Relatório Qualidade do Ar na Região Metropolitana de ... · existência do ar quando andamos de...

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Relatório Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba Ano 2000 Versão 1_01/08/2001 Instituto Ambiental do Paraná Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

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Relatór io

Qualidade do Ar na

Região Metropolitana de Cur itiba

Ano 2000

Versão 1_01/08/2001

Instituto Ambiental do ParanáSecretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -2-

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Governador do Estado do ParanáJaime Lerner

Secretar ia de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídr icos – SEMAJosé Antonio Andreguetto

Coordenador ia de Recursos Hídr icos e Atmosfér icosLuciana Sicupira Arzua Roda

Instituto Ambiental do Paraná - IAPMário Sérgio Rasera

Coordenador ia de Estudos e Padrões AmbientaisAna Cecília Bastos Aresta Nowacki

Divisão de Tecnologia AmbientalIvonete Coelho da Silva Chaves

Consultor TécnicoDr. Andreas Grauer

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -3-

EQUIPE TÉCNICA

ElaboraçãoEng. Químico: Dr. Andreas Grauer- IAP

AnalistasTécnico Químico: Ademir da Silva - IAPQuímica: Aymara Tavares Puglielli - IAP

Técnico Químico: João B. Maia – IAP

AmostradoresGeraldo F. da Silva- IAPGerolino V. Sales- IAP

João Maria de Souza Lima- IAPNelson Budel- IAP

Renato Andrade- IAPRubens H. Castro- IAP

Operação das estações automáticasQuímico: Eliseu Esmanhoto - LACTEC

ColaboraçãoEstagiário de Engenharia Química: Michel Souza Marques- IAP

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -4-

Apresentação

Este relatório é destinado ao público interessado na qualidade do ar que respiramos naRegião Metropolitana de Curitiba, na composição e grau de comprometimento desse“alimento” tão básico para a vida e ao mesmo tempo impossível de escolher, pois temos querespirar o tipo de ar que nos rodeia.

São apresentados resultados do monitoramento da qualidade do ar em Curitiba e emAraucária, executados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) desde 1985 com estaçõesmanuais e pelo Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (LACTEC) desde 1998 comestações automáticas e mais completas. Portanto, bem antes de 1992, quando entraram emvigor os padrões de qualidade do ar no Estado do Paraná, estes já eram monitorados, assimdemostrando a importância que o IAP atribui ao assunto. Ao LACTEC dirijo meu profundoagradecimento pela gentileza de nos fornecer os resultados das três estações automáticas demonitoramento. Sem estes, o relatório teria ficado incompleto.

O principal objetivo do relatório é de informar à população se atendemos ou não ospadrões de qualidade do ar e, se isto for o caso, onde, em que época e com qual freqüência istoacontece. O relatório também documenta o esforço que o IAP está fazendo na área de controlede poluição atmosférica, mas ficaria incompleto se não tentasse responder as questões que osresultados apresentados pretendem suscitar. Por exemplo: qualquer violação de um padrão vaiinevitavelmente provocar a pergunta: “Qual a conseqüência? Fazer o quê para recuperar opadrão, aquilo que o cidadão e a natureza em geral têm direito?” Para estas questões orelatório dá algumas orientações. A eficiência das medidas a serem tomadas seráacompanhada pelos futuros relatórios de qualidade do ar, cujo reapresentação está previstaanualmente. Desta forma o relatório é um instrumento poderoso e objetivo para o controle dapoluição atmosférica.

Dr. Andreas GrauerConsultor do IAPPerito Integrado do convênio brasileiro/alemão IAP/CIM

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -5-

PREFÁCIO

A gestão da qualidade do ar tem sido preocupação constante do governo do Estado doParaná, desde 1995.

O monitoramento da qualidade do ar vinha sendo negligenciado com a interrupção daoperação das estações manuais existentes.

Procurou-se, então, retomar a atuação do Estado, através da SEMA/IAP, com aoperação completa de todas as estações manuais de amostragem e monitoramento daqualidade do ar, ao mesmo tempo em que buscou-se novos parceiros e oportunidades paraampliar nossas atividades e metas na área.

Inicialmente, no ano de 1998, através do Convênio de Cooperação Técnica entre oIAP, LACTEC e a SMMA de Curitiba, foram implantadas três estações automáticas demonitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana de Curitiba (Estações: SantaCândida, CIC e Araucária), viabilizadas com recursos da República Federativa da Alemanha,e que ampliavam os parâmetros até então monitorados pelo IAP.

Ao mesmo tempo, repassou-se recursos oriundos do Tesouro do Estado do Paraná aoLACTEC, para aquisição e implantação de outras duas estações automáticas completas e deúltima geração tecnológica para a cidade de Curitiba, hoje concretizados em R$ 1.200.000,00em equipamentos.

Nos anos de 1999/2000, viabilizou-se a contratação de Consultor Técnico para o IAP,através também, de Convênio de Cooperação Técnica com a República Federativa daAlemanha, o Dr. Andréas Grauer, com a importante missão de estabelecer padrões de emissãode poluentes atmosféricos de fontes fixas e apoiar a SEMA/IAP e o meio ambiente do Estadodo Paraná em todas as atividades relacionadas com a gestão dos recursos atmosféricos.

O presente relatório “ Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Cur itiba – Ano2000” , é um dos produtos desta Cooperação Técnica, e visa fornecer à toda sociedadeparanaense e em especial, aos moradores da nossa maior região metropolitana, informaçõesvitais sobre a qualidade do ar que respiramos.

É, no entanto, apenas uma parte do Programa de Gestão da Qualidade do Ar, pois oconhecimento da qualidade ambiental associado ao controle das fontes poluidoras, garantirá aqualidade de vida da população, o que tem sido a linha de atuação deste governo.

José Antonio AndreguettoSecretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -6-

Sumár io Página

Apresentação 4Prefácio 5

1 Introdução 71.1 A qualidade do ar é uma responsabilidade coletiva 71.2 Poluição atmosfér ica 71.3 Poluentes atmosfér icos 81.4 Or igem da poluição atmosfér ica 81.5 Padrões e Índice de qualidade do ar 91.6 Efeitos da poluição atmosfér ica 11

2 Monitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana de Cur itiba (RMC) 132.1 Dados gerais 132.2 Aspectos climáticos 132.3 Motivação do monitoramento 142.4 Localização das estações e conceito do monitoramento 14

3 Resultados do monitoramento da qualidade do ar 173.1 Representatividade dos dados 173.2 Parâmetros da qualidade do ar 17

3.2.1 Partículas Totais em Suspensão (PTS) 173.2.2 Fumaça 213.2.3 Partículas Inaláveis (PI ) 223.2.4 Dióxido de Enxofre (SO2) 223.2.5 Monóxido de Carbono (CO) 243.2.6 Ozônio (O3) 253.2.7 Dióxido de Nitrogênio (NO2) 28

3.3 Dias com a qualidade do ar INADEQUADA 29

4 Conclusão 314.1 Situação atual da qualidade do ar na RMC 314.2 A gestão da qualidade do ar 324.3 Gás natural - uma solução contra emissões veiculares? 33

5 Bibliografia 35

Anexo 1: Localização das estações de monitoramento de Cur itiba 36Anexo 2: Var iação média diár ia de O3, NO, NO2 e SO2 41Anexo 3: Concentração média em função da direção do vento 43

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -7-

1 Introdução

1.1 A qualidade do ar é uma responsabilidade coletiva

O ambiente do homem é a atmosfera, o homem vive nesta camada gasosa do nossoplaneta, neste mar de ar, porém não pode enxergar ar puro. É um gás invisível para ele. Masquando o ar está em movimento pode ser sentido, como vento por exemplo. Percebemos aexistência do ar quando andamos de carro, de moto ou de bicicleta, porque sentimos umaresistência que aumenta com a velocidade. Porém geralmente a constante presença do ar ficadespercebida embora sendo tão essencial para nossa vida. Sem comida o ser humano podeviver semanas, sem água, dias, mas sem ar apenas alguns minutos. Um adulto precisa para asua respiração cerca de 10.000 litros de ar todo dia. A presença desta quantia de ar, de boaqualidade, por muito tempo não era a preocupação do homem, pois a abundância de ar erauma naturalidade. Hoje estamos sabendo que todos os recursos naturais, inclusive o ar, sãofinitos. Mesmo se as atividades humanas não “gastam” o ar de forma a acabar com o gás,alteramos a composição do ar e a natureza precisa de tempo para recuperar-se, ou seja,depurar-se desta alteração. Semelhante aos rios e mares, a atmosfera também possui seusmecanismos de autolimpeza, por exemplo, a chuva, com quais os poluentes estão sendoremovidos. Então só podemos lançar poluentes na atmosfera na medida que estas substânciaspodem ser suportadas pelos processos limpadores, senão haverá uma acumulação.

O ar basicamente é composto de 78% de Nitrogênio e 21% de Oxigênio. Além dessassubstâncias o ar puro contém mais alguns gases em quantias pequenas que juntos somamapenas 1%. Mesmo tão importante para nossa sobrevivência, o ar que consumimos com anossa respiração e com os processos técnicos, que podem precisar de muito mais ar que arespiração, o ar continua sendo gratuito. Um exemplo: a queima de um litro de gasolinaprecisa a quantia de ar que um adulto respira durante 24 horas. Já houve uma tentativa uns3.000 anos atrás de vender ar. Um funcionário egípcio fez esta proposta com o objetivo desanear o cofre público, sabendo que o ar era um pressuposto básico para a vida e portantovalioso. Porém até hoje o ar não foi comercializado e continua pertencendo a ninguém. Emlugar de considerar que seja de ninguém podemos com a mesma razão considerar que o ar éde todos. Desta forma temos mais facilidade de responsabilizar-nos pelo ar: O ar é de todos, eportanto cuidar da qualidade do ar é uma responsabilidade coletiva!

1.2 Poluição atmosfér ica

O termo “poluição” é pejorativo porque expressa que existe algo em desacordo com ospadrões ambientais estabelecidos (Lei 6.938/81, atrigo 3°, inciso III). Não pode ser qualqueratividade que altera a composição da atmosfera considerada uma poluição. Entendemos comopoluição atmosférica a presença ou o lançamento de uma substância na atmosfera que ficaacima de um limiar de aceitabilidade para o bem-estar de seres humanos, animais, infra-estrutura ou do meio ambiente em geral. Então isto significa também que o conceito dapoluição é algo dinâmico, porque nós definimos os limites. O que nós consideramos hojepermitido, futuramente com padrões mais rígidos, poderá ser considerado poluição. Isto já éum fato para as emissões veiculares. Para veículos novos hoje são aplicados limites deemissão bem mais rigorosos do que há alguns anos atrás. Então a venda de um veículo novocom as mesmas emissões como uns 10 anos atrás hoje seria considerado uma poluição.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -8-

1.3 Poluentes atmosfér icos

Poluentes atmosféricos são as substâncias gasosas, solidas ou líquidas presentes naatmosfera que podem causar alterações na forma de poluição. Quando estas substâncias sãodiretamente emitidas pelos processos são chamadas poluentes primários, como por exemplono caso de Monóxido de Carbono (CO), Monóxido de Nitrogênio (NO) ou Dióxido deEnxofre (SO2). Concentrações altas de poluentes primários são registradas na proximidade dasfontes, por exemplo, na beira de rodovias movimentadas.

Outro tipo de poluente não é emitido diretamente por uma fonte, senão é formado naatmosfera com a influência de outras substâncias (chamadas precursores) e a radiação solar.Neste caso chama-se poluente secundário. É o caso de Ozônio (O3), da maior parte de Dióxidode Nitrogênio (NO2) e de certas partículas muito finas. No caso de poluentes secundários nãopodemos tão facilmente conhecer os lugares onde registramos altas concentrações. Mesmo emlugares afastados das fontes dos precursores, podemos encontrar altas concentrações, porexemplo, de Ozônio. Em geral, possíveis problemas com poluentes secundários abrangemuma área maior do que no caso de poluentes primários.

1.4 Or igem da poluição atmosfér ica

Poluentes atmosféricos presentes no ar podem tanto ser de origem natural quantocausado pelas atividades humanas, ou também chamadas antropogênicas. É importante saberque o monitoramento da qualidade do ar sempre analisa o conjunto das duas fontes. Porémnão podemos influenciar fenômenos naturais que podem liberar grandes quantias desubstâncias para atmosfera. As principais fontes naturais são vulcanismo, maresia, evaporaçãoda vegetação, decomposição de matéria orgânica, arraste de poeira e incêndios. É claro quenão podemos chamar processos naturais de poluição. Por outro lado, uma substância, porexemplo liberada por um incêndio natural da floresta, não apresenta nenhuma diferença deuma substância de um incêndio causado pelo homem. Em ambos os casos o resultado é aliberação de poluentes. A diferença é que a natureza se adaptou e convive em equilíbrio com aquantia de poluentes naturais, enquanto as atividades antropogênicas podem causar umdesequilíbrio.

As atividades industriais, o tráfego motorizado e as queimadas a céu aberto são asmaiores fontes antropogênicas de emissões e merecem portanto a nossa atenção. De fato otráfego, chamado também de fontes móveis, é a fonte predominante em todos os grandescentros urbanos de hoje. A frota de motorizada cadastrada no Paraná inteiro conta com2.335.117 veículos [DETRAN-PR, Abril/2001] e demostrava nos últimos anos umcrescimento anual entre 6-10%. Só no município de Curitiba já constam 670.129 veículosmotorizados.

Comparando as emissões industriais, as chamadas fontes fixas, com as do tráfegovemos dois pontos essencialmente diferentes: primeiro o número de veículos é muito maiordo que o número de indústrias. É sempre mais difícil controlar um grande número depequenos poluidores, do que controlar alguns poluidores grandes. E segundo: muitasindústrias estão localizadas fora dos perímetros urbanos e lançam as emissões através dechaminés na atmosfera, então com uma certa distância da população, enquanto os veículosliberam as emissões de preferência nos centros das cidades, praticamente na altura de nossosnarizes. Logo, temos a convicção de que para melhorar a qualidade do ar nas cidadesdevemos nos concentrar com prioridade nas emissões veiculares.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -9-

1.5 Padrões e Índice de qualidade do ar

A existência de padrões de qualidade do ar é muito importante pois definem até quenível a presença de uma certa substância no ar que respiramos é legalmente tolerada. Elesrepresentam portanto aquele limite de aceitabilidade acima do qual podemos chamar o ar de“poluído” .

Através da Portaria Normativa nº 348 de 14/03/90 e Resolução CONAMA n° 03/90 oIBAMA estabeleceu os padrões nacionais de qualidade do ar. O Secretário de Estado do MeioAmbiente confirmou estes padrões através da Resolução SEMA nº 06/92. Portanto, ospadrões paranaenses são os mesmos que os nacionais. Ficaram assim estabelecidos para todoterritório do Estado do Paraná padrões primários e secundários de qualidade do ar para os seteseguintes parâmetros:1) Partículas Totais em Suspensão (PTS)2) Fumaça3) Partículas Inaláveis (PI), (Obs: outra nomenclatura o chama PM10)4) Dióxido de Enxofre (SO2)5) Monóxido de Carbono (CO)6) Ozônio (O3)7) Dióxido de Nitrogênio (NO2)

Tabela 1: Padrões primários e secundários de poluentes atmosféricos no Paraná(Resolução CONAMA 03/90, SEMA n° 06/92)

Poluente Tempo deamostragem

Padrão pr imár io[µg/m3]1)

Padrão secundár io[µg/m3]1)

Par tículas Totais emSuspensão (PTS)

24 horas1 ano2)

24080

15060

Fumaça 24 horas1 ano2)

15060

10040

Par tículas Inaláveis (PI) 24 horas1 ano2)

15050

15050

Dióxido de Enxofre (SO2) 24 horas1 ano2)

36580

10040

Monóxido de Carbono(CO)

1 hora8 horas

40.00010.000

40.00010.000

Ozônio (O3) 1 hora 160 160

Dióxido de Nitrogênio(NO2)

1 hora1 ano2)

320100

190100

Nota: 1) Ficam definidas como condições de referência a temperatura de 25°C e a pressão de 101,32 kPa2) Média geométrica para PTS, para as restantes substâncias as médias são do tipo aritméticas

O padrão primário de qualidade do ar define legalmente as concentrações máximas deum componente atmosférico que, ultrapassadas poderão afetar a saúde da população. O padrãoprimário pode ser entendido como nível máximo tolerável de concentração de poluentesatmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo. Ainda, o padrão primário nãoé uma proteção ampla, não é uma proteção da natureza inteira. É expressamente apenas omínimo, uma proteção da saúde da população contra danos da poluição atmosférica e semconsiderar as necessidades da fauna e flora. Para uma proteção maior existe o padrão secundário. O padrão secundário dequalidade do ar define legalmente as concentrações abaixo das quais se prevê - baseado noconhecimento científico atual - o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da população,assim como o mínimo dano à fauna e flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral,podendo ser entendido como nível desejado de concentração de poluentes, constituindo-se emmeta de longo prazo.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -10-

Os padrões regulamentados pela SEMA nº 06/92 e os respetivos tempos deamostragem estão listados na Tabela 1. Há para todos poluentes um padrão de curto prazo(horas) e outro que se aplica para longo prazo, menos para Ozônio. Os padrões de curto tempoconsideram os efeitos irritantes e agudos dos poluentes enquanto aqueles de longo tempoconsideram os efeitos acumuladores e crônicos. Os efeitos de curto prazo geralmente sãoreversíveis enquanto os de longo prazo não.

Qual padrão (primário ou secundário) deve ser aplicado depende da Classe da área dolocal. A Resolução CONAMA n° 05/89 estabeleceu três Classes I, II e III. Áreas de Classe Isão áreas de preservação, lazer e turismo onde se deve manter as concentrações a um nívelmais próximo possível do verificado sem a intervenção antropogênica, então abaixo dosníveis do padrão secundário. Nas áreas da Classe II se aplica o padrão secundário e naquelasda Classe III o padrão menos rígido, o primário. Cabe ao estado a definição das áreas deClasse I, II e III. Enquanto esta definição não for feita serão adotados os padrões primários dequalidade do ar. Esta classificação ainda não é feita no Paraná e por isso aplica-se em geral opadrão primário.

Para episódios agudos de poluição do ar ficam estabelecidos os níveis de Atenção,Alerta e Emergência conforme a tabela seguinte.

Tabela 2: Critérios para episódios agudos de poluição do ar (Resolução CONAMA03/90, SEMA n° 06/92)

Poluente Tempo deamostragem

NívelAtenção[µg/m3]

NívelAler ta[µg/m3]

NívelEmergência

[µg/m3]Par tículas Totais em Suspensão(PTS)

24 horas 375 625 875

Fumaça 24 horas 250 420 500

Par tículas Inaláveis (PI) 24 horas 250 420 500

Dióxido de Enxofre (SO2) 24 horas 800 1.600 2.100

Monóxido de Carbono (CO) 8 horas 17.143 1) 34.286 2) 45.714 3)

Ozônio (O3) 1 hora 400 800 1.000

Dióxido de Nitrogênio (NO2) 1 hora 1.130 2.260 3000

Nota: 1) corresponde a uma concentração volumétrica de 15 ppm2) corresponde a uma concentração volumétrica de 30 ppm3) corresponde a uma concentração volumétrica de 40 ppm

Para facilitar a divulgação da informação sobre o estado da qualidade do ar e aomesmo tempo para padronizar todas as substâncias em uma única escala temos o Índice dequalidade do ar. O índice é obtido através de uma função linear segmentada, onde os pontosde inflexão são os padrões de qualidade do ar e os níveis atenção, alerta e emergência. Paracada concentração gravimétrica (µg/m3) a função atribui um valor índice, que é um númeroadimensional. Por definição ao nível do padrão primário e atribuído um índice de 100, o nívelde Atenção eqüivale a um índice de 200, o nível de Alerta eqüivale a um índice de 300 e onível de Emergência eqüivale a um índice de 400. Por exemplo: se analisamos uma médiahorária de Ozônio de 160 µg/m3, isto seria exatamente o padrão primário e portanto eqüivaliaa um índice de 100. Caso o resultado seja a metade, então apenas 80 µg/m3, o correspondenteíndice seria 50. Este índice também é utilizado para classificar a qualidade do ar comodemostrado na Tabela 3.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -11-

Tabela 3: Classificação da qualidade do ar através do Índice de qualidade do arÍndice daqualidadedo ar

Classifi-cação

PTS24 h

[µg/m3]

Fumaça24 h

[µg/m3]

PI24 h

[µg/m3]

SO2

24 h[µg/m3]

O3

1 hora[µg/m3]

NO2

1 hora[µg/m3]

0-50 BOA 0-80 0-60 0-50 0-80 0-80 0-100

51-100 REGULAR 80-240 60-150 50-150 80-365 80-160 100-320

101-199 INADEQUADA 240-375 150-250 150-250 365-800 160-400 320-1.130

200-299 MÁ 375-625 250-420 250-420 800-1.600 400-800 1.130-2.260

300-399 PÉSSIMA 625-875 420-500 420-500 1.600-2.100 800-1.000 2.260-3.000

�400 CRÍTICA >875 >500 >500 >2.100 >1.000 >3.000

1.6 Efeitos da poluição atmosfér ica

A poluição atmosférica tem efeitos sobre a natureza em geral, então sobre o bem-estarda população, da fauna, flora e também sobre materiais. Os efeitos podem se manifestar deforma aguda como por exemplo quando assistimos uma fogueira e a fumaça entra em nossosolhos causando uma forte irritação com a vantagem de que ao nos afastarmos da fogueira, ossintomas somem porque são reversíveis. Os sintomas irritantes ou tóxicos que acontecem paraconcentrações muito elevadas são graves e por isso relativamente fácil de estudar, porémacontecem com relativa pouca freqüência.

O que acontece diariamente é que estamos respirando um ar que não irrita e nãosentimos de imediato nenhum efeito tóxico. Mesmo assim desconfiamos que possa existiralgum efeito ao longo prazo, e pior, algo irreversível. O conhecimento sobre os efeitos aolongo prazo é algo muito mais difícil de saber e é pesquisado geralmente através de estudosepidemiológicos. Os estudos epidemiológicos examinam a distribuição e freqüência demorbidade (doenças) e mortalidade na população e pesquisam os fatores causadores.

Agora cabe a pergunta: por que há tanta necessidade de conhecer os efeitos dapoluição atmosférica se temos padrões de qualidade do ar exatamente para nos proteger contraesses efeitos? Realmente, debaixo do padrão primário podemos assumir, com certa razão, quenão há efeito para a saúde da população pois desta forma consta a definição do padrãoprimário na legislação. Por outro lado sabemos que existe um padrão secundário, um padrãomais rigoroso que garante um menor nível de impacto adverso. Vemos então que um padrãode qualidade do ar não é um limite debaixo o qual estamos absolutamente seguros e tampoucovamos ficar doentes automaticamente caso o padrão seja ultrapassado. Mas a probabilidade deficar doente aumenta! Isto vale especialmente para pessoas mais sensíveis a poluentes comocrianças e idosos. Sabemos de um estudo sobre crianças de São Paulo que perderam parte dasua capacidade pulmonar [FOLHA DE S.PAULO, 18/09/2000]. Essa queda não significa que ascrianças, necessariamente, estejam doentes, mas as torna muito mais sucetíveis a problemasrespiratórios no futuro. Outro estudo em São Paulo demostrou que um aumento de 10 µg/m3

da média diária de PI significou um aumento de 3% da mortalidade de pessoas acima de 65anos [SALDIVA et. al. 1995]. No Rio de Janeiro foi pesquisado um aumento da mortalidadeinfantil por pneumonia de +2,2/10.000 de população para o acréscimo de 10 µg/m3 da médiaanual de PTS [PENNA E DUCHIADE, 1991]. Um recente estudo de Marburg/Alemanha chegouao resultado que concentrações elevadas de Ozônio aumentam a probabilidade em adoecer dealergia ou asma [SPIEGEL ONLINE, 20/06/2001]. Podemos resumir então que mesmo abaixodos padrões de qualidade do ar os efeitos da poluição atmosférica existem embora estãolimitados a um nível aceito na sociedade. Portanto um decréscimo das concentraçõesambientais sempre significa um ganho na qualidade de vida.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -12-

Sobre os efeitos da poluição atmosférica à flora sabemos que na Europa já foramdestruídas florestas inteiras por altas emissões de SO2. Ozônio é capaz de diminuir ocrescimento e a colheita de produtos agrícolas, dependendo da sensibilidade das plantações.Existe uma grande variabilidade de sensibilidade na flora aos efeitos da poluição. Certasespécies são mais sensíveis do que o ser humano e já mostram efeitos a níveis seguros para apopulação.

Os efeitos da poluição atmosférica à fauna é algo pouco estudado. Em geral sabemosque a poluição é mais um fator de eliminação que atinge primeiro o mais frágil com aconseqüência que vai o expulsando do ambiente poluído. A eliminação de espécies é chamadoperda de biodiversidade. Seguramente não é um ganho estético se hoje nos centros de grandescidades quase só vemos pombos. A perda de biodiversidade chegou hoje a um nível muitoacelerado, portanto devemos levar o problema a sério, e mais: é uma questão moral [GAZETA

DO POVO, 08/10/2000].Finalmente não devemos desconsiderar os efeitos da poluição atmosférica a materiais

como corrosão de metais e destruição de certos materiais de construção como por exemplomármore, além do efeito estético de sujar superfícies como fachadas, e contribuindo destaforma à impressão de que não estamos vivendo num ambiente saudável.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -13-

2 Monitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana de Cur itiba (RMC)

2.1 Dados gerais

A RMC cobre com 25 municípios uma área de 13.041 km2 e conta com umapopulação de 2.786.960 habitantes (ano 2000) apresentando uma taxa de crescimento dapopulação de 15% em relação a 1996. A área urbana da RMC se estende a 1.051 km2 o qualcorresponde a 8,1% da área total. Fora de Curitiba existem mais três municípios com umapopulação acima de 100.000 habitantes: São José dos Pinhais, Colombo e Pinhais.

2.2 Aspectos climáticos

A RMC é localizada no primeiro Planalto do Estado do Paraná com um climasubtropical e úmido. Os invernos são brandos com geadas ocasionais e temperaturas mínimascerca de -3°C. No verão são registradas temperaturas até 35°C. A umidade relativa varia entre75 e 85% (média mensal). As precipitações ocorrem durante o ano inteiro com maiorintensidade nos meses de verão (Dezembro, Janeiro Fevereiro) e algo menos no inverno(Junho, Julho, Agosto). Na média são registradas chuvas de 150 mm/mês no verão e 80mm/mês no inverno. Os ventos vêm geralmente do leste, como demostrado no Gráfico 1.

Gráfico 1: Freqüência dos ventos em três estações de monitoramento da qualidade do ar

20

15

10

5

0

5

10

15

20

0 , 0 0

4 , 5 0 x 1 0 1

9 , 0 0 x 1 0 1

1 , 3 5 x 1 0 2

1 , 8 0 x 1 0 2

2 , 2 5 x 1 02

2 , 7 0 x 1 0 2

3 , 1 5 x 1 02

ventos

Santa Cândida Cidade Industrial Araucária Assis

O

S

L

N

Fre

qüên

cia

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[%

]

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -14-

2.3 Motivação do monitoramento

A motivação para o controle de poluição atmosférica são os três princípios: proteção,prevenção e motivação ética. A proteção contra os comprovados impactos adversos, aprevenção contra os possíveis impactos adversos e a motivação ética que é o prazer de vivernum ambiente limpo e saudável. O instrumento central deste controle é o monitoramento daqualidade do ar. Este monitoramento é feito através de estações, que podem ser manuais ouautomáticas. Cada estação possui instrumentos que analisam poluentes atmosféricos eparâmetros meteorológicos. O equipamento das estações manuais opera apenas em forma decoleta, por exemplo coleta PTS em filtro. A análise do filtro é feita depois no laboratório.Assim, diariamente um técnico visita as estações para instalar um filtro novo e recolher ofiltro usado para análise em laboratório. As estações manuais podem desta forma fornecermédias diárias de poluentes atmosféricos e com estas médias calcula-se a média anual.

As estações automáticas operam com analisadores que fazem a coleta e analise dospoluentes ao mesmo tempo. Os resultados são armazenados por um sistema computadorizado.Desta forma obtemos as médias horárias dos poluentes. Como o monitoramento é todoautomatizado, só é necessário visitar as estações automáticas para manutenção doequipamento.

2.4 Localização das estações e conceito do monitoramento

Figura 1: Localização das estações de monitoramento de qualidade do ar na RMC

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -15-

A localização geral das estações de monitoramento dentro dos municípios Curitiba eAraucária está mostrado na Figura 1. Para as estações de Curitiba têm no Anexo 1 figuras dalocalização dentro dos bairros.

Na RMC começou o monitoramento no ano 1985 com cinco estações manuais queanalisavam as médias diárias dos poluentes PTS, Fumaça, SO2 e Amônia (NH3).Adicionalmente, no ano 1998, foram instaladas em Curitiba mais duas estações automáticasde monitoramento do ar que medem médias horárias dos componentes NO2, O3, SO2 ediversos parâmetros meteorológicos. Mais uma estação automática foi instalada em Araucáriano começo do ano 2000. Ela também é equipada para o monitoramento de parâmetrosmeteorológicos, os componentes NO2, O3, SO2 e PTS. Para este ano está prevista ainauguração de mais duas estações automáticas, uma no bairro Rebouças, próximo ao Centroe outra no bairro Boqueirão, que estão sendo equipadas com analisadores para todos osparâmetros (à exceção de fumaça) com os quais compomos um padrão de qualidade do ar noParaná. A Tabela 4 lista as diversas estações da RMC, os parâmetros medidos e o tempo defuncionamento.

Tabela 4: Estações de monitoramento em operação no ano 2000 na RMCParâmetros analisadosEstação Localização/Categor ia 1)

Poluentes MeteorologiaPer íodo defuncionamento

1) SantaCândida

Nordeste de Curitiba,Bairro SantaCândida/bair ro

SO2, NO, NO2,O3

desde 1998

2) CidadeIndustrial

Oeste de Curitiba, BairroCidade Industrial/industr ial

SO2, NO, NO2,O3

desde 1998

3) Assisautomática

Centro/Norte de Araucária,Bairro Vila Nova/industr ial

SO2, NO, NO2,O3, HCT2),HCMM3), PTS

desde Abril2000

4) PraçaOuvidorPardinho

Região central de Curitiba,Bairro Rebouças/centro

SO2, NO, NO2,CO, O3, HCT2),HCMM3), PTS,PI

início daoperação: finaldo ano 2001

automática

5)Boqueirão

Sudeste de Curitiba BairroBoqueirão/bair ro

Todas as estações:

Temperatura,Umidade relativa,Radiação global,Radiação UV, Pressão,Velocidade e direçãodo ventoEquipamento adicionalnas estações PraçaOuvidor Pardinho eBoqueirão:Intensidade de chuva desde Julho

20016) SantaCasa

Região central de Curitiba,Bairro Centro/centro

Fumaça, SO2,PTS, NH3

desde 1985

7) SãoSebastião

Centro/Leste de Araucária,BairroTindiquera/industr ial

Fumaça, SO2,NH3

desde 1985

8) Assismanual

Centro/Norte de Araucária,Bairro Vila Nova/industr ial

Fumaça, SO2,NH3

desde 1985

manual

9)Seminário

Região central de Araucária,Bairro Sabiá/industr ial

Fumaça, SO2,PTS4), NH3

sem medição deparâmetrosmeteorológicos

desde 1985

Nota: 1) Categoria de área de monitoramento (veja Tabela 5)2) Hidrocarbonetos Totais3) Hidrocarbonetos Menos Metano4) PTS foi medido entre 1985 até 1993

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -16-

Analisando o número e a localização das estações de monitoramento da qualidade doar na RMC, baseando-se na Diretiva Européia 1999/30/CE, chega-se à conclusão que na RMCdeveriam estar no mínimo 6 estações completas em funcionamento correspondendo aonúmero mínimo de estações numa área com população entre 2,00 e 2,75 milhões. Até o finaldo ano 2001 teremos 5 estações automáticas operando na RMC. Isto significa que ficaremosperto da exigência sobre o número das estações.

Quanto à localização das estações, para a proteção da saúde humana, as estaçõesdevem estar localizadas em áreas de modo a:

� “Fornecerem dados em áreas, dentro das zonas e aglomerações, nas quais é provávelque a população esteja direta ou indiretamente exposta aos níveis mais elevadosdurante um período significativo em relação ao período de amostragem do(s)valor(es)-limite,

� Fornecerem dados sobre os níveis em outras áreas, dentro das zonas e aglomerações,que sejam representativas da exposição da população em geral.”Em outras palavras, pode-se dizer que as estações de monitoramento devem fornecer

dados de três tipos de áreas de impacto:A) Onde se espera violações em áreas dominadas por emissões industriais (área

industr ial)B) Onde se espera violações em áreas dominadas por emissões do tráfego (centro da

cidade)C) Onde mora a população e consequentemente passa uma boa parte da sua vida (bair ro)

Atribuindo este sistema de classificação de localização para todos os poluentesanalisados pelas estações de monitoramento chega-se na conclusão apresentada na Tabela 5.

Tabela 5: Monitoramento de qualidade do ar nas áreas: industr ial, centro, bair roN° de estações de monitoramento nas áreasPoluente N° de estações de

monitoramento(final ano 2001)

industr ial centro bair roConclusão

PTS 4 1 2 1

Fumaça 4 3 1 0

PI 2 0 1 1

número de estaçõesinsuficiente,especialmente paraPI

SO2 9 5 2 2 satisfatório

CO 2 0 1 1 número insuficiente

O3 5 2 1 2

NO2 5 2 1 2

número de estaçõesquase satisfatório

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -17-

3 Resultados do monitoramento da qualidade do ar

3.1 Representatividade dos dados

Na operação de uma rede de estações de monitoramento sempre acontecem lacunas naobtenção de dados, podendo ser por causa de calibração, de manutenção ou por falta deenergia. Isto não significa um problema para o cálculo das médias diárias ou anuais a partir domomento que os restantes valores válidos não fiquem abaixo de um limite derepresentatividade. No presente relatório foram utilizados os seguintes limites derepresentatividade:

média cr itér io de representatividade

horária pelo menos uma média de 30 minutos válida

diária pelo menos 16 médias horárias válidas

quadrimestral pelo menos a metade das médias diárias válidas

anual todas as três médias quadrimestrais (Janeiro-Abril, Maio-Agosto, Setembro-Dezembro) válidas

3.2 Parâmetros da qualidade do ar

Nos seguintes capítulos estão apresentados os resultados do monitoramento em formade médias de curto prazo (1 hora ou 1 dia) e de longo prazo (1 ano) conforme a exigêncialegal. Informações mais detalhadas encontram-se no Anexo 2 e 3.

O Anexo 2 contem os gráficos da variação média diária das três estações automáticas.Estes gráficos mostram a dependência das concentrações de poluentes de processos regularescomo por exemplo o tráfego por automóveis ou a radiação solar.

No Anexo 3 estão apresentadas bússolas com as concentrações médias em função dadireção do vento. Estas bússolas demostram de qual direção os poluentes foram transportadaspara as estações de monitoramento, e ajudam então para localizar fontes dominantes.

3.2.1 Partículas Totais em Suspensão (PTS)

O componente PTS foi monitorado em duas localidades: em Curitiba na Estação SantaCasa, que fica na Praça Rui Barbosa e em Araucária na Estação Assis. Os números declassificações das médias diárias, as médias anuais e as médias diárias máximas estãoexibidos na Tabela 6.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -18-

Tabela 6: Resultados do monitoramento de PTSmonitoramento da qualidade do ar ano 2000

n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

146 206 2 0

média anual: 86 µg/m3

média diária máxima: 243 µg/m3 (em Agosto)

n° de ultrapassagens das médias diárias

PTS

Estação:

Cur itiba,Santa Casa

padrão primário 24h (240 µg/m3): 2 nível de atenção 24h (375 µg/m3): 0

n° de classificações das médias diárias (Maio-Dezembro)

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

176 23 0 0

média anual: 28 µg/m3 (Maio-Dezembro)1)

média diária máxima: 180 µg/m3 (em Agosto)

PTS

Estação:

Araucár ia Assisautomática

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

Nota: 1) não atende ao critério de representatividade

Na Estação Santa Casa foram observadas na maioria das vezes médias diárias entre 80e 240 µg/m3 (classificação REGULAR). Duas médias horárias passaram o padrão primário. Amédia anual ficou em 86 µg/m3 que também ultrapassa o padrão primário de 80 µg/m3. Ascondições mais desfavoráveis foram encontrados nos meses de inverno, como demostra oGráfico 2, devido a menor quantidade de chuva e condições geralmente menos favoráveis àdispersão dos poluentes.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -19-

Gráfico 2: Classificação das médias diárias para PTS na Estação Santa Casa no ano 2000

Analisando o período entre 1990 e 2000 vemos no seguinte Gráfico 3 para o ano 2000uma situação melhor do que em 1990, mas não houve alteração significante desde 1998,quando foram registradas a médias anuais acima do padrão primário de 89 e 82 µg/m3

respectivamente.Em Araucária a concentração de PTS foi na média anual de 28 µg/m3 com a maioria

das médias diárias na classificação BOA. Também, como na Estação Santa Casa, foram osmeses de Junho - Agosto aqueles com as maiores concentrações de PTS, como mostrado noGráfico 4.

Estação: Curitiba, Santa Casa

77%

48%

23% 24%17%

25% 26% 23%

59%52% 54%

66%

23%

52%

77% 76%83% 71% 74%

74%

41%48% 46%

34%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Jane

iro

Fever

eiro

Mar

çoAbr

ilM

aio

Junh

oJu

lho

Agosto

Setem

bro

Outub

ro

Novem

bro

Dezem

bro

ano 2000

Per

cen

tual

da

clas

sifi

caçã

o d

as

méd

ias

diá

rias

par

a P

TS

Boa

Regular

Inadequada

Classificaçãodo Índice:

Resumo para o ano 2000:média anual: 86 � g/m3

valor máximo 24 horas: 243 � g/m3

n° de dias com padrão primário ultrapassado: 2

PTS

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -20-

Gráfico 3: Classificação das médias diárias para PTS na Estação Santa Casa entre 1990-2000

Gráfico 4: Classificação das médias diárias para PTS na Estação Araucária Assis no ano2000

Estação: Curitiba Santa Casa

32%41%

25% 29%

67%

25%20%

32%

47%41%

62%56%

75% 70%

33%

75%79%

68%

53%58%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1990 1991* 1992 1993 1994* 1995* 1996* 1997 1998 1999 2000

Per

cen

tual

da

clas

sifi

caçã

o d

asm

édia

s d

iári

as p

ara

PT

S

Regular

Classificaçãodo Índice:

Boa

Inadequada

PTS

* não atende ao critério de representatividade

Estação: Araucária Assis automática

90%

70%77% 75%

100% 100% 100% 100%

10%

30%23% 25%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Maio

Junh

oJu

lho

Agosto

Setem

bro

Outub

ro

Novem

bro*

Dezem

bro

ano 2000

Per

cen

tual

da

clas

sifi

caçã

o d

asm

édia

s d

iári

as p

ara

PT

S

Boa

Regular

Inadequada

Classificaçãodo Índice:

PTS

Resumo para o ano 2000 (Maio-Dezembro):média anual: 28 � g/m3 (não representativo)

valor máximo 24 horas: 180 � g/m3

n° de dias com padrão primário ultrapassado: 0

* não atende ao critério de representatividade

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -21-

3.2.2 Fumaça

O componente Fumaça foi monitorado em quatro localidades: em Curitiba na EstaçãoSanta Casa, que fica na Praça Rui Barbosa e em três localidades de Araucária: na EstaçãoAssis, na Estação Seminário e na Estação São Sebastião. Os números de classificações dasmédias diárias, as médias anuais e as médias diárias máximas estão mostrados na Tabela 7.

Tabela 7: Resultados do monitoramento de Fumaçamonitoramento da qualidade do ar ano 2000

Fumaça n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

341 20 1 0

média anual: 22 µg/m3

média diária máxima: 158 µg/m3 (em Agosto)

n° de ultrapassagens das médias diárias

Estação:

Cur itiba,Santa Casa

padrão primário 24h (150 µg/m3): 1 nível de atenção 24h (250 µg/m3): 0

Fumaça n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

361 0 0 0

média anual: 2,7 µg/m3

média diária máxima: 56 µg/m3 (em Julho)

Estação:

Araucár ia, Assismanual

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

Fumaça n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

345 11 1 0

média anual: 9,4 µg/m3

média diária máxima: 162 µg/m3 (em Abril)

n° de ultrapassagens das médias diárias:

Estação:

Araucár ia,Seminár io

padrão primário 24h (150 µg/m3): 1 nível de atenção 24h (250 µg/m3): 0

Fumaça n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

360 0 0 0

média anual: 0,4 µg/m3

média diária máxima: 20 µg/m3 (em Fevereiro)

Estação:

Araucár ia,São Sebastião

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

Houve uma violação do padrão da média diária na Estação Santa Casa e uma naEstação Seminário. As médias anuais se apresentam em todas as localidades bem abaixo dopadrão primário, que é de 60 µg/m3. Em geral a classificação ficou na categoria BOA, mesmono lugar mais comprometido, Estação Santa Casa. No Gráfico 5 vemos que 94% das médiashorárias de Fumaça registradas na Estação Santa Casa no ano 2000 foram de classificaçãoboa. Isto significa um boa melhoria comparado com os anos anteriores.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -22-

Gráfico 5: Classificação das médias diárias para Fumaça na Estação Santa Casa nos anos1990-2000

3.2.3 Partículas Inaláveis (PI )

Este componente ainda não foi monitorado na RMC. A partir de Julho 2001 estáentrando em operação a primeira estação para monitorar PI, a do Boqueirão. No final do ano2001, a Estação Praça Ouvidor Pardinho vai também iniciar o monitoramento de PI.

3.2.4 Dióxido de Enxofre (SO2)

O Dióxido de Enxofre é a substância com o maior número de pontos demonitoramento na RMC. SO2 foi monitorado em todas as seis localidades em operaçãodurante o ano 2000: em Curitiba nas estações Santa Casa, Santa Cândida e Cidade Industrial eem Araucária nas estações Assis (tanto na estação automático como na estação manual),Seminário e São Sebastião. Os números de classificações das médias diárias, as médias anuaise as médias diárias máximas estão na Tabela 8. Com apenas uma única média diária naclassificação REGULAR na Estação Santa Casa pode se constatar que a situação referente o SO2

na RMC está boa.

Estação: Curitiba Santa Casa

39%

60%70%

78% 75% 70%81%

89% 91% 88%94%

42%

37%

28%19%

21% 28%

18%10% 9% 11%

6%

13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Per

cen

tual

da

clas

sifi

caçã

o d

asm

édia

s d

iári

as p

ara

Fu

maç

a

Regular

Classificaçãodo Índice:

Fumaça

Boa

Inadequada

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -23-

Tabela 8: Resultados do monitoramento de SO2

monitoramento da qualidade do ar ano 2000SO2 n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

362 1 0 0

média anual: 28 µg/m3

média diária máxima: 86 µg/m3 (em Janeiro)

Estação:

Cur itiba,Santa Casa

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

SO2 n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

278 0 0 0

média anual: 2,7 µg/m3

média diária máxima: 10,1 µg/m3 (em Julho)

Estação:

Cur itiba,Santa Cândida

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

SO2 n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

352 0 0 0

média anual: 2,1 µg/m3

média diária máxima: 13,2 µg/m3 (em Julho)

Estação:

Cur itibaCidade Industr ial

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

SO2 n° de classificações das médias diárias (Abril-Dezembro)

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

233 0 0 0

média anual: 2,9 µg/m3 (Abril-Dezembro)1)

média diária máxima: 15,5 µg/m3 (em Agosto)

Estação:

Araucár ia Assisautomática

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

SO2 n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

361 0 0 0

média anual: 11 µg/m3

média diária máxima: 66 µg/m3 (em Janeiro)

Estação:

Araucár ia, Assismanual

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

SO2 n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

357 0 0 0

média anual: 13 µg/m3

média diária máxima: 55 µg/m3 (em Maio)

Estação:

Araucár ia,Seminár io

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

SO2 n° de classificações das médias diárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

360 0 0 0

média anual: 2,6 µg/m3

média diária máxima: 27 µg/m3 (em Janeiro)

Estação:

Araucár ia,São Sebastião

n° de ultrapassagens das médias diárias: zero

Nota: 1) não atende ao critério de representatividade

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -24-

Estamos hoje em uma situação boa referente ao poluente SO2 e no Gráfico 6 vemoscomo houve um significante decréscimo das médias anuais na Estação Santa Casa, tanto paraSO2 quanto para Fumaça.

Gráfico 6: Médias anuais para SO2, Fumaça e PTS no período 1990-2000 na Estação SantaCasa

3.2.5 Monóxido de Carbono (CO)

Este componente ainda não foi monitorado na RMC. A partir de Julho 2001 estáentrando em operação a primeira estação para monitorar CO, a do Boqueirão. No final do ano2001, a Estação Praça Ouvidor Pardinho vai também iniciar o monitoramento de CO.

Estação Santa Casa, médias anuais 1990- 2000

0

20

40

60

80

100

120

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Co

nce

ntr

ação

[

� g/m

3 ]

SO2

Fumaça

PTS*

*

*

* não atende ao critério de representatividade

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -25-

3.2.6 Ozônio (O3)

As concentrações de O3 foram registradas na três estações automáticas Santa Cândida,Cidade Industrial e Araucária Assis. Tabela 9 apresenta os números de classificações dasmédias horárias e as médias horárias máximas destas estações.

Tabela 9: Resultados do monitoramento de O3

monitoramento da qualidade do ar ano 2000

O3 n° de classificações das médias horárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

4537 1836 175 0

média horária máxima: 383 µg/m3 (em Agosto)

n° de ultrapassagens das médias horárias

Estação:

Cur itibaSanta Cândida

padrão primário 1h (160 µg/m3): 175 nível de atenção 1h (400 µg/m3): 0

O3 n° de classificações das médias horárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

6509 1593 349 0

média horária máxima: 347 µg/m3 (em Novembro)

n° de ultrapassagens das médias horárias

Estação:

Cur itibaCidade Industr ial

padrão primário 1h (160 µg/m3): 349 nível de atenção 1h (400 µg/m3): 0

O3 n° de classificações das médias horárias (Abril-Dezembro)

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

5050 51 0 0

média horária máxima: 144 µg/m3 (em Julh)

Estação:

Araucár ia Assisautomática

n° de ultrapassagens das médias horárias: zero

Embora na maioria das vezes a classificação esteve na categoria BOA, aconteceram naEstação Santa Cândida 175 violações do padrão primário e na Cidade Industrial 349. Mesmoque não tenha sido violado o nível de atenção, estes números são significativos. Foram emSanta Cândida 44 dias em que houve violação do padrão primário de O3, quer dizer com aclassificação do ar INADEQUADA, e na Cidade Industrial foram 69 dias. A estação de Araucárianão apresentou violações. A época com altas concentrações de O3 é basicamente a primavera,como demostrado no Gráfico 7.

Nas duas estações foi o mês de Outubro com o maior número de dias com violações.A explicação é que nos meses de Junho até Agosto temos insuficiente insolação para aformação de altas concentrações de O3. Nos meses de verão temos boas condições dedispersão que resulta em concentrações relativamente baixas dos precursores de O3, limitandodesta forma a sua formação. Entre as limitações do inverno e do verão encontramos naprimavera uma época de condições favoráveis para a formação de O3.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -26-

Gráfico 7: Dias com a qualidade do ar INADEQUADA por causa do Ozônio

Nos Gráficos 8, 9 e 10 vemos como foi a distribuição da classificação do Índice dequalidade do ar nas três estações durante o ano 2000.

Gráfico 8: Classificação das médias horárias para Ozônio na Estação Santa Cândida

Podemos observar na comparação dos gráficos 8 e 9 que a distribuição dasclassificações na Santa Cândida fica mais homogênea durante o ano do que no caso da CidadeIndustrial onde o número de violações na primavera é mais acentuado. Esta diferença é típicaquando comparamos uma estação mais remota, como a de Santa Cândida, com outra maispróxima das fontes dos poluentes. Embora a distância geográfica das duas estações do Centrode Curitiba é aproximadamente igual, a Estação Cidade Industrial recebe com muito maisfreqüência ventos do Centro de Curitiba do que a Estação Santa Cândida. Nos setores entre

Número de dias com ar INADEQUADA por causa do Ozônio

10 0

6

20

2

10

3

10

4

6

0 01

2

4

0

3

1

10

25

19

4

0

5

10

15

20

25

30

Jane

iro

Fever

eiro

Mar

çoAbr

ilM

aio

Junh

oJu

lho

Agosto

Setem

bro

Outub

ro

Novem

bro

Dezem

bro

ano 2000

de

dia

s co

m p

adrã

o p

rim

ário

par

a O

zôn

io u

ltra

pas

sad

o

Santa Cândida

Cidade Industrial

* **

*) na Estação Santa Cândida os meses Março, Junho, Julho não atendem ao critério de representatividade

Estação: Curitiba Santa Cândida

71%58%

69%

20%13%

29%30%

18%

42%29%

33%32%

43%

32% 28%

8%

80%67%

87%79%

59%66%

53%66% 69%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Jane

iro

Fever

eiro

Mar

ço*

Abril

Maio

Junh

o*

Julho

*

Agosto

Setem

bro

Outub

ro

Novem

bro

Dezem

bro

ano 2000

Per

cen

tual

da

clas

sifi

caçã

o d

asm

édia

s h

orá

rias

par

a O

zôn

io

Resumo para o ano 2000:

valor máximo 1hora: 383 � g/m3

n° de ultrapassagens do padrão primário: 175n° de dias com padrão primário ultrapassado: 44

Boa

Regular

Inadequada

Classificaçãodo Índice:

Ozônio

*) não atende ao critério de representatividade

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -27-

nordeste e sudeste ocorrem 47% dos ventos registrados na Cidade Industrial. Na EstaçãoSanta Cândida foram registrados apenas 7% dos ventos entre sul e oeste.

Gráfico 9: Classificação das médias horárias para Ozônio na Estação Cidade Industrial

Gráfico 10: Classificação das médias horárias para Ozônio na Estação Araucária Assisautomática

Estação: Curitiba Cidade Industrial

97% 96%90% 91% 95% 96% 93%

83%

59%

25%36%

61%

10% 8%5% 7%

17%

34%

54%

46%

38%

7%

21% 18%4%3% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Jane

iro

Fever

eiro

Mar

çoAbr

ilM

aio

Junh

oJu

lho

Agosto

Setem

bro

Outub

ro

Novem

bro

Dezem

bro

ano 2000

Per

cen

tual

da

clas

sifi

caçã

o d

as

méd

ias

ho

rári

as p

ara

Ozô

nio

Resumo para o ano 2000:

valor máximo 1hora: 347 � g/m3

n° de ultrapassagens do padrão primário: 349n° de dias com padrão primário ultrapassado: 69

Boa

Regular

Inadequada

Classificaçãodo Índice:

Ozônio

Estação: Araucária Assis

100% 99% 99% 99% 95% 99% 99% 100% 100%

5%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Abril*

Maio

Junh

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Agosto

*

Setem

bro

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ro

Novem

bro*

Dezem

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ano 2000

Po

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assi

fica

ção

das

méd

ias

ho

rári

a p

ara

Ozô

nio

Boa

Regular

Inadequada

Classificaçãodo Índice:

Resumo para o ano 2000 (abril-dezembro):valor máximo 1hora: 144 � g/m3

n° de ultrapassagens do padrão primário: 0n° de dias com padrão primário ultrapassado: 0

Ozônio

*) não atende ao critério de representatividade

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -28-

3.2.7 Dióxido de Nitrogênio (NO2)

As concentrações de NO2 foram registradas na três estações automáticas SantaCândida, Cidade Industrial e Araucária Assis. Estão apresentados na Tabela 10 os números declassificações das médias horárias e as médias horárias máximas das estações Santa Cândida,Cidade Industrial e Araucária Assis.

Tabela 10: Resultados do monitoramento de NO2

monitoramento da qualidade do ar ano 2000

NO2 n° de classificações das médias horárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

6933 28 0 0

média anual: 17 µg/m3

média horária máxima: 156 µg/m3 (em Agosto)

Estação:

Cur itibaSanta Cândida

n° de ultrapassagens das médias horárias: zero

NO2 n° de classificações das médias horárias

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

8172 214 2 0

média anual: 31 µg/m3

média horária máxima: 362 µg/m3 (em Dezembro)1)

n° de ultrapassagens das médias horárias

Estação:

Cur itibaCidade Industr ial

padrão primário 1h (320 µg/m3): 2 nível de atenção 1h (1130 µg/m3): 0

NO2 n° de classificações das médias horárias (Abril-Dezembro)

BOA REGULAR INADEQUADA MÁ

4466 82 0 0

média anual: 24 µg/m3 (Abril-Dezembro)

média horária máxima: 226 µg/m3 (em Julho)

Estação:

Araucár ia Assisautomática

n° de ultrapassagens das médias horárias: zero

Nota: 1) eventualmente causada por obras com máquinas pesadas nas proximidades da estação

Na grande maioria foram observadas BOAS classificações. Os dois casos deultrapassagem na Cidade Industrial podem ter sido causados por obras realizadas nasproximidades da estação. A época com concentrações elevadas é o inverno e a primaveracomo demostrado no Gráfico 11.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -29-

Estação: Curitiba Cidade Industrial

100% 100% 100% 100% 100% 98% 96% 91%98% 98% 99%

89%

9% 11%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Jane

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Fever

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Mar

çoAbr

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oJu

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Agosto

Setem

bro

Outub

ro

Novem

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Per

cen

tual

da

clas

sifi

caçã

o d

as

méd

ias

ho

rári

as p

ara

NO

2

Resumo para o ano 2000:

média anual: 31 � g/m3

valor máximo 1hora: 362 � g/m3

n° de ultrapassagens do padrão primário: 2n° de dias com padrão primário ultrapassado: 1

ano 2000

Boa

Regular

Inadequada

Classificaçãodo Índice:

NO2

Gráfico 11: Classificação das médias horárias para NO2 na Estação Cidade Industrial

3.3 Dias com a qualidade do ar INADEQUADA

Se um padrão de qualidade do ar é ultrapassado ou não, depende basicamente de doisfatores: da quantidade de poluentes que são lançados na atmosfera e das condições dedispersão. Enquanto a quantidade de emissões lançada na atmosfera durante um ano nãoapresenta uma grande variação de um dia para outro, as condições de dispersão variamnaturalmente bastante. O fenômeno mais importante para a dispersão é o vento. Um ventoforte vai transportar os poluentes para longe e não permite uma acumulação. Raramentevamos por isso registrar altas concentrações nas estações de monitoramento em um dia deventos fortes. Além dos transportes horizontais do ar, existem na atmosfera tambémtransportes verticais que têm para a dispersão a mesma relevância. Ao contrário dos ventos,estes acontecem para nos despercebidos. Por exemplo em um dia ensolarado do verão o chãose aquece pela radiação solar e o solo por sua vez em contato com o ar aquece este também.Este ar quente tem tendência a subir, sendo substituído pelo ar da camada superior. Mesmocom grandes massas de ar em movimento pode nos parecer que o ar está parado. Aintensidade desta turbulência vertical depende da estabilidade térmica da atmosfera.Condições instáveis iniciam a turbulência vertical e ao contrário, condições estáveis aimpedem. O caso extremo da estabilidade ocorre quando ar frio se encontra debaixo de arquente o que se chama também de inversão térmica. Neste caso o transporte vertical de ar ficapraticamente impossível.

As inversões térmicas mais importantes no monitoramento de qualidade do ar sãoaquelas que se formam perto do solo. Isto acontece de forma natural durante noites semnuvens e com pouco vento. As inversões térmicas se formam tanto no verão como no inverno,porém no inverno elas são mais intensas porque as noites são mais longas e o sol do invernodemora mais para a dissolve-las.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -30-

Gráfico 12: Dias que em algum ponto e algum parâmetro tornou a classificação da qualidadedo ar INADEQUADA na Região Metropolitana de Curitiba

Estas inversões térmicas, ou em geral, as condições menos favoráveis à dispersãodurante o inverno são a explicação, não a causa, para concentrações elevadas dos poluentesprimários neste período. No Gráfico 12 podemos observar que ocorreu violação de parâmetroem quatro estações e em alguns dias do ano.

dias com a qualidade de ar INADEQUADA nas estações de monitoramento*

1

6

2 2

10

3

10

4

6

12

43

1

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25

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5

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25

30

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Outub

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Novem

bro

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bro

ano 2000

de

dia

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DA

Santa CândidaCidade IndustrialSanta CasaSeminário

* nas Estações de Araucária (Assis automático, Assis manual, São Sebastião) não houve violações

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -31-

4 Conclusão

4.1 Situação atual da qualidade do ar na RMC

A RMC não pode ser chamada um lugar poluído. O ar da RMC é na maioria das vezesde BOA qualidade ou REGULAR, embora existem situações INADEQUADAS que pedem umasolução. As principais questões que estamos enfrentando na RMC são os seguintes:1. concentrações altas de O3 com freqüência, especialmente na primavera,2. concentração alta de PTS no Centro de Curitiba na média anual,3. falta de dados sobre os poluentes PI e CO.

1: concentrações altas de O3:As concentrações altas de O3 são causadas pela emissão dos precursores, os quais são

hidrocarbonetos e NOx (NOx=NO+NO2). Hidrocarbonetos são emitidos por veículosautomotores através do cano de escape, como produto de combustão incompleta, ou através deperdas por evaporação. O abastecimento com combustível no posto também liberahidrocarbonetos para a atmosfera. Os processos de queima na indústria geralmente emitempoucos hidrocarbonetos. Uma quantia maior de hidrocarbonetos pode ser emitida pelaindústria química ou indústria de tratamento de superfícies, como por exemplo a pintura.

NOx é uma substância praticamente só gerada nos processos de combustão. Acombustão interna dos automotores, tanto motores Diesel como motores Otto, gera grandesquantias de NOx porque a queima acontece com temperaturas muito elevadas, o qual favorecea formação deste poluente durante a queima. Se o veículo não possui um catalisador, todopoluente gerado na combustão vai para a atmosfera. Os processos de queima nas indústriastambém emitem NOx, só que lá não operam motores, senão fornalhas, que queimam gás,lenha, óleo, etc. As temperaturas de queima nestas fornalhas não são tão altas como nosmotores e sendo por isto os processos industriais geram concentrações de NOx mais baixas doque os motores.

Outra diferença importante entre automóveis e indústria é o fato de que a maior partedas indústrias da RMC estão localizadas a Oeste do Centro de Curitiba. Como apredominância dos ventos é o leste acontece que na maioria das vezes as emissões industriaisestão sendo levadas para fora (a jusante) de Curitiba. As concentrações altas de O3, tanto nooeste como no leste de Curitiba, não se explica portanto em primeiro lugar pelas atividadesindustriais senão principalmente pelas emissões do tráfego de veículos.

2: concentração alta de PTS:A violação do padrão primário para a média anual de PTS na Estação Santa Casa é o

resultado de um tráfego intenso em um lugar fechado. Os veículos liberam partículas pelocano de escape, como por exemplo fuligem, pelo gasto de pastilhas de freios, gasto de pneu esimplesmente arraste de pó que se encontra nas ruas. Para saber melhor qual o efeito daspartículas em suspensão para a saúde da população seria bom conhecer a fração inalável, umainformação que por enquanto não temos. Mas podemos fazer uma aproximação. Na literaturaachamos que entre 40 e 80% do PTS é a parte inalável [OMS, 1999]. Então se a média anualde PTS na Santa Casa foi de 86 µg/m3 podemos assumir uma média anual de PI entre 34 e 69µg/m3, portanto é possível que o correspondente padrão primário (média anual) para PI, que éde 50 µg/m3, foi ultrapassado. Cabe o comentário que o padrão primário brasileiro de 50µg/m3 foi na década 90 um padrão rígido, o que ele não é mais hoje. Muitos países adotamhoje padrões mais rigorosos para PI, como 30 µg/m3 na Califórnia (desde 1982), 40 µg/m3 naComunidade Européia (a partir de 2005), 20 µg/m3 na Comunidade Européia (a partir de2010), 20 µg/m3 na Suíça (desde 1997), (todos os valores em médias anuais).

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -32-

3: falta de dados:A rede de monitoramento está se encontrando em uma fase de expansão. Já no

relatório para o ano 2001 vamos poder apresentar resultados sobre PI e CO, com istodisponibilizando uma informação sobre todas as substâncias com limitação legal.

4.2 A gestão de qualidade do ar

O monitoramento é um elemento central da gestão de qualidade do ar, porém umelemento passivo. Para melhorar a qualidade do ar precisa-se também elementos ativos, osquais são:1. levantamento das fontes emissoras,2. controle das fontes,3. planejamento de metas e medidas.

1: levantamento das fontes emissoras:O levantamento é importante porque através deste podemos responder as perguntas

principais da gestão de qualidade do ar: Qual é a maior fonte? Aonde está localizada? Quaisas substâncias emitidas? Qual o potencial para melhorar?

As fontes de emissões atmosféricas são o tráfego e as atividades industriais. Umtrabalho no IAP está levantando atualmente as emissões do tráfego do município de Curitiba.Por isso é cedo apresentar resultados. Porém já podemos observar fatores que amenizam eoutros, que agravam a situação. O que nós ajuda é a constante renovação da frota: veículosvelhos com emissões altas estão sendo mais e mais substituídos por novos bem menospoluidores. Por outro lado esta vantagem está sendo contrariada pelo aumento do número deveículos, especialmente quando esta crescente frota fica em freqüentes congestionamentos quecontribuem extraordinariamente para a emissão total do tráfego.

Também esta sendo realizado o levantamento de emissões industriais pelo IAP. Asinformações estão organizadas em forma de banco de dados o qual facilita pesquisas do tipo:Qual tecnologia para controlar ou remover poluentes atmosféricos está instalada no Estado doParaná? Qual o desempenho destas instalações? Como poderiam ser futuros padrõesespecíficos de emissão para os processos industriais?

2: controle das fontes:Deve-se controlar as fontes para garantir que sua operação esteja em acordo com o

regulamento ambiental. Na parte veicular já temos no Brasil a nível nacional os critérios paraa emissão de veículos novos. O que era urgente foi elaborar um controle das emissões deveículos em uso. Agora uma equipe do IAP/LACTEC/TECPAR elaborou um Plano deControle da Poluição por Veículos em Uso que servirá como base para implantar oPrograma de Inspeção e Manutenção de Emissões e Ruídos de Veículos em Uso. Esteprograma prevê um controle anual das emissões e ruídos em centros de inspeção, garantindodesta forma um funcionamento regular dos veículos. A vantagem não é apenas menospoluentes no ar, o funcionamento correto dos veículos significa também menos consumo decombustível.

Na parte industrial devem também ser controladas as fontes. A solução desta tarefa sóserá possível em forma de cooperação da indústria com o órgão ambiental. Mais e mais asindústrias terão que monitorar suas próprias emissões. Isto já é realidade em várias empresasdo Estado. O monitoramento das emissões muitas vezes é o próprio interesse da indústria,porque, apesar de fornecer informações ambientais, informa sobre o desempenho e aeficiência dos processos.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -33-

3: planejamento de metas e medidas:O relatório anual de qualidade do ar deve ser um fórum onde metas e medidas para

melhorar a qualidade do ar estão apresentados. Hoje ainda não disponibilizamos de um planocomo e em que prazo vamos recuperar as temporadas com a qualidade do ar INADEQUADA.Mas os trabalhos de levantamento de fontes iniciados no IAP vão contribuir para oplanejamento destas. Uma questão fundamental será como limitar as emissões veiculares. Aimplantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Emissões e Ruídos de Veículosem Uso seguramente vai ajudar nesta tarefa. De forma geral, será necessário pensar comopodemos incentivar formas menos poluentes de transporte:

� planejamento urbano com o foco: evitar congestionamentos,� facilitar mais ainda o uso do transporte público,� repartir o veículo particular com colegas no caminho para trabalho ou para escola,� facilitar o uso da bicicleta,� facilitar caminhadas a pé.

Especialmente considerando os últimos dois pontos vemos, que existe um potencialpara melhorar. Muitos cruzamentos, mesmo no Centro de Curitiba, não possuem umasinalização para pedestres. Esta falta de sinalização, além de pôr em risco a saúde dospedestres, sinaliza justamente que as ruas são feitas apenas para o tráfego motorizado.Portanto, se queremos facilitar caminhadas ou bicicletadas, devemos compartilhar de formaharmônica entre os diferentes participantes de transporte, valorizando-se mutuamente.

4.3 Gás natural - uma solução contra emissões veiculares?

Gás natural virou sinônimo de combustível limpo. Com razão, pois oferece vantagensambientais na queima. Quais estas vantagens? A resposta é que depende do uso. Temos quediferenciar a resposta para o uso industrial e o uso num veículo.

Na indústria o uso de gás natural pode substituir um combustível líquido (porexemplo: óleo pesado), ou um combustível sólido (por exemplo: lenha). A vantagem emtermos ambientais do gás natural é que a queima dele não libera material particulado, nemSO2 para a atmosfera, como é o caso quando a indústria queima óleo pesado ou lenha. Porisso merece ser chamado um combustível limpo.

O uso de gás natural em veículos tampouco libera material particulado ou SO2 para aatmosfera, esta característica continua a mesma como na indústria. Só que a queima degasolina tampouco liberava estas substâncias, resultando portanto o uso de gás numavantagem nula para o meio ambiente. A vantagem deixa de ser nula a partir do momento, emque consideramos mais uma substância: NOx. Esta substância é formada durante a queima,devido à temperatura elevada e é liberado por todos os processos de queima, relativamenteindependente do combustível. Na indústria geralmente não temos equipamento de remoçãopara NOx, nos veículos sim. O catalisador remove NOx. Ele converte NOx em Nitrogênio, oqual e inofensivo. Para ele poder funcionar bem, é necessário uma mistura de combustívelcom o ar numa proporção definida, chamada estequiométrica. Através de um sensor deoxigênio depois do motor, a injeção eletrônica consegue ajustar esta mistura estequiométrica.Acontece agora, que certas conversões para gás natural desligam este ajuste eletrônico damistura, com a conseqüência, que o desempenho do catalisador pode cair consideravelmente.Então é possível, que um veículo movido a gás emite mais pelo cano de escape do quemovido a gasolina. Porém, uma vantagem evidente para veículos a gás existe quando nosreferimos as emissões por evaporação, pois as substâncias do gás natural, o que é basicamenteMetano, são inofensivos, comparado com gasolina.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -34-

Como o uso de gás natural para veículos é liberado de forma geral, não é exigido umexame das emissões do veiculo convertido. Não sabemos, se as conversões são feitas de talforma, que as características do veículo de emissão de poluentes são mantidas ou não. Por issoseria bom examinar alguns veículos antes e depois da conversão. Feitos os exames vamospoder responder com objetividade a questão, quanto veículos a gás podem contribuir paradiminuir emissões veiculares.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -35-

5 Bibliografia

DETRAN-PR, COORDENADORIA DE VEÍCULOS: FROTA CADASTRADA NO ESTADO DOPARANÁ- POSIÇÃO ABRIL / 2001FOLHA DE S.PAULO: Crianças perdem capacidade pulmonar; edição 18 de Setembro de 2000,página C3.GAZETA DO POVO: Artigo do Professor Aurélio Bolsanello: Biodiversidade, questão moral;edição 08 de Outubro de 2000, Especial.ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE: Guidelines for Air Quality, 1999PENNA MLF, DUCHIADE MP: Contaminación del aire y mortalidad infantil for neumonia.Boletín Oficial Sanitad Panamericana 110, 199-206, 1991.SALADIVA PHN, POPE CA I I I , SCHWARTZ J, DOCKERY DW, L ICHTENFELDS AJ, SALGE

JM BARONE Y, BOHM GM: Air pollution and mortality in elderly people: a time series studyin São Paulo, Brazil. Archives of Environmental Health 50: 159-164, 1995.SPIEGEL ONLINE: Studie: Ozon fördert Allergien und Asthma; edição 20 de Junho 2001.

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -36-

Anexo 1: Localização das estações de monitoramento de Cur itiba

� Estação automática: Santa Cândida� Estação automática: Cidade Industr ial� Estação automática: Praça Ouvidor Pardinho� Estação automática: Boqueirão� Estação manual: Santa Casa

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -37-

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -38-

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -39-

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -40-

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -41-

Anexo 2: Var iação média diár ia de O3, NO, NO2 e SO2

� Estação automática: Cur itiba Santa Cândida� Estação automática: Cur itiba Cidade Industr ial� Estação automática: Araucár ia Assis

Variação diária Estação Santa Cândida, ano 2000

0

10

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60

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100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

hora

Co

nce

ntr

ação

[

� g/m

3 ] O3

SO2*10

NO2

NO

Variação diária Estação Cidade Industrial, ano 2000

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

hora

Co

nce

ntr

ação

[

� g/m

3 ]

O3

SO2*10

NO2

NO

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -42-

Variação diária Estação Araucária Assis, ano 2000

0

10

20

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60

70

80

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100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

hora

Co

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ação

[

� g/m

3 ]

SO2*10NO2

NO

O3

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -43-

Anexo 3: Concentração média em função da direção do vento

� Estação automática: Cur itiba Santa Cândida� Estação automática: Cur itiba Cidade Industr ial� Estação automática: Araucár ia Assis

100

80

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20

0

20

40

60

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0

4 5

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1 3 5

1 8 0

2 2 5

2 7 0

3 1 5

Con

cent

raçã

o [

g/m

3 ]

Estação: Cur iti ba Santa CândidaConcentrações médias, ano 2000

O

S

L

N

O3

NO2

SO2*10

NO

Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano 2000 -44-

100

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20

0

20

40

60

80

100

0

4 5

9 0

1 3 5

1 8 0

2 2 5

2 7 0

3 1 5

Estação: Curi tiba Cidade Industr ialConcentrações médias, ano 2000

O L

S

N

Con

cent

raçã

o [

g/m

3 ]

O3

NO2

SO2*10

NO

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0

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0

4 5

9 0

1 3 5

1 8 0

2 2 5

2 7 0

3 1 5

Estação: Araucária AssisConcentrações médias, Abril -Dez. 2000

Con

cent

raçã

o [

g/m

3 ]

O

S

L

N

O3

NO2

SO2*10

NO