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RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PESQUISA
RELATÓRIO FINAL
Projeto Agrisus No: 523/08
Título da Pesquisa: “INTEGRAÇÃO AGRICULTURA PECUÁRIA NO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO: PRODUÇÃO DE GRÃOS, RECUPERAÇÃO DE PASTAGEM E GANHO DE PESO ANIMAL”
Interessado (Coordenador do Projeto): Gustavo Pavan Mateus
Instituição: (com endereço, tel e E-mail)Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)Endereço: Pólo Regional Extremo Oeste/ APTA, Estrada Vicinal Nemezião de Souza Pereira, km 6, Caixa Postal 67CEP: 16900-000 Cidade: Ilha Solteira Estado: São PauloFone: (18) 3722-3447 Fax: (18) 3722-3447 Cel.: (18) 9732-4089e-mail: [email protected]
Local da Pesquisa: Andradina-SPVigência do Projeto: 13/10/2008 a 30/06/2010.
RESUMO DO RELATÓRIO:
Atualmente têm sido preconizado o cultivo consorciado de culturas como o milho, a soja, o arroz, o
feijão e o sorgo, com plantas forrageiras, notadamente a Brachiaria brizantha e Panicum maximum,
semeadas concomitantemente, como forma de produção de forragem no período de menor
disponibilidade nessa região e de palhada para o sistema semeadura direta na safra seguinte. Assim,
o objetivo do presente trabalho foi caracterizar sistemas de produção, através da integração
agricultura pecuária associada a um sistema de recria de novilhas. Para tanto, o presente trabalho foi
conduzido, nos anos agrícolas de 2008/09 e 2009/10, na Fazenda Experimental, pertencente à
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Pólo Regional de Desenvolvimento
Tecnológico dos Agronegócios do Extremo Oeste, localizada no Município de Andradina-SP, em
um Latossolo Vermelho-Escuro. Os sistemas de produção foram compreendidos por três módulos
de produção: Módulo 1 – Pastagem extensiva (pecuária tradicional da região); Módulo 2 – Reforma
de pastagem direta (pecuária intensiva); Módulo 3 – Cultura do milho (safra) e braquiária, formada
no sistema Santa Fé. A utilização do sistema de cultivo consorciado de Milho com braquiária, desde
que seja implantado e manejado adequadamente não afeta a produção de grãos em razão de não
interferir na nutrição e no desenvolvimento das plantas. Pode-se inferir que a braquiária brizantha,
quando proveniente de formação recente, é uma ótima espécie recicladora de nutrientes, como K e
N. Face ao pouco tempo de implantação dos módulos de produção os atributos químicos do solo
tem mudanças pouco expressivas nos diferentes sistemas de cultivo. O sistema de integração
lavoura-pecuária permiti uma otimização do solo, promove maior produção de forrageira e com
melhor qualidade durante a entressafra e por conseguinte promove maior capacidade de suporte de
pastagens, diminuindo os efeitos negativos da produção estacional das forrageiras, o que resulta em
maior produtividade animal por unidade de área, principalmente durante a época de escassez de
alimento, dando maior sustentabilidade ao sistema de integração agricultura-pecuária
1. INTRODUÇÃO:
O setor agropecuário vem passando por pressões internacionais a fim de adequar-se as
exigências de produção socialmente corretas, ecologicamente sustentáveis, principalmente no que
diz respeito a redução de impactos ambientais, entretanto o setor é demandante de pesquisas que
apresentem esse foco. No sistema de integração agricultura-pecuária por meio da consorciação de
duas gramíneas, a forrageira tem a função de fornecer alimento para a exploração pecuária, a partir
do final do verão até início da primavera, e, posteriormente, de formação de palhada, para o cultivo
da cultura produtora de grãos no sistema de plantio direto. Esse sistema pode vir a ser uma
alternativa para o agricultor e/ou agropecuarista, visto que em muitas regiões do Estado de São
Paulo o cultivo de safrinha tem apresentado insucesso, face à baixa disponibilidade hídrica e
irregularidade na precipitação pluvial no período outono/inverno. Assim, o presente trabalho teve
por objetivo caracterizar sistemas de produção, através da integração agricultura pecuária associada
a um sistema de recria de novilhas.
2. MATERIAIS & MÉTODOS
O projeto foi conduzido em condições de campo na Fazenda Experimental, pertencente à
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Pólo Regional de Desenvolvimento
Tecnológico dos Agronegócios do Extremo Oeste, localizada no Município de Andradina-SP, tendo
como coordenadas geográficas 20º50’S e 51º21’W. A altitude é de 392 m.
O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho-Escuro. A vegetação
predominante é do tipo cerrado. O clima predominante na região é do tipo Aw segundo a
classificação climática de Koeppen, ou seja, tropical chuvoso com inverno seco. A precipitação
média anual é de 1268 mm (média de 1974 a 2007).
Os sistemas de integração agricultura-pecuária foram compreendidos por três módulos de
produção: Módulo 1 – Pastagem extensiva (pecuária tradicional da região); Módulo 2 – Reforma de
pastagem direta (pecuária intensiva); Módulo 3 – Cultura do milho (safra) e braquiária, formada no
sistema Santa Fé.
Em agosto de 2008 amostrou-se o solo, na profundidade de 0-0,20 m, para realização de
análise química para o cálculo de necessidade de calagem, sendo as análises químicas efetuadas de
acordo com a metodologia proposta por Raij et al. (2001), cujos resultados estão contidos na Tabela
1. De acordo com os resultados revelados pela análise química do solo, fez-se a calagem em área
total, em outubro de 2008, na quantidade de 1 t ha-1. O calcário aplicado foi o dolomítico com
PRNT de 80%, com o objetivo de elevar a saturação por bases a 70%, seguindo a recomendação de
Raij et al. (1997). Após a aplicação do calcário foi realizada a incorporação através de uma aração,
seguindo-se de uma gradagem de destorroamento.
Tabela 1. Atributos químicos do solo da área antes da instalação do experimento.Prof. pH (CaCl2) M.O. P (resina) H+Al K Ca Mg CTC V(m) (g dm-3) (mg dm-3) ----------------- (mmolc dm-3) ---------------- %
0-0,20 4,9 15 4 18 3,5 7 6 34,5 480-0,20 5,1 12 3 15 0,7 11 6 32,7 540-0,20 4,5 10 3 19 1,1 5 4 29,1 350-0,20 4,8 11 3 16 0,9 6 5 27,9 430-0,20 4,8 13 3 18 1,6 8 5 32,6 45Média 4,8 12 3,2 17,2 1,6 7,4 5,2 31,4 45
O plantio da pastagem (módulo 2) foi realizado no dia 27/11/2008, por meio de semeadora
de capim, modelo Terence, adotando-se a quantidade de 5 kg de sementes puras viáveis ha-1, tendo
a Braquiaria brizantha cv. Marandu valor cultural (VC) de 38%. No momento do plantio as
sementes foram misturadas ao adubo, sendo que a adubação mineral constou da aplicação 63 kg ha-1
de P2O5, correspondendo aproximadamente 350 kg ha-1 do fertilizante superfosfato simples.
A semeadura da cultura do milho (módulo 3) em consórcio com Brachiaria brizantha foi
realizada em 10/12/2008, por meio de semeadora de semeadura direta, modelo PST 2 Tatu, na
densidade de 4,8 sementes por metro de sulco e, espaçamento de 0,8 m entrelinhas, correspondendo
aproximadamente 60.000 sementes ha-1. No caso da Brachiaria brizantha, adotou-se a quantidade
de 4 kg de sementes puras viáveis ha-1, tendo valor cultural (VC) de 38 %. A adubação mineral de
semeadura constou da aplicação de 23 kg ha-1 de N, 81 kg ha-1 de P2O5 e 46 kg ha-1 de K2O,
correspondendo aproximadamente 290 kg ha-1 do fertilizante formulado 8-28-16.
O controle de plantas daninhas em pós-emergência foi realizado, aplicando herbicida a base
de Atrazina (Gesaprim 500), na dose de 1000 g i.a. ha-1, por meio de pulverizador tratorizado de
barra, utilizando bicos do tipo leque espaçados em 0,50 m. Simultaneamente, realizou-se o controle
da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) aplicando inseticida químico a base de
Deltamethrine (Decis 50), na proporção de 5 g i.a. ha-1.
Quando a cultura do milho atingiu o estádio de 6 folhas totalmente desdobradas, procedeu-
se à adubação de cobertura, que constou da aplicação de 90 kg ha-1 de N, correspondendo
aproximadamente 450 kg ha-1 do fertilizante sulfato de amônio.
Em fevereiro de 2009 todas as novilhas foram imunizadas e vermifugadas (ivermectina 1%),
sendo todas as fêmeas envolvidas no projeto sorteadas de modo aleatório e direcionadas aos
módulos 1 e 2. As novilhas do Grupo Integração Agricultura-Pecuária foram posteriormente
direcionadas ao Módulo. A partir de então, em todos os meses os animais foram pesados e ajustado
a lotação conforme a disponibilidade de forragem.
No Módulo 2 procedeu-se à adubação nitrogenada, que constou da aplicação de 20 kg ha-1 de
N, correspondendo aproximadamente 45 kg ha-1 de Uréia, sendo esta aplicada em fevereiro/2009,
abril/2009 e outubro/2009.
No Módulo 3 (Integração Agricultura-Pecuária) a colheita do milho foi realizada em
07/05/2009. Em 18/06/09 as novilhas iniciaram o pastejo neste módulo. Em todos os meses os
animais foram pesados e ajustada a lotação conforme a disponibilidade de forragem. Em
01/12/2010 a forrageira foi dessecada para a semeadura do consórcio no ano agrícola 2009/10,
utilizando herbicida glyphosate e 2,4 D, nas doses de 2.000 e 600 g ha-1 de i.a, respectivamente.
Na safra 2009/10 a semeadura da cultura do milho (módulo 3) em consórcio com Brachiaria
brizantha foi realizada em 19/12/2009, por meio de semeadora de semeadura direta, modelo PST 2
Tatu, na densidade de 4,8 sementes por metro de sulco e, espaçamento de 0,8 m entrelinhas,
correspondendo aproximadamente 60.000 sementes ha-1. No caso da Brachiaria brizantha, adotou-
se a quantidade de 4 kg de sementes puras viáveis ha-1, tendo valor cultural (VC) de 38 %. A
adubação mineral de semeadura constou da aplicação de 13 kg ha-1 de N, 99 kg ha-1 de P2O5 e 53 kg
ha-1 de K2O, correspondendo aproximadamente 330 kg ha-1 do fertilizante formulado 4-30-16. Em
19/01/2010 procedeu-se à adubação de cobertura, que constou da aplicação de 90 kg ha-1 de N,
correspondendo aproximadamente 200 kg ha-1 do fertilizante uréia.
A avaliação da cultura do milho para a produção de grãos foi realizada em 10 pontos
aleatórios no módulo de produção, considerando as seguintes variáveis: características agronômicas
da cultura, componentes da produção e produtividade de grãos. A produção de massa seca da
pastagem foi avaliada mensalmente para quantificar a produção da biomassa das forragens em cada
ciclo de pastejo.
As avaliações dos atributos de qualidade do solo (física, química e microbiológica) foram
determinadas em maio de 2010, ou seja, 18 meses após a instalação do experimento. Foram
realizadas avaliações nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm.
Os animais foram pesados e cadastrados por meio de brincos numerados. Devido à
necessidade de ajustar a lotação à disponibilidade de forragem, alguns animais foram retirados da
área e pesados no dia seguinte, tendo seus pesos registrados em planilhas. Os animais que
permanecerem na área experimental, foram pesados um dia após o último pastejo. Para o cálculo
do ganho médio de peso vivo, foi considerado o ganho individual durante o período de permanência
de cada animal e calculada a média ponderada do ganho de peso vivo durante o ensaio.
Para estimar a lucratividade dos tratamentos, foi estimada a receita bruta como o produto da
produção pelo preço de venda; o lucro operacional pela diferença entre a receita bruta e o custo
operacional total e o índice de lucratividade igual à proporção da receita bruta que se constitui em
recursos disponíveis.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO (salientar os resultados que eram esperados na carta consulta)
3.1 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS
Na Tabela 2, estão contidos os resultados referentes a produtividade dos cultivares de milho
consorciados com a B. brizantha na safra 2008/09, verifica-se que na média geral a produtividade
foi de 7920 kg ha-1. Vale ressaltar que, embora pudesse ocorrer menores produtividades, devido
principalmente, a grande exigência de nutrientes por ambas as culturas (milho e B. brizantha), a
produtividade de milho sempre estiveram na faixa adequada para a cultura do milho na região. Evi-
denciando que o cultivo consorciado, quando realizado em solos corrigidos e com a aplicação ade-
quada de fertilizantes a forrageira não ou pouco interfere na cultura do milho.
Os resultados das características agronômicas, componentes da produção e produtividade de
grãos de cultivares de milho semeados em consórcio com B. brizantha cv. Marandu na safra
2009/10 estão apresentados na Tabela 3. Constata-se que todos os materiais semeados apresentaram
baixa produtividade. Tal fato pode ser atribuído à ocorrência severa de doenças foliares (Ferrugem
comum, Puccinia sorghi e ferrugem polissora, Puccinia polysora) durante o ciclo da cultura,
atingindo altos níveis no final do ciclo, uma vez que as condições climáticas foram favoráveis as
doenças.
Tabela 2. Características agronômicas, componentes da produção e produtividade de grãos de cultivares de milho semeados em consórcio com B. brizantha cv. Marandu, Andradina-SP, 2009.
Cultivares Altura da Planta
Inserção da Espiga Estande Massa de
100 grãos Produtividade
cm cm plantas ha-1 g kg ha-1
8390 + B. brizantha 2,2 1,2 61250 31,3 7560Dow 2B710 + B. bri-zantha
1,9 1,0 56375 28,4 6840Dow 2B655 + B. bri-zantha 2,1 1,0 65800 29,7 7020
Agroceres 7088 + B. brizantha 2,2 1,2 63100 32,2 8820
Agroceres 5055 + B. brizantha 2,1 1,1 60825 32,1 7080
Agroceres 8088 + B. brizantha 2,1 1,0 57750 33,4 8100
DKB 177 + B. brizantha 1,8 1,0 62125 32,4 8460
DKB 191 + B. brizantha 2,0 1,1 58100 33,5 8700Pioneer 3862+ B. bri-zantha 2,0 1,2 61550 32,3 7920
Pioneer 30F35 + B. bri-zantha 2,2 1,1 64425 31,5 10080
Semeali XB 8010 + B. brizantha 2,0 1,1 65750 32,8 7980
Semeali XB 6012 + B. brizantha 2,0 1,2 66500 31,7 6780
Média 2,1 1,1 61963 31,8 7945
Tabela 3. Características agronômicas, componentes da produção e produtividade de grãos de milho semeados em consórcio com B. brizantha cv. Marandu, Andradina-SP, 2010.
Cultivares Altura da Planta
Inserção da Espiga Estande Massa de
100 grãos Produtividade
cm cm plantas ha-1 g kg ha-1
CD 327 + B. brizantha 1,8 0,9 52080 27,4 3339
CD 308 + B. brizantha 1,5 0,8 40972 26,0 2753Dow 2B587 + B. bri-zantha 1,6 0,8 50000 31,0 5141
Dow 2B655 HX + B. brizantha 1,8 0,8 38888 31,5 5260
Pioneer 30F35 + B. bri-zantha 1,9 0,9 48611 32,4 4813
0
1
2
3
4
5
6
fev/09
mar/09
abr/0
9
mai/09
jun/09
jul/09
ago/0
9se
t/09ou
t/09
nov/0
9
dez/0
9jan
/10fev
/10
mar/10
abr/1
0
mai/10
jun/10
U.A
./ha
B. decumbens
B. brizantha - Reforma
B. brizantha - Integração
Pioneer P3862Y + B. brizantha 2,1 1,1 56250 31,5 6675
DKB 370 + B. brizantha 1,5 0,7 41667 31,2 4018
Média 1,7 0,9 46924 30,1 4571
3.2 PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FORRAGEM E CAPACIDADE DE LOTAÇÃO
Por meio da Figura 1 observa-se a capacidade de lotação das forrageiras nos diferentes meses
do período experimental. Constata-se que na área de integração agricultura-pecuária, a B. brizantha
suportou, durante a entressafra, capacidade de lotação ao redor de 2 U.A. ha-1, período este com
menor quantidade de chuvas e temperaturas amenas.
Com relação ao ganho médio diário (Figura 2) constata-se ganhos superiores a 400 gramas,
em épocas de excasses de alimento quando da utilização da integração lavoura-pecuária ou da
adubação nitrogenada. Isto evidencia também o fraco desempenho da pecuária quando praticada em
pastagens degradadas, uma vez que verificou-se perda de peso dos animais nos meses de agosto e
setembro. Assim o grande êxito do trabalho foi alcançar lotações superiores a 2 U.A. ha-1 com
ganhos médio diário, também superiores a 200 gramas durante a entressafra, o que permitiu um
ganho de peso de 164 kg ha-1 no sistema ILP (Figura 3). Apesar do bom ganho de peso obtido com
as novilhas, principalmente, nas áreas de reforma e ILP não houve prenhez dos animais. Tal fato
pode ser atribuído aos animais escolhidos serem da raça Nelore e no caso desta linhagem serem
mais tardios, não permitindo redução da idade à primeira cobertura. Estima-se que a novilha
encontrar-se apta a reprodução quando alcançar de 65 a 70 % do peso adulto.
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
fev/09
mar/09
abr/0
9
mai/09
jun/09
jul/09
ago/0
9se
t/09ou
t/09
nov/0
9
dez/0
9jan
/10fev
/10
mar/10
abr/1
0
mai/10
jun/10
Gan
ho m
édio
diá
rio (k
g/an
imal
)
B. decumbens
B. brizantha - Reforma
B. brizantha - Integração
-200
20406080
100120140160
fev/09
mar/09
abr/0
9
mai/09
jun/09
jul/09
ago/0
9se
t/09ou
t/09
nov/0
9
dez/0
9jan
/10fev
/10
mar/10
abr/1
0
mai/10
jun/10
Gan
ho d
e pe
so (k
g/ha
)
B. decumbensB. brizantha - ReformaB. brizantha - Integração
Figura 1. Capacidade de suporte das forrageiras em diferentes épocas de avaliação. Andradina-SP.
Figura 2. Ganho médio diário por animal em diferentes pastagens e épocas de avaliação. Andradina-SP.
Figura 3. Ganho de peso vivo por hectare em diferentes pastagens e épocas de avaliação. Andradina-SP.
Na Tabela 4 estão expressos os valores de FDN, FDA, DIVMS e PB das forrageiras por ocasião da entrada dos animais nos módulos (julho/2009). Constata-se para proteína bruta que a B. brizantha, independentemente do módulo, apresentou maior valor desta variável.
Tabela 4. Valores de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e proteína bruta (PB) contidos na matéria seca das forrageiras. Andradina-SP, 2009.
TRATAMENTOS
FDN FDA DIVMS PB
%
Módulo 1 – B. decumbens 73,7 48,9 47,8 4,0Módulo 2 – B. Brizantha -
Reforma 68,4 45,9 57,7 8,7
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-
pecuária)72,1 46,8 53,7 7,0
Observa-se na Tabela 5 que independente da época amostrada os valores de P, K, Ca, Mg e
S não alteraram nos diferentes módulos. Constata-se também que exceção ao Nitrogênio todos os
teores encontram-se na faixa adequada para a B. brizantha (Werner et al., 1997).
Com relação ao teor de N verifica-se comportamento semelhante nos módulos de produção,
tanto na coleta de maio como na de outubro, uma vez que no Módulo de Integração Agricultura-
Pecuária os teores foram superiores aos demais módulos. No módulo de integração agricultura-
pecuária os teores, em média, foram 3,3 e 1,7 vezes maior do que a B. decumbens e B. brizantha.
Tal fato evidencia que forrageiras de primeiro ano de implantação aliada ao aproveitamento
residual do fertilizante aplicado na cultura granífera promove melhor qualidade de pastagem.
Um aspecto a ser considerado é a concentração de potássio maior que a de nitrogênio em
todas as épocas estudadas, mostrando grande exigência da cultura pelo nutriente, podendo ser
uma boa espécie recicladora deste elemento.
Os teores de micronutrientes na matéria seca da parte aérea estão contidos na Tabela 6.
Verifica-se que não houve alteração dos teores nos diferentes módulos de produção. Exceção ao
Mn e Fe, as concentrações de micronutrientes em todas as épocas, encontram-se abaixo da faixa
adequada para a cultura. Isto pode ser atribuído aos baixos valores de micronutrientes contidos
no solo.
Nas Tabelas 7 e 8 estão contidos os resultados referentes as quantidades extraídas de
nutrientes na matéria seca das forrageiras. De maneira geral, o acúmulo de macronutrientes pelas
forrageiras, independentemente do módulo de produção e da época amostrada, seguiu a seguinte
ordem decrescente: K>N>Ca>S>P=Mg; já em relação aos micronutrientes a ordem foi a
seguinte: Mn>Fe>Zn>Cu=B.
Diante dos resultados apresentados (Figuras 7 e 8), a produção de matéria seca como fonte
de cobertura morta para o sistema de plantio direto proporcionaria uma reciclagem com a
deposição na superfície do solo de grande quantidade de nutrientes. Dessa forma, para os
macronutrientes, na média das épocas amostradas do módulo de Integração Lavoura-Pecuária,
estaria sendo depositado na superfície do solo o equivalente a 252 kg ha-1 de uréia para o N, 150
kg ha-1 de superfosfato simples para o P e 360 kg ha-1 de cloreto de potássio para o K. A
comparação da reciclagem de nutrientes com a adubação mineral, só é valida a nível de
ilustração da grande quantidade de nutrientes reciclados, uma vez que esta não leva em
consideração o fator aproveitamento e disponibilidade do nutriente no solo proveniente da
adubação mineral.
Na Tabela 9 estão contidos os resultados de teor de carbono e a relação
carbono/nitrogênio (C/N). O teor de carbono não apresentou diferenças para os módulos de
produção e épocas amostradas. Já para a relação C/N verificou-se menores valores,
independentemente da época amostrada, no módulo Integração Lavoura-Pecuária. A grande
variação na relação C/N está diretamente relacionada aos teores de nitrogênio. Assim, verifica-se
para o módulo Integração lavoura-pecuária, com relação C/N maior que 30, um fator importante
para a manutenção da palhada na superfície do solo, pois quanto maior essa relação, mais lenta a
decomposição dos resíduos e maior os benefícios ao solo e a cultura subseqüente, devido a maior
da proteção do solo e da liberação gradativa de nutrientes.
Tabela 5. Teores de macronutrientes da parte aérea das forrageiras em diferentes épocas. Andradina-SP.
Tabela 6. Teores de micronutrientes da parte aérea das forrageiras em diferentes épocas. Andradina-SP.
TratamentosCu
Zn Mn Fe B
……….…………..mg kg-1…………………..Maio/2009
Módulo 1 – B. decumbens3,3 12,2 334 176 2,5
Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma3,7 15,1 322 392 3,8
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária) 3,5 13,5 331 236 3,5
Outubro/2009Módulo 1 – B. decumbens
2,9 12,3 371 212 2,6Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma
3,1 14,1 297 197 2,8
Tratamentos N P K Ca Mg S…………………………..g kg-1………………………….
Maio/2009Módulo 1 – B. decumbens 3,3 1,4 17,4 4,1 1,4 1,7
Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma 7,7 1,3 19,6 4,0 1,2 1,6
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária) 14,2 1,4 18,9 3,6 1,2 1,5
Outubro/2009Módulo 1 – B. decumbens 5,2 1,1 18,8 3,2 1,2 1,7
Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma 7,3 1,3 19,8 2,8 1,2 1,4
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária) 11,3 1,3 20,8 3,8 1,3 1,9
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária) 3,4 16,1 360 215 2,9
Tabela 7. Acúmulo de macronutrientes da parte aérea das forrageiras em diferentes épocas. Andradina-SP.
Tabela 8. Acúmulo de micronutrientes da parte aérea das forrageiras em diferentes épocas. Andradina-SP.
TratamentosCu
Zn Mn Fe B
……….…………..g ha-1…………………..Maio/2009
Módulo 1 – B. decumbens39 148 4052 2138 30
Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma85 353 7535 9161 88
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária) 28 109 2681 1908 28
Outubro/2009Módulo 1 – B. decumbens
28 121 3668 2099 26Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma
47 215 4536 3014 42Módulo 3 – B. Brizantha (Integração
Agricultura-pecuária) 33 159 3559 2124 28
Tratamentos N P K Ca Mg S……………………..kg ha-1………………….
Maio/2009Módulo 1 – B. decumbens
39 16 211 50 16 20Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma
179 30 459 94 27 36Módulo 3 – B. Brizantha (Integração
Agricultura-pecuária) 115 11 153 29 9 12Outubro/2009
Módulo 1 – B. decumbens51 10 186 31 11 17
Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma112 20 303 42 18 21
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária) 112 13 206 38 12 18
Tabela 9. Teor de carbono (C) e relação carbono nitrogênio (C/N) da parte aérea das forrageiras em diferentes épocas. Andradina-SP.
TratamentosC
C/N
.......g kg-1.......
Maio/2009
Módulo 1 – B. decumbens457 141
Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma445 58
Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária)440 31
Outubro/2009Módulo 1 – B. decumbens
458 89Módulo 2 – B. Brizantha - Reforma
450 62Módulo 3 – B. Brizantha (Integração Agricultura-pecuária)
442 39
3.3 ATRIBUTOS DO SOLO
Os valores médios de resistência a penetração dos três Módulos de produção mais um módulo
adicional de mata nativa (área adjacente ao projeto), em diferentes profundidades, estão
demonstrados na Tabela 10 e Figura 4.
Em todas as camadas amostradas verifica-se que o módulo Integração lavoura-pecuária apresen-
tou os menores valores de resistência do solo a penetração em comparação a pastagem extensiva e
intensiva, e resultados semelhantes a mata nativa. Exceção as camadas de 0-0,06 e 0,36-0,40 todos
os valores dos módulos pastagem extensiva e intensiva apresentaram resistência alta a muita alta (2-
4 e 4-8 MPa).
Pode-se inferir que em todos os módulos, na camada entre 15 a 30 cm houve maior resistência à
penetração, devido, principalmente, a compactação exercida pela utilização de implementos
agrícolas como grade aradora ou arado.
Segundo o USDA (1993), a resistência do solo a penetração pode ser classificada em três clas-ses:
Classes Resistência a penetraçãoMPa
PequenaExtremamente pequenaMuito baixa
< 0,1< 0,01
0,01-0,1Intermediária
BaixaModerada
0,1 – 20,1 – 11 – 2
GrandeAltaMuito altaExtremamente alta
> 22 – 44 – 8≥ 8
Tabela 10. Médias de resistência à penetração (MPa) de um Latossolo Vermelho em função do módulo de produção, em diferentes profundidades. Andradina, SP, 2010.
Profundidade (cm)
Módulo de produçãoPastagem ex-
tensivaPastagem inten-
sivaIntegração La-voura-Pecuária Mata Nativa
MPa0-0,06 1,90 2,28 1,29 1,22
0,06-0,12 3,88 3,67 2,11 2,570,12-0,18 4,77 4,31 2,98 2,930,18-0,24 5,40 4,56 3,19 3,080,24-0,30 4,56 4,41 2,91 2,640,30-0,36 3,59 3,74 2,68 2,150,36-0,40 2,28 2,41 1,77 1,86
Resistência (MPa)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00
Prof
undi
dade
(m)
Pastagem extensivaPastagem intensivaIntegração Lavoura-PecuáriaMata Nativa
Figura 4. Resistência à penetração de um Latossolo Vermelho-Amarelo em função do módulo de produção, em diferentes profundidades. Andradina, SP, 2010.
Na Tabela 11 estão contidos os valores de F e do coeficiente de variação (CV) para os
atributos químicos do solo, em diferentes profundidades, em função do sistema de produção.
Verifica-se que houve efeito significativo do sistema de produção para a maioria das variáveis. As
exceções foram MO de 20 a 40 cm, P de 20 a 40 cm, K de 10 a 20 e 20 a 40 cm, Mg de 20 a 40 cm,
Cu de 0 a 5 e 5 a 10 cm, Fe em todas as camadas, Mn de 0 a 5 e 5 a 10 cm e Zn de 10 a 20 cm. Os
resultados obtidos nas profundidades estratificadas serão apresentados, para cada variável, em um
único gráfico de forma a facilitar o entendimento do efeito dos tratamentos no perfil do solo
(Figuras 5 e 6).
Tabela 11. Valores de F e coeficiente de variação (C.V.) para os atributos químicos do solo em diferentes profundidades, em função do sistema de produção.
.............................Profundidade............................0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm 20-40 cm
M.O. (g dm-3)17,5** 6,9** 15,5** 2,3ns
C.V. (%) 16,4 16,6 8,4 10,0P (mg dm-3)
17,5** 8,7** 4,7* 1,5ns
C.V. (%) 25,2 32,3 55,2 92,0pH (CaCl2)
40,2** 10,3** 6,5** 6,7**C.V. (%) 2,1 3,9 4,1 4,4
K (mmolc dm-3)7,5** 7,4** 1,9ns 1,3ns
C.V. (%) 21,5 20,7 26,1 56,1Ca (mmolc dm-3)
32,7** 17,7** 9,2** 4,3*C.V. (%) 26,6 21,0 19,6 19,2
Mg (mmolc dm-3)19,6** 6,9** 6,8** 1,9ns
C.V. (%) 16,8 21,6 19,1 31,9H + Al (mmolc dm-3)
4,4* 5,9** 6,7** 3,5*C.V. (%) 12,9 10,1 9,8 10,0
SB (mmolc dm-3)30,4** 15,9** 8,5** 5,9**
C.V. (%) 22,7 19,4 18,1 17,5CTC (mmolc dm-3)
30,9** 21,2** 13,3** 7,5**C.V. (%) 15,9 11,3 10,2 9,0
V (%)13,0** 7,4** 5,2* 4,3*
C.V. (%) 7,8 9,7 8,6 9,8B (mg dm-3)
34,2** 18,0** 3,8* 6,2**C.V. (%) 21,2 12,3 18,3 19,4
Cu (mg dm-3)1,1ns 1,5ns 3,9* 6,1**
C.V. (%) 11,5 13,6 15,4 19,5Fe (mg dm-3)
1,5ns 1,8ns 2,2ns 2,5ns
C.V. (%) 43,4 36,2 33,3 20,8Mn (mg dm-3)
1,1ns 1,9ns 4,8* 6,8**C.V. (%) 28,8 30,9 28,3 33,3
Zn (mg dm-3)8,3** 4,2* 1,9ns 3,8*
C.V. (%) 37,9 55,1 104,5 78,6**, * e ns, significativo a 1% e 5% e, não significativo, respectivamente.
Pela Figura 5 verifica-se que o pH do solo em todas as camadas o tratamento Mata Nativa
proporcionou o maior valor, tal fato pode ser atribuído a constante deposição de material vegetal
(Sidiras & Pavan 1985, Miyazawa et al. 1993 e Valpassos et al. 2001). Esse aumento é resultante do
efeito da matéria orgânica no solo, que tem sido sugerida como alternativa para a correção da acidez
e neutralização do Al tóxico (Asghar & Kanehiro, 1980; Sanchez et al., 1982; Hue & Amien, 1989;
Hue, 1992). Assim, os principais mecanismos envolvidos na reação do material orgânico na acidez
do solo são: (a) adsorsão de H+ e Al3+ na superfície do material (Hoyt & Turner, 1975); (b)
precipitação do Al pelo aumento do pH devido às reações de troca entre os ânions orgânicos e
hidróxidos terminais dos óxidos de Fe e Al (Hue, 1992); (c) associação de ânions orgânicos com H+
no solo (Ritchie & Dolling, 1985) e (d) complexão do Al com ácidos orgânicos ( Hue et al., 1986).
Para a matéria orgânica do solo constata-se que o tratamento Mata Nativa foi superior nas
camadas 0-5, 5-10 e 10-20 cm de todos os sistemas de produção. Esse comportamento esta
relacionado ao não revolvimento do solo e a manutenção de material vegetal na superfície do solo.
Com relação ao fósforo no tratamento Mata Nativa verifica-se nas camadas superficiais
maiores teores, isto evidencia que este aumento, é decorrente da liberação do elemento durante a
decomposição dos resíduos das plantas com a diminuição da fixação em decorrência do menor
contato deste com os constituintes inorgânicos do solo.
Já para o K do solo, verifica-se que, exceção a mata nativa, não houve diferença entre os
sistemas de produção. A ausência de efeito dos sistemas de produção sobre os teores de K, é
explicada por esse elemento encontrar-se na planta na forma iônica (K+) e não participar na
constituição de compostos orgânicos estáveis. Desta forma, este nutriente pode ser facilmente
extraído dos resíduos vegetais, tanto pela água da chuva como pela própria umidade do solo, o que
explicaria os resultados obtidos no presente trabalho.
Verificou-se para Ca, Mg A elevação dos teores de matéria orgânica na superfície é mais
rápida através da utilização de seqüências de cultivo com predominância de gramíneas que
produzem altas quantidades de resíduos. Promovendo, assim, aumento de matéria orgânica no solo
possibilitando o aumento da CTC, a qual possivelmente permite maior retenção de cátions
adicionados ou liberados pela biomassa das culturas, reduzindo sua lixiviação, aumentando os
teores de Ca, Mg, K e, conseqüentemente da soma de bases.
DMSDMS
DMS
.NS
05
10152025303540
0 10 20 30 40 50
Magnésio (mmolc dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
DMS
DMS
05
10152025303540
4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8
pH
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
DMS
.NS
05
10152025303540
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Matéria Orgânica (g dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
DMS
.NS
05
10152025303540
0 5 10 15 20
P (mg dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
.NS
.NS
05
10152025303540
0 2 4 6 8 10 12
Potássio (mmolc dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
DMS
DMS
05
10152025303540
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Cálcio (mmolc dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
DMS
DMS
05
10152025303540
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
H + Al (mmolc dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
) DMSDMS
DMS
DMS
05
10152025303540
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Soma de bases (mmolc dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
DMS
DMS
05
10152025303540
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Capacidade de troca catiônica (mmolc dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
) DMSDMS
DMS
DMS
05
10152025303540
30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Saturação por bases (%)
Prof
undi
dade
(cm
)
Agricultura
IntegraçãoAgricultura-Pecuária
Mata Nativa
Pastagem extensiva
Pastagem intensiva
.NS
.NS
DMS
DMS
05
10152025303540
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Cu (mg dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
.NS
.NS
.NS
DMS
05
10152025303540
0 10 20 30 40 50 60
Zn (mg dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
).NS.NS
.NS
.NS
05
10152025303540
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Fe (mg dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
).NS.NS
DMS
DMS
05
10152025303540
0 10 20 30 40 50
Mn (mg dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
)
DMSDMS
DMS
DMS
05
10152025303540
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
B (mg dm-3)
Prof
undi
dade
(cm
) Agricultura
Integração Agricultura-PecuáriaMata Nativa
Pastagem extensiva
Pastagem intensiva
Figura 5. Efeito de sistemas de produção sobre os valores de pH, M.O., P, K, Ca, Mg, H + Al, SB, CTC e V%, do solo, em diferentes profundidades.
Figura 6. Efeito de sistemas de produção sobre os valores de Cu, Zn, Mn, Fe e B, do solo, em diferentes profundidades.
Atributos Físicos do solo
Em análise no Laboratório de Física do solo do Instituto Agronômico de Campinas
Atributos Microbiológicos do solo
Em análise no Laboratório de Microbiologia do Instituto Agronômico de Campinas
4. CONCLUSÕES
A utilização do sistema de cultivo consorciado de Milho com braquiária, desde que seja
implantado e manejado adequadamente não afeta a produção de grãos em razão de não interferir na
nutrição e no desenvolvimento das plantas.
Pode-se inferir que a braquiária brizantha, quando proveniente de formação recente, é uma ótima
espécie recicladora de nutrientes, como K e N.
Face ao pouco tempo de implantação dos módulos de produção os atributos químicos do solo
tem mudanças pouco expressivas nos diferentes sistemas de cultivo.
O sistema de integração lavoura-pecuária permiti uma otimização do solo, promove maior
produção de forrageira e com melhor qualidade durante a entressafra e por conseguinte promove
maior capacidade de suporte de pastagens, diminuindo os efeitos negativos da produção estacional
das forrageiras, o que resulta em maior produtividade animal por unidade de área, principalmente
durante a época de escassez de alimento, dando maior sustentabilidade ao sistema de integração
agricultura-pecuária
Figura 02. Vista geral das novilhas em pastejo no Módulo 2 (B. Brizantha - Reforma). (Maio/2009).
Figura 03. Vista geral da formação da B. Brizantha em consórcio com a cultura do milho, no momento da colheita (Módulo 3 - Integração Agricultura-pecuária). (Maio/2009).
Figura 04. Vista geral da formação da B. Brizantha após colheita do milho e das novilhas em pastejo no Módulo 3 (B. Brizantha - Integração Agricultura-pecuária). (Agosto/2009).
5. DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS.
RELATÓRIO PRÁTICO: Só para relatórios FINAIS (contendo os principais resultados escrito em linguagem de extensão, de fácil compreensão por lavradores, de no máximo 1 página)
Viabilizar a tecnologia “plantio direto na palha” (SPD) e propor uma ação concreta que
possa servir de ponto de partida a quem interessar na condução de uma agropecuária de resultados,
com sustentabilidade foi o objetivo deste trabalho. A proposta de trabalho se caracterizou por
apresentar uma sugestão em renovação de pastagem degradada, por meio da integração agricultura
pecuária. A condução da proposta leva em consideração a estrutura de exploração dos solos para a
agricultura (exploração em sua maioria por arrendatário) e existência de imóveis rurais com
pastagens com baixo rendimento, de forma a conciliar os interesses dos agricultores e pecuaristas.
Fundamentar-se-á de forma clara o aspecto operacional, uma vez que a proposta deve contemplar o
aspecto de exeqüibilidade na maioria dos imóveis rurais que se enquadre no programa de
recuperação de pastagem, respeitando as devidas adaptações de cada propriedade rural e interesse
comercial dos envolvidos, portanto a validação deverá contemplar questões técnica e econômica em
sua viabilização.
Tendo em vista os benefícios que o SPD proporciona, tanto as culturas anuais como as
forrageiras, podem se beneficiar do mesmo e serem estabelecidas nesse sistema. Neste projeto o
preparo inicial do solo foi realizado para sistematização da área, que se encontrava com graves
problemas como: infestação de plantas daninhas lenhosas (amendoim-do-campo, araticum, arranha-
gato, etc..), trilhos de gado e totalmente desprovidas de terraços. Trata-se de uma realidade regional,
onde as pastagens não estão apenas desgastadas, em solos com baixo teor de nutrientes, mas com
degradação decorrente de erosão. Experiências anteriores demonstraram ser importante essa
sistematização da área, também com a incorporação do calcário.
Ressalta-se a possibilidade de dificuldade na dessecação da braquiária brizantha nos meses de
Novembro, principalmente em anos com chuva de boa intensidade, isto devido o rápido
crescimento da forrageira, sendo em alguns casos necessário 2 aplicações. Preconiza-se também que
a dessecação em pastos bem formados e com expressiva quantidade de forragem, seja antecedida de
um rebaixamento de até 10 cm e que a dessecação seja realizada 15 dias antes da semeadura. Estas
ações facilitarão posteriormente a semeadura.
Neste projeto trabalhamos com uma Multi-Semeadora (Semeato SAM 200), na qual temos caixa
adicional de sementes de forrageiras para o plantio simultâneo com a cultura produtora de grãos.
Desta maneira foi possível o estabelecimento da forrageira plantados na linha e entrelinha, e com a
boa fertilização na cultura do milho e as condições climáticas favoráveis ao estabelecimento da
cultura não foi necessário aplicação de sub doses de herbicida para retardar o crescimento da
forrageira, afim de evitar a competição entre as espécies.
No entanto Produtores que não possuem as Multi-Semeadoras (culturas e pastagens) podem
estabelecer o consórcio de várias maneiras: semeadura da forrageira simultaneamente com a cultura
produtora de grãos, na mesma linha de semeadura (semente misturada ao adubo), na entrelinha
(utiliza carrinhos de soja com discos de sorgo e planta-se a forrageira) ou na entrelinha semeada no
momento da adubação de cobertura, sendo que esta ultima deve-se ser realizada no máximo 20 dias
após o plantio.
Contudo, é totalmente viável a implantação da forrageira mediante distribuição das sementes a
lanço, antes da semeadura da cultura produtora de grãos, sendo possível na seguintes variações:
semeadura da forrageira com semeadora em espaçamento de 17 a 21 cm entre linhas e,
posteriormente, semeadura da cultura do milho; semeadura da forrageira a lanço imediatamente
antes da semeadura do milho. No entanto nestas modalidades de implantação é necessário no
mínimo duas operações adicionais. Outra possibilidade é a distribuição a lanço das sementes da
forrageira simultaneamente à semeadura do milho, com o auxílio de semeadora adaptada com
compartimento extra para armazenamento das sementes da forrageira. Nestes tipos de implantações
na maioria das vezes haverá a necessidade da aplicação de herbicida para retardar o crescimento da
forrageira.
Um grande entrave para a adoção do sistema de integração lavoura-pecuária em plantio direto na
região Oeste do Estado de São Paulo é que a agricultura é explorada por arrendatários e esses estão
a mercê de pecuarista que os utilizam somente para a reforma de pastagens. Assim, escolhem as
piores áreas da fazenda e disponibilizam para os agricultores.
Relato de caso: no dia de campo realizado com o objetivo de mostrar a possibilidade do consórcio,
um agricultor disse: __você deveria trazer os pecuaristas para entenderem esse sistema, pois se
apresentar uma pastagem dessa com certeza não deixará que desseque e plante novamente nesta
área, ele irá me mandar para outro local da fazenda. Respondi que temos que trabalhar para que esta
forrageira seja uma moeda de pagamento da renda da terra, uma vez que o próprio pecuarista
poderá explorá-la durante a entressafra, reduzindo custos com confinamento e suplementação. Mas
com certeza teremos que trabalhar muito neste tema para um consenso geral.
Em síntese, além das forrageiras nos sistemas de produção permitirem efeitos benéficos nas
características físicas, químicas e biológicas do solo, as forrageiras semeadas simultaneamente a
cultura do milho geram receita para o sistema, uma vez que, após a colheita da cultura do milho,
pode-se produzir arrobas de carne ou litros de leite. O período de pastejo na área aconteceria nos
meses de abril à outubro, período este que a oferta de massa de matéria seca das pastagens é muito
baixa e o preço da arroba de carne é mais elevada. No mês de outubro retiram-se os animais e após
uns 15 a 20 dias realiza-se a dessecação para possibilitar a semeadura da próxima cultura de verão
sobre a palhada das forrageiras.
COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS:
Reunião técnica realizada em 17/04/2009, com a participação de diversos agentes da cadeia
de produção de milho e soja, com o intuito de apresentar o projeto em execução na UPD de
Andradina e posteriormente difundir junto aos produtores rurais. Agentes envolvidos: Cati EDR –
Araçatuba; Cati EDR – Andradina; Empresas de Sementes: Dekalb; Dow Agroscience; Pioneer;
Semeali; Agroceres; Pérola Insumos.
Publicações em Jornais da Região e sites especializados (Portal dia de campo e Apta) a
divulgação do projeto, contendo os objetivos, bem como os parceiros envolvidos.
Palestras proferidas com o tema Integração Lavoura-Pecuária no Oeste do Estado de São
Paulo. 1- Disciplina Ecologia de Pastagens (IZ-012) do curso de Pós-Graduação em Produção Animal
do Instituto de Zootecnia da APTA, 04 de junho de 2009 Nova Odessa; 2 - IV Encontro Regional
de Plantio Direto na Palha 2010, Tatuí-SP; 3- Na Semana de Ciências Agrárias de Marília-SP, em
21/10/2010.
Dia-de-campo, (Convite em anexo) – realizado em 09/05/2009, com a participação de 110
pessoas, sendo aproximadamente 50% de produtores rurais da região (Andradina, Pereira Barreto,
Castilho e Ilha Solteira). Neste evento, além da apresentação do projeto “plantio direto com a
cultura do milho consorciada com braquiária”, abordou-se os temas de financiamento rural e
transgênia do milho.
Visita Técnica, realizada no dia 17/09/09, durante a XXV SEMANA DA AGRONOMIA -
2009 promovida pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Campus de Ilha
Solteira, nas dependências da APTA de Andradina, com o intuito de conhecer o projeto de
Integração Lavoura-Pecuária em execução e paralelamente foi apresentado uma palestra de cerca
elétrica e qualidade de sementes forrageiras.
Além disso, constantemente recebemos visita de técnicos das Instituições ITESP e CATI,
acompanhados de produtores rurais.
Para a safra 2010/11 já esta agendado um dia-de-campo nos moldes do mesmo realizado em
2009, onde mostraremos o projeto “Integração lavoura-pecuária no Oeste do Estado de São Paulo”
e as empresas do setor de sementes de milho abordarão suas tecnologias.
DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS: Só para relatórios Finais (mencionar outras fontes de financiamento de forma comparativa).
Tipo de Despesa Empresa Características Data Nº Nota Fiscal QuantidadeMaterial de consumo JC maschietto Semente braquiária 24/11/2008 22042Material de consumo Pérola Insumos Inoculante 09/12/2008 10339Material de consumo Auto Posto São Cris-
tovãoGasolina 11/12/2008 11968
Material de consumo Agroval Sementes Milho 17/12/2008 99848Material de consumo JC maschietto Semente braquiária 17/12/2008 22276Material de consumo Copeças Mangote 18/12/2008 6163Material de consumo D. Carvalho Peças Pulveriz. Se-
meadora18/12/2008 17876
Material de consumo Insumo Agrícola Agroval 18/12/2008 99850Material de consumo Agroata Herbicida 22/12/2008 17574Material de consumo Pérola Insumos Herbicida 22/12/2008 10426Material de consumo Auto Posto São Cris-
tovãoGasolina 22/12/2008 12046
Material de consumo Auto Posto Paraná Gasolina 10/01/2009 21931Material de consumo Semisa Auto Elétrica Bateria 21/01/2009 5816
Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 21/01/2009 24563
Material de consumo Cemase Mangueira/união/adaptador
22/01/2009 10533
Material de consumo Feltrin Pneus Bico de borracha 23/01/2009 4096Material de consumo Agroval Materiais para cerca 26/01/2009 100254Material de consumo Guaporé Materiais
Construçõesmateriais hidráulicos 04/02/2009 41746
Material de consumo Herbiquímica Brinco/voltímetro/Ivomec
04/02/2009 9806
Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 05/02/2009 24672
Material de consumo Global Ferro e Aço Ferro e chapa 09/02/2009 10204Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 09/02/2009 24679
Material de consumo Dpal Pneus câmara de ar 11/02/2009 19630Material de consumo Caiado Pneus Lona 11/03/2009 59772Material de consumo D. Carvalho disco milho 11/03/2009 18475Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 12/03/2009 25236
Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 26/03/2009 12543
Material de consumo Oxigênio Andradina Rebolo, disco de corte, etc.
31/03/2009 1247
Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 31/03/2009 24889
Material de consumo Construsefes material hidráulico 13/04/2009 3422Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 17/04/2009 24971
Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 28/04/2009 25056
Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 30/04/2009 25090
Material de consumo Herbiquímica placas 08/05/2009 10790Material de consumo Economia Super-
mercadocafé dia de campo 09/05/2009 1542
Material de consumo Ipanema tratores disco milho 12/05/2009 28711Material de consumo Usiferman trados 17/07/2009 702Material de consumo Big Mart Supermer-
cadoscafé dia de campo 15/09/2009 12315
Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 15/09/2009 25859
Material de consumo JC maschietto Semente braquiária 29/10/2009 24137Material de consumo Herbiquímica Herbicida 23/11/2009 12929Material de consumo Auto Posto Avenida Gasolina 23/11/2009 26253 1
Material de consumo Andraplast sacos 02/12/2009 2406Material de consumo Perola Herbicida 03/12/2009 12714Material de consumo Auto Posto Avenida Álcool 05/03/2010 26404
Material de consumo Auto Posto Avenida Álcool 30/04/2010 27002 1
Material de consumo Auto Posto Avenida Álcool 30/04/2010 27003 1
Material de consumo Auto Posto Avenida Álcool 30/04/2010 27006 1
Sub-total
Material permanente Livraria Mundial Pendrive 21/01/2009 12884Material permanente Herbiquímica Pulverizador 22/01/2009 9659Material permanente Kamaq Penetrômetro im-
pacto09/02/2009 86810
Material permanente Adesivus placa identificação do projeto
18/05/2009 690
Sub-total
Serviços de Terceiros (Pessoa Ju-rídica)
Lopes Leão transporte colheita-deira
29/04/2009 603
Serviços de Terceiros (Pessoa Ju-rídica)
Marcop Impressão convite dia-de-campo
30/04/2009 2258
Serviços de Terceiros (Pessoa Ju-rídica)
Eletrônica AM Manutenção eletrifi-cador
06/10/2009 347
Serviços de Terceiros (Pessoa Ju-rídica)
Lopes Leão transporte colheita-deira
20/10/2009 615
Serviços de Terceiros (Pessoa Ju-rídica)
Fundag Análise de solo - química
29/11/2010 409 1
Serviços de Terceiros (Pessoa Ju-rídica)
Fundag Análise de solo - fí-sica
26/10/2010 279 1
Sub-total
Total
Valor Financiado
Saldo
Custo total do projeto
Insumos R$
Calcário 4.950,00
Sementes 6.000,00
Óleo diesel 2.347,80
Fertilizantes 36.641,30
Defensivos 3.848,20
Serviços – Cercas convencionais e elétrica 6.000,00
Medicamentos e minerais 4.000,00
Diárias 2.000,00
Combustível 1.000,00
Total 66.787,30
Valor contemplado junto à FUNDAÇÃO AGRISUS
Item R$
Insumos Agrícolas* 15.000,00
Diárias** 2.000,00
Combustível** 1.000,00
Análises de solo e material de consumo 2.000,00
Total 20.000,00
* para complementar insumos já adquiridos** para complementar despesas de deslocamento dos técnicos participantes do projeto.
CONVITE
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através do Pólo Regional do Extremo Oeste - Apta Regional e EDR Araçatuba - Cati convida para o Dia de Campo sobre Integração
Agricultura-Pecuária no Oeste do Estado de São Paulo, no dia 09 de maio de 2009 em Andradina – SP.
Local: Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Extremo OesteEstrada Vicinal Nemezião de Souza Pereira, km 6 – Andradina – SP
PROGRAMA8h30 Recepção e Inscrições9h Visita às Estações
Projeto: Integração Agricultura Pecuária no Oeste do Estado de São Paulo: produção de grãos, recuperação de pastagem e ganho de peso animal.
Financiamento: Fundação AgrisusCoordenador: Gustavo Pavan Mateus
Tecnologia AgroceresPaulo Eduardo Lavagnoli de Oliveira
Tecnologia AgromenMarcelo de Faveri
Tecnologia DekalbEdemir Zonta
Tecnologia Dow Agroscience Denilson A. Rigonatto
Tecnologia Pioneer Wink Comércio e Representações Ltda
Tecnologia Semeali Márcio Luciano Verga
12h30 Encerramento e entrega de certificados
ContatoGustavo Pavan Mateus
[email protected]: (18) 3722-3447