabilida-de da Madeira).

No que diz respeito a emissões gasosas, garantiu-se a monitorização em contínuo de gases de exaustão nas principais chaminés e a realização de análises de poluentes atmosféri-cos por laboratórios acreditados para o efeito, conforme previsto na Licença Ambiental. Foi feito o acompanhamento do funcionamento dos novos medidores de poluentes atmosféricos e apuramento das emissões da Caldeira de Biomas-sa. Os resultados laboratoriais e das medições em contínuo foram reportados às autoridades competentes.

Foi efetuada uma intervenção na barreira de proteção do sistema dunar, na zona de passa-gem do emissário submarino e acompanhou-se a evolução do estado da duna, que se tem vindo a agravar de forma muito preocupante, tal como todo o cordão dunar a sul da Leirosa. Efetuada uma intervenção na zona adjacente ao molhe da Praia da Leirosa, em colaboração e com a autori-

zação da Câmara Municipal da Figueira da Foz, do INAG e da CCDRC.

No domínio da segurança, executaram-se melhorias de proteção contra incêndios nomea-damente o arranque de uma nova estação de bombagem de água de incêndios, a instalação de sprinklers nos silos da aparas e a instalação de três canhões de água na envolvente norte do silo de biomassa. Mantiveram-se e dinamizaram-se os Programas Específicos de Melhoria, tendo-se aplicado melhorias técnicas de proteção coletiva, identificadas em inspeções e auditorias, no âmbi-to do Sistema de Gestão de Segurança. Realizou--se um simulacro de combate a incêndio nas pilhas de biomassa e dois simulacros de atuação em caso de derrames alcalinos.

Foi dada continuidade ao reforço de mecanis-mos de colaboração com as empresas prestado-ras de serviços, em matéria de segurança. De forma regular decorreram ações de formação destinadas a trabalhadores de empresas exter-nas. De realçar que foram organizados diversos cursos de formação que tiveram um número elevado de participantes. Esta formação incidiu maioritariamente sobre aspetos de Segurança e Proteção Ambiental (99,7%). Ao nível interno realizou-se com regularidade a formação prevista no Plano Anual de Formação relacionada com a operação de instalações processuais e manuten-ção de equipamentos, integração de operadores, segurança e proteção contra incêndios.

Um dos objetivos definidos para o ano 2011, foi a implementação e certificação de um Sistema de Gestão de Energia

(SGE) de acordo com a ISO 50001. Foi assim ini-ciado um conjunto de atividades, designadamente a elaboração do diagnóstico inicial, o levantamen-to de aspetos energéticos, definição de procedi-mentos específicos e adequação dos já existentes, estabelecimento de programas de melhoria e ações técnicas necessárias que visaram obter a certifica-ção do SGE no primeiro semestre de 2012. Procedeu-se à preparação e publicação do Rela-tório de Sustentabilidade, referente ao ano ante-

Implementação e certificação de um Sistema de Gestão de Energia de acordo com a ISO 50001.

sistemas de gestão

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No desempenho da Celbi em 2011 salientamos a obtenção de uma produção de 599. 279 toneladas de pasta de eucalipto.

O ano de 2011 foi caracterizado por um abrandamento na economia mundial. A continuação da crise da dívida na Zona

Euro, a catástrofe no Japão e as agressivas polí-ticas de combate à inflação implementadas nos principais países emergentes pesaram fortemente sobre o desempenho da economia mundial.

Na zona Euro a crise aprofundou-se sendo Por-tugal obrigado a seguir o caminho que a Grécia e a Irlanda já tinham percorrido no ano de 2010, solicitando a ajuda externa e implementando um rigoroso programa de austeridade. O PIB na zona euro terá crescido 1.5% em 2011, com a Alemanha (+3.0%) a ser o grande motor de uma Europa muito desequilibrada a este nível. Para 2012 espera-se um abrandamento ainda maior do ritmo de crescimento, com o ponto médio das previsões muito perto de 0%.

atividade financeira

anexo ao relatório do conselho de administração 29 28 celbi relatório e contas 2011

Conforme consta do Balanço e Demonstração de

Resultados, o Resultado Líquido do Exercício findo

em 31 de Dezembro de 2011 foi de 20.401.809 Euros.

Aquele valor resulta do facto da Empresa ter, nos ter-

mos das normas contabilísticas aplicáveis, reconhe-

cido, como gasto nas contas do exercício, o valor de

569.058 Euros como montante afeto a distribuição

de lucros pelos Colaboradores da Empresa.

O Conselho de Administração propõe que o Resulta-

do Líquido do exercício findo em 31 de Dezembro

de 2011, no montante de 20.401.809 Euros seja

transferido para Resultados Transitados.

Mais se propõe que se delibere atribuir, a título de

participação nos lucros da Empresa, aos Colaboradores

da Empresa, o referido montante de 569.058 Euros, de

acordo com o critério estabelecido pelo Conselho de

Administração.

Leirosa, 2 de março de 2012

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

(Presidente)

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Domingos José Vieira de Matos

Agostinho Dolores Ferreira

Joaquim Ferreira Matos

proposta de aplicação de resultados

1. Nos termos do nº 5 do artº 447º do Código das

Sociedades Comerciais e relativamente às pessoas

mencionadas nos nºs 1 e 2 do referido artigo:

1.1 Ações detidas em 31 de Dezembro de 2011

Não existiu esta situação

2. Nos termos do nº 4 do artº. 448º do Código das

Sociedades Comerciais:

2.1 Titularidade do capital da Celulose Beira

Industrial (Celbi), S.A. à data do encerramento do

exercício:

Altri-Participaciones y Trading, S.L 15 493 288

Leirosa, 2 de março de 2012

anexo ao relatório do conselho de administração

O terramoto no Japão e o consequente acidente nuclear foi outro dos acontecimentos que pressio-nou o sentimento económico em 2011. O evento provocou a suspensão da atividade industrial em muitas fábricas do país, cujas consequências se traduziram no desequilíbrio do abastecimento de bens a nível mundial.

As economias emergentes, nomeadamente Bra-sil, India e China, continuaram com a dinâmica de crescimento já registada em 2010. No entanto, as elevadas pressões inflacionistas foram um dos grandes temas em 2011. Apesar do abrandamento verificado no segundo semestre do ano o cresci-mento do PIB destes países continua a ser um fa-tor determinante para o crescimento da economia mundial. Quanto a Portugal, a evolução da econo-mia continua a ser condicionada essencialmente por três fatores: a implementação do programa de ajustamento acordado com a troika, o processo de desalavancagem dos diversos sectores da econo-mia e a envolvente externa.

No desempenho da Celbi em 2011 salientamos a obtenção de uma produção de 599. 279 toneladas de pasta de eucalipto, o que, constituindo novo máximo de produção anual, suplantou em 11,0% a produção obtida no ano transato.

As vendas, cujo volume foi superior ao regista-do em 2010 em 11,5 %, não tiveram no valor fatu-rado de 333,2 milhões de euros igual incremento, em virtude da evolução negativa dos preços que se

verificou ao longo de 2011 e com especial incidên-cia no último trimestre.

No final de Dezembro de 2011, o preço de mer-cado da pasta BEKP na Europa (PIX) atingiu os 651 USD/ton, o que correspondeu a cerca de 499 EUR/ton. No ano de 2011, o preço médio foi de 748 USD/ton o que equivaleu a cerca de 582 EUR/ton.

Os custos operacionais excluindo amortiza-ções ascenderam a 260 milhões de euros e foram superiores em cerca de 20% ao registado no ano anterior. A tal facto não é alheio o acréscimo do volume de vendas, e consequente produção, a que atrás nos referimos, mas também o agravamento do custo de algumas matérias-primas, nomeada-mente a madeira, cujo recurso à importação pro-vocou um significativo aumento no preço médio de aquisição.

O EBITDA obtido no exercício foi de 74,4 mi-lhões de euros, valor inferior em 26,6% ao regista-do no ano anterior.

O Resultado Liquido do exercício foi positivo em 20,4 milhões de euros e também inferior ao registado no ano de 2010 em 48,9%.

gestão de riscos financeirosOs princípios gerais da gestão de riscos finan-

ceiros da Empresa encontram-se descritos em detalhe na nota 2 do anexo às demonstrações financeiras.

Figueira da Foz, 2 de março de 2012

30 celbi relatório e contas 2011 relatório do conselho de administração 31

contas e notas anexas

32 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 33 32 celbi relatório e contas 2011

capital passivo e próprio notas 31.12.2011 31.12.2010

capital próprio

capital social 16 77.500.000 77.500.000

reserva legal 16 16.100.235 16.100.235

outras reservas 16 174.282.530 128.124.724

resultado líquido do exercício 20.401.809 39.925.239

total do capital próprio 288.284.574 261.650.198

passivo

passivo não corrente

empréstimos bancários 10 e 17 11.875.000 -

outros empréstimos 10 e 17 517.036.869 532.744.337

outros passivos não correntes 19 18.542.546 19.467.948

passivos por impostos diferidos 8 134.476 157.351

provisões 18 458.472 1.273.663

total de passivos não correntes 548.047.363 553.643.299

passivo corrente

empréstimos bancários 10 e 17 3.125.000 -

outros empréstimos 10 e 17 82.025.861 70.805.621

fornecedores 10, 20 e 27 46.366.776 53.624.938

empresas do grupo 10 e 27 749.894 3.318.725

outras dívidas a terceiros 10, 21 e 27 3.642.497 10.478.404

estado e outros entes públicos 13 428.796 11.566.344

outros passivos correntes 22 17.044.861 13.027.051

instrumentos financeiros derivados 10 e 23 14.751.984 15.303.996

total de passivos correntes 168.135.669 178.125.079

total do passivo 716.183.032 731.768.378

total do passivo e capital próprio 1.004.467.606 993.418.576

demonstrações da posição financeira

em 31 de dezembro de 2011 e 2010

montantes expressos em euros

ativo notas 31.12.2011 31.12.2010

ativos não correntes

ativos biológicos 9 340.072 354.088

ativos fixos tangíveis 4 338.059.442 365.018.342

ativos intangíveis 5 890.378 220.417

propriedades de investimento 6 4.022.162 5.479.841

investimentos em empresas subsidiárias 7 252.262.500 252.262.500

investimentos disponíveis para venda 74.935 -

outros ativos não correntes 35 400.214 400.214

ativos por impostos diferidos 8 2.595.357 5.058.499

total de ativos não correntes 598.645.060 628.793.901

ativos correntes

inventários 9 34.083.659 30.361.094

clientes 10, 11 e 27 81.820.241 90.901.271

outras dívidas de terceiros 10, 12 e 27 1.414.067 2.675.376

estado e outros entes públicos 13 4.326.048 3.877.321

empresas do grupo 10 e 27 187.334.431 132.564.506

outros ativos correntes 14 1.814.055 1.572.245

caixa e equivalentes de caixa 10 e 15 95.030.045 102.672.862

total de ativos correntes 405.822.546 364.624.675

total do ativo 1.004.467.606 993.418.576

demonstrações da posição financeira

em 31 de dezembro de 2011 e 2010

montantes expressos em euros

34 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 35 34 celbi relatório e contas 2011

demonstrações do rendimento integral

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

montantes expressos em euros

notas 31.12.2011 31.12.2010

resultado líquido do exercício 20.401.809 39.925.239

variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa

23 6.232.567 (3.520.542)

outro rendimento integral do exercício 6.232.567 (3.520.542)

total do rendimento integral do exercício 26.634.376 36.404.697

demonstrações dos resultados por naturezas

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

montantes expressos em euros

notas 31.12.2011 31.12.2010

vendas 27 e 28 333.196.790 328.904.342

prestações de serviços 28 3.665.435 1.392.245

outros proveitos 29 5.508.662 7.192.886

custo das vendas 9 e 27 (170.741.323) (134.574.162)

fornecimento de serviços externos 26 e 27 (75.868.701) (68.935.909)

custos com o pessoal 25 e 33 (13.450.549) (13.245.849)

amortizações e depreciações 4, 5 e 6 (33.956.472) (33.056.820)

provisões e perdas por imparidade 18 (96.163) (99.138)

outros custos 30 (7.778.713) (19.206.356)

custos financeiros 31 (27.700.045) (25.384.076)

proveitos financeiros 27 e 31 11.355.600 7.263.640

resultado antes de impostos 24.134.521 50.250.803

impostos sobre o rendimento 8 (3.732.712) (10.325.564)

resultado depois de impostos 20.401.809 39.925.239

resultado líquido do exercício 20.401.809 39.925.239

resultados por ação

básico 32 1,32 2,58

diluído 32 1,32 2,58

36 celbi relatório e contas 2011 contas e notas anexas 37

outras reservas

notas capital social ações próprias (valor nominal)

ações próprias (descontos e

prémios)

reserva legal

reservas de cobertura

outras reservas e resultados transitados

total outras reservas

resultado líquido

total do capital

próprio

saldo em 1 de janeiro de 2010 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (7.143.864) 138.637.667 131.493.803 151.462 225.245.500

aplicação do resultado de 2009

transferência para resultados transitados - - - - - 151.462 151.462 (151.462) -

total do rendimento integral do exercício - - - - (3.520.541) - (3.520.541) 39.925.239 36.404.698

saldo em 31 de dezembro de 2010 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (10.664.405) 138.789.129 128.124.724 39.925.239 261.650.198

saldo em 1 de janeiro de 2011 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (10.664.405) 138.789.129 128.124.724 39.925.239 261.650.198

aplicação do resultado e 2010

transferência para resultados transitados - - - - - 39.925.239 39.925.239 (39.925.239) -

total do rendimento integral do exercício - - - - 6.232.567 - 6.232.567 20.401.809 26.634.376

saldo em 31 de dezembro de 2011 16 77.500.000 (33.560) 33.560 16.100.235 (4.431.838) 178.714.368 174.282.530 20.401.809 288.284.574

demonstrações das alterações no capital próprio

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

montantes expressos em euros

contas e notas anexas 38 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 39

anexo às demonstrações financeiras

em 31 de dezembro de 2011

(montantes expressos em euros)

1. nota introdutóriaA Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empresa” ou “Celbi”) foi constituída em 1965, tem a sua sede social na Leirosa, Figueira da Foz e tem como atividade principal a produção e comercialização de pasta de papel.Em Agosto de 2006, na sequência do processo público de alienação pelo antigo acionista, a Altri, SGPS, S.A. (“Altri”), através da sua participada Altri – Participa-ciones y Trading, S.L. (“Altri SL”) adquiriu 99,96% das acções representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respectivos direitos de voto, dado que a Empresa detém 6.712 acções próprias. Pelo que a Empresa se insere num grupo económico liderado pela Altri, SGPS, S.A. (“Grupo Altri”) e cotado na NYSE Euronext Lisbon.As demonstrações financeiras da Celbi são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pela Empresa nas suas ope-rações e como tal considerada a moeda funcional.

2. principais políticas contabilísticasAs principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são como segue:

2.1. bases de apresentaçãoAs demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continui-dade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, os quais foram preparados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, decorrente do disposto no Parágrafo 3 do Artigo 4º do Decreto-lei n. 158/2009 de 13 de Julho. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – Internatio-nal Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respetivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adotadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IAS/IFRS”.

demonstrações dos fluxos de caixa

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

montantes expressos em euros

notas 2011 2010

atividades operacionais

recebimentos de clientes 346.939.513 304.239.945

pagamentos a fornecedores (254.608.919) (186.097.624)

pagamentos ao pessoal (10.177.374) (9.626.293)

outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional (4.416.118) (22.655.865)

impostos sobre o rendimento de pessoas coletivas (18.515.130) 59.221.972 292.917 86.153.080

fluxos gerados pelas atividades operacionais(1) 59.221.972 86.153.080

atividades de investimento

recebimentos provenientes de

juros e proveitos similares 5.091.324 4.807.247

ativos fixos tangíveis 1.651.974 1.162.141

subsídios ao investimento - 6.743.298 677.548 6.646.936

pagamentos relativos a

empréstimos concedidos (51.474.935) (16.250.000)

ativos intangíveis (694.531) (714.896)

ativos fixos tangíveis (10.793.207) (62.962.673) (19.020.161) (35.985.058)

fluxos gerados pelas atividades de investimento (2) (56.219.375) (29.338.122)

atividades de financiamento

recebimentos provenientes de

empréstimos obtidos 40.309.731 40.309.731 - -

pagamentos respeitantes a

juros e proveitos similares (19.955.145) (14.650.966)

empréstimos obtidos (31.000.000) (50.955.145) (10.890.376) (25.541.342)

fluxos gerados pelas atividades de financiamento (2) (10.645.414) (25.541.342)

caixa e seus equivalentes no início do exercício 15 102.672.862 71.399.246

variação de caixa e seus equiva-lentes: (1)+(2)+(3) (7.642.817) 31.273.616

caixa e seus equivalentes no fim do exercício 15 95.030.045 102.672.862

contas e notas anexas 40 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 41

(i) adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistasAs seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (endorsed) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2011, foram adotadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011:

norma data de entrada em vigor observações

alterações à ias 24divulgações de partes relacionadas

e alterações à ifrs 8 segmentos operacionais

após 31-12-2010

esta revisão vem simplificar a definição de «parte relacionada», eliminando simultaneamente certas incoerências inter-nas, e prever isenções para entidades ligadas à administração pública no respeitante à quantidade de informação que essas entidades devem prestar em matéria de transações com partes relacionadas. as alterações à IFRS 8 decorrem das alterações na IAS 24 atrás referidas.

alterações à ifric 14 pré-pagamento de um requisito de financiamento mínimo

após 31-12-2010

estas alterações eliminam uma consequência não intencional da IFRIC 14 nos casos em que uma entidade sujeita a um requisito de financiamento mínimo procede ao pagamento antecipado de contribuições quando, em certas circuns-tâncias, a entidade que procede a esse pré-pagamento seria obrigada a reconhecer um dispêndio. se um determinado plano de benefícios definidos estiver sujeito a um requisito de financiamento mínimo, a emenda à IFRIC 14 determina que o pagamento seja tratado, como qualquer outro pré-pagamento, como se fosse um ativo.

ifric 19 extinção de passivos financeiros através de instrumentos de capital próprio

e alterações à ifrs 1 adoção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro

após 30-06-2010

esta interpretação aborda as seguintes questões: (a) os instrumentos de capital próprio emitidos com vista à extinção total ou parcial de um passivo financeiro são «retribuições pagas» de acordo com o parágrafo 41 da IAS 39? (b) como deve uma entidade mensurar inicialmente os instrumentos de capital próprio emitidos com vista à extinção desse passivo financeiro? (c) como deve uma entidade contabilizar qualquer diferença entre a quantia escriturada do passivo financeiro extinto e a quantia inicial mensurada dos instrumentos de capital próprio emitidos? as sociedades que adotem pelas primeira vez as IFRS podem aplicar as disposições transitórias constantes da IFRIC 19."

alterações à ifrs 1 adoção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e à ifrs 7 - instrumentos financeiros: divulgações

após 30-06-2010isenção limitada da obrigação de apresentar divulgações comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adotantes pela primeira vez.

melhoramentos de várias IFRS: ifrs 1, ifrs 3 e ifrs 7 ias 1, 32, 34, 39 e ifric 13

ifrs 1, 3 e ias 32, 39:após 30-06-2010 e ifrs 7, ias 1, 34 e ifric 13: após 31-12-2010

melhoramentos introduzidos nas normas internacionais de relato financeiro, que visa simplificar e clarificar as nor-mas internacionais de contabilidade.

ias 32 instrumentos financeiros

após 31-01-2010 apresentação é alterada nos termos do anexo ao presente regulamento.

O efeito nas demonstrações financeiras da Celbi do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

42 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 42 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 43

2.2 principais critérios valorimétricosOs principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas demonstrações financeiras são os seguintes:

a) ativos intangíveisOs ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os ativos fixos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoa-velmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a proje-tos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como ativos intangíveis.As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo méto-do das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) ativos fixos tangíveisOs ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2009 (data de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia), encontram-se registados ao seu deemed cost, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princí-pios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade. Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

(ii) melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro Este processo envolveu a revisão de 8 normas e interpretações. Em resultado da adoção das alterações resultantes dos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro, não se verificaram efeitos significativos ao nível das demons-trações financeiras anexas.

(iii) normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadasAs seguintes alterações, com aplicação obrigatória após 1 de Julho de 2011, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas (endorsed) pela União Europeia:

norma data de entrada em vigor observações

alterações à ifrs 7 instrumentos financeiros: divulgações

após 1-07-2011

esta revisão vem aumentar os requisitos de divulgação relativamente a transacções que envolvam a transferência de ativos financei-ros. pretende garantir maior transparência em relação à exposição a riscos quando ativos financeiros são transferidos e a entidade que os transfere mantém algum envolvimento (exposição) nos mesmos.

Estas alterações, apesar de aprovadas (endorsed) pela União Europeia, não foram adotadas pela Celbi no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adoção das mesmas. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pela Celbi em 31 de Dezembro de 2011 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Celbi adotou certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incor-ridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assunções efetua-das pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprova-ção em Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração da Celbi entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

44 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 44 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 45

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do ativo, calculada conforme descrito na nota 2.2.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resul-tados do exercício a que respeitam. d) subsídios governamentais ou de outras entidades públicasOs subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração consolidada dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de ativos fixos tangí-veis são registados na demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na demonstra-ção dos resultados proporcionalmente às amortizações dos ativos fixos tangíveis subsidiados.

e) imparidade dos ativos fixos tangíveis e dos ativos intangíveisÉ efectuada uma avaliação de imparidade dos ativos à data de cada balanço e sem-pre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na de-monstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continua-do do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

anos

terrenos e recursos naturais 7-50edificios e outras construções 10-50equipamento básico 3-20equipamento de transporte 6ferramentas e utensílios 5-10equipamento administrativo 3-15outros ativos fixos tangíveis 3-20

A rubrica “Terrenos e recursos naturais” para além dos terrenos inclui estradas, pavimentações, esgotos, ramal de caminho de ferro, poços e condutas de água. Como os terrenos não são amortizáveis os anos de amortização dizem respeito exclusivamente às restantes componentes desta rubrica.As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ati-vos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos fixos tangíveis ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes ativos são amortizados a partir do mo-mento em que os ativos subjacentes estejam em condições de serem utilizados.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de ativos fixos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido con-tabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) locaçõesA classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

46 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 46 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 47

como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Em 31 de Dezembro de 2011 o Grupo Altri é proprietário de diversas florestas destinadas a esta atividade, as quais se encontram classificadas na rubrica “Ativos biológicos”. Os solos flo-restais que são propriedade do Grupo estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na nota 2.2 b) e são apresentados na rubrica “Ativos fixos tangíveis” da demonstração consolidada da posição financeira.

Dada a inexistência de um mercado ativo em Portugal onde se transacionem estas espécies florestais e dada a impossibilidade de estimar de forma fiável o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados por esses ativos biológicos, o Conse-lho de Administração do Grupo Altri optou por registar os ativos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encar-gos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.

O custo da madeira é transferido para custos de produção quando a respectiva madeira é cortada e incorporada no produto final de forma proporcional à área cortada nesse exercício face à área total da propriedade na qual foi cortada a ma-deira, sendo que os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte.

Apesar de não ser possível estimar de forma fiável o justo valor dos ativos biológicos pelas razões atrás mencionadas, é no entanto convicção do Conselho que o mesmo é superior ao seu valor contabilístico. Este entendimento assenta no facto da ativi-dade de gestão florestal se encontrar concentrada na filial Altri Florestal S.A. a qual tem vindo a gerar uma situação de exploração equilibrada sendo que as unidades industriais do Grupo Altri adquirem a matéria-prima à Altri Florestal S.A. ao mesmo preço que a adquirem a terceiros.

estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, dei-xem de existir, são objeto de reversão. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

f) encargos financeiros com empréstimos obtidosOs encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são usualmente reconhecidos como custo na demonstração dos resultados de acordo com o princí-pio da especialização dos exercícios.Nos casos em que são contratados empréstimos com o fim específico de financiar ativos fixos, os juros correspondentes são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos inicia-se após o início da preparação das atividades de construção, e cessa quando o ativo se encontra pronto para utiliza-ção ou caso o projecto seja suspenso.

g) inventáriosAs mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade con-cedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias--primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse da Empresa encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes ativos. A Empresa procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

h) ativos biológicosParte da atividade do Grupo Altri, grupo na qual a Celbi se insere, consiste no cul-tivo de várias espécies florestais, principalmente eucalipto, as quais são utilizadas

48 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 48 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 49

l) instrumentos financeiros

i) investimentos em subsidiáriasOs investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias são mensurados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolida-das e Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por impari-dade.

ii) investimentosOs investimentos detidos pela Empresa são classificados como segue:

Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: “Ativos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance e estratégia de investimento sejam analisadas e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do ativo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de se-rem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos finan-ceiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manuten-ção dos mesmos até à data do seu vencimento;

Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo as despesas de transação, no caso dos in-vestimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavalia-

i) propriedades de investimentoAs propriedades de investimento da Empresa correspondem essencialmente a terrenos e edifícios arrendados a outras empresas do Grupo Altri, não destinadas ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administra-tivos, ou para venda no curso ordinário dos negócios da Empresa.

As propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição deduzido de amortizações acumuladas e eventuais perdas de imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens, que no caso das propriedades de investimento varia entre 7 e 50 anos.

j) provisõesAs provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa (i) tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recur-sos e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provi-sões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa do Conselho de Administração a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comuni-cado às partes envolvidas.

Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa ne-cessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.

k) complementos de reformaQuando existem compromissos de conceder aos empregados prestações pecuniá-rias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez, são constituídas provisões com base em cálculos atuariais efectuados por entidades especializadas. As responsabilidades atuariais são calculadas de acordo com o Projected Unit Credit Method utilizando os pressupostos atuariais e financeiros considerados mais adequados.

50 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 50 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 51

que se perspetive um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iv) empréstimos e contas a pagar não correntesOs empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e contabilizados na demonstração dos resulta-dos do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar ativos e passivos e o Conselho de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensa-dos, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

v) contas a pagarAs contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor, dado que o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.

vi) caixa e equivalentes de caixaOs montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspon-dem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplica-ções de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediata-mente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

vii) instrumentos derivadosA Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instru-mentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumen-tos de cobertura de fluxos de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para

dos pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais per-das por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efetiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos inves-timentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resul-tados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

iii) dívidas de terceirosAs dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira deduzido de eventuais perdas por imparidade reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade acumuladas”, para que os ativos reflitam o seu valor realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não incluem juros por não se consi-derar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

→ a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas; → se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte; → se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o mon-tante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efetiva inicial que, nos casos em

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relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contra-tos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

viii) passivos financeiros e instrumentos de capital próprioOs passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação, independentemente da forma legal que assumem. São considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

ix) ações própriasAs ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um aba-timento ao capital próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afetando o resultado do exercício.

x) letras descontadas e contas a receber cedidas em factoringA Empresa desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financei-ras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contraparti-da monetária pelos ativos cedidos.Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios ineren-tes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.Os critérios utilizados pela Empresa para classificar os instrumentos deri-vados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

→ espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

→ a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; → existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura;

→ a transação objeto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As altera-ções de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais pró-prios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta resulta-dos.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectua-da com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do leg fixo e do leg variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instru-mento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente

54 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 54 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 55

de acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pes-soas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passi-vos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compen-sem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, exceto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

o) rédito e especialização dos exercíciosO rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i) são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente men-surada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as tran-sacções fluam para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reco-nhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concreti-zação, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da espe-cialização de exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são gera-das, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferen-ças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas

xi) ativos classificados como detidos para venda ou em descontinuaçãoOs ativos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descon-tinuação, quando a sua realização se espera efectivar não pelo uso mas pela ven-da. A Empresa classifica os ativos e os passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar e os ativos e passivos estão disponí-veis para venda imediata. O Conselho de Administração encontra-se empenhado na venda dos ativos e passivos registados nesta rubrica e é seu entendimento que a mesma se realizará nos próximos doze meses.Os ativos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valo-rizados ao mais baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos custos da venda.

m) ativos e passivos contingentesOs passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimen-tos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afete benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação.

Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de acontecimentos passa-dos e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas unicamente objeto de divulgação quando é provável a existência de benefícios económicos futuros.

n) imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida. A Celbi é a sociedade dominante de um grupo de empresas que são tributadas de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”),

56 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 56 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 57

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações finan-ceiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subse-quentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações finan-ceiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigi-das de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demons-trações financeiras anexas foram os seguintes:

→ Vidas úteis dos ativos tangíveis e intangíveis; → Análise de imparidade de ativos tangíveis e intangíveis; → Registo de provisões e perdas por imparidade; → Cálculo da responsabilidade associada ao Fundo de Pensões; e → Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

t) política de gestão de riscoA Celbi encontra-se exposto essencialmente ao (i) risco de mercado, (ii) risco de liquidez e (iii) risco de crédito. O principal objectivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das atividades da Empresa. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Celbi, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração e pela Direcção da Empresa.

a) risco de mercado Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio e o risco da variabilidade nos preços de commodities.A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

i) risco de taxa de juroA exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”.

p) saldos e transações expressos em moeda estrangeiraTodos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira.As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como proveitos e custos na demonstração con-solidada de resultados do exercício, exceto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.

q) eventos subsequentesOs eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou in-formações adicionais sobre condições que existiam à data do balanço (adjusting events) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (non adjusting events), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstra-ções financeiras.

r) demonstração dos fluxos de caixaA demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. A Empresa classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades opera-cionais (que englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional), de finan-ciamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de inves-timentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos tangíveis).

s) julgamentos e estimativasNa preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetaram as quantias relatadas de ati-vos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.

58 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 58 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 59

O Conselho de Administração da Celbi aprova os termos e condições dos finan-ciamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estru-tura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).

O objectivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua atividade operacional através da utilização de uma ade-quada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pela Empresa na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as conven-ções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o obje-tivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura.A análise da sensibilidade dos resultados da Empresa a alterações da taxa de juro encontra-se na nota 17.

ii) risco de taxa de câmbioA Empresa está exposto ao risco de taxa de câmbio nas transacções relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.

Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

O Conselho de Administração da Celbi entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstrações finan-ceiras consolidadas.

iii) risco de variabilidade nos preços de commoditiesDesenvolvendo a sua atividade num sector que transaciona commodities (pasta de papel), a Celbi encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço,

A Celbi utiliza instrumentos derivados ou transações semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princí-pios são utilizados na seleção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:

→ Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para proteção do risco associado a um determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objeto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;

→ Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamen-to/transação que está a ser coberta; e

→ Desde o início da transação, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundos considerado no plano de negócios da Empresa.

Uma vez que a totalidade do endividamento da Celbi se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessá-rio, como forma de proteção contra as variações dos fluxos de caixa futuros asso-ciados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respectivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos a Celbi acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respectivos montantes nocionais acordados.As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política da Empresa privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, a Celbi solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequa-da competitividade destas operações.

Na determinação do justo valor das operações de cobertura, a Celbi utiliza determina-dos métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de atualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira consolidada. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.

60 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 60 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 61

de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito con-cedido em resultado da atividade desenvolvida pela Empresa.Os ajustamentos para contas a receber são calculados tendo em consideração (i) o perfil de risco do cliente, (ii) o prazo médio de recebimento, e (iii) as condições financeiras do cliente.

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram--se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa, estando portanto ao seu justo valor.

3. alterações de políticas contabilisticas e correcções de errosDurante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 não houve alteração das políticas contabilísticas nem foram corrigidos erros materiais relativos a exercí-cios anteriores.

com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

O aumento/diminuição de 5% do preço da pasta de papel transacionada pela Celbi durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais de, aproximadamente, 20 Milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (nota 23) e mantendo-se tudo o resto constante.

b) risco de liquidezO principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.

A Empresa prossegue assim uma política ativa de refinanciamento pautada: (i) pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de passivos financeiros.

c) risco de créditoA Empresa está exposta ao risco de crédito no âmbito da sua atividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem infor-mação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito.

A avaliação do risco de crédito é efetuada numa base regular, tendo em consi-deração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adotados procedimentos corretivos sempre que tal se julgue conveniente.O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa seleção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto

contas e notas anexas 62 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 63

2010

ativo bruto

terrenos e recursos naturais

edifícios e outras construções

equipamento básico

equipamento de transporte

equipamento administrativo

outros ativos fixos tangíveis

ativos fixos tangíveis em curso

adiantamentos por conta de ativos fixos total

saldo inicial 10.679.838 66.515.910 456.264.863 814.727 1.513.577 9.318.299 179.921.071 2.874.902 727.903.186

aumentos 280.144 1.935 10.819.334 20.597 233.743 193.603 8.334.187 - 19.883.542

alienações - (304.075) (1.807.817) (21.368) - (78.086) - - (2.211.346)

tranferências e abates 49.440 - 181.401.182 - 2.557.169 (1.728.448) (179.773.657) (2.505.686) -

saldo final 11.009.422 66.213.770 646.677.562 813.955 4.304.489 7.705.367 8.481.601 369.216 745.575.383

amortizações acumuladas

terrenos e recursos naturais

edifícios e outras construções

equipamento básico

equipamento de transporte

equipamento administrativo

outros ativos fixos tangíveis total

saldo inicial 5.551.752 57.244.518 276.587.821 788.065 974.438 8.931.346 350.077.940

aumentos 370.863 785.898 31.008.948 20.211 303.155 151.557 32.640.632

alienações - (292.702) (1.769.377) (21.368) - (78.084) (2.161.531)

tranferências e abates - - (794.202) - 2.524.049 (1.729.847) -

saldo final 5.922.615 57.737.714 305.033.190 786.908 3.801.642 7.274.972 380.557.041

5.086.807 8.476.056 341.644.371 27.047 502.847 430.395 8.481.601 369.216 365.018.342

4. ativos fixos tangíveisDurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas foi o seguinte:

2011

ativo bruto

terrenos e recursos naturais

edifícios e outras construções equipamento básico equipamento de

transporteequipamento

administrativooutros ativos fixos

tangíveisativos fixos tangíveis

em cursoadiantamentos por

conta de ativos fixos total

saldo inicial 11.009.422 66.213.770 646.677.562 813.955 4.304.489 7.705.367 8.481.601 369.216 745.575.382

aumentos 18.568 - 6.286.441 - 23.148 37.545 746.046 - 7.111.748

alienações - (216.854) (3.790) (38.172) (73.232) (51.414) - - (383.462)

tranferências e abates - 40.146 7.171.326 - 212.006 18.865 (8.076.115) (180.006) (813.778)

saldo final 11.027.990 66.037.062 660.131.539 775.783 4.466.411 7.710.363 1.151.532 189.210 751.489.890

amortizações acumuladas

terrenos e recursos naturais

edifícios e outras construções equipamento básico equipamento de

transporteequipamento admi-

nistrativooutros ativos fixos

tangíveis total

saldo inicial 5.922.615 57.737.714 305.033.190 786.908 3.801.642 7.274.972 380.557.041

aumentos 449.508 768.416 31.505.801 11.170 352.278 120.745 33.207.918

alienações - (173.482) (3.790) (32.594) (73.229) (51.416) (334.511)

tranferências e abates - - - - - - -

saldo final 6.372.123 58.332.648 336.535.201 765.484 4.080.691 7.344.301 413.430.448

4.655.867 7.704.414 323.596.338 10.299 385.720 366.062 1.151.532 189.210 338.059.442

64 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 64 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 65

6. propriedades de investimentoO montante registado em “Propriedades de investimento” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é referente, essencialmente, a terrenos e edifícios arrendados a uma empresa do grupo.

O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades de in-vestimento é superior ao seu valor líquido contabilístico.

Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram como se segue:

2011

ativo bruto

saldo inicial aumentos alienações transferências saldo final

10.994.208 - (1.444.139) - 9.550.069

amortizações acumuladas

saldo inicial aumentos alienações transferências saldo final

5.514.367 124.682 (111.142) - 5.527.907

5.479.841 4.022.162

2010

ativo bruto

saldo inicial aumentos alienações transferências saldo final

11.143.029 66.909 (215.730) - 10.994.208

amortizações acumuladas

saldo inicial aumentos alienações transferências saldo final

5.455.135 128.039 (68.807) - 5.514.367

5.687.894 5.479.841

Em 31 de Dezembro de 2010, os principais montantes incluídos na rubrica “Ativos fixos tangíveis em curso” dizem respeito a encargos incorridos com o projecto de renovação do silo de aparas.

5. ativos intangíveisDurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2011

imobilizado bruto

software outros ativos intangíveis total

saldo inicial 5.426.415 - 5.426.415

aumentos 634.462 25.600 660.062

alienações - - -

transferências e abates 601.575 - 601.575

saldo final 6.662.452 25.600 6.688.052

amortizações acumuladas

software outros ativos intangíveis total

saldo inicial 5.205.998 - 5.205.998

aumentos 615.339 8.533 623.872

alienações - - -

transferências e abates (32.196) - (32.196)

saldo final 5.789.141 8.533 5.797.674

873.311 17.067 890.378

2010

imobilizado bruto

software outros ativos intangíveis total

saldo inicial 5.310.758 - 5.310.758

aumentos 115.657 - 115.657

alienações - - -

transferências e abates - - -

saldo final 5.426.415 - 5.426.415

amortizações acumuladas

software outros ativos intangíveis total

saldo inicial 4.917.848 - 4.917.848

aumentos 288.150 - 288.150

alienações - - -

transferências e abates - - -

saldo final 5.205.998 - 5.205.998

220.417 - 220.417

66 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 66 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 67

aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime.

De acordo com a legislação em vigor a Celbi utiliza uma taxa de impostos diferi-dos de 26,5%, nos casos em que incide derrama de 1,5%, exceto no que respeita a ativos por impostos diferidos resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 25%.

Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor, a derrama estadual corres-ponde à aplicação de uma taxa adicional de 2,5% sobre a parte do lucro tributável superior a 2.000.000 Euros.

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 podem ser detalhados como segue:

31.12.2011 31.12.2010

imposto corrente 3.539.561 9.612.068

imposto diferido 193.151 713.496

3.732.712 10.325.564

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31.12.2011 31.12.2010

resultados antes de impostos 24.134.521 50.250.803

taxa de imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 26.50% 26.50%

6.395.648 13.316.463

diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas (587.978) (133.445)

benefícios fiscais (2.640.513) (5.069.720)

tributação autónoma 103.834 101.703

derrama estadual 478.259 1.206.658

outros efeitos (16.538) 903.906

imposto sobre o rendimento 3.732.712 10.325.564

A linha “Benefícios fiscais” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, diz respeito sobre-tudo à utilização de parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português no âmbito do incentivo global ao investimento da Celbi no aumento da sua capaci-dade produtiva (nota 34).

7. investimentos em empresas subsidiáriasEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as empresas do grupo eram as seguintes:

empresa sede custo de aquisição

percentagem de detenção

invescaima - investimentos e participações sgps, s.a. lisboa 252.238.500 100%

celbinave - tráfego e estiva sgps, unipessoal, lda. fig. da foz 9.000 100%

viveiros do furadouro unipessoal, lda óbidos 15.000 100%

252.262.500

31.12.2011 31.12.2010

empresa capital próprio

resultado líquido

capital próprio

resultado líquido

invescaima - investimentos e participações sgps, s.a. 166,796,806 860.945 165.935.863 (1.115.809)

celbinave - tráfego e estiva sgps, unipessoal, lda. 369,324 50.470 344.265 54.731

viveiros do furadouro unipessoal, lda 473,411 129.146 318.854 128.297

8. impostos correntes e diferidos De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstân-cias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2008 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011 e 2010.

Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

A Empresa é a sociedade dominante de um grupo de empresas que se encontra abrangido pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), sendo que cada uma das sociedades abrangidas por este regime regis-ta o imposto sobre o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuí-zos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente

68 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 68 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 69

O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

9. inventários e ativos biológicosEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o montante registado na rubrica “Ativos bio-lógicos” corresponde às florestas e encargos incorridos com as plantações efetua-das pela Empresa, podendo o seu valor ser detalhado como segue:

31.12.2011 31.12.2010

valor bruto 431.734 445.750

perdas de imparidade acumuladas em ativos biológicos (nota 18) (91.662) (91.662)

340.072 354.088

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o montante registado na rubrica “Inventá-rios” pode ser detalhado como segue:

31.12.2011 31.12.2010

matérias-primas, subsidiárias e de consumo 22.056.869 23.298.970

produtos e trabalhos em curso 414.105 219.070

produtos acabados e intermédios 9.007.937 9.368.054

adiantamentos por conta de compras 5.129.748 -

36.608.659 32.886.094

perdas de imparidade acumuladas (nota 18) (2.525.000) (2.525.000)

34.083.659 30.361.094

31.12.2011

ativos por impostos diferidos

passivos por impostos diferidos

provisões e perdas por imparidade de ativos não aceites fiscalmente 997.483 -

justo valor dos instrumentos derivados 1.597.874 -

outros - 134.476

2.595.357 134.476

31.12.2010

ativos por impostos diferidos

passivos por impostos diferidos

provisões e perdas por imparidade de ativos não aceites fiscalmente 1.213.509 -

justo valor dos instrumentos derivados 3.844.990 -

outros - 157.351

5.058.499 157.351

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foi como segue:

2011

ativos por impostos diferidos

passivos por impostos diferidos

saldo em 1.1.2011 5.058.499 157.351

efeitos na demonstração dos resultados

aumento/(redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais (216.026) -

outros efeitos - (22.875)

total de efeitos na demonstração dos resultados (216.026) (22.875)

efeitos em capitais próprios

justo valor de instrumentos derivados (nota 23) (2.247.116) -

saldo em 31.12.2011 2.595.357 134.476

2010

ativos por impostos diferidos

passivos por impostos diferidos

saldo em 1.1.2010 4.528.610 183.278

efeitos na demonstração dos resultados

aumento/(utilização) de prejuízos fiscais reportáveis (755.148) -

aumento/(redução) de provisões não aceites para efeitos fiscais 15.726 -

outros efeitos - (25.927)

total de efeitos na demonstração dos resultados (739.422) (25.927)

efeitos em capitais próprios

justo valor de instrumentos derivados (nota 23) 1.269.311 -

saldo em 31.12.2010 5.058.499 157.351

70 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 70 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 71

10. classe de instrumentos financeirosOs instrumentos financeiros, de acordo com as políticas descritas na nota 2, fo-ram classificados como segue:

ativos financeiros31.12.2011 notas ativos financeiros

ativos correntes

clientes 11 81.820.241

outras dívidas de terceiros 12 1.414.067

empresas do grupo 27 187.334.431

caixa e equivalentes de caixa 15 95.030.045

365.598.784

31.12.2010 notas ativos financeiros

ativos correntes

clientes 11 90.901.271

outras dívidas de terceiros 12 2.675.376

empresas do grupo 27 132.564.506

caixa e equivalentes de caixa 15 102.672.862

328.814.015

O montante registado na linha de “Adiantamentos por conta de compras” diz respeito ao valor adiantado à empresa do Grupo Altri – Altri Florestal, S.A. – para a aquisição de madeira a realizar-se durante o exercício de 2012 (nota 27).

Em 31 de Dezembro de 2011, existiam fora da Empresa as seguintes existências:

31.12.2011 31.12.2010

em portos comunitários 5.661.087 3.846.883

à guarda de terceiros 2.260.123 1.710.800

7.921.210 5.557.683

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, não existiam à guarda da Empresa, existências cuja propriedade fosse de terceiros.

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 ascendeu a 170.741.323 Euros e foi apurado como se segue:

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 ascendeu a 134.574.162 Euros e foi apurado como se segue:

matérias primas, subsidiárias

e de consumo

produtos acabados

e intermédios

produtos e trabalhos em

cursototal

saldo inicial 23.298.970 9.368.054 664.820 33.331.844

compras 169.371.336 - - 169.371.336

regularização de existências 12.107 (63.319) - (51.212)

existências finais (22.056.869) (9.007.937) (845.839) (31.910.645)

170.625.544 296.798 (181.019) 170.741.323

matérias primas, subsidiárias

e de consumo

produtos acabados

e intermédios

produtos e trabalhos

em cursototal

saldo inicial 11.331.057 7.721.938 846.376 19.899.371

compras 147.953.376 - - 147.953.376

regularização de existências 60.462 (7.202) - 53.260

existências finais (23.298.970) (9.368.054) (664.820) (33.331.844)

136.045.925 (1.653.318) 181.556 134.574.162

72 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 72 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 73

instrumentos financeiros reconhecidos a justo valorO quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:nível 1 o justo valor é determinado com base em preços de mercado ativo;nível 2 o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os princi-pais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; enível 3 o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.

11. clientesEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2011 31.12.2010

clientes, conta corrente 81.820.241 90.901.271

clientes de cobrança duvidosa 528.394 351.066

82.348.635 91.252.337

perdas de imparidade acumuladas em clientes (nota 18) (528.394) (351.066)

81.820.241 90.901.271

A exposição da Celbi ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a rece-ber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Empresa, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.

31.12.2011 31.12.2010

nível 1 nível 2 nível 3 nível 1 nível 2 nível 3

passivos financeiros mensurados a justo valor

derivados (nota 23) - 14.751.984 - - 15.303.996

passivos financeiros

31.12.2011 notas passivos financeiros derivados total

passivos não correntes

empréstimos bancários 17 11.875.000 - 11.875.000

outros empréstimos 17 517.036.869 - 517.036.869

528.911.869 - 528.911.869

passivos correntes

empréstimos bancários 17 3.125.000 - 3.125.000

outros empréstimos 17 82.025.861 - 82.025.861

fornecedores 20 46.366.776 - 46.366.776

empresas do grupo 27 749.894 - 749.894

outras dívidas a terceiros 21 3.642.497 - 3.642.497

instrumentos financeiros derivados 23 - 14.751.984 14.751.984

135.910.028 14.751.984 150.662.012

664.821.897 14.751.984 679.573.881

31.12.2010 notas passivos financeiros derivados total

passivos não correntes

outros empréstimos 17 532.744.337 - 532.744.337

532.744.337 532.744.337

passivos correntes

outros empréstimos 17 70.805.621 - 70.805.621

fornecedores 20 53.624.938 - 53.624.938

empresas do grupo 27 3.318.725 - 3.318.725

outras dívidas a terceiros 21 10.478.404 - 10.478.404

instrumentos financeiros derivados 23 - 15.303.996 15.303.996

138.227.688 15.303.996 153.531.684

670.972.025 15.303.996 686.276.021

74 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 74 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 75

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a receber relativas a imposto sobre o valor acrescentado de países estrangeiros e contas a receber de empresas do Grupo Altri (nota 27).

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o montante líquido dos saldos de “Outras dividas de terceiros” encontra-se na totalidade não vencido.

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparida-de, o valor contabilístico dos ativos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro.

13. estado e outros entes públicosEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010 estas rubricas do ativo e do passivo tinham a seguinte composição:

31.12.2011 31.12.2010

valores devedores

imposto sobre o rendimento 2.572.191 467.270

imposto sobre o valor acrescentado 1.753.857 3.410.051

4.326.048 3.877.321

valores credores

imposto sobre o rendimento - (11.030.256)

retenção na fonte - irs trabalho dependente (173.170) (306.531)

contribuições para a segurança social (252.192) (229.557)

outros (3.434) -

(428.796) (11.566.344)

14. outros ativos correntesO detalhe dos “Outros ativos correntes” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como se segue:

31.12.2011 31.12.2010

rendas e alugueres pagos antecipadamente 99.212 108.964

seguros pagos antecipadamente 525.180 525.180

excesso do fundo de pensões (nota 25) 161.665 -

outros custos pagos antecipadamente 97.017 113.187

proveitos a faturar 930.981 824.914

1.814.055 1.572.245

Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser analisada como segue:

31.12.2011 31.12.2010

não vencido 43.031.130 51.644.830

vencido mas sem registo de imparidade

0-30 dias 9.868.164 3.604.765

30-90 dias 14.867.280 1.218.412

+ 90 dias 14.053.667 34.433.264

38.789.111 39.256.441

total 81.820.241 90.901.271

A Empresa contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de partes destas contas a receber como segue:

31.12.2011 31.12.2010

com seguro de crédito 41.060.409 42.661.413

sem seguro de crédito 41.288.226 48.590.924

82.348.635 91.252.337

Os saldos vencidos com mais de 30 dias, a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 dizem respeito essencialmente a saldos com empresas do grupo (nota 27).

A Celbi não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.

12. outras dívidas de terceirosNos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outras dívidas de terceiros” era composta como se segue:

31.12.2011 31.12.2010

adiantamentos a fornecedores 318.491 422.995

outros devedores 1.894.372 3.095.482

2.212.863 3.518.477

perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (nota 18) (798.796) (843.101)

1.414.067 2.675.376

76 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 76 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 77

17. empréstimos bancários e outros empréstimosEm 31 de Dezembro de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários” e “Outros empréstimos” é como segue:

2011

valor nominal valor contabilístico

corrente não corrente total corrente não

corrente total

Empréstimos bancários

Empréstimos bancários 3.125.000 11.875.000 15.000.000 3.125.000 11.875.000 15.000.000

3.125.000 11.875.000 15.000.000 3.125.000 11.875.000 15.000.000

Papel comercial 64.000.000 120.000.000 184.000.000 63.936.820 119.831.518 183.768.338

Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 372.046.493 372.046.493

Outros empréstimos 19.147.024 25.158.857 44.305.881 18.089.041 25.158.858 43.247.899

Outros empréstimos 83.147.024 520.158.857 603.305.881 82.025.861 517.036.869 599.062.730

86.272.024 532.033.857 618.305.881 85.150.861 528.911.869 614.062.730

2010

valor nominal valor contabilístico

corrente não corrente total corrente não

corrente total

Papel comercial 71.000 144.000 215.000.000 70.805.621 143.705.160 214.510.781

Empréstimos obrigacionistas - 375.000 375.000.000 - 369.930.527 369.930.527

Outros empréstimos - 19.108.650 19.108.650 - 19.108.650 19.108.650

Outros empréstimos 71.000 538.108.650 609.108.650 70.805.621 532.744.337 603.549.958

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (nota 31).

papel comercialA rubrica “Papel comercial” corresponde a quatro programas de papel comercial. O primeiro programa no montante nominal máximo até 180.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 8 anos a contar da respectiva data de assinatura, datado do ano 2007, em 2011 reembolsou-se o montante de 36.000.000 Euros, sendo o montante nominal da dívida em 31 de Dezembro de 2011 de 144.000.000 Eu-ros. O segundo programa de papel comercial, no montante nominal máximo de 20.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 5 anos a contar da data de assinatu-ra, ou seja, 8 de Abril de 2013. O terceiro programa, com o montante máximo de 15.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 3 anos a contar da data de assinatura

15. caixa e equivalentes de caixaEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2011 31.12.2010

caixa 6.998 6.998

depósitos bancários 95.023.047 102.665.864

caixa e equivalentes 95.030.045 102.672.862

16. capital social e reservascapital socialEm 31 de Dezembro de 2011, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 15.500.000 ações com o valor nominal de 5 Euros cada ação. Em 31 de Dezembro de 2011, a Altri – Participaciones y Trading, S.L. (nota 1) de-tém 99,96% das ações representativas do capital social da Empresa e de 100% dos respetivos direitos de voto.Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 a Empresa detém 6.712 ações próprias.

reserva legalA legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

outras reservasEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outras reservas” tinha a seguinte composição:

31.12.2011 31.12.2010

reservas de cobertura (4.431.838) (10.664.405)

outras reservas e resultados transitados 178.714.368 138.789.129

174.282.530 128.124.724

A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na compo-nente eficaz de cobertura, líquido do respectivo efeito fiscal (nota 23).

78 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 78 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 79

A Celbi considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram transmitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas desreconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a políti-ca contabilística descrita na nota 2.2 l) x).

(ii) subsídiosEm Janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projecto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. Até ao final do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 a Celbi recebeu o montante de 51.644.921 Euros referente ao incentivo reembolsável. Durante o exercício de 2011 o prémio de realização foi atribuído em 60%, tendo em conta objetivos já atin-gidos pelo que o montante de 24.789.600 Euros foi transferido para as rubricas ‘”Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (notas 19 e 22).

análise de sensibilidade a variações da taxa de juroNos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros derivados (nota 23):

31.12.2011 31.12.2010

juros suportados (nota 31) 14.158.779 10.567.776

diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento (6.137.073) (6.091.087)

aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento 6.137.073 6.091.087

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de balanço. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento médio (ativos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, respectivamente.

do contrato ou seja, 21 de Outubro de 2011. Por último, um quarto programa no montante máximo de 5.000.000 Euros, contratado em 12 de Janeiro de 2011, também por um prazo máximo de três anos. Sendo que os montantes totais utilizados em 31 de Dezembro de 2011 ascendiam a 184.000.000 Euros e em 31 de Dezembro de 2010 a 215.000.000 Euros. Em 31 de Dezembro de 2011 o montante de 64.000.000 Euros está classificado como dívida corrente ou porque será reem-bolsado em 2012, ou porque de acordo com as condições contratuais em vigor ambas as partes têm o direito a denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção mediante um pré-aviso de 30 dias relativamente à data indicada para a denúncia.

empréstimos obrigacionistasA Celbi em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo obrigacio-nista no montante de 300.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 8 anos, sendo o seu vencimento em 2015. Em Janeiro e Fevereiro de 2008 emitiu dois no-vos empréstimos obrigacionistas no montante de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros respetivamente, ambos os empréstimos têm o prazo de 10 anos e o seu vencimento em 2018. Os juros são semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread.

empréstimos bancáriosDurante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 a Celbi contraiu um em-préstimo bancário no montante de 15.000.000 Euros o qual vence juros a uma taxa de juro de Euribor a três meses acrescida de um spread, e cujo reembolso será efectuado em 24 prestações mensais sucessivas, a primeira das quais em Agosto de 2012, facto pelo qual o montante de 3.125.000 Euros está classificado como dívida corrente e o montante de 11.875.000 Euros está classificado como dívida não corrente.

outros empréstimos(i) factoringDurante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 a Empresa aderiu a um con-trato de factoring com a duração de um ano, segundo o qual poderá ceder contas a receber até ao limite de 60.000.000 Euros, o qual é renovado automaticamente por iguais períodos se não for denunciado por nenhuma das partes com antece-dência mínima de 60 dias contratuais, sobre os valores descontados a Empresa pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses acrescida de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2011 o montante utilizado ascende a 17.450.561 Euros.

80 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 80 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 81

Os aumentos de provisões e de perdas de imparidade líquidas das utilizações/re-versões verificados nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram registados por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados, excluído o montante de 778.331 Euros relativo a utilização de provisões.

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 cor-responde à melhor estimativa da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com riscos gerais da atividade da Empresa.

19. outros passivos não correntesA rubrica “Outros passivos não correntes” corresponde às parcelas de subsídio ao investimento a reconhecer como proveito no médio e longo prazo (notas 17, 22 e 34).

20. fornecedoresEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica tinha a seguinte composição:

a pagar

31.12.2011 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

fornecedores, conta corrente 38.881.346 38.881.346 - -

fornecedores, faturas em recepção e conferência 7.485.430 7.485.430 - -

46.366.776 46.366.776 - -

a pagar

31.12.2010 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

fornecedores, conta corrente 46.751.539 46.751.539 - -

fornecedores, faturas em recepção e conferência 6.873.399 6.873.399 - -

53.624.938 53.624.938 - -

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da Celbi.

O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o prazo de reembolso dos empréstimos ban-cários e dos outros empréstimos era como segue:

31.12.2011

2012 2013 2014 > 2015 total

empréstimos bancários 3.125.000 7.500.000 4.375.000 - 15.000.000

papel comercial 64.000.000 42.000.000 42.000.000 36.000.000 184.000.000

empréstimo obrigacionista - - - 375.000.000 375.000.000

outros empréstimos 19.147.024 7.043.530 8.386.324 9.729.003 44.305.881

total 86.272.024 56.543.530 54.761.324 420.729.003 618.305.881

31.12.2010

2011 2012 2013 2014 > 2015 total

papel comercial 71.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 36.000.000 215.000.000

empréstimo obrigacionista - - - - 375.000.000 375.000.000

outros empréstimos - 1.420.149 5.896.167 5.896.167 5.896.167 19.108.650

total 71.000.000 37.420.149 41.896.167 41.896.167 416.896.167 609.108.650

18. provisões e perdas de imparidadeO movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercí-cios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 pode ser detalhado como se segue:

31.12.2011

provisõesperdas de

imparidade em contas a receber

(notas 11 e 12)

perdas de imparidade em inventários e

activos biológicos(notas 11 e 12)

total

saldo inicial 1.273.663 1.194.167 2.616.662 5.084.492

aumentos - 190.717 - 190.717

utilizações/reversões (815.191) (57.694) - (872.885)

transferências - - - -

saldo final 458.472 1.327.190 2.616.662 4.402.324

31.12.2010

provisõesperdas de

imparidade em contas a receber

(notas 11 e 12)

perdas de imparidade em inventários e

activos biológicos(notas 11 e 12)

total

saldo inicial 1.214.322 1.154.370 2.616.662 4.985.354

aumentos 59.341 93.821 - 153.162

utilizações/reversões - (54.024) - (54.024)

transferências - - - -

saldo final 1.273.663 1.194.167 2.616.662 5.084.492

82 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 82 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 83

23. instrumentos financeiros derivadosEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Celbi tinha em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados associados a cobertura das variações do preço da pasta de papel, taxa de juro e taxa de câmbio (estes apenas em 31 de Dezembro de 2010), sendo esses instrumentos registados de acordo com o seu justo valor.A Celbi apenas utiliza derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua atividade.

(i) derivados de taxa de juroPor forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, a Empresa contratou swaps de taxa de juro e um collar de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 encontravam-se estabelecidos contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes totais são como segue:

justo valor

tipo nacional maturidade juro 31.12.2011 31.12.2010

interest rate collar (c) 143.750.000 31-07-2013 paga taxa fixa e recebe euribor a 6m (4.710.860) -

interest rate swap (a) 25.000.000 08-02-2012paga combinação de diversas taxas e recebe euribor a 6m

(2.808.574) -

interest rate swap (b) 200.000.000 08-02-2011 paga taxa fixa e re-cebe euribor a 6m - (943.398)

interest rate swap (b) 130.000.000 08-08-2011 paga taxa fixa e re-cebe euribor a 6m - (457.230)

interest rate swap (b) 160.000.000 08-02-2012 paga taxa fixa e re-cebe euribor a 6m (483.074) (630.089)

interest rate swap (b) 20.000.000 08-08-2014 paga taxa fixa e re-cebe euribor a 6m (1.202.102) (1.108.242)

interest rate swap (b) 80.000.000 09-02-2015 paga taxa fixa e re-cebe euribor a 6m (5.244.441) (3.429.759)

(14.449.051) (6.568.719)

(a) Apesar de terem sido contratados com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes contratos não cumprem com todos os requisitos necessários para que se qualifiquem como de cobertura, (nota 2.2 l) vii)) pelo que a variação do seu justo valor foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (nota 31).

21. outras dívidas a terceirosEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

a pagar

31.12.2011 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

fornecedores de ativos fixos 417.732 417.732 - -

outras dívidas 3.224.765 3.224.765 - -

3.642.497 3.642.497 - -

a pagar

31.12.2010 0-90 dias 90-180 dias > 180 dias

fornecedores de ativos fixos 6.123.073 6.123.073 - -

outras dívidas 4.355.331 4.355.331 - -

10.478.404 10.478.404 - -

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outras dívidas” corresponde princi-palmente a imposto sobre o valor acrescentado a pagar ao estrangeiro e valores a pagar a empresas do Grupo Altri (nota 27).

22. outros passivos correntesEm 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2011 31.12.2010

encargos a liquidar

remunerações a liquidar (2.243.533) (2.205.517)

juros a liquidar (4.079.871) (3.920.170)

encargos com energia e gás a liquidar (3.459.176) -

outros encargos a liquidar (4.253.793) (2.662.559)

proveitos a reconhecer

subsídios ao investimento (notas 17, 19 e 34) (2.944.869) (4.182.834)

outros proveitos a reconhecer (63.619) (55.971)

(17.044.861) (13.027.051)

A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 dizem respeito a despesas relacionadas com a atividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.

84 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 84 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 85

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 encontravam-se em vigor os seguintes contra-tos derivados de preço da pasta de papel:

justo valor

quantidade coberta vencimento 31.12.2011 31.12.2010

2000 ton/mês 31-12-2013 (509.407) -

2000 ton/mês 31-12-2012 (474.575) (2.690.281)

2000 ton/mês 31-12-2013 (296.828) -

500 ton/mês 31-12-2012 (117.029) (373.932)

500 ton/mês 31-12-2012 (78.252) (320.786)

2000 ton/mês 30-06-2013 122.469 (1.216.668)

2000 ton/mês 31-12-2012 188.606 -

2000 ton/mês 31-12-2013 270.031 -

2000 ton/mês 30-06-2012 592.052 (459.532)

1000 ton/mês 31-12-2010 - (151.325)

750 ton/mês 31-12-2010 - (115.931)

1000 ton/mês 31-07-2011 - (1.055.903)

500 ton/mês 31-07-2011 - (527.952)

1000 ton/mês 31-07-2011 - (1.238.587)

500 ton/mês 31-08-2011 - (584.380)

(302.933) (8.735.277)

O preço fixado para os contratos com vencimento em 2012 e 2013 varia entre os 510 e os 565 Euros por tonelada de pasta.

O apuramento do justo valor dos derivados, de cobertura do preço da pasta de papel, contratados pela Empresa foi efectuado pelas respetivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o preço fixado para os prazos relevantes, que posteriormen-te é atualizada para a data a que se reporta a avaliação.

De acordo com as políticas contabilísticas adotadas, estes derivados de pasta de papel cumprem com os requisitos para serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que a variação do seu justo valor foi registada na rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura”.

O aumento/diminuição de 5% no indexante do derivado da pasta de papel (PIX) durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e estimado para o período de duração destes derivados teria implicado uma diminuição/aumento dos resultados operacionais do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 de, aproximadamente,

(b) De acordo com as políticas contabilísticas adotadas estes derivados cumprem com os requisitos para serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (nota 2.2 l) vii)).(c) Apesar de ter sido contratado com um objetivo de cobertura de risco (e não de es-peculação), parte deste contrato derivado não cumpre com todos os requisitos neces-sários para que se qualifique como de cobertura, (nota 2.2 l) vii)) pelo que a variação do justo valor na parte que não cumpre com todos os requisitos necessários para que se qualifique como de cobertura, foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (nota 31).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pela Empresa foi efetuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapar-tes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.

O aumento/diminuição de 1 ponto percentual nos indexantes da taxa de juro veri-ficada durante o exercício de 2011 e estimada para o período de duração dos deriva-dos teria implicado o aumento/diminuição dos resultados financeiros do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 de, aproximadamente, 3.870.000 Euros e da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de, aproximadamente 4.500.000 Euros/ 4.800.000 Euros antes de consideração dos respectivos efeitos fiscais

(ii) derivados de cobertura de preço da pasta de papelPor forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, a Empresa contratou derivados de cobertura do preço da pasta de papel, os quais fo-ram avaliados de acordo como seu justo valor em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

86 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 86 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 87

dos instrumentos de cobertura foram registados directamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 (nota 31).

24. passivos contingentesEm 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, os principais passivos contingentes res-peitavam a processos fiscais (nota 35), e garantias prestadas as quais tinham o seguinte detalhe:

31.12.2011 31.12.2010

aicep/api (nota 34) 12.911.230 12.911.230

outros 339.647 308.188

13.250.877 13.219.418

25. compromissos financeiros assumidos e não incluidos na de-monstração da posição financeiraa) fundo de pensõesA Celbi atribui aos seus colaboradores, com contrato de trabalho subordinado sem prazo, que se reformem ao seu serviço, um conjunto de benefícios definidos no Regulamento do Fundo de Pensões da Empresa, publicado no Diário da República nº 221-III série, de 21 de Setembro de 1999.De acordo com este regulamento a Empresa garante o seguinte regime de benefícios:

i) reforma por velhiceOs participantes que se reformarem na data normal de reforma terão direito a uma pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável;ii) reforma por invalidezplano A No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clí-nicos do associado e da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma pensão calculada de acordo com as seguintes fórmulas:

pensão 11. com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável w50% do salário anual pensionável.2. com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável 80% do salário anual pensionável.Ao valor da pensão de reforma anual acima definido será deduzido o montante da pensão anual dedutível.

2.000.000 Euros e da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de, aproxi-madamente, 15.000 Euros, antes de consideração dos respetivos efeitos fiscais.

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 pode ser detalhado como segue:

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 a Celbi adquiriu a outras empresas do Grupo Altri, derivados de taxa de juro pelo seu justo valor à data de transação.

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2011, dos instrumentos de cobertura na parte não corrida (con-forme denominados nos termos do IAS 39), no montante de 8.479.683 Euros ((4.789.853) Euros durante o exercício de 2010), foram registados directamente no capital próprio líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de 2.247.116 Euros (1.269.311 Euros em 31 de Dezembro de 2010) (notas 8 e 16).

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2011, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instru-mentos que embora tenham sido contratados com o objetivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz

2010

derivados de cobertura de

preço da pasta

derivados de taxa de juro

derivados de taxa de

câmbiototal

saldo inicial (5.603.720) (2.361.757) (2.548.666) (10.514.143)

variação do justo valor/cessação

efeitos em capitais próprios (3.131.557) (4.206.962) 2.548.666 (4.789.853)

saldo final (8.735.277) (6.568.719) - (15.303.996)

2011

derivados de cobertura de

preço da pasta

derivados de taxa de juro total

saldo inicial (8.735.277) (6.568.719) (15.303.996)

variação do justo valor/cessação

aquisição de novos derivados - (5.335.902) (5.335.902)

efeitos em capitais próprios 8.432.344 47.339 8.479.683

efeitos na demonstração de resultados - (2.591.769) (2.591.769)

saldo final (302.933) (14.449.051) (14.751.984)

88 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 88 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 89

O detalhe dos montantes registados na demonstração de resultados relacionados com planos de pensões de benefícios definidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

O movimento verificado no valor atual das responsabilidades por serviços passa-dos durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

responsabilidades no início do exercício 6.771.450 6.716.220

benefícios pagos pelos fundos de pensões (273.727) (322.070)

custo dos serviços correntes 266.221 252.318

custo dos juros 266.451 263.275

perdas/(ganhos) atuariais (123.159) (138.293)

outros efeitos 26.698 -

responsabilidades no fim do exercício 6.933.934 6.771.450

O movimento verificado na situação patrimonial do fundo de pensões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010

valor dos fundos de pensões no início do exercício 7.667.099 7.751.916

contribuições - -

pensões pagas (273.727) (322.070)

rendimento/retorno do fundo (297.773) 237.253

valor dos fundos de pensões no fim do exercício 7.095.599 7.667.099

2011 2010

custo dos serviços correntes (266.221) (252.318)

juros das responsabilidades (266.451) (263.275)

ganhos/(perdas) atuariais 123.159 138.293

rendimento/retorno do fundo (297.773) 237.253

(707.286) (140.047)

pensão 2Os participantes terão direito a um capital complementar igual a um quinto de mês do vencimento mensal auferido à data da reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.pensão 3Caso a invalidez se verifique depois dos 55 anos de idade, o capital indicado na pensão 2 é acrescido de um outro que é igual a 50% do salário anual pensionável.

plano B No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável.Só poderão beneficiar do plano A os participantes já ao serviço do associado à data de entrada em vigor da presente alteração. A estes participantes e relativamente aos planos A e B aplicar-se-á aquele que lhes for mais favorável. Aos participantes que vierem a ser admitidos no associado, a partir da data da entrada em vigor desta alte-ração, e que vierem a reformar-se por invalidez ao serviço do associado será aplicado exclusivamente o plano B.

O regime de benefícios definido no plano de pensões aplica-se à generalidade dos trabalhadores da Celbi.

De acordo com os estudos atuariais realizados pelas sociedades gestoras dos fundos com referência a 31 de Dezembro de 2011, 2010, 2009 e 2008, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no ativo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões, naquelas datas, eram como segue:

O excesso do valor do fundo face a responsabilidades atuais sobre serviços passa-dos no valor de 191.665 Euros a 31 de Dezembro de 2011 encontra-se registado em “Outros ativos correntes” (nota 14).

2011 2010 2009 2008

responsabilidades atuais por serviços passados 6.933.934 6.771.450 6.716.220 7.397.736

situação patrimonial dos fundos de pensões 7.095.599 7.667.099 7.751.916 7.767.535

90 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 90 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 91

Em 31 de Dezembro de 2010 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

ano até 1 ano 290.563

entre 1 a 5 anos 853.201

mais de 5 anos 304.076

1.447.840

27. empresas do grupo e partes relacionadasAs participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transa-ções com partes relacionadas, as quais foram efetuadas a preços de mercado.

Em 31 de Dezembro de 2011, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri, são como segue:

empresa saldos devedores saldos credores

clientes c/c empresas grupo

adiantamento por conta de

compras

fornecedores c/c empresas grupo

celbinave - tráfego e estiva unipessoal, lda. 14.434 85 - - (331)

viveiros do furadouro unipessoal, lda. 772.489 43.495 - -

celulose do caima sgps, s.a. - 54.422.975 - - -

altri florestal, s.a. 26.294.929 1.235.716 4.215.027 (6.557.838) -

caima energia s.a. - 1.290.350 - - -

caima industria de celulose, s.a. 36.932 2.329.219 - (1.788.558) -

celtejo-empresa celulose do tejo, s.a. 4.488.555 1.563 - (942.633) (324.772)

altri energias renováveis, s.a. - 61.643 - - -

captaraiz-unipessoal, lda. 7.955 459 - - (2.432)

invescaima- inv.part. sgps - 103.772.856 - - (421.762)

altri participaciones y trading s.l. - - - (2.673.444) -

altri sgps, s.a. - 24.176.070 - - -

pedro frutícola, lda. - - - - (597)

31.615.294 187.334.431 4.215.027 (11.962.473) (749.894)

As responsabilidades relativas ao plano de Pensões Celbi, foram determinadas com base nos seguintes pressupostos:

(i) Método de cálculo Projected Unit Credit;(ii) Tábuas de Mortalidade GKF95;(iii) Tábuas de Invalidez SR 2001;(iv) Taxa de rendimento/desconto até à idade da reforma 4%

e após a idade da reforma 3%;(v) Taxa de crescimento salarial 2,5%.

O Fundo de Pensões Celbi tem as seguintes características:(i) composição da carteira:

a. 24,8 % acções;b. 33,9 % obrigações a taxa fixa;c. 31,7 % obrigações a taxa variável; ed. 9,6% Liquidez e outros ativos.

(ii) retorno esperado dos ativos do plano no longo prazo 4%.

b) Outros compromissos A 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Celbi tinha assumido compromissos contra-tuais para aquisição de ativos fixos tangíveis nos montantes de 196.473 Euros e 4.787.000 Euros, respectivamente.

26. locações operacionaisDurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foi reconheci-do como custo do exercício o montante de, aproximadamente, 672.683 Euros e 731.442 Euros, respetivamente, relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional.

Em 31 de Dezembro de 2011 a Celbi participava, como locatário, em contratos de locação operacional, cujos pagamentos mínimos de locação vencem como segue:

ano até 1 ano 39.011

entre 1 a 5 anos 688.089

mais de 5 anos 304.076

1.031.176

92 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 92 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 93

para esta entidade. A conta a pagar à Altri, Participaciones Y Trading, S.L. resulta das comissões de venda associadas ao Contrato de Agência estabelecido com esta entidade. Os restantes saldos dizem respeito, sobretudo, ao efeito da tributação de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (nota 8) em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas e juros a receber associados aos empréstimos concedidos.

As principais transações efectuadas no exercício de 2011 com as empresas do gru-po Altri podem ser resumidas como se segue:

outros proveitos

vendas de produtos

compras m.primas,

subs.

outros f.s. terceiros

custos / proveitos

financeiros

celbinave - tráfego e estiva unipessoal, lda. - - - - -

viveiros do furadouro unipessoal, lda. (132.024) - - - -

operfoz - operadores do porto da figueira da foz, lda. - - - 1.594.119 -

celulose do caima sgps, s.a. - - - - 1.397.672

caima industria de celulose, s.a. (30.026) - 1.454.112 - -

altri florestal, s.a. (63.792) (16.465) 29.335.416 3.000 -

celtejo-empresa celulose do tejo, s.a. (66.510) (1.278.984) 766.368 - -

captaraiz-unipessoal, lda. - - - - -

invescaima- inv.art. sgps - - - - 2.331.106

altri participaciones y trading s.l. - - - 11.198.005 -

altri sgps - - - - 1.234.300

(292.352) (1.295.449) 31.555.896 12.795.124 4.963.078

Em 31 de Dezembro de 2010, os principais saldos com as empresas do Grupo Altri, são como segue:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Empresas do Grupo” inclui os seguintes montantes relativos a empréstimos correntes concedidos a empresas do Grupo:

2011 2010

celulose do caima, sgps s.a. 45.000.000 32.000.000

invescaima - investimentos e participações, sgps sa 96.600.000 62.500.000

altri sgps s.a. 24.000.000 17.000.000

165.600.000 111.500.000

As contas a receber da Altri Florestal, S.A. resultaram, principalmente, de trans-ferências em anos anteriores, de grande parte da atividade florestal da Empresa

empresa saldos devedores saldos credores

clientes c/c empresas grupo fornecedores c/c empresas grupo

celbinave - tráfego e estiva uni-pessoal, lda. 13.871 - - (666)

viveiros do furadouro unipes-soal, lda. 723.600 23.537 - -

celulose do caima sgps, s.a. - 39.119.192 - -

altri florestal, s.a. 26.273.716 2.465.478 (2.435.394) -

caima energia s.a. - 1.331.806 - -

caima industria de celulose, s.a. 45.344 2.381.348 - -

celtejo-empresa celulose do tejo, s.a. 2.842.589 - (1.728) (2.433.423)

altri energias renováveis, s.a. - 161.384 - -

captaraiz-unipessoal, lda. 6.600 - - -

só casca rec. com e reciclagem, s.a. - - - (100.513)

invescaima- inv.part. sgps - 70.041.751 - (353.011)

altri participaciones y trading s.l. - - (8.213.564) -

altri sgps, s.a. - 17.040.010 - (431.111)

29.905.719 132.564.506 (10.650.686) (3.318.725)

94 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 94 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 95

96 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 96 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 97

28. vendas e prestações de serviçosGeograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços da Empresa por mercado é como segue:

31.12.2011 31.12.2010

mercado interno 65.893.834 69.125.304

mercado externo 267.302.956 261.171.283

333.196.790 330.296.587

29. outros proveitosA rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 pode ser detalhada como se segue:

subsídios ao investimento e à exploração (nota 34) 2.212.975

ganhos obtidos na alienação de ativos fixos 1.502.345

outros 1.793.342

5.508.662

30. outros custosA principal componente da rubrica “Outros custos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 pode ser detalhada como se segue:

impostos directos e taxas 860.147

perdas em contratos derivados de commodities (nota 23) 6.638.936

outros 279.630

7.778.713

As principais transações efetuadas no exercício de 2010 com as empresas do grupo Altri podem ser resumidas como se segue:

venda/ compra de

imobilizado

outros proveitos

vendas de produtos

compras m.primas,

subs.

outros f.s. terceiros

custos / proveitos

financeiros

viveiros do furadouro unipessoal, lda.

- (120.000) - - - -

operfoz operadores do porto da figueira da foz, lda.

- - - 657.464 686.334 -

celulose do caima sgps, s.a. - - - - - (1.137.309)

caima indústria de celulose s.a. - (37.536) (679.503) - - -

altri florestal, s.a. 2.917 (72.203) (196.421) 23.327.909 - -

celtejoempresa celulose do tejo, s.a.

- (42.399) (566.791) 167.071 - (22.800)

sócasca-rec.com e reciclagem s.a. - - - - - (939)

invescaima-inv.partic.sgps, s.a. - - - - - (1.588.728)

altri participaciones y trading sl

- - - - 11.296.651 -

altri sgps - - - - - (430.237)

2.917 (272.138) (1.442.715) 24.152.444 11.982.985 (3.180.012)

A Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. presta serviços de ope-rações portuárias de pasta. A Celbi adquire madeira à Altri Florestal, S.A.. A Altri, Participaciones Y Trading, S.L. é o agente de vendas de pasta de papel do Grupo Altri, pelo que o montante da coluna “Outros fornecimentos e serviços externos” com esta entidade diz respeito a comissões de venda ao abrigo do contrato de Agência estabe-lecido com a mesma.Adicionalmente aos saldos acima referidos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 existia uma conta a receber da entidade relacionada F. Ramada II – Imobiliária, S.A. no montante de 124.738 Euros e 4.523.203 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Clientes” relativa a alienação em exercícios anteriores de terrenos a esta entidade.

98 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 98 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 99

34. subsídiosEm Janeiro de 2007 a Celbi assinou um contrato de concessão de incentivos finan-ceiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projeto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projeto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado ascendia a 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português iria conceder um incentivo fi-nanceiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objectivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corres-ponderá ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concederá também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. Até ao final do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 a Celbi recebeu o montante de 51.644.921 Euros referente ao incentivo reembolsável. Durante o exercício de 2011 o prémio de realização foi atribuído em 60%, tendo em conta objectivos já atingidos pelo que o montante de 24.789.600 Euros foi transferido para as rubricas ‘”Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (notas 19 e 22).

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o detalhe dos subsídios recebidos, mas ainda não reconhecidos como proveito na demonstração de resultados, é como segue:

31.12.2011 31.12.2010

subsídio associado à expansão de capacidade produtiva (notas 17, 19 e 22) 20.335.660 22.128.774

outros subsídios ao investimento 1.151.755 1.522.009

21.487.415 23.650.783

Durante os exercícios findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2011, a Empresa incorreu em despesas de Investigação e Desenvolvimento (“I&D”) as quais, no seu entendi-mento, são susceptíveis de serem elegíveis no âmbito do Sistema de Incentivos Fis-cais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (“SIFIDE”), previsto na Lei n.º 40/2005, de 3 de Agosto, entretanto alterada pela Lei n.º 10/2009, de 10 de Março.

Neste sentido, a Empresa apresentará, oportunamente, duas candidaturas, re-ferentes aos exercícios de 2010 e 2011, à Comissão Certificadora dos Incentivos Fiscais à I&D Empresarial, de forma a obter a declaração comprovativa de que as atividades realizadas corresponderam efetivamente a ações de I&D, bem como do respectivo crédito fiscal.

31. resultados financeirosOs resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 podem ser detalhados como segue:

31.12.2011 31.12.2010

custos financeiros

juros suportados (nota 17) (14.158.779) (10.567.776)

diferenças de câmbio desfavoráveis (2.688.320) (1.408.979)

outros custos e perdas financeiras (10.852.946) (13.407.321)

(27.700.045) (25.384.076)

proveitos financeiros

juros obtidos (nota 27) 8.457.940 4.784.422

diferenças de câmbio favoráveis 2.718.915 2.233.338

outros proveitos e ganhos financeiros 178.745 245.880

11.355.600 7.263.640

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outros custos e perdas financeiras” refere-se essencialmente a perdas em instrumentos derivados (nota 23) custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativas a serviços bancários (nota 17).

32. resultado por ação

31.12.2011 31.12.2010

número de ações para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 15.500.000 15.500.000

resultado para efeito do cálculo do resultado por ação líquido e diluído 20.401.809 39.925.239

resultado por ação das operações

básico 1,32 2,58

diluído 1,32 2,58

33. número de pessoalDurante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 244 e 240, respectivamente.

100 celbi relatório & contas 2011 contas e notas anexas 100 celbi relatório e contas 2011 anexo às demonstrações financeiras 101

36. informação relativa a matérias ambientaisNo âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas “Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, a par-tir de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel.

Pela publicação do Despacho conjunto nº 2836/2008 de 5 de Fevereiro de 2008, foi efetuada a distribuição pelo Governo Português das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas, estando prevista a atribuição, a título gratuito, de licenças para a emissão de 87.229 toneladas de CO2 à Celbi para o ano de 2011. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emis-são de CO2” atribuídas, a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mer-cado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efetuada no início do ano seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efetuadas sujeitos a certificação por uma entidade independente.

Considerando que estas licenças se referem ao período 2008-2012, com base nos dados previsionais de emissão de CO2, não se estimam encargos significativos para a Empresa em consequência da entrada em vigor desta legislação para o exer-cício findo em 31 de Dezembro de 2011.

Em 31 de Dezembro de 2011 não se encontra registado nas demonstrações finan-ceiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer con-tingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.

37. aprovação das demonstrações financeirasAs demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 2 de Março de 2012. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas.

O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

35. processos fiscaisEm finais de 1994 a Empresa recebeu uma notificação da Direcção Geral das Con-tribuições e Impostos reclamando o pagamento de IRC no montante de 2.030.945 Euros e correspondentes juros de mora no montante de 2.094.863 Euros em re-sultado de uma visita efetuada pelas autoridades fiscais. Este imposto foi reclama-do no pressuposto de que os serviços técnicos prestados à Empresa nos anos de 1989 a 1992, fundamentalmente no âmbito de um projecto de investimento, são equiparáveis a transferências de tecnologia e como tal sujeitos a retenção na fon-te. A Empresa decidiu contestar judicialmente a liquidação efetuada, na certeza plena de que nada terá de liquidar.

Em finais de 1996 e como resultado também de uma nova visita das autoridades fiscais, a Empresa recebeu outra notificação da Direcção Geral das Contribuições e Impostos reclamando o pagamento de IRC no montante de 205.641 Euros e correspondentes juros compensatórios no montante de 110.276 Euros, relativos aos serviços técnicos, da mesma natureza, prestados à Empresa nos anos de 1992 a 1995. Consistentemente a Empresa decidiu contestar judicialmente a liquidação efetuada.

Entretanto, por forma a beneficiar das prerrogativas concedidas pelo DL 124/96, a Empresa, sem deixar de prosseguir com a contestação judicial em curso, dado considerar que tais serviços não se enquadram no âmbito interpretado pelas auto-ridades fiscais, optou por pagar o imposto reclamado.

Em 15 de Abril de 1998, o Tribunal Tributário de 1ª Instância de Coimbra julgou nula a liquidação de IRC conforme notificação recebida em 1994. Em 2006 e, por Acórdão, o Supremo Tribunal Administrativo veio confirmar a decisão anterior-mente proferida pelo Tribunal Central Administrativo Sul de negar provimento ao recurso interposto pela Fazenda Pública, pelo que em Outubro de 2006 foi recebido o montante de 2.030.945 Euros e respetivos juros indemnizatórios no montante de, aproximadamente, 1.260.000 Euros, do processo relativo aos anos de 1989 a 1992.

A Empresa continua a aguardar decisão sobre a notificação recebida em finais de 1996, relativa aos anos de 1992 a 1995, sendo que o saldo da rubrica “Outros ativos não correntes” diz respeito sobretudo a esta situação.

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relatório e parecer do conselho fiscal

e certificação legal das contas

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Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à Vossa apreciação o nosso

Relatório e Parecer que abrange a atividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. (“Empresa”), relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, os quais são da responsabilida-de da Administração.

Acompanhamos, com a periodicidade e a exten-são que consideramos adequada, a evolução da atividade da Empresa, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do nor-mativo legal e estatutário em vigor tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos serviços da Empresa as informações e os esclare-cimentos solicitados.

No âmbito das nossas funções, examinamos o Balanço em 31 de Dezembro de 2011, as Demons-trações dos resultados por naturezas, do rendi-mento integral, das alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Adicionalmente,

procedemos a uma analise do Relatório de Gestão do exercício de 2011 preparado pelo Conselho de Administração e da proposta de aplicação de resultados nele incluída. Como consequência do trabalho de revisão legal efetuado, emitimos nesta data a Certificação Legal das Contas, que inclui no seu paragrafo 5 uma ênfase.

Face ao exposto, somos de opinião que, tendo em consideração o disposto no paragrafo 5 da Certifi-cação Legal das Contas, as demonstrações finan-ceiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação de resultados nele incluída, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Acionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração prestada.

Porto, 30 de Março de 2012

Delloite Associados, SROC S.A

Representada por António Manuel Martins Amaral

r e l a t ó r i o e p a r e c e r d o f i s c a l ú n i c o

ao acionista da celulose beira industrial (celbi), s.a.

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opinião

4 Em nossa opinião, as demonstrações finan-ceiras referidas no parágrafo 1 acima apre-

sentam de forma verdadeira e apropriada, para os fins indicados no parágrafo 5 abaixo, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição fi-nanceira da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. em 31 de Dezembro de 2011, bem como o resulta-do e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela União Europeia.

ênfase

5 As demonstrações financeiras mencionadas no paragrafo 1 acima, referem-se à atividade

da Empresa a nível individual e foram preparadas para aprovação e publicação nos termos da legis-lação em vigor. Conforme indicado na nota 2.2 do Anexo, as participações financeiras em sub-sidiárias são registadas pelo custo de aquisição deduzido de perdas por imparidade. As demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial, nem da consolidação integral a nível de ativos, passivos, gastos e rendimentos totais. A Empresa encontra-se dispensada de elaborar de-monstrações financeiras consolidadas em virtude

de ser uma subsidiária e as suas demonstrações financeiras serem incluídas no perímetro de consolidação da Altri, S.G.P.S, S.A., entidade que apresenta demonstrações financeiras consolida-das de acordo com as IFRS. Na nota 7 do Anexo e dada informação adicional sobre as empresas subsidiárias.

relato sobre requisitos legais

6 É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão

é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Porto, 30 de Março de 2012

Delloite Associados, SROC S.A

Representada por António Manuel Martins Amaral

introdução

1 Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.

(“Empresa”), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2011I que evidencia um total de 1.004.467.606 Euros e um capital próprio de 288.284.574 Euros, incluindo um resultado líquido de 20.401.809 Euros, as Demonstrações dos Resultados por Naturezas, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

responsabilidades

2 É da responsabilidade do Conselho de Ad-ministração a preparação de demonstrações

financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independen-te, baseada no nosso exame daquelas demonstra-ções financeiras.

âmbito

3 O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as

Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame inclui a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios defini-dos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame inclui, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as politicas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. En-tendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

c e r t i f i c a ç ã o l e g a l d a s c o n t a s

celulose beira industrial (celbi), s.a.

leirosa3081-853 figueira da foz portugaltel. +351 233 955 600fax +351 233 955 648

www.celbi.ptwww.altri.pt

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