Relatório Final de Estágio ----- Letras-Inglês

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    O Estgio de Licenciatura uma exigncia da Lei de Diretrizes e Bases da EducaoNacional (n 9394/96). O Estgio necessrio formao profissional a fim de adequar essaformao s expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado ir atuar. Assim o Estgiod oportunidade de aliar a teoria prtica.

    O presente trabalho tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante oEstgio IV do Curso de Letras Inglesas e Literatura de Lngua Inglesa da UNIVERSIDADE DOESTADO DA BAHIA (UNEB), ministrada pela orientadora Paula Carolina Fernandes Montenegro,como cumprimento da exigncia acima. O Estgio foi realizado no Colgio EstadualGovernador Roberto Santos, no perodo de 19 de setembro a 13 de dezembro de 2010.

    O Estgio Supervisionado visa fortalecer a relao teoria e prtica em base doprincpio metodolgico de que o desenvolvimento de competncias profissionais implica emutilizar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadmica quer na vida profissional e pessoal.Sendo assim, o Estgio constitui-se em importante instrumento de conhecimento e deintegrao do aluno na realidade social, econmica e do trabalho em sua rea profissional.

    Em conversas com alguns alunos durante a fase de observao de aula que oprofessor-estagirio Antnio Fernandes fez na disciplina de Estgio III ele relata:

    Para mudar a didtica do ensino de Ingls na escola tornando-a dinmica, rica, viva, preciso mudar antes o conceito que se tem dessa disciplina. preciso reconhecer que ela

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    fruto do trabalho humano e, como tal, est sujeita a erros e acertos. preciso tambmreconhecer que ela evolui e se modifica no tempo, em funo do uso que se faz dela.

    No possvel dar aos alunos uma base para a verdadeira aquisio de lngua inglesaensinando a matria atravs da utilizao de contedos de aula desvinculados da realidade, ou

    que se mostrem sem significado para eles, esperando que saibam como utiliz-los no futuro.Por isso, faz-se necessrio pensar em tornar o ensino de Ingls uma das formas de preparar osalunos para a participao ativa dentro da sociedade. O desafio para ns estudantes delicenciatura em Ingls mudar a forma de pensar e de ensinar Ingls, e a vivncia de Estgio

    possibilitou um repensar do ensino de ingls.

    Emoes, tenses, dificuldades e muita histria para contar. O Estgio IV, etapa final

    das prticas de ensino do nosso curso, foi um perodo em que buscamos vincular aspectostericos com aspectos prticos, mesclando-os para que fosse possvel apresentar um bomresultado e sobretudo, perceber a necessidade em assumir uma postura no s crtica, mastambm reflexiva da nossa prtica educativa diante da realidade e a partir dela, buscar umaeducao de qualidade.

    Foram diversas dificuldades, uma delas a adequao do horrio das aulas de Estgiocom o das nossas aulas da graduao na Universidade. Um pouco frustrante foi quantidade deferiados e suspenses de aulas que aconteceram no perodo de final de setembro a dezembro,quando aconteceram as aulas propriamente ditas do Estgio. O professor-estagirio AntnioFernandes relata a seguinte experincia:

    Essa situao expe certo constrangimento ao qual o aluno-professor, ainda iniciantena prtica de ensino, se v em dificuldades com a nova misso. Por vezes, a situao de daraulas no Estgio se mostra tensa, na verdade carregada de emoes causadas antes de tudo

    pela inexperincia em ensino. O primeiro contato com o cotidiano de uma sala de aulaacarreta numa ansiedade um tanto incua, mas por vezes ocorrente em ambos os professores-estagirios.

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    Oriundos das comunidades vizinhas ao colgio, os alunos possuem pouca experinciacom a lngua inglesa. A realidade da comunidade em que vivem no permite tal expanso. Por

    conta disso, sempre que possvel a disciplina entrava em contexto com a realidade dos alunos.Ns optamos por uma postura mais solidria com relao ao nosso tratamento com

    eles. Abandonamos o tradicional gelo entre professor aluno e sempre que podamos

    conversvamos com os alunos no incio das aulas sobre assuntos do dia-a-dia, utilizando aconversao como ponto de partida para as aulas; sempre com a finalidade de contextualizar oassunto sempre que possvel.

    A comunidade em que eles vivem carente, deixa a desejar em recursos, e isso sereflete na sala de aula. Com ndice relativamente alto de criminalidade, os alunos vivem com

    medo, e por vezes naturalmente esse tema seguia como conversa antes do incio das aulas. Osprofessores e a direo da escola so vtimas da situao, at por realmente no terem outraalternativa. At mesmo ns como professores-estagirios, mesmo que em pouco de Estgio,

    pudemos passar pela situao de termos que cancelar aulas por conta de protestos dacomunidade de fechar as ruas em manifestao contra os crimes relacionados ao trfico de

    drogas.

    Ainda assim, com todos os percalos, os alunos revelam interesse diante de um temaaparentemente to alheio quanto o aprendizado de Lngua Inglesa. Embora algumas vezescansados, por conta da rotina estressante de trabalho durante o dia; outras vezes com

    problemas pessoais ou com famlia, ou mesmo com a dura realidade social em que vivem, acuriosidade que eles manifestavam nas aulas j recompensava cada uma das dificuldadesenfrentadas pela situao.

    A Escola Governador Roberto Santos logo a princpio chama a ateno por ser umtanto diferente, ao menos no sentido fsico, tendo em vista que ns professores estagirios nos conhecemos a escola pblica por termos experincia de ensino como tambm por j termos

    estudado nela. As salas so grandes (no necessariamente confortveis), o espao relativamente arejado.

    Estagirios so sempre, ou quase sempre, muito bem vindos para os professores, pois um certo alvio a diminuio da carga horria por uma unidade, e no foi diferente com onosso Estgio. Sem mencionar que a atuao dos estagirios significa acrscimo ao programaque os professores planejaram no incio do ano. Tanto com os professores daquela escolaquanto com os alunos pudemos nos sentir bastante vontade, pois eles agiam de modo cortsno tratamento conosco, talvez pela idade mdia dos alunos (que so adultos), ou por outrasrazes quaisquer.

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    Nossa relao com os alunos foi pacfica, sem maiores problemas. A convivnciatorna-se bastante fcil, podemos citar fatores tais como: a idade dos alunos (geralmente numa

    faixa de idade de 35-40 anos, o que indica maior maturidade), o maior foco e maior atenodos mesmos em relao ao aprendizado (supe-se que alunos adultos so mais cientes do quequerem, ao menos com relao aos estudos), entre outros fatores.

    A professora efetiva dos alunos havia, h muito, conquistado a confiana deles. Comseu carisma e bom feedbackcom cada um deles, era elogiada por muitos. Tomar a atenodeles e faz-los se sentir vontade com dois novos professores estagirios no seria umatarefa to fcil.

    A adaptao dos alunos a qualquer novo professor algo que leva tempo. No caso dos

    alunos nesse Estgio, dois professores em sala ao mesmo tempo pode ser um tanto assustador.O professor, nessa situao, deve ter todo critrio e cautela no relacionamento com os novosalunos. A princpio, houve alguns tropeos. O professor-estagirio Allan Castro relata bemessa situao:

    No final do curso, os alunos planejaram uma amistosa e agradvel confraternizao,onde pudemos socializar a experincia de Estgio, e eles em contrapartida nos relatar comofoi ter professores-estagirios. Os alunos acharam importante ressaltar a diferena quanto aomtodo e quanto a experincia dos professores-estagirios. Os comentrios foram bemrecebidos, pois toda apreciao bem vinda e construtiva no nosso processo de Estgio.

    Como gratido, os alunos tambm nos presentearam com duas pequenas lembrancinhas.Certamente seria impossvel esquecer essa rica experincia.

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    Sobre o mtodo de ensino de Lngua Inglesa que usamos em nosso Estgio,observamos que a professora no escapava em sua metodologia ao uso de tradicional daincipiente Grammar approach em suas aulas, que consistia em ensinar a lngua tendo oensino da gramtica como base. No entanto, de uma forma ou de outra tambm a professoratambm deixava presente a importncia ao uso d lngua do que a maioria das professoras emsua situao de ensino.

    Uma abordagem de ensino de Ingls em nosso curso na Uneb bastante trabalhada foi oCommunicative Approach, principalmente em contraste com o mtodo Audiolingual, que,

    embora sejam antigas, so pouqussimo exploradas no contexto da escola pblica. Depois deanalisar os resultados das observaes de aula que fizemos, sabamos que no estvamos ali

    para ensinar Ingls da mesma forma. Fomos apresentados aos alunos como aqueles queestavam ali para acrescentar, e era preciso que a nossa interveno desse aos alunos um

    propsito, uma inteno comunicativa, uma necessidade de transmitir informao, deestabelecer vnculos e conviver de maneira solidria e harmoniosa com os outros.

    Aprende-se uma lngua nova para viver melhor, e no somente para preencher notas, econseguir passar nos exames de vestibular ou em concursos pblicos. Uma das funes

    bsicas do professor de lngua estrangeira e fazer com que o aluno vivencie uma experinciade comunicao humana, segundo nos relata Adelaide Oliveira:

    De qualquer maneira, sabendo que as inmeras variveis que afetam a situao deensino podem alterar a metodologia usada, afinal o que parece funcionar numa determinadasituao no funciona em outra e vice-versa. Ensinar adotar e adaptar um mtodo, saberser flexvel e ao mesmo tempo no perder o objetivo, o foco principal. Cada escola, turma ealuno tem o seu melhor jeito de aprender, e isto uma coisa pessoal e intransfervel.

    Ainda com respeito metodologia, h um grande nmero de escolas e os cursosparticulares de Ingls que conferem metodologia uma importncia maior da que elarealmente possui, esquecendo-se de que tanto o professor quanto os estudantes, no processoda convivncia, so capazes de juntos construrem conhecimentos, podendo deixar de

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    aprender como tambm aprender, apesar do mtodo escolhido, resvalando nos metdosencaixotados (packaged pedagogies), sem possibilidade de interveno nem do professor,tampouco do aluno.

    Temos em seguida, uma breve descrio dos mtodos que usamos em nossa

    combinao metodolgica:

    O aluno deve primeiro OUVIR, depois FALAR, e ento LER, para finalmente ESCREVER na L2; Baseia-se na anlise contrastiva entre a lngua materna (L1) e a lngua-alvo (L2); O material novo apresentado sob forma de dilogo; Depende-se da mmica, da memorizao de um conjunto de frases e da aprendizagem intensiva atravs da

    repetio, pois acredita-se que a lngua aprendida atravs da formao de hbitos do tipo SRR(estmulorespostareforo);

    H uma seqncia nas estruturas gramaticais, que so aprendidas uma de cada vez; H pouca ou nenhuma explicao gramatical; a gramtica ensinada indutivamente; Nos Estgios iniciais, o vocabulrio rigorosamente controlado e limitado. E a pronncia enfatizada desde

    o incio; H um grande empenho em se evitar que os alunos cometam erros; H o uso insistente de fitas gravadas, laboratrio de lnguas e material visual. As respostas certas so

    automaticamente reforadas positivamente; permitido o uso controlado da lngua materna do aluno; Pode-se comparar o professor a um treinador de animais, como um papagaio, por exemplo; D-se importncia ao aspecto cultural da lngua-alvo (L2); H grande tendncia em se manipular a linguagem sem preocupao com o contedo.

    Defende a aprendizagem centrada no aluno, no s em termos de contedo, mastambm de tcnicas usadas em sala de aula. O professor deixa de exercer seu papel deautoridade, de distribuir conhecimento para assumir o papel de orientador. O aspecto afetivo visto como uma varivel importantssima no processo, e o professor deve mostrar interessenos anseios dos alunos, encorajando-os a participao e acatando as sugestes.

    Nesse mtodo no existe ordem de preferncia na apresentao das habilidades (ouvir,falar, ler, escrever e compreender) nem restries maiores quanto ao uso da lngua materna.Em cursos gerais as habilidades so trabalhadas de modo integrado, mas dependendo dos

    objetivos poder haver concentrao em uma s.O aluno deve primeiro OUVIR, depoisFALAR, e ento LER, para finalmente ESCREVER na L2;

    D-se maior importncia s necessidades decomunicao do aluno, como por exemplo,sugerir, optar, opinar etc.;

    As funes so apresentadas em situaes quemodificam essas necessidades (exemplo como se dirigir a uma balconista para solicitarinformao); enfim, d-se nfase ao modo de

    como usar determinada forma para se atingirdeterminada necessidade da comunicao;

    O material de ensino baseia-se muito mais noaluno e, em relao aos outros mtodos, refletecom maior preciso o uso natural da lngua;

    H uma participao ativa do aluno noprocesso de aprendizagem atravs dedramatizaes, trabalhos em grupo etc.

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    Numa realidade rdua vivida pelos alunos, muitos deles presos rotina trabalho-estudo-tarefas domsticas e de pouca perspectiva ps-vida escolar, os alunos em nossa

    vivncia surpreendem por demonstrarem relativo interesse na lngua inglesa.O Ensino de lngua inglesa, ao nosso ver, surte efeito at mesmo em alunos da escola

    pblica. Nos referimos atmesmoos alunos de escola pblicapois, na nossa realidade, desnecessrio dizer que as escolas pblicas no preparam to satisfatoriamente os alunosquanto as escolas particulares o fazem. O aluno da escola pblica desacreditado a priori,sendo ele minimizado de chances de novas abordagens que poderiam render em seuaprendizado.

    No mnimo, para que um ensino de ingls seja satisfatrio, necessrio umacontextualizao do assunto e assim optamos por uma abordagem diferente da tradicional.Primamos por uma abordagem mista entre Audiolingual e Communicative Approachinspirados na concepo educacional que aprendemos em nossa vivncia como estudantes deIngls, assim como tambm em professores de graduao na Universidade, especialmenteAdelaide Oliveira com quem cursamos vrios semestres das disciplinas de Prtica de Ensino.

    Nossa soluo encontrada foi buscar por uma metodologia prpria e apropriada, um conjuntoespecfico que englobasse um corpo de mtodos que fosse apropriado ao contexto queencontramos naquela escola e turma.

    Nosso conceito de aplicao das metodologias alternativas (considerandoalternativas por qualquer procedimento diferente da calejada prtica de ensino atual)mudou, considerando que surtiu efeito ao longo do processo de Estgio, onde os alunos nos puderam observar uma tcnica diferenciada de instruo da lngua inglesa, mas tambmvivenciar uma experincia de comunicao satisfatria. Um mundo alm Grammar-approach possvel.

    Tendo em vista que a universidade nos oferece uma bagagem boa o bastante para quepossamos seguir nossa carreira independente como ELT (English Language Teachers), nadamais justo do que aplic-la na prtica

    As disciplinas de Estgio anteriores nos deram a possibilidade de ver como o ensinode Lngua Inglesa amplamente ignorado principalmente no mbito das escolas pblicas.

    Numa verdadeira petio de princpio, percebemos tambm que pouco feito pelosprofessores para mudar tal situao. Diante disso, no de espantar que prevalea a remotaabordagem gramatical com seu inseparvel verbo to be.

    Com esse quadro lamentvel da situao que o atual ensino de lngua inglesa no pas,

    optamos por, ao menos no nosso Estgio, inverter um pouco a ordem das coisas e introduzirnovas abordagens na sala de aula. um constante desafio, aparentemente como se

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    estivssemos reinventando a roda. Mas talvez no fosse valer a pena ensinar ingls da mesmamaneira como eles viram h anos.

    Procuramos inovar, e com isso, criamos aos poucos ao decorrer do Estgio a relaoentre a bagagem terica e a aplicao com a prtica de ensino. Tudo isso foi efetivado com

    muita adaptao, adoo de material consistente a realidade do aprendizado dos alunos, eacima de tudo, muita dedicao.

    O Estgio nos possibilita um contato muito grande com o que realmente o ensino deLngua Inglesa na escola. Estar lado a lado com o aluno, compartilhando o conhecimento, aomesmo tempo que o passamos aos mesmos alunos, indescritvel. Um feedback positivodepois de um longo trabalho vindo deles muito bem-vindo. H pequenos problemas, sem

    dvida, mas nada que quebre a boa relao entre alunos e professores estagirios.

    No obstante, tambm se deve considerar que h o problema da distncia ainda muitogrande entre a realidade da escola e o conhecimento recebido na faculdade. Vemos que maisque necessrio para o professor estagirio a tcnica de adopt & adapt, seja com materiais, sejacom metodologia, seja com o processo de aprendizado. Ainda assim, o problema subsiste, e

    partindo a um tom pessoal, minha opinio de que, durante todo meu curso de graduao, nopude ver um modo totalmente eficaz e conveniente que contemplasse a questo de como ns,professores-estagirios, podemos adequar de fato a abastada experincia terica adquirida na

    Universidade com a austera situao da escola pblica.

    Talvez a criao de uma disciplinano curso de Letras fosse uma proposta adequada aofuturo estagirio do curso em sua jornada na realidade da escola pblica, diminuindo os atritosao longo do curso. Essa disciplina arregimentaria idias, vivncias prticas, questes eexperincias de alunos na escola pblica, apontando solues de carter emergencial. H umavasta bibliografia sobre o assunto, o que possibilita ainda mais a expanso dessa idia. No setrata apenas de um ideal, mas algo que pode ser viabilizado, desde que haja interesse por

    parte dos cursos de Letras com Lngua Estrangeira que temos em nosso pas.

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    Ponto importante no Estgio, a auto-avaliao o momento onde a conscincia crticaexerce sua funo e ns professores-estagirios podemos exercer uma anlise do nosso

    proceder durante todo o Estgio. Percebemos durante a vivncia do Estgio que necessrioter uma postura efetiva de um profissional que se preocupa verdadeiramente com oaprendizado, que deve exercer o papel de um mediador entre a sociedade e a particularidadedo educando. Devemos despertar no educando a conscincia de que ele no est pronto,aguando nele o desejo de se complementar, capacit-lo ao exerccio de uma conscinciacrti ca de si mesmo, do outro e do mundo, como dizia Paulo Freire. Mas como fazer isso ogrande desafio que o educador encontra, no Estgio no foi diferente e buscamos a cadamomento sermos mais que professor, sermos educadores de fato.

    Estgio Final foi no mnimo, uma experincia tocante, profunda e reflexiva. Me fezassumir uma postura diferente em relao a como agir com os alunos, especialmenteadultos. Pela minha idade e minha pouca experincia com ensino de escola pblica,

    sinto que as dificuldades so imensas. Embora o interesse seja intenso, h muitos estorvos quedemandam uma imensa motivao do professor. Os alunos tem dificuldade de acompanhar,

    por serem muito acostumados com mtodos tradicionais, entre diversos outros fatores.

    Estou certo de que continuarei com a carreira de professor de lngua ao longo da minha vida.

    Mas a diferena que a disciplina de Estgio IV causou no meu modo de perceber o mundo doensino foi que possvel novas abordagens. O novo apenas questo de prtica. Seanalisarmos o fato de que os alunos seguiam com um ritmo diferente do nosso (pois afinalestavamseguindo um compasso completamente diferente do que estabelecemos), o que dizerento se os alunos j estivessem conosco desde o comeo das aulas? Suponho que teramosum rendimento excelente.

    O Estgio me fez aprender muito mais do que ensinar. Me fez enxergar alm e ver que ensinarno apenas passar conhecimento, formar conscincia no aluno. Pois dar o melhor de siapenas questo de escolha.

    Allan Campos Castro

    u acredito ter feito o meu melhor neste Estgio. Tentei superar minhas dificuldades erepensei muitas de minhas crenas em relao ao ensino. Eu j no penso mais que omelhor professor aquele que consegue fazer um excelente plano de aula, pois umaaula pode ser gravada e esquecida. O melhor professor aquele que desperta em seus

    alunos a vontade de aprender, e quando esta vontade est desperta, d aos alunos as basespelas quais eles vo construir seu conhecimento. Acredito ter sido um bom professor na

    O

    E

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    medida em que ajudei os alunos a despertar e nutrir a vontade de cada vez mais aprenderIngls.

    No vejo como assinalar pontos negativos neste Estgio. At mesmo a minha insegurana etimidez em sala de aula foi reduzido devido parceria com o colega Allan Castro. Apesar de

    ser mais novo do que eu, ele parece mesmo ter nascido para o ensino. Atravs da observaode suas aulas eu assimilei muitas coisas: boas idias para explicar os assuntos, o cuidado coma pronncia e o ensino desta, seu jeito de facilitar as explicaes, sua maneira de lidar com osalunos de um jeito alegre, amistoso e demonstrando verdadeiro interesse e satisfao por estarali com eles. Uma coisa me surpreendeu e foi uma grande lio para mim: fomosapresentados turma na primeira noite de observao e na noite seguinte Allan cumprimentoutodos os alunos chamando-os pelo nome, como se tivesse estado ali vrias vezes. primeiravista isto pode parecer irrelevante, mas quem consegue lembrar de nomes com tantafacilidade conquista a confiana e a simpatia dos alunos. Quando voc chama o aluno por seu

    nome como se dissesse: Voc nico, voc importante!.Enfim, tenho a sensao de que sou vitorioso por alcanar os objetivos traados para esteEstgio, por transpor as dificuldades encontradas e conquistar a simpatia e a amizade dosalunos. Plantamos em suas conscincias a certeza do valor e da viabilidade de se aprenderIngls. Uma momento que me emocionou foi quando o aluno mais velho da turma pediulicena para falar e perguntou a mim: Professor, voc sabe por que eu estou aqui estudando

    Ingls? Antes que eu pudesse responder a pergunta ele mesmo o fez: Porque eu tenhodireito de aprender Ingls! Educao e cultura so direitos, eu posso e quero.Minha grandesatisfao foi ter concludo o Estgio sabendo que a nossa interveno naquela turma

    despertou neles mais vontade de aprender Ingls e a certeza de que isto possvel.

    Antnio Fernandes de Carvalho

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    BROWN, H. D. Principles of Language Leraning and Teaching. White Plains: AddisonWesley Longman, Inc. 2000.

    FREEMAN, Dione Larsen. Techniques and Principles in Language Teaching. New York:Oxford University Press, 1986.

    HADFIELD, Jill et Charles. Oxford Basics: Presenting New Language. New York: OxfordUniversity Press, 1999.OLIVEIRA, Adelaide. In: LIMA, Digenes Cndido de. Ensino e Aprendizagem de Lngua

    Inglesa: Conversas com Especialistas. So Paulo: Parbola Editorial, 2009.

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