Relatório parcial marciele e rodrigo

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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA ______________________________________________________________________

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

DEPARTAMENTO DE LINGUAGEM E CÓDICOS

PIBID – LETRA LÍNGUA PORTUGUESA

E. E. E. F.M. PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS

RELATÓRIO PARCIAL DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PI BID

MARCIELE BRANDÃO DE OLIVEIRA

[email protected]

Bolsista

RODRIGO DE ASSIS DAVEL

[email protected]

Bolsista

ANA CRISTINA PEREIRA

[email protected]

Professor Supervisor da Escola

ANA RITA LOUZADA COELHO

[email protected]

Professor Coordenador

Cachoeiro de Itapemirim – ES

Dezembro de 2012

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ÍNDICE GERAL:

• Resumo

• Objetivo

• Introdução

• ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 201 2

o DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CUSC

o DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES NA ESCOLA ESTADUAL

• Referências bibliográficas

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RESUMO

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem a iniciativa

de busca o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores do ensino

básico, proporcionando assim ao aluno bolsita a oportunidade de desenvolver

atividades didático-pedagógicas, de acordo com o contexto da escola pública em

que atuar, sob orientação de profissionais qualificados e selecionados. Portanto, o

programa promove a soma entre os que já atuam na docência com os que ainda

atuarão, em prol do fazer docente que eleve a qualidade do ensino de nossas

escolas públicas.

Sendo assim, este trabalho tem por objetivo pontuar todas as atividades realizadas

no segundo semestre do ano de 2012, na escola estadual Presidente Getúlio Vargas

(Polivalente Aquidabã) e no Centro Universitário São Camilo, na área de Língua

Portuguesa, de forma reflexiva e analítica.

As atividades se deram na aplicação de oficinas textuais, na escola de ensino

básico, e grupos de estudos, na instituição de ensino superior. Estes, por sua vez,

foram realizados tanto com o professor coordenador e alunos de área específica,

quanto com os professores coordenadores e alunos das demais áreas envolvidas no

PIBID.

Contudo, no decorrer deste trabalho, será apresentado, detalhadamente, o

planejamento de cada oficina de Língua Portuguesa desenvolvida com os alunos da

Escola Estadual Presidente Getúlio Vargas que objetivou atender as necessidades

de sua clientela, mostrando que é possível conduzir o aluno à leitura e à escrita

autentica, critica e autônoma.

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OBJETIVOS

As atividades desenvolvidas pelo programa têm como objetivo geral o incentivo a

formação de docentes para educação básica, contribuindo para a valorização da

educação. Os bolsistas, pois, não são estagiários, que ali estão para observar, mas,

sim, profissionais em formação que tem autonomia para opinar, almejando a melhor

contribuição possível ao seu fazer docente.

E mais: o PIBID impulsiona aos profissionais já atuantes a saírem de sua zona de

conforto. É um programa reflexivo e analítico onde todos, atuantes e não atuantes,

devem refletir, analisar o seu fazer docente com criticidade, pois somente o ser

crítico é que conduz o profissional ao seu crescimento e, consequentemente, ao

crescimento de seus alunos e demais companheiros de trabalho.

As atividades têm como objetivo específico mostrar que a boa educação, a

qualidade de ensino almejada por todos, não se dá por um profissional sozinho, mas

sim, por um conjunto de profissionais.

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INTRODUÇÃO

É fatalmente notório que, para muitos alunos, o ato de ler e escrever tem sido

sinônimo de fracasso, que perdura do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, e, por

conseguinte, ao Ensino Superior. Para tanto, o PIBID de Língua Portuguesa, do

Centro Universitário São Camilo, desenvolveu o projeto de intervenção “O uso de

recursos didático-metodológicos para o ensino de Lí ngua Portuguesa” , a fim

de ressignificar a ação pedagógica cotidiana, primando pela proficiência do aluno.

Para realização desse projeto de intervenção, a cada oficina textual, os materiais

didático-metodológicos foram selecionados pelos próprios alunos bolsitas, visando

sempre à independentização dos alunos. Na escola Presidente Getúlio Vargas, em

especial, o material mais explorado, além de crônicas, foram letras musicais,

previamente selecionadas, que proporcionaram maior interação dos alunos com os

estabelecimentos de relações intertextuais.

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1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2012

1.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CUSC

No decorrer do semestre foram realizados vários encontros com todos os bolsitas,

professores supervisores, coordenadores de áreas, coordenador institucional e

coordenador de área de gestão do PIBID, no Centro Universitário São Camilo.

Inicialmente, o propósito era de apresentar a todos a finalidade e a importância

desse programa. Era preciso que cada qual soubesse o que lhe era proposto para

bem realizar suas atividades.

Após a apresentação geral, cada coordenador de área se uniu aos seus alunos

bolsitas para apresentação do subprojeto. Para tanto, foi esclarecido que o

subprojeto de Língua Portuguesa estava voltado para os recursos didático-

metodológicos, que deveriam ser explorados com finalidade de conduzir os alunos

das escolas estaduais à autenticidade, à criticidade e à autonomia no ato de ler e

escrever. Ainda nesse encontro, as duplas foram formadas de acordo com as

escolhas pelas escolas parceiras no programa.

No segundo encontro, realizado no CUSC, com todos os envolvidos no programa, foi

realizado um estudo interdisciplinar sobre o texto “A melhoria da qualidade da

educação básica”, de Guiomar Namo de Melo, que desencadeou uma discussão

muito produtiva, pois questiona o despreparo dos profissionais da educação diante

da diversidade, da heterogeneidade dos alunos que tem crescido nos últimos anos e

que tende a crescer ainda mais.

A discussão se deu em dois momentos: primeiro, em um grupo menor com um aluno

bolsista de cada área, um professor supervisor ou coordenador de área; já em um

segundo momento, em uma grande mesa redonda, onde todas as ideias,

anteriormente já discutidas, foram expostas e algumas considerações importantes

foram registradas:

• De fato, as escolas/professores estão despreparadas para a diversidade, no

entanto, observe que quando assim pensamos nos referimos aos professores

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antigos, naqueles que estão próximos da aposentadoria, cansados e,

inclusive, desmotivados, mas, o que dizer dos professores recém-formados

que se “contaminam” rapidamente com essa desmotivação?

• Por mais que a universidade dê suporte ao fazer docente, a experiência diária

é inusitada, portanto, não há uma receita padrão. O professor tem que estar

apto aos momentos inusitados;

• A inovação é necessária, mas que seja feita com conteúdo. É preciso saber

intercalar o tradicional com o inovador, pois ambos são primordiais na

construção do ensino;

• O professor se sobrecarrega ao trabalhar em três períodos.

Consequentemente, em algum desses períodos ele deixará a desejar. É

importante que o professor assuma o compromisso com o aluno, que não tem

culpa do seu mestre ter assumido três cadeiras.

Neste dia, na medida em que os integrantes do PIBID discutiam sobre o texto,

estabeleciam relações que as escolas estaduais que já haviam visitado para a

realização do projeto.

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1.2 DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES NA ESCOLA ESTADUAL

Nossas atividades se deram na Escola Estadual Presidente Getúlio Vargas, vulgo

Polivalente do Aquidabã, situada na Rua João Franklin Machado, SN, Bairro

Aquidabã, Cachoeiro de Itapemirim – ES, todas as sextas-feiras nos turnos matutino

e vespertino.

Inicialmente, a professora supervisora Ana Cristina Pereira, nos apresentou todo o

espaço da escola e os professores da área de Língua de Portuguesa que nos

receberam muito bem e durante nossa conversa sobre o programa, uma professora

confessou o seguimento que é feito através do livro didático, no decorrer do ano

letivo.

No turno matutino os encontros aconteceram em ambientes alternados da escola,

conforme a disponibilidade (sala de aula, biblioteca e laboratório de ciências); já no

turno vespertino, todos os encontros ocorreram no mesmo ambiente (uma sala de

aula). Em ambos os turnos, cada grupo permaneceu conosco por 1 hora/aula.

• Os encontros aconteciam semanalmente nos 02 turnos: pela manhã entre

às 07h55m e 11h; pela tarde entre às 12h50m e 16h;

A partir do resultado do PAEBES de 2010, detectamos a dificuldade dos alunos para

trabalhar a intertextualidade. Assim, propusemos-nos a explorar tal dificuldade.

Como? Criamos o boneco ‘POLI’, com o intuito de servir-nos como base para o

desenvolvimento de nossas atividades em leitura, escrita e intertextualidade; além, é

claro, de estimular a criticidade do aluno diante dos temas abordados. Vale lembrar

que os temas foram escolhidos de acordo com a realidade social do grupo de alunos

atendidos. Garantindo, assim, a atenção e interação dos mesmos.

No primeiro encontro com os alunos foi dedicado exclusivamente para ouvi-los,

estimulando-os a levantar queixas sobre o aprendizado e sugestões para aulas mais

dinâmicas e atraentes. Apresentamos-nos, assim como nossa proposta, e

distribuímos os bonecos ‘POLI’.

No segundo encontro com os alunos, iniciamos com a leitura da crônica ‘Diga não as

drogas’, de Luis Fernando Veríssimo, e realizamos uma mesa redonda sobre o

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tema; após esse momento, disponibilizamos aos alunos uma fotografia de um rapaz,

desconhecido por eles, para que estes fizessem suposições acerca da

personalidade do fotografado (o rapaz da fotografia foi selecionado por nós e

respondeu a um questionário, também selecionado por nós). Feito isso, revelamos

os verdadeiros dados sobre o rapaz, estabelecemos comparações com as

suposições dos alunos, indagando sempre o porquê de suas visões sobre o

fotografado. A partir disso, então, foi realizada uma discussão ‘linkando’ a atividade

proposta ao texto, ou seja, trabalhando a intertextualidade. Por fim, foi sugerido aos

alunos que iniciassem o processo de construção da personalidade de seus ‘POLIS’,

remetendo-se à visão da sociedade.

Já no terceiro encontro, sequencial aos dois anteriores, selecionamos – previamente

– 07 músicas, de gêneros variados, para a proposta metodológica (Tocando em

frente – Sérgio Reis; Óculos – Paralamas do sucesso; Somos quem podemos ser –

Engenheiros do Hawaii; Fuscão preto – Almir Rogério; Rap da felicidade – Cidinho e

Doca; Inútil – Ultraje a rigor; O tempo não para - Cazuza). Os alunos tiveram a

liberdade para escolher a música que desejassem para ler, avaliar e sacar toda e

qualquer informação que ‘achassem’ relevante. Assim agiram e podemos

estabelecer um diálogo muito rico e esclarecedor, para ambas as partes. Como

produto final, desse encontro, foi proposto aos alunos, já com algumas definições

básicas sobre seus POLIS, que relatassem como músicas como aquelas poderiam

interferir na construção da personalidade do POLI.

Já no quarto encontro, continuando o trabalho, tendo como ferramenta metodológica

letras musicais (pois, detectamos a grande influência que tal arte exerce sobre os

alunos que conosco estavam), levamos a letra da canção ‘Homem não chora’,

Frejat, com o intuito de explorar os estereótipos estabelecidos pela/na sociedade.

Visando, assim, que os alunos fizessem a intertextualidade com a ‘voz’ da sociedade

que estão inseridos. E ir além: identificar-se como um sujeito adequado ou não à

sociedade. Para encerrar o encontro, como programado, pediu-se aos alunos para

remeter toda a discussão à construção da personalidade do POLI. Afinal, para o

próximo encontro eles já deverão ter formado a personalidade do boneco, assim

como todos os seus dados pessoais.

No quinto encontro, em uma mesa redonda, os alunos apresentaram a todos seus

POLIS, e entregaram os bonecos a nós, junto ao relato escrito contendo dados

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pessoais e personalidade do POLI. Discutimos também a valia desta primeira etapa

do projeto, a importância para eles e o desejo, se existente, de continuação.

Nos bolsistas, então, e a partir de toda a experiência relatada, somos categóricos

em afirmar que o programa está sendo muito válido, apesar de experimental, e com

grandes possibilidades de grandes evoluções e projetos para a próxima etapa (1º

semestre 2013).

A partir de relatos dos alunos, aliás, podemos afirmar, inclusive, que contribuímos

com o desenvolvimento da criticidade e/ou autonomia do pensamento dos mesmos.

Apesar de ter sido disponibilizado pouco tempo para contato e trabalho com cada

grupo e tudo ser muito novo para nós bolsistas. Assim, não se avançou

consideravelmente na escrita, mas, é notório o avanço na leitura crítica, além da

intertextualidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil : teoria, análise, didática. São Paulo:

Moderna, 2000.

MELLO, G.N de. Educação escolar brasileira : o que trouxemos do século XX?

Porto Alegre: Artmed, 2004.

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil : gostosuras e bobices. São Paulo:

Scipione, 1989.

KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura : teoria e prática. Campinas, SP: Pontes: Ed.

Da Universidade Estadual de Campinas, 1993.

KLEIMAN, Angela. Texto e leitor : aspectos cognitivos da leitura. 6ª Ed. Campinas,

SP: Pontes, 1999.

Coscarelli, C. V. Livro de receitas do professor de português . Belo

Horizonte: Autêntica, 2003.

KATO, Mary A. No mundo da escrita : uma perspectiva psicolingüística. 5.ed., São

Paulo: Ática, 1995.