Relatório Lab 03 Exp 03.pdf

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Lei de Faraday Instituto de Física da USP Física Experimental III

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  • Lei de Faraday

    Instituto de Fsica da USP

    Fsica Experimental III

  • Lei de Faraday e circuitos de corrente

    alternada

    Alunos:

    Ivan Carlos de Almeida 8540182

    Felipe Lucas Gewers 8539412

    Professor:

    Nelson Carlin

  • 1. Resumo

    A experincia visou estudar algumas das consequncias da lei de induo de Faraday e trabalhar

    com circuitos de corrente alternada. Estudamos assim caractersticas de indutores e capacitores,

    mapeamos campo magntico de uma bobina e estudamos o efeito de ressonncia em um circuito RLC.

    Utilizamos conceitos do eletromagnetismo, analise estatstica e construo de grficos para

    manipular os dados coletados e extrair deles os parmetros desejados.

  • 2. Introduo O objetivo desse experimento explorar alguns aspectos da Lei de induo de Faraday, para isso

    iremos trabalhar com circuitos de corrente alternada. O foco estudar como utilizar elementos do circuito

    para armazenar energia, essa energia pode ser armazenada na forma de campos eltricos e magnticos e

    com isso verificar que algumas vezes podemos observar efeitos de ressonncia nesses circuitos.

    A lei de induo de Faraday diz que:

    Ou seja, a variao do fluxo magntico em uma determinada superfcie no tempo induz a uma

    variao de potencial nesse circuito.

    O experimento foi dividido em trs partes, uma para cada semana do experimento. As trs partes

    se completam como um todo, e utilizam as informaes mutuamente.

    A primeira parte do experimento, consiste em verificar algumas propriedades da lei de induo

    de Faraday, a segunda parte estudamos circuitos eltricos com capacitores e indutores em corrente

    alternada e na terceira parte finalmente estudamos o fenmeno de ressonncia em um circuito RLC

    simples.

    Na primeira parte tnhamos como objetivo com calibrar uma bobina sonda para mapear campo

    magntico com isso determinar sua rea efetiva a partir da lei de Faraday e por ltimo usando a sonda que

    foi calibrada mapear o campo magntico ao longo do eixo de simetria de um solenoide.

    Para calibrar a bobina sonda foi necessrio calcular sua rea efetiva que pode ser dada por:

    =

    Sendo A a rea mdia de cada espira e N o nmero de espiras da bobina.

    Para fazer isso utilizamos uma solenoide conhecida, logo podemos calcular o campo no seu

    interior. Sabendo que a tenso induzida na bobina sonda varia junto com a amplitude da corrente no

    solenoide, montamos um grfico de Tenso por Corrente e dele conseguimos extrair a rea efetiva da

    bobina sonda.

    Com a rea efetiva da bobina sonda possvel mapear o campo magntico de uma bobina de

    Helmholtz em funo da posio ao longo do seu eixo de simetria. Medimos a variao da tenso

    induzida na sonda em funo da posio ao longo do eixo, e depois calculamos o campo magntico da

    bobina de Helmholtz ao longo desse eixo.

    Imagem 01: Bobina de Helmholtz

  • Na segunda parte para estudar capacitores e indutores utilizamos o circuito da imagem 02, sendo

    que o X poderia ser substitudo por um capacitor ou por um indutor. O objetivo era calcular o parmetro

    Z de cada elemento, onde Z seria a amplitude de impedncia. Z pode ser calculado por:

    =

    2

    Onde U a tenso no capacitor ou indutor e I a corrente.

    Imagem 02: Circuito utilizado na segunda parte do experimento.

    Medindo a amplitude da tenso no resistor para descobrir a amplitude da corrente do circuito,

    medimos a tenso no elemento X e a diferena de fase entre eles conforme variavam com a frequncia da

    tenso do circuito. Com isso podamos facilmente construir um grfico de Z e da fase em funo de e

    extrair deles os valores nominais dos elementos. Sendo :

    = 2

    Onde f a frequncia da tenso do circuito.

    Na terceira parte estudamos o efeito de ressonncia em um circuito RLC simples (Imagem 03)

    Imagem 03: Circuito RLC em srie.

    Selecionamos o C para ser 5000 rad/s, e definimos o R de tal maneira que Q fique aproximadamente igual a um e depois para Q aproximadamente igual a dez. Sendo Q:

    =0

    Com base nos dados tomados montamos a curva da corrente em funo da frequncia, e com isso

    extramos os valores de R, L e C e vemos se so iguais aos nominais. Por final determinamos

    experimentalmente o valor de Q e vemos se igual ao esperado.

  • 3. Descrio Experimental

    Na primeira parte do experimento utilizamos uma bobina sonda, um solenoide cuja as

    caractersticas so conhecidas, um osciloscpio, uma fonte de tenso alternada, um resistor e uma bobina

    de Helmholtz (Imagem 01).

    O circuito montado pode ser visto na Imagem 04, a bobina sonda colocada prximo do centro

    do solenoide, regio onde o campo magntico tende a ser mais constante, aplicamos no solenoide uma

    corrente de frequncia conhecida e tomamos dados da amplitude dessa corrente com o osciloscpio.

    Simultaneamente medimos, no osciloscpio, a tenso na induzida na bobina sonda e a diferena

    de fase entre ela e a corrente no solenoide.

    Imagem 04: Circuito utilizado para calibrar a bobina sonda.

    Depois usando o mesmo circuito da Imagem 04, apenas substituindo o solenoide pela bobina de

    Helmholtz, medimos a funo induzida na bobina sonda pela posio no eixo de simetria, assim

    mapeando o campo magntico da bobina de Helmholtz naquele lugar.

    Na segunda parte do experimento utilizamos uma fonte de tenso alternada, um resistor, uma

    dcada capacitiva (Imagem 05), uma bobina (Imagem 06) e o osciloscpio.

    O circuito montado conforme a Imagem 02 sendo que X pode ser ou a dcada capacitiva ou a

    bobina. Para acoplar o osciloscpio ao circuito tomamos o devido cuidado com os terras, para assim

    evitar um curto que invalidaria os nossos dados.

    Imagem 05: Dcada capacitiva, capacitor.

  • Imagem 06: Bobinas, indutor.

    No osciloscpio mediamos simultaneamente a amplitude de tenso no resistor para transforma-la

    em amplitude de corrente posteriormente e a amplitude de tenso no elemento X que seria o capacitor ou

    o indutor em funo da frequncia da onda no gerador. Tambm tomamos dados sobre a diferena de

    fases entre os dois sinais.

    Tomamos o cuidado de no utilizar as medidas automticas do osciloscpio pois elas podem

    acarretar em erros na coleta de dados se no utilizadas devidamente.

    Na terceira parte do experimento foi utilizado uma fonte de tenso alternada, uma resistncia,

    uma bobina que serviria de indutor e uma dcada capacitiva.

    O circuito montado um RLC se encontra esquematizado na Imagem 03, os componentes do

    circuito so conhecidos, a bobina possui 1000 espiras como indutor, a C escolhido de tal forma a

    obtermos 05000 rad/s e a resistncia escolhida de tal maneira que o fator Q igual a um ou dez. Para Q igual a um e para Q igual a dez, montamos uma curva de ressonncia de energia, para

    isso tomamos os valores no osciloscpio referentes a amplitude da corrente e a frequncia do gerador.

    Em todas as partes foi tomado o devido cuidado para no estragar os experimentos e nem

    comprometer a segurana dos experimentadores. Cuidados como desligar o circuito antes de qualquer

    alterao no mesmo entre outros detalhes foram tomados.

  • 4. Anlise de Dados

    A. Semana 1

    *Observao: Os dados desse dia do experimento foram tomados junto ao grupo N21 por falta

    de um integrante de ambos os grupos.

    Para verificar-se a Lei de Faraday usou-se uma bobina sonda imersa em um campo magntico

    gerado por um solenoide e levantou-se experimentalmente o valor de sua rea efetiva. As

    caractersticas desses aparatos eram:

    Tabela 1 - Dados caractersticos dos aparatos utilizados na experincia.

    Osciloscpio Tektronix TDS 2002C

    Fonte AC EEL 8019

    Solenoide

    Valor Incerteza

    Espiras 820 10

    Comprimento (cm) 80,0 0,2

    Dimetro (cm) 16,4 0,2

    Corrente Mxima (A) 2,5

    (Radianos) 0,2024

    Resistor 10,6 0,3848

    K terico (T/A) 0,00126 0,00006

    Frequncia Fixada (Hz) 3062 5

    Tanto o osciloscpio quanto a fonte AC foram utilizados nas trs

    semanas da experincia.

    O valor de o do ngulo formado por um tringulo imaginrio de

    vrtices os pontos superiores do solenoide e a posio da sonda,

    admitida como o centro do cilindro que o solenoide. Esse ngulo

    utilizado para os clculos.

    J o K :

    = 0 2

    (cos1 + cos2)

    Como a posio da bobina sonda no centro, 1 igual a 2 e a

    expresso se resume :

    = 0

    cos

    Com Ns sendo o nmero de espiras e Ls o comprimento do solenoide,

    0 a permeabilidade magntica do vcuo. Sua unidade Tesla/Ampre [T/A].

    Passa-se pelo solenoide uma corrente harmnica de forma:

    = 0 sin

    Essa corrente observada vendo a tenso do resistor em srie com o solenoide pela prpria lei

    de Ohm, assim obteve-se o valor de i0 a partir da tenso de pico no componente. A corrente foi

    um dos parmetros variados no experimento. Sendo assim o campo do solenoide terico :

    = = 0 sin

    Figura 1 Montagem da experincia.

  • Admitindo que a bobina sonda seja composta de N espiras de mesma rea A, sabe-se que o

    fluxo induzido nela:

    =

    Assim surge na bobina uma F.E.M. induzida relacionada ao fluxo:

    =

    = 0 cos = 0

    A parte inicial do experimento visou encontrar a rea efetiva da bobina, que o (NA) das

    equaes, para isso utilizou-se o seguinte arranjo:

    Figura 2 - Esquema do Circuito utilizado.

    Ento se variou a corrente do circuito com frequncia fixa em aproximadamente 3 kHz. E

    anotaram-se os valores de tenso no resistor e o da tenso induzida na sonda.

    Tabela 2 - Tabela referente determinao da rea da sonda.

    Definio da sonda

    Pico-Pico

    Resistor (mV)

    Tenso

    Resistor

    (mV)

    Tenso

    Resistor

    (mV)

    Corrente

    (mA)

    Corrente

    (mA)

    Pico-Pico

    induzida

    (mV)

    Tenso

    Induzida

    (mV)

    Tenso

    Induzida

    (mV)

    388 194 6,79 18,3 0,9 328 164 2

    400 200 7 18,9 1,0 336 168 2

    300 150 5,25 14,2 0,7 248 124 2

    196 98 3,43 9,2 0,5 160 80 1

    116 58 2,03 5,5 0,3 88 44 1

    172 86 3,01 8,1 0,4 144 72 1

    244 122 4,27 11,5 0,6 200 100 1

    276 138 4,83 13,0 0,7 224 112 2

    Gerou-se ento o grfico de Tenso induzida por corrente do solenoide.

  • O ajuste foi de uma reta que passa pela origem, [0]*x, sendo a constante teoricamente igual :

    0 = ()

    A partir de [0] pode-se determinar a rea efetiva da bobina (NA),

    como sendo:

    = [0]

    = = 0,38 0,02 2

    A diferena de fase observada entre as duas ondas foi de

    aproximadamente 90.

    A segunda parte desse dia foi o mapeamento do campo

    magntico ao longo do eixo de simetria de uma bobina de

    Helmholtz. A montagem seguiu o mesmo padro do mostrado

    na figura, com a bobina sendo alimentada sob frequncia e

    corrente fixas. Sabe-se que a tenso induzida da forma:

    = 0 cost = B0 NA cost

    Mediram-se vrios valores de tenso induzida em funo da

    posio, previamente definiu-se origem como o centro das

    bobinas.

    Sendo assim, pde-se determinar o campo em funo da

    distncia da sonda j que:

    0 = 0

    O valor terico para esse campo em funo da distncia :

    = 0

    2

    1

    1 +

    2

    2

    3

    2

    + 1

    1 + +

    2

    2

    3

    2

    Figura 4 - Esquema para tomada de dados da tenso induzida pela bobina de Helmholtz. H

    um resistor de proteo omitido no desenho na montagem original.

    Figura 3 - Ondas Solenoide (amarelo) e sonda (azul). Note a diferena de fase de

    aproximadamente 90 graus.

  • Tabela 3 - Valores fixos da bobina de Helmholtz e do circuito.

    Bobina de Helmholtz

    Valor Incerteza

    Espiras (cada) 31 -

    Raio (mm) 149 1

    Resistncia

    (m) 822 15

    Distncia entre

    (cm) 13,7 0,05

    Corrente Fixa

    (A) 0,098 0,004

    Tenso Fixa

    (V) 1,04 0,01456

    Frequncia

    (kHz) 2,928 0,005

    Tabela 4 - Valores levantados experimentalmente.

    Posio

    (cm)

    Tenso

    Induzida

    (mV)

    Tenso

    Induzida

    (mV)

    Posio

    (cm)

    Campo

    Magntico

    (T)

    Campo

    Magntico

    (T)

    -12,80 166 7 0,05 0,000024 0,000002

    -10,80 190 8 0,05 0,000027 0,000002

    -8,80 202 9 0,05 0,000029 0,000002

    -6,80 218 10 0,05 0,000031 0,000002

    -4,80 226 10 0,05 0,000033 0,000002

    -2,80 230 10 0,05 0,000033 0,000002

    -0,80 236 10 0,05 0,000034 0,000002

    1,20 238 10 0,05 0,000034 0,000002

    3,20 236 10 0,05 0,000034 0,000002

    5,20 226 10 0,05 0,000033 0,000002

    7,20 224 10 0,05 0,000032 0,000002

    9,20 218 10 0,05 0,000031 0,000002

    11,20 200 9 0,05 0,000029 0,000002

    13,20 184 8 0,05 0,000027 0,000002

    15,20 158 7 0,05 0,000023 0,000002

    17,20 148 7 0,05 0,000021 0,000001

  • O ajuste do grfico seguiu a frmula previamente citada:

    = [0]

    1

    1 +

    [2] [1]

    2

    3

    2

    + 1

    1 +

    2 + 1

    2

    3

    2

    Sendo:

    0 = 0

    2 ; 1 =

    2 ; 2 =

    Com:

    Distncia entre as bobinas a;

    Raio R;

    Corrente i;

    Nmero de espiras N.

    Compararam-se os valores obtidos grficos com o terico:

    Tabela 5 - Teste Z dos parmetros com o esperado pelas contas. No foi posto unidades por ser uma comparao

    absolutamente matemtica.

    Teste Z

    Parmetro Terico Grfico Terico Grfico

    [0] 1,28E-05 1,89E-05 5E-07 5,0E-06

    [1] 0,460 0,261 0,003 0,387

    [2] 14,9 23,7 0,1 10,8

    Teste z [0] 1,23

    Teste z [1] 0,51

    Teste z [2] 0,81

    Todos os valores so consistentes com o modelo terico adotado.

    Ainda observou-se o valor de campo magntico no centro do sistema, onde z = 0.

    Tabela 6 - Anlise do campo no centro.

    Campo Magntico em z = 0

    Valor Incerteza

    B terico (T) 1,91E-05 1,7E-06

    B medido via FEM

    (T) 3,43E-05 2,4E-06

    Teste Z 5,11

    O valor de pico do campo j no to consistente com o modelo, estando a aproximadamente

    5.

    Elaborou-se um grfico comparando a previso terica e o encontrado e o resultado visivelmente

    no foi bom, apesar dos parmetros serem consistentes entre si, na transformao matemtica

    eles rendem funes razoavelmente diferentes, o campo observado foi sensivelmente maior que

    o previsto.

  • B. Semana 2

    Montaram-se dois circuitos que seguiam o

    mesmo formato da figura ao lado, as

    diferenas que o primeiro tinha como elemento

    desconhecido um capacitor de valor fixo e no

    segundo um indutor, tambm, de valor fixo.

    Variou-se a corrente e observaram-se na tela do

    osciloscpio as tenses no resistor e no elemento

    desconhecido, anotaram-se as tenses de pico e a

    diferena entre fases.

    Tabela 7 - Valores fixos da semana 2 da experincia.

    Valores Fixados

    Capacitncia (uF) Resistncia () Bobina Espiras Indutncia (mH) Resistncia Interna ()

    0,1 10 32 1000 29,9+-5% 7,8+-5%

    Sendo Z a impedncia e o ngulo de fase. Para o capacitor ideal:

    =

    1

    =

    =

    2

    Como modelo para a experincia usou-se o capacitor ideal.

    Obtiveram-se os seguintes dados:

    Figura 5 - Circuito utilizado.

  • Tabela 8 - Dados referentes ao circuito RC.

    Frequncia (Hz) Tenso Resistor (mV) Tenso Capacitor (V) Variao de Fase (Graus) Corrente (A)

    389,6 39,2 14,8 -88,2 0,00196

    444,3 47,2 16,4 -90,0 0,00236

    447,7 47,2 15,8 -88,8 0,00236

    1289 145 18,0 -92,7 0,00725

    1375 157 18,0 -90,2 0,00785

    2001 124 9,2 -91,4 0,00620

    2423 200 11,0 -90,8 0,0100

    3507 228 11,4 -91,9 0,0114

    4404 310 11,4 -91,8 0,0155

    605,6 68 17,4 -89,7 0,0034

    871,2 87,2 15,0 -90,3 0,00436

    986,6 113 17,8 -90,4 0,00565

    Z () 1/ (s/rad) 1/ (s/rad) Z () Fase (Graus)

    3776 0,000408716 5,24533E-07 227 0,5

    3475 0,000358397 4,03327E-07 208 0,5

    3347 0,000355675 3,97225E-07 201 0,5

    1241 0,000123534 4,79186E-07 74 0,5

    1146 0,000115808 4,21119E-07 69 0,5

    742 7,9578E-05 1,98846E-07 45 0,5

    550 6,57184E-05 1,35614E-07 33 0,5

    500 4,54051E-05 6,4735E-08 30 0,5

    368 3,61571E-05 4,10502E-08 22 0,5

    2559 0,000262939 2,17089E-07 154 0,5

    1720 0,000182777 1,049E-07 103 0,5

    1575 0,000161398 8,17953E-08 95 0,5

    Gerou-se assim dois grficos, um de Z x -1

    , pela linearizao, e outro de x .

    O ajuste desse grfico uma reta passando pela origem, y = [0]*x. Sendo:

    0 = 1

  • O ajuste para a funo da fase foi uma constante [0].

    Com os valores prticos em mos, compararam-se eles aos tericos.

    Tabela 9 - Comparando os valores obtidos aos esperados do grfico Z x

    -1.

    Parmetros do Grfico (Z x 1/)

    [0] *0+ C (F) C (F)

    9756270 156854 0,102 0,002

    Capacitncia do circuito (F) 0,1 0,005

    Teste Z 0,47

    O valor de capacitncia encontrado consistente com a teoria, o modelo terico funcionou para

    descrever a situao.

    Tabela 10 - Comparando os valores obtidos aos esperados do grfico Fase x .

    Parmetros do Grfico (Fase x )

    [0] *0+

    -90,5167 0,144338

    Fase terica (Graus) -90

    Teste Z 3,58

    O valor da fase apresentou uma variao extra, gerada provavelmente por algum

    rudo ou efeito capacitivo indesejado no circuito, mas mesmo assim um valor

    prximo.

    O mesmo processo foi utilizado para o indutor, no entanto para a anlise considerou-

    se o indutor real como uma associao em srie entre um indutor ideal e um resistor.

    Para o indutor real valem as relaes:

    = 2 + 22 =

    = tan1

    Sendo Z a impedncia, RB a resistncia interna da bobina (que foi o indutor utilizado) e L a

    indutncia.

    Pela linearizao com os dados obtidos fizeram-se grficos de Z2 x

    2e de x .

    Figura 6 - Representao de um

    indutor real.

  • O ajuste dessa reta foi da forma [0]*x + [1], sendo:

    0 = 2

    1 = 2

    O ajuste do grfico foi da forma arctg([0]x), sendo:

    0 =

    Com os valores prticos em mos, compararam-se eles aos tericos.

    Tabela 11 - Comparao dos parmetros obtidos via grfico com os valores nominais do indutor de L e RB.

    Parmetros do Grfico (Z x )

    [0] [0] [1] [1]

    0,000914022 4,63194E-05 1069,99 4886,83

    L(mH) L (H) Rb Rb

    30,2 0,8 32,7 74,7

    L(mH)

    Nominal

    L(mH)

    Nominal

    Rb ()

    Nominal

    Rb ()

    Nominal

    29,9 1,5 7,8 0,4

    Teste Z (L) 0,20 Teste Z (Rb) 0,33

  • O valor da indutncia encontrado graficamente consistente com o esperado, no entanto o valor

    de resistncia apresentou uma altssima incerteza, impossibilitando qualquer anlise refinada

    acerca, tanto que o Teste Z (RB) apresenta um valor baixssimo mesmo com o RB do grfico

    sendo aproximadamente 4 vezes maior que o valor esperado.

    Tabela 12 - Comparao dos valores obtidos via grfico com o esperado teoricamente.

    Parmetros do Grfico (Fase x )

    [0] [0]

    480,516 1991,04

    Valor terico (L/Rb) 0,0038 0,0003

    Teste Z 0,2

    .

    A diferena entre o valor obtido e o esperado grosseira. E a incerteza do valor obtido pelo

    grfico ainda mais grosseira, tanto que o Teste Z apresentou um valor baixo que no condiz

    muito com o observado. A funo de difcil ajuste, ainda mais para elevados valores de .

    Para observar melhor a diferena entre o valor terico e o observado elaborou-se um grfico

    superposto entre curva obtida (preto) e curva terica (tracejado em vermelho).

    A funo terica representa razoavelmente bem os dados, j que ela converge para a outra, as

    duas funes para altos valores de frequncia so basicamente iguais. Se o ajuste para essa

    funo fase for uma constante [0], visualmente o grfico no muda muito, mas o ajuste torna-se:

    Tabela 13 - Analisando o ajuste do grfico Fase x w , por

    uma constante.

    ngulo

    (radianos)

    Incerteza

    (radianos)

    Grfico 1,60163 0,0029088

    Terico 1,570796327

    Teste Z 10,6

    O modelo de indutor ideal tambm no serve para descrever a diferena de fase desse circuito.

  • C. Semana 3

    A experincia seguiu os moldes da semana dois em sua parte inicial, montou-se circuito RLC

    srie e mediram-se as tenses em cada um doscomponentes enquanto variou-se a frequncia.

    Tabela 14 - Valores fixos do circuito.

    Resistncia

    Gerador()

    Resistncia

    Gerador ()

    Resistncia

    Bobina ()

    Resistncia

    bobina () Indutncia (mH)

    Indutncia

    (mH)

    4,0 0,2 7,8 0,4 29,8 1,49

    Fixa-se 0 em aproximadamente 5000 rad/s, sendo que ele obedece relao:

    0 = 1

    Para um 0 = 5000 rad/s no havia capacitor grande o suficiente, a dcada capacitiva ia at

    1,111F, valor esse adotado e definiu-se 0 = 5495,8 rad/s.A escolha do resistor do circuito dependia do parmetro Q.

    =

    =

    1

    Sendo Rtotal a soma das resistncias do circuito.

    = + +

    Como os valores de Rgerador e Rbobina so fixos e Rtotal constante para dado Q, variou-se para

    atender as necessidades o Rdcada.Para cada Q, variou-se a frequncia e gerou-se o grfico i x .

    Tabela 15 - Valores levantados para Q = 1

    Q = 1

    R total R dcada R dcada

    164 152,0 1,5

    Frequncia (Hz) Frequncia (Hz) Tenso Resistor (V) Tenso Resistor (V) Corrente (A) Corrente (A)

    105,6 0,5 1,33 0,08 0,00438 0,00027

    191,6 0,5 1,50 0,09 0,00493 0,00030

    404,1 0,5 5,36 0,32 0,0176 0,0011

    599,7 0,5 8,32 0,50 0,0274 0,0017

    700,6 0,5 9,60 0,58 0,0316 0,0019

    748,6 0,5 10,0 0,6 0,0329 0,0020

    780,5 0,5 10,2 0,6 0,0336 0,0020

    808,9 0,5 10,3 0,6 0,0339 0,0021

    829,3 0,5 10,4 0,6 0,0342 0,0021

    865,1 0,5 10,4 0,6 0,0342 0,0021

    888,1 0,5 10,4 0,6 0,0342 0,0021

    917,4 0,5 10,3 0,6 0,0339 0,0021

    950,8 0,5 10,2 0,6 0,0336 0,0020

    1008 5 10,1 0,6 0,0332 0,0020

    1114 5 9,44 0,57 0,0311 0,0019

    1319 5 8,00 0,48 0,0263 0,0016

    1684 5 6,08 0,36 0,0200 0,0012

    1884 5 5,36 0,32 0,0176 0,0011

    2139 5 4,64 0,28 0,0153 0,0009

    2356 5 4,16 0,25 0,0137 0,0008

    2707 5 3,52 0,21 0,0116 0,0007

    2998 5 3,20 0,19 0,0105 0,0006

  • A funo terica de i em funo de :

    =

    2 +

    1

    2

    O ajuste seguiu essa formula, sendo:

    = [0]

    [1] + 2 + [3]

    2

    Com:

    0 = ; 1 = 2 ; 2 = 2; 3 =

    1

    2

    Comparando com os valores nominais:

    Q = 1 - Ajuste do grfico

    [0] [0] [1] [1]

    7,24425 10,8528 45261 135617

    [2] [2] [3] [3]

    0,260614 0,390474 -222677 333685

    Valores Esperados

    Vg (V) Vg (V) R () R ()

    10,6 0,53 164 8,2

    L (H) L (H) C (F) C (F)

    0,0299 0,001495 1,11E-06 5,555E-08

    Teste Z [0] Vg 0,31 Teste Z raiz[1] R 0,15

    Teste Z [2] L 0,19 Teste Z 1/[3] C 2,21

    O ajuste acabou apresentando altssimas incertezas, o que pode ser indcio de que se

    superestimou a incerteza original, ou algo do gnero, mas pode-se afirmar, que o modelo

    terico funcionou.

    O pico experimental da funo foi definido como a mdia dos pontos de corrente mxima

    medida, nessa frequncia especial observou-se as diferenas de fase entre cada elemento e o

    resistor (isto a diferena de fase com a corrente, j que o resistor est sempre em fase com a

    corrente nesse tipo de circuito.

  • Tabela 16 - Valores de fases na ressonncia.

    Q = 1

    Ressonncia (Hz) Ressonncia (Hz) 0 (rad/s) 0 (rad/s)

    861 43 5406 270

    Tenso Resistor (V) Tenso Indutor (V) Tenso Capacitor (V) Tenso Gerador (V)

    10,4 10,6 10,8 10,4

    Diferenas de Fase (Graus)

    VL VR VC VR VG-VR VL - VC

    96,3 -88 -1,25 -2,48

    As fases desse circuito mostraram consistentes com o modelo terico.

    O mesmo processo foi executado para Q = 10.

    Tabela 17 - Valores de corrente e frequncia para Q =10.

    Q = 10

    R total R dcada R dcada

    16 5 0,3

    Frequncia (Hz) Frequncia (Hz) Tenso Resistor (V) Tenso Resistor (V) Corrente (A) Corrente (A)

    275,5 0,5 0,108 0,006 0,0108 0,0010

    355,2 0,5 0,132 0,008 0,0132 0,0012

    467,5 0,5 0,180 0,011 0,0180 0,0016

    569,2 0,5 0,244 0,015 0,0244 0,0022

    689,1 0,5 0,500 0,030 0,0500 0,0045

    817,6 0,5 1,70 0,10 0,1700 0,0154

    858,7 0,5 1,94 0,12 0,1940 0,0176

    872,6 0,5 2,22 0,13 0,2220 0,0201

    888,1 0,5 2,50 0,15 0,2500 0,0227

    902,5 0,5 2,66 0,16 0,2660 0,0241

    915,8 0,5 2,42 0,15 0,2420 0,0219

    925,9 0,5 1,90 0,11 0,1900 0,0172

    940 5 0,600 0,036 0,0600 0,0054

    1046 5 0,400 0,024 0,0400 0,0036

    1382 5 0,180 0,011 0,0180 0,0016

    1592 5 0,140 0,008 0,0140 0,0013

  • O ajuste absolutamente o mesmo do com Q = 1.

    Comparando com os valores esperados:

    Tabela 18 - Comparando valores grficos com o esperado.

    Q = 10 - Ajuste do grfico

    [0] [0] [1] [1]

    2,00293 0,323288 64,4625 23,0529

    [2] [2] [3] [3]

    0,114879 0,0179753 -87413,8 13683,5

    Valores Esperados

    Vg (V) Vg (V) R () R ()

    10,6 0,53 164 8,2

    L (H) L (H) C (F) C (F)

    0,0299 0,0015 1,11E-06

    5,555E-

    08

    Teste Z [0] Vg 13,85 Teste Z raiz[1] - R 18,74

    Teste Z [2] L 3,60 Teste Z 1/[3] - C 9,90

    O ajuste no ficou bom, todos os valores distanciaram-se do esperado.

    Tambm se observou a relao das fases dos componentes em relao corrente, tal qual com o

    Q = 1 e definiu-se da mesma forma a frequncia de ressonncia. Tabela 19 - Fases na Ressonncia.

    Q = 10

    Ressonncia (Hz) Ressonncia (Hz) 0 (rad/s) 0 (rad/s)

    902,1 45,1 5665 283

    Tenso Resistor (V) Tenso Indutor (V) Tenso Capacitor (V) Tenso Gerador (V)

    2,78 94,4 102 10,4

    Diferenas de Fase (Graus)

    VL - VR VC VR VG-VR VL - VC

    92,3 -90,8 -33,5 -3,25

    As fases do circuito esto conforme o esperado, exceto a diferena de fase entre gerador e

    resistor que devera ser nula e apresenta aqui um ngulo bem elevado, talvez devido s altas

    tenses no capacitor e no indutor algo tenha ocorrido para mudar dessa forma seu valor.

    Os valores de ajuste no foram os melhores, sobrepondo a curva esperada (vermelho tracejado) e

    a obtida (preto) vemos:

  • A curva esperada razoavelmente maior em termos de rea, a corrente medida foi muito baixa,

    dados os componentes escolhidos.

    Para encontrar o valor de Q experimental foi necessrio levantar as curvas de potncia.

    A potncia do circuito dada como:

    = = =

    2

    2 +

    1

    2

  • O Q experimental dado por:

    = 0

    Sendo a largura do pico de ressonncia metade da altura mxima na curva da potncia. O foi

    estimado sob o ajuste.

    Tabela 20 - Valores experimentais de Q.

    Q experimental

    Q Esperado (rad/s) Q medido

    1 1500 3,6

    10 240 23,6

    Os valores experimentais de Q no bateram com a projeo inicial, mas os ajustes sobre os quais eles

    foram baseados tambm estavam fora do esperado, um erro acarreta outro at esse ponto.

    6. Responsabilidades durante a experincia

    No houve uma estrita diviso dos afazeres durante o experimento, ambos os membros montaram o

    circuito e, em sincronia, tomaram os dados da forma que foi indicado durante as aulas, o trabalho foi

    todo dividido, o que inclui a confeco deste relatrio.

    7. Concluso

    Pde-se observar a lei de Faraday em ao na primeira semana, observar os efeitos do campo

    magntico sobre condutores, foi possvel determinar a rea efetiva da sonda e fazer um mapeamento

    de um campo magntico.

    Pela primeira vez no curso de Fsica experimental mexeu-se com o osciloscpio, importantssimo

    instrumento de medies e anlise de dados, no entanto a partir da segunda semana houve

    discrepncias entre os valores medidos e o observado, durante a segunda semana inteira foi

    complicadssimo parar a onda na tela do osciloscpio e mais do que isso, ela por si s apresentou

    deformaes e rudos absolutamente incomuns, tanto que a tomada de dados foi penosa, tanto pelo

    desconhecimento dos que manuseavam o aparato quanto pelo comportamento por vezes aleatrio da

    onda, muitas medies foram reiniciadas por que ao fim os dados no faziam sentido algum.

    A terceira semana teve a bateria de medies mais tranqila aparentemente, mas mesmo assim era

    difcil conseguir estabilidade para a medida no osciloscpio, o maior problema surgiu na anlise de

    dados, onde as curvas ajustadas eram razoavelmente diferentes do esperado. Os diversos testes-Z

    executados durante esse relatrio reforam uma aparente incompatibilidade com o modelo terico e

    quando isso no ocorreu foi por haver incertezas provavelmente superestimadas.

  • parte os pontos negativos, pde-se observar claramente o fenmeno que a diferena de fase entre

    os elementos resistivos, capacitivos e indutivos e ter um primeiro contato com muitas idias desse

    experimento.

    8. Bibliografia

    Notas de aula do professor Suaide:

    http://sampa.if.usp.br/~suaide/blog/files/aula10e11.pdf

    http://sampa.if.usp.br/~suaide/blog/files/aula12.pdf

    Experimento de bobinas de Helmholtz do Instituto Superior de Engenharia do Porto:

    https://www.dfi.isep.ipp.pt/uploads/Guioes%20Labs/2xxx%20-

    %20Electricidade%20e%20Electromagnetismo/2043_v1.pdf

    http://sampa.if.usp.br/~suaide/blog/files/aula10e11.pdfhttp://sampa.if.usp.br/~suaide/blog/files/aula12.pdfhttps://www.dfi.isep.ipp.pt/uploads/Guioes%20Labs/2xxx%20-%20Electricidade%20e%20Electromagnetismo/2043_v1.pdfhttps://www.dfi.isep.ipp.pt/uploads/Guioes%20Labs/2xxx%20-%20Electricidade%20e%20Electromagnetismo/2043_v1.pdf