relatorio manufaturas

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Hamilt on, Alexander. Relatório sobre as manufaturas. 5 de dezembro de 1791. Alexander Hamilton Introdução: o famoso Relatório sobre as manufaturas! ob"eti#a estabele$er a %ostura ameri$ana &uanto a %ol'ti$a e$on(mi$a no $ontexto da re$ente inde%end)n$ia, relatório en$omendado %ela *+mara de e%utados. Hamilton %arte da atualidade da -%o$a, onde as reras restriti#as do $om-r$io exterior limita#am a #enda de ex$edentes ar'$olas dos /0A %2ina 34, e defende o in$enti#o da manufatura ind6stria nos /0A, mesmo $om obst2$ulos &ue ele $ita durante o texto, e sem deixar de lado a ari$ultura, &ue a todo momento ele atrela a ati#idade e$on(mi$a, so$ial e %ol'ti$a dos /0A, $omo fator bastante $onsider2#el, im%ortante salientar isso, %ois, em nenum momento ele ex%8e o flores$imento de uma ind6stria em detrimento da manufatura e sim de forma $om%lementar e adi$ional ao  %roduto do %a's o &ue ele %ro#a atra#-s de 3 arumentos na %2ina 3 e 37, &ue ati#idade manufatureira %ode sim arear #alor so$iedade, de#ido a um maior #alor de  bens no mer$ado, atra#-s da %ou%ança &ue tamb-m - a%li$ado aos la#radores e $ulti#adores &ue se $onseue atra#-s do ano ordin2rio do $a%ital e tamb-m de#ido ao aumento das $a%a$idades %roduti#as di#isão do trabalo ; durante o texto #amos  %er$ebendo forte influ)n$ia de #2rios arumentos de Adam <mit, toda#ia, dis$ordando em um $uno $entral, o %a%el do /stado, ele mais a frente destrin$a o ano do $a%ital &u e a ma nufatura a n a, at rib ui nd o ao ex$ede nt e o a n o or di n2 rio do $a %i ta l em%reado %2ina =5, a di#isão $omo "2 dita, o uso da ma&uinaria %2ina =7e eis, sua tese &ue #ai reendo %elo texto, do %a's não de%ender de a%enas uma ati#idade, se"a ela ar'$ola, ou manufatureira, o &ue os /0A são %ri#ileiados, tendo re$ursos &ue o a"udariam %ara ambos, $omo a &uantidade de s'tios $omo 2ua %ara moinos %2ina 7. Antes entrar mais nos arumentos a fim de defender o in$enti#o da manufatura nos /stados 0nidos, ele $ita um #elo arumento, %rin$i%almente dos &ue se o$u%am da ati#idade ar'$ola nos /0A <e, $ontra o $urso natural das $oisas, se %uder dar um flores$imento, %rematuro a $ertas manufaturas, mediante fortes tarifas, %roibiç8es e in$enti#os ou mediante outros re$ursos artifi$iais, isto seria sa$rifi$ar os interesses de toda a $omunidade aos de $ertas $lasses! %2ina 3=, $ita arumento $ omum na -%o$a > Hami lto n, "2 $olo $a al u mas %o nderaç8es, at ra#- s do &u e se %o de dize r um de ter minismo! em rel açã o aos /0A %roduz irem %rod uto s %rim2rios ar'$ol a ; 

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Hamilton, Alexander. Relatório sobre as manufaturas. 5 de dezembro de 1791.Alexander Hamilton

Introdução: o famoso Relatório sobre as manufaturas! ob"eti#a estabele$er a %ostura

ameri$ana &uanto a %ol'ti$a e$on(mi$a no $ontexto da re$ente inde%end)n$ia, relatórioen$omendado %ela *+mara de e%utados.

Hamilton %arte da atualidade da -%o$a, onde as reras restriti#as do $om-r$io

exterior limita#am a #enda de ex$edentes ar'$olas dos /0A %2ina 34, e defende o

in$enti#o da manufatura ind6stria nos /0A, mesmo $om obst2$ulos &ue ele $ita

durante o texto, e sem deixar de lado a ari$ultura, &ue a todo momento ele atrela a

ati#idade e$on(mi$a, so$ial e %ol'ti$a dos /0A, $omo fator bastante $onsider2#el,

im%ortante salientar isso, %ois, em nenum momento ele ex%8e o flores$imento de uma

ind6stria em detrimento da manufatura e sim de forma $om%lementar e adi$ional ao

 %roduto do %a's o &ue ele %ro#a atra#-s de 3 arumentos na %2ina 3 e 37, &ue

ati#idade manufatureira %ode sim arear #alor so$iedade, de#ido a um maior #alor de

 bens no mer$ado, atra#-s da %ou%ança &ue tamb-m - a%li$ado aos la#radores e

$ulti#adores &ue se $onseue atra#-s do ano ordin2rio do $a%ital e tamb-m de#ido

ao aumento das $a%a$idades %roduti#as di#isão do trabalo ; durante o texto #amos

 %er$ebendo forte influ)n$ia de #2rios arumentos de Adam <mit, toda#ia, dis$ordando

em um $uno $entral, o %a%el do /stado, ele mais a frente destrin$a o ano do $a%ital

&ue a manufatura ana, atribuindo ao ex$edente o ano ordin2rio do $a%ital

em%reado %2ina =5, a di#isão $omo "2 dita, o uso da ma&uinaria %2ina =7e eis,

sua tese &ue #ai reendo %elo texto, do %a's não de%ender de a%enas uma ati#idade, se"a

ela ar'$ola, ou manufatureira, o &ue os /0A são %ri#ileiados, tendo re$ursos &ue o

a"udariam %ara ambos, $omo a &uantidade de s'tios $omo 2ua %ara moinos %2ina

7.

Antes entrar mais nos arumentos a fim de defender o in$enti#o da manufatura

nos /stados 0nidos, ele $ita um #elo arumento, %rin$i%almente dos &ue se o$u%am da

ati#idade ar'$ola nos /0A <e, $ontra o $urso natural das $oisas, se %uder dar um

flores$imento, %rematuro a $ertas manufaturas, mediante fortes tarifas, %roibiç8es e

in$enti#os ou mediante outros re$ursos artifi$iais, isto seria sa$rifi$ar os interesses de

toda a $omunidade aos de $ertas $lasses! %2ina 3=, $ita arumento $omum na -%o$a

> Hamilton, "2 $olo$a alumas %onderaç8es, atra#-s do &ue se %ode dizer um

determinismo! em relação aos /0A %roduzirem %rodutos %rim2rios ar'$ola ; 

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$on$eito usado %or ele, %2ina 3=, o &ue ele a$aba %or refutar mas não ex%li$itamente,

 "2 &ue a todo momento ele $ita $omo a ari$ultura - im%ortante e in$lusi#e ensaia um

des$rição de soberania alimentar, %2ina ?5 %ara obter do seu %ró%rio solo os artios

de %rimeira ne$essidade re&ueridos %ara o seu %ró%rio $onsumo demonstrando durante

o texto o %a%el do /stado %ara fomentar as manufaturas, bem $omo fortale$e>las. 0m

dos arumentos in$lusi#e &ue demonstra $omo ele tamb-m #aloriza#a a ari$ultura se

ou#esse tanto um artifi$ie $omo um ari$ultor, este 6ltimo fi$aria li#re %ara dedi$ar>se

ex$lusi#amente a $uidar a sua fazenda! %2ina ==, ele #ai tentando demonstrar durante

seu relatório $omo ter manufaturas, seria bom tamb-m %ara &uem est2 na ati#idade

ar'$ola.

As manufaturas trazem mais benef'$ios &ue o "2 $itado aumento do %roduto e

rendimento total, in$lusi#e na %2ina mais a frente ?7, ele $ita as Antilas &ue mesmo

$om as terras mais f-rteis, não industrializadas, mant)m um inter$+mbio neati#o

importante essa parte pela consciência da circunstância da América Latina. @

autor demonstra tamb-m $omo as manufaturas não somente $ontribuem %ara o aumento

do %roduto e rendimento total mas tamb-m a saber:

• A di#isão do trabalo

• A am%liação do uso da ma&uinaria #) $om bons olos, %ela diminuição do $usto de

manutenção do trabalador %2ina =?

• ais em%reos %ara as $lasses da $omunidade &ue $omumente, não se dedi$am ao

trabalo.

• @ fomento da imiração de %a'ses estraneiros fator im%ortant'ssimo &ue durante o

texto ele #ai enalte$endo a $ontribuição destes, artesãos, outros ofi$ios #indo da /uro%a,

in$lusi#e ratifi$ando a a$olida deles em $aso de uerras, et$, %ois, era %re$iso atrair 

imirantes %ara trabalar nas manufaturas, "2 &ue nos /0A %ela fa$ilidade da terra, amanufatura era seundo %lano.

• ar mais )nfase di#ersidade de talentos e in$linaç8es &ue distinuem os omens

entre si.

• Abrir um $am%o mais am%lo e #ariado em%resas. uma e$onomia - melor &uanto

mais di#ersifi$ada, e#ita estan$amentos, $ausado %elas os$ilaç8es do $omer$io interna$ional

 %2ina ?.

Asseurar e, em aluns $asos, $riar uma demanda mais $erta e reular %ara oex$edente do %roduto da terra arumento de $omo a manufatura seria im%ortante %ara a

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ati#idade %rim2ria. > Bara tal #enda do ari$ultor, o mer$ado interno - %refer'#el ao

externo, %or&ue o natural - &ue se"a mais seuro ; "2 &ue os %rodutos %rim2rios %roduzidos

nos /0A %oderiam ser absor#idos %elas manufaturas do %ró%rio %a's %2ina 53, afinal, 2

muita os$ilação no sistema $omer$ial %redominante da -%o$a sob eemonia inlesa ; 

 %2ina 5?.

Ainda $ontra>arumentando em fa#or das manufaturas, ele adentra nos

arumentos $ontr2rios %ara refutar > est2 na %2ina 59 A $on#ersão das suas terras

o$iosas em terras $ulti#adas -, %or $erto, alo de rande trans$end)n$ia nos %lanos

 %ol'ti$os dos /0A. /ntretanto, o fato de &ue isso %ossa ser retardado %or $onta do

fomento s manufaturas não %are$e im%edir os randes in$enti#os %ara foment2>las!, ai

ele area o arumento da %roduti#idade, %ois, %ara ele o ari$ultor %oderia %roduzir 

mais em um mesmo %edaço de terra, %or exem%lo, $ontra>arumentando o fato de &ue o

uso de terra %ara manufatura %re"udi$aria a ari$ultura, outro arumento &ue ele adentra

na %2ina ?3, - em relação ao %rote$ionismo &ue benefi$iaria um $lasse e %ara a

so$iedade %ela falta de $om%etiti#idade seria $aro, ele refuta, demonstrando &ue em

muitos $asos uma redução dos %reços se seuiu, e in$lusi#e %or&ue no $aso dos /0A,

$omo mat-ria>%rima do %ró%rio %a's e $om menores $ustos de %rodução, isso $earia a

so$iedade e as manufaturas iriam se es%alar %elo %a's %2ina ??.

As manufaturas $res$entes nos /0A na -%o$a %2ina ?1:

• e %eles e $ouros

• e ferro

• e madeira

• e lino de $an+mo

Cadrilos, lousas e $er+mi$as• Auardentes e li$ores de malte

• Ba%el de es$re#er e de im%rensa

• *a%-us de l+, artios femininos

• Aç6$ares refinados

• Dleos animais e #eetais

• Artios de $obre e latão

Catoaria %ara usos $omuns• *arruaens de todo o ti%o

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• Eaba$o de mas$ar 

• Amido e %ós %ara o $abelo

•  Fero de fumo e outros $olorantes

• Ból#ora

/m relação ao %a%el do /stado, nas %2inas 1 e 4, ele sintetiza bem o %a%el do

/stado %ara fomentar a industrialização do %a's, %ois, uma industria nas$ente -

temorosa, a transição %ara no#os ofi$ios - morosa e a $om%etiti#idade $om aluma

industria "2 estabele$ida seria desleal ; barreiras exóenas nas suas %ala#ras, toda#ia,

&uando a industria "2 esti#er fortale$ida, ela não teria mais tanta ne$essidade de %roteção

 %ara in$enti#ar a $om%etição o &ue - im%ortante %ara o autor, sendo $ontra %2ina 11G

o mono%ólio %2ina 1G1 e 113 > . /m relação ao %a%el do /stado, ele #ai fazendo

alumas $onsideraç8es na %2inas 9 e 7G, %or exem%lo, a introdução dos ban$os

a$arreta uma %oderosa tend)n$ia a estender o $a%ital ati#o de um %a's, a emissão de

t'tulos %6bli$os &ue ser#em $omo $a%ital, mesmo &uando do %aamento dos "uros a

eles ; %ara ele, melor $om eles, %ior sem eles melor ainda &uando esses mesmos

t'tulos %6bli$os estão em mãos dos %ró%rios na$ionais %2ina ?G, e tamb-m introdução

do $a%ital estraneira &ue ele #) $omo uma %ossibilidade %ara fomentar as industrias,

deixa a todo momento rela$ionado a uma $ondução do /stado em relação a ele, diriido

a setores estrat-i$os, a%esar de $onsiderar sem%re melor o $a%ital na$ional &ue o

estraneiro. @utro fator &ue ele ex%8e seria a Armada, %ara %roteer o $om-r$io

exterior.

@ autor destrin$a $omo o /stado atuaria %ara in$enti#ar a industrialização a se

fortale$er %2ina 9:

• Earifas alfande2rias

• Broibição de artios ri#ais ou tarifas e&ui#alente• eto ex%ortação de mat-rias>%rimas ne$ess2rias 2s manufaturas

• <ubs'dios %e$uni2rios melor in$enti#o %ara ele

• Br)mios

• Isenção tarif2ria %ara as mat-rias> das manufaturas

• Reinteração das tarifas $obradas sobre as mat-rias>%rimas %ara as manufaturas

• omento de no#os in#entos e des$obertas nos /stados 0nidos e introdução dos &ue

se"am feitos em outros %a'ses, %arti$ularmente, os referentes ma&uinaria.•  Formas %rudentes %ara a ins%eção de bens manufaturados

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• A ailização das remessas monet2rias de um luar a outro

• A ailização do trans%orte de mer$adorias ; estradas e aberturas de $anais.

entre os in$enti#os &ue o autor a$a mais efi$az, est2 o subs'dio %e$uni2rio,

 %or não, aumentar o #alor de um %roduto de %ronto a so$iedade, entretanto, ele deixa

$laro no texto &ue %ara %aar subs'dios e outras atuaç8es ne$ess2rias do /stados seria

ne$ess2rio um $ontrole das $ontas %2ina 117, e mesmo assim atenta aos im%ostos,

&ue mesmo &ue im%ortantes %ara o /stado, em demasia %odem onerar a so$iedade $omo

um todo.

A mão>de>obra de trabalo seria uma difi$uldade, "2 $omo dito, da

 %redomin+n$ia dos &ue #i#iam nos /0A atuarem na ati#idade ar'$ola, na %2ina =,

ele #ai dizendo $omo o em%reo de $rianças e muleres %oderia ser %oss'#el, im%ortante

a %arte onde ele $ita &ue os sal2rios nos /0A são eralmente maiores &ue na /uro%a

%2ina ? , ele in$lui a m2&uina tamb-m $omo alternati#a, e a imiração &ue seriam

atra'dos %ela atuação do /stado em a%oiar essa ati#idade e at- aux'lios o$asionais ; 

trans%orte, %ara a sua atração aos /0A.