Relatório Estágio 1.docx
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Universidade Católica de PernambucoCCT - Centro de Ciências e Tecnologia
Curso de Engenharia Civil
Relatório de estágio supervisionado I
Adequação da fábrica de garrafas de vidro para a
automação de máquinas robotizadas
Daniel Teixeira de melo
Matrícula: 201111602-2
Empresa: Jorge Costa Engenharia LTDA
Orientador: Felicíssimo
Recife, 5 de novembro de 2013
Sumário
Resumo Pág.
1.0 Introdução.............................................................................................................2
1.1 Objetivos Gerais..................................................................................................2
1.2 Objetivos Específicos..........................................................................................2
1.3 Justificativa..........................................................................................................2
2.0 Teoria.....................................................................................................................3
3.0 Estudo de Caso....................................................................................................4
3.1 Caracterização da empresa................................................................................4
3.2 Caracterização da fábrica...................................................................................4
3.2.1 Transfer car...................................................................................................5
3.3 Atividades observadas........................................................................................6
3.3.1 Locação topógráfica......................................................................................6
3.3.2 Execução da reforma....................................................................................6
3.3.3 Execução de base para o Transfer car.........................................................7
3.3.3.1 Quebra e escavação...............................................................................7
3.3.3.2 Sub-base.................................................................................................8
3.3.3.3 Montagem de armaduras........................................................................8
3.3.3.4 Concretagem..........................................................................................8
3.3.3.5 Acabamento..........................................................................................10
4.0 Conclusão...........................................................................................................11
5.0 Bibliografia..........................................................................................................12
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1.0 Introdução
O relatório descreve a obra realizada na fábrica de garrafas de vidro
pertencente ao grupo americano Owens-Illinois, situada no bairro da Várzea, em
Recife.
1.1 Objetivos Gerais
O relatório visa descrever a realização do estágio supervisionado I do curso
de Engenharia Civil da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) que foi
realizado na construtora Jorge Costa Engenharia LTDA.
1.2 Objetivos Específicos
Fiz o relatório baseado no acompanhamento da execução dos serviços
realizados durante a obra, e neste relatório pretendo passar a experiência que tive
através de textos e imagens capturadas nos últimos meses.
1.3 Justificativa
Escolhi esse estágio pela oportunidade de ter a primeira experiência em obra,
e ainda poder observar a execução da obra completa, com uma grande diversidade
de serviços, e em pouco tempo, por se tratar de uma obra pequena.
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2.0 Teoria
Especificações de materiais e instalações para execução de base e sub-base,
a partir da norma americana (ACI 318, “Building Code Requirements for Structural
Concrete”), sem fugir da norma brasileira:
Todo o concreto deve ser de peso normal, com uso de agregado padrão, de
acordo com o ASTM (American Society for Testing and Materials) C33. O concreto
deve desenvolver uma resistência característica à compressão de 27,6 Mpa aos 28
dias. Misturas com cloretos são proibidas, devendo qualquer outra mistura estar de
acordo com o ASTM C494. O reforço de aço deve ter resistência de 413,7Mpa. O
teste de slump deve estar entre 7cm e 12 cm. Toda a superfície exterior do concreto
deve ser recoberta com agente impermeabilizante. Durante a aplicação do concreto,
as armaduras devem estar limpas e livres de quaisquer agentes que atrapalhem a
aderência ao concreto. A sub-base deve ser feita em camadas de 15cm de material
de preenchimento compactado.
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3.0 Estudo de Caso
O relatório trata sobre a realização de uma obra para automatizar a fábrica de
vidros do grupo Owens-Illinois, em que a parte de construção civil ficou toda sob a
responsabilidade da Jorge Costa Engenharia LTDA.
3.1 Caracterização da empresa
A Jorge Costa Engenharia LTDA é uma empresa de porte médio que está em
atuação desde 1993, atuante no setor de prestação de serviços voltados para a
Construção Civil e Manutenção Industrial e sempre atenta às novas tendências do
mercado de Engenharia Civil. Por primar pela qualidade e seriedade, possui uma
equipe de profissionais qualificados para prestar os mais variados serviços, visando
sempre como objetivo o menor custo, com bom prazo e qualidade, visando ser
reconhecida no mercado como uma empresa que supera as expectativas dos
clientes.
3.2 Caracterização da fábrica
A fábrica, também conhecida como Companhia Industrial de Vidros (CIV), que
pertencia ao Grupo Cornélio Brennand, foi comprada em 2010 pelo grupo americano
Owens-Illinois, maior empresa do mundo nesse segmento. A fábrica conta com o
que há de mais moderno na produção de embalagens a base de vidro e impressiona
pela sua grandeza e quantidade de garrafas produzidas diariamente. Vemos na
fábrica cada setor bem dividido, o que inclusive facilita o entendimento do ciclo de
produção do vidro, mas o que interessa neste relatório já é o final do processo, em
que as garrafas prontas, que atingiram o padrão de qualidade, são colocadas em
paletes, o que ocorre de forma automática, em maquinas chamadas paletizadoras.
Mas para tirar o palete da máquina e levar para estoque, é necessário de
empilhadeiras, e a automação consiste na substituição do uso destas, como
veremos a seguir.
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3.2.1 Transfer Car
Quem vai promover a automação deste processo de embalagem e estocagem
será o conjunto de robôs Transfer Car, que correm os trilhos que foram montados,
juntamente com algumas máquinas estacionadas sobre bases de concreto. Assim
obtem-se um meio econômico de movimentação de cargas de paletes em longas
distâncias, reduzindo o tráfego de empilhadeiras no final das linhas de produção de
garrafas, e com isso se reduz o tombamento de paletes, que gerava risco aos
transeuntes, além de redução nos custos devido a garrafas quebradas. É uma obra
que, apesar do custo, gera benefícios indiscutíveis para a fábrica, já que agiliza o
processo, torna-o mais seguro e reduz a mão-de-obra.
Imagem 01 – Transfer car posicionado sobre os trilhos.
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3.3 Atividades Observadas
3.3.1 Locação Topográfica
No início da obra principal, foi necessária a locação de alguns pontos
determinantes para que pudéssemos começar a trabalhar: pontos para marcação de
início e fim de cada trilho, além dos pontos entre estes para deixar materializados os
eixos. Foi contratada uma empresa para fazer essa locação, e ela foi feita ainda
enquanto ocorria a demolição dos banheiros, em que demos prioridade para as
paredes pelas quais os eixos passariam.
3.3.2 Execução da reforma
Para a execução da obra foi preciso mexer na estrutura do local. Existiam
dois banheiros e um auditório pelos quais passavam os eixos dos trilhos. Várias
paredes foram demolidas. Em duas paredes foi preciso fazer mais do que demolir, e
vale a pena citá-las detalhadamente.
Na primeira, com comprimento de aproximadamente 12 metros, existia um
pilar posicionado exatamente por onde passava um dos eixos do trilho. Esse pilar
precisou ser removido, mas para que a viga suportasse a carga sobre ela com um
vão tão grande, foi preciso ser feito um reforço. A partir do pilar existente, fizemos
sapatas (90x90x30cm) a 4,25 metros de distância para cada lado, onde apoiamos
perfis laminados, com seção em I (200x200x19mm), formando dois pilares, e de
cada lado da viga, fizemos um sanduíche, utilizando perfis laminados com seção em
U (250x300x19mm), que foram devidamente parafusados, e somente aí, depois de
concluído esse pórtico, ficamos livres para demolir o pilar no meio do vão.
Na segunda parede, com comprimento de aproximadamente 12 metros
também, tivemos um problema semelhante ao da primeira, mas um pouco mais
complexo: além de ter que tirar o pilar, tínhamos uma viga com altura insuficiente
para o que era necessário, e sobre essa viga estava apoiado o telhado daquela
parte da fábrica, além de outro pilar que. Outra empresa ficou responsável por
resolver esse problema, mas eu pude acompanhar de perto a solução: foi montado
uma treliça no local, que se apoiou nos pilares das extremidades, e o telhado foi
apoiado sobre a treliça. Só então, tivemos toda a estrutura liberada para concluir a
demolição, e poder dedicar o trabalho para a execução da obra principal.
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3.3.3 Execução da base para o Transfer Car
3.3.3.1 Quebra e Escavação
A quebra do piso anteriormente existente foi toda feita com martelete de
compressor. A fase de escavação foi feita de formas diferentes nas duas áreas pelas
quais passavam os trilhos. Onde estava o final das linhas de produção, que tinha
espaço limitado e tráfego intenso de empilhadeiras, foi feita escavação com
ferramentas manuais, e a remoção com carros de mão e galeotas. Já no outro setor,
que detínhamos de espaço, pudemos contratar uma retroescavadeira para fazer a
escavação e remoção juntamente com um caminhão caçamba.
Imagem 02 – Escavação com retroescavadeira.
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3.3.3.2 Execução da sub-base
Após a escavação, fizemos a compactação do solo existente em toda a
extensão, e em seguida, adicionamos camadas de 15cm de brita corrida, seguida de
nova compactação, preparando assim a sub-base. A compactação foi feita com
compactador do tipo sapinho, e após molhar cada camada.
3.3.3.3 Montagem de armaduras
As armaduras, feitas com barras de aço de 10mm e estribos de 8mm, foram
todas montadas numa central feita próxima ao canteiro de obra, amarrações feitas
com arame recozido. O tamanho que era colocado em cada vez variava de acordo
com o andamento dos demais serviços, mas mesmo com concretagem acontecendo
logo após a colocação de armaduras, deixávamos o final de cada armadura livre
para ser feita a emenda, por transpasse, com a próxima, e assim foi feito até a
conclusão da obra.
3.3.3.4 Concretagem
Assim como a escavação, existia um setor em que o caminhão betoneira não
tinha acesso, que era a maior extensão dos trilhos. Foi necessário apenas um
caminhão para cobrir o primeiro pedaço. O restante do concreto, e portanto, a
maioria, foi feito todo na obra, com o seguinte traço: para cada saco de cimento, 18l
de água, 36l de areia, 54l de brita. Atingindo assim, resistência de 35 Mpa e slump
de 10cm. Mesmo que a mistura para o concreto ocorresse longe do local de obra,
portanto de difícil acompanhamento, não tinha problemas caso houvesse uma
resistência um pouco menor, ou slump diferente, já que a resistência fabricada era já
bem superior à requerida em projeto, e a trabalhabilidade era mais que suficiente.
Ainda assim, sempre que possível estive observando se a dosagem estava sendo
feita corretamente. Logo após o lançamento do concreto, fazíamos a vibração do
mesmo. E a cura foi feita com água.
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Imagem 03 – Concretagem com caminhão betoneira
Imagem 04 – Vibrando o concreto9
Imagem 05 – Cura do concreto com água
3.3.3.5 Acabamento
Ao final da obra, que durou cerca de 2 meses e meio, e após a montagem dos
trilhos, que foi responsabilidade de outra empresa, sobraram pequenos detalhes que
precisaram ser retocados, principalmente devido à demolição. Em pequenas
proporções, ainda acompanhei pintura, execução de alvenaria e preenchimento de
pequenos detalhes com massa.
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4.0 Conclusão
Apesar de ter sido uma obra de pequeno porte, e de pouca duração, foi uma
experiência muito válida como primeiro estágio, em que vi muita coisa em pouco
tempo, e pude desenvolver melhor o lado de relação interpessoal, controle e
fiscalização de funcionários, estudo de projetos e pude ver na prática a aplicação
daquilo que estava no papel. Tive a presença constante de engenheiros que me
orientavam, tanto da fábrica, quanto o meu supervisor, e pude ter assim um
ambiente que facilitou o aprendizado.
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5.0 Bibliografia
ACI - American Concrete Institute;
Imagens obtidas durante o andamento da obra.
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