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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Curricular Supervisionado I

BRUNO DEL SARTO AZEVEDO ISIS SOUZA ANDRADE JOO CNCIO SILVA PRISCILA DA CRUZ SILVA RITA DE FTIMA ANJOS LAGO

RELATRIO DE ESTGIO NA UNIDADE DE SADE DA FAMLIA VIRGLIO DE PAULA TOURINHO NETO II

JEQUI - BAHIA 2011

BRUNO DEL SARTO AZEVEDO ISIS SOUZA ANDRADE JOO CNCIO SILVA PRISCILA DA CRUZ SILVA RITA DE FTIMA ANJOS LAGO

RELATRIO DE ESTGIO NA UNIDADE DE SADE DA FAMLIA VIRGLIO DE PAULA TOURINHO NETO II

Relatrio apresentado Professora Orientadora Daniela Mrcia Neri Sampaio da Disciplina Estgio Curricular Supervisionado I, como requisito parcial de avaliao.

JEQUI - BAHIA 2011

SUMRIO 1 CONSIDERAES INICIAIS ................................................................................... 3 2 DESCRIO DO CAMPO DE ESTGIO ................................................................. 4 2.1 CARACTERIZAO DOS ATENDIMENTOS DA EQUIPE................................ 7 2. 2 CARACTERIZAO DA POPULAO DA REA DE ABRANGNCIA ........ 18 3 DESCRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS ESTAGIRIOS ...... 30 3.1 ESCALA DE ATIVIDADES ............................................................................... 30 3. 2 ATIVIDADES GERENCIAIS ............................................................................ 33 3. 3 ATIVIDADES ASSISTENCIAIS ....................................................................... 33 3. 3.1 Pr-natal ................................................................................................... 33 3. 3. 2 Hiperdia ................................................................................................... 34 3. 3. 3 Crescimento e Desenvolvimento ............................................................. 35 3. 4 ATIVIDADES EDUCATIVAS ........................................................................... 36 3. 5 VISITAS DOMICILIARES ................................................................................ 38 4 CONTRIBUIES DO ESTGIO .......................................................................... 40 5 RESULTADOS OBTIDOS ...................................................................................... 41 6 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................... 42 7 REFERNCIAS ...................................................................................................... 43 APNDICES.............................................................................................................. 45 ANEXOS ................................................................................................................. 178

3 1 CONSIDERAES INICIAIS

O Programa Sade da Famlia (PSF) representa tanto uma estratgia para reverter a forma atual de prestao de assistncia sade, como uma proposta de reorganizao da ateno bsica com o propsito de reorientao do modelo assistencial do Sistema nico de Sade (SUS). Responde a uma nova concepo de sade no mais centrada somente na assistncia doena mas, sobretudo, na promoo da qualidade de vida e interveno nos fatores que a colocam em risco pela incorporao das aes programticas de uma forma mais abrangente e do desenvolvimento de aes intersetoriais. Caracteriza-se pela sintonia com os princpios da universalidade, equidade da ateno e integralidade das aes, e estrutura-se na lgica bsica de ateno sade, o que gera novas prticas e afirma a indissociabilidade entre os trabalhos clnicos e a promoo da sade (BRASIL, 2000). Alm dos princpios gerais da Ateno Bsica, a estratgia Sade da Famlia deve ter carter substitutivo em relao ateno bsica tradicional, devendo atuar com conhecimento da realidade local e para isso faz-se necessrio o cadastramento das famlias, traando um diagnostico situacional para assim promover aes que venham resolver os problemas de sade do individuo e da sua famlia. A atuao da equipe deve ser promovida de forma pactuada com a comunidade, instituies e organizaes sociais, deve tambm est vinculada a rede de servios permitindo que o indivduo e sua famlia sejam atendidos de forma integral, de modo que sejam assegurados a referencia e contra referencia para servios de maior complexidade, caso o usurio necessite (BRASIL, 2006; SANTANA; CARMAGNANI, 2001). A Estratgia de Sade da Famlia (ESF) uma realidade presente e crescente no Brasil, exigindo assim a formao de profissionais capacitados e empenhados em fazer com que a ESF se torne uma realidade possvel, ao tempo em que possa desempenhar todos os objetivos propostos. Nessa perspectiva, a Disciplina Estgio Curricular Supervisionado I, do oitavo semestre do curso de enfermagem vem desenvolvendo suas atividades com o propsito de auxiliar no processo formativo dos futuros profissionais. A presente disciplina permite aos discentes um contato prolongado com o campo de prtica, que ser uma vertente de sua atividade profissional, proporcionando a vivncia com a equipe multidisciplinar, com os servios oferecidos

4 e possibilitando uma aproximao dos futuros enfermeiros com a comunidade, o que define maior clareza na compreenso e assimilao da estratgia de sade da famlia em seu mbito poltico, organizacional e assistencial. Dessa forma, a elaborao deste relatrio que tem como itens a descrio do campo de estgio, descrio das atividades desenvolvidas pelos estagirios, tanto gerenciais quanto assistenciais, atividades educativas e visitas domiciliares, contribuies dos estagirios para unidade e desta para formao dos mesmos e os resultados obtidos durante o perodo de estgio.

2 DESCRIO DO CAMPO DE ESTGIO

A Unidade de Sade da Famlia (USF) Virglio de Paula Tourinho Neto, est localizada rua Duque de Caxias, S/N, bairro Cidade Nova. Na unidade atuam duas equipes de Sade da Famlia, em que ambas possuem a composio mnima exigida pelo Ministrio da Sade e esto assim dispostas cada: uma enfermeira, um mdico, um odontlogo, duas auxiliares de enfermagem, um tcnico administrativo, um auxiliar de servios gerais e seis agentes comunitrios de sade (ACS). importante ressaltar que o atendimento odontolgico realizado por um nico profissional, comum s duas equipes, porm a equipe de sade bucal no conta com Tcnico de Higiene Dental (THD). importante ainda ressaltar que estamos inseridos na referida unidade de sade, desenvolvendo as atividades de estgio, mais especificamente, na equipe II. Quanto estrutura fsica, a USF apresenta dois consultrios de enfermagem com banheiro, dois consultrios mdicos, um consultrio odontolgico, uma sala de vacinao, uma sala de procedimentos, uma farmcia, uma sala de esterilizao, um almoxarifado, uma copa, quatro banheiros, sendo dois para funcionrios e profissionais e dois para os usurios, uma recepo (dividida em dois ambientes um para cada equipe) onde so feitas marcao de consultas e o arquivamento dos pronturios das famlias. Na recepo tambm so feitas as marcao da Central de Regulao da Assistncia de Jequi (CERAJE), realizada atravs de um sistema informatizado disponvel nos servios de sade do municpio. A USF funciona nos turnos matutino, das 7h30 s 12h, e vespertino das 14h s 17h30, sob a coordenao das profissionais enfermeiras, sendo que cada

5 enfermeira responde por sua equipe. Porm, faz-se necessrio destacar que houve mudana na coordenao da equipe II no perodo do estgio. Atravs do processo de territorializao e consequente construo do mapeamento foi definida a rea de abrangncia que corresponde a cada equipe. E a equipe II possui um total de 821 famlias divididas em seis microreas, sendo cada ACS responsvel por uma microrea. No quadro a seguir, apresentada cada microrea, com a respectiva ACS, bem como o nmero de famlias assistidas.Tabela 1: Nmero de famlias cadastradas por microrea na USF Virglio Tourinho II. SMS/Jequi/BA, agosto/2011.

Microrea 01 02 03 04 05 06 Total

Agente Comunitrio Luzinete Graa Romilda Vera Gil Fernanda 821 famlias

N famlias 115 148 130 163 135 130

Fonte: Relatrio SSA2/equipe II da USF Virglio de Paula Tourinho Neto.

O nmero de famlias cadastradas encontra-se dentro dos limites propostos pela poltica de Estratgia de Sade da Famlia, 600 a 1.000 famlias, com limite mximo de 4.500 habitantes. Todavia, verifica-se uma discrepncia das microreas 02 e 04 em comparao s demais. Em relao microrea 04 constitui-se um espao geogrfico extenso e com grande nmero de terrenos ociosos o que possivelmente poder dificultar atuao do agente comunitrio responsvel. A delimitao das microreas deve ser norteada pela anlise da situao de sade da populao, sendo cada microrea um espao mais ou menos homogneo quanto s condies de vida e sade (BRASIL, 1997). Acreditamos que alguns espaos geogrficos das referidas microreas no esto bem definidos. Verificamos isso entre as microreas 01 e 02, em que h um recorte confuso em suas delimitaes, e que possivelmente poder trazer um retrato pouco fidedigno da realidade de cada uma, j que as condies encontradas na microrea 01 so muito diferentes das encontradas na microrea 02.

6 A imagem 1 retrata a diviso das seis microreas (com suas respectivas ACS) formadoras da rea de abrangncia coberta pela Equipe II da USF Virgilio de Paula Tourinho Neto. O mapa foi construdo pelas ACS e a enfermeira da equipe II. A demarcao dos limites da atuao dos servios pela equipe de uma USF constitui um dos sentidos atribudos ao conceito territorializao, que no apenas se refere ao espao fsico, mas compreende o reconhecimento do ambiente, da populao e da dinmica social existente nessas reas. Logo, o territrio apresenta mais que uma extenso geomtrica. Representa um perfil demogrfico, epidemiolgico,

administrativo, tecnolgico, poltico, social e cultural que o caracteriza e se expressa num territrio em permanente construo (MONKEN; BARCELOS, 2005).Imagem 01: Mapa da rea de abrangncia da equipe II da USF Virglio de Paula Tourinho Neto.

Fonte: Mural da USF Virglio de Paula Tourinho Neto.

7 2. 1 CARACTERIZAO DOS ATENDIMENTOS DA EQUIPE

O atendimento de enfermagem est de acordo com a semana tpica como pode ser identificado na tabela 2, com 12 atendimentos mdios/turnos.Tabela 2: Programas atendidos pelo profissional enfermeiro conforme semana tpica da equipe II da USF Virglio Tourinho.

Turno Matutino Vespertino

Segunda Hiperdia PF

Tera VD PN

Quarta Hiperdia CD

Quinta CD Preventivo

Sexta Educao em Sade Reunio de equipe

Fonte: Enf. Merccia Costa da Silva. Legenda: PF = Planejamento Familiar; PN = Pr-Natal; CD = Crescimento e Desenvolvimento; VD = Visita Domiciliar.

O agendamento realizado aps cada consulta com datas previamente definidas de acordo com a necessidade de cada especialidade. Os faltosos so remanejados para outro momento avaliando a sua necessidade e a disponibilidade de consultas e os usurios que vm ao servio pela 1 vez podero ser atendidos como demanda espontnea ou agendados para data mais prxima. As salas de espera vinham sendo realizadas de forma espordica pela enfermeira da unidade, no havendo regularidade. Durante o perodo de estgio foi possvel estabelecer uma rotina de atividades educativas, a partir da elaborao de escala. So realizadas, ainda, atividades educativas no mbito da sade bucal pela odontloga na comunidade (escolas). As consultas mdicas so marcadas de segunda-feira a sexta-feira pela manh das 7:30 s 12:00 horas. O atendimento realizado de segunda-feira a quinta-feira nos dois turnos, em que so realizadas triagem mdica e consultas de clinica geral. Ressaltamos que o atendimento mdico no atende a uma semana tpica como a do profissional enfermeiro e so realizadas em mdia 12 (doze) consultas por turno. As tabelas 3, 4 e 5 desvelam, respectivamente, o nmero de consultas por faixa etria realizadas pelo mdico nos meses de abril, julho e agosto de 2011.

8Tabela 3: Nmero de consultas mdicas por faixa etria na USF Virglio Tourinho II em abril de 2011.

Idade Residentes fora da rea de abrangncia 50 anos Meningite tuberculosa em < 5 anos Hansenase com grau de incapacidade II e III Citologia Onctica NIC III (carcinoma in situ) RN com peso < 2500g Gravidez em < 20 anos Hospitalizaes em < 5 anos por pneumonia Hospitalizaes em < 5 anos por desidratao Hospitalizaes por abuso de lcool Hospitalizaes por complicaes do Diabetes Hospitalizaes por qualquer causa Internaes em Hospital Psiquitrico bitos em < 1 ano por todas as causas bitos em < 1 ano por diarria bitos em < 1 ano por infeco respiratria bitos de mulheres de 10 a 49 anos bitos de adolescentes (10-19 anos)Fonte: Relatrio PMA2/ USF Virglio de Paula Tourinho Neto II.

02 01 04

Na tabela 33 referente aos marcadores de sade, verificamos a diminuio no nmero de ocorrncia de gravidez em menores de 20 anos, o que podemos atribuir a eficcia no atendimento do planejamento familiar. Percebe-se tambm uma reduo considervel no nmero de hospitalizaes por qualquer causa, porm houve o surgimento de um caso de internao por complicaes do diabetes. A reduo no nmero de internaes pode-se atribuir, entre outros fatores, a um aumento no nvel de resolutividade da USF.

3 DESCRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS ESTAGIRIOS 3. 1 ESCALA DE ATIVIDADES Abaixo se encontra a escala das atividades desenvolvidas pelos estagirios na USF Virglio Tourinho. Os mesmos estiveram na unidade nos horrios da disciplina Estgio Curricular Supervisionado I, em perodos de 05h aula/cada. Antes

31 da construo da escala os estagirios ficaram 05 perodos na unidade, em observao no participante, para construo do plano de interveno (APNDICE A). possvel verificar que em alguns momentos na escala a estagiria Priscila se encontra sozinha na unidade, isto ocorre porque a mesma pertence denominao Adventista do Stimo Dia e no realiza atividades acadmicas aos sbados, sendo por tanto, escalada sozinha em outros dias da semana para suprir os dias de sbado.Tabela 34: Escala dos estagirios do estgio curricular supervisionado I - USF Virglio Tourinho de Paula Neto / Equipe II.

Datas/ Turnos Seg - 04/04/11 (M) Ter - 05/04/11 (T) Qua - 06/04/11 (M) Qui - 07/04/11 (M) Qui - 07/04/11 (T) Seg - 11/04/11 (M) Ter - 12/04/11 (M) Ter - 12/04/11 (T) Qua - 13/04/11 (M) Qui - 14/04/11 (M) Qui - 14/04/11 (T) Sex - 15/04/11 (M) Seg - 18/04/11 (M) Ter -19/04/11 (T) Qua - 20/04/11 (M) Seg - 18/07/11 (M) Ter - 19/07/11 (T) Qua - 20/07/11 (M) Qui - 21/07/11 (M) Qui - 21/07/11 (T) Seg - 25/07/11 (M) Ter - 26/07/11 (M) Ter - 26/07/11 (T) Qua - 27/07/11 (M) Qui - 28/07/11 (M) Qui - 28/07/11 (T) Seg - 01/08/11(M) Ter - 02/08/11 (T) Qua - 03/02/11 (M)

Gerncia

Ed. em Sade/ Visita Domiciliar Isis Ftima/Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/Joo Bruno/Priscila Seminrio Sobre Mtodos Contraceptivos Ftima/ Bruno / Isis/ Joo Isis Ftima/ Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/ Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/ Joo Bruno/Priscila Isis Ftima/ Joo Bruno/Priscila Capacitao Sobre Cncer de Colo de tero Ftima/ Bruno / Priscila/ Isis/ Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Ftima Bruno/ Priscila Isis/Joo Priscila Bruno Isis/Joo Ftima/Priscila Bruno Isis/Joo Ftima/Priscila Bruno Isis/Joo Ftima/Priscila Bruno Isis/Joo Ftima/Priscila Capacitao Sobre Tuberculose Ftima / Bruno / Priscila / Isis / Joo Priscila Bruno Isis/Joo Ftima/Priscila Bruno Isis/Joo Ftima/Priscila Assistncia

32 Qui - 04/08/11 (M) Qui - 04/08/11 (T) Sex - 05/08/11 (M) Sex - 05/08/11 (T) Sb 06/08/11 (M) Sb 06/08/11 (T) Ter 09/08/11 (M) Ter 09/08/11 (T) Qua - 10/08/11 (M) Qui - 11/08/11 (M) Qui - 11/08/11 (T) Sb - 13/08/11 (M) Ter 16/08/11 (T) Qua - 17/08/11 (M) Ter - 23/08/11 (T) Qua - 24/08/11 (M) Qui 25/08/11 (M) Qui 25/08/11 (T) Ter - 30/08/11 (M) Ter 30/08/11 (T) Qua - 31/08/11 (T) Qui - 01/09/11 (M) Qui - 01/09/11 (T) Isis/Joo Ftima/Priscila Isis/Priscila Ftima/Bruno 6 Conferncia Municipal de Sade Ftima / Bruno / Priscila / Isis / Joo 6 Conferncia Municipal de Sade Ftima / Bruno / Priscila / Isis / Joo 6 Conferncia Municipal de Sade Ftima / Bruno / Isis / Joo 6 Conferncia Municipal de Sade Ftima / Bruno / Isis / Joo Joo Isis/Priscila Ftima/Bruno Joo Isis/Priscila Ftima/Bruno Joo Isis/Priscila Ftima/Bruno Joo Priscila Bruno Isis/Priscila Ftima Campanha de Vacinao Ftima / Bruno / Isis / Joo Avaliao Escrita / UESB Ftima / Bruno / Priscila / Isis / Joo Joo Isis/Priscila Ftima/Bruno Joo Isis/Priscila Ftima/Bruno Priscila Ftima/Bruno Joo/Isis Priscila Ftima/Bruno Joo/Isis Priscila Ftima/Bruno Joo/Isis Priscila Ftima/Bruno Joo/Isis Priscila Ftima/Bruno Joo/Isis Priscila Apresentao e discusso dos casos clnicos / UESB Ftima / Bruno / Priscila / Isis / Joo Discusso da Avaliao Escrita / UESB Ftima / Bruno / Priscila / Isis / Joo Bruno Joo

Totalizando: Bruno = 07 gerncia; 17 Ed. em Sade/Visita Domiciliar; 13 Assistncia. Ftima = 08 gerncia; 14 Ed. em Sade/Visita Domiciliar; 15 Assistncia. Isis = 10 gerncia; 13 Ed. em Sade/Visita Domiciliar; 14 Assistncia. Joo = 07 gerncia; 13 Ed. em Sade/Visita Domiciliar; 17 Assistncia. Priscila = 06 gerncia; 17 Ed. em Sade/Visita Domiciliar; 18 Assistncia.

Perodos de observao: 05; Seminrio: 01; Capacitaes: 02; Conferncia Municipal de Sade: 04; Campanha de Vacina: 01; Prova: 02; Discusso dos casos clnicos: 01. Total: 53 perodos.

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3. 2 ATIVIDADES GERENCIAIS

As aes gerenciais foram precedidas por um momento de observao, que foi utilizado para realizar o reconhecimento da rea de abrangncia da USF, bem como o seu perfil epidemiolgico. Esse perodo foi importante para nos habituar rotina da unidade, organizao e ao funcionamento dos seus servios, possibilitando-nos a identificao de problemas a serem discutidos no Plano de Interveno (APNDICE A), elaborado no incio do estgio e implementado com o decorrer do mesmo, visando otimizao das aes e servios prestados pela unidade. As atividades gerenciais desenvolvidas foram: sala de espera, superviso dos setores, levantamento dos materiais e medicamentos em falta e vencidos, organizao da farmcia, almoxarifado e do armrio da sala de reunio, auxlio em atividades gerais quando necessrio, encaminhamento de comunicaes internas (CI) Secretaria Municipal de Sade, auxlio na recepo com separao de pronturios, marcao de consultas mdicas e de enfermagem, bem como agendamento de consultas solicitadas pelo mdico, participao na reunio de equipe. Todas essas atividades possibilitam ao profissional adquirir conhecimentos sobre a demanda da unidade, referente aos servios ofertados.

3. 3 ATIVIDADES ASSISTENCIAIS

3. 3. 1 Pr-Natal

Atendimento ao servio de pr-natal, conforme a semana tpica da equipe acontece nas teras-feiras no turno vespertino, onde so agendadas em mdia oito gestantes, sendo o atendimento realizado por ordem de marcao. Caso alguma gestante que no est agendada para aquele dia de consulta procure a USF apresentando alguma queixa, ser atendida conforme a necessidade apresentada. Logo que a gestante chega unidade, o discente alocado na gerncia realiza o acolhimento, posteriormente, j em posse dos pronturios, encaminha para consulta de enfermagem.

34 A consulta acontece de maneira sistemtica e interativa. Abordamos primeiramente o estado geral da cliente, onde ouvimos atentamente suas queixas, dvidas e necessidades at o momento. A partir do que ela nos trs e tambm do que detectamos. So feitos esclarecimentos e orientaes quanto: mudanas fisiolgicas e anatmicas que acontecero durante a gravidez, hbitos alimentares saudveis, mudana de alguns hbitos de vida. Em seguida, so feitos os encaminhamentos e adotadas as condutas teraputicas necessrias. So realizados exame fsico, ausculta dos batimentos cardacos do feto (caso a gestante esteja a partir da 12 semana gestacional), abordagem de situao vacinal. Os resultados de exames e ultrassonografia trazidos pela gestante so devidamente interpretados e anotados no pronturio e no carto da gestante. Numa primeira consulta de pr-natal, direcionamos primeiramente ao preenchimento do carto da gestante, aps, t-la cadastrado no programa SIS prnatal. Sendo que, este cadastramento s ser realizado aps a gestante apresentar o exame beta- HCG com resultado positivo. Depois de preencher este carto

disponibilizamos o carto e anexamos a ficha perinatal ao pronturio, explicando a mesma que, a importncia do carto da gestante, juntamente com carto da famlia. Caso a gestante no tenha completado o esquema da vacina antitetnica, encaminhamos para a sala de vacinao. importante, durante a consulta questionar cliente se a gravidez foi planejada ou no. E, se a gravidez for considerada de risco, em acordo com o preconizado pelo Ministrio da Sade, encaminhamos a gestante ao Servio Especializado de Gravidez de Alto Risco, no Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), no deixando de acompanh-la na USF. 3. 3. 2 Hiperdia

Conforme a semana tpica da equipe, as consultas de HIPERDIA acontecem nas segundas-feiras e nas quartas-feiras no turno da manh. So agendadas 12 consultas por turno, o que no impede como nos demais servios, que um cliente que necessite de atendimento naquele dia seja atendido na Unidade. O discente alocado na gerencia acolhe estes clientes e coloca os pronturios para atendimento de acordo a ordem de marcao.

35 Durante as consultas, primeiramente so ouvidas atentamente as queixas do usurio, interrogado sobre seus hbitos alimentares, atividade fsica, sono e repouso, eliminaes fisiolgicas, e tratamento medicamentoso. As orientaes so feitas de maneira concomitante. realizado um exame fsico cfalo-caudal direcionado a sua patologia, realizado medidas da circunferncia abdominal, quadril e calculado o IMC e peso, todo procedimento explicado ao usurio utilizando-se de uma linguagem acessvel. So verificados ainda a PA e a glicemia, caso o usurio seja hipertenso e diabtico. Nesta consulta solicitamos exames laboratoriais de creatinina, ureia,

sumrio de urina, glicemia plasmtica, colesterol total e triglicerdeo, caso o usurio apresente alguma alterao sugestiva, ou se o mesmo tenha um intervalo de doze meses sem realizar exames laboratoriais. Caso o usurio precise realizar alguma consulta com especialista ou procedimentos que no so realizados na Unidade, preciso referenci-lo. As anotaes sero feitas no pronturio do usurio, no impresso do HIPERDIA da Unidade e no carto do HIPERDIA, fornecido ao usurio; aprazado retorno e encaminhamos o usurio a farmcia, caso este precise pegar medicamento.

3. 3. 3 Crescimento e Desenvolvimento

O servio de crescimento e desenvolvimento infantil oferecido conforme semana tpica nas quartas-feiras no turno vespertino e nas quintas-feiras no turno do matutino, sendo importante salientar que as nossas aes se restringiram as quintas, por ser dia de estgio. So agendadas doze crianas. Durante a consulta interrogado a me e/ou acompanhante sobre as queixas possveis, os hbitos alimentares da criana, sono e repouso, e estado vacinal. Realizado exame fsico e medidas da circunferncia torcica e ceflica, a criana devidamente pesada e todos os valores anotados no carto da criana e verificados e interpretados as curvas dos grficos, os resultados so repassados me e orientadas de acordo a necessidade. verificado o carto vacinal e caso necessite ser encaminhada a sala de vacina. Os recm-nascidos so pesquisados os reflexos de busca, preenso e suco, Babinski e marcha. Realizadas orientaes sobre a importncia do aleitamento materno e agendado retorno.

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3. 4 ATIVIDADES EDUCATIVAS

As atividades educativas foram realizadas por meio de salas de espera abordando os seguintes temas: Diabetes Mellitus: o que ; sintomatologia; complicaes e tratamento, Aleitamento materno, Hipertenso Arterial: o que ; sintomatologia; complicaes e tratamento, A sade do coto umbilical, p diabtico, higiene em crianas, controle social: a realidade que temos e a realidade que queremos, por que a presso alta e por que trat-la, e Gravidez Saudvel.Tabela 35: Escala da sala de espera USF Virglio Tourinho II.

Datas/ turnos Qua - 06/04/11 (M) Qui - 07/04/11 (M) Seg - 11/04/11 (M) Ter - 12/04/11 (T) Qua - 13/04/11 (M) Qui - 14/04/11 (M) Seg - 18/04/11 (M) Ter - 19/04/11 (T) Qua - 20/04/11 (M)Seg 18/07/11 (M) Ter 19/07/11 (T) Qua 20/07/11 (M) Qui 21/0711 (M) Qui 21/07/11 (T) Ter - 26/07/11 (T) Qua - 27/07/11 (M) Qui 28/0711 (M) Qui 28/07/11 (T) Ter 02/08/11 (T) Qua 03/08/11 (M) Qui 04/08/11 (M)

Gerncia Isis Isis Isis Isis Isis Isis Ftima Ftima Ftima Ftima Ftima Ftima Ftima Ftima Bruno Bruno Bruno Bruno Bruno Bruno Bruno

Tema da Sala de Espera Diabetes Mellitus O que ; sintomatologia; complicaes e tratamento Aleitamento Materno Hipertenso Arterial O que ; sintomatologia; complicaes e tratamento A Sade do Coto Umbilical P Diabtico Higiene em Crianas Por que a presso alta e por que trat-la? Controle Social: a realidade que temos e a realidade que queremos Uma gravidez saudvel Alimentao e Diabetes Cuidados com o coto umbilical Higiene corporal e oral das crianas Controle Social: a realidade que temos e a realidade que queremos Preveno do cncer do colo do tero Importncia dos testes de triagem neonatal Dengue (apanhado geral, curiosidades e receita caseira de repelente contra Aedes aegypti) Implantao do Conselho Local de Sade e o fortalecimento do controle social Cncer de mama e o autoexame das mamas Dengue (apanhado geral, curiosidades e receita caseira de armadilha para Aedes aegypti) Diabetes Mellitus: mitos e verdades Implantao do Conselho Local de Sade e o fortalecimento do controle social

37Qui 04/08/11 (T) Seg 08/08/11 (M) Ter 09/08/11 (T) Qua 10/08/11 (M) Qui 11/08/11 (M) Ter 16/08/11 (T) Qua 17/08/11 (M) Qui -18/08/11 (M) Qui 18/07/11 (T) Ter 23/08/11 (T) Qua 24/08/11 (M) Qui 25/08/11 (M) Qui 25/08/11 (T)

Joo Joo Joo Joo Joo Joo Joo Joo Joo Joo Priscila Priscila Priscila Priscila

Ter 30/08/11 (M)

Preveno do Cncer de colo de tero Hipertenso e Diabetes Mellitus: o que isso? Benefcios do Aleitamento Materno para me/criana Hipertenso: o que pode ou no comer? Controle Social Pr-Natal: o cuidado com o beb comea na gravidez P Diabtico Benefcios da Higiene Bucal em Crianas O mal de sete dias: o que isso? Hipertenso: o que , sintomatologia, complicaes e tratamento DM e HA: Tratamento no farmacolgico Higiene corporal e oral das crianas Controle Social Verminoses

Os mtodos utilizados foram participativos, permitindo ao usurio dar opinies e tirar dvidas. Ocorreram outras atividades educativas junto comunidade. Na Escola Curral Novo, aconteceu uma palestra sobre dengue com 04 turmas de alunos de 9 e 10 anos, dos turnos matutino e vespertino, na qual foram abordados aspectos como conceito, agente etiolgico, medidas de preveno, sintomatologia e tratamento. Esta atividade aconteceu por meio de uma explicao expositiva com kit multimdia, e com a participao dos alunos, que expuseram seu ponto de vista e dvidas (APNDICES I). Houve ainda a realizao de duas oficinas na escola Municipal Maria Biondi, que versaram sobre o tema Verminoses: Esquistossomose e Ancilostomase. O pblico alvo foram crianas de 9 a 10 anos. Esta atividade foi realizada por meio de uma explicao expositiva por parte dos estagirios e logo aps realizou atividade em grupo (APNDICE J). Foi realizada ainda, capacitao para os Agentes Comunitrios de Sade sobre preveno de cncer do colo do tero, tornando-os multiplicadores de conhecimento e capazes de alertar a comunidade sobre a importncia da preveno dessa patologia (APNDICE B). Posteriormente, realizou-se com os ACS a capacitao sobre tuberculose na qual foram abordados pontos como conceito, epidemiologia, transmisso,

38 sintomatologia, diagnstico, tratamento e preveno, enfocando a importncia dos mesmos na identificao precoce dos casos e tratamento destes (APNDICES C, D, E e F). Outra atividade de educao em sade com os ACS teve como temtica o Conselho Local de Sade. Nesta, tiveram a presena dos agentes da equipe II, sendo exposto para eles o Regimento Interno dos conselhos locais de sade, e dando a oportunidade para eles exporem suas vivncias, opinies e dvidas que, porventura, surgissem (APNDICES G e H). Por sua vez, nas dependncias da congregao da Igreja Batista Betnia, localizada na microrea 03, realizou-se uma palestra sobre Controle Social e Conselho Local de Sade (CLS) para a comunidade das microreas 1, 2 e 3 (APNDICE L). Teve como finalidade sensibilizar esses indivduos quanto importncia de implantao e funcionamento do CLS em seu territrio com vistas ao fortalecimento do controle social. Alm da presena de membros da comunidade, contamos com o auxilio dos ACS das reas correspondentes. E por fim, a mesma atividade supracitada realizou-se na Escola Municipal Curral Novo para a comunidade das microreas 4,5 e 6. Onde pudemos contar com nmero mais expressivo de moradores, bem como, com o auxlio das ACS das reas correspondentes.

3. 5 VISITAS DOMICILIARES

A visita domiciliar atividade fundamental na estratgia Sade da Famlia e caracteriza o modelo de ateno em sade adotado. De acordo com a portaria GM n 648, de 29/03/2006, so atribuies comuns a todos os profissionais da equipe da Sade da Famlia realizar o cuidado em sade da populao adscrita, prioritariamente no mbito da unidade de sade, no domiclio e nos demais espaos comunitrios, quando necessrio (BRASIL, 2006). Para realizao das visitas, so escolhidos usurios que possuem maiores dificuldades de acesso unidade de sade, tais como, acamados, idosos, purperas, RN, entre outros. As visitas com os estagirios foram iniciadas a partir da confeco de uma escala, na qual foram definidos os dias, horrios, ACS e estudantes que as

39 realizaro. Exceto na microrea 6 devido ao perodo de frias que se encontrava a agente comunitria de sade.Tabela 36: Escala das visitas domiciliares realizadas pelos estagirios juntos com os ACS.

Datas/TurnosSeg - 04/04/11 (M) Ter - 05/04/11 (T) Qui - 07/04/11 (M) Qui - 07/04/11 (T) Seg - 18/04/11 (M) Ter -19/04/11 (T) Qua - 20/04/11 (M) Seg 18/07/11 (M) Ter 19/07/11 (T) Ter 26/07/11 (T) Qua 27/07/11 (M) Qui 28/07/11 (M) Qui 28/07/11 (T) Seg 08/08/11 (M) Ter 09/08/11 (T) Qua 10/08/11 (M) Ter 16/08/11 (T) Qua 17/08/11 (M) Qui 18/08/11 (M) Qui 19/08/11 (T)

Visita Domiciliar Bruno/Priscila Bruno/Priscila Bruno/Priscila Bruno/Priscila Isis/Joo Isis/Joo Isis/Joo Isis/Joo Isis/Joo Ftima/Priscila Ftima/Priscila Ftima/Priscila Ftima/Priscila Ftima/Bruno Ftima/Bruno Ftima/Bruno Joo/Isis Joo/Isis Joo/Isis Joo/Isis

ACS Romilda/Vera Luzinete/Fernanda Gil/Romilda Graa/Luzinete Luzinete/Gil Graa/Romilda Vera/Luzinete Gil/Graa Romilda/Vera Fernanda/Gil Vera/Graa Luzinete/Gil Romilda/Fernanda Gil/Vera Fernanda/Graa Vera/Romilda Graa/Luzinete Romilda/Gil Fernanda/Vera Gil/Graa

Nos dias de realizao das visitas o ACS, que consta na escala, ao chegar na unidade separa-se trs ou quatro pronturios e os apresentam ao estudante que a acompanhar. Com o pronturio em mos o estagirio faz algumas anotaes, verifica algumas informaes que nele consta e se dirige ao campo de visita. Ao chegar ao local de cada visita, o ACS apresenta o estagirio aos moradores da residncia, apresentando-lhe algumas informaes referentes ao usurio. Depois desse momento, o estagirio fala sobre o motivo e a importncia dessa visita, discorrendo sobre os objetivos a serem alcanados. A dinmica da visita consiste basicamente em anamnese, questionamento sobre queixas, alimentao, hidratao, vacinao, eliminao, sono, repouso e tomada de medicaes, entre outras questes relevantes ao estado de sade. Verifica-se, como por exemplo, no carto do hipertenso, quais so as medicaes prescritas e questiona-se ao usurio como est fazendo uso de tais medicaes, as cartelas de medicaes so olhadas. Em seguida, realizado um exame fsico

40 sucinto e a verificao de sinais vitais (especialmente PA e pulso em adultos e, em crianas a temperatura). Todas as informaes e percepes colhidas durante a visita so anotadas em um caderno pelo estudante, juntamente com os encaminhamentos que, porventura, foram necessrios. Ao retornar unidade, o estagirio anota todos os procedimentos realizados durante a visita no pronturio. Todas as informaes so passadas a enfermeira da unidade e os encaminhamentos realizados, contando com o apoio da discente alocada na gerncia.

4 CONTRIBUIES DO ESTGIO

Durante o perodo de estgio, atravs das aes desenvolvidas, foi possvel relacionar os conhecimentos terico-cientficos prtica, reconhecendo as limitaes e potencialidades que poderemos encontrar enquanto profissionais de um servio de ateno bsica sade. Tivemos uma viso holstica do servio, no qual presenciamos a dinmica, as necessidades da populao adscrita, as dificuldades impostas pelo sistema e todas as suas variveis. Anteriormente, tivemos contato com os servios de ateno bsica no que diz respeito consulta de enfermagem e na parte de gerncia de forma superficial, sem adentrar na rotina diria e contnua de um servio de sade de ateno bsica. Atribumos uma importncia grande ao fato deste perodo de estgio nos possibilitar a dar uma sequncia no servio, pudemos vivenciar a realidade de uma comunidade, identificando suas necessidades, seus interesses e contribuir atravs da prtica da enfermagem em tudo que era de nossa competncia faz-lo. Alm de nos permitir ter uma relao prxima com a comunidade, destacamos a experincia do trabalho conjunto. Enxergamos, assim, que o servio de sade no est refm de uma rea de atuao profissional, porm vai mais adiante e perpassa por uma atuao multiprofissional, no qual engloba vrios nveis de conhecimento. Foi importantssimo, aprender a trabalhar em grupo, e no somente com pessoas no mesmo nvel de formao, tambm com profissionais de outras reas e nveis. Essa troca de experincia com outros profissionais, de grande valia para nossa formao acadmica pois, nos possibilitou abrir horizontes quanto a importncia da interdisciplinaridade nos servios de sade.

41 Concernente s nossas contribuies podemos destacar uma melhor distribuio de atribuies, visto que determinados servios se encontravam sobrecarregados pelo nmero insuficiente de trabalhadores. Contribumos bastante no que diz respeito a sala de espera, pois enquanto futuros profissionais sabemos da importncia no s de tratar as queixas dos usurios, mas incentiv-los e instrulos quanto a preveno de determinadas patologias. Tambm, a sala de espera funcionou como boa ferramenta para o controle social, na qual foi explicado aos usurios sobre a importncia deste e sua repercusso na sade da populao. Contribumos ainda para a reorganizao de alguns setores como: almoxarifado, farmcia, sala de reunio e sala de vacina que se encontravam bastante desorganizados. Confeccionamos um lbum seriado sobre Dengue, que constitui um interessante recurso didtico para educao em sade (APDICE M). Esforamo-nos para que de acordo com as nossas possibilidades e com o que tnhamos a disposio, realizssemos mudanas positivas na unidade, e notamos a evoluo nesses setores tanto na arrumao do ambiente fsico quanto na parte burocrtica. Outro ponto a ser destacado a reduo na poluio visual da USF, pois encontrava-se muitos cartazes antigos, avisos que j haviam passado do prazo, e organizamos o ambiente, que se tornou visivelmente mais agradvel. Acima de tudo algo extremamente relevante, e no menos importante que as atividades acima citadas, a troca de saberes foi permanente durante esse perodo de estgio, pois a construo do saber no se constitui de forma solipsa (solitria, egosta), mas a partir da interao, que permite a pessoa se identificar, se diferenciar e estabelecer uma unidade que no exclusivamente sua, mas, tambm, do outro e do mundo (SENA, 2008). Atravs de uma postura crtica e reflexiva fomos sendo impulsionados a lutar por um servio de sade humanizado e que responda s necessidades de sua comunidade. 5 RESULTADOS OBTIDOS

Referente aos problemas de estado de sade: alto ndice de HAS e DM na rea de abrangncia da USF, risco para altos ndices de dengue, verminoses e ttano devido o destino inadequado do lixo pelos moradores e risco para doenas e agravos do aparelho respiratrio devido falta de pavimentao de ruas na rea,

42 descritos no plano de interveno, as intervenes implementadas se deram por meio de salas de espera, consultas de enfermagem, visitas domiciliares e pelas atividades educativas desenvolvidas nos aparelhos sociais. Como se trata de problemas em que necessrio o acompanhamento continuado para verificar se os objetivos foram alcanados, acreditamos que estas aes foram relevantes e nos leva a crer que os objetivos foram e/ou sero alcanados. Em relao aos problemas de servio de sade identificados no plano de interveno, alguns foram sanados, dentre os quais a falta de espculos para a realizao do exame preventivo, a falta de vacinas (trplice viral e rotavrus), a desorganizao no almoxarifado, a poluio visual nas paredes da USF, a existncia de medicamentos e materiais fora do prazo de validade e os sanitrios quebrados. Os demais continuam sem resolutividade. Os problemas poltico-sociais identificados so mais complexos, pois dependem de aes intersetoriais que no esto sendo devidamente executadas, comprometendo a sua resolutividade. Sendo assim, podemos verificar como objetivo alcanado o estimulo a comunidade quanto a importncia do controle social, a fim de garantir o envolvimento da populao na busca de solues para os problemas identificados. 6 CONSIDERAES FINAIS

A ementa da disciplina Estgio Curricular Supervisionado I traz como objetivo geral oportunizar o desenvolvimento de habilidades no manejo de tcnicas e procedimentos para promoo da sade e controle de riscos, de danos e de agravos junto aos diversos grupos populacionais, na perspectiva da sade coletiva; e como objetivos especficos, dentre outros, a consolidao do conhecimento, crescimento acadmico, pessoal e tico durante o desenvolvimento do estgio no mbito da rede bsica de sade. Diante desses objetivos, podemos afirmar que os mesmos foram alcanados durante o perodo de estgio, contribuindo de forma significativa para nossa formao acadmica e pessoal. Atravs da troca de conhecimento com a equipe multiprofissional, na qual buscamos como futuros profissionais de sade exercermos uma postura crtica e reflexiva questionando-nos a ns mesmos e s nossas condutas. Isto incluiu reconhecer nossas possibilidades, potencialidades e

43 fragilidades, sendo realistas com as metas e objetivos de crescimento pessoal estabelecidos, o que implica em aperfeioamento profissional. Vale ressaltar que este exerccio no pode acontecer de forma isolada, requer ouvidos e olhos atentos sobre como nossas aes so percebidas e recebidas pelos outros, proporcionando um feedback que possibilitar correo, complemento e ajustamento de nossa autoimagem. Por fim, acreditamos que este perodo de estgio constituiu um marco na nossa vida, que nos impulsionou a lutar constantemente por um servio de sade de qualidade.

7 REFERNCIAS

BRASIL. Ministrio da Sade. Departamento de Ateno Bsica. Guia Prtico do Programa Sade da Famlia. Braslia: Ministrio da Sade, 2002.

______. Ministrio da Sade. Secretaria de Assistncia Sade. Coordenao de Sade da Comunidade. Sade da Famlia: uma estratgia para a reorganizao do modelo assistencial. Braslia: Ministrio da Sade, 1997.

______. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Aes Programticas Estratgicas. rea Tcnica de Sade da Mulher. Pr-natal e Puerprio: ateno qualificada e humanizada. 3 ed. rev. Braslia: Ministrio da Sade, 2006.

______. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Sade da Criana: nutrio infantil aleitamento materno e alimentao complementar. Braslia: Ministrio da Sade, 2009.

______. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Poltica nacional de ateno bsica. Braslia: Ministrio da Sade, 2006.

______. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Manual do sistema de Informao de ateno bsica. Braslia: Ministrio da Sade, 2003.

44 ______. Ministrio da Sade. Secretaria Nacional de Assistncia Sade. Instituto Nacional de Cncer. Coordenao de Preveno e Vigilncia (Conprev). Falando sobre cncer do colo do tero. Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002

GOLDENBERG, P.; SCHENKMAN, S.; FRANCO, L. J. Prevalncia de diabetes mellitus: diferenas de gnero e igualdade entre os sexos. Rev. Bras. Epidemiologia. v. 6, n. 1, 2003.

JONAS, L. T.; RODRIGUES, H. C.; RESCK, Z. M. R. A funo gerencial do enfermeiro na Estratgia Sade da Famlia: limites e possibilidades. Revista de APS. v. 14, n. 1, 2011.

MONKEN, M.; BARCELLOS, C. Vigilncia sade e territrio utilizado: possibilidades tericas e metodolgicas. Cadernos de Sade Pblica. v. 21, n. 3, pp. 8898-906, 2005.

PASSOS, V. M. de A.; ASSIS, T. D.; BARRETO, S. M.. Hipertenso arterial no Brasil: estimativa de prevalncia a partir de estudos de base populacional. Epidemiol. Serv. Sade. v. 15, n. 1, 2006.

SANTANA, M. L.; CARMAGNANI, M. I. O Programa de Sade da Famlia no Brasil: um enfoque sobre seus pressupostos bsicos, operacionalizao e vantagens. Sade e Sociedade, v. 10, n. 1, 2001.

SECRETARIA DE POLTICAS DE SADE. Departamento de Ateno Bsica. Programa Sade da Famlia. Rev. Sade Pblica. v. 34, n. 3, 2000.

SENA, E. L. da S. Editorial. Rev. Sade.com. Jequi, v. 4, n. 1, pp.1-2, 2008.

SOUZA, C. R.; LOPES, S. C. F.; BARBOSA, M. A. A contribuio do enfermeiro no contexto de promoo sade atravs da visita domiciliar. Revista da UFG, v. 6, n. Especial, 2004. .

APNDICES

46 APNDICE A

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da C. Silva, Rita de Ftima A. Lago Preceptora: Merccia Costa da Silva Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio

PLANO DE INTERVENO NA USF VIGLIO DE PAULA TOURINHO NETO

PROBLEMAS DO ESTADO DE SADE

Problemas identificados Alto ndice de Hipertenso Arterial Sistmica (HAS) e Diabetes Mellitus na rea de abrangncia

rea (assistencial, gerencial ou educativa)

Objetivos

Propostas de interveno

Prazos

Responsveis

Educativa, gerencial e assistencial.

Orientar os usurios e portadores de HAS e DM a importncia do controle da

Realizar educao em sade, enfatizando os fatores de risco, em sala de espera para os usurios e em aparelhos sociais para a comunidade;

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

47 da USF no primeiro semestre de 2011. doena para preveno de complicaes. Supervisionar os ACS durante as visitas domiciliares para avaliar a adequao das orientaes dadas aos usurios; Elaborar um instrumento para avaliar, durante as consultas e visitas domiciliares, a adeso dos usurios ao tratamento. Grande nmero de usurios de drogas ilcitas na rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011. Risco para doenas sexualmente transmissveis na rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011. Risco para altos ndices de Alertar a comunidade quanto aos danos causados pelo uso de drogas.

Educativa.

Realizar educao em sade para a comunidade em aparelhos sociais com horrios previamente estabelecidos.

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

Educativa.

Orientar a comunidade quanto importncia do sexo seguro.

Realizar atividades educativas enfatizando a importncia do sexo seguro no(os) estabelecimento(os)____________ __.

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

Educativa.

Prevenir a incidncia de

Realizar sala de espera na unidade relacionando o risco de dengue,

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo,

48 dengue, verminoses e ttano devido o destino inadequado do lixo pelos moradores da rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011. Risco para doenas e agravos do aparelho respiratrio devido falta de pavimentao de ruas na rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011. casos de dengue, verminoses e ttano. verminoses e ttano ao destino inadequado do lixo; Orientar os ACS a incentivarem a comunidade a redobrar os cuidados com a dengue, verminoses e ttano. Priscila.

Gerencial e educativa.

Reduzir o risco de doenas e agravos relacionado ao aparelho respiratrio na rea de abrangncia da USF.

Reunir com as lideranas locais enfocando a importncia da pavimentao de ruas para o estado de sade da comunidade, empoderando, assim, a mesma.

Abril e Maio de 2011.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

49 PROBLEMAS DO SERVIO DE SADE

Problemas identificados

rea (assistencial, gerencial ou educativa)

Objetivos

Propostas de interveno

Prazos

Responsveis

Falta de recursos humanos na USF no primeiro semestre de 2011. Falta de espculos para a realizao do exame preventivo na USF no primeiro semestre de 2011. Falta de vacinas (trplice viral e rotavrus) na USF no primeiro semestre de 2011.

Gerencial.

Suprir a falta de recursos humanos na USF no primeiro semestre de 2011.

Encaminhar a CI ao Departamento Administrativo requerendo preenchimento do quadro de pessoal; Auxiliar nos setores onde h a falta de recursos humanos. Solicitar espculos no sistema a partir do primeiro ao dcimo quinto dia do ms; Solicitar de outras unidades a disponibilizao do material.

07 a 14 de abril 2011;

Isis;

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

Gerencial.

Suprir a falta de espculos na USF no primeiro semestre de 2011.

02 a 05/05/2011.

Bruno.

Gerencial.

Suprir a falta das vacinas trplice viral e rotavrus na USF no primeiro semestre de 2011.

Solicitar as vacinas ao Departamento de Vigilncia no setor imunizao.

15 de abril de 2011. Sempre que necessrio.

Isis. Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

50 Falta de medicamentos (propranolol e hidroclorotiazida) na USF no primeiro semestre de 2011.

Gerencial.

Suprir a falta de medicamentos na USF no primeiro semestre de 2011.

Solicitar os medicamentos no sistema a partir do primeiro ao dcimo quinto dia do ms.

1 a 14 de abril de 2011.

Isis.

Existncia de medicamentos e materiais fora do prazo de validade na USF no primeiro semestre de 2011.

Gerencial.

Evitar a existncia de medicamentos e materiais fora do prazo de validade na USF no primeiro semestre de 2011.

Realizar levantamento de todos os medicamentos e materiais fora do prazo de validade e validade prxima; Priorizar o uso dos medicamentos e materiais que esto prximos da data de validade; Devolver os medicamentos e materiais com o prazo de validade vencido ao almoxarifado. 7 a 14 de abril. Isis.

Falta de condicionadores de ar (farmcia e sala de reunio) na USF no primeiro semestre de 2011.

Gerencial.

Obter retorno dos condicionadores de ar em manuteno para a USF no primeiro semestre de 2011.

Encaminhar CI ao Departamento Administrativo, solicitando retorno dos condicionadores de ar.

Abril de 2011.

Isis e Ftima.

51 Falta de microcomputador na USF no primeiro semestre de 2011. Falta de impressora na unidade na USF no primeiro semestre de 2011. Sanitrios quebrados na USF no primeiro semestre de 2011. Desorganizao no almoxarifado da USF no primeiro semestre de 2011. Poluio visual nas paredes da USF no primeiro semestre de 2011. Suprir a falta do microcomputador em manuteno na USF no primeiro semestre de 2011. Suprir a falta da impressora na USF no primeiro semestre de 2011.

Gerencial.

Encaminhar CI ao Servio de Manuteno solicitando o retorno do Abril de 2011. microcomputador em manuteno.

Isis e Ftima.

Gerencial.

Encaminhar CI ao Departamento Administrativo, solicitando a impressora.

Abril de 2011.

Isis e Ftima.

Gerencial.

Gerencial.

Gerencial.

Obter conserto dos sanitrios Encaminhar CI ao Departamento quebrados na USF administrativo solicitando o conserto Abril de 2011. no primeiro dos sanitrios. semestre de 2011. Fazer levantamento de todos os Organizar o materiais disponveis no almoxarifado da almoxarifado; Abril de 2011. USF no primeiro semestre de 2011. Organizar o material disponvel por categorias de utilidade de cada um. Retirar a poluio Retirar das paredes da USF os visual das paredes cartazes com informaes da USF no ultrapassadas e repetidas; Abril de 2011. primeiro semestre de 2011. Destinar um local adequado para a

Isis e Ftima.

Isis e Ftima.

Isis e Ftima.

52 colocao dos cartazes. PROBLEMAS POLTICO-SOCIAIS

Problemas identificados Falta de controle social na rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011. Destino inadequado do lixo pelos moradores da rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011. Falta de pavimentao de ruas na rea de abrangncia da

rea (assistencial, gerencial ou educativa)

Objetivos

Propostas de interveno

Prazos

Responsveis

Gerencial.

Estimular controle social na rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011.

Reunir com as lideranas locais e/ou antigos membros da associao de moradores discutindo a importncia do controle social na melhoria das condies de sade da comunidade. Realizar sala de espera na unidade enfocando a importncia do destino adequado do lixo; Orientar os ACS a sensibilizar a comunidade sobre o destino adequado do lixo. Reunir com as lideranas locais enfocando a importncia da pavimentao de ruas para estado de sade da comunidade,

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

Educativa.

Destinar adequadamente o lixo na rea de abrangncia da USF no primeiro semestre de 2011. Empoderar a comunidade para pleitear junto s autoridades

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

Educativa.

Durante todo o estgio.

Isis, Ftima, Bruno, Joo, Priscila.

53 USF no primeiro semestre de 2011. municipais a pavimentao de ruas. empoderando, assim a mesma.

54 APNDICE B

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Merccia Costa da Silva Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio

CAPACITAO DOS AGENTES COMUNITRIOS DE SADE SOBRE CNCER DO COLO DO TERO

Tema geral: Abordagem sobre o cncer do colo do tero.

Tema: Reflexo sobre o papel dos ACS na preveno do cncer do colo do tero.

1. Objetivos 1- Orientar os ACS sobre o seu papel como agente educador na preveno do cncer do colo do tero. 2- Capacitar os ACS com orientaes bsicas sobre a preveno do cncer de colo do tero, a fim de que os mesmos possam exercer seu papel de preveno e promoo da sade junto comunidade. 2. Mtodo A abordagem metodolgica empregada na I capacitao realizada na Unidade de Sade da Famlia (USF) Virglio de Paula Tourinho Neto ser expositiva, com enfoque participativo, a qual permitir a atuao efetiva dos ACS no processo de aprendizado, na busca da valorizao dos seus conhecimentos e experincias vivenciadas no territrio em que atuam. 2.1 Cenrio: Sala de reunio da USF Virglio de Paula Tourinho Neto. 2.2 Durao: 04 horas 2.3 Data: 15/04/2011

55 2.4 Horrio: 08:00 hrs s 12:00 hrs. Inicialmente ser realizada dinmica de interao (quebra-gelo). Aps a mesma, haver apresentao expositiva sobre o tema: conceito, epidemiologia, fatores de risco, orientaes sobre o exame preventivo. Em seguida, os facilitadores pediro que os participantes formem um crculo onde ser entregue uma caixa contendo vrias tarjetas com perguntas sobre o tema abordado. A caixa dever ser passada de mo em mo medida que toca a msica. Ao parar a msica, aquele que estiver com a caixa dever abri-la e pegar uma das tarjetas, ler a pergunta e tentar respond-la, e assim sucessivamente at que acabem todas as perguntas.

3. Finalizao: ser oportunizado a cada participante que em breves palavras diga o que achou da capacitao, se correspondeu suas expectativas ou no e sugestes.

56 APNDICE C

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio

CAPACITAO DOS AGENTES COMUNITRIOS DE SADE SOBRE PREVENO E CONTROLE DA TUBERCULOSE Objetivo Geral: Formar multiplicadores nas aes de controle e preveno da Tuberculose.

Objetivos especficos: Propiciar conhecimentos sobre a doena (conceito, epidemiologia, sinais e sintomas, tratamento, preveno). Promover trocas de experincias (conhecimento terico cientfico x prtica). Avaliar o conhecimento prvio e posterior capacitao, sobre a Tuberculose. Mtodo Empregado: A capacitao ser realizada por intermdio dos seguintes instrumentos: Dinmica de interao. Questionrio contendo questes objetivas bsicas sobre a doena, que ser entregue aps dinmica de interao, e sero dados 10 minutos para que os componentes respondam. Depois de respondidos, os facilitadores recolhero o material. Apresentao expositiva da temtica, utilizando-se de kit multimdia. Ser entregue novamente um questionrio contendo as mesmas questes anteriores, para que os componentes possam responder agora de posse do conhecimento adquirido.

57 Os facilitadores solicitaro que o grupo se divida em duplas ou trios e ser entregue uma situao problema. Ser concedido um tempo de 15 minutos aproximadamente para resoluo e, depois de respondida, formaro um crculo para que cada dupla/trio compartilhe a problemtica e proponha a resoluo. A resposta poder ser contestada ou no pelos demais membros, construindo dessa forma o conhecimento conjunto. Recursos Instrucionais: Kit multimdia; Folhas de ofcio; Canetas esferogrficas.

58 APNDICE D Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio Questionrio Tuberculose 1. Dentre as alternativas a seguir, qual delas melhor define tuberculose? a)( ) Doena infecto-contagiosa causada por uma micobactria que afeta principalmente os pulmes, mas tambm pode ocorrer em outros rgos do corpo. b)( ) Doena infecto-contagiosa causada por uma micobactria que afeta somente os pulmes, no ocorrendo em outros rgos do corpo. c)( ) Doena infecto-contagiosa causada por um vrus que afeta principalmente os pulmes, mas tambm pode ocorrer em outros rgos do corpo. d)( ) Doena infectante, no contagiosa, causada por uma micobactria que afeta principalmente os pulmes, mas tambm pode ocorrer em outros rgos do corpo. 2. Assinale a alternativa que contm apenas sinais e sintomas caractersticos da tuberculose: a)( ) Tosse, emagrecimento acentuado, fraqueza, febre baixa e vmito. b)( ) Tosse, cefaleia, fraqueza e sudorese noturna. c)( ) Tosse, emagrecimento acentuado, fraqueza, febre baixa e sudorese noturna. d)( ) Tosse, ganho de peso, fraqueza e febre baixa. 3. Quais dos exames abaixo so utilizados para diagnstico da tuberculose? a)( ) Hemograma, sumrio de urina e baciloscopia; b)( ) Baciloscopia e radiografia do trax; c)( ) Hemograma e radiografia do trax; d)( ) Teste imunoenzimtico (Elisa) e hemograma. 4. Como ocorre a transmisso da tuberculose? a)( ) A transmisso por contato indireto de uma pessoa sadia com uma pessoa contaminada; b)( ) A transmisso atravs de mordida de co ou gato contaminados; c)( ) A transmisso atravs do contato genital nas relaes sexuais; d)( ) A transmisso direta, de pessoa a pessoa.

59 APNDICE E Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio

CAPACITAO - TUBERCULOSEO que Tuberculose (TB)? Doena infecto-contagiosa causada por uma micobactria que afeta principalmente os pulmes, o Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), mas tambm pode ocorrer em outros rgos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o crebro). Outras espcies de micobactrias tambm podem causar a tuberculose. So elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti. No Brasil e em outros 21 pases em desenvolvimento, a tuberculose um importante problema de sade pblica. Segundo dados da Organizao Mundial de Sade (OMS), o Brasil o nico pas das Amricas a figurar entre os 22 responsveis por 80% dos casos de tuberculose no mundo, ocupando a triste 15 posio. Segundo estimativas, cerca de um tero da populao mundial est infectada com o Mycobacterium tuberculosis, com o risco de desenvolver a enfermidade. Todos os anos so registrados por volta de 9 milhes de novos casos e quase 2 milhes de mortes. Pessoas idosas, minorias tnicas e imigrantes estrangeiros so os mais atingidos nos pases desenvolvidos. Nos pases em desenvolvimento, o predomnio da populao economicamente ativa (de 15 a 54 anos). No que diz respeito ao gnero, os homens adoecem duas vezes mais do que as mulheres. No Brasil, estima-se que mais de 57 milhes de pessoas esto infectadas pelo bacilo da tuberculose. Por ano so notificados aproximadamente 71 mil casos novos e de 4,8 mil mortes em decorrncia da doena. Com o surgimento da Sndrome de Imunodeficincia Adquirida (SIDA/ AIDS), em 1981, observa-se, tanto em pases desenvolvidos como nos pases em desenvolvimento, um crescente nmero de casos notificados de tuberculose em pessoas infectadas pelo Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV). A associao dessas duas enfermidades constitui um srio problema de sade pblica, podendo levar ao aumento da morbidade e mortalidade pela TB em muitos pases.

60 Quais os sinais e sintomas? Alguns pacientes no exibem nenhum indcio da doena, outros apresentam sintomas aparentemente simples que so ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos so: tosse seca contnua no incio, depois com presena de secreo por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansao excessivo; febre baixa geralmente tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquido; fraqueza; e prostrao. Os casos graves apresentam: dificuldade na respirao; eliminao de grande quantidade de sangue; colapso do pulmo e acmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmo) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torcica. Como se transmite? A transmisso direta, de pessoa para pessoa, principalmente atravs do ar. Ao falar, espirrar ou tossir, o doente de tuberculose pulmonar lana no ar gotculas, de tamanhos variados, contendo o bacilo. As gotculas mais pesadas caem no solo. As mais leves podem ficar suspensas no ar por diversas horas. Somente os ncleos secos das gotculas (Ncleo de Wells), com dimetro de at 5 e com 1 a 2 bacilos em suspenso, podem atingir os bronquolos e alvolos e a iniciar a multiplicao. Como feito o diagnstico? O diagnstico presuntivo feito baseado nos sinais e sintomas relatados pelo paciente, associados a uma radiografia do trax que mostre alteraes compatveis com tuberculose pulmonar. J o diagnstico de certeza feito atravs da coleta de secreo do pulmo, a baciloscopia. O escarro (catarro) pode ser coletado (de preferncia, pela manh) ao tossir. Devem ser avaliadas, inicialmente, duas amostras colhidas em dias consecutivos. Podem ser necessrias amostras adicionais para obteno do diagnstico. Encontrando o Mycobacterium tuberculosis est confirmada a doena. Outro teste utilizado o teste de Mantoux, que pode auxiliar no diagnstico da doena. feito injetando-se tuberculina (uma substncia extrada da bactria) debaixo da pele. Se, aps 72-96h, houver uma grande reao de pele, significa que

61 pode haver uma infeco ativa ou uma hipersensibilidade pela vacinao prvia com BCG feita na infncia. Logo, este exame no confirma o diagnstico, mas pode auxiliar no mesmo. Como tratar? O tratamento base de antibiticos 100% eficaz, desde que no haja abandono. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente no recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo. Para evitar o abandono do tratamento importante que o paciente seja acompanhado por equipes com mdicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados. A associao medicamentosa adequada, as doses corretas e o uso por tempo suficiente so os princpios bsicos para o adequado tratamento evitando a persistncia bacteriana e o desenvolvimento de resistncia aos frmacos, assegurando, assim, a cura do paciente. Baseado nos resultados preliminares do II Inqurito Nacional de Resistncia aos medicamentos anti-TB, que mostrou aumento da resistncia primria Isoniazida (de 4,4 para 6,0%), o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu Comit Tcnico Assessor introduziu o Etambutol como quarto frmaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros meses) do esquema bsico. A apresentao farmacolgica deste esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos, Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E), nas seguintes dosagens: R = 150mg, H = 75mg, Z = 400mg e E = 275mg. Essa recomendao e apresentao farmacolgica so as preconizadas pela OMS e utilizadas na maioria dos pases, para adultos e adolescentes. Para as crianas (abaixo de 10 anos), permanece a recomendao do Esquema RHZ. Como prevenir? A melhor medida de preveno e de controle da tuberculose o diagnstico precoce e o tratamento do paciente at a cura. Outras medidas importantes de preveno incluem a vacinao BCG, o tratamento da infeco latente (ILTB) e o controle de contatos. A preveno tambm inclui evitar aglomeraes, especialmente em ambientes fechados, e no utilizar objetos de pessoas contaminadas. Referncias: ABC da sade. Tuberculose Pulmonar. Disponvel em: . Acesso em: 26 de set. de 2011. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Glossrio de doenas: tpicos de A a Z. Tuberculose. Disponvel em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1527. Acesso em: 25 de set. de 2011.

62 APNDICE F

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio Situao-problema Tuberculose

Senhor J.P.S., de 42 anos, reside em uma casa com mais 4 pessoas que fica localizada na microrea 02, pertencente Unidade de Sade da Famlia (USF) Virglio de Paula Tourinho Neto, equipe II. O mesmo apresenta tosse seca h mais de 3 semanas e no procurou a USF para verificar a causa da tosse, situao que foi identificada pela ACS de sua rea. Como a mesma deve proceder diante disto? Quais as orientaes que a mesma deve dar a J.P.S. e os demais membros da famlia? Discorram sobre esta situao com base no contedo exposto.

63 APNDICE G

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio CAPACITAO DA USF VIRGLIO DE PAULA TOURINHO NETO SOBRE IMPLANTAO DOS CONSELHOS LOCAIS DE SADE 09/08/11 Objetivo Geral: Esclarecer a equipe da USF Virglio de Paula Tourinho Neto quanto s exigncias do Regimento Interno dos Conselhos Locais de Sade para a sua implantao e funcionamento. Objetivos especficos: Propiciar conhecimentos sobre o Regimento Interno dos Conselhos Locais de Sade. Mostrar a equipe da USF Virglio de Paula Tourinho Neto a importncia de sensibilizar a comunidade sobre o controle social atravs do Conselho Local de Sade. Promover trocas de experincias (conhecimento terico cientfico x prtica). Mtodo Empregado: A capacitao ser realizada por intermdio dos seguintes instrumentos: Questionrio contendo questes problema para resoluo em grupos de 5 componentes. Apresentao expositiva da temtica. Discusso do tema e concluso. Recursos Instrucionais: Folhas de ofcio; Canetas esferogrficas.

64 APNDICE H

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio Questes-problema sobre Conselho Local de Sade 1- A Unidade de Sade da Famlia X est em processo de implantao do Conselho Local de Sade (CLS). Porm a comunidade bastante resistente a participar do CLS, mesmo aps vrias reunies na tentativa de sensibilizla, no houve nenhum candidato representando os usurios. Sendo assim seria possvel implantar conselho local? Se sim, como ficaria a composio. Justifique. 2- Dona Florisbela mora na rea de abrangncia da USF X e av de Mariana uma jovem de 17 anos que reside fora da rea de abrangncia da mesma. Porm, Mariana por visitar sempre sua av tem se mostrado uma jovem bastante atuante nas questes sociais do bairro de sua av e pretende ser uma das candidatas a conselheira do CLS da USF X. Isso seria possvel, sim ou no? Justifique. 3- O Sr. Astrogildo Cirqueira um dos conselheiros do CLS da Unidade de Sade da Famlia Recanto da Paz. Durante essa semana a agente comunitria de sade Clotilde ao visitar algumas famlias foi informada que o Sr. Astrogildo estava recolhendo contribuies da comunidade alegando ser para lutar junto ao CLS por melhorias na infraestrutura do bairro. De acordo com seus conhecimentos sobre CLS comente sobre a conduta do Sr. Astrogildo. 4- A comunidade do bairro Jardim Florncia possui um Conselho Local instaurado h alguns meses depois de um intenso trabalho educativo da equipe de sade da USF local. Entretanto, os conselheiros tm-se mostrado bastantes descomprometidos em relao s questes da comunidade. H dois meses no tem tido qurum suficiente para realizao das reunies do conselho. Ciente desta situao, como se deve proceder na prxima data estabelecida para reunio se do mesmo modo no haver o qurum?

65 5- Em um CLS formado por 16 conselheiros, quantos destes devem ser representantes dos usurios? Quantos devem ser representantes dos trabalhadores de sade? Quantos devem ser representantes dos gestores e prestadores de servios? 6- Juliano Rodrigues Conselheiro do CLS da UBS Jos Cndido Xavier no compareceu em 3 reunies consecutivas e no justificou a sua ausncia. Ele ainda poder fazer parte do CLS? Explique.

66 APNDICE I

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio CAPACITAO DOS ESTUDANTES DA ESCOLA CURRAL NOVO SOBRE PREVENO E CONTROLE DA DENGUE Objetivo Geral: Formar multiplicadores nas aes de controle e preveno da Dengue. Objetivos especficos: Propiciar conhecimentos sobre a doena (conceito, epidemiologia,

transmisso, sinais e sintomas, tratamento, preveno). Avaliar o conhecimento prvio e posterior capacitao, sobre a Dengue. Mtodo Empregado: A capacitao ser realizada por intermdio dos seguintes instrumentos: Apresentao expositiva da temtica, utilizando-se de kit multimdia. Questionamento para avaliar os conhecimentos adquiridos com a

apresentao expositiva sobre Dengue.

Recursos Instrucionais: Kit multimdia.

67 APNDICE J

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio

ROTEIRO DE ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE VERMINOSES: ESQUISTOSSOMOSE E ANCILOSTOMASE

Objetivo Geral: Informar as crianas sobre a preveno da Esquistossomose e Ancilostomase.

Objetivos especficos: Propiciar conhecimentos sobre as doena (conceito, epidemiologia, sinais e sintomas, tratamento, preveno). Avaliar o conhecimento prvio e posterior realizao da oficina sobre a Esquistossomose e Ancilostomase.

Pblico alvo: Crianas de 9 e 10 da Escola Municipal Maria Biondi.

Mtodo Empregado: A atividade ser realizada por intermdio dos seguintes instrumentos: Apresentao das estagiarias e do tema. Explicao expositiva sobre as verminoses (interrogando as crianas sobre o que elas sabem sobre a temtica, de forma interativa). Logo aps a apresentao ser dividida a sala meninas x meninos entregue

uma cartolina e figuras contendo aes corretas e erradas relacionadas ao tema, para que eles possam discutir em equipe e colar a figura como figura correta ou errada. Ser concedido um tempo de 15 minutos

68 aproximadamente para resoluo e, logo aps se discutir cada resposta dada pela equipe de forma que toda a sala participe, construindo dessa forma o conhecimento em grupo e de modo dinmico interativo, que julgamos ser o mais adequado para o pblico alvo.

69 APNDICE L

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Estgio Supervisionado I 2011.1 Unidade de Sade da Famlia: Virglio de Paula Tourinho Neto Equipe II Grupo de Estgio: Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva, Rita de Ftima Anjos Lago Preceptora: Iracema Costa Ribeiro Gomes Supervisora: Daniela Mrcia Neri Sampaio CAPACITAO SOBRE CONSELHO LOCAL DE SADE E CONTROLE SOCIAL Objetivo Geral: Despertar o interesse da comunidade da rea de abrangncia da USF Virglio De Paula Tourinho Neto em participar do Conselho Local de Sade e exercer o controle social a fim de garantir a resolutividade dos problemas de sade da comunidade.

Objetivos especficos: Propiciar conhecimentos sobre Controle Social. Propiciar conhecimentos sobre Conselho Local de Sade (conceito, finalidades, composio e funcionamento). Mtodo Empregado: A capacitao ser realizada por intermdio dos seguintes instrumentos: Apresentao expositiva da temtica, utilizando-se de kit multimdia. Recursos Instrucionais: Kit multimdia.

APNDICE M

LBUM SERIADO SOBRE DENGUE

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Sade Curso de Graduao em Enfermagem Disciplina: Estgio Curricular Supervisionado I

JEQUI - BA 2011

O QUE DENGUE?

A Dengue uma doena causada por um vrus com 4 tipos, DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em gua parada. A picada feita pela fmea do mosquito, geralmente de dia.

PRINCIPAIS SINTOMASAps a picada do mosquito infectado, os sintomas geralmente aparecem em 5 ou 6 dias, mas esse perodo pode variar de 3 a 15 dias.

Febre alta e sbita Dor nos olhos Dor de cabea

Dor nas juntas Falta de apetite Manchas avermelhadas pelo corpo

OUTROS SINTOMASEnjoo, vmitos, diarreia e coceira. Em casos mais graves da doena pode ocorrer: sangramento no nariz, gengiva, vagina, urina, nas fezes e no vmito; forte dor na barriga; queda da presso; sonolncia; moleza; nervosismo; diminuio da temperatura corporal e problemas respiratrios, que podem levar morte por Dengue hemorrgica.

COMO TRATAR

COMO EVITAR

COMO EVITAR

COMO EVITAR

REFERNCIASBRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade.

Departamento

de Ateno

Bsica.Vigilncia

em

Sade: Dengue,

Esquistossomose, Hansenase, Malria, Tracoma e Tuberculose. 2 ed. rev. Braslia: Ministrio da Sade, 2008. Caderno de Ateno Bsica, n. 21.

______. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Diretoria Tcnica de Gesto.Dengue: diagnstico e manejo clnico Adulto e Criana. 3 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2007.

Elaborado por:

Bruno Del Sarto Azevedo, Isis Souza Andrade, Joo Cncio Silva, Priscila da Cruz Silva e Rita de Ftima Anjos Lago sob superviso da docente MSc. Daniela Mrcia Neri Sampaio.

APNDICE N

PROCESSOS DE ENFERMAGEM

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE SADE CURSO DE GRADUAO EM ENFERMAGEM ESTGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I

BRUNO DEL SARTO AZEVEDO

PROCESSO DE ENFERMAGEM DESENVOLVIDO FRENTE A USURIO COM INFARTO AGUDO DO MIOCRDIO

JEQUI-BA 2011

BRUNO DEL SARTO AZEVEDO

PROCESSO DE ENFERMAGEM DESENVOLVIDO FRENTE A USURIO COM INFARTO AGUDO DO MIOCRDIO

Trabalho apresentado docente Daniela Mrcia Neri Sampaio, da disciplina Estgio Curricular Supervisionado I, como requisito de avaliao.

JEQUI-BA 2011

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SUMRIO1. INTRODUO ...................................................................................................... 84 2. HISTRICO DE ENFERMAGEM .......................................................................... 85 3. EXAME FSICO ..................................................................................................... 86 4. FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 87 4.1 HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA ..................................................... 87 4.2 INFARTO AGUDO DO MIOCRDIO ............................................................ 90 4.3 MEDICAES EM USO ............................................................................... 91 5. DIAGNSTICOS DE ENFERMAGEM .................................................................. 98 6. PLANEJAMENTO DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM .................................. 98 7. AVALIAO ........................................................................................................ 100 7.1 EVOLUO ................................................................................................ 100 7.2 PROGNSTICO ......................................................................................... 101 8. CONSIDERAES FINAIS ................................................................................ 102 9. REFERNCIAS ................................................................................................... 103

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1 INTRODUO

O cuidado com base na comunidade no um conceito novo para a Enfermagem. Esta desempenhou um papel essencial na comunidade entre a metade e o final de 1800, com enfermeiras visitadoras que prestavam cuidados aos pobres e doentes em seus domiclios e comunidades, ao mesmo tempo em que os educavam, juntamente com seus familiares. A ateno sade no sculo XXI impulsionada pelo legado dos cuidados de sade do sculo XX, evoluindo do tratamento hospitalar para os cuidados prestados em uma grande variedade de ambientes, como o de cuidados de sade agudos, comunidades ou domiciliares (SMELTZER et al., 2008). Os enfermeiros e a profisso de enfermagem esto se defrontando com a necessidade de responder a um conjunto de demandas e desafios para garantir uma continuidade do cuidado prestado. A educao continuada e a especializao podem capacitar os enfermeiros a satisfazer essas demandas e desafios. Hoje, os cuidados so implementados pelo enfermeiro em um ambiente que enfatiza a prtica baseada em evidncias e que encoraja o cuidado colaborativo e interdisciplinar, com os pacientes exercendo uma funo cada vez mais ativa no que diz respeito s decises relacionadas ao seu prprio cuidado de sade (SMELTZER et al., 2008). O presente trabalho, proposto pela disciplina Estgio Curricular

Supervisionado I, contribui para uma anlise da funcionalidade e efetividade da visita domiciliar (VD), das facilidades e dificuldades enfrentadas e da atuao do enfermeiro nesta forma de assistncia. Contribui tambm para a verificao da autossuficincia da famlia na resoluo de seus problemas, alm de observar a estrutura, organizao, sade e bem-estar da mesma. Nesta perspectiva, buscou-se integrar os conhecimentos e reflexes adquiridos ao longo do curso em aes realizadas durante a VD na rea de abrangncia da Unidade de Sade da Famlia (USF) Virglio de Paula Tourinho Neto, localizado no bairro Cidade Nova, situado no municpio de Jequi-BA. O objetivo deste estudo foi, primeiramente, elaborar o Histrico de Enfermagem, atravs do levantamento de dados, os quais so obtidos da prpria cliente. A partir da, planejou-se as intervenes com base nos diagnsticos de enfermagem, visando, dessa forma, atender s necessidades do indivduo como um todo.

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2 HISTRICO DE ENFERMAGEM

O senhor A.D.S., 74 anos, casado, pai de cinco filhos, de cor parda, analfabeto, reside atualmente com trs pessoas (esposa e dois filhos). Trabalhou como porteiro e hoje realiza trabalho braal, cortando e carregando lenha. Aposentado, informa renda familiar de um salrio mnimo. A construo base de blocos e tijolos, possui luz eltrica, sistema de esgotamento e abastecimento de gua. Quanto aos antecedentes familiares, A.D.S. informa casos de Hipertenso Arterial Sistmica (HAS) e de agravos de ordem cardiovascular. O mesmo tem diagnstico de HAS de longa data e j apresentou episdios de angina, arritmia cardaca e infarto do miocrdio (IM), sendo que para este ltimo, apresentou como sinais dor no peito e nos braos, cianose em mos e tremor. Relata ainda duas intervenes cirrgicas, sendo as mesmas para remoo de hrnia epigstrica e cateterismo, realizadas respectivamente em 1998 e 2011. Refere dieta alimentar desregrada, sem restries para sal ou gordura e padro de sono e repouso satisfatrio. Relata eliminaes vesicais e intestinais presentes e sem alteraes quanto consistncia, frequncia, cor e odor. Contudo, refere sensao de urgncia para urinar. Informa pequenas manchas na viso. Informa ainda etilismo ou tabagismo durante longo tempo, mas que parou com ambos os vcios h poucos anos. No mais frequenta sua USF de referncia, seja para realizar

acompanhamento mdico e de enfermagem, seja para receber as medicaes prescritas, sendo que a ltima consulta data de 2005. Entretanto, recebe visitas domiciliares regulares desde 2010, alm de ser acompanhado por cardiologista no municpio de Vitria da Conquista. No soube informar seu estado vacinal. O esquema medicamentoso utilizado por A.D.S. consta de: AAS 100mg (uma vez ao dia); Losartana potssica + HCT 100mg + 25mg (uma vez ao dia); Ictus (uma vez ao dia); Clopidogrel 75mg (uma vez ao dia); Anlodipino 10mg (uma vez ao dia); Sinvastatina 40mg (uma vez ao dia); Omeprazol 20mg (uma vez ao dia); e Isossorbida 5mg (em caso de dor no peito). Observa-se ainda irregularidade na ingesto de tais medicaes, que, segundo o usurio, deve-se a esquecimento e/ou falta de alguns deles em determinados perodos de tempo.

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Os resultados dos exames complementares trazem de anormalidade: quanto aos parmetros estruturais, dimetro diastlico final do VE = 62 mm (normal = 35 ~ 56 mm) e dimetro sistlico final do VE = 51 mm (normal = 25 ~ 40 mm). Quanto s relaes e funes ventriculares, frao de ejeo = 36% (normal > 58%) e volume sistlico final = 124 ml (normal = 18 ~ 57 ml). Quanto aos parmetros descritivos, foi classificado como positivo isqumico/vivel. Protena C = 0,36 mg/dl (risco alto = maior que 0,30 mg/dl). Ureia e sdio srico levemente aumentados. Colesterol = 206 mg/dl (valor limtrofe = 200 a 220 mg/dl). Por fim, coronariografia + ventriculografia esquerda evidenciaram leses em coronria D, primeiro marginal, diagonalis e descendente anterior. 3 EXAME FSICO

Encontrado deambulando em sua residncia, lcido, orientado no tempo e no espao, fcies tranquila, respondendo coerentemente a solicitaes verbais e eupnico. Pele ntegra, com turgor e elasticidade diminudos, rede venosa pouco visvel e palpvel, musculatura pouco distrfica, extremidades aquecidas e oxigenadas, sem restries de mobilidade; em condies higinicas satisfatrias e condies da casa (higinicas e estruturais) insatisfatrias. Ao exame fsico apresentou: normocefalia, couro cabeludo ntegro e sem sujidade; olhos simtricos, conjuntivas palpebrais normocrmicas, esclerticas anictricas, pupilas isocricas e fotorreagentes, apresentando bom campo visual perifrico; pavilho auricular com sujidade, narinas permeveis ao fluxo areo, mucosa oral normocrmica, ausncia de arcada dentria superior e inferior; pescoo com boa mobilidade anterior, posterior e lateral, ausncia de gnglios edemaciados em regies infraoccipital e submandibular; MMSS simtricos, unhas grandes e sujas; trax nteroposterior simtrico, ausculta pulmonar, murmrios vesiculares audveis e ausncia de rudos adventcios, em ambos os hemitrax; pulso diminudo e rtmicos, ausculta cardaca com presena de bulhas normofonticas; abdome plano, com cicatriz de pequena extenso em regio epigstrica, indolor palpao e rudos hidroareos audveis; genitlia externa ntegra e sem anormalidades (sic); MMII simtricos, apresentando pele descamativa; ausncia de edema e discreta parestesia em MMII. Queixa-se de algia espordica em MSD e peito. Aferidos SSVV: P = 77 bpm, R = 16 inc/min e PA = 150x90 mmHg. Altura = 165 cm; Peso = 62 kg.

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4 FUNDAMENTAO TERICA

4. 1 HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA

A presso arterial (PA) o produto do dbito cardaco multiplicado pela resistncia perifrica. O prprio dbito cardaco o produto da frequncia cardaca multiplicada pelo volume sistlico. Na circulao normal, a presso exercida pelo fluxo de sangue atravs do corao e dos vasos sanguneos. A presso arterial elevada, conhecida como hipertenso pode resultar de uma alterao no dbito cardaco e/ou de uma modificao na resistncia perifrica (SMELTZER et al., 2008). A hipertenso arterial sistmica (HAS) coloca os pacientes sob maior risco de leso no rgo-alvo em vrios leitos vasculares, o que inclui a retina, o crebro, o corao e os rins (EWALD; MCKENZIE, 1996). A patogenia da hipertenso deve-se, em parte, a alteraes funcionais e dos vasos sanguneos. As principais consequncias da hipertenso consistem em alteraes vasculares patolgicas incluindo aterosclerose acelerada e a aterosclerose hialina e hiperplsica, bem como a arteriolite em alguns casos de hipertenso grave. As manifestaes clnicas da HAS aparecem em decorrncia das leses provocadas no sistema vascular e, embora sejam generalizadas, afetam com maior frequncia o sistema nervoso central, os olhos, o sistema cardiovascular e os rins que constituem os rgos-alvo. A manifestao mais frequente a cefaleia e se caracteriza, na maioria dos casos, como dor em regio occipital ao despertar, podendo estender-se nuca, com irradiao, s vezes, para a fronte. Outras manifestaes como zumbidos e tonturas podem estar presentes nos hipertensos sintomticos. Em situaes de estgio mais avanado, com leso de rgo-alvo, surgem a angina, o IM, a insuficincia cardaca, o acidente vascular enceflico (AVE), ataque isqumico transitrio, encefalopatia transitria, hemorragias,

insuficincia renal, doena arterial oclusiva sintomtica (RIBEIRO,1996 apud CARVALHO, 2004). Outros sinais e sintomas podem estar presentes como epistaxe, metrorragia, ejaculao sanguinolenta, parestesias, hemiplegias e coma (SERRO AZUL, 1977 apud CARVALHO, 2004). Segundo Smeltzer et al. (2008), hipertenso primria se d quando o motivo para a elevao da PA no pde ser identificado. Hipertenso secundria o termo

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usado para significar a presso arterial elevada a partir de uma causa identificada. Um dos principais fatores de risco para complicaes cardiovasculares a hipertenso arterial, pois atua diretamente na parede das artrias, podendo produzir leses. Considera-se hipertenso uma presso diastlica mantida acima de 90 mmHg e uma presso sistlica mantida maior do que 140 mmHg (NOBRE et al., 2010). Determinados fatores, considerados fatores de risco, associados entre si e a outras condies, favorecem o aparecimento da hipertenso arterial, sendo: idade, gnero, etnia, excesso de peso e obesidade, estresse, fatores socioeconmicos, gentica, sedentarismo, tabagismo, uso de anticoncepcionais, ingesto de sal e de lcool (PESSUTO; CARVALHO, 1998; NOBRE et al., 2010). Segundo Mano (2007):O desenvolvimento de hipertenso depende da interao entre predisposio gentica e fatores ambientais, embora ainda no seja completamente conhecido como estas interaes ocorrem. Sabe-se, no entanto, que a hipertenso acompanhada por alteraes funcionais do sistema nervoso autnomo simptico, renais, do sistema reninaangiotensina, alm de outros mecanismos humorais e disfuno endotelial. Assim a hipertenso resulta de vrias alteraes estruturais do sistema cardiovascular que tanto amplificam o estmulo hipertensivo, quanto causam dano cardiovascular.

A tabela 01 apresenta os valores de PA e suas respectivas classificaes para os indivduos acima de 18 anos.Tabela 01: Classificao diagnstica da HAS para maiores de 18 anos. *PAD (mmHg) < 80 < 85 85-89 90-99 100-109 > 110 < 90 *PAS (mmHg) < 120 < 130 130-139 140-159 160-179 > 180 > 140 Classificao tima Normal Limtrofe Hipertenso estgio1 Hipertenso estgio2 Hipertenso estgio3 Hipertenso sistlica isolada

*PAD = Presso arterial diastlica; PAS = Presso arterial sistlica. Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertenso.

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Mano (2007) declara que a prevalncia da hipertenso arterial aumenta com a idade em ambos os sexos. A prevalncia entre os negros sempre maior em qualquer idade. At os 40 anos a prevalncia prxima a 10% (20% para a raa negra), at os 50 anos chega a 20% (40% para a raa negra), aps 60 anos ultrapassa os 40%, atingindo 60% aps 70 anos. Os negros tambm aparecem mais vulnerveis s complicaes da doena. No Brasil, as doenas cardiovasculares (DCV) tm sido a principal causa de morte. Em 2007, ocorreram 308.466 bitos por doenas do aparelho circulatrio, sendo que mais da metade deles so atribudos elevao da PA (NOBRE et al., 2010). A hipertenso no deve ser diagnosticada com base em uma avaliao nica, a menos que esteja acima de 210/120 mmHg ou acompanhada de leso no rgoalvo. A hipertenso deve ser confirmada nos dois braos, devendo ser considerada a leitura mais alta. Devem ser obtidas trs ou mais leituras anormais, de preferncia durante um perodo de vrias semanas, antes de se considerar o tratamento. O objetivo do tratamento mdico da hipertenso evitar a morte e as complicaes ao alcanar e manter a presso arterial em 140/90 mmHg ou menos. O tratamento baseado em trs recursos, sendo: no-farmacolgico, farmacolgico e adeso do cliente ao tratamento (PESSUTO; CARVALHO, 1998). As modificaes no estilo de vida devem ser encorajadas a todos os pacientes. Dentre tais modificaes, so recomendadas: reduo do peso corporal, moderao na ingesta de bebida alcolica, exerccios fsicos regulares, diminuio da ingesta de sal, colesterol e gordura saturada. Quanto terapia farmacolgica, para indivduos com hipertenso

descomplicada e nenhuma indicao especfica de outra medicao, recomenda-se, inicialmente, diurticos e/ou beta-bloqueadores. Primeiramente, os pacientes recebem doses baixas do medicamento. Se a presso arterial no cair para menos de 140x90 mmHg, a dose gradualmente aumentada e os medicamentos adicionais so includos, conforme necessrio, at alcanar o controle. Para promover a aderncia ao tratamento, os mdicos tentam prescrever o esquema mais simples possvel, sendo, de maneira ideal, de um comprimido ao dia. O objetivo dos cuidados de enfermagem nos pacientes hipertensos visa reduo e ao controle da presso arterial, sem efeitos adversos ou sem custo indevido. A fim de atingir esses objetivos, o enfermeiro deve apoiar e ensinar o

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paciente a aderir ao esquema teraputico por meio da implementao das alteraes necessrias no estilo de vida, da ingesta dos medicamentos conforme prescritos e agendando consultas regulares de acompanhamento com o profissional de sade para monitorizar o progresso ou identificar e tratar quaisquer complicaes da doena ou terapia (SMELTZER et al., 2008).

4. 2 INFARTO AGUDO DO MIOCRDIO

Um infarto do miocrdio (IM) a destruio de uma rea