Relatório SCALA: Terceira fase do projeto
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO INTERDISCIPLINAR DE NOVAS TECNOLOGIAS NA
EDUCAÇÃO
PROJETO SCALA III
Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil
Projeto: Projeto de Pesquisa: Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Criança com Autismo - Fase III: Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil
Período: 11/2012 – 11/2015
Coordenador: Liliana Maria Passerino
Processo: 478347/2012-0
Sigla: SCALA
Porto Alegre 2016
2
SUMÁRIO
LISTAS DE SIGLAS ........................................................................................ 4
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................... 5
LISTA DE QUADROS ...................................................................................... 11
LISTAS DE TABELAS ...................................................................................... 12
1 RESUMO DO PROJETO ................................................................................ 13
2 Do Problema de Pesquisa, Objetivos e Metas Previstos e Atingidos ........... 17
2.1 Do Problema de Pesquisa ........................................................................ 17
2.2 Dos Objetivos ....................................................................................... 17
2.2 Das Metas ............................................................................................ 17
3 SISTEMA SCALA ......................................................................................... 21
3.1 Metodologia de Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso ................. 21
3.2 Desenvolvimento Tecnológico da Tecnologia Assistiva SCALA ....................... 24
3.3 Manuais prancha e narrativas ................................................................. 63
3.4 Sistema de varredura no SCALA ............................................................. 106
3.4.1 Acessibilidade do SCALA: sistema de varredura ...................................... 106
3.4.2 Metodologia de desenvolvimento do sistema de varredura ........................ 108
3.4.3 Síntese dos Requisitos para o sistema de varredura no SCALA .................. 109
3.4.4 Sistema de varredura do SCALA ........................................................... 112
4. Resultados dos Estudos de Caso ............................................................... 116
4.1 Estudo de Caso: Comunicação Alternativa e Autismo: análise do desenvolvimento da
comunicação .............................................................................................. 116
4.2 Estudo de Caso: Intencionalidade de comunicação mediada em autismo a partir de um
estudo de aquisição de gestos no sistema SCALA ............................................ 139
4.3 Estudo de Caso: Deficiência Motora e sistema de varredura ......................... 144
4.3.1 Descrição do Estudo ........................................................................ 144
3
4.4 Estudo de caso: Formação de professores ................................................. 148
4.5 Estudo de caso: POR TRÁS DO ESPELHO DE ALICE: NARRATIVAS VISUAIS COMO
ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO
................................................................................................................ 158
5. METODOLOGIA DE AÇÃO MEDIADORA E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ..... 177
5.1 Metodologia de Ação Mediadora .......................................................... 177
5.2 Estratégicas Pedagógicas a partir do SCALA ....................................... 181
5.2.1 Estratégicas no Scala - Narrativas Visuais ..................................... 181
5.2.2 Estratégicas no Scala - Módulo prancha ......................................... 193
5.2.3 Jogos de Alfabetização .................................................................... 209
6. FORMAÇÕES PROMOVIDAS E EVENTOS ..................................................... 228
7. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SCALA .............................. 246
8. ESTUDOS DE USABILIDADE ...................................................................... 250
8.1 Estudo de Caso 1 .................................................................................. 250
8.2 Estudo de Caso 2: Analise da usabilidade do SCALA ................................. 257
9. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA VINCULADA AO PROJETO SCALA (2012-
2016) e ORIENTAÇÕES REALIZADAS ........................................................... 263
9.1 Produção em 2012 ................................................................................. 263
9.2 Produção em 2013 ................................................................................. 265
9.3 Produção em 2014 ................................................................................. 268
9.4 Produção em 2015 ................................................................................. 270
9.5 Produção em 2016 ................................................................................. 273
9.6 ORIENTAÇÕES ...................................................................................... 275
10. PRÊMIOS RELACIONADOS AO PROJETO SCALA ....................................... 278
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 279
12. AGRADECIMENTOS ................................................................................. 282
13. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 283
ANEXO A - APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA .............................................. 286
ANEXO B - SCALA SERVER ............................................................................ 287
APÊNDICE A – TERMOS DE CONSENTIMENTO E CONCORDÂNCIA .................. 289
APÊNDICE B - REQUISITOS FUNCIONAIS E NÃO FUNCIONAIS DO SISTEMA SCALA
..................................................................................................................... 291
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LISTA DE SIGLAS
AEE – Atendimento Educacional Especializado
API REST - Application Programming Interface
ARASAAC - Portal Aragonês de Comunicação Alternativa e Ampliada
AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem
CAA – Comunicação Alternativa e Aumentativa
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CAS - Comunicação Alternativa e Suplementar
CATEDU – El Centro Aragonés de Tecnologías para la Educación
CD - Compact Disc
CINTED – Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação
CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CTI – Centro Tecnológico Industrial
DCC – Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso
EACTO – Enseñanza y Aprendizaje por Tecnologías de la Comunicación
FAURGS - Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul
HTTP – Hyper Text Transfer Protocol
MVC – Model-View-Controller
NEEs – Necessidades educacionais especiais
RME/POA - Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre
SCALA - Sistema de Comunicação Alternativa para sujeitos com autismo
SIR – Sala de Integração e Recursos
SMED/POA – Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre
TA – Tecnologia Assistiva
TEIAS - Tecnologia em Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade
TTS – Text-to-Sprech
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UML - Unified Modeling Language
VCBCA – V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa
XML - Extensible Markup Language
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Módulo Prancha do SCALA versão Android para Tablets .......................... 19
Figura 2: Módulo Historia do SCALA versão Android para Tablets ........................... 20
Figura 3: Representação síntese do DCC ............................................................ 24
Figura 4: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Tela Inicial .......................... 30
Figura 5: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Módulo Prancha. .................. 31
Figura 6: Diagrama de casos de uso do SCALAWeb Módulo História. ..................... 31
Figura 7: Interface - Layout módulo prancha e módulo história. ............................ 32
Figura 8: Diagrama de classes da camada de modelo do projeto. ......................... 34
Figura 9: casos de uso SCALA dispositivo móvel – prancha. ................................. 36
Figura 10: diagrama de atividades dispositivo móvel – prancha. ........................... 37
Figura 11: casos de uso dispositivo móvel – módulo narrativas visuais ................... 40
Figura 12: exemplo de cenário do SCALA no módulo narrativas visuais. ................. 43
Figura 13 - acesso ao sistema de varredura ........................................................ 44
Figura 14 - Ilustração da varredura no 1) menu inferior , 2) no menu das categorias e nas 3)
figuras de uma dada categoria. ........................................................................ 44
Figura 15 - diagrama de caso de uso do comunicador livre para web ..................... 45
Figura 16 - Tela de configuração do usuário comunicador livre – web. ................... 47
Figura 17 - Tela do chat do comunicador livre – web. ........................................... 47
Figura 18 - Tela principal de entrada do programa Siesta. ................................... 49
Figura 19 - Prancha de comunicação. ............................................................... 49
Figura 20 - Tela categoria das imagens. ............................................................ 50
Figura 21 - Tela opções de funcionalidades. ....................................................... 50
Figura 22 - Tela SCALA com opção de idioma na versão dispositivo móvel. ............ 51
Figura 23 - Opção “Escolha uma imagem” ........................................................... 51
Imagem 24: Plano de fundo selecionado ............................................................ 52
Figura 25: Desenho livre de cenário ................................................................. 52
Figura 26: Implementando Classes no Protégé .................................................... 54
Figura 27: Object Properties – Protégé .............................................................. 55
Figura 28: Classes, SubClass Of e SubClass Of (Anonymous Ancestor) – Protégé ..... 56
Figura 29: Modelo ER da Base de dados existente no sistema SCALAWEB ............... 57
Figura 30: Botão Pesquisa (a) e pesquisa com a palavra “lavar” (b) ....................... 58
Figura 31: Front-end da busca avançada e as opções de seleção ........................... 59
Figura 32: Arquitetura do sistema de busca avançada para o sistema SCALAWEB .... 60
Figura 33: Menu inferior: Opção “Layout” ........................................................... 63
Figura 34: Caixa de diálogo: “Escolha a forma do seu layout” ............................... 63
Figura 35: Confirmar mudança de Layout ........................................................... 64
Figura 36: Inserir imagem .............................................................................. 64
Figura 37 : Busca: Campo “Pesquisar” ............................................................... 65
6
Figura 38: Inserir imagem através da Busca ...................................................... 66
Figuras 39 : Opções da busca avançada ............................................................. 66
Figura 40:Menu inferior: Opção “Visualizar” ........................................................ 67
Figura 41: Menu inferior: Opção “Reproduzir” ..................................................... 68
Figura 42: Menu inferior: Opção “Desfazer” ........................................................ 68
Figura 43: Menu Inferior: Opção “Editar” ........................................................... 69
Figura 44: Caixa de diálogo “Digite uma legenda” ............................................... 69
Figura 45:Caixa de Diálogo “Confirmar exclusão de figura” ................................... 70
Figura 46: Caixa de Diálogo “Alterar áudio, upload de som(.mp3)” ........................ 70
Figura 47:Menu inferior: Opção “Salvar” ............................................................ 71
Figura 48: Caixa de Diálogo "Escolha o modo que você deseja salvar a sua prancha" 71
Figura 49: Caixa de diálogo “Salvar Como” ......................................................... 72
Figura 50:Menu inferior: Opção “Abrir” .............................................................. 72
Figura 51:Caixa de diálogo “Escolha a prancha que deseja abrir” ........................... 73
Figura 52: Mensagem de erro: extensão não reconhecida ..................................... 73
Figura 53: Menu inferior: Opção “Limpar” .......................................................... 74
Figura 54: Mensagem de Confirmação: Limpar Prancha ....................................... 74
Figura 55:Menu Inferior: Opção “Adicionar Novo” ................................................ 74
Figura 56: Opções “Retornar” e “Avançar” .......................................................... 75
Figura 57: Menu Inferior: Opção “Exportar” ........................................................ 75
Figura 58: Opção “Exportar” ............................................................................. 76
Figura 59: Imagem compartilhada no Facebook .................................................. 76
Figura 60: Menu Inferior: Opção “Importar” ....................................................... 77
Figura 61: Opção “ Importar Imagem” ............................................................... 77
Figura 62: Exemplo de uso das imagens importadas ........................................... 77
Figura 63: Menu Inferior: Opção “Importar” ....................................................... 78
Figura 64: Visualização da Impressão: Opção “Imprimir” ...................................... 79
Figura 65: Menu Superior: Opção “Configurações” ............................................... 79
Figura 66: Opções da Varredura ....................................................................... 80
Figura 67: Varredura no Menu inferior ............................................................... 81
Figura 68: Menu Inferior: Opção “Layout” .......................................................... 81
Figura 69: Caixa de diálogo Escolha um Layout ................................................... 81
Figura 70: Menus ............................................................................................ 82
Figura 71: Exemplo de uso da varredura ............................................................ 83
Figura 72: Exemplo imagem selecionada na fila .................................................. 83
Figura 73: Exemplo escolha local na prancha ...................................................... 83
Figura 74: Opção “Visualizar” ........................................................................... 84
Figura 75: Opção “ Desfazer” ........................................................................... 84
Figura 76: Opção “Salvar” ................................................................................ 85
Figura 77: Opção “Salvar” – aviso ..................................................................... 85
7
Figura 78: Opção “Abrir” .................................................................................. 86
Figura 79: Opção “Limpar” ............................................................................... 86
Figura 80: Mensagem de aviso ......................................................................... 87
Figura 81: Opção“Layout” ................................................................................ 88
Figura 82: Caixa de diálogo –“Escolha a forma do seu layout” ............................... 88
Figura 83: Selecionar quadrinho ....................................................................... 89
Figura 84:Tela de edição .................................................................................. 89
Figura 85: Opção “Cenário” .............................................................................. 90
Figura 86: Opções “Coloque um cenário no seu quadrinho” ................................... 90
Figura 87 : Opção “ Escolha uma cor” ................................................................ 91
Figura 88: Opção “ Escolha uma imagem” .......................................................... 91
Figura 89: Opção “Escolha uma imagem” ........................................................... 92
Figura 90: Plano de fundo selecionado ............................................................... 92
Figura 91: Desenho livre de cenário ................................................................. 93
Figura 92: Sistema de busca ............................................................................ 94
Figura 93: Inserir imagem ............................................................................... 94
Figura 94: Inserir balões de texto ..................................................................... 95
Figura 95: Editar texto do balão de texto ........................................................... 95
Figura 96: Inserir narração .............................................................................. 96
Figura 97: Menu de Opções de edição de imagens ............................................... 96
Figura 98: Opção “Aumentar” ........................................................................... 97
Figura 99: Imagem Ampliada ........................................................................... 97
Figura 100: Opção“Diminuir” ............................................................................ 97
Figura 101: Imagem Reduzida .......................................................................... 97
Figura 102: Opção “Enviar para Frente” ............................................................. 98
Figura 103: Opção “Enviar para Trás” ................................................................ 98
Figura 104: Água Atrás .................................................................................... 98
Figura 105: Água na Frente .............................................................................. 98
Figura 106: Opção “Girar” ................................................................................ 99
Figura 107: Imagem Rotacionada ..................................................................... 99
Figura 108: Opção “Inverter” ........................................................................... 99
Figura 109: Imagem Invertida .......................................................................... 100
Figura 110: Opção “Excluir” .............................................................................. 100
Figura 111: Opção “Desfazer” ........................................................................... 100
Figura 112: Opção “Limpar” ............................................................................. 101
Figura 113: Opção “Reproduzir” ........................................................................ 101
Figura 114: Opção “Concluir” e “Cancelar” ......................................................... 101
Figura 115: Opção“Salvar” ............................................................................... 101
Figura 116: Caixa de diálogo “ Escolha o modo que você deseja salvar a sua história”102
Figura 117: Opção “Abrir” ” .............................................................................. 102
8
Figura 118: Caixa de Diálogo "Escolha a história que deseja abrir" ........................ 102
Figura 118: Caixa de Diálogo "Escolha a história que deseja abrir" ........................ 103
Figura 119: Opção “Exportar” ........................................................................... 103
Figura 120: Opções de exportação .................................................................... 104
Figura 121: Mensagem “ Aguarde. A História está sendo gerada...” ....................... 104
Figura 122: Opção “Imprimir” ........................................................................... 104
Figura 123: Opção “Visualizar” ......................................................................... 105
Figura 124:Opção “Visualizar” .......................................................................... 105
Figura 125: Opção“Limpar” .............................................................................. 105
Figura 126: Caixa de diálogo de confirmação ...................................................... 106
Figura 127: Opção “Ajuda” ............................................................................... 106
Figura 128: Opção “Sair” ................................................................................. 106
Figura 129: Exemplo de acionadores ................................................................. 107
Figura 130: Esquema resumo do desenvolvimento do sistema de varredura ........... 109
Adaptada da metodologia ágil Heptagon TI Ltda (2013)
Figura 131: SCALA versão WEB ........................................................................ 110
Figura 132: Diagrama de caso de uso do SCALA com varredura ............................ 111
Figura 133: Ilustração da 1) nuvem de configurações e a 2) janela de configurações 112
Figura 134: Ilustração dos links de acesso ao menu inferior e ao menu de categorias113
Figura 135: Seleção da fila no módulo varredura ................................................. 114
Figura 136: Seleção de pictograma no módulo varredura ..................................... 114
Figura 137: Processo de inserção de pictograma no módulo varredura ................... 115
Figura 138: uso de Tablets com sujeitos com autismo .......................................... 119
Figura 139: uso do software SCALA no Tablet e prancha de símbolos com sujeitos com autismo
.................................................................................................................... 120
Figura 140: Imagens contexto escolar Caso 1 ..................................................... 121
Figura 141: Imagens do contexto familiar do Caso 1 ............................................ 122
Figura 142: Imagens do contexto físico do laboratório experimental ...................... 123
Figura 143: Imagens contexto escolar Caso 2 ..................................................... 125
Figura 144: Imagens do contexto familiar do Caso 2 ............................................ 126
Figura 145: Imagens contexto familiar Caso 3 .................................................... 127
Figura 146: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C1 .................. 128
Figura 147: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C2 ................. 129
Figura 148: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C3 ................. 129
Figura 149: História criada pelos alunos com uso do SCALA no módulo narrativas .. 131
Figura 150: História criada pela turma de C2 com o SCALA-WEB ........................... 133
Figura 151: Histórias produzidas pelos alunos, da turma de C2, com baixa tec. ....... 134
Figura 152: representação por imagens das sessões iniciais ................................. 136
Figura 153: representação por imagens da relação do concreto com o abstrato ....... 136
Figura 154: representação por imagens da relação com o recurso tecnológico ......... 137
9
Figura 155: Representação das tentativas de interação entre os meninos ............... 137
Figura 156: Interação dos meninos com prancha no SCALA .................................. 137
Figura 157: Esquema resumo geral do desenvolvimento da pesquisa ..................... 146
Figura 158: Prancha criada pela turma para oferecer aos professores no dia do prof 148
Figura 159: Exemplo de história construída pelo sujeito ....................................... 148
Figura 160: Mapa processo de contação de histórias ............................................ 160
Figura 161: História O Menino e a Bruxa de autoria dos alunos ............................. 163
Figura 162: História "O tesouro dos Sapos" ........................................................ 165
Figura 163: História de Gabriel ......................................................................... 167
Figura 164: História de Paulo ............................................................................ 167
Figura 165: Parte do Livro adaptado da História Chapeuzinho Vermelho em CA ....... 169
Figura 166: interação do aluno no tablet com uso do Scala ................................... 171
Figura 167: história criada por Paulo no tablet com uso do Scala ........................... 172
Figura 168: história "Olívia e o Violino" .............................................................. 173
Figura 169: livros adaptados com pictogramas .................................................... 173
Figura 170: estratégias de baixa tecnologia das histórias "Chapeuzinho Vermelho" .. 174
Figura 171: esquema do processo de participação e interação ............................... 175
Figura 172 – Análise do processo de mediação .................................................... 177
Figura 173 – Metodologia de Ação Mediadora ...................................................... 180
Figura 174 – Personagens A Linda Rosa Juvenil ................................................... 181
Figura 175 – A Linda Rosa Juvenil ..................................................................... 182
Figura 176 – Bingo dos Personagens ................................................................. 184
Figura 177 – História Leco ................................................................................ 185
Figura 178 – “Letras Vogais” e Vogais Atividade .................................................. 187
Figura 179 – Personagens música Indiozinhos .................................................... 188
Figura 180 – Música Indiozinhos ....................................................................... 189
Figura 181 –“Jogo dos 7 erros – Cozinha” .......................................................... 190
Figura 182 –“Estados físicos da água” no médulo pracha e no narrativas visuais ...... 191
Figura 183 –“Fotossíntese” ............................................................................... 193
Figura 184 –“Bingo dos alimentos” .................................................................... 194
Figura 185 –“Memória dos Animais” .................................................................. 196
Figura 186: “Cachorros”, módulo prancha e narrativas visuais .............................. 197
Figura 187: “Rua das sete tulipas”- módulo prancha, narrativas visuais ................. 199
Figura 188: “Batalha das Rimas” ....................................................................... 201
Figura 189: “Cores primárias e secundárias” ....................................................... 203
Figura 190: “Cores primárias e secundárias – encontre o objeto” ........................... 204
Figura 191: “Cores primárias e secundárias – novas cores” ................................... 204
Figura 192: “Cores primárias e secundárias – dado das cores” .............................. 204
Figura 193: “Profissões” .................................................................................. 206
Figura 194: “Contextos” .................................................................................. 207
10
Figura 195: “formas geométricas” ..................................................................... 208
Figura 196: Itens da estratégia pedagógica ........................................................ 210
Figura 197: Gráfico testes de usabilidade ........................................................... 255
Figura 198: Gráfico idade dos avaliadores do SCALA ............................................ 259
Figura 199: Gráfico tempo atuação profissional dos avaliadores do SCALA .............. 259
11
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Síntese para as etapas de pesquisas desenvolvidas ............................... 25
Quadro 2: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha ......................... 27
Quadro 3: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha ................... 28
Quadro 4: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Narrativas visuais ............ 28
Quadro 5: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – narrativas visuais ...... 30
Quadro 6: tecnologias e versões utilizadas .......................................................... 34
Quadro 7: tecnologias e versões utilizadas .......................................................... 35
Quadro 8 - requisitos funcionais do chat para web ............................................... 45
Quadro 9: requisitos não funcionais do chat para web .......................................... 45
Quadro 10 - Perfil da comunicação, interação social e potencialidades dos sujeitos .. 117
Quadro 11 : Contexto sócio-histórico da turma do Caso 1 ..................................... 120
Quadro 12: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 1 ........................................ 122
Quadro 13: Contexto experimental .................................................................... 123
Quadro 14: Contexto sócio-histórico da turma do Caso 2 ..................................... 124
Quadro 15: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 2 ........................................ 125
Quadro 16: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 3 ........................................ 127
Quadro 17: Desenvolvimento da intencionalidade da comunicação ........................ 138
Quadro 18: Cenas de Atenção .......................................................................... 141
Quadro 19: Tipos de Gestos ............................................................................. 142
Quadro 20: Caracterização do grupo de educadoras especiais que fizeram parte da pesquisa
.................................................................................................................... 149
Quadro 21: Caracterização dos alunos envolvidos na pesquisa. ............................. 150
Quadro 22: Caracterização dos encontros de grupo focal quanto aos temas discutidos, data dos
encontros, número de educadoras especiais presentes, formas de registro dos dados e o
tempo de duração de cada encontro. ................................................................. 152
Quadro 23: quadro síntese da atividade com o SCALA ......................................... 164
Quadro 24: quadro síntese da atividade da história ............................................. 165
Quadro 25: interação do aluno com o SCALA ...................................................... 168
Quadro 26: síntese da interação com o SCALA .................................................... 169
Quadro 27: Construção do perfil sócio-histórico .................................................. 178
Quadro 28: Estrutura do contexto sócio-histórico ................................................ 179
Quadro 29: Comentários dos participantes. ....................................................... 255
Quadro 30: pontos positivos e negativos avaliados no SCALA web ......................... 261
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Desenvolvimento das formas de construção e representação da comunicação 138
Tabela 2 - Documentação e explicações contidas no SCALA .................................. 246
Tabela 3: Questões operacionais do SCALA ........................................................ 247
Tabela 4: Avaliação usabilidade do SCALA/1 ....................................................... 257
Tabela 5: Experiência dos avaliadores por tipo de deficiência ................................ 259
Tabela 6: Avaliação usabilidade do SCALA/2 ....................................................... 260
Tabela 7: escala de diferencial semântico atribuídos ao SCALA .............................. 261
13
RESUMO DO PROJETO
O presente relatório refere-se ao projeto SCALA – Sistema de Comunicação
Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo iniciado em 2009 que se configurou
como um plano articulado de trabalho em pesquisa e formação e se insere no plano de
investigação e desenvolvimento tecnológico previsto no projeto de pesquisa.
Em 2009, o grupo de pesquisa TEIAS1 iniciou o desenvolvimento de um Sistema de
Comunicação Alternativa (SCALA) com o objetivo de apoiar o processo do desenvolvimento da
linguagem em sujeitos com autismo e com déficits de comunicação, embasado
epistemologicamente na teoria sócio-histórica. O sistema é composto de um software baseado
em estratégias de interação e comunicação para crianças com autismo.
Entre 2009 e 2010 desenvolveu-se a primeira versão do protótipo com uma equipe
composta por dois bolsistas de graduação2 e alunos de pós-graduação3. Os símbolos
pictográficos utilizados no sistema são propriedade de CATEDU (http://catedu.es/arasaac/) sob
a licença Creative Commons. A equipe traduziu para o português aproximadamente 10.000
símbolos, os quais foram gradativamente selecionados e aprimorados com constante revisão.
Para atender necessidades específicas culturais e regionais novos símbolos foram elaborados
por um designer.
O desenvolvimento do sistema entre 2010 e 2011 contou com a participação de uma
empresa especializada em desenvolvimento para suprir a necessidade de conhecimento
específico para desenvolvimento multiplataforma. A empresa, além de desenvolver os módulos
prancha e história, teve como obrigação a transferência de tecnologia para a equipe do projeto
que, a partir de 2012, deu continuidade ao desenvolvimento.
Entre 2010 e 2012 foram realizados diversos desenvolvimentos acompanhados de
testes de usabilidade com professores de educação especial, professores de sala de aula
regular e familiares de alunos usuários do sistema. Todos os testes contribuíram para o
aperfeiçoamento do sistema, que conta hoje com 200 usuários em todo o país. Em um
movimento de integração entre pesquisa e extensão, diversas formações em comunicação
alternativa foram desenvolvidas entre 2009/2010, tendo como público-alvo alunos de
graduação e pós-graduação e professores da rede municipal de ensino (Porto Alegre). As
formações foram apoiadas com material especialmente preparado na forma de tutoriais e
manuais de usuário e aconteceram na modalidade presencial e a distância. Os materiais
produzidos nessas e outras formações posteriores podem ser encontrados no site do projeto
(http://SCALA.ufrgs.br).
1 � Tecnologia em Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade http://www.ufrgs.br/teias 2 Ao longo do período de vigência do projeto, o mesmo contou com bolsas de graduação: BIC/UFRGS, PIBIC/FAPERGS, PIBIT/CNPQ, entre outras. E os alunos de pós-graduação que participaram tiveram bolsas CAPES para o desenvolvimento de seus estudos. 3 Os alunos contaram com apoio da CAPES com bolsas de pós-graduação.
14
O SCALA 1.0 foi testado e verificado em um estudo de caso de um sujeito com autismo
de 5 anos de idade que resultou em uma dissertação de mestrado (2009-2011, com bolsa
CAPES, além de diversos artigos. A preparação da metodologia e dos requisitos funcionais
foram oriundos de um estudo de caso (multicaso) anterior que também originou uma
dissertação de mestrado.
Em 2010 iniciou-se a segunda fase SCALA 2.0 finalizada em 2013. Para atendimento
desta etapa contamos com apoio de duas bolsas de Iniciação Científica (CNPq, FAPERGS) e
duas bolsas de Iniciação Tecnológica (FAPERGS, UFRGS), o que nos permitiu desenvolver duas
versões: Web e Android. A primeira para utilização na Internet a partir de qualquer tipo de
dispositivo e a segunda para dispositivos móveis, do tipo Tablet. Esta última, inicialmente
desenvolvida por uma empresa e posteriormente transferida para o grupo de pesquisa como já
mencionado.
A versão inicial do SCALA foi ampliada em termos de funcionalidade para contar com a
possibilidade de trabalhar com Histórias Visuais e dispor de um Comunicador Livre4. Ambas as
versões foram testadas em um estudo de caso (multicaso) com pesquisas de mestrado e
doutorado associadas e em formações pedagógicas com a rede municipal de ensino de Porto
Alegre e Alegrete. O estudo de caso com usuários finais foi desenvolvido com crianças de 3-4
anos de idade em contextos diferentes: escola, família e laboratório.
Ainda no ano de 2011 iniciou-se a construção dos requisitos do módulo história e
comunicação livre para dispositivos móveis. As versões do módulo Prancha e História estão
disponíveis para uso em http://SCALA.ufrgs.br/SCALAweb. A versão para comunicação livre
encontra-se em fase de teste.
Em 2012, além do desenvolvimento e aperfeiçoamento dos módulos prancha e
história, iniciaram-se os testes para desenvolvimento de outras funcionalidades. Neste ano foi
realizado a missão de trabalho internacional com o grupo EATCO da Escuela Politécnica
Superior de Córdoba - Centro Tecnológico Industrial (CTI) de Córdoba, Espanha. A missão de
trabalho permitiu desenvolver diversas atividades e resultou em um convênio de cooperação
técnico-científica e um projeto binacional de investigação e mobilidade acadêmica contemplado
em edital DGU-CAPES.
A missão de trabalho foi desenvolvida em outubro de 2012 na qual foi possível
desenvolver as seguintes atividades:
• Integração com Grupo de Investigação EATCO;
• Estudo da plataforma SIESTA;
• Análises de viabilidade e acessibilidade da plataforma Siesta;
• Análise da ferramenta WikiCursos para formação de professores;
• Apresentação do Sistema SCALA, com perspectiva à integração do mesmo na
plataforma SIESTA; 4 � O Comunicador Livre é um chat visual que foi desenvolvido em parceria com o curso de Ciência
da Computação da UPF (Universidade de Passo Fundo) em 2012 e posteriormente aprimorado e finalizado em 2013 com um aluno voluntário do Curso de Ciência de Computação da UFRGS.
15
• Visitas a Centros de Atención al Autismo;
• Preparação de convênio de cooperação técnico-científica entre os grupos de
investigação (TEIAS y EATCO);
• Preparação de projeto binacional de investigação e mobilidade acadêmica a apresentado
em edital DGU-CAPES.
Em 2013 novas opções foram inseridas no sistema SCALA, entre elas a) um sistema de
varredura que acoplado ao sistema permite o uso por pessoas com mobilidade reduzida, como
no caso de alunos com paralisia cerebral, ou dificuldade motora nos membros superiores; b)
incorporação do SCALA no sistema Nuvem da UFRGS que permitirá maior agilidade no uso e
segurança na manutenção do mesmo; c) Tradução da interface do SCALA para inglês e
espanhol; d) apresentação do sistema no programa Viver sem Limite, dentro do âmbito do
Projeto Escola para Todos, uma iniciativa do Ministério da Educação/SECADI para apoiar a
política de inclusão escolar em países africanos (Angola, Moçambique, Cabo Verde, etc.); e)
finalização do sistema comunicador livre v 1.0; d) incorporação do SCALA no sistema de TV
digital interativa, plataforma SIESTA TV.
O SCALA III: Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil visou analisar o uso dos
protótipos desenvolvidos nos projetos anteriores com sujeitos com autismo não oralizados e
com sujeitos com deficiência motora grave não oralizados. A justificativa de uma proposta
dessa natureza pode ser identificada na necessidade de análise e sistematização do uso de
Tecnologias Assistivas5 no processo de desenvolvimento da oralidade com vistas na inclusão
em escolas públicas, qualificando não só o conhecimento acerca dos sujeitos, mas também dos
serviços e das práticas mediadas pelas Tecnologias Assistivas que poderão apoiar os processos
escolares. Nesse sentido será objeto de atenção: a construção de narrativas visuais a partir do
sistema SCALA com crianças não oralizadas com transtornos globais do desenvolvimento (em
particular síndrome de autismo) e a construção de narrativas de sujeitos com deficiência
motora com fala prejudicada. Para tal, propomos o desenvolvimento de um estudo de caso
múltiplos com 6 crianças entre 3 e 5 anos não oralizadas e diagnosticadas com transtorno
global de desenvolvimento (2); com deficiência motora e fala prejudicada (2); e com outras
síndromes que envolvam comprometimento da comunicação (2). Todas incluídas no ensino
regular na educação infantil. Estas serão selecionadas a partir da indicação da Secretaria
Municipal de Educação de Porto Alegre atendendo os requisitos mencionados. Os resultados
esperados são a sistematização do conhecimento nessa área, a qualificação do grupo
envolvido, o fortalecimento da linha de pesquisa e a contribuição no âmbito da inclusão e da
tecnologia assistiva e a produção acadêmica sistemática na forma de artigos, dissertações,
teses e livro científico. Em termos de metas, pretendemos divulgar gratuitamente os
protótipos desenvolvidos nas fase I e II e aperfeiçoados na fase III do SCALA para a
5 O termo tecnologia assistiva compreende o conjunto de recursos que de alguma maneira contribui para proporcionar aos PNEs
maior independência, qualidade de vida e inclusão social (Santarosa, 2002) e serviços associados aos recursos de forma a favorecer o desempenho de uma tarefa (Bersch, 2006).
16
comunidade científica e educativa, desenvolver um sistema de varredura para adaptação do
sistema SCALA para a deficiência motora, publicar um livro com a sistematização metodológica
e a análise crítica do conhecimento produzido, além de formar 1 doutor e 2 mestres6, além de
investir na divulgação sistemática do conhecimento produzido. As perspectivas posteriores ao
projeto são de fortalecimento de trabalho de pesquisa e formação ‘em rede’, em modo
articulado com outras instituições e grupos de investigação e a ampliação do escopo de
pesquisa para outras regiões do Brasil.
6 Cabe ressaltar que no sentido da formação o projeto SCALA I já formou dois mestres. E o SCALA II tem um doutor e um
mestre em formação.
17
Do Problema de Pesquisa, Objetivos e Metas Previstos e Atingidos
Para que se possa ter um maior entendimento acerca do projeto nesta sequencia
enfatiza-se seu problema de investigação, objetivos e metas que foram previstas e os
resultados alcançados.
2.1 Do Problema de Pesquisa
Pessoas com autismo apresentam dificuldades na interação com o mundo exterior.
Parte dessa dificuldade de interação está centrada nos déficits de comunicação. Assim,
habilidades de comunicação são fundamentais para que essas pessoas desenvolvam a
interação. Para o desenvolvimento de tais habilidades, esquemas de comunicação têm sido
amplamente utilizados, principalmente voltado para a questão da fala. O uso de
ferramentas/sistema de CA para promover, não somente a comunicação oral, mas também a
escrita, de forma que se constitua um instrumento de mediação para o letramento, é o cerne
do presente projeto. Assim, a questão norteadora foi:
De que forma um sistema de comunicação alternativa (SCALA) pode apoiar o
desenvolvimento de narrativas visuais de crianças de 3-5, não oralizadas que apresentam
a)Transtorno Global de Desenvolvimento, b) Deficiência Motora, c) comprometimento na
oralidade de forma a apoiar seu processo de inclusão escolar?
2.2 Dos Objetivos
Os objetivos foram totalmente alcançados com o apoio ao desenvolvimento de
narrativas visuais nos sujeitos que apresentam ausência e/ou dificuldades de linguagem oral,
com apresentação no decorrer do relatório do uso da comunicação alternativa e do Sistema
SCALA. No que tange ao sistema de varredura, este foi desenvolvido e adaptado ao Sistema
SCALA e utilizado no processo de interação de uma criança com dificuldades . A metodologia
de mediação proposta para o Sistema SCALA foi validada e estratégias pedagógicas foram
desenvolvidas e estão disponíveis no site do Projeto SCALA (scala.ufrgs.br). Assim como,
ocorreram diversas formações continuadas de professores formações continuadas de
professores da rede pública de ensino em prol da inclusão.
2.2 Das Metas
As metas previstas no projeto original foram atendidas, uma vez que foi (a) Validar
versões do SCALA I e II e ampliar os protótipos com sistema de varredura para deficiência
motora, uma vez que as versões foram validadas e o sistema de varredura desenvolvido,
18
conforme pode ser verificado no decorrer do relatório. Com referência a meta (b) Disponibilizar
gratuitamente o SCALA e na web para uso de professores e comunidade em geral, o mesmo
está disponível pelo link: scala.ufrgs.br com mais de seiscentos usuários cadastrados.
A meta (c) que previa a apresentação de uma metodologia de mediação do sistema
SCALA para uso em sala de aula com estratégias pedagógicas visando a inclusão e a meta (d)
que se referia a estabelecer uma metodologia de pesquisa que levando em conta a base
epistemológica sócio-histórica que se apresente consistente para o estudo de fenômenos
complexos do comportamento humano que envolva ações mediadas por tecnologias
compreendendo que o desenvolvimento humano é indissociável das tecnologias e da sociedade
num processo dialético de constituição da relação sujeito-objeto, foi construída ao longo do
projeto e encontra-se em constante ajuste e atualização.
Já a meta (e) que previa estabelecer um disponibilizar um protocolo para análise da
usabilidade de recursos e dispositivos de tecnologia assistiva, foi cumprida como resultado de
um mestrado que avaliou a usabilidade do sistema, continuando este em constante
aprimoramento.
A meta (f) que previa estabelecer um comparativo entre as soluções adotadas em cada
estudo de caso envolvendo: sujeito - sistema tecnológico – grupo, de forma a contribuir na
consolidação de políticas públicas que visam a aquisição de tecnologias assistivas para as salas
de recursos multifuncionais. Este comparativo teve sua efetiva conclusão na pratica diversas
situações com professores de sala de aula, salas de recursos e de educação especial, assim
como pais e outros profissionais (fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais) que participaram
da pesquisa.
Com relação à meta (g) que visava à formação e aperfeiçoamento de docentes e
pesquisadores, um doutor e dois mestres, foi amplamente superada tendo em vista o número
de professores formados nas redes públicas de Porto Alegre, Vacaria, Alegrete, Caxias,
Gramado, Novo Hamburgo, Guaíba, entre outras localidades atendidas. Além disso, foram
formados cinco mestres e um doutor, além de dois doutorados em andamento e um pós
doutorado, com previsões de finalização para 2015 a 2017.
Enquanto que a meta (h) que se propunha a aplicabilidade dos resultados das pesquisas
e impactos previstos: A aplicabilidade da proposta tem caráter múltiplo, pois pode ser referida
à análise e proposição de melhoria dos sistemas de Atendimento Educacional Especializado e
de propostas de intervenção que qualifiquem a prática pedagógica, e a meta (i) referente a
publicações conjuntas: As publicações são interesse e compromisso do grupo. Devem ocorrer
na forma de artigos em revistas científicas, livros e capítulos de livros, trabalhos em anais de
eventos científicos e material didático-instrucional. Serão compartilhadas entre os
pesquisadores – docentes e estudantes – de acordo com o envolvimento específico na
produção daquele conhecimento. Nesse sentido, pretende-se produzir, como parâmetro
mínimo dois ‘produtos/ano’ (capítulo, artigo ou trabalho completo em anais) sendo valorizados
os padrões de avaliação CAPES para os veículos de divulgação (sistema Qualis), tem seus
19
resultados totalmente concluídos conforme apresentado no decorrer do relatório.
Houve uma melhoria dos programas de pós-graduação participantes, todos passando a
ter conceito 6 da Capes, com parcerias internacionais, e nacionais, ampliando a capacidade de
formação da linha de pesquisa envolvida no projeto. A articulação com o ensino permitiu a o
aumento na oferta de disciplinas de pós-graduação semestralmente com focos diversos (base
epistemológica, mediação tecnológica, autismo, tecnologia assistiva e outros assuntos
abordados em seminários especiais), e na graduação através da oferta de uma nova disciplina
eletiva para a Pedagogia e as outras licenciaturas sobre Tecnologia Assistiva e Acessibilidade
na Educação que iniciou em 2012 na modalidade semipresencial.
No tocante ao desenvolvimento do sistema atualmente disponível gratuitamente em
duas plataformas totalmente estáveis e em operação pela comunidade: web e android, ambas
com dois módulos: módulo prancha (figura 1) e história (figura 2). Assim como o sistema de
varredura na versão web.
Encontram-se em fase de testes a plataforma em TV Digital e o módulo de Chat Visual,
denominado Comunicador Livre. Estes últimos correspondem ao desenvolvimento realizado no
segundo semestre de 2013 que no momento está em depuração de erros, sendo prevista a
fase de utilização com crianças a partir da nossa metodologia baseada em contextos7 para
2014/2015
Figura 1: Módulo Prancha do SCALA versão Android para Tablets
Fonte: Scala
Figura 2: Módulo Historia do SCALA versão Android para Tablets
7 Tecnologia em Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade http://www.ufrgs.br/teias
20
Fonte: Scala
O sistema possui um gerenciamento de símbolos pictóricos e auditivos, e permite a
configuração e a escalabilidade do sistema, utiliza as licenças GNU para desenvolvimento e a
Creative Commons para garantir seu conteúdo aberto. O software é armazenado num servidor,
com um banco de dados contendo as imagens disponíveis para utilização na construção das
pranchas e das histórias. A migração para a nuvem foi efetivada.
No período 2011-2013 o projeto contou, além dos bolsistas de graduação, já
mencionados, dois alunos de mestrado com bolsa CAPES, um aluno de doutorado, também
com bolsa CAPES, e um aluno de mestrado com bolsa CAPES/Moçambique. Em 2013/2014 dois
novos alunos de doutorado se incorporam ao projeto para dar continuidade às pesquisas.
Para testes de usabilidade foram promovidas formações de professores em diversos
municípios de Rio Grande do Sul (Alegrete, Porto Alegre), Santa Catarina (Florianópolis) e São
Paulo, com três públicos diferentes: professores de salas de recursos multifuncionais e de
Atendimento Educacional Especializado, professores da rede pública de sala comum, e o
terceiro com Fonoaudiólogos, Terapeutas e Psicólogos especializados em Comunicação
Alternativa e Autismo. Os resultados das formações e dos testes de usabilidade podem ser
encontrados no item 6.
A seguir apresentamos para cada meta/objetivo do projeto um relatório com os
principais resultados, iniciando com a metodologia criada para o sistema SCALA, os estudos de
caso desenvolvidos com seus respectivos resultados, os testes de usabilidade e a análise das
formações, e para finalizar os prêmios recebidos, a produção científica decorrente e os
agradecimentos para os órgãos de fomento e a universidade que apoiaram este projeto.
21
Sistema SCALA
3.1 Metodologia de Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso
Uma das metas do presente projeto era estabelecer uma metodologia de pesquisa que,
levando em conta a base epistemológica sócio-histórica, se apresentasse consistente para o
estudo de fenômenos complexos do comportamento humano que envolva ações mediadas por
tecnologias, compreendendo que o desenvolvimento humano é indissociável das tecnologias e
da sociedade em um processo dialético de constituição da relação sujeito-objeto. Com essa
finalidade, desde 2010 o grupo de pesquisa vem procurando adaptar/aprimorar e inovar em
metodologias de desenvolvimento tecnológico que pudessem atender as necessidades do
paradigma inclusivo e a base epistemológica sócio-histórica que norteia as pesquisa do grupo
TEIAS. Do ponto de vista metodológico, o desafio da pesquisa foi de identificar uma
metodologia de desenvolvimento tecnológico que permitisse inovar na geração de produtos e
ao mesmo tempo, analisar processos de desenvolvimento humano, no caso, dentro do
espectro autista com déficits de comunicação.
Nessa busca, diversas metodologias foram analisadas, contudo, nenhuma destas
contemplava de forma satisfatória o desenvolvimento de software para sujeitos com déficits de
comunicação e cognição, como é o caso específico deste projeto e nem atendia a premissa do
contexto sócio-histórico como propulsor do desenvolvimento. Desta forma, a metodologia
almejada precisava também levar em conta a perspectiva de diversos contextos sociais sem
perder o foco no sujeito em relação às outras pessoas8.
Partindo-se de uma perspectiva metodológica sócio-histórica e da abordagem de
conceber o sujeito para além de sua deficiência, em interação com os outros, e atuando em
contextos sociais diversos a partir de práticas culturais de comunicação e letramento com
diferentes participantes, surge a proposta metodológica que foi denominada de
Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso (DCC).
As diretrizes gerais do DCC consideram o contexto macro do desenvolvimento humano
na interação social como base para a o desenvolvimento das tecnologias. Não interessa, pois,
isolar as características e necessidades dos sujeitos separadamente dos seus contextos. Esta
alternativa que acontece em geral quando verificamos o desenvolvimento de qualquer
Tecnologia Assistiva centrada no usuário, foca numa visão funcional do sujeito.
A proposta de DCC, pelo contrário, sem ignorar os aspectos funcionais, os situa no
contexto cultural em que se inserem. Assim, o sujeito é sempre visto em relação aos seus
diferentes contextos culturais, em uma configuração com múltiplos atores como foco de
8 � Crê-se que seja necessária a quebra do paradigma clínico no desenvolvimento de um recurso no qual a tecnologia assistiva é idealizada para o indivíduo com ênfase em sua deficiência. A deficiência não é o defeito fisico que a pessoa tem, mas é produto da situação orgânica, biológica, psicológica do indivíduo em combinação com o ambiente. A deficiência decorre de expectativas não atendidas, que impactam na interação sociale consequentemente no desenvolvimento do indivíduo.
22
análise. Uma vez que cada indivíduo “habita” muitos contextos e, nele, é participante mais ou
menos ativo de diferentes práticas culturais, que, em alguns casos, acontece em uma tríade de
ação mediadora, ou seja, em um processo de mediação, ligado à aprendizagem e ao
desenvolvimento humano. Cada contexto configura as relações e, portanto, as mediações
possíveis do sujeito com o mundo. Desta forma, o contexto cultural não é um meio ou pano de
fundo, é um dos atores que configuram a relação que se estabelece entre os atores humanos.
Este é o princípio que norteia a premissa de incluir o contexto no desenvolvimento de uma
tecnologia que poderá se tornar um instrumento de mediação afetando qualitativamente a
ação mediadora.
O contexto, nessa visão, ultrapassa o mero espaço físico, pois efetiva-se em uma
condição com dimensões espaço-temporais e culturais. A dimensão espacial e social é
atravessada por quatro tipos de tempos: a) o presente, que é o tempo micro genético, o aqui
e o agora; b) o vivido, que é o tempo ontogênico, o qual corresponde ao tempo da história de
vida do ser humano; c) o histórico, que é o tempo da trajetória pessoal de vida de cada
sujeito, relacionando-se com sua cultura; d) o tempo futuro, que é o previsto para acontecer
mais adiante, nas perspectivas próprias e dos outros, o que se imagina que pode acontecer,
deseja-se, intenções e expectativas do sujeito para o futuro.
Ocorre, pois, uma contínua atualização desses quatro tempos que atravessam os
contextos e que necessitam serem levados em consideração na construção de um sistema de
tecnologia assistiva. A análise inicia-se pelo tempo presente, micro genético, e, a partir dele
resgatam-se os demais tempos. Para tal, utiliza-se como elemento central uma abordagem
etnográfica, por meio da qual, a partir de informantes, é possível o resgate do tempo vivido, o
histórico e ter-se uma previsão do tempo futuro (GOETZ, 1984).
Levando-se em consideração que a pesquisa etnográfica fundamenta-se por meio do
discurso, que é por essência permeado de subjetividade, através do relato de lembranças e
expectativas, não se configura um relato fiel. No entanto, tratando-se de uma pesquisa sócio-
histórica, essa subjetividade não acarreta consequências que a invalidam por haver a
possibilidade da triangulação de fontes de coleta de dados como mecanismo de regulação.
Dessa forma, obtêm-se diferentes pontos de vista do que está sendo observado e
caracterizado, possibilitando identificar discrepâncias entre o descrito e o que se efetiva como
fato (YIN, 2003).
A configuração dos contextos perpassa desta forma, a pesquisa sócio-histórica, na qual
a natureza dos contextos é sempre discursiva e permite a análise dos vários elementos:
pessoas, contextos, práticas culturais e ações mediadoras que aparecem dentro das práticas
(figura 3) e a partir dos tempos. Desta forma o contexto não pode ser considerado um
elemento estático, senão mais um ator na interação com os agentes (pessoas) (PASSERINO;
BEZ, 2012).
Assim, no DCC, o desenvolvimento de uma tecnologia assistiva de comunicação
alternativa para sujeitos com deficiência deve considerar diversos contextos (família, escola,
etc.) para a o entendimento do fenômeno da comunicação inserida em um espaço educativo e
23
inclusivo. Em um nível micro, a tríade sujeito-mediador, sujeito com deficiência e ações
mediadoras9 constitui o ponto inicial para a compreensão dos processos de mediação com
tecnologias. Tal perspectiva metodológica colabora para o desenvolvimento de recursos
tecnológicos de forma diferenciada dos processos de desenvolvimento tradicionais, mesmo
aqueles processos embasados no Design Centrado no Usuário (DCU), no qual o usuário
participa do processo de desenvolvimento, especialmente levando em conta as suas
necessidades, expectativas e experiências (PASSERINO; BEZ, 2013).
No caso do DCC (figura 3), não se tem apenas um modelo de usuário, mas uma gama
diversificada de agentes, com muitas particularidades que diferem tanto nas expectativas
quantos nas experiências, por isso, propõe-se uma visão ampliada. Não somente interessa “o”
usuário, como no DCU, mas também as singularidades e especificidades dos vários agentes em
interação. Assim, o foco amplia-se para a ação que se desenrola na interação, nas práticas
culturais nas quais os agentes e os recursos tecnológicos veem-se involucrados (PASSERINO;
BEZ, 2013).
9 É a ação desenvolvida pelas pessoas em interação social, apropriando-se dos instrumentos de mediação e com a finalidade de modificar seu comportamento ou de outras pessoas ou modificar o meio (WERTSCH, 1999).
24
Figura 3: Representação síntese do DCC
Fonte: PASSERINO; BEZ, 2013.
3.2 Desenvolvimento Tecnológico da Tecnologia Assistiva SCALA
O desenvolvimento tecnológico iniciou com base no protótipo existente para desktop em
2009 e com base na experiência em autismo das pesquisadoras Bez (2011) e Passerino (2005)
que trabalharam estratégias de mediação com pessoas com autismo. Para uma visão geral das
etapas do desenvolvimento da tecnologia SCALA, é apresentado um quadro síntese, com as
principais etapas. Essas etapas (Quadro 1) não aconteceram necessariamente de forma
sequencial, pois muitas foram concomitantes e inter-relacionadas, portanto a ordem numérica
é apenas uma forma de dispô-las.
25
Quadro 10: Síntese para as etapas de pesquisas desenvolvidas
Etapas do desenvolvimento do Sistema SCALA
Etapa Ano Descrição 1 2010 Reunião com a equipe para repensar a versão desktop numa
proposta de transformação para web e dispositivos móveis. 2 2011 Seleção dos sujeitos para a pesquisa, termos de consentimento,
entrevistas, anamnese, conhecimento dos contextos familiar, escolar
3 2010 Pesquisa bibliográfica dos softwares de CA existentes para web e para dispositivos móveis.
4 2010/2011 Reformulação da engenharia de software, requisitos e casos de uso para a versão prancha web.
4 2011 Ajustes interface 5 2011 Nuvem Créditos do SCALA, inicio em outubro de 2011, mas em
constantes ajustes, conforme entrada e saída de novos integrantes da equipe
6 2011 Tutorias do SCALA – iniciados em outubro de 2011, mas em constantes ajustes, conforme alterações realizadas no software
7 2011/2012 Reanalise do banco de imagens 8 2011 Elaboração de imagens animadas 9 2010/2011 Desenvolvimento do SCALA web 10 2011 Escolha e compra dos dispositivos móveis 11 2011 Desenvolvimento servidor do banco de dados 12 2012 Desenvolvimento versão para dispositivo móvel - prancha 13 2012 Visita às três escolas de Educação Infantil dos sujeitos
participantes da pesquisa. Assinatura do Termo de concordância da Instituição
14 2012 Elaboração requisitos módulo narrativas visuais para dispositivo móvel
15 2012 Elaboração da engenharia do software do módulo narrativas visuais
16 2012 Desenvolvimento da programação do SCALA dispositivo móvel, módulo narrativas visuais
17 2012 Tutoriais SCALA dispositivo móvel 18 2012 Registro do Programa de Computador SCALA-WEB 19 2012 Sistema de varredura para o SCALA, no módulo prancha web 20 2013 Reanalise do banco de imagens 21 2013 Estudo das cores no autismo 22 2013 Desenvolvimento do protótipo do “Comunicador Livre” 23 2013 Parceria internacional de integração do SCALA ao Siesta na
plataforma do IPTV. Projeto: TAC-ACCESS (Tecnologias de Apoio à Comunicação a partir de Interfaces acessíveis e multimodais para pessoas com deficiência e diversidade).
24 2013 Parceria Centro Aragonés de Tecnologías para la Educación (CATEDU) para integração do SCALA ao Portal Aragonés de la Comunicación Aumentativa y Alternativa - ARASAAC (http://arasaac.org).
25 2013 Parceria com a faculdade de Farmácia da UFRGS para desenvolvimento SCALASaude (previsto para 2014)
26 2013 Avaliação da tecnologia assistiva nas duas versões. Metodologia de ação mediadora (em todo o projeto)
• Ação mediadora com os sujeitos com uso da tecnologia; • Ação mediadora com professores, observação e
acompanhamento; • Ação mediadora com família, observação e
acompanhamento.
26
Na etapa 1 ocorreu uma reunião para inicio das tratativas para transformação do SCALA
versão desktop para web e dispositivos móveis, para tal foi necessário a elaboração de um
servidor para o banco de dados. Os bolsistas da computação ficaram encarregados desse
desenvolvimento do servidor para o banco de dados com as imagens disponíveis para
utilização na construção das pranchas e das histórias. Optou-se por continuar com o mesmo
layout que foi elaborado para fase final do protótipo com os devidos ajustes vindouros das
necessidades atuais (web/dispositivos móveis e módulo história). Esta versão teve a inserção
do módulo “narrativas visuais” (construção de histórias). Como se tinha o desejo de um
cadastro dos usuários para eventuais contatos e analises, optou-se pela pagina inicial do
software com login e senha para cada usuário.
Na pagina inicial também foi disponibilizado um termo de uso que o usuário deve
aceitar ao se cadastrar. O mesmo foi criado em função de o software possuir uma categoria de
imagens intitulada “Minhas Imagens”, na qual o usuário pode inserir qualquer figura, ficando
desta forma, sob sua responsabilidade a autoria das mesmas. A intenção de gratuidade da
tecnologia prevaleceu como na versão anterior, utilizando-se para tanto, as licenças GNU para
desenvolvimento e a Creative Commons para garantia do conteúdo aberto nas linguagens
Javascript e PHP5.
Como já descrito, a trajetória investigativa envolve vários projetos de investigação
desenvolvidos pelo grupo de pesquisa SCALA (RODRIGUES, 2011; RODRIGUES, PASSERINO,
2010; AVILA, 2011, BEZ, 2009), em diferentes espaços e momentos, com pontos de
interseção e consolidação da equipe em reuniões periódicas, que permitiram manter o rumo da
investigação.
O desenvolvimento em espiral inicia-se com uma análise aprofundada tanto de sistemas
já existentes10 como dos resultados das pesquisas anteriores mencionadas, que possibilitaram
construir um conjunto de requisitos para o sistema constantemente ajustados a partir das
pesquisas em andamento.
Assim, o desenvolvimento da engenharia de software foi pensado para atender as
necessidades da nova versão de ambos os módulos na etapa 3. Desta forma, os requisitos do
software foram reformulados em funcionais (quadro 2 e 4) e não-funcionais (quadro 3 e 5).
Os requisitos funcionais se relacionam diretamente a um processo que o sistema deve
executar ou às informações que precisa conter. Os requisitos influenciam de forma direta no
processo de análise, pois definem as funções que o sistema precisa executar e o que deve
fazer a cada interação do usuário. Os requisitos não-funcionais estão relacionados às
propriedades comportamentais que o sistema deve ter como usabilidade e simplicidade. Esses
requisitos influenciam de forma indireta no processo da análise, pois são utilizados para tomar
decisões sobre a interface, sobre o hardware que executará o software e a arquitetura do
sistema. 10 Foram explorados os principais software disponíveis: Amplisoft, Boardmaker, e outros sistemas de uso gratuito cujas características de interação e construção de histórias foi relevante para pensar os requisitos do sistema. A síntese da avaliação completa foi desenvolvida por Ávila (2011) como parte da sua pesquisa de mestrado.
27
Quadro 11: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha
Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha REQF01- Fazer login: ao entrar no software primeiro abrirá uma pagina solicitando que efetue. o login, digitando o nome de identificação no local especificado e uma senha. Após clicar no botão “Login” e entrará na pagina do software. Se o usuário digitar nome ou senha incorreto aparecerá uma janela com mensagem.
REQF02- Cadastrar usuário: Para o usuário efetuar o cadastro deverá preencher os seguintes campos: nome, senha, cidade, profissão, email, local de acesso; se é usuário de comunicação alternativa; se concorda com os termos de uso do SCALA. Para finalizar o cadastro clicar no botão “Cadastrar”.
REQF03- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao clicar no botão layout abrirá janela contendo miniaturas dos quatro tipos de layouts disponíveis. Ao clicar em um dos tipos a tela deve se adequar ao tipo escolhido. o tipo 1 corresponde a uma prancha dividida em 12, o tipo 2 corresponde a uma prancha dividida em cinco quadros. O tipo 3 corresponde a uma prancha dividida em oito quadros e a tipo quatro a uma prancha dividida em sete quadros O software inicia com layout do tipo 1. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768.
REQF04- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (pessoas, objetos, natureza, ações, alimentos, sentimentos, qualidades, minhas imagens) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando na mesma. Esta fica selecionada até que o usuário efetue um novo clique no local desejado (quadro) quando a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens”. REQF05- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou prancha toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, após clicar sobre o quadro escolhido ou no ambiente da prancha. Se for o quadro, este é limpo e ficará em branco. Se for o ambiente da prancha, toda a prancha será excluída, permanecendo somente um quadro branco. Ambiente é considerado a parte do layout onde se encontram as pranchas. REQF06- Enviar som: Permite ao usuário enviar um som para o software, que será executado no lugar da legenda da imagem do quadro. O usuário clica no quadro e depois no ícone de som para abrir a caixa de envio do som. REQF07- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia a legenda existente no quadro. O usuário clica no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz ou do som enviado pelo próprio usuário no REQF06 . REQF08- Salvar Prancha: permite salvar a prancha construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a prancha e escolhido se a prancha ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A prancha será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma prancha salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a prancha. E quando salvar a prancha privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF09- Abrir prancha: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou pranchas públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a prancha, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de pranchas públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As pranchas existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF10- Imprimir prancha: permite que o usuário imprima a prancha aberta no sistema. O usuário clica no ícone imprimir e a prancha aberta na tela principal será impressa. REQF11- Reproduzir Prancha: Permite que o usuário veja a prancha em um quadro e possa reproduzi-la inteiramente com o sintetizador de voz. REQF12- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças na elaboração da prancha. Para desfazer, clicar no botão do ícone desfazer, e a última ação será desfeita na prancha, até dez vezes. REQF13- Importar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem dentro de seu
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computador e armazená-la em seu banco de imagens. Após esta imagem estará na categoria “minhas Imagens”.. REQF14- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF15- Exportar: permite que o usuário exporte sua prancha para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde quer salvar, depois clica com o mouse em salvar(a prancha é salva no formato PDF). REQF16- Editar legenda imagem: permite que o usuário alterar a legenda da imagem na sua prancha.
Quadro 12: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha
Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha
REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (exceto no exportar prancha). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas
Quadro 13: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Narrativas visuais
Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – História
REQF01- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao abrir o software uma janela com as quatro opções de layout existentes é automaticamente aberta. Ao clicar sobre uma das opções, a tela é redefinida de acordo com a opção escolhida. O usuário poderá escolher entre as três opções disponíveis, que são: uma tela dividida em quatro quadros; uma tela em branco; uma a tela dividida em 3 quadros e uma tela dividida em 6 quadros . Iniciar com quadro branco na tela principal do sistema. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768
REQF02- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (ícones-botões-imagens próprias, etc) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando com o mouse na mesma. Depois o usuário deverá clicar na tela de edição e então a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens” REQF03- Carregar cenário: Permite carregar as imagens de cenário do banco de dados do software para formar o fundo dos quadros. Quando o usuário desejar colocar um cenário ou cor no quadro de sua história, este deverá clicar no ícone-cenários ou na paleta de cores, dentro da janela de Alterar Cenário. Abre uma janela com os cenários/cores e após escolha, o usuário clica com o mouse no cenário/cor escolhido. O cenário/cor ocupará o tamanho do quadro e ficará fixo. REQF04- Aumentar imagem: Permite aumentar o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “aumentar imagem”. Esta aumenta 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até no máximo 90% do tamanho do quadro. REQF05- Diminuir imagem: Permite diminuir o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada, e após, no ícone de Diminuir Imagem, esta
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diminuirá 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até 20 pixels de altura por 20 pixels de largura aproximadamente. REQF06- Rotacionar imagem: Permite rotacionar a imagem em 90 graus para a direita. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “rotacionar”, então a imagem é rotacionada em 90 graus no sentido horário a cada clique. REQF07- Enviar imagem para frente: permite trazer a imagem para a frente das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para frente”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para frente das demais imagens existentes no quadro. REQF08- Enviar imagem para trás: permite enviar a imagem para a trás das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para trás”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para trás das demais imagens existentes no quadro. REQF09- Apagar imagem (borracha): permite excluir uma imagem do quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “apagar”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta é apagada (excluída). REQF10- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou historia toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, então é aberta uma janela de confirmação, se aceita, o quadro ou a história toda é apagada, dependendo da tela atual que o usuário se encontra. REQF11- Definir narrativa: Permite definir a narrativa do quadro. O usuário terá um espaço para texto para que possa escrever acima do quadro criado. O espaço da narrativa ficará disponível para edições/alterações dentro do quadro em que se encontra. REQF12- Escolher Balão: Permite a escolha de balões de fala, pensamento, descrição. Quando clicar com o mouse no ícone balão, abrirá uma janela com diversos balões e o usuário clica sobre o desejado, da mesma forma que imagens, e então clica no quadro de edição, no lugar onde deseja posicioná-lo. O texto do balão poderá ser alterado clicando sobre ele, e então no ícone de edição de texto. REQF13- Inverter imagem: Permite Inverter a direção de uma imagem. Ao clicar com mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “inverter”, a imagem será invertida, espelhada. REQF15- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia as narrativas existentes nos quadros. O usuário clica com o mouse no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz. REQF16- Salvar história: permite salvar a história construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a história e escolhido se a história ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A história será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma história salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a história. E quando for privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF17- Abrir história: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou histórias públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a história, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de historias públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As histórias existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF18- Imprimir história: permite que o usuário imprima a história aberta no sistema. O usuário clica com mouse no ícone imprimir e a história aberta na tela principal será impressa. REQF19- Animar história: permite que o usuário assista a história de forma animada. Ao clicar no botão “animar” o usuário irá visualizar a história criada em forma de um livro, quadro por quadro. A capa deverá conter o título da história (nome do arquivo salvo), nome do autor (mesmo nome do login) e a data da ultima edição. Pressionando a tecla ESC(cancelar visualização) ou terminando a animação, deverá voltar a tela de edição. REQF20- Reproduzir: permite que o usuário assista a animação da História. REQF21- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças. Para desfazer, clicar no botão do mouse no ícone desfazer, e a última ação será desfeita na tela principal do software, até dez vezes. REQF22- Arrastar imagem: permite que o usuário mude a posição de uma imagem contida em um quadro. O usuário deverá clicar sobre a imagem e então sobre a posição desejada, e a imagem mudará de lugar. REQF23- Armazenar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem e armazená-la
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em seu banco de imagens (minhas imagens). REQF26- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF27- Exportar: permite que o usuário exporte sua historia para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde que salvar, depois clica com o mouse em ok. A história será salva num arquivo em extensão .pdf para que o usuário possa ver a historia salva sem internet.
Quadro 14: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – narrativas visuais
Requisitos não funcionais do sistema
REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (com exceção do exportar história). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas.
O diagrama de caso de uso modela as atividades do sistema, detalhando as opções
disponíveis e os atores executando as diferentes ações possíveis (figura 4, 5, 6).
Figura 4: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Tela Inicial
Fonte: Autoria Própria
Figura 5: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Módulo Prancha.
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Fonte: Autoria Própria
Figura 6: Diagrama de casos de uso do SCALAWeb Módulo História.
Fonte: Autoria Própria
A interface do software (figura 7) foi desenvolvida pelo grupo em paralelo com seus
requisitos e modelagem. Neste sentido, Preece, Rogers e Shap (2005) e Passerino e Bez
(2013) contribuíram para a organização de um design sempre focado no usuário em relação
aos outros (pessoas) e em contextos de uso, tendo este como ponto fundamental em cada
decisão tomada pelo grupo. Desta forma, a seguir apresentam-se os layouts do sistema para
os módulos prancha e história.
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Figura 7: Interface - Layout módulo prancha e módulo história.
Fonte: SCALA
Para formação foram desenvolvidos tutoriais passo a passo de cada módulo, que podem
ser encontrados no próprio software (http://SCALA.ufrgs.br/SCALAweb), no item Ajuda ou no
site do projeto (http://SCALA.ufrgs.br) em materiais.
O Sistema foi registrado como software livre desenvolvido pelo TEIAS/UFRGS e com
apoio da FAPERGS/CAPES/CNPq. O registro do Programa de Computador SCALA-WEB foi
realizado em 21/12/12, sob o nº 016120006172.
A etapa 4 inicia com a escolha dos sujeitos da pesquisa, que serão apresentados no
item que descreve os estudos de caso desenvolvidos na pesquisa. Para cada caso, um termo
Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A), aprovado previamente pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da UFRGS (Anexo A) foi encaminhado para os responsáveis que concordaram na
participação na pesquisa.
Os dados iniciais coletados por observação e entrevistas permitiram adaptar e definir o
sistema SCALA a partir de um perfil sócio-histórico dos sujeitos. Dessa forma, para
desenvolver o Sistema SCALA, o foco não esteve apenas nas necessidades de comunicação dos
sujeitos não oralizados, mas também nas expectativas de professores como mediadores das
práticas educativas com esses sujeitos e na participação intensa da família para utilização e
adaptação dessas estratégias e recursos.
Nesse período ocorreu também uma analise do banco de imagens e contou ao longo do
tempo com especialistas da área de design e de educação para seleção e aprimoramento do
banco. O banco é composto por imagens do portal Aragonês ARASAAC11 e imagens de autoria
do grupo. A análise criteriosa desse conjunto de mais de 9000 imagens permitiu reduzir o
banco para aproximadamente seis mil imagens, aglutinando imagens do ARASAAC e imagens
desenvolvidas no projeto.
Na etapa 6 foram desenvolvidas algumas animações das ações pensadas a partir de
pesquisas empíricas que apresentam como resultados indícios de que ações animadas podem
ser mais adequadas na compreensão metafórica e simbólica de sujeitos com autismo
(PASSERINO, 2005; BARTH, PASSERINO, SANTAROSA, 2007; BARAKOVA, GILLESSEN, FEIJS,
11 www.catedu.es/arasaac/
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2009). Estas foram: abrir, acariciar, acordar, agarrar, agredir, amanhecer, amar, amarrar,
amassar, anotar, apagar, apertar as mãos, aproximar, assar, assoprar, assoviar, aumentar,
beber, beijar, botar dedo no nariz, brotar, cair, caminhar, cantar, cheirar, chorar, chover,
chutar, cobrir, colher, comer, contar, conversar, consertar, copiar, cortar, crescer, cuidar,
descer, entrar, encher, esconder, escovar os dentes, escrever, esfregar, falar, guardar, imitar,
inventar, investigar, jogar video-game, lamber, lavar as mãos, ler, limpar-se, lixar as unhas,
morder, narrar, olhar, organizar, ouvir, pegar, pensar, pintar, piscar, querer, sair, sonhar,
tocar, tossir e viajar.
Na etapa seguinte ocorreu o desenvolvimento da programação propriamente dita. A
medida em que as funcionalidades foram sendo finalizadas, passavam por testagem interna do
grupo e de usuários como professores, familiares e as crianças, implicando em diversas
modificações durante todo período.
Na etapa 8, ocorreu a opção de escolha do dispositivo móvel tablet android de 10
polegadas (desenvolvido para 7 polegadas ou mais (resolução de vídeo de 600x1024),
fundamentada em pesquisas realizadas pelo grupo. Após realizado orçamentos de preços,
optou-se pela compra de diferentes modelos para testar seu desempenho, tanto em termos de
interface, facilidade de uso, peso, e autonomia de bateria.
Para o desenvolvimento do sistema em Android, foi feita uma tomada de preços e a
empresa Maguis – Solução em Software Livre ofereceu a melhor condição para se tornar
parceira no desenvolvimento do servidor de banco de dados e a versão para dispositivo móvel.
Todo o desenvolvimento foi acompanhado e registrado como software livre, com transferência
de tecnologia em código aberto disponível para a comunidade científica.
O SCALAServer foi finalizado em fevereiro de 2012, e têm por finalidade criar uma
interface de controle e administração das imagens pranchas publicadas do software SCALA, a
qual busca:
1. Administração e publicação de categorias e imagens incluindo os referidos arquivos;
2. Administração e publicação das pranchas12 criadas pelo usuário e exportadas
publicamente.
Na primeira fase do projeto foi realizado um estudo de classes de camadas, assim como
análise de negócio para as imagens e categorias do SCALA (figura 8) o que foram usadas como
referência para as versões Tablet, Web.
Também se definiram projeto e arquitetura para estipular as tecnologias para o
desenvolvimento do software SCALAServer e comunicação Web Services. Para a escolha de tal
tecnologia levou-se em conta os seguinte quesitos:
• padrões e tecnologias atualmente utilizadas no mercado;
• integração e compatibilidade com as plataformas já desenvolvidas;
• integração e compatibilidade com as plataformas que serão desenvolvidas;
• qualidade da tecnologia em relação à usabilidade, estabilidade, acabamento gráfico;
12 Prancha: Ambiente de utilização do Scala, incluindo o layout escolhido pelo usuário, imagens utilizadas e definições de posicionamento, vozes e textos sobrepostos.
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• facilidade de desenvolvimento/manutenção;
• aderências aos padrões atualmente utilizados (Orientação à Objetos, MVC e etc).
Figura 8: Diagrama de classes da camada de modelo do projeto.
Fonte: Autoria Própria
Avaliando as tecnologias disponíveis no mercado, a tecnologia Java foi escolhida como
base de desenvolvimento, sendo esta, a mesma utilizada em todas as versões do SCALA. Foi
definido o uso de uma tecnologia Web por ser uma tendência tecnológica e por facilitar seu uso
de forma que qualquer usuário habilitado necessitasse apenas de um navegador de Internet
para acessá-la. O quadro 6 apresenta as tecnologias e versões utilizadas:
Quadro 15: tecnologias e versões utilizadas
Descrição Tecnologia Versão
Tecnologia base Java para Web Java EE 6
Servidor de Aplicação Apache Tomcat 7
Framework de Persistência JPA 2
Framework Web JSF/Facelets 2
Framework UI Primefaces 3
Branco de Dados PostgreSQL 9
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Tecnologia Web Services JAX-WS 2
Após definição e validação da estrutura, o desenvolvimento da aplicação iniciou-se com
a estrutura básica em ambiente seguro (controle por login/senha administráveis no próprio
software) e administração das imagens do SCALA. O objetivo deste módulo foi possibilitar de
maneira simples a inclusão, alteração e exclusão das categorias e imagens que estarão
disponíveis para uso. O software, ao enviar as imagens, reconhece automaticamente os nomes
através do nome do arquivo, a qual se torna o nome e dentro do SCALA e será usado também
para o reconhecimento de voz do sistema. Após esta etapa, as alterações foram avaliadas e
publicadas.
Uma vez publicada cada versão do SCALA, verifica-se as atualizações e caso seja
necessário, implanta-se tais modificações, fazendo com que todos os aplicativos SCALA
possam facilmente se manter atualizados quanto às categorias e imagens. Esta sincronização é
realizada através de Web Services.
A etapa seguinte contempla o recebimento e publicação das pranchas gravadas pelos
usuários em seu software SCALA. A funcionalidade permite o recebimento de uma prancha por
WebService e, após aprovado por um administrador, a publicação da mesma também por Web
Services. O armazenamento das pranchas segue os padrões de arquitetura definidos pela
Equipe do projeto Scala incluindo meta-dados que permitem a busca e localização para outros
usuários.
Os requisitos funcionais e não funcionais do SCALA dispositivo móvel, módulo prancha,
foram levantados pela equipe de pesquisa do projeto e passados à empresa Maguis para
análise e desenvolvimento do sistema, tendo como principais requisitos não funcionais e
aplicação itens definidos conforme quadro 7:
Quadro 16: tecnologias e versões utilizadas
Requisito não funcional Tecnologia Atendida Versão Utilização em Tablets de 10'' com resposta rápida aos comandos solicitados
Android 3.0
Armazenamento dos dados de figuras, categorias e pranchas
Banco de Dados Sqlite
3
Integração com servidor SCALAServer WebServices Rest Exportação das pranchas em formato visualizável Formato de saída JPG
Reprodução dos sons das palavras Sintetizador de voz padrão Android TTS
O software foi desenvolvido seguindo os padrões de projeto (Design Pattern)
recomendados pela equipe de Desenvolvimento Google, desenvolvedora da plataforma Android
SDK. Dentre os principais padrões utilizados destacam-se:
Model-View-Controller (MVC),
Internacionalização,
Utilização de Api padronizadas
Text-to-Sprech (TTS)
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Compartilhamento de recursos para exportação de imagens Web Services REST
Interpretação e geração de arquivos XML
O diagrama de Casos de Uso apresenta as funcionalidades que eram esperadas para
este módulo e suas características funcionais e não funcionais (figura 9)
Figura 9: casos de uso SCALA dispositivo móvel – prancha.
Fonte: Autoria Própria
O Ator principal do sistema é a criança ou adulto que irá manipular o Tablet, podendo
realizar todos os casos de uso previstos pelo sistema.
Figura 10: diagrama de atividades dispositivo móvel – prancha.
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Fonte: Autoria Própria
Funcionalidades do Sistema SCALA para dispositivos móveis
O desenvolvimento do sistema SCALA está descrito nas funcionalidades a seguir:
Escolher Layout da Prancha
O software prevê quatro tipos de layout para a criação da prancha, sendo que o
tamanho e a disposição das imagens inseridas devem ser de acordo com o layout escolhido.
Quando um novo layout for escolhido, todas as imagens serão removidas, executando ação
semelhante ao Limpar Prancha. Uma mensagem de confirmação será apresentada ao usuário
antes de trocar o layout.
Inserir Imagem na Prancha
O software possui categorias que ordenam os vários tipos de imagens, e dentro de cada
categoria há um número ilimitado de imagens. Esta estrutura é importada durante o processo
de instalação e do Servidor SCALA utilizando a tecnologia REST, descrito no caso de uso
Atualizar Imagens via WebService.
Para inserir uma imagem na prancha, o usuário deve selecionar a imagem desejada
(pressionando e soltando o dedo na mesma), ficando esta com uma borda de destaque, e
depois pressionar o dedo na posição do layout desejada. Caso haja uma imagem nesta
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posição, a nova imagem irá substituir a imagem antes inserida.
Junto da imagem é mostrado o texto correspondendo ao nome dela (atributo do banco
de dados), podendo o mesmo ser alterado para a presente prancha.
Reposicionar imagem
A selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre a imagem na prancha), é
possível reposicioná-la pressionando o dedo e arrastando até a posição de destino.
Excluir Imagem da Prancha
Para excluir uma imagem da prancha deve-se selecionar a mesma e pressionar o botão
excluir, localizado no canto inferior direito junto aos demais botões de manipulação da
imagem. A imagem excluída perde suas configurações específicas de nome e som, caso tenha
sido alterada. Porém a mesma continuará disponível no menu de categorias.
Gravar som para uma Imagem
Quando inserida na prancha, a imagem irá por padrão sintetizar seu nome para gerar o
som correspondente. Caso se deseje alterar o som, pode-se gravar uma voz para a mesma.
Este som será armazenado e vinculado apenas à imagem da prancha, mantendo inalterada a
original.
Para gravar o som, seleciona-se a imagem e se pressiona o botão Gravar Som, após
terminar a gravação deve-se pressionar o botão parar mostrado numa janela de diálogo.
Reproduzir som das imagens
Ao selecionar a imagem pode-se reproduzir seu som de acordo com o seguinte padrão:
• Caso haja um som gravado para a imagem, reproduz este som (Caso de uso “Gravar
som para uma Imagem”);
• Caso tenha sido alterado o texto da imagem, sintetiza o texto alterado;
• Sintetiza o texto original da imagem.
Visualizar Prancha
Ao selecionar a opção de “Visualizar Prancha”, uma janela será aberta apresentando a
prancha construída. Nesta janela há a opção de reproduzir toda a prancha em sequência, com
o som de cada imagem, iniciado pela imagem inserida no canto superior direito e reproduzindo
da esquerda para direita linha a linha.
É possível também pressionar uma imagem e a mesma reproduzir o som
correspondente. Ambas ações executam o caso de uso “Reproduzir som das Imagens”.
Abrir Prancha
Este caso de uso abre uma prancha previamente salva no banco de dados do Tablet.
Esta ação irá carregar o layout salvo, assim como as imagens e suas possíveis alterações
(nome e som). Este comando, também poderá importar uma prancha exportada (arquivo
compactado). Neste caso irá importar todas as configurações da prancha e das imagens, e
gravar no banco de dados interno, podendo ser aberta em outras ocasiões.
Salvar Prancha
Este caso de uso salva uma prancha construída no banco de dados do Tablet. Esta ação
irá salvar o layout, assim como, as imagens e suas possíveis alterações (nome e som).
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Além de salvar, pode-se exportar a prancha para um arquivo externo, através do caso
de uso “Exportar prancha”.
Exportar Prancha
Este caso de uso cria um arquivo no formato compactado com todas as informações da
prancha criada, podendo ser importada em outros tablets.
O arquivo compactado contém um arquivo XML com a descrição da prancha e das
imagens: layout, posicionamento das imagens e possíveis alterações. Caso seja usado uma
imagem importada na prancha, esta imagem será salva dentro do arquivo compactado. Caso
seja gravado sons para as imagens, estes também irão junto com o arquivo compactado.
Excluir Pranchas Salvas
Ao selecionar a opção de abrir uma prancha, é possível excluí-la do banco de dados.
Esta operação é irreversível e irá excluir todas as informações referentes à prancha.
Atualizar imagens por WebServices
Ao iniciar, o sistema o SCALA irá diariamente buscar por novas atualizações no servidor
SCALAServer. O usuário poderá aceitar ou não as novas atualizações
Importar Imagem
Este caso de uso prevê a importação de imagens contidas no Tablet para o software
SCALA. As imagens importadas ficam numa categoria especial chamada “Minhas Imagens” e
poderá ser usada normalmente pelo sistema. Para excluir uma imagem importada, deve-se
ficar pressionando a mesma por dois segundos, abrindo assim uma janela de diálogo
confirmando a exclusão.
Exportar/Enviar Imagem
Este caso de uso deve exportar uma prancha no formato JPG e permitir o envio desta
imagem para outros dispositivos. O recurso usado para enviar a imagem é a opção
compartilhar do Tablet, que permitirá enviá-la por vários métodos dependendo do software
instalado. As opções padrão são: “Enviar por Bluetooth” e “Enviar por e-mail”.
Uso do Software
O diagrama de atividades da figura 10 apresenta o processo padrão de utilização do
sistema, podendo neste haver mudanças de acordo com o interesse do usuário.
O desenvolvimento dos requisitos do SCALA dispositivo móvel para o módulo narrativas
visuais e os diagramas de casos de uso apresentam as características funcionais e não
funcionais (figura 10 e 11).
O Ator principal do sistema é a criança ou adulto que irá manipular o Tablet, podendo
realizar todos os casos de uso previstos pelo sistema.
Escolher Layout da História
O software prevê vários tipos de layout para a criação da história, sendo que o tamanho
e disposição de cada quadro da história devem ser feito de acordo com o layout escolhido.
Quando um novo layout for escolhido, todas as imagens serão removidas. Uma mensagem de
confirmação será apresentada ao usuário antes de trocar o layout.
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Figura 11: casos de uso dispositivo móvel – módulo narrativas visuais
Fonte: Autoria Própria
Abrir História
Este caso de uso abre uma história previamente salva no banco de dados do Tablet.
Esta ação irá carregar o layout salvo, assim como, as imagens e as narrativas da história.
Salvar história
Este caso de uso salva uma história no banco de dados do Tablet. Esta ação irá salvar o
layout assim como as imagens e as narrações.
Excluir Histórias Salvas
Ao selecionar a opção de abrir, é possível excluir histórias do banco de dados. Esta
operação é irreversível e irá excluir todas as informações referentes à história excluída.
Importar Imagem
Este caso de uso prevê a importação de imagens contidas no Tablet para o software
SCALA. As imagens importadas ficarão numa categoria especial chamada “Minhas Imagens” e
poderá ser usada normalmente pelo sistema. Para excluir uma imagem importada, deve-se
ficar pressionando a mesma por dois segundos, abrindo assim uma janela de diálogo
confirmando a exclusão.
Exportar/Enviar Imagem
Este caso de uso deve exportar uma história no formato JPG e permitir o envio desta
imagem para outros dispositivos. Os recursos usados para enviar a imagem é a opção
compartilhar do Tablet, que permitirá enviá-la por vários métodos dependendo do software
instalado. As opções padrão são: “Enviar por Bluetooth” e “Enviar por e-mail”.
Reproduzir História
Ao selecionar a opção Reproduzir, uma nova janela é aberta apresentando a história
construída. Nesta janela há a opção de reproduzir toda a história em sequência reproduzindo o
som da narrativa de cada quadro, iniciando pelo canto superior direito e reproduzindo da
esquerda para direita linha a linha.
41
Edição de um Quadro
Cada quadro do layout selecionado deve ser editado individualmente. Para editar um
quadro basta selecioná-lo (pressionando o dedo sobre ele), que será aberta a tela de edição.
Escolher Cenário
A opção cenário permite escolher o fundo de um quadro específico da história. Quando
o usuário desejar colocar um cenário ou cor no quadro de sua história deverá selecionar a
opção “cenário” ou a paleta de cores. Será aberta uma janela com os cenários/cores e após
escolha o cenário/cor ocupará o tamanho do quadro e ficará fixo.
Inserir Imagem
O software possui categorias que ordenam os vários tipos de imagens, e dentro de cada
categoria há um número determinado de imagens. Esta estrutura é importada durante o
processo de instalação e do ServidorSCALA utilizando a tecnologia REST, descrito no caso de
uso Atualizar Imagens via WebService.
Para inserir uma imagem na narrativa visual, o usuário deve selecionar a imagem
desejada (pressionando e soltando o dedo na mesma), ficando esta com uma borda de
destaque, e depois pressionar o dedo na posição do quadro que deseja inserir a imagem.
Reposicionar imagem
Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível reposicioná-la
arrastando (pressionando a o dedo na imagem e deslizando até a posição desejada) a mesma
até a posição de destino.
Rotacionar imagem
Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível fazer rotação
em 90 graus pressionando o botão rotacionar.
Inverter imagem
Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível inverter a
imagem na horizontal (efeito semelhante à de um espelho) pressionando o botão inverter.
Ampliar e reduzir imagem
Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível ampliar ou
reduzir seu tamanho selecionando a opção ampliar ou reduzir.
Enviar para frente e para trás
Quando duas imagens estão sobrepostas é possível escolher qual imagem fica na frente
ou atrás selecionando a imagem e escolhendo a opção frente ou atrás.
Excluir Imagem
Para excluir uma imagem de um quadro deve-se selecionar a mesma e pressionar o
botão excluir, localizado no canto inferior direito junto aos demais botões de manipulação da
imagem.
Diálogos
No modo narrativas visuais há uma categoria diálogos onde é possível inserir balões de
diálogos. Para inserir texto em um balão, deve-se selecioná-lo e pressionar o botão texto,
habilitando assim a digitação do texto desejado. Ao termino da digitação o clicar em Ok para
42
terminar.
Concluir edição do quadro
Para concluir a edição de um quadro da história basta selecionar a opção concluir.
Cancelar edição do quadro
Para descartar as alterações feitas em um dos quadros basta selecionar a opção
cancelar.
Para cada versão do sistema foram elaborados tutoriais passo a passo que podem ser
encontrados no próprio software no item Ajuda.
Outra etapa de investigação contemplou um estudo das cores para interfaces para
crianças com autismo. Este estudo discutiu sobre como a hipersensibilidade e
hipossensibilidade presentes no Transtorno do Espectro Autista afetam no processo do
desenvolvimento infantil, principalmente na forma que a criança se relaciona com o mundo e
se comunica com as outras pessoas. Este é um problema enfrentado por muitas crianças com
autismo que encontram na integração sensorial problemas para processar adequadamente a
informação transmitida pelos cinco sentidos, com distorções perceptivas e fragmentação da
realidade. Segundo artigo publicado em 2012 no Journal of Autism Developmental Disorders13,
em torno de 40% das pessoas com autismo apresentam alguma anormalidade oftalmológica
que dificulta a percepção visual.
Desta forma a percepção da cor torna-se um fator tão importante no desenvolvimento e
aprendizagem especialmente para àquelas crianças com hipersensibilidade perceptivo-visual e
problemas de integração sensorial. Os estudos desenvolvidos pelo grupo alertam que a criança
autista na média tem menos capacidade de discriminação cromática, independentemente de
existir ou não alguma hipersensibilidade aos estímulos visuais, levando-se em consideração
que algumas cores podem desencadear um episódio de tensão e hipersensibilidade e algumas
cores podem ser objeto de obsessão e alívio, auxiliando no processo cognitivo, mesmo assim
essa característica é muito subjetiva e variável, relativa à história e a experiência de cada
criança.
Desta forma, o layout do SCALA foi desenvolvido considerando dois princípios: cores
suaves e poucos detalhes. Os cenários usados como planos de fundo para criação de
narrativas visuais do SCALA são criados de maneira a causar um menor impacto visual nessas
crianças permitindo que as mesmas possam focar seus esforços na construção da narrativa,
valendo-se de um ambiente calmo e confortável proporcionado por cores em tons pastéis (a
saturação ou pureza de uma cor expressa o intervalo de comprimento de onda ao redor do
comprimento de onda médio, no qual a energia é refletida ou transmitida). Um valor alto de
saturação resulta numa cor mais pura, já um baixo valor indica uma mistura de comprimentos
de onda produzindo tons pastéis (mais apagados). Conforme descrito por Moffitt (2011), cores
suave e frias tem um efeito calmante no autismo de forma que o layout da interface do SCALA
13 FRANKLIN, ANA; SOWDEN, PAUL; BURLEY, RACHEL; NOTMAN, LESLIE & ALDER, ELIZABETH. Color perception in children with autism. In:Journal of autism and Development disorders. Acessado em 11/10/2013. Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007/s10803-008-0574-6, (2008).
43
procura manter estas características. A figura 12 foi elaborada seguindo tais princípios e está
disponível no software.
Figura 12: exemplo de cenário do SCALA no módulo narrativas visuais.
Fonte: SCALA
O protótipo do sistema de varredura para o SCALA, no módulo prancha web foi iniciado
em 2012 e destina-se a pessoas com deficiência motora e com problemas de comunicação. O
sistema SCALA web – prancha sofreu uma adaptação levando-se em conta o público-alvo de
crianças, optando-se pela ativação ou desativação da varredura automática, configuração da
velocidade do tempo de varredura, o destaque da cor de acordo com a preferência do usuário
e escolha do som da varredura.
O acesso ocorre por meio do mouse (clique direto), ou de um acionador. O protótipo do
sistema SCALA com varredura, pode ser acessado através da nuvem de configurações que se
encontra no menu superior
Figura 13 - acesso ao sistema de varredura
44
Fonte: SCALA
Através da nuvem de configurações é possível ter acesso a algumas alterações no modo
de uso do sistema que são: ativar a varredura; definir a cor de varredura; definir a velocidade;
ativar som de varredura. Atualmente é possível efetuar todas as operações por meio de
varredura com exceção do imprimir, exportar e importar devido à complexidade que estas
funcionalidades envolvem. Assim sendo, ainda está em desenvolvimento funcionamento destes
recursos por meio de varredura. No seguimento apresenta-se uma pequena ilustração da
varredura no menu inferior, menu de categoria e nas imagens pertencentes a uma dada
categoria. Um manual de ajuda ao usuário pode ser encontrado no link:
http://SCALA.ufrgs.br/siteSCALA/projetoSCALA/content/material.
Figura 14 - Ilustração da varredura no 1) menu inferior , 2) no menu das categorias e nas 3)
figuras de uma dada categoria.
Fonte: SCALA
Por fim, foi desenvolvido o protótipo do “Comunicador Livre” para o SCALA Web, que é
um chat de comunicação síncrona com uso de símbolos pictóricos.
As especificações dos requisitos funcionais e não funcionais, basearam-se em recursos
já existentes no sistema e em funcionalidades novas para a implementação do chat
propriamente dito, conforme é apresentado nos quadros 8 e 9 respectivamente.
45
Quadro 17 - requisitos funcionais do chat para web
# Requisito Descrição
1 Para ter acesso ao chat deve-se estar logado no site do SCALA
O chat é parte integrante do site do SCALA, portanto o usuário deve acessar o link e estar devidamente
2 O software deve permitir a inserção de novas pessoas para iniciar a conversa
O usuário inicialmente não possui nenhuma pessoa para iniciar a conversa, cabe a ele adicionar uma nova. Para deve-se inserir o nome da pessoa
3 O software deve permitir a remoção de pessoas da lista do chat
Deve ser possível remover a pessoa da lista de amigos
4 Cada pessoa deverá possuir um avatar O usuário iniciara com um avatar padrão mas poderá escolher entre uma lista de avatares o de sua preferência
5 O sistema deverá informar os amigos online e offline
Deve ficar de claro entendimento a diferença entre os amigos online e offline
6 Todas as interfaces do sistema devem conter pictogramas
Todas as possíveis ações do sistema devem ter um pictograma associado
7 O software deverá disponibilizar categorias de pictogramas na tela do chat
Esta funcionalidade serve para organizar a distribuição dos pictogramas
8 Um botão de “ajuda” deve estar disponível em todas as telas do software
Para auxiliar o usuário o botão de ajuda deve ficar disponível para esclarecimento de dúvidas.
9 Um botão de “voltar” deve estar disponível em todas as telas do software
O botão de voltar auxiliará o usuário caso queira sair da tela onde se encontra
10 O chat deve conter o botão de “enviar” e de “apagar”
Estes botões devem ser adicionados caso o usuário queira realizar as ações pelo mouse
11 Para inserir um pictograma deve-se selecionar uma categoria e depois o pictograma
Cada pictograma estará dentro de uma categoria acessada na tela principal
12 O histórico da conversa deverá aparecer na tela para todos os usuários presentes na conversa
Cada fala de cada usuário deverá ser concatenada na tela
13 No chat, o usuário poderá inserir uma imagem arrastando do seu computador
Poderá selecionar qualquer imagem do seu computador e arrastá-la para o campo de edição da mensagem
Quadro 18: requisitos não funcionais do chat para web
# Requisito Descrição
1 O software deve estar disponível dentro do sistema SCALA
O software é parte integrante do SCALA e seu acesso deve ser feito acessando o site do SCALA
2 O software não deve usar nenhuma ferramenta que envolva custo
O software deve ser livre
3 O software rodar em qualquer plataforma sem interferências em seu funcionamento
Como é um recurso web o software deve rodar em qualquer plataforma
4 Para o desenvolvimento do chat o sistema deve usar bibliotecas que utilizam o protocolo Websockets
Websockets estão em ascensão no caso de requisições em tempo real de baixa latência entre o cliente e o servidor
5 O sistema deve possuir uma interface simples e de fácil entendimento
Manter o sistema o mais simples possível minimiza a curva de aprendizado
A modelagem do sistema foi realizada, juntamente com os requisitos, expressa a partir
do diagrama de caso de uso
46
Figura 15 - diagrama de caso de uso do comunicador livre para web
Fonte: Autoria Própria
O ator é representado pela figura de um boneco, cada caso de uso por uma elipse com
seu nome especificado e as relações com o autor, representadas por retas. Existem diferentes
tipos de relacionamentos dentro da UML além do básico (retas), um deles é a generalização
onde um caso de uso geral generaliza o específico, sua representação é feita por uma seta
para o caso de uso geral.
Com referência a arquitetura do sistema, essa foi desenvolvida para web, por ser uma
aplicação web tradicional, o protocolo usado para a tela de configuração dos dados do usuário
e registro de amigos foi o HTTP. Porém para a criação do chat foi necessário uma tecnologia
mais robusta que se utiliza comunicação em tempo real, full-duplex com baixa latência, para
isso optou-se pelo protocolo WebSockets, auxiliado pela ferramenta Node.js e a API Socket.IO.
Buscou-se uma interface simples e que acompanhasse o design das outras telas do sistema
SCALA, voltados a usuários de CA.
O módulo ComunicadorLivre permite a troca de mensagens entre usuários cadastrados
47
no sistema, que estiverem online, através de mensagens síncronas. Ao clicar na nuvem
“comunicador livre” o usuário acessa o chat. Inicialmente tem a opção de escolha do seu
avatar e o gerenciamento de amigos, e pode ver seus amigos online e offline ou ainda,
adicionar ou excluir amigos. Há ainda a opção de ajuda, para o caso de dúvidas do usuário
quanto à utilização do aplicativo. A troca de mensagens se efetiva apenas com um amigo
online, ao clicar sobre o mesmo. Nova tela é aberta com a opção de escolha de símbolos
pictográficos, distribuídos em categorias, e de texto para o envio da mensagem. Em todas as
telas do comunicador livre há a opção de retorno.
Após efetuar o login no sistema, o usuário é conduzido à tela principal do SCALA. Para
acessar o chat é necessário clicar na nuvem “Comunicador Livre”, abrindo a tela de
configuração do usuário (figura 16)
Figura 16 - Tela de configuração do usuário comunicador livre – web.
Fonte: Autoria Própria
Ao clicar em um amigo online é aberta uma nova janela com o chat propriamente dito.
O chat funciona no conceito de “sala”, ou seja, inicialmente somente o usuário está na
conversa e deve esperar o outro amigo entrar na sala para poder interagir.
Sobre o desenvolvimento tecnológico com a documentação do Sistema SCALA, cabe
ressaltar que todos os módulos e versões web e dispositivo móvel, foram desenvolvidos a
partir de reuniões com a participação dos integrantes da equipe do projeto, com sugestões de
melhorias, aprimoramentos do processo do desenvolvimento dos módulos.
Figura 17 - Tela do chat do comunicador livre – web.
48
Fonte: Autoria Própria
Ainda, durante o ano de 2013, foi iniciada uma parceria com a Universidad de Córdoba,
Espanha, a partir de um projeto internacional CAPES/DGU para integração da tecnologia
assistiva SCALA – Sistema de Comunicação Alternativa para letramento de pessoas com
autismo no Ambiente Siesta-Cloud, na plataforma IPTV. Este subprojeto é um projeto
cooperativo internacional: Projeto TAC-ACCESS (Tecnologias de Apoio à Comunicação a
partir de Interfaces acessíveis e multimodais para pessoas com deficiência e
diversidade), firmado entre o PGIE/UFRGS e EATCO/UCO Universidade de Córdoba/Espanha e
promovido pela CAPES no Brasil e a DGU na Espanha.
Este projeto foi resultado da missão de trabalho desenvolvida em 2012 que
proporcionou condições de internacionalização do sistema, agora já em fase de tradução para
Inglês e Espanhol. Encontra-se em fase de desenvolvimento as seguintes etapas, previstas
para 2014:
• Tradução do SCALA para espanhol;
• Implementação e inclusão das API REST utilizando framework PHP Slim;
• Definição dos Perfis e suas Permissões;
• Remodelamento da interface (layout) do SCALA já em adequação com o Siesta;
o programação em HTML 5;
o cores e imagens;
o tipos de pictogramas;
• Definição do local de armazenamento da base de dados do SCALA;
o Brasil – Nuvem UFRGS;
o Espanha – Nuvem Amazon;
• Permissão da personalização da prancha deixando o usuário escolher a sua
forma, porém também permitindo escolhas pré-definidas;
• Inclusão de editor de palavras que se transformam em pictogramas (baseado no
PictoTradutor);
• Criação de pranchas que possibilitem construir textos, frases graduando do
49
simples ao mais complexo.
Nas figuras 18, 19, 20 e 21 pode ser visto o andamento do processo de integração.
Figura 18 - Tela principal de entrada do programa Siesta.
Fonte: Autoria Própria
Figura 19 - Prancha de comunicação.
Fonte: Autoria Própria
Ao clicar no botão “Elegir”, é mostrada a tela das categorias das imagens, para
elaboração das pranchas de comunicação (figura 20).
Com os botões amarelo e azul o usuário pode movimentar-se entre as diversas
50
categorias, Na coluna da direita é apresentado uma prévia das imagens na categoria
selecionada.
Ao clicar-se no botão “Más opciones” é visualizado na tela um quadro de diálogos com
as distintas opções que podem ser realizadas (figura 21).
Figura 20 - Tela categoria das imagens.
Fonte: Autoria Própria
Figura 21 - Tela opções de funcionalidades.
Fonte: Autoria Própria
Ainda, em 2013, foi firmada uma parceria Centro Aragonés de Tecnologías para la
Educación (CATEDU) para integração do SCALA ao Portal Aragonés de la Comunicación
Aumentativa y Alternativa - ARASAAC (http://arasaac.org). Para que tal objetivo seja efetivado o
SCALA está sendo traduzido para: espanhol e inglês, disponível na nuvem de configurações
(figura 22).
51
Figura 22 - Tela SCALA com opção de idioma na versão dispositivo móvel.
Fonte: Autoria Própria
As versões de idiomas estão sendo concebidas em função das duas parcerias
internacionais firmadas e tem previsão de conclusão para março de 2014.
No ano de 2015 foram adicionadas mais opções nos cenários do módulo narrativas
visuais, como a importação de uma imagem do computador do usuário que poderá se utilizada
como plano de fundo, conforme apresentado a seguir.
Figura 23 - Opção “Escolha uma imagem”
Fonte: Autoria Própria
Ao selecionar a imagem desejada do seu computador e ela aparecerá logo abaixo. Para
utilizá-la basta clicar sobre a imagem.
52
Imagem 24: Plano de fundo selecionado
Fonte: Autoria Própria
No terceiro ícone, você dá a possibilidade de desenhar seu próprio cenário através de
um aplicativo de desenho a mão livre. Terminado o desenho, clique no ícone verde localizado a
esquerda.
Figura 25: Desenho livre de cenário
Fonte: Autoria Própria
De 2015 até o presente momento esta em desenvolvimento um sistema de busca para
53
as imagens, partindo-se da avaliação do conjunto de funções do SCALA sobre o processo de
construção de uma prancha, observou-se que aprimoramentos no sistema poderiam ser
realizados, como é o caso dos processos de inserção e importação de imagem, que exige
muitos passos e não contam com uma ferramenta de busca mais automática, tornando o
processo mais lento e dificultando a ação de um usuário com ou sem experiência.
Uma alternativa foi incluir no sistema a busca avançada que em geral considera vários
pontos, incluindo contexto de pesquisa, a localização, a intenção, a variação das palavras,
tratamento de sinônimos, consultas generalizadas e especializadas, conceito de
correspondência e consultas em linguagem natural para fornecer resultados de pesquisa
relevantes. Com a busca avançada de imagens, resultados mais automáticos e relevantes
puderam ser disponibilizados, eliminando um conjunto de passos dos processos de inserção e
importação de imagem (ns) no sistema. Para a proposição de uma solução de busca
avançada no SCALAWEB foi necessário a retomada dos requisitos do sistema e de sua
modelagem, para o desenvolvimento de funcionalidades que atuem na busca automática de
imagem.
O desenvolvimento do SCALAWEB envolve uma série de tecnologias e ferramentas que
permitem a integração de serviços e pleno funcionamento das funcionalidades projetadas para
o mesmo. Na sequencia são apresentadas as principais ferramentas e tecnologias como forma
de entendimento do desenvolvimento e funcionamento da arquitetura do SCALAWEB.
a) HTML, CSS, AJAX, PHP e PostgreSQL
Para construção das interfaces de comunicação com o usuário, também conhecidas
como front-end, foi utilizada a linguagem de estruturação/marcação HTML e as folhas de estilo
CSS. A linguagem HTML é utilizada para a construção de páginas/sites web que são
interpretadas por navegadores (browsers). Já as folhas de estilo em CSS permitem ao
desenvolvedor alterar a aparência dos documentos escritos em linguagem de
estruturação/marcação como o HTML. O AJAX (JavaScript e XML assíncrono, tradução livre) é
uma tecnologia que permite a troca de informações de forma assíncrona entre a aplicação
SCALAWEB e o banco de dados, por exemplo, como forma de prover mais interatividade ao
usuário e a resposta esperada pelo mesmo (usado este recurso no sistema de busca por
palavra-chave no SCALAWEB).
A linguagem de programação PHP, também conhecida como server-side, é uma
linguagem interpretada, utilizada para construção e conteúdo dinâmico em sites. O código
escrito é interpretado pela linguagem PHP (sendo necessário para isso, o servidor PHP
devidamente configurado), que gera as páginas web visualizadas no lado do cliente
(PRACIANO, 2014). Esta linguagem foi utilizada na programação do conteúdo back-end do
SCALAWEB, juntamente com o HTML e as folhas de estilos CSS, descritas no parágrafo
anterior. Por fim, como sistema gerenciador de banco de dados escolhido para o SCALAWEB
optou-se pelo PostgreSQL. Este é um gerenciador de banco de dados de código aberto,
avançado, que conta com recursos como: consultas complexas, facilidade de acesso, gatilhos,
54
integridade transacional, entre outros e flexibilidade quanto as rotinas básicas de criação de
tabelas, consultas, edição e atualizações. O modelo Entidade-Relacionamento (ER) projetado
para a base de dados do SCALAWEB é apresentada na seção de desenvolvimento.
b) Ontologias e Protégé
Ontologia é a descrição de categorias de “coisas” que existem ou podem existir em um
determinado domínio de conhecimento. As ontologias têm sua estrutura baseada na descrição
de conceitos e dos relacionamentos semânticos entre eles. A ontologia é uma definição formal
e explícita dos conceitos (classes ou categorias) compartilhados, presentes num domínio, bem
como, de seus atributos, propriedades e relações (BERNERS-LEE; HENDLER; LASSILA, 2001);
(NOY & MCGUINNESS, 2001). Logo uma ontologia fornece um vocabulário que descreve um
domínio de uma determinada área do conhecimento, sendo que estes vocabulários por vezes
podem ser especificados de diferentes maneiras. As linguagens utilizadas na especificação de
ontologias podem ser agrupadas em três tipos (ALMEIDA; BAX, 2003): linguagens de
ontologias tradicionais (Cycl, Ontolíngua, F-Logic, CML, OCML, Loom, KIF), linguagens padrão
Web (XML, RDF) e linguagens de ontologias baseadas na Web (OIL, DAML+OIL, SHOE, XOL,
OWL). Para a criação das ontologias no sistema SCALAWEB, foram definidas as categorias do
próprio sistema tais como: Pessoas, Objeto, Natureza, Ações, Alimentos, Sentimentos,
Qualidades e Minhas Imagens.
Para que esta descrição/definição das ontologias fosse projetada, construída e
organizada, foi utilizada a ferramenta Protégé14. O Protégé é uma ferramenta livre, de código
aberto, que possui um conjunto de ferramentas para a construção de modelos de domínio e
aplicações baseadas no conhecimento de ontologias. Na figura a seguir, é possível visualizar a
estrutura inicial implementada para o SCALAWEB quanto a busca semântica pretendida para o
mesmo.
Figura 26: Implementando Classes no Protégé
Fonte: Autoria Própria
No ambiente de construção de ontologias Protégé foram utilizadas as Classes e Object
Properties. As Classes são a representação concreta de um conceito ou entidade, interpretadas
também como conjuntos que podem conter indivíduos da ontologia e Object Properties são as
relações binárias entre indivíduos, ou seja, relaciona um indivíduo a outro indivíduo.
Para a ontologia projetada no Protégé, um cenário de uso inicialmente pensado para o
14 http://protege.stanford.edu/
55
SCALAWEB foi a “Higiene pessoal” de crianças entre 4 e 7 anos, para responder questões
norteadores do tipo: “Como uma prancha de comunicação pode auxiliar crianças entre 4 e 7
anos na higiene pessoal?”, “Como uma prancha de comunicação pode auxiliar a criança na
escovação de dentes?”, “Como uma prancha de comunicação pode apresentar a ação de tomar
banho e os objetos que estão envolvidos no processo”, entre outras.
Logo, os conjuntos de classes definidas para este cenário foram: Ação, Local, Objeto,
Partes do Corpo e Pessoa. Conforme a necessidade, também foram criadas Subclasses, ou
seja, subconjunto dentro das classes, como por exemplo, a Classe Escova e as Subclasses
Escova de Cabelo, de Dentes e de Unhas. As classes e subclasses estão associadas aos
pictogramas do banco de imagens do SCALAWEB.
As Object Properties da ontologia foram projetadas com base nos relações e respectivas
descrições definidas para as ontologias WordNet15 e Papel16, resultando no conjunto que
segue: Antônimo de (Papel), Sinônimo de (WordNet), Finalidade de (Papel), Usado em Ação
(Papel), Parte de (WordNet), Tem como Parte (WordNet), Correlaciona-se com (WordNet),
Hipônimo (WorNet) e Lugar para (WordNet). As propriedades “Sinônimo”, “Finalidade de” e
“Parte de” possuem propriedades inversas correspondentes a “Antônimo de”, “Usado em Ação”
e “Tem como Parte”. Para as relações da ontologia foram utilizadas as propriedades Annotation
(Comment) e Description (Inverse of) usadas para vincular metadados as Object Properties,
conforme que segue.
Figura 27: Object Properties - Protégé
Fonte: Autoria Própria
Como os indivíduos da ontologia são pictogramas, as relações também foram marcadas
com as características Functional e Symmetric. Uma propriedade é dita funcional para dado
indivíduo, quando ele pode se relacionar a apenas um outro indivíduo a partir da relação. Já
uma relação R binária é simétrica se para qualquer indivíduo a e b, aRb implica em bRa.
Figura 28: Classes, SubClass Of e SubClass Of (Anonymous Ancestor) - Protégé
15 http://www.clul.ul.pt/wn/ 16 http://www.linguateca.pt/PAPEL/
56
Fonte: Autoria Própria
Automaticamente o Protégé defini propriedades entre indivíduos, com a descrição
SubClass Of (Anonymous Ancestor). O trabalho resultou a ontologia com um valor de Classes
(208), Object Property (9), SubClass Of - relações entre as classes (974) e SubClass Of
(Anonymous Ancestor) (716).
c) Apache Jena e Sparql
O Apache Jena é um framework desenvolvido na linguagem Java, para construção de
aplicações de Web Semântica. Inclui um motor de inferências baseado em regras, além de
fornecer um ambiente de banco de dados através do SPARQL. O Apache Jena (servidor) é
utilizado junto ao SCALAWEB como forma de prover a infraestrutura necessária ao contexto
semântico que o mesmo necessita na busca avançada, possuindo uma interface gráfica de
gerenciamento, consultas e visualização.
Já o SPARQL, constitui-se como um subsistema de banco de dados para o Apache Jena.
Possui recursos como balanceamento de carga, segurança, clustering, backup e administração.
No SCALAWEB permite realizar as consultas das tuplas geradas em formato OWL, exportados
através da ferramenta Protégé, extraindo os dados e disponibilizando-os no formato JSON,
ficando disponíveis através do Apache Jena a API do SCALAWEB.
d) JSON e APIs
O JSON é um modelo para armazenamento e transmissão de informações no formato
texto. Sua utilização em aplicações web dá-se principalmente pela capacidade de estruturar
informações de uma forma mais compacta do que o formato XML, por exemplo (DEVMEDIA,
2014). No SCALAWEB tem um papel importante que é preparar os dados que serão utilizados
pela API, como retorno das consultas originárias pelo SPARQL.
Já uma API web, nada mais é do que um conjunto de rotinas e padrões de programação
para acesso a um aplicativo ou plataforma baseada na web. No caso do sistema SCALAWEB, a
ideia é a implementação de uma API de transmissão (quando a pesquisa necessita enviar
dados ao SPARQL) e uma de recepção (quando necessita retornar a aplicação SCALAWEB o
resultado das relações existentes nas ontologias pesquisadas).
As ferramentas e tecnologias apresentadas nesta seção são o aporte necessário à
implementação e integração dos recursos e serviços necessários e fundamentais ao
desenvolvimento da busca avançada no SCALAWEB. Sua perfeita integração e testes são vitais
para o sucesso do projeto, bem como, atualizações e melhorias no mesmo.
Busca Avançada no SCALAWEB – Projeto, Desenvolvimento e Integração
57
O Sistema SCALAWEB em sua essência permite a busca por pictogramas, baseado na
seleção manual (clique e escolha) de imagens que estão dispostas em sete categorias
principais: pessoas, objetos, natureza, ações, alimentos, sentimentos e qualidades. O grande
problema deste método de escolha de pictogramas é que com o aumento da quantidade de
pictogramas (cerca 4.000 imagens que compõe o banco local) disponível ao usuário a seleção
manual tornou-se um processo cada vez mais trabalhoso devido ao tempo gasto na procura de
um pictograma.
Baseado no problema apresentado, um sistema de busca por palavra-chave foi
inicialmente projetado, como forma de trazer rapidez na busca por pictogramas e melhorar a
experiência do usuário ao utilizar o sistema. Nesta busca simplificada, optou-se por utilizar
apenas dados já armazenados no banco de dados para melhorar a forma como os pictogramas
são procurados pelos usuários. A figura 5 demonstra o modelo Entidade-Relacionamento (ER)
da base de dados que compõe o sistema SCALAWEB.
Figura 29: Modelo ER da Base de dados existente no sistema SCALAWEB
Fonte: Autoria Própria
A grande maioria dessas tabelas apresentadas faz parte da gerencia de usuários e
possui características que melhoram a experiência do mesmo ao utilizar o sistema de forma
que um usuário possa ter suas próprias imagens e sons, mandar mensagens para amigos
dentro do próprio sistema e criar, por exemplo, uma nova prancha ou história, podendo salvá-
la de modo público ou privado.
Outras tabelas vitais ao sistema são as denominadas imagem e categoria. Na tabela
imagem, como o próprio nome sugere, são inseridos todos os registros de todas as imagens
que o sistema SCALAWEB possui disponível ao usuário. Para isso, essa tabela possui atributos
como o caminho onde estão guardadas as mídias pertinentes a esse registro, os devidos
nomes dado as imagens em suas respectivas línguas, bem como, meta dados de inserção e
58
atualização do mesmo. Além disso, ainda na tabela imagem, é possível visualizar um atributo
identificador de categoria que remete à tabela de mesmo nome. Essa tabela é responsável por
armazenar o nome da categoria, a localização do ícone que deve ser apresentado ao usuário,
bem como, metadados de atualização do registro na tabela.
Para implementar a busca por pictogramas através da inserção de palavras-chave,
foi adicionado um campo de entrada de dados do tipo texto com o nome de “pesquisa”. Este
campo foi colocado logo acima dos botões verticais de seleção de categorias, de forma não
intrusiva e mantendo o mesmo padrão e estilo dos mesmos. Um exemplo desta busca, pode
ser visualizada na figura a seguir.
Figura 30: Botão Pesquisa (a) e pesquisa com a palavra “lavar” (b)
Fonte: Autoria Própria
Após a implementação dessa solução o usuário é capaz de procurar por palavras-chave
que estão relacionadas ao nome, nos idiomas português, espanhol ou inglês dos respectivos
pictogramas. A exemplo da anterior, onde o usuário pesquisa pela palavra “lavar” e é capaz de
obter uma resposta rápida, com todos os pictogramas cadastrados na base relacionados à
palavra pesquisada.
Uma vez implementada a busca por palavras-chave, surgiu a necessidade de projetar
algo no sistema que aumentasse o poder da busca, aumentando as opções e trazendo mais
recursos aos usuários em uma busca denominada de “busca avançada”. A partir de então, a
implementação da busca avançada no SCALAWEB foi projetada, permitindo a seleção de
alguns campos iniciais, conforme pode ser visualizado na figura que segue.
Figura 31: Front-end da busca avançada e as opções de seleção
59
Fonte: Autoria Própria
Estes campos são a seleção do idioma a ser efetuada a busca (disponível em português,
espanhol e inglês) e as bases de dados onde será feita a pesquisa de pictogramas, podendo o
usuário selecionar a base local do Scala e/ou a base externa do sistema Arasaac17 e/ou a base
personalizada de imagens salvas pelo próprio usuário (pictogramas onde o mesmo fez o
upload para dentro do sistema SCALAWEB e nomeou os arquivos). Uma vez selecionados os
campos de escolha, o usuário digita o nome (ou parte dele, sendo que a partir do quarto
caracter inicia-se a busca) do pictograma que deseja realizar a pesquisa. A partir deste
procedimento, entre em cena a arquitetura de busca avançada projetada, conforme pode ser
visualizada na figura a seguir.
Figura 32: Arquitetura do sistema de busca avançada para o sistema SCALAWEB
17
http://arasaac.org/
60
Fonte: Autoria Própria
Em uma estrutura semântica secundária, implementada primeiramente através do
software Protégé, as ontologias são exportadas, contendo de forma geral as relações
existentes entre um pictograma e o contexto em que este possa estar inserido. Devido à
complexidade desta operação, alguns estudos específicos foram desenvolvidos como forma de
estabelecer tais relações e verificar sua efetiva prática com a realidade do sistema. Em um
segundo momento estas ontologias são interpretadas em um servidor contendo o Apache Jena
em conjunto com o banco de dados Sparql, relacionando o pictograma buscado pelo usuário e
suas respectivas relações encontradas, baseadas nas ontologias descritas. Estes dados de
respostas são retornados em um formato de dados JSON. A partir de então, são
disponibilizados no servidor Apache Jena, para que possam ser lidos por uma API web, que
fará a comunicação com a sistema SCALAWEB retornando os pictogramas correspondentes.
Como resultado desta busca avançada, uma vez que o usuário digitou uma palavra-
61
chave correspondente e um conjunto de ontologias foi verificado e retornado via API as
relações existentes, os resultados são apresentados no SCALAWEB através de pictogramas.
Conforme exemplo da figura anterior, a palavra pesquisada “lavar” retornou ao final do
processamento os pictogramas: lavar as mãos, água, pia, mãos, sabão e sabonete líquido, o
que facilita para o usuário as opções de utilização de pictogramas, sem que seja necessária
uma nova pesquisa para encontrar pictogramas relacionados ao buscado. Além disso, a busca
avançada permite aumentar as possibilidades de utilização do sistema, tanto na construção de
pranchas de comunicação, quanto de narrativas visuais (recurso disponível para ambos).
Como resultados preliminares acerca do protótipo de busca para sistema web SCALA, o
mesmo tem sido utilizado de forma experimental entre os cerca de 700 usuários do sistema. O
banco de dados de imagens recebeu atenção especial no que diz respeito a não duplicação de
imagens, bem como, revisão dos nomes das imagens em suas respectivas línguas (português,
espanhol e inglês). Verificações específicas nos campos da tabela imagem, como: “id”,
“caminhoimagem”, “categoria_id” e “removida”, foram revisadas em mais de 4000 registros
presentes no banco, como forma de garantir que o nome (número - id) dos pictogramas
estivesse referenciado no caminho correto de gravação dos mesmos junto à plataforma
SCALAWEB. Da mesma forma, “categoria_id” deve estar devidamente relacionada com o
pictograma em questão, para que este se enquadre em uma categoria que tenha relação a si
mesmo. Por fim, o campo “removida” passou por revisões quanto aos pictogramas que ainda
encontram-se disponíveis no sistema ou que não fazem mais parte do mesmo, sendo assim
um campo do tipo boolean (true ou false).
Ainda quanto a seleção de diferentes bases de dados para a busca de pictogramas,
experimentos iniciais, dão conta de forma satisfatória do que diz respeito as variáveis: tempo
de resposta, performance e experiência do usuário na seleção das bases locais SCALA e
USUÁRIO. A busca na base de dados do ARASAAC (externo via API disponível pela própria
plataforma) internamente pelo sistema SCALAWEB também funcionou nos experimentos de
forma plenamente satisfatória, aumentando de forma considerável a quantidade de
pictogramas e relações possíveis a serem buscadas localmente na busca avançada. No que diz
respeito a arquitetura geral apresentada na figura anterior, projetada e descrita neste
trabalho, pretende-se reduzir o número de etapas, bem como, disponibilizá-la para testes aos
usuários do sistema, como forma de validar as relações encontradas e implementar novos
mecanismos como o aprendizado automático de relações propostas pelo usuário e
armazenamento local.
Fica notório a importância de tais sistemas, frente à quantidade de pessoas com
necessidades especiais e a relevância que o uso de software nestes contextos pode trazer.
Ainda, entende-se que o processo de desenvolvimento de sistemas para tais contextos, torna-
se contínuo na medida em que novas necessidades são descobertas e ajustes para eficiência e
eficácia tornam-se itens obrigatórios.
Por fim, constata-se que o projeto, desenvolvimento e suporte a um sistema web para
tecnologias assistivas requer uma equipe de profissionais que vai além do conhecimento
62
técnico em desenvolvimento de software, linguagens de programação, entre outros. Faz-se
necessário o contexto educacional, social e técnico de diferentes áreas, bem como uma
aplicação real prática do software em questão, visando à realidade de tais
dificuldades/necessidades a serem atendidas.
Com a apresentação da metodologia do desenvolvimento para uma tecnologia assistiva
, qual chamamos DCC que resultou na implementação, reestruturação e aprimoramento do
SCALA, na sequencia descreve-se detalhadamente cada módulo do sistema SCALA
desenvolvido.
3.3 Manuais prancha e narrativas
Módulo Prancha
O módulo prancha foi estruturado através dos seguintes itens: Escolher Layout da
Prancha, Elaboração da Prancha, Editar uma figura, Salvar a prancha, Abrir a prancha,
Adicionar páginas a uma prancha e limpar a prancha, Visualizar e reproduzir a prancha criada,
Desfazer uma operação, Exportar prancha, Importar figuras, Imprimir prancha e Módulo
Prancha Varredura, conforme segue.
Escolher Layout da Prancha
Para dar inicio a construção de sua prancha de comunicação, você precisará escolher o
layout. Você poderá escolher o tamanho e o número de divisões da sua prancha clicando em
“Layout” no menu inferior. Abrirá uma caixa de diálogo “Escolha a forma do seu layout”, clique
sobre a opção desejada e, em seguida, em “Concluir”.
Figura 33: Menu inferior: Opção “Layout”
Fonte: Autoria Própria
Figura 34: Caixa de diálogo: “Escolha a forma do seu layout”
Fonte: Autoria Própria
Após escolher o layout aparecerá uma mensagem de confirmação, avisando que com a
troca de layout as figuras da prancha serão perdidas, caso não tenham sido salvas
anteriormente. Para confirmar a troca de layout, basta clicar sobre a opção “Ok”. Caso
contrário, basta clicar sobre a opção “Fechar” e salvar a prancha antes de realizar a troca de
layout.
64
Figura 35: Confirmar mudança de Layout
Fonte: Autoria Própria
Elaboração da prancha
Após a escolha do layout, você poderá começar a inserção dos pictogramas. Para
adicioná-los, você tem duas opções. Você pode escolher diretamente nas categorias,
localizadas no menu lateral esquerdo. As opções de categorias são: Pessoas, Objeto, Natureza,
Ações, Alimentos, Sentimentos, Qualidades. Dentro de cada categoria, as imagens estão
organizadas em ordem alfabética. Há também a categoria Minhas Imagens na qual é possível
importar imagens de sua preferência. Elas ficarão salvas no login utilizado.
Figura 36: Inserir imagem
Fonte: Autoria Própria
Para inserir uma figura na prancha basta clicar sobre ela e depois sobre o lugar em que
ela ficará. Podem ser adicionadas diversas imagens, assim, sua prancha poderá ter mais de
uma página. Por exemplo, na imagem acima, temos a figura de um menino que está comendo.
Como comer é uma ação, clique em "Ações" e procure a figura da ação “Comer”. Em seguida,
65
clique sobre imagem e, após, clique no espaço onde deseja colocá-la.
Há também a opção de escolha dos pictogramas através da busca, que se localiza na
parte superior do menu lateral esquerdo, conforme imagens abaixo.
Figura 37 : Busca: Campo “Pesquisar”
Fonte: Autoria Própria
Digite no campo “Pesquisar” o item que deseja e o mecanismo de busca trará uma lista
dos itens relacionados ao lado. Para utilizar o pictograma selecionado basta clicar sobre ele e
depois, no local desejado na prancha. Como no exemplo a cima, a palavra digitada foi sorvete,
todas as palavras relacionadas foram elencadas. Após a escolha da palavra desejada, clique
sobre ela e, em seguida, sobre o local de destino na prancha. Veja o exemplo a seguir.
66
Figura 38: Inserir imagem através da Busca
Fonte: Autoria Própria
Outra opção é através da busca avançada. Ela se localiza em um campo acima do
campo “Pesquisar”. Basta selecioná-la e outras opções para refinamento da busca serão
apresentadas, conforme as imagens a seguir.
Figuras 39 : Opções da busca avançada
67
Fonte: Autoria Própria
Você pode selecionar o idioma: português, inglês ou espanhol. Além disso, a base de
pesquisa pode ser a do próprio Scala, do portal Arasaac ou do próprio usuário. Depois de
selecionar as opções que deseja, basta digitar a palavra a qual busca no campo “Pesquisar”.
Você pode adicionar diversas imagens.
Quando se deseja trocar uma figura de lugar, basta clicar sobre ela e após sobre o lugar
de destino. Se no lugar de destino já houver uma figura, o sistema emitirá um aviso
sinalizando que essa imagem irá substituir a imagem anterior. Para cancelar essa operação,
clicar em “Fechar”. Para confirmar a troca de posição do pictograma, clicar em “Confirmar”.
Visualizar e reproduzir a prancha criada
Durante a criação de uma prancha, a qualquer momento, pode-se utilizar a opção
"Visualizar" para ver como está ficando a prancha.
Figura 40:Menu inferior: Opção “Visualizar”
Fonte: Autoria Própria
Após clicar na opção Visualizar uma caixa de diálogo "Visualização da Prancha" é
aberta, na qual, se tem a opção de reproduzir a prancha. Na opção “Reproduzir” as figuras são
lidas, de forma sequencial e oral, pelo aplicativo Scala, podendo formar frases como "Comer
68
Abacaxi, Algodão Doce, Ameixa, Bolachas, Banana, Bolo". Para voltar ao modo de edição da
prancha basta clicar na opção “Voltar”, no canto superior direito da tela. Para ouvir basta clicar
na opção “Reproduzir” também no canto superior direito da tela. Veja imagem abaixo.
Figura 41: Menu inferior: Opção “Reproduzir”
Fonte: Autoria Própria
Desfazer uma operação
Para desfazer uma operação executada na prancha utiliza-se a opção "Desfazer" que se
encontra no menu inferior. Pode-se desfazer até dez operações, após este número a prancha
continua como está.
Figura 42: Menu inferior: Opção “Desfazer”
Fonte: Autoria Própria
Editar uma figura
Os pictogramas podem ser editados. Para isso, basta clicar sobre ele e aparecerá um
menu no canto inferior direito. A figura selecionada ficará com o fundo branco, como na
imagem a seguir.
69
Figura 43: Menu Inferior: Opção “Editar”
Fonte: Autoria Própria
A primeira opção é a edição da legenda da figura, localizada no menu ”Legenda”,
simbolizada pelo lápis. Ao clicar sobre a opção ”Legenda”, abre-se a caixa de diálogo "Digite
uma legenda" na qual você poderá inserir um novo nome para a figura. Após isso, basta clicar
em “Concluir” para salvar. Para cancelar clicar em “Fechar”. Veja imagem a seguir.
Figura 44: Caixa de diálogo “Digite uma legenda”
Fonte: Autoria Própria
Na opção "Apagar", simbolizada pelo X vermelho, a figura é removida da prancha. Para
utilizar esta opção basta clicar sobre o ícone que, em seguida, abrirá uma mensagem de
confirmação. Para continuar e remover a figura basta clicar em “Concluir”. Para cancelar,
70
clique em “Fechar”.
Figura 45:Caixa de Diálogo “Confirmar exclusão de figura”
Fonte: Autoria Própria
Na opção "Reproduzir", simbolizada pelo auto falante, o nome da figura é reproduzido
de forma oral pelo aplicativo Scala. Se o usuário desejar modificar a reprodução, alterando a
voz ou a palavra pronunciada, pode realizar a gravação em um gravador e em seguida clicar
sobre a opção “Enviar som”, simbolizada pelo círculo laranja. Ao clicar em “Enviar som” abrirá
a caixa de diálogo "Alterar áudio, upload de som (.mp3)", na qual o usuário tem a opção de
procurar um arquivo de som no formato .mp3, gravado anteriormente, e clicar em “Concluir”
para atualizar o som, ou clicar em “Fechar” para cancelar.
Figura 46: Caixa de Diálogo “Alterar áudio, upload de som(.mp3)”
Fonte: Autoria Própria
As alterações realizadas em uma figura ficam salvas apenas nesta prancha, e não no
aplicativo, ou seja, qualquer outra prancha permanecerá com as características padrão da
figura. É importante que após a edição de uma figura, ou de qualquer ação que necessite
selecionar a figura, clicar na figura novamente para tirar a seleção. Caso não seja realizado
este procedimento, quando clicado sobre outro lugar na prancha a figura mudará de lugar.
Salvar a prancha
Durante a criação de uma prancha, a qualquer momento, pode-se utilizar a opção
“Salvar” para salvar a prancha. Esta opção se encontra no menu inferior como indicado na
71
imagem a seguir.
Figura 47:Menu inferior: Opção “Salvar”
Fonte: Autoria Própria
Ao clicar sobre a opção "Salvar" será aberta a caixa de diálogo "Escolha o modo que
você deseja salvar a sua prancha", tendo como opções Salvar no computador, em Pranchar
Públicas ou em Pranchas Privadas.
Figura 48: Caixa de Diálogo "Escolha o modo que você deseja salvar a sua prancha"
Fonte: Autoria Própria
Ao escolher salvar as produções a partir do botão “Computador”, a prancha é salva
fisicamente no próprio computador. É aberta uma caixa de diálogo que sugere a pasta
“Downloads” como local de destino do arquivo gerado e o nome do usuário cadastrado como
sugestão de nomenclatura para esse arquivo. Por exemplo, se o nome do usuário é Gustavo, o
nome sugerido para o arquivo salvo será Gustavo.psw. Se já houver uma prancha com o
mesmo nome, um segundo arquivo será criado com a sugestão de nome “Gustavo(1).psw”.
Dependendo das configurações do seu navegador, o arquivo não será salvo
automaticamente, mas será aberta uma caixa de diálogo para escolher o local em que se
deseja salvar a prancha, como mostra a imagem a seguir. Assim, é só escolher uma pasta do
seu computador e, se desejar, modificar o nome da prancha salva.
72
Figura 49: Caixa de diálogo “Salvar Como”
Fonte: Autoria Própria
Nas outras duas opções, basta escolher um nome e a prancha e salvá-la nos servidores
do Scala, ou seja, o arquivo ficará salvo no próprio sistema e ficará disponível em qualquer
computador com internet. Essa é a opção “Público” e todos os usuários do Scala terão acesso.
Nas Pranchas salvas a partir do botão “Privado”, o conteúdo fica disponível apenas ao
usuário que o criou. Após escolher a opção desejada a prancha será salva e a mensagem
"Prancha Salva" será exibida.
Abrir a prancha
Quando o aplicativo Scala for iniciado novamente, as pranchas salvas podem ser
abertas utilizando a opção "Abrir", que se encontra no menu inferior.
Figura 50:Menu inferior: Opção “Abrir”
Fonte: Autoria Própria
Ao clicar sobre a opção "Abrir", é exibida a caixa de diálogo "Escolha a prancha que
deseja abrir" que contém as opções de “Abrir Arquivo do computador” e duas listas de
pranchas, uma com as Pranchas Privadas e outra com as Pranchas Públicas. Para selecionar
um arquivo do computador basta clicar sobre o botão "Escolher arquivo", selecionar a prancha
73
em uma caixa de diálogo semelhante a caixa "Salvar Como" e clicar na opção "Abrir", lembre-
se que essa prancha deve estar no mesmo formato salvo pelo Scala (*.psw).
Para abrir um das pranchas das listas, basta clicar sobre ela e em seguida sobre a
opção "Abrir". Se uma determinada prancha não estiver na lista, basta colocar seu nome no
campo disponível e a prancha será buscada.
Figura 51:Caixa de diálogo “Escolha a prancha que deseja abrir”
Fonte: Autoria Própria
Caso seja escolhido um arquivo que o aplicativo Scala não reconhece sua extensão, ou
seja, é diferente de .psw, a mensagem a seguir será exibida.
Figura 52: Mensagem de erro: extensão não reconhecida
Fonte: Autoria Própria
74
Adicionar páginas a uma prancha e limpar a prancha
Para limpar totalmente a prancha, basta clicar na opção "Limpar", que se encontra no
menu inferior. Nesta opção o usuário pode apagar todas as figuras e criar uma nova prancha.
Figura 53: Menu inferior: Opção “Limpar”
Fonte: Autoria Própria
Após clicar sobre a opção “Limpar” abre uma mensagem de confirmação. Para continuar
basta clicar sobre o botão “Concluir” e para cancelar a limpeza da prancha clicar em “Fechar”.
Figura 54: Mensagem de Confirmação: Limpar Prancha
Fonte: Autoria Própria
Porém, se o objetivo é apenas ter mais espaço para adicionar figuras e não iniciar uma
nova prancha, basta clicar na opção “Adicionar Novo” e uma continuação para essa mesma
prancha será adicionada. Assim, tem-se a opção de adicionar espaços sem figuras na prancha,
em vez de limpá-la completamente.
Figura 55:Menu Inferior: Opção “Adicionar Novo”
Fonte: Autoria Própria
Assim, se uma prancha possui mais de uma página, para alternar entre elas utilizam-se
as flechas que se encontram em baixo da prancha, ao lado da palavra Página. É nessa área
que está indicado o número total de páginas de uma prancha e a página atual. Você pode usar
o botão “Retornar” para acessar a página anterior ou o botão “ Avançar” para ir para a página
75
seguinte.
Figura 56: Opções “Retornar” e “Avançar”
Fonte: Autoria Própria
Exportar Prancha
A opção Exportar, que se encontra no menu inferior, é utilizada quando se deseja salvar
a prancha com a extensão .pdf, tendo assim a possibilidade de abri-la em outros aplicativos.
Além disso,essa opção possibilita que o arquivo seja exportado como .jpeg ou compartilhado
no Facebook ou no Twitter.
Figura 57: Menu Inferior: Opção “Exportar”
Fonte: Autoria Própria
Após selecionar a opção “Exportar” a prancha será salva automaticamente na pasta
downloads do seu computador no formato *.pdf. Dependendo das configurações do seu
navegador será aberta uma caixa de diálogo Salvar Como, na qual se procura um local
específico para exportar a prancha. O nome padrão do arquivo exportado é
Prancha_NomeUsuário(data), ou, por exemplo, Prancha_Gustavo(09-06-11).
É possível exportar a sua prancha nos formatos jpg e pdf, e também compartilhá-la nas
redes sociais: Facebook e Twitter. Para tanto clique no ícone “Exportar” no menu inferior.
Abrirá uma janela pop-up com as seguintes opções, conforme imagem a seguir.
76
Figura 58: Opção “Exportar”
Fonte: Autoria Própria
Importar figuras
Para importar uma figura utiliza-se a opção "Importar" que se encontra no menu
inferior. Esta opção possibilita que uma figura seja importada para o aplicativo Scala.
Figura 60: Menu Inferior: Opção “Importar”
Fonte: Autoria Própria
Ao clicar sobre a opção "Importar" será aberta a caixa de diálogo "Importar Imagem"
na qual se escolhe uma imagem, clicando em "Escolher Arquivo", e se escreve o nome da
imagem. O aplicativo Scala reconhece imagens no formato .jpg, .png e .gif, ficando a imagem
importada disponível na categoria Minhas Imagens. O nome escolhido para a imagem é o que
será lido pelo aplicativo Scala na opção “Reproduzir”, ele poderá ser alterado na opção Editar.
77
Figura 61: Opção “ Importar Imagem”
Fonte: Autoria Própria
Após importar a figura aparecerá a mensagem a seguir e a figura já estará disponível
para a criação de pranchas na categoria “Minhas imagens”, conforme imagem abaixo.
Figura 62: Exemplo de uso das imagens importadas
78
Fonte: Autoria Própria
Imprimir a prancha
Para imprimir uma prancha utiliza-se a opção "Imprimir" que se encontra no menu
inferior.
Figura 63: Menu Inferior: Opção “Importar”
Fonte: Autoria Própria
Ao clicar sobre a opção Imprimir, será aberta uma janela com as configurações da
impressora e uma visualização prévia na impressão. Para imprimir basta clicar em “Imprimir” e
para cancelar basta clicar em “Cancelar”. Todas as páginas de uma prancha serão impressas,
caso haja mais de uma.
Figura 64: Visualização da Impressão: Opção “Imprimir”
Fonte: Autoria Própria
Módulo Prancha Varredura
O módulo prancha varredura é apresentado nos seguintes itens: Ativando a varredura,
79
Modificando o Layout da Prancha, Criando uma Prancha, Visualizar e reproduzir a prancha
criada, Desfazer uma operação, Salvar a prancha, Abrir a prancha, Limpar uma prancha,
Exportar,importar e imprimir prancha.
Ativando a Varredura
O SCALA módulo prancha foi desenvolvido também para ser usado por meio de acesso
indireto (varredura). O modo varredura trata-se uma maneira alternativa para produzir
pranchas de comunicação. Dessa maneira é possível desenvolvê-las com apenas o clique do
mouse ou com a ajuda de um acionador. Com o modo varredura ativado o sistema Scala
mostra um retângulo alternando entre os objetos dispostos na tela, um a um. Quando o
usuário identifica o objeto que deseja acionar, clica no mouse ou no acionador configurado.
Assim, para ter acesso ao SCALA por meio de varredura clique no ícone configurações que se
encontra no menu superior, conforme a figura a seguir:
Figura 65: Menu Superior: Opção “Configurações”
Fonte: Autoria Própria
Após o clique na opção configurações é aberta uma janela que permite fazer as
seguintes configurações:
* Ativar a varredura: Ativar e Desativar;
* Definir a cor de varredura: Abre caixa de diálogo com opções de cores para
varredura;
* Definir a velocidade: Alta, média,baixa e muito baixa;
* Ativar som de varredura (Em desenvolvimento): Ativar e Desativar;
Figura 66: Opções da
Varredura
Fonte: Autoria Própria
80
Depois de fazer qualquer alteração clique na opção “Concluir”, caso não pretenda
efetivar as alterações clique no “Fechar”.
Varredura no Menu Inferior
As opções que se encontram no SCALA via acesso direto são as mesma no SCALA via
acesso indireto (varredura), porém o algoritmo de acesso difere. Após o clique na opção
aparece o ícone categorias no menu inferior e concluir, automaticamente
inicia a varredura automática simples no menu inferior e nas setas a
varredura inicia da esquerda para direita num ciclo repetitivo até que o
usuário ative ou acione o acionador ou clique do mouse.
Figura 67: Varredura no Menu inferior
Fonte: Autoria Própria
Modificando o Layout da Prancha
Para modificar o layout da prancha basta ativar ou acionar o acionador ou mouse no
memento que a varredura passar sobre a opção "Layout".
Figura 68: Menu Inferior: Opção “Layout”
Ao clicar sobre esta opção, abrirá a caixa de diálogo "Escolha a forma do seu Layout"
com quatro opções. Para escolher um dos layouts basta clicar sobre ele. E para cancelar basta
clicar sobre a opção “Fechar”.
Figura 69: Caixa de diálogo Escolha um Layout
81
Fonte: Autoria Própria
Criando uma Prancha
Para a criação da prancha usa-se o mesmo princípio que no acesso direto o que difere é
a forma de acesso. No menu inferior existe o ícone categorias que serve de link para o
acesso ao menu das categorias. Depois de selecionada a opção categorias a varredura passa
automaticamente para o menu de categorias. Caso o usuário pretenda voltar para o menu
inferior deve acionar o acionador quando a varredura passar pelo último ícone do menu das
categorias Para adicionar figuras basta clicar ou ativar o acionador quando a
varredura passa na opção de categoria desejada. As opções de categorias são: Pessoas,
Objeto, Natureza, Ações, Alimentos, Sentimentos, Qualidades e Minhas Imagens.
Figura 70: Menus
82
Fonte: Autoria Própria
Após a seleção de uma das categorias por meio de varredura automaticamente é aberta
uma janela com as imagens que pertencem à dada categoria. E inicia uma varredura em filas
horizontais de imagens. Depois de terminada a varredura nas filas a varredura passa para os
ícones voltar e visualizar mais imagens , fazendo assim um ciclo repetitivo até
que o usuário escolha uma opção.
Figura 71: Exemplo de uso da varredura
Fonte: Autoria Própria
Quando selecionada a fila a varredura passa a ser simples, e percorre apenas nas
figuras da fila selecionada.
Figura 72: Exemplo imagem selecionada na fila
Fonte: Autoria Própria
Após o clique na figura desejada automaticamente volta à prancha, onde é feita a
varredura em cada célula para permitir ao usuário colocar a imagem no local desejado.
Figura 73: Exemplo escolha local na prancha
83
Fonte: Autoria Própria
Visualizar e reproduzir a prancha criada
Após a seleção da opção “Visualizar” é aberta uma janela onde mostra a
prancha construída, e a varredura ocorre entre as setas , opção reproduzir e voltar. Na opção
Reproduzir as figuras são lidas, de forma sequencial e oral, pelo aplicativo SCALA.
Figura 74: Opção “Visualizar”
Fonte: Autoria Própria
Desfazer uma operação
Funciona do mesmo jeito que no acesso direto. Para desfazer uma operação executada
na prancha utiliza-se a opção "Desfazer" que se encontra no menu inferior. Pode-se desfazer
até dez operações, após este número a prancha continua como está.
84
Figura 75: Opção “ Desfazer”
Fonte: Autoria Própria
Salvar a prancha
Esta opção se encontra no menu inferior como indicado na imagem a seguir no
momento que a varredura passa pelo ícone salvar.
Figura 76: Opção “Salvar”
Fonte: Autoria Própria
Ao clicar sobre a opção "Salvar" é aberta a caixa que permite Salvar em Pranchas
Privadas com o nome do usuário-data-hora. Nas Pranchas Privadas o conteúdo fica disponível
apenas ao usuário que o criou. Veja a figura a seguir:
Figura 77: Opção “Salvar” - aviso
Fonte: Autoria Própria
Abrir a prancha
Depois de selecionada a opção abrir por meio da varredura, é aberta a janela que
permite usar as pranchas que se encontram gravadas em pranchas publicas ou privadas.
Onde, é feita primeiramente a varredura para selecionar qual é o grupo de pranchas que
pretende abrir, ou seja, se pretende abrir pranchas privadas ou públicas. Depois de
85
selecionado o grupo é feita a varredura somente nas pranchas do grupo selecionado (no
máximo 10 pranchas) e depois de percorrer todas as pranchas na lista do grupo privado ou
publico a varredura passa a percorrer novamente nas mesmas pranchas, onde a ação do
acionador já não é de abrir a prancha, mas de apagar . A varredura também é feita nos ícones
para visualizar as pranchas posteriores ou anteriores e no ícone voltar para o menu
inferior
Figura 78: Opção “Abrir”
Fonte: Autoria Própria
Limpar prancha
Para limpar cada célula ou totalmente a prancha as figuras que nela se encontram,
basta clicar na opção "Limpar" quando a varredura passar por ela, que se encontra no menu
inferior. Automaticamente é visualizada a prancha, e realizada uma varredura simples em cada
célula da prancha e terminada a varredura em cada célula é feita nas setas para voltar ou
avançar para as paginas seguintes e em seguida a varredura passa na opção apagar tudo e
opção voltar para o menu inferior.
Figura 79: Opção “Limpar”
86
Fonte: Autoria Própria
No momento que a varredura é feita em cada célula, basta clicar no acionador que
automaticamente é removida a figura na célula selecionada, e no momento que a varredura é
feita na opção limpar (lixeira) permite apagar todas as imagens. Em suma, o usuário pode
apagar uma por uma ou todas as figuras e criar uma nova prancha.
Exportar, importar figuras e imprimir uma prancha
A opção exportar, importar e imprimir não funciona por meio de varredura, é necessário
desativar o acesso indireto para o seu uso. Caso o usuário selecione uma das opções
referenciadas é aberta uma janela de aviso, informando que só poderá efetuar tal operação
usando acesso direto.
Figura 80: Mensagem de aviso
Fonte: Autoria Própria
Módulo Narrativas Visuais
O tutorial do módulo narrativas visuais é descrito na sequencia, sub dividido nos
seguintes itens: Modificando o Layout da História, Criando uma História, Apresentando Tela de
Edição, Inserir cenário, Inserir imagem, Inserir narração, Opções de operações com imagens,
Enviar imagem para frente e para trás, Aumentar e diminuir imagem, Girar uma imagem,
87
Inverter uma imagem, Excluir uma imagem, Desfazer uma operação e limpar quadrinho,
Reproduzir quadrinho, Concluir e cancelar quadrinho, Salvando História, Abrindo História,
Exportando História, Imprimindo a história, Visualizando a história, Limpando a história. Ajuda
e o Sair.
Para acessar o módulo “Narrativas Visuais” é necessário clicar na nuvem
correspondente, no menu superior. Oseu diferencial, em comparação ao módulo “Prancha”, é
que podem ser inseridas diversas figuras por quadrinho, assim como cenários. Ou seja, no
módulo “Narrativas Visuais” os quadrinhos podem compor cenas e histórias.
Modificando o Layout da História
Os layouts são as diversas opções possíveis para organizar os quadrinhos da
história. Alguns layouts possuem maior quantidade de quadrinhos e outros, menor. Para
modificar o layout da história basta clicar sobre a opção "Layout" no menu inferior.
Figura 81: Opção“Layout”
Fonte: Autoria Própria
Escolha o layout clicando sobre ele e, em seguida, em “Concluir”. Para cancelar, clique
em “Fechar”.
Figura 82: Caixa de diálogo –“Escolha a forma do seu layout”
Fonte: Autoria Própria
Criando uma História
Para iniciar a construção de sua história, clique sobre um dos quadros do layout. Você
será redirecionado para uma página de confecção do quadro (cena).
88
Figu
ra
83:
Sele
cion
ar
qua
drin
ho
Font
e:
Auto
ria
Própria
Após clicar no quadro, você entrará na tela de edição, e poderá criar sua cena.
Apresentando a Tela de Edição
A tela de edição apresenta, na lateral esquerda,as categorias de imagens e balões de
diálogo. A cima há o campo de busca no qual as imagens desejadas podem ser localizadas. No
centro encontra-se a área de edição na qual as imagens e os balões de diálogo podem ser
inseridos. A cima da área de edição há um ícone representado por uma caderneta. Clicando
sobre ele, abrirá um campo no qual é possível inserir a narração da história construída. Após a
inserção do texto, basta clicar em “Concluir”.
No menu inferior aparecem a barra de ferramentas.
Figura 84:Tela de edição
89
Fonte: Autoria Própria
Inserir cenário
É possível alterar o cenário do quadrinho. Clique no ícone “ Cenário” , representado por
um paleta de cores, no menu inferior.
Figura 85: Opção “Cenário”
Fonte: Autoria Própria
Abrirá uma janela com três opções, conforme a imagem a seguir.
Figura 86: Opções “Coloque um cenário no seu quadrinho”
90
Fonte: Autoria Própria
No primeiro ícone, você poderá escolher uma cor para o fundo do quadrinho. Clicando
sobre a paleta de cores, abrirá uma janela com diversas opções de cores. Clique sobre a cor
desejada, conforme mostra a imagem a seguir. Para cancelar, clique em “Fechar”.
As cores utilizadas no SCALA são baseadas em um estudo prévio o qual demonstrou
que crianças com autismo tem uma tendência para gostar mais de algumas tonalidades e
terem certa intolerância à outras. Esse estudo mostra que a criança com autismo se adapta
melhor a tons pastéis. Por isso a paleta de cores dos cenários do Scala oferece tonalidades
agradáveis, com menor chance de causar impacto no sistema sensório tão sensível e passível
de ser hiperestimulado como o da criança com autismo.
No segundo ícone “Cenários”, você pode selecionar um dos planos de fundo disponíveis.
A seleção é feita por quadrinho o que possibilita que cada quadrinho tenha um cenário
específico. Basta clicar sobre o cenário desejado para que ele se incorpore à história. Para
cancelar, clique em “Fechar”.
Figura 88: Opção “ Escolha uma imagem”
91
Fonte: Autoria Própria
Para importar uma imagem do seu computador e usá-la como plano de fundo para a
narrativa basta clicar no botão “Escolher arquivo” na pop-up de escolha dos cenários logo
abaixo dos mesmos.
Figura 89: Opção “Escolha uma imagem”
Fonte: Autoria Própria
Selecione a imagem que deseja usar do seu computador e ela aparecerá logo abaixo.
Para utilizá-la basta clicar sobre a imagem.
Figura 90: Plano de fundo selecionado
Fonte: Autoria Própria
92
No terceiro ícone, você poderá desenhar seu próprio cenário através de um aplicativo
de desenho a mão livre. Feito o desenho, clique no ícone verde localizado a esquerda. Para
cancelar, clique em “Fechar”.
Figura 91: Desenho livre de cenário
Fonte: Autoria Própria
Inserir imagem
Há duas maneiras de inserir uma imagem. A partir do sistema de busca ou através das
categorias das figuras.
a) Sistema de Busca:
Para pesquisar um pictograma específico basta clicar na caixa de texto que está no topo
das categorias. Digite na caixa de texto o pictograma que deseja e o mecanismo de busca
trará uma lista dos itens relacionados ao lado. Para inserir uma figura na narrativa visual basta
clicar na figura deseja e após clicar onde deseja que ela seja inserida.
93
Figura 92: Sistema de busca
Fonte: Autoria Própria
b) Busca por Categorias
Para inserir uma imagem, escolha uma das categorias à esquerda e clique sobre
ela. As imagens da respectiva categoria aparecerão em ordem alfabética. Selecione a figura
desejada e, em seguida, sobre o local onde deseja inseri-la, como mostra a imagem a seguir.
Figura 93: Inserir imagem
Fonte: Autoria Própria
Caso a figura a ser inserida seja um balão de texto, você terá três opções: de fala,
94
pensamento e narração. Para inserir clicar na categoria balões, escolher a opção desejada
(fala, pensamento, narração), clicar no local da cena desejado. Aparecerá uma caixa para
digitação do texto e, em seguida, clique em “enviar”.
Figura 94: Inserir balões de texto
Fonte: Autoria Própria
Se desejar editar o texto do balão, clique sobre o balão e, em seguida, clique na barra
inferior no ícone com a letra “A”. Aparecerá uma caixa de texto que dá acesso as alterações
textuais que deseja. Terminada a digitação clique em “OK”.
Figura 95: Editar texto do balão de texto
Fonte: Autoria Própria
95
Inserir narração
Como uma boa história deve ter um narrador, você pode escrever uma narração
clicando sobre o ícone representado por uma caderneta. Depois de digitar a narração, clique
no botão verde para concluir ou no X vermelho para cancelar. O texto pode ser alterado
seguindo os mesmos passos.
Figura 96: Inserir narração
Fonte: Autoria Própria
Opções de operações com imagens
No módulo Narrativas Visuais é necessário clicar fora da imagem para tirar sua seleção
após as edições. Sem esta operação ao clicar sobre outro lugar no quadro de edição, a
localização da imagem poderá ser alterada.
Se desejar alterar uma imagem, clique sobre ela, selecionando-a (o contorno da
imagem ficará branco). Na barra de ferramentas inferior, aparecerão opções de edição da
imagem, como mostra a imagem a seguir. Tais alterações podem ser realizadas tanto nas
imagens inseridas como nos balões de diálogo.
Figura 97: Menu de Opções de edição de imagens
Fonte: Autoria Própria
Aumentar e Diminuir imagem
As opções de “Aumentar e Diminuir”, respectivamente, localizadas no menu das opções
de edição, podem aumentar ou diminuir o tamanho da imagem selecionada. O ícone é
representado por uma lupa na cor verde acompanhada dos sinais de “Mais” e “Menos”.
A seguir é apresentado a localização de cada ícone no menu e um exemplo de uso.
96
Figura 98: Imagem Ampliada
Fonte: Autoria Própria
Figura 100: Opção“Diminuir”
Fonte: Autoria Própria
Figura 101: Imagem Reduzida
Fonte: Autoria Própria
Enviar imagem para frente e para trás
Para mudar a posição de uma imagem com relação às outras, tem-se a opção “
Frente/Atrás” que envia a imagem para frente das outras ou para atrás das outras. O ícone é
representado por uma árvore a frente e atrás de uma cerca. A seguir é apresentado a
localização de cada ícone no menu e um exemplo de uso.
97
Figura 102: Opção “Enviar para Frente”
Fonte: Autoria Própria
Figura 103: Opção “Enviar para Trás”
Fonte: Autoria Própria
Na imagem anterior temos inicialmente a água atrás do algodão doce. Quando clicamos
sobre o ícone de enviar para “ Atrás” o algodão doce vai para atrás da água, conforme imagem
a seguir.
Figura 104: Água Atrás
Fonte: Autoria Própria
Figura 105: Água na Frente
Fonte: Autoria Própria
Girar uma imagem
Para girar a imagem utilizamos a opção “Girar” no menu das opções de edição. Nesta
opção, podemos girar a imagem de 90º em 90º graus como mostra o exemplo abaixo.
Figura 106: Opção “Girar”
98
Fonte: Autoria Própria
Inverter uma imagem
Para inverter a imagem utilizamos a opção “Inverter” no menu de edição. Nesta opção
podemos inverter a imagem de modo semelhante a um espelho.
Figura 108: Opção “Inverter”
Fonte: Autoria Própria
Figura 109: Imagem Invertida
Fonte: Autoria Própria
Excluir uma imagem
Para excluir uma imagem basta clicar sobre a opção“Excluir”, representada por uma
lixeira.
Figura 110: Opção “Excluir”
99
Autoria Própria
Desfazer uma operação e limpar quadrinho
Para desfazer suas edições anteriores, você pode utilizar a opção “Desfazer” ou utilizar
o ícone Limpar para apagar todas as imagens e cenários. Para a última opção, abrirá uma
caixa de diálogo solicitando confirmação da exclusão das imagens e, em seguida, se assim
desejar, clique em “Concluir”. Para cancelar, clique em “Fechar”. Abaixo temos a localização de
cada ícone.
Figura 111: Opção “Desfazer”
Autoria Própria
Figura 112: Opção “Limpar”
Autoria Própria
Reproduzir quadrinho
Após ter definido uma narração para o seu quadrinho, é possível reproduzi-la através
do sintetizador de voz. Para isso, basta clicar no ícone conforme imagem abaixo.
Figura 113: Opção “Reproduzir”
Autoria Própria
Concluir e cancelar quadrinho
Após a edição do quadrinho, você pode clicar em “Concluir” para finalizar a edição e
voltar à página com todos os quadrinhos. Você também pode clicar em “Cancelar”para
cancelar todas as edições e voltar para a página com todos os quadrinhos. Abrirá uma caixa de
diálogo solicitando confirmação.
100
Figura 114: Opção “Concluir” e “Cancelar”
Autoria Própria
Salvando História
A qualquer momento durante a criação da sua história, você pode salvá-la. Basta clicar
no ícone “Salvar” no menu inferior da tela principal.
Figura 115: Opção“Salvar”
Autoria Própria
Abrirá a caixa de diálogo "Escolha o modo que deseja salvar a sua história", na qual
deverá ser inserido o nome do arquivo e a forma de salvar. Existem três opções para salvar:
Figura 116: Caixa de diálogo “ Escolha o modo que você deseja salvar a sua história”
Autoria Própria
a) No Computador: nesta opção a sua história é salva no próprio computador que está
acessando o SCALA Web e você pode transportá-la em unidades móveis, como pen drives ou
Cds;
b)Público: nesta opção a sua história fica acessível a todos os usuários do sistema
Scala. A história ficará disponível em uma lista e poderá ser acessada através do nome do
arquivo salvo.
c) Privado: Nesta opção a história fica acessível somente ao seu autor. A história ficará
vinculada ao login de acesso.
Abrindo História
101
Durante a criação de uma história, a qualquer momento, você pode abrir uma história
salva. Basta clicar na opção “Abrir” localizada no menu inferior da tela principal.
Figura 117: Opção “Abrir”
Autoria Própria
Abrirá a caixa de diálogo "Escolha a história que deseja abrir" com as opções de
escolher uma história que foi salva no computador, público ou privado, conforme explicado
anteriormente nas opções para Salvar. Escolha o arquivo desejado e, em seguida, clique em
“Abrir”. Para cancelar, clique em “Fechar”.
Figura 118: Caixa de Diálogo "Escolha a história que deseja abrir"
Autoria Própria
Exportando História
A opção “Exportar”, que se encontra no menu inferior da tela principal, é utilizada para
salvar a história com a extensão .pdf, tendo assim a possibilidade de abri-la em outros
102
aplicativos.Além disso, a história pode ser exportada com a extensão .jpeg ou, ainda, ser
compartilha no Facebook ou no Twitter.
Figura 119: Opção “Exportar”
Au
toria Própria
Ao clicar na opção “Exportar”, abrirá uma janela com as seguintes opções, conforme
imagem a seguir:
Figura 120: Opções de exportação
Autoria Própria
Enquanto a história em .pdf é gerada aparecerá a mensagem “Aguarde. A História está
sendo gerada” e o aplicativo ficará bloqueado, não sendo possível utilizá-lo. Caso seja clicado
sobre, acarretará no cancelamento da exportação da história.
Imprimindo a história
Para imprimir uma história criada, basta clicar no ícone “Imprimir” localizado no menu
inferior da tela principal.
Figura 121: Opção
“Imprimir”
103
Autoria Própria
Dependendo das configurações do seu navegador será aberta uma janela com a
visualização de impressão e configurações.
Visualizando a história
A opção de visualização permite que a história seja visualizada e reproduzida. Nesta
opção as Narrações criadas poderão ser lidas pelo aplicativo.
Figura 123: Opção “Visualizar”
Autoria Própria
Ao clicar na opção “Visualizar” será aberta a visualização da história na qual encontra-
se o botão “Reproduzir”, como mostra a imagem abaixo. Ao clicar nesse botão, será
reproduzida a narração da história. Há também a opção “Voltar” a qual retorna para a página
anterior.
Figura 124:Opção “Visualizar”
Autoria Própria
104
Limpando a história
Para limpar todos os quadrinhos de uma página da história, basta clicar no ícone
“Limpar” localizado no menu inferior da tela principal.
Figura 125: Opção“Limpar”
Autoria Própria
Após clicar em Limpar será aberta uma caixa de diálogo para confirmar a exclusão,
basta clicar em “Concluir” para confirmar ou em “Fechar” para cancelar.
Figura 126: Caixa de
diálogo de
confirmação
Autoria Própria
Ajuda
Clicando sobre o menu “Ajuda”, representado por um ponto de interrogação,você terá
acesso aos tutoriais de uso do Scala. Após a consulta, você pode fechar a janela no “X”,
localizado no canto superior direito.
Figura 127: Opção “Ajuda”
Autoria Própria
Sair
Ao clicar sobre a opção “Sair”, você sairá do Scala e será redirecionado para a tela
inicial de login.
Figura 128: Opção “Sair”
105
Autoria Própria
3.4 Sistema de varredura no SCALA –
3.4.1 Acessibilidade do SCALA: sistema de varredura
Atualmente, existem inúmeros periféricos de entrada para computadores. Contudo,
nem todas as pessoas podem utilizar os dispositivos mais comuns como, o teclado e o mouse.
Este é o caso de algumas pessoas com deficiência motora. Para este público, uma alternativa é
o uso de mouse e teclados adaptados e/ou virtuais. Este grupo de necessita de adaptações ou
do uso de outro meio de acesso para ter acesso ao computador. Estes acessos são
denominados de acesso indireto. O sistema de varredura é a alternativa mais utilizada tendo
em vista sua simplicidade, pois permite que o usuário utilize uma tecla ou um acionador
simples para utilização do computador. O uso desta tecnologia como uma opção de acesso ao
computador permite garantir autonomia e independência do usuário.
A palavra varredura nos remete a uma ação como, varrer, passar, percorrer, etc. e é
usada em vários contextos. Pode ser independente e dependente. A varredura independente é
aquela que a própria pessoa orienta ou faz a seleção enquanto que, na dependente, outra
pessoa aponta para cada opção numa determinada sequência e, através de um sinal, o usuário
indica a opção desejada.
O princípio desta técnica também foi desenvolvido na área dos recursos de
acessibilidade ao computador como uma das formas de acesso indireto. Esta funcionalidade de
varredura permite o uso do computador por parte do usuário que não pode usar o mouse ou
teclado convencional, mas aciona ou ativa a ação com alguma parte do corpo que o permite
comunicar-se.
A entrada para o computador de forma indireta, implica passos e recursos intermédios
no processo de acesso e o uso de acionadores para ativar as opções desejadas, e de
programas informáticos específicos. Os sistemas de acesso indireto destinam-se a pessoas
com grandes limitações motoras. Existem acionadores de pressão, de tração, de piscar, de
sopro, de contração muscular e outros . Com uma habilidade motora mínima, o aluno/usuário
é capaz de selecionar uma letra e escrever, ou usar uma aplicação do computador.
O sistema de varredura pode ser simples ou complexo. Na varredura simples, o cursor
percorre todas as opções até chegar à opção desejada. A varredura complexa permite
selecionar antecipadamente a fila ou o bloco onde está a opção desejada, tornando o processo
mais rápido. O outro sistema de acesso indireto implica o uso de sistemas codificados,
habitualmente chamado o código Morse. Tal como o sistema anterior, necessita de
106
acionadores, mas é muito mais rápido. Existem basicamente três modos de acesso no sistema
de varredura:
• Varredura automática: a varredura inicia automaticamente e o usuário clica no
acionador uma vez para ativar a área selecionada;
• Varredura passo a passo: o usuário clica repetidamente para mover o cursor até o alvo
desejado e ativa-o através de um segundo acionador ou através da função de
autoativação temporizada;
• Varredura inversa: a varredura acontece enquanto o acionador está sendo pressionado
até o usuário soltá-lo, neste momento o cursor para e a seleção é realizda.
3.4.2 Metodologia de desenvolvimento do sistema de varredura
Para o desenvolvimento do sistema de varredura o grupo usou como metodologia a
observação do algoritmo dos sistemas que funcionam na base de varredura e a sua adição no
SCALA foi baseado nos modelos incrementais, mais precisamente a metodologia ágil,
considerando a) Indivíduos e interações ao invés de processos e ferramentas; b) Software
executável ao invés de documentação; c) Colaboração do usuário e d) Respostas rápidas a
mudanças.
O desenvolvimento do sistema de varredura contou com a participação de um
programador com bolsa CNPQ, usuários e testadores.
Assim, foi desenvolvido o planejamento do sistema de varredura, com requisitos
funcionais e não funcionais já apresentados, de forma incremental adicionando novas
funcionalidades em paralelo com a implementação e testes do mesmo, de forma que o usuário
tivesse acesso às atualizações, participando também nos testes18 sempre com um feedback
através dos encontros entre a equipe de desenvolvimento e os usuários (figura 95).
Como parte do desenvolvimento do sistema de varredura, também, foram estudados
diversos sistemas, testados em diferentes softwares para identificar funcionalidades do
sistema de varredura passíveis de serem incluídas no SCALA, tendo em conta que o publico
alvo eram crianças. Primeiramente foram usados os simuladores de mouse e teclado de modo
a obter uma visão geral de como a varredura funciona.
Após a exploração dos simuladores passou-se para a segunda etapa da pesquisa,
visando a identificação de como funciona a varredura nos sistemas de comunicação
alternativos também gratuitos e de código aberto, todos utilizando a plataforma Windows
(cabe destacar que o SCALA funciona em qualquer plataforma, porém, em geral há muito mais
aplicativos deste tipo para o sistema operacional Windows que para outros).
Com base nos sistemas apresentados foram identificados alguns requisitos desejáveis
para o SCALA, entre eles, a varredura simples, complexa e automática, a possibilidade de
configuração da velocidade do tempo de varredura, o destaque da varredura com várias cores 18 Parte do software totalmente funcional para avaliar
107
de acordo com a preferência do usuário.
Figura 130: Esquema resumo do desenvolvimento do sistema de varredura
Adaptada da metodologia ágil Heptagon TI Ltda (2013)
Fonte: http://www.heptagon.com.br/scrum
3.4.3 Síntese dos Requisitos para o sistema de varredura no SCALA
A partir do estudo desenvolvido identificaram-se um conjunto de requisitos desejados
para o sistema SCALA, entre eles: a) modo e tipo de varredura, b) configuração do uso de
varredura; c) sequência de varredura; d) autonomia na construção da prancha e colocação de
cada imagem na prancha com base na varredura; e) possibilidade do usuário gravar e abrir
pranchas no computador através de varredura e se necessário fazer também a impressão.
Sobre o modo e tipo de varredura, definiu-se que por ser um sistema dirigido às
crianças, como forma de tornar mais fácil o seu uso o sistema deve permitir a varredura
automática19 e não manual20. Assim, o acesso ao SCALA por varredura deve ser por meio do
mouse (clique direito), ou de acionador.
A Configuração do uso de varredura foi pensada a partir de um menu com opções para
ativar e desativar a varredura, configurar o intervalo de varredura automática; definir a cor de
destaque da varredura, e o som de varredura.
Figura 131: SCALA versão WEB
19 Varredura automática: a varredura inicia automaticamente e o usuário clica no acionador uma vez para ativar a área selecionada; 20 Varredura manual: o usuário clica repetidamente para mover o cursor até o alvo desejado e ativa-o através de um segundo acionador.
108
Font
e:
Aut
oria
Pró
pria
N
a
ver
são
prancha do SCALA, foi definido a sequência de varredura. Depois de ativada a varredura deve-
se iniciar no menu inferior a opção layout de modo que permite ao usuário escolher o layout da
sua prancha, no mesmo menu é necessário a adição de um ícone que permita a navegação da
varredura para as categorias. Para o caso do modo de varredura nas categorias definiu-se a
varredura simples uma vez que possui uma única fila.
Depois de selecionada uma das categorias automaticamente aparecem as imagens que
fazem parte da categoria selecionada, sendo feita então a varredura complexa, isto é,
varredura por filas.
Selecionada a fila, a varredura deve ser feita apenas nesta fila. A imagem deve ser
inserida após a sua seleção pertencente a uma categoria, onde o usuário através da varredura
automática, ativa o acionador para selecionar a imagem e automaticamente o processo de
varredura passa a ser realizado nas células da prancha, de modo a permitir liberdade e
controle do usuário na construção e colocação das imagens selecionadas.
Caso o usuário pretenda remover uma das imagens colocadas na prancha, deve acionar
no menu inferior a opção de apagar, a qual, depois de ativada, automaticamente fará
varredura na prancha para o usuário apagar a imagem desejada.
O reproduzir som deve ser realizado durante o processo de visualização da prancha,
onde a varredura é realizada em cada célula de modo a reproduzir o som de cada célula,
existindo também a possibilidade de reproduzir o som de todas as imagens da prancha. As
opções salvar a prancha, abrir e imprimir também deverão ser realizadas pela varredura.
Assim com base na descrição acima dos requisitos foi modelado o seguinte diagrama de casos
de usos (figura 132).
Figura 132: Diagrama de caso de uso do SCALA com varredura
109
Fonte: autoria própria
As tecnologias assistivas são importantes dispositivos capazes de ajudar o acesso aos
recursos computacionais às pessoas com deficiência motora. De acordo com a diversidade
humana existe um grupo de sujeitos com deficiência motora grave que não conseguem usar os
mouses e teclados convencionais, mas consegue ativar um acionador com uma parte do corpo.
Conforme a análise feita nos softwares percebe-se que eles possuem características
comuns relacionadas com o controle e liberdade por parte do usuário que permitem:
• A configuração do intervalo de varredura automática.
• Oferece variadas formas de acesso a varredura por meio do mouse (clique direito),
acionador, Som (microfone), teclado, etc.
Uma característica fundamental que também permite o controle e a liberdade do usuário,
encontrada em alguns dos softwares citados, foi a possibilidade de escolha de modo de acesso.
Uma vez que o objetivo na concepção de software não é criar um software para um grupo
restrito, mas criar um software com diversas formas de uso, esta característica torna-se
bastante importante.
Com relação ao acesso indireto, o sistema de varredura percebe-se que a maioria dos
softwares mencionados neste trabalho não oferecem os três modos de varredura no acesso ao
computador. A maioria dos softwares só possui a varredura automática. Esta é outra
característica bastante importante que permite ao usuário a possibilidade de escolher de que
forma pretende realizar a varredura, se será manual, automática ou inversa.
Com relação aos sistemas de comunicação alternativa abordados, estes apesar de
permitirem o seu uso através do sistema de varredura, a edição (para os que possuem) é
110
limitada, ou seja, a edição só e feita por meio do acesso direto, não permitindo gravar ou abrir
uma prancha construída por meio de varredura. A varredura apenas é usada nas pranchas já
construídas para se comunicar.
Com base nesta limitação o SCALA foi desenvolvido com a funcionalidade de construir
pranchas, escolhendo o layout, a posição de cada imagem, a possibilidade de abrir uma
prancha e gravar as pranchas criadas por meio de varredura, dando assim, controle e
autonomia do usuário, que só pode usar o acesso indireto.
Depois do desenho do sistema iniciamos a fase de codificação com a equipe de
programação. O produto foi desenvolvido em partes de modo a formar o todo. Cada parte do
sistema que se encontrava funcional era testada pelos próprios pesquisadores e caso tivesse
anomalias, o protótipo era reportado para a equipe de programação semanalmente ou em
reuniões específicas para alterações.
3.4.4 Sistema de varredura do SCALA
Como resultado atualmente está disponível a versão do protótipo do sistema SCALA
com varredura, onde pode ser acessado através da nuvem de configurações que se encontra
no menu superior conforme mostra a figura 133.
Figura 133: Ilustração da 1) nuvem de configurações e a 2) janela de configurações
Fonte: Autoria Própria
Através da nuvem de configurações é possível ter acesso a algumas alterações no modo
de uso do sistema que são: Ativar a varredura; Definir a cor de varredura; Definir a
velocidade; Ativar som de varredura; Alterar o idioma21.
Alterado o modo de acesso direto para o indireto (varredura automática), o sistema
automaticamente adiciona no menu inferior a categoria links de acesso entre eles. A varredura
no menu inferior é simples22, da esquerda para direita, e no menu das categorias também é
simples de cima para baixo num ciclo repetitivo até que o usuário ative ou acione o acionador.
21 Ainda está em desenvolvimento. 22 Na varredura simples, o cursor percorre todas as opções até chegar à opção desejada.
111
Figura 134: Ilustração dos links de acesso ao menu inferior e ao menu de categorias
Fonte: Autoria Própria
Com relação a figuras pertencentes a cada categoria é realizada uma varredura
complexa23. Atualmente é possível efetuar todas as operações por meio de varredura com
exceção do imprimir, exportar e importar devido à complexidade que estas funcionalidades
envolvem. Ainda está em estudo o funcionamento destas operações por meio de varredura.
A seguir será feita descrito a varredura no menu inferior, menu de categoria e nas
imagens pertencentes a uma dada categoria. Salienta-se que mais detalhes das
funcionalidades podem ser encontradas no manual de usuário no menu ajuda e também no
site do projeto (http://SCALA.ufrgs.br/siteSCALA/projetoSCALA/content/material).
Atualmente está se projetando o sistema de varredura no modulo historia com previsão
de finalização para março de 2014 e brevemente para o módulo comunicador livre para julho
de 2014, para tornar todo sistema acessível para usuários que só podem usar o computador
por meio de acionadores.
A versão completa do funcionamento do sistema com varredura pode ser apreciada no
apêndice C, e a seguir apresentamos uma síntese.
Criando uma Prancha com Varredura
Para a criação da prancha usa-se o mesmo princípio que no acesso direto, diferindo na 23 A varredura complexa permite selecionar antecipadamente a fila ou o bloco onde está a opção desejada, tornando o processo mais rápido.
112
forma de acesso. No menu inferior existe o ícone categorias que serve de link para o acesso
ao menu das categorias. Depois de selecionada a opção categorias, a varredura passa
automaticamente para o menu de categorias. Caso o usuário pretenda voltar para o menu
inferior deve acionar o acionador quando a varredura passar pelo último ícone do menu das
categorias.
Para adicionar figuras basta clicar ou ativar o acionador quando a varredura passa na
imagem das opções da categoria desejada. As opções de categorias são: Pessoas, Objeto,
Natureza, Ações, Alimentos, Sentimentos, Qualidades e M. Imagens.
Após a seleção de uma das categorias por meio de varredura, automaticamente é
aberta uma janela com as imagens que pertencem à categoria, iniciando uma varredura em
filas horizontais de imagens. Depois de terminada a varredura nas filas, a varredura passa
para o ícone voltar e visualizar mais imagens, fazendo assim um ciclo repetitivo até que o
usuário escolha uma opção.
Figura 135: Seleção da fila no módulo varredura
Fonte: Autoria Própria
Quando selecionada a fila a varredura passa a ser simples, e percorre apenas nas
figuras da fila selecionada.
Figura 136: Seleção de pictograma no módulo varredura
Fonte: Autoria Própria
113
Após o clique no pictograma desejado, automaticamente volta-se à prancha, onde é
feita a varredura em cada célula para permitir o usuário colocar a imagem no local desejado.
Figura 137: Processo de inserção de pictograma no módulo varredura
Fonte: Autoria Própria
A seguir apresentam-se os principais resultados dos estudos de caso desenvolvidos no
projeto com uso da comunicação alternativa e do Sistema SCALA.
Resultados dos Estudos de Caso
4.1 Estudo de Caso: Comunicação Alternativa e Autismo: análise do desenvolvimento da comunicação
Este estudo desenvolveu-se do período de agosto de 2011 a março de 201324,
realizados em três contextos: familiar, escolar e laboratório de experimentação, com três
crianças com diagnóstico de autismo e sem oralização, na faixa etária de 3 a 4 anos.
Neste relato as interações se focam principalmente no contexto de laboratório,
introduzindo-se apenas algumas considerações dos demais contextos. A proposição das
interações está focada numa metodologia de Ações Mediadoras, com enfoque na promoção de
Cenas de Atenção Conjunta a fim de se efetivar a comunicação e interação social dos sujeitos
em questão.
Essas interações ocorreram concomitantemente com os três sujeitos, uma vez por
semana no laboratório de experimentação. Ocorreram visitas, ao contexto familiar de cada
sujeito, com observação e orientações às mães e na escola com observação e primeiras
orientações para as professoras.
Desta forma, abrangeram-se os contextos de maior vivencia social desses sujeitos e a
participação comum dos três no laboratório uma vez por semana a fim de promover
inicialmente a interação social entre os participantes.
Salientamos ainda que as intervenções do pesquisador ocorrem nos três contextos
não de forma linear, mas conforme oportunidade e necessidades sentidas no decorrer da
pesquisa, sendo que cada intervenção, não importando o contexto, foi filmada para posterior
análise no intuito de reestruturação e nova organização de interação, conforme necessidades
advindas em prol do maior desenvolvimento dos sujeitos em seus contextos.
O primeiro contato ocorreu com as mães, escola e professores com aplicação de
alguns instrumentos de coleta de dados25 a fim de montarmos um perfil inicial dos sujeitos. Em
seguida iniciamos as interações no laboratório com encontros semanais e tempo de duração
flexibilizado26. As ações mediadoras utilizadas ocorreram com enfoque na tríade de interações
do mediador com o sujeito, tendo um objeto como instrumento de mediação, para
posteriormente, ampliar as interações com os demais sujeitos.
Com as primeiras intervenções no laboratório foi possível criar vínculos com os
sujeitos e tomar conhecimento de suas potencialidades e necessidades, acrescidas das
interações com as mãe e professoras, foi possível elaborar um perfil descritivo de suas formas
de comunicação, interação social e potencialidades iniciais. Cabe ainda salientar que, apesar
de apresentarem autismo, os três sujeitos possuíam características bem distintas dentro do
quadro da síndrome, e são acompanhados por diversos profissionais em intervenções 24 Para conhecer as produções e sub- projetos acessar site http://scala.ufrgs.br/Scala 25 Entrevistas abertas, anamneses, termos de consentimento . 26 Inicialmente os encontros tiveram tem de duração curto sendo paulativamente ampliados a fim de atender as necessidades dos sujeitos.
115
terapêuticas.
Aqui os denominaremos por caso 1, 2, e 3, conforme apresentado no Quadro 10.
Quadro 10 - Perfil da comunicação, interação social e potencialidades dos sujeitos
Caso 1 Menino de 3 anos e dez meses, convive com os pais, e duas irmãs mais velhas.
Frequenta a escola de educação infantil no maternal 3, turno da tarde.
Foi percebida alguma anormalidade no seu desenvolvimento com 1,3 anos pela ausência de vocabulário. Detectado TGD com 1,9 anos, pelo conjunto de profissionais (pediatra, neuropsicólogo e psiquiatra).
Comunicação • Expressa alguns sons, tem expressões faciais significativas do olhar para prestar atenção, quando é chamado, para conhecimento do ambiente e fecha os olhos em sinal de protesto. Através do sorriso demonstra satisfação e alegria. Com choro, resmungos, balbucios para demonstrar contrariedade.
• Expressões corporais se efetivam através do apontar e levar o mediador ao que deseja e do acenar.
• Esta iniciando com fonoaudióloga a CA.
• Sua comunicação ocorre de forma espontânea através de gestos para satisfazer seus desejos de forma compreensível.
• Não apresenta movimentos estereotipados.
Interação Social e compreensão
• Aceita o toque
• Compreende o significado dos objetos e a existência de si próprio. Demonstra compreensão das outras pessoas sem se envolver na troca de turnos.
• Interage com quando solicitado, sentado numa mesa. Consegue, portanto, interagir com objetos e outras pessoas por curtos ou no máximo médios períodos de tempo.
Potencialidades – preferências
• Aceita bem troca de rotinas.
• Não reage de forma contraditória a presença de pessoas estranhas ao seu convívio.
• Fascínio por luzes e ventiladores, ralos e objetos que giram e aprecia o espelho.
• Possui gestos comunicativos através de expressões faciais e corporais significativos.
• Consegue segurar o lápis, pinta com alguma limitação, desenha através de rabiscos.
• Utiliza o gesto do apontar como indicação do que deseja.
• Tem autonomia para comer e consegue colocar o calçado quando não utiliza cadarço, quanto a higiene está em processo de aprendizagem para utilização do sanitário, vestir-se e despir-se.
Caso 2 Menino de 4 anos e dois meses, convive com os pais, e um irmão. Foi percebido anormalidades no do seu desenvolvimento com 2,3 anos, diagnostico de autismo aos 3 anos pelo neuropediatra e psicólogo. Frequenta a escola no Maternal 1B no turno da tarde.
Comunicação • Apresenta atrasos na linguagem, é difícil entender o que ele fala, pois possui linguagem própria criada por ele. Entende as falas, mas não se envolve em trocas de turnos.
• Expressões faciais foram contatadas através de resmungos e choro para contrariedade. Não faz contato visual direto. Cabeceia para chamar a atenção ou aperta os braços e pernas. Movimento de mãos e dedos de forma estranha.
• Para suprimir suas necessidades utiliza o braço ou mão de outra pessoa, o gesto de apontar não faz parte de sua rotina. Tem dificuldade de ficar sentado ou fixar-se à uma atividade.
• Tem fixação por rabiscos, sem que estes tenham sentido ou significado visível.
• Não se utiliza de uma forma de comunicação alternativa.
Interação Social e
• Não aceita o toque. O contato é aceito apenas por familiares.
116
compreensão • A compreensão do significado dos objetos ou das pessoas é bastante restrita.
• Não se atem ao meio ou demonstra fazer parte dele.
• Sua interação se restringe a objetos quando estes são de seu interesse, há grande apego.
Potencialidades – preferências
• Aprecia música, fascínio por luzes, espelhos e objetos brilhantes.
• Hipossensível em relação aos sentidos, ri sem razão aparente, tem boa coordenação.
• Atividade física como pular, deitar no chão, correr são de seu agrado.
• Compulsividade pela comida tem que ser controlada.
• Tem dependência para vestir-se e higiene.
Caso 3 Menino de 3 anos e cinco meses, convive com os pais. Foi percebida anormalidades no do seu desenvolvimento com 1,3 anos, neurologista constata, transtorno invasivo de desenvolvimento. Toma medicamentos: um antipsicótico (Risperidona) e anticonvulsivo. Frequenta escola de educação infantil no grupo 1 na parte da tarde.
Comunicação • A comunicação oral é expressa por poucos balbucios não inteligíveis.
• Comunica-se por gestos, com pessoas que lhe são bem familiares, quando quer algo, pega o braço e leva a pessoa até onde está o que deseja, sem utilizar-se do apontar.
• Expressões faciais foram constatadas por resmungos e choro para demonstrar contrariedade.
• Frustrações são expressas através de agressões (bater contra si e contra os outros, mordidas, puxões de cabelo).
• Tem severas dificuldades para demonstrar o que deseja comunicar.
• Não se utiliza de nenhum método de comunicação alternativa.
Interação Social e compreensão
• Não aceita contato físico e nem faz contato visual
• Elege pequenos espaços para ficar que são de seu agrado.
• Tem momentos que parece que “desliga do mundo”. Ficando totalmente apático a tudo e a todos.
• Não aceita a mediação com o pesquisador e, em raros momentos, esta acontece com algum objeto, quando este é do seu interesse.
Potencialidades – preferências
• Sons fortes chamam a sua atenção, fascínio por luzes, interesse por detalhes de objetos, fixação do olhar de forma estranha para os dedos e mãos.
• Objetos não comestíveis são levados à boca com frequência.
• Apresenta dificuldades para correr, pular, subir e descer escadas.
• Tem apego exagerado e atração por certos objetos, aprecia girá-los, não utiliza jogos da forma adequada.
• A troca de rotina não é bem aceita, hora muito ativo, hora muito passivo. Tem receio de lugares amplos com pisos iguais.
Fonte: Autoria Própria
Como pode ser percebido no quadro 10, somente um dos sujeitos tinha a função
indicativa do apontar, em função disto focou-se a sequencias das sessões em ações com
comunicação alternativa que pudesse dar significado a este gesto.
O sistema SCALA foi utilizado em duas versões com uso de símbolos e pranchas e com
o Tablet. Inicialmente houve grande necessidade da associação dos símbolos das pranchas
com o material concreto, efetivando-se posteriormente o apontar pelo fascínio pela utilização
da tecnologia Tablet. O sujeito do caso 2 passa aceitar o toque e, em seguida, entende o
117
significado do apontar, apresentando um contato visual lateral.
Apesar de termos conseguido poucos momentos de mediação efetivada, o sujeito passa
a interagir com o instrumento tecnológico por meio do apontar com desenvoltura e fascínio,
fixando-se a detalhes. Já o sujeito do caso 1 aprimora o apontar e o contato visual passando a
participar de cenas de atenção conjunta com as ações mediadoras (mediador-sujeito-objeto)
empregadas, apresentando, logo, grande autonomia na utilização do Tablet. Enquanto que, o
sujeito do caso 3, necessitou de um prazo mais longo para adquirir algum tipo de aceitação de
contato e para que seu olhar se fixasse nas atividades propostas, assim como o apontar se
efetiva inicialmente pelo som produzido com seu toque.
O dispositivo móvel inicialmente foi inserido com a apresentação de diversos aplicativos
gratuitos, escolhidos em função do perfil dos sujeitos, que levaram a apropriação e
compreensão da tecnologia conforme é demonstrado na figura 138 e concomitantemente com
o sistema SCALA, através de prancha com comunicação alternativa, figura 139.
Figura 138: uso de Tablets com sujeitos com autismo
Fonte: Autoria Própria
Com o uso do Tablet podemos perceber que o tempo de atenção em atividades
aumentou com todos os sujeitos. A oralidade foi incentivada em todas as mediações e os três
sujeitos ampliaram seu vocabulário.
O sujeito do caso 1 logo demonstrou facilidade na utilização da tecnologia e na
participação como agente intencional nas ações mediadas. Atualmente está oralizando
palavras com duas silabas e participa de cenas de atenção conjunta nas mediações com os
outros sujeitos. O sujeito do caso 2, apesar de demonstrar sua preferência pela interação
sozinha com o instrumento da tecnologia, já participa de cenas de atenção conjunta nas ações
mediadas e em alguns poucos momentos já interagiu com os outros sujeitos de forma
espontânea. Percebeu-se um aumento na sua oralização através de algumas palavras isoladas.
Já aceita bem ao toque e demonstra carinho através de abraços e beijos.
O sujeito do caso 3, através das ações mediadoras, aceita ao toque e já demonstra
afeto através de abraços e beijos. As interações do sujeito com objeto se ampliam e já
participa de algumas ações mediadoras com a pesquisadora. A oralidade somente foi expressa
através de uma palavra depois de muita insistência, mas os símbolos de comunicação
alternativa começam a ser entendido, o que deverá trazer um acréscimo à sua forma de
comunicação em breve.
118
Figura 139: uso do software SCALA no Tablet e prancha de símbolos com sujeitos com autismo
Fonte: Autoria Própria
A primeira imagem da figura 139 apresenta um dos sujeitos interagindo com o software
de comunicação alternativa SCALA, a segunda mostra uma prancha construída no próprio
software para utilização nas ações mediadas e a terceira imagem é uma prancha utilizada com
baixa tecnologia com material impresso.
Concomitantemente com as interações no laboratório, as mães foram orientadas para
o uso da comunicação alternativa. Conforme foram surgindo necessidades as mães solicitavam
a elaboração de pranchas em conjunto para os sujeitos. A família do caso 1 adquiriu um Tablet
e o sujeito está utilizando-o no contexto familiar também. Nas escolas as professoras do caso
1 e do caso 2 já solicitaram pranchas para utilizarem com os mesmos. Foi percebido
desconhecimento das formas de utilização da comunicação alternativa no contexto escolar.
Na sequência, apresenta-se os contextos dos sujeitos, que, na presente pesquisa,
foram compostos pelo: familiar, escolar e de experimentação. Esse último é um contexto
imposto, não natural. Nesse foram experimentadas as ações mediadoras, em um grupo
controlado (com menos participantes, ou seja, com os três sujeitos com autismo dessa
pesquisa). Os elementos constitutivos para elaboração dos contextos sócio-históricos foram:
atores (pessoas e instituições), espaços (físicos e simbólicos), regras, normas, crenças
compartilhadas, organização social, organização espacial, organização temporal, organização
semiótica, conforme descrito na metodologia. Os elementos de coleta de dados utilizados nesta
etapa foram: visitas, fotos, vídeos e observação direta e não estruturada.
Caso 1
O contexto sócio-histórico refere-se ao contexto escolar do Caso 1. Corresponde a
uma turma de Educação Infantil da rede privada de ensino, apresentado no Quadro a seguir, a
seguir.
Quadro 11 : Contexto sócio-histórico da turma do Caso 1
Atores
O aluno com TEA, duas professoras e a turma composta de doze alunos.
Espaço físico Sala em formato retangular, duas janelas, um quadro negro oposto a uma janela, uma porta para outra sala (vídeo) oposta à outra janela, a outra porta de frente para o banheiro. A sala possui quatro mesas quadradas, cada uma com quatro cadeiras, um armário entre a porta de saída e a janela, três estantes de ferro distribuídas em forma de ‘L’ entre as janelas com brinquedos e jogos à disposição dos alunos, um gradil para mochilas
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com chamada em forma de foto, um gradil para atividades, alfabeto com figuras correspondentes às letras disposto na parte superior da parede, de maneira oposta está o numeral com figuras quantificando. Os móveis da sala são identificados com seus nomes.
Espaço simbólico
Cantinho com a figura de um menino sentado na parede, com uma almofada embaixo.
Regras, normas, crenças compartilhadas
Turma e combinações: • Cada um é responsável pela organização de seus pertences; • realização de trabalho em grupo, compartilhando, respeitando o espaço e o tempo do outro; • o aluno deve levantar o dedo quando quiser se manifestar durante a roda e ou a explicação;
Organização espacial
Ocorre de acordo com as combinações feitas na rodinha: em grande grupo (todas as mesas juntas, formando um grande quadrado) ou pequenos grupos nas mesas.
Organização semiótica
Nas paredes está o alfabeto, tabela de numerais de 0 a 9 com material concreto, calendário e painel de aniversariantes. À disposição, na estante, estão os cartões de imagens e a tabela organizacional de tempo (antes e depois).
Fonte: Autoria Própria
Na Figura a seguir, apresenta-se o contexto escolar do Caso 1,com algumas imagens.
Figura 140: Imagens contexto escolar Caso 1
Fonte: Autoria Própria
O Quadro a seguir apresenta o contexto familiar do Caso 1.
Quadro 12: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 1
Atores Sujeito com autismo, os pais e duas irmãs. Espaço físico A casa tem mais de 300m2 com dois andares, ampla e arejada,
com uma escada que dá acesso ao andar superior. Tem um jardim na parte frontal e nos fundos, onde há uma cama elástica e uma caixa de areia. Tem, também, um sótão todo organizado com muitos brinquedos e jogos. O quarto do menino tem formato retangular, com uma janela. No recinto, há uma cama, um guarda-roupa, uma estante de brinquedos e livros infantis, uma mesa infantil com uma cadeira.
Espaço simbólico Brincadeira de cabaninha na cama da mãe, “engenhoca sensorial”, brinquedo desenvolvido pela mãe a partir do Monkeys’play.
Regras, normas, crenças compartilhadas
• A família toda colabora no desenvolvimento do menino; • a mãe elabora as regras da casa e do menino; ela já utilizou diversos métodos para o seu desenvolvimento, alguns desses baseados no comportamentalismo; • há rotina predeterminada, a qual deve ser seguida.
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Organização espacial
Ocorre de acordo com as combinações feitas com a mãe; as brincadeiras ocorrem em todo espaço da casa com participação ativa dos familiares; a casa possui espaços amplos para que o menino possa se movimentar com fluidez; casa organizada com rotinas, onde cada cômodo tem seus usos, conforme o cotidiano de uma casa, cozinha para elaborar refeições, sala para assistir TV, receber visitas, entre outros.
Organização semiótica
As paredes do quarto do menino são todas decoradas com desenhos de animais com imitação de uma floresta. No tablet, a mãe coloca a rotina do menino e desenvolve alguns vídeos para mostrar algumas das rotinas.
Fonte: Autoria Própria
Já na Figura que segue, apresenta-se o contexto familiar do Caso 1,com algumas
imagens
Figura 141: Imagens do contexto familiar do Caso 1
Fonte: Autoria Própria
Finaliza-se a descrição dos contextos do Caso 1 com o do experimental, conforme
apresentado no Quadro a seguir. Este contexto é comum a todos os casos, por esta razão é
apresentado somente uma vez.
Quadro 13: Contexto experimental
Atores Três sujeitos com autismo, a pesquisadora desta tese, uma aluna de Mestrado e uma bolsista de Iniciação Científica. Em alguns encontros, participa a coordenadora do Projeto SCALA e mais um bolsista.
Espaço físico Sala no quarto andar do CINTED (Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação), na UFRGS. Com mobiliário composto de uma mesa de reuniões, cadeiras, quatro computadores desktop, duas estantes, um sofá, um armário “Brinkteca” com diversos jogos e materiais para uso didático e três tablets com sistema.
Espaço simbólico
Cantinho com sofá, onde, na maior parte das vezes, quando ocorriam crises dos sujeitos, eles eram acalmados. Ou, em momentos de choro ou de contrariedade, era utilizado para acalmar e relaxar.
Regras, normas, crenças compartilhadas
• Encontros programados nas sextas-feiras pela manhã; • atividades desenvolvidas através de planejamentos semanais, com
uso de ações mediadoras; • rotinas que incluíram lanche de frutas, uso de material concreto e
abstrato; • incentivo constante à interação entre os sujeitos; • incentivo à comunicação oral, gestual e através da CA, com
pictogramas.
121
Organização espacial
Ocorre de acordo com as combinações feitas para o planejamento da semana; atividades ocorrem com incentivo à participação ativa de todos os participantes; eleita mesa de reuniões para início das atividades.
Organização semiótica
Armário da “Brinkteca” com desenhos e imagens direcionadas ao público infantil.
Fonte: Autoria Própria
Caso 2
O primeiro contexto sócio-histórico do sujeito do Caso 2 descrito é o escolar, exposto
através do Quadro na sequencia, referindo-se a uma turma de Educação Infantil, da rede
privada de ensino.
Quadro 14: Contexto sócio-histórico da turma do Caso 2
Atores Dois alunos com autismo, duas educadoras, uma professora titular, com formação em Pedagogia - Habilitação em Educação Infantil, e uma monitora estagiária, cursando Pedagogia. A turma é composta de 12 alunos, 6 meninos e 6 meninas.
Espaço físico Escola particular de Porto Alegre, que atende da Educação Infantil (a partir dos 3 anos) ao Ensino Médio. Na escola, há em torno de 400 alunos matriculados. A sala é em formato retangular, com uma janela enorme de vidro e um quadro negro. Há duas estantes, uma com brinquedos ao alcance dos alunos e outra com jogos, que são os preferidos do aluno foco e estão guardados mais no alto para evitar que ele os pegue sozinho, de modo que interaja e solicite às professoras, em uma tentativa de estimular sua comunicação e interação. Nessa estante mais alta, são guardados, também, pequenos animais de sua preferência. Em uma das paredes, há um quadro de boas-vindas, locais com os nomes dos alunos, onde são dispostas as mochilas e os trabalhos das atividades desenvolvidas, bem como o alfabeto representado através de imagens iniciais de cada letra. Há, em um canto da sala, um tapete montado em “eva”, duas estantes pequenas com brinquedos diversificados, um espelho grande e diversas almofadas. Ao lado deste espaço, há uma porta que dá aceso ao banheiro privado da sala, composto de vaso e pia. A sala possui uma mesa para professora e quatro mesas com cadeiras pequenas, as quais são distribuídas, conforme a necessidade na realização das atividades, ora agrupadas, ora em pequenos grupos. Cada aluno dispõe de um escaninho, onde guarda seus estojos.
Espaço simbólico
O espaço do tapete de borracha é utilizado também como “rodinha” (alunos ouvem histórias, fazem atividades em conjunto, cantam, relatam seus finais de semana, entre outras atividades).
Regras, normas, crenças compartilhadas
• A turma possui uma rotina básica, composta por: - Entrada; - retirada de agendas e lanches das mochilas pelos alunos (são trazidos de casa); - brinquedo livre - jogos nas mesas; - roda; - atividade dirigida; - praça/quadra coberta; - higiene; - lanche; - aula extra (música, educação física, informática, biblioteca ou
122
língua inglesa - uma a cada dia da semana, com duração de 30 minutos); - brincadeiras dirigidas, músicas, “hora do conto”; - roda de encerramento da tarde; - saída.
Organização espacial
Não há lugares demarcados, os alunos podem escolher onde querem sentar; as atividades dirigidas e o lanche dos alunos são organizados em um grande grupo, em uma união de quatro mesas. Em outros momentos, as mesas são desagrupadas conforme a necessidade, por exemplo, na distribuição de jogos e atividades diversificadas. Utilizam-se, também, do espaço do tapete de borracha com almofadas, onde é realizada a roda e algumas outras atividades, pois os alunos ocupam este espaço para brincar; na mesa da professora, são colocadas, na chegada dos alunos, as agendas e, em uma bandeja, as garrafas de água e os lanches dos alunos.
Organização semiótica
Em uma das paredes, encontra-se disposto o alfabeto representado com imagens correspondentes à letra inicial.
Fonte: Autoria Própria
O contexto escolar do Caso 2, é apresentado na Figura que segue.
Figura 143: Imagens contexto escolar Caso 2
Fonte: Autoria Própria
O contexto familiar do Caso 2 é descrito na sequência.
Quadro 15: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 2
Atores Sujeito com autismo, pai, mãe e um irmão mais velho. Espaço físico Casa em um condomínio fechado, com três andares; no andar
inferior, há uma garagem, sala e cozinha; no segundo piso, quarto do menino e banheiro; no terceiro, quarto do casal e banheiro.
Espaço simbólico
Espaço do quarto, na cama, onde a mãe o cobre com almofadas para brincar de escondê-lo; espaço na sala, onde há um espelho grande, brincam de imitações, olhares, enfim diversas brincadeiras em torno desse espelho; cantinho no jardim onde ele se esconde, colhe flores e fica tirando suas pétalas.
Regras, normas, crenças compartilhadas
• A mãe é o principal ator no desenvolvimento do menino, com a ajuda constante do pai; • a mãe elabora as regras e rotinas do menino, sem que haja muita rigidez;
123
• o irmão brinca com o menino e percebe-se que gosta dele, mas há bastante ciúmes, devido a maior parte das atenções girarem em torno do menino com autismo, mesmo os pais não deixando de dar atenção para ele também.
Organização espacial
Ocorre de acordo com as combinações feitas com a mãe; brincadeiras ocorrem em todo espaço da casa com participação ativa dos familiares; casa organizada com rotinas flexíveis, mesa da cozinha normalmente utilizada para atividades com o menino com autismo.
Fonte: Autoria Própria
Na Figura a seguir, pode-se visualizar o contexto familiar do Caso 2, através de imagens.
Figura 144: Imagens do contexto familiar do Caso 2
Fonte: Autoria Própria
Caso 3
O último caso a ser descrito do contexto sócio-histórico é o Caso 3. A escola, embora
tenha concordado e assinado o termo para participar da pesquisa, ela não se efetivou. Foram
feitas diversas tentativas, mas sem retorno. Desse modo, apresentar-se-á somente seu
contexto sócio-histórico familiar, conforme Quadro que segue.
Quadro 16: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 3
Atores A família é constituída do sujeito com autismo e dos pais. Há uma empregada na casa que também interage com o menino.
Espaço físico A família reside em um apartamento em um condomínio privado. O apartamento possui dois quartos, um do menino e a suíte do casal, uma sala, cozinha com lavanderia e um banheiro; o quarto do menino é em formato retangular, possui um roupeiro, cama de solteiro, escrivaninha e duas estantes aéreas. Na cama, há muitas almofadas e uma proteção para o menino não cair. As estantes estão tomadas de brinquedos. Em cima da escrivaninha, há diversas fotos e alguns jogos.
Espaço simbólico
Não foi percebido diretamente nenhum espaço simbólico utilizado entre o menino e os familiares.
Regras, normas, crenças compartilhadas
• A mãe que se incumbe em prol do desenvolvimento do menino (se atendo mais a deixá-lo a cargo de diversos profissionais como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros). O pai é bastante ausente; está focado em sua profissão de médico, com inúmeros plantões; • as regras e rotinas da casa são organizadas pela mãe, são muito flexíveis e deixadas de lado em muitas ocasiões, baseando-se mais
124
em relação a atendimentos de profissionais para o menino e idas à escola.
Organização espacial
• As brincadeiras ocorrem em todo espaço da casa, mas o menino interage mais com objetos (brinquedos) do que diretamente com os familiares; • embora o apartamento não seja grande, no condomínio, há amplo espaço com piscina, playground, entre outros espaços.
Fonte: Autoria Própria
O contexto familiar do Caso 3 pode ser visualizado na Figura que segue.
Figura 145: Imagens contexto familiar Caso 3
Fonte: Autoria Própria
Analise do contexto Análise do contexto familiar
No contexto familiar, teve-se como atores principais as mães. Os dos principais fatos e
acontecimentos foram representados por reuniões, encontros, interações e visitas, nesse
contexto. Importante salientar que durante todo período da pesquisa ocorreu troca de e-mail e
telefonemas com as mães, pois, conforme tinham dúvidas ou precisavam de ajuda na
construção de mais pranchas, solicitavam. Uma das mães juntou o uso da comunicação
alternativa com outros métodos para o desenvolvimento no autismo, durante a pesquisa. Além
disso, os três meninos tinham atendimento também com outros profissionais.
A seguir, apresenta-se algumas imagens de uso da comunicação alternativa no
contexto familiar dos três meninos.
Figura 246: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C1
Fonte: Autoria Própria
125
Figura 147: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C2
Fonte: Autoria Própria
Figura 148: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C3
Fonte: Autoria Própria
Percebeu-se no contexto familiar que, quanto mais a família esteve envolvida no
projeto, mais desenvolvimento constatou-se no sujeito. O que demonstra a importância da
participação da família no processo educativo, quanto maior a parceria firmada com a família
maior é o desenvolvimento do sujeito em questão. Portanto, quando a família não apoia ou
não pode acompanhar, o desenvolvimento fica restrito há espaço educativo menor, ou seja, há
um único contexto, que é menor que o contexto familiar que envolve a vida diária e cotidiana
do sujeito. Comprova-se a necessidade de envolver diversos contextos, pois quando todos
passam a falar a “mesma linguagem” com o sujeito, maior é o seu desenvolvimento. Outro
fator que chamou atenção foi quanto aos sujeitos que conviviam com irmãos, o processo de
interação social aconteceu com maior facilidade, do que a criança que convivia no contexto
familiar somente com adultos.
Análise contexto escolar
O contato com o contexto escolar dos três sujeitos iniciou-se em 2011, com visita às
escolas particulares de Educação Infantil. No contexto experimental, foi introduzida a CA no
contexto da escola. A escola de C1 e de C3 atende a Educação Infantil e a de C2, os Ensinos
126
Infantil, Fundamental e Médio. Todas concordaram em participar da pesquisa, e se
comprometeram em fazer um curso de formação continuada direcionado à inclusão no autismo
com abordagem centrada em contexto de uso através de ações mediadoras. Participaram do
curso27 duas professoras e duas auxiliares, pois a escola do Caso 3 desistiu.
Na formação, buscou-se identificar e mapear as dificuldades que os professores
apresentavam ao lidar com as questões de inclusão de alunos com autismo. Inicialmente,
apresentou-se a base teórica sócio-histórica e de autismo, comunicação alternativa,
posteriormente, apresentou-se o Sistema SCALA. Com o embasamento teórico, os professores
foram orientados ao uso da metodologia do SCALA, como auxílio no uso de Ações Mediadoras.
O primeiro passo foi a elaboração do perfil sócio-histórico e de um perfil do contexto escolar.
Com a análise desses, foi possível elaborar ações mediadoras para o trabalho em conjunto com
toda turma de inclusão. A cada encontro presencial, os resultados eram apresentados, e novas
ações mediadoras eram planejadas e desenvolvidas, com sugestões de todos os participantes.
Dessa forma, tinha-se uma formação continuada de todas as participantes e troca de
experiências, com ações elaboradas, que envolviam a turma toda. O tema foco da ação
acompanhava o currículo da turma. A seguir, apresenta-se um exemplo de uma das
atividades, com cada turma de C1 e C2 para mostrar os resultados obtidos no
desenvolvimento de cada sujeito, a visão dos colegas de turma e das professoras em relação
ao colega com autismo.
Exemplo de atividade com a turma de C1
A atividade a seguir é uma descrição realizada pela professora e pela auxiliar da Turma
de C1. Os recursos utilizados foram: uma televisão de 40 polegadas acoplada a um cabo em
um notebook, com acesso à Internet. A tecnologia assistiva SCALA foi usada na versão web,
nos módulos narrativas visuais (construção de histórias).
A produção dos alunos é apresentada no capítulo dos estudos de caso.
Narração elaborada pelos próprios alunos da turma da Educação Infantil para a história
criada. A escrita está toda com letras maiúscula por ser a forma de escrita utilizada nesta fase
do desenvolvimento escolar.
“A INCRÍVEL HISTÓRIA DA TURMA QUE VIROU PIRATA. ERA UMA VEZ UMA MELECA QUE SE
ENLOUQUECEU E COMIA AS PESSOAS... E ATÉ AS CANETAS. UM DIA, ELA ENCONTROU UMA
ARANHA GIGANTE E UM RATO MAIS GIGANTE AINDA; E, NESSE MOMENTO ELA SE EXPLODIU DE
SUSTO E MELECOU TODO MUNDO. E TODOS ENGOLIRAM UM POUCO DE GOSMA. SÓ O
CARTEIRO, QUE SE CHAMAVA JORGE AMADO, É QUE NÃO ENGOLIU A GOSMA. ELE ERA MUITO
SABIDO. COMO ELE NÃO TINHA ENGULIDO A GOSMA DO MAL, ELE TROUXE UMA ÁGUA
MILAGROSA PRA TODOS OS ENGOSMENTADOS TOMAREM. AI ELES CONSEGUIRAM CUSPIR
27 O curso ocorreu durante o ano de 2012, com carga horaria de 285 horas de forma semipresencial
(presencial com encontros quinzenais ou mensais conforme necessidade e à distancia com um ambiente virtual de aprendizagem), a programação completa encontra-se no apêndice H.
127
AQUELA GOSMA NOJENTA E FICARAM CURADOS. O CARTEIRO RESOLVEU DAR UM
PRESENTINHO PRA TODOS: UM BAÚ DE PIRATA CHEIO DE COISAS GOSTOSAS E DE
BRINQUEDOS... MAS, DE REPENTE, DE DENTRO DO BAÚ APARECEU UMA ÁGUA VIVA BEM
MALUCA. QUANDO ELA TOCAVA NA GENTE, A GENTE SE QUEIMAVA... MAS SÓ UM POUQUINHO...
E DE DENTRO DELA APARECEU UM MAPA.... QUE ERA DE UM TESOURO... DO PIRATA
ENCANTADO!!! TODOS DA TURMA FORAM PRO FUNDO DO MAR ATRÁS DO TESOURO... ATÉ AS
PROFES. QUANDO O TESOURO FOI ENCONTRADO, FOI LEVADO PRO BARCO E A TURMA TODA
VIROU UMA TURMA DE PIRATAS QUE VIVEU FELIZ PRA SEMPRE VIAJANDO PELOS MARES... FIM.
Como pode-se perceber no relato, o SCALA deu vez e voz ao aluno com TEA, o que foi
percebido pelos próprios colegas. Mostrou-se efetivo nesta intervenção para apoiar a
comunicação em processos inclusivos.
Na sequencia, apresenta-se o relato da experiência de uso do SCALA pela professora e
auxiliar da turma de Educação Infantil, em que C2 está incluído.
A Figura d a história construída pela turma de alunos é apresentada no capítulo dos
estudos de caso.
As histórias construídas pelos alunos, com imagens do SCALA, através de baixa
tecnologia são apresentadas no capítulo dos estudos de caso.
A primeira atividade foi realizada no laboratório de informática da escola, com apoio do data
show, utilizando-se o SCALA na plataforma web. A segunda atividade iniciou da mesma forma
que a primeira, com uso posterior já na sala de aula do SCALA através de baixa tecnologia,
finalizando-se com o uso do SCALA dispositivo móvel tablet. Na primeira proposta, foi realizado o
registro de uma saída a campo ocorrida no dia anterior, uma visita a um sítio. Nesta
oportunidade, as crianças retomaram o que observaram no passeio, os animais que conheceram,
espécies de plantas que encontraram e atividades que realizaram. O trabalho foi conduzido pela
professora, que manipulava o mouse e colocava as figuras escolhidas pelo grupo, produzindo
uma história no módulo narrativas visuais do SCALA. Neste primeiro momento, as crianças
citavam as figuras que gostariam que aparecessem na história e era feita a busca por elas,
relacionando com a letra inicial de cada palavra. O grupo, como um todo, interagiu muito neste
primeiro contato com o programa SCALA. O aluno foco desta pesquisa participou por alguns
instantes e, em determinado momento, até manipulou o mouse, auxiliando a professora. O outro
aluno que tem autismo permaneceu atento e mostrou-se concentrado durante a atividade. Na
segunda proposta, foi aproveitada a temática que estava sendo trabalhada pela escola sobre o
Natal. Abordou-se os símbolos natalinos já conhecidos pelo grupo e a história do nascimento de
Jesus, também no modo narrativas visuais. Neste momento, os alunos procederam como na
atividade anterior, indicando as figuras que seriam colocadas pela professora na história.
Após a criação da história, a turma voltou para a sala de aula, onde os alunos puderam visualizar as
figuras que escolheram, impressas em papel. Neste momento, a intervenção foi de que eles recortassem
as figuras e colassem em outra folha, com objetivo de que recontassem a história a sua maneira.
128
Através das atividades realizadas no contexto escolar, em turmas de Educação Infantil
inclusivas e das experiências com o uso do SCALA, observou-se que a utilização deste
proporcionou a interação e atuou como facilitador da comunicação entre os sujeitos de todo o
grupo. Constatou-se, ainda, que o uso do Sistema SCALA favoreceu a interação dos indivíduos
com autismo, o que proporcionou que eles efetivamente estabelecessem relações e se
integrassem de forma realmente inclusiva com a turma e no ambiente escolar.
Em apenas uma das escolas de Educação Infantil, efetivou-se a formação da equipe
escolar, foi na de C1. Esta atendeu a necessidade de formação do corpo docente e equipe
escolar para o processo de inclusão de alunos com autismo, proporcionando, dessa forma,
capacitação e formação continuada para um trabalho em conjunto no contexto desta escola.
Aconteceu de forma bem prática para o uso do Sistema SCALA. Inicialmente, foi apresentada a
metodologia de ações mediadoras e, posteriormente, o uso em si da tecnologia SCALA-WEB e
dispositivos móveis, com finalização no relato de alguns casos de crianças com autismo, em
que o sistema foi utilizado.
O SCALA foi apresentado através da projeção na TV, e os participantes chamados
interagiram com a tecnologia assistiva. Desenvolveram diversas pranchas e histórias
colaborativamente. Dois tablets com o sistema SCALA foram passando entre os participantes
durante a formação e sendo utilizados simultaneamente.
Percebeu-se grande empolgação com as atividades construídas colaborativamente,
principalmente por parte dos professores. Ao final da formação, surgiram diversas ideias de
como poderia ser utilizado em atividades com a turma toda. Quanto à metodologia do SCALA,
relatam que muitos dos itens mostrados já são utilizados só que não da forma como foi
mostrada, principalmente quando montam o Portfólio dos alunos, o perfil tanto do aluno como
Neste dia, o aluno foco mostrou-se bastante agitado e com dificuldade em se concentrar e participar
da atividade, sua história está representada nos exemplos dos trabalhos com apenas uma imagem. Já
o outro aluno com autismo aproveitou a atividade, demonstrando a sua integração sorrindo, batendo
palmas, saltitando e dando pequenas corridinhas pela sala. Após esta etapa, os alunos puderam
também manipular os tablets com o programa SCALA, momento este que foi muito proveitoso para o
grupo, pois eles puderam efetivamente explorar o programa de acordo com seus interesses. Como o
uso do tablet já era conhecido do aluno foco, ele interagiu muito com o dispositivo móvel. Primeiro,
demonstrou que estava satisfeito em ver os colegas ao seu redor, vendo-o interagir, mas quando teve
que dividir com os colegas não gostou, queria o tablet só para ele. Enquanto os colegas interagiam
com a tecnologia, demonstrou interesse por breves segundos no que estavam fazendo, logo querendo
pegar para ele o tablet. Neste momento, o aluno sentiu necessidade de interagir com os colegas,
mesmo que em forma de protesto por não querer compartilhar o tablet. Percebeu-se que ele tentou se
comunicar com o grupo. Foram dois momentos muito produtivos e interessantes para a turma, onde
pode-se observar que todos os alunos interagiram com o programa, cada um a seu modo. Concluímos
que realmente foram atividades muito enriquecedoras, que proporcionaram momentos de
aprendizagem de forma diferenciada e interessante para o grupo.
129
da turma é relatado aos pais, assim como mostrado o contexto da sala de aula e as atividades
desenvolvidas no decorrer de cada semestre. Como se percebeu a falta de conhecimento dos
funcionários sobre a comunicação alternativa, foram relatados exemplos de vida diária de uso
dessa comunicação, como: as placas de trânsito e as placas indicativas normalmente utilizadas
nas portas dos banheiros.
Como há refeitório na escola, foi sugerido que a CA possa ser usada para mostrar o
cardápio diário aos alunos. Ao final da formação, a diretora da escola estava muito animada e
perguntou sobre a possibilidade de novas formações para o caso de decidirem usar tablets
com os alunos.
Análise contexto experimental
A proposta de um contexto controlado (experimental) foi investigar a interação entre
pares, com a inserção dos três sujeitos em um mesmo espaço social. Os encontros nesse
contexto ocorreram nas sextas-feiras de manhã, no período de 17 de agosto a dezembro em
2011 e de 21 de março a novembro em 2012, totalizando 38 intervenções. Não serão
apresentadas as descrições e as análises de todas as sessões, até por uma questão de espaço,
mas algumas que possam comprovar o processo do desenvolvimento da comunicação dos
sujeitos, nos processos de mediação. O sujeito do Caso 1 será nomeado por C1, do caso 2 por
C2 e do caso 3 por C3.
As duas primeiras sessões tiveram por objetivo conhecer os sujeitos, ambientalizá-los
nessa nova rotina do contexto do laboratório. Para tal, foram expostos diversos materiais para
verificar o que mais atrairia a atenção de cada sujeito. A figura que segue mostra alguns
momentos dessas sessões.
Figura 152: representação por imagens das sessões iniciais
Fonte: Autoria Própria
A partir desta sessão, inicia-se a
relação do concreto com o abstrato,
com uso da comunicação alternativa
através de imagens soltas, enfileiradas, pranchas em papel e computador. A função indicativa
do apontar foi enfatizada, para posterior uso do tablet. Ficou combinado entre as mediadoras
que o uso da oralidade deve ser incentivado em todas as ações mediadoras. Frutas foram
utilizadas para relação com as imagens. A figura a seguir expõem alguns momentos.
Figura 153: representação por imagens da relação do concreto com o abstrato
130
Fonte: Autoria Própria
Nas sessões seguintes constituem-se em uma continuação das ações mediadas das
sessões anteriores na questão do trabalho das relações entre o concreto e o abstrato, com uso
de aplicativos nos tablets, imagens, pranchas, frutas em materiais pedagógicos e vídeos no
computador.
Figura 154: representação da relação com o recurso tecnológico
Fonte: Autoria Própria
Pode-se observar nas imagens seguintes a interação entre os sujeitos que foram
incentivadas através da mediação utilizando-se principalmente o recurso Tablet. A figura a
seguir representa visualmente as mesmas.
Figura 155: Representação da colaboração e interação entre os sujeitos
131
Fonte: Autoria Própria
Posteriormente o uso do SCALA foi inserido através do recurso tecnológico tablet,
conforme pode-se comprovar nas imagens seguintes.
Figura 156: Interação dos sujeitos com prancha no SCALA
Fonte: Autoria Própria
Os resultados das interações com os sujeitos, quanto à intencionalidade de
comunicação são apresentados no Quadro 15 e mostram a evolução dos sujeitos do início da
pesquisa até sua finalização. Os resultados constatados, quanto às formas de construção e
representação da comunicação, são descritos na Tabela 1, com um comparativo da sessão 3 e
da sessão 38.
Quadro 197: Desenvolvimento da intencionalidade da comunicação
Intencionalidade de comunicação Sessão 3 e 38
Afiliação Regulação Atenção compartilhada
Caso 1 (C1) Caso 2 (C2) Caso 3 (C3)
Fonte: Autoria Própria
A partir da análise, percebeu-se que C1 aumentou consideravelmente a qualidade de
suas interações como um agente intencional, pois compreende o significados dos objetos, a
existência de si próprio e das outras pessoas e que faz parte de um meio e atem-se a ele
132
(TOMASSELLO, 2003). C2 inicia os encontros, apresentando algumas características de
Afiliação, logo passando para a Regulação e, na última sessão, pode-se constatar diversos
indícios de tornar-se um agente intencional, chegando a participar de algumas cenas de
atenção conjunta. Enquanto que C3 inicia com características bem de uma fase de
intencionalidade de comunicação de Afiliação, ou seja, com o foco de atenção em si próprio,
com comportamentos não verbais significativos (BOSA, 2002), passando para uma fase de
Regulação, com pedidos de auxílio para conseguir o que deseja, já com alguns indícios de
agente intencional.
Tabela 2: Desenvolvimento das formas de construção e representação da comunicação
Formas construção e representação
Caso 1 Caso 2 Caso 3
Sessão 328
Sessão 38
Sessão 3
Sessão 38
Sessão 3
Sessão 38
Fala
Balbucios 0 7 0 0 2 13 Vogais 1 0 0 0 0 0
Sílabas 0 1 0 0 0 0
Palavras 0 18 0 0 0 1 Sentença 0 7 0 0 0 0
Gestos e Sinais
Expressões faciais
1 8 1 6 3 9
Expressões corporais
7 22 9 22 9 28
Fonte: Autoria Própria
No que se refere às formas de construção e de representação da comunicação,
constata-se um grande progresso no desenvolvimento dos três meninos. Com referência à
fala, C1 inicia apenas uma expressão de vogal significativa e, na última interação, com 13
balbucios significativos ou que representam ele cantarolando, com a oralização de 18 palavras
na sessão e de 7 sentenças. Com acréscimo significativo na expressão de gestos e de sinais,
de faciais de um para oito e de corporais de sete para vinte dois. No tempo que, C2, nessas
duas sessões não apresentou intencionalidade de comunicação através da fala, em outras,
expressou algumas palavras e sentenças completas. Constatou-se, durante as sessões, que C2
ainda não consegue dar a devida importância à fala como forma de comunicação, mas entende
tudo que lhe é oralizado. Assim como, entende as imagens da comunicação alternativa, mas
reluta em utilizá-las. O desenvolvimento cognitivo é complexo, é como se faltasse um “click”
para o despertar da necessidade da fala. Os gestos e sinais foram ampliados
consideravelmente nas expressões faciais de um para oito, e os corporais de 9 para 22.
Ao passo que C3 consegue ampliar sua fala com balbucios, ainda ensaiando a fala, mas
já na última sessão verifica-se que consegue expressar uma palavra através da imitação. Com
referência aos gestos e sinais foi onde ocorreu o maior desenvolvimento de C3, com ampliação
de 3 para 9 nas expressões faciais e de 9 para 28 nas expressões corporais.
28 Iniciou-se na sessão 3 por a duas primeiras terem sido mais de observação.
133
4.2 Estudo de Caso: Intencionalidade de comunicação mediada em autismo a partir de um estudo de aquisição de gestos no sistema SCALA
O presente estudo procurou responder de que forma o uso de um sistema de
Comunicação Alternativa – SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de
Pessoas com Autismo) - que parte de uma perspectiva metodológica sócio-histórica, pode
promover o desenvolvimento de gestos que propiciam intencionalidade comunicativa em
crianças de 3 a 5 anos com autismo não oralizadas.
Sabemos que a interação social entre os sujeitos se dá essencialmente através da
comunicação. O processo de apropriação da linguagem é de suma importância para o
desenvolvimento humano e é através da comunicação que se dá em momentos de interação e
mediação, que compartilhamos ideias e conhecimentos, que as pessoas se constituem
enquanto sujeitos sócio-históricos.
O SCALA foi utilizado nas mediações com o intuito de propiciar o desenvolvimento da
comunicação, seja esta verbal ou gestual, ancorado pela metodologia sócio-histórica.
O estudo cunhou-se como um estudo de caso múltiplo. Optamos pelo estudo de caso,
“por ser uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu
contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não
estão claramente definidos”. (YIN, 2005, p. 32).
Para dar conta de responder o problema e os objetivos propostos foi desenvolvido um
estudo multicasos. Para tanto a pesquisa foi realizada com três sujeitos diagnosticados com
autismo.
Com relação à técnica de pesquisa foi utilizada a observação participante que
caracteriza o observador a não ser somente um espectador do fato que está estudando, assim
o observador revela sua intenção. Além dos instrumentos acima mencionados uma anamnese
realizada com as mães auxiliou para que se estabelecesse o perfil inicial dos sujeitos.
Para a coleta de dados foi utilizado protocolo de observação, registros de vídeos e áudio
e os registros da pesquisadora, procurando-se responder ao longo do estudo, os seguintes
questionamentos:
• Quais são os gestos comunicativos usados no início da interação nos sujeitos com
autismo participantes?
• A partir de interações que privilegiam a mediação e a aquisição da simbolização
podemos perceber mudanças nos gestos utilizados pelos sujeitos?
• Quando os gestos comunicativos podem ser interpretados como sendo usados com
intencionalidade de comunicação?
Sujeitos da pesquisa:
Com relação aos sujeitos da pesquisa, as três crianças com autismo, não oralizadas
foram observadas e analisadas no grupo de intervenção. A escolha foi intencional e as crianças
foram acompanhadas por 09 meses.
134
Etapas da pesquisa
A pesquisa contou com três etapas diferenciadas:
Etapa 1 – Identificação e conhecimento dos sujeitos
Esta etapa teve por objetivo identificar os sujeitos para este estudo. Depois do primeiro
contato com as famílias, onde apresentamos os objetivos da pesquisa e as mediadoras
participantes, foi realizado mais dois encontros com as mães. Nos encontros subsequentes foi
apresentado o Termo de Consentimento elaborado e foi realizada as anamneses. O perfil inicial
dos sujeitos advém dessa etapa e das informações prestadas pelas famílias.
Os três sujeitos estão incluídos em escolas de educação infantil da rede privada de
Porto Alegre – RS, onde estão inseridos em salas de aula regulares, com outras crianças da
mesma idade.
As intervenções aconteciam semanalmente, exceto se houvesse algum imprevisto em
dia acordado com as mães, para não interferir nos atendimentos que as crianças frequentavam
e nem no horário escolar. A duração aproximada das intervenções era de uma hora.
Para a realização das intervenções mediadoras com as crianças foi usada uma sala no
Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, a qual foi denominada de núcleo. Essa sala continha: mesa, cadeiras, armário
com materiais pedagógicos, computadores e tablets. Os tablets foram inseridos somente após
a quinta sessão.
Etapa 2 - Intervenção e observação
Na etapa 2 ocorreu a intervenção propriamente dita com os sujeitos, em interações
semanais, realizadas em grupo. Inicialmente foram realizados encontros com o objetivo de
conhecer os sujeitos e seus interesses e também de criar vínculo entre as mediadoras e os
sujeitos.
As intervenções inicialmente tiveram ênfase no uso de materiais concretos. O
computador e o tablet foram sendo inseridos no decorrer das intervenções. Foi usado recursos
de CA de baixa e alta tecnologia, para que os sujeitos pudessem manusear as figuras e
comparar com o objeto real.
Durante todos os momentos das intervenções ficou claro que os sujeitos precisavam
visualizar, manusear o objeto real – nível representacional - para depois ser apresentado à
figura–símbolo que a representava.
O planejamento dos encontros acontecia anteriormente à intervenção.
Etapa 3 – Análise de dados
Foram analisados todos os registros e dados coletados. O foco principal esteve em
responder ao objetivo geral, que consistia na forma que o uso de um sistema de CA – SCALA
(Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de Pessoas com Autismo) - que parte
de uma perspectiva metodológica sócio-histórica, pode promover o desenvolvimento de gestos
135
que propiciam intencionalidade comunicativa em crianças de 3 a 5 anos com autismo.
No contexto desta pesquisa foi usado categorias para realizar a análise dos dados,
essas categorias emergiram tanto do referencial teórico como dos estudos de caso.
Inicialmente procurou-se identificar os gestos usados pelos sujeitos e se esses gestos
possuíam intencionalidade comunicativa. Também, através da mediação constante procurou-se
estimular os sujeitos na aquisição de novos gestos, com especial atenção aos gestos dêiticos.
Como unidades de análise procurou-se perceber os momentos de atenção e cenas de
atenção conjunta identificadas a partir das interações (quadro 17) assim como os gestos
(quadro 18)
Quadro 18 – Cenas de Atenção
Atenção de Verificação – AV
Consiste em compartilhar/verificar a atenção do mediador, por exemplo: simplesmente olhar para o adulto durante envolvimento conjunto.
Atenção de Acompanhamento – AA
Exige que o sujeito acompanhe a atenção que o adulto dirige para uma entidade distal externa, por exemplo, acompanhar o olhar do mediador, ou para onde este está apontando.
Atenção Direta – AD
Direcionar a atenção do mediador para entidades externas, por exemplo, apontar para que o mediador olhe para uma entidade distal. O gesto de apontar presente nessa atenção pode ser classificado como: Gesto Imperativo: tentativas de fazer com que o mediador faça algo com relação a um objeto ou evento Gesto Declarativo: tentativa de fazer com que o mediador preste atenção a um objeto ou evento, com o intuito de compartilhar a atenção com o mediador, nesse caso o gesto possui intenção comunicativa.
Cenas de Atenção Conjunta – CAC
Ao se configurar uma cena de atenção conjunta percebemos a existência da compreensão das intenções comunicativas. São interações sociais nas quais a criança e o mediador prestam conjuntamente atenção a um terceiro elemento por um período razoável de tempo, além de termos presente a imitação com inversão de papéis.
Fonte: Tomasello (2003)
Quadro 19 – Tipos de Gestos
Gestos Dêicticos
Segundo Tomasello (2203) consiste em segurar um objeto ou apontar para ele, com o intuito de mostrá-lo para alguém, são gestos claramente triádicos, no sentido que indicam para o mediador alguma entidade externa. São classificados como imperativos e declarativos: Imperativos: tentativas de fazer com que o mediador faça algo com relação a um objeto ou evento; Declarativos: simples tentativas de fazer o mediador prestar atenção a algum objeto ou evento, os gestos declarativos são de especial importância, pois indicam de forma particularmente clara que a criança não quer que algo aconteça, mas realmente deseja compartilhar a atenção com o mediador.
Gestos
Instrumentais
Gestos para organizar o comportamento dos outros, como gestos para indicar “venha” ou “senta aqui”; São gestos instrumentais. Ao usar o “outro” como instrumento, ação mecânica, não manifesta indícios de intencionalidade de comunicar.
Gestos
Expressivos
Utilizados para compartilhar emoções, como, por exemplo, colocar a mão na boca e encolher os ombros querendo expressar “aii...fiz errado”. São gestos que expressam sentimentos, por exemplo: abraçar, beijar, acariciar, morder, empurrar, afastar, etc.
Fonte: Tomasello (2003)
136
Resultados
A partir das interações e das análises das filmagens, do protocolo de observação e de
todo material coletado foi possível apresentar os seguintes resultados dos três casos abaixo,
em separado e divididos por períodos, como segue:
• Período de adaptação: compreende a sessão 1 e 2, onde a interação tem como principal
objetivo a adaptação do sujeito ao ambiente e as mediadoras, assim como a realização
de sondagem a respeito dos interesses de cada um, e o uso de gestos e as
manifestações comunicativas;
• Período representacional e simbólico: compreende a sessão 03 e 04; nesse período foi
usado o material concreto e computador, iniciando a mediação ao apresentar os
símbolos aos sujeitos.
• Período representacional e simbólico mediado pelo uso dos tablets com o SCALA:
compreendeu da sessão 5 em diante. Nesse período foi realizado o uso da alta
tecnologia – Tablets, com aplicativos previamente escolhidos para estimular o apontar e
o desenvolvimento da interação e atenção entre mediador e sujeitos, assim como
disponibilizar as pranchas de comunicação nesse artefato, além das impressas. Nessa
fase, tanto as pranchas disponibilizadas no tablet como as impressas representam,
segundo Dondis (2008), no que tange a linguagem visual, o nível simbólico. Passou-se
a usar o sistema SCALA para desenvolver as pranchas de comunicação além de
propiciar ao sujeito um contato com a ampla gama de símbolos contidas no Sistema e
também a aproximação com a interface.
Ao analisar os dados do sujeito 1 percebeu-se que a intencionalidade comunicativa
expressada através dos gestos tiveram um aumento a partir do uso do sistema SCALA no uso
das pranchas tanto impressas como na versão digital (tablet). O sujeito passou a usar o dedo
indicador para apontar e apresentou um grande progresso em outras atividades da vida diária
durante as interações (alimentação, higiene, etc). Portanto não houve apenas progressos de
oralização como também de comportamento e socialização.
Na percepção da pesquisa, foi a partir do sistema SCALA que houve um aumento no
desenvolvimento dos gestos com intencionalidade comunicativa e de momentos de atenção,
diversificando-os. Foram usadas estratégias que contemplaram o uso do material concreto,
situado no nível representacional para somente então usar o símbolo que representava o
objeto ou ação. Também foi contemplado o uso de alta e baixa tecnologia, efetivadas através
das ações mediadoras.
Com relação ao sujeito 2 percebeu-se que a intencionalidade comunicativa, expressada
através dos gestos, teve um aumento a partir do uso do sistema SCALA. O compartilhamento
do olhar e o gesto de apontar tiveram mudanças quantitativas no decorrer das interações. O
sujeito 2 apresentou um “olhar” muito rápido e com o canto dos olhos, o que requereu a
atenção das pesquisadoras para perceber seus momentos de compartilhamento de atenção. O
sujeito também desenvolveu o apontar – com o dedo indicador – pois, no início da pesquisa
137
não apontava e quando o fazia era com a mão como um todo, com movimento de cima para
baixo, não fixando em um objeto, figura ou ação.
Pode-se dizer que o sujeito 2 teve muitos progressos no decorrer das interações em
situações de vida diária, como alimentação e higiene, além da vinculação afetiva positiva com
as mediadoras.
Assim como no caso 1, o sujeito do caso 2 também apresentou a partir da inserção no
sistema SCALA, uma melhoria na aquisição de gestos com intencionalidade comunicativa.
Apesar de perceber certa “resistência” para comunicar a partir de pranchas.
Sobre o sujeito 3 houve melhorias nas questões de higiene e um aumento significativo
na oralização apoiado nos símbolos.
O sujeito conseguiu relacionar tanto no tablet como nas pranchas impressas o objeto
representacional ao simbólico, quando se referia à ações e também a objetos e frutas.
Procurou-se interagir trazendo o material concreto para amparar a futura simbolização do
sujeito.
Ao usar o sistema SCALA o sujeito 3 apresentou um aprimoramento da comunicação
através do uso dos recursos e da metodologia proposta. Passou a expressar-se com maior
constância.
Ao concluir esse estudo, cabe lembrar que durante todas as intervenções, foi levado em
consideração o nível representacional, o que significa dizer que foi utilizado o objeto real,
material concreto e aos poucos foi inserida a simbologia presente no sistema de CA – SCALA,
permitindo que os sujeitos fizessem a ligação entre o objeto e a figura usada para representá-
lo.
Dessa forma, possibilitou-se aos sujeitos chegarem ao nível simbólico. Foram usados
materiais tanto de alta como de baixa tecnologia. Percebeu-se a importância de criar vínculo
com os sujeitos, e a partir do momento que sentiram maior confiança e se acostumaram com
o contato com a mediadora, os gestos expressivos que demonstravam carinho e satisfação
puderam emergir. Constatou-se também que esses gestos apareceram concomitantemente
com diversos momentos de atenção, enriquecendo as interações e fazendo emergir a
intencionalidade comunicativa.
Ao finalizar o estudo ficou clara a ligação existente entre os gestos dêiticos e os
momentos de atenção ou cenas de atenção conjunta, sendo esse gesto de apontar
representado pelo olhar ou pelo indicar com o dedo. Conseguiu-se vislumbrar que, quanto
mais este gesto está presente nas interações maior intencionalidade comunicativa, pois é a
partir dele que o sujeito indica sua vontade de compartilhar atenção com o mediador e sente-
se ativo na interação, entendendo-se como agente intencional.
Podemos dizer que os resultados obtidos com o uso da TA – Tecnologia Assistiva,
através do sistema SCALA usado como uma ferramenta facilitadora junto aos protagonistas,
nos três estudos de caso, houve indicação de fortes contribuições deste sistema para a CA.
O SCALA foi usado para além das pranchas produzidas, dos símbolos apresentados,
como forma constante de mediação que levou em consideração os sujeitos com o seu todo e
138
suas individualidades, em processo constante de desenvolvimento e cada qual com sua
bagagem sócio-histórica. Através da mediação constante, integrada ao todo do sujeito foi
sendo realizada a mediação com o surgimento de novos gestos, dando significado a cada
olhar, apontar, sorrir, morder, etc. Considerando as crianças como agentes intencionais,
deixando-os serem atores nas interações, não somente interagentes passivos, ancorados pelo
uso de materiais concretos, que levaram a ligação entre o representacional e o simbólico e,
sobretudo conduziram a diversos e diferentes momentos de atenção e cenas de atenção
conjunta, onde os sujeitos participavam de interações triádicas e se incluíam nelas.
4.3 Estudo de Caso: Deficiência Motora e sistema de varredura
O presente estudo de caso exploratório e descritivo desenvolvido pelo grupo TEIAS em
2013, é parte de uma pesquisa qualitativa realizada em uma escola municipal de Porto Alegre
- RS, que teve como objetivo compreender o uso do sistema de comunicação alternativa
SCALA com um sujeito de dez anos de idade com paralisia cerebral em seu processo de
inclusão escolar.
4.3.1 Descrição do Estudo29
A busca pelo método se torna um dos problemas mais importantes de todo o
empreendimento de compressão das formas exclusivamente humanas de atividades
psicológicas. Desta forma, o método é simultaneamente pré-requisito e produto, o instrumento
é o resultado do estudo. Assim, todos os instrumentos desde a teoria escolhida para a
realização da pesquisa são instrumentos e resultados. Primeiramente o foco da equipe foi a
identificação da metodologia mais adequada para o desenvolvimento do estudo, para
responder a seguinte questão norteadora:
Como o sistema de comunicação alternativa pode apoiar o desenvolvimento da
comunicação de sujeitos não oralizados com paralisia cerebral de forma a apoiar seu processo
de inclusão escolar?
Por se tratar de uma pesquisa baseada na visão sócio histórica, o foco base foi ação
mediada com ferramentas (especialmente o Sistema SCALA), pois a mediação é a chave para
compreender a ação humana e a sua natureza.
Durante a concretização da pesquisa, foram utilizadas diversas fontes de dados nas
diferentes fases da pesquisa: pesquisa documental, exploração de aplicações que funcionam
por meio de varredura, observação, filmagens, notas de campo30. Uma das técnicas bastante
utilizada durante a pesquisa foi a entrevista informal, pois a pesquisa tinha por objetivo
29 O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Parecer 275.124). Além da autorização da instituição, a mãe da criança assinou os termos de Consentimento Livre e Esclarecido permitindo a participação do seu filho no estudo. 30 As notas de campo foram fundamentais não só para construir o retrato detalhado dos contextos e das situações observadas, mas também para registrar conversas informais e reflexões pessoais que foram desenvolvidas ao longo da pesquisa de campo.
139
abordar realidades pouco conhecidas pelo grupo.
A pesquisa contou com três etapas distintas: a) conhecer o sujeito b) conhecer o
processo de interação e comunicação alternativa dos participantes da pesquisa antes e depois
da introdução do SCALA; c) analisar os dados (figura 105). Para a identificação do sujeito
teve-se os seguintes critérios: a) possuir deficiência motora; b) sem oralidade ou com
dificuldade na fala; b) estudar em uma escola regular (de inclusão). Assim, o projeto contou
com o apoio da prefeitura de Porto Alegre, que indicou Serena31 por apresentar o perfil
adequado para a pesquisa.
A observação sistêmica tornou-se a principal técnica com o objetivo de observar os
episódios interativos, que podiam ser entre o professor-aluno e aluno-aluno. Para a análise dos
episódios foram definidas as seguintes categorias: Expressão não verbal (Gestos com as mãos;
Movimento com a cabeça; Movimentos combinados; Expressões faciais); Expressão verbal
(Vocalizações; Palavras; Frases; Expressões verbais não entendidas); Expressão verbal e não
verbal.
Figura 157: Esquema resumo geral do desenvolvimento da pesquisa
31 No fictício de modo a preservar a entidade do sujeito
140
Fonte: Autoria Própria
O estudo de caso teve início em março de 2013 e terminou em novembro, foram
realizadas 23 visitas a escola, assim na primeira fase, antes da introdução do SCALA foram
feitas 10 sessões de observações e, na segunda fase, com a introdução foram observadas 13
sessões.
A pesquisa foi realizada em uma escola Municipal de ensino Fundamental de Porto
Alegre, localizada no estado do Rio Grande do Sul, onde as salas regulares são constituídas por
alunos de vários perfis, ou seja, alunos com e sem necessidades educativas especiais. A
pesquisa foi conduzida na sua maioria na sala do SIR em relação à sala de aula.
As observações aconteceram semanalmente, exceto quando algum imprevisto como
doença, chuva e temperaturas muito baixas, que faziam com que Serena não fosse à escola.
Primeiramente ocorreram nas quintas feiras no período da tarde na SIR e depois passou a ser
também nas manhãs, na sala de aula e nas sextas-feiras de tarde na SIR. A duração
aproximada das observações semanais era de 1 hora e 20 min.
Sujeito da pesquisa:
Serena nasceu em 2003, de acordo com o diagnóstico, possui esquizencefalia32. Serena
32 As esquizencefalias constituem malformações cerebrais congênitas caracterizadas por fendas no manto cerebral, as quais se estendem da superfície pial aos ventrículos laterais, delineadas por substância cinzenta( Granata et al ,1997 apud Lopes,2005).
141
é uma menina que vive em um apartamento com sua mãe, avó e tia. A mãe trabalha durante
a noite enquanto Serena fica com a tia e a avó quando não esta na escola. A sua casa fica
perto da escola onde estuda. A aluna utiliza uma cadeira de rodas, que já é pequena para a
sua idade e a família tem tido dificuldades em mover a Serena para fora de casa devido às
barreiras de acesso, pois o prédio não tem elevador.
Apresenta severos atrasos na comunicação oral. Encontra-se em processo de
alfabetização, e está iniciando a atribuir valor sonoro, mantendo as iniciais das palavras,
escreve seu próprio nome. A sua comunicação é baseada na resposta aos interlocutores
usando muito o sim e não por meio de gestos. Apresenta um bom relacionamento com os
colegas acompanhando a turma há mais de dois anos. Desenvolve atividades diferenciadas na
sala de aula com seus colegas, estando ainda esta no processo de alfabetização, mas se
encontra numa turma de quarto ano.
Na sala de aula fica trabalhando com ajuda da estagiária de inclusão e com os seus
colegas mais próximos. Na sala do SIR, realiza atividades complementares à sala de aula.
Gosta de usar os materiais com poucas adaptações se possível. Não aceita usar a colmeia no
teclado, usa o mouse e teclado convencional. Tem aula todos os dias no período da manhã e
nas quinta e sexta feira tem aula com a Professora do SIR.
Como resultado das observações sistêmicas realizadas no período de março de 2013 a
novembro de 2013, realizados no contexto escolar (SIR e sala de aula), foi possível observar
que a comunicação não verbal foi a modalidade de expressão utilizada com maior frequência, e
muitas vezes o sujeito era passivo na comunicação. Em relação às iniciativas do sujeito, ficou
evidenciando inexpressivas interlocuções no processo comunicativo, de maneira que não havia
tanta complexidade nas trocas estabelecidas. Serena baseava-se mais em responder os
interlocutores no seu meio por meio de gestos que representavam o “sim e não”.
Assim, observou-se não só a necessidade do sujeito de ampliar e diversificar a sua
forma de comunicar, como também se tornou importante criar condições de inserir o sujeito
não só na sala, mas também no conteúdo mediado pela professora.
Durante o desenvolvimento da pesquisa, esta ultrapassou os muros da escola e o
SCALA foi apresentado à mãe do sujeito, passando a usá-lo também no contexto familiar.
Verificou-se que com o uso do SCALA na sala de aula em conjunto com os colegas, o sujeito o
utilizou com mais entusiasmo, pois estava também acompanhado dos seus colegas.
Com o sistema SCALA foi possível o planejamento de atividades por parte das
professoras onde todos os alunos desenvolviam a mesma atividade (figura 158). Nas
atividades em conjunto com a Serena, tanto os alunos como ela mesma eram protagonistas,
seus colegas davam sugestões e o sujeito concordava e discordava no desenvolvimento das
atividades, evidenciando assim o quanto é importante a participação de mais interlocutores na
comunicação.
Podem ocorrer uni ou bilateralmente e as paredes da fenda podem ser separadas (lábios abertos) ou unidas (lábios fechados) ( Lopes,2005). As características clínicas da esquizencefalia são extremamente variáveis e compreendem distúrbios motores, cognitivos e síndromes epilépticas.
142
Figura 158: Prancha criada pela turma para oferecer aos professores no dia do professor
Fonte: Autoria Própria
Com a introdução do SCALA foi possível observar uma combinação de meios de
comunicação e a possibilidade de possíveis detalhamentos na troca de informações com os
interlocutores. O SCALA se tornou um meio usado pela professora para desenvolver atividades
lúdicas que despertavam interesse no sujeito de expressar suas vontades e necessidades.
Também se tornou um meio, ou melhor, um instrumento no apoio ao processo de
alfabetização, onde o sujeito não só usava as imagens, mas também desenvolvia a escrita
(figura 159).
Figura 159: Exemplo de história construída pelo sujeito
Fonte: Autoria Própria
4.4 Estudo de caso: Formação de professores
No âmbito do projeto diversas formações foram desenvolvidas, e acompanhadas pelo
grupo. Apresenta-se aqui o resultado de pesquisa da análise de uma das formações que
permitiu estabelecer e validar os requisitos funcionais do sistema SCALA como um sistema de
comunicação alternativa para utilização nos processos de inclusão de crianças com déficits na
comunicação.
O estudo desenvolvido de natureza qualitativa envolveu interpretações das realidades
sociais (BAUER; GASKELL; ALLUN, 2002) de oito professoras que atuavam, exclusivamente, na
Sala de Integração e Recursos (SIR) da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre.
Como forma de atender ao propósito da pesquisa, a partir de uma visão teórica pautada
nos pressupostos sócio-históricos, na qual a abordagem dos processos é mais relevante que o
produto, optou-se pelo número de oito participantes, considerando quatro professoras que já
utilizavam algum dos recursos da Comunicação Alternativa (CA) e quatro professoras que
143
ainda não os utilizavam, mesmo atendendo alunos que os necessitariam.
O quadro 19, caracteriza o grupo de participantes da pesquisa quanto à idade, à
formação inicial, à formação em nível de Pós-Graduação e ao tempo de atuação na SIR:
Quadro 20 – Caracterização do grupo de educadoras especiais que fizeram parte da pesquisa
Participantes Idade (anos)
Formação inicial Pós-Graduação
Tempo de atuação na SIR (em anos)
Edu1 48 Pedagogia/Edu. Especial
Especialização em Educação Precoce/Psicomotricidade
2
Edu2 42 Pedagogia/Edu. Especial Especialização em Psicopedagogia 10
Edu3 42 Pedagogia/Edu. Especial
Não possuía até o momento da pesquisa
4
Edu4 47 Pedagogia/Edu
. Especial Especialização em Educação para Séries Iniciais
02
Edu5 44 Pedagogia/Edu
. Especial Especialização em Psicopedagogia
10
Edu6 47 Pedagogia/Edu. Especial
Especialização em leitura e escrita Mestrado em Educação Doutoranda em Educação
15
Edu7 46 Pedagogia/Edu. Especial
Especialização em violência contra criança e adolescente
13
Edu8 35 Pedagogia/Edu. Especial
Especialização em Psicopedagogia
10
Fonte: Autoria Própria
Conforme o quadro, todos os participantes são do gênero feminino. A faixa etária
concentrava-se nos 40 anos. A formação em nível superior e Pós-Graduação foi uma
característica presente na maioria do grupo, com exceção de uma educadora (Edu3) que ainda
não tem formação em nível de Pós-Graduação. Nota-se a formação comum de todas em
Pedagogia com habilitação em Educação Especial. Este fato ocorre, pois em Porto Alegre este
curso era ofertado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), da qual
todas são oriundas. Além disso, uma das exigências para prestar concurso público para a
Prefeitura Municipal de Porto de Alegre, para o cargo de professor da área de Educação
Especial, é a graduação nesta área. Quanto ao tempo de atuação na Sala de Integração e
Recursos, temos uma diversidade de experiências, desde uma educadora que estava desde a
implementação deste serviço que completara 15 anos em 2010 (Edu6), outras três educadoras
com dez anos de atuação (Edu2, Edu5 e Edu10) e apenas duas educadoras que estavam com
uma caminhada de atuação inicial que completava, até aquele momento, dois anos (Edu1,
Edu4).
A escolha por essa caracterização possibilitou o contato das professoras mais
experientes com as menos experientes, base da visão sócio-histórica, explicitada através de
um dos principais conceitos da teoria, que é o de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP).
Assim, foram oito participantes de sete Escolas diferentes, localizadas em zonas distintas da
144
capital sul-rio-grandense. Apenas uma SIR era compartilhada com duas participantes da
pesquisa.
A pesquisa envolveu oito alunos que frequentam a SIR e que possuíam ausência ou
dificuldade na linguagem oral. Cada uma das educadoras atendia a um caso com esta
peculiaridade. Participaram do estudo cinco meninos e três meninas, com idades entre a 6 e
16 anos, matriculados nas Escolas de Ensino Fundamental de Porto Alegre e que realizavam,
semanalmente, o atendimento na SIR.
O quadro 20 tem como propósito caracterizar o grupo de alunos com relação à idade,
ao ciclo pertencente, ao tempo de frequência na SIR e a forma predominante de comunicação.
Quadro 21 : Caracterização dos alunos envolvidos na pesquisa.
Alunos Idade
Sexo Ano/Ciclo Tempo que
frequência na SIR
Forma predominante de
comunicação
Caracterização da lecto-escrita33
Aluno1 9 anos M 2º ano do I ciclo A 20 1 ano
Gestos e fala pouco inteligível
Sem escrita estruturada, porém constrói rabiscos
com a intenção de escrever seu nome. Diferencia desenho
de escrita
Aluno2 07
anos F
1º ano do I ciclo A 10
Desde maio de 2010
Apontamentos e balbucios
Fase pré-silábica
Aluno3 07
anos M
1º ano do I ciclo A 10
Desde março de 2010
Expressão corporal e fala
pouco inteligível
Escreve seu nome por modelo. Reconhece a
primeira letra do seu nome. Ainda não
atribui valor sonoro às letras.
Aluno4 09
anos M
3º ano do I ciclo A 30
02 anos Expressão facial
Fala pouco inteligível
Fase pré-silábica; faz uso somente das
letras do seu nome
Aluno5 06
anos F
1º ano do I ciclo A 10
Desde março de 2010
Expressão facial e balbucios e uma prancha com símbolos
pictóricos do tipo “cardápio”
Sem escrita estruturada, porém constrói rabiscos
com a intenção de escrever seu nome.
Aluno6 12
anos M
1º ano do III ciclo C 10
03 anos
Faz uso de prancha e cartões de comunicação com desenhos,
letras e números
Alfabetizado.
Aluno7 08
anos F
1º ano do I ciclo A 10
02 anos
Expressão corporal,
apontamentos e balbucios
Não diferencia letras de desenho. Faz garatujas como
forma de representar a escrita.
Aluno8 16
anos M
3º ano do III ciclo C 30
02 anos Fala pouco inteligível
Oscila entre silábico e alfabético. Leitura
bem inicial, lê sílabas e às vezes palavras.
Fonte: Autoria Própria
33 Esta caracterização foi informada pelas educadoras especiais e aqui reproduzida.
145
Quanto à caracterização dos alunos, tratou-se da faixa etária predominantemente
menor de 10 anos. Dos 8 alunos, 6 estão no 1º Ciclo, distribuídos em entre o 1º e o 3º ano.
Somente um aluno (Aluno8) encontrava-se em fase de conclusão do Ensino Fundamental, que
corresponde ao 3º Ciclo (C30). Porém, conforme a educadora especial responsável pelo
atendimento deste aluno, o caso estava sendo analisado juntamente com a Escola, a fim de
definir a possibilidade de o aluno permanecer no 3º Ciclo por mais um ano, em razão de ter
um ingresso tardio na Escola e, por isso, ainda não ter adquirido conhecimentos suficientes
para sua saída.
Com relação à forma de comunicação, observamos que a linguagem oral não é o meio
usual de comunicação. Mesmo que alguns alunos oralizem, a fala era pouco compreensível, o
que demandava por parte deles, então, o uso de apontamentos constantes e/ou balbucios
como forma de interagir com o meio social.
As técnicas de coleta que auxiliaram na obtenção dos dados foi a técnica de grupo focal,
a observação participante e as anotações de campo. No desenvolvimento desta pesquisa, a
adoção da técnica de grupo focal veio ao encontro de explorar significados e sentidos que
permearam o objeto de estudo: os sentidos que adquire a CA na prática docente das
professoras na SIR. Além disso, o grupo focal prioriza as interações do grupo com o grupo, em
vez de o intercâmbio de perguntas e respostas entre participante e pesquisador.
O planejamento dos encontros de grupo focal teve como referência os objetivos
específicos da pesquisa. Para isso, na composição de cada objetivo, destacou-se a temática
relevante como disparadora para as discussões.
A frequência dos encontros foi mensal, com uma duração de aproximadamente quatro
meses. Cada encontro teve duração de, no máximo, três horas. As gravações em áudio foram
realizadas pelas próprias pesquisadoras de forma que não comprometesse a dinâmica da
condução do grupo, assim como o desenvolvimento das discussões.
Cabe ressaltar que todas as professoras assinaram o Termo de Consentimento
Informado, autorizando o registro de suas falas e imagens. Destacamos também, a
naturalidade com que ocorreram as discussões, pois não foi percebido que o fato tanto de
gravar em áudio quanto de filmar os encontros tenha repercutido no sentido de desestabilizar
o grupo ou inibir a participação.
O quadro 21 sintetiza a caracterização dos encontros, ressaltando os temas discutidos,
período dos encontros, o número de participantes e a forma de registro do conteúdo das
discussões.
Quadro 22 : Caracterização dos encontros de grupo focal quanto aos temas discutidos, data
dos encontros, número de educadoras especiais presentes, formas de registro dos dados e o
tempo de duração de cada encontro.
Temas discutidos Data do encontro
Número de participant
es
Forma(s) de registro
Duração do encontro
1º Encontro Situação do aluno em atendimento (dificuldades,
29 de junho de 2010 8 Gravação em
áudio e escrito 2h e 30 min.
146
desafios e possibilidades)
2º Encontro
Art. 13 da Resolução nº04/2009 (atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado) Aproximações e distanciamentos com o trabalho na SIR
13 de julho de 2010 7 Gravação em
áudio e escrito 2h e 30 min
3º Encontro
Planejamento e desenvolvimento de uma proposta que focalize o desenvolvimento da comunicação do aluno em atendimento
17 de agosto de 2010 7 Filmagem,
fotográfico 3 h.
4º Encontro
Apresentação da proposta do 3º encontro Debate acerca das lacunas percebidas pelo grupo, enquanto educadores especiais, na implementação da CAS no atendimento na SIR e nos colegas do ensino comum De que modo estas “lacunas” poderiam ser preenchidas?
21 de setembro de
2010 6
Filmagem, fotográfico e
escrito 3 h.
Fonte: Autoria Própria
Concomitantemente ao período da realização dos grupos focais, foi realizado
observações na SIR onde as professoras atuavam, pois entendia-se que contextualizar os
discursos, compreender a dinâmica de um trabalho que envolve relação de ensinar/aprender
com o outro e conhecer a diversidade de um contexto escolar corroboram para descrever um
cotidiano escolar marcado pelos silêncios e dizeres desse profissional especializado.
Para identificar os sentidos produzidos pelas educadoras especiais com relação à
Comunicação Alternativa, nos apoiamos nos estudos de Moraes (1994), a partir de Bardin
(1977), acerca da Análise de Conteúdo.
Focalizou-se, portanto, em uma técnica de caráter abrangente, na qual não só o
conteúdo manifesto pelos métodos empregados era suficiente, mas também as leituras
interpretativas que ocorrem a partir destes. Foram identificadas com base no conteúdo das
transcrições, as seguintes unidades de análise: conceitos e sentidos; desafios; inclusão
escolar; área de conhecimento; SIR e ensino comum; formação permanente. Na sequência,
serão apresentados dados e análises referentes à unidade conceitos e sentidos, os quais se
desdobraram no entendimento de 1) o que é a CA; 2) que papel assume a comunicação e a
falta dela para a aprendizagem; 3) que sentidos revelam-se sobre a CA nas situações em que
a linguagem oral é inexistente ou limitada.
As falas das professoras estão em itálico a fim de diferenciarem-se do corpo do texto e
serão identificadas pelos códigos Profª1, 2, 3, sucessivamente, tendo em vista a ordem
alfabética de seus respectivos nomes.
Resultados alcançados: A análise dos sentidos produzidos pelas professoras acerca da
CA, decorrentes da inserção e utilização desses recursos nas práticas pedagógicas, iniciou
quando foi deparado com a questão de como a CA repercute em relação aos alunos que não
147
falam ou que têm dificuldades de expressão oral. Alguns indicativos demonstram a articulação
que as professoras fazem entre o aspecto cognitivo e o favorecimento ou não da comunicação
alternativa para os alunos. Foram examinadas as falas:
Profª 7 Tem a Síndrome de Down e não tem muita comunicação, né? Ela não fala, na verdade são alguns sons. É difícil de entendê-la em função disso, porque a gente fica na dúvida, até que ponto ela tá entendendo, até que ponto não? E até que ponto essa deficiência mental não interfere na comunicação. Profª 4 Ele é um aluno que tem uma linguagem compreensiva muito boa, apesar dele ter restrições por conta da Síndrome de Down, tem uma deficiência mental, mas ele tem uma forma de compreensão assim muito... Ele tem uma diversidade de pensamento, ele tem um jogo simbólico super bem estruturado. As características das síndromes e suas repercussões na aprendizagem e no
planejamento docente são motivos de preocupação por parte dessas professoras. No que
tange à interferência de uma deficiência mental sobre a aquisição de uma comunicação, ela é
marcada de maneira considerável pela Profª 7, ao dizer que: “E até que ponto essa deficiência
mental não interfere na comunicação”. Essa fala se aproxima das considerações de Vygotsky
(1997) sobre a dimensão primária e secundária da deficiência, sendo esta segunda
impulsionada e consolidada por fatores sociais que produzem tal condição.
No exemplo da Profª 7, percebe-se que a deficiência do aluno (a Síndrome de Down)
resulta em dimensão secundária, a partir do momento em que ele é privado de poder
comunicar-se e tal caracterização o limita de participar das relações sociais.
Com relação ao uso de um recurso de CA, isso é demarcado a partir da dúvida sobre se
o aluno vai ou não compreender. Esses entendimentos podem resultar na limitação quanto ao
possível uso da CA e, por conseguinte, no não investimento na proposição de estratégias e
recursos, bem como no não envolvimento dos profissionais em estudos acerca do assunto.
Além disso, tais fatores não favorecem a compensação, exposta por Vygotsky (1997) como
sendo responsável por proporcionar estratégias que venham a favorecer o desenvolvimento
das pessoas com deficiência quando atendem as suas peculiaridades para participar do
contexto social.
As demandas advindas do ensino comum relativas à comunicação requerem a
mobilização de outros conhecimentos e estratégias de aprendizagem a serem consideradas
para os alunos. Por isso, torna-se necessária a aproximação dessa área de conhecimento aos
segmentos escolares, principalmente aos professores de Educação Especial, na medida em que
eles assessoram a Escola e o professor do ensino comum mais diretamente, na escolarização
dos alunos com deficiência. Essa mobilização encontra-se presente nas seguintes
manifestações:
Profª 7 Uso muito gravuras com ela. Agora a gente vê fotografias que a gente tinha combinado, então... quando eu tô tentando entender o que ela tá querendo comunicar, pelo menos tem a foto da professora, da estagiária, do refeitório, né? Da entrada da escola das coleguinhas.
148
Profª 4 Foi dois encontros que eu consegui usar com ele o microfone. Então foi muito interessante, não pelas figuras, mas pelo microfone – ele usou pra conversar muito no atendimento. Então, todas as coisas, é como se ele tivesse dado voz. Então foi muito legal... Percebe-se que a busca para contemplar a comunicação está presente, assim como a
necessidade de resgatar o contexto imediato desses alunos, priorizando e valorizando os
interlocutores imediatos, como a professora e colegas principalmente. Nas observações
realizadas, presenciamos esses momentos de valorização das manifestações dos alunos, bem
como tentativas de dar sentido a elas.
Quanto ao atendimento desenvolvido pela Profª 7, por exemplo, observou-se o uso de
fichas em cartolina com ilustrações de verbos, assim como cartões com o nome de cores. Mas
os conceitos que poderiam proporcionar melhores condições de comunicação no contexto
escolar, como hora do lanche, banheiro, conceitos de sim e não, ainda não estavam sendo
utilizados. Aspecto que chamou atenção foi que essa professora preocupa-se com a
compreensão de conceitos por parte do aluno como condição prévia ao desenvolvimento da
CA, conforme foi exposto na sua fala. Por outro lado, apesar de a professora ter evidenciado
condições prévias para introduzir a CA com a sua aluna, sua prática volta-se para fomentar o
desenvolvimento daquela, propiciando aprendizagens que vão além da zona de
desenvolvimento real (VIGOTSKY, 2000).
No que se refere ao uso de um objeto que poderia passar despercebido, como um
microfone, despertou na Profª 4 satisfação pela experiência, imprimindo nessa situação, a
continuidade dessa prática comunicativa ao utilizar-se deste objeto. O microfone tornou-se
importante, pois ocorreu a mediação da professora, que o representou como sendo mais que
um instrumento material, constituindo-se, também, em um instrumento simbólico. Na situação
analisada, a proposição de uma atividade prospectiva, ampliando o conhecimento do aluno e
também a própria prática da professora, foram elementos significativos para a sua ação
pedagógica.
Do ponto de vista da aprendizagem como propulsora de desenvolvimento, é
interessante refletirmos como as relações sociais participam da construção das aprendizagens,
uma vez que a aprendizagem, na perspectiva sócio-histórica, ocorre na troca com o outros, ou
seja, nas e pelas relações sociais. Constatou-se a presença notável dos sentidos vinculados ao
binômio “não comunicação” como sinônimo de “exclusão”:
Profª 8 É o sentimento de exclusão, né? Estar sendo excluído. Profª6 Acho que é muito difícil pra mim, não consigo me imaginar sem falar. Como proposto na teoria sócio-histórica, o surgimento da linguagem acarreta três
mudanças relevantes no desenvolvimento psíquico humano:
A primeira se relaciona ao fato de que a linguagem permite lidar com os objetos do mundo exterior mesmo quando eles estão ausentes. A segunda se refere ao processo de abstração e generalização [...]. A
149
terceira está associada à função de comunicação entre os homens que garante, como conseqüência, a preservação, transmissão e assimilação de informações e experiências acumuladas pela humanidade ao longo da história (REGO, 2008, p. 53).
Essas três características conferem ao nosso desenvolvimento psíquico condições de
atuação no meio social, produzindo cultura, ao mesmo tempo em que está sendo produzido
por ela. Cultura como produto simultâneo da vida social e da atividade social do homem
(VIGOTSKY, 2000).
Por outro lado, a falta de comunicação promove outros sentidos, como revela esta
professora:
Profª 3 Que eu acho que, mesmo que tu não tenha essa comunicação com o outro, esse silêncio interno faz com esse som se propague também. E muitas vezes tu busca uma outra forma que é como a gente tem visto, assim, com os alunos. Mesmo que eles não te tragam o que tu consiga ouvir, eles trazem alguma coisa. Então a forma como a gente vai fazer essa releitura é que eu acho que a gente vem buscando (grifo nosso). Valoriza-se, nessa manifestação, a possibilidade de comunicar-se para além da fala, ou
seja, a comunicação não é somente ter possibilidade de expressar-se pela linguagem oral. Isso
tem sido buscado por essa professora, haja vista a ênfase que é dada ao que o aluno traz
consegue, independentemente se aquilo era o esperado ou não: “Mesmo que eles não te
tragam o que tu consiga ouvir, eles trazem alguma coisa”, como afirmou. Foi também
observada, na sua prática em sala de recurso, a intensa implicação para favorecer a
comunicação do seu aluno e desafiá-lo a expressar seus desejos. Peculiaridades, como essa
descrita, foram muito importantes no momento em que eram relembradas nos encontros de
grupo focal e compartilhadas com as demais colegas, indo além da exposição de uma situação,
mas permitindo que cada professora fosse revendo, atualizando e modificando os sentidos
acerca das situações pedagógicas com alunos que não oralizam.
Entraram em cena, com isso, sentidos que se deslocam para uma ação pautada pelas
possibilidades dos alunos e por ações pedagógicas já investidas, que terão continuidade
porque tiveram êxitos.
Elementos que configuram a CA como recurso associado ao pedagógico foram notórios
nas manifestações. Emerge da fala de umas das professoras olhares investigativos do papel
que os recursos de comunicação assumem para o ensino e a aprendizagem.
Profª 6 Ele chega assim com a prancha e mostra “w.w.w. futebol”, “w.w.w. patati patatá”. Ele é alucinado pelo “Patati Patatá”. E aí ele quer estar sempre no computador e ele pede a internet, ele já me mostra os sites que ele quer. Então ele se comunica assim direto com a prancha! Isso é bem bacana. A situação exposta pela Profª 6 refere-se a um atendimento na SIR no qual os
pesquisadores estavam presentes. Foi muito interessante observar o aluno expressando suas
vontades por meio da prancha de comunicação com símbolos gráficos, letras e números. Além
disso, verificou-se o desafio que é para a professora esforçar-se para “ouvi-lo”, para
150
compreender esse querer que é emitido de maneira não convencional. Nessa mesma situação
de observação, o aluno informou, através da prancha, que o jogo de futebol era na quarta-
feira e não no dia que pensava a professora. Mostrou-se, com isso, o quanto era preciso
disposição para entendê-lo esperar o seu tempo de expressão. Além disso, é importante
considerar o quanto as tecnologias promovem a comunicação, a exemplo desse caso
apresentado, revelando, portanto, que a CA não se restringe a uma prancha de comunicação
impressa, por exemplo.
Essa significativa experiência da Profª 6 na SIR lhe permitiu compreender a dinâmica
sócio-histórica deste trabalho, mas, por outro lado, as ações pedagógicas não deixam de ser
complexas em alguns casos, como é o deste aluno, que estava sendo atendido por aquela
professora pela primeira vez naquele ano, já que outra professora de Educação Especial era a
responsável pelo aluno. São alunos que apresentam diferentes características em termos de
aprendizagem, os quais não trazem consigo uma forma única de aprender e,
consequentemente, do professor de ensinar. Acrescenta-se ainda, que essas premissas
traduzem-se tanto para a Educação Especial quanto para a Educação de modo geral. Por isso,
docentes não podem dispensar a dúvida, da reflexão e da inovação nas práticas pedagógicas,
seja no que se refere a alunos (qualquer aluno), seja no que se refere a espaços de atuação
(sala de recursos ou sala de aula).
Assim, com o intuito de sistematizar as principais considerações provenientes da
pesquisa, apresenta-se os seguintes pontos conclusivos decorrentes da análise de dados e
suas categorias:
Relevância dos aspectos orgânicos do aluno decorrentes da deficiência para justificar a
não utilização da CAS. O não falar esteve associado às consequências da própria deficiência
como um quadro irreversível;
Imprecisão do conceito da CAS, percebida como um recurso que favorecerá a
comunicação somente daqueles alunos onde o quadro orgânico não for tão limitador. A
questão cognitiva do aluno apareceu como condição para a viabilidade da proposição pelo
educador especial e utilização da CAS pelo aluno;
Valorização de materiais variados para promover a CAS. A utilização desta não está
atrelada, unicamente, a presença do Software Boardmaker na SIR. Há investimento, pelas
educadoras especiais, em recursos simples como objetos concretos e fotos como elementos
propulsores na organização do trabalho utilizando a CAS;
Observou-se também uma tendência à resolução das necessidades que contornam a
inclusão escolar na RME/POA. Primeiramente, é preciso dar conta de aspectos de organização
administrativa da Escola (rampas de acesso, banheiros adaptados, a presença de estagiários
de integração) para, posteriormente, planejar ações mais pontuais como é o caso da
implementação da CAS;
Conhecimento e utilização da CAS ainda incipiente na realidade investigada. Por outro
lado, destaca-se a carência na utilização mais que a de conhecimento, pois todas as
educadoras já participaram de formações permanentes na área e, através das manifestações
151
no decorrer dos encontros de grupo focal, ficou evidente a presença de leituras já realizadas
sobre o assunto;
A inserção da CA nos espaços da SIR e, consequentemente, para além dela, mostrou
como perspectiva e não como ação planejada e sistemática. Esta assertiva decorre por dois
indicadores: atribuição prévia de conhecimento necessário para trabalhar com a CA,
compreendendo-a como um recurso que envolve saberes de tecnologia e que, portanto já
afasta o profissional de tal prática. E o outro indicador, se relaciona com a resolução de outras
necessidades apresentadas pelos alunos que se repercutem no contexto de atendimento,
dentre elas a de comunicação não aparece como uma necessidade principal. Ou seja, a
preocupação com a acessibilidade do aluno (falta de rampas na Escola, por exemplo),
frequência do aluno tanto na SIR quanto na sala de aula, envolvimento das famílias com a
Escola, diálogo com outros profissionais e a falta de materiais pedagógicos adaptados e
computadores, acarretam na invisibilidade ou deixado em segundo plano um aspecto
importante, que é o desenvolvimento de práticas que envolvam o desenvolvimento da
comunicação e promovam a interação deste aluno nos espaços da Escola;
Predomínio de gestos, expressões faciais, (comunicação não apoiada) e tentativas de
entender o que o aluno expressa oralmente mais do que a utilização de um recurso para além
do próprio corpo do aluno como forma de mediar às relações sociais;
A necessidade de a formação permanente estar acompanhada das necessidades reais
de trabalho e sendo direcionada a diferentes profissionais não somente os da Educação
Especial;
As formações requeridas pelas educadoras especiais pautam-se em princípios teórico-
práticos, associando-os à realidade de trabalho. Além disso, a importância anunciada pelas
participantes do acompanhamento desta formação, configurar em propostas metodológicas do
tipo estudo de caso principalmente, quando esta formação tem como direcionamento a
proposição da CAS;
4.5 Estudo de caso: POR TRÁS DO ESPELHO DE ALICE: NARRATIVAS VISUAIS COMO ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO
A narração de histórias possibilita às crianças experiências multidimensionais
complexas, constituindo um jogo de leituras interpretativas, sutis e explicitas das relações
vividas e das memórias tecidas com o (re) conhecimento do novo. Essa forma de comunicação
cria estratégias de desvendar o pensamento do outro, composto pelo sistema psicológico
superior e pela consciência (VYGOSTSKY, 2007), através do imagético evocados pelo visual.
Neste sentido, compreende-se que as narrativas visuais fazem parte das nossas histórias,
enquanto sujeitos sócio-históricos, na busca de significações para vida. Um discurso de
reflexão e descobertas alicerçadas na perspectiva intrapessoal e interpessoal, ancorados na
interação social e por meio de uma linguagem, que descortina na primeira infância.
152
Discurso tal, que expõe pensamentos, organiza uma história e evoca personagens, os
quais encenam ações e intenções no desenrolar de um enredo. Um fabular envolto de
consequências e circunstâncias inimagináveis, que ultrapassa o real, o tempo e o raciocínio
lógico de um mundo possível. Assim, uma ação mediadora envolta de atores, cenas,
propósitos, atos e agências (BURKE, 1969).
Nesse processo dinâmico, moldado pelas “ferramentas e artefatos culturais”
(WERTSCHE, 1998), compõe-se o cenário do trabalho, uma creche vinculada à Rede Municipal
de Porto Alegre – RS que atendem crianças de 0 a 6 anos em tempo integral. Nessa
realizamos o estudo de caso na turma de Maternal II, composta por 19 sujeitos com idades
entre 3 e 4 anos, tendo a regência de uma professora e uma educadora assistente. Na
pequena turma, haviam três meninos considerados com Transtorno do Espectro do Autismo
(TEA), os atores da respectiva pesquisa.
Enquanto artefatos, procedimentos e serviços, as Tecnologias Assistivas (TA) adentram
como parte de estratégias pedagógicas, as quais adquirem um papel essencial de mediação,
principalmente quando falamos de crianças com TEA. Logo, um ponto de partida para o
processo de inclusão através das narrativas visuais promovidas pela Comunicação Alternativa,
embarcado pelo Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de pessoas com
Autismo (SCALA). Um instrumento capaz de extrapolar as dificuldades de cada sujeito,
proporcionando um ambiente digital focado na interação e na comunicação, com o propósito
de ampliar a autonomia da criança e sustentar o ensino e o aprendizado a partir de um alto
nível de usabilidade.
Nesse sentido, o trabalho objetivou analisar a apropriação das narrativas visuais
mediados pelo SCALA, no processo de inclusão de crianças com TEA na primeira infância,
como um investimento significativo no desenvolvimento da linguagem e da interação social. O
embasamento teórico centrou-se na perspectiva Sócio-histórica, nos princípios conceituais de
mediação e de linguagem, tendo como autores principais: Vygotsky (2007, 2001), Wertsch
(1998), Tomasello (2003) e Luria (1986). Tendo seus objetivos específicos descritos da
seguinte forma: a) explorar estratégias do uso do SCALA na sala de aula, através da “Hora do
Conto”; b) identificar os resultados das estratégias de utilização do SCALA na contação de
histórias e c) analisar a participação e interação de crianças com TEA a partir do uso do
SCALA.
Esta pesquisa desenvolveu-se em quatro etapas, interdependentes, e que se repetiram
ao longo do processo de pesquisa: 1) Etapa exploratória: observação; 2) planejamento: “Hora
do Conto”; 3) ato: contar história mediado pelo Sistema SCALA e pelo planejamento e por fim
4) análise dos dados.
Casos da Pesquisa: Perfil Inicial
Os casos da pesquisa são três meninos entre 3 e 4 anos, que apresentam diferentes
diagnósticos. Ambos estão matriculados no Maternal II, na Creche Nossa Sagrada Família e
possuem AEE, vinculados à rede municipal de ensino de Porto Alegre - RS, em uma Escola de
Educação Especial. Os AEE são realizados em momentos diferentes para cada sujeito, tendo
153
como base, também, o desenvolvimento percebido pela creche.
Caio34 é um menino de três anos, bastante participativo, que se utiliza dos gestos para
se comunicar quando precisa da ajuda do próximo, ou quando algo é do seu interesse. A
interação social é bem articulada com os outros do seu convívio na escola, possível de
perceber nas brincadeiras em grupo ou em pares. Na maioria das vezes, observa os outros
brincarem.
Gabriel é um menino de quatro anos, ruivo, extremamente carinhoso, que não possui
verbalização e pouco se comunica por gestos, mas compreende quando é chamado pelo nome.
No princípio da interação, gosta de brincadeiras em pares, as quais precisam ser estimuladas.
No entanto, na sua maioria, brinca sozinho, como um ato mecânico, não envolvendo o
simbólico.
Paulo, dos três, é o caso mais extremo. Ele é um menino que adora a tecnologia.
Interage ativamente com o objeto ao se ver refletido nele, entre caretas e olhares. Apresenta
fala restrita, apenas estereotipias bem acentuadas. Não interage com os outros, ao menos,
que tenha algum objeto do seu interesse. Durante a brincadeira, ele utiliza o tempo para
correr pela sala, pular, girar, não se importando com as regras que limitam seu espaço e
desejos, sendo que, muitas vezes, não respeita algumas solicitações, entrando em crise ao lhe
dizer “não”.
Essas são palavras iniciais que provocaram um conhecer cada sujeito de modo mais
profundo e desvinculado do julgamento de um diagnóstico clínico limitador e reducionista.
Antes da as análises de cada história utilizada na pesquisa, foi preciso compreender o
modo como elas foram descritas e embasadas teoricamente. De igual modo, conhecer os
princípios que constituíram a escolha das histórias.
Tal ação na pesquisa foi com o objetivo de trabalhar histórias diferentes das do
contexto dos sujeitos, além de promover os contos que possuíam imagens interessantes, a fim
de possibilitar o interesse das crianças. Assim, optamos por histórias com poucos textos,
permitindo adaptações com pictogramas de fácil entendimento da turma; histórias que
proporcionassem estratégias diversas ao serem contadas e narradas aos sujeitos. Elas
trouxeram uma nova perspectiva às narrativas, as quais foram iniciadas e finalizadas com as
magias de uma "caixa mágica".
Ao longo das análises, é perceptível o aumento de estratégias utilizadas em cada
história. Elas foram possíveis, conforme as relações entre a pesquisadora e os sujeitos. Tais
aberturas possibilitaram outras formas do brincar simbólico. As estratégias, aos poucos, foram
sendo alinhavadas e apresentadas, sustentando um aprender, um participar e um interagir,
enfim um qualificar do aprender.
Além disso, é importante expor que a história do Chapeuzinho Vermelho foi uma
escolha feita pelas crianças, que, entre diálogos, ficou registrado o desejo e o anseio das
crianças. Essa história, apesar do envolvimento cultural acerca da narrativa, possibilitou
34 Os nomes representados neste trabalho são todos fictícios.
154
estratégias positivas no uso do Sistema SCALA, por meio do qual trouxemos uma nova
perspectiva do narrar. A seguir, encontra-se um mapa que desenha o caminhar do processo
investigativo das interações com as histórias.
Figura 160: Mapa processo de contação de histórias
Fonte: Autoria Própria
História “O HOMEM QUE AMAVA CAIXAS”
A história se subdivide em três cenas, os quais representam três momentos de
intervenção ao longo de dois dias. Cena 1, é a contação da história propriamente dita, na qual
teve como estratégias: uma “caixa mágica”, uma “carta do personagem da história – O
Homem” e o livro. Neste momento utilizou-se de dramatizações para incentivar a fantasia e a
curiosidade das crianças pela caixa e o que continha dentro da mesma. Na cena 2, foi o
momento da atividade com caixas de fósforos (estavam em saquinhos individuas dentro da
caixa mágicas), o qual permitiu as crianças criar conforme sua imaginação. No entanto, esta
cena não será elucidada, pois não apesenta elementos que dialoguem com os objetivos desse
trabalho.
155
O quadro que segue mostra a contação da história e relatando os momentos de
interação
Quadro 23: Contação da História
Inicia-se a cena! As crianças envoltas de uma
das mesas, têm suas atenções presas numa
grande caixa colorida. Todas tentam tocá-la,
Caio, por sua vez, também. Seus olhos fixos
naquele objeto implicam um caráter de
curiosidade e anseio. Nada além de um olhar
intrigante.
Quando outras crianças fazem como Caio, esticando os braços para tocar a caixa, eu proponho: "vamos abrir a caixa, espera aí, vamos todo mundo sentar no chão, vamos sentar no chão". Caio se afasta da mesa mais rápido que as outras crianças, mas leva mais tempo para se sentar. Paulo me rodeia com o olhar voltado para o chão, parecendo procurar por um lugar. Se afasta, preferindo sentar em uma cadeira em uma das mesas ao lado. Após, alguns minutos, Gabriel aproxima-se pela primeira vez ao ser chamado: "olha aqui, Gabriel. Uma caaaixa!" e adentra a cena com seu olhar baixo, fixo na caixa. São momentos e movimentos rápidos de Gabriel, que, por pequenos instantes, participou da atividade.
Caio volta a tocar a caixa com as pontas dos dedos de uma mão, parecendo ter sua atenção somente ali. Mas, quando pergunto: "será que foi o carteiro?", Caio faz um movimento de concordância com sua cabeça, olhando para ela. A partir disso, seu olhar volta-se, a todo momento, da caixa para mim e vice-versa. Toda referência feita à caixa, como: "é uma caixa máaaagica. Será?", faz Caio tocar a caixa e manifestar novamente sua concordância. Porém, quando convido a todos para tocar a caixa: "vamos tocar!", Caio somente a toca após as outras crianças terem estendido suas mãos. Diferentemente das outras, Caio coloca as duas mãos e, inclusive, encosta seu rosto. Paulo não toca a caixa, mas boceja, sonolento. Caio tenta abrir a caixa, levantando um pouco uma das abas, e espia o que há dentro, inclinando sua cabeça para o lado para facilitar sua visualização
156
Eu continuo a conversa, mas peço para Caio:
"vamos esperar, vamos esperar, Caio ". Ele cessa sua tentativa, mas continua encarando a caixa. Nesse instante, vira seu corpo na direção da porta, perdendo o momento em que abro a caixa e retiro o livro, mas ao dizer: "vou fechar, vou fechar", Caio vira-se com rapidez e vê que a caixa foi aberta e que há algo nas minhas mãos que não havia antes. Ele encara o novo objeto, o livro, o toca, segura o meu braço com o objetivo de trazer o livro para si, mas perde a atenção rapidamente quando não consegue pegar o objeto. Vira-se para o outro lado, engatinha e se afasta da roda. Paulo está a olhar para tudo e para o nada, rodando de forma rápida a sua cabeça, mas ao perceber o afastamento de Caio se arrasta para a frente, ocupando aquele lugar. Ele finalmente olha para a caixa, parecendo interessado, pois franze a testa e arqueia as sobrancelhas, como se estivesse curioso. Na tentativa de integrá-lo na história, o questiono: "tu viu, Paulo?", e ele começa a fazer pequenos sons com a garganta
Fonte: Autoria Própria
Nota-se, no entanto, que todo o simbolismo e a dramatização (sons e expressões
faciais) realizados em relação a uma “caixa mágica”, possibilitam uma heterorregulação
(chamar a atenção) e uma autorregulação por parte dos três sujeitos, através dos gestos
(tocar, sentar, olhar). Em todo o processo de interação com as crianças, compreende-se que o
objeto é o ponto de articulação dessa mediação. O objeto é como um artefato de comunicação
corporal e gestual. A linguagem de sinalização com a cabeça, a tentativa de pronunciar algo e
a expressão de afirmação expande o simples momento. Caio comunica, interage e participa
ativamente da atividade.
A cena 3, é a atividade com o SCALA, que foi realizada no dia seguinte. Usamos como
estratégia o SCALA, o retroprojetor, o livro, os personagens e cenários (ambos readaptados).
Nesta atividade teve como objetivo o criar uma história com todos da turma, utilizando
personagens e cenários da história, assim como, todos os outros elementos do software.
Com o uso do recurso SCALA para elaboração conjunta da turma de uma história
percebeu-se uma ação de participação com trocas comunicativas e de atenção conjunta, em
que Gabriel teve liberdade de ir e vir, de conceituar o objeto e interpretá-lo metaforicamente.
Foi uma experiência de poucos minutos, mas suficiente para extrapolar uma dimensão de um
artefato cultural de ferramentas, símbolos e signos.
Perante os fatos, uma história constitui-se repleta de detalhes, personagens, em que a
narrativa criada entre muitas vozes e olhares possibilitou aos três sujeitos numa nova forma
de contar uma história, conforme a figura que segue.
157
Figura 161: História O Menino e a Bruxa de autoria dos alunos
Fonte: Autoria Própria
No fim dessa cena, destaca-se os principais indícios propiciados pelas estratégias
usadas na atividade.
Quadro 24: quadro síntese da atividade com o SCALA
ESTRATÉGIAS RESUMO
• Uso do SCALA no laboratório;
• retroprojetor; • o livro • os personagens do
livro*; • cenários do livro*.
* foram adaptados do livro para serem utilizados no SCALA, em questão de traçados mais simples e cores neutras35.
A cena nos permite refletir sobre diversos pontos extremamentes oportunos:
O olhar, que traz três dimensões ao estudo: atenção conjunta; observação, comunicação;
os movimentos do Gabriel cessados pelas professoras, em um processo de normalizar e excluir o sujeito da cena;
o computador como um artefato cultural, que mobiliza a atenção de Paulo e Caio ;
representações linguísticas: chamar o Gabriel pelo nome e o mesmo responder ao chamado;
desmistificação do diagnóstico clínico, na interação de dois sujeitos considerados com autismo;
internalização e (re)significados de um movimento de vai e vem.
Fonte: Autoria Própria 35 A questão das cores no autismo foi um trabalho de pesquisa realizado por bolsistas e pesquisadores do Grupo
TEAIS.
No Castelo tem uma bandeira. A bandeira tá balançando! O Homem tá colocando a caixa dentro do castelo, para dar de presente pro filho dele, que está dentro do castelo.
No castelo tinha o fundo mar! O menino foi lá procurar a pipa junto com seu cachorro e encontrou a bruxa. A bruxa é enorme e estava voando em direção ao menino.
O Batman salvou o menino da bruxa e levou pra paria. Na praia estava o pai esperando o menino e a bruxa ficou no fundo do mar.
FIM
158
História “Rodolfo e o Tesouro Perdido
A história subdividiu-se em duas cenas, que ocorreram em dois dias de atividade. A
cena 1 é a contação da história, a qual teve como atividade uma caça ao tesouro. Essa foi
dividida em cinco blocos: (1) a “entrega” do mapa do tesouro pelo O Homem da caixa – sala
de aula; (2) a distribuição de chapéus, igual do personagem da história – sala de informática;
(3) a contação da história com o livro - brinquedoteca; (4) a construção de um painel com TNT
e balões para o álbum de fotografia – pátio coberto; (5) descoberta do baú que continha uma
máquina fotográfica e um álbum – pátio em frente à creche.
A cena 2 foi a construção de histórias com o SCALA. Nesse momento, a turma foi
dividida em pequenos grupos. Os sujeitos da pesquisa foram organizados um por grupo e teve
como estratégia o uso do computador.
Neste relato da História de “Rodolfo e o Tesouro Perdido apresenta-se apenas as
partes das interações com o SCALA e o quadro síntese da atividade.
A narrativa, assim por dizer, é um impulso à participação, à interação, à mediação e à
inclusão de um sujeito alicerçado de conhecimentos e aprendizados. A seguir está a história
criada pelos alunos referente a história o “Rodolfo e Tesouro Perdido”. Apesar da pouca
participação do Caio na história, percebemos que suas escolhas transformaram a narração,
permitindo uma inserção de suas ideias e uma nova concepção ao enredo.
Figura 162: História "O tesouro dos Sapos"
Fonte: Autoria Própria
Chegamos ao fim da análise, possibilitando sintetizar em algumas palavras, pistas de
uma participação, de um interagir e de uma comunicação, em que o sujeito é ativo e
interativo.
Os sapos estavam procurando o mapa que estava em cima da árvore, mas ficaram com medo dos bichos brabos. Aí veio a aranha e ajudou os sapos com uma teia bem grande, que nem do Homem-aranha. O Sapo pegou o mapa e foi pra pracinha com os outros sapos da sua família. Um montão de sapos. O sapo estava com sua toca comprida do Grêmio. Lá ele encontrou um baú do tesouro embaixo do escorregador. Dentro do baú estava um anão e o Papai Noel com um mapa do tesouro gigante.
FIM
159
Quadro 24: quadro síntese da atividade da história
ESTRATÉGIAS RESUMO
• Computador;
• sistema SCALA;
• o livro da história.
A cena nos permite refletir sobre diversos pontos extremamentes oportunos:
As palavras: “aranha” e “balanço” como pistas que sinalizam a intenção comunicativa;
“influências conversacionais” – status de participação;
narração como um impulso à participação;
princípios imaginativos encenam processos aprendizados.
Fonte: Autoria Própria
História: A Casa Sonolenta
A história foi dividida em 5 cenas, ocorridas ao longo de três dias. A cena 1, é a
contação da história A Casa Sonolenta. Como estratégia, criamos um vídeo da história. Foram
utilizados como ferramentas: retroprojetor, tela branca, computador, caixas de som. Na cena
2, encenação da história com balões, como uma estratégia de recordar a história. Utilizamos
balões, TNT branco, alfinete, fita adesiva. A cena 3 é o momento artístico. Nesta, as crianças
construíram a casa sonolenta, com papeis coloridos com diferentes formas geométricas,
personagens (pictogramas) impressos já cortados (para facilitar as crianças e por causa do
curto tempo que tínhamos), cola e giz de cera. Essa cena não será neste momento analisada.
A cena 4 constitui-se do livro gigante da história da Casa Sonolenta. Este foi construído com os
cenários do livro, mas a escrita foi substituída pelos pictogramas. Para uma boa leitura das
crianças, fizemos em tamanho ampliado. A leitura do livro foi realizada pelas crianças, com
auxílio da professora pesquisadora. A cena 5 consta do trabalho com o SCALA. É uma atividade
grupal e, ao mesmo tempo, individual. Foi realizada na sala de informática. Teve como
objetivo cada criança narrar parte da história, usando o computador.
Neste relato da História da Casa Sonolenta apresenta-se apenas as partes das
interações com o SCALA e o quadro síntese da atividade.
Nessa atividade, ficou evidente o quanto o Sistema SCALA proporciona uma
comunicação potente, que entre uma narração e outra Caio construiu uma história repleta de
detalhes. Entre a figura de um personagem e as imagens dos cenários constituiu-se uma
participação e uma interação. Mesmo que aparentemente longe da turma, todos prestavam
atenção aos movimentos de Caio. Ele, na sua narração, desmistificou o fato de que uma
história somente pode ser registrada pela escrita convencional dotada pela sociedade. Ele deu
vida às imagens e não apenas ao seu “eu” interior (self) (SAMAIN, 2012). Nesta cena de ação,
movimentos, registros e significação, as imagens tomam um novo sentido: da Comunicação
Alternativa. Os pictogramas, que facilitam a linguagem e permitem uma associação a símbolos
160
linguísticos, que permitem sustentar os processos cognitivos pelas narrativas visuais. Nesse
sentido, os pictogramas são um “apoio à construção de signos, pois é a partir do
estabelecimento de modelos mentais, que o sujeito será capaz de abstrair situações concretas
e expô-las em um ato de comunicação” (ÁVILA, 2011, p. 61).
Assim, o SCALA, os pictogramas, a Comunicação Alternativa, formam recursos
desencadeadores para o narrar da história. Essa história apresenta um novo ângulo para
observar e vislumbrar a realidade que cerca o sujeito.
A seguir está a parte da história construída por Caio. A escolha do cenário mostra a
sua preferência por tons mais neutros e com poucos detalhes. Assim como, os personagens
que compõe a narrativa, foram escolhidos conforme a história “A Casa Sonolenta” e os mais
utilizados pelos colegas de turma – o Batman, a Bruxa e a baleia. Neste sentido, mostra uma
tentativa de Gabriel incluir-se ao grupo, como também, de seguir uma analogia com a história
contada à turma. Além disso, verifica-se que Caio “prestava” atenção na contação da história,
mesmo que distante do grupo e realizando outras atividades no momento.
Figura 163: História de Gabriel
Fonte: Autoria Própria
A história construída por Paulo no software SCALAweb. Diferentemente de Caio, o
cenário que Paulo prefere tens os tons de cores mais claros, sendo que os personagens foram
escolhidos conforme explorava o SCALA. A cada inserção de personagens era “questionado” o
motivo e aos poucos Paulo foi narrando uma história surpreendente.
Figura 164: História de Paulo
161
Fonte: Autoria Própria
Quadro 25: interação do aluno com o SCALA
Enquanto Paulo narra uma história, Caio
explora o SCALA em formato maior. Ele
interage com a tela como se fosse possível
movimentar com os personagens, de clicar
nos botões. Balbucia, fala, interroga, gesticula
e observa cada contorno que a história
constitui.
Ao ver o lobo na tela, ele fala: “Lobo! O Lobo”
seguido de um linguajar não compreensível
por mim. Mas, algo ele comunica, talvez
contribuindo com a história, talvez
reinventando uma nova narração, como
também, pode estar a criticar a narrativa.
São tantas as possibilidades de conceituar
uma comunicação que nos inquieta e nos
indaga a todo o momento. No entanto, é uma
comunicação que está atrelada ao SCALA, que
possibilitou a opinião de Caio.
Fonte: Autoria Própria
A cena eleva a potência do SCALA, pois permitiu ao aluno um interagir diferente, uma
vez que permitiu que expusesse suas opiniões e fabulasse novas perspectivas à história, na
tentativa de escolher outros personagens. Esta cena, além disso, possibilita uma nova
concepção de uso do SCALA, através de uma tela interativa que permita ao aluno movimentar
o seu corpo muitas vezes inquietante.
O Lobo estava cantando pra baleia e o peixe grande. O avião veio e o Homem de capa desceu. O Super Homem era muito grande. O amigo dele pulou da nuvem em cima do lobo. Todos estavam cantando com o Lobo a música do violão. FIM
162
Sobre o modo como Caio interagiu, podemos compreender dois pontos: a linguagem e
suas concepções sobre a história. São dois aspectos relacionados, que compõem um
autoconhecimento, uma observação crítica e uma liberdade de expressão.
A história de Paulo amplia o olhar de Caio, que permite um impulso à imaginação do
observar. Uma imagem para além de um lobo, mas que significa algo profundo aos dois
sujeitos. Nesse sentido, Paulo, ao narrar, atinge um objetivo talvez não percebido por ele, mas
que influencia no imaginar do outro e desperta sentimentos escondidos. Ambos são agentes
ativos de uma narração, que promove a interação social e cultural... abre-se uma porta para
um mundo (des) conhecido. É, pois, uma cena que permite visualizar todos os pontos
apresentados ao longo do trabalho: da atenção conjunta à Comunicação Alternativa e do
imaginar ao interagir.
Em síntese pode-se evidenciar indícios de um participar ativo, através do Sistema
SCALA, conforme o quadro a seguir.
Quadro 26: síntese da interação com o SCALA
ESTRATÉGIAS RESUMO
• Sistema SCALA:
Retroprojetor,
computador.
A cena nos permite refletir sobre diversos pontos extremamente oportunos:
• A narração pelo SCALA permitiu ao sujeito uma nova possibilidade de contar uma história;
• participação através de uma tela “interativa”; • autoconhecimento e liberdade de expressão; • a importância de um professor de apoio; • o movimento dos corpos como comunicação e diferente forma
de participação.
Fonte: Autoria Própria
História: Chapeuzinho Vermelho
A história do Chapeuzinho Vermelho é composta de cinco cenas, divididas em três
dias, duas cenas para cada dia. A Cena 1 é a contação de história, que teve como estratégia
um teatrinho de fantoches. Para isso, foi utilizado um painel (cenário) e fantoches dos
personagens em pictogramas (impressos e com feltro). Na cena 2, ocorreu a atividade física.
Foi realizada uma história historiada, em que a criança participa da história através de
atividades físicas. A história deve ser imaginada, ao longo de muitos obstáculos. Utilizamos
como instrumentos: túnel de brinquedo, bambolês, uma corda, uma bola gigante, dois jogos
de varetas gigantes, cabos de vassouras. Essa cena não foi analisada, por não conter os
objetivos da pesquisa. A cena 3, atividade artística, foi realizada na sala de aula. Tivemos
como materiais: quebra-cabeça da história em pictogramas, folhas coloridas, giz de quadro
molhado. A atividade não foi analisada. A cena 4 envolveu a contação da história com o livro
feito com pictogramas. Um livro elaborado para as crianças contarem a história. A cena 5 foi a
atividade com o SCALA. Como ferramentas, usamos o tablet, com o aplicativo do SCALA já
instalado.
A figura a seguir apresentada mostra parte da história criada em comunicação
163
alternativa com pictogramas.
Figura 165: Parte do Livro adaptado da História Chapeuzinho Vermelho em comunicação
alternativa
Fonte: Autoria Própria
Durante a apresentação da história pode-se perceber muitas pistas sobre a
participação de Paulo e da sua interação com o grupo. Ações já vistas em outras cenas e
novas/outras que se completam. Paulo lê as imagens como um processo ainda não constituído,
mas que serão brevemente internalizadas. Essas imagens36 possibilitam um novo aprender e
potencializam capacidades de um sujeito, principalmente aquelas que alimentam o imaginário
infantil através da literatura. Nesse sentido, compreender a imagem como um mediador
semiótico contribui para processos afetivos, intelectuais e artísticos no desenvolvimento de
habilidades, em que as ilustrações e os pictogramas superam as palavras. Assim, são meios de
comunicação extremamente importantes que permitem o interagir e o participar de práticas
sociais e culturais, imersas no universo imaginário que desmistifica e anula as formas
comportamentais do sujeito... alguém, ativo e interativo. A leitura de Paulo e de todos da
turma apresentam um outro ponto extremamente oportuno de ser analisado, as interpretações
de alguns pictogramas. Esses símbolos foram construídos a partir de um significado, mas que
se tornam complexos na sua totalidade, dificuldando, ás vezes, o compreender da história.
Nesse sentido, ao adaptar a história à escolha dos símbolos faz parte do planejamento e da
estruturação da atividade. São imagens escolhidas, conforme os elementos da história. Assim,
possibilita um compreender além de um símbolo de difícil definição.
A mesma história foi contada através do Scala na versão tablet, e posteriormente os
alunos foram incentivados a construírem a sua história. A figura que segue apresenta a
interação nessa atividade. 36 As imagens nesta cena não se referem somente as ilustrações do livro, mas também os pictogramas enquanto
um potente mediador para a linguagem e interpretação da história.
164
Figura 166: interação do aluno no tablet com uso do Scala
Fonte: Autoria Própria
Constatou-se que o SCALA mostrou-se um instrumento potente para o criar do
sujeito, de estabelecer funções psíquicas superiores, de dar voz aos movimentos narrativos e
de imaginar situações diversas. E o uso de dispositivo móvel tablet possibilita o manuseio, sem
o acesso à Internet, o que é de grande valia para a atividade, por permitir movimentos rápidos
e de fácil manuseio. Além disso, a abordagem do SCALA não contempla somente o sujeito com
deficiência, mas esse sujeito em interação. O SCALA foi um instrumento de grande importância
para a comunicação do sujeito, também, importante para criar narrativas e explorar sua
imaginação, propiciando uma igualdade entre os indivíduos, diversificando os recursos e
serviços para atender às particularidades de cada um e aumentar as capacidades funcionais,
além de promover independência e autonomia. O sistema possibilitou a Paulo criar uma
história completa, com início, meio e fim, com personagens do seu interesse, com cenário da
sua escolha. Possibilitou, também, compartilhar a sua história com os outros colegas, além de
participar da história de outros sujeitos, como agentes de intenções e capacidade infinitas. A
seguir, encontra-se a parte da história criada por Paulo. É notável que sua construção traz
características peculiares que necessitam de uma análise mais específica, conforme o enredo
que é constituído.
Figura 167: história criada por Paulo no tablet com uso do Scala
165
Fonte: Autoria Própria
No primeiro momento, quando é apresentado a ferramenta SCALA , percebemos que
as crianças mostraram curiosidades, questionando várias coisas, solicitando diferentes
cenários, assim como, os mais variados personagens. Como também, a primeira vez que
utilizaram o software com auxílio, tentando explorar todos os detalhes desde cenários até as
diversas ações que o SCALA oferece (inverter, aumentar, girar). E nesse explorar, várias foram
as dificuldades apresentadas, como: em vez de clicar no pictograma, tentavam arrastar para o
cenário; a euforia por colocar personagens não tinham uma escolha “coerente” com a
narrativa; não exploravam as categorias “sentimentos”, “qualidades” e “ações”; não colocar
dois cenários num único espaço e entre outros. Ao longo das atividades realizadas com o
SCALA, até este momento, é notável o quanto as crianças aprenderam a manejar o software,
mostrando facilidades e praticidades. Eles já apresentam uma maior autonomia para escolher
os layouts, as categorias, os cenários e para manipular as ações de inversão, de girar, de
colocar para frente ou para trás. Como também, um conhecimento ampliado em relação aos
pictogramas que o SCALA dispõe. Então, é de grande valia compreender que o SCALA
possibilitou a todos da turma um aprendizado significativo na construção de narrativas,
constituindo situações que colaboram para suas vivências diárias, permitindo um imaginar de
um modo diferente. Compreendemos que o processo não está totalmente apreendido, mas
com o uso contínuo esses pontos serão superados, como: escolher outros personagens,
explorar outros cenários, compreender os tipos de categorias e entre outros.
Outras histórias foram contadas e criadas, na sequencia apresenta-se o resultado
através de imagens das construções realizadas e no final uma analise geral.
Figura 168: história "Olívia e o Violino"
Fonte: Autoria Própria
166
Figura 169: livros adaptados com pictogramas
Fonte: Autoria Própria
Figura 170: estratégias de baixa tecnologia das histórias "Chapeuzinho Vermelho"
Fonte: Autoria Própria
Foram muito positivos e significativos, já que os sujeitos apresentavam desejos e
anseios aos diferentes materiais usados. Tanto no SCALA WEB, quanto nas baixas tecnologias,
houve a participação, o envolvimento e a interação com as outras crianças. Assim, garantiu
investirmos ao longo do processo, pois iniciamos com somente dois dias na semana com cerca
de três atividades. No final, já tínhamos uma relação mais intrínseca com a turma e os
sujeitos, resultando em seis atividades em três dias.
A partir dos resultados das atividades, podemos avaliar nosso próximo objetivo
analisar a participação e a interação de crianças com TEA a partir do uso do SCALA.
Primeiramente o olhar, como um gesto de atenção e observação, que constitui uma
167
comunicação pertinente, a qual é uma ação pouco valorizada e percebida na sala de aula.
Olhar é uma forma de perceber o outro e suas intenções como um agente intencional e ativo
no processo de aprendizagem. Um gesto que valoriza a relação social, desmistificando os
diagnósticos clínicos, o qual nega uma interação face a face. Por conseguinte, os gestos,
como forma de comunicação, estiveram muito presentes ao longo do trabalho, sendo um dos
principais fatores para o processo de aprendizagem, como uma ação simples que requer uma
atenção minuciosa envolvida por um objetivo determinado. Assim como é um processo gestual
expressivo que se correlaciona com as experiências vividas. Esses são, pois, processos
mediados pelos sujeitos, a partir de artefatos dotados de valores questionáveis e de
significado, que transita entre o social e o cultural, ou seja, uma comunicação coletiva. Além
disso, os balbucios muitas vezes não compreendidos, mas que deram um contorno ao
trabalho, permitindo perceber a comunicação por um outro viés. Assim, é um discurso movido
pelas intenções comunicativas de perspectivas compartilhadas. Logo, é uma representação
cognitiva da linguagem. Como também, os movimentos incontroláveis do corpo, que,
muitas vezes, causam desconforto, mas possibilitam a participação e a interação diferentes.
São encontros comunicativos implicados na intersubjetividade de uma comunicação humana,
mediados pelos discursos e pelas experiências compartilhadas. A leitura é um gesto simbólico,
mas carregado de sentidos e significados, que trouxe um novo modo de olhar o sujeito, nas
suas capacidades e potencialidades. É uma leitura “informal”, pois as crianças narram algo e
sentem-se leitoras de uma história. Um ler através de imagens que constroem formas,
personagens e cenas. Por último, a brincadeira simbólica, constituída pelos sujeitos através
da luz do retroprojetor, possibilitou uma nova perspectiva aos meninos. É uma ação consciente
que permite permear uma atividade e modificar sua estrutura. Logo, é um ato de participação
e comunicação de um agente ativo no processo de desenvolvimento.
Assim, configura-se o processo de interação e participação de sujeitos ativos nas
suas diferentes formas de ser e estar, conforme a seguir. Um percurso que valorizou os
detalhes, as entrelinhas e os pulos como atos dotados de significados, através das práticas
sociais, do conhecimento e da linguagem, em que o ponto central foi o SCALA. Assim, é uma
ação mediada que deu sentido ao trabalho.
Figura 171: esquema do processo de participação e interação
Fonte: Autoria Própria
168
Em síntese a partir das observações e análises dos dados gerados, percebe-se que
1) a mediação do sistema proposto fornece apoio à inclusão a partir da participação e da
interação, permitidas pela comunicação de gestos, movimentos inquietantes, palavras
intraduzíveis e olhares penetrantes; 2) a mediação do sistema permite antecipar um
aprender a partir de leituras de pictogramas, baseado na Comunicação Alternativa, que nos
detalhes possibilitou uma efetividade de um processo complexo do ler - nos detalhes e nas
entrelinhas habilita-se um sujeito ativo e interativo - um agente; e 3) o sistema revela-se
como uma ferramenta capaz de extrapolar as telas, em que associado à baixa tecnologia
também possibilita um novo/outro modo de interagir e participar. A partir dessa experiência,
entre uma narrativa e outra, é proporcionada uma reflexão sobre a importância do papel do
professor para sustentar as várias formas de "ser" e "estar" na escola. Os movimentos das
crianças com TEA não são indícios de limitações deles, mas da limitação da compreensão do
outro através de uma comunicação corporal. Verifica-se também a medicalização como um
limitante do corpo, que influencia o processo de ensino e aprendizado. Por fim, evidencia-se
que a mediação do sistema permite que todos os sujeitos envolvidos sejam agentes ativos de
um percurso repleto de leituras do outro, do eu e do livro, que entre a imaginação e os
significados fizeram-se presentes. Esses sujeitos são autônomos e cúmplices de um fabular
permeados pelos signos e instrumentos que foram compartilhados pelas ações e invenções -
uma apropriação intensa e significativa que potencializa e efetiva uma inclusão constituída
por inúmeras leituras.
5 METODOLOGIA DE AÇÃO MEDIADORA E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
Apresenta-se inicialmente a metodologia desenvolvida com base na teório-sócio-histórica:
Ação Mediadora e na sequência as estratégias desenvolvidas e disponibilizadas no site do
Projeto SCALA para livre uso de professores, pais e demais usuários cadastrados.
5.1 Metodologia de Ação Mediadora
A proposta da metodologia da Ação Mediadora está fundamentada em pressupostos da
teoria sócio-histórica, entendendo-se que o desenvolvimento humano ocorre do seu
nascimento a sua morte. Ele se sucede em ambientes culturalmente organizados e com regras
sociais estabelecidas, por meio de interações realizadas com parceiros, ou seja, entre duas ou
mais pessoas que têm um papel ativo. O desenvolvimento se dá, portanto, na interação social,
sendo impossível separar as pessoas, as interações e os contextos. Dessa forma, o sujeito não
é analisado individualmente, mas, sempre em interação com os diferentes contextos.
As pessoas estão imersas em contextos, constituídas por contextos, submetidas às
condições desses contextos, sejam elas físicas, emocionais, culturais, entre outros. Assim,
pode-se dizer que o contexto cultural é o contexto simbólico do contexto social, onde cada
sujeito toma parte de “N” contextos sociais diferentes, como, por exemplo: família, escola,
trabalho, amigos, entre outros.
O resultado da comunicação e da inclusão social dos sujeitos desta pesquisa foi
consequência da metodologia das ações mediadoras. O que se pretendeu analisar é o
processo, não somente os sujeitos ou um contexto. Isso torna a pesquisa complexa e dialética,
com foco em pontos de interação, constituídos pelas pessoas em mediação com o instrumento
(Figura 172).
Figura 172 – Análise do processo de mediação
Fonte: BEZ, 2014.
Dessa forma, a mediação não acontece somente com uma pessoa, ou um sujeito, ou uma
tecnologia, mas tanto as pessoas quanto os contextos podem variar. Assim, a unidade de
análise é a ação mediadora em diferentes contextos. Acredita-se, pois, que elas são
178
significativas quando apoiam a interação entre as pessoas e os objetos, a fim de ampliar a
interação social e a promoção da comunicação, e, para que elas aconteçam, a linguagem tem
papel fundamental.
A linguagem é o meio pelo qual acontecem as interações, ou seja, o instrumento que
permite que as interações ocorram. Ao mesmo tempo, é o instrumento que permite pensar
sobre as interações. Configurando-se, dessa forma, é considerada uma função dupla e
complexa, que permite chegar até as pessoas e saber o que se está fazendo com elas.
Rossetti-Ferreira, Amorim e Silva (2000) destacam que a natureza dos contextos é
discursiva, permeada pela linguagem e pela semiótica. Nesse contexto, coloca-se em
questionamento quais e como os vários elementos: pessoa, interação, contexto, aparecem nas
interações, participando do processo de produção de significados. Evidencia-se que mais
importante do que entender essa significação, é participar do processo de pensar como esses
elementos e quais os elementos que estão participando do processo de fazer sentido desse
sujeito.
Para tal, inicialmente, elabora-se um perfil sócio-histórico dos sujeitos. Quer-se, com isso,
fazer uma síntese descritiva que apresenta como o sujeito é e como se relaciona com seu
meio. Para sua composição, são utilizados quatro eixos norteadores: comunicação, interação,
identificação do sujeito e potencialidades/necessidades. O Quadro 26 descreve como esse
perfil foi elaborado com foco no autismo e nos déficits de comunicação. Ele pode ser adaptado,
conforme a deficiência.
Quadro 27: Construção do perfil sócio-histórico
Comunicação Interação Identificação Potencialidades/necessidades Como este sujeito se comunica? Pela fala? Como é sua oralização? Por gestos? Quais? Pelo olhar? De que forma? Através de algum sistema de comunicação alternativa? Quando o sujeito se comunica? Qual a finalidade desta comunicação? Para satisfazer seus desejos? Ou Para que? O que ele comunica? É compreensível o que ele deseja comunicar? O faz através de estereotipias? Ocorre de forma espontânea? Qual o tempo de duração desta comunicação?
Como ele interage? Com o que (objetos)? Com quem (pessoas)? Quando ele interage?
Procura descobrir como é o sujeito aos olhos de diferentes pessoas – familiares, professores, auxiliar escolar.
Quais suas potencialidades? O que ele gosta de aprender? Quais suas preferências? (o que gosta) Quais suas necessidades? Tem algum tipo de comportamento específico? - Em que momento aparece? Há algum tipo de intencionalidade nele? Qual?
Fonte: BEZ, 2014.
Na sequência, elabora-se o contexto sócio-cultural dos ambientes a serem investigados. Um
contexto cultural é a representação simbólica do contexto social, onde todo indivíduo participa
de inúmeros contextos sociais diferenciados, como: escola, família, trabalho, amigos, entre
outros. Cada um deles contém elementos constitutivos e atores que, em interação, possuem
uma dinâmica própria e constituem uma unidade de análise. Eles devem ser identificados não
de forma isolada, mas em interação irão compor um todo sistêmico, que representa o
179
contexto. Esses elementos constituem-se de: atores (pessoas e instituições); espaços (físicos e
simbólicos); regras, normas, crenças compartilhadas; organização social; organização
espacial; organização temporal; organização semiótica. O Quadro 27 apresenta a estruturação
de um contexto sócio-cultural.
Quadro 28: Estrutura do contexto sócio-histórico
Atores Quem são as pessoas ou instituições que participam do contexto em questão Espaço físico Como é o contexto fisicamente, sua estrutura, suas divisões. Os móveis e
objetos que fazem parte deste, como estão distribuídos e identificados. Espaço simbólico Espaços onde acontecem ações figuradas, como, por exemplo o “cantinho da
leitura, a “rodinha”, entre outros. Regras, normas, crenças compartilhadas
As regras e combinações, responsabilidades de cada ator ou do grupo que constitui o contexto, suas crenças, entre outros.
Organização espacial Como ocorre a organização do contexto de acordo com as combinações preestabelecidas. Interações ocorrem do sujeito apenas com o objeto, com outras pessoas, como, por exemplo, no contexto familiar com toda família em que espaço, na escola com a turma toda, em pequenos ou grandes grupos, na sala de aula, no pátio etc.
Organização semiótica Existe uma organização semiótica, onde e como ela está organizada, como por exemplo: uma prancha estruturada com as rotinas diárias do sujeito exposta na porta do quarto. Ou ainda um painel de aniversários, uma tabela organizacional de tempo (antes e depois).
Fonte: BEZ, 2014.
Com a análise do contexto é possível entendê-lo como: meio ambiente, condição, recurso e
instrumento de desenvolvimento. Através dos resultados obtidos com o perfil do sujeito e dos
contextos, abre-se uma gama de possibilidades de escolha dos recursos tecnológicos e de
estratégias pedagógicas que estejam engajadas em atividades sociais significativas.
Dessa forma, após a elaboração e a execução da ação mediadora, obter-se-á um resultado
que dará embasamento à proposta de nova ação mediadora, com níveis crescentes de
dificuldade, conforme o caso. Uma síntese da estrutura de uma ação mediadora é apresentada
na Figura 173.
Figura 173: Metodologia de Ação Mediadora
180
Fonte: BEZ, 2014.
Com a apresentação da metodologia da ação mediadora, parte-se para apresentação das
estratégicas pedagógicas, também elaboradas na mesma perspectiva sócio-histórica
5.2 Estratégicas Pedagógicas a partir do SCALA
5.2.1 Estratégicas no Scala - Narrativas Visuais
A LINDA ROSA JUVENIL
A linda rosa Juvenil é um conjunto de atividades baseadas na história infantil que possui o
mesmo nome. Tem como público-alvo crianças da educação Infantil em turma inclusiva, com a
participação e interação de todos alunos. Objetiva-se a estimular as múltiplas Inteligências
181
(corporal-cinestécisa, espacial, interpessoal, musical e linguística).
Os recursos utilizados são o computador com acesso à internet para utilização do SCALA
e/ou SCALA Tablet. Poderá ser utilizado um telão ou televisão para apresentação da história e
uso do Scala de forma interativa e colaborativa no desenvolvimento das atividades propostas.
Para a parte de criação dos fantoches haverá a necessidade de impressão dos personagens
para posterior recorte e montagem dos fantoches ou palitoches.
As atividades propostas são:
• Contar a história com palitoches e/ou assistir ao vídeo na web para explorar junto
das crianças os elementos mais marcantes dessa história.
• Apresentar a história no Scala ou construir a história assistida com o grande grupo a
partir desse mesmo aplicativo. Após explorar a apresentação do trabalho concluído
para a turma toda.
• Imprimir duas cópias de cada personagem da história a partir do Scala, em tamanho
A4. Após recortar as figuras dos personagens e colar em um papel plástico de
dimensões superiores (plastificar as imagens recortadas).
• Jogar o jogo da memória com o grande grupo.
• Criar gestos para cada parte da música e apresentar para os educandos. A intensão
é estimular os educandos a cantarem e repetirem os movimentos ensinados.
Conforme as atividades propostas a representação visual pode ser acessada no SCALA pela
história de nome: a linda rosa juvenil, a seguir apresenta-se um exemplo dos palitoches e d
narrativas visuais.
Figura 174: Dois dos personagens A Linda Rosa Juvenil
Fonte: Scala
Figura 175: A Linda Rosa Juvenil
182
Fonte: Scala
Esse conjunto de atividades possui arquivos de apoio, caso o professor deseje utilizá-los.
São eles:
Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no
site do Scala: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/a_linda_rosa_juvenil.zip
História “a linda rosa juvenil”: http://www.youtube.com/watch?v=cX1kEyBQM0g
BiNGO DOS PERSONAGENS E RECONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA LECO
A estratégia pedagógica “Bingo dos Personagens e reconstrução da história Leco” tem
como foco inicial a história “Brincadeirantes” é destinada há crianças de 30 e 40 anos do
Ensino Fundamental. Tem como objetivos o desenvolvimento da atenção e da concentração; o
incentivo da interação interpessoal com os parceiros de jogo; a identificação das falas e
características dos personagens presentes na história apresentada; o estimulo a criatividade e
imaginação através da construção de narrativas visuais no sistema Scala, a identificação as
classes de palavras (substantivo, adjetivo, verbo) e a transformação para a forma plural das
palavras.
Os recursos e materiais necessários para sua implementação são: vídeo “Brincadeirantes”,
de Paulo Henrique Machado. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=rgWsiOFvM6s. Computador com acesso à internet para
uso do SCALA Web no módulo prancha para a construção do Bingo. E para elaboração da
história, computador com multimídia/tv ou laboratório de informática, com acesso à internet
para uso do SCALA web, no módulo narrativas visuais. Impressora e papel para impressão das
Pranchas de comunicação com representação visual de palavras presentes no filme (cartelas
para o bingo).
Essa estratégia pedagógica poderá ter seu tempo distribuído conforme determinação do
professor e combinações realizadas com a turma. Na sequência apresenta-se uma sugestão
sequêncial de etapas para realização da atividade.
Na primeira etapa a turma é reunida para assistir ao vídeo Brincadeirantes”. Na sequência a
professora distribuirá as pranchas (confeccionadas por ela anteriormente) contendo
183
pictogramas com sua equivalência escrita que corresponde a palavras retiradas das falas dos
personagens da historia do vídeo apresentado anteriormente. As pranchas poderão ser
recortadas de acordo com o tamanho da turma. Com estas pranchas é realizado um Bingo dos
Personagens.
Ainda, aproveitando as cartelas em forma de pranchas utilizadas para o bingo, é possível
fazer relações com as classes das palavras e o emprego do plural.
Na etapa seguinte, através da relação entre as falas e os respectivos personagem, cada
aluno deve escolher um personagem do vídeo e construir uma história no módulo narrativas
visuais, do Scala. Sua história deverá conter pelo menos duas palavras presentes em sua
cartela. Esta atividade pode ser realizada de forma individual no laboratório de informática ou
de forma colaborativa com o reconta da história em sala de aula. Para tal pode ser utilizado
um computador com acesso à internet, acoplado há um telão multimídia ou pelo acesso à
televisão.
Essas atividades possuem arquivos de apoio, caso o professor deseje utilizá-los. Ambos
estão salvos publicamente no sistema Scala nos módulos “Prancha” e “Narrativas Visuais”,
como Prancha Pública – Bingo dos Personagens, segue uma representação visual de cada
módulo.
Figura 176: Bingo dos Personagens
Fonte: Scala
Disponível em Narrativas Visuais públicas.
Figura 177: História Leco
184
Fonte: Scala
Essas atividades possuem arquivos de apoio, caso o professor deseje utilizá-los. São eles:
Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no
site do Scala:
http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/bingo_dos_personagens_e_reconto_historia_le
co.zip
Vídeo Brincadeirantes”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rgWsiOFvM6s).
No Scala :
Prancha Pública – Bingo dos Personagens
Narrativas Visuais – História Leco
CONHECENDO O ALFABETO
No processo de alfabetização reconhecer a letra inicial das palavras é uma habilidade
importantíssima. A partir desse exercício o estudante é capaz memorizar a grafia de algumas
letras e de algumas palavras e, em um segundo momento, realizar uma correspondência entre
a grafia das letras e o som que correspondente a elas.
Nesse sentido essa estratégia pedagógica é voltada para crianças em fase de alfabetização
(entre o primeiro e o terceiro ano do ensino fundamental) e tem por objetivo estabelecer a
relação “letra-som” a partir da letra inicial das palavras.
Os recursos necessários para realizar essa atividade são:
Computador com acesso à internet ou tablet com o Software Scala instalado
Impressora devidamente configurada
Desejável projetor, monitor ou telão para explorar coletivamente os recursos
disponibilizados para a atividade.
Arquivos “Letras Vogais” e “Vogais Atividade” disponibilizados publicamente no Scala, no
modo “Narrativas Visuais”.
185
A atividade acontece em dois momentos:
1° - Abrir a narrativa visual correspondente à letra que está sendo trabalhada com os
educandos e ajuda-los realizar essa correspondência. Para trabalhar as vogais há o arquivo
público “Letras Vogais” disponibilizado com todas as vogais e algumas imagens já associadas.
A professora pode trabalhar essa parte da atividade a partir de um projetor, um telão ou um
monitor.
2° - Imprimir o arquivo “Vogais Atividade”, e distribuir essa atividade para a turma. Nessa
proposta há 6 quadros com narrativas visuais. Cinco delas correspondem às vogais (um
quadro para cada vogal) e o sexto quadro corresponde às figuras. O educando deverá recortar
as figuras do sexto quadro e colar no quadro que corresponde à sua primeira letra. Por
exemplo: a figura da “abelha“ deverá ser colada no quadro da letra “A” e a figura do “urso”
deverá ser colada no quadro da letra “U”.
3° (Atividade extra) – A partir do mesmo arquivo de vogais (Letras Vogais), propor para as
crianças que encontrem outras palavras que também iniciem com aquelas letras, mas que
ainda não estão no quadro correspondente.
Exemplo dos arquivos disponibilizados:
Arquivo “Letras Vogais”:
Figura 178: “Letras Vogais” e Vogais Atividade
186
Fonte: Scala
Para essa atividade de alfabetização foram disponibilizadas narrativas públicas para as
vogais. As consoantes podem e devem ser construídas conforme demanda pelos educadores e
pelos educandos.
Essa estratégia pedagógica está disponível no seguinte endereço:
http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/conhecendo_o_alfabeto.zip
Os arquivos das atividades estão publicamente disponíveis no modo narrativas visuais do
Scala com os seguintes nomes: “Letras Vogais” e “Vogais Atividade”.
MÚSICA DOS INDIOZINHOS
A apreensão da sequência numérica é um aprendizado importantíssimo para as crianças da
educação infantil. Sabe-se que esse processo se dá aos poucos e que recursos como músicas,
fábulas e histórias, ajudam as crianças a identificarem essa progressão a partir de situações
presenciadas nessas produções.
Essa estratégia é voltada para crianças a partir de 3 anos de idade e tem por objetivo
estimular a apropriação da sequência numérica e da quantificação que corresponde à cada
numeral. Para realizar essas atividades são necessários os seguintes recursos:
Computador com acesso à internet ou tablet com Scala instalado;
Impressora com folha a4 120g branca;
Tesoura;
Palitos de picolé;
Equipamento de som para tocar a música dos indiozinhos.
As atividades são:
Ouvir a música dos indiozinhos representando, através dos palitoches, os índios e o bote.
OBS: os palitoches devem ser previamente confeccionados. Recomendável utilizar o próprio
sistema escala para imprimir as figuras. O professor pode imprimir e confeccionar os
palitoches com as imagens que preferir. Recomendável confeccioná-los a partir das imagens
com os nomes “índio”, “barco de remos” e “jacaré”, já mapeadas.
187
OBS: a música dos indiozinhos está anexa na descrição da atividade no site do Scala, na
aba “Atividades Pedagógicas”, na pasta “Narrativas Visuais”. Disponível no endereço:
http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/indiozinhos.zip.
Confeccionar a representação gráfica da música no Scala, no modo “Narrativas Visuais”, de
forma que cada quadro exiba uma parte da música. Realizar essa atividade com a participação
dos educandos, ou seja, construir coletivamente a história da música. Atentar para a
sequência numérica, ou seja, ao cantar e contar a música, dar ênfase para os numerais da
música. Imprimir a representação produzida no Scala e recortar cada quadro (parte da
história) de forma individual. Após embaralhar os trechos recortados e solicitar para que os
alunos reorganizem a história conforme é exibida na música.
Imprimir a representação produzida no Scala e recortar cada quadro (parte da história) de
forma individual. Após embaralhar os trechos recortados e solicitar para que os alunos
reorganizem a história conforme é exibida na música.
Figuras Scala para os palitoches:
Figura 179: Personagens música Indiozinhos
(barco de remos) (Índio)
Fonte: Scala
Exemplos de Narrativa Visual e parte da narrativa
Figura 180 – Música Indiozinhos
188
Fonte: Scala
Essa estratégia pedagógica possui arquivos de apoio. São eles: o arquivo que descreve
a atividade, assim como os recursos necessários para sua realização, e a música “Indiozinhos”,
em formato mp3, também disponibilizada no seguinte endereço:
http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/indiozinhos.zip
JOGO DOS SETE ERROS
Jogos que estimulam a atenção e a concentração são importantes aliados dos estudantes
dos anos iniciais do ensino fundamental. A partir deles os educandos tem acesso abstrações
cada vez mais complexas e realizações cada vez mais potentes, tanto sob o ponto de vista
individual quanto social.
“Jogo dos sete erros” é a versão Scala do jogo clássico com o mesmo nome. Tem por
objetivo desenvolver a atenção, a percepção e a concentração, assim como apoiar a ludicidade
no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem para os educandos no segundo e no
terceiro anos do ensino fundamental. Essa estratégia pedagógica ocorre em dois momentos: o
primeiro momento é onde são disponibilizadas fichas impressas, a partir do Scala, com a
189
atividade pronta para jogar. O jogo consiste em encontrar e identificar sete diferenças entre
duas figuras que aparentam estarem idênticas entre si. Ao todo são sete diferenças que o
educando tem como tarefa identificar e sinalizar a diferença. No segundo momento os alunos
são levados para a laboratório de informática onde, no modo narrativas visuais do Scala são
orientados a elaborarem seu próprio jogo dos sete erros, com enfoque no tema do currículo
que está sendo trabalhado em sala de aula.
Para produzir o jogo, no modo narrativas visuais, escolher o layout com apenas dois
quadrados. Isso é possível a partir do botão “layout” na barra de ferramentas do Scala. Inicie
colocando no primeiro quadro a representação visual completa de uma paisagem. No segundo,
deixar de fora 7 imagens.
Para realizar essa atividade são necessários:
Computadores com internet ou tablets com o Scala instalado.
Arquivo do jogo dos 7 erros devidamente impresso. Esse arquivo está disponível no sistema
Scala no módulo “Narrativas Visuais” com o nome “Jogo dos 7 erros – Cozinha”.
Laboratório de informática com internet ou tablets com o Scala instalado para que as
crianças criem suas próprias atividades.
Exemplo do Jogo disponibilizado para os educandos:
Figura 181: “Jogo dos 7 erros – Cozinha”
Fonte: Scala
No seguinte endereço segue o arquivo que descreve a atividade e os recursos necessário e
disponíveis para o desenvolvimento dessa atividade:
http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/jogo_7_erros.zip
ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA
As propriedades físicas da matéria são tratadas em Ciências, desde os anos iniciais do
ensino fundamental, envolvendo conceitos básicos como propriedade física, matéria e
mudança de estado. Podemos através de situações cotidianas apresentar e discutir estes
conceitos de forma significativa, o que auxilia a organização e desenvolvimento do raciocínio
lógico e naturalista dos alunos. Essa estratégia é direcionada para crianças dos anos iniciais do
190
ensino fundamental e tem por objetivo dimensionar a compreensão acerca dos estados físicos
da matéria, tomando a água como exemplo e introduzindo alguns conceitos básicos a respeito
do tema. As atividades sugeridas também estimulam a oralidade, uma vez que é proposto
partilhar narrativas desenvolvidas pelas crianças a partir do tema proposto. Sob o ponto de
vista das inteligências múltiplas, de Howard Gardner, a atividade estimula o desenvolvimento
do raciocínio lógico-matemático e naturalista no estudo das transformações que presenciamos
cotidianamente.
Para desenvolver essa atividade é necessário um computador com internet ou tablete
com o aplicativo Scala instalado. É desejável usar uma sala de informática para que as
crianças possam montar pranchas de comunicação e narrativas visuais paralelamente.
Descrição das Atividades:
1° - A professora introduz o tema “estados físicos da água” de forma exploratória: pergunta
o que as crianças já sabem sobre o assunto para que algumas relações básicas sejam
socializadas.
2°– Assistir à animação que trata do tema a partir do seguinte endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=omd8M2zIwYk e apresentar a prancha de exemplos dos
estados físicos da agua
3° - No módulo “Narrativas Visuais” propor para as crianças criarem cenas que expliquem o
que entenderam a respeito das transformações da água.
Arquivos de apoio:
Arquivo salvo no módulo publicamente no módulo “prancha” com o nome “Estados Físicos
da Água”:
Figura 182: “Estados físicos da água” no módulo pracha e no narrativas visuais
191
Fonte: Scala
Essas propostas de atividades possuem arquivos de apoio:
Vídeo de motivação prévia sobre os estados físicos da água:
https://www.youtube.com/watch?v=omd8M2zIwYk
FOTOSSÍNTESE
A “Fotossíntese” é uma atividade para fixação de conceitos e elementos estruturantes de
Ciências para o Ensino Fundamental da Educação Básica. Esta atividade se destina aos Anos
Iniciais, preferencialmente aos alunos do 4º e 5º ano, com idade a partir de oito anos.
Podendo ser adaptada e reestruturada para os outros anos da Educação Básica. Objetiva-se
estimular as múltiplas inteligências com foco na Naturalista com o reconhecimento de relações
fundamentais no Ciclo de Vida dos seres vivos; A Lógico-matemática com organização e
disposição dos fatores que compõem o ciclo de vida e a Linguística com a ampliação do
vocabulário. Salientamos a sua importância para a construção lógica a partir de conceitos da
Ciência.
Os recursos utilizados são computador com acesso à Internet para utilização do Scala e/ou
Scala Tablet, telão e data show ou televisão para apresentação da história e uso do Scala de
forma interativa e colaborativa no desenvolvimento das atividades propostas, as pranchas
elaboradas e impressas pelo professor e papel pardo para o painel.
As Atividades propostas são:
1ª Atividade:
Cada Grupo de três alunos recebe pranchas impressas, alguns das partes da planta e outros
dos fatores da Fotossíntese. A professora solicita que recortem os pictogramas e colem no
painel de papel pardo afixado na lousa, na coluna partes da planta ou na coluna Ciclo da
Fotossíntese.
192
2ª Atividade:
Com os pictogramas e conceitos trabalhados os alunos criarão no Scala uma Narrativa
Visual da Fotossíntese.
3ª Atividade:
Cada Grupo apresentará no Telão ou Televisor a sua Narrativa Visual explicando aos colegas
como esta foi construída e a relação entre todos os seus elementos.
Conforme as atividades propostas a representação visual dos cenários sobre a Fotossíntese
e narrativas visuais através do SCALA ficaram desta forma expostas:
Figura 183: “Fotossíntese”
Fonte: Scala
5.2.2 Estratégicas no Scala - Módulo prancha
BINGO DOS ALIMENTOS
Refletir a respeito da alimentação é uma prática sempre importante. Boas práticas em
relação aos alimentos são hábitos que agregam muito para todos os envolvidos no processo de
preparação do alimento. No processo de conscientização alimentar reconhecer os alimentos é o
primeiro passo para uma alimentação mais crítica e saldável. A proposta dessa estratégia
pedagógica é trabalhar com as crianças dos anos iniciais do ensino fundamental o
reconhecimento dos alimentos na sua apresentação escrita e imagética. A brincadeira objetiva
trabalhar o desenvolvimento da atenção e da concentração, assim como a interação com os
colegas a partir do jogo de regras. O bingo dos alimentos é confeccionado no próprio aplicativo
Scala e pode desenvolvido ou alterado em conjunto com as próprias crianças.
Para desenvolver essa atividade é necessário o aplicativo Scala e uma impressora, para
confeccionar as peças do jogo. A partir da prancha pública “bingo dos alimentos” é possível ter
acesso ao mapeamento de alguns alimentos presentes no Scala.
Como fazer:
A partir do sistema Scala, no módulo “Prancha”, acessar o arquivo público “bingo dos
193
alimentos”. Imprimir duas cópias de cada prancha presente nesse arquivo (gravuras dos
alimentos). Recortar as imagens dos alimentos e separar as cópias de forma que metade delas
sejam usadas para compor as fichas do jogo e a outra metade seja usada para realizar o
sorteio dos alimentos. Para compor as fichas, a professora deverá atentar para a intimidade
das crianças com esse jogo. O critério do número de figuras por ficha é o tempo que os
participantes costumam ficar atentos aos jogos. Crianças que nunca jogaram podem começar
com fichas de apenas 4 figuras e crianças experientes podem jogar com fichas de 10 figuras,
por exemplo.
Como jogar:
No começo do jogo haverá duas cópias de cada alimento, separadas em dois montes. Um
deles servirá para sorteio dos alimentos e o outro para compor as fichas dos participantes. Um
dos participantes deverá ficar responsável pelo sorteio. Os demais receberam as imagens dos
alimentos, conforme intimidade da turma com o jogo. O jogo começa quando o participante
responsável sorteia a primeira figura. Os demais participantes devem conferir se possuem a
figura idêntica daquele alimento entre as suas (na sua ficha). Quem tiver a imagem idêntica,
deve separá-la das demais e uma nova carta deve ser sorteada. Ganha o bingo o participante
que tiver todas suas figuras sorteadas primeiro. Quando isso acontecer, deverá gritar “bingo!”
A representação visual das pranchas ficaram desta forma expostas:
Figura 183: “Bingo dos alimentos”
Fonte: Scala
Esse conjunto de atividades possui um arquivo de apoio, caso o professor deseje utilizá-lo:
Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no
site do Scala: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/bingo_dos_alimentos.zip
194
MEMÓRIA DOS ANIMAIS
A quantidade de animais presente no nosso ambiente é surpreendente. São diversas suas
características, funções e aptidões. Conhecer sobre suas capacidades de interação no convívio
humano são importantes conhecimentos para se viver em sociedade. Para refletir a respeito
dos animais e sobre suas características é necessário, primeiro, um exercício de
reconhecimento desses mesmos. A proposta dessa estratégia é trabalhar com as crianças dos
anos iniciais do ensino fundamental o reconhecimento dos animais nas suas apresentações
escrita e imagética. A brincadeira objetiva trabalhar o desenvolvimento da atenção e da
concentração, assim como a interação com os colegas a partir do jogo de regras. O jogo
“Memória dos Animais” é confeccionado no próprio aplicativo Scala e pode desenvolvido em
conjunto com as próprias crianças.
Para desenvolver essa atividade é necessário o aplicativo Scala e uma impressora, para
confeccionar as peças do jogo. A partir da prancha pública “Memória dos Animais” é possível
ter acesso ao mapeamento de alguns animais presentes no Scala.
Como fazer:
Imprimir duas cópias de cada prancha de comunicação do arquivo “Memória dos Animais”,
presente no banco de atividades, no módulo “Prancha” do Scala. Após recortar as figuras dos
animais, atentando para que não seja possível enxergar o conteúdo das cartas quando as
mesmas estiverem viradas para baixo.
Como jogar:
Dispor as cartas (figuras dos animais) na mesa, embaralhadas e com as imagens
viradas para baixo, de forma que seja possível ver todas as cartas, mas não seus conteúdos.
Cada jogador pode desvirar duas cartas da mesa por rodada. Se essas duas cartas forem
idênticas, este jogador as pega para si e continua jogando, se não, vira as cartas para baixo
novamente e as deixa como estavam. O objetivo do jogo é descobrir onde estão todas as
figuras e ganha quem estiver com a maior parte delas quando todas as cartas forem
reveladas.
A representação visual das pranchas ficaram desta forma expostas:
Figura 184: “Memória dos Animais”
195
Fonte: Scala
Esse conjunto de atividades possui um arquivo de apoio, caso o professor deseje utilizá-lo:
Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no
site do Scala: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/bingo_dos_animais.zip
CACHORROS
Os animais domésticos estão presentes em grande parte das famílias do mundo inteiro a
milhares de anos. Refletir a respeito de seus potenciais e de suas limitações é uma tarefa de
muita importância para educandos e educadores. A atividade “Cachorros” é destinada às
crianças dos anos iniciais da educação infantil. Essa estratégia pedagógica explora o conceito
“animais domésticos” e como se dão as relações sociais no convívio com estes animais. Nesse
sentido, também ajuda a estruturar princípios básicos de respeito à natureza e aos seres que a
compões. A partir da construção de um livro coletivo, a atividade desenvolve a oralidade no
grande grupo e estimula a imaginação e a apropriação de recursos tecnológicos para contação
de histórias através do Scala.
A contação de histórias sobre cães domésticos será organizada no Scala utilizando pequenos
grupos de alunos, no máximo três. Estes terão como subsídios a prancha “Cachorros”
(confeccionada antecipadamente pela professora) disponível no Módulo Prancha do Scala e as
informações da contação de história feita pela professora e da discussão na Rodinha com os
colegas.
Com a Prancha “Cachorros” é possível socializar algumas características a respeito desses
animais aprofundando alguns conceitos como o de animal doméstico, por exemplo. Podemos
utilizar as imagens da Prancha acrescentando dados à estas imagens através de contação de
histórias, roda de discussão com os alunos e pesquisa bibliográfica
1ª Atividade:
A professora pode iniciar com a contação de história “ Os Nossos Amigos Animais”,
pt.slideshare.net/bibdjosei/historia-ultima2, por exemplo, e após, na roda de conversa,
perguntar para as crianças “quem conhece um cachorro?”, ou “o que come esse cachorro?” ou
ainda “o que será que um cachorro gosta?”, dando inicio à discussão na Rodinha;
196
2ª Atividade:
Após, compreendido o conceito de animais domésticos e socializadas as impressões a
respeito dos cães, propor para as crianças a criação de narrativas com cenas onde os cães
estejam em ação. Para isso utiliza-se o módulo narrativas visuais. Para tal os alunos serão
levados ao laboratório de informática.
3ª Atividade:
As Narrativas construídas individualmente ou em grupos de no máximo três alunos podem
ser impressas e compor um “Livro Coletivo de Narrativas Visuais”. Para socialização das
histórias criadas, propor a apresentação das mesmas em sala de aula para turma.
Exemplo da prancha pública:
Figura 185: “Cachorros”, módulo prancha e narrativas visuais
Fonte: Scala
Essa atividade possui um arquivo público que descreve a atividade. Está acessível através
do seguinte endereço: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/cachorros.zip
RUA DAS SETE TULIPAS
O uso de histórias infantis como recurso pedagógico é uma estratégia de aprendizagem
muito potente para as crianças da educação infantil. No contexto das fábulas a criança ensaia
197
diversas situações que desempenhará na vida adulta e tem a possibilidade de desenvolver
diversas habilidades, como o desenvolvimento da oralidade, da imaginação e da interação com
os colegas. A atividade também aproxima as crianças dos recursos tecnológicos, pois propõe
finais alternativos à fábula apresentada a partir do Scala.
Para realizar essa atividade é necessário um computador com acesso à internet ou
tablet com o Scala instalado. Também é necessária impressora para imprimir as pranchas que
contém as imagens e as narrativas visuais. Poderá ser utilizado um telão ou televisão para
apresentação da história e para o uso do Scala de forma interativa e cooperativa no
desenvolvimento das atividades propostas.
Descrição das atividades:
Como motivação prévia, perguntar para as crianças se sabem o que é um “Inventor” e que
tipo de coisas podem ser inventadas. Explicar que tudo que existe um dia foi planejado e
inventado por alguém.
Após a motivação prévia, assistir ao curta infantil “Rua das sete tulipas”, de Alê Camargo, a
partir do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=HvsmuJDTNFo
Quando acabar o filme, refletir com as crianças a respeito daquilo que compreenderam
sobre a história. Fazer perguntas como “onde se passa essa história? ”, “quem são seus
personagens? ” e “o que aconteceu nessa história? ”.
Dividir as crianças em grupos pequenos (de aproximadamente quatro integrantes), imprimir
o arquivo público do SCALA “Rua das sete tulipas”, no módulo “prancha”, recortar suas figuras
e distribuir pelos grupos anteriormente formados.
Propor para os grupos que recontem a história de forma imagética, ou seja, a partir das
imagens e cenários disponibilizados.
ATIVIDADE EXTRA: A partir do próprio aplicativo Scala, solicitar que os alunos recontem a
história no Scala, no módulo narrativas visuais, com a possibilidade de fazer um final
alternativo para essa história. Essa atividade pode ser realizada na sala de informática para
que todas possam desenvolver seu próprio final alternativo. Uma alternativa para essa
atividade extra é a construção coletiva do final alternativo, onde a professora monta o cenário
sugerido pelas crianças.
A representação visual das pranchas disponibilizadas ficaram assim:
Figura 186: “Rua das sete tulipas”- módulo prancha, narrativas visuais e final alternativo
198
História recontada no módulo “Narrativas Visuais” como exemplo. Disponível no arquivo
“Narrativa Rua das Sete Tulipas” do módulo Narrativas Visuais.
Fonte: Scala
Exemplos visuais de final alternativo podem ser acessados através do arquivo “Narrativa
Rua das Sete Tulipas”, no site do SCALA.
Essas atividades possuem um conjunto de arquivos de apoio:
Vídeo da fábula “Rua das Sete Tulipas”: https://www.youtube.com/watch?v=2qU1Utp-03Y
JOGO DAS RIMAS
No processo de aquisição da linguagem escrita nos deparamos com diversas relações
entre as letras, as palavras e seus significados. Diversas são as estratégias que podem ajudar
o educando racionalizar essas relações. As atividades aqui apresentadas têm por objetivo
estimular a percepção dos segmentos das palavras a partir das rimas, incentivando a oralidade
e a consciência fonológica.
Para desenvolver essa atividade é necessário um computador com acesso à internet ou
tablet com o Scala instalado. Para trabalhar com as pranchas físicas (impressas) é necessária
também a impressora e a prancha salva publicamente com o nome “Batalha das Rimas”.
Também há a possibilidade de trabalhar com as pranchas diretamente no Scala. A seguir estão
descritas as duas possibilidades.
199
O objetivo da atividade é identificar qual das gravuras menores não rimam com as demais e
com a figura maior.
Exemplo da prancha pública disponibilizada:
Arquivo “Batalha das Rimas”. Final “ada”:
Figura 187: “Batalha das Rimas”
Arquivo “Batalha das Rimas”. Final “ão”:
Fonte: Scala
Demais representações visuais podem ser acessadas no scala no arquivo “Batalha das
Rimas”.
Trabalhando com as pranchas impressas:
A partir do arquivo “Batalha das Rimas” é possível imprimir a ficha com algumas imagens
selecionadas para o jogo. Após imprimir, dividir o grande grupo em pequenos grupos, de
200
quatro integrantes no máximo. Cada grupo recebe uma cartela com uma imagem grande e
seis imagens pequenas. O primeiro objetivo é identificar a imagem pequena que não rima com
a imagem grande, a partir das representações escritas e imagéticas. O segundo objetivo é
encontrar, nos demais grupos, a imagem faltante para harmonizar a cartela (para deixar todas
as figuras rimando). Por último recortar a figura que não rima e substituí-la pela imagem do
outro grupo que completa (rima) com as demais imagens de sua cartela.
Trabalhando com as pranchas diretamente no Scala:
Para trabalhar diretamente com o Scala é necessário computador com internet para cada
criança ou grupo de crianças que irá desempenhar a atividade. No módulo “Prancha” do
sistema Scala, abrir o arquivo público “Batalha das Rimas”. Nesse arquivo há quatro pranchas
com uma figura maior (localizada à esquerda da ficha) e seis figuras menores (localizadas à
direita). Uma dessas seis figuras menores não rima com as demais figuras da prancha. O
primeiro objetivo é identificar qual das figuras menores não rima com as demais figuras e com
a figura maior. Após identificada a imagem que desarmoniza a prancha de rimas a segunda
tarefa do educando será deletar a imagem em desacordo e repetir esse processo nas três
pranchas restantes do arquivo (através do botão “Avançar” localizado no canto inferior direito
do Scala). Por fim a professora estimula os alunos a preencherem os espaços vazios (das
figuras deletadas) com figuras que harmonizem a prancha (com figuras que rimem).
OBS: Para compor os grupos é importante que ao menos uma das crianças de cada grupo já
conheça um pouco a relação entre o som e as letras do alfabeto.
Essa atividade possui um arquivo público de descrição. É possível acessá-lo através do
seguinte endereço: atividade ainda não inserida no servidor.
PRANCHA DAS CORES
A percepção da diferença entre as cores é uma habilidade importantíssima, especialmente
no contexto social. Diversas mensagens nos são emitidas através delas e trabalhar no seu
reconhecimento é uma tarefa necessária por diversas razões: placas de transito, semáforos,
rótulos de produtos, condição das frutas e a própria publicidade são alguns dos exemplos de
mensagens importantes transmitidas a partir das cores. Identificar precocemente dificuldades
em interpretá-las ou em reconhecê-las pode ajudar, e muito, na vida coletiva dos educandos.
Essa atividade é destinada para as crianças da educação infantil e tem por objetivo identificar
e estimular o reconhecimento das cores, assim como estimular a imaginação, a criatividade e
aproximar os educandos de recurso tecnológicos.
Para desenvolver essas atividades é necessário computador com internet ou tablet com o
sistema Scala instalado. É desejável sala de informática para que as crianças possam resolver
as atividades propostas no próprio aplicativo Scala.
1ª Atividade:
Motivação prévia: para iniciar a atividade sobre cores a professora primeiramente investiga
o que elas já conhecem a respeito desse assunto. Pode comentar sobre algumas misturas
201
básicas entre as cores, falar do semáforo e sobre o transito. Como suporte à motivação prévia
segue o endereço de um vídeo que trabalha esse assunto:
https://www.youtube.com/watch?v=qOfeNYvq0mU
2ª Atividade
A partir do arquivo com o nome “Cores primárias e secundárias”, disponível publicamente
no sistema Scala, no módulo “prancha”, é possível ter acesso às atividades propostas. Na
primeira página desse arquivo há imagens que exemplificam cada uma dessas três primeiras
cores, conforme exemplificado abaixo:
Figura 188: “Cores primárias e secundárias”
Fonte: Scala
A atividade consiste em deletar previamente os exemplos fornecidos e pedir para as
crianças que encontrei outras figuras que sejam predominantemente das cores destacadas,
conforme arquivo abaixo:
Figura 189: “Cores primárias e secundárias – encontre o objeto”
Fonte: Scala
3ª Atividade:
Explicar para as crianças que as cores podem ser misturadas e que dessas uniões obtemos
novas cores. Como suporte à essa etapa há a seguinte prancha que exemplifica essa situação:
Figura 190 – “Cores primárias e secundárias – novas cores”
202
Fonte: Scala
Essa prancha está disponível no mesmo arquivo acima mencionado, na segunda página. É
possível alterar a página através do botão “Avançar” no canto inferior direito do Scala.
4ª Atividade (EXTRA)
No mesmo que dá suporte à essa atividade, acima mencionado, há um “dado das cores”.
Para utilizá-lo basta exportar essa prancha (através do botão “exportar” na parte inferior do
Scala) e imprimir o pdf gerado. A partir dessa impressão é possível recortar, dobrar e colar o
papel de forma que fique idêntico a um dado, com cada uma das cores em cada face.
(primárias e secundárias)
Representação visual do arquivo disponibilizado:
Figura 191 – “Cores primárias e secundárias – dado das cores”
Fonte: Scala
É possível acessar a descrição dessa atividade através da aba “atividades pedagógicas” no
site do Scala ou a pelo seguinte endereço:
http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/prancha_das_cores.zip
JOGO DAS PROFISSÕES
No convívio em sociedade reconhecemos várias atividades que são responsáveis por
nosso conforto, bem-estar, deslocamento e informação/aprendizagem, principalmente. É
importante reconhecê-las e entender as suas atribuições. Nesse sentido a atividade “Jogo das
Profissões” visa explorar algumas das principais profissões existentes. Primeiramente podemos
trabalhar a partir do desejo profissional de cada aluno questionando-os sobre o que gostariam
de “ser quando crescer” e posteriormente apresentar um vídeo sobre o tema. Em um segundo
203
momento a professora pode utilizar coletivamente o programa Scala, no laboratório de
informática, auxiliando as crianças a elaborarem pranchas sobre cada profissão e, retomando o
sentido que estiver desempenhando cada figura daquela prancha ou narrativa visual.
O jogo das profissões é uma atividade sugerida e disponibilizada publicamente no Scala que
visa estimular o reconhecimento das profissões a partir do jogo de regras confeccionado no
Scala. Direcionada para as crianças das séries iniciais do ensino fundamental, as atividades
propostas também desenvolvem a atenção e a oralidade enquanto exercita os conhecimentos
dos educandos a respeito do papel de cada um na sociedade.
Para desenvolver essa atividade é necessário um computador com internet e uma
impressora. Também são necessários os arquivos “profissões - profissionais” e “profissões -
contexto”, salvos publicamente no módulo “Prancha” do “Scala” para confeccionar o jogo
proposto.
Descrição das Atividades:
Para introduzir a brincadeira é necessário criar um contexto acerca das profissões. O
professor pode conversar com as crianças sobre "o que querem ser quando crescer" ou,
também, perguntar sobre as profissões que as crianças já conhecem. Como apoio à essa
reflexão, sugere-se o seguinte vídeo que aborda o tema:
https://www.youtube.com/watch?v=IRHhlrWkl9E&index=1
A seguir, imprimir as pranchas públicas “profissões - profissionais” e “profissões - contexto”,
a partir do programa Scala, e recortar suas figuras (estas pranchas estão prontas e disponíveis
no Scala, se o professor desejar pode acrescentar mais profissões e suas correspondências
antes de imprimir).
Dividir as crianças em pequenos grupos ou realizar a atividade com o grande grupo,
dependendo da quantidade de alunos e da reflexão inicial realizada com a turma.
Similar ao jogo da memória, o objetivo desse jogo é relacionar as imagens dos
profissionais com as imagens relacionadas às suas respectivas profissões. Exemplo: a figura da
“Professora” é ligada à figura do “Aluno”, a figura do “Pintor” é ligada à figura da “lata de tinta”
e assim sucessivamente.
Nas primeiras rodadas é recomendável jogar com todas as figuras viradas para cima.
Ou seja, para começar, deixar todas as peças dispostas na mesa e com suas figuras viradas
para cima. O primeiro a jogar sorteia uma figura inicial qualquer, após deve tentar achar a
outra figura que melhor se relaciona com essa. Ou seja, se o jogador sortear uma profissão,
deverá encontra qual a atividade ou o objeto que melhor se relaciona com essa profissão. Se
for sorteada uma atividade ou um objeto, o jogador deverá encontrar qual a profissão que
melhor se relaciona com essa atividade ou objeto. Quando o jogador acerta a relação
(profissão com a atividade) ganha um ponto e continua jogando (joga mais uma rodada,
enquanto permanecer acertando). Quando não acerta a relação, passa a vez para o colega
(próximo jogador).
ATIVIDADE EXTRA: Jogo da memória: Similar ao jogo da memória convencional, começa-se
a atividade com as peças viradas todas para baixo. Após definir quem iniciará a atividade, as
204
crianças desviram as peças aos pares, tentando formar pares entre as profissões e as figuras
dos seus respectivos contextos (objeto, ação ou atividade).
Exemplo das pranchas do jogo:
Figura 192: “Profissões”
Fonte: Scala
Figura 193 – “Contextos”
Fonte: Scala
Esse conjunto de atividades possui arquivos de apoio:
Vídeo de motivação prévia: https://www.youtube.com/watch?v=IRHhlrWkl9E&index=1
Endereço de descrição dessa atividade: atividade ainda não inserida no servidor
DANDO FORMA ÀS FORMAS
Abstrair o formato dos objetos é importantíssimo para o raciocínio lógico matemático. Essa
capacidade é testada e exigida em diversas situações de todo o ensino regular, como
geometria, física e matemática e pode ser um importantíssimo alicerce para futuros
205
profissionais em carreiras como arquitetura, mecânica ou nas engenharias, por exemplo.
Essa estratégia pedagógica é destinada às crianças da educação infantil e tem por objetivo
ajudar os educandos a identificar as formas geométricas, desenvolvendo a imaginação e
introduzindo alguns conceitos básicos de desenho e geometria.
Para desenvolver essa estratégia é necessário um computador com internet ou um tablet
com o aplicativo Scala instalado. Caso o professor deseje trabalhar com o vídeo educativo,
será desejável um telão, um projetor ou um televisor para a exibição do vídeo para o grande
grupo. Caso o educador deseje trabalhar com as pranchas impressas, será necessária uma
impressora. Para que os alunos possam confeccionar narrativas visuais a respeito do tema, é
desejável uma sala de informática com acesso à internet para utilização da tecnologia Scala
por todos os educandos.
Descrição das Atividades
Mostrar para o grupo as formas geométricas básicas (círculo, quadrado, retângulo e o
triângulo. Essas figuras estão na prancha pública “Formas Geométricas” no módulo “prancha”
do Scala. Caso deseje, o educador pode imprimir essa prancha. Também é possível trabalhar
com o vídeo educativo que trata desse tema a partir do seguinte endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=0kjyR9Q2rwE
Demonstrar que as formas geométricas estão presentes no cotidiano de todos, trazendo
exemplos (a porta tem a forma de um retângulo, a bola tem o formato similar ao de um
círculo, o telhado tem a forma de um triângulo e etc..). Para tanto, o professor pode usar a
prancha pública disponibilizada no primeira passo dessa atividade ou utilizar objetos onde seja
fácil realizar essa correspondência (bola, esquadro, caderno, monitor e etc...)
No módulo “Narrativas Visuais” propor para as crianças que criem cenas a partir das formas
geométricas. Para isso a professora pode dividir o grande grupo em grupos pequenos (de no
máximo e participantes) e, posteriormente, imprimir as produções para registrar e partilhar
com os demais colegas aquilo que foi produzido.
Exemplo das pranchas:
Algumas formas mapeadas no arquivo “formas geométricas”:
Figura 194: “formas geométricas”
206
Alguns exemplos de figuras:
Exemplo de narrativas:
Fonte: Scala
Essa proposta de atividade possui arquivos de apoio:
Vídeo de motivação prévia (formas geométricas):
https://www.youtube.com/watch?v=0kjyR9Q2rwE
207
Endereço de descrição da atividade: atividade ainda não inserida no servidor.
5.2.3 Jogos de Alfabetização
O Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de
Pernambuco em parceria com o Ministério da Educação elaboraram um manual didático de
apoio aos professores com o objetivo de socializar exemplos de jogos que pudessem auxiliar
no processo de alfabetização.
A importância dos jogos está em sua dimensão cultural a qual interfere diretamente no
desenvolvimento humano, ao longo de toda a vida. Além disso, é veículo de expressão de
práticas culturais, de interação social e possui caráter lúdico, sendo regido por regras sociais.
Na referida publicação, o tipo de jogo escolhido foi o jogo de regras no qual “ a atenção
dos participantes recai sobre o atendimento às regras compartilhadas, embora tais regras
continuem atreladas à construção de um mundo imaginário.” (MEC, 2009, p. 11)
O uso desse tipo de jogos nos processos de alfabetização podem ser enriquecedores na
medida em que possibilitam uma atividade lúdica na qual as crianças podem mobilizar e
experimentar saberes acerca da lógica de funcionamento do sistema alfabético. Porém, o jogo
por si só não garante que o aluno consolide suas aprendizagens, ou seja, é necessário que o
professor como mediador estabeleça suas estratégias. Estratégias, nesse contexto, são
compreendidas como uma fase de planejamento anterior à ação, na qual o mediador articula
os instrumentos e os símbolos levando em consideração o nível real da criança e a zona de
desenvolvimento proximal e que tomará forma em sua ação mediadora.
Segundo Bez (2010) a Ação Mediadora em CA contempla o uso de sistemas de
comunicação alternativa através de uma metodologia, estratégias e recursos. Tal proposta de
ação mediadora está baseada na teoria sócio-histórica, compreendendo o desenvolvimento
humano como um processo que se desenvolve ao longo de toda a vida, nos mais diversos
ambientes culturalmente e socialmente organizados através das interações entre parceiros.
(PASSERINO, BEZ, 2015)
Com base nessa proposta metodológica, conforme as autoras referidas acima, são
necessárias a elaboração de um perfil sócio-histórico dos sujeitos, contendo sua síntese
descritiva e de sua contextualização sociocultural de ambientes – elementos que estão em
interação. Do mesmo modo, o uso e a adaptação de jogos de alfabetização devem levar em
consideração os conhecimentos prévios da criança, além de, a partir disso, proporcionar
oportunidades de aproximação e de reconhecimento do sistema alfabético.
Para tanto, a coletânea de jogos é composta por 10 jogos divididos em três blocos:
jogos de análise fonológica, jogos para reflexão sobre os princípios do sistema alfabético e
jogos para consolidação das correspondências gramofônicas.
O primeiro bloco é composto pelos seguintes jogos: Bingo dos sons iniciais, Caça-rimas,
Dado sonoro, Trinca mágica e Batalha de Palavras. O segundo bloco possui quatro jogos: Mais
uma, Troca Letras, Bingo da letra inicial e Palavra dentro da palavra. O terceiro bloco é
208
composto pelo jogo Quem escreve sou eu.
A seguir a estratégia pedagógica referente a cada jogo será apresentada conforme o
esquema a seguir:
Figura 195: Itens da estratégia pedagógica
Fonte: autoria própria
Os jogos do bloco 1 foram adaptados para o SCALA usando o módulo pranchas, por
permitir a inserção de imagens nas pranchas de comunicação, as quais possibilitaram uso de
layouts mais próximos de cartelas e fichas. Já, para os jogos do bloco 2 (exceto Palavra dentro
da Palavra), foi utilizado o módulo narrativas visuais por permitir, além das imagens, a
inserção de formas geométricas (balões de fala) e letras. Seguem algumas das estratégias
pedagógicas, a totalidade pode ser consultada no site do projeto em Informações.
PROJETO SCALA
VINCULADO A NÚCLEO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
TEIAS - CNPQ
Jogo adaptado, do Kit “Jogos de Alfabetização” do MEC e UFPE/CEEL, 2009.
Título Batalha de Palavras Público-alvo Crianças em processo de alfabetização que estejam desenvolvendo
a consciência fonológica. Objetivo (s) Compreender a formação das palavras através da identificação das
sílabas. Identificar a sílaba como unidade fonológica. Segmentar as sílabas e comparar as palavras quanto ao número de sílabas.
Recursos/materiais Prancha com 30 imagens.
209
Descrição sucinta O jogo é composto por 30 fichas com figuras cujos nomes variam quanto ao número de sílabas. Vence o jogo quem tiver mais fichas ao final. A turma pode ser dividida em duplas para jogar. As fichas são distribuídas igualmente e devem ficar com as figuras viradas para baixo. Ambos os jogadores viram a primeira ficha do monte ao mesmo tempo e contam o número de sílabas. Quem tiver a palavra com o maior número de sílabas, fica com a sua ficha e a do adversário. Caso haja empate, as fichas vão sendo viradas até que haja diferença na quantidade de sílabas, ficando o competidor com todas as fichas na rodada.
Descrição visual da atividade (fotos, imagens)
Exemplo de uma das representações visuais do jogo
* Anexar para envio • Pranchas Públicas: Jogo 5 - Batalha Palavras • Batalha de Palavras.doc
Autor Bianca Peixoto Data 30/09/2015
PROJETO SCALA
VINCULADO A NÚCLEO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
TEIAS - CNPQ
Título Caça Rimas Público-alvo Crianças em processo de alfabetização que estejam compreendendo
que a palavra é constituída de significado e sequência sonora. Objetivo (s) Desenvolver a consciência fonológica, por meio da exploração das
rimas. Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras. Perceber que palavras diferentes podem possuir partes sonoras iguais no final.
Recursos/materiais 4 cartelas iguais com 20 figuras e 20 fichas pequenas com uma figura em cada.
Descrição sucinta Número de jogadores: 4 jogadores ou duplas Meta do jogo: Vence o jogo quem localizar corretamente mais figuras cujas palavras rimam com os nomes das figuras que estão numa cartela.
210
Cada jogador recebe uma cartela. São distribuídas as 20 fichas igualmente entre os jogadores. Dado o sinal de início do jogo, cada jogador deve localizar, o mais rápido possível, na sua cartela, as figuras cujas palavras rimam com as das fichas que estão em suas mãos. Cada ficha deve ser colocada em cima da figura correspondente na cartela. Quando o primeiro jogador encontrar o par de todas as suas fichas, deve gritar “parou”. Os demais devem contar suas fichas restantes.
Descrição visual da atividade (fotos, imagens)
Exemplo de uma das representações visuais do jogo
* Anexar para envio • Pranchas Públicas: Jogo 2- Caça rimas • Caça Rimas.docx
Autor Bianca Peixoto Data 30/09/2015
PROJETO SCALA
VINCULADO A NÚCLEO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
TEIAS - CNPQ
Título Troca Letras Público-alvo Crianças em processo de alfabetização, mas que não compreendem
alguns princípios do sistema, como o de que duas palavras diferentes são escritas com letras diferentes e o de que a substituição de uma única letra transforma uma palavra em outra.
Objetivo (s) Compreender as letras do alfabeto e seus nomes.
Compreender que as sílabas são formadas por unidades menores. Compreender que se trocarmos uma letra transformamos uma palavra em outra palavra. Estabelecer correspondência grafofônica.
Recursos/materiais 1 quadro de pregas. 20 fichas com 10 pares de figuras (palavras que diferem em apenas uma letra). Fichas com letras.
Descrição sucinta Ganha o jogo quem acertar a maior quantidade de palavras formadas a partir da troca de letras. Pode ser jogado com 2, 3 ou 4 grupos. O professor coloca no quadro de pregas 5 fichas de figuras e, ao lado, forma com as ficha das letras as palavras correspondentes a essas figuras, deixando na mesa as demais fichas. Coloca, em cima de uma das fichas, outra ficha com uma
211
figura cuja palavra é muito semelhante à palavra representada pela figura que primeiramente foi colocada (por exemplo, se antes tinha a ficha da figura pato, coloca-se a figura do rato). O desafio é lançado: “Que letra devo trocar para que a palavra pato vire pato?”. O grupo escolhe a letra e coloca no lugar certo. Se o grupo acertar ganha 5 pontos e o professor passa a vez para o outro grupo.
Descrição visual da atividade (fotos, imagens)
* Anexar para envio • Pranchas Públicas: Troca Letras
• Troca Letras
Autor Bianca Peixoto Data 26/11/2015
212
6 FORMAÇÕES PROMOVIDAS E EVENTOS
Uma das metas do projeto era a promoção da formação de professores, pais e outros
profissionais no uso da comunicação alternativa, com especial ênfase no sistema SCALA.
Ao longo dos três anos de projeto foram promovidas formações diversas para
professores da área de educação especial, da educação regular, profissionais diversos como
fonoaudiólogos, terapeutas, psicólogos e psicopedagogos, entre outros.
Além das formações aqui relatadas foram desenvolvidas palestras em diferentes
municípios entre 2010/2015, entre eles: Porto Alegre, Alegrete, Vacaria, Caxias do Sul,
Farroupilha, Guaíba, Eldorado do Sul, Novo Hamburgo, Gramado, Canela, Vacaria, Brasília,
Florianópolis, São Paulo, Fortaleza, Maranhão, Rio de Janeiro, além de palestras internacionais:
San Juan/Argentina, Montevideo/Uruguai, Murcia/Espanha, Córdoba/Espanha,
Zaragoza/Espanha, Rosario/Argentina, Bogotá/Colombia, Portugal.
Principais formações desenvolvidas no âmbito do projeto:
1) Formação Docente em Comunicação Alternativa
Local: Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED/UFRGS)
Carga Horária: 60h semipresencial
Participantes: Profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Rede Municipal
de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA)
Ministrantes: Liliana Maria Passerino
A proposta foi apresentar aos profissionais que atuam com o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, conhecimentos sobre
recursos tecnológicos que proporcionam a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).
Objetivo geral: Discutir e analisar diferentes realidades educacionais vividas entre
alunos com deficiência e seus professores da rede municipal de ensino, visando desenvolver e
implementar alternativas de Tecnologia Assistiva.
Objetivos específicos: Capacitar os professores no uso de recursos tecnológicos que
possibilitam a comunicação aumentativa e alternativa a fim de que estes possam utilizá-los
visando desenvolver a comunicação com pessoas com necessidades especiais em sala de aula.
O público-alvo foi de profissionais que atuam com o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA)
Relevância: As tecnologias enquanto recursos de apoio a Educação de alunos com
deficiência têm possibilitado a construção de conhecimentos por outros caminhos mediados por
outros recursos. O investimento na área educacional de recursos voltados à Tecnologia
Assistiva (TA) refletirá na melhoria das práticas educacionais, possibilitando o desenvolvimento
213
de alunos ativos na aprendizagem, que pensam, falam e escrevem à sua maneira, pois o “não
falar” ou o “não conseguir escrever” não pode ser sinônimo de “não poder aprender”. O curso
surge em função da demanda despendida pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre por meio
da Secretaria Municipal de Educação (SMED), pois de acordo com a assessoria da educação
especial para a educação infantil e ensino fundamental, seus profissionais necessitam de
auxilio no que tange a implementação da Comunicação Aumentativa e Alternativa CAA no
contexto escolar.
Avaliação: Esta ação realizou-se em parceria com a SMED-POA, utilizando-se das
estruturas físicas de ambas as instituições. Promoveram-se encontros presenciais, contando
com o suporte do ambiente virtual, buscando sempre identificar e mapear as dificuldades que
os professores da rede apresentavam ao lidar com as questões de inclusão de alunos que
necessitam de Comunicação Aumentativa e Alternativa. Após o período de identificação das
necessidades, estabeleceu-se uma metodologia de observação através da proposta de
captação de imagens de alunos, e paralelamente a isso, foi feito um levantamento dos
recursos disponíveis nas escolas de atuação. A ação chega ao final, tendo como resultado os
debates entre a teoria exposta e a realidade, que acabam por gerar subsídios que tornarão a
prática cada vez mais significante para o aluno. Além disso, postula-se dar sequência a estes
encontros elaborando assim materiais pedagógicos que poderão resultar em um curso de
capacitação de professores no uso da CAA
2) Formação Docente em Comunicação Alternativa II
Local: Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre/RS
Carga Horária: 64h semipresencial
Participantes: profissionais que atuam com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na
Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre
Ministrante: Graciela Rodrigues e Liliana M. Passerino
Teve como proposta apresentar aos profissionais que atuam com o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, conhecimentos
sobre recursos tecnológicos que proporcionam o desenvolvimento da comunicação alternativa.
Objetivo geral: Discutir e analisar diferentes realidades educacionais vividas entre
alunos com necessidades educacionais especiais e os professores da rede municipal de ensino
que atuam nas SIR, visando desenvolver e implementar recursos de comunicação alternativa.
Objetivos específicos: Investigar como CA está sendo construída, enquanto área de
conhecimento, pelos professores da educação especial atuantes nas SIR;
Analisar os sentidos produzidos pelos professores da educação especial acerca da CA,
decorrentes da inserção e utilização destes recursos nas práticas pedagógicas desenvolvidas
nas SIRs.
Os objetivos propostos foram alcançados na medida em cada encontro estava
focalizado em cada um deles. Além disso, com as observações desenvolvidas no espaço da SIR
214
proporcionaram a explicitação dos mesmos.
O público-alvo foi focado em Educadores especiais que desenvolvem atividades de AEE
nas salas de integração e recursos da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre com alunos
que possuem ausência ou dificuldade na comunicação oral. De forma indireta a coordenação
de Educação Especial da Secretaria Municipal esteve envolvida, porém não participou dos
encontros.
Relevância: Garantir o acesso e a permanência na Escola seja para um aluno com
deficiência ou não, significa inseri-lo em um grupo social e neste, compartilhar ideias, desejos,
pensamentos e opiniões. Para que ocorra esta interação a comunicação é condição fundante.
Uma das alternativas de ampliar e possibilitar um canal de comunicação àquelas pessoas que
não possuem uma linguagem tanto receptiva quanto expressiva que seja suficientemente clara
é a disponibilidade e o desenvolvimento da Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS)
enquanto alternativa de possibilitar uma comunicação a estas pessoas e assim, atuar como um
instrumento de mediação para a sua comunicação. A proposta desta ação de extensão
direcionada à formação permanente de professores da educação especial que atuam em Salas
de Integração e Recursos (SIR) da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RME/POA) é
apresentar a estes profissionais formação pedagógica para efetivar estes recursos junto aos
alunos que necessitem da CAS.
Esta proposta foi articulada pelas experiências de atendimentos na SIR de modo que, a
partir delas, sejam então planejados os recursos de comunicação, valorizando materiais
pedagógicos presentes nas salas assim como o uso no computador como forma de
comunicação.
Avaliação: A proposta de extensão em Formação Docente em Comunicação Alternativa
foi executada de forma satisfatória. As metas descritas acima foram executadas com destaque
para a identificação e mapeamento das necessidades com relação às tecnologias e
metodologias para Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS) e o estabelecimento de uma
metodologia de observação e análise dos casos. Este dois aspectos ganham relevância, pois o
curso pautou-se entre teoria e prática indicando para as professoras participantes que o
planejamento e o desenvolvimento da CAS parte do aluno e suas necessidades de
comunicação e como desenvolve-se sua escolarização. Com isso, o grupo avaliava
continuamente sua prática de atendimento na SIR com a inserção de recursos tanto de
tecnologia quanto de adaptação de atividades e materiais pedagógicos. Como pontos a serem
repensados é o tempo para o desenvolvimento de propostas como esta que alia o
conhecimento da realidade com encontros pontuais.
Concluiu-se, resgatando a importância da formação permanente como possibilidade de
propiciar olhares investigativos às práticas destes educadores que, juntamente com outras
dimensões educacionais, viabilizam os processos de inclusão escolar de alunos com deficiência
no sistema comum de ensino. A aproximação da CA com a Educação Especial emerge, na
experiência desenvolvida, como um campo de conhecimento e ação ensejado pelas políticas
públicas que organizam os fundamentos da inclusão escolar. Cabe, portanto, investirmos na
215
formação permanente articulada aos contextos reais de trabalho, elencando conhecimentos
que viabilizem cada vez mais a participação de alunos que foram/são silenciados antes mesmo
de terem “falado?”. Sendo assim, torna-se importante destacarmos nosso ensejo de que as
formações não tenham "hora" e "data" demarcadas, mas que possam ser sistemáticas,
inerente à ação de qualquer docente seja ou não da Educação Especial.
3) Criação de histórias como estratégia para o desenvolvimento da comunicação
Local: Farroupilha/RS
Carga horaria: 8horas presenciais
Participantes: 18 professores de informática das Escolas Municipais
Ministrante: Barbara Gorziza Avila, Graciela Rodrigues e Liliana M. Passerino
Objetivos: Proporcionar aos docentes o conhecimento e a utilização de softwares para a
construção de histórias como um recurso pedagógico para o desenvolvimento do processo de
alfabetização dos alunos;
Reconhecer nestes softwares a possibilidade de desenvolver a criatividade, o
desenvolvimento da linguagem oral e escrita dos alunos através da criação de histórias;
Identificar critérios técnicos e pedagógicos que, na percepção dos professores, tornam-
se relevantes na escolha e uso destas ferramentas para a criação de histórias;
Identificar funcionalidades que, de acordo com os professores, seriam desejáveis
para softwares de criação de histórias voltado para o desenvolvimento da linguagem oral e
escrita.
Atividades: As atividades ocorreram em dois períodos, manhã e tarde.
A formação teve duração de 8 horas em caráter presencial. O laboratório de informática
de uma das Escolas foi o local escolhido. Todos os professores presentes tinham à sua
disposição um computador com acesso à internet. A oficina iniciou com a apresentação, pela
Coordenadora do Projeto, das ministrantes. A formação permitiu coletar dados de pesquisa
para identificar requisitos funcionais e não funcionais para o SCALA Módulo narrativas
aplicando um questionário sobre: “O que, na visão dos professores, um software de histórias
precisa ter ou não?”. Este questionário foi construído com a ferramenta Survemonkey. O
questionário, continha oito perguntas para serem respondidas online pelos professores no
seguinte endereço: http://www.surveymonkey.com/s/MDQGXQ6.
Foi apresentado o protótipo do Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de
Pessoas com Autismo (SCALA), com o acompanhamento dos professores sobre as
demonstrações de suas funções. A versão apresentada do sistema foi para desktop.
O SCALA na visão dos professores
Um dos tópicos desenvolvidos na Oficina foi sobre o SCALA. Tratou-se de uma avaliação
a partir do olhar destes professores sobre o sistema. Na oficina foi apresentada aos
professores a versão para desktop e as funcionalidades que o software apresenta. O intuito era
considerarmos as avaliações emitidas pelos professores a partir de questionamentos propostos
de aspectos do software. Resgatamos, neste momento, algumas considerações. A
216
apresentação do protótipo do sistema SCALA, teve o acompanhamento dos professores sobre
as demonstrações de suas funções. Os professores ressaltaram a necessidade da opção
“Desfazer” em todos os espaços do editor de pranchas. A gravação de áudio repercutiu na
avaliação dos professores, como uma boa alternativa para atividades envolvendo o
desenvolvimento da linguagem. Em contrapartida, os professores criticaram o tom de voz
“mecanizado” oferecido pelo sintetizador adotado no SCALA. Os professores mencionaram que
a versão web deveria rodar offline também, pois muitas escolas não têm internet, ou sua
internet apresenta problemas. Fato este a ser considerado, pois amplia assim o número de
usuários do software e as possibilidades de uso. O idioma foi um dos aspectos mencionados e
que ganhou importância aos professores, pois o SCALA está em português. Em relação ao
design dos ícones, foi sugerido que revíssemos o da função de limpar que, poderia ser uma
vassourinha, atendendo melhor o público que não sabe ler.
Sobre o Software de criação de histórias
As questões contidas no questionário tinham o propósito de conhecer e analisar o que
os professores identificam como importante na escolha de um software de criação de histórias
e mapear que softwares são mais utilizados por eles. Consideraram importante que o software
permitisse criar cenários, montar personagens, editar cada objeto inserido. Todas estas
indicações foram contempladas no módulo Narrativas Visuais. A possibilidade de manipular os
personagens nos softwares também de destaca como muito relevante na visão dos
professores. Proporcionar que o usuário possa rotacionar, inverter posições de personagens.
Todos contemplados no sistema de narrativas que será apresentado a seguir.
A aproximação do software com os propósitos de desenvolver a linguagem repercute
para os professores principalmente pela possibilidade de outras ferramentas com as quais é
possível, com o uso de um recurso tecnológico, neste caso, o software. Para eles, a linguagem
pode ocorrer de várias formas, expandindo-se da escrita, com o uso de imagens, sons,
símbolos, conforme apresentado no parágrafo anterior.
4) Autismo e Tecnologia: abordagem centrada em contextos
Local: Centro Interdisciplinar de Novas tecnologias na Educação - CINTED
Carga Horária: 285h semipresencial
Ministrante: Liliana Maria Passerino, Maria Rosangela Bez, Renata Bonotto, Graciela Rodrigues
Participantes: professores da rede privada de educação Infantil de Porto Alegre
A proposta visou qualificar professores de Educação Infantil de três escolas particulares
de Porto Alegre para o trabalho pedagógico com alunos autistas.
Objetivo geral: Qualificar professores para a inclusão de alunos autistas por meio da
valorização do ambiente como potencializador de ações para o desenvolvimento da
comunicação.
Objetivos específicos: Descrever conceitos e abordagens no autismo;
Explanar sobre a Teoria Sócio-histórica como viés epistêmico-metodológico para uma
217
abordagem sistêmica;
Apresentar Abordagem Centrada em Contextos;
Criar a identificação de casos de autismo;
Apresentar recursos para intervenção em Autismo: tecnologias da informação e
comunicação e tecnologias assistivas;
Apresentar a teoria e tecnologia no autismo através de estudos de caso;
Apresentar tecnologias assistivas existente para área;
Orientar formas de criar um perfil do sujeito e do seu contexto escolar;
Discutir casos de autismo a fim de capacitar para criação de um planejamento;
Acompanhar e orientar elaboração de um plano de ação através da avaliação e analise
de evidencias focado no contexto do aluno;
Discutir em grupo para troca de experiências os planos de ação.
O público-alvo foram Professores de Educação Infantil de três escolas de Porto Alegre.
Relevância: O curso atendeu à necessidade de formação do corpo docente para o
processo de inclusão de alunos com autismo.
As aulas foram teórico-práticas, levando os alunos a trabalhar os conteúdos abordados
através de atividades práticas de forma individual e em pequenos grupos.
Exposições/discussões relacionadas ao assunto abordado no curso. As aulas aconteceram de
forma semipresencial. As presenciais ocorrerão em laboratório de informática. As aulas a
distância através de videoconferência e ambiente Pbworks.
Avaliação: Esta ação realizou-se em parceria com escolas da rede privada da educação
infantil de Porto Alegre/RS. Foram promovidos encontros presenciais, contando com o suporte
do ambiente virtual, buscando sempre identificar e mapear as dificuldades que os professores
apresentavam ao lidar com as questões de inclusão de alunos que necessitam de Comunicação
Alternativa. Inicialmente apresentou-se a base teórica na visão sócio-histórica, referencial em
torno do autismo, comunicação alternativa e o Sistema SCALA. Em seguida elaborou-se um
perfil sócio-histórico e um perfil do contexto escolar. Com a analise destes pode-se elaborar
ações mediadores para o trabalho em conjunto com toda turma de inclusão. Após sua
execução, no próximo encontro presencial os resultados eram apresentados, e novas ações
mediadoras desenvolvidas, com sugestões de todos os participantes com intuito do
desenvolvimento não só do aluno com autismo, mas da turma toda. Finalizou-se com a
construção de artigos que foram apresentados no V Congresso Brasileiro de Comunicação
Alternativa.
5) Abordagem centrada em contextos: autismo e tecnologia
Local: Alegrete e através de videoconferência no CINTED UFRGS
Publico alvo – Professores rede municipal de ensino de Alegre
Vagas – 30
Carga horária: 80 h/a semipresencial, com dedicação de 8 horas semanais
Ambiente: Pbworks com construção colaborativa
218
Ministrante: Maria Rosangela Bez e Liliana Maria Passerino
Objetivos da ação: Descrever conceitos e abordagens no autismo;
Explanar sobre a Teoria Sócio-histórica como viés epistêmico-metodológico para uma
abordagem sistêmica;
Apresentar Abordagem Centrada em Contextos;
Criar a identificação de casos de autismo;
Apresentar recursos para intervenção em Autismo: tecnologias da informação e
comunicação e tecnologias assistivas;
A teoria e tecnologia no autismo através de estudos de caso;
Apresentar tecnologias assistivas existente para área
Orientar formas de criar um perfil do sujeito;
Discutir casos de autismo a fim de capacitar para criação de um planejamento;
Acompanhar e orientar elaboração de um plano de ação através da avaliação e analise
de evidencias focado no contexto do aluno;
Discutir em grupo para troca de experiências os planos de ação.
As aulas foram teórico-práticas, levando os alunos a trabalhar os conteúdos abordados
através de atividades práticas de forma individual e em pequenos grupos.
Exposições/discussões relacionadas ao assunto abordado no curso. As aulas aconteceram de
forma semipresencial. As presenciais ocorreram em laboratório de informática. As aulas à
distância através de videoconferência e ambiente Pbworks.
Resultados: Ao final do curso, os participantes relataram que tinham adquirido
embasamento teórico e prático para inclusão de sujeitos com autismo e que a troca de
experiências dos diversos casos apresentados foram elementos importantes para constituir
grupos de estudo e de formação permanente, além de uma rede de colaboração para novos
casos de inclusão.
6) Linguagem e comunicação alternativa (CA)
Local: Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED/UFRGS)
Publico alvo – Professores rede municipal de ensino de Porto Alegre
Vagas – 30
Carga horária: 52 h/a semipresencial, com dedicação de 8 horas semanais
Ambiente: Pbworks com construção colaborativa
Equipe de Trabalho – UFRGS: Dra. Liliana Maria Passerino ((PPGEDU/FACED/CINTED) Doutoranda Renata Costa de Sá Bonotto -(PPGIE/UFRGS) Doutoranda Maria Rosangela Bez - (PPGIE/UFRGS) Mestre Graciela Fagundes Rodrigues - (PPGEDU/FACED/UFRGS/FADERS) Mestre Ana Carla Foscarini (PPGEDU/FACED/UFRGS) Mestranda Sheila Antonio Siloe (PPGEDU/FACED/UFRGS)
Resumo: A proposta deste Curso de Extensão sobre Linguagem e Comunicação
219
Alternativa (CA) foi apresentar aos profissionais que atuam na Educação Infantil, na Educação
Precoce e Psicopedagogia Inicial da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA),
conhecimentos desta área que, aliados aos seus saberes pedagógicos, possam favorecer a
oportunidade para que alunos com deficiência associadas a limitações na comunicação possam
ter estas dificuldades amenizadas, na medida em que são oportunizados a eles, estratégias e
recursos para sua comunicação, pois não só se deseja a garantia de acesso à Escola como
também sua participação no processo de ensino-aprendizagem concomitante à qualificação dos
profissionais.
Objetivo Geral: Analisar e discutir diferentes realidades educacionais vividas pelos
alunos da Educação Infantil com déficits na comunicação interpessoal e seus professores na
Rede Municipal de Ensino, visando desenvolver e implementar alternativas de Tecnologia
Assistiva para o estabelecimento de uma melhor comunicação entre os alunos com deficiência,
seus professores e colegas, e consequentemente, favorecendo o processo de inclusão escolar.
Público Alvo: Professores que atuam na Educação Infantil, Educação Precoce e
Psicopedagogia Inicial da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA).
Justificativa: Este curso foi planejado em função da demanda da Prefeitura Municipal de
Porto Alegre por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMED), pois, de acordo com a
assessoria da educação especial para a Educação Infantil, há crianças na rede que apresentam
déficits de comunicação e seus profissionais necessitam de auxílio no que tange à
implementação da Comunicação Alternativa. Neste sentido pretendemos apresentar a
Comunicação Alternativa, analisando suas funcionalidades e potencialidades para o
desenvolvimento da linguagem, vista como viabilizadores de interação comunicativa no
ambiente escolar, subsidiando ações que vão ao encontro de uma proposta educacional
inclusiva.
Desejava-se estabelecer um diálogo, onde a troca de experiências e a análise das
diferentes possibilidades resultassem na qualificação profissional de professores
multiplicadores, assim como na incorporação da CA como instrumento de mediação no
processo de interações sociais ocorridas no ambiente escolar e que são fundamentais no
desenvolvimento das aprendizagens e da prática pedagógica dos profissionais.
Conteúdos:
• Linguagem e desenvolvimento na primeira infância sob um enfoque sócio-histórico;
• Precursores da linguagem e da comunicação interpessoal;
• Importância da linguagem no desenvolvimento da criança na Educação Infantil;
• Gestos comunicativos e momentos de atenção conjunta;
• Comunicação alternativa nas atividades pedagógicas e voltadas para as necessidades
dos alunos;
• Uma proposta de uso de comunicação alternativa: o SCALA
Os encontros presenciais foram teórico-práticos, levando os professores a trabalhar os
conteúdos abordados através de atividades práticas em pequenos grupos. Exposições,
aplicações e discussões relacionadas ao assunto abordado ocorreram ao longo do curso
220
presencialmente e a distância. Participaram da formação 24 professoras. Destas, 5 são
professoras especializadas em Educação Especial e que atuam nos serviços de Educação
Precoce (EP) e/ou Pedagogia Inicial (PI) que se referem ao Atendimento Educacional
Especializado direcionado a crianças da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino. A
Educação Precoce atende crianças do zero aos 3 anos de idade e a Psicopedagogia Inicial dos 4
aos 5 anos e 11 meses. Assim, o grupo de professoras era constituído de 19 professoras que
atuam na Educação Infantil e cinco no Atendimento Educacional Especializado seja na EP ou
então na PI.
A proposta das temáticas envolvia o entrelaçamento entre os contextos de atuação e
os conceitos teóricos que eram apreendidos e estudados com o grupo a cada encontro.
Pode-se mencionar que as temáticas foram: Linguagem e desenvolvimento na primeira
infância sob um enfoque sócio-histórico; Precursores da linguagem e da comunicação
interpessoal; Importância da linguagem no desenvolvimento da criança na Educação
Infantil; Gestos comunicativos e momentos de atenção conjunta; Comunicação Alternativa
nas atividades pedagógicas e Introdução do SCALA: uma proposta de uso de comunicação
alternativa. Ressaltamos que todas as temáticas mencionadas tinham o acompanhamento
de uma ação pedagógica que contemplasse os aspectos desenvolvidos nos encontros
presenciais em que tais temas eram trabalhados. Desse modo, as professoras tiveram a
oportunidade de aproximar os casos de alunos com ausência ou dificuldades na fala para o
contexto da formação, realizando estudo de caso e a partir disso, planejando atividades em
que a Comunicação Alternativa estivesse inserida.
Resultados: Em relação ao perfil do grupo de professoras participantes, construiu-se um
questionário no qual questões acerca da formação, atuação profissional e aspectos
pedagógicos e técnicos sobre o SCALA foram respondidos pelas professoras. O recorte de
análise terá ênfase para os aspectos pedagógicos. Além disso, destaca-se que o questionário
foi respondido por 11 professoras.
Quanto à formação, somente uma professora ainda não possuía curso superior, que
estava em andamento. As demais, seis são graduadas em Pedagogia (Educação Infantil) e
quatro são Pedagogas com habilitação em Educação Especial, a faixa etária encontrava-se
entre 30 a 60 anos. Em relação ao tempo de atuação como professoras na Rede Municipal,
independentemente de ser ou não com Educação Infantil ou EP e PI variava de quatro a 21
anos. Observamos, portanto, um grupo com variadas trajetórias em relação à experiência
como professoras.
Quanto à questão proposta sobre a atuação em sala de aula com alunos com
deficiência, 80% responderam que já atuaram. As deficiências e síndromes mencionadas
foram: Síndrome de Down, Autismo, X-Frágil, Deficiências Múltiplas, Motoras, Visuais,
Físicas, Déficits de Atenção e Paralisia Cerebral. Neste caso, observa-se que a experiência
com a educação inclusiva compõe a prática pedagógica dessas professoras.
Na avaliação pedagógica, no tocante à clareza da proposta educacional do Sistema
SCALA, 100% das professoras responderam que estava clara e 50% adicionaram que a
221
proposta educacional estava totalmente clara, pois de acordo com o relato de uma
professora participante do curso: “A comunicação visual pela leitura de imagens está
presente no desenvolvimento infantil”. Ainda, 50% das professoras responderam que o
SCALA possuía características que o justificavam para utilização, e 50% que afirmaram que
continha muitas características que justificavam seu uso, acrescentando que as imagens
possibilitam a comunicação quando não há oralidade e que sua substituição, na ausência da
fala, apoia a intenção na comunicação. Já, 70% concordaram totalmente que o SCALA pode
ser utilizado como ferramenta de apoio ao desenvolvimento da comunicação e 30%
concordou que pode ser utilizado para esse fim, acrescentando às suas respostas que as
imagens e os símbolos para a representação da escrita são utilizados, em vários momentos,
na Educação Infantil. A totalidade, isto é, 100% dos professores concordaram que o uso do
SCALA pode apoiar o processo de alfabetização/letramento, enfatizando que as imagens
com a legenda facilitam esse processo, familiarizando os alunos com a representação
escrita.
Quando perguntado se o SCALA possui imagens que atendam a construção de
pranchas de comunicação alternativa para apoiar o desenvolvimento da interação social e
da comunicação do usuário, obtiveram-se os seguintes dados: “concordância total” das
professoras em 60%; “concordância” em 30%, acrescentando que a criança sem oralidade
terá a oportunidade de se comunicar e expressar suas ações e sentimentos; 10%
“discordaram”.
Cabe resgatar aqui, algumas escritas publicadas no Fórum do ambiente virtual em
que as professoras mencionaram com frequência que dentre os principais desafios no
trabalho com crianças que não oralizam são as tentativas de compreendê-las. Conforme
expõe uma professora: “Meu principal desafio sobre linguagem e comunicação é
compreender a comunicação que estas crianças tentam estabelecer comigo. É conseguir
entender o que as crianças querem em certos momentos, por que choram, o que querem
dizer com seus gritos e balbucios, quais as necessidades e desejos que eles tem, nos
diferentes momentos da rotina”.
A mesma pergunta, em relação às imagens, foi realizada com ênfase na construção
de histórias. Obteve-se as seguinte respostas: 30% das professoras “concordaram
totalmente” como apoio ao desenvolvimento através da construção de história; 60%
“concordaram”; e uma professora “discordou”. Houve ainda algumas sugestões de aumento
do número de figuras e de cenários.
Como se pode observar, o SCALA mostrou-se, através dessa análise, uma potente
ferramenta de apoio ao desenvolvimento da interação social e da comunicação. Já no
tocante a proporcionar autonomia ao usuário, 10% “concordaram totalmente, salientando
que a tecnologia é bastante explicativa; 50% “concordaram”, salientando que seja
necessário o processo de mediação para sua efetivação; 20% “discordaram”, considerando
que ele deva ser utilizado por crianças com mais de 5 anos; 10% “discordaram totalmente”
para esse fim; e 10% não souberam responder, por ainda não tê-lo utilizado. Novamente,
222
100% dos professores “concordaram” que podem ser elaboradas diferentes e diversificadas
atividades com o SCALA, para apoio à oralidade, assim como todos concordaram que a
Tecnologia Assistiva possibilita o desenvolvimento de atividades colaborativas.
Partindo das possibilidades pedagógicas com o SCALA, a produção de atividades foi
uma das propostas de ação no curso. Músicas escritas com pictogramas, histórias e
organização de agendas são alguns exemplos de atividades que foram planejadas e
desenvolvidas com os alunos pelas professoras.
Superar a concepção de formação permanente enquanto aquisição de conhecimentos
acríticos, sem estarem em diálogo constante entre a teoria e a prática, requer pensá-la no
papel da experiência docente como aspecto norteador desta formação. Com esse
entendimento, a experiência evidenciada aponta essas aproximações uma vez que a
necessidade destes conhecimentos perfazem todas as áreas de atuação. Além disso, as
contribuições fornecidas em relação ao uso do SCALA vão ao encontro de desenvolvermos
um sistema de comunicação que possa contemplar as necessidades do usuário assim como
do seu mediador, principalmente para o uso no contexto escolar que vai além dos seus
principais destinatários, os alunos com ausência ou dificuldades na fala.
7) Projeto SCALA
Local: SMED Guaiba/RS
Publico alvo – Professores rede municipal de ensino de Guaíba
Vagas – 30 professores municipais
Carga horária: 4 h/a presencial
A proposta visou qualificar professores da Educação Inclusiva do Município de
Guaíba/RS para o trabalho pedagógico com alunos autistas, com o uso do sistema SCALA.
Objetivo geral: Qualificar professores para o uso do sistema de comunicação
alternativa SCALA.
Objetivos específicos:
Mostrar como utilizar a tecnologia assistiva SCALA;
Apresentar a metodologia do Sistema SCALA, embasada na teoria sócio-histórica
através de ações mediadoras;
Compartilhar experiências de uso do sistema SCALA com crianças com autismo
incluídas no contexto escolar.
Relevância: O curso atendeu à necessidade de formação do corpo docente para o
processo de inclusão de alunos com autismo.
Desenvolvimento: Aula expositiva para apresentação da tecnologia e da metodologia
de uso. Apresentação de alguns casos de crianças com autismo, com troca de experiência
através de relatos dos professores.
Resultados: Esta ação realizou-se em parceria com A secretaria de Educação de
Gauiba/RS. Pelo relato dos professores participantes o sistema SCALA, foi muito útil, pois o
223
consideraram muito fácil de usar e com as informações passadas da criação de atividades
para a turma toda, muitas ideias surgiram de atividades a serem realizadas. Gostaram
muito do módulo narrativas visuais, pois podem criar histórias com variados temas que
estiverem trabalhando nos projetos.
Foi relatado que o tema da comunicação alternativa é recente pra eles e não
imaginavam como poderia ser fácil de inseri-lo na sua sala de aula, e, como já o fazem em
muitas ocasiões mesmo sem saberem que estavam usando comunicação alternativa.
Quanto ao perfil sócio histórico do aluno e do contexto, já o elaboram em muitos aspectos
quando inicia o ano e apropriam-se de como é cada aluno e como a turma pode se
desenvolver da melhor forma possível, mas não sabiam que poderiam fazê-lo desta forma.
Diversos professores deste município participaram de formações continuadas no V
Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, em 2013, através dos minicursos
oferecidos.
8) Sistema SCALA: Autismo e Comunicação Alternativa
Local: Escola de Educação Infantil Descobrindo o Saber
Publico alvo – Professores, equipe diretiva e funcionários
Vagas – 19
Carga horária: 4 h/a presencial
A proposta visou qualificar toda a equipe, professores, coordenação e funcionários da
Escola de Educação Infantil Descobrindo o Saber, da Rede privada de ensino de Porto
Alegre/RS para o trabalho pedagógico com o sistema SCALA, com vistas à inclusão de
alunos com autismo.
Objetivo geral: Qualificar professores e equipe escola da referida escola para o uso
do sistema de comunicação alternativa SCALA em prol da inclusão e desenvolvimento de
crianças com autismo.
Objetivos específicos:
Mostrar como utilizar a tecnologia assistiva SCALA;
Apresentar a metodologia do Sistema SCALA, embasada na teoria sócio-histórica
através de ações mediadoras;
Compartilhar experiências de uso do sistema SCALA com crianças com autismo
incluídas no contexto escolar.
Relevância: O curso atende a necessidade de formação do corpo docente e equipe
escolar para o processo de inclusão de alunos com autismo, proporcionando, desta forma,
capacitação e formação continuada para um trabalho em conjunto no contexto desta escola.
Desenvolvimento e Resultados: Aulas expositivas para apresentação da tecnologia e
da metodologia de uso. Apresentação de alguns casos de crianças com autismo.
Participação com a troca de experiências ocorrida através de relatos dos professores, desta
forma efetivando-se de forma mais efetiva a formação continuada para inclusão.
Participação mais tímida dos funcionários, por ser a primeira vez que foram incluídos numa
224
formação e por total desconhecimento da comunicação alternativa.
O SCALA foi apresentado através da projeção na TV e os participantes chamados
interagiram com a tecnologia assistiva. Desenvolveram diversas pranchas e histórias
colaborativamente. Dois tablets com o sistema SCALA foram passando entre os
participantes durante a formação e sendo utilizados simultaneamente.
Percebeu-se grande empolgação, principalmente por parte dos professores das
atividades construídas colaborativamente. Ao final da formação surgiram diversas ideias de
como poderiam utilizar em atividades com a turma toda. Quanto à metodologia do SCALA,
relatam que muitos dos itens mostrados já são utilizados só que não da forma que foi
mostrada, principalmente quando montam o Portfólio dos alunos, o perfil tanto do aluno
como da turma é relatado aos pais, assim como mostrado o contexto da sala de aula e as
atividades desenvolvidas no decorrer de cada semestre.
Como se percebeu, o não conhecimento dos funcionários sobre a comunicação
alternativa foram dados exemplos de vida diária de uso da mesma, como as placas de
trânsito, placas indicativas normalmente utilizadas nas portas dos banheiros.
Como há refeitório na escola foi sugerido que a CA, possa ser usada para mostrar o
cardápio diário aos alunos. Ao final da formação a diretora da escola estava muito animada
e perguntou solicitou novas formações para o caso de decidirem usar tablets com os
alunos.
9) Sistema de Comunicação Alternativa SCALA para Web e Dispositivos Móveis
Local: Centro de Eventos da FAURGS em Gramado - V Congresso Brasileiro de Comunicação
Alternativa
Ano: 2013
Publico alvo – profissionais da área da saúde, escola, familiares e público participante
Participantes – 53
Carga horária: 2 h/a presencial
Objetivo geral: Qualificar profissionais interessados em comunicação alternativa e
inclusão para o uso do sistema SCALA em prol da inclusão e desenvolvimento de crianças
com autismo e de sujeitos com déficits de comunicação.
Objetivos específicos: Mostrar como utilizar a tecnologia assistiva SCALA;
Apresentar a metodologia do Sistema SCALA, embasada na teoria sócio-histórica
através de ações mediadoras;
Compartilhar experiências de uso do sistema SCALA com crianças com autismo
incluídas.
Relevância: O curso atende a necessidade de formação em comunicação alternativa
de forma a abranger profissionais de várias áreas do conhecimento, área em franco
desenvolvimento no Brasil, que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento da
comunicação de pessoas que possuem déficits de comunicação oral.
Desenvolvimento e Resultados: Este minicurso foi oferecido e aprovado para ser
225
ministrado no V CBCA, em 2013, para formação continuada de professores e demais
profissionais ou familiares e população em geral que têm interesse em conhecer a
comunicação alternativa e o sistema SCALA. Foi desenvolvido em um auditório no Pavilhão
de eventos da FAURGS em Gramado/RS.
Durante o minicurso o projeto SCALA foi apresentado, conceitos de Tecnologia
Assistiva e Comunicação Alternativa; a Metodologia SCALA; a Tecnologia assistiva SCALA
Web e Tablet; exemplos de utilização em diversos contextos, com baixa e alta tecnologia e
as perspectivas de pesquisas futuras do Projeto Scala.
Como resultados desta formação diversas pessoas se cadastraram para uso do
sistema na Web.
10) Comunicação Alternativa e Transtornos do Espectro Autista: mediação e comunicação para
uma inclusão social
Local: Fundação Catarinense de Educação Especial
Ano: 2013
Publico alvo – profissionais (terapeutas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e
professores especiais)
Participantes – 30
Carga horária: 30 h/a presencial
Objetivos do curso: Apropriação do conceito de Comunicação Alternativa;
Conhecimento das principais estratégias e recursos para utilização da CA na sala de
aula;
Conhecimento do potencial da CA como estratégia pedagógica e de mediação com
crianças com TEA;
Experimentação e criação de recursos de CA com sistemas gratuitos disponíveis;
Relevância: O curso atende uma necessidade de formação continuada de
profissionais de áreas variadas em comunicação alternativa da Fundação Catarinense de
Educação Especial em Santa Catarina, com enfoque nos Transtornos do Espectro Autista.
Desenvolvimento: O curso contemplou referencial teórico em torno da comunicação
humana com embasamento sócio-histórico, comunicação alternativa com estratégias e
técnicas comunicacionais, diversos sistemas. Símbolos do ARASAAC apresentados através
do Portal Aragonês de Comunicação Alternativa (). A comunicação alternativa com enfoque
no autismo, com descrição da fundamental importância da comunicação e linguagem no
desenvolvimento humano. Sobre o que se sabe da comunicação no autismo e de formas,
estratégias e técnicas para sua utilização na síndrome em enfoque. Descrevendo etapas
para o uso da CA no TEA. Com apontamentos da importância da intencionalidade de
comunicação e da atenção conjunta para o desenvolvimento no autismo. Diversos softwares
de comunicação alternativa foram utilizados. O Sistema SCALA minuciosamente descrito
tanto da tecnologia assistiva em si como de sua metodologia de aplicação. Também os
aplicativos Picto4me, Araboard e Araword, foram apresentados e instalados com práticas de
226
uso.
Além das formações mencionadas foram desenvolvidas diversas ações de extensão
abertas à comunidade ao longo de 2011/2012 e 2013, culminando com a organização do V
Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa (VCBCA) em setembro de 2013.
Informações sobre o congresso podem ser obtidas no site
11) Conhecendo o SCALA: Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas
com Autismo
Local: Salão EDUFRGS 2015 – Temática de Inclusão e Acessibilidade - Laboratório de
Informática ICTA - UFRGS – Porto Alegre/RS
Publico alvo – alunos, cursos de Licenciatura da UFRGS
Vagas – 18
Carga horária: 2 h/a presencial
Nome dos oficineiros: Professora Liliana Passerino, Bianca Peixoto, Eduardo Taborda, Deise
Fontoura e Diego Volpatto
Objetivos específicos:
O mini curso tem como objetivo dar suporte ao seu público-alvo, qual seja os alunos dos
cursos de Licenciatura, tendo em vista a importância e a necessidade da ampliação do
conhecimento sobre as novas tecnologias e suas inúmeras possibilidades de uso para
promover a inclusão escolar e social de alunos com deficiência.
12) Conhecendo o Scala
Local: Salão EDUFRGS 2015 – Temática de Inclusão e Acessibilidade - Laboratório de
Informática ICTA - UFRGS – Porto Alegre/RS
Publico alvo – alunos, cursos de Licenciatura da UFRGS
Vagas – 18
Carga horária: 2 h/a presencial
Nome dos oficineiros: Professora Liliana Passerino, Bianca Peixoto, Eduardo Taborda, Deise
Fontoura e Diego Volpatto
Objetivos específicos:
O mini curso tem como objetivo dar suporte ao seu público-alvo, qual seja os alunos dos
cursos de Licenciatura, tendo em vista a importância e a necessidade da ampliação do
conhecimento sobre as novas tecnologias e suas inúmeras possibilidades de uso para
promover a inclusão escolar e social de alunos com deficiência.
13) Ferramentas práticas para a avaliação e planejamento da intervenção para
o desenvolvimento da comunicação e linguagem no autismo
Local: Centro de Integração Empresa-Escola - Rua Dom Pedro II, 861. Bairro Higienópolis,
Porto Alegre, RS
Público-alvo: Fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais,
227
psicólogos, educadores, pedagogos, estudantes, familiares e demais interessados no
desenvolvimento da linguagem e da comunicação em pessoas com autismo.
Carga horária: 10 horas
Data: 14/11/2015
Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto
14) Comunicação Alternativa na Inclusão Escolar
Local: Núcleo de Tecnologia Educacional - Rua Vigário José Inácio, 4º andar, Centro,
Porto Alegre, RS
Público-alvo: Professores do Atendimento Educacional Especializado da Secretaria de
Educação do RS - Setor de Educação Especial
Carga horária: 8 horas
Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto, Barbara Terra do Monte
Data: 13/11/2015
15) Mini-curso - Título: Comunicação Alternativa na escolarização dos estudantes com autismo
Local: UEB Olinda Desterro Vila Fialho 30, São Luís-MA
Público-alvo: Professores da SEMED (Secretaria Municipal de Educação) de São Luís-MA
Evento: Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Maranhão - Luz, Ciência e Vida
/ TechEduc Night Lit - Tecnologia na Educação Especial
Carga horária: 4 horas
Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto
Data: 22 de outubro de 2015
16) Mini-curso - Título: Comunicação Alternativa na escolarização dos estudantes com autismo
Local: Escola Manuel Beckmam, São Luís-MA
Público-alvo: Professores da SEDUC (Secretaria Estadual de Educação) do Maranhão
Evento: Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Maranhão - Luz, Ciência e Vida
/ TechEduc Night Lit - Tecnologia na Educação Especial
Carga horária: 4 horas
Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto
Data: 23 de outubro de 2015
17) Linguagem, desenvolvimento e Comunicação Alternativa no Autismo
Local: Centro de Retiros, Casa Matriz de Diaconisas, Av. Wilhelm Rotermund, 395 -
Bairro Morro do Espelho, São Leopoldo/RS
Público-alvo: Professores, profissionais, estudantes, familiares e demais interessados.
Promovido por: Pandorga Formação e Faculdades EST (Escola Superior de Teologia)
Carga horária: 20 horas
Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto
Data: 26 e 27 de janeiro de 2015
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18) Conhecendo o SCALA: Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas
com Autismo
Local: Unipampa
Publico alvo – Alunos da Unipampa Licenciatura em Química e comunidade em geral
Vagas – 100
Carga horária: 8 h/a presencial
Ministrante: Liliana Maria Passerino
19) Narrando Histórias... Significando Aprendizagens: Scala e suas Linguagens
Local: CAVA 2015 – Universidade Feevale – Novo Hamburgo/RS
Publico alvo – participantes do CAVA 2015
Vagas – 20
Carga horária: 9 h/a presencial
Ministrante: Barbara Terra do Monte e Renata Costa de Sá Bonotto, Liliana Maria Passerino
Resumo: Esse minicurso envolve a reflexão e produção de narrativas visuais com o aplicativo
de Comunicação Alternativa SCALA, desenvolvido no âmbito do Grupo TEIAS (Tecnologia em
Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade). O objetivo é discutir as principais
estratégias utilizadas na contação de histórias com o apoio do SCALA na busca por significar as
competências e articulações das crianças na compreensão e construção de estórias e
narrativas. O minicurso possibilitará compreender o processo de desenvolvimento da
linguagem e letramento tendo o foco na mediação e na atenção conjunta, principalmente com
sujeitos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
20) Scala E Comunicação Alternativa
Local: CAVA 2015 – Universidade Feevale – Novo Hamburgo/RS
Publico alvo – participantes do CAVA 2015
Vagas – 20
Carga horária: 9 h/a presencial
Ministrante: Dra. Magali Dias de Souza, Ana Carla Foscarini e Martha Barcelos Vieira, Liliana
Maria Passerino
Resumo: O Minicurso SCALA e Comunicação Alternativa quer apresentar aos seus participantes
conhecimentos acerca da Comunicação Alternativa e Aumentativa, um dos aspectos
relacionados à área cientifica da Tecnologia Assistiva, e pesquisas realizadas pelo Grupo TEIAS
(UFRGS) nessa área de conhecimento. Busca apresentar estratégias e recursos que favoreçam
a comunicação de pessoas com limitações na linguagem oral, melhorando a participação
desses indivíduos na sociedade.
21) Comunicação Alternativa na Inclusão Escolar
Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto, Barbara Terra do Monte
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Público-alvo: Professores do Atendimento Educacional Especializado da Secretaria de Estadual
de Educação do RS - Setor de Educação Especial
Local: Núcleo de Tecnologia Educacional - Rua Vigário José Inácio, 4º andar, Centro,
Porto Alegre, RS
Objetivo: Formação dos professores na área das Tecnologias Assitivas
Carga horária: 8 horas
Data: 13/11/2015
Organização de Eventos
V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, com a temática Comunicar para
Incluir - 2013
A pesquisadora foi a Presidente do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, com a
temática Comunicar para Incluir.
Local: O Centro de Eventos da FAURGS – Gramado/RS
O evento teve a participação de 660 inscritos, sendo 330 professores de rede pública que
participaram de alguns dos minicursos promovidos pela equipe executiva, além da participação
no congresso.
230
7 ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SCALA
O Sistema SCALA tem sido amplamente utilizado nos últimos dois anos em suas
diferentes versões. Para acompanhamento foram realizados vários estudos que são
apresentados a seguir.
Analise técnica do SCALA
A avaliação técnica foi estruturada com perguntas referentes à documentação,
explicações e questões de ordem operacional. As questões foram respondidas por a) 17
professores37 no final do curso de formação Abordagem Centrada em Contextos: Autismo e
Tecnologia realizado numa parceria entre a UNIPAMPA e a Secretaria de Educação e Cultura de
Alegrete/RS, em de 2012, e b) por dois alunos do curso da Ciência da Computação da UFRGS,
em 2013.
As respostas foram classificadas com uma legenda: S - Sim; P - Parcialmente com
MUITAS restrições; P - Parcialmente; P - Parcialmente com POUCAS restrições; N - Não; NA -
Não se aplica; NR - Não respondido.
A tabela 5 refere-se à documentação e explicações disponíveis na tecnologia assistiva.
Tabela 2: Documentação e explicações contidas no SCALA
A documentação do Scala apresenta: S P- P P+ N NA NR
1 O público alvo a que se destina o produto? 3 1 0 1 7 0 5 2 O ambiente computacional possui (sistema operacional, plugins, etc.) necessário para por o produto em funcionamento?
4 1 0 0 6 0 6
3 Os objetivos gerais e específicos a que se destina a Tecnologia Assistiva?
5 1 1 0 4 0 6
4 Os conhecimentos e/ou competências e/ou habilidades que podem ser desenvolvidos através do uso da Tecnologia Assistiva?
6 0 1 1 3 0 6
5 As principais atividades a serem realizadas com o uso do produto, de modo que se consiga explorar bem suas potencialidades?
7 0 1 1 2 0 6
6 Informações sobre o estilo e funcionamento de interface com o usuário?
10 0 1 0 0 0 6
7 Informações sobre as teclas de atalho e as teclas de função disponíveis?
10 0 0 0 1 0 6
8 Exemplos (textos, fotografias, desenhos, etc.) coerentes e dentro do contexto?
10 0 1 0 0 0 6
9 tamanho adequado das letras nas descrições textuais? 4 1 3 2 1 0 6 10 Vocabulário e forma de expressão adequados ao público-alvo ?
10 0 0 0 1 0 6
Fonte: autoria própria
Pode-se constatar que houve uma abstenção considerável de professores nas respostas,
exatamente por desconhecerem questões mais técnicas da tecnologia. Pode-se apontar como
37 Na época da avaliação dos professores, apenas o módulo prancha estava disponível
231
ponto positivos os 10 professores que apontaram positivamente para as informações sobre o
estilo e funcionamento de interface com o usuário, informações sobre as teclas de atalho e as
teclas de função disponíveis, exemplos coerentes e dentro do contexto e vocabulário e forma
de expressão adequados ao público-alvo no SCALA.
A análise seguinte refere-se a questões operacionais do SCALA, conforme apresentado
na tabela 6.
Tabela 3: Questões operacionais do SCALA
Sobre a instalação e utilização da Tecnologia Assistiva: S P- P P+ N NA NR
1 A Tecnologia Assistiva pode ser executada em diferentes plataformas computacionais?
7 1 1 0 0 1 7
2 A Tecnologia Assistiva funciona adequadamente em diferentes navegadores?
8 0 1 0 0 1 7
3 Há recursos e funcionalidades suficientes no software para que sejam realizadas as tarefas a que ele se propõe?
9 0 1 0 0 0 7
4 O comportamento da Tecnologia Assistiva esteve isento de falhas durante sua utilização’?
4 0 1 1 4 0 7
5 Na ocorrência de erros do sistema, o usuário tem fácil acesso às informações necessárias ao diagnóstico e solução do problema?
4 0 2 0 3 0 8
6 Quando ocorre erro, a Tecnologia Assistiva permite a recuperação dos dados afetados?
5 0 0 1 0 3 8
7 É possível reiniciar atividades interrompidas pelo usuário, a partir do ponto onde ele tinha parado?
6 0 2 0 1 0 8
8 A Tecnologia Assistiva permite transportar dados de forma que uma atividade interrompida continue em outro computador?
6 0 2 0 0 1 8
9 É possível exportar figuras, pranchas, etc, para outros softwares (para um editor de texto, por exemplo)?
7 0 1 0 1 0 8
Fonte: autoria própria
Como na tabela anterior constata-se que muitos professores não responderam as
questões, pelos motivos já descritos anteriormente. Como pontos positivos nas respostas,
podem-se destacar recursos e funcionalidades suficientes no software para que sejam
realizadas as tarefas, funcionamento adequado em diferentes navegadores, execução em
diferentes plataformas computacionais e a possibilidade de exportação de figuras, pranchas,
etc, para outros softwares.
Como pontos negativos, foi relatadas falhas durante a utilização, ocorrência de erros do
sistema e falha nas informações necessárias ao diagnóstico e solução do problema.
Na avaliação técnica da versão web realizada por alunos do Curso de Computação da
UFRGS, por uma questão de espaço e para que não ficassem repetitivas tantas tabelas, apenas
as analises foram apresentadas de forma descritiva.
No tocante às questões sobre a documentação e explicações disponíveis na tecnologia
assistiva os pontos positivos unanimes entres os avaliadores foram: as informações sobre o
estilo e funcionamento de interface com o usuário, informações sobre as teclas de atalho e as
teclas de função disponíveis, exemplos coerentes e dentro do contexto e tamanho adequado
das letras nas descrições textuais.
232
Já o ponto negativo unanime entre os avaliadores foi o vocabulário e forma de
expressão não adequada ao público-alvo. Metade dos respondentes ainda destacou a não
apresentação do público alvo a que se destina, do produto e objetivos gerais e específicos a
que se destina a TA; dos conhecimentos e/ou competências e/ou habilidades que podem ser
desenvolvidos através do uso da TA; e das principais atividades a serem realizadas com o uso
do produto, de modo que se consiga explorar bem suas potencialidades.
Na analise das questões operacionais do SCALA os pontos positivos unanimes entre os
respondentes foram: a execução do SCALA em diferentes plataformas computacionais;
funcionamento adequado em diferentes navegadores; recursos e funcionalidades suficientes no
software para que sejam realizadas as tarefas a que ele se propõe; comportamento da TA
isento de falhas; possibilidade de reiniciar atividades interrompidas pelo usuário a partir do
ponto onde ele tinha parado; permissão de transportar dados de forma que uma atividade
interrompida continue em outro computador; possibilidade de exportação de figuras, pranchas,
etc., para outros softwares. Como ponto negativo apenas foi descrito a ocorrência de erros do
sistema, o usuário não ter fácil acesso às informações necessárias ao diagnóstico e solução do
problema.
Os alunos da computação avaliaram também a versão dispositivo móvel tablet,
obtendo-se como resultado da análise da questão da documentação e explicações disponíveis
no SCALA. Foi ressaltado de forma unanime entre os respondentes pontos positivos como o
ambiente computacional possuir sistema operacional, plugins, etc. necessários para o
funcionamento do produto; as principais atividades a serem realizadas com o uso do produto,
de modo que se consiga explorar bem suas potencialidades; as informações sobre o estilo e
funcionamento de interface com o usuário; as imagens e textos serem coerentes e dentro do
contexto.
Como aspectos negativos foram elencados o tamanho inadequado das letras nas
descrições textuais. Ainda, metade dos respondentes ressaltou a não apresentação do público
alvo a que se destina o produto, e objetivos gerais e específicos a que se destina a TA, os
conhecimentos e/ou competências e/ou habilidades que podem ser desenvolvidos através do
uso da TA, e a falta de informações sobre as teclas de atalho e as teclas de função disponíveis.
No que tange às questões operacionais obteve-se como resultados na versão Tablet o
ponto positivo de haver recursos e funcionalidades suficientes no software para que sejam
realizadas as tarefas a que ele se propõe. Como negativos destaca-se a ocorrência de erros do
sistema, o fato de o usuário não ter fácil acesso às informações necessárias ao diagnóstico e
solução do problema; a ocorrência de erro, não permitir a recuperação dos dados afetados, e a
tecnologia não permitir transportar dados de forma que uma atividade interrompida continue
em outro computador.
Numa avaliação técnica geral do SCALA web, no tocante à documentação e explicações
disponíveis no Sistema, pode-se constatar a existência de boa relação entre interface e
usuário, com boa compreensão e coerência das funções e funcionamento dos ícones e teclas,
com vocabulário e formas de expressão adequadas ao público-alvo. Quanto as questões
233
operacionais, o SCALA foi muito bem avaliado por possuir recursos e funcionalidades
suficientes para que sejam realizadas as tarefas, pela possibilidade de execução em diversas
plataformas e com diferentes navegadores, assim como pela possibilidade de exportação de
figuras, pranchas, etc., para outros softwares, pelos dois estilos de avaliadores.
Há questões na avaliação que merecem ser consideradas para um aprimoramento do
SCALA, como a apresentação ao público alvo a que se destina (ainda por adequar), possuir
plugins, necessários para pôr o produto em funcionamento (já resolvido) e uma reavaliação
quanto ao vocabulário e formas de expressão não adequados ao público-alvo (em
desenvolvimento), ocorrência de erros do sistema e falha nas informações necessárias ao
diagnóstico e solução do problema (adequação em desenvolvimento).
Terminadas as análises das avaliações técnicas, inicia-se a seguir análise das avaliações
da usabilidade do SCALA.
234
8 ESTUDOS DE USABILIDADE
Nesta pesquisa foram realizados dois estudos de usabilidade, o primeiro em 2010/2011
avaliando o primeiro protótipo e, o segundo, entre 2012/2013, com a avaliação do atual
protótipo. Através do estudo de caso buscou-se identificar a usabilidade do sistema para seu
devido aperfeiçoamento. A triangulação de dados se deu a partir de dois métodos de avaliação
que foram relacionados à teoria, extraída da revisão bibliográfica. Os dados obtidos a partir de
fontes distintas convergiram, trazendo assim os resultados ao referente estudo de caso.
8.1 Estudo de Caso 1
O primeiro estudo utilizou-se de uma triangulação de dados a partir de dois métodos de
avaliação: inspeção e teste relacionados com a revisão bibliográfica. Os dados obtidos nas três
fontes distintas convergiram trazendo assim os resultados ao referente estudo de caso.
A metodologia aqui adotada é adaptada a partir da proposta por Rauber (2010) em um
estudo sobre a usabilidade das ferramentas Orkut e Twitter para pessoas com deficiência
visual. Este método consiste na união de dados obtidos em inspeção do sistema com
especialistas, e testes sobre o mesmo com um grupo de usuários. Ambos os métodos contêm
um mesmo roteiro de atividades, organizado em etapas e seguindo uma lógica de uso.
a) Método de inspeção
O método de inspeção não requer a participação de usuários (PREECE, ROGERS.
SHARP, 2008). A inspeção é realizada por um ou mais especialistas, seguindo um roteiro de
atividades e, no caso deste trabalho, tendo por base as heurísticas de Nielsen (1993). A
Inspeção se deu a partir da avaliação do sistema SCALA por parte de uma das autoras, onde
foi realizado um conjunto de dez tarefas representativas de atividades a serem comumente
efetuadas com o apoio da ferramenta.
Nesta parte da pesquisa, a especialista e participante da equipe desenvolvedora do
sistema buscou inspecionar se cada uma das atividades propostas contemplava as heurísticas
de Nielsen, evidenciando assim problemas de usabilidade que surgiram no decorrer da
avaliação.
b) Método de teste
Os testes de usabilidade do sistema SCALA foram estruturados com uma série de
passos, os quais foram seguidos de modo padronizado por todos os integrantes da pesquisa.
Dentre as primeiras estratégias adotadas, destaca-se a escolha intencional de quem seriam os
participantes da avaliação do sistema. Como segunda providência, foram realizadas entrevistas
semiestruturadas, as quais serviram para que se definisse com maior precisão o seu perfil,
235
verificando se estes sujeitos estariam devidamente enquadrados no público-alvo almejado pelo
SCALA.
O grupo de participantes dos testes de usabilidade foi formado intencionalmente por
quatro educadoras que trabalham com sujeitos afetados por déficits na oralidade, tendo em
vista que a CA já se encontra presente em suas práticas pedagógicas.
Durante a aplicação dos testes, a utilização combinada do método Think Aloud (pensar
em voz alta) foi de suma importância para a coleta de dados. Tal procedimento consiste no
usuário narrar em voz alta todos os seus passos durante a realização das tarefas, evidenciando
construções cognitivas estabelecidas ao longo dos mesmos (NIELSEN, 1993). A realização dos
testes contou com um roteiro que continha 10 atividades (o mesmo utilizado durante a
inspeção), as quais foram organizadas de modo a contemplar o efetivo uso do software. A
execução das atividades se deu em uma mesma máquina, contendo o sistema operacional
Windows XP, tendo os devidos softwares necessários aos testes instalados previamente.
Cada sessão durou em torno de duas horas, quando as participantes realizaram as
tarefas de acordo com o roteiro pré-estabelecido, repetindo em voz alta todo o raciocínio
usado durante a execução das atividades propostas. Todas as sessões foram filmadas e os
movimentos das participantes durante o uso do sistema foram registrados através de um
capturador de tela38.
c). Análise e resultados
Na presente seção é descrita a avaliação do sistema. Salienta-se que as avaliações de
usabilidade, foram aplicadas sobre o protótipo de que se dispunha, não tendo sido ainda
implementada a interface final do SCALA. Porém, tendo em vista que a lógica da interface do
protótipo equivale à interface que está em vias de implementação para a primeira versão do
sistema, observou-se que é possível ter uma boa noção de como o usuário irá responder ao
uso do SCALA em sua versão 1.0.
c.1) Análise Relatório de Inspeção
Com relação à heurística 1 (Feedback), verificou-se que vários objetos clicáveis do
sistema não demonstravam possuir este atributo. Dessa forma, eles se confundem com as
demais imagens da tela, deixando o usuário sem saber ao certo os locais onde se encontram
as funcionalidades do sistema.
Observou-se também problemas no que se refere à heurística 2 (Compatibilidade
do sistema com o mundo real). Poderia ser citado como um ponto de destaque nas
questões relacionadas a essa heurística, o sintetizador de voz, que não emite um som natural,
dificultando a compreensão do mesmo. Entretanto, salienta-se que a busca por um
sintetizador de voz livre, que pudesse ser implementado no sistema SCALA, não foi uma tarefa
38 Foi utilizado para este fim o software Screen Cam, pertencente à empresa Smartguyz, oferecido gratuitamente para testes.
236
simples para o grupo de pesquisa. A dificuldade de se encontrar ferramentas de código aberto,
cujos pré-requisitos para a manipulação fossem compatíveis com o nível de experiência do
grupo de programadores do projeto. Como estes alunos eram dos primeiros semestres da
graduação, esta tarefa foi bastante complexa, transformando a obtenção do sintetizador numa
verdadeira conquista para o grupo.
Outra falha percebida no sistema ao longo da inspeção foi a heurística 3 (Controle do
usuário e liberdade), pois em muitas ocasiões o sistema não oferece ao usuário a opção de
desfazer suas ações, obrigando-o a retomar o processo para obter algo que tenha perdido em
uma ação errônea. Esta constatação acarreta em uma nova retomada dos requisitos do
sistema, nos quais constam as descrições de todas as suas funcionalidades, com o seu nível de
abrangência. É necessária uma retomada na estrutura do sistema, de modo que todas as
ações tenham previstas formas para o seu cancelamento.
Em nenhum momento a pesquisadora detectou problemas relacionados à heurítica 4
(Consistência), pois o sistema aparenta sempre manter-se dentro de um mesmo padrão. Ou
seja, na visão da especialista, não há modos distintos na execução de funções semelhantes,
nem tampouco janelas que destoem de sua interface principal.
Quanto à heurística 5 (Boas mensagens de erro), encontrou-se algumas falhas
pontuais, as quais se referem a uma falta de explicação ao usuário sobre quais os formatos de
arquivos que o sistema comporta e em que circunstâncias isso ocorre.
A falha recém descrita estende-se também à heurística 6 (Prevenção de erros), pois
não há um aviso claro ao usuário sobre quais tipos de arquivos o mesmo conseguirá trabalhar
dentro do programa.
Na heurística 7 (Minimizar a carga de memória do usuário) observou-se um
problema pontual ocorrido no processo de importação de imagens: não se fazia possível
importar uma imagem diretamente para a tela principal do sistema, ou seja, a imagem era
importada para uma das categorias onde o usuário precisava buscá-las. Isso pode confundir o
usuário no momento em que ele tem que percorrer as categorias em busca de sua imagem
importada.
A heurística 8 (Flexibilidade e eficiência) foi a heurística que apresentou maior
incidência de problemas durante o processo de inspeção. Isso ocorreu porque o sistema não foi
desenvolvido com vistas a abranger uma gama de usuários mais experientes, o que o leva a
falhas no oferecimento de opções alternativas para a execução de tarefas. Quando o projeto
começou a ser desenvolvido, pensou-se diretamente na criança com Transtorno do Espectro do
Autismo não oralizada (foco principal do sistema SCALA). Porém, o avanço do projeto mostrou
que outros usuários, como professores e familiares, estariam envolvidos com a ferramenta,
além da criança. Estes poderão mostrar destreza perante o uso de ferramentas
computacionais, além de a própria criança poder vir a desenvolver tais habilidades a partir do
uso contínuo destas ferramentas.
Quanto à heurística 9 (Diálogo simples e natural), não detectou-se nenhuma
incidência de problemas, visto que o sistema busca utilizar uma linguagem clara e simples
237
para o seu público-alvo.
Por fim, não foram encontrados problemas na heurística 10 (Ajuda e documentação),
devido ao fato de que os tutoriais do sistema ainda não haviam sido disponibilizados junto ao
mesmo. Pôde-se avaliar aqui somente a posição do ícone Ajuda e a localização dos créditos.
Ambas as opções parecem estar bem visíveis ao usuário, não trazendo problemas referentes à
sua localização.
c.2). Análise Relatório dos testes
Observou-se que nos testes, assim como na inspeção, em vários momentos evidenciou-
se a heurística 1 (Feedback), devido ao fato de o sistema falhar em mostrar quando uma
função está ativada, ou quando a mesma encontra-se em processo de execução. Os problemas
relacionados a essa heurística evidenciaram-se principalmente na primeira atividade, onde
houve mais apontamentos por parte das participantes.
Problemas relacionados à heurística 2 (Compatibilidade do sistema com o mundo
real) foram encontrados na maioria das atividades. Os dois problemas mais comentados pelas
participantes foram o fato de o menu de ferramentas estar situado na parte inferior do sistema
e o fato do sintetizador de voz ser muito mecanizado.
O fato dos outros softwares, comumente utilizados pelas participantes, apresentarem
suas funções no menu superior levou as mesmas a buscarem que o SCALA procedesse da
mesma maneira. Porém, como afirma Torrezan (2009), embora seja necessário manter-se
certa compatibilidade da interface com relação aquilo que o usuário já conhece a criatividade
não deve ser totalmente banida em novas propostas de design. Ou seja, rompimentos de
padrão se fazem necessários para que novas idéias possam ser implementadas. Logo, o grupo
optou por não alterar o lugar do menu de funções apresentado pelo SCALA na parte inferior da
tela.
Quanto à heurística 3 (Controle do usuário e liberdade), assim como na inspeção,
os problemas que mais se evidenciaram foram a falta de mobilidade de alguns itens do sistema
como, por exemplo, o fato de não se poder escolher o local onde será disposto um cartão na
tela. Outro problema relacionado a esta heurística foi a ausência da função desfazer em alguns
momentos de uso do sistema, como acontece quando se exclui um cartão da tela principal. A
opção desfazer já foi discutida anteriormente durante a análise da inspeção de usabilidade. Já
no que diz respeito à mobilidade dos cartões, será necessária uma retomada no documento
dos requisitos do sistema, pois sua implementação modifica, em parte, a lógica sob a qual o
protótipo foi planejado. Contudo, trata-se de uma questão muito pertinente à idealização da
próxima versão do sistema, visto que contempla uma necessidade dos usuários que não havia
sido prevista pelo grupo de pesquisa.
Com relação à heurística 4 (Consistência), duas participantes acharam problemático
o fato do usuário ter que percorrer os diretórios do computador para salvar ou abrir suas
pranchas. Segunda as mesmas, era desejável que todo o processo se desse dentro do próprio
sistema, de modo a não se perder a consistência. Embora todas as participantes tenham
238
afirmado utilizar o computador com intensidade em suas atividades profissionais, estas duas
ainda apresentam certa dificuldade em navegar pelos diferentes diretórios. Entretanto, o ato
de salvar arquivos e buscá-los na máquina, constitui-se numa prática usual na medida em que
a pessoa realiza atividades apoiadas pelo computador. Tendo em vista que o SCALA deverá
promover também uma aprendizagem sobre a tecnologia a partir do uso da tecnologia,
conforme sugerem Palloff e Pratt (2004), este nível de dificuldade não deverá ser sanado, pois
consiste numa atividade necessária para que o usuário desenvolva sua fluência digital.
As heurísticas 5 e 6, heurística 5 (Boas mensagens de erro) e heurística 6
(Prevenção de erros), não foram lembradas pelas participantes em nenhum momento
durante a realização dos testes.
Já a heurística 7 (Minimizar a carga de memória do usuário) evidenciou-se em
algumas ocasiões, destacando-se principalmente no processo de importação de imagens, no
qual a imagem importada vai para a categoria e não para a tela principal do sistema. Todas as
participantes gostariam que a imagem fosse diretamente para a tela principal e este ponto foi
percebido também durante as inspeções de usabilidade.
O último aspecto levantado nos testes de usabilidade foi a heurística 8 (Flexibilidade
e eficiência) na qual uma das participantes considerou era certa poluição visual cada cartão
conter seus próprios botões (de gravar, ouvir e editar legenda). Entretanto, reconsiderou a
ideia argumentando sobre a facilidade de se dispor das funções em seus respectivos cartões.
Por fim, a heurística 9 (Diálogo simples e natural) e a heurística 10 (Ajuda e
documentação) não foram mencionadas em nenhum momento pelas participantes.
Um esboço mais detalhado sobre os resultados dos testes de usabilidade podem ser visto no gráfico que reúne
todas as contribuições obtidas nos testes de usabilidade (figura 196).
Figura 196 – Gráfico testes de usabilidade
239
Fonte: Autoria Própria
Quadro 29: Comentários dos participantes.
Legendas Gráfico – Comentários das Participantes A - Atividade Criar Prancha A1 Não sabia se eram necessários um ou dois cliques para ativar as funções. A2 Quando um botão é clicável e quando ele foi ativado? A3 Não sabia se a prancha foi realmente salva. A4 Gostariam que o menu estivesse na parte superior da tela. A5 O que significa limpar prancha? A6 Adotar cores para as categorias. A7 Não gostaria de percorrer os diretórios para salvar as pranchas. A8 Gostariam de poder escolher onde colocar os cartões. A9 Gostaria de saber se o software está executando uma função quando ele
demora a responder. B - Atividade Abrir Prancha B1 Dificuldade em interpretar a que se refere a opção Abrir. B2 Não gostaria de percorrer os diretórios para abrir as pranchas. C – Atividade Editar Legenda C1 Gostaria de modificar a posição da legenda. C2 Gostariam de modificar a legenda apenas clicando na palavra. C3 Gostaria de modificar o tamanho da fonte. C4 Maior clareza nos ícones. C5 Confundiu-se sobre a abrangência do botão “Restaurar”. C6 Poluição visual cada cartão conter seus próprios botões (ideia reconsiderada). D – Atividade Ouvir Legenda D1 A pronúncia do sintetizador é muito mecanizada. D2 Sentiu falta de voz feminina também no sintetizador. D3 Confundiu a abrangência do botão “Ouvir legenda”.
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E – Atividade Gravar Legenda E1 É confuso o processo de gravar a legenda. F – Atividade Acessar Tutorial F1 Procurou pelo tutorial na parte superior da tela. G – Atividade Modificar Layout G1 Sente falta das funções estarem no menu superior. G2 Alguns ícones estão muito abstratos, principalmente o do layout. G3 Letra maiúscula para os nomes das funções na tela principal. G4 Gostariam de escolher o número de cartões a serem dispostos na tela. G5 Ficaram confusas quando viram a frase “Cartões poderão ser perdidos”. G6 Perguntou se não havia possibilidade de pranchas estarem interligadas entre si. H – Atividade Excluir Cartões H1 Perguntou pela opção desfazer no momento em que se exclui um cartão. H2 Para excluir um cartão, a participante clicaria sobre o mesmo. Ela não
compreendeu que o botão de fechar o excluiria apenas o respectivo cartão, pois a simbologia do ícone significa fechar tudo.
I – Atividade Importar Imagem e Inseri-la na Prancha I1 Sentiu falta de saber o que vai ser importado (imagem ou prancha?). I2 Não gostou da ideia de que, ao importar uma imagem, ela vai para a categoria,
mas não para a tela principal. I3 Gostaria de escolher onde vai colocar as imagens, não sendo necessariamente
num local específico da tela. J – Atividade Exportar Prancha Não sabiam se a exportação havia sido bem-sucedida ou não.
Fonte: Avila, 2011.
O protótipo sobre o qual foram realizadas avaliações de usabilidade por docentes
também foi submetido à avaliação a partir de intervenções realizadas com uma criança com
Transtorno do Espectro do Autismo. O processo de inserção do SCALA no cotidiano da criança
como um sistema para o estabelecimento da Comunicação Alternativa foi antecedido por um
período de uso de recursos de baixa tecnologia, com cartões de comunicação e pranchas
desenvolvidos em material impresso.
Outros softwares ainda foram explorados de forma concomitante ao uso do SCALA com
o intuito de observar preferências da criança e recursos que poderiam vir a ser adotados pelo
software em desenvolvimento.
As observações sobre a apropriação da criança por recursos multimidiáticos deram
ensejo a uma série de considerações a respeito do desenvolvimento do sistema SCALA.
Observou-se, por exemplo, uma tendência à dispersão das atividades propostas quando a
criança interagia com periféricos como o teclado ou o mouse do computador. Desse modo, a
possibilidade de uso de telas touch screen passou a ser considerada como uma opção para
facilitar o uso das pranchas elaboradas através do software. Além disso, o uso do touch screen
configura-se como uma tendência em tecnologias móveis, como os tablets e aparelhos
celulares.
Percebeu-se também que o tamanho das imagens, previamente idealizado para o
software, estava aquém das necessidades da criança, que não as compreendia como
instrumentos para a comunicação quando estas não traziam representações suficientemente
claras. Para se chegar ao tamanho de imagem ideal, foram realizadas intervenções com mídia
241
impressa e com os softwares Amplisoft e SCALA. Cartões de comunicação com tamanho a
partir de 250px x 250px foram aceitos com maior facilidade como instrumentos para a
comunicação pela criança.
Outro aspecto interessante observado foi a sua preferência por participar em atividades
que demandavam a socialização com outras crianças à atividades individuais. Embora
estratégias envolvendo atividades coletivas possam ser desenvolvidas no software SCALA sem
maiores dificuldades, ainda assim, tal observação dá margem à reflexão sobre a proposta na
qual está sendo desenvolvido o módulo história, idealizado previamente como um recurso para
atividades individuais.
8.2 Estudo de Caso 2: Analise da usabilidade do SCALA
Neste estudo de caso, para avaliação da usabilidade participaram professores que
receberam as formações entre 2012 e 2013.
As respostas foram classificadas com uma legenda: S - Sim; P - Parcialmente com
MUITAS restrições; P - Parcialmente; P+ - Parcialmente com POUCAS restrições; N - Não; NA -
Não se aplica; NR - Não respondido.
Tabela 4: Avaliação usabilidade do SCALA/1
No que diz respeito à forma do usuário se comunicar com a Tecnologia Assistiva:
S P- P P+ N NA NR
1 O tipo de interface utilizado é adequada ao público-alvo a que se destina?
17 1 0 0 0 0 1
2 As representações das funções da interface (ícones, menus, etc.) são fáceis de serem reconhecidas/entendidas?
15 2 2 0 0 0 0
3 As funções são fáceis de serem utilizadas? 15 0 2 2 0 0 0 4 A quantidade de informação colocada em cada tela é apropriada ao público-alvo a que se destina?
17 1 1 0 0 0 0
5 A interface é isenta de erros de linguagem? 15 0 1 0 1 0 2 6 Possui comportamento semelhante em situações semelhantes, ou seja, solicita do usuário ações similares para tarefas similares?
15 1 1 1 0 0 1
7 As mensagens exibidas são amigáveis, claras e fáceis de serem entendidas, estando de acordo com o público-alvo a que se destina ?
15 0 0 3 0 0 1
8 Apresenta mensagem alertando ao usuário sobre a impossibilidade de se realizar determinada ação, no caso de algo indevido ter sido solicitado?
14 0 3 0 0 0 2
9 O tempo de resposta para as operações interativas é adequado ao público alvo a que se destina?
10 0 1 1 3 1 1
10 A animação, o som e outras mídias são agradáveis? 15 0 0 0 2 0 2 11 Oferece a opção de tirar o som, caso necessário? 13 0 1 0 2 2 1 12 As cores são utilizadas com equilíbrio, ou seja, são bem distribuídas evitando assim poluição visual?
18 0 1 0 0 0 0
13 Pode ser utilizado de formas diferentes dependendo da experiência do usuário em utilizá-lo?
18 0 0 0 1 0 0
14 Possui a possibilidade de inserção de novos elementos por parte do usuário?
17 0 1 0 0 0 1
Fonte: autoria própria
No tocante à usabilidade constata-se que o SCALA foi muito bem avaliado pelos
242
respondentes. A interface foi considerada adequada, tanto no que se refere a disposição e
quantidade de informações, com equilíbrio e distribuição de cores, possibilidade de inserção de
novas imagens e de uso conforme experiência do público-alvo a que se destina.
Nesta avaliação diversos professores fizeram colocações descritivas do que
consideraram sugestões de aprimoramento. Como positivo, foi destacado possuir recursos de
suma importância, fácil acesso, despertando interesse do usuário, essencial ao apoio ao
desenvolvimento e autonomia, ótimo recurso pedagógico de tecnologia assistiva e
Comunicação Alternativa, e ser gratuito. A possibilidade do despertar da leitura, exploração da
coordenação motora, atenção e concentração, despertar desenvolvimento de habilidades, da
atenção e da dinamização de propostas comunicativas, incentivando a ação do sujeito com
transtorno.
A proposta educacional é muito clara, fácil de entender, bem explicativa. As funções são
fáceis de serem utilizadas, além de ter informações bem colocadas. A possibilidade de uso com
a turma toda e, não só com o aluno com a síndrome, é um recurso excelente, pois permite a
criação, interação e construção de conhecimento de todos envolvidos.
As sugestões de aprimoramento como: solicitação de uma metodologia de uso no
software, opção de arrastar imagens, demora de resposta e carregamento das imagens, e que
a opção exportar tivesse mais tipos de extensão, ter um sistema de busca de imagens, letras
maior, em caixa alta, padronização das fontes, possibilidade de ampliação das imagens e letras
para uso com baixa visão.
Tem-se como resultado das sugestões, a metodologia de uso que é contemplada no
estudo. A opção de arrastar foi contemplada no dispositivo móvel, a demora de resposta e
carregamento de imagens está em processo de aprimoramento, o sistema de busca das
imagens será contemplado em um estudo de doutorado de aluna que inicia em 2014. A
padronização das fontes (letras) já foi realizada.
Após esta análise de usabilidade, principalmente a do curso de professores, sentiu-se a
necessidade de uma reformulação das perguntas a fim de torná-las mais claras e objetivas, e
obter um perfil ampliado destes professores. Esta reformulação baseou-se em Preece, Rogers
e Sharp (2007).
Desta forma, mais três cursos de formação continuada avaliaram a usabilidade do
SCALA na versão web nos módulos prancha e narrativas visuais. Três professoras do curso
“Autismo e Tecnologia: Abordagem Centrada em Contextos”, 11 professoras do curso
“Linguagem e Comunicação Alternativa (CA)”, ambos em 2012. Oito professoras do curso
“Comunicação Alternativa e Transtornos do Espectro Autista: mediação e comunicação para
uma inclusão social” em 2013. Portanto foram um total 22 avaliadores.
Os avaliadores foram todos do sexo feminino, seis professores com idade até 30 anos,
dez com idade de 31 a 50 anos e cinco com idade superior a 50 anos, e uma professora não
colocou a idade, conforme mostra o gráfico da figura 197.
243
Figura 397: Gráfico idade dos avaliadores do SCALA
Fonte: Autoria Própria
No tocante à formação desses avaliadores, são 17 pedagogos, duas terapeutas
ocupacionais, uma fonoaudióloga, uma monitora e uma estudante de pedagogia. O tempo de
atuação profissional é apresentado conforme o gráfico da figura 198.
Figura 198: Gráfico tempo atuação profissional dos avaliadores do SCALA
Fonte: Autoria Própria
Constata-se que a maior parte dos profissionais tem grande experiência em suas áreas
de atuação o que se considera que qualifica a avaliação.
Ainda, foi solicitado aos avaliadores o tipo de deficiência com a qual tem experiência, na
Tabela 8 apresenta-se os resultados.
Tabela 5: Experiência dos avaliadores por tipo de deficiência
Síndrome de Down 6 Deficiências múltiplas 11 Deficiência auditiva 6
244
Autismo (TEA) 14 Deficiência visual 10 Deficiência Mental 2 Paralisia cerebral 2 Transtorno Global do Desenvolvimento TGD) 4 Deficiência Física 2 Síndrome do X Frágil 2 Malformações 1 Síndromes 1 Cornélia de Lange 1 Deficiência Motora 7 Deficiência Intelectual 8 Atraso no DNPM 1 Transtorno do déficit de atenção (TDAH) 1
Fonte: Autoria Própria
A tabela 5 mostra experiência de 10 anos ou mais dos avaliadores no autismo (TEA),
seguido pelas deficiências múltiplas e deficiência visual, 5 a 9 em Deficiência intelectual,
motora e auditiva e na faixa com menos de 5 anos em, TGD, Deficiência metal, física, paralisia
cerebral, síndrome do X Frágil, malformações, síndromes, Cornélia de Lange, atraso no DNPM
e TDAH.
As perguntas do questionário avaliativo de usabilidade, ou seja, das facilidades ou
dificuldades que o usuário possui ao utilizar o SCALA tiverem a legenda: CT - concordo
totalmente; C - concordo; D - discordo; DT - discordo totalmente e NSR - não sei responder.
Os resultados são apresentados na tabela 6.
Tabela 6: Avaliação usabilidade do SCALA/2
No que diz respeito à forma do usuário se comunicar com a Tecnologia Assistiva:
CT C D DT NSR
1 O tipo de apresentação visual utilizado é adequada ao público a que se destina?
7 13 2 0 0
2 O SCALA possui uso adequado das cores em sua apresentação visual?
11 11 0 0
3 Há uniformidade na apresentação visual entre os módulos prancha e história do SCALA?
11 8 1 2
4 As funcionalidades do SCALA são representativas? 6 16 0 0 5 As funcionalidades dos menus são claras e objetivas para as funções que exercem?
11 11 0
6 As funções são de fáceis de serem utilizadas? 10 10 2 0 7 As categorias de imagens do SCALA são representativas ? 6 15 1 0 8 Da a possibilidade de incluir novas imagens por parte do usuário, cada haja necessidade?
16 6 0 0
9 Da a possibilidade de incluir novo símbolo por parte do usuário, cada haja necessidade?
12 8 2
10 As imagens contidas nas categorias são representativas ao seu conteúdo?
8 14 0 0
11 As animações existentes na categoria ações pode ser útil ao desenvolvimento da comunicação?
13 8 0 1
12 Ao ser executada alguma funcionalidade no SCALA abre-se uma nova janela e todas estão funcionando?
6 9 0 7
13 O som utilizado para a leitura da prancha ou história é claro e agradável?
2 3 3 0 14
14 Há no SCALA uma indicação visível de que quando uma funcionalidade é solicitada está sendo carregada até que fique habilitada?
5 9 2 2 4
245
15 Há no SCALA uma disposição adequada das funcionalidades e categorias?
8 11 3
16 A linguagem empregada no SCALA é clara e objetiva? 13 9
17 O tamanho, cor, fonte, forma das letras é adequada ao público que se destina?
5 9 7 1
18 Quando ocorre algum erro na execução de alguma funcionalidade o SCALA mostra uma mensagem ou aviso ao usuário?
5 7 1 9
19 Há opção no SCALA do usuário voltar atrás numa ação executada (desfazer)?
12 7 1 2
20 Todos os comandos estão funcionando adequadamente 3 11 5 3
21 O SCALA possui tutorial de ajuda caso o usuário encontre alguma dificuldade?
10 11 1
Fonte: Autoria Própria
Como se pode perceber, a usabilidade do SCALA foi muito bem avaliada na maioria dos
quesitos. Importante salientar que um número expressivo de avaliadores não soube responder
à questão 13, em virtude de os computadores utilizados nos cursos não terem caixa de som ou
fones de ouvido, o que prejudicou a avaliação do som. Como pontos de alerta para futuras
atualizações no SCALA deve-se encontrar uma forma de alteração para o tamanho da fonte a
fim de, adequá-las ao público que se destina e uma testagem de todos comandos para o bom
funcionamento do SCALA.
Também foi solicitado aos avaliadores atribuírem um grau aos adjetivos que
consideravam descrever o SCALA. Os resultados são apresentados na tabela de escalonamento
a seguir.
Tabela 7: escala de diferencial semântico atribuídos ao SCALA
Atraente 14 2 2 1 2 Feio Claro 13 4 1 2 1 Confuso Sem Cor 2 5 1 2 3 7 Colorido Interessante 13 2 4 1 1 Sem graça Maçante 2 3 2 14 Agradável Útil 12 6 1 1 1 Inútil Pobre 1 4 5 10 Bem projetado
Observa-se que um dos avaliadores não respondeu a nenhum dos adjetivos, um não
respondeu sobre o adjetivo da cor e um não respondeu sobre o adjetivo bem projetado/pobre.
De forma geral o SCALA foi muito bem avaliado quanto a ser atraente, claro,
interessante, agradável e bem projetado. Causou também satisfação a questão da cor, vindo
ao encontro com nossos estudos sobre as cores suaves e frias terem um efeito calmante no
autismo, conforme aponta Moffitt (2011). Também cores mais sóbrias, segundo Campos
(2008) tornariam o ambiente mais calmante e confortável, pois o excesso de cor poderia
causar alguma hipersensibilidade.
E para finalizar a avaliação, foi solicitado aos avaliadores de forma descritiva que
apontassem pontos negativos e positivos do SCALA. No quadro 29 apresentam-se os
resultados
246
Quadro 30: pontos positivos e negativos avaliados no SCALA web
Pontos positivos Pontos negativos 2 Prático e simples 1 Opção de colocar cores nas células 4 Fácil de utilizar 4 Nome das imagens em caixa alta 1 Inúmeras possibilidade de
comunicação 6 Falta sistema de busca das imagens
1 Facilita o letramento 2 Alguns erros na produção do som 1 Ótimas imagens 1 Apresentar uma imagem representativa
para cada nuvem 4 Claro e objetivo 1 Opções de molduras variadas com diversas
espessuras 1 Ferramenta eficiente 3 Possibilidade de aumento da fonte 1 Eficaz a quem se destina 1 Ter a opção de incluir categorias 1 Possibilidade de trabalhar com mais de
uma prancha de cada vez 1 Aumentar tamanho das imagens
1 Possibilidade de uso com a turma toda 1 Possibilidade de aumento das animações 1 Melhorar leitor de voz
9 PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA VINCULADA AO PROJETO SCALA (2012-2016) e ORIENTAÇÕES REALIZADAS
A lista completa das produções vinculadas ao projeto também pode ser acessada no
site do projeto
9.1 Produção em 2012
Artigos completos publicados em periódicos
AVILA, Barbara G.; PASSERINO, Liliana Maria; REATEGUI, Eliseo. Proposta de uma metodologia para a construção de um sistema de CAA focado no contexto de seus usuários. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 20, p. 87-96, 2012. BEZ, M. R.; PASSERINO, Liliana Maria. Avaliação e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sujeitos com Transtornos Globais do Desenvolvimento Através do Uso de Inventários. RETEME - Revista de Tecnologias e Mídias na Educação, v. 2, p. 60-79, 2012.
BEZ, M. R.; PASSERINO, Liliana Maria. 2.0: software de comunicação alternativa para web. Revista Avances Investigación en Ingeniería , v.9 n. 1 2012, p.120-127.
Capítulos de livros publicados
PASSERINO, Liliana Maria. Comunicação alternativa, autismo e tecnologia: estudos de caso a partir do SCALA. In: Theresinha Guimarães Miranda; Teófilo Alves Galvão Filho. (Org.). O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. 1ed.Salvador/BA: Editora da Universidade Federal da Bahia, 2012, v. 1, p. 217-240.
BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M.; VICARI, R. M. SCALAndo em Tablets : comunicação alternativa em foco. In.: Educação e Contemporaneidade: contextos e singularidades. Salvador: EDUFBA, 2012, v.1, p 223-248. ISBN nº 978-85-232-1040-3. PASSERINO,L. M.; BEZ, M. R. Building an Alternative Communication System for Literacy of Children with Autism (SCALA) with Context-Centered Design of Usage. Book Chapter. Autism (INTECH). ISBN 980-953-307-737-1 Book edited by: Prof. Michael Fitzgerald. Department of Psychiatry, Trinity College, Dublin, Ireland 2012 [Prelo]
Trabalhos completos publicados em anais de congressos
FOSCARINI, A. C.; PASSERINO, Liliana Maria. Mediação e Desenvolvimento no Atendimento Educacional Especializado através do uso de artefatos tecnológicos. In: ANPED SUL Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - A Pós-Graduação e suas interlocuções com a Educação Básica, 2012, Caxias do Sul/RS. X ANPED SUL Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - A Pós-Graduação e suas interlocuções com a Educação Básica, 2012. v. 1. p. 1-15.
BEZ, Maria Rosangela; PASSERINO, Liliana Maria; VICARI, Rosa Maria. Proyecto SCALA: comunicación alternativa en tablets. In: Congreso Tecnología Educativa, 2012, Cartagena/ES. VII - TECNONEET: Respuestas flexibles en contextos educativos diversos. Cartagena/ES: Imprenta QDH, 2012. v. 1. p. 1-7.
BEZ, Maria Rosangela; PASSERINO, Liliana Maria. Dispositivo móvel Tablet na educação especial: pesquisa exploratória. In: Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2012, Cartagena das Indias/CO. Actas IV Congreso
248
Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles - CAVA 2012, 2012. v. 1. p. 1-7.
COUTINHO, K. S.; Foscarini, A. C.; PASSERINO, Liliana Maria. A Afetividade na Construção dos Processos de Comunicação em Crianças com Autismo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL; ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2012, São Carlos/SP. Anais V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) e VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial, 2012. v. 1. p. 1-10. SOUZA, M. D.; AXT, Margarete; PASSERINO, Liliana Maria. A Tecnologia Assistiva como Potencializadora da Inclusão escolar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL; ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2012, São Carlos/SP. Anais V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) e VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial, 2012. v. 1. p. 1-10. RODRIGUES, G. F.; PASSERINO, Liliana Maria. Sala de recursos Multifuncionais e Comunicação Alternativa: desafios de ir além. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL; ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2012, São Carlos/SP. Anais V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) e VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial, 2012. v. 1. p. 1-10. Resumos publicados em anais de congressos
SOUZA, M. D.; AXT, Margarete; PASSERINO, Liliana Maria. O Apoio da Tecnologia Assistiva na reaproximação de um aluno do território escolar.. In: Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão, 2012, São José dos Campos. Anais 5º Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão (CONADI 2012). v. 1. p. 54-54.
Patentes e registros
PASSERINO, Liliana Maria; BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; MELO, J. P. M.. SCALA-WEB. 2012. Patente: Programa de Computador. Número do registro: 016120006172, título: "SCALA-WEB" , Instituição de registro: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: Comunicação alternativa; Autismo; tecnologia assistiva; déficits de comunicação. Referências adicionais: Brasil/; Finalidade: Tecnologia Assistiva de Comunicação Alternativa para autismo e déficits de comunicação com apoio de uma metodologia; Plataforma: PHP; JAVA SCIRPT; Ambiente: Aplicativos desenvolv. sist. de acordo com determ. metodologia; Inst. promotora/financiadora: CAPES; CNPQ; FAPERGS.
Editora Associada
PASSERINO, Liliana Maria. Editora Associada. Revista: Informática na educação: teoria & prática Número: Deficiência, Educação e Tecnologias Assistivas. Porto Alegre: UFRGS. v.15, n. 2, 252p., 2012. e-ISSN: 1982-1654 Inst. promotora/financiadora: PPGIE/CINTED/UFRGS. PASSERINO, Liliana Maria. Editora Associada. Revista: Informática na educação: teoria & prática Número: Comunicação Alternativa, Tecnologias Assistivas, Práticas Sociais e Pedagógicas. Porto Alegre: UFRGS. v.16, n. 2, 252p., 2013. e-ISSN: 1982-1654 Inst. promotora/financiadora: PPGIE/CINTED/UFRGS Demais tipos de produção
BEZ, Maria Rosangela; PASSERINO, Liliana Maria. Abordagem centrada em Contextos: Autismo e Tecnologia. 2012. (Curso de curta duração ministrado/Extensão). PASSERINO, Liliana Maria; Foscarini, A. C.; RODRIGUES, G. F.; BONOTTO, R. C. S.; SITOE, S. A. . LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA (CA). 2012. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
249
PASSERINO, Liliana Maria; RODRIGUES, G. F.; BEZ, Maria Rosangela. AUTISMO: PELOS CAMINHOS DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA. 2012. (Curso de curta duração ministrado/Extensão). 9.2 Produção em 2013
Artigos completos publicados em periódicos
PASSERINO, Liliana Maria; BEZ, M. R.; BEZ, M. R.; VICARI, R. M. Formação de Professores em Comunicação Alternativa para crianças com TEA: contextos em ação. Revista Educação Especial (UFSM), v. 26, p. 619-637, 2013. ÁVILA, B. G; PASSERINO, L. M.; TAROUCO, L. M. R. Usabilidade em tecnologia assistiva: estudo de caso num sistema de comunicacao alternativa para crianças com autismo. Revista Latinoamericana de Tecnología Educativa – RELATEC. v 12, n. 2, 2013, p. 115-129. BEZ, M. R.; RICO, Aline; PASSERINO, Liliana Maria. Desenvolvimento de narrativas visuais no SCALA: estudo de caso turma de inclusão da Educação Infantil. Revista Informática na Educação Teoria e Prática (Impresso), v16, n.2, 2013, p. 77-88. PEREZ, CLAUDIA C. C.; GLUZ, J. C. Sistema de busca semântica para o SCALA. Revista Informática na Educação Teoria e Prática (Impresso), v16, n.2, 2013, p. 105-116. Livros publicados/organizados ou edições
PASSERINO, Liliana Maria; BEZ, Maria Rosangela; PEREIRA, A. C. C.; PERES, A.; Comunicar para Incluir. 1. ed. Porto Alegre: CRBF, 2013. v. 1. 476p . Capítulos de livros publicados
BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. Viajando pelos caminhos da comunicação: Tecnologia móvel SCALA com crianças com autismo incluídas na educação infantil. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre: CRBF, 2013, v. 1, p. 173-193. PASSERINO, Liliana; BEZ, Rosangela,. Building an Alternative Communication System for Literacy of Children with Autism (SCALA) with Context-Centered Design of Usage. In: Michael Fitzgerald. (Org.). Recent Advances in Autism Spectrum Disorders - Volume I. 1ed.Croatia: InTech, 2013, v. 1, p. 655-670. PASSERINO, Liliana Maria. Anjos Tecnológicos na Torre de Babel: reflexões sobre o uso da Comunicação Alternativa em dispositivos móveis. In: Maria Claudia Brito;Andréa Regina Nunes Misquiatti. (Org.). TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO E FONOAUDIOLOGIA: atualização multiprofissional em saúde e educação. 1ed.Curitiba: EDITORA CRV, 2013, v. 1, p. 209-228. SOUZA, M. D.; PASSERINO, Liliana Maria . A Comunicação Alternativa na Escola Inclusiva: possibilidades e prática docente. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre/RS: CRBF, 2013, v. 1, p. 99-117. RODRIGUES, G. F.; PASSERINO, Liliana Maria. "Comunicar Sim, Mas Como?" Os sentidos produzidos sobre a Comunicação Alternativa por professores de Educação Especial. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre/RS: CRBF, 2013, v. 1, p. 221-238. Trabalhos completos publicados em anais de congressos
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BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M.; SITOE, S. A.. AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA DA TECNOLOGIA ASSISTIVA SCALA: SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA LETRAMENTO DE PESSOAS COM AUTISMO. In: Colóquo Educação Especial e Pesquisa, 2013, Canela/RS. Anais I Colóquio Educação Especial e pesquisa: História, política, formação e práticas pedagógicas, 2013. v. 1. p. 1-11. BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; POLO, L. F.; PASSERINO, L. M. Dispositivo móvel SCALA: Desenvolvimento técnico e metodológico. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para Incluir, 2013. v. 1. p. 1-16. BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; PASSERINO, L. M. SCALAWEB: Desenvolvimento módulo narrativas visuais. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: Comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-15. COUTINHO, K. S.; BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. Análise de Contexto em Interações com o SCALA Tablet Mediando a Comunicação de Alunos Incluídos com Autismo. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-15. BEZ, M. R.; CHARAO, P. S.; ANDRIOTTI, I. C. C.; PASSERINO, L. M.. Relato experiência: uso do SCALA em turma inclusiva. In: Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-16. BEZ, M. R.; RICO, A.; PEREIRA, E. C.; PASSERINO, L. M. Desenvolvimento de narrativas visuais no SCALA: estudo de caso turma de inclusão da Educação Infantil. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. v. 1. p. 1-14. BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. SCALA: Tecnologia Assistiva de Comunicação Alternativa. In: GAMEPAD - Seminários de Games e Tecnologia, 2013, Novo Hamburgo/RS. Anais VI GAMEPAD - Seminário de Games e Tecnologia, 2013. v. 1. p. 1-15. BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; POLO, L. F.; PASSERINO, L. M. Desenvolvimento do aplicativo de comunicação alternativa SCALA para dispositivo móvel tablet. In: Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013, San Juan/AR. Actas V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013. v. 1. p. 1-6. SITOE, S. A.; MASCHKE, G.; PASSERINO, L. M. SCALA COM SISTEMA DE VARREDURA: POSSIBILIDADES FUNCIONAIS. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. v. 1. p. 1-16. PIOVESAN, S. D.; MEDINA, R. D. PASSERINO, L. M. Sistema de Comunicação Alternativa para Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho. In: V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado. Anais do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. RODRIGUES, G; PASSERINO, L. M. A comunicação alternativa na escola: um convite a (re)pensar a prática pedagógica. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. WAGNER, R.; PIOVESAN, S. D.; PASSERINO, L. M.; LIMA, J. V. Integrando mundos de realidade virtual em busca da acessibilidade e inclusão digital. In: V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013, San Juan - Argentina. Anais V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013.
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Resumos expandidos publicados em anais de congressos
MORRUDO FILHO, C. A. R.; BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. Reflexões acerca do uso da Comunicação Alternativa (C.A) em crianças com autismo na fase triádica da comunicação. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-3. PIOVESAN, S. D.; MEDINA, R. D.; PASSERINO, L. M. Realidade Virtual Aplicada à Educação de Pessoas com Deficiência. In: V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013, San Juan - Argentina. Anais V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013. Resumos publicados em anais de congressos
BEZ, M. R.; RICO, A.; PASSERINO, L. M. SCALA: Criação de história, em turma inclusiva de criança com TEA. In: Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013, San Juan/AR. Actas V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013. v. 1. p. 1-5. Demais tipos de produção
BEZ, M. R. Sistema SCALA: Autismo e Comunicação Alternativa. Porto Alegre, 2013. (Curso de curta duração).
Editora Associada
PASSERINO, Liliana Maria. Editora Associada. Revista: Informática na educação: teoria & prática Número: Comunicação Alternativa, Tecnologias Assistivas, Práticas Sociais e Pedagógicas. Porto Alegre: UFRGS. v.16, n. 2, 252p., 2013. e-ISSN: 1982-1654 Inst. promotora/financiadora: PPGIE/CINTED/UFRGS
252
9.3 Produção em 2014
Artigos completos publicados em periódicos
; ; . Análise de Contexto em Interações com o SCALA Tablet Mediando a Comunicação de Alunos Incluídos com Autismo. Informática na Educação (Online), v. 17, p. 221-231, 2014. ; PASSERINO, Liliana Maria ; VERGUTZ, A. ; WAHLBRINCK, K. A. ; . Utilização de shell script e interfaces gráficas para construção de software educacional livre. RENOTE. Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 12, p. 1-9, 2014. ; ; ; Cuterer, Patricia . Autoria nos Mundos Virtuais: um novo desafio ao docente. RENOTE. Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 14, p. 1-10, 2014. Capítulos de livros publicados
de Oliveira Dias, Cristiani ; Passerino, Liliana Maria ; de Castro Lozano, Carlos ; Salcines, Enrique García . TAC-ACCESS - Technologies to Support Communication from Interfaces Accessible and Multimodal for People with Disabilities and Diversity: Context-Centered Design of Usage. Lecture Notes in Computer Science. 0ed.: Springer International Publishing, 2014, v. 8520, p. 141-151. ; PASSERINO, L.M. ; . Conhecendo o Sistema SCALA: comunicação alternativa para dispositivos móveis. In: Néstor Darío Duque Méndez; Demetrio Ovalle Carranza;Julián Moreno Cadavid.. (Org.). Objetos de Aprendizaje, Repositorios y Federaciones... Conocimiento para todos. 1ªed.Manizales / Colombia: Sección de Publicaciones e Imagen. Universidad Nacional de Colombia. Sede Manizales, 2014, v. 1, p. 137-147. SCHNEIDER, F. C. ; PASSERINO, L.M. . Diferentes Olhares de uma Comunidade Escolar sobre a sua Sala de Integração e Recursos. In: SANTAROSA, Lucila Maria Costi; CONFORTO, Debora; VIEIRA, Maristela Compagnoni.. (Org.). Tecnologia e acessibilidade: passos em direção à inclusão escolar e sociodigital. 1ªed.Porto Alegre: Evangraf, 2014, v. 1, p. 62-73. ; PASSERINO, L.M. . Mediação e desenvolvimento no Atendimento Educacional Especializado por meio do uso de artefatos tecnológicos. In: SANTAROSA, Lucila Maria Costi; CONFORTO, Debora; VIEIRA, Maristela Compagnoni.. (Org.). Tecnologia e acessibilidade: passos em direção à inclusão escolar e sociodigital. 1ªed.Porto Alegre: Evangraf, 2014, v. 1, p. 51-61. Trabalhos completos publicados em anais de congressos
; PASSERINO, Liliana Maria ; . Formação de professores na modalidade a distância para atuarem no ensino profissionalizante. In: 2º Congresso Nacional de Professores e 12º Congresso Estadual sobre Formação de Educadores, 2014, Águas de Lindóia. Anais 2º Congresso Nacional de Professores e 12º Congresso Estadual sobre Formação de Educadores, 2014. p. 801-812. ; ; PASSERINO, Liliana Maria . PRONATEC E FORMAÇÃO DOCENTE: INTERLOCUÇÕES POSSÍVEIS A PARTIR DA TECNOLOGIA. In: X ANPED Sul, Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - Reunião Científica Regional da ANPED, 2014, Florianópolis. X ANPED Sul, Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - Reunião Científica Regional da ANPED, 2014. p. 1-21. ; ; ; ; SELLI, M. S. ; ; . Práticas Inclusivas promovidas pelas Tecnologias. In: XVII ENDIPE A Didática e a Prática de Ensino nas relações entre escola, formação de professores e sociedade, 2014, Fortaleza. XVII ENDIPE A Didática e a Prática de Ensino nas relações entre escola, formação de professores e sociedade. Fortaleza: EDUECE, 2014. v. 17. p. 404-404.
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Resumos expandidos publicados em anais de congressos
; ; ; ; Passerino, Liliana Maria . COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA EM CRIANÇAS COM AUTISMO: DO CONCRETO AO TABLET. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, 2014. v. 1. p. 1-4. BONOTTO, R. C. S. ; MONTE, B. T. ; Passerino, Liliana Maria . Alternative Communication and Children Literature: Mediation for Literacy of ASD students. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. v. 1. ; ; Passerino, Liliana Maria ; MEDINA, R. D. . Realidade Virtual aplicada como Ferramenta de Comunicação Alternativa. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; ; Passerino, Liliana Maria ; . Novas perspectivas tecnológicas utilizadas na formação profissional de pessoas com deficiência. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; ; MORRUDO FILHO, C. A. R. . CONTRIBUIÇÕES DO SCALA NA INCLUSÃO E LETRAMENTO DE UMA ALUNA COM PARALISIA CEREBRAL. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; FONTOURA, D. ; Passerino, Liliana Maria . O EFEITO DAS CORES EM CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA: CRIAÇÃO DE CENÁRIOS PARA O SCALA. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. PEREZ, C. C. C. ; Passerino, Liliana Maria ; . Perspectivas para Busca Semântica para Comunicação Alternativa: o caso SCALA. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; RICO, A. ; Passerino, Liliana Maria . SCALA em sala de aula: estudo de caso em turma inclusiva da Educação Infantil. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; . Análise de Aplicativos de Acessibilidade desenvolvidos para Dispositivos Móveis baseados em Android. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; Passerino, Liliana Maria . COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA A ACESSIBILIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O V CONGRESSO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA ? ISAAC BRASIL 2013. In: 16th Biennial Conference of the International Society
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for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; Passerino, Liliana Maria ; ; . A Tecnologia Assistiva na Escola Inclusiva. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa/Portugal. DISCOVER COMMUNICATION - 16th Biennial Conference of ISAAC, 2014. p. 1-5. Patentes e registros - Programa de computador
; ; PASSERINO, L.M. . Seg- Moodle - Verificador de Segurança para Moodle em Servidores Linux Ubuntu. 2014. Patente: Programa de Computador. Número do registro: BR5120140006190, data de registro: 06/06/2014, título: "Seg- Moodle - Verificador de Segurança para Moodle em Servidores Linux Ubuntu" , Instituição de registro:INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. 9.4 Produção em 2015
Artigos completos publicados em periódicos
WAGNER, ROSANA ; PIOVESAN, SANDRA ; PASSERINO, LILIANA ; DE LIMA, JOSÉ VALDENI ; de Castro Lozano, Carlos . MOOCs of Inclusive Technology in Teacher Education for Vocational Education. Creative Education, v. 06, p. 1832-1840, 2015. Livros publicados/organizados ou edições
; (Org.) . Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala.. 1. ed. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015. v. 1. 323p . Capítulos de livros publicados
A Tecnologia Assistiva na Política Pública Brasileira e Formação de Professores: que relação é essa?. In: Claudio Roberto Baptista. (Org.). Escolarização e Deficiência: configurações nas políticas de inclusão escolar. 1ªed.São Carlos: Marquezine & Manzini, 2015, v. 1, p. 189-204. ; PASSERINO, L.M. Perspectiva histórica do Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala.. 1ed.Passo Fundo: Universidade Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 13-19. ; . Sobre comunicação e linguagem. Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 20-33. ; . Mediação e tecnologia. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 34-43. ; ; Proposta metodológica de ação mediada e atenção conjunta para déficits de comunicação. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 44-58. ; PASSERINO, L.M. . Metodologia das Ações mediadoras. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 59-63. ; PASSERINO, L.M. . Metodologia do Design centrado em contextos de uso (DCC). In: Liliana
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Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 65-69. ; PASSERINO, L.M. . Aspectos técnicos. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 70-99. FONTOURA, D. S. ; ; PASSERINO, L.M. . A utilização das cores na criação dos cenários para o Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 100-110. ; PASSERINO, L.M. . Sistema Web Scala em números. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 111-. RICO, A. ; ; PASSERINO, L.M. . Estudo investigativo: emprego do Scala, no módulo Narrativas Visuais, em contexto de turma inclusiva da educação infantil. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 123-134. ; PASSERINO, L.M. . Aquisição de gestos e intencionalidade comunicativa em crianças com autismo. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 135-149. ; ; ; PASSERINO, L.M. . Comunicação, interação e afeto: uma tríade basilar. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 150-169. ; PASSERINO, L.M. ; . O Scala no contexto da educação infantil: desafios e possibilidades nas ações docentes. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 170-182. ; PASSERINO, L.M. ; ; MORRUDO FILHO, C. A. R. . Desenvolvimento do sistema de varredura no Scala e uso do Scala com uma aluna com paralisia cerebral. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 183-205. ; PASSERINO, L.M. ; . A Comunicação alternativa e a construção de recursos comunicacionais com o software Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 206-221. MONTE, B. T. ; MIRANDA, H. ; PASSERINO, L.M. . Dos personagens aos livros: processos e estratégias do contar histórias. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 222-237. SUDER, A. L. ; PASSERINO, L.M. ; . Aplicando sistema multiagente no comunicador livre do Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 238-250. ; GARCIA, E. ; ; ; RAMIRO, M. ; CASTRO, C. . O desafio da acessibilidade multimodal: integração do Scala na plataforma Siesta Cloud. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela
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Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 251-278. PEREZ, C. C. C. ; PEIXOTO, B. N. ; PASSERINO, L.M. . Criação de contextos de uso para proposição de solução de busca semântica para o Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 279-292. ; MORAIS, M. S. . Apropriação de tecnologia no desenvolvimento e aprendizagem de sujeitos com deficiência visual: uma análise dialética. In: Adriano Pasqualotti; Henrique Gil; Fausto Amaro.. (Org.). Tecnologias de informação no processo de envelhecimento humano. 1ªed.Passo Fundo: UPF EDITORA, 2015, v. , p. 134-159. Trabalhos completos publicados em anais de congressos
; ; Passerino, Liliana Maria . DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL À INCLUSÃO LABORAL: PROCESSOS INCLUSIVOS EM DIÁLOGO. In: II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas, 2015, Sorocaba. II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas - Anais do Evento, 2015. v. 2. p. 1-11. MONTE, B. T. ; Passerino, Liliana Maria . OS PICTOGRAMAS NA LITERATURA INFANTIL: ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. In: II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas, 2015, Sorocaba. II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas - Anais do Evento, 2015. p. 1-11. ; PASSERINO, L.M. . APONTANDO E COMUNICANDO: INTENCIONALIDADE COMUNICATIVA EM CRIANÇAS COM AUTISMO NÃO ORALIZADAS. In: VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2015, Campinas. VI Congresso ISAAC - BR VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa. Marília: ABPEE, 2015. p. 1-9. MONTE, B. T. ; MIRANDA, H. ; CEZAR, J. B. ; PASSERINO, L.M. . Era uma vez...os pictogramas na literatura infantil: estratégias de inclusão. In: VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - ISAAC Brasil, 2015, Campinas. Anais do VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa ISAAC - Brasil. Marília: ABPEE, 2015. p. 1-9. ; PASSERINO, L.M. . MOMENTOS DE ATENÇÃO CONJUNTA E O USO DO SISTEMA SCALA ACOMPANHAMENTO EM CRIANÇAS COM AUTISMO NÃO ORALIZADAS. In: VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - ISAAC Brasil, 2015, Campinas. Anais do VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa ISAAC - Brasil. Marília: ABPEE, 2015. p. 1-16. FRANCISCATTO, ROBERTO ; ; PASSERINO, LILIANA . Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo SCALA Tablet. In: IV Congresso Brasileiro de Informática na Educação, 2015, Maceió, 2015. p. 248-255. ; ; PASSERINO, L.M. ; . Análise quantitativa de uso do Sistema SCALA. In: GAMEPAD VII Seminário de Games e Tecnologia, 2015, Novo Hamburgo. Anais [do] GamePad VIII : upgrades para novos profissionais [recurso eletrônico]. Novo Hamburgo: Editora Feevale, 2015. p. 1-18. Patentes e registros - Programa de computador
; ; ; FRANCISCATTO, ROBERTO ; FRANCISCATTO, ROBERTO . SCALA Tablet. 2015. Patente: Programa de Computador. Número do registro: BR5120150015435, data de registro: 11/12/2015, título: "SCALA Tablet" , Instituição de registro:Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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9.5 Produção em 2016
Capítulos de livros publicados
BEZ, M. R. ; PASSERINO, L.M. . Recursos de Comunicação Alternativa: da escolha ao uso.. In: BASTOS A. R. B.. (Org.). Cozinha para todos: comunicação alternativa para forno e fogão. 1ed.Curitiba: Nova Letra, 2016, v. 1, p. 14-30. GLUZ, J. C. ; VICARI, R. M. ; PASSERINO, L.M. . The Socio-Cultural Approach to Software Engineering and its Application to Modeling a Virtual Learning Environment. In: Koch, F.; Koster, A.; Primo, T.. (Org.). Social Computing in Digital Education. 1ed.Switzerland: Springer International Publishing Switzerland, 2016, v. 1, p. 83-103. Trabalhos completos publicados em anais de congressos
FRANCISCATTO, ROBERTO ; PASSERINO, L.M. ; FRANCISCATTO, M. H. . Solassist - Biblioteca virtual de tecnologias assistivas: estudo de caso com foco na usabilidade. In: Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología - TE&ET, 2016, Buenos Aires. XI Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología: Libro de Actas TE&ET 2016. Buenos Aires, 2016. v. 1. p. 341-350. FRANCISCATTO, R. ; PEREZ, C. C. C. ; BEZ, M. R. ; PASSERINO, L.M. ; VOLPATTO, D. R. . Scala - Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo: implementação de um sistema de busca avançada. In: Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología - TE&ET, 2016, Buenos Aires. XI Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología: Libro de Actas TE&ET 2016, 2016. v. 1. p. 384-393. LIMA, R. P. ; BERCHT, M. ; PASSERINO, L.M. ; VICARI, R. M. ; GLUZ, João Carlos . SCALA on the Internet of Things: an Exploratory Research. In: International Workshop Series: Social Computing & Education, 2016, Zagreb. Intelligent Tutoring Systems -13th International Conference - Proceedings. New York: Springer International Publishing, 2016. v. 9684. p. 28-38.
Síntese de produção Tipo produção TOTAL
Prêmios 8
Artigos completos publicados em periódicos 11
Livros publicados/organizados ou edições 2
Capítulos de livros publicados 34
Trabalhos completos publicados em anais de congressos 37
Resumos expandidos publicados em anais de congressos 13
Resumos publicados em anais de congressos 2
Demais tipos de produção 4
Programa computador c/registro 3
258
Editoração especial revista 2
PUBLICAÇÕES COM PREVISÃO PARA 2016/2017
Título: Intencionalidade comunicativa em crianças com autismo Autores: Foscarini, AC; Passerino, Liliana. Revista: Revista Lusófona de Educação
Título: SCALA na Internet das Coisas: uma pesquisa exploratória Autores: Lima-P, Roceli; Bercht, Magda; Passerino, Liliana. Revista: Tecnologia na Educação () Qualis: B1. Período para submeter: 1º a 30 de Abril de 2016. Título: "Tecnologias tangíveis na mediação da aprendizagem de criança com TEA" Autores: Lima-P, Roceli; Bercht, Magda; Passerino, Liliana. Revista: CLEI 2016 - XLII Conferência Latinoamerica de Informática Período para submeter: May 15, 2016. Título: Busca Semântica de imagens no SCALA: uma abordagem baseada em ontologia Cláudia Camerini Corrêa Pérez, Liliana Maria Passerino Revista: Tecnologia na Educação () Qualis: B1.
Título: Design Centrado em Contexto de Uso: metodologia de desenvolvimento de tecnologia assistiva com enfoque no autismo Maia Rosangela Bez, Liliana Maria Passerino Revista: Computers & Education
Título: CENAS DE UM PROCESSO DE INCLUSÃO: ENTRE O IMAGINAR E O NARRAR HISTÓRIAS Autores: Barbara Terra do Monte e Liliana Maria Passerino Revista: cuadernos de Pedagogia - B1 / cadernos de Educação (UFPel) - B1
Título: As Narrativas Visuais e o Processo de Inclusão (título provisório) Autores: Barbara Terra do Monte e Liliana Maria Passerino Revista: Educação (UFSM) - B1 9.6 ORIENTAÇÕES
Orientações de Iniciação Científica Concluídas
Leonardo Batecini Ramos Período: 01/09/2011 a 29/02/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Paula Albrecht Corrêa Período: 01/10/2010 a 31/07/2011. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Manuela Arcos Machado Período: 01/09/2011 a 31/03/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo.
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Carlos Alberto Rodrigues Morrudo Filho Período: 01/02/2012 a 31/07/2012 e 01/08/2012 a 31/07/2013. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Bernardo de Freitas Zamperetti Período: 01/03/2012 a 31/07/2012 e 01/10/2012 a 31/10/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Áurea Altenhofen Período: 01/10/2012 a 28/02/2013. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo.
Bernardo de Freitas Zamperetti Período: 01/03/2013 a 31/07/2013 Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com
Autismo. Gabriel Maschke Ferreira Período: 01/03/2013 a 31/11/2015 Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Luís Felipe Polo Período: 01/04/2013 a 31/07/2013 e 01/08/2013 a 31/07/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo.
Teses e dissertações concluídas
Sheila António Sitoe. Sistema scala e deficiência motora : contribuições na inclusão de uma aluna com paralisia cerebral na rede regular de ensino. 2014. Dissertação (Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU)) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Liliana Maria Passerino. Maria Rosangela Bez. SCALA - Sistema de comunicação alternativa para processos de inclusão em autismo: uma proposta integrada de desenvolvimento em contextos para aplicações móveis e web. 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Liliana Maria Passerino. Magali Dias de Souza. Dos trajetos costumeiros e errantes que compõem um exercício docente em sala de recursos: o atendimento pedagógico domiciliar e a tecnologia assistiva. 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, . Coorientador: Liliana Maria Passerino. Ana Carla Foscarini. Estudo sobre o processo de aquisição de gestos comunicativos em sujeitos com autismo a partir do uso de um sistema de comunicação alternativa: 2013. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador). Trabalhos TCC e Iniciação Científica Concluído
BERNARDO DE FREITAS ZAMPERETTI. SCALAweb PROMOVENDO A COMUNICAÇÃO DE
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CRIANÇAS COM AUTISMO : um sistema de comunicação alternativa on-line. XXI FEIRA DE INICIAÇÃO À INOVAÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO –FINOVA, 2012.
Trabalhos TCC e Iniciação Científica Concluído
Leonardo Batecini Ramos. Um Chat Pictográfico para o SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de pessoas com Autismo) INSTITUTO DE INFORMÁTICACURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 2013 BERNARDO DE FREITAS ZAMPERETTI. SCALA – Web e Android, nos módulos prancha e narrativas visuais. Salão UFRGS 2013: Feira de Inovação Tecnológica UFRGS – FINOVA, 2013. ÁUREA ALTENHOFEN. Jurisprudência dos Tribunais Brasileiros para os Direitos Essenciais no Desenvolvimento de Pessoa com Autismo: Tensões na Educação Inclusiva e Estudo de Caso em Escolas da Rede Municipal de Porto Alegre. Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. Carlos Alberto Rodrigues Morrudo Filho. FASE TRIÁDICA DE DESENVOLVIMENTO COM FOCO NO AUTISMO: POSSÍVEIS DISCUSSÕES NO CONTEXTO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA. Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. GABRIEL MASCHKE FERREIRA. SCALA - Sistema de Varredura Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. LUÍS FELIPE POLO. Sistema SCALA – desenvolvimento dispositivo móvel Tablet. Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. Kely Kisielevski. A gestão na inclusão: estudo de caso na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Pedagogia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientador: Liliana Maria Passerino. Desiree Marcelo. A ESCOLA EM MINHA VIDA: A influência escolar nos processos de formação de um sujeito com deficiência.. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Pedagogia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientador: Liliana Maria Passerino. Orientações de outra natureza Bárbara Terra do Monte. Estágio Docência da Pós-Graduação. 2014. Orientação de outra natureza. (Curso de Pedagogia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Liliana Maria Passerino. Teses e dissertações em andamento
Cláudia Camerini Corrêa Pérez. Sistema de busca semântica de imagens no SCALA: uma abordagem baseada em ontologia. Início: 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (Orientador). Ana Carla Foscarini. A simbolização de pessoas com deficiência intelectual através da comunicação alternativa. Início: 2014. Tese (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU)) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador). Martha Barcellos Vieira. Elementos da Computação Afetiva em Recursos Tecnológicos Assistivos para Inclusão de Pessoas com Deficiência Intelectual no Mercado de Trabalho. Início: 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (Coorientador).
261
Renata Costa de Sá Bonotto. Mediação e Afetividade no Desenvolvimento da Linguagem e da Comunicação em Pessoas Com Autismo. Início: 2013. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador) Roceli Pereira Lima. Tecnologia Tangível no apoio a interação Social de criança autista. Início: 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Coorientador)
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10 PRÊMIOS RELACIONADOS AO PROJETO SCALA
• 2a melhor tese doutorado do co-orientando Roberto Rabello (Simpósio Brasileiro de
Informática na Educação) de 2010 organizado pela SBC - Sociedade Brasileira de
Computação
• 2a melhor dissertação de mestrado da orientanda Barbara G. Ávila, SBIE (Simpósio
Brasileiro de Informática na Educação) de 2011 organizado pela SBC - Sociedade
brasileira de Computação.
• Destaque FINOVA 2012 (Feira de Inovação Tecnológica), orientando Bernardo de
Freitas Zamperetti, SEDETEC/UFRGS.
• 3o Melhor artigo do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar
para Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013.
• 5o Melhor artigo V Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar para
Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013.
• 2o Melhor Pôster V Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar para
Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013.
• Destaque Salão de Iniciação Científica UFRGS 2013 (PROPESQ). Carlos Alberto
Rodrigues Morrudo Filho. Fase Triádica De Desenvolvimento Com Foco No Autismo:
Possíveis Discussões No Contexto Da Comunicação Alternativa. Salão UFRGS 2013: SIC
- XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013.
• Menção Honrosa - Melhores artigos publicados na Categoria Protótipo no I Concurso
Integrado Apps.Edu, evento integrante do IV Congresso Brasileiro de Informática na
Educação - CBIE 2015, SBC - Sociedade, IV Congresso Brasileiro de Informática na
Educação - CBIE 2015, SBC - Sociedade Brasileira de Comput.
263
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente projeto de pesquisa previu uma forte integração entre as áreas da
educação, TA e TIC. A convergência destas áreas através do desenvolvimento do software
(web e móvel), bem como, as técnicas avançadas empregadas, provém um avanço
significativo no que diz respeito a softwares voltados para o Autismo. O que diferencia o
sistema SCALA dos demais sistemas de CAA, não é somente o público alvo, mas pelos
processos de avaliação, a proposição de uma metodologia de uso numa perspectiva sócio-
histórica testada, a abrangência do estudo em ambientes naturalísticos (família e escola), a
ampla formação realizada como retorno para a comunidade, a formação interdisciplinar de RH
numa área crítica (TA), os prêmios e reconhecimentos obtidos, a ampla produção científica
disponível (e-book, periódicos) e o impacto social que um sistema gratuito e livre pensado
para educação infantil e anos iniciais com 700 usuarios. O impacto não se restringe ao
Autismo, uma vez que o SCALA é utilizado também com outros públicos (deficiência
intelectual, PC, etc.) Outros projetos estão em andamento como sistema de busca semântica
de pictogramas, integrado ao banco de dados local, personalizado (do usuário) e externo (de
outros sistemas abertos colaborativos), aliado a tecnologias abertas. Outros fatores de impacto
para o avanço na área de conhecimento em questão são a utilização de metodologias de
desenvolvimento de software, baseadas no contexto do usuário, que abrangem a
interdisciplinaridade de áreas, bem como, de profissionais envolvidos na construção do
mesmo; os padrões do governo de usabilidade que garantem maior e melhor utilização; as
tecnologias de software (back-end e front-end) que proporcionam novas funcionalidades ao
mesmo. O impacto maior do projeto se reflete na utilização do produto final, como TA de
mediação, utilizada no dia-a-dia de crianças com TEA e o acompanhamento de seu
desenvolvimento ao utilizar a ferramenta como suporte ao seu processo de alfabetização.
Dessa forma, o SCALA foi desenvolvido não somente para um perfil de usuário, mas sim para
seu contexto educacional, com diferentes atores dentro de um novo paradigma, que ultrapassa
o Design Centrado no Usuário (DCU), para um Design Centrado no Contexto (DCC). Salienta-
se que, embora este sistema de CA tenha sido desenvolvido com foco no Transtorno do
Espectro do Autismo, pode ser utilizado para atender a outros déficits de oralidade ou,
inclusive, para o uso com crianças que não apresentam tais distúrbios, sendo uma ferramenta
útil no processo de comunicação e de letramento. Os dados coletados em estudos de casos
recentes mostram a aplicabilidade do SCALA para utilização com crianças com deficiência
motora e para utilização em processos de alfabetização e letramento em geral. Outros projetos
já estão em andamento para incrementar a próxima versão do sistema, incluindo uma
ferramenta para a comunicação síncrona, sistema inteligente de busca de imagens, uso de
agentes/avatares para a mediação, etc
Com referência à inovação de produtos o projeto em questão já possui dois registros de
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softwares, através da licença GPL, uma para a versão web (SCALA-WEB BR016120006172) e
outra para a versão móvel (Android BR5120150015435), sendo que estas licenças permitem a
qualquer pessoa alterar, modificar e redistribuir livremente este software, podendo a qualquer
momento construir a sua própria ferramenta de software, através da estrutura atual. Ainda,
através de convênios de internacionalização a estrutura do mesmo tem sido utilizada em
conjunto com outras ferramentas de tecnologia assistiva na Espanha, bem como, o software
Scala possui interfaces de interação com softwares abertos de outros países com é o caso da
integração de pictogramas existentes com o sistema ARASAAC (http://arasaac.org/). Com
relação à inovação de processos foi criada uma metodologia de desenvolvimento para a TA
SCALA, denominada Design Centrado em Contexto de Uso (DCC) e aperfeiçoada uma
metodologia de aplicação com sujeitos com TEA denominada de Ação Mediadora
fundamentada em pressupostos da teoria sócio-histórica.
Com relação às políticas públicas O SCALA foi apresentado para MEC e hoje está na lista
de TA gratuitas distribuídas nas escolas. Além disso, diversos municípios adotaram o sistema e
a metodologia de aplicação para utilização nos seus serviços de AEE. E foi inserido no curso
nacional de formação de professores para AEE desenvolvido pela SECADI em parceria com a
Universidade Federal do Ceará na Especialização em Educação Especial - Formação Continuada
de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Desta forma, como maior
contribuição deste projeto está sua característica social, uma vez que é utilizado no processo
de comunicação, letramento e alfabetização de crianças com TEA, possuindo notável inserção
na vida destas crianças e em seu processo de aprendizagem, além de envolver a participação
de pais, cuidadores, professores, pedagogos, entre outros tantos profissionais. Cabe ainda
salienta que no transcorrer do projeto foi criada uma metodologia de desenvolvimento para a
tecnologia assistiva SCALA, com foco não somente para um perfil de usuário, mas sim para
seu contexto educacional, com diferentes atores dentro de um novo paradigma, que ultrapassa
o Design Centrado no Usuário (DCU), para um Design Centrado no Contexto (DCC). Assim
como foi desenvolvida uma metodologia de uso: Ação mediadora fundamentada em
pressupostos da teoria sócio-histórica.
No que concerne a contribuição do projeto para formação de recursos humanos, o
projeto permitiu a formação de dois doutorados, quatro mestrados, um graduado quatro
doutorandos em andamento, um pós-doutorado junior, nove orientações de IC/IT; 3 DTI, 2
AT. Workshops, formações continuadas e atualizações de tecnologia com outros grupos,
ocorrem de forma constante. Durante a execução do projeto foram promovidas mais de 25
formações continuadas para professores, pesquisadores, estudantes, familiares e profissionais
em municípios como:Porto Alegre, Novo Hamburgo, Guaíba, Gramado, Farroupilha, Alegrete,
São Leopoldo, Bagé, Vacaria, e em outros estados: São Paulo/SP, São Luis /MA,
Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Recife/PE, Uberlândia/MG, entre outros. A internacionalização
do SCALA e dos estudos de pós-graduação que envolve o projeto, estão acontecendo a partir
de convênios e parcerias entre elas com Espanha (Universidad de Córdoba, de Zaragoza, Esp,
de Girona ) Com Portugal (Universidade do Porto, de Lisboa), Com Argentina (Universidad Nac.
265
de San Juan, de Rosário) Com Colômbia ( Universidad Nac. de Colômbia/Manizales, e Pontificia
Javeriana) e com Uruguai Universidad Nac. de La república. No âmbito nacional existem
parcerias com: UEPA, UFBA, UFPE, UFPA, UFMA, UFCE, UNIPAMPA, UFRJ, IFFluminense, UFSM,
UFSC, UDESC, IFSC, IF Catarinense, IFSUL, IFFarroupilha, e Cátedra de Tecnologias na
Educação da Unesco. O projeto teve como objetivos a formação de recursos humanos em
diferentes níveis, contando hoje com 1900 usuários ativos no Brasil e em outros países uma
vez que possui versões para inglês e espanhol. O número de alunos de graduação, mestrado,
doutorado e pós-doutorado já envolvidos no projeto superou as expectativas e contribuíram de
forma significativa, com trabalhos premiados. Os resultados, análises, formações, publicações,
equipe, entre outras informações do projeto, podem ser consultados em sua página oficial,
http://scala.ufrgs.br e no relatório anexo a este processo.
Pode-se constatar, através do crescente número e diversidade das
publicações nacionais e internacionais do grupo de pesquisa, que o projeto teve uma ampla
divulgação no meio cientifico. Dentre estão 11 artigos publicados em periódicos, 02 livros
publicados, participações em 34 capítulos de livros, 34 artigos completos publicados em anais
de eventos, 13 resumos, expandidos e 2 resumos. O reconhecimento dos trabalhos já se torna
evidente em função das 08 premiações em eventos que envolveram tanto o sistema SCALA em
si, como as teses e dissertações resultantes das pesquisas realizadas no âmbito do projeto.
Dentre estas destaca-se: Menção Honrosa - Melhores artigos publicados na Categoria Protótipo
no I Concurso Integrado Apps.Edu, evento integrante do IV Congresso Brasileiro de
Informática na Educação - CBIE 2015, SBC; destaque Salão de Iniciação Científica UFRGS
2013, 3o Melhor artigo do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar
para Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013. 5o Melhor artigo V Congresso brasileiro de
Comunicação Alternativa - Comunicar para Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013. 2o
Melhor Pôster V Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar para Incluir,
ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013. Além disso, ocorreu a difusão do conhecimento através
de diversas palestras ministradas por integrantes do SCALA, no âmbito nacional e
internacional, assim como, na promoção de variados cursos de curta duração, contemplando
professores principalmente, com o intuito de apoiar processos inclusivos e disseminar o uso de
tecnologias assistivas, e o conhecimento em torno do Transtorno do Espectro Autista. Estas no
âmbito nacional e internacional conforme descrito no item anterior e no projeto anexado a este
processo. Finalmente, a internacionalização do SCALA e dos estudos de pós-graduação que
envolve o projeto, estão acontecendo a partir de diversos convênios e parcerias em
andamento ou em vias de confirmação, entre as principais podemos destacar: Universidad de
Córdoba, Espanha, Universidad de Zaragoza, Espanha, Universidade do Porto, Portugal,
Universidad de Girona, Espanha, Universidad Nacional de San Juan, Argentina, Universidad
Nacional de Rosário, Argentina, Universidad Nacional de Colômbia/Manizales, Colômbia. Não
menos importantes são as parcerias com as universidades nacionais: Universidade Estadual do
Pará, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Federal
Fluminense, Universidade Federal de Santa Maria, Univer. Fed. de Santa Catarina, Univer.
266
Federal do Pampa, bem como apoio da Cátedra de Tecnologias na Educação da Unesco.
267
12 AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao CNPq pelo apoio e financiamento fornecido que possibilitou o
desenvolvimento desta pesquisa pioneira no Rio Grande do Sul e que beneficia toda a
sociedade brasileira.
268
13 REFERÊNCIAS ALMEIDA, M; BAX, M. Uma visão geral sobre ontologias: pesquisa sobre definições, tipos, aplicações, métodos de avaliação e de construção. Revista Ciência da Informação, 2003. V. 32 n. 3. AVILA, Bárbara G. Comunicação Aumentativa e Alternativa para o Desenvolvimento da Oralidade de Pessoas com Autismo. 2011. Dissertação de mestrado em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil, 2011. BARAKOVA, E.; GILLESSEN, J.; FEIJS, L. Social training of autistic children with interactive intelligent agents. Journal of Integrative Neuroscience, v. 8, n. 1, p. 23–34, 2009. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BARTH, C; PASSERINO, L.M.; SANTAROSA, L. M. C. Descobrindo emoções: software para estudo da teoria da mente em sujeitos com autismo. CINTED. Porto Alegre, v.3, n.1, 2005. Disponível em: <http://www.cinted.ufrgs.br/>. Acesso em: 20 de maio. 2007. BAUER, Martin; GASKELL, George; ALLUM, Nicholas. Qualidade, quantidade e interesses do conhecimento. In: BAUER, Martin; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2002. BERNERS-LEE, T; HENDLER, J; LASSILA, O. The Semantic Web. Scientific American, May 2001. p. 29-37. BRASIL, RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. MEC, SEESP, 2009. BEZ, M. R. Comunicação aumentativa e alternativa para sujeitos com transtornos globais do desenvolvimento na promoção da expressão e intencionalidade por meio de ações mediadoras. Dissertação de Mestrado em Educação. UFRGS. Porto Alegre, RS, Brasil, 2009. _____. Comunicação Aumentativa e Alternativa no Letramento de Sujeitos com Transtornos Invasivos do Desenvolvimento: Um Estudo de Caso em Escolas Inclusivas. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre, RS, Brasil, 2010. CAMPOS, Ana Maria Camelo. Observando a Conexão Afetiva em Crianças Autistas Dissertação (Mestrado em Psicologia)–Departamento de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008, 111p. DEVMEDIA. Introdução ao formato JSON. 2014. Disponível em: http://www.devmedia.com.br/introducao-ao-formato-json/25275. Acesso em: março de 2016. DONDIS, A Donis. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2008. GOETZ, J. P. Etnography and qualitative design in educational research. Orlando, EUA: Academic Press, 1984. Lopes, C.F. (2005) ESQUIZENCEFALIAS: Características Clínicas e de Neuroimagem. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual de Campinas.Faculdade de Ciências Médicas.Campinas.2005.
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Anexo A - Aprovação do Comitê de Ética
ANEXO B - Scala Server
O presente documento expõe o processo de desenvolvimento do Software ScalaServer. O referido software têm por finalidade criar uma interface de controle e administração das imagens pranchas publicadas do software Scala, a qual busca:
1. Administração e publicação de categorias e imagens incluindo os referidos arquivos
2. Administração e publicação das pranchas39 criadas pelo usuário e exportada publicamente
Na primeira fase do projeto, inicialmente foi realizada a análise de negócio para as imagens e categorias do Scala, a qual será usada como referência para as versões Tablet, Web e Desktop. A figura a seguir apresenta o diagrama de classes da camada de modelo do projeto:
Em seguida foram definidos o projeto e arquitetura estabelecendo as tecnologias usadas para o desenvolvimento do software ScalaServer e comunicação Web Services. Para a escolha de tal tecnologia, levou-se em conta os seguinte quesitos:
• padrões e tecnologias atualmente utilizadas no mercado;
• integração e compatibilidade com as plataformas já desenvolvidas;
• integração e compatibilidade com as plataformas que serão desenvolvidas;
• qualidade da tecnologia em relação à usabilidade, estabilidade, acabamento gráfico;
39 Prancha: Ambiente de utilização do Scala, incluindo o layout escolhido pelo usuário, imagens utilizadas e definições de posicionamento, vozes e textos sobrepostos.
273
• facilidade de desenvolvimento/manutenção.
Aderências aos padrões atualmente utilizados (Orientação à Objetos, MVC e etc) Avaliando as tecnologias disponíveis no mercado, a tecnologia Java foi escolhida como base de desenvolvimento, sendo esta, a mesma utilizada em todas as versões do Scala (Desktop, Tablet e Web). Foi definido o uso de uma tecnologia Web por ser uma tendência tecnológica e por facilitar seu uso de forma que qualquer usuário habilitado necessite apenas de um navegador de Internet para acessa-la. O quadro abaixo demostra as tecnologias e versões utilizadas:
Descrição Tecnologia Versão Tecnologia base Java para Web Java EE 6
Servidor de Aplicação Apache Tomcat 7 Framework de Persistência JPA 2 Framework Web JSF/Facelets 2 Framework UI Primefaces 3 Banco de Dados PostgreSQL 9 Tecnologia Web Services JAX-WS 2
Após definição e validação da estrutura, o desenvolvimento da aplicação iniciou-se com a estrutura básica em ambiente seguro (controle por login/senha administráveis no próprio software) e administração das imagens do Scala. O objetivo deste módulo é possibilitar de maneira simples a inclusão, alteração e exclusão das categorias e imagens que estarão disponíveis para uso. O software, ao enviar as imagens, reconhece automaticamente os nomes através do nome do arquivo, a qual se torna o nome e dentro do Scala será usado também para o reconhecimento de voz do sistema. Após esta etapa, as alterações serão avaliadas e publicadas.
Uma vez publicada, cada software do Scala irá verificar por atualizações e caso tenha, baixar e implantar tais modificações, fazendo com que todos os aplicativos scala possam facilmente se manter atualizados quanto às categorias e imagens. Esta sincronização é realizada através de Web Services.
A segunda etapa contempla o recebimento e publicação das pranchas gravadas pelos usuários em seus software Scala. A funcionalidade permite o recebimento de uma prancha por WebService e, após aprovado por um administrador, a publicação da mesma também por Web Services. O armazenamento das pranchas segue os padrões de arquitetura definidos pelo CINTED incluindo meta-dados que permitem a busca e localização para outros usuários.
O cronograma de desenvolvimento incluiu reuniões mensais presenciais e virtuais com a equipe do Scala coordenada por Liliana Passerino e troca de informações por telefone e email, buscando reduzir diferenças entre as necessidade e as soluções desenvolvidas.
Apêndice A – Termos de consentimento e concordância
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Pesquisador: Liliana Maria Passerino
Título da pesquisa: Scala – Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento com Austismo)
Nome do participante:
Caro participante:
Gostaríamos de convidá-lo a instaurar parceria como voluntário da pesquisa intitulada: Projeto SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento com Autismo), que refere-se a um projeto de doutorado da participante Maria Rosangela Bez, a qual pertence ao Programa de Pós graduação em Informática na Educação (PGIE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os objetivos deste estudos são desenvolver e aplicar um sistema que possibilite a comunicação de sujeitos com espectro do autismo, com a finalidade de produzir narrativas e comunicações sejam orais ou simbólicas a partir do uso do sistema com crianças que apresentem déficits de comunicação.
Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa o que garante seu anonimato
Não será cobrado nenhum valor monetário; não haverá gastos na sua participação neste estudo; não estão previstos ressarcimentos ou indenizações; não haverá benefícios imediatos na sua participação. Os resultados contribuirão para o processo de inclusão e comunicação do aluno XXXXXX, assim como através da tese que será disponibilizada na biblioteca da UFRGS para futuras pesquisas e, para o aprimoramento do desenvolvimento de um software de um sistema de comunicação alternativa que está em processo de construção pelos integrantes do projeto.
Se, no decorrer da pesquisa o(a) participante resolver não mais continuar terá toda a liberdade de o fazer, sem que isso lhe acarrete qualquer prejuízo.
Os pesquisadores responsáveis por esta pesquisa são a Professora Liliana Maria Passerino (Faculdade de Educação/UFRGS) e sua equipe, que se comprometem a esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida que eventualmente o participante e/ou responsável legal venha a ter no momento da pesquisa ou posteriormente através dos telefones (051) 3308.3778 ou por email [email protected].
Eu confirmo que estou ciente dos objetivos desta pesquisa, bem como, a forma de participação. As alternativas para minha participação também foram discutidas. Eu li e compreendi este termo de consentimento, portanto eu concordo em dar meu consentimento para participar como voluntário desta pesquisa.
_________________________________
Assinatura dos participante
________________,__________de ______.
275
TERMO DE CONCORDÂNCIA DA INSTITUIÇÃO
PROJETO - SCALA/UFRGS
A nome da instituiçao, sediada a endereço, Porto Alegre/RS, por meio deste Termo de
Adesão, concorda em participar da pesquisa do Projeto SCALA (Sistema de Comunicação
Alternativa para o Letramento com Autismo), coordenado pela professora Liliana Maria Passerino
e sua equipe, que se compromete a esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida que
eventualmente o participante e/ou responsável legal venha a ter no momento da pesquisa ou
posteriormente através dos telefones (051) 3308.3778 ou por e-mail [email protected]. Se,
no decorrer da pesquisa a escola resolver não mais continuar terá toda a liberdade de o fazer,
sem que isso lhe acarrete qualquer prejuízo.
Este projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Faculdade de Educação da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Todos os cuidados serão tomados para garantir o
sigilo e a confidencialidade das informações, preservando a identidade dos participantes. Os
procedimentos utilizados nesta pesquisa obedecem aos Critérios de ética na Pesquisa com Seres
Humanos conforme Resolução no 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos
procedimentos realizados oferece riscos à dignidade do participante. Todo material desta
pesquisa ficará sob responsabilidade da pesquisadora coordenadora do estudo, Profa. Liliana
Maria Passerino e, após 5 anos será destruído. Dados individuais dos participantes coletados ao
longo do processo não serão informados às instituições envolvidas ou aos familiares, mas deverá
ser realizada uma devolução dos resultados, de forma coletiva, para a escola, se for assim
solicitado.
A escola pode optar pelo anonimato ou não do nome da instituição nas publicações
decorrentes da pesquisa que forem elaboradas pela equipe SCALA.
( ) Concordo que o nome da instituição apareça nas publicações
( ) Há preferência pelo anonimato do nome da instituição.
Porto Alegre, ____ de ________ de 2012.
_________________________________
Representante da Instituição
Nome da Instituição
Apêndice B - Requisitos funcionais e não funcionais do sistema SCALA Requisitos funcionais do sistema ScalaWeb – Prancha
REQF01- Fazer login: ao entrar no software primeiro abrirá uma pagina solicitando que efetue. o login, digitando o nome de identificação no local especificado e uma senha. Após clicar no botão “Login” e entrará na pagina do software. Se o usuário digitar nome ou senha incorreto aparecerá uma janela com mensagem.
REQF02- Cadastrar usuário: Para o usuário efetuar o cadastro deverá preencher os seguintes campos: nome, senha, cidade, profissão, email, local de acesso; se é usuário de comunicação alternativa; se concorda com os termos de uso do scala. Para finalizar o cadastro clicar no botão “Cadastrar”.
REQF03- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao clicar no botão layout abrirá janela contendo miniaturas dos quatro tipos de layouts disponíveis. Ao clicar em um dos tipos a tela deve se adequar ao tipo escolhido. o tipo 1 corresponde a uma prancha dividida em 12, o tipo 2 corresponde a uma prancha dividida em cinco quadros. O tipo 3 corresponde a uma prancha dividida em oito quadros e a tipo quatro a uma prancha dividida em sete quadros O software inicia com layout do tipo 1. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768.
REQF04- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (pessoas, objetos, natureza, ações, alimentos, sentimentos, qualidades, minhas imagens) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando na mesma. Esta fica selecionada até que o usuário efetue um novo clique no local desejado (quadro) quando a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens”. REQF05- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou prancha toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, após clicar sobre o quadro escolhido ou no ambiente da prancha. Se for o quadro, este é limpo e ficará em branco. Se for o ambiente da prancha, toda a prancha será excluída, permanecendo somente um quadro branco. Ambiente é considerado a parte do layout onde se encontram as pranchas. REQF06- Enviar som: Permite ao usuário enviar um som para o software, que será executado no lugar da legenda da imagem do quadro. O usuário clia no quadro e depois no ícone de som para abrir a caixa de upload do som. REQF07- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia a legenda existente no quadro. O usuário clica no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz ou do som enviado pelo próprio usuário no REQF06 . REQF08- Salvar Prancha: permite salvar a prancha construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a prancha e escolhido se a prancha ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A prancha será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma prancha salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a prancha. E quando salvar a prancha privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF09- Abrir prancha: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou pranchas públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a prancha, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de pranchas públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As pranchas existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF10- Imprimir prancha: permite que o usuário imprima a prancha aberta no sistema. O usuário clica no ícone imprimir e a prancha aberta na tela principal será impressa. REQF11- Reproduzir Prancha: Permite que o usuário veja a prancha em um quadro e possa
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reproduzi-la inteiramente com o sintetizador de voz. REQF12- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças na elaboração da prancha. Para desfazer, clicar no botão do ícone desfazer, e a última ação será desfeita na prancha, até dez vezes. REQF13- Importar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem dentro de seu computador e armazená-la em seu banco de imagens. Após esta imagem estará na categoria “minhas Imagens”.. REQF14- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF15- Exportar: permite que o usuário exporte sua prancha para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde quer salvar, depois clica com o mouse em salvar(a prancha é salva no formato PDF). REQF16- Editar legenda imagem: permite que o usuário alterar a legenda da imagem na sua prancha. Requisitos não funcionais do sistema
REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (exceto no exportar prancha). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas. Diagrama de casos de uso do Scala Web – Tela Inicial
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Diagrama de casos de uso do Scala Web – Módulo Prancha
Requisitos funcionais do sistema ScalaWeb – História
REQF01- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao abrir o software uma janela com as quatro opções de layout existentes é automaticamente aberta. Ao clicar sobre uma das opções, a tela é redefinida de acordo com a opção escolhida. O usuário poderá escolher entre as três opções disponíveis, que são: uma tela dividida em quatro quadros; uma tela em branco; uma a tela dividida em 3 quadros e uma tela dividida em 6 quadros . Iniciar com quadro branco na tela principal do sistema. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768
REQF02- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (ícones-botões-imagens próprias, etc) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando com o mouse na mesma. Depois o usuário deverá clicar na tela de edição e então a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens” REQF03- Carregar cenário: Permite carregar as imagens de cenário do banco de dados do software para formar o fundo dos quadros. Quando o usuário desejar colocar um cenário ou cor no quadro de sua história, este deverá clicar no ícone-cenários ou na paleta de cores, dentro da janela de Alterar Cenário. Abre uma janela com os cenários/cores e após escolha, o usuário clica com o mouse no cenário/cor escolhido. O cenário/cor ocupará o tamanho do quadro e ficará fixo. REQF04- Aumentar imagem: Permite aumentar o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “aumentar imagem”. Esta aumenta 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até no máximo 90% do tamanho do quadro. REQF05- Diminuir imagem: Permite diminuir o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada, e após, no ícone de Diminuir Imagem, esta diminuirá 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até 20 pixels de altura por 20 pixels de largura aproximadamente. REQF06- Rotacionar imagem: Permite rotacionar a imagem em 90 graus para a direita. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “rotacionar”, então a imagem é rotacionada em 90 graus no sentido horário a cada clique. REQF07- Enviar imagem para frente: permite trazer a imagem para a frente das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para frente”,
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após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para frente das demais imagens existentes no quadro. REQF08- Enviar imagem para trás: permite enviar a imagem para a trás das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para trás”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para trás das demais imagens existentes no quadro. REQF09- Apagar imagem (borracha): permite excluir uma imagem do quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “apagar”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta é apagada (excluída). REQF10- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou historia toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, então é aberta uma janela de confirmação, se aceita, o quadro ou a história toda é apagada, dependendo da tela atual que o usuário se encontra. REQF11- Definir narrativa: Permite definir a narrativa do quadro. O usuário terá um espaço para texto para que possa escrever acima do quadro criado. O espaço da narrativa ficará disponível para edições/alterações dentro do quadro em que se encontra. REQF12- Escolher Balão: Permite a escolha de balões de fala, pensamento, descrição. Quando clicar com o mouse no ícone balão, abrirá uma janela com diversos balões e o usuário clica sobre o desejado, da mesma forma que imagens, e então clica no quadro de edição, no lugar onde deseja posicioná-lo. O texto do balão poderá ser alterado clicando sobre ele, e então no ícone de edição de texto. REQF13- Inverter imagem: Permite Inverter a direção de uma imagem. Ao clicar com mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “inverter”, a imagem será invertida, espelhada. REQF15- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia as narrativas existentes nos quadros. O usuário clica com o mouse no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz. REQF16- Salvar história: permite salvar a história construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a história e escolhido se a história ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A história será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma história salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a história. E quando for privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF17- Abrir história: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou histórias públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a história, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de historias públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As histórias existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF18- Imprimir história: permite que o usuário imprima a história aberta no sistema. O usuário clica com mouse no ícone imprimir e a história aberta na tela principal será impressa. REQF19- Animar história: permite que o usuário assista a história de forma animada. Ao clicar no botão “animar” o usuário irá visualizar a história criada em forma de um livro, quadro por quadro. A capa deverá conter o título da história (nome do arquivo salvo), nome do autor (mesmo nome do login) e a data da ultima edição. Pressionando a tecla ESC(cancelar visualização) ou terminando a animação, deverá voltar a tela de edição. REQF20- Reproduzir: permite que o usuário assista a animação da História. REQF21- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças. Para desfazer, clicar no botão do mouse no ícone desfazer, e a última ação será desfeita na tela principal do software, até dez vezes. REQF22- Arrastar imagem: permite que o usuário mude a posição de uma imagem contida em um quadro. O usuário deverá clicar sobre a imagem e então sobre a posição desejada, e a imagem mudará de lugar. REQF23- Armazenar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem e armazená-la em seu banco de imagens (minhas imagens). REQF26- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone
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ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF27- Exportar: permite que o usuário exporte sua historia para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde que salvar, depois clica com o mouse em ok. A história será salva num arquivo em extensão .pdf para que o usuário possa ver a historia salva sem internet. Requisitos não funcionais do sistema REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (com exceção do exportar história). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas.
Diagrama de casos de uso do ScalaWeb Módulo História
Scala – Dispositivos móveis - Módulo Prancha
Os requisitos funcionais e não funcionais do sistema foram levantados pela equipe de pesquisa do projeto e passados à Maguis para análise e desenvolvimento do sistema, tendo como principais requisitos não funcionais e aplicação dos mesmos:
equisito não functional Tecnologia Atendida Versão Utilização em Tablets de 10'' com resposta rápida Android 3.0
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aos comandos solicitados Armazenamento dos dados de figuras, categorias e pranchas
Banco de Dados Sqlite 3
Integração com servidor ScalaServer WebServices Rest Exportação das pranchas em formato visualizável Formato de saída JPG
Reprodução do sons das palavras Sintetizador de voz padrão Android TTS
O software foi desenvolvido seguindo os padrões de projeto (Design Pattern) recomendados pela equipe de Desenvolvimento Google, desenvolvedora da plataforma Android SDK. Dentre os principais padrões utilizados destacam-se:
• Model-View-Controller (MVC), • Intenacionalização, • Utilização de Api padronizadas ◦ Text-to-Sprech (TTS) ◦ Compartilhamento de recursos
para exportação de imagens ◦ Web Services REST ◦ Interpretação e geração de arquivos XML
Casos de Uso
O diagrama de Casos de Uso abaixo apresenta as funcionalidades esperadas para este módulo e suas características funcionais e não funcionais, sendo as mesmas descritas a seguir:
O Ator principal do sistema é a criança ou adulto que irá manipular o Tablet, podendo realizar todos os casos de uso previstos pelo sistema.
Escolher Layout da Prancha
O software prevê quatro tipos de layout para a criação da prancha, sendo que o tamanho e disposição das imagens inseridas será de acordo com o layout escolhido. Quando um novo layout for escolhido, todas as imagens serão removidas, executando ação semelhante ao Limpar Prancha. Uma mensagem de confirmação será apresentado ao usuário antes de trocar o layout.
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Inserir Imagem na Prancha
O software possui categorias que ordenam os vários tipos de imagens, e dentro de cada categoria há um número ilimitado de imagens. Esta estrutura é importada durante o processo de instalação e do ServidorScala utilizando a tecnologia REST, descrito no caso de uso Atualizar Imagens via WebService.
Para inserir uma imagem na prancha, o usuário deve selecionar a imagem desejada (pressionando e soltando o dedo na mesma), ficando esta com uma borda de destaque, e depois pressionar o dedo na posição do layout desejada. Caso haja uma imagem nesta posição, a nova imagem irá substituir a imagem antes inserida.
Jundo da imagem é mostrado o texto correspondendo ao nome dela (atributo do banco de dados), podendo o mesmo ser alterado para a presente prancha.
Reposicionar imagem
A selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela na prancha), é possível reposicioná-la pressionando o dedo na posição de destino.
Excluir Imagem da Prancha
Para excluir uma imagem da pracha deve-se selecionar a mesma e pressionar o botão excluir, localizado no canto inferior direito junto aos demais botões de manipulação da imagem. A imagem excluída perde suas configurações específicas de nome e som, caso tenha sido alterada. Porém a mesma continuará disponível no menu de categorias.
Gravar som para uma Imagem
Quando inserida na prancha, a imagem irá por padrão sintetizar seu nome para gerar o som correspondente. Caso se deseje alterar o som, pode-se gravar uma voz para a mesma. Este som será armazenado e vinculado apenas à imagem da prancha, mantendo-se inalterada a original.
Para gravar o som, irá selecionar a imagem e pressionar sobre o botão Gravar Som, após terminar a gravação deve pressionar o botão parar mostrado numa janela de diálogo.
Reproduzir som das imagens
Ao selecionar a imagem pode-se reproduzir seu som de acordo com o seguinte padrão:
• Caso haja um som gravado para a imagem, reproduz este som (Caso de uso “Gravar som para uma Imagem”)
• Senão, caso tenha sido alterado o texto da imagem, sintetiza o texto alterado
• Senão, sintetiza o texto original da imagem.
Visualizar Prancha
Ao selecionar a opção de Visualizar Prancha, uma nova janela será aberta apresentando a prancha construída. Nesta janela há a opção de reproduzir toda a prancha em sequência reproduzindo o som de cada imagem iniciando pela imagem inserida no canto superior direito e reproduzindo da esquerda para direita linha-a- linha.
É possível também pressionar sobre uma imagem e a mesma reproduzirá o som correspondente. Ambas ações executam o caso de uso “Reproduzir som das Imagens”.
Abrir Prancha
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Esta caso de uso abre uma prancha previamente salva no bando de dados do Tablet. Esta ação irá carregar o layout salvo assim como as imagens e suas possíveis alterações (nome e som).
Este comando também poderá importar uma prancha exportada (arquivo zip). Neste caso irá importar todas as configurações da prancha e das imagens e gravar no banco de dados interno, podendo ser aberta em outras ocasiões.
Salvar Prancha
Esta caso de uso salva uma prancha construída no bando de dados do Tablet. Esta ação irá salvar o layout assim como as imagens e suas possíveis alterações (nome e som).
Além de salvar, pode-se exportar a prancha para uma arquivo externo, através do caso de uso “Exportar prancha”.
Exportar Prancha
Esta caso de uso cria uma arquivo no formato Zip com todas as informações da prancha criada, podendo ser importada em outros tablets.
O arquivo Zip contém um arquivo XML com a descrição da prancha e das imagens: layout, posicionamento das imagens e possíveis alterações. Caso seja usado uma imagem importada na prancha, esta imagem será salva dentro do Zip. Caso seja gravado sons para as imagens, estes também irão junto com o Zip.
Excluir Pranchas Salvas
Ao selecionar a opção de abrir uma prancha, é possível excluí-la do banco de dados. Esta operação é irreversível e irá excluir todas as informações referente à prancha.
Atualizar imagens por WebServices
Ao iniciar o sistema o Scala irá diariamente buscar por novas atualizações no servidor ScalaServer. O usuário poderá aceitar ou não as novas atualizações que irá baixar as novas imagens e/ou excluir imagens previamente selecionadas no ScalaServer.
Importar Imagem
Este caso de uso prevê a importação de imagens contidas no Tablet para o software Scala. As imagens importadas ficarão numa categoria especial chamada Minhas Imagens e poderá ser usada normalmente pelo sistema. Para excluir uma imagem importada, deve-se ficar pressionando a mesma por 2 segundos, abrindo assim uma janela de diálogo confirmando a exclusão.
Exportar/Enviar Imagem
Este caso de uso deve exportar uma prancha no formato JPG e permitir o envio desta imagem para outros dispositivos. O recursos usado para enviar a imagem é a opção compartilhar do Tablet, que permitirá enviá-la por vários métodos dependendo do software instalado. As opções padrão são: Enviar por Bluetooth e Enviar por e-mail.
Uso do Software
O diagrama de atividades a seguir apresenta o processo padrão de utilização do sistema, podendo neste haver mudanças de acordo com o interesse do usuário:
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