Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO INTERDISCIPLINAR DE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO PROJETO SCALA III Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil Projeto: Projeto de Pesquisa: Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Criança com Autismo - Fase III: Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil Período: 11/2012 – 11/2015 Coordenador: Liliana Maria Passerino Processo: 478347/2012-0 Sigla: SCALA Porto Alegre 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO INTERDISCIPLINAR DE NOVAS TECNOLOGIAS NA

EDUCAÇÃO

PROJETO SCALA III

Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil

Projeto: Projeto de Pesquisa: Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Criança com Autismo - Fase III: Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil

Período: 11/2012 – 11/2015

Coordenador: Liliana Maria Passerino

Processo: 478347/2012-0

Sigla: SCALA

Porto Alegre 2016

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SUMÁRIO

LISTAS DE SIGLAS ........................................................................................ 4

LISTA DE FIGURAS ....................................................................................... 5

LISTA DE QUADROS ...................................................................................... 11

LISTAS DE TABELAS ...................................................................................... 12

1 RESUMO DO PROJETO ................................................................................ 13

2 Do Problema de Pesquisa, Objetivos e Metas Previstos e Atingidos ........... 17

2.1 Do Problema de Pesquisa ........................................................................ 17

2.2 Dos Objetivos ....................................................................................... 17

2.2 Das Metas ............................................................................................ 17

3 SISTEMA SCALA ......................................................................................... 21

3.1 Metodologia de Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso ................. 21

3.2 Desenvolvimento Tecnológico da Tecnologia Assistiva SCALA ....................... 24

3.3 Manuais prancha e narrativas ................................................................. 63

3.4 Sistema de varredura no SCALA ............................................................. 106

3.4.1 Acessibilidade do SCALA: sistema de varredura ...................................... 106

3.4.2 Metodologia de desenvolvimento do sistema de varredura ........................ 108

3.4.3 Síntese dos Requisitos para o sistema de varredura no SCALA .................. 109

3.4.4 Sistema de varredura do SCALA ........................................................... 112

4. Resultados dos Estudos de Caso ............................................................... 116

4.1 Estudo de Caso: Comunicação Alternativa e Autismo: análise do desenvolvimento da

comunicação .............................................................................................. 116

4.2 Estudo de Caso: Intencionalidade de comunicação mediada em autismo a partir de um

estudo de aquisição de gestos no sistema SCALA ............................................ 139

4.3 Estudo de Caso: Deficiência Motora e sistema de varredura ......................... 144

4.3.1 Descrição do Estudo ........................................................................ 144

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3

4.4 Estudo de caso: Formação de professores ................................................. 148

4.5 Estudo de caso: POR TRÁS DO ESPELHO DE ALICE: NARRATIVAS VISUAIS COMO

ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

................................................................................................................ 158

5. METODOLOGIA DE AÇÃO MEDIADORA E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ..... 177

5.1 Metodologia de Ação Mediadora .......................................................... 177

5.2 Estratégicas Pedagógicas a partir do SCALA ....................................... 181

5.2.1 Estratégicas no Scala - Narrativas Visuais ..................................... 181

5.2.2 Estratégicas no Scala - Módulo prancha ......................................... 193

5.2.3 Jogos de Alfabetização .................................................................... 209

6. FORMAÇÕES PROMOVIDAS E EVENTOS ..................................................... 228

7. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SCALA .............................. 246

8. ESTUDOS DE USABILIDADE ...................................................................... 250

8.1 Estudo de Caso 1 .................................................................................. 250

8.2 Estudo de Caso 2: Analise da usabilidade do SCALA ................................. 257

9. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA VINCULADA AO PROJETO SCALA (2012-

2016) e ORIENTAÇÕES REALIZADAS ........................................................... 263

9.1 Produção em 2012 ................................................................................. 263

9.2 Produção em 2013 ................................................................................. 265

9.3 Produção em 2014 ................................................................................. 268

9.4 Produção em 2015 ................................................................................. 270

9.5 Produção em 2016 ................................................................................. 273

9.6 ORIENTAÇÕES ...................................................................................... 275

10. PRÊMIOS RELACIONADOS AO PROJETO SCALA ....................................... 278

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 279

12. AGRADECIMENTOS ................................................................................. 282

13. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 283

ANEXO A - APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA .............................................. 286

ANEXO B - SCALA SERVER ............................................................................ 287

APÊNDICE A – TERMOS DE CONSENTIMENTO E CONCORDÂNCIA .................. 289

APÊNDICE B - REQUISITOS FUNCIONAIS E NÃO FUNCIONAIS DO SISTEMA SCALA

..................................................................................................................... 291

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LISTA DE SIGLAS

AEE – Atendimento Educacional Especializado

API REST - Application Programming Interface

ARASAAC - Portal Aragonês de Comunicação Alternativa e Ampliada

AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem

CAA – Comunicação Alternativa e Aumentativa

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CAS - Comunicação Alternativa e Suplementar

CATEDU – El Centro Aragonés de Tecnologías para la Educación

CD - Compact Disc

CINTED – Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação

CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CTI – Centro Tecnológico Industrial

DCC – Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso

EACTO – Enseñanza y Aprendizaje por Tecnologías de la Comunicación

FAURGS - Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul

HTTP – Hyper Text Transfer Protocol

MVC – Model-View-Controller

NEEs – Necessidades educacionais especiais

RME/POA - Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre

SCALA - Sistema de Comunicação Alternativa para sujeitos com autismo

SIR – Sala de Integração e Recursos

SMED/POA – Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre

TA – Tecnologia Assistiva

TEIAS - Tecnologia em Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade

TTS – Text-to-Sprech

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UML - Unified Modeling Language

VCBCA – V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa

XML - Extensible Markup Language

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Módulo Prancha do SCALA versão Android para Tablets .......................... 19

Figura 2: Módulo Historia do SCALA versão Android para Tablets ........................... 20

Figura 3: Representação síntese do DCC ............................................................ 24

Figura 4: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Tela Inicial .......................... 30

Figura 5: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Módulo Prancha. .................. 31

Figura 6: Diagrama de casos de uso do SCALAWeb Módulo História. ..................... 31

Figura 7: Interface - Layout módulo prancha e módulo história. ............................ 32

Figura 8: Diagrama de classes da camada de modelo do projeto. ......................... 34

Figura 9: casos de uso SCALA dispositivo móvel – prancha. ................................. 36

Figura 10: diagrama de atividades dispositivo móvel – prancha. ........................... 37

Figura 11: casos de uso dispositivo móvel – módulo narrativas visuais ................... 40

Figura 12: exemplo de cenário do SCALA no módulo narrativas visuais. ................. 43

Figura 13 - acesso ao sistema de varredura ........................................................ 44

Figura 14 - Ilustração da varredura no 1) menu inferior , 2) no menu das categorias e nas 3)

figuras de uma dada categoria. ........................................................................ 44

Figura 15 - diagrama de caso de uso do comunicador livre para web ..................... 45

Figura 16 - Tela de configuração do usuário comunicador livre – web. ................... 47

Figura 17 - Tela do chat do comunicador livre – web. ........................................... 47

Figura 18 - Tela principal de entrada do programa Siesta. ................................... 49

Figura 19 - Prancha de comunicação. ............................................................... 49

Figura 20 - Tela categoria das imagens. ............................................................ 50

Figura 21 - Tela opções de funcionalidades. ....................................................... 50

Figura 22 - Tela SCALA com opção de idioma na versão dispositivo móvel. ............ 51

Figura 23 - Opção “Escolha uma imagem” ........................................................... 51

Imagem 24: Plano de fundo selecionado ............................................................ 52

Figura 25: Desenho livre de cenário ................................................................. 52

Figura 26: Implementando Classes no Protégé .................................................... 54

Figura 27: Object Properties – Protégé .............................................................. 55

Figura 28: Classes, SubClass Of e SubClass Of (Anonymous Ancestor) – Protégé ..... 56

Figura 29: Modelo ER da Base de dados existente no sistema SCALAWEB ............... 57

Figura 30: Botão Pesquisa (a) e pesquisa com a palavra “lavar” (b) ....................... 58

Figura 31: Front-end da busca avançada e as opções de seleção ........................... 59

Figura 32: Arquitetura do sistema de busca avançada para o sistema SCALAWEB .... 60

Figura 33: Menu inferior: Opção “Layout” ........................................................... 63

Figura 34: Caixa de diálogo: “Escolha a forma do seu layout” ............................... 63

Figura 35: Confirmar mudança de Layout ........................................................... 64

Figura 36: Inserir imagem .............................................................................. 64

Figura 37 : Busca: Campo “Pesquisar” ............................................................... 65

Page 6: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

6

Figura 38: Inserir imagem através da Busca ...................................................... 66

Figuras 39 : Opções da busca avançada ............................................................. 66

Figura 40:Menu inferior: Opção “Visualizar” ........................................................ 67

Figura 41: Menu inferior: Opção “Reproduzir” ..................................................... 68

Figura 42: Menu inferior: Opção “Desfazer” ........................................................ 68

Figura 43: Menu Inferior: Opção “Editar” ........................................................... 69

Figura 44: Caixa de diálogo “Digite uma legenda” ............................................... 69

Figura 45:Caixa de Diálogo “Confirmar exclusão de figura” ................................... 70

Figura 46: Caixa de Diálogo “Alterar áudio, upload de som(.mp3)” ........................ 70

Figura 47:Menu inferior: Opção “Salvar” ............................................................ 71

Figura 48: Caixa de Diálogo "Escolha o modo que você deseja salvar a sua prancha" 71

Figura 49: Caixa de diálogo “Salvar Como” ......................................................... 72

Figura 50:Menu inferior: Opção “Abrir” .............................................................. 72

Figura 51:Caixa de diálogo “Escolha a prancha que deseja abrir” ........................... 73

Figura 52: Mensagem de erro: extensão não reconhecida ..................................... 73

Figura 53: Menu inferior: Opção “Limpar” .......................................................... 74

Figura 54: Mensagem de Confirmação: Limpar Prancha ....................................... 74

Figura 55:Menu Inferior: Opção “Adicionar Novo” ................................................ 74

Figura 56: Opções “Retornar” e “Avançar” .......................................................... 75

Figura 57: Menu Inferior: Opção “Exportar” ........................................................ 75

Figura 58: Opção “Exportar” ............................................................................. 76

Figura 59: Imagem compartilhada no Facebook .................................................. 76

Figura 60: Menu Inferior: Opção “Importar” ....................................................... 77

Figura 61: Opção “ Importar Imagem” ............................................................... 77

Figura 62: Exemplo de uso das imagens importadas ........................................... 77

Figura 63: Menu Inferior: Opção “Importar” ....................................................... 78

Figura 64: Visualização da Impressão: Opção “Imprimir” ...................................... 79

Figura 65: Menu Superior: Opção “Configurações” ............................................... 79

Figura 66: Opções da Varredura ....................................................................... 80

Figura 67: Varredura no Menu inferior ............................................................... 81

Figura 68: Menu Inferior: Opção “Layout” .......................................................... 81

Figura 69: Caixa de diálogo Escolha um Layout ................................................... 81

Figura 70: Menus ............................................................................................ 82

Figura 71: Exemplo de uso da varredura ............................................................ 83

Figura 72: Exemplo imagem selecionada na fila .................................................. 83

Figura 73: Exemplo escolha local na prancha ...................................................... 83

Figura 74: Opção “Visualizar” ........................................................................... 84

Figura 75: Opção “ Desfazer” ........................................................................... 84

Figura 76: Opção “Salvar” ................................................................................ 85

Figura 77: Opção “Salvar” – aviso ..................................................................... 85

Page 7: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 78: Opção “Abrir” .................................................................................. 86

Figura 79: Opção “Limpar” ............................................................................... 86

Figura 80: Mensagem de aviso ......................................................................... 87

Figura 81: Opção“Layout” ................................................................................ 88

Figura 82: Caixa de diálogo –“Escolha a forma do seu layout” ............................... 88

Figura 83: Selecionar quadrinho ....................................................................... 89

Figura 84:Tela de edição .................................................................................. 89

Figura 85: Opção “Cenário” .............................................................................. 90

Figura 86: Opções “Coloque um cenário no seu quadrinho” ................................... 90

Figura 87 : Opção “ Escolha uma cor” ................................................................ 91

Figura 88: Opção “ Escolha uma imagem” .......................................................... 91

Figura 89: Opção “Escolha uma imagem” ........................................................... 92

Figura 90: Plano de fundo selecionado ............................................................... 92

Figura 91: Desenho livre de cenário ................................................................. 93

Figura 92: Sistema de busca ............................................................................ 94

Figura 93: Inserir imagem ............................................................................... 94

Figura 94: Inserir balões de texto ..................................................................... 95

Figura 95: Editar texto do balão de texto ........................................................... 95

Figura 96: Inserir narração .............................................................................. 96

Figura 97: Menu de Opções de edição de imagens ............................................... 96

Figura 98: Opção “Aumentar” ........................................................................... 97

Figura 99: Imagem Ampliada ........................................................................... 97

Figura 100: Opção“Diminuir” ............................................................................ 97

Figura 101: Imagem Reduzida .......................................................................... 97

Figura 102: Opção “Enviar para Frente” ............................................................. 98

Figura 103: Opção “Enviar para Trás” ................................................................ 98

Figura 104: Água Atrás .................................................................................... 98

Figura 105: Água na Frente .............................................................................. 98

Figura 106: Opção “Girar” ................................................................................ 99

Figura 107: Imagem Rotacionada ..................................................................... 99

Figura 108: Opção “Inverter” ........................................................................... 99

Figura 109: Imagem Invertida .......................................................................... 100

Figura 110: Opção “Excluir” .............................................................................. 100

Figura 111: Opção “Desfazer” ........................................................................... 100

Figura 112: Opção “Limpar” ............................................................................. 101

Figura 113: Opção “Reproduzir” ........................................................................ 101

Figura 114: Opção “Concluir” e “Cancelar” ......................................................... 101

Figura 115: Opção“Salvar” ............................................................................... 101

Figura 116: Caixa de diálogo “ Escolha o modo que você deseja salvar a sua história”102

Figura 117: Opção “Abrir” ” .............................................................................. 102

Page 8: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 118: Caixa de Diálogo "Escolha a história que deseja abrir" ........................ 102

Figura 118: Caixa de Diálogo "Escolha a história que deseja abrir" ........................ 103

Figura 119: Opção “Exportar” ........................................................................... 103

Figura 120: Opções de exportação .................................................................... 104

Figura 121: Mensagem “ Aguarde. A História está sendo gerada...” ....................... 104

Figura 122: Opção “Imprimir” ........................................................................... 104

Figura 123: Opção “Visualizar” ......................................................................... 105

Figura 124:Opção “Visualizar” .......................................................................... 105

Figura 125: Opção“Limpar” .............................................................................. 105

Figura 126: Caixa de diálogo de confirmação ...................................................... 106

Figura 127: Opção “Ajuda” ............................................................................... 106

Figura 128: Opção “Sair” ................................................................................. 106

Figura 129: Exemplo de acionadores ................................................................. 107

Figura 130: Esquema resumo do desenvolvimento do sistema de varredura ........... 109

Adaptada da metodologia ágil Heptagon TI Ltda (2013)

Figura 131: SCALA versão WEB ........................................................................ 110

Figura 132: Diagrama de caso de uso do SCALA com varredura ............................ 111

Figura 133: Ilustração da 1) nuvem de configurações e a 2) janela de configurações 112

Figura 134: Ilustração dos links de acesso ao menu inferior e ao menu de categorias113

Figura 135: Seleção da fila no módulo varredura ................................................. 114

Figura 136: Seleção de pictograma no módulo varredura ..................................... 114

Figura 137: Processo de inserção de pictograma no módulo varredura ................... 115

Figura 138: uso de Tablets com sujeitos com autismo .......................................... 119

Figura 139: uso do software SCALA no Tablet e prancha de símbolos com sujeitos com autismo

.................................................................................................................... 120

Figura 140: Imagens contexto escolar Caso 1 ..................................................... 121

Figura 141: Imagens do contexto familiar do Caso 1 ............................................ 122

Figura 142: Imagens do contexto físico do laboratório experimental ...................... 123

Figura 143: Imagens contexto escolar Caso 2 ..................................................... 125

Figura 144: Imagens do contexto familiar do Caso 2 ............................................ 126

Figura 145: Imagens contexto familiar Caso 3 .................................................... 127

Figura 146: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C1 .................. 128

Figura 147: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C2 ................. 129

Figura 148: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C3 ................. 129

Figura 149: História criada pelos alunos com uso do SCALA no módulo narrativas .. 131

Figura 150: História criada pela turma de C2 com o SCALA-WEB ........................... 133

Figura 151: Histórias produzidas pelos alunos, da turma de C2, com baixa tec. ....... 134

Figura 152: representação por imagens das sessões iniciais ................................. 136

Figura 153: representação por imagens da relação do concreto com o abstrato ....... 136

Figura 154: representação por imagens da relação com o recurso tecnológico ......... 137

Page 9: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 155: Representação das tentativas de interação entre os meninos ............... 137

Figura 156: Interação dos meninos com prancha no SCALA .................................. 137

Figura 157: Esquema resumo geral do desenvolvimento da pesquisa ..................... 146

Figura 158: Prancha criada pela turma para oferecer aos professores no dia do prof 148

Figura 159: Exemplo de história construída pelo sujeito ....................................... 148

Figura 160: Mapa processo de contação de histórias ............................................ 160

Figura 161: História O Menino e a Bruxa de autoria dos alunos ............................. 163

Figura 162: História "O tesouro dos Sapos" ........................................................ 165

Figura 163: História de Gabriel ......................................................................... 167

Figura 164: História de Paulo ............................................................................ 167

Figura 165: Parte do Livro adaptado da História Chapeuzinho Vermelho em CA ....... 169

Figura 166: interação do aluno no tablet com uso do Scala ................................... 171

Figura 167: história criada por Paulo no tablet com uso do Scala ........................... 172

Figura 168: história "Olívia e o Violino" .............................................................. 173

Figura 169: livros adaptados com pictogramas .................................................... 173

Figura 170: estratégias de baixa tecnologia das histórias "Chapeuzinho Vermelho" .. 174

Figura 171: esquema do processo de participação e interação ............................... 175

Figura 172 – Análise do processo de mediação .................................................... 177

Figura 173 – Metodologia de Ação Mediadora ...................................................... 180

Figura 174 – Personagens A Linda Rosa Juvenil ................................................... 181

Figura 175 – A Linda Rosa Juvenil ..................................................................... 182

Figura 176 – Bingo dos Personagens ................................................................. 184

Figura 177 – História Leco ................................................................................ 185

Figura 178 – “Letras Vogais” e Vogais Atividade .................................................. 187

Figura 179 – Personagens música Indiozinhos .................................................... 188

Figura 180 – Música Indiozinhos ....................................................................... 189

Figura 181 –“Jogo dos 7 erros – Cozinha” .......................................................... 190

Figura 182 –“Estados físicos da água” no médulo pracha e no narrativas visuais ...... 191

Figura 183 –“Fotossíntese” ............................................................................... 193

Figura 184 –“Bingo dos alimentos” .................................................................... 194

Figura 185 –“Memória dos Animais” .................................................................. 196

Figura 186: “Cachorros”, módulo prancha e narrativas visuais .............................. 197

Figura 187: “Rua das sete tulipas”- módulo prancha, narrativas visuais ................. 199

Figura 188: “Batalha das Rimas” ....................................................................... 201

Figura 189: “Cores primárias e secundárias” ....................................................... 203

Figura 190: “Cores primárias e secundárias – encontre o objeto” ........................... 204

Figura 191: “Cores primárias e secundárias – novas cores” ................................... 204

Figura 192: “Cores primárias e secundárias – dado das cores” .............................. 204

Figura 193: “Profissões” .................................................................................. 206

Figura 194: “Contextos” .................................................................................. 207

Page 10: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 195: “formas geométricas” ..................................................................... 208

Figura 196: Itens da estratégia pedagógica ........................................................ 210

Figura 197: Gráfico testes de usabilidade ........................................................... 255

Figura 198: Gráfico idade dos avaliadores do SCALA ............................................ 259

Figura 199: Gráfico tempo atuação profissional dos avaliadores do SCALA .............. 259

Page 11: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Síntese para as etapas de pesquisas desenvolvidas ............................... 25

Quadro 2: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha ......................... 27

Quadro 3: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha ................... 28

Quadro 4: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Narrativas visuais ............ 28

Quadro 5: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – narrativas visuais ...... 30

Quadro 6: tecnologias e versões utilizadas .......................................................... 34

Quadro 7: tecnologias e versões utilizadas .......................................................... 35

Quadro 8 - requisitos funcionais do chat para web ............................................... 45

Quadro 9: requisitos não funcionais do chat para web .......................................... 45

Quadro 10 - Perfil da comunicação, interação social e potencialidades dos sujeitos .. 117

Quadro 11 : Contexto sócio-histórico da turma do Caso 1 ..................................... 120

Quadro 12: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 1 ........................................ 122

Quadro 13: Contexto experimental .................................................................... 123

Quadro 14: Contexto sócio-histórico da turma do Caso 2 ..................................... 124

Quadro 15: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 2 ........................................ 125

Quadro 16: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 3 ........................................ 127

Quadro 17: Desenvolvimento da intencionalidade da comunicação ........................ 138

Quadro 18: Cenas de Atenção .......................................................................... 141

Quadro 19: Tipos de Gestos ............................................................................. 142

Quadro 20: Caracterização do grupo de educadoras especiais que fizeram parte da pesquisa

.................................................................................................................... 149

Quadro 21: Caracterização dos alunos envolvidos na pesquisa. ............................. 150

Quadro 22: Caracterização dos encontros de grupo focal quanto aos temas discutidos, data dos

encontros, número de educadoras especiais presentes, formas de registro dos dados e o

tempo de duração de cada encontro. ................................................................. 152

Quadro 23: quadro síntese da atividade com o SCALA ......................................... 164

Quadro 24: quadro síntese da atividade da história ............................................. 165

Quadro 25: interação do aluno com o SCALA ...................................................... 168

Quadro 26: síntese da interação com o SCALA .................................................... 169

Quadro 27: Construção do perfil sócio-histórico .................................................. 178

Quadro 28: Estrutura do contexto sócio-histórico ................................................ 179

Quadro 29: Comentários dos participantes. ....................................................... 255

Quadro 30: pontos positivos e negativos avaliados no SCALA web ......................... 261

Page 12: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Desenvolvimento das formas de construção e representação da comunicação 138

Tabela 2 - Documentação e explicações contidas no SCALA .................................. 246

Tabela 3: Questões operacionais do SCALA ........................................................ 247

Tabela 4: Avaliação usabilidade do SCALA/1 ....................................................... 257

Tabela 5: Experiência dos avaliadores por tipo de deficiência ................................ 259

Tabela 6: Avaliação usabilidade do SCALA/2 ....................................................... 260

Tabela 7: escala de diferencial semântico atribuídos ao SCALA .............................. 261

Page 13: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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RESUMO DO PROJETO

O presente relatório refere-se ao projeto SCALA – Sistema de Comunicação

Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo iniciado em 2009 que se configurou

como um plano articulado de trabalho em pesquisa e formação e se insere no plano de

investigação e desenvolvimento tecnológico previsto no projeto de pesquisa.

Em 2009, o grupo de pesquisa TEIAS1 iniciou o desenvolvimento de um Sistema de

Comunicação Alternativa (SCALA) com o objetivo de apoiar o processo do desenvolvimento da

linguagem em sujeitos com autismo e com déficits de comunicação, embasado

epistemologicamente na teoria sócio-histórica. O sistema é composto de um software baseado

em estratégias de interação e comunicação para crianças com autismo.

Entre 2009 e 2010 desenvolveu-se a primeira versão do protótipo com uma equipe

composta por dois bolsistas de graduação2 e alunos de pós-graduação3. Os símbolos

pictográficos utilizados no sistema são propriedade de CATEDU (http://catedu.es/arasaac/) sob

a licença Creative Commons. A equipe traduziu para o português aproximadamente 10.000

símbolos, os quais foram gradativamente selecionados e aprimorados com constante revisão.

Para atender necessidades específicas culturais e regionais novos símbolos foram elaborados

por um designer.

O desenvolvimento do sistema entre 2010 e 2011 contou com a participação de uma

empresa especializada em desenvolvimento para suprir a necessidade de conhecimento

específico para desenvolvimento multiplataforma. A empresa, além de desenvolver os módulos

prancha e história, teve como obrigação a transferência de tecnologia para a equipe do projeto

que, a partir de 2012, deu continuidade ao desenvolvimento.

Entre 2010 e 2012 foram realizados diversos desenvolvimentos acompanhados de

testes de usabilidade com professores de educação especial, professores de sala de aula

regular e familiares de alunos usuários do sistema. Todos os testes contribuíram para o

aperfeiçoamento do sistema, que conta hoje com 200 usuários em todo o país. Em um

movimento de integração entre pesquisa e extensão, diversas formações em comunicação

alternativa foram desenvolvidas entre 2009/2010, tendo como público-alvo alunos de

graduação e pós-graduação e professores da rede municipal de ensino (Porto Alegre). As

formações foram apoiadas com material especialmente preparado na forma de tutoriais e

manuais de usuário e aconteceram na modalidade presencial e a distância. Os materiais

produzidos nessas e outras formações posteriores podem ser encontrados no site do projeto

(http://SCALA.ufrgs.br).

1 � Tecnologia em Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade http://www.ufrgs.br/teias 2 Ao longo do período de vigência do projeto, o mesmo contou com bolsas de graduação: BIC/UFRGS, PIBIC/FAPERGS, PIBIT/CNPQ, entre outras. E os alunos de pós-graduação que participaram tiveram bolsas CAPES para o desenvolvimento de seus estudos. 3 Os alunos contaram com apoio da CAPES com bolsas de pós-graduação.

Page 14: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

14

O SCALA 1.0 foi testado e verificado em um estudo de caso de um sujeito com autismo

de 5 anos de idade que resultou em uma dissertação de mestrado (2009-2011, com bolsa

CAPES, além de diversos artigos. A preparação da metodologia e dos requisitos funcionais

foram oriundos de um estudo de caso (multicaso) anterior que também originou uma

dissertação de mestrado.

Em 2010 iniciou-se a segunda fase SCALA 2.0 finalizada em 2013. Para atendimento

desta etapa contamos com apoio de duas bolsas de Iniciação Científica (CNPq, FAPERGS) e

duas bolsas de Iniciação Tecnológica (FAPERGS, UFRGS), o que nos permitiu desenvolver duas

versões: Web e Android. A primeira para utilização na Internet a partir de qualquer tipo de

dispositivo e a segunda para dispositivos móveis, do tipo Tablet. Esta última, inicialmente

desenvolvida por uma empresa e posteriormente transferida para o grupo de pesquisa como já

mencionado.

A versão inicial do SCALA foi ampliada em termos de funcionalidade para contar com a

possibilidade de trabalhar com Histórias Visuais e dispor de um Comunicador Livre4. Ambas as

versões foram testadas em um estudo de caso (multicaso) com pesquisas de mestrado e

doutorado associadas e em formações pedagógicas com a rede municipal de ensino de Porto

Alegre e Alegrete. O estudo de caso com usuários finais foi desenvolvido com crianças de 3-4

anos de idade em contextos diferentes: escola, família e laboratório.

Ainda no ano de 2011 iniciou-se a construção dos requisitos do módulo história e

comunicação livre para dispositivos móveis. As versões do módulo Prancha e História estão

disponíveis para uso em http://SCALA.ufrgs.br/SCALAweb. A versão para comunicação livre

encontra-se em fase de teste.

Em 2012, além do desenvolvimento e aperfeiçoamento dos módulos prancha e

história, iniciaram-se os testes para desenvolvimento de outras funcionalidades. Neste ano foi

realizado a missão de trabalho internacional com o grupo EATCO da Escuela Politécnica

Superior de Córdoba - Centro Tecnológico Industrial (CTI) de Córdoba, Espanha. A missão de

trabalho permitiu desenvolver diversas atividades e resultou em um convênio de cooperação

técnico-científica e um projeto binacional de investigação e mobilidade acadêmica contemplado

em edital DGU-CAPES.

A missão de trabalho foi desenvolvida em outubro de 2012 na qual foi possível

desenvolver as seguintes atividades:

• Integração com Grupo de Investigação EATCO;

• Estudo da plataforma SIESTA;

• Análises de viabilidade e acessibilidade da plataforma Siesta;

• Análise da ferramenta WikiCursos para formação de professores;

• Apresentação do Sistema SCALA, com perspectiva à integração do mesmo na

plataforma SIESTA; 4 � O Comunicador Livre é um chat visual que foi desenvolvido em parceria com o curso de Ciência

da Computação da UPF (Universidade de Passo Fundo) em 2012 e posteriormente aprimorado e finalizado em 2013 com um aluno voluntário do Curso de Ciência de Computação da UFRGS.

Page 15: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

15

• Visitas a Centros de Atención al Autismo;

• Preparação de convênio de cooperação técnico-científica entre os grupos de

investigação (TEIAS y EATCO);

• Preparação de projeto binacional de investigação e mobilidade acadêmica a apresentado

em edital DGU-CAPES.

Em 2013 novas opções foram inseridas no sistema SCALA, entre elas a) um sistema de

varredura que acoplado ao sistema permite o uso por pessoas com mobilidade reduzida, como

no caso de alunos com paralisia cerebral, ou dificuldade motora nos membros superiores; b)

incorporação do SCALA no sistema Nuvem da UFRGS que permitirá maior agilidade no uso e

segurança na manutenção do mesmo; c) Tradução da interface do SCALA para inglês e

espanhol; d) apresentação do sistema no programa Viver sem Limite, dentro do âmbito do

Projeto Escola para Todos, uma iniciativa do Ministério da Educação/SECADI para apoiar a

política de inclusão escolar em países africanos (Angola, Moçambique, Cabo Verde, etc.); e)

finalização do sistema comunicador livre v 1.0; d) incorporação do SCALA no sistema de TV

digital interativa, plataforma SIESTA TV.

O SCALA III: Produção de Narrativas Visuais na Educação Infantil visou analisar o uso dos

protótipos desenvolvidos nos projetos anteriores com sujeitos com autismo não oralizados e

com sujeitos com deficiência motora grave não oralizados. A justificativa de uma proposta

dessa natureza pode ser identificada na necessidade de análise e sistematização do uso de

Tecnologias Assistivas5 no processo de desenvolvimento da oralidade com vistas na inclusão

em escolas públicas, qualificando não só o conhecimento acerca dos sujeitos, mas também dos

serviços e das práticas mediadas pelas Tecnologias Assistivas que poderão apoiar os processos

escolares. Nesse sentido será objeto de atenção: a construção de narrativas visuais a partir do

sistema SCALA com crianças não oralizadas com transtornos globais do desenvolvimento (em

particular síndrome de autismo) e a construção de narrativas de sujeitos com deficiência

motora com fala prejudicada. Para tal, propomos o desenvolvimento de um estudo de caso

múltiplos com 6 crianças entre 3 e 5 anos não oralizadas e diagnosticadas com transtorno

global de desenvolvimento (2); com deficiência motora e fala prejudicada (2); e com outras

síndromes que envolvam comprometimento da comunicação (2). Todas incluídas no ensino

regular na educação infantil. Estas serão selecionadas a partir da indicação da Secretaria

Municipal de Educação de Porto Alegre atendendo os requisitos mencionados. Os resultados

esperados são a sistematização do conhecimento nessa área, a qualificação do grupo

envolvido, o fortalecimento da linha de pesquisa e a contribuição no âmbito da inclusão e da

tecnologia assistiva e a produção acadêmica sistemática na forma de artigos, dissertações,

teses e livro científico. Em termos de metas, pretendemos divulgar gratuitamente os

protótipos desenvolvidos nas fase I e II e aperfeiçoados na fase III do SCALA para a

5 O termo tecnologia assistiva compreende o conjunto de recursos que de alguma maneira contribui para proporcionar aos PNEs

maior independência, qualidade de vida e inclusão social (Santarosa, 2002) e serviços associados aos recursos de forma a favorecer o desempenho de uma tarefa (Bersch, 2006).

Page 16: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

16

comunidade científica e educativa, desenvolver um sistema de varredura para adaptação do

sistema SCALA para a deficiência motora, publicar um livro com a sistematização metodológica

e a análise crítica do conhecimento produzido, além de formar 1 doutor e 2 mestres6, além de

investir na divulgação sistemática do conhecimento produzido. As perspectivas posteriores ao

projeto são de fortalecimento de trabalho de pesquisa e formação ‘em rede’, em modo

articulado com outras instituições e grupos de investigação e a ampliação do escopo de

pesquisa para outras regiões do Brasil.

6 Cabe ressaltar que no sentido da formação o projeto SCALA I já formou dois mestres. E o SCALA II tem um doutor e um

mestre em formação.

Page 17: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

17

Do Problema de Pesquisa, Objetivos e Metas Previstos e Atingidos

Para que se possa ter um maior entendimento acerca do projeto nesta sequencia

enfatiza-se seu problema de investigação, objetivos e metas que foram previstas e os

resultados alcançados.

2.1 Do Problema de Pesquisa

Pessoas com autismo apresentam dificuldades na interação com o mundo exterior.

Parte dessa dificuldade de interação está centrada nos déficits de comunicação. Assim,

habilidades de comunicação são fundamentais para que essas pessoas desenvolvam a

interação. Para o desenvolvimento de tais habilidades, esquemas de comunicação têm sido

amplamente utilizados, principalmente voltado para a questão da fala. O uso de

ferramentas/sistema de CA para promover, não somente a comunicação oral, mas também a

escrita, de forma que se constitua um instrumento de mediação para o letramento, é o cerne

do presente projeto. Assim, a questão norteadora foi:

De que forma um sistema de comunicação alternativa (SCALA) pode apoiar o

desenvolvimento de narrativas visuais de crianças de 3-5, não oralizadas que apresentam

a)Transtorno Global de Desenvolvimento, b) Deficiência Motora, c) comprometimento na

oralidade de forma a apoiar seu processo de inclusão escolar?

2.2 Dos Objetivos

Os objetivos foram totalmente alcançados com o apoio ao desenvolvimento de

narrativas visuais nos sujeitos que apresentam ausência e/ou dificuldades de linguagem oral,

com apresentação no decorrer do relatório do uso da comunicação alternativa e do Sistema

SCALA. No que tange ao sistema de varredura, este foi desenvolvido e adaptado ao Sistema

SCALA e utilizado no processo de interação de uma criança com dificuldades . A metodologia

de mediação proposta para o Sistema SCALA foi validada e estratégias pedagógicas foram

desenvolvidas e estão disponíveis no site do Projeto SCALA (scala.ufrgs.br). Assim como,

ocorreram diversas formações continuadas de professores formações continuadas de

professores da rede pública de ensino em prol da inclusão.

2.2 Das Metas

As metas previstas no projeto original foram atendidas, uma vez que foi (a) Validar

versões do SCALA I e II e ampliar os protótipos com sistema de varredura para deficiência

motora, uma vez que as versões foram validadas e o sistema de varredura desenvolvido,

Page 18: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

18

conforme pode ser verificado no decorrer do relatório. Com referência a meta (b) Disponibilizar

gratuitamente o SCALA e na web para uso de professores e comunidade em geral, o mesmo

está disponível pelo link: scala.ufrgs.br com mais de seiscentos usuários cadastrados.

A meta (c) que previa a apresentação de uma metodologia de mediação do sistema

SCALA para uso em sala de aula com estratégias pedagógicas visando a inclusão e a meta (d)

que se referia a estabelecer uma metodologia de pesquisa que levando em conta a base

epistemológica sócio-histórica que se apresente consistente para o estudo de fenômenos

complexos do comportamento humano que envolva ações mediadas por tecnologias

compreendendo que o desenvolvimento humano é indissociável das tecnologias e da sociedade

num processo dialético de constituição da relação sujeito-objeto, foi construída ao longo do

projeto e encontra-se em constante ajuste e atualização.

Já a meta (e) que previa estabelecer um disponibilizar um protocolo para análise da

usabilidade de recursos e dispositivos de tecnologia assistiva, foi cumprida como resultado de

um mestrado que avaliou a usabilidade do sistema, continuando este em constante

aprimoramento.

A meta (f) que previa estabelecer um comparativo entre as soluções adotadas em cada

estudo de caso envolvendo: sujeito - sistema tecnológico – grupo, de forma a contribuir na

consolidação de políticas públicas que visam a aquisição de tecnologias assistivas para as salas

de recursos multifuncionais. Este comparativo teve sua efetiva conclusão na pratica diversas

situações com professores de sala de aula, salas de recursos e de educação especial, assim

como pais e outros profissionais (fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais) que participaram

da pesquisa.

Com relação à meta (g) que visava à formação e aperfeiçoamento de docentes e

pesquisadores, um doutor e dois mestres, foi amplamente superada tendo em vista o número

de professores formados nas redes públicas de Porto Alegre, Vacaria, Alegrete, Caxias,

Gramado, Novo Hamburgo, Guaíba, entre outras localidades atendidas. Além disso, foram

formados cinco mestres e um doutor, além de dois doutorados em andamento e um pós

doutorado, com previsões de finalização para 2015 a 2017.

Enquanto que a meta (h) que se propunha a aplicabilidade dos resultados das pesquisas

e impactos previstos: A aplicabilidade da proposta tem caráter múltiplo, pois pode ser referida

à análise e proposição de melhoria dos sistemas de Atendimento Educacional Especializado e

de propostas de intervenção que qualifiquem a prática pedagógica, e a meta (i) referente a

publicações conjuntas: As publicações são interesse e compromisso do grupo. Devem ocorrer

na forma de artigos em revistas científicas, livros e capítulos de livros, trabalhos em anais de

eventos científicos e material didático-instrucional. Serão compartilhadas entre os

pesquisadores – docentes e estudantes – de acordo com o envolvimento específico na

produção daquele conhecimento. Nesse sentido, pretende-se produzir, como parâmetro

mínimo dois ‘produtos/ano’ (capítulo, artigo ou trabalho completo em anais) sendo valorizados

os padrões de avaliação CAPES para os veículos de divulgação (sistema Qualis), tem seus

Page 19: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

19

resultados totalmente concluídos conforme apresentado no decorrer do relatório.

Houve uma melhoria dos programas de pós-graduação participantes, todos passando a

ter conceito 6 da Capes, com parcerias internacionais, e nacionais, ampliando a capacidade de

formação da linha de pesquisa envolvida no projeto. A articulação com o ensino permitiu a o

aumento na oferta de disciplinas de pós-graduação semestralmente com focos diversos (base

epistemológica, mediação tecnológica, autismo, tecnologia assistiva e outros assuntos

abordados em seminários especiais), e na graduação através da oferta de uma nova disciplina

eletiva para a Pedagogia e as outras licenciaturas sobre Tecnologia Assistiva e Acessibilidade

na Educação que iniciou em 2012 na modalidade semipresencial.

No tocante ao desenvolvimento do sistema atualmente disponível gratuitamente em

duas plataformas totalmente estáveis e em operação pela comunidade: web e android, ambas

com dois módulos: módulo prancha (figura 1) e história (figura 2). Assim como o sistema de

varredura na versão web.

Encontram-se em fase de testes a plataforma em TV Digital e o módulo de Chat Visual,

denominado Comunicador Livre. Estes últimos correspondem ao desenvolvimento realizado no

segundo semestre de 2013 que no momento está em depuração de erros, sendo prevista a

fase de utilização com crianças a partir da nossa metodologia baseada em contextos7 para

2014/2015

Figura 1: Módulo Prancha do SCALA versão Android para Tablets

Fonte: Scala

Figura 2: Módulo Historia do SCALA versão Android para Tablets

7 Tecnologia em Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade http://www.ufrgs.br/teias

Page 20: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

20

Fonte: Scala

O sistema possui um gerenciamento de símbolos pictóricos e auditivos, e permite a

configuração e a escalabilidade do sistema, utiliza as licenças GNU para desenvolvimento e a

Creative Commons para garantir seu conteúdo aberto. O software é armazenado num servidor,

com um banco de dados contendo as imagens disponíveis para utilização na construção das

pranchas e das histórias. A migração para a nuvem foi efetivada.

No período 2011-2013 o projeto contou, além dos bolsistas de graduação, já

mencionados, dois alunos de mestrado com bolsa CAPES, um aluno de doutorado, também

com bolsa CAPES, e um aluno de mestrado com bolsa CAPES/Moçambique. Em 2013/2014 dois

novos alunos de doutorado se incorporam ao projeto para dar continuidade às pesquisas.

Para testes de usabilidade foram promovidas formações de professores em diversos

municípios de Rio Grande do Sul (Alegrete, Porto Alegre), Santa Catarina (Florianópolis) e São

Paulo, com três públicos diferentes: professores de salas de recursos multifuncionais e de

Atendimento Educacional Especializado, professores da rede pública de sala comum, e o

terceiro com Fonoaudiólogos, Terapeutas e Psicólogos especializados em Comunicação

Alternativa e Autismo. Os resultados das formações e dos testes de usabilidade podem ser

encontrados no item 6.

A seguir apresentamos para cada meta/objetivo do projeto um relatório com os

principais resultados, iniciando com a metodologia criada para o sistema SCALA, os estudos de

caso desenvolvidos com seus respectivos resultados, os testes de usabilidade e a análise das

formações, e para finalizar os prêmios recebidos, a produção científica decorrente e os

agradecimentos para os órgãos de fomento e a universidade que apoiaram este projeto.

Page 21: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

21

Sistema SCALA

3.1 Metodologia de Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso

Uma das metas do presente projeto era estabelecer uma metodologia de pesquisa que,

levando em conta a base epistemológica sócio-histórica, se apresentasse consistente para o

estudo de fenômenos complexos do comportamento humano que envolva ações mediadas por

tecnologias, compreendendo que o desenvolvimento humano é indissociável das tecnologias e

da sociedade em um processo dialético de constituição da relação sujeito-objeto. Com essa

finalidade, desde 2010 o grupo de pesquisa vem procurando adaptar/aprimorar e inovar em

metodologias de desenvolvimento tecnológico que pudessem atender as necessidades do

paradigma inclusivo e a base epistemológica sócio-histórica que norteia as pesquisa do grupo

TEIAS. Do ponto de vista metodológico, o desafio da pesquisa foi de identificar uma

metodologia de desenvolvimento tecnológico que permitisse inovar na geração de produtos e

ao mesmo tempo, analisar processos de desenvolvimento humano, no caso, dentro do

espectro autista com déficits de comunicação.

Nessa busca, diversas metodologias foram analisadas, contudo, nenhuma destas

contemplava de forma satisfatória o desenvolvimento de software para sujeitos com déficits de

comunicação e cognição, como é o caso específico deste projeto e nem atendia a premissa do

contexto sócio-histórico como propulsor do desenvolvimento. Desta forma, a metodologia

almejada precisava também levar em conta a perspectiva de diversos contextos sociais sem

perder o foco no sujeito em relação às outras pessoas8.

Partindo-se de uma perspectiva metodológica sócio-histórica e da abordagem de

conceber o sujeito para além de sua deficiência, em interação com os outros, e atuando em

contextos sociais diversos a partir de práticas culturais de comunicação e letramento com

diferentes participantes, surge a proposta metodológica que foi denominada de

Desenvolvimento Centrado em Contextos de Uso (DCC).

As diretrizes gerais do DCC consideram o contexto macro do desenvolvimento humano

na interação social como base para a o desenvolvimento das tecnologias. Não interessa, pois,

isolar as características e necessidades dos sujeitos separadamente dos seus contextos. Esta

alternativa que acontece em geral quando verificamos o desenvolvimento de qualquer

Tecnologia Assistiva centrada no usuário, foca numa visão funcional do sujeito.

A proposta de DCC, pelo contrário, sem ignorar os aspectos funcionais, os situa no

contexto cultural em que se inserem. Assim, o sujeito é sempre visto em relação aos seus

diferentes contextos culturais, em uma configuração com múltiplos atores como foco de

8 � Crê-se que seja necessária a quebra do paradigma clínico no desenvolvimento de um recurso no qual a tecnologia assistiva é idealizada para o indivíduo com ênfase em sua deficiência. A deficiência não é o defeito fisico que a pessoa tem, mas é produto da situação orgânica, biológica, psicológica do indivíduo em combinação com o ambiente. A deficiência decorre de expectativas não atendidas, que impactam na interação sociale consequentemente no desenvolvimento do indivíduo.

Page 22: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

22

análise. Uma vez que cada indivíduo “habita” muitos contextos e, nele, é participante mais ou

menos ativo de diferentes práticas culturais, que, em alguns casos, acontece em uma tríade de

ação mediadora, ou seja, em um processo de mediação, ligado à aprendizagem e ao

desenvolvimento humano. Cada contexto configura as relações e, portanto, as mediações

possíveis do sujeito com o mundo. Desta forma, o contexto cultural não é um meio ou pano de

fundo, é um dos atores que configuram a relação que se estabelece entre os atores humanos.

Este é o princípio que norteia a premissa de incluir o contexto no desenvolvimento de uma

tecnologia que poderá se tornar um instrumento de mediação afetando qualitativamente a

ação mediadora.

O contexto, nessa visão, ultrapassa o mero espaço físico, pois efetiva-se em uma

condição com dimensões espaço-temporais e culturais. A dimensão espacial e social é

atravessada por quatro tipos de tempos: a) o presente, que é o tempo micro genético, o aqui

e o agora; b) o vivido, que é o tempo ontogênico, o qual corresponde ao tempo da história de

vida do ser humano; c) o histórico, que é o tempo da trajetória pessoal de vida de cada

sujeito, relacionando-se com sua cultura; d) o tempo futuro, que é o previsto para acontecer

mais adiante, nas perspectivas próprias e dos outros, o que se imagina que pode acontecer,

deseja-se, intenções e expectativas do sujeito para o futuro.

Ocorre, pois, uma contínua atualização desses quatro tempos que atravessam os

contextos e que necessitam serem levados em consideração na construção de um sistema de

tecnologia assistiva. A análise inicia-se pelo tempo presente, micro genético, e, a partir dele

resgatam-se os demais tempos. Para tal, utiliza-se como elemento central uma abordagem

etnográfica, por meio da qual, a partir de informantes, é possível o resgate do tempo vivido, o

histórico e ter-se uma previsão do tempo futuro (GOETZ, 1984).

Levando-se em consideração que a pesquisa etnográfica fundamenta-se por meio do

discurso, que é por essência permeado de subjetividade, através do relato de lembranças e

expectativas, não se configura um relato fiel. No entanto, tratando-se de uma pesquisa sócio-

histórica, essa subjetividade não acarreta consequências que a invalidam por haver a

possibilidade da triangulação de fontes de coleta de dados como mecanismo de regulação.

Dessa forma, obtêm-se diferentes pontos de vista do que está sendo observado e

caracterizado, possibilitando identificar discrepâncias entre o descrito e o que se efetiva como

fato (YIN, 2003).

A configuração dos contextos perpassa desta forma, a pesquisa sócio-histórica, na qual

a natureza dos contextos é sempre discursiva e permite a análise dos vários elementos:

pessoas, contextos, práticas culturais e ações mediadoras que aparecem dentro das práticas

(figura 3) e a partir dos tempos. Desta forma o contexto não pode ser considerado um

elemento estático, senão mais um ator na interação com os agentes (pessoas) (PASSERINO;

BEZ, 2012).

Assim, no DCC, o desenvolvimento de uma tecnologia assistiva de comunicação

alternativa para sujeitos com deficiência deve considerar diversos contextos (família, escola,

etc.) para a o entendimento do fenômeno da comunicação inserida em um espaço educativo e

Page 23: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

23

inclusivo. Em um nível micro, a tríade sujeito-mediador, sujeito com deficiência e ações

mediadoras9 constitui o ponto inicial para a compreensão dos processos de mediação com

tecnologias. Tal perspectiva metodológica colabora para o desenvolvimento de recursos

tecnológicos de forma diferenciada dos processos de desenvolvimento tradicionais, mesmo

aqueles processos embasados no Design Centrado no Usuário (DCU), no qual o usuário

participa do processo de desenvolvimento, especialmente levando em conta as suas

necessidades, expectativas e experiências (PASSERINO; BEZ, 2013).

No caso do DCC (figura 3), não se tem apenas um modelo de usuário, mas uma gama

diversificada de agentes, com muitas particularidades que diferem tanto nas expectativas

quantos nas experiências, por isso, propõe-se uma visão ampliada. Não somente interessa “o”

usuário, como no DCU, mas também as singularidades e especificidades dos vários agentes em

interação. Assim, o foco amplia-se para a ação que se desenrola na interação, nas práticas

culturais nas quais os agentes e os recursos tecnológicos veem-se involucrados (PASSERINO;

BEZ, 2013).

9 É a ação desenvolvida pelas pessoas em interação social, apropriando-se dos instrumentos de mediação e com a finalidade de modificar seu comportamento ou de outras pessoas ou modificar o meio (WERTSCH, 1999).

Page 24: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

24

Figura 3: Representação síntese do DCC

Fonte: PASSERINO; BEZ, 2013.

3.2 Desenvolvimento Tecnológico da Tecnologia Assistiva SCALA

O desenvolvimento tecnológico iniciou com base no protótipo existente para desktop em

2009 e com base na experiência em autismo das pesquisadoras Bez (2011) e Passerino (2005)

que trabalharam estratégias de mediação com pessoas com autismo. Para uma visão geral das

etapas do desenvolvimento da tecnologia SCALA, é apresentado um quadro síntese, com as

principais etapas. Essas etapas (Quadro 1) não aconteceram necessariamente de forma

sequencial, pois muitas foram concomitantes e inter-relacionadas, portanto a ordem numérica

é apenas uma forma de dispô-las.

Page 25: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

25

Quadro 10: Síntese para as etapas de pesquisas desenvolvidas

Etapas do desenvolvimento do Sistema SCALA

Etapa Ano Descrição 1 2010 Reunião com a equipe para repensar a versão desktop numa

proposta de transformação para web e dispositivos móveis. 2 2011 Seleção dos sujeitos para a pesquisa, termos de consentimento,

entrevistas, anamnese, conhecimento dos contextos familiar, escolar

3 2010 Pesquisa bibliográfica dos softwares de CA existentes para web e para dispositivos móveis.

4 2010/2011 Reformulação da engenharia de software, requisitos e casos de uso para a versão prancha web.

4 2011 Ajustes interface 5 2011 Nuvem Créditos do SCALA, inicio em outubro de 2011, mas em

constantes ajustes, conforme entrada e saída de novos integrantes da equipe

6 2011 Tutorias do SCALA – iniciados em outubro de 2011, mas em constantes ajustes, conforme alterações realizadas no software

7 2011/2012 Reanalise do banco de imagens 8 2011 Elaboração de imagens animadas 9 2010/2011 Desenvolvimento do SCALA web 10 2011 Escolha e compra dos dispositivos móveis 11 2011 Desenvolvimento servidor do banco de dados 12 2012 Desenvolvimento versão para dispositivo móvel - prancha 13 2012 Visita às três escolas de Educação Infantil dos sujeitos

participantes da pesquisa. Assinatura do Termo de concordância da Instituição

14 2012 Elaboração requisitos módulo narrativas visuais para dispositivo móvel

15 2012 Elaboração da engenharia do software do módulo narrativas visuais

16 2012 Desenvolvimento da programação do SCALA dispositivo móvel, módulo narrativas visuais

17 2012 Tutoriais SCALA dispositivo móvel 18 2012 Registro do Programa de Computador SCALA-WEB 19 2012 Sistema de varredura para o SCALA, no módulo prancha web 20 2013 Reanalise do banco de imagens 21 2013 Estudo das cores no autismo 22 2013 Desenvolvimento do protótipo do “Comunicador Livre” 23 2013 Parceria internacional de integração do SCALA ao Siesta na

plataforma do IPTV. Projeto: TAC-ACCESS (Tecnologias de Apoio à Comunicação a partir de Interfaces acessíveis e multimodais para pessoas com deficiência e diversidade).

24 2013 Parceria Centro Aragonés de Tecnologías para la Educación (CATEDU) para integração do SCALA ao Portal Aragonés de la Comunicación Aumentativa y Alternativa - ARASAAC (http://arasaac.org).

25 2013 Parceria com a faculdade de Farmácia da UFRGS para desenvolvimento SCALASaude (previsto para 2014)

26 2013 Avaliação da tecnologia assistiva nas duas versões. Metodologia de ação mediadora (em todo o projeto)

• Ação mediadora com os sujeitos com uso da tecnologia; • Ação mediadora com professores, observação e

acompanhamento; • Ação mediadora com família, observação e

acompanhamento.

Page 26: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

26

Na etapa 1 ocorreu uma reunião para inicio das tratativas para transformação do SCALA

versão desktop para web e dispositivos móveis, para tal foi necessário a elaboração de um

servidor para o banco de dados. Os bolsistas da computação ficaram encarregados desse

desenvolvimento do servidor para o banco de dados com as imagens disponíveis para

utilização na construção das pranchas e das histórias. Optou-se por continuar com o mesmo

layout que foi elaborado para fase final do protótipo com os devidos ajustes vindouros das

necessidades atuais (web/dispositivos móveis e módulo história). Esta versão teve a inserção

do módulo “narrativas visuais” (construção de histórias). Como se tinha o desejo de um

cadastro dos usuários para eventuais contatos e analises, optou-se pela pagina inicial do

software com login e senha para cada usuário.

Na pagina inicial também foi disponibilizado um termo de uso que o usuário deve

aceitar ao se cadastrar. O mesmo foi criado em função de o software possuir uma categoria de

imagens intitulada “Minhas Imagens”, na qual o usuário pode inserir qualquer figura, ficando

desta forma, sob sua responsabilidade a autoria das mesmas. A intenção de gratuidade da

tecnologia prevaleceu como na versão anterior, utilizando-se para tanto, as licenças GNU para

desenvolvimento e a Creative Commons para garantia do conteúdo aberto nas linguagens

Javascript e PHP5.

Como já descrito, a trajetória investigativa envolve vários projetos de investigação

desenvolvidos pelo grupo de pesquisa SCALA (RODRIGUES, 2011; RODRIGUES, PASSERINO,

2010; AVILA, 2011, BEZ, 2009), em diferentes espaços e momentos, com pontos de

interseção e consolidação da equipe em reuniões periódicas, que permitiram manter o rumo da

investigação.

O desenvolvimento em espiral inicia-se com uma análise aprofundada tanto de sistemas

já existentes10 como dos resultados das pesquisas anteriores mencionadas, que possibilitaram

construir um conjunto de requisitos para o sistema constantemente ajustados a partir das

pesquisas em andamento.

Assim, o desenvolvimento da engenharia de software foi pensado para atender as

necessidades da nova versão de ambos os módulos na etapa 3. Desta forma, os requisitos do

software foram reformulados em funcionais (quadro 2 e 4) e não-funcionais (quadro 3 e 5).

Os requisitos funcionais se relacionam diretamente a um processo que o sistema deve

executar ou às informações que precisa conter. Os requisitos influenciam de forma direta no

processo de análise, pois definem as funções que o sistema precisa executar e o que deve

fazer a cada interação do usuário. Os requisitos não-funcionais estão relacionados às

propriedades comportamentais que o sistema deve ter como usabilidade e simplicidade. Esses

requisitos influenciam de forma indireta no processo da análise, pois são utilizados para tomar

decisões sobre a interface, sobre o hardware que executará o software e a arquitetura do

sistema. 10 Foram explorados os principais software disponíveis: Amplisoft, Boardmaker, e outros sistemas de uso gratuito cujas características de interação e construção de histórias foi relevante para pensar os requisitos do sistema. A síntese da avaliação completa foi desenvolvida por Ávila (2011) como parte da sua pesquisa de mestrado.

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27

Quadro 11: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha

Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha REQF01- Fazer login: ao entrar no software primeiro abrirá uma pagina solicitando que efetue. o login, digitando o nome de identificação no local especificado e uma senha. Após clicar no botão “Login” e entrará na pagina do software. Se o usuário digitar nome ou senha incorreto aparecerá uma janela com mensagem.

REQF02- Cadastrar usuário: Para o usuário efetuar o cadastro deverá preencher os seguintes campos: nome, senha, cidade, profissão, email, local de acesso; se é usuário de comunicação alternativa; se concorda com os termos de uso do SCALA. Para finalizar o cadastro clicar no botão “Cadastrar”.

REQF03- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao clicar no botão layout abrirá janela contendo miniaturas dos quatro tipos de layouts disponíveis. Ao clicar em um dos tipos a tela deve se adequar ao tipo escolhido. o tipo 1 corresponde a uma prancha dividida em 12, o tipo 2 corresponde a uma prancha dividida em cinco quadros. O tipo 3 corresponde a uma prancha dividida em oito quadros e a tipo quatro a uma prancha dividida em sete quadros O software inicia com layout do tipo 1. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768.

REQF04- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (pessoas, objetos, natureza, ações, alimentos, sentimentos, qualidades, minhas imagens) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando na mesma. Esta fica selecionada até que o usuário efetue um novo clique no local desejado (quadro) quando a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens”. REQF05- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou prancha toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, após clicar sobre o quadro escolhido ou no ambiente da prancha. Se for o quadro, este é limpo e ficará em branco. Se for o ambiente da prancha, toda a prancha será excluída, permanecendo somente um quadro branco. Ambiente é considerado a parte do layout onde se encontram as pranchas. REQF06- Enviar som: Permite ao usuário enviar um som para o software, que será executado no lugar da legenda da imagem do quadro. O usuário clica no quadro e depois no ícone de som para abrir a caixa de envio do som. REQF07- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia a legenda existente no quadro. O usuário clica no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz ou do som enviado pelo próprio usuário no REQF06 . REQF08- Salvar Prancha: permite salvar a prancha construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a prancha e escolhido se a prancha ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A prancha será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma prancha salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a prancha. E quando salvar a prancha privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF09- Abrir prancha: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou pranchas públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a prancha, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de pranchas públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As pranchas existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF10- Imprimir prancha: permite que o usuário imprima a prancha aberta no sistema. O usuário clica no ícone imprimir e a prancha aberta na tela principal será impressa. REQF11- Reproduzir Prancha: Permite que o usuário veja a prancha em um quadro e possa reproduzi-la inteiramente com o sintetizador de voz. REQF12- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças na elaboração da prancha. Para desfazer, clicar no botão do ícone desfazer, e a última ação será desfeita na prancha, até dez vezes. REQF13- Importar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem dentro de seu

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computador e armazená-la em seu banco de imagens. Após esta imagem estará na categoria “minhas Imagens”.. REQF14- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF15- Exportar: permite que o usuário exporte sua prancha para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde quer salvar, depois clica com o mouse em salvar(a prancha é salva no formato PDF). REQF16- Editar legenda imagem: permite que o usuário alterar a legenda da imagem na sua prancha.

Quadro 12: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha

Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – Prancha

REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (exceto no exportar prancha). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas

Quadro 13: Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – Narrativas visuais

Requisitos funcionais do sistema SCALAWeb – História

REQF01- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao abrir o software uma janela com as quatro opções de layout existentes é automaticamente aberta. Ao clicar sobre uma das opções, a tela é redefinida de acordo com a opção escolhida. O usuário poderá escolher entre as três opções disponíveis, que são: uma tela dividida em quatro quadros; uma tela em branco; uma a tela dividida em 3 quadros e uma tela dividida em 6 quadros . Iniciar com quadro branco na tela principal do sistema. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768

REQF02- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (ícones-botões-imagens próprias, etc) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando com o mouse na mesma. Depois o usuário deverá clicar na tela de edição e então a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens” REQF03- Carregar cenário: Permite carregar as imagens de cenário do banco de dados do software para formar o fundo dos quadros. Quando o usuário desejar colocar um cenário ou cor no quadro de sua história, este deverá clicar no ícone-cenários ou na paleta de cores, dentro da janela de Alterar Cenário. Abre uma janela com os cenários/cores e após escolha, o usuário clica com o mouse no cenário/cor escolhido. O cenário/cor ocupará o tamanho do quadro e ficará fixo. REQF04- Aumentar imagem: Permite aumentar o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “aumentar imagem”. Esta aumenta 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até no máximo 90% do tamanho do quadro. REQF05- Diminuir imagem: Permite diminuir o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada, e após, no ícone de Diminuir Imagem, esta

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diminuirá 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até 20 pixels de altura por 20 pixels de largura aproximadamente. REQF06- Rotacionar imagem: Permite rotacionar a imagem em 90 graus para a direita. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “rotacionar”, então a imagem é rotacionada em 90 graus no sentido horário a cada clique. REQF07- Enviar imagem para frente: permite trazer a imagem para a frente das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para frente”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para frente das demais imagens existentes no quadro. REQF08- Enviar imagem para trás: permite enviar a imagem para a trás das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para trás”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para trás das demais imagens existentes no quadro. REQF09- Apagar imagem (borracha): permite excluir uma imagem do quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “apagar”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta é apagada (excluída). REQF10- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou historia toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, então é aberta uma janela de confirmação, se aceita, o quadro ou a história toda é apagada, dependendo da tela atual que o usuário se encontra. REQF11- Definir narrativa: Permite definir a narrativa do quadro. O usuário terá um espaço para texto para que possa escrever acima do quadro criado. O espaço da narrativa ficará disponível para edições/alterações dentro do quadro em que se encontra. REQF12- Escolher Balão: Permite a escolha de balões de fala, pensamento, descrição. Quando clicar com o mouse no ícone balão, abrirá uma janela com diversos balões e o usuário clica sobre o desejado, da mesma forma que imagens, e então clica no quadro de edição, no lugar onde deseja posicioná-lo. O texto do balão poderá ser alterado clicando sobre ele, e então no ícone de edição de texto. REQF13- Inverter imagem: Permite Inverter a direção de uma imagem. Ao clicar com mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “inverter”, a imagem será invertida, espelhada. REQF15- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia as narrativas existentes nos quadros. O usuário clica com o mouse no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz. REQF16- Salvar história: permite salvar a história construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a história e escolhido se a história ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A história será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma história salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a história. E quando for privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF17- Abrir história: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou histórias públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a história, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de historias públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As histórias existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF18- Imprimir história: permite que o usuário imprima a história aberta no sistema. O usuário clica com mouse no ícone imprimir e a história aberta na tela principal será impressa. REQF19- Animar história: permite que o usuário assista a história de forma animada. Ao clicar no botão “animar” o usuário irá visualizar a história criada em forma de um livro, quadro por quadro. A capa deverá conter o título da história (nome do arquivo salvo), nome do autor (mesmo nome do login) e a data da ultima edição. Pressionando a tecla ESC(cancelar visualização) ou terminando a animação, deverá voltar a tela de edição. REQF20- Reproduzir: permite que o usuário assista a animação da História. REQF21- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças. Para desfazer, clicar no botão do mouse no ícone desfazer, e a última ação será desfeita na tela principal do software, até dez vezes. REQF22- Arrastar imagem: permite que o usuário mude a posição de uma imagem contida em um quadro. O usuário deverá clicar sobre a imagem e então sobre a posição desejada, e a imagem mudará de lugar. REQF23- Armazenar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem e armazená-la

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em seu banco de imagens (minhas imagens). REQF26- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF27- Exportar: permite que o usuário exporte sua historia para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde que salvar, depois clica com o mouse em ok. A história será salva num arquivo em extensão .pdf para que o usuário possa ver a historia salva sem internet.

Quadro 14: Requisitos não funcionais do sistema SCALAWeb – narrativas visuais

Requisitos não funcionais do sistema

REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (com exceção do exportar história). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas.

O diagrama de caso de uso modela as atividades do sistema, detalhando as opções

disponíveis e os atores executando as diferentes ações possíveis (figura 4, 5, 6).

Figura 4: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Tela Inicial

Fonte: Autoria Própria

Figura 5: Diagrama de casos de uso do SCALA Web – Módulo Prancha.

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Fonte: Autoria Própria

Figura 6: Diagrama de casos de uso do SCALAWeb Módulo História.

Fonte: Autoria Própria

A interface do software (figura 7) foi desenvolvida pelo grupo em paralelo com seus

requisitos e modelagem. Neste sentido, Preece, Rogers e Shap (2005) e Passerino e Bez

(2013) contribuíram para a organização de um design sempre focado no usuário em relação

aos outros (pessoas) e em contextos de uso, tendo este como ponto fundamental em cada

decisão tomada pelo grupo. Desta forma, a seguir apresentam-se os layouts do sistema para

os módulos prancha e história.

Page 32: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 7: Interface - Layout módulo prancha e módulo história.

Fonte: SCALA

Para formação foram desenvolvidos tutoriais passo a passo de cada módulo, que podem

ser encontrados no próprio software (http://SCALA.ufrgs.br/SCALAweb), no item Ajuda ou no

site do projeto (http://SCALA.ufrgs.br) em materiais.

O Sistema foi registrado como software livre desenvolvido pelo TEIAS/UFRGS e com

apoio da FAPERGS/CAPES/CNPq. O registro do Programa de Computador SCALA-WEB foi

realizado em 21/12/12, sob o nº 016120006172.

A etapa 4 inicia com a escolha dos sujeitos da pesquisa, que serão apresentados no

item que descreve os estudos de caso desenvolvidos na pesquisa. Para cada caso, um termo

Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A), aprovado previamente pelo Comitê de Ética

em Pesquisa da UFRGS (Anexo A) foi encaminhado para os responsáveis que concordaram na

participação na pesquisa.

Os dados iniciais coletados por observação e entrevistas permitiram adaptar e definir o

sistema SCALA a partir de um perfil sócio-histórico dos sujeitos. Dessa forma, para

desenvolver o Sistema SCALA, o foco não esteve apenas nas necessidades de comunicação dos

sujeitos não oralizados, mas também nas expectativas de professores como mediadores das

práticas educativas com esses sujeitos e na participação intensa da família para utilização e

adaptação dessas estratégias e recursos.

Nesse período ocorreu também uma analise do banco de imagens e contou ao longo do

tempo com especialistas da área de design e de educação para seleção e aprimoramento do

banco. O banco é composto por imagens do portal Aragonês ARASAAC11 e imagens de autoria

do grupo. A análise criteriosa desse conjunto de mais de 9000 imagens permitiu reduzir o

banco para aproximadamente seis mil imagens, aglutinando imagens do ARASAAC e imagens

desenvolvidas no projeto.

Na etapa 6 foram desenvolvidas algumas animações das ações pensadas a partir de

pesquisas empíricas que apresentam como resultados indícios de que ações animadas podem

ser mais adequadas na compreensão metafórica e simbólica de sujeitos com autismo

(PASSERINO, 2005; BARTH, PASSERINO, SANTAROSA, 2007; BARAKOVA, GILLESSEN, FEIJS,

11 www.catedu.es/arasaac/

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2009). Estas foram: abrir, acariciar, acordar, agarrar, agredir, amanhecer, amar, amarrar,

amassar, anotar, apagar, apertar as mãos, aproximar, assar, assoprar, assoviar, aumentar,

beber, beijar, botar dedo no nariz, brotar, cair, caminhar, cantar, cheirar, chorar, chover,

chutar, cobrir, colher, comer, contar, conversar, consertar, copiar, cortar, crescer, cuidar,

descer, entrar, encher, esconder, escovar os dentes, escrever, esfregar, falar, guardar, imitar,

inventar, investigar, jogar video-game, lamber, lavar as mãos, ler, limpar-se, lixar as unhas,

morder, narrar, olhar, organizar, ouvir, pegar, pensar, pintar, piscar, querer, sair, sonhar,

tocar, tossir e viajar.

Na etapa seguinte ocorreu o desenvolvimento da programação propriamente dita. A

medida em que as funcionalidades foram sendo finalizadas, passavam por testagem interna do

grupo e de usuários como professores, familiares e as crianças, implicando em diversas

modificações durante todo período.

Na etapa 8, ocorreu a opção de escolha do dispositivo móvel tablet android de 10

polegadas (desenvolvido para 7 polegadas ou mais (resolução de vídeo de 600x1024),

fundamentada em pesquisas realizadas pelo grupo. Após realizado orçamentos de preços,

optou-se pela compra de diferentes modelos para testar seu desempenho, tanto em termos de

interface, facilidade de uso, peso, e autonomia de bateria.

Para o desenvolvimento do sistema em Android, foi feita uma tomada de preços e a

empresa Maguis – Solução em Software Livre ofereceu a melhor condição para se tornar

parceira no desenvolvimento do servidor de banco de dados e a versão para dispositivo móvel.

Todo o desenvolvimento foi acompanhado e registrado como software livre, com transferência

de tecnologia em código aberto disponível para a comunidade científica.

O SCALAServer foi finalizado em fevereiro de 2012, e têm por finalidade criar uma

interface de controle e administração das imagens pranchas publicadas do software SCALA, a

qual busca:

1. Administração e publicação de categorias e imagens incluindo os referidos arquivos;

2. Administração e publicação das pranchas12 criadas pelo usuário e exportadas

publicamente.

Na primeira fase do projeto foi realizado um estudo de classes de camadas, assim como

análise de negócio para as imagens e categorias do SCALA (figura 8) o que foram usadas como

referência para as versões Tablet, Web.

Também se definiram projeto e arquitetura para estipular as tecnologias para o

desenvolvimento do software SCALAServer e comunicação Web Services. Para a escolha de tal

tecnologia levou-se em conta os seguinte quesitos:

• padrões e tecnologias atualmente utilizadas no mercado;

• integração e compatibilidade com as plataformas já desenvolvidas;

• integração e compatibilidade com as plataformas que serão desenvolvidas;

• qualidade da tecnologia em relação à usabilidade, estabilidade, acabamento gráfico;

12 Prancha: Ambiente de utilização do Scala, incluindo o layout escolhido pelo usuário, imagens utilizadas e definições de posicionamento, vozes e textos sobrepostos.

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34

• facilidade de desenvolvimento/manutenção;

• aderências aos padrões atualmente utilizados (Orientação à Objetos, MVC e etc).

Figura 8: Diagrama de classes da camada de modelo do projeto.

Fonte: Autoria Própria

Avaliando as tecnologias disponíveis no mercado, a tecnologia Java foi escolhida como

base de desenvolvimento, sendo esta, a mesma utilizada em todas as versões do SCALA. Foi

definido o uso de uma tecnologia Web por ser uma tendência tecnológica e por facilitar seu uso

de forma que qualquer usuário habilitado necessitasse apenas de um navegador de Internet

para acessá-la. O quadro 6 apresenta as tecnologias e versões utilizadas:

Quadro 15: tecnologias e versões utilizadas

Descrição Tecnologia Versão

Tecnologia base Java para Web Java EE 6

Servidor de Aplicação Apache Tomcat 7

Framework de Persistência JPA 2

Framework Web JSF/Facelets 2

Framework UI Primefaces 3

Branco de Dados PostgreSQL 9

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Tecnologia Web Services JAX-WS 2

Após definição e validação da estrutura, o desenvolvimento da aplicação iniciou-se com

a estrutura básica em ambiente seguro (controle por login/senha administráveis no próprio

software) e administração das imagens do SCALA. O objetivo deste módulo foi possibilitar de

maneira simples a inclusão, alteração e exclusão das categorias e imagens que estarão

disponíveis para uso. O software, ao enviar as imagens, reconhece automaticamente os nomes

através do nome do arquivo, a qual se torna o nome e dentro do SCALA e será usado também

para o reconhecimento de voz do sistema. Após esta etapa, as alterações foram avaliadas e

publicadas.

Uma vez publicada cada versão do SCALA, verifica-se as atualizações e caso seja

necessário, implanta-se tais modificações, fazendo com que todos os aplicativos SCALA

possam facilmente se manter atualizados quanto às categorias e imagens. Esta sincronização é

realizada através de Web Services.

A etapa seguinte contempla o recebimento e publicação das pranchas gravadas pelos

usuários em seu software SCALA. A funcionalidade permite o recebimento de uma prancha por

WebService e, após aprovado por um administrador, a publicação da mesma também por Web

Services. O armazenamento das pranchas segue os padrões de arquitetura definidos pela

Equipe do projeto Scala incluindo meta-dados que permitem a busca e localização para outros

usuários.

Os requisitos funcionais e não funcionais do SCALA dispositivo móvel, módulo prancha,

foram levantados pela equipe de pesquisa do projeto e passados à empresa Maguis para

análise e desenvolvimento do sistema, tendo como principais requisitos não funcionais e

aplicação itens definidos conforme quadro 7:

Quadro 16: tecnologias e versões utilizadas

Requisito não funcional Tecnologia Atendida Versão Utilização em Tablets de 10'' com resposta rápida aos comandos solicitados

Android 3.0

Armazenamento dos dados de figuras, categorias e pranchas

Banco de Dados Sqlite

3

Integração com servidor SCALAServer WebServices Rest Exportação das pranchas em formato visualizável Formato de saída JPG

Reprodução dos sons das palavras Sintetizador de voz padrão Android TTS

O software foi desenvolvido seguindo os padrões de projeto (Design Pattern)

recomendados pela equipe de Desenvolvimento Google, desenvolvedora da plataforma Android

SDK. Dentre os principais padrões utilizados destacam-se:

Model-View-Controller (MVC),

Internacionalização,

Utilização de Api padronizadas

Text-to-Sprech (TTS)

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Compartilhamento de recursos para exportação de imagens Web Services REST

Interpretação e geração de arquivos XML

O diagrama de Casos de Uso apresenta as funcionalidades que eram esperadas para

este módulo e suas características funcionais e não funcionais (figura 9)

Figura 9: casos de uso SCALA dispositivo móvel – prancha.

Fonte: Autoria Própria

O Ator principal do sistema é a criança ou adulto que irá manipular o Tablet, podendo

realizar todos os casos de uso previstos pelo sistema.

Figura 10: diagrama de atividades dispositivo móvel – prancha.

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Fonte: Autoria Própria

Funcionalidades do Sistema SCALA para dispositivos móveis

O desenvolvimento do sistema SCALA está descrito nas funcionalidades a seguir:

Escolher Layout da Prancha

O software prevê quatro tipos de layout para a criação da prancha, sendo que o

tamanho e a disposição das imagens inseridas devem ser de acordo com o layout escolhido.

Quando um novo layout for escolhido, todas as imagens serão removidas, executando ação

semelhante ao Limpar Prancha. Uma mensagem de confirmação será apresentada ao usuário

antes de trocar o layout.

Inserir Imagem na Prancha

O software possui categorias que ordenam os vários tipos de imagens, e dentro de cada

categoria há um número ilimitado de imagens. Esta estrutura é importada durante o processo

de instalação e do Servidor SCALA utilizando a tecnologia REST, descrito no caso de uso

Atualizar Imagens via WebService.

Para inserir uma imagem na prancha, o usuário deve selecionar a imagem desejada

(pressionando e soltando o dedo na mesma), ficando esta com uma borda de destaque, e

depois pressionar o dedo na posição do layout desejada. Caso haja uma imagem nesta

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posição, a nova imagem irá substituir a imagem antes inserida.

Junto da imagem é mostrado o texto correspondendo ao nome dela (atributo do banco

de dados), podendo o mesmo ser alterado para a presente prancha.

Reposicionar imagem

A selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre a imagem na prancha), é

possível reposicioná-la pressionando o dedo e arrastando até a posição de destino.

Excluir Imagem da Prancha

Para excluir uma imagem da prancha deve-se selecionar a mesma e pressionar o botão

excluir, localizado no canto inferior direito junto aos demais botões de manipulação da

imagem. A imagem excluída perde suas configurações específicas de nome e som, caso tenha

sido alterada. Porém a mesma continuará disponível no menu de categorias.

Gravar som para uma Imagem

Quando inserida na prancha, a imagem irá por padrão sintetizar seu nome para gerar o

som correspondente. Caso se deseje alterar o som, pode-se gravar uma voz para a mesma.

Este som será armazenado e vinculado apenas à imagem da prancha, mantendo inalterada a

original.

Para gravar o som, seleciona-se a imagem e se pressiona o botão Gravar Som, após

terminar a gravação deve-se pressionar o botão parar mostrado numa janela de diálogo.

Reproduzir som das imagens

Ao selecionar a imagem pode-se reproduzir seu som de acordo com o seguinte padrão:

• Caso haja um som gravado para a imagem, reproduz este som (Caso de uso “Gravar

som para uma Imagem”);

• Caso tenha sido alterado o texto da imagem, sintetiza o texto alterado;

• Sintetiza o texto original da imagem.

Visualizar Prancha

Ao selecionar a opção de “Visualizar Prancha”, uma janela será aberta apresentando a

prancha construída. Nesta janela há a opção de reproduzir toda a prancha em sequência, com

o som de cada imagem, iniciado pela imagem inserida no canto superior direito e reproduzindo

da esquerda para direita linha a linha.

É possível também pressionar uma imagem e a mesma reproduzir o som

correspondente. Ambas ações executam o caso de uso “Reproduzir som das Imagens”.

Abrir Prancha

Este caso de uso abre uma prancha previamente salva no banco de dados do Tablet.

Esta ação irá carregar o layout salvo, assim como as imagens e suas possíveis alterações

(nome e som). Este comando, também poderá importar uma prancha exportada (arquivo

compactado). Neste caso irá importar todas as configurações da prancha e das imagens, e

gravar no banco de dados interno, podendo ser aberta em outras ocasiões.

Salvar Prancha

Este caso de uso salva uma prancha construída no banco de dados do Tablet. Esta ação

irá salvar o layout, assim como, as imagens e suas possíveis alterações (nome e som).

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Além de salvar, pode-se exportar a prancha para um arquivo externo, através do caso

de uso “Exportar prancha”.

Exportar Prancha

Este caso de uso cria um arquivo no formato compactado com todas as informações da

prancha criada, podendo ser importada em outros tablets.

O arquivo compactado contém um arquivo XML com a descrição da prancha e das

imagens: layout, posicionamento das imagens e possíveis alterações. Caso seja usado uma

imagem importada na prancha, esta imagem será salva dentro do arquivo compactado. Caso

seja gravado sons para as imagens, estes também irão junto com o arquivo compactado.

Excluir Pranchas Salvas

Ao selecionar a opção de abrir uma prancha, é possível excluí-la do banco de dados.

Esta operação é irreversível e irá excluir todas as informações referentes à prancha.

Atualizar imagens por WebServices

Ao iniciar, o sistema o SCALA irá diariamente buscar por novas atualizações no servidor

SCALAServer. O usuário poderá aceitar ou não as novas atualizações

Importar Imagem

Este caso de uso prevê a importação de imagens contidas no Tablet para o software

SCALA. As imagens importadas ficam numa categoria especial chamada “Minhas Imagens” e

poderá ser usada normalmente pelo sistema. Para excluir uma imagem importada, deve-se

ficar pressionando a mesma por dois segundos, abrindo assim uma janela de diálogo

confirmando a exclusão.

Exportar/Enviar Imagem

Este caso de uso deve exportar uma prancha no formato JPG e permitir o envio desta

imagem para outros dispositivos. O recurso usado para enviar a imagem é a opção

compartilhar do Tablet, que permitirá enviá-la por vários métodos dependendo do software

instalado. As opções padrão são: “Enviar por Bluetooth” e “Enviar por e-mail”.

Uso do Software

O diagrama de atividades da figura 10 apresenta o processo padrão de utilização do

sistema, podendo neste haver mudanças de acordo com o interesse do usuário.

O desenvolvimento dos requisitos do SCALA dispositivo móvel para o módulo narrativas

visuais e os diagramas de casos de uso apresentam as características funcionais e não

funcionais (figura 10 e 11).

O Ator principal do sistema é a criança ou adulto que irá manipular o Tablet, podendo

realizar todos os casos de uso previstos pelo sistema.

Escolher Layout da História

O software prevê vários tipos de layout para a criação da história, sendo que o tamanho

e disposição de cada quadro da história devem ser feito de acordo com o layout escolhido.

Quando um novo layout for escolhido, todas as imagens serão removidas. Uma mensagem de

confirmação será apresentada ao usuário antes de trocar o layout.

Page 40: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

40

Figura 11: casos de uso dispositivo móvel – módulo narrativas visuais

Fonte: Autoria Própria

Abrir História

Este caso de uso abre uma história previamente salva no banco de dados do Tablet.

Esta ação irá carregar o layout salvo, assim como, as imagens e as narrativas da história.

Salvar história

Este caso de uso salva uma história no banco de dados do Tablet. Esta ação irá salvar o

layout assim como as imagens e as narrações.

Excluir Histórias Salvas

Ao selecionar a opção de abrir, é possível excluir histórias do banco de dados. Esta

operação é irreversível e irá excluir todas as informações referentes à história excluída.

Importar Imagem

Este caso de uso prevê a importação de imagens contidas no Tablet para o software

SCALA. As imagens importadas ficarão numa categoria especial chamada “Minhas Imagens” e

poderá ser usada normalmente pelo sistema. Para excluir uma imagem importada, deve-se

ficar pressionando a mesma por dois segundos, abrindo assim uma janela de diálogo

confirmando a exclusão.

Exportar/Enviar Imagem

Este caso de uso deve exportar uma história no formato JPG e permitir o envio desta

imagem para outros dispositivos. Os recursos usados para enviar a imagem é a opção

compartilhar do Tablet, que permitirá enviá-la por vários métodos dependendo do software

instalado. As opções padrão são: “Enviar por Bluetooth” e “Enviar por e-mail”.

Reproduzir História

Ao selecionar a opção Reproduzir, uma nova janela é aberta apresentando a história

construída. Nesta janela há a opção de reproduzir toda a história em sequência reproduzindo o

som da narrativa de cada quadro, iniciando pelo canto superior direito e reproduzindo da

esquerda para direita linha a linha.

Page 41: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

41

Edição de um Quadro

Cada quadro do layout selecionado deve ser editado individualmente. Para editar um

quadro basta selecioná-lo (pressionando o dedo sobre ele), que será aberta a tela de edição.

Escolher Cenário

A opção cenário permite escolher o fundo de um quadro específico da história. Quando

o usuário desejar colocar um cenário ou cor no quadro de sua história deverá selecionar a

opção “cenário” ou a paleta de cores. Será aberta uma janela com os cenários/cores e após

escolha o cenário/cor ocupará o tamanho do quadro e ficará fixo.

Inserir Imagem

O software possui categorias que ordenam os vários tipos de imagens, e dentro de cada

categoria há um número determinado de imagens. Esta estrutura é importada durante o

processo de instalação e do ServidorSCALA utilizando a tecnologia REST, descrito no caso de

uso Atualizar Imagens via WebService.

Para inserir uma imagem na narrativa visual, o usuário deve selecionar a imagem

desejada (pressionando e soltando o dedo na mesma), ficando esta com uma borda de

destaque, e depois pressionar o dedo na posição do quadro que deseja inserir a imagem.

Reposicionar imagem

Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível reposicioná-la

arrastando (pressionando a o dedo na imagem e deslizando até a posição desejada) a mesma

até a posição de destino.

Rotacionar imagem

Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível fazer rotação

em 90 graus pressionando o botão rotacionar.

Inverter imagem

Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível inverter a

imagem na horizontal (efeito semelhante à de um espelho) pressionando o botão inverter.

Ampliar e reduzir imagem

Ao selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela), é possível ampliar ou

reduzir seu tamanho selecionando a opção ampliar ou reduzir.

Enviar para frente e para trás

Quando duas imagens estão sobrepostas é possível escolher qual imagem fica na frente

ou atrás selecionando a imagem e escolhendo a opção frente ou atrás.

Excluir Imagem

Para excluir uma imagem de um quadro deve-se selecionar a mesma e pressionar o

botão excluir, localizado no canto inferior direito junto aos demais botões de manipulação da

imagem.

Diálogos

No modo narrativas visuais há uma categoria diálogos onde é possível inserir balões de

diálogos. Para inserir texto em um balão, deve-se selecioná-lo e pressionar o botão texto,

habilitando assim a digitação do texto desejado. Ao termino da digitação o clicar em Ok para

Page 42: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

42

terminar.

Concluir edição do quadro

Para concluir a edição de um quadro da história basta selecionar a opção concluir.

Cancelar edição do quadro

Para descartar as alterações feitas em um dos quadros basta selecionar a opção

cancelar.

Para cada versão do sistema foram elaborados tutoriais passo a passo que podem ser

encontrados no próprio software no item Ajuda.

Outra etapa de investigação contemplou um estudo das cores para interfaces para

crianças com autismo. Este estudo discutiu sobre como a hipersensibilidade e

hipossensibilidade presentes no Transtorno do Espectro Autista afetam no processo do

desenvolvimento infantil, principalmente na forma que a criança se relaciona com o mundo e

se comunica com as outras pessoas. Este é um problema enfrentado por muitas crianças com

autismo que encontram na integração sensorial problemas para processar adequadamente a

informação transmitida pelos cinco sentidos, com distorções perceptivas e fragmentação da

realidade. Segundo artigo publicado em 2012 no Journal of Autism Developmental Disorders13,

em torno de 40% das pessoas com autismo apresentam alguma anormalidade oftalmológica

que dificulta a percepção visual.

Desta forma a percepção da cor torna-se um fator tão importante no desenvolvimento e

aprendizagem especialmente para àquelas crianças com hipersensibilidade perceptivo-visual e

problemas de integração sensorial. Os estudos desenvolvidos pelo grupo alertam que a criança

autista na média tem menos capacidade de discriminação cromática, independentemente de

existir ou não alguma hipersensibilidade aos estímulos visuais, levando-se em consideração

que algumas cores podem desencadear um episódio de tensão e hipersensibilidade e algumas

cores podem ser objeto de obsessão e alívio, auxiliando no processo cognitivo, mesmo assim

essa característica é muito subjetiva e variável, relativa à história e a experiência de cada

criança.

Desta forma, o layout do SCALA foi desenvolvido considerando dois princípios: cores

suaves e poucos detalhes. Os cenários usados como planos de fundo para criação de

narrativas visuais do SCALA são criados de maneira a causar um menor impacto visual nessas

crianças permitindo que as mesmas possam focar seus esforços na construção da narrativa,

valendo-se de um ambiente calmo e confortável proporcionado por cores em tons pastéis (a

saturação ou pureza de uma cor expressa o intervalo de comprimento de onda ao redor do

comprimento de onda médio, no qual a energia é refletida ou transmitida). Um valor alto de

saturação resulta numa cor mais pura, já um baixo valor indica uma mistura de comprimentos

de onda produzindo tons pastéis (mais apagados). Conforme descrito por Moffitt (2011), cores

suave e frias tem um efeito calmante no autismo de forma que o layout da interface do SCALA

13 FRANKLIN, ANA; SOWDEN, PAUL; BURLEY, RACHEL; NOTMAN, LESLIE & ALDER, ELIZABETH. Color perception in children with autism. In:Journal of autism and Development disorders. Acessado em 11/10/2013. Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007/s10803-008-0574-6, (2008).

Page 43: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

43

procura manter estas características. A figura 12 foi elaborada seguindo tais princípios e está

disponível no software.

Figura 12: exemplo de cenário do SCALA no módulo narrativas visuais.

Fonte: SCALA

O protótipo do sistema de varredura para o SCALA, no módulo prancha web foi iniciado

em 2012 e destina-se a pessoas com deficiência motora e com problemas de comunicação. O

sistema SCALA web – prancha sofreu uma adaptação levando-se em conta o público-alvo de

crianças, optando-se pela ativação ou desativação da varredura automática, configuração da

velocidade do tempo de varredura, o destaque da cor de acordo com a preferência do usuário

e escolha do som da varredura.

O acesso ocorre por meio do mouse (clique direto), ou de um acionador. O protótipo do

sistema SCALA com varredura, pode ser acessado através da nuvem de configurações que se

encontra no menu superior

Figura 13 - acesso ao sistema de varredura

Page 44: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

44

Fonte: SCALA

Através da nuvem de configurações é possível ter acesso a algumas alterações no modo

de uso do sistema que são: ativar a varredura; definir a cor de varredura; definir a velocidade;

ativar som de varredura. Atualmente é possível efetuar todas as operações por meio de

varredura com exceção do imprimir, exportar e importar devido à complexidade que estas

funcionalidades envolvem. Assim sendo, ainda está em desenvolvimento funcionamento destes

recursos por meio de varredura. No seguimento apresenta-se uma pequena ilustração da

varredura no menu inferior, menu de categoria e nas imagens pertencentes a uma dada

categoria. Um manual de ajuda ao usuário pode ser encontrado no link:

http://SCALA.ufrgs.br/siteSCALA/projetoSCALA/content/material.

Figura 14 - Ilustração da varredura no 1) menu inferior , 2) no menu das categorias e nas 3)

figuras de uma dada categoria.

Fonte: SCALA

Por fim, foi desenvolvido o protótipo do “Comunicador Livre” para o SCALA Web, que é

um chat de comunicação síncrona com uso de símbolos pictóricos.

As especificações dos requisitos funcionais e não funcionais, basearam-se em recursos

já existentes no sistema e em funcionalidades novas para a implementação do chat

propriamente dito, conforme é apresentado nos quadros 8 e 9 respectivamente.

Page 45: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

45

Quadro 17 - requisitos funcionais do chat para web

# Requisito Descrição

1 Para ter acesso ao chat deve-se estar logado no site do SCALA

O chat é parte integrante do site do SCALA, portanto o usuário deve acessar o link e estar devidamente

2 O software deve permitir a inserção de novas pessoas para iniciar a conversa

O usuário inicialmente não possui nenhuma pessoa para iniciar a conversa, cabe a ele adicionar uma nova. Para deve-se inserir o nome da pessoa

3 O software deve permitir a remoção de pessoas da lista do chat

Deve ser possível remover a pessoa da lista de amigos

4 Cada pessoa deverá possuir um avatar O usuário iniciara com um avatar padrão mas poderá escolher entre uma lista de avatares o de sua preferência

5 O sistema deverá informar os amigos online e offline

Deve ficar de claro entendimento a diferença entre os amigos online e offline

6 Todas as interfaces do sistema devem conter pictogramas

Todas as possíveis ações do sistema devem ter um pictograma associado

7 O software deverá disponibilizar categorias de pictogramas na tela do chat

Esta funcionalidade serve para organizar a distribuição dos pictogramas

8 Um botão de “ajuda” deve estar disponível em todas as telas do software

Para auxiliar o usuário o botão de ajuda deve ficar disponível para esclarecimento de dúvidas.

9 Um botão de “voltar” deve estar disponível em todas as telas do software

O botão de voltar auxiliará o usuário caso queira sair da tela onde se encontra

10 O chat deve conter o botão de “enviar” e de “apagar”

Estes botões devem ser adicionados caso o usuário queira realizar as ações pelo mouse

11 Para inserir um pictograma deve-se selecionar uma categoria e depois o pictograma

Cada pictograma estará dentro de uma categoria acessada na tela principal

12 O histórico da conversa deverá aparecer na tela para todos os usuários presentes na conversa

Cada fala de cada usuário deverá ser concatenada na tela

13 No chat, o usuário poderá inserir uma imagem arrastando do seu computador

Poderá selecionar qualquer imagem do seu computador e arrastá-la para o campo de edição da mensagem

Quadro 18: requisitos não funcionais do chat para web

# Requisito Descrição

1 O software deve estar disponível dentro do sistema SCALA

O software é parte integrante do SCALA e seu acesso deve ser feito acessando o site do SCALA

2 O software não deve usar nenhuma ferramenta que envolva custo

O software deve ser livre

3 O software rodar em qualquer plataforma sem interferências em seu funcionamento

Como é um recurso web o software deve rodar em qualquer plataforma

4 Para o desenvolvimento do chat o sistema deve usar bibliotecas que utilizam o protocolo Websockets

Websockets estão em ascensão no caso de requisições em tempo real de baixa latência entre o cliente e o servidor

5 O sistema deve possuir uma interface simples e de fácil entendimento

Manter o sistema o mais simples possível minimiza a curva de aprendizado

A modelagem do sistema foi realizada, juntamente com os requisitos, expressa a partir

do diagrama de caso de uso

Page 46: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

46

Figura 15 - diagrama de caso de uso do comunicador livre para web

Fonte: Autoria Própria

O ator é representado pela figura de um boneco, cada caso de uso por uma elipse com

seu nome especificado e as relações com o autor, representadas por retas. Existem diferentes

tipos de relacionamentos dentro da UML além do básico (retas), um deles é a generalização

onde um caso de uso geral generaliza o específico, sua representação é feita por uma seta

para o caso de uso geral.

Com referência a arquitetura do sistema, essa foi desenvolvida para web, por ser uma

aplicação web tradicional, o protocolo usado para a tela de configuração dos dados do usuário

e registro de amigos foi o HTTP. Porém para a criação do chat foi necessário uma tecnologia

mais robusta que se utiliza comunicação em tempo real, full-duplex com baixa latência, para

isso optou-se pelo protocolo WebSockets, auxiliado pela ferramenta Node.js e a API Socket.IO.

Buscou-se uma interface simples e que acompanhasse o design das outras telas do sistema

SCALA, voltados a usuários de CA.

O módulo ComunicadorLivre permite a troca de mensagens entre usuários cadastrados

Page 47: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

47

no sistema, que estiverem online, através de mensagens síncronas. Ao clicar na nuvem

“comunicador livre” o usuário acessa o chat. Inicialmente tem a opção de escolha do seu

avatar e o gerenciamento de amigos, e pode ver seus amigos online e offline ou ainda,

adicionar ou excluir amigos. Há ainda a opção de ajuda, para o caso de dúvidas do usuário

quanto à utilização do aplicativo. A troca de mensagens se efetiva apenas com um amigo

online, ao clicar sobre o mesmo. Nova tela é aberta com a opção de escolha de símbolos

pictográficos, distribuídos em categorias, e de texto para o envio da mensagem. Em todas as

telas do comunicador livre há a opção de retorno.

Após efetuar o login no sistema, o usuário é conduzido à tela principal do SCALA. Para

acessar o chat é necessário clicar na nuvem “Comunicador Livre”, abrindo a tela de

configuração do usuário (figura 16)

Figura 16 - Tela de configuração do usuário comunicador livre – web.

Fonte: Autoria Própria

Ao clicar em um amigo online é aberta uma nova janela com o chat propriamente dito.

O chat funciona no conceito de “sala”, ou seja, inicialmente somente o usuário está na

conversa e deve esperar o outro amigo entrar na sala para poder interagir.

Sobre o desenvolvimento tecnológico com a documentação do Sistema SCALA, cabe

ressaltar que todos os módulos e versões web e dispositivo móvel, foram desenvolvidos a

partir de reuniões com a participação dos integrantes da equipe do projeto, com sugestões de

melhorias, aprimoramentos do processo do desenvolvimento dos módulos.

Figura 17 - Tela do chat do comunicador livre – web.

Page 48: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

48

Fonte: Autoria Própria

Ainda, durante o ano de 2013, foi iniciada uma parceria com a Universidad de Córdoba,

Espanha, a partir de um projeto internacional CAPES/DGU para integração da tecnologia

assistiva SCALA – Sistema de Comunicação Alternativa para letramento de pessoas com

autismo no Ambiente Siesta-Cloud, na plataforma IPTV. Este subprojeto é um projeto

cooperativo internacional: Projeto TAC-ACCESS (Tecnologias de Apoio à Comunicação a

partir de Interfaces acessíveis e multimodais para pessoas com deficiência e

diversidade), firmado entre o PGIE/UFRGS e EATCO/UCO Universidade de Córdoba/Espanha e

promovido pela CAPES no Brasil e a DGU na Espanha.

Este projeto foi resultado da missão de trabalho desenvolvida em 2012 que

proporcionou condições de internacionalização do sistema, agora já em fase de tradução para

Inglês e Espanhol. Encontra-se em fase de desenvolvimento as seguintes etapas, previstas

para 2014:

• Tradução do SCALA para espanhol;

• Implementação e inclusão das API REST utilizando framework PHP Slim;

• Definição dos Perfis e suas Permissões;

• Remodelamento da interface (layout) do SCALA já em adequação com o Siesta;

o programação em HTML 5;

o cores e imagens;

o tipos de pictogramas;

• Definição do local de armazenamento da base de dados do SCALA;

o Brasil – Nuvem UFRGS;

o Espanha – Nuvem Amazon;

• Permissão da personalização da prancha deixando o usuário escolher a sua

forma, porém também permitindo escolhas pré-definidas;

• Inclusão de editor de palavras que se transformam em pictogramas (baseado no

PictoTradutor);

• Criação de pranchas que possibilitem construir textos, frases graduando do

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49

simples ao mais complexo.

Nas figuras 18, 19, 20 e 21 pode ser visto o andamento do processo de integração.

Figura 18 - Tela principal de entrada do programa Siesta.

Fonte: Autoria Própria

Figura 19 - Prancha de comunicação.

Fonte: Autoria Própria

Ao clicar no botão “Elegir”, é mostrada a tela das categorias das imagens, para

elaboração das pranchas de comunicação (figura 20).

Com os botões amarelo e azul o usuário pode movimentar-se entre as diversas

Page 50: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

50

categorias, Na coluna da direita é apresentado uma prévia das imagens na categoria

selecionada.

Ao clicar-se no botão “Más opciones” é visualizado na tela um quadro de diálogos com

as distintas opções que podem ser realizadas (figura 21).

Figura 20 - Tela categoria das imagens.

Fonte: Autoria Própria

Figura 21 - Tela opções de funcionalidades.

Fonte: Autoria Própria

Ainda, em 2013, foi firmada uma parceria Centro Aragonés de Tecnologías para la

Educación (CATEDU) para integração do SCALA ao Portal Aragonés de la Comunicación

Aumentativa y Alternativa - ARASAAC (http://arasaac.org). Para que tal objetivo seja efetivado o

SCALA está sendo traduzido para: espanhol e inglês, disponível na nuvem de configurações

(figura 22).

Page 51: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

51

Figura 22 - Tela SCALA com opção de idioma na versão dispositivo móvel.

Fonte: Autoria Própria

As versões de idiomas estão sendo concebidas em função das duas parcerias

internacionais firmadas e tem previsão de conclusão para março de 2014.

No ano de 2015 foram adicionadas mais opções nos cenários do módulo narrativas

visuais, como a importação de uma imagem do computador do usuário que poderá se utilizada

como plano de fundo, conforme apresentado a seguir.

Figura 23 - Opção “Escolha uma imagem”

Fonte: Autoria Própria

Ao selecionar a imagem desejada do seu computador e ela aparecerá logo abaixo. Para

utilizá-la basta clicar sobre a imagem.

Page 52: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

52

Imagem 24: Plano de fundo selecionado

Fonte: Autoria Própria

No terceiro ícone, você dá a possibilidade de desenhar seu próprio cenário através de

um aplicativo de desenho a mão livre. Terminado o desenho, clique no ícone verde localizado a

esquerda.

Figura 25: Desenho livre de cenário

Fonte: Autoria Própria

De 2015 até o presente momento esta em desenvolvimento um sistema de busca para

Page 53: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

53

as imagens, partindo-se da avaliação do conjunto de funções do SCALA sobre o processo de

construção de uma prancha, observou-se que aprimoramentos no sistema poderiam ser

realizados, como é o caso dos processos de inserção e importação de imagem, que exige

muitos passos e não contam com uma ferramenta de busca mais automática, tornando o

processo mais lento e dificultando a ação de um usuário com ou sem experiência.

Uma alternativa foi incluir no sistema a busca avançada que em geral considera vários

pontos, incluindo contexto de pesquisa, a localização, a intenção, a variação das palavras,

tratamento de sinônimos, consultas generalizadas e especializadas, conceito de

correspondência e consultas em linguagem natural para fornecer resultados de pesquisa

relevantes. Com a busca avançada de imagens, resultados mais automáticos e relevantes

puderam ser disponibilizados, eliminando um conjunto de passos dos processos de inserção e

importação de imagem (ns) no sistema. Para a proposição de uma solução de busca

avançada no SCALAWEB foi necessário a retomada dos requisitos do sistema e de sua

modelagem, para o desenvolvimento de funcionalidades que atuem na busca automática de

imagem.

O desenvolvimento do SCALAWEB envolve uma série de tecnologias e ferramentas que

permitem a integração de serviços e pleno funcionamento das funcionalidades projetadas para

o mesmo. Na sequencia são apresentadas as principais ferramentas e tecnologias como forma

de entendimento do desenvolvimento e funcionamento da arquitetura do SCALAWEB.

a) HTML, CSS, AJAX, PHP e PostgreSQL

Para construção das interfaces de comunicação com o usuário, também conhecidas

como front-end, foi utilizada a linguagem de estruturação/marcação HTML e as folhas de estilo

CSS. A linguagem HTML é utilizada para a construção de páginas/sites web que são

interpretadas por navegadores (browsers). Já as folhas de estilo em CSS permitem ao

desenvolvedor alterar a aparência dos documentos escritos em linguagem de

estruturação/marcação como o HTML. O AJAX (JavaScript e XML assíncrono, tradução livre) é

uma tecnologia que permite a troca de informações de forma assíncrona entre a aplicação

SCALAWEB e o banco de dados, por exemplo, como forma de prover mais interatividade ao

usuário e a resposta esperada pelo mesmo (usado este recurso no sistema de busca por

palavra-chave no SCALAWEB).

A linguagem de programação PHP, também conhecida como server-side, é uma

linguagem interpretada, utilizada para construção e conteúdo dinâmico em sites. O código

escrito é interpretado pela linguagem PHP (sendo necessário para isso, o servidor PHP

devidamente configurado), que gera as páginas web visualizadas no lado do cliente

(PRACIANO, 2014). Esta linguagem foi utilizada na programação do conteúdo back-end do

SCALAWEB, juntamente com o HTML e as folhas de estilos CSS, descritas no parágrafo

anterior. Por fim, como sistema gerenciador de banco de dados escolhido para o SCALAWEB

optou-se pelo PostgreSQL. Este é um gerenciador de banco de dados de código aberto,

avançado, que conta com recursos como: consultas complexas, facilidade de acesso, gatilhos,

Page 54: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

54

integridade transacional, entre outros e flexibilidade quanto as rotinas básicas de criação de

tabelas, consultas, edição e atualizações. O modelo Entidade-Relacionamento (ER) projetado

para a base de dados do SCALAWEB é apresentada na seção de desenvolvimento.

b) Ontologias e Protégé

Ontologia é a descrição de categorias de “coisas” que existem ou podem existir em um

determinado domínio de conhecimento. As ontologias têm sua estrutura baseada na descrição

de conceitos e dos relacionamentos semânticos entre eles. A ontologia é uma definição formal

e explícita dos conceitos (classes ou categorias) compartilhados, presentes num domínio, bem

como, de seus atributos, propriedades e relações (BERNERS-LEE; HENDLER; LASSILA, 2001);

(NOY & MCGUINNESS, 2001). Logo uma ontologia fornece um vocabulário que descreve um

domínio de uma determinada área do conhecimento, sendo que estes vocabulários por vezes

podem ser especificados de diferentes maneiras. As linguagens utilizadas na especificação de

ontologias podem ser agrupadas em três tipos (ALMEIDA; BAX, 2003): linguagens de

ontologias tradicionais (Cycl, Ontolíngua, F-Logic, CML, OCML, Loom, KIF), linguagens padrão

Web (XML, RDF) e linguagens de ontologias baseadas na Web (OIL, DAML+OIL, SHOE, XOL,

OWL). Para a criação das ontologias no sistema SCALAWEB, foram definidas as categorias do

próprio sistema tais como: Pessoas, Objeto, Natureza, Ações, Alimentos, Sentimentos,

Qualidades e Minhas Imagens.

Para que esta descrição/definição das ontologias fosse projetada, construída e

organizada, foi utilizada a ferramenta Protégé14. O Protégé é uma ferramenta livre, de código

aberto, que possui um conjunto de ferramentas para a construção de modelos de domínio e

aplicações baseadas no conhecimento de ontologias. Na figura a seguir, é possível visualizar a

estrutura inicial implementada para o SCALAWEB quanto a busca semântica pretendida para o

mesmo.

Figura 26: Implementando Classes no Protégé

   

Fonte: Autoria Própria

No ambiente de construção de ontologias Protégé foram utilizadas as Classes e Object

Properties. As Classes são a representação concreta de um conceito ou entidade, interpretadas

também como conjuntos que podem conter indivíduos da ontologia e Object Properties são as

relações binárias entre indivíduos, ou seja, relaciona um indivíduo a outro indivíduo.

Para a ontologia projetada no Protégé, um cenário de uso inicialmente pensado para o

14 http://protege.stanford.edu/

Page 55: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

55

SCALAWEB foi a “Higiene pessoal” de crianças entre 4 e 7 anos, para responder questões

norteadores do tipo: “Como uma prancha de comunicação pode auxiliar crianças entre 4 e 7

anos na higiene pessoal?”, “Como uma prancha de comunicação pode auxiliar a criança na

escovação de dentes?”, “Como uma prancha de comunicação pode apresentar a ação de tomar

banho e os objetos que estão envolvidos no processo”, entre outras.

Logo, os conjuntos de classes definidas para este cenário foram: Ação, Local, Objeto,

Partes do Corpo e Pessoa. Conforme a necessidade, também foram criadas Subclasses, ou

seja, subconjunto dentro das classes, como por exemplo, a Classe Escova e as Subclasses

Escova de Cabelo, de Dentes e de Unhas. As classes e subclasses estão associadas aos

pictogramas do banco de imagens do SCALAWEB.

As Object Properties da ontologia foram projetadas com base nos relações e respectivas

descrições definidas para as ontologias WordNet15 e Papel16, resultando no conjunto que

segue: Antônimo de (Papel), Sinônimo de (WordNet), Finalidade de (Papel), Usado em Ação

(Papel), Parte de (WordNet), Tem como Parte (WordNet), Correlaciona-se com (WordNet),

Hipônimo (WorNet) e Lugar para (WordNet). As propriedades “Sinônimo”, “Finalidade de” e

“Parte de” possuem propriedades inversas correspondentes a “Antônimo de”, “Usado em Ação”

e “Tem como Parte”. Para as relações da ontologia foram utilizadas as propriedades Annotation

(Comment) e Description (Inverse of) usadas para vincular metadados as Object Properties,

conforme que segue.

Figura 27: Object Properties - Protégé

Fonte: Autoria Própria

Como os indivíduos da ontologia são pictogramas, as relações também foram marcadas

com as características Functional e Symmetric. Uma propriedade é dita funcional para dado

indivíduo, quando ele pode se relacionar a apenas um outro indivíduo a partir da relação. Já

uma relação R binária é simétrica se para qualquer indivíduo a e b, aRb implica em bRa.

Figura 28: Classes, SubClass Of e SubClass Of (Anonymous Ancestor) - Protégé

15 http://www.clul.ul.pt/wn/ 16 http://www.linguateca.pt/PAPEL/

Page 56: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

56

Fonte: Autoria Própria

Automaticamente o Protégé defini propriedades entre indivíduos, com a descrição

SubClass Of (Anonymous Ancestor). O trabalho resultou a ontologia com um valor de Classes

(208), Object Property (9), SubClass Of - relações entre as classes (974) e SubClass Of

(Anonymous Ancestor) (716).

c) Apache Jena e Sparql

O Apache Jena é um framework desenvolvido na linguagem Java, para construção de

aplicações de Web Semântica. Inclui um motor de inferências baseado em regras, além de

fornecer um ambiente de banco de dados através do SPARQL. O Apache Jena (servidor) é

utilizado junto ao SCALAWEB como forma de prover a infraestrutura necessária ao contexto

semântico que o mesmo necessita na busca avançada, possuindo uma interface gráfica de

gerenciamento, consultas e visualização.

Já o SPARQL, constitui-se como um subsistema de banco de dados para o Apache Jena.

Possui recursos como balanceamento de carga, segurança, clustering, backup e administração.

No SCALAWEB permite realizar as consultas das tuplas geradas em formato OWL, exportados

através da ferramenta Protégé, extraindo os dados e disponibilizando-os no formato JSON,

ficando disponíveis através do Apache Jena a API do SCALAWEB.

d) JSON e APIs

O JSON é um modelo para armazenamento e transmissão de informações no formato

texto. Sua utilização em aplicações web dá-se principalmente pela capacidade de estruturar

informações de uma forma mais compacta do que o formato XML, por exemplo (DEVMEDIA,

2014). No SCALAWEB tem um papel importante que é preparar os dados que serão utilizados

pela API, como retorno das consultas originárias pelo SPARQL.

Já uma API web, nada mais é do que um conjunto de rotinas e padrões de programação

para acesso a um aplicativo ou plataforma baseada na web. No caso do sistema SCALAWEB, a

ideia é a implementação de uma API de transmissão (quando a pesquisa necessita enviar

dados ao SPARQL) e uma de recepção (quando necessita retornar a aplicação SCALAWEB o

resultado das relações existentes nas ontologias pesquisadas).

As ferramentas e tecnologias apresentadas nesta seção são o aporte necessário à

implementação e integração dos recursos e serviços necessários e fundamentais ao

desenvolvimento da busca avançada no SCALAWEB. Sua perfeita integração e testes são vitais

para o sucesso do projeto, bem como, atualizações e melhorias no mesmo.

Busca Avançada no SCALAWEB – Projeto, Desenvolvimento e Integração

Page 57: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

57

O Sistema SCALAWEB em sua essência permite a busca por pictogramas, baseado na

seleção manual (clique e escolha) de imagens que estão dispostas em sete categorias

principais: pessoas, objetos, natureza, ações, alimentos, sentimentos e qualidades. O grande

problema deste método de escolha de pictogramas é que com o aumento da quantidade de

pictogramas (cerca 4.000 imagens que compõe o banco local) disponível ao usuário a seleção

manual tornou-se um processo cada vez mais trabalhoso devido ao tempo gasto na procura de

um pictograma.

Baseado no problema apresentado, um sistema de busca por palavra-chave foi

inicialmente projetado, como forma de trazer rapidez na busca por pictogramas e melhorar a

experiência do usuário ao utilizar o sistema. Nesta busca simplificada, optou-se por utilizar

apenas dados já armazenados no banco de dados para melhorar a forma como os pictogramas

são procurados pelos usuários. A figura 5 demonstra o modelo Entidade-Relacionamento (ER)

da base de dados que compõe o sistema SCALAWEB.

Figura 29: Modelo ER da Base de dados existente no sistema SCALAWEB

Fonte: Autoria Própria

A grande maioria dessas tabelas apresentadas faz parte da gerencia de usuários e

possui características que melhoram a experiência do mesmo ao utilizar o sistema de forma

que um usuário possa ter suas próprias imagens e sons, mandar mensagens para amigos

dentro do próprio sistema e criar, por exemplo, uma nova prancha ou história, podendo salvá-

la de modo público ou privado.

Outras tabelas vitais ao sistema são as denominadas imagem e categoria. Na tabela

imagem, como o próprio nome sugere, são inseridos todos os registros de todas as imagens

que o sistema SCALAWEB possui disponível ao usuário. Para isso, essa tabela possui atributos

como o caminho onde estão guardadas as mídias pertinentes a esse registro, os devidos

nomes dado as imagens em suas respectivas línguas, bem como, meta dados de inserção e

Page 58: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

58

atualização do mesmo. Além disso, ainda na tabela imagem, é possível visualizar um atributo

identificador de categoria que remete à tabela de mesmo nome. Essa tabela é responsável por

armazenar o nome da categoria, a localização do ícone que deve ser apresentado ao usuário,

bem como, metadados de atualização do registro na tabela.

Para implementar a busca por pictogramas através da inserção de palavras-chave,

foi adicionado um campo de entrada de dados do tipo texto com o nome de “pesquisa”. Este

campo foi colocado logo acima dos botões verticais de seleção de categorias, de forma não

intrusiva e mantendo o mesmo padrão e estilo dos mesmos. Um exemplo desta busca, pode

ser visualizada na figura a seguir.

Figura 30: Botão Pesquisa (a) e pesquisa com a palavra “lavar” (b)

Fonte: Autoria Própria

Após a implementação dessa solução o usuário é capaz de procurar por palavras-chave

que estão relacionadas ao nome, nos idiomas português, espanhol ou inglês dos respectivos

pictogramas. A exemplo da anterior, onde o usuário pesquisa pela palavra “lavar” e é capaz de

obter uma resposta rápida, com todos os pictogramas cadastrados na base relacionados à

palavra pesquisada.

Uma vez implementada a busca por palavras-chave, surgiu a necessidade de projetar

algo no sistema que aumentasse o poder da busca, aumentando as opções e trazendo mais

recursos aos usuários em uma busca denominada de “busca avançada”. A partir de então, a

implementação da busca avançada no SCALAWEB foi projetada, permitindo a seleção de

alguns campos iniciais, conforme pode ser visualizado na figura que segue.

Figura 31: Front-end da busca avançada e as opções de seleção

Page 59: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

59

Fonte: Autoria Própria

Estes campos são a seleção do idioma a ser efetuada a busca (disponível em português,

espanhol e inglês) e as bases de dados onde será feita a pesquisa de pictogramas, podendo o

usuário selecionar a base local do Scala e/ou a base externa do sistema Arasaac17 e/ou a base

personalizada de imagens salvas pelo próprio usuário (pictogramas onde o mesmo fez o

upload para dentro do sistema SCALAWEB e nomeou os arquivos). Uma vez selecionados os

campos de escolha, o usuário digita o nome (ou parte dele, sendo que a partir do quarto

caracter inicia-se a busca) do pictograma que deseja realizar a pesquisa. A partir deste

procedimento, entre em cena a arquitetura de busca avançada projetada, conforme pode ser

visualizada na figura a seguir.

Figura 32: Arquitetura do sistema de busca avançada para o sistema SCALAWEB

17

http://arasaac.org/

Page 60: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

60

Fonte: Autoria Própria

Em uma estrutura semântica secundária, implementada primeiramente através do

software Protégé, as ontologias são exportadas, contendo de forma geral as relações

existentes entre um pictograma e o contexto em que este possa estar inserido. Devido à

complexidade desta operação, alguns estudos específicos foram desenvolvidos como forma de

estabelecer tais relações e verificar sua efetiva prática com a realidade do sistema. Em um

segundo momento estas ontologias são interpretadas em um servidor contendo o Apache Jena

em conjunto com o banco de dados Sparql, relacionando o pictograma buscado pelo usuário e

suas respectivas relações encontradas, baseadas nas ontologias descritas. Estes dados de

respostas são retornados em um formato de dados JSON. A partir de então, são

disponibilizados no servidor Apache Jena, para que possam ser lidos por uma API web, que

fará a comunicação com a sistema SCALAWEB retornando os pictogramas correspondentes.

Como resultado desta busca avançada, uma vez que o usuário digitou uma palavra-

Page 61: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

61

chave correspondente e um conjunto de ontologias foi verificado e retornado via API as

relações existentes, os resultados são apresentados no SCALAWEB através de pictogramas.

Conforme exemplo da figura anterior, a palavra pesquisada “lavar” retornou ao final do

processamento os pictogramas: lavar as mãos, água, pia, mãos, sabão e sabonete líquido, o

que facilita para o usuário as opções de utilização de pictogramas, sem que seja necessária

uma nova pesquisa para encontrar pictogramas relacionados ao buscado. Além disso, a busca

avançada permite aumentar as possibilidades de utilização do sistema, tanto na construção de

pranchas de comunicação, quanto de narrativas visuais (recurso disponível para ambos).

Como resultados preliminares acerca do protótipo de busca para sistema web SCALA, o

mesmo tem sido utilizado de forma experimental entre os cerca de 700 usuários do sistema. O

banco de dados de imagens recebeu atenção especial no que diz respeito a não duplicação de

imagens, bem como, revisão dos nomes das imagens em suas respectivas línguas (português,

espanhol e inglês). Verificações específicas nos campos da tabela imagem, como: “id”,

“caminhoimagem”, “categoria_id” e “removida”, foram revisadas em mais de 4000 registros

presentes no banco, como forma de garantir que o nome (número - id) dos pictogramas

estivesse referenciado no caminho correto de gravação dos mesmos junto à plataforma

SCALAWEB. Da mesma forma, “categoria_id” deve estar devidamente relacionada com o

pictograma em questão, para que este se enquadre em uma categoria que tenha relação a si

mesmo. Por fim, o campo “removida” passou por revisões quanto aos pictogramas que ainda

encontram-se disponíveis no sistema ou que não fazem mais parte do mesmo, sendo assim

um campo do tipo boolean (true ou false).

Ainda quanto a seleção de diferentes bases de dados para a busca de pictogramas,

experimentos iniciais, dão conta de forma satisfatória do que diz respeito as variáveis: tempo

de resposta, performance e experiência do usuário na seleção das bases locais SCALA e

USUÁRIO. A busca na base de dados do ARASAAC (externo via API disponível pela própria

plataforma) internamente pelo sistema SCALAWEB também funcionou nos experimentos de

forma plenamente satisfatória, aumentando de forma considerável a quantidade de

pictogramas e relações possíveis a serem buscadas localmente na busca avançada. No que diz

respeito a arquitetura geral apresentada na figura anterior, projetada e descrita neste

trabalho, pretende-se reduzir o número de etapas, bem como, disponibilizá-la para testes aos

usuários do sistema, como forma de validar as relações encontradas e implementar novos

mecanismos como o aprendizado automático de relações propostas pelo usuário e

armazenamento local.

Fica notório a importância de tais sistemas, frente à quantidade de pessoas com

necessidades especiais e a relevância que o uso de software nestes contextos pode trazer.

Ainda, entende-se que o processo de desenvolvimento de sistemas para tais contextos, torna-

se contínuo na medida em que novas necessidades são descobertas e ajustes para eficiência e

eficácia tornam-se itens obrigatórios.

Por fim, constata-se que o projeto, desenvolvimento e suporte a um sistema web para

tecnologias assistivas requer uma equipe de profissionais que vai além do conhecimento

Page 62: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

62

técnico em desenvolvimento de software, linguagens de programação, entre outros. Faz-se

necessário o contexto educacional, social e técnico de diferentes áreas, bem como uma

aplicação real prática do software em questão, visando à realidade de tais

dificuldades/necessidades a serem atendidas.

Com a apresentação da metodologia do desenvolvimento para uma tecnologia assistiva

, qual chamamos DCC que resultou na implementação, reestruturação e aprimoramento do

SCALA, na sequencia descreve-se detalhadamente cada módulo do sistema SCALA

desenvolvido.

Page 63: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

3.3 Manuais prancha e narrativas

Módulo Prancha

O módulo prancha foi estruturado através dos seguintes itens: Escolher Layout da

Prancha, Elaboração da Prancha, Editar uma figura, Salvar a prancha, Abrir a prancha,

Adicionar páginas a uma prancha e limpar a prancha, Visualizar e reproduzir a prancha criada,

Desfazer uma operação, Exportar prancha, Importar figuras, Imprimir prancha e Módulo

Prancha Varredura, conforme segue.

Escolher Layout da Prancha

Para dar inicio a construção de sua prancha de comunicação, você precisará escolher o

layout. Você poderá escolher o tamanho e o número de divisões da sua prancha clicando em

“Layout” no menu inferior. Abrirá uma caixa de diálogo “Escolha a forma do seu layout”, clique

sobre a opção desejada e, em seguida, em “Concluir”.

Figura 33: Menu inferior: Opção “Layout”

Fonte: Autoria Própria

Figura 34: Caixa de diálogo: “Escolha a forma do seu layout”

Fonte: Autoria Própria

Após escolher o layout aparecerá uma mensagem de confirmação, avisando que com a

troca de layout as figuras da prancha serão perdidas, caso não tenham sido salvas

anteriormente. Para confirmar a troca de layout, basta clicar sobre a opção “Ok”. Caso

contrário, basta clicar sobre a opção “Fechar” e salvar a prancha antes de realizar a troca de

layout.

Page 64: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

64

Figura 35: Confirmar mudança de Layout

Fonte: Autoria Própria

Elaboração da prancha

Após a escolha do layout, você poderá começar a inserção dos pictogramas. Para

adicioná-los, você tem duas opções. Você pode escolher diretamente nas categorias,

localizadas no menu lateral esquerdo. As opções de categorias são: Pessoas, Objeto, Natureza,

Ações, Alimentos, Sentimentos, Qualidades. Dentro de cada categoria, as imagens estão

organizadas em ordem alfabética. Há também a categoria Minhas Imagens na qual é possível

importar imagens de sua preferência. Elas ficarão salvas no login utilizado.

Figura 36: Inserir imagem

Fonte: Autoria Própria

Para inserir uma figura na prancha basta clicar sobre ela e depois sobre o lugar em que

ela ficará. Podem ser adicionadas diversas imagens, assim, sua prancha poderá ter mais de

uma página. Por exemplo, na imagem acima, temos a figura de um menino que está comendo.

Como comer é uma ação, clique em "Ações" e procure a figura da ação “Comer”. Em seguida,

Page 65: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

65

clique sobre imagem e, após, clique no espaço onde deseja colocá-la.

Há também a opção de escolha dos pictogramas através da busca, que se localiza na

parte superior do menu lateral esquerdo, conforme imagens abaixo.

Figura 37 : Busca: Campo “Pesquisar”

Fonte: Autoria Própria

Digite no campo “Pesquisar” o item que deseja e o mecanismo de busca trará uma lista

dos itens relacionados ao lado. Para utilizar o pictograma selecionado basta clicar sobre ele e

depois, no local desejado na prancha. Como no exemplo a cima, a palavra digitada foi sorvete,

todas as palavras relacionadas foram elencadas. Após a escolha da palavra desejada, clique

sobre ela e, em seguida, sobre o local de destino na prancha. Veja o exemplo a seguir.

Page 66: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 38: Inserir imagem através da Busca

Fonte: Autoria Própria

Outra opção é através da busca avançada. Ela se localiza em um campo acima do

campo “Pesquisar”. Basta selecioná-la e outras opções para refinamento da busca serão

apresentadas, conforme as imagens a seguir.

Figuras 39 : Opções da busca avançada

Page 67: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

67

Fonte: Autoria Própria

Você pode selecionar o idioma: português, inglês ou espanhol. Além disso, a base de

pesquisa pode ser a do próprio Scala, do portal Arasaac ou do próprio usuário. Depois de

selecionar as opções que deseja, basta digitar a palavra a qual busca no campo “Pesquisar”.

Você pode adicionar diversas imagens.

Quando se deseja trocar uma figura de lugar, basta clicar sobre ela e após sobre o lugar

de destino. Se no lugar de destino já houver uma figura, o sistema emitirá um aviso

sinalizando que essa imagem irá substituir a imagem anterior. Para cancelar essa operação,

clicar em “Fechar”. Para confirmar a troca de posição do pictograma, clicar em “Confirmar”.

Visualizar e reproduzir a prancha criada

Durante a criação de uma prancha, a qualquer momento, pode-se utilizar a opção

"Visualizar" para ver como está ficando a prancha.

Figura 40:Menu inferior: Opção “Visualizar”

Fonte: Autoria Própria

Após clicar na opção Visualizar uma caixa de diálogo "Visualização da Prancha" é

aberta, na qual, se tem a opção de reproduzir a prancha. Na opção “Reproduzir” as figuras são

lidas, de forma sequencial e oral, pelo aplicativo Scala, podendo formar frases como "Comer

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68

Abacaxi, Algodão Doce, Ameixa, Bolachas, Banana, Bolo". Para voltar ao modo de edição da

prancha basta clicar na opção “Voltar”, no canto superior direito da tela. Para ouvir basta clicar

na opção “Reproduzir” também no canto superior direito da tela. Veja imagem abaixo.

Figura 41: Menu inferior: Opção “Reproduzir”

Fonte: Autoria Própria

Desfazer uma operação

Para desfazer uma operação executada na prancha utiliza-se a opção "Desfazer" que se

encontra no menu inferior. Pode-se desfazer até dez operações, após este número a prancha

continua como está.

Figura 42: Menu inferior: Opção “Desfazer”

Fonte: Autoria Própria

Editar uma figura

Os pictogramas podem ser editados. Para isso, basta clicar sobre ele e aparecerá um

menu no canto inferior direito. A figura selecionada ficará com o fundo branco, como na

imagem a seguir.

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69

Figura 43: Menu Inferior: Opção “Editar”

Fonte: Autoria Própria

A primeira opção é a edição da legenda da figura, localizada no menu ”Legenda”,

simbolizada pelo lápis. Ao clicar sobre a opção ”Legenda”, abre-se a caixa de diálogo "Digite

uma legenda" na qual você poderá inserir um novo nome para a figura. Após isso, basta clicar

em “Concluir” para salvar. Para cancelar clicar em “Fechar”. Veja imagem a seguir.

Figura 44: Caixa de diálogo “Digite uma legenda”

Fonte: Autoria Própria

Na opção "Apagar", simbolizada pelo X vermelho, a figura é removida da prancha. Para

utilizar esta opção basta clicar sobre o ícone que, em seguida, abrirá uma mensagem de

confirmação. Para continuar e remover a figura basta clicar em “Concluir”. Para cancelar,

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70

clique em “Fechar”.

Figura 45:Caixa de Diálogo “Confirmar exclusão de figura”

Fonte: Autoria Própria

Na opção "Reproduzir", simbolizada pelo auto falante, o nome da figura é reproduzido

de forma oral pelo aplicativo Scala. Se o usuário desejar modificar a reprodução, alterando a

voz ou a palavra pronunciada, pode realizar a gravação em um gravador e em seguida clicar

sobre a opção “Enviar som”, simbolizada pelo círculo laranja. Ao clicar em “Enviar som” abrirá

a caixa de diálogo "Alterar áudio, upload de som (.mp3)", na qual o usuário tem a opção de

procurar um arquivo de som no formato .mp3, gravado anteriormente, e clicar em “Concluir”

para atualizar o som, ou clicar em “Fechar” para cancelar.

Figura 46: Caixa de Diálogo “Alterar áudio, upload de som(.mp3)”

Fonte: Autoria Própria

As alterações realizadas em uma figura ficam salvas apenas nesta prancha, e não no

aplicativo, ou seja, qualquer outra prancha permanecerá com as características padrão da

figura. É importante que após a edição de uma figura, ou de qualquer ação que necessite

selecionar a figura, clicar na figura novamente para tirar a seleção. Caso não seja realizado

este procedimento, quando clicado sobre outro lugar na prancha a figura mudará de lugar.

Salvar a prancha

Durante a criação de uma prancha, a qualquer momento, pode-se utilizar a opção

“Salvar” para salvar a prancha. Esta opção se encontra no menu inferior como indicado na

Page 71: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

71

imagem a seguir.

Figura 47:Menu inferior: Opção “Salvar”

Fonte: Autoria Própria

Ao clicar sobre a opção "Salvar" será aberta a caixa de diálogo "Escolha o modo que

você deseja salvar a sua prancha", tendo como opções Salvar no computador, em Pranchar

Públicas ou em Pranchas Privadas.

Figura 48: Caixa de Diálogo "Escolha o modo que você deseja salvar a sua prancha"

Fonte: Autoria Própria

Ao escolher salvar as produções a partir do botão “Computador”, a prancha é salva

fisicamente no próprio computador. É aberta uma caixa de diálogo que sugere a pasta

“Downloads” como local de destino do arquivo gerado e o nome do usuário cadastrado como

sugestão de nomenclatura para esse arquivo. Por exemplo, se o nome do usuário é Gustavo, o

nome sugerido para o arquivo salvo será Gustavo.psw. Se já houver uma prancha com o

mesmo nome, um segundo arquivo será criado com a sugestão de nome “Gustavo(1).psw”.

Dependendo das configurações do seu navegador, o arquivo não será salvo

automaticamente, mas será aberta uma caixa de diálogo para escolher o local em que se

deseja salvar a prancha, como mostra a imagem a seguir. Assim, é só escolher uma pasta do

seu computador e, se desejar, modificar o nome da prancha salva.

Page 72: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 49: Caixa de diálogo “Salvar Como”

Fonte: Autoria Própria

Nas outras duas opções, basta escolher um nome e a prancha e salvá-la nos servidores

do Scala, ou seja, o arquivo ficará salvo no próprio sistema e ficará disponível em qualquer

computador com internet. Essa é a opção “Público” e todos os usuários do Scala terão acesso.

Nas Pranchas salvas a partir do botão “Privado”, o conteúdo fica disponível apenas ao

usuário que o criou. Após escolher a opção desejada a prancha será salva e a mensagem

"Prancha Salva" será exibida.

Abrir a prancha

Quando o aplicativo Scala for iniciado novamente, as pranchas salvas podem ser

abertas utilizando a opção "Abrir", que se encontra no menu inferior.

Figura 50:Menu inferior: Opção “Abrir”

Fonte: Autoria Própria

Ao clicar sobre a opção "Abrir", é exibida a caixa de diálogo "Escolha a prancha que

deseja abrir" que contém as opções de “Abrir Arquivo do computador” e duas listas de

pranchas, uma com as Pranchas Privadas e outra com as Pranchas Públicas. Para selecionar

um arquivo do computador basta clicar sobre o botão "Escolher arquivo", selecionar a prancha

Page 73: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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em uma caixa de diálogo semelhante a caixa "Salvar Como" e clicar na opção "Abrir", lembre-

se que essa prancha deve estar no mesmo formato salvo pelo Scala (*.psw).

Para abrir um das pranchas das listas, basta clicar sobre ela e em seguida sobre a

opção "Abrir". Se uma determinada prancha não estiver na lista, basta colocar seu nome no

campo disponível e a prancha será buscada.

Figura 51:Caixa de diálogo “Escolha a prancha que deseja abrir”

Fonte: Autoria Própria

Caso seja escolhido um arquivo que o aplicativo Scala não reconhece sua extensão, ou

seja, é diferente de .psw, a mensagem a seguir será exibida.

Figura 52: Mensagem de erro: extensão não reconhecida

Fonte: Autoria Própria

Page 74: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

74

Adicionar páginas a uma prancha e limpar a prancha

Para limpar totalmente a prancha, basta clicar na opção "Limpar", que se encontra no

menu inferior. Nesta opção o usuário pode apagar todas as figuras e criar uma nova prancha.

Figura 53: Menu inferior: Opção “Limpar”

Fonte: Autoria Própria

Após clicar sobre a opção “Limpar” abre uma mensagem de confirmação. Para continuar

basta clicar sobre o botão “Concluir” e para cancelar a limpeza da prancha clicar em “Fechar”.

Figura 54: Mensagem de Confirmação: Limpar Prancha

Fonte: Autoria Própria

Porém, se o objetivo é apenas ter mais espaço para adicionar figuras e não iniciar uma

nova prancha, basta clicar na opção “Adicionar Novo” e uma continuação para essa mesma

prancha será adicionada. Assim, tem-se a opção de adicionar espaços sem figuras na prancha,

em vez de limpá-la completamente.

Figura 55:Menu Inferior: Opção “Adicionar Novo”

Fonte: Autoria Própria

Assim, se uma prancha possui mais de uma página, para alternar entre elas utilizam-se

as flechas que se encontram em baixo da prancha, ao lado da palavra Página. É nessa área

que está indicado o número total de páginas de uma prancha e a página atual. Você pode usar

o botão “Retornar” para acessar a página anterior ou o botão “ Avançar” para ir para a página

Page 75: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

75

seguinte.

Figura 56: Opções “Retornar” e “Avançar”

Fonte: Autoria Própria

Exportar Prancha

A opção Exportar, que se encontra no menu inferior, é utilizada quando se deseja salvar

a prancha com a extensão .pdf, tendo assim a possibilidade de abri-la em outros aplicativos.

Além disso,essa opção possibilita que o arquivo seja exportado como .jpeg ou compartilhado

no Facebook ou no Twitter.

Figura 57: Menu Inferior: Opção “Exportar”

Fonte: Autoria Própria

Após selecionar a opção “Exportar” a prancha será salva automaticamente na pasta

downloads do seu computador no formato *.pdf. Dependendo das configurações do seu

navegador será aberta uma caixa de diálogo Salvar Como, na qual se procura um local

específico para exportar a prancha. O nome padrão do arquivo exportado é

Prancha_NomeUsuário(data), ou, por exemplo, Prancha_Gustavo(09-06-11).

É possível exportar a sua prancha nos formatos jpg e pdf, e também compartilhá-la nas

redes sociais: Facebook e Twitter. Para tanto clique no ícone “Exportar” no menu inferior.

Abrirá uma janela pop-up com as seguintes opções, conforme imagem a seguir.

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Figura 58: Opção “Exportar”

Fonte: Autoria Própria

Importar figuras

Para importar uma figura utiliza-se a opção "Importar" que se encontra no menu

inferior. Esta opção possibilita que uma figura seja importada para o aplicativo Scala.

Figura 60: Menu Inferior: Opção “Importar”

Fonte: Autoria Própria

Ao clicar sobre a opção "Importar" será aberta a caixa de diálogo "Importar Imagem"

na qual se escolhe uma imagem, clicando em "Escolher Arquivo", e se escreve o nome da

imagem. O aplicativo Scala reconhece imagens no formato .jpg, .png e .gif, ficando a imagem

importada disponível na categoria Minhas Imagens. O nome escolhido para a imagem é o que

será lido pelo aplicativo Scala na opção “Reproduzir”, ele poderá ser alterado na opção Editar.

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Figura 61: Opção “ Importar Imagem”

Fonte: Autoria Própria

Após importar a figura aparecerá a mensagem a seguir e a figura já estará disponível

para a criação de pranchas na categoria “Minhas imagens”, conforme imagem abaixo.

Figura 62: Exemplo de uso das imagens importadas

Page 78: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Fonte: Autoria Própria

Imprimir a prancha

Para imprimir uma prancha utiliza-se a opção "Imprimir" que se encontra no menu

inferior.

Figura 63: Menu Inferior: Opção “Importar”

Fonte: Autoria Própria

Ao clicar sobre a opção Imprimir, será aberta uma janela com as configurações da

impressora e uma visualização prévia na impressão. Para imprimir basta clicar em “Imprimir” e

para cancelar basta clicar em “Cancelar”. Todas as páginas de uma prancha serão impressas,

caso haja mais de uma.

Figura 64: Visualização da Impressão: Opção “Imprimir”

Fonte: Autoria Própria

Módulo Prancha Varredura

O módulo prancha varredura é apresentado nos seguintes itens: Ativando a varredura,

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Modificando o Layout da Prancha, Criando uma Prancha, Visualizar e reproduzir a prancha

criada, Desfazer uma operação, Salvar a prancha, Abrir a prancha, Limpar uma prancha,

Exportar,importar e imprimir prancha.

Ativando a Varredura

O SCALA módulo prancha foi desenvolvido também para ser usado por meio de acesso

indireto (varredura). O modo varredura trata-se uma maneira alternativa para produzir

pranchas de comunicação. Dessa maneira é possível desenvolvê-las com apenas o clique do

mouse ou com a ajuda de um acionador. Com o modo varredura ativado o sistema Scala

mostra um retângulo alternando entre os objetos dispostos na tela, um a um. Quando o

usuário identifica o objeto que deseja acionar, clica no mouse ou no acionador configurado.

Assim, para ter acesso ao SCALA por meio de varredura clique no ícone configurações que se

encontra no menu superior, conforme a figura a seguir:

Figura 65: Menu Superior: Opção “Configurações”

Fonte: Autoria Própria

Após o clique na opção configurações é aberta uma janela que permite fazer as

seguintes configurações:

* Ativar a varredura: Ativar e Desativar;

* Definir a cor de varredura: Abre caixa de diálogo com opções de cores para

varredura;

* Definir a velocidade: Alta, média,baixa e muito baixa;

* Ativar som de varredura (Em desenvolvimento): Ativar e Desativar;

Figura 66: Opções da

Varredura

Fonte: Autoria Própria

Page 80: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

80

Depois de fazer qualquer alteração clique na opção “Concluir”, caso não pretenda

efetivar as alterações clique no “Fechar”.

Varredura no Menu Inferior

As opções que se encontram no SCALA via acesso direto são as mesma no SCALA via

acesso indireto (varredura), porém o algoritmo de acesso difere. Após o clique na opção

aparece o ícone categorias no menu inferior e concluir, automaticamente

inicia a varredura automática simples no menu inferior e nas setas a

varredura inicia da esquerda para direita num ciclo repetitivo até que o

usuário ative ou acione o acionador ou clique do mouse.

Figura 67: Varredura no Menu inferior

Fonte: Autoria Própria

Modificando o Layout da Prancha

Para modificar o layout da prancha basta ativar ou acionar o acionador ou mouse no

memento que a varredura passar sobre a opção "Layout".

Figura 68: Menu Inferior: Opção “Layout”

Ao clicar sobre esta opção, abrirá a caixa de diálogo "Escolha a forma do seu Layout"

com quatro opções. Para escolher um dos layouts basta clicar sobre ele. E para cancelar basta

clicar sobre a opção “Fechar”.

Figura 69: Caixa de diálogo Escolha um Layout

Page 81: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Fonte: Autoria Própria

Criando uma Prancha

Para a criação da prancha usa-se o mesmo princípio que no acesso direto o que difere é

a forma de acesso. No menu inferior existe o ícone categorias que serve de link para o

acesso ao menu das categorias. Depois de selecionada a opção categorias a varredura passa

automaticamente para o menu de categorias. Caso o usuário pretenda voltar para o menu

inferior deve acionar o acionador quando a varredura passar pelo último ícone do menu das

categorias Para adicionar figuras basta clicar ou ativar o acionador quando a

varredura passa na opção de categoria desejada. As opções de categorias são: Pessoas,

Objeto, Natureza, Ações, Alimentos, Sentimentos, Qualidades e Minhas Imagens.

Figura 70: Menus

Page 82: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

82

Fonte: Autoria Própria

Após a seleção de uma das categorias por meio de varredura automaticamente é aberta

uma janela com as imagens que pertencem à dada categoria. E inicia uma varredura em filas

horizontais de imagens. Depois de terminada a varredura nas filas a varredura passa para os

ícones voltar e visualizar mais imagens , fazendo assim um ciclo repetitivo até

que o usuário escolha uma opção.

Figura 71: Exemplo de uso da varredura

Fonte: Autoria Própria

Quando selecionada a fila a varredura passa a ser simples, e percorre apenas nas

figuras da fila selecionada.

Figura 72: Exemplo imagem selecionada na fila

Fonte: Autoria Própria

Após o clique na figura desejada automaticamente volta à prancha, onde é feita a

varredura em cada célula para permitir ao usuário colocar a imagem no local desejado.

Figura 73: Exemplo escolha local na prancha

Page 83: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Fonte: Autoria Própria

Visualizar e reproduzir a prancha criada

Após a seleção da opção “Visualizar” é aberta uma janela onde mostra a

prancha construída, e a varredura ocorre entre as setas , opção reproduzir e voltar. Na opção

Reproduzir as figuras são lidas, de forma sequencial e oral, pelo aplicativo SCALA.

Figura 74: Opção “Visualizar”

Fonte: Autoria Própria

Desfazer uma operação

Funciona do mesmo jeito que no acesso direto. Para desfazer uma operação executada

na prancha utiliza-se a opção "Desfazer" que se encontra no menu inferior. Pode-se desfazer

até dez operações, após este número a prancha continua como está.

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Figura 75: Opção “ Desfazer”

Fonte: Autoria Própria

Salvar a prancha

Esta opção se encontra no menu inferior como indicado na imagem a seguir no

momento que a varredura passa pelo ícone salvar.

Figura 76: Opção “Salvar”

Fonte: Autoria Própria

Ao clicar sobre a opção "Salvar" é aberta a caixa que permite Salvar em Pranchas

Privadas com o nome do usuário-data-hora. Nas Pranchas Privadas o conteúdo fica disponível

apenas ao usuário que o criou. Veja a figura a seguir:

Figura 77: Opção “Salvar” - aviso

Fonte: Autoria Própria

Abrir a prancha

Depois de selecionada a opção abrir por meio da varredura, é aberta a janela que

permite usar as pranchas que se encontram gravadas em pranchas publicas ou privadas.

Onde, é feita primeiramente a varredura para selecionar qual é o grupo de pranchas que

pretende abrir, ou seja, se pretende abrir pranchas privadas ou públicas. Depois de

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85

selecionado o grupo é feita a varredura somente nas pranchas do grupo selecionado (no

máximo 10 pranchas) e depois de percorrer todas as pranchas na lista do grupo privado ou

publico a varredura passa a percorrer novamente nas mesmas pranchas, onde a ação do

acionador já não é de abrir a prancha, mas de apagar . A varredura também é feita nos ícones

para visualizar as pranchas posteriores ou anteriores e no ícone voltar para o menu

inferior

Figura 78: Opção “Abrir”

Fonte: Autoria Própria

Limpar prancha

Para limpar cada célula ou totalmente a prancha as figuras que nela se encontram,

basta clicar na opção "Limpar" quando a varredura passar por ela, que se encontra no menu

inferior. Automaticamente é visualizada a prancha, e realizada uma varredura simples em cada

célula da prancha e terminada a varredura em cada célula é feita nas setas para voltar ou

avançar para as paginas seguintes e em seguida a varredura passa na opção apagar tudo e

opção voltar para o menu inferior.

Figura 79: Opção “Limpar”

Page 86: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

86

Fonte: Autoria Própria

No momento que a varredura é feita em cada célula, basta clicar no acionador que

automaticamente é removida a figura na célula selecionada, e no momento que a varredura é

feita na opção limpar (lixeira) permite apagar todas as imagens. Em suma, o usuário pode

apagar uma por uma ou todas as figuras e criar uma nova prancha.

Exportar, importar figuras e imprimir uma prancha

A opção exportar, importar e imprimir não funciona por meio de varredura, é necessário

desativar o acesso indireto para o seu uso. Caso o usuário selecione uma das opções

referenciadas é aberta uma janela de aviso, informando que só poderá efetuar tal operação

usando acesso direto.

Figura 80: Mensagem de aviso

Fonte: Autoria Própria

Módulo Narrativas Visuais  

O tutorial do módulo narrativas visuais é descrito na sequencia, sub dividido nos

seguintes itens: Modificando o Layout da História, Criando uma História, Apresentando Tela de

Edição, Inserir cenário, Inserir imagem, Inserir narração, Opções de operações com imagens,

Enviar imagem para frente e para trás, Aumentar e diminuir imagem, Girar uma imagem,

Page 87: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

87

Inverter uma imagem, Excluir uma imagem, Desfazer uma operação e limpar quadrinho,

Reproduzir quadrinho, Concluir e cancelar quadrinho, Salvando História, Abrindo História,

Exportando História, Imprimindo a história, Visualizando a história, Limpando a história. Ajuda

e o Sair.

Para acessar o módulo “Narrativas Visuais” é necessário clicar na nuvem

correspondente, no menu superior. Oseu diferencial, em comparação ao módulo “Prancha”, é

que podem ser inseridas diversas figuras por quadrinho, assim como cenários. Ou seja, no

módulo “Narrativas Visuais” os quadrinhos podem compor cenas e histórias.

Modificando o Layout da História

Os layouts são as diversas opções possíveis para organizar os quadrinhos da

história. Alguns layouts possuem maior quantidade de quadrinhos e outros, menor. Para

modificar o layout da história basta clicar sobre a opção "Layout" no menu inferior.

Figura 81: Opção“Layout”

Fonte: Autoria Própria

Escolha o layout clicando sobre ele e, em seguida, em “Concluir”. Para cancelar, clique

em “Fechar”.

Figura 82: Caixa de diálogo –“Escolha a forma do seu layout”

Fonte: Autoria Própria

Criando uma História

Para iniciar a construção de sua história, clique sobre um dos quadros do layout. Você

será redirecionado para uma página de confecção do quadro (cena).

Page 88: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

88

Figu

ra

83:

Sele

cion

ar

qua

drin

ho

Font

e:

Auto

ria

Própria

Após clicar no quadro, você entrará na tela de edição, e poderá criar sua cena.

Apresentando a Tela de Edição

A tela de edição apresenta, na lateral esquerda,as categorias de imagens e balões de

diálogo. A cima há o campo de busca no qual as imagens desejadas podem ser localizadas. No

centro encontra-se a área de edição na qual as imagens e os balões de diálogo podem ser

inseridos. A cima da área de edição há um ícone representado por uma caderneta. Clicando

sobre ele, abrirá um campo no qual é possível inserir a narração da história construída. Após a

inserção do texto, basta clicar em “Concluir”.

No menu inferior aparecem a barra de ferramentas.

Figura 84:Tela de edição

Page 89: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

89

Fonte: Autoria Própria

Inserir cenário

É possível alterar o cenário do quadrinho. Clique no ícone “ Cenário” , representado por

um paleta de cores, no menu inferior.

Figura 85: Opção “Cenário”

Fonte: Autoria Própria

Abrirá uma janela com três opções, conforme a imagem a seguir.

Figura 86: Opções “Coloque um cenário no seu quadrinho”

Page 90: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

90

Fonte: Autoria Própria

No primeiro ícone, você poderá escolher uma cor para o fundo do quadrinho. Clicando

sobre a paleta de cores, abrirá uma janela com diversas opções de cores. Clique sobre a cor

desejada, conforme mostra a imagem a seguir. Para cancelar, clique em “Fechar”.

As cores utilizadas no SCALA são baseadas em um estudo prévio o qual demonstrou

que crianças com autismo tem uma tendência para gostar mais de algumas tonalidades e

terem certa intolerância à outras. Esse estudo mostra que a criança com autismo se adapta

melhor a tons pastéis. Por isso a paleta de cores dos cenários do Scala oferece tonalidades

agradáveis, com menor chance de causar impacto no sistema sensório tão sensível e passível

de ser hiperestimulado como o da criança com autismo.

No segundo ícone “Cenários”, você pode selecionar um dos planos de fundo disponíveis.

A seleção é feita por quadrinho o que possibilita que cada quadrinho tenha um cenário

específico. Basta clicar sobre o cenário desejado para que ele se incorpore à história. Para

cancelar, clique em “Fechar”.

Figura 88: Opção “ Escolha uma imagem”

Page 91: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

91

Fonte: Autoria Própria

Para importar uma imagem do seu computador e usá-la como plano de fundo para a

narrativa basta clicar no botão “Escolher arquivo” na pop-up de escolha dos cenários logo

abaixo dos mesmos.

Figura 89: Opção “Escolha uma imagem”

Fonte: Autoria Própria

Selecione a imagem que deseja usar do seu computador e ela aparecerá logo abaixo.

Para utilizá-la basta clicar sobre a imagem.

Figura 90: Plano de fundo selecionado

Fonte: Autoria Própria

Page 92: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

92

No terceiro ícone, você poderá desenhar seu próprio cenário através de um aplicativo

de desenho a mão livre. Feito o desenho, clique no ícone verde localizado a esquerda. Para

cancelar, clique em “Fechar”.

Figura 91: Desenho livre de cenário

Fonte: Autoria Própria

Inserir imagem

Há duas maneiras de inserir uma imagem. A partir do sistema de busca ou através das

categorias das figuras.

a) Sistema de Busca:

Para pesquisar um pictograma específico basta clicar na caixa de texto que está no topo

das categorias. Digite na caixa de texto o pictograma que deseja e o mecanismo de busca

trará uma lista dos itens relacionados ao lado. Para inserir uma figura na narrativa visual basta

clicar na figura deseja e após clicar onde deseja que ela seja inserida.

Page 93: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

93

Figura 92: Sistema de busca

Fonte: Autoria Própria

b) Busca por Categorias

Para inserir uma imagem, escolha uma das categorias à esquerda e clique sobre

ela. As imagens da respectiva categoria aparecerão em ordem alfabética. Selecione a figura

desejada e, em seguida, sobre o local onde deseja inseri-la, como mostra a imagem a seguir.

Figura 93: Inserir imagem

Fonte: Autoria Própria

Caso a figura a ser inserida seja um balão de texto, você terá três opções: de fala,

Page 94: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

94

pensamento e narração. Para inserir clicar na categoria balões, escolher a opção desejada

(fala, pensamento, narração), clicar no local da cena desejado. Aparecerá uma caixa para

digitação do texto e, em seguida, clique em “enviar”.

Figura 94: Inserir balões de texto

Fonte: Autoria Própria

Se desejar editar o texto do balão, clique sobre o balão e, em seguida, clique na barra

inferior no ícone com a letra “A”. Aparecerá uma caixa de texto que dá acesso as alterações

textuais que deseja. Terminada a digitação clique em “OK”.

Figura 95: Editar texto do balão de texto

Fonte: Autoria Própria

Page 95: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

95

Inserir narração

Como uma boa história deve ter um narrador, você pode escrever uma narração

clicando sobre o ícone representado por uma caderneta. Depois de digitar a narração, clique

no botão verde para concluir ou no X vermelho para cancelar. O texto pode ser alterado

seguindo os mesmos passos.

Figura 96: Inserir narração

Fonte: Autoria Própria

Opções de operações com imagens

No módulo Narrativas Visuais é necessário clicar fora da imagem para tirar sua seleção

após as edições. Sem esta operação ao clicar sobre outro lugar no quadro de edição, a

localização da imagem poderá ser alterada.

Se desejar alterar uma imagem, clique sobre ela, selecionando-a (o contorno da

imagem ficará branco). Na barra de ferramentas inferior, aparecerão opções de edição da

imagem, como mostra a imagem a seguir. Tais alterações podem ser realizadas tanto nas

imagens inseridas como nos balões de diálogo.

Figura 97: Menu de Opções de edição de imagens

Fonte: Autoria Própria

Aumentar e Diminuir imagem

As opções de “Aumentar e Diminuir”, respectivamente, localizadas no menu das opções

de edição, podem aumentar ou diminuir o tamanho da imagem selecionada. O ícone é

representado por uma lupa na cor verde acompanhada dos sinais de “Mais” e “Menos”.

A seguir é apresentado a localização de cada ícone no menu e um exemplo de uso.

Page 96: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

96

Figura 98: Imagem Ampliada

Fonte: Autoria Própria

Figura 100: Opção“Diminuir”

Fonte: Autoria Própria

Figura 101: Imagem Reduzida

Fonte: Autoria Própria

Enviar imagem para frente e para trás

Para mudar a posição de uma imagem com relação às outras, tem-se a opção “

Frente/Atrás” que envia a imagem para frente das outras ou para atrás das outras. O ícone é

representado por uma árvore a frente e atrás de uma cerca. A seguir é apresentado a

localização de cada ícone no menu e um exemplo de uso.

Page 97: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

97

Figura 102: Opção “Enviar para Frente”

Fonte: Autoria Própria

Figura 103: Opção “Enviar para Trás”

Fonte: Autoria Própria

Na imagem anterior temos inicialmente a água atrás do algodão doce. Quando clicamos

sobre o ícone de enviar para “ Atrás” o algodão doce vai para atrás da água, conforme imagem

a seguir.

Figura 104: Água Atrás

Fonte: Autoria Própria

Figura 105: Água na Frente

Fonte: Autoria Própria

Girar uma imagem

Para girar a imagem utilizamos a opção “Girar” no menu das opções de edição. Nesta

opção, podemos girar a imagem de 90º em 90º graus como mostra o exemplo abaixo.

Figura 106: Opção “Girar”

Page 98: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

98

Fonte: Autoria Própria

Inverter uma imagem

Para inverter a imagem utilizamos a opção “Inverter” no menu de edição. Nesta opção

podemos inverter a imagem de modo semelhante a um espelho.

Figura 108: Opção “Inverter”

Fonte: Autoria Própria

Figura 109: Imagem Invertida

Fonte: Autoria Própria

Excluir uma imagem

Para excluir uma imagem basta clicar sobre a opção“Excluir”, representada por uma

lixeira.

Figura 110: Opção “Excluir”

Page 99: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

99

Autoria Própria

Desfazer uma operação e limpar quadrinho

Para desfazer suas edições anteriores, você pode utilizar a opção “Desfazer” ou utilizar

o ícone Limpar para apagar todas as imagens e cenários. Para a última opção, abrirá uma

caixa de diálogo solicitando confirmação da exclusão das imagens e, em seguida, se assim

desejar, clique em “Concluir”. Para cancelar, clique em “Fechar”. Abaixo temos a localização de

cada ícone.

Figura 111: Opção “Desfazer”

Autoria Própria

Figura 112: Opção “Limpar”

Autoria Própria

Reproduzir quadrinho

Após ter definido uma narração para o seu quadrinho, é possível reproduzi-la através

do sintetizador de voz. Para isso, basta clicar no ícone conforme imagem abaixo.

Figura 113: Opção “Reproduzir”

Autoria Própria

Concluir e cancelar quadrinho

Após a edição do quadrinho, você pode clicar em “Concluir” para finalizar a edição e

voltar à página com todos os quadrinhos. Você também pode clicar em “Cancelar”para

cancelar todas as edições e voltar para a página com todos os quadrinhos. Abrirá uma caixa de

diálogo solicitando confirmação.

Page 100: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

100

Figura 114: Opção “Concluir” e “Cancelar”

Autoria Própria

Salvando História

A qualquer momento durante a criação da sua história, você pode salvá-la. Basta clicar

no ícone “Salvar” no menu inferior da tela principal.

Figura 115: Opção“Salvar”

Autoria Própria

Abrirá a caixa de diálogo "Escolha o modo que deseja salvar a sua história", na qual

deverá ser inserido o nome do arquivo e a forma de salvar. Existem três opções para salvar:

Figura 116: Caixa de diálogo “ Escolha o modo que você deseja salvar a sua história”

Autoria Própria

a) No Computador: nesta opção a sua história é salva no próprio computador que está

acessando o SCALA Web e você pode transportá-la em unidades móveis, como pen drives ou

Cds;

b)Público: nesta opção a sua história fica acessível a todos os usuários do sistema

Scala. A história ficará disponível em uma lista e poderá ser acessada através do nome do

arquivo salvo.

c) Privado: Nesta opção a história fica acessível somente ao seu autor. A história ficará

vinculada ao login de acesso.

Abrindo História

Page 101: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

101

Durante a criação de uma história, a qualquer momento, você pode abrir uma história

salva. Basta clicar na opção “Abrir” localizada no menu inferior da tela principal.

Figura 117: Opção “Abrir”

Autoria Própria

Abrirá a caixa de diálogo "Escolha a história que deseja abrir" com as opções de

escolher uma história que foi salva no computador, público ou privado, conforme explicado

anteriormente nas opções para Salvar. Escolha o arquivo desejado e, em seguida, clique em

“Abrir”. Para cancelar, clique em “Fechar”.

Figura 118: Caixa de Diálogo "Escolha a história que deseja abrir"

Autoria Própria

Exportando História

A opção “Exportar”, que se encontra no menu inferior da tela principal, é utilizada para

salvar a história com a extensão .pdf, tendo assim a possibilidade de abri-la em outros

Page 102: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

102

aplicativos.Além disso, a história pode ser exportada com a extensão .jpeg ou, ainda, ser

compartilha no Facebook ou no Twitter.

Figura 119: Opção “Exportar”

Au

toria Própria

Ao clicar na opção “Exportar”, abrirá uma janela com as seguintes opções, conforme

imagem a seguir:

Figura 120: Opções de exportação

Autoria Própria

Enquanto a história em .pdf é gerada aparecerá a mensagem “Aguarde. A História está

sendo gerada” e o aplicativo ficará bloqueado, não sendo possível utilizá-lo. Caso seja clicado

sobre, acarretará no cancelamento da exportação da história.

Imprimindo a história

Para imprimir uma história criada, basta clicar no ícone “Imprimir” localizado no menu

inferior da tela principal.

Figura 121: Opção

“Imprimir”

Page 103: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

103

Autoria Própria

Dependendo das configurações do seu navegador será aberta uma janela com a

visualização de impressão e configurações.

Visualizando a história

A opção de visualização permite que a história seja visualizada e reproduzida. Nesta

opção as Narrações criadas poderão ser lidas pelo aplicativo.

Figura 123: Opção “Visualizar”

Autoria Própria

Ao clicar na opção “Visualizar” será aberta a visualização da história na qual encontra-

se o botão “Reproduzir”, como mostra a imagem abaixo. Ao clicar nesse botão, será

reproduzida a narração da história. Há também a opção “Voltar” a qual retorna para a página

anterior.

Figura 124:Opção “Visualizar”

Autoria Própria

Page 104: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

104

Limpando a história

Para limpar todos os quadrinhos de uma página da história, basta clicar no ícone

“Limpar” localizado no menu inferior da tela principal.

Figura 125: Opção“Limpar”

Autoria Própria

Após clicar em Limpar será aberta uma caixa de diálogo para confirmar a exclusão,

basta clicar em “Concluir” para confirmar ou em “Fechar” para cancelar.

Figura 126: Caixa de

diálogo de

confirmação

Autoria Própria

Ajuda

Clicando sobre o menu “Ajuda”, representado por um ponto de interrogação,você terá

acesso aos tutoriais de uso do Scala. Após a consulta, você pode fechar a janela no “X”,

localizado no canto superior direito.

Figura 127: Opção “Ajuda”

Autoria Própria

Sair

Ao clicar sobre a opção “Sair”, você sairá do Scala e será redirecionado para a tela

inicial de login.

Figura 128: Opção “Sair”

Page 105: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

105

Autoria Própria

3.4 Sistema de varredura no SCALA –

3.4.1 Acessibilidade do SCALA: sistema de varredura

Atualmente, existem inúmeros periféricos de entrada para computadores. Contudo,

nem todas as pessoas podem utilizar os dispositivos mais comuns como, o teclado e o mouse.

Este é o caso de algumas pessoas com deficiência motora. Para este público, uma alternativa é

o uso de mouse e teclados adaptados e/ou virtuais. Este grupo de necessita de adaptações ou

do uso de outro meio de acesso para ter acesso ao computador. Estes acessos são

denominados de acesso indireto. O sistema de varredura é a alternativa mais utilizada tendo

em vista sua simplicidade, pois permite que o usuário utilize uma tecla ou um acionador

simples para utilização do computador. O uso desta tecnologia como uma opção de acesso ao

computador permite garantir autonomia e independência do usuário.

A palavra varredura nos remete a uma ação como, varrer, passar, percorrer, etc. e é

usada em vários contextos. Pode ser independente e dependente. A varredura independente é

aquela que a própria pessoa orienta ou faz a seleção enquanto que, na dependente, outra

pessoa aponta para cada opção numa determinada sequência e, através de um sinal, o usuário

indica a opção desejada.

O princípio desta técnica também foi desenvolvido na área dos recursos de

acessibilidade ao computador como uma das formas de acesso indireto. Esta funcionalidade de

varredura permite o uso do computador por parte do usuário que não pode usar o mouse ou

teclado convencional, mas aciona ou ativa a ação com alguma parte do corpo que o permite

comunicar-se.

A entrada para o computador de forma indireta, implica passos e recursos intermédios

no processo de acesso e o uso de acionadores para ativar as opções desejadas, e de

programas informáticos específicos. Os sistemas de acesso indireto destinam-se a pessoas

com grandes limitações motoras. Existem acionadores de pressão, de tração, de piscar, de

sopro, de contração muscular e outros . Com uma habilidade motora mínima, o aluno/usuário

é capaz de selecionar uma letra e escrever, ou usar uma aplicação do computador.

O sistema de varredura pode ser simples ou complexo. Na varredura simples, o cursor

percorre todas as opções até chegar à opção desejada. A varredura complexa permite

selecionar antecipadamente a fila ou o bloco onde está a opção desejada, tornando o processo

mais rápido. O outro sistema de acesso indireto implica o uso de sistemas codificados,

habitualmente chamado o código Morse. Tal como o sistema anterior, necessita de

Page 106: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

106

acionadores, mas é muito mais rápido. Existem basicamente três modos de acesso no sistema

de varredura:

• Varredura automática: a varredura inicia automaticamente e o usuário clica no

acionador uma vez para ativar a área selecionada;

• Varredura passo a passo: o usuário clica repetidamente para mover o cursor até o alvo

desejado e ativa-o através de um segundo acionador ou através da função de

autoativação temporizada;

• Varredura inversa: a varredura acontece enquanto o acionador está sendo pressionado

até o usuário soltá-lo, neste momento o cursor para e a seleção é realizda.

3.4.2 Metodologia de desenvolvimento do sistema de varredura

Para o desenvolvimento do sistema de varredura o grupo usou como metodologia a

observação do algoritmo dos sistemas que funcionam na base de varredura e a sua adição no

SCALA foi baseado nos modelos incrementais, mais precisamente a metodologia ágil,

considerando a) Indivíduos e interações ao invés de processos e ferramentas; b) Software

executável ao invés de documentação; c) Colaboração do usuário e d) Respostas rápidas a

mudanças.

O desenvolvimento do sistema de varredura contou com a participação de um

programador com bolsa CNPQ, usuários e testadores.

Assim, foi desenvolvido o planejamento do sistema de varredura, com requisitos

funcionais e não funcionais já apresentados, de forma incremental adicionando novas

funcionalidades em paralelo com a implementação e testes do mesmo, de forma que o usuário

tivesse acesso às atualizações, participando também nos testes18 sempre com um feedback

através dos encontros entre a equipe de desenvolvimento e os usuários (figura 95).

Como parte do desenvolvimento do sistema de varredura, também, foram estudados

diversos sistemas, testados em diferentes softwares para identificar funcionalidades do

sistema de varredura passíveis de serem incluídas no SCALA, tendo em conta que o publico

alvo eram crianças. Primeiramente foram usados os simuladores de mouse e teclado de modo

a obter uma visão geral de como a varredura funciona.

Após a exploração dos simuladores passou-se para a segunda etapa da pesquisa,

visando a identificação de como funciona a varredura nos sistemas de comunicação

alternativos também gratuitos e de código aberto, todos utilizando a plataforma Windows

(cabe destacar que o SCALA funciona em qualquer plataforma, porém, em geral há muito mais

aplicativos deste tipo para o sistema operacional Windows que para outros).

Com base nos sistemas apresentados foram identificados alguns requisitos desejáveis

para o SCALA, entre eles, a varredura simples, complexa e automática, a possibilidade de

configuração da velocidade do tempo de varredura, o destaque da varredura com várias cores 18 Parte do software totalmente funcional para avaliar

Page 107: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

107

de acordo com a preferência do usuário.

Figura 130: Esquema resumo do desenvolvimento do sistema de varredura

Adaptada da metodologia ágil Heptagon TI Ltda (2013)

Fonte: http://www.heptagon.com.br/scrum

3.4.3 Síntese dos Requisitos para o sistema de varredura no SCALA

A partir do estudo desenvolvido identificaram-se um conjunto de requisitos desejados

para o sistema SCALA, entre eles: a) modo e tipo de varredura, b) configuração do uso de

varredura; c) sequência de varredura; d) autonomia na construção da prancha e colocação de

cada imagem na prancha com base na varredura; e) possibilidade do usuário gravar e abrir

pranchas no computador através de varredura e se necessário fazer também a impressão.

Sobre o modo e tipo de varredura, definiu-se que por ser um sistema dirigido às

crianças, como forma de tornar mais fácil o seu uso o sistema deve permitir a varredura

automática19 e não manual20. Assim, o acesso ao SCALA por varredura deve ser por meio do

mouse (clique direito), ou de acionador.

A Configuração do uso de varredura foi pensada a partir de um menu com opções para

ativar e desativar a varredura, configurar o intervalo de varredura automática; definir a cor de

destaque da varredura, e o som de varredura.

Figura 131: SCALA versão WEB

19 Varredura automática: a varredura inicia automaticamente e o usuário clica no acionador uma vez para ativar a área selecionada; 20 Varredura manual: o usuário clica repetidamente para mover o cursor até o alvo desejado e ativa-o através de um segundo acionador.

Page 108: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

108

Font

e:

Aut

oria

Pró

pria

N

a

ver

são

prancha do SCALA, foi definido a sequência de varredura. Depois de ativada a varredura deve-

se iniciar no menu inferior a opção layout de modo que permite ao usuário escolher o layout da

sua prancha, no mesmo menu é necessário a adição de um ícone que permita a navegação da

varredura para as categorias. Para o caso do modo de varredura nas categorias definiu-se a

varredura simples uma vez que possui uma única fila.

Depois de selecionada uma das categorias automaticamente aparecem as imagens que

fazem parte da categoria selecionada, sendo feita então a varredura complexa, isto é,

varredura por filas.

Selecionada a fila, a varredura deve ser feita apenas nesta fila. A imagem deve ser

inserida após a sua seleção pertencente a uma categoria, onde o usuário através da varredura

automática, ativa o acionador para selecionar a imagem e automaticamente o processo de

varredura passa a ser realizado nas células da prancha, de modo a permitir liberdade e

controle do usuário na construção e colocação das imagens selecionadas.

Caso o usuário pretenda remover uma das imagens colocadas na prancha, deve acionar

no menu inferior a opção de apagar, a qual, depois de ativada, automaticamente fará

varredura na prancha para o usuário apagar a imagem desejada.

O reproduzir som deve ser realizado durante o processo de visualização da prancha,

onde a varredura é realizada em cada célula de modo a reproduzir o som de cada célula,

existindo também a possibilidade de reproduzir o som de todas as imagens da prancha. As

opções salvar a prancha, abrir e imprimir também deverão ser realizadas pela varredura.

Assim com base na descrição acima dos requisitos foi modelado o seguinte diagrama de casos

de usos (figura 132).

Figura 132: Diagrama de caso de uso do SCALA com varredura

Page 109: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

109

Fonte: autoria própria

As tecnologias assistivas são importantes dispositivos capazes de ajudar o acesso aos

recursos computacionais às pessoas com deficiência motora. De acordo com a diversidade

humana existe um grupo de sujeitos com deficiência motora grave que não conseguem usar os

mouses e teclados convencionais, mas consegue ativar um acionador com uma parte do corpo.

Conforme a análise feita nos softwares percebe-se que eles possuem características

comuns relacionadas com o controle e liberdade por parte do usuário que permitem:

• A configuração do intervalo de varredura automática.

• Oferece variadas formas de acesso a varredura por meio do mouse (clique direito),

acionador, Som (microfone), teclado, etc.

Uma característica fundamental que também permite o controle e a liberdade do usuário,

encontrada em alguns dos softwares citados, foi a possibilidade de escolha de modo de acesso.

Uma vez que o objetivo na concepção de software não é criar um software para um grupo

restrito, mas criar um software com diversas formas de uso, esta característica torna-se

bastante importante.

Com relação ao acesso indireto, o sistema de varredura percebe-se que a maioria dos

softwares mencionados neste trabalho não oferecem os três modos de varredura no acesso ao

computador. A maioria dos softwares só possui a varredura automática. Esta é outra

característica bastante importante que permite ao usuário a possibilidade de escolher de que

forma pretende realizar a varredura, se será manual, automática ou inversa.

Com relação aos sistemas de comunicação alternativa abordados, estes apesar de

permitirem o seu uso através do sistema de varredura, a edição (para os que possuem) é

Page 110: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

110

limitada, ou seja, a edição só e feita por meio do acesso direto, não permitindo gravar ou abrir

uma prancha construída por meio de varredura. A varredura apenas é usada nas pranchas já

construídas para se comunicar.

Com base nesta limitação o SCALA foi desenvolvido com a funcionalidade de construir

pranchas, escolhendo o layout, a posição de cada imagem, a possibilidade de abrir uma

prancha e gravar as pranchas criadas por meio de varredura, dando assim, controle e

autonomia do usuário, que só pode usar o acesso indireto.

Depois do desenho do sistema iniciamos a fase de codificação com a equipe de

programação. O produto foi desenvolvido em partes de modo a formar o todo. Cada parte do

sistema que se encontrava funcional era testada pelos próprios pesquisadores e caso tivesse

anomalias, o protótipo era reportado para a equipe de programação semanalmente ou em

reuniões específicas para alterações.

3.4.4 Sistema de varredura do SCALA

Como resultado atualmente está disponível a versão do protótipo do sistema SCALA

com varredura, onde pode ser acessado através da nuvem de configurações que se encontra

no menu superior conforme mostra a figura 133.

Figura 133: Ilustração da 1) nuvem de configurações e a 2) janela de configurações

Fonte: Autoria Própria

Através da nuvem de configurações é possível ter acesso a algumas alterações no modo

de uso do sistema que são: Ativar a varredura; Definir a cor de varredura; Definir a

velocidade; Ativar som de varredura; Alterar o idioma21.

Alterado o modo de acesso direto para o indireto (varredura automática), o sistema

automaticamente adiciona no menu inferior a categoria links de acesso entre eles. A varredura

no menu inferior é simples22, da esquerda para direita, e no menu das categorias também é

simples de cima para baixo num ciclo repetitivo até que o usuário ative ou acione o acionador.

21 Ainda está em desenvolvimento. 22 Na varredura simples, o cursor percorre todas as opções até chegar à opção desejada.

Page 111: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

111

Figura 134: Ilustração dos links de acesso ao menu inferior e ao menu de categorias

Fonte: Autoria Própria

Com relação a figuras pertencentes a cada categoria é realizada uma varredura

complexa23. Atualmente é possível efetuar todas as operações por meio de varredura com

exceção do imprimir, exportar e importar devido à complexidade que estas funcionalidades

envolvem. Ainda está em estudo o funcionamento destas operações por meio de varredura.

A seguir será feita descrito a varredura no menu inferior, menu de categoria e nas

imagens pertencentes a uma dada categoria. Salienta-se que mais detalhes das

funcionalidades podem ser encontradas no manual de usuário no menu ajuda e também no

site do projeto (http://SCALA.ufrgs.br/siteSCALA/projetoSCALA/content/material).

Atualmente está se projetando o sistema de varredura no modulo historia com previsão

de finalização para março de 2014 e brevemente para o módulo comunicador livre para julho

de 2014, para tornar todo sistema acessível para usuários que só podem usar o computador

por meio de acionadores.

A versão completa do funcionamento do sistema com varredura pode ser apreciada no

apêndice C, e a seguir apresentamos uma síntese.

Criando uma Prancha com Varredura

Para a criação da prancha usa-se o mesmo princípio que no acesso direto, diferindo na 23 A varredura complexa permite selecionar antecipadamente a fila ou o bloco onde está a opção desejada, tornando o processo mais rápido.

Page 112: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

112

forma de acesso. No menu inferior existe o ícone categorias que serve de link para o acesso

ao menu das categorias. Depois de selecionada a opção categorias, a varredura passa

automaticamente para o menu de categorias. Caso o usuário pretenda voltar para o menu

inferior deve acionar o acionador quando a varredura passar pelo último ícone do menu das

categorias.

Para adicionar figuras basta clicar ou ativar o acionador quando a varredura passa na

imagem das opções da categoria desejada. As opções de categorias são: Pessoas, Objeto,

Natureza, Ações, Alimentos, Sentimentos, Qualidades e M. Imagens.

Após a seleção de uma das categorias por meio de varredura, automaticamente é

aberta uma janela com as imagens que pertencem à categoria, iniciando uma varredura em

filas horizontais de imagens. Depois de terminada a varredura nas filas, a varredura passa

para o ícone voltar e visualizar mais imagens, fazendo assim um ciclo repetitivo até que o

usuário escolha uma opção.

Figura 135: Seleção da fila no módulo varredura

Fonte: Autoria Própria

Quando selecionada a fila a varredura passa a ser simples, e percorre apenas nas

figuras da fila selecionada.

Figura 136: Seleção de pictograma no módulo varredura

Fonte: Autoria Própria

Page 113: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

113

Após o clique no pictograma desejado, automaticamente volta-se à prancha, onde é

feita a varredura em cada célula para permitir o usuário colocar a imagem no local desejado.

Figura 137: Processo de inserção de pictograma no módulo varredura

Fonte: Autoria Própria

A seguir apresentam-se os principais resultados dos estudos de caso desenvolvidos no

projeto com uso da comunicação alternativa e do Sistema SCALA.

Page 114: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

Resultados dos Estudos de Caso

4.1 Estudo de Caso: Comunicação Alternativa e Autismo: análise do desenvolvimento da comunicação

Este estudo desenvolveu-se do período de agosto de 2011 a março de 201324,

realizados em três contextos: familiar, escolar e laboratório de experimentação, com três

crianças com diagnóstico de autismo e sem oralização, na faixa etária de 3 a 4 anos.

Neste relato as interações se focam principalmente no contexto de laboratório,

introduzindo-se apenas algumas considerações dos demais contextos. A proposição das

interações está focada numa metodologia de Ações Mediadoras, com enfoque na promoção de

Cenas de Atenção Conjunta a fim de se efetivar a comunicação e interação social dos sujeitos

em questão.

Essas interações ocorreram concomitantemente com os três sujeitos, uma vez por

semana no laboratório de experimentação. Ocorreram visitas, ao contexto familiar de cada

sujeito, com observação e orientações às mães e na escola com observação e primeiras

orientações para as professoras.

Desta forma, abrangeram-se os contextos de maior vivencia social desses sujeitos e a

participação comum dos três no laboratório uma vez por semana a fim de promover

inicialmente a interação social entre os participantes.

Salientamos ainda que as intervenções do pesquisador ocorrem nos três contextos

não de forma linear, mas conforme oportunidade e necessidades sentidas no decorrer da

pesquisa, sendo que cada intervenção, não importando o contexto, foi filmada para posterior

análise no intuito de reestruturação e nova organização de interação, conforme necessidades

advindas em prol do maior desenvolvimento dos sujeitos em seus contextos.

O primeiro contato ocorreu com as mães, escola e professores com aplicação de

alguns instrumentos de coleta de dados25 a fim de montarmos um perfil inicial dos sujeitos. Em

seguida iniciamos as interações no laboratório com encontros semanais e tempo de duração

flexibilizado26. As ações mediadoras utilizadas ocorreram com enfoque na tríade de interações

do mediador com o sujeito, tendo um objeto como instrumento de mediação, para

posteriormente, ampliar as interações com os demais sujeitos.

Com as primeiras intervenções no laboratório foi possível criar vínculos com os

sujeitos e tomar conhecimento de suas potencialidades e necessidades, acrescidas das

interações com as mãe e professoras, foi possível elaborar um perfil descritivo de suas formas

de comunicação, interação social e potencialidades iniciais. Cabe ainda salientar que, apesar

de apresentarem autismo, os três sujeitos possuíam características bem distintas dentro do

quadro da síndrome, e são acompanhados por diversos profissionais em intervenções 24 Para conhecer as produções e sub- projetos acessar site http://scala.ufrgs.br/Scala 25 Entrevistas abertas, anamneses, termos de consentimento . 26 Inicialmente os encontros tiveram tem de duração curto sendo paulativamente ampliados a fim de atender as necessidades dos sujeitos.

Page 115: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

115

terapêuticas.

Aqui os denominaremos por caso 1, 2, e 3, conforme apresentado no Quadro 10.

Quadro 10 - Perfil da comunicação, interação social e potencialidades dos sujeitos

Caso 1 Menino de 3 anos e dez meses, convive com os pais, e duas irmãs mais velhas.

Frequenta a escola de educação infantil no maternal 3, turno da tarde.

Foi percebida alguma anormalidade no seu desenvolvimento com 1,3 anos pela ausência de vocabulário. Detectado TGD com 1,9 anos, pelo conjunto de profissionais (pediatra, neuropsicólogo e psiquiatra).

Comunicação • Expressa alguns sons, tem expressões faciais significativas do olhar para prestar atenção, quando é chamado, para conhecimento do ambiente e fecha os olhos em sinal de protesto. Através do sorriso demonstra satisfação e alegria. Com choro, resmungos, balbucios para demonstrar contrariedade.

• Expressões corporais se efetivam através do apontar e levar o mediador ao que deseja e do acenar.

• Esta iniciando com fonoaudióloga a CA.

• Sua comunicação ocorre de forma espontânea através de gestos para satisfazer seus desejos de forma compreensível.

• Não apresenta movimentos estereotipados.

Interação Social e compreensão

• Aceita o toque

• Compreende o significado dos objetos e a existência de si próprio. Demonstra compreensão das outras pessoas sem se envolver na troca de turnos.

• Interage com quando solicitado, sentado numa mesa. Consegue, portanto, interagir com objetos e outras pessoas por curtos ou no máximo médios períodos de tempo.

Potencialidades – preferências

• Aceita bem troca de rotinas.

• Não reage de forma contraditória a presença de pessoas estranhas ao seu convívio.

• Fascínio por luzes e ventiladores, ralos e objetos que giram e aprecia o espelho.

• Possui gestos comunicativos através de expressões faciais e corporais significativos.

• Consegue segurar o lápis, pinta com alguma limitação, desenha através de rabiscos.

• Utiliza o gesto do apontar como indicação do que deseja.

• Tem autonomia para comer e consegue colocar o calçado quando não utiliza cadarço, quanto a higiene está em processo de aprendizagem para utilização do sanitário, vestir-se e despir-se.

Caso 2 Menino de 4 anos e dois meses, convive com os pais, e um irmão. Foi percebido anormalidades no do seu desenvolvimento com 2,3 anos, diagnostico de autismo aos 3 anos pelo neuropediatra e psicólogo. Frequenta a escola no Maternal 1B no turno da tarde.

Comunicação • Apresenta atrasos na linguagem, é difícil entender o que ele fala, pois possui linguagem própria criada por ele. Entende as falas, mas não se envolve em trocas de turnos.

• Expressões faciais foram contatadas através de resmungos e choro para contrariedade. Não faz contato visual direto. Cabeceia para chamar a atenção ou aperta os braços e pernas. Movimento de mãos e dedos de forma estranha.

• Para suprimir suas necessidades utiliza o braço ou mão de outra pessoa, o gesto de apontar não faz parte de sua rotina. Tem dificuldade de ficar sentado ou fixar-se à uma atividade.

• Tem fixação por rabiscos, sem que estes tenham sentido ou significado visível.

• Não se utiliza de uma forma de comunicação alternativa.

Interação Social e

• Não aceita o toque. O contato é aceito apenas por familiares.

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116

compreensão • A compreensão do significado dos objetos ou das pessoas é bastante restrita.

• Não se atem ao meio ou demonstra fazer parte dele.

• Sua interação se restringe a objetos quando estes são de seu interesse, há grande apego.

Potencialidades – preferências

• Aprecia música, fascínio por luzes, espelhos e objetos brilhantes.

• Hipossensível em relação aos sentidos, ri sem razão aparente, tem boa coordenação.

• Atividade física como pular, deitar no chão, correr são de seu agrado.

• Compulsividade pela comida tem que ser controlada.

• Tem dependência para vestir-se e higiene.

Caso 3 Menino de 3 anos e cinco meses, convive com os pais. Foi percebida anormalidades no do seu desenvolvimento com 1,3 anos, neurologista constata, transtorno invasivo de desenvolvimento. Toma medicamentos: um antipsicótico (Risperidona) e anticonvulsivo. Frequenta escola de educação infantil no grupo 1 na parte da tarde.

Comunicação • A comunicação oral é expressa por poucos balbucios não inteligíveis.

• Comunica-se por gestos, com pessoas que lhe são bem familiares, quando quer algo, pega o braço e leva a pessoa até onde está o que deseja, sem utilizar-se do apontar.

• Expressões faciais foram constatadas por resmungos e choro para demonstrar contrariedade.

• Frustrações são expressas através de agressões (bater contra si e contra os outros, mordidas, puxões de cabelo).

• Tem severas dificuldades para demonstrar o que deseja comunicar.

• Não se utiliza de nenhum método de comunicação alternativa.

Interação Social e compreensão

• Não aceita contato físico e nem faz contato visual

• Elege pequenos espaços para ficar que são de seu agrado.

• Tem momentos que parece que “desliga do mundo”. Ficando totalmente apático a tudo e a todos.

• Não aceita a mediação com o pesquisador e, em raros momentos, esta acontece com algum objeto, quando este é do seu interesse.

Potencialidades – preferências

• Sons fortes chamam a sua atenção, fascínio por luzes, interesse por detalhes de objetos, fixação do olhar de forma estranha para os dedos e mãos.

• Objetos não comestíveis são levados à boca com frequência.

• Apresenta dificuldades para correr, pular, subir e descer escadas.

• Tem apego exagerado e atração por certos objetos, aprecia girá-los, não utiliza jogos da forma adequada.

• A troca de rotina não é bem aceita, hora muito ativo, hora muito passivo. Tem receio de lugares amplos com pisos iguais.

Fonte: Autoria Própria

Como pode ser percebido no quadro 10, somente um dos sujeitos tinha a função

indicativa do apontar, em função disto focou-se a sequencias das sessões em ações com

comunicação alternativa que pudesse dar significado a este gesto.

O sistema SCALA foi utilizado em duas versões com uso de símbolos e pranchas e com

o Tablet. Inicialmente houve grande necessidade da associação dos símbolos das pranchas

com o material concreto, efetivando-se posteriormente o apontar pelo fascínio pela utilização

da tecnologia Tablet. O sujeito do caso 2 passa aceitar o toque e, em seguida, entende o

Page 117: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

117

significado do apontar, apresentando um contato visual lateral.

Apesar de termos conseguido poucos momentos de mediação efetivada, o sujeito passa

a interagir com o instrumento tecnológico por meio do apontar com desenvoltura e fascínio,

fixando-se a detalhes. Já o sujeito do caso 1 aprimora o apontar e o contato visual passando a

participar de cenas de atenção conjunta com as ações mediadoras (mediador-sujeito-objeto)

empregadas, apresentando, logo, grande autonomia na utilização do Tablet. Enquanto que, o

sujeito do caso 3, necessitou de um prazo mais longo para adquirir algum tipo de aceitação de

contato e para que seu olhar se fixasse nas atividades propostas, assim como o apontar se

efetiva inicialmente pelo som produzido com seu toque.

O dispositivo móvel inicialmente foi inserido com a apresentação de diversos aplicativos

gratuitos, escolhidos em função do perfil dos sujeitos, que levaram a apropriação e

compreensão da tecnologia conforme é demonstrado na figura 138 e concomitantemente com

o sistema SCALA, através de prancha com comunicação alternativa, figura 139.

Figura 138: uso de Tablets com sujeitos com autismo

Fonte: Autoria Própria

Com o uso do Tablet podemos perceber que o tempo de atenção em atividades

aumentou com todos os sujeitos. A oralidade foi incentivada em todas as mediações e os três

sujeitos ampliaram seu vocabulário.

O sujeito do caso 1 logo demonstrou facilidade na utilização da tecnologia e na

participação como agente intencional nas ações mediadas. Atualmente está oralizando

palavras com duas silabas e participa de cenas de atenção conjunta nas mediações com os

outros sujeitos. O sujeito do caso 2, apesar de demonstrar sua preferência pela interação

sozinha com o instrumento da tecnologia, já participa de cenas de atenção conjunta nas ações

mediadas e em alguns poucos momentos já interagiu com os outros sujeitos de forma

espontânea. Percebeu-se um aumento na sua oralização através de algumas palavras isoladas.

Já aceita bem ao toque e demonstra carinho através de abraços e beijos.

O sujeito do caso 3, através das ações mediadoras, aceita ao toque e já demonstra

afeto através de abraços e beijos. As interações do sujeito com objeto se ampliam e já

participa de algumas ações mediadoras com a pesquisadora. A oralidade somente foi expressa

através de uma palavra depois de muita insistência, mas os símbolos de comunicação

alternativa começam a ser entendido, o que deverá trazer um acréscimo à sua forma de

comunicação em breve.

Page 118: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

118

Figura 139: uso do software SCALA no Tablet e prancha de símbolos com sujeitos com autismo

Fonte: Autoria Própria

A primeira imagem da figura 139 apresenta um dos sujeitos interagindo com o software

de comunicação alternativa SCALA, a segunda mostra uma prancha construída no próprio

software para utilização nas ações mediadas e a terceira imagem é uma prancha utilizada com

baixa tecnologia com material impresso.

Concomitantemente com as interações no laboratório, as mães foram orientadas para

o uso da comunicação alternativa. Conforme foram surgindo necessidades as mães solicitavam

a elaboração de pranchas em conjunto para os sujeitos. A família do caso 1 adquiriu um Tablet

e o sujeito está utilizando-o no contexto familiar também. Nas escolas as professoras do caso

1 e do caso 2 já solicitaram pranchas para utilizarem com os mesmos. Foi percebido

desconhecimento das formas de utilização da comunicação alternativa no contexto escolar.

Na sequência, apresenta-se os contextos dos sujeitos, que, na presente pesquisa,

foram compostos pelo: familiar, escolar e de experimentação. Esse último é um contexto

imposto, não natural. Nesse foram experimentadas as ações mediadoras, em um grupo

controlado (com menos participantes, ou seja, com os três sujeitos com autismo dessa

pesquisa). Os elementos constitutivos para elaboração dos contextos sócio-históricos foram:

atores (pessoas e instituições), espaços (físicos e simbólicos), regras, normas, crenças

compartilhadas, organização social, organização espacial, organização temporal, organização

semiótica, conforme descrito na metodologia. Os elementos de coleta de dados utilizados nesta

etapa foram: visitas, fotos, vídeos e observação direta e não estruturada.

Caso 1

O contexto sócio-histórico refere-se ao contexto escolar do Caso 1. Corresponde a

uma turma de Educação Infantil da rede privada de ensino, apresentado no Quadro a seguir, a

seguir.

Quadro 11 : Contexto sócio-histórico da turma do Caso 1

Atores

O aluno com TEA, duas professoras e a turma composta de doze alunos.

Espaço físico Sala em formato retangular, duas janelas, um quadro negro oposto a uma janela, uma porta para outra sala (vídeo) oposta à outra janela, a outra porta de frente para o banheiro. A sala possui quatro mesas quadradas, cada uma com quatro cadeiras, um armário entre a porta de saída e a janela, três estantes de ferro distribuídas em forma de ‘L’ entre as janelas com brinquedos e jogos à disposição dos alunos, um gradil para mochilas

Page 119: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

119

com chamada em forma de foto, um gradil para atividades, alfabeto com figuras correspondentes às letras disposto na parte superior da parede, de maneira oposta está o numeral com figuras quantificando. Os móveis da sala são identificados com seus nomes.

Espaço simbólico

Cantinho com a figura de um menino sentado na parede, com uma almofada embaixo.

Regras, normas, crenças compartilhadas

Turma e combinações: • Cada um é responsável pela organização de seus pertences; • realização de trabalho em grupo, compartilhando, respeitando o espaço e o tempo do outro; • o aluno deve levantar o dedo quando quiser se manifestar durante a roda e ou a explicação;

Organização espacial

Ocorre de acordo com as combinações feitas na rodinha: em grande grupo (todas as mesas juntas, formando um grande quadrado) ou pequenos grupos nas mesas.

Organização semiótica

Nas paredes está o alfabeto, tabela de numerais de 0 a 9 com material concreto, calendário e painel de aniversariantes. À disposição, na estante, estão os cartões de imagens e a tabela organizacional de tempo (antes e depois).

Fonte: Autoria Própria

Na Figura a seguir, apresenta-se o contexto escolar do Caso 1,com algumas imagens.

Figura 140: Imagens contexto escolar Caso 1

Fonte: Autoria Própria

O Quadro a seguir apresenta o contexto familiar do Caso 1.

Quadro 12: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 1

Atores Sujeito com autismo, os pais e duas irmãs. Espaço físico A casa tem mais de 300m2 com dois andares, ampla e arejada,

com uma escada que dá acesso ao andar superior. Tem um jardim na parte frontal e nos fundos, onde há uma cama elástica e uma caixa de areia. Tem, também, um sótão todo organizado com muitos brinquedos e jogos. O quarto do menino tem formato retangular, com uma janela. No recinto, há uma cama, um guarda-roupa, uma estante de brinquedos e livros infantis, uma mesa infantil com uma cadeira.

Espaço simbólico Brincadeira de cabaninha na cama da mãe, “engenhoca sensorial”, brinquedo desenvolvido pela mãe a partir do Monkeys’play.

Regras, normas, crenças compartilhadas

• A família toda colabora no desenvolvimento do menino; • a mãe elabora as regras da casa e do menino; ela já utilizou diversos métodos para o seu desenvolvimento, alguns desses baseados no comportamentalismo; • há rotina predeterminada, a qual deve ser seguida.

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120

Organização espacial

Ocorre de acordo com as combinações feitas com a mãe; as brincadeiras ocorrem em todo espaço da casa com participação ativa dos familiares; a casa possui espaços amplos para que o menino possa se movimentar com fluidez; casa organizada com rotinas, onde cada cômodo tem seus usos, conforme o cotidiano de uma casa, cozinha para elaborar refeições, sala para assistir TV, receber visitas, entre outros.

Organização semiótica

As paredes do quarto do menino são todas decoradas com desenhos de animais com imitação de uma floresta. No tablet, a mãe coloca a rotina do menino e desenvolve alguns vídeos para mostrar algumas das rotinas.

Fonte: Autoria Própria

Já na Figura que segue, apresenta-se o contexto familiar do Caso 1,com algumas

imagens

Figura 141: Imagens do contexto familiar do Caso 1

Fonte: Autoria Própria

Finaliza-se a descrição dos contextos do Caso 1 com o do experimental, conforme

apresentado no Quadro a seguir. Este contexto é comum a todos os casos, por esta razão é

apresentado somente uma vez.

Quadro 13: Contexto experimental

Atores Três sujeitos com autismo, a pesquisadora desta tese, uma aluna de Mestrado e uma bolsista de Iniciação Científica. Em alguns encontros, participa a coordenadora do Projeto SCALA e mais um bolsista.

Espaço físico Sala no quarto andar do CINTED (Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação), na UFRGS. Com mobiliário composto de uma mesa de reuniões, cadeiras, quatro computadores desktop, duas estantes, um sofá, um armário “Brinkteca” com diversos jogos e materiais para uso didático e três tablets com sistema.

Espaço simbólico

Cantinho com sofá, onde, na maior parte das vezes, quando ocorriam crises dos sujeitos, eles eram acalmados. Ou, em momentos de choro ou de contrariedade, era utilizado para acalmar e relaxar.

Regras, normas, crenças compartilhadas

• Encontros programados nas sextas-feiras pela manhã; • atividades desenvolvidas através de planejamentos semanais, com

uso de ações mediadoras; • rotinas que incluíram lanche de frutas, uso de material concreto e

abstrato; • incentivo constante à interação entre os sujeitos; • incentivo à comunicação oral, gestual e através da CA, com

pictogramas.

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Organização espacial

Ocorre de acordo com as combinações feitas para o planejamento da semana; atividades ocorrem com incentivo à participação ativa de todos os participantes; eleita mesa de reuniões para início das atividades.

Organização semiótica

Armário da “Brinkteca” com desenhos e imagens direcionadas ao público infantil.

Fonte: Autoria Própria

Caso 2

O primeiro contexto sócio-histórico do sujeito do Caso 2 descrito é o escolar, exposto

através do Quadro na sequencia, referindo-se a uma turma de Educação Infantil, da rede

privada de ensino.

Quadro 14: Contexto sócio-histórico da turma do Caso 2

Atores Dois alunos com autismo, duas educadoras, uma professora titular, com formação em Pedagogia - Habilitação em Educação Infantil, e uma monitora estagiária, cursando Pedagogia. A turma é composta de 12 alunos, 6 meninos e 6 meninas.

Espaço físico Escola particular de Porto Alegre, que atende da Educação Infantil (a partir dos 3 anos) ao Ensino Médio. Na escola, há em torno de 400 alunos matriculados. A sala é em formato retangular, com uma janela enorme de vidro e um quadro negro. Há duas estantes, uma com brinquedos ao alcance dos alunos e outra com jogos, que são os preferidos do aluno foco e estão guardados mais no alto para evitar que ele os pegue sozinho, de modo que interaja e solicite às professoras, em uma tentativa de estimular sua comunicação e interação. Nessa estante mais alta, são guardados, também, pequenos animais de sua preferência. Em uma das paredes, há um quadro de boas-vindas, locais com os nomes dos alunos, onde são dispostas as mochilas e os trabalhos das atividades desenvolvidas, bem como o alfabeto representado através de imagens iniciais de cada letra. Há, em um canto da sala, um tapete montado em “eva”, duas estantes pequenas com brinquedos diversificados, um espelho grande e diversas almofadas. Ao lado deste espaço, há uma porta que dá aceso ao banheiro privado da sala, composto de vaso e pia. A sala possui uma mesa para professora e quatro mesas com cadeiras pequenas, as quais são distribuídas, conforme a necessidade na realização das atividades, ora agrupadas, ora em pequenos grupos. Cada aluno dispõe de um escaninho, onde guarda seus estojos.

Espaço simbólico

O espaço do tapete de borracha é utilizado também como “rodinha” (alunos ouvem histórias, fazem atividades em conjunto, cantam, relatam seus finais de semana, entre outras atividades).

Regras, normas, crenças compartilhadas

• A turma possui uma rotina básica, composta por: - Entrada; - retirada de agendas e lanches das mochilas pelos alunos (são trazidos de casa); - brinquedo livre - jogos nas mesas; - roda; - atividade dirigida; - praça/quadra coberta; - higiene; - lanche; - aula extra (música, educação física, informática, biblioteca ou

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língua inglesa - uma a cada dia da semana, com duração de 30 minutos); - brincadeiras dirigidas, músicas, “hora do conto”; - roda de encerramento da tarde; - saída.

Organização espacial

Não há lugares demarcados, os alunos podem escolher onde querem sentar; as atividades dirigidas e o lanche dos alunos são organizados em um grande grupo, em uma união de quatro mesas. Em outros momentos, as mesas são desagrupadas conforme a necessidade, por exemplo, na distribuição de jogos e atividades diversificadas. Utilizam-se, também, do espaço do tapete de borracha com almofadas, onde é realizada a roda e algumas outras atividades, pois os alunos ocupam este espaço para brincar; na mesa da professora, são colocadas, na chegada dos alunos, as agendas e, em uma bandeja, as garrafas de água e os lanches dos alunos.

Organização semiótica

Em uma das paredes, encontra-se disposto o alfabeto representado com imagens correspondentes à letra inicial.

Fonte: Autoria Própria

O contexto escolar do Caso 2, é apresentado na Figura que segue.

Figura 143: Imagens contexto escolar Caso 2

Fonte: Autoria Própria

O contexto familiar do Caso 2 é descrito na sequência.

Quadro 15: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 2

Atores Sujeito com autismo, pai, mãe e um irmão mais velho. Espaço físico Casa em um condomínio fechado, com três andares; no andar

inferior, há uma garagem, sala e cozinha; no segundo piso, quarto do menino e banheiro; no terceiro, quarto do casal e banheiro.

Espaço simbólico

Espaço do quarto, na cama, onde a mãe o cobre com almofadas para brincar de escondê-lo; espaço na sala, onde há um espelho grande, brincam de imitações, olhares, enfim diversas brincadeiras em torno desse espelho; cantinho no jardim onde ele se esconde, colhe flores e fica tirando suas pétalas.

Regras, normas, crenças compartilhadas

• A mãe é o principal ator no desenvolvimento do menino, com a ajuda constante do pai; • a mãe elabora as regras e rotinas do menino, sem que haja muita rigidez;

Page 123: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

123

• o irmão brinca com o menino e percebe-se que gosta dele, mas há bastante ciúmes, devido a maior parte das atenções girarem em torno do menino com autismo, mesmo os pais não deixando de dar atenção para ele também.

Organização espacial

Ocorre de acordo com as combinações feitas com a mãe; brincadeiras ocorrem em todo espaço da casa com participação ativa dos familiares; casa organizada com rotinas flexíveis, mesa da cozinha normalmente utilizada para atividades com o menino com autismo.

Fonte: Autoria Própria

Na Figura a seguir, pode-se visualizar o contexto familiar do Caso 2, através de imagens.

Figura 144: Imagens do contexto familiar do Caso 2

Fonte: Autoria Própria

Caso 3

O último caso a ser descrito do contexto sócio-histórico é o Caso 3. A escola, embora

tenha concordado e assinado o termo para participar da pesquisa, ela não se efetivou. Foram

feitas diversas tentativas, mas sem retorno. Desse modo, apresentar-se-á somente seu

contexto sócio-histórico familiar, conforme Quadro que segue.

Quadro 16: Contexto sócio-histórico familiar do Caso 3

Atores A família é constituída do sujeito com autismo e dos pais. Há uma empregada na casa que também interage com o menino.

Espaço físico A família reside em um apartamento em um condomínio privado. O apartamento possui dois quartos, um do menino e a suíte do casal, uma sala, cozinha com lavanderia e um banheiro; o quarto do menino é em formato retangular, possui um roupeiro, cama de solteiro, escrivaninha e duas estantes aéreas. Na cama, há muitas almofadas e uma proteção para o menino não cair. As estantes estão tomadas de brinquedos. Em cima da escrivaninha, há diversas fotos e alguns jogos.

Espaço simbólico

Não foi percebido diretamente nenhum espaço simbólico utilizado entre o menino e os familiares.

Regras, normas, crenças compartilhadas

• A mãe que se incumbe em prol do desenvolvimento do menino (se atendo mais a deixá-lo a cargo de diversos profissionais como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros). O pai é bastante ausente; está focado em sua profissão de médico, com inúmeros plantões; • as regras e rotinas da casa são organizadas pela mãe, são muito flexíveis e deixadas de lado em muitas ocasiões, baseando-se mais

Page 124: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

124

em relação a atendimentos de profissionais para o menino e idas à escola.

Organização espacial

• As brincadeiras ocorrem em todo espaço da casa, mas o menino interage mais com objetos (brinquedos) do que diretamente com os familiares; • embora o apartamento não seja grande, no condomínio, há amplo espaço com piscina, playground, entre outros espaços.

Fonte: Autoria Própria

O contexto familiar do Caso 3 pode ser visualizado na Figura que segue.

Figura 145: Imagens contexto familiar Caso 3

Fonte: Autoria Própria

Analise do contexto Análise do contexto familiar

No contexto familiar, teve-se como atores principais as mães. Os dos principais fatos e

acontecimentos foram representados por reuniões, encontros, interações e visitas, nesse

contexto. Importante salientar que durante todo período da pesquisa ocorreu troca de e-mail e

telefonemas com as mães, pois, conforme tinham dúvidas ou precisavam de ajuda na

construção de mais pranchas, solicitavam. Uma das mães juntou o uso da comunicação

alternativa com outros métodos para o desenvolvimento no autismo, durante a pesquisa. Além

disso, os três meninos tinham atendimento também com outros profissionais.

A seguir, apresenta-se algumas imagens de uso da comunicação alternativa no

contexto familiar dos três meninos.

Figura 246: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C1

Fonte: Autoria Própria

Page 125: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

125

Figura 147: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C2

Fonte: Autoria Própria

Figura 148: Uso da comunicação alternativa no contexto familiar de C3

Fonte: Autoria Própria

Percebeu-se no contexto familiar que, quanto mais a família esteve envolvida no

projeto, mais desenvolvimento constatou-se no sujeito. O que demonstra a importância da

participação da família no processo educativo, quanto maior a parceria firmada com a família

maior é o desenvolvimento do sujeito em questão. Portanto, quando a família não apoia ou

não pode acompanhar, o desenvolvimento fica restrito há espaço educativo menor, ou seja, há

um único contexto, que é menor que o contexto familiar que envolve a vida diária e cotidiana

do sujeito. Comprova-se a necessidade de envolver diversos contextos, pois quando todos

passam a falar a “mesma linguagem” com o sujeito, maior é o seu desenvolvimento. Outro

fator que chamou atenção foi quanto aos sujeitos que conviviam com irmãos, o processo de

interação social aconteceu com maior facilidade, do que a criança que convivia no contexto

familiar somente com adultos.

Análise contexto escolar

O contato com o contexto escolar dos três sujeitos iniciou-se em 2011, com visita às

escolas particulares de Educação Infantil. No contexto experimental, foi introduzida a CA no

contexto da escola. A escola de C1 e de C3 atende a Educação Infantil e a de C2, os Ensinos

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126

Infantil, Fundamental e Médio. Todas concordaram em participar da pesquisa, e se

comprometeram em fazer um curso de formação continuada direcionado à inclusão no autismo

com abordagem centrada em contexto de uso através de ações mediadoras. Participaram do

curso27 duas professoras e duas auxiliares, pois a escola do Caso 3 desistiu.

Na formação, buscou-se identificar e mapear as dificuldades que os professores

apresentavam ao lidar com as questões de inclusão de alunos com autismo. Inicialmente,

apresentou-se a base teórica sócio-histórica e de autismo, comunicação alternativa,

posteriormente, apresentou-se o Sistema SCALA. Com o embasamento teórico, os professores

foram orientados ao uso da metodologia do SCALA, como auxílio no uso de Ações Mediadoras.

O primeiro passo foi a elaboração do perfil sócio-histórico e de um perfil do contexto escolar.

Com a análise desses, foi possível elaborar ações mediadoras para o trabalho em conjunto com

toda turma de inclusão. A cada encontro presencial, os resultados eram apresentados, e novas

ações mediadoras eram planejadas e desenvolvidas, com sugestões de todos os participantes.

Dessa forma, tinha-se uma formação continuada de todas as participantes e troca de

experiências, com ações elaboradas, que envolviam a turma toda. O tema foco da ação

acompanhava o currículo da turma. A seguir, apresenta-se um exemplo de uma das

atividades, com cada turma de C1 e C2 para mostrar os resultados obtidos no

desenvolvimento de cada sujeito, a visão dos colegas de turma e das professoras em relação

ao colega com autismo.

Exemplo de atividade com a turma de C1

A atividade a seguir é uma descrição realizada pela professora e pela auxiliar da Turma

de C1. Os recursos utilizados foram: uma televisão de 40 polegadas acoplada a um cabo em

um notebook, com acesso à Internet. A tecnologia assistiva SCALA foi usada na versão web,

nos módulos narrativas visuais (construção de histórias).

A produção dos alunos é apresentada no capítulo dos estudos de caso.

Narração elaborada pelos próprios alunos da turma da Educação Infantil para a história

criada. A escrita está toda com letras maiúscula por ser a forma de escrita utilizada nesta fase

do desenvolvimento escolar.

“A INCRÍVEL HISTÓRIA DA TURMA QUE VIROU PIRATA. ERA UMA VEZ UMA MELECA QUE SE

ENLOUQUECEU E COMIA AS PESSOAS... E ATÉ AS CANETAS. UM DIA, ELA ENCONTROU UMA

ARANHA GIGANTE E UM RATO MAIS GIGANTE AINDA; E, NESSE MOMENTO ELA SE EXPLODIU DE

SUSTO E MELECOU TODO MUNDO. E TODOS ENGOLIRAM UM POUCO DE GOSMA. SÓ O

CARTEIRO, QUE SE CHAMAVA JORGE AMADO, É QUE NÃO ENGOLIU A GOSMA. ELE ERA MUITO

SABIDO. COMO ELE NÃO TINHA ENGULIDO A GOSMA DO MAL, ELE TROUXE UMA ÁGUA

MILAGROSA PRA TODOS OS ENGOSMENTADOS TOMAREM. AI ELES CONSEGUIRAM CUSPIR

27 O curso ocorreu durante o ano de 2012, com carga horaria de 285 horas de forma semipresencial

(presencial com encontros quinzenais ou mensais conforme necessidade e à distancia com um ambiente virtual de aprendizagem), a programação completa encontra-se no apêndice H.

Page 127: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

127

AQUELA GOSMA NOJENTA E FICARAM CURADOS. O CARTEIRO RESOLVEU DAR UM

PRESENTINHO PRA TODOS: UM BAÚ DE PIRATA CHEIO DE COISAS GOSTOSAS E DE

BRINQUEDOS... MAS, DE REPENTE, DE DENTRO DO BAÚ APARECEU UMA ÁGUA VIVA BEM

MALUCA. QUANDO ELA TOCAVA NA GENTE, A GENTE SE QUEIMAVA... MAS SÓ UM POUQUINHO...

E DE DENTRO DELA APARECEU UM MAPA.... QUE ERA DE UM TESOURO... DO PIRATA

ENCANTADO!!! TODOS DA TURMA FORAM PRO FUNDO DO MAR ATRÁS DO TESOURO... ATÉ AS

PROFES. QUANDO O TESOURO FOI ENCONTRADO, FOI LEVADO PRO BARCO E A TURMA TODA

VIROU UMA TURMA DE PIRATAS QUE VIVEU FELIZ PRA SEMPRE VIAJANDO PELOS MARES... FIM.

Como pode-se perceber no relato, o SCALA deu vez e voz ao aluno com TEA, o que foi

percebido pelos próprios colegas. Mostrou-se efetivo nesta intervenção para apoiar a

comunicação em processos inclusivos.

Na sequencia, apresenta-se o relato da experiência de uso do SCALA pela professora e

auxiliar da turma de Educação Infantil, em que C2 está incluído.

A Figura d a história construída pela turma de alunos é apresentada no capítulo dos

estudos de caso.

As histórias construídas pelos alunos, com imagens do SCALA, através de baixa

tecnologia são apresentadas no capítulo dos estudos de caso.

A primeira atividade foi realizada no laboratório de informática da escola, com apoio do data

show, utilizando-se o SCALA na plataforma web. A segunda atividade iniciou da mesma forma

que a primeira, com uso posterior já na sala de aula do SCALA através de baixa tecnologia,

finalizando-se com o uso do SCALA dispositivo móvel tablet. Na primeira proposta, foi realizado o

registro de uma saída a campo ocorrida no dia anterior, uma visita a um sítio. Nesta

oportunidade, as crianças retomaram o que observaram no passeio, os animais que conheceram,

espécies de plantas que encontraram e atividades que realizaram. O trabalho foi conduzido pela

professora, que manipulava o mouse e colocava as figuras escolhidas pelo grupo, produzindo

uma história no módulo narrativas visuais do SCALA. Neste primeiro momento, as crianças

citavam as figuras que gostariam que aparecessem na história e era feita a busca por elas,

relacionando com a letra inicial de cada palavra. O grupo, como um todo, interagiu muito neste

primeiro contato com o programa SCALA. O aluno foco desta pesquisa participou por alguns

instantes e, em determinado momento, até manipulou o mouse, auxiliando a professora. O outro

aluno que tem autismo permaneceu atento e mostrou-se concentrado durante a atividade. Na

segunda proposta, foi aproveitada a temática que estava sendo trabalhada pela escola sobre o

Natal. Abordou-se os símbolos natalinos já conhecidos pelo grupo e a história do nascimento de

Jesus, também no modo narrativas visuais. Neste momento, os alunos procederam como na

atividade anterior, indicando as figuras que seriam colocadas pela professora na história.

Após a criação da história, a turma voltou para a sala de aula, onde os alunos puderam visualizar as

figuras que escolheram, impressas em papel. Neste momento, a intervenção foi de que eles recortassem

as figuras e colassem em outra folha, com objetivo de que recontassem a história a sua maneira.

Page 128: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

128

Através das atividades realizadas no contexto escolar, em turmas de Educação Infantil

inclusivas e das experiências com o uso do SCALA, observou-se que a utilização deste

proporcionou a interação e atuou como facilitador da comunicação entre os sujeitos de todo o

grupo. Constatou-se, ainda, que o uso do Sistema SCALA favoreceu a interação dos indivíduos

com autismo, o que proporcionou que eles efetivamente estabelecessem relações e se

integrassem de forma realmente inclusiva com a turma e no ambiente escolar.

Em apenas uma das escolas de Educação Infantil, efetivou-se a formação da equipe

escolar, foi na de C1. Esta atendeu a necessidade de formação do corpo docente e equipe

escolar para o processo de inclusão de alunos com autismo, proporcionando, dessa forma,

capacitação e formação continuada para um trabalho em conjunto no contexto desta escola.

Aconteceu de forma bem prática para o uso do Sistema SCALA. Inicialmente, foi apresentada a

metodologia de ações mediadoras e, posteriormente, o uso em si da tecnologia SCALA-WEB e

dispositivos móveis, com finalização no relato de alguns casos de crianças com autismo, em

que o sistema foi utilizado.

O SCALA foi apresentado através da projeção na TV, e os participantes chamados

interagiram com a tecnologia assistiva. Desenvolveram diversas pranchas e histórias

colaborativamente. Dois tablets com o sistema SCALA foram passando entre os participantes

durante a formação e sendo utilizados simultaneamente.

Percebeu-se grande empolgação com as atividades construídas colaborativamente,

principalmente por parte dos professores. Ao final da formação, surgiram diversas ideias de

como poderia ser utilizado em atividades com a turma toda. Quanto à metodologia do SCALA,

relatam que muitos dos itens mostrados já são utilizados só que não da forma como foi

mostrada, principalmente quando montam o Portfólio dos alunos, o perfil tanto do aluno como

Neste dia, o aluno foco mostrou-se bastante agitado e com dificuldade em se concentrar e participar

da atividade, sua história está representada nos exemplos dos trabalhos com apenas uma imagem. Já

o outro aluno com autismo aproveitou a atividade, demonstrando a sua integração sorrindo, batendo

palmas, saltitando e dando pequenas corridinhas pela sala. Após esta etapa, os alunos puderam

também manipular os tablets com o programa SCALA, momento este que foi muito proveitoso para o

grupo, pois eles puderam efetivamente explorar o programa de acordo com seus interesses. Como o

uso do tablet já era conhecido do aluno foco, ele interagiu muito com o dispositivo móvel. Primeiro,

demonstrou que estava satisfeito em ver os colegas ao seu redor, vendo-o interagir, mas quando teve

que dividir com os colegas não gostou, queria o tablet só para ele. Enquanto os colegas interagiam

com a tecnologia, demonstrou interesse por breves segundos no que estavam fazendo, logo querendo

pegar para ele o tablet. Neste momento, o aluno sentiu necessidade de interagir com os colegas,

mesmo que em forma de protesto por não querer compartilhar o tablet. Percebeu-se que ele tentou se

comunicar com o grupo. Foram dois momentos muito produtivos e interessantes para a turma, onde

pode-se observar que todos os alunos interagiram com o programa, cada um a seu modo. Concluímos

que realmente foram atividades muito enriquecedoras, que proporcionaram momentos de

aprendizagem de forma diferenciada e interessante para o grupo.

Page 129: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

129

da turma é relatado aos pais, assim como mostrado o contexto da sala de aula e as atividades

desenvolvidas no decorrer de cada semestre. Como se percebeu a falta de conhecimento dos

funcionários sobre a comunicação alternativa, foram relatados exemplos de vida diária de uso

dessa comunicação, como: as placas de trânsito e as placas indicativas normalmente utilizadas

nas portas dos banheiros.

Como há refeitório na escola, foi sugerido que a CA possa ser usada para mostrar o

cardápio diário aos alunos. Ao final da formação, a diretora da escola estava muito animada e

perguntou sobre a possibilidade de novas formações para o caso de decidirem usar tablets

com os alunos.

Análise contexto experimental

A proposta de um contexto controlado (experimental) foi investigar a interação entre

pares, com a inserção dos três sujeitos em um mesmo espaço social. Os encontros nesse

contexto ocorreram nas sextas-feiras de manhã, no período de 17 de agosto a dezembro em

2011 e de 21 de março a novembro em 2012, totalizando 38 intervenções. Não serão

apresentadas as descrições e as análises de todas as sessões, até por uma questão de espaço,

mas algumas que possam comprovar o processo do desenvolvimento da comunicação dos

sujeitos, nos processos de mediação. O sujeito do Caso 1 será nomeado por C1, do caso 2 por

C2 e do caso 3 por C3.

As duas primeiras sessões tiveram por objetivo conhecer os sujeitos, ambientalizá-los

nessa nova rotina do contexto do laboratório. Para tal, foram expostos diversos materiais para

verificar o que mais atrairia a atenção de cada sujeito. A figura que segue mostra alguns

momentos dessas sessões.

Figura 152: representação por imagens das sessões iniciais

Fonte: Autoria Própria

A partir desta sessão, inicia-se a

relação do concreto com o abstrato,

com uso da comunicação alternativa

através de imagens soltas, enfileiradas, pranchas em papel e computador. A função indicativa

do apontar foi enfatizada, para posterior uso do tablet. Ficou combinado entre as mediadoras

que o uso da oralidade deve ser incentivado em todas as ações mediadoras. Frutas foram

utilizadas para relação com as imagens. A figura a seguir expõem alguns momentos.

Figura 153: representação por imagens da relação do concreto com o abstrato

Page 130: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

130

Fonte: Autoria Própria

Nas sessões seguintes constituem-se em uma continuação das ações mediadas das

sessões anteriores na questão do trabalho das relações entre o concreto e o abstrato, com uso

de aplicativos nos tablets, imagens, pranchas, frutas em materiais pedagógicos e vídeos no

computador.

Figura 154: representação da relação com o recurso tecnológico

Fonte: Autoria Própria

Pode-se observar nas imagens seguintes a interação entre os sujeitos que foram

incentivadas através da mediação utilizando-se principalmente o recurso Tablet. A figura a

seguir representa visualmente as mesmas.

Figura 155: Representação da colaboração e interação entre os sujeitos

Page 131: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

131

Fonte: Autoria Própria

Posteriormente o uso do SCALA foi inserido através do recurso tecnológico tablet,

conforme pode-se comprovar nas imagens seguintes.

Figura 156: Interação dos sujeitos com prancha no SCALA

Fonte: Autoria Própria

Os resultados das interações com os sujeitos, quanto à intencionalidade de

comunicação são apresentados no Quadro 15 e mostram a evolução dos sujeitos do início da

pesquisa até sua finalização. Os resultados constatados, quanto às formas de construção e

representação da comunicação, são descritos na Tabela 1, com um comparativo da sessão 3 e

da sessão 38.

Quadro 197: Desenvolvimento da intencionalidade da comunicação

Intencionalidade de comunicação Sessão 3 e 38

Afiliação Regulação Atenção compartilhada

Caso 1 (C1) Caso 2 (C2) Caso 3 (C3)

Fonte: Autoria Própria

A partir da análise, percebeu-se que C1 aumentou consideravelmente a qualidade de

suas interações como um agente intencional, pois compreende o significados dos objetos, a

existência de si próprio e das outras pessoas e que faz parte de um meio e atem-se a ele

Page 132: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

132

(TOMASSELLO, 2003). C2 inicia os encontros, apresentando algumas características de

Afiliação, logo passando para a Regulação e, na última sessão, pode-se constatar diversos

indícios de tornar-se um agente intencional, chegando a participar de algumas cenas de

atenção conjunta. Enquanto que C3 inicia com características bem de uma fase de

intencionalidade de comunicação de Afiliação, ou seja, com o foco de atenção em si próprio,

com comportamentos não verbais significativos (BOSA, 2002), passando para uma fase de

Regulação, com pedidos de auxílio para conseguir o que deseja, já com alguns indícios de

agente intencional.

Tabela 2: Desenvolvimento das formas de construção e representação da comunicação

Formas construção e representação

Caso 1 Caso 2 Caso 3

Sessão 328

Sessão 38

Sessão 3

Sessão 38

Sessão 3

Sessão 38

Fala

Balbucios 0 7 0 0 2 13 Vogais 1 0 0 0 0 0

Sílabas 0 1 0 0 0 0

Palavras 0 18 0 0 0 1 Sentença 0 7 0 0 0 0

Gestos e Sinais

Expressões faciais

1 8 1 6 3 9

Expressões corporais

7 22 9 22 9 28

Fonte: Autoria Própria

No que se refere às formas de construção e de representação da comunicação,

constata-se um grande progresso no desenvolvimento dos três meninos. Com referência à

fala, C1 inicia apenas uma expressão de vogal significativa e, na última interação, com 13

balbucios significativos ou que representam ele cantarolando, com a oralização de 18 palavras

na sessão e de 7 sentenças. Com acréscimo significativo na expressão de gestos e de sinais,

de faciais de um para oito e de corporais de sete para vinte dois. No tempo que, C2, nessas

duas sessões não apresentou intencionalidade de comunicação através da fala, em outras,

expressou algumas palavras e sentenças completas. Constatou-se, durante as sessões, que C2

ainda não consegue dar a devida importância à fala como forma de comunicação, mas entende

tudo que lhe é oralizado. Assim como, entende as imagens da comunicação alternativa, mas

reluta em utilizá-las. O desenvolvimento cognitivo é complexo, é como se faltasse um “click”

para o despertar da necessidade da fala. Os gestos e sinais foram ampliados

consideravelmente nas expressões faciais de um para oito, e os corporais de 9 para 22.

Ao passo que C3 consegue ampliar sua fala com balbucios, ainda ensaiando a fala, mas

já na última sessão verifica-se que consegue expressar uma palavra através da imitação. Com

referência aos gestos e sinais foi onde ocorreu o maior desenvolvimento de C3, com ampliação

de 3 para 9 nas expressões faciais e de 9 para 28 nas expressões corporais.

28 Iniciou-se na sessão 3 por a duas primeiras terem sido mais de observação.

Page 133: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

133

4.2 Estudo de Caso: Intencionalidade de comunicação mediada em autismo a partir de um estudo de aquisição de gestos no sistema SCALA

O presente estudo procurou responder de que forma o uso de um sistema de

Comunicação Alternativa – SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de

Pessoas com Autismo) - que parte de uma perspectiva metodológica sócio-histórica, pode

promover o desenvolvimento de gestos que propiciam intencionalidade comunicativa em

crianças de 3 a 5 anos com autismo não oralizadas.

Sabemos que a interação social entre os sujeitos se dá essencialmente através da

comunicação. O processo de apropriação da linguagem é de suma importância para o

desenvolvimento humano e é através da comunicação que se dá em momentos de interação e

mediação, que compartilhamos ideias e conhecimentos, que as pessoas se constituem

enquanto sujeitos sócio-históricos.

O SCALA foi utilizado nas mediações com o intuito de propiciar o desenvolvimento da

comunicação, seja esta verbal ou gestual, ancorado pela metodologia sócio-histórica.

O estudo cunhou-se como um estudo de caso múltiplo. Optamos pelo estudo de caso,

“por ser uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu

contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não

estão claramente definidos”. (YIN, 2005, p. 32).

Para dar conta de responder o problema e os objetivos propostos foi desenvolvido um

estudo multicasos. Para tanto a pesquisa foi realizada com três sujeitos diagnosticados com

autismo.

Com relação à técnica de pesquisa foi utilizada a observação participante que

caracteriza o observador a não ser somente um espectador do fato que está estudando, assim

o observador revela sua intenção. Além dos instrumentos acima mencionados uma anamnese

realizada com as mães auxiliou para que se estabelecesse o perfil inicial dos sujeitos.

Para a coleta de dados foi utilizado protocolo de observação, registros de vídeos e áudio

e os registros da pesquisadora, procurando-se responder ao longo do estudo, os seguintes

questionamentos:

• Quais são os gestos comunicativos usados no início da interação nos sujeitos com

autismo participantes?

• A partir de interações que privilegiam a mediação e a aquisição da simbolização

podemos perceber mudanças nos gestos utilizados pelos sujeitos?

• Quando os gestos comunicativos podem ser interpretados como sendo usados com

intencionalidade de comunicação?

Sujeitos da pesquisa:

Com relação aos sujeitos da pesquisa, as três crianças com autismo, não oralizadas

foram observadas e analisadas no grupo de intervenção. A escolha foi intencional e as crianças

foram acompanhadas por 09 meses.

Page 134: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

134

Etapas da pesquisa

A pesquisa contou com três etapas diferenciadas:

Etapa 1 – Identificação e conhecimento dos sujeitos

Esta etapa teve por objetivo identificar os sujeitos para este estudo. Depois do primeiro

contato com as famílias, onde apresentamos os objetivos da pesquisa e as mediadoras

participantes, foi realizado mais dois encontros com as mães. Nos encontros subsequentes foi

apresentado o Termo de Consentimento elaborado e foi realizada as anamneses. O perfil inicial

dos sujeitos advém dessa etapa e das informações prestadas pelas famílias.

Os três sujeitos estão incluídos em escolas de educação infantil da rede privada de

Porto Alegre – RS, onde estão inseridos em salas de aula regulares, com outras crianças da

mesma idade.

As intervenções aconteciam semanalmente, exceto se houvesse algum imprevisto em

dia acordado com as mães, para não interferir nos atendimentos que as crianças frequentavam

e nem no horário escolar. A duração aproximada das intervenções era de uma hora.

Para a realização das intervenções mediadoras com as crianças foi usada uma sala no

Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, a qual foi denominada de núcleo. Essa sala continha: mesa, cadeiras, armário

com materiais pedagógicos, computadores e tablets. Os tablets foram inseridos somente após

a quinta sessão.

Etapa 2 - Intervenção e observação

Na etapa 2 ocorreu a intervenção propriamente dita com os sujeitos, em interações

semanais, realizadas em grupo. Inicialmente foram realizados encontros com o objetivo de

conhecer os sujeitos e seus interesses e também de criar vínculo entre as mediadoras e os

sujeitos.

As intervenções inicialmente tiveram ênfase no uso de materiais concretos. O

computador e o tablet foram sendo inseridos no decorrer das intervenções. Foi usado recursos

de CA de baixa e alta tecnologia, para que os sujeitos pudessem manusear as figuras e

comparar com o objeto real.

Durante todos os momentos das intervenções ficou claro que os sujeitos precisavam

visualizar, manusear o objeto real – nível representacional - para depois ser apresentado à

figura–símbolo que a representava.

O planejamento dos encontros acontecia anteriormente à intervenção.

Etapa 3 – Análise de dados

Foram analisados todos os registros e dados coletados. O foco principal esteve em

responder ao objetivo geral, que consistia na forma que o uso de um sistema de CA – SCALA

(Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de Pessoas com Autismo) - que parte

de uma perspectiva metodológica sócio-histórica, pode promover o desenvolvimento de gestos

Page 135: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

135

que propiciam intencionalidade comunicativa em crianças de 3 a 5 anos com autismo.

No contexto desta pesquisa foi usado categorias para realizar a análise dos dados,

essas categorias emergiram tanto do referencial teórico como dos estudos de caso.

Inicialmente procurou-se identificar os gestos usados pelos sujeitos e se esses gestos

possuíam intencionalidade comunicativa. Também, através da mediação constante procurou-se

estimular os sujeitos na aquisição de novos gestos, com especial atenção aos gestos dêiticos.

Como unidades de análise procurou-se perceber os momentos de atenção e cenas de

atenção conjunta identificadas a partir das interações (quadro 17) assim como os gestos

(quadro 18)

Quadro 18 – Cenas de Atenção

Atenção de Verificação – AV

Consiste em compartilhar/verificar a atenção do mediador, por exemplo: simplesmente olhar para o adulto durante envolvimento conjunto.

Atenção de Acompanhamento – AA

Exige que o sujeito acompanhe a atenção que o adulto dirige para uma entidade distal externa, por exemplo, acompanhar o olhar do mediador, ou para onde este está apontando.

Atenção Direta – AD

Direcionar a atenção do mediador para entidades externas, por exemplo, apontar para que o mediador olhe para uma entidade distal. O gesto de apontar presente nessa atenção pode ser classificado como: Gesto Imperativo: tentativas de fazer com que o mediador faça algo com relação a um objeto ou evento Gesto Declarativo: tentativa de fazer com que o mediador preste atenção a um objeto ou evento, com o intuito de compartilhar a atenção com o mediador, nesse caso o gesto possui intenção comunicativa.

Cenas de Atenção Conjunta – CAC

Ao se configurar uma cena de atenção conjunta percebemos a existência da compreensão das intenções comunicativas. São interações sociais nas quais a criança e o mediador prestam conjuntamente atenção a um terceiro elemento por um período razoável de tempo, além de termos presente a imitação com inversão de papéis.

Fonte: Tomasello (2003)

Quadro 19 – Tipos de Gestos

Gestos Dêicticos

Segundo Tomasello (2203) consiste em segurar um objeto ou apontar para ele, com o intuito de mostrá-lo para alguém, são gestos claramente triádicos, no sentido que indicam para o mediador alguma entidade externa. São classificados como imperativos e declarativos: Imperativos: tentativas de fazer com que o mediador faça algo com relação a um objeto ou evento; Declarativos: simples tentativas de fazer o mediador prestar atenção a algum objeto ou evento, os gestos declarativos são de especial importância, pois indicam de forma particularmente clara que a criança não quer que algo aconteça, mas realmente deseja compartilhar a atenção com o mediador.

Gestos

Instrumentais

Gestos para organizar o comportamento dos outros, como gestos para indicar “venha” ou “senta aqui”; São gestos instrumentais. Ao usar o “outro” como instrumento, ação mecânica, não manifesta indícios de intencionalidade de comunicar.

Gestos

Expressivos

Utilizados para compartilhar emoções, como, por exemplo, colocar a mão na boca e encolher os ombros querendo expressar “aii...fiz errado”. São gestos que expressam sentimentos, por exemplo: abraçar, beijar, acariciar, morder, empurrar, afastar, etc.

Fonte: Tomasello (2003)

Page 136: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

136

Resultados

A partir das interações e das análises das filmagens, do protocolo de observação e de

todo material coletado foi possível apresentar os seguintes resultados dos três casos abaixo,

em separado e divididos por períodos, como segue:

• Período de adaptação: compreende a sessão 1 e 2, onde a interação tem como principal

objetivo a adaptação do sujeito ao ambiente e as mediadoras, assim como a realização

de sondagem a respeito dos interesses de cada um, e o uso de gestos e as

manifestações comunicativas;

• Período representacional e simbólico: compreende a sessão 03 e 04; nesse período foi

usado o material concreto e computador, iniciando a mediação ao apresentar os

símbolos aos sujeitos.

• Período representacional e simbólico mediado pelo uso dos tablets com o SCALA:

compreendeu da sessão 5 em diante. Nesse período foi realizado o uso da alta

tecnologia – Tablets, com aplicativos previamente escolhidos para estimular o apontar e

o desenvolvimento da interação e atenção entre mediador e sujeitos, assim como

disponibilizar as pranchas de comunicação nesse artefato, além das impressas. Nessa

fase, tanto as pranchas disponibilizadas no tablet como as impressas representam,

segundo Dondis (2008), no que tange a linguagem visual, o nível simbólico. Passou-se

a usar o sistema SCALA para desenvolver as pranchas de comunicação além de

propiciar ao sujeito um contato com a ampla gama de símbolos contidas no Sistema e

também a aproximação com a interface.

Ao analisar os dados do sujeito 1 percebeu-se que a intencionalidade comunicativa

expressada através dos gestos tiveram um aumento a partir do uso do sistema SCALA no uso

das pranchas tanto impressas como na versão digital (tablet). O sujeito passou a usar o dedo

indicador para apontar e apresentou um grande progresso em outras atividades da vida diária

durante as interações (alimentação, higiene, etc). Portanto não houve apenas progressos de

oralização como também de comportamento e socialização.

Na percepção da pesquisa, foi a partir do sistema SCALA que houve um aumento no

desenvolvimento dos gestos com intencionalidade comunicativa e de momentos de atenção,

diversificando-os. Foram usadas estratégias que contemplaram o uso do material concreto,

situado no nível representacional para somente então usar o símbolo que representava o

objeto ou ação. Também foi contemplado o uso de alta e baixa tecnologia, efetivadas através

das ações mediadoras.

Com relação ao sujeito 2 percebeu-se que a intencionalidade comunicativa, expressada

através dos gestos, teve um aumento a partir do uso do sistema SCALA. O compartilhamento

do olhar e o gesto de apontar tiveram mudanças quantitativas no decorrer das interações. O

sujeito 2 apresentou um “olhar” muito rápido e com o canto dos olhos, o que requereu a

atenção das pesquisadoras para perceber seus momentos de compartilhamento de atenção. O

sujeito também desenvolveu o apontar – com o dedo indicador – pois, no início da pesquisa

Page 137: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

137

não apontava e quando o fazia era com a mão como um todo, com movimento de cima para

baixo, não fixando em um objeto, figura ou ação.

Pode-se dizer que o sujeito 2 teve muitos progressos no decorrer das interações em

situações de vida diária, como alimentação e higiene, além da vinculação afetiva positiva com

as mediadoras.

Assim como no caso 1, o sujeito do caso 2 também apresentou a partir da inserção no

sistema SCALA, uma melhoria na aquisição de gestos com intencionalidade comunicativa.

Apesar de perceber certa “resistência” para comunicar a partir de pranchas.

Sobre o sujeito 3 houve melhorias nas questões de higiene e um aumento significativo

na oralização apoiado nos símbolos.

O sujeito conseguiu relacionar tanto no tablet como nas pranchas impressas o objeto

representacional ao simbólico, quando se referia à ações e também a objetos e frutas.

Procurou-se interagir trazendo o material concreto para amparar a futura simbolização do

sujeito.

Ao usar o sistema SCALA o sujeito 3 apresentou um aprimoramento da comunicação

através do uso dos recursos e da metodologia proposta. Passou a expressar-se com maior

constância.

Ao concluir esse estudo, cabe lembrar que durante todas as intervenções, foi levado em

consideração o nível representacional, o que significa dizer que foi utilizado o objeto real,

material concreto e aos poucos foi inserida a simbologia presente no sistema de CA – SCALA,

permitindo que os sujeitos fizessem a ligação entre o objeto e a figura usada para representá-

lo.

Dessa forma, possibilitou-se aos sujeitos chegarem ao nível simbólico. Foram usados

materiais tanto de alta como de baixa tecnologia. Percebeu-se a importância de criar vínculo

com os sujeitos, e a partir do momento que sentiram maior confiança e se acostumaram com

o contato com a mediadora, os gestos expressivos que demonstravam carinho e satisfação

puderam emergir. Constatou-se também que esses gestos apareceram concomitantemente

com diversos momentos de atenção, enriquecendo as interações e fazendo emergir a

intencionalidade comunicativa.

Ao finalizar o estudo ficou clara a ligação existente entre os gestos dêiticos e os

momentos de atenção ou cenas de atenção conjunta, sendo esse gesto de apontar

representado pelo olhar ou pelo indicar com o dedo. Conseguiu-se vislumbrar que, quanto

mais este gesto está presente nas interações maior intencionalidade comunicativa, pois é a

partir dele que o sujeito indica sua vontade de compartilhar atenção com o mediador e sente-

se ativo na interação, entendendo-se como agente intencional.

Podemos dizer que os resultados obtidos com o uso da TA – Tecnologia Assistiva,

através do sistema SCALA usado como uma ferramenta facilitadora junto aos protagonistas,

nos três estudos de caso, houve indicação de fortes contribuições deste sistema para a CA.

O SCALA foi usado para além das pranchas produzidas, dos símbolos apresentados,

como forma constante de mediação que levou em consideração os sujeitos com o seu todo e

Page 138: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

138

suas individualidades, em processo constante de desenvolvimento e cada qual com sua

bagagem sócio-histórica. Através da mediação constante, integrada ao todo do sujeito foi

sendo realizada a mediação com o surgimento de novos gestos, dando significado a cada

olhar, apontar, sorrir, morder, etc. Considerando as crianças como agentes intencionais,

deixando-os serem atores nas interações, não somente interagentes passivos, ancorados pelo

uso de materiais concretos, que levaram a ligação entre o representacional e o simbólico e,

sobretudo conduziram a diversos e diferentes momentos de atenção e cenas de atenção

conjunta, onde os sujeitos participavam de interações triádicas e se incluíam nelas.

4.3 Estudo de Caso: Deficiência Motora e sistema de varredura

O presente estudo de caso exploratório e descritivo desenvolvido pelo grupo TEIAS em

2013, é parte de uma pesquisa qualitativa realizada em uma escola municipal de Porto Alegre

- RS, que teve como objetivo compreender o uso do sistema de comunicação alternativa

SCALA com um sujeito de dez anos de idade com paralisia cerebral em seu processo de

inclusão escolar.

4.3.1 Descrição do Estudo29

A busca pelo método se torna um dos problemas mais importantes de todo o

empreendimento de compressão das formas exclusivamente humanas de atividades

psicológicas. Desta forma, o método é simultaneamente pré-requisito e produto, o instrumento

é o resultado do estudo. Assim, todos os instrumentos desde a teoria escolhida para a

realização da pesquisa são instrumentos e resultados. Primeiramente o foco da equipe foi a

identificação da metodologia mais adequada para o desenvolvimento do estudo, para

responder a seguinte questão norteadora:

Como o sistema de comunicação alternativa pode apoiar o desenvolvimento da

comunicação de sujeitos não oralizados com paralisia cerebral de forma a apoiar seu processo

de inclusão escolar?

Por se tratar de uma pesquisa baseada na visão sócio histórica, o foco base foi ação

mediada com ferramentas (especialmente o Sistema SCALA), pois a mediação é a chave para

compreender a ação humana e a sua natureza.

Durante a concretização da pesquisa, foram utilizadas diversas fontes de dados nas

diferentes fases da pesquisa: pesquisa documental, exploração de aplicações que funcionam

por meio de varredura, observação, filmagens, notas de campo30. Uma das técnicas bastante

utilizada durante a pesquisa foi a entrevista informal, pois a pesquisa tinha por objetivo

29 O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Parecer 275.124). Além da autorização da instituição, a mãe da criança assinou os termos de Consentimento Livre e Esclarecido permitindo a participação do seu filho no estudo. 30 As notas de campo foram fundamentais não só para construir o retrato detalhado dos contextos e das situações observadas, mas também para registrar conversas informais e reflexões pessoais que foram desenvolvidas ao longo da pesquisa de campo.

Page 139: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

139

abordar realidades pouco conhecidas pelo grupo.

A pesquisa contou com três etapas distintas: a) conhecer o sujeito b) conhecer o

processo de interação e comunicação alternativa dos participantes da pesquisa antes e depois

da introdução do SCALA; c) analisar os dados (figura 105). Para a identificação do sujeito

teve-se os seguintes critérios: a) possuir deficiência motora; b) sem oralidade ou com

dificuldade na fala; b) estudar em uma escola regular (de inclusão). Assim, o projeto contou

com o apoio da prefeitura de Porto Alegre, que indicou Serena31 por apresentar o perfil

adequado para a pesquisa.

A observação sistêmica tornou-se a principal técnica com o objetivo de observar os

episódios interativos, que podiam ser entre o professor-aluno e aluno-aluno. Para a análise dos

episódios foram definidas as seguintes categorias: Expressão não verbal (Gestos com as mãos;

Movimento com a cabeça; Movimentos combinados; Expressões faciais); Expressão verbal

(Vocalizações; Palavras; Frases; Expressões verbais não entendidas); Expressão verbal e não

verbal.

Figura 157: Esquema resumo geral do desenvolvimento da pesquisa

31 No fictício de modo a preservar a entidade do sujeito

Page 140: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

140

Fonte: Autoria Própria

O estudo de caso teve início em março de 2013 e terminou em novembro, foram

realizadas 23 visitas a escola, assim na primeira fase, antes da introdução do SCALA foram

feitas 10 sessões de observações e, na segunda fase, com a introdução foram observadas 13

sessões.

A pesquisa foi realizada em uma escola Municipal de ensino Fundamental de Porto

Alegre, localizada no estado do Rio Grande do Sul, onde as salas regulares são constituídas por

alunos de vários perfis, ou seja, alunos com e sem necessidades educativas especiais. A

pesquisa foi conduzida na sua maioria na sala do SIR em relação à sala de aula.

As observações aconteceram semanalmente, exceto quando algum imprevisto como

doença, chuva e temperaturas muito baixas, que faziam com que Serena não fosse à escola.

Primeiramente ocorreram nas quintas feiras no período da tarde na SIR e depois passou a ser

também nas manhãs, na sala de aula e nas sextas-feiras de tarde na SIR. A duração

aproximada das observações semanais era de 1 hora e 20 min.

Sujeito da pesquisa:

Serena nasceu em 2003, de acordo com o diagnóstico, possui esquizencefalia32. Serena

32 As esquizencefalias constituem malformações cerebrais congênitas caracterizadas por fendas no manto cerebral, as quais se estendem da superfície pial aos ventrículos laterais, delineadas por substância cinzenta( Granata et al ,1997 apud Lopes,2005).

Page 141: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

141

é uma menina que vive em um apartamento com sua mãe, avó e tia. A mãe trabalha durante

a noite enquanto Serena fica com a tia e a avó quando não esta na escola. A sua casa fica

perto da escola onde estuda. A aluna utiliza uma cadeira de rodas, que já é pequena para a

sua idade e a família tem tido dificuldades em mover a Serena para fora de casa devido às

barreiras de acesso, pois o prédio não tem elevador.

Apresenta severos atrasos na comunicação oral. Encontra-se em processo de

alfabetização, e está iniciando a atribuir valor sonoro, mantendo as iniciais das palavras,

escreve seu próprio nome. A sua comunicação é baseada na resposta aos interlocutores

usando muito o sim e não por meio de gestos. Apresenta um bom relacionamento com os

colegas acompanhando a turma há mais de dois anos. Desenvolve atividades diferenciadas na

sala de aula com seus colegas, estando ainda esta no processo de alfabetização, mas se

encontra numa turma de quarto ano.

Na sala de aula fica trabalhando com ajuda da estagiária de inclusão e com os seus

colegas mais próximos. Na sala do SIR, realiza atividades complementares à sala de aula.

Gosta de usar os materiais com poucas adaptações se possível. Não aceita usar a colmeia no

teclado, usa o mouse e teclado convencional. Tem aula todos os dias no período da manhã e

nas quinta e sexta feira tem aula com a Professora do SIR.

Como resultado das observações sistêmicas realizadas no período de março de 2013 a

novembro de 2013, realizados no contexto escolar (SIR e sala de aula), foi possível observar

que a comunicação não verbal foi a modalidade de expressão utilizada com maior frequência, e

muitas vezes o sujeito era passivo na comunicação. Em relação às iniciativas do sujeito, ficou

evidenciando inexpressivas interlocuções no processo comunicativo, de maneira que não havia

tanta complexidade nas trocas estabelecidas. Serena baseava-se mais em responder os

interlocutores no seu meio por meio de gestos que representavam o “sim e não”.

Assim, observou-se não só a necessidade do sujeito de ampliar e diversificar a sua

forma de comunicar, como também se tornou importante criar condições de inserir o sujeito

não só na sala, mas também no conteúdo mediado pela professora.

Durante o desenvolvimento da pesquisa, esta ultrapassou os muros da escola e o

SCALA foi apresentado à mãe do sujeito, passando a usá-lo também no contexto familiar.

Verificou-se que com o uso do SCALA na sala de aula em conjunto com os colegas, o sujeito o

utilizou com mais entusiasmo, pois estava também acompanhado dos seus colegas.

Com o sistema SCALA foi possível o planejamento de atividades por parte das

professoras onde todos os alunos desenvolviam a mesma atividade (figura 158). Nas

atividades em conjunto com a Serena, tanto os alunos como ela mesma eram protagonistas,

seus colegas davam sugestões e o sujeito concordava e discordava no desenvolvimento das

atividades, evidenciando assim o quanto é importante a participação de mais interlocutores na

comunicação.

Podem ocorrer uni ou bilateralmente e as paredes da fenda podem ser separadas (lábios abertos) ou unidas (lábios fechados) ( Lopes,2005). As características clínicas da esquizencefalia são extremamente variáveis e compreendem distúrbios motores, cognitivos e síndromes epilépticas.

Page 142: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

142

Figura 158: Prancha criada pela turma para oferecer aos professores no dia do professor

Fonte: Autoria Própria

Com a introdução do SCALA foi possível observar uma combinação de meios de

comunicação e a possibilidade de possíveis detalhamentos na troca de informações com os

interlocutores. O SCALA se tornou um meio usado pela professora para desenvolver atividades

lúdicas que despertavam interesse no sujeito de expressar suas vontades e necessidades.

Também se tornou um meio, ou melhor, um instrumento no apoio ao processo de

alfabetização, onde o sujeito não só usava as imagens, mas também desenvolvia a escrita

(figura 159).

Figura 159: Exemplo de história construída pelo sujeito

Fonte: Autoria Própria

4.4 Estudo de caso: Formação de professores

No âmbito do projeto diversas formações foram desenvolvidas, e acompanhadas pelo

grupo. Apresenta-se aqui o resultado de pesquisa da análise de uma das formações que

permitiu estabelecer e validar os requisitos funcionais do sistema SCALA como um sistema de

comunicação alternativa para utilização nos processos de inclusão de crianças com déficits na

comunicação.

O estudo desenvolvido de natureza qualitativa envolveu interpretações das realidades

sociais (BAUER; GASKELL; ALLUN, 2002) de oito professoras que atuavam, exclusivamente, na

Sala de Integração e Recursos (SIR) da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre.

Como forma de atender ao propósito da pesquisa, a partir de uma visão teórica pautada

nos pressupostos sócio-históricos, na qual a abordagem dos processos é mais relevante que o

produto, optou-se pelo número de oito participantes, considerando quatro professoras que já

utilizavam algum dos recursos da Comunicação Alternativa (CA) e quatro professoras que

Page 143: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

143

ainda não os utilizavam, mesmo atendendo alunos que os necessitariam.

O quadro 19, caracteriza o grupo de participantes da pesquisa quanto à idade, à

formação inicial, à formação em nível de Pós-Graduação e ao tempo de atuação na SIR:

Quadro 20 – Caracterização do grupo de educadoras especiais que fizeram parte da pesquisa

Participantes Idade (anos)

Formação inicial Pós-Graduação

Tempo de atuação na SIR (em anos)

Edu1 48 Pedagogia/Edu. Especial

Especialização em Educação Precoce/Psicomotricidade

2

Edu2 42 Pedagogia/Edu. Especial Especialização em Psicopedagogia 10

Edu3 42 Pedagogia/Edu. Especial

Não possuía até o momento da pesquisa

4

Edu4 47 Pedagogia/Edu

. Especial Especialização em Educação para Séries Iniciais

02

Edu5 44 Pedagogia/Edu

. Especial Especialização em Psicopedagogia

10

Edu6 47 Pedagogia/Edu. Especial

Especialização em leitura e escrita Mestrado em Educação Doutoranda em Educação

15

Edu7 46 Pedagogia/Edu. Especial

Especialização em violência contra criança e adolescente

13

Edu8 35 Pedagogia/Edu. Especial

Especialização em Psicopedagogia

10

Fonte: Autoria Própria

Conforme o quadro, todos os participantes são do gênero feminino. A faixa etária

concentrava-se nos 40 anos. A formação em nível superior e Pós-Graduação foi uma

característica presente na maioria do grupo, com exceção de uma educadora (Edu3) que ainda

não tem formação em nível de Pós-Graduação. Nota-se a formação comum de todas em

Pedagogia com habilitação em Educação Especial. Este fato ocorre, pois em Porto Alegre este

curso era ofertado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), da qual

todas são oriundas. Além disso, uma das exigências para prestar concurso público para a

Prefeitura Municipal de Porto de Alegre, para o cargo de professor da área de Educação

Especial, é a graduação nesta área. Quanto ao tempo de atuação na Sala de Integração e

Recursos, temos uma diversidade de experiências, desde uma educadora que estava desde a

implementação deste serviço que completara 15 anos em 2010 (Edu6), outras três educadoras

com dez anos de atuação (Edu2, Edu5 e Edu10) e apenas duas educadoras que estavam com

uma caminhada de atuação inicial que completava, até aquele momento, dois anos (Edu1,

Edu4).

A escolha por essa caracterização possibilitou o contato das professoras mais

experientes com as menos experientes, base da visão sócio-histórica, explicitada através de

um dos principais conceitos da teoria, que é o de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP).

Assim, foram oito participantes de sete Escolas diferentes, localizadas em zonas distintas da

Page 144: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

144

capital sul-rio-grandense. Apenas uma SIR era compartilhada com duas participantes da

pesquisa.

A pesquisa envolveu oito alunos que frequentam a SIR e que possuíam ausência ou

dificuldade na linguagem oral. Cada uma das educadoras atendia a um caso com esta

peculiaridade. Participaram do estudo cinco meninos e três meninas, com idades entre a 6 e

16 anos, matriculados nas Escolas de Ensino Fundamental de Porto Alegre e que realizavam,

semanalmente, o atendimento na SIR.

O quadro 20 tem como propósito caracterizar o grupo de alunos com relação à idade,

ao ciclo pertencente, ao tempo de frequência na SIR e a forma predominante de comunicação.

Quadro 21 : Caracterização dos alunos envolvidos na pesquisa.

Alunos Idade

Sexo Ano/Ciclo Tempo que

frequência na SIR

Forma predominante de

comunicação

Caracterização da lecto-escrita33

Aluno1 9 anos M 2º ano do I ciclo A 20 1 ano

Gestos e fala pouco inteligível

Sem escrita estruturada, porém constrói rabiscos

com a intenção de escrever seu nome. Diferencia desenho

de escrita

Aluno2 07

anos F

1º ano do I ciclo A 10

Desde maio de 2010

Apontamentos e balbucios

Fase pré-silábica

Aluno3 07

anos M

1º ano do I ciclo A 10

Desde março de 2010

Expressão corporal e fala

pouco inteligível

Escreve seu nome por modelo. Reconhece a

primeira letra do seu nome. Ainda não

atribui valor sonoro às letras.

Aluno4 09

anos M

3º ano do I ciclo A 30

02 anos Expressão facial

Fala pouco inteligível

Fase pré-silábica; faz uso somente das

letras do seu nome

Aluno5 06

anos F

1º ano do I ciclo A 10

Desde março de 2010

Expressão facial e balbucios e uma prancha com símbolos

pictóricos do tipo “cardápio”

Sem escrita estruturada, porém constrói rabiscos

com a intenção de escrever seu nome.

Aluno6 12

anos M

1º ano do III ciclo C 10

03 anos

Faz uso de prancha e cartões de comunicação com desenhos,

letras e números

Alfabetizado.

Aluno7 08

anos F

1º ano do I ciclo A 10

02 anos

Expressão corporal,

apontamentos e balbucios

Não diferencia letras de desenho. Faz garatujas como

forma de representar a escrita.

Aluno8 16

anos M

3º ano do III ciclo C 30

02 anos Fala pouco inteligível

Oscila entre silábico e alfabético. Leitura

bem inicial, lê sílabas e às vezes palavras.

Fonte: Autoria Própria

33 Esta caracterização foi informada pelas educadoras especiais e aqui reproduzida.

Page 145: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

145

Quanto à caracterização dos alunos, tratou-se da faixa etária predominantemente

menor de 10 anos. Dos 8 alunos, 6 estão no 1º Ciclo, distribuídos em entre o 1º e o 3º ano.

Somente um aluno (Aluno8) encontrava-se em fase de conclusão do Ensino Fundamental, que

corresponde ao 3º Ciclo (C30). Porém, conforme a educadora especial responsável pelo

atendimento deste aluno, o caso estava sendo analisado juntamente com a Escola, a fim de

definir a possibilidade de o aluno permanecer no 3º Ciclo por mais um ano, em razão de ter

um ingresso tardio na Escola e, por isso, ainda não ter adquirido conhecimentos suficientes

para sua saída.

Com relação à forma de comunicação, observamos que a linguagem oral não é o meio

usual de comunicação. Mesmo que alguns alunos oralizem, a fala era pouco compreensível, o

que demandava por parte deles, então, o uso de apontamentos constantes e/ou balbucios

como forma de interagir com o meio social.

As técnicas de coleta que auxiliaram na obtenção dos dados foi a técnica de grupo focal,

a observação participante e as anotações de campo. No desenvolvimento desta pesquisa, a

adoção da técnica de grupo focal veio ao encontro de explorar significados e sentidos que

permearam o objeto de estudo: os sentidos que adquire a CA na prática docente das

professoras na SIR. Além disso, o grupo focal prioriza as interações do grupo com o grupo, em

vez de o intercâmbio de perguntas e respostas entre participante e pesquisador.

O planejamento dos encontros de grupo focal teve como referência os objetivos

específicos da pesquisa. Para isso, na composição de cada objetivo, destacou-se a temática

relevante como disparadora para as discussões.

A frequência dos encontros foi mensal, com uma duração de aproximadamente quatro

meses. Cada encontro teve duração de, no máximo, três horas. As gravações em áudio foram

realizadas pelas próprias pesquisadoras de forma que não comprometesse a dinâmica da

condução do grupo, assim como o desenvolvimento das discussões.

Cabe ressaltar que todas as professoras assinaram o Termo de Consentimento

Informado, autorizando o registro de suas falas e imagens. Destacamos também, a

naturalidade com que ocorreram as discussões, pois não foi percebido que o fato tanto de

gravar em áudio quanto de filmar os encontros tenha repercutido no sentido de desestabilizar

o grupo ou inibir a participação.

O quadro 21 sintetiza a caracterização dos encontros, ressaltando os temas discutidos,

período dos encontros, o número de participantes e a forma de registro do conteúdo das

discussões.

Quadro 22 : Caracterização dos encontros de grupo focal quanto aos temas discutidos, data

dos encontros, número de educadoras especiais presentes, formas de registro dos dados e o

tempo de duração de cada encontro.

Temas discutidos Data do encontro

Número de participant

es

Forma(s) de registro

Duração do encontro

1º Encontro Situação do aluno em atendimento (dificuldades,

29 de junho de 2010 8 Gravação em

áudio e escrito 2h e 30 min.

Page 146: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

146

desafios e possibilidades)

2º Encontro

Art. 13 da Resolução nº04/2009 (atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado) Aproximações e distanciamentos com o trabalho na SIR

13 de julho de 2010 7 Gravação em

áudio e escrito 2h e 30 min

3º Encontro

Planejamento e desenvolvimento de uma proposta que focalize o desenvolvimento da comunicação do aluno em atendimento

17 de agosto de 2010 7 Filmagem,

fotográfico 3 h.

4º Encontro

Apresentação da proposta do 3º encontro Debate acerca das lacunas percebidas pelo grupo, enquanto educadores especiais, na implementação da CAS no atendimento na SIR e nos colegas do ensino comum De que modo estas “lacunas” poderiam ser preenchidas?

21 de setembro de

2010 6

Filmagem, fotográfico e

escrito 3 h.

Fonte: Autoria Própria

Concomitantemente ao período da realização dos grupos focais, foi realizado

observações na SIR onde as professoras atuavam, pois entendia-se que contextualizar os

discursos, compreender a dinâmica de um trabalho que envolve relação de ensinar/aprender

com o outro e conhecer a diversidade de um contexto escolar corroboram para descrever um

cotidiano escolar marcado pelos silêncios e dizeres desse profissional especializado.

Para identificar os sentidos produzidos pelas educadoras especiais com relação à

Comunicação Alternativa, nos apoiamos nos estudos de Moraes (1994), a partir de Bardin

(1977), acerca da Análise de Conteúdo.

Focalizou-se, portanto, em uma técnica de caráter abrangente, na qual não só o

conteúdo manifesto pelos métodos empregados era suficiente, mas também as leituras

interpretativas que ocorrem a partir destes. Foram identificadas com base no conteúdo das

transcrições, as seguintes unidades de análise: conceitos e sentidos; desafios; inclusão

escolar; área de conhecimento; SIR e ensino comum; formação permanente. Na sequência,

serão apresentados dados e análises referentes à unidade conceitos e sentidos, os quais se

desdobraram no entendimento de 1) o que é a CA; 2) que papel assume a comunicação e a

falta dela para a aprendizagem; 3) que sentidos revelam-se sobre a CA nas situações em que

a linguagem oral é inexistente ou limitada.

As falas das professoras estão em itálico a fim de diferenciarem-se do corpo do texto e

serão identificadas pelos códigos Profª1, 2, 3, sucessivamente, tendo em vista a ordem

alfabética de seus respectivos nomes.

Resultados alcançados: A análise dos sentidos produzidos pelas professoras acerca da

CA, decorrentes da inserção e utilização desses recursos nas práticas pedagógicas, iniciou

quando foi deparado com a questão de como a CA repercute em relação aos alunos que não

Page 147: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

147

falam ou que têm dificuldades de expressão oral. Alguns indicativos demonstram a articulação

que as professoras fazem entre o aspecto cognitivo e o favorecimento ou não da comunicação

alternativa para os alunos. Foram examinadas as falas:

Profª 7 Tem a Síndrome de Down e não tem muita comunicação, né? Ela não fala, na verdade são alguns sons. É difícil de entendê-la em função disso, porque a gente fica na dúvida, até que ponto ela tá entendendo, até que ponto não? E até que ponto essa deficiência mental não interfere na comunicação. Profª 4 Ele é um aluno que tem uma linguagem compreensiva muito boa, apesar dele ter restrições por conta da Síndrome de Down, tem uma deficiência mental, mas ele tem uma forma de compreensão assim muito... Ele tem uma diversidade de pensamento, ele tem um jogo simbólico super bem estruturado. As características das síndromes e suas repercussões na aprendizagem e no

planejamento docente são motivos de preocupação por parte dessas professoras. No que

tange à interferência de uma deficiência mental sobre a aquisição de uma comunicação, ela é

marcada de maneira considerável pela Profª 7, ao dizer que: “E até que ponto essa deficiência

mental não interfere na comunicação”. Essa fala se aproxima das considerações de Vygotsky

(1997) sobre a dimensão primária e secundária da deficiência, sendo esta segunda

impulsionada e consolidada por fatores sociais que produzem tal condição.

No exemplo da Profª 7, percebe-se que a deficiência do aluno (a Síndrome de Down)

resulta em dimensão secundária, a partir do momento em que ele é privado de poder

comunicar-se e tal caracterização o limita de participar das relações sociais.

Com relação ao uso de um recurso de CA, isso é demarcado a partir da dúvida sobre se

o aluno vai ou não compreender. Esses entendimentos podem resultar na limitação quanto ao

possível uso da CA e, por conseguinte, no não investimento na proposição de estratégias e

recursos, bem como no não envolvimento dos profissionais em estudos acerca do assunto.

Além disso, tais fatores não favorecem a compensação, exposta por Vygotsky (1997) como

sendo responsável por proporcionar estratégias que venham a favorecer o desenvolvimento

das pessoas com deficiência quando atendem as suas peculiaridades para participar do

contexto social.

As demandas advindas do ensino comum relativas à comunicação requerem a

mobilização de outros conhecimentos e estratégias de aprendizagem a serem consideradas

para os alunos. Por isso, torna-se necessária a aproximação dessa área de conhecimento aos

segmentos escolares, principalmente aos professores de Educação Especial, na medida em que

eles assessoram a Escola e o professor do ensino comum mais diretamente, na escolarização

dos alunos com deficiência. Essa mobilização encontra-se presente nas seguintes

manifestações:

Profª 7 Uso muito gravuras com ela. Agora a gente vê fotografias que a gente tinha combinado, então... quando eu tô tentando entender o que ela tá querendo comunicar, pelo menos tem a foto da professora, da estagiária, do refeitório, né? Da entrada da escola das coleguinhas.

Page 148: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

148

Profª 4 Foi dois encontros que eu consegui usar com ele o microfone. Então foi muito interessante, não pelas figuras, mas pelo microfone – ele usou pra conversar muito no atendimento. Então, todas as coisas, é como se ele tivesse dado voz. Então foi muito legal... Percebe-se que a busca para contemplar a comunicação está presente, assim como a

necessidade de resgatar o contexto imediato desses alunos, priorizando e valorizando os

interlocutores imediatos, como a professora e colegas principalmente. Nas observações

realizadas, presenciamos esses momentos de valorização das manifestações dos alunos, bem

como tentativas de dar sentido a elas.

Quanto ao atendimento desenvolvido pela Profª 7, por exemplo, observou-se o uso de

fichas em cartolina com ilustrações de verbos, assim como cartões com o nome de cores. Mas

os conceitos que poderiam proporcionar melhores condições de comunicação no contexto

escolar, como hora do lanche, banheiro, conceitos de sim e não, ainda não estavam sendo

utilizados. Aspecto que chamou atenção foi que essa professora preocupa-se com a

compreensão de conceitos por parte do aluno como condição prévia ao desenvolvimento da

CA, conforme foi exposto na sua fala. Por outro lado, apesar de a professora ter evidenciado

condições prévias para introduzir a CA com a sua aluna, sua prática volta-se para fomentar o

desenvolvimento daquela, propiciando aprendizagens que vão além da zona de

desenvolvimento real (VIGOTSKY, 2000).

No que se refere ao uso de um objeto que poderia passar despercebido, como um

microfone, despertou na Profª 4 satisfação pela experiência, imprimindo nessa situação, a

continuidade dessa prática comunicativa ao utilizar-se deste objeto. O microfone tornou-se

importante, pois ocorreu a mediação da professora, que o representou como sendo mais que

um instrumento material, constituindo-se, também, em um instrumento simbólico. Na situação

analisada, a proposição de uma atividade prospectiva, ampliando o conhecimento do aluno e

também a própria prática da professora, foram elementos significativos para a sua ação

pedagógica.

Do ponto de vista da aprendizagem como propulsora de desenvolvimento, é

interessante refletirmos como as relações sociais participam da construção das aprendizagens,

uma vez que a aprendizagem, na perspectiva sócio-histórica, ocorre na troca com o outros, ou

seja, nas e pelas relações sociais. Constatou-se a presença notável dos sentidos vinculados ao

binômio “não comunicação” como sinônimo de “exclusão”:

Profª 8 É o sentimento de exclusão, né? Estar sendo excluído. Profª6 Acho que é muito difícil pra mim, não consigo me imaginar sem falar. Como proposto na teoria sócio-histórica, o surgimento da linguagem acarreta três

mudanças relevantes no desenvolvimento psíquico humano:

A primeira se relaciona ao fato de que a linguagem permite lidar com os objetos do mundo exterior mesmo quando eles estão ausentes. A segunda se refere ao processo de abstração e generalização [...]. A

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149

terceira está associada à função de comunicação entre os homens que garante, como conseqüência, a preservação, transmissão e assimilação de informações e experiências acumuladas pela humanidade ao longo da história (REGO, 2008, p. 53).

Essas três características conferem ao nosso desenvolvimento psíquico condições de

atuação no meio social, produzindo cultura, ao mesmo tempo em que está sendo produzido

por ela. Cultura como produto simultâneo da vida social e da atividade social do homem

(VIGOTSKY, 2000).

Por outro lado, a falta de comunicação promove outros sentidos, como revela esta

professora:

Profª 3 Que eu acho que, mesmo que tu não tenha essa comunicação com o outro, esse silêncio interno faz com esse som se propague também. E muitas vezes tu busca uma outra forma que é como a gente tem visto, assim, com os alunos. Mesmo que eles não te tragam o que tu consiga ouvir, eles trazem alguma coisa. Então a forma como a gente vai fazer essa releitura é que eu acho que a gente vem buscando (grifo nosso). Valoriza-se, nessa manifestação, a possibilidade de comunicar-se para além da fala, ou

seja, a comunicação não é somente ter possibilidade de expressar-se pela linguagem oral. Isso

tem sido buscado por essa professora, haja vista a ênfase que é dada ao que o aluno traz

consegue, independentemente se aquilo era o esperado ou não: “Mesmo que eles não te

tragam o que tu consiga ouvir, eles trazem alguma coisa”, como afirmou. Foi também

observada, na sua prática em sala de recurso, a intensa implicação para favorecer a

comunicação do seu aluno e desafiá-lo a expressar seus desejos. Peculiaridades, como essa

descrita, foram muito importantes no momento em que eram relembradas nos encontros de

grupo focal e compartilhadas com as demais colegas, indo além da exposição de uma situação,

mas permitindo que cada professora fosse revendo, atualizando e modificando os sentidos

acerca das situações pedagógicas com alunos que não oralizam.

Entraram em cena, com isso, sentidos que se deslocam para uma ação pautada pelas

possibilidades dos alunos e por ações pedagógicas já investidas, que terão continuidade

porque tiveram êxitos.

Elementos que configuram a CA como recurso associado ao pedagógico foram notórios

nas manifestações. Emerge da fala de umas das professoras olhares investigativos do papel

que os recursos de comunicação assumem para o ensino e a aprendizagem.

Profª 6 Ele chega assim com a prancha e mostra “w.w.w. futebol”, “w.w.w. patati patatá”. Ele é alucinado pelo “Patati Patatá”. E aí ele quer estar sempre no computador e ele pede a internet, ele já me mostra os sites que ele quer. Então ele se comunica assim direto com a prancha! Isso é bem bacana. A situação exposta pela Profª 6 refere-se a um atendimento na SIR no qual os

pesquisadores estavam presentes. Foi muito interessante observar o aluno expressando suas

vontades por meio da prancha de comunicação com símbolos gráficos, letras e números. Além

disso, verificou-se o desafio que é para a professora esforçar-se para “ouvi-lo”, para

Page 150: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

150

compreender esse querer que é emitido de maneira não convencional. Nessa mesma situação

de observação, o aluno informou, através da prancha, que o jogo de futebol era na quarta-

feira e não no dia que pensava a professora. Mostrou-se, com isso, o quanto era preciso

disposição para entendê-lo esperar o seu tempo de expressão. Além disso, é importante

considerar o quanto as tecnologias promovem a comunicação, a exemplo desse caso

apresentado, revelando, portanto, que a CA não se restringe a uma prancha de comunicação

impressa, por exemplo.

Essa significativa experiência da Profª 6 na SIR lhe permitiu compreender a dinâmica

sócio-histórica deste trabalho, mas, por outro lado, as ações pedagógicas não deixam de ser

complexas em alguns casos, como é o deste aluno, que estava sendo atendido por aquela

professora pela primeira vez naquele ano, já que outra professora de Educação Especial era a

responsável pelo aluno. São alunos que apresentam diferentes características em termos de

aprendizagem, os quais não trazem consigo uma forma única de aprender e,

consequentemente, do professor de ensinar. Acrescenta-se ainda, que essas premissas

traduzem-se tanto para a Educação Especial quanto para a Educação de modo geral. Por isso,

docentes não podem dispensar a dúvida, da reflexão e da inovação nas práticas pedagógicas,

seja no que se refere a alunos (qualquer aluno), seja no que se refere a espaços de atuação

(sala de recursos ou sala de aula).

Assim, com o intuito de sistematizar as principais considerações provenientes da

pesquisa, apresenta-se os seguintes pontos conclusivos decorrentes da análise de dados e

suas categorias:

Relevância dos aspectos orgânicos do aluno decorrentes da deficiência para justificar a

não utilização da CAS. O não falar esteve associado às consequências da própria deficiência

como um quadro irreversível;

Imprecisão do conceito da CAS, percebida como um recurso que favorecerá a

comunicação somente daqueles alunos onde o quadro orgânico não for tão limitador. A

questão cognitiva do aluno apareceu como condição para a viabilidade da proposição pelo

educador especial e utilização da CAS pelo aluno;

Valorização de materiais variados para promover a CAS. A utilização desta não está

atrelada, unicamente, a presença do Software Boardmaker na SIR. Há investimento, pelas

educadoras especiais, em recursos simples como objetos concretos e fotos como elementos

propulsores na organização do trabalho utilizando a CAS;

Observou-se também uma tendência à resolução das necessidades que contornam a

inclusão escolar na RME/POA. Primeiramente, é preciso dar conta de aspectos de organização

administrativa da Escola (rampas de acesso, banheiros adaptados, a presença de estagiários

de integração) para, posteriormente, planejar ações mais pontuais como é o caso da

implementação da CAS;

Conhecimento e utilização da CAS ainda incipiente na realidade investigada. Por outro

lado, destaca-se a carência na utilização mais que a de conhecimento, pois todas as

educadoras já participaram de formações permanentes na área e, através das manifestações

Page 151: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

151

no decorrer dos encontros de grupo focal, ficou evidente a presença de leituras já realizadas

sobre o assunto;

A inserção da CA nos espaços da SIR e, consequentemente, para além dela, mostrou

como perspectiva e não como ação planejada e sistemática. Esta assertiva decorre por dois

indicadores: atribuição prévia de conhecimento necessário para trabalhar com a CA,

compreendendo-a como um recurso que envolve saberes de tecnologia e que, portanto já

afasta o profissional de tal prática. E o outro indicador, se relaciona com a resolução de outras

necessidades apresentadas pelos alunos que se repercutem no contexto de atendimento,

dentre elas a de comunicação não aparece como uma necessidade principal. Ou seja, a

preocupação com a acessibilidade do aluno (falta de rampas na Escola, por exemplo),

frequência do aluno tanto na SIR quanto na sala de aula, envolvimento das famílias com a

Escola, diálogo com outros profissionais e a falta de materiais pedagógicos adaptados e

computadores, acarretam na invisibilidade ou deixado em segundo plano um aspecto

importante, que é o desenvolvimento de práticas que envolvam o desenvolvimento da

comunicação e promovam a interação deste aluno nos espaços da Escola;

Predomínio de gestos, expressões faciais, (comunicação não apoiada) e tentativas de

entender o que o aluno expressa oralmente mais do que a utilização de um recurso para além

do próprio corpo do aluno como forma de mediar às relações sociais;

A necessidade de a formação permanente estar acompanhada das necessidades reais

de trabalho e sendo direcionada a diferentes profissionais não somente os da Educação

Especial;

As formações requeridas pelas educadoras especiais pautam-se em princípios teórico-

práticos, associando-os à realidade de trabalho. Além disso, a importância anunciada pelas

participantes do acompanhamento desta formação, configurar em propostas metodológicas do

tipo estudo de caso principalmente, quando esta formação tem como direcionamento a

proposição da CAS;

4.5 Estudo de caso: POR TRÁS DO ESPELHO DE ALICE: NARRATIVAS VISUAIS COMO ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

A narração de histórias possibilita às crianças experiências multidimensionais

complexas, constituindo um jogo de leituras interpretativas, sutis e explicitas das relações

vividas e das memórias tecidas com o (re) conhecimento do novo. Essa forma de comunicação

cria estratégias de desvendar o pensamento do outro, composto pelo sistema psicológico

superior e pela consciência (VYGOSTSKY, 2007), através do imagético evocados pelo visual.

Neste sentido, compreende-se que as narrativas visuais fazem parte das nossas histórias,

enquanto sujeitos sócio-históricos, na busca de significações para vida. Um discurso de

reflexão e descobertas alicerçadas na perspectiva intrapessoal e interpessoal, ancorados na

interação social e por meio de uma linguagem, que descortina na primeira infância.

Page 152: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

152

Discurso tal, que expõe pensamentos, organiza uma história e evoca personagens, os

quais encenam ações e intenções no desenrolar de um enredo. Um fabular envolto de

consequências e circunstâncias inimagináveis, que ultrapassa o real, o tempo e o raciocínio

lógico de um mundo possível. Assim, uma ação mediadora envolta de atores, cenas,

propósitos, atos e agências (BURKE, 1969).

Nesse processo dinâmico, moldado pelas “ferramentas e artefatos culturais”

(WERTSCHE, 1998), compõe-se o cenário do trabalho, uma creche vinculada à Rede Municipal

de Porto Alegre – RS que atendem crianças de 0 a 6 anos em tempo integral. Nessa

realizamos o estudo de caso na turma de Maternal II, composta por 19 sujeitos com idades

entre 3 e 4 anos, tendo a regência de uma professora e uma educadora assistente. Na

pequena turma, haviam três meninos considerados com Transtorno do Espectro do Autismo

(TEA), os atores da respectiva pesquisa.

Enquanto artefatos, procedimentos e serviços, as Tecnologias Assistivas (TA) adentram

como parte de estratégias pedagógicas, as quais adquirem um papel essencial de mediação,

principalmente quando falamos de crianças com TEA. Logo, um ponto de partida para o

processo de inclusão através das narrativas visuais promovidas pela Comunicação Alternativa,

embarcado pelo Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de pessoas com

Autismo (SCALA). Um instrumento capaz de extrapolar as dificuldades de cada sujeito,

proporcionando um ambiente digital focado na interação e na comunicação, com o propósito

de ampliar a autonomia da criança e sustentar o ensino e o aprendizado a partir de um alto

nível de usabilidade.

Nesse sentido, o trabalho objetivou analisar a apropriação das narrativas visuais

mediados pelo SCALA, no processo de inclusão de crianças com TEA na primeira infância,

como um investimento significativo no desenvolvimento da linguagem e da interação social. O

embasamento teórico centrou-se na perspectiva Sócio-histórica, nos princípios conceituais de

mediação e de linguagem, tendo como autores principais: Vygotsky (2007, 2001), Wertsch

(1998), Tomasello (2003) e Luria (1986). Tendo seus objetivos específicos descritos da

seguinte forma: a) explorar estratégias do uso do SCALA na sala de aula, através da “Hora do

Conto”; b) identificar os resultados das estratégias de utilização do SCALA na contação de

histórias e c) analisar a participação e interação de crianças com TEA a partir do uso do

SCALA.

Esta pesquisa desenvolveu-se em quatro etapas, interdependentes, e que se repetiram

ao longo do processo de pesquisa: 1) Etapa exploratória: observação; 2) planejamento: “Hora

do Conto”; 3) ato: contar história mediado pelo Sistema SCALA e pelo planejamento e por fim

4) análise dos dados.

Casos da Pesquisa: Perfil Inicial

Os casos da pesquisa são três meninos entre 3 e 4 anos, que apresentam diferentes

diagnósticos. Ambos estão matriculados no Maternal II, na Creche Nossa Sagrada Família e

possuem AEE, vinculados à rede municipal de ensino de Porto Alegre - RS, em uma Escola de

Educação Especial. Os AEE são realizados em momentos diferentes para cada sujeito, tendo

Page 153: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

153

como base, também, o desenvolvimento percebido pela creche.

Caio34 é um menino de três anos, bastante participativo, que se utiliza dos gestos para

se comunicar quando precisa da ajuda do próximo, ou quando algo é do seu interesse. A

interação social é bem articulada com os outros do seu convívio na escola, possível de

perceber nas brincadeiras em grupo ou em pares. Na maioria das vezes, observa os outros

brincarem.

Gabriel é um menino de quatro anos, ruivo, extremamente carinhoso, que não possui

verbalização e pouco se comunica por gestos, mas compreende quando é chamado pelo nome.

No princípio da interação, gosta de brincadeiras em pares, as quais precisam ser estimuladas.

No entanto, na sua maioria, brinca sozinho, como um ato mecânico, não envolvendo o

simbólico.

Paulo, dos três, é o caso mais extremo. Ele é um menino que adora a tecnologia.

Interage ativamente com o objeto ao se ver refletido nele, entre caretas e olhares. Apresenta

fala restrita, apenas estereotipias bem acentuadas. Não interage com os outros, ao menos,

que tenha algum objeto do seu interesse. Durante a brincadeira, ele utiliza o tempo para

correr pela sala, pular, girar, não se importando com as regras que limitam seu espaço e

desejos, sendo que, muitas vezes, não respeita algumas solicitações, entrando em crise ao lhe

dizer “não”.

Essas são palavras iniciais que provocaram um conhecer cada sujeito de modo mais

profundo e desvinculado do julgamento de um diagnóstico clínico limitador e reducionista.

Antes da as análises de cada história utilizada na pesquisa, foi preciso compreender o

modo como elas foram descritas e embasadas teoricamente. De igual modo, conhecer os

princípios que constituíram a escolha das histórias.

Tal ação na pesquisa foi com o objetivo de trabalhar histórias diferentes das do

contexto dos sujeitos, além de promover os contos que possuíam imagens interessantes, a fim

de possibilitar o interesse das crianças. Assim, optamos por histórias com poucos textos,

permitindo adaptações com pictogramas de fácil entendimento da turma; histórias que

proporcionassem estratégias diversas ao serem contadas e narradas aos sujeitos. Elas

trouxeram uma nova perspectiva às narrativas, as quais foram iniciadas e finalizadas com as

magias de uma "caixa mágica".

Ao longo das análises, é perceptível o aumento de estratégias utilizadas em cada

história. Elas foram possíveis, conforme as relações entre a pesquisadora e os sujeitos. Tais

aberturas possibilitaram outras formas do brincar simbólico. As estratégias, aos poucos, foram

sendo alinhavadas e apresentadas, sustentando um aprender, um participar e um interagir,

enfim um qualificar do aprender.

Além disso, é importante expor que a história do Chapeuzinho Vermelho foi uma

escolha feita pelas crianças, que, entre diálogos, ficou registrado o desejo e o anseio das

crianças. Essa história, apesar do envolvimento cultural acerca da narrativa, possibilitou

34 Os nomes representados neste trabalho são todos fictícios.

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154

estratégias positivas no uso do Sistema SCALA, por meio do qual trouxemos uma nova

perspectiva do narrar. A seguir, encontra-se um mapa que desenha o caminhar do processo

investigativo das interações com as histórias.

Figura 160: Mapa processo de contação de histórias

Fonte: Autoria Própria

História “O HOMEM QUE AMAVA CAIXAS”

A história se subdivide em três cenas, os quais representam três momentos de

intervenção ao longo de dois dias. Cena 1, é a contação da história propriamente dita, na qual

teve como estratégias: uma “caixa mágica”, uma “carta do personagem da história – O

Homem” e o livro. Neste momento utilizou-se de dramatizações para incentivar a fantasia e a

curiosidade das crianças pela caixa e o que continha dentro da mesma. Na cena 2, foi o

momento da atividade com caixas de fósforos (estavam em saquinhos individuas dentro da

caixa mágicas), o qual permitiu as crianças criar conforme sua imaginação. No entanto, esta

cena não será elucidada, pois não apesenta elementos que dialoguem com os objetivos desse

trabalho.

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155

O quadro que segue mostra a contação da história e relatando os momentos de

interação

Quadro 23: Contação da História

Inicia-se a cena! As crianças envoltas de uma

das mesas, têm suas atenções presas numa

grande caixa colorida. Todas tentam tocá-la,

Caio, por sua vez, também. Seus olhos fixos

naquele objeto implicam um caráter de

curiosidade e anseio. Nada além de um olhar

intrigante.

Quando outras crianças fazem como Caio, esticando os braços para tocar a caixa, eu proponho: "vamos abrir a caixa, espera aí, vamos todo mundo sentar no chão, vamos sentar no chão". Caio se afasta da mesa mais rápido que as outras crianças, mas leva mais tempo para se sentar. Paulo me rodeia com o olhar voltado para o chão, parecendo procurar por um lugar. Se afasta, preferindo sentar em uma cadeira em uma das mesas ao lado. Após, alguns minutos, Gabriel aproxima-se pela primeira vez ao ser chamado: "olha aqui, Gabriel. Uma caaaixa!" e adentra a cena com seu olhar baixo, fixo na caixa. São momentos e movimentos rápidos de Gabriel, que, por pequenos instantes, participou da atividade.

Caio volta a tocar a caixa com as pontas dos dedos de uma mão, parecendo ter sua atenção somente ali. Mas, quando pergunto: "será que foi o carteiro?", Caio faz um movimento de concordância com sua cabeça, olhando para ela. A partir disso, seu olhar volta-se, a todo momento, da caixa para mim e vice-versa. Toda referência feita à caixa, como: "é uma caixa máaaagica. Será?", faz Caio tocar a caixa e manifestar novamente sua concordância. Porém, quando convido a todos para tocar a caixa: "vamos tocar!", Caio somente a toca após as outras crianças terem estendido suas mãos. Diferentemente das outras, Caio coloca as duas mãos e, inclusive, encosta seu rosto. Paulo não toca a caixa, mas boceja, sonolento. Caio tenta abrir a caixa, levantando um pouco uma das abas, e espia o que há dentro, inclinando sua cabeça para o lado para facilitar sua visualização

Page 156: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

156

Eu continuo a conversa, mas peço para Caio:

"vamos esperar, vamos esperar, Caio ". Ele cessa sua tentativa, mas continua encarando a caixa. Nesse instante, vira seu corpo na direção da porta, perdendo o momento em que abro a caixa e retiro o livro, mas ao dizer: "vou fechar, vou fechar", Caio vira-se com rapidez e vê que a caixa foi aberta e que há algo nas minhas mãos que não havia antes. Ele encara o novo objeto, o livro, o toca, segura o meu braço com o objetivo de trazer o livro para si, mas perde a atenção rapidamente quando não consegue pegar o objeto. Vira-se para o outro lado, engatinha e se afasta da roda. Paulo está a olhar para tudo e para o nada, rodando de forma rápida a sua cabeça, mas ao perceber o afastamento de Caio se arrasta para a frente, ocupando aquele lugar. Ele finalmente olha para a caixa, parecendo interessado, pois franze a testa e arqueia as sobrancelhas, como se estivesse curioso. Na tentativa de integrá-lo na história, o questiono: "tu viu, Paulo?", e ele começa a fazer pequenos sons com a garganta

Fonte: Autoria Própria

Nota-se, no entanto, que todo o simbolismo e a dramatização (sons e expressões

faciais) realizados em relação a uma “caixa mágica”, possibilitam uma heterorregulação

(chamar a atenção) e uma autorregulação por parte dos três sujeitos, através dos gestos

(tocar, sentar, olhar). Em todo o processo de interação com as crianças, compreende-se que o

objeto é o ponto de articulação dessa mediação. O objeto é como um artefato de comunicação

corporal e gestual. A linguagem de sinalização com a cabeça, a tentativa de pronunciar algo e

a expressão de afirmação expande o simples momento. Caio comunica, interage e participa

ativamente da atividade.

A cena 3, é a atividade com o SCALA, que foi realizada no dia seguinte. Usamos como

estratégia o SCALA, o retroprojetor, o livro, os personagens e cenários (ambos readaptados).

Nesta atividade teve como objetivo o criar uma história com todos da turma, utilizando

personagens e cenários da história, assim como, todos os outros elementos do software.

Com o uso do recurso SCALA para elaboração conjunta da turma de uma história

percebeu-se uma ação de participação com trocas comunicativas e de atenção conjunta, em

que Gabriel teve liberdade de ir e vir, de conceituar o objeto e interpretá-lo metaforicamente.

Foi uma experiência de poucos minutos, mas suficiente para extrapolar uma dimensão de um

artefato cultural de ferramentas, símbolos e signos.

Perante os fatos, uma história constitui-se repleta de detalhes, personagens, em que a

narrativa criada entre muitas vozes e olhares possibilitou aos três sujeitos numa nova forma

de contar uma história, conforme a figura que segue.

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Figura 161: História O Menino e a Bruxa de autoria dos alunos

Fonte: Autoria Própria

No fim dessa cena, destaca-se os principais indícios propiciados pelas estratégias

usadas na atividade.

Quadro 24: quadro síntese da atividade com o SCALA

ESTRATÉGIAS RESUMO

• Uso do SCALA no laboratório;

• retroprojetor; • o livro • os personagens do

livro*; • cenários do livro*.

* foram adaptados do livro para serem utilizados no SCALA, em questão de traçados mais simples e cores neutras35.

A cena nos permite refletir sobre diversos pontos extremamentes oportunos:

O olhar, que traz três dimensões ao estudo: atenção conjunta; observação, comunicação;

os movimentos do Gabriel cessados pelas professoras, em um processo de normalizar e excluir o sujeito da cena;

o computador como um artefato cultural, que mobiliza a atenção de Paulo e Caio ;

representações linguísticas: chamar o Gabriel pelo nome e o mesmo responder ao chamado;

desmistificação do diagnóstico clínico, na interação de dois sujeitos considerados com autismo;

internalização e (re)significados de um movimento de vai e vem.

Fonte: Autoria Própria 35 A questão das cores no autismo foi um trabalho de pesquisa realizado por bolsistas e pesquisadores do Grupo

TEAIS.

No Castelo tem uma bandeira. A bandeira tá balançando! O Homem tá colocando a caixa dentro do castelo, para dar de presente pro filho dele, que está dentro do castelo.

No castelo tinha o fundo mar! O menino foi lá procurar a pipa junto com seu cachorro e encontrou a bruxa. A bruxa é enorme e estava voando em direção ao menino.

O Batman salvou o menino da bruxa e levou pra paria. Na praia estava o pai esperando o menino e a bruxa ficou no fundo do mar.

FIM

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História “Rodolfo e o Tesouro Perdido

A história subdividiu-se em duas cenas, que ocorreram em dois dias de atividade. A

cena 1 é a contação da história, a qual teve como atividade uma caça ao tesouro. Essa foi

dividida em cinco blocos: (1) a “entrega” do mapa do tesouro pelo O Homem da caixa – sala

de aula; (2) a distribuição de chapéus, igual do personagem da história – sala de informática;

(3) a contação da história com o livro - brinquedoteca; (4) a construção de um painel com TNT

e balões para o álbum de fotografia – pátio coberto; (5) descoberta do baú que continha uma

máquina fotográfica e um álbum – pátio em frente à creche.

A cena 2 foi a construção de histórias com o SCALA. Nesse momento, a turma foi

dividida em pequenos grupos. Os sujeitos da pesquisa foram organizados um por grupo e teve

como estratégia o uso do computador.

Neste relato da História de “Rodolfo e o Tesouro Perdido apresenta-se apenas as

partes das interações com o SCALA e o quadro síntese da atividade.

A narrativa, assim por dizer, é um impulso à participação, à interação, à mediação e à

inclusão de um sujeito alicerçado de conhecimentos e aprendizados. A seguir está a história

criada pelos alunos referente a história o “Rodolfo e Tesouro Perdido”. Apesar da pouca

participação do Caio na história, percebemos que suas escolhas transformaram a narração,

permitindo uma inserção de suas ideias e uma nova concepção ao enredo.

Figura 162: História "O tesouro dos Sapos"

Fonte: Autoria Própria

Chegamos ao fim da análise, possibilitando sintetizar em algumas palavras, pistas de

uma participação, de um interagir e de uma comunicação, em que o sujeito é ativo e

interativo.

Os sapos estavam procurando o mapa que estava em cima da árvore, mas ficaram com medo dos bichos brabos. Aí veio a aranha e ajudou os sapos com uma teia bem grande, que nem do Homem-aranha. O Sapo pegou o mapa e foi pra pracinha com os outros sapos da sua família. Um montão de sapos. O sapo estava com sua toca comprida do Grêmio. Lá ele encontrou um baú do tesouro embaixo do escorregador. Dentro do baú estava um anão e o Papai Noel com um mapa do tesouro gigante.

FIM

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Quadro 24: quadro síntese da atividade da história

ESTRATÉGIAS RESUMO

• Computador;

• sistema SCALA;

• o livro da história.

A cena nos permite refletir sobre diversos pontos extremamentes oportunos:

As palavras: “aranha” e “balanço” como pistas que sinalizam a intenção comunicativa;

“influências conversacionais” – status de participação;

narração como um impulso à participação;

princípios imaginativos encenam processos aprendizados.

Fonte: Autoria Própria

História: A Casa Sonolenta

A história foi dividida em 5 cenas, ocorridas ao longo de três dias. A cena 1, é a

contação da história A Casa Sonolenta. Como estratégia, criamos um vídeo da história. Foram

utilizados como ferramentas: retroprojetor, tela branca, computador, caixas de som. Na cena

2, encenação da história com balões, como uma estratégia de recordar a história. Utilizamos

balões, TNT branco, alfinete, fita adesiva. A cena 3 é o momento artístico. Nesta, as crianças

construíram a casa sonolenta, com papeis coloridos com diferentes formas geométricas,

personagens (pictogramas) impressos já cortados (para facilitar as crianças e por causa do

curto tempo que tínhamos), cola e giz de cera. Essa cena não será neste momento analisada.

A cena 4 constitui-se do livro gigante da história da Casa Sonolenta. Este foi construído com os

cenários do livro, mas a escrita foi substituída pelos pictogramas. Para uma boa leitura das

crianças, fizemos em tamanho ampliado. A leitura do livro foi realizada pelas crianças, com

auxílio da professora pesquisadora. A cena 5 consta do trabalho com o SCALA. É uma atividade

grupal e, ao mesmo tempo, individual. Foi realizada na sala de informática. Teve como

objetivo cada criança narrar parte da história, usando o computador.

Neste relato da História da Casa Sonolenta apresenta-se apenas as partes das

interações com o SCALA e o quadro síntese da atividade.

Nessa atividade, ficou evidente o quanto o Sistema SCALA proporciona uma

comunicação potente, que entre uma narração e outra Caio construiu uma história repleta de

detalhes. Entre a figura de um personagem e as imagens dos cenários constituiu-se uma

participação e uma interação. Mesmo que aparentemente longe da turma, todos prestavam

atenção aos movimentos de Caio. Ele, na sua narração, desmistificou o fato de que uma

história somente pode ser registrada pela escrita convencional dotada pela sociedade. Ele deu

vida às imagens e não apenas ao seu “eu” interior (self) (SAMAIN, 2012). Nesta cena de ação,

movimentos, registros e significação, as imagens tomam um novo sentido: da Comunicação

Alternativa. Os pictogramas, que facilitam a linguagem e permitem uma associação a símbolos

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linguísticos, que permitem sustentar os processos cognitivos pelas narrativas visuais. Nesse

sentido, os pictogramas são um “apoio à construção de signos, pois é a partir do

estabelecimento de modelos mentais, que o sujeito será capaz de abstrair situações concretas

e expô-las em um ato de comunicação” (ÁVILA, 2011, p. 61).

Assim, o SCALA, os pictogramas, a Comunicação Alternativa, formam recursos

desencadeadores para o narrar da história. Essa história apresenta um novo ângulo para

observar e vislumbrar a realidade que cerca o sujeito.

A seguir está a parte da história construída por Caio. A escolha do cenário mostra a

sua preferência por tons mais neutros e com poucos detalhes. Assim como, os personagens

que compõe a narrativa, foram escolhidos conforme a história “A Casa Sonolenta” e os mais

utilizados pelos colegas de turma – o Batman, a Bruxa e a baleia. Neste sentido, mostra uma

tentativa de Gabriel incluir-se ao grupo, como também, de seguir uma analogia com a história

contada à turma. Além disso, verifica-se que Caio “prestava” atenção na contação da história,

mesmo que distante do grupo e realizando outras atividades no momento.

Figura 163: História de Gabriel

Fonte: Autoria Própria

A história construída por Paulo no software SCALAweb. Diferentemente de Caio, o

cenário que Paulo prefere tens os tons de cores mais claros, sendo que os personagens foram

escolhidos conforme explorava o SCALA. A cada inserção de personagens era “questionado” o

motivo e aos poucos Paulo foi narrando uma história surpreendente.

Figura 164: História de Paulo

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161

Fonte: Autoria Própria

Quadro 25: interação do aluno com o SCALA

Enquanto Paulo narra uma história, Caio

explora o SCALA em formato maior. Ele

interage com a tela como se fosse possível

movimentar com os personagens, de clicar

nos botões. Balbucia, fala, interroga, gesticula

e observa cada contorno que a história

constitui.

Ao ver o lobo na tela, ele fala: “Lobo! O Lobo”

seguido de um linguajar não compreensível

por mim. Mas, algo ele comunica, talvez

contribuindo com a história, talvez

reinventando uma nova narração, como

também, pode estar a criticar a narrativa.

São tantas as possibilidades de conceituar

uma comunicação que nos inquieta e nos

indaga a todo o momento. No entanto, é uma

comunicação que está atrelada ao SCALA, que

possibilitou a opinião de Caio.

Fonte: Autoria Própria

A cena eleva a potência do SCALA, pois permitiu ao aluno um interagir diferente, uma

vez que permitiu que expusesse suas opiniões e fabulasse novas perspectivas à história, na

tentativa de escolher outros personagens. Esta cena, além disso, possibilita uma nova

concepção de uso do SCALA, através de uma tela interativa que permita ao aluno movimentar

o seu corpo muitas vezes inquietante.

O Lobo estava cantando pra baleia e o peixe grande. O avião veio e o Homem de capa desceu. O Super Homem era muito grande. O amigo dele pulou da nuvem em cima do lobo. Todos estavam cantando com o Lobo a música do violão. FIM

Page 162: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

162

Sobre o modo como Caio interagiu, podemos compreender dois pontos: a linguagem e

suas concepções sobre a história. São dois aspectos relacionados, que compõem um

autoconhecimento, uma observação crítica e uma liberdade de expressão.

A história de Paulo amplia o olhar de Caio, que permite um impulso à imaginação do

observar. Uma imagem para além de um lobo, mas que significa algo profundo aos dois

sujeitos. Nesse sentido, Paulo, ao narrar, atinge um objetivo talvez não percebido por ele, mas

que influencia no imaginar do outro e desperta sentimentos escondidos. Ambos são agentes

ativos de uma narração, que promove a interação social e cultural... abre-se uma porta para

um mundo (des) conhecido. É, pois, uma cena que permite visualizar todos os pontos

apresentados ao longo do trabalho: da atenção conjunta à Comunicação Alternativa e do

imaginar ao interagir.

Em síntese pode-se evidenciar indícios de um participar ativo, através do Sistema

SCALA, conforme o quadro a seguir.

Quadro 26: síntese da interação com o SCALA

ESTRATÉGIAS RESUMO

• Sistema SCALA:

Retroprojetor,

computador.

A cena nos permite refletir sobre diversos pontos extremamente oportunos:

• A narração pelo SCALA permitiu ao sujeito uma nova possibilidade de contar uma história;

• participação através de uma tela “interativa”; • autoconhecimento e liberdade de expressão; • a importância de um professor de apoio; • o movimento dos corpos como comunicação e diferente forma

de participação.

Fonte: Autoria Própria

História: Chapeuzinho Vermelho

A história do Chapeuzinho Vermelho é composta de cinco cenas, divididas em três

dias, duas cenas para cada dia. A Cena 1 é a contação de história, que teve como estratégia

um teatrinho de fantoches. Para isso, foi utilizado um painel (cenário) e fantoches dos

personagens em pictogramas (impressos e com feltro). Na cena 2, ocorreu a atividade física.

Foi realizada uma história historiada, em que a criança participa da história através de

atividades físicas. A história deve ser imaginada, ao longo de muitos obstáculos. Utilizamos

como instrumentos: túnel de brinquedo, bambolês, uma corda, uma bola gigante, dois jogos

de varetas gigantes, cabos de vassouras. Essa cena não foi analisada, por não conter os

objetivos da pesquisa. A cena 3, atividade artística, foi realizada na sala de aula. Tivemos

como materiais: quebra-cabeça da história em pictogramas, folhas coloridas, giz de quadro

molhado. A atividade não foi analisada. A cena 4 envolveu a contação da história com o livro

feito com pictogramas. Um livro elaborado para as crianças contarem a história. A cena 5 foi a

atividade com o SCALA. Como ferramentas, usamos o tablet, com o aplicativo do SCALA já

instalado.

A figura a seguir apresentada mostra parte da história criada em comunicação

Page 163: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

163

alternativa com pictogramas.

Figura 165: Parte do Livro adaptado da História Chapeuzinho Vermelho em comunicação

alternativa

Fonte: Autoria Própria

Durante a apresentação da história pode-se perceber muitas pistas sobre a

participação de Paulo e da sua interação com o grupo. Ações já vistas em outras cenas e

novas/outras que se completam. Paulo lê as imagens como um processo ainda não constituído,

mas que serão brevemente internalizadas. Essas imagens36 possibilitam um novo aprender e

potencializam capacidades de um sujeito, principalmente aquelas que alimentam o imaginário

infantil através da literatura. Nesse sentido, compreender a imagem como um mediador

semiótico contribui para processos afetivos, intelectuais e artísticos no desenvolvimento de

habilidades, em que as ilustrações e os pictogramas superam as palavras. Assim, são meios de

comunicação extremamente importantes que permitem o interagir e o participar de práticas

sociais e culturais, imersas no universo imaginário que desmistifica e anula as formas

comportamentais do sujeito... alguém, ativo e interativo. A leitura de Paulo e de todos da

turma apresentam um outro ponto extremamente oportuno de ser analisado, as interpretações

de alguns pictogramas. Esses símbolos foram construídos a partir de um significado, mas que

se tornam complexos na sua totalidade, dificuldando, ás vezes, o compreender da história.

Nesse sentido, ao adaptar a história à escolha dos símbolos faz parte do planejamento e da

estruturação da atividade. São imagens escolhidas, conforme os elementos da história. Assim,

possibilita um compreender além de um símbolo de difícil definição.

A mesma história foi contada através do Scala na versão tablet, e posteriormente os

alunos foram incentivados a construírem a sua história. A figura que segue apresenta a

interação nessa atividade. 36 As imagens nesta cena não se referem somente as ilustrações do livro, mas também os pictogramas enquanto

um potente mediador para a linguagem e interpretação da história.

Page 164: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

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Figura 166: interação do aluno no tablet com uso do Scala

Fonte: Autoria Própria

Constatou-se que o SCALA mostrou-se um instrumento potente para o criar do

sujeito, de estabelecer funções psíquicas superiores, de dar voz aos movimentos narrativos e

de imaginar situações diversas. E o uso de dispositivo móvel tablet possibilita o manuseio, sem

o acesso à Internet, o que é de grande valia para a atividade, por permitir movimentos rápidos

e de fácil manuseio. Além disso, a abordagem do SCALA não contempla somente o sujeito com

deficiência, mas esse sujeito em interação. O SCALA foi um instrumento de grande importância

para a comunicação do sujeito, também, importante para criar narrativas e explorar sua

imaginação, propiciando uma igualdade entre os indivíduos, diversificando os recursos e

serviços para atender às particularidades de cada um e aumentar as capacidades funcionais,

além de promover independência e autonomia. O sistema possibilitou a Paulo criar uma

história completa, com início, meio e fim, com personagens do seu interesse, com cenário da

sua escolha. Possibilitou, também, compartilhar a sua história com os outros colegas, além de

participar da história de outros sujeitos, como agentes de intenções e capacidade infinitas. A

seguir, encontra-se a parte da história criada por Paulo. É notável que sua construção traz

características peculiares que necessitam de uma análise mais específica, conforme o enredo

que é constituído.

Figura 167: história criada por Paulo no tablet com uso do Scala

Page 165: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

165

Fonte: Autoria Própria

No primeiro momento, quando é apresentado a ferramenta SCALA , percebemos que

as crianças mostraram curiosidades, questionando várias coisas, solicitando diferentes

cenários, assim como, os mais variados personagens. Como também, a primeira vez que

utilizaram o software com auxílio, tentando explorar todos os detalhes desde cenários até as

diversas ações que o SCALA oferece (inverter, aumentar, girar). E nesse explorar, várias foram

as dificuldades apresentadas, como: em vez de clicar no pictograma, tentavam arrastar para o

cenário; a euforia por colocar personagens não tinham uma escolha “coerente” com a

narrativa; não exploravam as categorias “sentimentos”, “qualidades” e “ações”; não colocar

dois cenários num único espaço e entre outros. Ao longo das atividades realizadas com o

SCALA, até este momento, é notável o quanto as crianças aprenderam a manejar o software,

mostrando facilidades e praticidades. Eles já apresentam uma maior autonomia para escolher

os layouts, as categorias, os cenários e para manipular as ações de inversão, de girar, de

colocar para frente ou para trás. Como também, um conhecimento ampliado em relação aos

pictogramas que o SCALA dispõe. Então, é de grande valia compreender que o SCALA

possibilitou a todos da turma um aprendizado significativo na construção de narrativas,

constituindo situações que colaboram para suas vivências diárias, permitindo um imaginar de

um modo diferente. Compreendemos que o processo não está totalmente apreendido, mas

com o uso contínuo esses pontos serão superados, como: escolher outros personagens,

explorar outros cenários, compreender os tipos de categorias e entre outros.

Outras histórias foram contadas e criadas, na sequencia apresenta-se o resultado

através de imagens das construções realizadas e no final uma analise geral.  

 

Figura 168: história "Olívia e o Violino"

Fonte: Autoria Própria

Page 166: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

166

Figura 169: livros adaptados com pictogramas

Fonte: Autoria Própria

Figura 170: estratégias de baixa tecnologia das histórias "Chapeuzinho Vermelho"

Fonte: Autoria Própria

Foram muito positivos e significativos, já que os sujeitos apresentavam desejos e

anseios aos diferentes materiais usados. Tanto no SCALA WEB, quanto nas baixas tecnologias,

houve a participação, o envolvimento e a interação com as outras crianças. Assim, garantiu

investirmos ao longo do processo, pois iniciamos com somente dois dias na semana com cerca

de três atividades. No final, já tínhamos uma relação mais intrínseca com a turma e os

sujeitos, resultando em seis atividades em três dias.

A partir dos resultados das atividades, podemos avaliar nosso próximo objetivo

analisar a participação e a interação de crianças com TEA a partir do uso do SCALA.

Primeiramente o olhar, como um gesto de atenção e observação, que constitui uma

Page 167: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

167

comunicação pertinente, a qual é uma ação pouco valorizada e percebida na sala de aula.

Olhar é uma forma de perceber o outro e suas intenções como um agente intencional e ativo

no processo de aprendizagem. Um gesto que valoriza a relação social, desmistificando os

diagnósticos clínicos, o qual nega uma interação face a face. Por conseguinte, os gestos,

como forma de comunicação, estiveram muito presentes ao longo do trabalho, sendo um dos

principais fatores para o processo de aprendizagem, como uma ação simples que requer uma

atenção minuciosa envolvida por um objetivo determinado. Assim como é um processo gestual

expressivo que se correlaciona com as experiências vividas. Esses são, pois, processos

mediados pelos sujeitos, a partir de artefatos dotados de valores questionáveis e de

significado, que transita entre o social e o cultural, ou seja, uma comunicação coletiva. Além

disso, os balbucios muitas vezes não compreendidos, mas que deram um contorno ao

trabalho, permitindo perceber a comunicação por um outro viés. Assim, é um discurso movido

pelas intenções comunicativas de perspectivas compartilhadas. Logo, é uma representação

cognitiva da linguagem. Como também, os movimentos incontroláveis do corpo, que,

muitas vezes, causam desconforto, mas possibilitam a participação e a interação diferentes.

São encontros comunicativos implicados na intersubjetividade de uma comunicação humana,

mediados pelos discursos e pelas experiências compartilhadas. A leitura é um gesto simbólico,

mas carregado de sentidos e significados, que trouxe um novo modo de olhar o sujeito, nas

suas capacidades e potencialidades. É uma leitura “informal”, pois as crianças narram algo e

sentem-se leitoras de uma história. Um ler através de imagens que constroem formas,

personagens e cenas. Por último, a brincadeira simbólica, constituída pelos sujeitos através

da luz do retroprojetor, possibilitou uma nova perspectiva aos meninos. É uma ação consciente

que permite permear uma atividade e modificar sua estrutura. Logo, é um ato de participação

e comunicação de um agente ativo no processo de desenvolvimento.

Assim, configura-se o processo de interação e participação de sujeitos ativos nas

suas diferentes formas de ser e estar, conforme a seguir. Um percurso que valorizou os

detalhes, as entrelinhas e os pulos como atos dotados de significados, através das práticas

sociais, do conhecimento e da linguagem, em que o ponto central foi o SCALA. Assim, é uma

ação mediada que deu sentido ao trabalho.

Figura 171: esquema do processo de participação e interação

Fonte: Autoria Própria

Page 168: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

168

Em síntese a partir das observações e análises dos dados gerados, percebe-se que

1) a mediação do sistema proposto fornece apoio à inclusão a partir da participação e da

interação, permitidas pela comunicação de gestos, movimentos inquietantes, palavras

intraduzíveis e olhares penetrantes; 2) a mediação do sistema permite antecipar um

aprender a partir de leituras de pictogramas, baseado na Comunicação Alternativa, que nos

detalhes possibilitou uma efetividade de um processo complexo do ler - nos detalhes e nas

entrelinhas habilita-se um sujeito ativo e interativo - um agente; e 3) o sistema revela-se

como uma ferramenta capaz de extrapolar as telas, em que associado à baixa tecnologia

também possibilita um novo/outro modo de interagir e participar. A partir dessa experiência,

entre uma narrativa e outra, é proporcionada uma reflexão sobre a importância do papel do

professor para sustentar as várias formas de "ser" e "estar" na escola. Os movimentos das

crianças com TEA não são indícios de limitações deles, mas da limitação da compreensão do

outro através de uma comunicação corporal. Verifica-se também a medicalização como um

limitante do corpo, que influencia o processo de ensino e aprendizado. Por fim, evidencia-se

que a mediação do sistema permite que todos os sujeitos envolvidos sejam agentes ativos de

um percurso repleto de leituras do outro, do eu e do livro, que entre a imaginação e os

significados fizeram-se presentes. Esses sujeitos são autônomos e cúmplices de um fabular

permeados pelos signos e instrumentos que foram compartilhados pelas ações e invenções -

uma apropriação intensa e significativa que potencializa e efetiva uma inclusão constituída

por inúmeras leituras.

Page 169: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

5 METODOLOGIA DE AÇÃO MEDIADORA E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS

Apresenta-se inicialmente a metodologia desenvolvida com base na teório-sócio-histórica:

Ação Mediadora e na sequência as estratégias desenvolvidas e disponibilizadas no site do

Projeto SCALA para livre uso de professores, pais e demais usuários cadastrados.

5.1 Metodologia de Ação Mediadora

A proposta da metodologia da Ação Mediadora está fundamentada em pressupostos da

teoria sócio-histórica, entendendo-se que o desenvolvimento humano ocorre do seu

nascimento a sua morte. Ele se sucede em ambientes culturalmente organizados e com regras

sociais estabelecidas, por meio de interações realizadas com parceiros, ou seja, entre duas ou

mais pessoas que têm um papel ativo. O desenvolvimento se dá, portanto, na interação social,

sendo impossível separar as pessoas, as interações e os contextos. Dessa forma, o sujeito não

é analisado individualmente, mas, sempre em interação com os diferentes contextos.

As pessoas estão imersas em contextos, constituídas por contextos, submetidas às

condições desses contextos, sejam elas físicas, emocionais, culturais, entre outros. Assim,

pode-se dizer que o contexto cultural é o contexto simbólico do contexto social, onde cada

sujeito toma parte de “N” contextos sociais diferentes, como, por exemplo: família, escola,

trabalho, amigos, entre outros.

O resultado da comunicação e da inclusão social dos sujeitos desta pesquisa foi

consequência da metodologia das ações mediadoras. O que se pretendeu analisar é o

processo, não somente os sujeitos ou um contexto. Isso torna a pesquisa complexa e dialética,

com foco em pontos de interação, constituídos pelas pessoas em mediação com o instrumento

(Figura 172).

Figura 172 – Análise do processo de mediação

Fonte: BEZ, 2014.

Dessa forma, a mediação não acontece somente com uma pessoa, ou um sujeito, ou uma

tecnologia, mas tanto as pessoas quanto os contextos podem variar. Assim, a unidade de

análise é a ação mediadora em diferentes contextos. Acredita-se, pois, que elas são

Page 170: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

178

significativas quando apoiam a interação entre as pessoas e os objetos, a fim de ampliar a

interação social e a promoção da comunicação, e, para que elas aconteçam, a linguagem tem

papel fundamental.

A linguagem é o meio pelo qual acontecem as interações, ou seja, o instrumento que

permite que as interações ocorram. Ao mesmo tempo, é o instrumento que permite pensar

sobre as interações. Configurando-se, dessa forma, é considerada uma função dupla e

complexa, que permite chegar até as pessoas e saber o que se está fazendo com elas.

Rossetti-Ferreira, Amorim e Silva (2000) destacam que a natureza dos contextos é

discursiva, permeada pela linguagem e pela semiótica. Nesse contexto, coloca-se em

questionamento quais e como os vários elementos: pessoa, interação, contexto, aparecem nas

interações, participando do processo de produção de significados. Evidencia-se que mais

importante do que entender essa significação, é participar do processo de pensar como esses

elementos e quais os elementos que estão participando do processo de fazer sentido desse

sujeito.

Para tal, inicialmente, elabora-se um perfil sócio-histórico dos sujeitos. Quer-se, com isso,

fazer uma síntese descritiva que apresenta como o sujeito é e como se relaciona com seu

meio. Para sua composição, são utilizados quatro eixos norteadores: comunicação, interação,

identificação do sujeito e potencialidades/necessidades. O Quadro 26 descreve como esse

perfil foi elaborado com foco no autismo e nos déficits de comunicação. Ele pode ser adaptado,

conforme a deficiência.

Quadro 27: Construção do perfil sócio-histórico

Comunicação Interação Identificação Potencialidades/necessidades Como este sujeito se comunica? Pela fala? Como é sua oralização? Por gestos? Quais? Pelo olhar? De que forma? Através de algum sistema de comunicação alternativa? Quando o sujeito se comunica? Qual a finalidade desta comunicação? Para satisfazer seus desejos? Ou Para que? O que ele comunica? É compreensível o que ele deseja comunicar? O faz através de estereotipias? Ocorre de forma espontânea? Qual o tempo de duração desta comunicação?

Como ele interage? Com o que (objetos)? Com quem (pessoas)? Quando ele interage?

Procura descobrir como é o sujeito aos olhos de diferentes pessoas – familiares, professores, auxiliar escolar.

Quais suas potencialidades? O que ele gosta de aprender? Quais suas preferências? (o que gosta) Quais suas necessidades? Tem algum tipo de comportamento específico? - Em que momento aparece? Há algum tipo de intencionalidade nele? Qual?

Fonte: BEZ, 2014.

Na sequência, elabora-se o contexto sócio-cultural dos ambientes a serem investigados. Um

contexto cultural é a representação simbólica do contexto social, onde todo indivíduo participa

de inúmeros contextos sociais diferenciados, como: escola, família, trabalho, amigos, entre

outros. Cada um deles contém elementos constitutivos e atores que, em interação, possuem

uma dinâmica própria e constituem uma unidade de análise. Eles devem ser identificados não

de forma isolada, mas em interação irão compor um todo sistêmico, que representa o

Page 171: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

179

contexto. Esses elementos constituem-se de: atores (pessoas e instituições); espaços (físicos e

simbólicos); regras, normas, crenças compartilhadas; organização social; organização

espacial; organização temporal; organização semiótica. O Quadro 27 apresenta a estruturação

de um contexto sócio-cultural.

Quadro 28: Estrutura do contexto sócio-histórico

Atores Quem são as pessoas ou instituições que participam do contexto em questão Espaço físico Como é o contexto fisicamente, sua estrutura, suas divisões. Os móveis e

objetos que fazem parte deste, como estão distribuídos e identificados. Espaço simbólico Espaços onde acontecem ações figuradas, como, por exemplo o “cantinho da

leitura, a “rodinha”, entre outros. Regras, normas, crenças compartilhadas

As regras e combinações, responsabilidades de cada ator ou do grupo que constitui o contexto, suas crenças, entre outros.

Organização espacial Como ocorre a organização do contexto de acordo com as combinações preestabelecidas. Interações ocorrem do sujeito apenas com o objeto, com outras pessoas, como, por exemplo, no contexto familiar com toda família em que espaço, na escola com a turma toda, em pequenos ou grandes grupos, na sala de aula, no pátio etc.

Organização semiótica Existe uma organização semiótica, onde e como ela está organizada, como por exemplo: uma prancha estruturada com as rotinas diárias do sujeito exposta na porta do quarto. Ou ainda um painel de aniversários, uma tabela organizacional de tempo (antes e depois).

Fonte: BEZ, 2014.

Com a análise do contexto é possível entendê-lo como: meio ambiente, condição, recurso e

instrumento de desenvolvimento. Através dos resultados obtidos com o perfil do sujeito e dos

contextos, abre-se uma gama de possibilidades de escolha dos recursos tecnológicos e de

estratégias pedagógicas que estejam engajadas em atividades sociais significativas.

Dessa forma, após a elaboração e a execução da ação mediadora, obter-se-á um resultado

que dará embasamento à proposta de nova ação mediadora, com níveis crescentes de

dificuldade, conforme o caso. Uma síntese da estrutura de uma ação mediadora é apresentada

na Figura 173.

Figura 173: Metodologia de Ação Mediadora

Page 172: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

180

Fonte: BEZ, 2014.

Com a apresentação da metodologia da ação mediadora, parte-se para apresentação das

estratégicas pedagógicas, também elaboradas na mesma perspectiva sócio-histórica

5.2 Estratégicas Pedagógicas a partir do SCALA

5.2.1 Estratégicas no Scala - Narrativas Visuais

A LINDA ROSA JUVENIL

A linda rosa Juvenil é um conjunto de atividades baseadas na história infantil que possui o

mesmo nome. Tem como público-alvo crianças da educação Infantil em turma inclusiva, com a

participação e interação de todos alunos. Objetiva-se a estimular as múltiplas Inteligências

Page 173: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

181

(corporal-cinestécisa, espacial, interpessoal, musical e linguística).

Os recursos utilizados são o computador com acesso à internet para utilização do SCALA

e/ou SCALA Tablet. Poderá ser utilizado um telão ou televisão para apresentação da história e

uso do Scala de forma interativa e colaborativa no desenvolvimento das atividades propostas.

Para a parte de criação dos fantoches haverá a necessidade de impressão dos personagens

para posterior recorte e montagem dos fantoches ou palitoches.

As atividades propostas são:

• Contar a história com palitoches e/ou assistir ao vídeo na web para explorar junto

das crianças os elementos mais marcantes dessa história.

• Apresentar a história no Scala ou construir a história assistida com o grande grupo a

partir desse mesmo aplicativo. Após explorar a apresentação do trabalho concluído

para a turma toda.

• Imprimir duas cópias de cada personagem da história a partir do Scala, em tamanho

A4. Após recortar as figuras dos personagens e colar em um papel plástico de

dimensões superiores (plastificar as imagens recortadas).

• Jogar o jogo da memória com o grande grupo.

• Criar gestos para cada parte da música e apresentar para os educandos. A intensão

é estimular os educandos a cantarem e repetirem os movimentos ensinados.

Conforme as atividades propostas a representação visual pode ser acessada no SCALA pela

história de nome: a linda rosa juvenil, a seguir apresenta-se um exemplo dos palitoches e d

narrativas visuais.

Figura 174: Dois dos personagens A Linda Rosa Juvenil

Fonte: Scala

Figura 175: A Linda Rosa Juvenil

Page 174: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

182

Fonte: Scala

Esse conjunto de atividades possui arquivos de apoio, caso o professor deseje utilizá-los.

São eles:

Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no

site do Scala: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/a_linda_rosa_juvenil.zip

História “a linda rosa juvenil”: http://www.youtube.com/watch?v=cX1kEyBQM0g

BiNGO DOS PERSONAGENS E RECONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA LECO

A estratégia pedagógica “Bingo dos Personagens e reconstrução da história Leco” tem

como foco inicial a história “Brincadeirantes” é destinada há crianças de 30 e 40 anos do

Ensino Fundamental. Tem como objetivos o desenvolvimento da atenção e da concentração; o

incentivo da interação interpessoal com os parceiros de jogo; a identificação das falas e

características dos personagens presentes na história apresentada; o estimulo a criatividade e

imaginação através da construção de narrativas visuais no sistema Scala, a identificação as

classes de palavras (substantivo, adjetivo, verbo) e a transformação para a forma plural das

palavras.

Os recursos e materiais necessários para sua implementação são: vídeo “Brincadeirantes”,

de Paulo Henrique Machado. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=rgWsiOFvM6s. Computador com acesso à internet para

uso do SCALA Web no módulo prancha para a construção do Bingo. E para elaboração da

história, computador com multimídia/tv ou laboratório de informática, com acesso à internet

para uso do SCALA web, no módulo narrativas visuais. Impressora e papel para impressão das

Pranchas de comunicação com representação visual de palavras presentes no filme (cartelas

para o bingo).

Essa estratégia pedagógica poderá ter seu tempo distribuído conforme determinação do

professor e combinações realizadas com a turma. Na sequência apresenta-se uma sugestão

sequêncial de etapas para realização da atividade.

Na primeira etapa a turma é reunida para assistir ao vídeo Brincadeirantes”. Na sequência a

professora distribuirá as pranchas (confeccionadas por ela anteriormente) contendo

Page 175: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

183

pictogramas com sua equivalência escrita que corresponde a palavras retiradas das falas dos

personagens da historia do vídeo apresentado anteriormente. As pranchas poderão ser

recortadas de acordo com o tamanho da turma. Com estas pranchas é realizado um Bingo dos

Personagens.

Ainda, aproveitando as cartelas em forma de pranchas utilizadas para o bingo, é possível

fazer relações com as classes das palavras e o emprego do plural.

Na etapa seguinte, através da relação entre as falas e os respectivos personagem, cada

aluno deve escolher um personagem do vídeo e construir uma história no módulo narrativas

visuais, do Scala. Sua história deverá conter pelo menos duas palavras presentes em sua

cartela. Esta atividade pode ser realizada de forma individual no laboratório de informática ou

de forma colaborativa com o reconta da história em sala de aula. Para tal pode ser utilizado

um computador com acesso à internet, acoplado há um telão multimídia ou pelo acesso à

televisão.

Essas atividades possuem arquivos de apoio, caso o professor deseje utilizá-los. Ambos

estão salvos publicamente no sistema Scala nos módulos “Prancha” e “Narrativas Visuais”,

como Prancha Pública – Bingo dos Personagens, segue uma representação visual de cada

módulo.

Figura 176: Bingo dos Personagens

Fonte: Scala

Disponível em Narrativas Visuais públicas.

Figura 177: História Leco

Page 176: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

184

Fonte: Scala

Essas atividades possuem arquivos de apoio, caso o professor deseje utilizá-los. São eles:

Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no

site do Scala:

http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/bingo_dos_personagens_e_reconto_historia_le

co.zip

Vídeo Brincadeirantes”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rgWsiOFvM6s).

No Scala :

Prancha Pública – Bingo dos Personagens

Narrativas Visuais – História Leco

CONHECENDO O ALFABETO

No processo de alfabetização reconhecer a letra inicial das palavras é uma habilidade

importantíssima. A partir desse exercício o estudante é capaz memorizar a grafia de algumas

letras e de algumas palavras e, em um segundo momento, realizar uma correspondência entre

a grafia das letras e o som que correspondente a elas.

Nesse sentido essa estratégia pedagógica é voltada para crianças em fase de alfabetização

(entre o primeiro e o terceiro ano do ensino fundamental) e tem por objetivo estabelecer a

relação “letra-som” a partir da letra inicial das palavras.

Os recursos necessários para realizar essa atividade são:

Computador com acesso à internet ou tablet com o Software Scala instalado

Impressora devidamente configurada

Desejável projetor, monitor ou telão para explorar coletivamente os recursos

disponibilizados para a atividade.

Arquivos “Letras Vogais” e “Vogais Atividade” disponibilizados publicamente no Scala, no

modo “Narrativas Visuais”.

Page 177: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

185

A atividade acontece em dois momentos:

1° - Abrir a narrativa visual correspondente à letra que está sendo trabalhada com os

educandos e ajuda-los realizar essa correspondência. Para trabalhar as vogais há o arquivo

público “Letras Vogais” disponibilizado com todas as vogais e algumas imagens já associadas.

A professora pode trabalhar essa parte da atividade a partir de um projetor, um telão ou um

monitor.

2° - Imprimir o arquivo “Vogais Atividade”, e distribuir essa atividade para a turma. Nessa

proposta há 6 quadros com narrativas visuais. Cinco delas correspondem às vogais (um

quadro para cada vogal) e o sexto quadro corresponde às figuras. O educando deverá recortar

as figuras do sexto quadro e colar no quadro que corresponde à sua primeira letra. Por

exemplo: a figura da “abelha“ deverá ser colada no quadro da letra “A” e a figura do “urso”

deverá ser colada no quadro da letra “U”.

3° (Atividade extra) – A partir do mesmo arquivo de vogais (Letras Vogais), propor para as

crianças que encontrem outras palavras que também iniciem com aquelas letras, mas que

ainda não estão no quadro correspondente.

Exemplo dos arquivos disponibilizados:

Arquivo “Letras Vogais”:

Figura 178: “Letras Vogais” e Vogais Atividade

Page 178: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

186

Fonte: Scala

Para essa atividade de alfabetização foram disponibilizadas narrativas públicas para as

vogais. As consoantes podem e devem ser construídas conforme demanda pelos educadores e

pelos educandos.

Essa estratégia pedagógica está disponível no seguinte endereço:

http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/conhecendo_o_alfabeto.zip

Os arquivos das atividades estão publicamente disponíveis no modo narrativas visuais do

Scala com os seguintes nomes: “Letras Vogais” e “Vogais Atividade”.

MÚSICA DOS INDIOZINHOS

A apreensão da sequência numérica é um aprendizado importantíssimo para as crianças da

educação infantil. Sabe-se que esse processo se dá aos poucos e que recursos como músicas,

fábulas e histórias, ajudam as crianças a identificarem essa progressão a partir de situações

presenciadas nessas produções.

Essa estratégia é voltada para crianças a partir de 3 anos de idade e tem por objetivo

estimular a apropriação da sequência numérica e da quantificação que corresponde à cada

numeral. Para realizar essas atividades são necessários os seguintes recursos:

Computador com acesso à internet ou tablet com Scala instalado;

Impressora com folha a4 120g branca;

Tesoura;

Palitos de picolé;

Equipamento de som para tocar a música dos indiozinhos.

As atividades são:

Ouvir a música dos indiozinhos representando, através dos palitoches, os índios e o bote.

OBS: os palitoches devem ser previamente confeccionados. Recomendável utilizar o próprio

sistema escala para imprimir as figuras. O professor pode imprimir e confeccionar os

palitoches com as imagens que preferir. Recomendável confeccioná-los a partir das imagens

com os nomes “índio”, “barco de remos” e “jacaré”, já mapeadas.

Page 179: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

187

OBS: a música dos indiozinhos está anexa na descrição da atividade no site do Scala, na

aba “Atividades Pedagógicas”, na pasta “Narrativas Visuais”. Disponível no endereço:

http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/indiozinhos.zip.

Confeccionar a representação gráfica da música no Scala, no modo “Narrativas Visuais”, de

forma que cada quadro exiba uma parte da música. Realizar essa atividade com a participação

dos educandos, ou seja, construir coletivamente a história da música. Atentar para a

sequência numérica, ou seja, ao cantar e contar a música, dar ênfase para os numerais da

música. Imprimir a representação produzida no Scala e recortar cada quadro (parte da

história) de forma individual. Após embaralhar os trechos recortados e solicitar para que os

alunos reorganizem a história conforme é exibida na música.

Imprimir a representação produzida no Scala e recortar cada quadro (parte da história) de

forma individual. Após embaralhar os trechos recortados e solicitar para que os alunos

reorganizem a história conforme é exibida na música.

Figuras Scala para os palitoches:

Figura 179: Personagens música Indiozinhos

(barco de remos) (Índio)

Fonte: Scala

Exemplos de Narrativa Visual e parte da narrativa

Figura 180 – Música Indiozinhos

Page 180: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

188

Fonte: Scala

Essa estratégia pedagógica possui arquivos de apoio. São eles: o arquivo que descreve

a atividade, assim como os recursos necessários para sua realização, e a música “Indiozinhos”,

em formato mp3, também disponibilizada no seguinte endereço:

http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/indiozinhos.zip

JOGO DOS SETE ERROS

Jogos que estimulam a atenção e a concentração são importantes aliados dos estudantes

dos anos iniciais do ensino fundamental. A partir deles os educandos tem acesso abstrações

cada vez mais complexas e realizações cada vez mais potentes, tanto sob o ponto de vista

individual quanto social.

“Jogo dos sete erros” é a versão Scala do jogo clássico com o mesmo nome. Tem por

objetivo desenvolver a atenção, a percepção e a concentração, assim como apoiar a ludicidade

no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem para os educandos no segundo e no

terceiro anos do ensino fundamental. Essa estratégia pedagógica ocorre em dois momentos: o

primeiro momento é onde são disponibilizadas fichas impressas, a partir do Scala, com a

Page 181: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

189

atividade pronta para jogar. O jogo consiste em encontrar e identificar sete diferenças entre

duas figuras que aparentam estarem idênticas entre si. Ao todo são sete diferenças que o

educando tem como tarefa identificar e sinalizar a diferença. No segundo momento os alunos

são levados para a laboratório de informática onde, no modo narrativas visuais do Scala são

orientados a elaborarem seu próprio jogo dos sete erros, com enfoque no tema do currículo

que está sendo trabalhado em sala de aula.

Para produzir o jogo, no modo narrativas visuais, escolher o layout com apenas dois

quadrados. Isso é possível a partir do botão “layout” na barra de ferramentas do Scala. Inicie

colocando no primeiro quadro a representação visual completa de uma paisagem. No segundo,

deixar de fora 7 imagens.

Para realizar essa atividade são necessários:

Computadores com internet ou tablets com o Scala instalado.

Arquivo do jogo dos 7 erros devidamente impresso. Esse arquivo está disponível no sistema

Scala no módulo “Narrativas Visuais” com o nome “Jogo dos 7 erros – Cozinha”.

Laboratório de informática com internet ou tablets com o Scala instalado para que as

crianças criem suas próprias atividades.

Exemplo do Jogo disponibilizado para os educandos:

Figura 181: “Jogo dos 7 erros – Cozinha”

Fonte: Scala

No seguinte endereço segue o arquivo que descreve a atividade e os recursos necessário e

disponíveis para o desenvolvimento dessa atividade:

http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/jogo_7_erros.zip

ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA

As propriedades físicas da matéria são tratadas em Ciências, desde os anos iniciais do

ensino fundamental, envolvendo conceitos básicos como propriedade física, matéria e

mudança de estado. Podemos através de situações cotidianas apresentar e discutir estes

conceitos de forma significativa, o que auxilia a organização e desenvolvimento do raciocínio

lógico e naturalista dos alunos. Essa estratégia é direcionada para crianças dos anos iniciais do

Page 182: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

190

ensino fundamental e tem por objetivo dimensionar a compreensão acerca dos estados físicos

da matéria, tomando a água como exemplo e introduzindo alguns conceitos básicos a respeito

do tema. As atividades sugeridas também estimulam a oralidade, uma vez que é proposto

partilhar narrativas desenvolvidas pelas crianças a partir do tema proposto. Sob o ponto de

vista das inteligências múltiplas, de Howard Gardner, a atividade estimula o desenvolvimento

do raciocínio lógico-matemático e naturalista no estudo das transformações que presenciamos

cotidianamente.

Para desenvolver essa atividade é necessário um computador com internet ou tablete

com o aplicativo Scala instalado. É desejável usar uma sala de informática para que as

crianças possam montar pranchas de comunicação e narrativas visuais paralelamente.

Descrição das Atividades:

1° - A professora introduz o tema “estados físicos da água” de forma exploratória: pergunta

o que as crianças já sabem sobre o assunto para que algumas relações básicas sejam

socializadas.

2°– Assistir à animação que trata do tema a partir do seguinte endereço:

https://www.youtube.com/watch?v=omd8M2zIwYk e apresentar a prancha de exemplos dos

estados físicos da agua

3° - No módulo “Narrativas Visuais” propor para as crianças criarem cenas que expliquem o

que entenderam a respeito das transformações da água.

Arquivos de apoio:

Arquivo salvo no módulo publicamente no módulo “prancha” com o nome “Estados Físicos

da Água”:

Figura 182: “Estados físicos da água” no módulo pracha e no narrativas visuais

Page 183: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

191

Fonte: Scala

Essas propostas de atividades possuem arquivos de apoio:

Vídeo de motivação prévia sobre os estados físicos da água:

https://www.youtube.com/watch?v=omd8M2zIwYk

FOTOSSÍNTESE

A “Fotossíntese” é uma atividade para fixação de conceitos e elementos estruturantes de

Ciências para o Ensino Fundamental da Educação Básica. Esta atividade se destina aos Anos

Iniciais, preferencialmente aos alunos do 4º e 5º ano, com idade a partir de oito anos.

Podendo ser adaptada e reestruturada para os outros anos da Educação Básica. Objetiva-se

estimular as múltiplas inteligências com foco na Naturalista com o reconhecimento de relações

fundamentais no Ciclo de Vida dos seres vivos; A Lógico-matemática com organização e

disposição dos fatores que compõem o ciclo de vida e a Linguística com a ampliação do

vocabulário. Salientamos a sua importância para a construção lógica a partir de conceitos da

Ciência.

Os recursos utilizados são computador com acesso à Internet para utilização do Scala e/ou

Scala Tablet, telão e data show ou televisão para apresentação da história e uso do Scala de

forma interativa e colaborativa no desenvolvimento das atividades propostas, as pranchas

elaboradas e impressas pelo professor e papel pardo para o painel.

As Atividades propostas são:

1ª Atividade:

Cada Grupo de três alunos recebe pranchas impressas, alguns das partes da planta e outros

dos fatores da Fotossíntese. A professora solicita que recortem os pictogramas e colem no

painel de papel pardo afixado na lousa, na coluna partes da planta ou na coluna Ciclo da

Fotossíntese.

Page 184: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

192

2ª Atividade:

Com os pictogramas e conceitos trabalhados os alunos criarão no Scala uma Narrativa

Visual da Fotossíntese.

3ª Atividade:

Cada Grupo apresentará no Telão ou Televisor a sua Narrativa Visual explicando aos colegas

como esta foi construída e a relação entre todos os seus elementos.

Conforme as atividades propostas a representação visual dos cenários sobre a Fotossíntese

e narrativas visuais através do SCALA ficaram desta forma expostas:

Figura 183: “Fotossíntese”

Fonte: Scala

5.2.2 Estratégicas no Scala - Módulo prancha

BINGO DOS ALIMENTOS

Refletir a respeito da alimentação é uma prática sempre importante. Boas práticas em

relação aos alimentos são hábitos que agregam muito para todos os envolvidos no processo de

preparação do alimento. No processo de conscientização alimentar reconhecer os alimentos é o

primeiro passo para uma alimentação mais crítica e saldável. A proposta dessa estratégia

pedagógica é trabalhar com as crianças dos anos iniciais do ensino fundamental o

reconhecimento dos alimentos na sua apresentação escrita e imagética. A brincadeira objetiva

trabalhar o desenvolvimento da atenção e da concentração, assim como a interação com os

colegas a partir do jogo de regras. O bingo dos alimentos é confeccionado no próprio aplicativo

Scala e pode desenvolvido ou alterado em conjunto com as próprias crianças.

Para desenvolver essa atividade é necessário o aplicativo Scala e uma impressora, para

confeccionar as peças do jogo. A partir da prancha pública “bingo dos alimentos” é possível ter

acesso ao mapeamento de alguns alimentos presentes no Scala.

Como fazer:

A partir do sistema Scala, no módulo “Prancha”, acessar o arquivo público “bingo dos

Page 185: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

193

alimentos”. Imprimir duas cópias de cada prancha presente nesse arquivo (gravuras dos

alimentos). Recortar as imagens dos alimentos e separar as cópias de forma que metade delas

sejam usadas para compor as fichas do jogo e a outra metade seja usada para realizar o

sorteio dos alimentos. Para compor as fichas, a professora deverá atentar para a intimidade

das crianças com esse jogo. O critério do número de figuras por ficha é o tempo que os

participantes costumam ficar atentos aos jogos. Crianças que nunca jogaram podem começar

com fichas de apenas 4 figuras e crianças experientes podem jogar com fichas de 10 figuras,

por exemplo.

Como jogar:

No começo do jogo haverá duas cópias de cada alimento, separadas em dois montes. Um

deles servirá para sorteio dos alimentos e o outro para compor as fichas dos participantes. Um

dos participantes deverá ficar responsável pelo sorteio. Os demais receberam as imagens dos

alimentos, conforme intimidade da turma com o jogo. O jogo começa quando o participante

responsável sorteia a primeira figura. Os demais participantes devem conferir se possuem a

figura idêntica daquele alimento entre as suas (na sua ficha). Quem tiver a imagem idêntica,

deve separá-la das demais e uma nova carta deve ser sorteada. Ganha o bingo o participante

que tiver todas suas figuras sorteadas primeiro. Quando isso acontecer, deverá gritar “bingo!”

A representação visual das pranchas ficaram desta forma expostas:

Figura 183: “Bingo dos alimentos”

Fonte: Scala

Esse conjunto de atividades possui um arquivo de apoio, caso o professor deseje utilizá-lo:

Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no

site do Scala: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/bingo_dos_alimentos.zip

Page 186: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

194

MEMÓRIA DOS ANIMAIS

A quantidade de animais presente no nosso ambiente é surpreendente. São diversas suas

características, funções e aptidões. Conhecer sobre suas capacidades de interação no convívio

humano são importantes conhecimentos para se viver em sociedade. Para refletir a respeito

dos animais e sobre suas características é necessário, primeiro, um exercício de

reconhecimento desses mesmos. A proposta dessa estratégia é trabalhar com as crianças dos

anos iniciais do ensino fundamental o reconhecimento dos animais nas suas apresentações

escrita e imagética. A brincadeira objetiva trabalhar o desenvolvimento da atenção e da

concentração, assim como a interação com os colegas a partir do jogo de regras. O jogo

“Memória dos Animais” é confeccionado no próprio aplicativo Scala e pode desenvolvido em

conjunto com as próprias crianças.

Para desenvolver essa atividade é necessário o aplicativo Scala e uma impressora, para

confeccionar as peças do jogo. A partir da prancha pública “Memória dos Animais” é possível

ter acesso ao mapeamento de alguns animais presentes no Scala.

Como fazer:

Imprimir duas cópias de cada prancha de comunicação do arquivo “Memória dos Animais”,

presente no banco de atividades, no módulo “Prancha” do Scala. Após recortar as figuras dos

animais, atentando para que não seja possível enxergar o conteúdo das cartas quando as

mesmas estiverem viradas para baixo.

Como jogar:

Dispor as cartas (figuras dos animais) na mesa, embaralhadas e com as imagens

viradas para baixo, de forma que seja possível ver todas as cartas, mas não seus conteúdos.

Cada jogador pode desvirar duas cartas da mesa por rodada. Se essas duas cartas forem

idênticas, este jogador as pega para si e continua jogando, se não, vira as cartas para baixo

novamente e as deixa como estavam. O objetivo do jogo é descobrir onde estão todas as

figuras e ganha quem estiver com a maior parte delas quando todas as cartas forem

reveladas.

A representação visual das pranchas ficaram desta forma expostas:

Figura 184: “Memória dos Animais”

Page 187: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

195

Fonte: Scala

Esse conjunto de atividades possui um arquivo de apoio, caso o professor deseje utilizá-lo:

Arquivo de descrição dessa atividade (disponível no módulo “Atividades Pedagógicas” no

site do Scala: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/bingo_dos_animais.zip

CACHORROS

Os animais domésticos estão presentes em grande parte das famílias do mundo inteiro a

milhares de anos. Refletir a respeito de seus potenciais e de suas limitações é uma tarefa de

muita importância para educandos e educadores. A atividade “Cachorros” é destinada às

crianças dos anos iniciais da educação infantil. Essa estratégia pedagógica explora o conceito

“animais domésticos” e como se dão as relações sociais no convívio com estes animais. Nesse

sentido, também ajuda a estruturar princípios básicos de respeito à natureza e aos seres que a

compões. A partir da construção de um livro coletivo, a atividade desenvolve a oralidade no

grande grupo e estimula a imaginação e a apropriação de recursos tecnológicos para contação

de histórias através do Scala.

A contação de histórias sobre cães domésticos será organizada no Scala utilizando pequenos

grupos de alunos, no máximo três. Estes terão como subsídios a prancha “Cachorros”

(confeccionada antecipadamente pela professora) disponível no Módulo Prancha do Scala e as

informações da contação de história feita pela professora e da discussão na Rodinha com os

colegas.

Com a Prancha “Cachorros” é possível socializar algumas características a respeito desses

animais aprofundando alguns conceitos como o de animal doméstico, por exemplo. Podemos

utilizar as imagens da Prancha acrescentando dados à estas imagens através de contação de

histórias, roda de discussão com os alunos e pesquisa bibliográfica

1ª Atividade:

A professora pode iniciar com a contação de história “ Os Nossos Amigos Animais”,

pt.slideshare.net/bibdjosei/historia-ultima2, por exemplo, e após, na roda de conversa,

perguntar para as crianças “quem conhece um cachorro?”, ou “o que come esse cachorro?” ou

ainda “o que será que um cachorro gosta?”, dando inicio à discussão na Rodinha;

Page 188: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

196

2ª Atividade:

Após, compreendido o conceito de animais domésticos e socializadas as impressões a

respeito dos cães, propor para as crianças a criação de narrativas com cenas onde os cães

estejam em ação. Para isso utiliza-se o módulo narrativas visuais. Para tal os alunos serão

levados ao laboratório de informática.

3ª Atividade:

As Narrativas construídas individualmente ou em grupos de no máximo três alunos podem

ser impressas e compor um “Livro Coletivo de Narrativas Visuais”. Para socialização das

histórias criadas, propor a apresentação das mesmas em sala de aula para turma.

Exemplo da prancha pública:

Figura 185: “Cachorros”, módulo prancha e narrativas visuais

Fonte: Scala

Essa atividade possui um arquivo público que descreve a atividade. Está acessível através

do seguinte endereço: http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/cachorros.zip

RUA DAS SETE TULIPAS

O uso de histórias infantis como recurso pedagógico é uma estratégia de aprendizagem

muito potente para as crianças da educação infantil. No contexto das fábulas a criança ensaia

Page 189: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

197

diversas situações que desempenhará na vida adulta e tem a possibilidade de desenvolver

diversas habilidades, como o desenvolvimento da oralidade, da imaginação e da interação com

os colegas. A atividade também aproxima as crianças dos recursos tecnológicos, pois propõe

finais alternativos à fábula apresentada a partir do Scala.

Para realizar essa atividade é necessário um computador com acesso à internet ou

tablet com o Scala instalado. Também é necessária impressora para imprimir as pranchas que

contém as imagens e as narrativas visuais. Poderá ser utilizado um telão ou televisão para

apresentação da história e para o uso do Scala de forma interativa e cooperativa no

desenvolvimento das atividades propostas.

Descrição das atividades:

Como motivação prévia, perguntar para as crianças se sabem o que é um “Inventor” e que

tipo de coisas podem ser inventadas. Explicar que tudo que existe um dia foi planejado e

inventado por alguém.

Após a motivação prévia, assistir ao curta infantil “Rua das sete tulipas”, de Alê Camargo, a

partir do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=HvsmuJDTNFo

Quando acabar o filme, refletir com as crianças a respeito daquilo que compreenderam

sobre a história. Fazer perguntas como “onde se passa essa história? ”, “quem são seus

personagens? ” e “o que aconteceu nessa história? ”.

Dividir as crianças em grupos pequenos (de aproximadamente quatro integrantes), imprimir

o arquivo público do SCALA “Rua das sete tulipas”, no módulo “prancha”, recortar suas figuras

e distribuir pelos grupos anteriormente formados.

Propor para os grupos que recontem a história de forma imagética, ou seja, a partir das

imagens e cenários disponibilizados.

ATIVIDADE EXTRA: A partir do próprio aplicativo Scala, solicitar que os alunos recontem a

história no Scala, no módulo narrativas visuais, com a possibilidade de fazer um final

alternativo para essa história. Essa atividade pode ser realizada na sala de informática para

que todas possam desenvolver seu próprio final alternativo. Uma alternativa para essa

atividade extra é a construção coletiva do final alternativo, onde a professora monta o cenário

sugerido pelas crianças.

A representação visual das pranchas disponibilizadas ficaram assim:

Figura 186: “Rua das sete tulipas”- módulo prancha, narrativas visuais e final alternativo

Page 190: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

198

História recontada no módulo “Narrativas Visuais” como exemplo. Disponível no arquivo

“Narrativa Rua das Sete Tulipas” do módulo Narrativas Visuais.

Fonte: Scala

Exemplos visuais de final alternativo podem ser acessados através do arquivo “Narrativa

Rua das Sete Tulipas”, no site do SCALA.

Essas atividades possuem um conjunto de arquivos de apoio:

Vídeo da fábula “Rua das Sete Tulipas”: https://www.youtube.com/watch?v=2qU1Utp-03Y

JOGO DAS RIMAS

No processo de aquisição da linguagem escrita nos deparamos com diversas relações

entre as letras, as palavras e seus significados. Diversas são as estratégias que podem ajudar

o educando racionalizar essas relações. As atividades aqui apresentadas têm por objetivo

estimular a percepção dos segmentos das palavras a partir das rimas, incentivando a oralidade

e a consciência fonológica.

Para desenvolver essa atividade é necessário um computador com acesso à internet ou

tablet com o Scala instalado. Para trabalhar com as pranchas físicas (impressas) é necessária

também a impressora e a prancha salva publicamente com o nome “Batalha das Rimas”.

Também há a possibilidade de trabalhar com as pranchas diretamente no Scala. A seguir estão

descritas as duas possibilidades.

Page 191: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

199

O objetivo da atividade é identificar qual das gravuras menores não rimam com as demais e

com a figura maior.

Exemplo da prancha pública disponibilizada:

Arquivo “Batalha das Rimas”. Final “ada”:

Figura 187: “Batalha das Rimas”

Arquivo “Batalha das Rimas”. Final “ão”:

Fonte: Scala

Demais representações visuais podem ser acessadas no scala no arquivo “Batalha das

Rimas”.

Trabalhando com as pranchas impressas:

A partir do arquivo “Batalha das Rimas” é possível imprimir a ficha com algumas imagens

selecionadas para o jogo. Após imprimir, dividir o grande grupo em pequenos grupos, de

Page 192: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

200

quatro integrantes no máximo. Cada grupo recebe uma cartela com uma imagem grande e

seis imagens pequenas. O primeiro objetivo é identificar a imagem pequena que não rima com

a imagem grande, a partir das representações escritas e imagéticas. O segundo objetivo é

encontrar, nos demais grupos, a imagem faltante para harmonizar a cartela (para deixar todas

as figuras rimando). Por último recortar a figura que não rima e substituí-la pela imagem do

outro grupo que completa (rima) com as demais imagens de sua cartela.

Trabalhando com as pranchas diretamente no Scala:

Para trabalhar diretamente com o Scala é necessário computador com internet para cada

criança ou grupo de crianças que irá desempenhar a atividade. No módulo “Prancha” do

sistema Scala, abrir o arquivo público “Batalha das Rimas”. Nesse arquivo há quatro pranchas

com uma figura maior (localizada à esquerda da ficha) e seis figuras menores (localizadas à

direita). Uma dessas seis figuras menores não rima com as demais figuras da prancha. O

primeiro objetivo é identificar qual das figuras menores não rima com as demais figuras e com

a figura maior. Após identificada a imagem que desarmoniza a prancha de rimas a segunda

tarefa do educando será deletar a imagem em desacordo e repetir esse processo nas três

pranchas restantes do arquivo (através do botão “Avançar” localizado no canto inferior direito

do Scala). Por fim a professora estimula os alunos a preencherem os espaços vazios (das

figuras deletadas) com figuras que harmonizem a prancha (com figuras que rimem).

OBS: Para compor os grupos é importante que ao menos uma das crianças de cada grupo já

conheça um pouco a relação entre o som e as letras do alfabeto.

Essa atividade possui um arquivo público de descrição. É possível acessá-lo através do

seguinte endereço: atividade ainda não inserida no servidor.

PRANCHA DAS CORES

A percepção da diferença entre as cores é uma habilidade importantíssima, especialmente

no contexto social. Diversas mensagens nos são emitidas através delas e trabalhar no seu

reconhecimento é uma tarefa necessária por diversas razões: placas de transito, semáforos,

rótulos de produtos, condição das frutas e a própria publicidade são alguns dos exemplos de

mensagens importantes transmitidas a partir das cores. Identificar precocemente dificuldades

em interpretá-las ou em reconhecê-las pode ajudar, e muito, na vida coletiva dos educandos.

Essa atividade é destinada para as crianças da educação infantil e tem por objetivo identificar

e estimular o reconhecimento das cores, assim como estimular a imaginação, a criatividade e

aproximar os educandos de recurso tecnológicos.

Para desenvolver essas atividades é necessário computador com internet ou tablet com o

sistema Scala instalado. É desejável sala de informática para que as crianças possam resolver

as atividades propostas no próprio aplicativo Scala.

1ª Atividade:

Motivação prévia: para iniciar a atividade sobre cores a professora primeiramente investiga

o que elas já conhecem a respeito desse assunto. Pode comentar sobre algumas misturas

Page 193: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

201

básicas entre as cores, falar do semáforo e sobre o transito. Como suporte à motivação prévia

segue o endereço de um vídeo que trabalha esse assunto:

https://www.youtube.com/watch?v=qOfeNYvq0mU

2ª Atividade

A partir do arquivo com o nome “Cores primárias e secundárias”, disponível publicamente

no sistema Scala, no módulo “prancha”, é possível ter acesso às atividades propostas. Na

primeira página desse arquivo há imagens que exemplificam cada uma dessas três primeiras

cores, conforme exemplificado abaixo:

Figura 188: “Cores primárias e secundárias”

Fonte: Scala

A atividade consiste em deletar previamente os exemplos fornecidos e pedir para as

crianças que encontrei outras figuras que sejam predominantemente das cores destacadas,

conforme arquivo abaixo:

Figura 189: “Cores primárias e secundárias – encontre o objeto”

Fonte: Scala

3ª Atividade:

Explicar para as crianças que as cores podem ser misturadas e que dessas uniões obtemos

novas cores. Como suporte à essa etapa há a seguinte prancha que exemplifica essa situação:

Figura 190 – “Cores primárias e secundárias – novas cores”

Page 194: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

202

Fonte: Scala

Essa prancha está disponível no mesmo arquivo acima mencionado, na segunda página. É

possível alterar a página através do botão “Avançar” no canto inferior direito do Scala.

4ª Atividade (EXTRA)

No mesmo que dá suporte à essa atividade, acima mencionado, há um “dado das cores”.

Para utilizá-lo basta exportar essa prancha (através do botão “exportar” na parte inferior do

Scala) e imprimir o pdf gerado. A partir dessa impressão é possível recortar, dobrar e colar o

papel de forma que fique idêntico a um dado, com cada uma das cores em cada face.

(primárias e secundárias)

Representação visual do arquivo disponibilizado:

Figura 191 – “Cores primárias e secundárias – dado das cores”

Fonte: Scala

É possível acessar a descrição dessa atividade através da aba “atividades pedagógicas” no

site do Scala ou a pelo seguinte endereço:

http://scala.ufrgs.br/siteScala/projeto/uploads/prancha_das_cores.zip

JOGO DAS PROFISSÕES

No convívio em sociedade reconhecemos várias atividades que são responsáveis por

nosso conforto, bem-estar, deslocamento e informação/aprendizagem, principalmente. É

importante reconhecê-las e entender as suas atribuições. Nesse sentido a atividade “Jogo das

Profissões” visa explorar algumas das principais profissões existentes. Primeiramente podemos

trabalhar a partir do desejo profissional de cada aluno questionando-os sobre o que gostariam

de “ser quando crescer” e posteriormente apresentar um vídeo sobre o tema. Em um segundo

Page 195: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

203

momento a professora pode utilizar coletivamente o programa Scala, no laboratório de

informática, auxiliando as crianças a elaborarem pranchas sobre cada profissão e, retomando o

sentido que estiver desempenhando cada figura daquela prancha ou narrativa visual.

O jogo das profissões é uma atividade sugerida e disponibilizada publicamente no Scala que

visa estimular o reconhecimento das profissões a partir do jogo de regras confeccionado no

Scala. Direcionada para as crianças das séries iniciais do ensino fundamental, as atividades

propostas também desenvolvem a atenção e a oralidade enquanto exercita os conhecimentos

dos educandos a respeito do papel de cada um na sociedade.

Para desenvolver essa atividade é necessário um computador com internet e uma

impressora. Também são necessários os arquivos “profissões - profissionais” e “profissões -

contexto”, salvos publicamente no módulo “Prancha” do “Scala” para confeccionar o jogo

proposto.

Descrição das Atividades:

Para introduzir a brincadeira é necessário criar um contexto acerca das profissões. O

professor pode conversar com as crianças sobre "o que querem ser quando crescer" ou,

também, perguntar sobre as profissões que as crianças já conhecem. Como apoio à essa

reflexão, sugere-se o seguinte vídeo que aborda o tema:

https://www.youtube.com/watch?v=IRHhlrWkl9E&index=1

A seguir, imprimir as pranchas públicas “profissões - profissionais” e “profissões - contexto”,

a partir do programa Scala, e recortar suas figuras (estas pranchas estão prontas e disponíveis

no Scala, se o professor desejar pode acrescentar mais profissões e suas correspondências

antes de imprimir).

Dividir as crianças em pequenos grupos ou realizar a atividade com o grande grupo,

dependendo da quantidade de alunos e da reflexão inicial realizada com a turma.

Similar ao jogo da memória, o objetivo desse jogo é relacionar as imagens dos

profissionais com as imagens relacionadas às suas respectivas profissões. Exemplo: a figura da

“Professora” é ligada à figura do “Aluno”, a figura do “Pintor” é ligada à figura da “lata de tinta”

e assim sucessivamente.

Nas primeiras rodadas é recomendável jogar com todas as figuras viradas para cima.

Ou seja, para começar, deixar todas as peças dispostas na mesa e com suas figuras viradas

para cima. O primeiro a jogar sorteia uma figura inicial qualquer, após deve tentar achar a

outra figura que melhor se relaciona com essa. Ou seja, se o jogador sortear uma profissão,

deverá encontra qual a atividade ou o objeto que melhor se relaciona com essa profissão. Se

for sorteada uma atividade ou um objeto, o jogador deverá encontrar qual a profissão que

melhor se relaciona com essa atividade ou objeto. Quando o jogador acerta a relação

(profissão com a atividade) ganha um ponto e continua jogando (joga mais uma rodada,

enquanto permanecer acertando). Quando não acerta a relação, passa a vez para o colega

(próximo jogador).

ATIVIDADE EXTRA: Jogo da memória: Similar ao jogo da memória convencional, começa-se

a atividade com as peças viradas todas para baixo. Após definir quem iniciará a atividade, as

Page 196: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

204

crianças desviram as peças aos pares, tentando formar pares entre as profissões e as figuras

dos seus respectivos contextos (objeto, ação ou atividade).

Exemplo das pranchas do jogo:

Figura 192: “Profissões”

Fonte: Scala

Figura 193 – “Contextos”

Fonte: Scala

Esse conjunto de atividades possui arquivos de apoio:

Vídeo de motivação prévia: https://www.youtube.com/watch?v=IRHhlrWkl9E&index=1

Endereço de descrição dessa atividade: atividade ainda não inserida no servidor

DANDO FORMA ÀS FORMAS

Abstrair o formato dos objetos é importantíssimo para o raciocínio lógico matemático. Essa

capacidade é testada e exigida em diversas situações de todo o ensino regular, como

geometria, física e matemática e pode ser um importantíssimo alicerce para futuros

Page 197: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

205

profissionais em carreiras como arquitetura, mecânica ou nas engenharias, por exemplo.

Essa estratégia pedagógica é destinada às crianças da educação infantil e tem por objetivo

ajudar os educandos a identificar as formas geométricas, desenvolvendo a imaginação e

introduzindo alguns conceitos básicos de desenho e geometria.

Para desenvolver essa estratégia é necessário um computador com internet ou um tablet

com o aplicativo Scala instalado. Caso o professor deseje trabalhar com o vídeo educativo,

será desejável um telão, um projetor ou um televisor para a exibição do vídeo para o grande

grupo. Caso o educador deseje trabalhar com as pranchas impressas, será necessária uma

impressora. Para que os alunos possam confeccionar narrativas visuais a respeito do tema, é

desejável uma sala de informática com acesso à internet para utilização da tecnologia Scala

por todos os educandos.

Descrição das Atividades

Mostrar para o grupo as formas geométricas básicas (círculo, quadrado, retângulo e o

triângulo. Essas figuras estão na prancha pública “Formas Geométricas” no módulo “prancha”

do Scala. Caso deseje, o educador pode imprimir essa prancha. Também é possível trabalhar

com o vídeo educativo que trata desse tema a partir do seguinte endereço:

https://www.youtube.com/watch?v=0kjyR9Q2rwE

Demonstrar que as formas geométricas estão presentes no cotidiano de todos, trazendo

exemplos (a porta tem a forma de um retângulo, a bola tem o formato similar ao de um

círculo, o telhado tem a forma de um triângulo e etc..). Para tanto, o professor pode usar a

prancha pública disponibilizada no primeira passo dessa atividade ou utilizar objetos onde seja

fácil realizar essa correspondência (bola, esquadro, caderno, monitor e etc...)

No módulo “Narrativas Visuais” propor para as crianças que criem cenas a partir das formas

geométricas. Para isso a professora pode dividir o grande grupo em grupos pequenos (de no

máximo e participantes) e, posteriormente, imprimir as produções para registrar e partilhar

com os demais colegas aquilo que foi produzido.

Exemplo das pranchas:

Algumas formas mapeadas no arquivo “formas geométricas”:

Figura 194: “formas geométricas”

Page 198: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

206

Alguns exemplos de figuras:

Exemplo de narrativas:

Fonte: Scala

Essa proposta de atividade possui arquivos de apoio:

Vídeo de motivação prévia (formas geométricas):

https://www.youtube.com/watch?v=0kjyR9Q2rwE

Page 199: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

207

Endereço de descrição da atividade: atividade ainda não inserida no servidor.

5.2.3 Jogos de Alfabetização

O Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de

Pernambuco em parceria com o Ministério da Educação elaboraram um manual didático de

apoio aos professores com o objetivo de socializar exemplos de jogos que pudessem auxiliar

no processo de alfabetização.

A importância dos jogos está em sua dimensão cultural a qual interfere diretamente no

desenvolvimento humano, ao longo de toda a vida. Além disso, é veículo de expressão de

práticas culturais, de interação social e possui caráter lúdico, sendo regido por regras sociais.

Na referida publicação, o tipo de jogo escolhido foi o jogo de regras no qual “ a atenção

dos participantes recai sobre o atendimento às regras compartilhadas, embora tais regras

continuem atreladas à construção de um mundo imaginário.” (MEC, 2009, p. 11)

O uso desse tipo de jogos nos processos de alfabetização podem ser enriquecedores na

medida em que possibilitam uma atividade lúdica na qual as crianças podem mobilizar e

experimentar saberes acerca da lógica de funcionamento do sistema alfabético. Porém, o jogo

por si só não garante que o aluno consolide suas aprendizagens, ou seja, é necessário que o

professor como mediador estabeleça suas estratégias. Estratégias, nesse contexto, são

compreendidas como uma fase de planejamento anterior à ação, na qual o mediador articula

os instrumentos e os símbolos levando em consideração o nível real da criança e a zona de

desenvolvimento proximal e que tomará forma em sua ação mediadora.

Segundo Bez (2010) a Ação Mediadora em CA contempla o uso de sistemas de

comunicação alternativa através de uma metodologia, estratégias e recursos. Tal proposta de

ação mediadora está baseada na teoria sócio-histórica, compreendendo o desenvolvimento

humano como um processo que se desenvolve ao longo de toda a vida, nos mais diversos

ambientes culturalmente e socialmente organizados através das interações entre parceiros.

(PASSERINO, BEZ, 2015)

Com base nessa proposta metodológica, conforme as autoras referidas acima, são

necessárias a elaboração de um perfil sócio-histórico dos sujeitos, contendo sua síntese

descritiva e de sua contextualização sociocultural de ambientes – elementos que estão em

interação. Do mesmo modo, o uso e a adaptação de jogos de alfabetização devem levar em

consideração os conhecimentos prévios da criança, além de, a partir disso, proporcionar

oportunidades de aproximação e de reconhecimento do sistema alfabético.

Para tanto, a coletânea de jogos é composta por 10 jogos divididos em três blocos:

jogos de análise fonológica, jogos para reflexão sobre os princípios do sistema alfabético e

jogos para consolidação das correspondências gramofônicas.

O primeiro bloco é composto pelos seguintes jogos: Bingo dos sons iniciais, Caça-rimas,

Dado sonoro, Trinca mágica e Batalha de Palavras. O segundo bloco possui quatro jogos: Mais

uma, Troca Letras, Bingo da letra inicial e Palavra dentro da palavra. O terceiro bloco é

Page 200: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

208

composto pelo jogo Quem escreve sou eu.

A seguir a estratégia pedagógica referente a cada jogo será apresentada conforme o

esquema a seguir:

Figura 195: Itens da estratégia pedagógica

Fonte: autoria própria

Os jogos do bloco 1 foram adaptados para o SCALA usando o módulo pranchas, por

permitir a inserção de imagens nas pranchas de comunicação, as quais possibilitaram uso de

layouts mais próximos de cartelas e fichas. Já, para os jogos do bloco 2 (exceto Palavra dentro

da Palavra), foi utilizado o módulo narrativas visuais por permitir, além das imagens, a

inserção de formas geométricas (balões de fala) e letras. Seguem algumas das estratégias

pedagógicas, a totalidade pode ser consultada no site do projeto em Informações.

PROJETO SCALA

VINCULADO A NÚCLEO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

TEIAS - CNPQ

Jogo adaptado, do Kit “Jogos de Alfabetização” do MEC e UFPE/CEEL, 2009.

Título Batalha de Palavras Público-alvo Crianças em processo de alfabetização que estejam desenvolvendo

a consciência fonológica. Objetivo (s) Compreender a formação das palavras através da identificação das

sílabas. Identificar a sílaba como unidade fonológica. Segmentar as sílabas e comparar as palavras quanto ao número de sílabas.

Recursos/materiais Prancha com 30 imagens.

Page 201: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

209

Descrição sucinta O jogo é composto por 30 fichas com figuras cujos nomes variam quanto ao número de sílabas. Vence o jogo quem tiver mais fichas ao final. A turma pode ser dividida em duplas para jogar. As fichas são distribuídas igualmente e devem ficar com as figuras viradas para baixo. Ambos os jogadores viram a primeira ficha do monte ao mesmo tempo e contam o número de sílabas. Quem tiver a palavra com o maior número de sílabas, fica com a sua ficha e a do adversário. Caso haja empate, as fichas vão sendo viradas até que haja diferença na quantidade de sílabas, ficando o competidor com todas as fichas na rodada.

Descrição visual da atividade (fotos, imagens)

Exemplo de uma das representações visuais do jogo

* Anexar para envio • Pranchas Públicas: Jogo 5 - Batalha Palavras • Batalha de Palavras.doc

Autor Bianca Peixoto Data 30/09/2015  

PROJETO SCALA

VINCULADO A NÚCLEO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

TEIAS - CNPQ

Título Caça Rimas Público-alvo Crianças em processo de alfabetização que estejam compreendendo

que a palavra é constituída de significado e sequência sonora. Objetivo (s) Desenvolver a consciência fonológica, por meio da exploração das

rimas. Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras. Perceber que palavras diferentes podem possuir partes sonoras iguais no final.

Recursos/materiais 4 cartelas iguais com 20 figuras e 20 fichas pequenas com uma figura em cada.

Descrição sucinta Número de jogadores: 4 jogadores ou duplas Meta do jogo: Vence o jogo quem localizar corretamente mais figuras cujas palavras rimam com os nomes das figuras que estão numa cartela.

Page 202: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

210

Cada jogador recebe uma cartela. São distribuídas as 20 fichas igualmente entre os jogadores. Dado o sinal de início do jogo, cada jogador deve localizar, o mais rápido possível, na sua cartela, as figuras cujas palavras rimam com as das fichas que estão em suas mãos. Cada ficha deve ser colocada em cima da figura correspondente na cartela. Quando o primeiro jogador encontrar o par de todas as suas fichas, deve gritar “parou”. Os demais devem contar suas fichas restantes.

Descrição visual da atividade (fotos, imagens)

Exemplo de uma das representações visuais do jogo

* Anexar para envio • Pranchas Públicas: Jogo 2- Caça rimas • Caça Rimas.docx

Autor Bianca Peixoto Data 30/09/2015

PROJETO SCALA

VINCULADO A NÚCLEO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA

TEIAS - CNPQ

Título Troca Letras Público-alvo Crianças em processo de alfabetização, mas que não compreendem

alguns princípios do sistema, como o de que duas palavras diferentes são escritas com letras diferentes e o de que a substituição de uma única letra transforma uma palavra em outra.

Objetivo (s) Compreender as letras do alfabeto e seus nomes.

Compreender que as sílabas são formadas por unidades menores. Compreender que se trocarmos uma letra transformamos uma palavra em outra palavra. Estabelecer correspondência grafofônica.

Recursos/materiais 1 quadro de pregas. 20 fichas com 10 pares de figuras (palavras que diferem em apenas uma letra). Fichas com letras.

Descrição sucinta Ganha o jogo quem acertar a maior quantidade de palavras formadas a partir da troca de letras. Pode ser jogado com 2, 3 ou 4 grupos. O professor coloca no quadro de pregas 5 fichas de figuras e, ao lado, forma com as ficha das letras as palavras correspondentes a essas figuras, deixando na mesa as demais fichas. Coloca, em cima de uma das fichas, outra ficha com uma

Page 203: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

211

figura cuja palavra é muito semelhante à palavra representada pela figura que primeiramente foi colocada (por exemplo, se antes tinha a ficha da figura pato, coloca-se a figura do rato). O desafio é lançado: “Que letra devo trocar para que a palavra pato vire pato?”. O grupo escolhe a letra e coloca no lugar certo. Se o grupo acertar ganha 5 pontos e o professor passa a vez para o outro grupo.

Descrição visual da atividade (fotos, imagens)

* Anexar para envio • Pranchas Públicas: Troca Letras

• Troca Letras

Autor Bianca Peixoto Data 26/11/2015

Page 204: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

212

6 FORMAÇÕES PROMOVIDAS E EVENTOS

Uma das metas do projeto era a promoção da formação de professores, pais e outros

profissionais no uso da comunicação alternativa, com especial ênfase no sistema SCALA.

Ao longo dos três anos de projeto foram promovidas formações diversas para

professores da área de educação especial, da educação regular, profissionais diversos como

fonoaudiólogos, terapeutas, psicólogos e psicopedagogos, entre outros.

Além das formações aqui relatadas foram desenvolvidas palestras em diferentes

municípios entre 2010/2015, entre eles: Porto Alegre, Alegrete, Vacaria, Caxias do Sul,

Farroupilha, Guaíba, Eldorado do Sul, Novo Hamburgo, Gramado, Canela, Vacaria, Brasília,

Florianópolis, São Paulo, Fortaleza, Maranhão, Rio de Janeiro, além de palestras internacionais:

San Juan/Argentina, Montevideo/Uruguai, Murcia/Espanha, Córdoba/Espanha,

Zaragoza/Espanha, Rosario/Argentina, Bogotá/Colombia, Portugal.

Principais formações desenvolvidas no âmbito do projeto:

1) Formação Docente em Comunicação Alternativa

Local: Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED/UFRGS)

Carga Horária: 60h semipresencial

Participantes: Profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Rede Municipal

de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA)

Ministrantes: Liliana Maria Passerino

A proposta foi apresentar aos profissionais que atuam com o Atendimento Educacional

Especializado (AEE) na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, conhecimentos sobre

recursos tecnológicos que proporcionam a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).

Objetivo geral: Discutir e analisar diferentes realidades educacionais vividas entre

alunos com deficiência e seus professores da rede municipal de ensino, visando desenvolver e

implementar alternativas de Tecnologia Assistiva.

Objetivos específicos: Capacitar os professores no uso de recursos tecnológicos que

possibilitam a comunicação aumentativa e alternativa a fim de que estes possam utilizá-los

visando desenvolver a comunicação com pessoas com necessidades especiais em sala de aula.

O público-alvo foi de profissionais que atuam com o Atendimento Educacional

Especializado (AEE) na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA)

Relevância: As tecnologias enquanto recursos de apoio a Educação de alunos com

deficiência têm possibilitado a construção de conhecimentos por outros caminhos mediados por

outros recursos. O investimento na área educacional de recursos voltados à Tecnologia

Assistiva (TA) refletirá na melhoria das práticas educacionais, possibilitando o desenvolvimento

Page 205: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

213

de alunos ativos na aprendizagem, que pensam, falam e escrevem à sua maneira, pois o “não

falar” ou o “não conseguir escrever” não pode ser sinônimo de “não poder aprender”. O curso

surge em função da demanda despendida pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre por meio

da Secretaria Municipal de Educação (SMED), pois de acordo com a assessoria da educação

especial para a educação infantil e ensino fundamental, seus profissionais necessitam de

auxilio no que tange a implementação da Comunicação Aumentativa e Alternativa CAA no

contexto escolar.

Avaliação: Esta ação realizou-se em parceria com a SMED-POA, utilizando-se das

estruturas físicas de ambas as instituições. Promoveram-se encontros presenciais, contando

com o suporte do ambiente virtual, buscando sempre identificar e mapear as dificuldades que

os professores da rede apresentavam ao lidar com as questões de inclusão de alunos que

necessitam de Comunicação Aumentativa e Alternativa. Após o período de identificação das

necessidades, estabeleceu-se uma metodologia de observação através da proposta de

captação de imagens de alunos, e paralelamente a isso, foi feito um levantamento dos

recursos disponíveis nas escolas de atuação. A ação chega ao final, tendo como resultado os

debates entre a teoria exposta e a realidade, que acabam por gerar subsídios que tornarão a

prática cada vez mais significante para o aluno. Além disso, postula-se dar sequência a estes

encontros elaborando assim materiais pedagógicos que poderão resultar em um curso de

capacitação de professores no uso da CAA

2) Formação Docente em Comunicação Alternativa II

Local: Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre/RS

Carga Horária: 64h semipresencial

Participantes: profissionais que atuam com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na

Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre

Ministrante: Graciela Rodrigues e Liliana M. Passerino

Teve como proposta apresentar aos profissionais que atuam com o Atendimento

Educacional Especializado (AEE) na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, conhecimentos

sobre recursos tecnológicos que proporcionam o desenvolvimento da comunicação alternativa.

Objetivo geral: Discutir e analisar diferentes realidades educacionais vividas entre

alunos com necessidades educacionais especiais e os professores da rede municipal de ensino

que atuam nas SIR, visando desenvolver e implementar recursos de comunicação alternativa.

Objetivos específicos: Investigar como CA está sendo construída, enquanto área de

conhecimento, pelos professores da educação especial atuantes nas SIR;

Analisar os sentidos produzidos pelos professores da educação especial acerca da CA,

decorrentes da inserção e utilização destes recursos nas práticas pedagógicas desenvolvidas

nas SIRs.

Os objetivos propostos foram alcançados na medida em cada encontro estava

focalizado em cada um deles. Além disso, com as observações desenvolvidas no espaço da SIR

Page 206: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

214

proporcionaram a explicitação dos mesmos.

O público-alvo foi focado em Educadores especiais que desenvolvem atividades de AEE

nas salas de integração e recursos da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre com alunos

que possuem ausência ou dificuldade na comunicação oral. De forma indireta a coordenação

de Educação Especial da Secretaria Municipal esteve envolvida, porém não participou dos

encontros.

Relevância: Garantir o acesso e a permanência na Escola seja para um aluno com

deficiência ou não, significa inseri-lo em um grupo social e neste, compartilhar ideias, desejos,

pensamentos e opiniões. Para que ocorra esta interação a comunicação é condição fundante.

Uma das alternativas de ampliar e possibilitar um canal de comunicação àquelas pessoas que

não possuem uma linguagem tanto receptiva quanto expressiva que seja suficientemente clara

é a disponibilidade e o desenvolvimento da Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS)

enquanto alternativa de possibilitar uma comunicação a estas pessoas e assim, atuar como um

instrumento de mediação para a sua comunicação. A proposta desta ação de extensão

direcionada à formação permanente de professores da educação especial que atuam em Salas

de Integração e Recursos (SIR) da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RME/POA) é

apresentar a estes profissionais formação pedagógica para efetivar estes recursos junto aos

alunos que necessitem da CAS.

Esta proposta foi articulada pelas experiências de atendimentos na SIR de modo que, a

partir delas, sejam então planejados os recursos de comunicação, valorizando materiais

pedagógicos presentes nas salas assim como o uso no computador como forma de

comunicação.

Avaliação: A proposta de extensão em Formação Docente em Comunicação Alternativa

foi executada de forma satisfatória. As metas descritas acima foram executadas com destaque

para a identificação e mapeamento das necessidades com relação às tecnologias e

metodologias para Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS) e o estabelecimento de uma

metodologia de observação e análise dos casos. Este dois aspectos ganham relevância, pois o

curso pautou-se entre teoria e prática indicando para as professoras participantes que o

planejamento e o desenvolvimento da CAS parte do aluno e suas necessidades de

comunicação e como desenvolve-se sua escolarização. Com isso, o grupo avaliava

continuamente sua prática de atendimento na SIR com a inserção de recursos tanto de

tecnologia quanto de adaptação de atividades e materiais pedagógicos. Como pontos a serem

repensados é o tempo para o desenvolvimento de propostas como esta que alia o

conhecimento da realidade com encontros pontuais.

Concluiu-se, resgatando a importância da formação permanente como possibilidade de

propiciar olhares investigativos às práticas destes educadores que, juntamente com outras

dimensões educacionais, viabilizam os processos de inclusão escolar de alunos com deficiência

no sistema comum de ensino. A aproximação da CA com a Educação Especial emerge, na

experiência desenvolvida, como um campo de conhecimento e ação ensejado pelas políticas

públicas que organizam os fundamentos da inclusão escolar. Cabe, portanto, investirmos na

Page 207: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

215

formação permanente articulada aos contextos reais de trabalho, elencando conhecimentos

que viabilizem cada vez mais a participação de alunos que foram/são silenciados antes mesmo

de terem “falado?”. Sendo assim, torna-se importante destacarmos nosso ensejo de que as

formações não tenham "hora" e "data" demarcadas, mas que possam ser sistemáticas,

inerente à ação de qualquer docente seja ou não da Educação Especial.

3) Criação de histórias como estratégia para o desenvolvimento da comunicação

Local: Farroupilha/RS

Carga horaria: 8horas presenciais

Participantes: 18 professores de informática das Escolas Municipais

Ministrante: Barbara Gorziza Avila, Graciela Rodrigues e Liliana M. Passerino

Objetivos: Proporcionar aos docentes o conhecimento e a utilização de softwares para a

construção de histórias como um recurso pedagógico para o desenvolvimento do processo de

alfabetização dos alunos;

Reconhecer nestes softwares a possibilidade de desenvolver a criatividade, o

desenvolvimento da linguagem oral e escrita dos alunos através da criação de histórias;

Identificar critérios técnicos e pedagógicos que, na percepção dos professores, tornam-

se relevantes na escolha e uso destas ferramentas para a criação de histórias;

Identificar funcionalidades que, de acordo com os professores, seriam desejáveis

para softwares de criação de histórias voltado para o desenvolvimento da linguagem oral e

escrita.

Atividades: As atividades ocorreram em dois períodos, manhã e tarde.

A formação teve duração de 8 horas em caráter presencial. O laboratório de informática

de uma das Escolas foi o local escolhido. Todos os professores presentes tinham à sua

disposição um computador com acesso à internet. A oficina iniciou com a apresentação, pela

Coordenadora do Projeto, das ministrantes. A formação permitiu coletar dados de pesquisa

para identificar requisitos funcionais e não funcionais para o SCALA Módulo narrativas

aplicando um questionário sobre: “O que, na visão dos professores, um software de histórias

precisa ter ou não?”. Este questionário foi construído com a ferramenta Survemonkey. O

questionário, continha oito perguntas para serem respondidas online pelos professores no

seguinte endereço: http://www.surveymonkey.com/s/MDQGXQ6.

Foi apresentado o protótipo do Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de

Pessoas com Autismo (SCALA), com o acompanhamento dos professores sobre as

demonstrações de suas funções. A versão apresentada do sistema foi para desktop.

O SCALA na visão dos professores

Um dos tópicos desenvolvidos na Oficina foi sobre o SCALA. Tratou-se de uma avaliação

a partir do olhar destes professores sobre o sistema. Na oficina foi apresentada aos

professores a versão para desktop e as funcionalidades que o software apresenta. O intuito era

considerarmos as avaliações emitidas pelos professores a partir de questionamentos propostos

de aspectos do software. Resgatamos, neste momento, algumas considerações. A

Page 208: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

216

apresentação do protótipo do sistema SCALA, teve o acompanhamento dos professores sobre

as demonstrações de suas funções. Os professores ressaltaram a necessidade da opção

“Desfazer” em todos os espaços do editor de pranchas. A gravação de áudio repercutiu na

avaliação dos professores, como uma boa alternativa para atividades envolvendo o

desenvolvimento da linguagem. Em contrapartida, os professores criticaram o tom de voz

“mecanizado” oferecido pelo sintetizador adotado no SCALA. Os professores mencionaram que

a versão web deveria rodar offline também, pois muitas escolas não têm internet, ou sua

internet apresenta problemas. Fato este a ser considerado, pois amplia assim o número de

usuários do software e as possibilidades de uso. O idioma foi um dos aspectos mencionados e

que ganhou importância aos professores, pois o SCALA está em português. Em relação ao

design dos ícones, foi sugerido que revíssemos o da função de limpar que, poderia ser uma

vassourinha, atendendo melhor o público que não sabe ler.

Sobre o Software de criação de histórias

As questões contidas no questionário tinham o propósito de conhecer e analisar o que

os professores identificam como importante na escolha de um software de criação de histórias

e mapear que softwares são mais utilizados por eles. Consideraram importante que o software

permitisse criar cenários, montar personagens, editar cada objeto inserido. Todas estas

indicações foram contempladas no módulo Narrativas Visuais. A possibilidade de manipular os

personagens nos softwares também de destaca como muito relevante na visão dos

professores. Proporcionar que o usuário possa rotacionar, inverter posições de personagens.

Todos contemplados no sistema de narrativas que será apresentado a seguir.

A aproximação do software com os propósitos de desenvolver a linguagem repercute

para os professores principalmente pela possibilidade de outras ferramentas com as quais é

possível, com o uso de um recurso tecnológico, neste caso, o software. Para eles, a linguagem

pode ocorrer de várias formas, expandindo-se da escrita, com o uso de imagens, sons,

símbolos, conforme apresentado no parágrafo anterior.

4) Autismo e Tecnologia: abordagem centrada em contextos

Local: Centro Interdisciplinar de Novas tecnologias na Educação - CINTED

Carga Horária: 285h semipresencial

Ministrante: Liliana Maria Passerino, Maria Rosangela Bez, Renata Bonotto, Graciela Rodrigues

Participantes: professores da rede privada de educação Infantil de Porto Alegre

A proposta visou qualificar professores de Educação Infantil de três escolas particulares

de Porto Alegre para o trabalho pedagógico com alunos autistas.

Objetivo geral: Qualificar professores para a inclusão de alunos autistas por meio da

valorização do ambiente como potencializador de ações para o desenvolvimento da

comunicação.

Objetivos específicos: Descrever conceitos e abordagens no autismo;

Explanar sobre a Teoria Sócio-histórica como viés epistêmico-metodológico para uma

Page 209: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

217

abordagem sistêmica;

Apresentar Abordagem Centrada em Contextos;

Criar a identificação de casos de autismo;

Apresentar recursos para intervenção em Autismo: tecnologias da informação e

comunicação e tecnologias assistivas;

Apresentar a teoria e tecnologia no autismo através de estudos de caso;

Apresentar tecnologias assistivas existente para área;

Orientar formas de criar um perfil do sujeito e do seu contexto escolar;

Discutir casos de autismo a fim de capacitar para criação de um planejamento;

Acompanhar e orientar elaboração de um plano de ação através da avaliação e analise

de evidencias focado no contexto do aluno;

Discutir em grupo para troca de experiências os planos de ação.

O público-alvo foram Professores de Educação Infantil de três escolas de Porto Alegre.

Relevância: O curso atendeu à necessidade de formação do corpo docente para o

processo de inclusão de alunos com autismo.

As aulas foram teórico-práticas, levando os alunos a trabalhar os conteúdos abordados

através de atividades práticas de forma individual e em pequenos grupos.

Exposições/discussões relacionadas ao assunto abordado no curso. As aulas aconteceram de

forma semipresencial. As presenciais ocorrerão em laboratório de informática. As aulas a

distância através de videoconferência e ambiente Pbworks.

Avaliação: Esta ação realizou-se em parceria com escolas da rede privada da educação

infantil de Porto Alegre/RS. Foram promovidos encontros presenciais, contando com o suporte

do ambiente virtual, buscando sempre identificar e mapear as dificuldades que os professores

apresentavam ao lidar com as questões de inclusão de alunos que necessitam de Comunicação

Alternativa. Inicialmente apresentou-se a base teórica na visão sócio-histórica, referencial em

torno do autismo, comunicação alternativa e o Sistema SCALA. Em seguida elaborou-se um

perfil sócio-histórico e um perfil do contexto escolar. Com a analise destes pode-se elaborar

ações mediadores para o trabalho em conjunto com toda turma de inclusão. Após sua

execução, no próximo encontro presencial os resultados eram apresentados, e novas ações

mediadoras desenvolvidas, com sugestões de todos os participantes com intuito do

desenvolvimento não só do aluno com autismo, mas da turma toda. Finalizou-se com a

construção de artigos que foram apresentados no V Congresso Brasileiro de Comunicação

Alternativa.

5) Abordagem centrada em contextos: autismo e tecnologia

Local: Alegrete e através de videoconferência no CINTED UFRGS

Publico alvo – Professores rede municipal de ensino de Alegre

Vagas – 30

Carga horária: 80 h/a semipresencial, com dedicação de 8 horas semanais

Ambiente: Pbworks com construção colaborativa

Page 210: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

218

Ministrante: Maria Rosangela Bez e Liliana Maria Passerino

Objetivos da ação: Descrever conceitos e abordagens no autismo;

Explanar sobre a Teoria Sócio-histórica como viés epistêmico-metodológico para uma

abordagem sistêmica;

Apresentar Abordagem Centrada em Contextos;

Criar a identificação de casos de autismo;

Apresentar recursos para intervenção em Autismo: tecnologias da informação e

comunicação e tecnologias assistivas;

A teoria e tecnologia no autismo através de estudos de caso;

Apresentar tecnologias assistivas existente para área

Orientar formas de criar um perfil do sujeito;

Discutir casos de autismo a fim de capacitar para criação de um planejamento;

Acompanhar e orientar elaboração de um plano de ação através da avaliação e analise

de evidencias focado no contexto do aluno;

Discutir em grupo para troca de experiências os planos de ação.

As aulas foram teórico-práticas, levando os alunos a trabalhar os conteúdos abordados

através de atividades práticas de forma individual e em pequenos grupos.

Exposições/discussões relacionadas ao assunto abordado no curso. As aulas aconteceram de

forma semipresencial. As presenciais ocorreram em laboratório de informática. As aulas à

distância através de videoconferência e ambiente Pbworks.

Resultados: Ao final do curso, os participantes relataram que tinham adquirido

embasamento teórico e prático para inclusão de sujeitos com autismo e que a troca de

experiências dos diversos casos apresentados foram elementos importantes para constituir

grupos de estudo e de formação permanente, além de uma rede de colaboração para novos

casos de inclusão.

6) Linguagem e comunicação alternativa (CA)

Local: Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED/UFRGS)

Publico alvo – Professores rede municipal de ensino de Porto Alegre

Vagas – 30

Carga horária: 52 h/a semipresencial, com dedicação de 8 horas semanais

Ambiente: Pbworks com construção colaborativa

Equipe de Trabalho – UFRGS: Dra. Liliana Maria Passerino ((PPGEDU/FACED/CINTED) Doutoranda Renata Costa de Sá Bonotto -(PPGIE/UFRGS) Doutoranda Maria Rosangela Bez - (PPGIE/UFRGS) Mestre Graciela Fagundes Rodrigues - (PPGEDU/FACED/UFRGS/FADERS) Mestre Ana Carla Foscarini (PPGEDU/FACED/UFRGS) Mestranda Sheila Antonio Siloe (PPGEDU/FACED/UFRGS)

Resumo: A proposta deste Curso de Extensão sobre Linguagem e Comunicação

Page 211: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

219

Alternativa (CA) foi apresentar aos profissionais que atuam na Educação Infantil, na Educação

Precoce e Psicopedagogia Inicial da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA),

conhecimentos desta área que, aliados aos seus saberes pedagógicos, possam favorecer a

oportunidade para que alunos com deficiência associadas a limitações na comunicação possam

ter estas dificuldades amenizadas, na medida em que são oportunizados a eles, estratégias e

recursos para sua comunicação, pois não só se deseja a garantia de acesso à Escola como

também sua participação no processo de ensino-aprendizagem concomitante à qualificação dos

profissionais.

Objetivo Geral: Analisar e discutir diferentes realidades educacionais vividas pelos

alunos da Educação Infantil com déficits na comunicação interpessoal e seus professores na

Rede Municipal de Ensino, visando desenvolver e implementar alternativas de Tecnologia

Assistiva para o estabelecimento de uma melhor comunicação entre os alunos com deficiência,

seus professores e colegas, e consequentemente, favorecendo o processo de inclusão escolar.

Público Alvo: Professores que atuam na Educação Infantil, Educação Precoce e

Psicopedagogia Inicial da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (SMED/POA).

Justificativa: Este curso foi planejado em função da demanda da Prefeitura Municipal de

Porto Alegre por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMED), pois, de acordo com a

assessoria da educação especial para a Educação Infantil, há crianças na rede que apresentam

déficits de comunicação e seus profissionais necessitam de auxílio no que tange à

implementação da Comunicação Alternativa. Neste sentido pretendemos apresentar a

Comunicação Alternativa, analisando suas funcionalidades e potencialidades para o

desenvolvimento da linguagem, vista como viabilizadores de interação comunicativa no

ambiente escolar, subsidiando ações que vão ao encontro de uma proposta educacional

inclusiva.

Desejava-se estabelecer um diálogo, onde a troca de experiências e a análise das

diferentes possibilidades resultassem na qualificação profissional de professores

multiplicadores, assim como na incorporação da CA como instrumento de mediação no

processo de interações sociais ocorridas no ambiente escolar e que são fundamentais no

desenvolvimento das aprendizagens e da prática pedagógica dos profissionais.

Conteúdos:

• Linguagem e desenvolvimento na primeira infância sob um enfoque sócio-histórico;

• Precursores da linguagem e da comunicação interpessoal;

• Importância da linguagem no desenvolvimento da criança na Educação Infantil;

• Gestos comunicativos e momentos de atenção conjunta;

• Comunicação alternativa nas atividades pedagógicas e voltadas para as necessidades

dos alunos;

• Uma proposta de uso de comunicação alternativa: o SCALA

Os encontros presenciais foram teórico-práticos, levando os professores a trabalhar os

conteúdos abordados através de atividades práticas em pequenos grupos. Exposições,

aplicações e discussões relacionadas ao assunto abordado ocorreram ao longo do curso

Page 212: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

220

presencialmente e a distância. Participaram da formação 24 professoras. Destas, 5 são

professoras especializadas em Educação Especial e que atuam nos serviços de Educação

Precoce (EP) e/ou Pedagogia Inicial (PI) que se referem ao Atendimento Educacional

Especializado direcionado a crianças da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino. A

Educação Precoce atende crianças do zero aos 3 anos de idade e a Psicopedagogia Inicial dos 4

aos 5 anos e 11 meses. Assim, o grupo de professoras era constituído de 19 professoras que

atuam na Educação Infantil e cinco no Atendimento Educacional Especializado seja na EP ou

então na PI.

A proposta das temáticas envolvia o entrelaçamento entre os contextos de atuação e

os conceitos teóricos que eram apreendidos e estudados com o grupo a cada encontro.

Pode-se mencionar que as temáticas foram: Linguagem e desenvolvimento na primeira

infância sob um enfoque sócio-histórico; Precursores da linguagem e da comunicação

interpessoal; Importância da linguagem no desenvolvimento da criança na Educação

Infantil; Gestos comunicativos e momentos de atenção conjunta; Comunicação Alternativa

nas atividades pedagógicas e Introdução do SCALA: uma proposta de uso de comunicação

alternativa. Ressaltamos que todas as temáticas mencionadas tinham o acompanhamento

de uma ação pedagógica que contemplasse os aspectos desenvolvidos nos encontros

presenciais em que tais temas eram trabalhados. Desse modo, as professoras tiveram a

oportunidade de aproximar os casos de alunos com ausência ou dificuldades na fala para o

contexto da formação, realizando estudo de caso e a partir disso, planejando atividades em

que a Comunicação Alternativa estivesse inserida.

Resultados: Em relação ao perfil do grupo de professoras participantes, construiu-se um

questionário no qual questões acerca da formação, atuação profissional e aspectos

pedagógicos e técnicos sobre o SCALA foram respondidos pelas professoras. O recorte de

análise terá ênfase para os aspectos pedagógicos. Além disso, destaca-se que o questionário

foi respondido por 11 professoras.

Quanto à formação, somente uma professora ainda não possuía curso superior, que

estava em andamento. As demais, seis são graduadas em Pedagogia (Educação Infantil) e

quatro são Pedagogas com habilitação em Educação Especial, a faixa etária encontrava-se

entre 30 a 60 anos. Em relação ao tempo de atuação como professoras na Rede Municipal,

independentemente de ser ou não com Educação Infantil ou EP e PI variava de quatro a 21

anos. Observamos, portanto, um grupo com variadas trajetórias em relação à experiência

como professoras.

Quanto à questão proposta sobre a atuação em sala de aula com alunos com

deficiência, 80% responderam que já atuaram. As deficiências e síndromes mencionadas

foram: Síndrome de Down, Autismo, X-Frágil, Deficiências Múltiplas, Motoras, Visuais,

Físicas, Déficits de Atenção e Paralisia Cerebral. Neste caso, observa-se que a experiência

com a educação inclusiva compõe a prática pedagógica dessas professoras.

Na avaliação pedagógica, no tocante à clareza da proposta educacional do Sistema

SCALA, 100% das professoras responderam que estava clara e 50% adicionaram que a

Page 213: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

221

proposta educacional estava totalmente clara, pois de acordo com o relato de uma

professora participante do curso: “A comunicação visual pela leitura de imagens está

presente no desenvolvimento infantil”. Ainda, 50% das professoras responderam que o

SCALA possuía características que o justificavam para utilização, e 50% que afirmaram que

continha muitas características que justificavam seu uso, acrescentando que as imagens

possibilitam a comunicação quando não há oralidade e que sua substituição, na ausência da

fala, apoia a intenção na comunicação. Já, 70% concordaram totalmente que o SCALA pode

ser utilizado como ferramenta de apoio ao desenvolvimento da comunicação e 30%

concordou que pode ser utilizado para esse fim, acrescentando às suas respostas que as

imagens e os símbolos para a representação da escrita são utilizados, em vários momentos,

na Educação Infantil. A totalidade, isto é, 100% dos professores concordaram que o uso do

SCALA pode apoiar o processo de alfabetização/letramento, enfatizando que as imagens

com a legenda facilitam esse processo, familiarizando os alunos com a representação

escrita.

Quando perguntado se o SCALA possui imagens que atendam a construção de

pranchas de comunicação alternativa para apoiar o desenvolvimento da interação social e

da comunicação do usuário, obtiveram-se os seguintes dados: “concordância total” das

professoras em 60%; “concordância” em 30%, acrescentando que a criança sem oralidade

terá a oportunidade de se comunicar e expressar suas ações e sentimentos; 10%

“discordaram”.

Cabe resgatar aqui, algumas escritas publicadas no Fórum do ambiente virtual em

que as professoras mencionaram com frequência que dentre os principais desafios no

trabalho com crianças que não oralizam são as tentativas de compreendê-las. Conforme

expõe uma professora: “Meu principal desafio sobre linguagem e comunicação é

compreender a comunicação que estas crianças tentam estabelecer comigo. É conseguir

entender o que as crianças querem em certos momentos, por que choram, o que querem

dizer com seus gritos e balbucios, quais as necessidades e desejos que eles tem, nos

diferentes momentos da rotina”.

A mesma pergunta, em relação às imagens, foi realizada com ênfase na construção

de histórias. Obteve-se as seguinte respostas: 30% das professoras “concordaram

totalmente” como apoio ao desenvolvimento através da construção de história; 60%

“concordaram”; e uma professora “discordou”. Houve ainda algumas sugestões de aumento

do número de figuras e de cenários.

Como se pode observar, o SCALA mostrou-se, através dessa análise, uma potente

ferramenta de apoio ao desenvolvimento da interação social e da comunicação. Já no

tocante a proporcionar autonomia ao usuário, 10% “concordaram totalmente, salientando

que a tecnologia é bastante explicativa; 50% “concordaram”, salientando que seja

necessário o processo de mediação para sua efetivação; 20% “discordaram”, considerando

que ele deva ser utilizado por crianças com mais de 5 anos; 10% “discordaram totalmente”

para esse fim; e 10% não souberam responder, por ainda não tê-lo utilizado. Novamente,

Page 214: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

222

100% dos professores “concordaram” que podem ser elaboradas diferentes e diversificadas

atividades com o SCALA, para apoio à oralidade, assim como todos concordaram que a

Tecnologia Assistiva possibilita o desenvolvimento de atividades colaborativas.

Partindo das possibilidades pedagógicas com o SCALA, a produção de atividades foi

uma das propostas de ação no curso. Músicas escritas com pictogramas, histórias e

organização de agendas são alguns exemplos de atividades que foram planejadas e

desenvolvidas com os alunos pelas professoras.

Superar a concepção de formação permanente enquanto aquisição de conhecimentos

acríticos, sem estarem em diálogo constante entre a teoria e a prática, requer pensá-la no

papel da experiência docente como aspecto norteador desta formação. Com esse

entendimento, a experiência evidenciada aponta essas aproximações uma vez que a

necessidade destes conhecimentos perfazem todas as áreas de atuação. Além disso, as

contribuições fornecidas em relação ao uso do SCALA vão ao encontro de desenvolvermos

um sistema de comunicação que possa contemplar as necessidades do usuário assim como

do seu mediador, principalmente para o uso no contexto escolar que vai além dos seus

principais destinatários, os alunos com ausência ou dificuldades na fala.

7) Projeto SCALA

Local: SMED Guaiba/RS

Publico alvo – Professores rede municipal de ensino de Guaíba

Vagas – 30 professores municipais

Carga horária: 4 h/a presencial

A proposta visou qualificar professores da Educação Inclusiva do Município de

Guaíba/RS para o trabalho pedagógico com alunos autistas, com o uso do sistema SCALA.

Objetivo geral: Qualificar professores para o uso do sistema de comunicação

alternativa SCALA.

Objetivos específicos:

Mostrar como utilizar a tecnologia assistiva SCALA;

Apresentar a metodologia do Sistema SCALA, embasada na teoria sócio-histórica

através de ações mediadoras;

Compartilhar experiências de uso do sistema SCALA com crianças com autismo

incluídas no contexto escolar.

Relevância: O curso atendeu à necessidade de formação do corpo docente para o

processo de inclusão de alunos com autismo.

Desenvolvimento: Aula expositiva para apresentação da tecnologia e da metodologia

de uso. Apresentação de alguns casos de crianças com autismo, com troca de experiência

através de relatos dos professores.

Resultados: Esta ação realizou-se em parceria com A secretaria de Educação de

Gauiba/RS. Pelo relato dos professores participantes o sistema SCALA, foi muito útil, pois o

Page 215: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

223

consideraram muito fácil de usar e com as informações passadas da criação de atividades

para a turma toda, muitas ideias surgiram de atividades a serem realizadas. Gostaram

muito do módulo narrativas visuais, pois podem criar histórias com variados temas que

estiverem trabalhando nos projetos.

Foi relatado que o tema da comunicação alternativa é recente pra eles e não

imaginavam como poderia ser fácil de inseri-lo na sua sala de aula, e, como já o fazem em

muitas ocasiões mesmo sem saberem que estavam usando comunicação alternativa.

Quanto ao perfil sócio histórico do aluno e do contexto, já o elaboram em muitos aspectos

quando inicia o ano e apropriam-se de como é cada aluno e como a turma pode se

desenvolver da melhor forma possível, mas não sabiam que poderiam fazê-lo desta forma.

Diversos professores deste município participaram de formações continuadas no V

Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, em 2013, através dos minicursos

oferecidos.

8) Sistema SCALA: Autismo e Comunicação Alternativa

Local: Escola de Educação Infantil Descobrindo o Saber

Publico alvo – Professores, equipe diretiva e funcionários

Vagas – 19

Carga horária: 4 h/a presencial

A proposta visou qualificar toda a equipe, professores, coordenação e funcionários da

Escola de Educação Infantil Descobrindo o Saber, da Rede privada de ensino de Porto

Alegre/RS para o trabalho pedagógico com o sistema SCALA, com vistas à inclusão de

alunos com autismo.

Objetivo geral: Qualificar professores e equipe escola da referida escola para o uso

do sistema de comunicação alternativa SCALA em prol da inclusão e desenvolvimento de

crianças com autismo.

Objetivos específicos:

Mostrar como utilizar a tecnologia assistiva SCALA;

Apresentar a metodologia do Sistema SCALA, embasada na teoria sócio-histórica

através de ações mediadoras;

Compartilhar experiências de uso do sistema SCALA com crianças com autismo

incluídas no contexto escolar.

Relevância: O curso atende a necessidade de formação do corpo docente e equipe

escolar para o processo de inclusão de alunos com autismo, proporcionando, desta forma,

capacitação e formação continuada para um trabalho em conjunto no contexto desta escola.

Desenvolvimento e Resultados: Aulas expositivas para apresentação da tecnologia e

da metodologia de uso. Apresentação de alguns casos de crianças com autismo.

Participação com a troca de experiências ocorrida através de relatos dos professores, desta

forma efetivando-se de forma mais efetiva a formação continuada para inclusão.

Participação mais tímida dos funcionários, por ser a primeira vez que foram incluídos numa

Page 216: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

224

formação e por total desconhecimento da comunicação alternativa.

O SCALA foi apresentado através da projeção na TV e os participantes chamados

interagiram com a tecnologia assistiva. Desenvolveram diversas pranchas e histórias

colaborativamente. Dois tablets com o sistema SCALA foram passando entre os

participantes durante a formação e sendo utilizados simultaneamente.

Percebeu-se grande empolgação, principalmente por parte dos professores das

atividades construídas colaborativamente. Ao final da formação surgiram diversas ideias de

como poderiam utilizar em atividades com a turma toda. Quanto à metodologia do SCALA,

relatam que muitos dos itens mostrados já são utilizados só que não da forma que foi

mostrada, principalmente quando montam o Portfólio dos alunos, o perfil tanto do aluno

como da turma é relatado aos pais, assim como mostrado o contexto da sala de aula e as

atividades desenvolvidas no decorrer de cada semestre.

Como se percebeu, o não conhecimento dos funcionários sobre a comunicação

alternativa foram dados exemplos de vida diária de uso da mesma, como as placas de

trânsito, placas indicativas normalmente utilizadas nas portas dos banheiros.

Como há refeitório na escola foi sugerido que a CA, possa ser usada para mostrar o

cardápio diário aos alunos. Ao final da formação a diretora da escola estava muito animada

e perguntou solicitou novas formações para o caso de decidirem usar tablets com os

alunos.

9) Sistema de Comunicação Alternativa SCALA para Web e Dispositivos Móveis

Local: Centro de Eventos da FAURGS em Gramado - V Congresso Brasileiro de Comunicação

Alternativa

Ano: 2013

Publico alvo – profissionais da área da saúde, escola, familiares e público participante

Participantes – 53

Carga horária: 2 h/a presencial

Objetivo geral: Qualificar profissionais interessados em comunicação alternativa e

inclusão para o uso do sistema SCALA em prol da inclusão e desenvolvimento de crianças

com autismo e de sujeitos com déficits de comunicação.

Objetivos específicos: Mostrar como utilizar a tecnologia assistiva SCALA;

Apresentar a metodologia do Sistema SCALA, embasada na teoria sócio-histórica

através de ações mediadoras;

Compartilhar experiências de uso do sistema SCALA com crianças com autismo

incluídas.

Relevância: O curso atende a necessidade de formação em comunicação alternativa

de forma a abranger profissionais de várias áreas do conhecimento, área em franco

desenvolvimento no Brasil, que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento da

comunicação de pessoas que possuem déficits de comunicação oral.

Desenvolvimento e Resultados: Este minicurso foi oferecido e aprovado para ser

Page 217: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

225

ministrado no V CBCA, em 2013, para formação continuada de professores e demais

profissionais ou familiares e população em geral que têm interesse em conhecer a

comunicação alternativa e o sistema SCALA. Foi desenvolvido em um auditório no Pavilhão

de eventos da FAURGS em Gramado/RS.

Durante o minicurso o projeto SCALA foi apresentado, conceitos de Tecnologia

Assistiva e Comunicação Alternativa; a Metodologia SCALA; a Tecnologia assistiva SCALA

Web e Tablet; exemplos de utilização em diversos contextos, com baixa e alta tecnologia e

as perspectivas de pesquisas futuras do Projeto Scala.

Como resultados desta formação diversas pessoas se cadastraram para uso do

sistema na Web.

10) Comunicação Alternativa e Transtornos do Espectro Autista: mediação e comunicação para

uma inclusão social

Local: Fundação Catarinense de Educação Especial

Ano: 2013

Publico alvo – profissionais (terapeutas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e

professores especiais)

Participantes – 30

Carga horária: 30 h/a presencial

Objetivos do curso: Apropriação do conceito de Comunicação Alternativa;

Conhecimento das principais estratégias e recursos para utilização da CA na sala de

aula;

Conhecimento do potencial da CA como estratégia pedagógica e de mediação com

crianças com TEA;

Experimentação e criação de recursos de CA com sistemas gratuitos disponíveis;

Relevância: O curso atende uma necessidade de formação continuada de

profissionais de áreas variadas em comunicação alternativa da Fundação Catarinense de

Educação Especial em Santa Catarina, com enfoque nos Transtornos do Espectro Autista.

Desenvolvimento: O curso contemplou referencial teórico em torno da comunicação

humana com embasamento sócio-histórico, comunicação alternativa com estratégias e

técnicas comunicacionais, diversos sistemas. Símbolos do ARASAAC apresentados através

do Portal Aragonês de Comunicação Alternativa (). A comunicação alternativa com enfoque

no autismo, com descrição da fundamental importância da comunicação e linguagem no

desenvolvimento humano. Sobre o que se sabe da comunicação no autismo e de formas,

estratégias e técnicas para sua utilização na síndrome em enfoque. Descrevendo etapas

para o uso da CA no TEA. Com apontamentos da importância da intencionalidade de

comunicação e da atenção conjunta para o desenvolvimento no autismo. Diversos softwares

de comunicação alternativa foram utilizados. O Sistema SCALA minuciosamente descrito

tanto da tecnologia assistiva em si como de sua metodologia de aplicação. Também os

aplicativos Picto4me, Araboard e Araword, foram apresentados e instalados com práticas de

Page 218: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

226

uso.

Além das formações mencionadas foram desenvolvidas diversas ações de extensão

abertas à comunidade ao longo de 2011/2012 e 2013, culminando com a organização do V

Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa (VCBCA) em setembro de 2013.

Informações sobre o congresso podem ser obtidas no site

11) Conhecendo o SCALA: Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas

com Autismo

Local: Salão EDUFRGS 2015 – Temática de Inclusão e Acessibilidade - Laboratório de

Informática ICTA - UFRGS – Porto Alegre/RS

Publico alvo – alunos, cursos de Licenciatura da UFRGS

Vagas – 18

Carga horária: 2 h/a presencial

Nome dos oficineiros: Professora Liliana Passerino, Bianca Peixoto, Eduardo Taborda, Deise

Fontoura e Diego Volpatto

Objetivos específicos:

O mini curso tem como objetivo dar suporte ao seu público-alvo, qual seja os alunos dos

cursos de Licenciatura, tendo em vista a importância e a necessidade da ampliação do

conhecimento sobre as novas tecnologias e suas inúmeras possibilidades de uso para

promover a inclusão escolar e social de alunos com deficiência.

12) Conhecendo o Scala

Local: Salão EDUFRGS 2015 – Temática de Inclusão e Acessibilidade - Laboratório de

Informática ICTA - UFRGS – Porto Alegre/RS

Publico alvo – alunos, cursos de Licenciatura da UFRGS

Vagas – 18

Carga horária: 2 h/a presencial

Nome dos oficineiros: Professora Liliana Passerino, Bianca Peixoto, Eduardo Taborda, Deise

Fontoura e Diego Volpatto

Objetivos específicos:

O mini curso tem como objetivo dar suporte ao seu público-alvo, qual seja os alunos dos

cursos de Licenciatura, tendo em vista a importância e a necessidade da ampliação do

conhecimento sobre as novas tecnologias e suas inúmeras possibilidades de uso para

promover a inclusão escolar e social de alunos com deficiência.

13) Ferramentas práticas para a avaliação e planejamento da intervenção para

o desenvolvimento da comunicação e linguagem no autismo

Local: Centro de Integração Empresa-Escola - Rua Dom Pedro II, 861. Bairro Higienópolis,

Porto Alegre, RS

Público-alvo: Fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais,

Page 219: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

227

psicólogos, educadores, pedagogos, estudantes, familiares e demais interessados no

desenvolvimento da linguagem e da comunicação em pessoas com autismo.

Carga horária: 10 horas

Data: 14/11/2015

Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto

14) Comunicação Alternativa na Inclusão Escolar

Local: Núcleo de Tecnologia Educacional - Rua Vigário José Inácio, 4º andar, Centro,

Porto Alegre, RS

Público-alvo: Professores do Atendimento Educacional Especializado da Secretaria de

Educação do RS - Setor de Educação Especial

Carga horária: 8 horas

Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto, Barbara Terra do Monte

Data: 13/11/2015

15) Mini-curso - Título: Comunicação Alternativa na escolarização dos estudantes com autismo

Local: UEB Olinda Desterro Vila Fialho 30, São Luís-MA

Público-alvo: Professores da SEMED (Secretaria Municipal de Educação) de São Luís-MA

Evento: Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Maranhão - Luz, Ciência e Vida

/ TechEduc Night Lit - Tecnologia na Educação Especial

Carga horária: 4 horas

Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto

Data: 22 de outubro de 2015

16) Mini-curso - Título: Comunicação Alternativa na escolarização dos estudantes com autismo

Local: Escola Manuel Beckmam, São Luís-MA

Público-alvo: Professores da SEDUC (Secretaria Estadual de Educação) do Maranhão

Evento: Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Maranhão - Luz, Ciência e Vida

/ TechEduc Night Lit - Tecnologia na Educação Especial

Carga horária: 4 horas

Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto

Data: 23 de outubro de 2015

17) Linguagem, desenvolvimento e Comunicação Alternativa no Autismo

Local: Centro de Retiros, Casa Matriz de Diaconisas, Av. Wilhelm Rotermund, 395 -

Bairro Morro do Espelho, São Leopoldo/RS

Público-alvo: Professores, profissionais, estudantes, familiares e demais interessados.

Promovido por: Pandorga Formação e Faculdades EST (Escola Superior de Teologia)

Carga horária: 20 horas

Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto

Data: 26 e 27 de janeiro de 2015

Page 220: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

228

18) Conhecendo o SCALA: Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas

com Autismo

Local: Unipampa

Publico alvo – Alunos da Unipampa Licenciatura em Química e comunidade em geral

Vagas – 100

Carga horária: 8 h/a presencial

Ministrante: Liliana Maria Passerino

19) Narrando Histórias... Significando Aprendizagens: Scala e suas Linguagens

Local: CAVA 2015 – Universidade Feevale – Novo Hamburgo/RS

Publico alvo – participantes do CAVA 2015

Vagas – 20

Carga horária: 9 h/a presencial

Ministrante: Barbara Terra do Monte e Renata Costa de Sá Bonotto, Liliana Maria Passerino

Resumo: Esse minicurso envolve a reflexão e produção de narrativas visuais com o aplicativo

de Comunicação Alternativa SCALA, desenvolvido no âmbito do Grupo TEIAS (Tecnologia em

Educação para Inclusão e Aprendizagem em Sociedade). O objetivo é discutir as principais

estratégias utilizadas na contação de histórias com o apoio do SCALA na busca por significar as

competências e articulações das crianças na compreensão e construção de estórias e

narrativas. O minicurso possibilitará compreender o processo de desenvolvimento da

linguagem e letramento tendo o foco na mediação e na atenção conjunta, principalmente com

sujeitos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

20) Scala E Comunicação Alternativa

Local: CAVA 2015 – Universidade Feevale – Novo Hamburgo/RS

Publico alvo – participantes do CAVA 2015

Vagas – 20

Carga horária: 9 h/a presencial

Ministrante: Dra. Magali Dias de Souza, Ana Carla Foscarini e Martha Barcelos Vieira, Liliana

Maria Passerino

Resumo: O Minicurso SCALA e Comunicação Alternativa quer apresentar aos seus participantes

conhecimentos acerca da Comunicação Alternativa e Aumentativa, um dos aspectos

relacionados à área cientifica da Tecnologia Assistiva, e pesquisas realizadas pelo Grupo TEIAS

(UFRGS) nessa área de conhecimento. Busca apresentar estratégias e recursos que favoreçam

a comunicação de pessoas com limitações na linguagem oral, melhorando a participação

desses indivíduos na sociedade.

21) Comunicação Alternativa na Inclusão Escolar

Ministrante: Renata Costa de Sá Bonotto, Barbara Terra do Monte

Page 221: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

229

Público-alvo: Professores do Atendimento Educacional Especializado da Secretaria de Estadual

de Educação do RS - Setor de Educação Especial

Local: Núcleo de Tecnologia Educacional - Rua Vigário José Inácio, 4º andar, Centro,

Porto Alegre, RS

Objetivo: Formação dos professores na área das Tecnologias Assitivas

Carga horária: 8 horas

Data: 13/11/2015

Organização de Eventos

V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, com a temática Comunicar para

Incluir - 2013

A pesquisadora foi a Presidente do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, com a

temática Comunicar para Incluir.

Local: O Centro de Eventos da FAURGS – Gramado/RS

O evento teve a participação de 660 inscritos, sendo 330 professores de rede pública que

participaram de alguns dos minicursos promovidos pela equipe executiva, além da participação

no congresso.

Page 222: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

230

7 ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SCALA

O Sistema SCALA tem sido amplamente utilizado nos últimos dois anos em suas

diferentes versões. Para acompanhamento foram realizados vários estudos que são

apresentados a seguir.

Analise técnica do SCALA

A avaliação técnica foi estruturada com perguntas referentes à documentação,

explicações e questões de ordem operacional. As questões foram respondidas por a) 17

professores37 no final do curso de formação Abordagem Centrada em Contextos: Autismo e

Tecnologia realizado numa parceria entre a UNIPAMPA e a Secretaria de Educação e Cultura de

Alegrete/RS, em de 2012, e b) por dois alunos do curso da Ciência da Computação da UFRGS,

em 2013.

As respostas foram classificadas com uma legenda: S - Sim; P - Parcialmente com

MUITAS restrições; P - Parcialmente; P - Parcialmente com POUCAS restrições; N - Não; NA -

Não se aplica; NR - Não respondido.

A tabela 5 refere-se à documentação e explicações disponíveis na tecnologia assistiva.

Tabela 2: Documentação e explicações contidas no SCALA

A documentação do Scala apresenta: S P- P P+ N NA NR

1 O público alvo a que se destina o produto? 3 1 0 1 7 0 5 2 O ambiente computacional possui (sistema operacional, plugins, etc.) necessário para por o produto em funcionamento?

4 1 0 0 6 0 6

3 Os objetivos gerais e específicos a que se destina a Tecnologia Assistiva?

5 1 1 0 4 0 6

4 Os conhecimentos e/ou competências e/ou habilidades que podem ser desenvolvidos através do uso da Tecnologia Assistiva?

6 0 1 1 3 0 6

5 As principais atividades a serem realizadas com o uso do produto, de modo que se consiga explorar bem suas potencialidades?

7 0 1 1 2 0 6

6 Informações sobre o estilo e funcionamento de interface com o usuário?

10 0 1 0 0 0 6

7 Informações sobre as teclas de atalho e as teclas de função disponíveis?

10 0 0 0 1 0 6

8 Exemplos (textos, fotografias, desenhos, etc.) coerentes e dentro do contexto?

10 0 1 0 0 0 6

9 tamanho adequado das letras nas descrições textuais? 4 1 3 2 1 0 6 10 Vocabulário e forma de expressão adequados ao público-alvo ?

10 0 0 0 1 0 6

Fonte: autoria própria

Pode-se constatar que houve uma abstenção considerável de professores nas respostas,

exatamente por desconhecerem questões mais técnicas da tecnologia. Pode-se apontar como

37 Na época da avaliação dos professores, apenas o módulo prancha estava disponível

Page 223: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

231

ponto positivos os 10 professores que apontaram positivamente para as informações sobre o

estilo e funcionamento de interface com o usuário, informações sobre as teclas de atalho e as

teclas de função disponíveis, exemplos coerentes e dentro do contexto e vocabulário e forma

de expressão adequados ao público-alvo no SCALA.

A análise seguinte refere-se a questões operacionais do SCALA, conforme apresentado

na tabela 6.

Tabela 3: Questões operacionais do SCALA

Sobre a instalação e utilização da Tecnologia Assistiva: S P- P P+ N NA NR

1 A Tecnologia Assistiva pode ser executada em diferentes plataformas computacionais?

7 1 1 0 0 1 7

2 A Tecnologia Assistiva funciona adequadamente em diferentes navegadores?

8 0 1 0 0 1 7

3 Há recursos e funcionalidades suficientes no software para que sejam realizadas as tarefas a que ele se propõe?

9 0 1 0 0 0 7

4 O comportamento da Tecnologia Assistiva esteve isento de falhas durante sua utilização’?

4 0 1 1 4 0 7

5 Na ocorrência de erros do sistema, o usuário tem fácil acesso às informações necessárias ao diagnóstico e solução do problema?

4 0 2 0 3 0 8

6 Quando ocorre erro, a Tecnologia Assistiva permite a recuperação dos dados afetados?

5 0 0 1 0 3 8

7 É possível reiniciar atividades interrompidas pelo usuário, a partir do ponto onde ele tinha parado?

6 0 2 0 1 0 8

8 A Tecnologia Assistiva permite transportar dados de forma que uma atividade interrompida continue em outro computador?

6 0 2 0 0 1 8

9 É possível exportar figuras, pranchas, etc, para outros softwares (para um editor de texto, por exemplo)?

7 0 1 0 1 0 8

Fonte: autoria própria

Como na tabela anterior constata-se que muitos professores não responderam as

questões, pelos motivos já descritos anteriormente. Como pontos positivos nas respostas,

podem-se destacar recursos e funcionalidades suficientes no software para que sejam

realizadas as tarefas, funcionamento adequado em diferentes navegadores, execução em

diferentes plataformas computacionais e a possibilidade de exportação de figuras, pranchas,

etc, para outros softwares.

Como pontos negativos, foi relatadas falhas durante a utilização, ocorrência de erros do

sistema e falha nas informações necessárias ao diagnóstico e solução do problema.

Na avaliação técnica da versão web realizada por alunos do Curso de Computação da

UFRGS, por uma questão de espaço e para que não ficassem repetitivas tantas tabelas, apenas

as analises foram apresentadas de forma descritiva.

No tocante às questões sobre a documentação e explicações disponíveis na tecnologia

assistiva os pontos positivos unanimes entres os avaliadores foram: as informações sobre o

estilo e funcionamento de interface com o usuário, informações sobre as teclas de atalho e as

teclas de função disponíveis, exemplos coerentes e dentro do contexto e tamanho adequado

das letras nas descrições textuais.

Page 224: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

232

Já o ponto negativo unanime entre os avaliadores foi o vocabulário e forma de

expressão não adequada ao público-alvo. Metade dos respondentes ainda destacou a não

apresentação do público alvo a que se destina, do produto e objetivos gerais e específicos a

que se destina a TA; dos conhecimentos e/ou competências e/ou habilidades que podem ser

desenvolvidos através do uso da TA; e das principais atividades a serem realizadas com o uso

do produto, de modo que se consiga explorar bem suas potencialidades.

Na analise das questões operacionais do SCALA os pontos positivos unanimes entre os

respondentes foram: a execução do SCALA em diferentes plataformas computacionais;

funcionamento adequado em diferentes navegadores; recursos e funcionalidades suficientes no

software para que sejam realizadas as tarefas a que ele se propõe; comportamento da TA

isento de falhas; possibilidade de reiniciar atividades interrompidas pelo usuário a partir do

ponto onde ele tinha parado; permissão de transportar dados de forma que uma atividade

interrompida continue em outro computador; possibilidade de exportação de figuras, pranchas,

etc., para outros softwares. Como ponto negativo apenas foi descrito a ocorrência de erros do

sistema, o usuário não ter fácil acesso às informações necessárias ao diagnóstico e solução do

problema.

Os alunos da computação avaliaram também a versão dispositivo móvel tablet,

obtendo-se como resultado da análise da questão da documentação e explicações disponíveis

no SCALA. Foi ressaltado de forma unanime entre os respondentes pontos positivos como o

ambiente computacional possuir sistema operacional, plugins, etc. necessários para o

funcionamento do produto; as principais atividades a serem realizadas com o uso do produto,

de modo que se consiga explorar bem suas potencialidades; as informações sobre o estilo e

funcionamento de interface com o usuário; as imagens e textos serem coerentes e dentro do

contexto.

Como aspectos negativos foram elencados o tamanho inadequado das letras nas

descrições textuais. Ainda, metade dos respondentes ressaltou a não apresentação do público

alvo a que se destina o produto, e objetivos gerais e específicos a que se destina a TA, os

conhecimentos e/ou competências e/ou habilidades que podem ser desenvolvidos através do

uso da TA, e a falta de informações sobre as teclas de atalho e as teclas de função disponíveis.

No que tange às questões operacionais obteve-se como resultados na versão Tablet o

ponto positivo de haver recursos e funcionalidades suficientes no software para que sejam

realizadas as tarefas a que ele se propõe. Como negativos destaca-se a ocorrência de erros do

sistema, o fato de o usuário não ter fácil acesso às informações necessárias ao diagnóstico e

solução do problema; a ocorrência de erro, não permitir a recuperação dos dados afetados, e a

tecnologia não permitir transportar dados de forma que uma atividade interrompida continue

em outro computador.

Numa avaliação técnica geral do SCALA web, no tocante à documentação e explicações

disponíveis no Sistema, pode-se constatar a existência de boa relação entre interface e

usuário, com boa compreensão e coerência das funções e funcionamento dos ícones e teclas,

com vocabulário e formas de expressão adequadas ao público-alvo. Quanto as questões

Page 225: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

233

operacionais, o SCALA foi muito bem avaliado por possuir recursos e funcionalidades

suficientes para que sejam realizadas as tarefas, pela possibilidade de execução em diversas

plataformas e com diferentes navegadores, assim como pela possibilidade de exportação de

figuras, pranchas, etc., para outros softwares, pelos dois estilos de avaliadores.

Há questões na avaliação que merecem ser consideradas para um aprimoramento do

SCALA, como a apresentação ao público alvo a que se destina (ainda por adequar), possuir

plugins, necessários para pôr o produto em funcionamento (já resolvido) e uma reavaliação

quanto ao vocabulário e formas de expressão não adequados ao público-alvo (em

desenvolvimento), ocorrência de erros do sistema e falha nas informações necessárias ao

diagnóstico e solução do problema (adequação em desenvolvimento).

Terminadas as análises das avaliações técnicas, inicia-se a seguir análise das avaliações

da usabilidade do SCALA.

Page 226: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

234

8 ESTUDOS DE USABILIDADE

Nesta pesquisa foram realizados dois estudos de usabilidade, o primeiro em 2010/2011

avaliando o primeiro protótipo e, o segundo, entre 2012/2013, com a avaliação do atual

protótipo. Através do estudo de caso buscou-se identificar a usabilidade do sistema para seu

devido aperfeiçoamento. A triangulação de dados se deu a partir de dois métodos de avaliação

que foram relacionados à teoria, extraída da revisão bibliográfica. Os dados obtidos a partir de

fontes distintas convergiram, trazendo assim os resultados ao referente estudo de caso.

8.1 Estudo de Caso 1

O primeiro estudo utilizou-se de uma triangulação de dados a partir de dois métodos de

avaliação: inspeção e teste relacionados com a revisão bibliográfica. Os dados obtidos nas três

fontes distintas convergiram trazendo assim os resultados ao referente estudo de caso.

A metodologia aqui adotada é adaptada a partir da proposta por Rauber (2010) em um

estudo sobre a usabilidade das ferramentas Orkut e Twitter para pessoas com deficiência

visual. Este método consiste na união de dados obtidos em inspeção do sistema com

especialistas, e testes sobre o mesmo com um grupo de usuários. Ambos os métodos contêm

um mesmo roteiro de atividades, organizado em etapas e seguindo uma lógica de uso.

a) Método de inspeção

O método de inspeção não requer a participação de usuários (PREECE, ROGERS.

SHARP, 2008). A inspeção é realizada por um ou mais especialistas, seguindo um roteiro de

atividades e, no caso deste trabalho, tendo por base as heurísticas de Nielsen (1993). A

Inspeção se deu a partir da avaliação do sistema SCALA por parte de uma das autoras, onde

foi realizado um conjunto de dez tarefas representativas de atividades a serem comumente

efetuadas com o apoio da ferramenta.

Nesta parte da pesquisa, a especialista e participante da equipe desenvolvedora do

sistema buscou inspecionar se cada uma das atividades propostas contemplava as heurísticas

de Nielsen, evidenciando assim problemas de usabilidade que surgiram no decorrer da

avaliação.

b) Método de teste

Os testes de usabilidade do sistema SCALA foram estruturados com uma série de

passos, os quais foram seguidos de modo padronizado por todos os integrantes da pesquisa.

Dentre as primeiras estratégias adotadas, destaca-se a escolha intencional de quem seriam os

participantes da avaliação do sistema. Como segunda providência, foram realizadas entrevistas

semiestruturadas, as quais serviram para que se definisse com maior precisão o seu perfil,

Page 227: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

235

verificando se estes sujeitos estariam devidamente enquadrados no público-alvo almejado pelo

SCALA.

O grupo de participantes dos testes de usabilidade foi formado intencionalmente por

quatro educadoras que trabalham com sujeitos afetados por déficits na oralidade, tendo em

vista que a CA já se encontra presente em suas práticas pedagógicas.

Durante a aplicação dos testes, a utilização combinada do método Think Aloud (pensar

em voz alta) foi de suma importância para a coleta de dados. Tal procedimento consiste no

usuário narrar em voz alta todos os seus passos durante a realização das tarefas, evidenciando

construções cognitivas estabelecidas ao longo dos mesmos (NIELSEN, 1993). A realização dos

testes contou com um roteiro que continha 10 atividades (o mesmo utilizado durante a

inspeção), as quais foram organizadas de modo a contemplar o efetivo uso do software. A

execução das atividades se deu em uma mesma máquina, contendo o sistema operacional

Windows XP, tendo os devidos softwares necessários aos testes instalados previamente.

Cada sessão durou em torno de duas horas, quando as participantes realizaram as

tarefas de acordo com o roteiro pré-estabelecido, repetindo em voz alta todo o raciocínio

usado durante a execução das atividades propostas. Todas as sessões foram filmadas e os

movimentos das participantes durante o uso do sistema foram registrados através de um

capturador de tela38.

c). Análise e resultados

Na presente seção é descrita a avaliação do sistema. Salienta-se que as avaliações de

usabilidade, foram aplicadas sobre o protótipo de que se dispunha, não tendo sido ainda

implementada a interface final do SCALA. Porém, tendo em vista que a lógica da interface do

protótipo equivale à interface que está em vias de implementação para a primeira versão do

sistema, observou-se que é possível ter uma boa noção de como o usuário irá responder ao

uso do SCALA em sua versão 1.0.

c.1) Análise Relatório de Inspeção

Com relação à heurística 1 (Feedback), verificou-se que vários objetos clicáveis do

sistema não demonstravam possuir este atributo. Dessa forma, eles se confundem com as

demais imagens da tela, deixando o usuário sem saber ao certo os locais onde se encontram

as funcionalidades do sistema.

Observou-se também problemas no que se refere à heurística 2 (Compatibilidade

do sistema com o mundo real). Poderia ser citado como um ponto de destaque nas

questões relacionadas a essa heurística, o sintetizador de voz, que não emite um som natural,

dificultando a compreensão do mesmo. Entretanto, salienta-se que a busca por um

sintetizador de voz livre, que pudesse ser implementado no sistema SCALA, não foi uma tarefa

38 Foi utilizado para este fim o software Screen Cam, pertencente à empresa Smartguyz, oferecido gratuitamente para testes.

Page 228: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

236

simples para o grupo de pesquisa. A dificuldade de se encontrar ferramentas de código aberto,

cujos pré-requisitos para a manipulação fossem compatíveis com o nível de experiência do

grupo de programadores do projeto. Como estes alunos eram dos primeiros semestres da

graduação, esta tarefa foi bastante complexa, transformando a obtenção do sintetizador numa

verdadeira conquista para o grupo.

Outra falha percebida no sistema ao longo da inspeção foi a heurística 3 (Controle do

usuário e liberdade), pois em muitas ocasiões o sistema não oferece ao usuário a opção de

desfazer suas ações, obrigando-o a retomar o processo para obter algo que tenha perdido em

uma ação errônea. Esta constatação acarreta em uma nova retomada dos requisitos do

sistema, nos quais constam as descrições de todas as suas funcionalidades, com o seu nível de

abrangência. É necessária uma retomada na estrutura do sistema, de modo que todas as

ações tenham previstas formas para o seu cancelamento.

Em nenhum momento a pesquisadora detectou problemas relacionados à heurítica 4

(Consistência), pois o sistema aparenta sempre manter-se dentro de um mesmo padrão. Ou

seja, na visão da especialista, não há modos distintos na execução de funções semelhantes,

nem tampouco janelas que destoem de sua interface principal.

Quanto à heurística 5 (Boas mensagens de erro), encontrou-se algumas falhas

pontuais, as quais se referem a uma falta de explicação ao usuário sobre quais os formatos de

arquivos que o sistema comporta e em que circunstâncias isso ocorre.

A falha recém descrita estende-se também à heurística 6 (Prevenção de erros), pois

não há um aviso claro ao usuário sobre quais tipos de arquivos o mesmo conseguirá trabalhar

dentro do programa.

Na heurística 7 (Minimizar a carga de memória do usuário) observou-se um

problema pontual ocorrido no processo de importação de imagens: não se fazia possível

importar uma imagem diretamente para a tela principal do sistema, ou seja, a imagem era

importada para uma das categorias onde o usuário precisava buscá-las. Isso pode confundir o

usuário no momento em que ele tem que percorrer as categorias em busca de sua imagem

importada.

A heurística 8 (Flexibilidade e eficiência) foi a heurística que apresentou maior

incidência de problemas durante o processo de inspeção. Isso ocorreu porque o sistema não foi

desenvolvido com vistas a abranger uma gama de usuários mais experientes, o que o leva a

falhas no oferecimento de opções alternativas para a execução de tarefas. Quando o projeto

começou a ser desenvolvido, pensou-se diretamente na criança com Transtorno do Espectro do

Autismo não oralizada (foco principal do sistema SCALA). Porém, o avanço do projeto mostrou

que outros usuários, como professores e familiares, estariam envolvidos com a ferramenta,

além da criança. Estes poderão mostrar destreza perante o uso de ferramentas

computacionais, além de a própria criança poder vir a desenvolver tais habilidades a partir do

uso contínuo destas ferramentas.

Quanto à heurística 9 (Diálogo simples e natural), não detectou-se nenhuma

incidência de problemas, visto que o sistema busca utilizar uma linguagem clara e simples

Page 229: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

237

para o seu público-alvo.

Por fim, não foram encontrados problemas na heurística 10 (Ajuda e documentação),

devido ao fato de que os tutoriais do sistema ainda não haviam sido disponibilizados junto ao

mesmo. Pôde-se avaliar aqui somente a posição do ícone Ajuda e a localização dos créditos.

Ambas as opções parecem estar bem visíveis ao usuário, não trazendo problemas referentes à

sua localização.

c.2). Análise Relatório dos testes

Observou-se que nos testes, assim como na inspeção, em vários momentos evidenciou-

se a heurística 1 (Feedback), devido ao fato de o sistema falhar em mostrar quando uma

função está ativada, ou quando a mesma encontra-se em processo de execução. Os problemas

relacionados a essa heurística evidenciaram-se principalmente na primeira atividade, onde

houve mais apontamentos por parte das participantes.

Problemas relacionados à heurística 2 (Compatibilidade do sistema com o mundo

real) foram encontrados na maioria das atividades. Os dois problemas mais comentados pelas

participantes foram o fato de o menu de ferramentas estar situado na parte inferior do sistema

e o fato do sintetizador de voz ser muito mecanizado.

O fato dos outros softwares, comumente utilizados pelas participantes, apresentarem

suas funções no menu superior levou as mesmas a buscarem que o SCALA procedesse da

mesma maneira. Porém, como afirma Torrezan (2009), embora seja necessário manter-se

certa compatibilidade da interface com relação aquilo que o usuário já conhece a criatividade

não deve ser totalmente banida em novas propostas de design. Ou seja, rompimentos de

padrão se fazem necessários para que novas idéias possam ser implementadas. Logo, o grupo

optou por não alterar o lugar do menu de funções apresentado pelo SCALA na parte inferior da

tela.

Quanto à heurística 3 (Controle do usuário e liberdade), assim como na inspeção,

os problemas que mais se evidenciaram foram a falta de mobilidade de alguns itens do sistema

como, por exemplo, o fato de não se poder escolher o local onde será disposto um cartão na

tela. Outro problema relacionado a esta heurística foi a ausência da função desfazer em alguns

momentos de uso do sistema, como acontece quando se exclui um cartão da tela principal. A

opção desfazer já foi discutida anteriormente durante a análise da inspeção de usabilidade. Já

no que diz respeito à mobilidade dos cartões, será necessária uma retomada no documento

dos requisitos do sistema, pois sua implementação modifica, em parte, a lógica sob a qual o

protótipo foi planejado. Contudo, trata-se de uma questão muito pertinente à idealização da

próxima versão do sistema, visto que contempla uma necessidade dos usuários que não havia

sido prevista pelo grupo de pesquisa.

Com relação à heurística 4 (Consistência), duas participantes acharam problemático

o fato do usuário ter que percorrer os diretórios do computador para salvar ou abrir suas

pranchas. Segunda as mesmas, era desejável que todo o processo se desse dentro do próprio

sistema, de modo a não se perder a consistência. Embora todas as participantes tenham

Page 230: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

238

afirmado utilizar o computador com intensidade em suas atividades profissionais, estas duas

ainda apresentam certa dificuldade em navegar pelos diferentes diretórios. Entretanto, o ato

de salvar arquivos e buscá-los na máquina, constitui-se numa prática usual na medida em que

a pessoa realiza atividades apoiadas pelo computador. Tendo em vista que o SCALA deverá

promover também uma aprendizagem sobre a tecnologia a partir do uso da tecnologia,

conforme sugerem Palloff e Pratt (2004), este nível de dificuldade não deverá ser sanado, pois

consiste numa atividade necessária para que o usuário desenvolva sua fluência digital.

As heurísticas 5 e 6, heurística 5 (Boas mensagens de erro) e heurística 6

(Prevenção de erros), não foram lembradas pelas participantes em nenhum momento

durante a realização dos testes.

Já a heurística 7 (Minimizar a carga de memória do usuário) evidenciou-se em

algumas ocasiões, destacando-se principalmente no processo de importação de imagens, no

qual a imagem importada vai para a categoria e não para a tela principal do sistema. Todas as

participantes gostariam que a imagem fosse diretamente para a tela principal e este ponto foi

percebido também durante as inspeções de usabilidade.

O último aspecto levantado nos testes de usabilidade foi a heurística 8 (Flexibilidade

e eficiência) na qual uma das participantes considerou era certa poluição visual cada cartão

conter seus próprios botões (de gravar, ouvir e editar legenda). Entretanto, reconsiderou a

ideia argumentando sobre a facilidade de se dispor das funções em seus respectivos cartões.

Por fim, a heurística 9 (Diálogo simples e natural) e a heurística 10 (Ajuda e

documentação) não foram mencionadas em nenhum momento pelas participantes.

Um esboço mais detalhado sobre os resultados dos testes de usabilidade podem ser visto no gráfico que reúne

todas as contribuições obtidas nos testes de usabilidade (figura 196).

Figura 196 – Gráfico testes de usabilidade

Page 231: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

239

Fonte: Autoria Própria

Quadro 29: Comentários dos participantes.

Legendas Gráfico – Comentários das Participantes A - Atividade Criar Prancha A1 Não sabia se eram necessários um ou dois cliques para ativar as funções. A2 Quando um botão é clicável e quando ele foi ativado? A3 Não sabia se a prancha foi realmente salva. A4 Gostariam que o menu estivesse na parte superior da tela. A5 O que significa limpar prancha? A6 Adotar cores para as categorias. A7 Não gostaria de percorrer os diretórios para salvar as pranchas. A8 Gostariam de poder escolher onde colocar os cartões. A9 Gostaria de saber se o software está executando uma função quando ele

demora a responder. B - Atividade Abrir Prancha B1 Dificuldade em interpretar a que se refere a opção Abrir. B2 Não gostaria de percorrer os diretórios para abrir as pranchas. C – Atividade Editar Legenda C1 Gostaria de modificar a posição da legenda. C2 Gostariam de modificar a legenda apenas clicando na palavra. C3 Gostaria de modificar o tamanho da fonte. C4 Maior clareza nos ícones. C5 Confundiu-se sobre a abrangência do botão “Restaurar”. C6 Poluição visual cada cartão conter seus próprios botões (ideia reconsiderada). D – Atividade Ouvir Legenda D1 A pronúncia do sintetizador é muito mecanizada. D2 Sentiu falta de voz feminina também no sintetizador. D3 Confundiu a abrangência do botão “Ouvir legenda”.

Page 232: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

240

E – Atividade Gravar Legenda E1 É confuso o processo de gravar a legenda. F – Atividade Acessar Tutorial F1 Procurou pelo tutorial na parte superior da tela. G – Atividade Modificar Layout G1 Sente falta das funções estarem no menu superior. G2 Alguns ícones estão muito abstratos, principalmente o do layout. G3 Letra maiúscula para os nomes das funções na tela principal. G4 Gostariam de escolher o número de cartões a serem dispostos na tela. G5 Ficaram confusas quando viram a frase “Cartões poderão ser perdidos”. G6 Perguntou se não havia possibilidade de pranchas estarem interligadas entre si. H – Atividade Excluir Cartões H1 Perguntou pela opção desfazer no momento em que se exclui um cartão. H2 Para excluir um cartão, a participante clicaria sobre o mesmo. Ela não

compreendeu que o botão de fechar o excluiria apenas o respectivo cartão, pois a simbologia do ícone significa fechar tudo.

I – Atividade Importar Imagem e Inseri-la na Prancha I1 Sentiu falta de saber o que vai ser importado (imagem ou prancha?). I2 Não gostou da ideia de que, ao importar uma imagem, ela vai para a categoria,

mas não para a tela principal. I3 Gostaria de escolher onde vai colocar as imagens, não sendo necessariamente

num local específico da tela. J – Atividade Exportar Prancha Não sabiam se a exportação havia sido bem-sucedida ou não.

Fonte: Avila, 2011.

O protótipo sobre o qual foram realizadas avaliações de usabilidade por docentes

também foi submetido à avaliação a partir de intervenções realizadas com uma criança com

Transtorno do Espectro do Autismo. O processo de inserção do SCALA no cotidiano da criança

como um sistema para o estabelecimento da Comunicação Alternativa foi antecedido por um

período de uso de recursos de baixa tecnologia, com cartões de comunicação e pranchas

desenvolvidos em material impresso.

Outros softwares ainda foram explorados de forma concomitante ao uso do SCALA com

o intuito de observar preferências da criança e recursos que poderiam vir a ser adotados pelo

software em desenvolvimento.

As observações sobre a apropriação da criança por recursos multimidiáticos deram

ensejo a uma série de considerações a respeito do desenvolvimento do sistema SCALA.

Observou-se, por exemplo, uma tendência à dispersão das atividades propostas quando a

criança interagia com periféricos como o teclado ou o mouse do computador. Desse modo, a

possibilidade de uso de telas touch screen passou a ser considerada como uma opção para

facilitar o uso das pranchas elaboradas através do software. Além disso, o uso do touch screen

configura-se como uma tendência em tecnologias móveis, como os tablets e aparelhos

celulares.

Percebeu-se também que o tamanho das imagens, previamente idealizado para o

software, estava aquém das necessidades da criança, que não as compreendia como

instrumentos para a comunicação quando estas não traziam representações suficientemente

claras. Para se chegar ao tamanho de imagem ideal, foram realizadas intervenções com mídia

Page 233: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

241

impressa e com os softwares Amplisoft e SCALA. Cartões de comunicação com tamanho a

partir de 250px x 250px foram aceitos com maior facilidade como instrumentos para a

comunicação pela criança.

Outro aspecto interessante observado foi a sua preferência por participar em atividades

que demandavam a socialização com outras crianças à atividades individuais. Embora

estratégias envolvendo atividades coletivas possam ser desenvolvidas no software SCALA sem

maiores dificuldades, ainda assim, tal observação dá margem à reflexão sobre a proposta na

qual está sendo desenvolvido o módulo história, idealizado previamente como um recurso para

atividades individuais.

8.2 Estudo de Caso 2: Analise da usabilidade do SCALA

Neste estudo de caso, para avaliação da usabilidade participaram professores que

receberam as formações entre 2012 e 2013.

As respostas foram classificadas com uma legenda: S - Sim; P - Parcialmente com

MUITAS restrições; P - Parcialmente; P+ - Parcialmente com POUCAS restrições; N - Não; NA -

Não se aplica; NR - Não respondido.

Tabela 4: Avaliação usabilidade do SCALA/1

No que diz respeito à forma do usuário se comunicar com a Tecnologia Assistiva:

S P- P P+ N NA NR

1 O tipo de interface utilizado é adequada ao público-alvo a que se destina?

17 1 0 0 0 0 1

2 As representações das funções da interface (ícones, menus, etc.) são fáceis de serem reconhecidas/entendidas?

15 2 2 0 0 0 0

3 As funções são fáceis de serem utilizadas? 15 0 2 2 0 0 0 4 A quantidade de informação colocada em cada tela é apropriada ao público-alvo a que se destina?

17 1 1 0 0 0 0

5 A interface é isenta de erros de linguagem? 15 0 1 0 1 0 2 6 Possui comportamento semelhante em situações semelhantes, ou seja, solicita do usuário ações similares para tarefas similares?

15 1 1 1 0 0 1

7 As mensagens exibidas são amigáveis, claras e fáceis de serem entendidas, estando de acordo com o público-alvo a que se destina ?

15 0 0 3 0 0 1

8 Apresenta mensagem alertando ao usuário sobre a impossibilidade de se realizar determinada ação, no caso de algo indevido ter sido solicitado?

14 0 3 0 0 0 2

9 O tempo de resposta para as operações interativas é adequado ao público alvo a que se destina?

10 0 1 1 3 1 1

10 A animação, o som e outras mídias são agradáveis? 15 0 0 0 2 0 2 11 Oferece a opção de tirar o som, caso necessário? 13 0 1 0 2 2 1 12 As cores são utilizadas com equilíbrio, ou seja, são bem distribuídas evitando assim poluição visual?

18 0 1 0 0 0 0

13 Pode ser utilizado de formas diferentes dependendo da experiência do usuário em utilizá-lo?

18 0 0 0 1 0 0

14 Possui a possibilidade de inserção de novos elementos por parte do usuário?

17 0 1 0 0 0 1

Fonte: autoria própria

No tocante à usabilidade constata-se que o SCALA foi muito bem avaliado pelos

Page 234: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

242

respondentes. A interface foi considerada adequada, tanto no que se refere a disposição e

quantidade de informações, com equilíbrio e distribuição de cores, possibilidade de inserção de

novas imagens e de uso conforme experiência do público-alvo a que se destina.

Nesta avaliação diversos professores fizeram colocações descritivas do que

consideraram sugestões de aprimoramento. Como positivo, foi destacado possuir recursos de

suma importância, fácil acesso, despertando interesse do usuário, essencial ao apoio ao

desenvolvimento e autonomia, ótimo recurso pedagógico de tecnologia assistiva e

Comunicação Alternativa, e ser gratuito. A possibilidade do despertar da leitura, exploração da

coordenação motora, atenção e concentração, despertar desenvolvimento de habilidades, da

atenção e da dinamização de propostas comunicativas, incentivando a ação do sujeito com

transtorno.

A proposta educacional é muito clara, fácil de entender, bem explicativa. As funções são

fáceis de serem utilizadas, além de ter informações bem colocadas. A possibilidade de uso com

a turma toda e, não só com o aluno com a síndrome, é um recurso excelente, pois permite a

criação, interação e construção de conhecimento de todos envolvidos.

As sugestões de aprimoramento como: solicitação de uma metodologia de uso no

software, opção de arrastar imagens, demora de resposta e carregamento das imagens, e que

a opção exportar tivesse mais tipos de extensão, ter um sistema de busca de imagens, letras

maior, em caixa alta, padronização das fontes, possibilidade de ampliação das imagens e letras

para uso com baixa visão.

Tem-se como resultado das sugestões, a metodologia de uso que é contemplada no

estudo. A opção de arrastar foi contemplada no dispositivo móvel, a demora de resposta e

carregamento de imagens está em processo de aprimoramento, o sistema de busca das

imagens será contemplado em um estudo de doutorado de aluna que inicia em 2014. A

padronização das fontes (letras) já foi realizada.

Após esta análise de usabilidade, principalmente a do curso de professores, sentiu-se a

necessidade de uma reformulação das perguntas a fim de torná-las mais claras e objetivas, e

obter um perfil ampliado destes professores. Esta reformulação baseou-se em Preece, Rogers

e Sharp (2007).

Desta forma, mais três cursos de formação continuada avaliaram a usabilidade do

SCALA na versão web nos módulos prancha e narrativas visuais. Três professoras do curso

“Autismo e Tecnologia: Abordagem Centrada em Contextos”, 11 professoras do curso

“Linguagem e Comunicação Alternativa (CA)”, ambos em 2012. Oito professoras do curso

“Comunicação Alternativa e Transtornos do Espectro Autista: mediação e comunicação para

uma inclusão social” em 2013. Portanto foram um total 22 avaliadores.

Os avaliadores foram todos do sexo feminino, seis professores com idade até 30 anos,

dez com idade de 31 a 50 anos e cinco com idade superior a 50 anos, e uma professora não

colocou a idade, conforme mostra o gráfico da figura 197.

Page 235: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

243

Figura 397: Gráfico idade dos avaliadores do SCALA

Fonte: Autoria Própria

No tocante à formação desses avaliadores, são 17 pedagogos, duas terapeutas

ocupacionais, uma fonoaudióloga, uma monitora e uma estudante de pedagogia. O tempo de

atuação profissional é apresentado conforme o gráfico da figura 198.

Figura 198: Gráfico tempo atuação profissional dos avaliadores do SCALA

Fonte: Autoria Própria

Constata-se que a maior parte dos profissionais tem grande experiência em suas áreas

de atuação o que se considera que qualifica a avaliação.

Ainda, foi solicitado aos avaliadores o tipo de deficiência com a qual tem experiência, na

Tabela 8 apresenta-se os resultados.

Tabela 5: Experiência dos avaliadores por tipo de deficiência

Síndrome de Down 6 Deficiências múltiplas 11 Deficiência auditiva 6

Page 236: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

244

Autismo (TEA) 14 Deficiência visual 10 Deficiência Mental 2 Paralisia cerebral 2 Transtorno Global do Desenvolvimento TGD) 4 Deficiência Física 2 Síndrome do X Frágil 2 Malformações 1 Síndromes 1 Cornélia de Lange 1 Deficiência Motora 7 Deficiência Intelectual 8 Atraso no DNPM 1 Transtorno do déficit de atenção (TDAH) 1

Fonte: Autoria Própria

A tabela 5 mostra experiência de 10 anos ou mais dos avaliadores no autismo (TEA),

seguido pelas deficiências múltiplas e deficiência visual, 5 a 9 em Deficiência intelectual,

motora e auditiva e na faixa com menos de 5 anos em, TGD, Deficiência metal, física, paralisia

cerebral, síndrome do X Frágil, malformações, síndromes, Cornélia de Lange, atraso no DNPM

e TDAH.

As perguntas do questionário avaliativo de usabilidade, ou seja, das facilidades ou

dificuldades que o usuário possui ao utilizar o SCALA tiverem a legenda: CT - concordo

totalmente; C - concordo; D - discordo; DT - discordo totalmente e NSR - não sei responder.

Os resultados são apresentados na tabela 6.

Tabela 6: Avaliação usabilidade do SCALA/2

No que diz respeito à forma do usuário se comunicar com a Tecnologia Assistiva:

CT C D DT NSR

1 O tipo de apresentação visual utilizado é adequada ao público a que se destina?

7 13 2 0 0

2 O SCALA possui uso adequado das cores em sua apresentação visual?

11 11 0 0

3 Há uniformidade na apresentação visual entre os módulos prancha e história do SCALA?

11 8 1 2

4 As funcionalidades do SCALA são representativas? 6 16 0 0 5 As funcionalidades dos menus são claras e objetivas para as funções que exercem?

11 11 0

6 As funções são de fáceis de serem utilizadas? 10 10 2 0 7 As categorias de imagens do SCALA são representativas ? 6 15 1 0 8 Da a possibilidade de incluir novas imagens por parte do usuário, cada haja necessidade?

16 6 0 0

9 Da a possibilidade de incluir novo símbolo por parte do usuário, cada haja necessidade?

12 8 2

10 As imagens contidas nas categorias são representativas ao seu conteúdo?

8 14 0 0

11 As animações existentes na categoria ações pode ser útil ao desenvolvimento da comunicação?

13 8 0 1

12 Ao ser executada alguma funcionalidade no SCALA abre-se uma nova janela e todas estão funcionando?

6 9 0 7

13 O som utilizado para a leitura da prancha ou história é claro e agradável?

2 3 3 0 14

14 Há no SCALA uma indicação visível de que quando uma funcionalidade é solicitada está sendo carregada até que fique habilitada?

5 9 2 2 4

Page 237: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

245

15 Há no SCALA uma disposição adequada das funcionalidades e categorias?

8 11 3

16 A linguagem empregada no SCALA é clara e objetiva? 13 9

17 O tamanho, cor, fonte, forma das letras é adequada ao público que se destina?

5 9 7 1

18 Quando ocorre algum erro na execução de alguma funcionalidade o SCALA mostra uma mensagem ou aviso ao usuário?

5 7 1 9

19 Há opção no SCALA do usuário voltar atrás numa ação executada (desfazer)?

12 7 1 2

20 Todos os comandos estão funcionando adequadamente 3 11 5 3

21 O SCALA possui tutorial de ajuda caso o usuário encontre alguma dificuldade?

10 11 1

Fonte: Autoria Própria

Como se pode perceber, a usabilidade do SCALA foi muito bem avaliada na maioria dos

quesitos. Importante salientar que um número expressivo de avaliadores não soube responder

à questão 13, em virtude de os computadores utilizados nos cursos não terem caixa de som ou

fones de ouvido, o que prejudicou a avaliação do som. Como pontos de alerta para futuras

atualizações no SCALA deve-se encontrar uma forma de alteração para o tamanho da fonte a

fim de, adequá-las ao público que se destina e uma testagem de todos comandos para o bom

funcionamento do SCALA.

Também foi solicitado aos avaliadores atribuírem um grau aos adjetivos que

consideravam descrever o SCALA. Os resultados são apresentados na tabela de escalonamento

a seguir.

Tabela 7: escala de diferencial semântico atribuídos ao SCALA

Atraente 14 2 2 1 2 Feio Claro 13 4 1 2 1 Confuso Sem Cor 2 5 1 2 3 7 Colorido Interessante 13 2 4 1 1 Sem graça Maçante 2 3 2 14 Agradável Útil 12 6 1 1 1 Inútil Pobre 1 4 5 10 Bem projetado

Observa-se que um dos avaliadores não respondeu a nenhum dos adjetivos, um não

respondeu sobre o adjetivo da cor e um não respondeu sobre o adjetivo bem projetado/pobre.

De forma geral o SCALA foi muito bem avaliado quanto a ser atraente, claro,

interessante, agradável e bem projetado. Causou também satisfação a questão da cor, vindo

ao encontro com nossos estudos sobre as cores suaves e frias terem um efeito calmante no

autismo, conforme aponta Moffitt (2011). Também cores mais sóbrias, segundo Campos

(2008) tornariam o ambiente mais calmante e confortável, pois o excesso de cor poderia

causar alguma hipersensibilidade.

E para finalizar a avaliação, foi solicitado aos avaliadores de forma descritiva que

apontassem pontos negativos e positivos do SCALA. No quadro 29 apresentam-se os

resultados

Page 238: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

246

Quadro 30: pontos positivos e negativos avaliados no SCALA web

Pontos positivos Pontos negativos 2 Prático e simples 1 Opção de colocar cores nas células 4 Fácil de utilizar 4 Nome das imagens em caixa alta 1 Inúmeras possibilidade de

comunicação 6 Falta sistema de busca das imagens

1 Facilita o letramento 2 Alguns erros na produção do som 1 Ótimas imagens 1 Apresentar uma imagem representativa

para cada nuvem 4 Claro e objetivo 1 Opções de molduras variadas com diversas

espessuras 1 Ferramenta eficiente 3 Possibilidade de aumento da fonte 1 Eficaz a quem se destina 1 Ter a opção de incluir categorias 1 Possibilidade de trabalhar com mais de

uma prancha de cada vez 1 Aumentar tamanho das imagens

1 Possibilidade de uso com a turma toda 1 Possibilidade de aumento das animações 1 Melhorar leitor de voz

Page 239: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

9 PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA VINCULADA AO PROJETO SCALA (2012-2016) e ORIENTAÇÕES REALIZADAS

A lista completa das produções vinculadas ao projeto também pode ser acessada no

site do projeto

9.1 Produção em 2012

Artigos completos publicados em periódicos

AVILA, Barbara G.; PASSERINO, Liliana Maria; REATEGUI, Eliseo. Proposta de uma metodologia para a construção de um sistema de CAA focado no contexto de seus usuários. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 20, p. 87-96, 2012. BEZ, M. R.; PASSERINO, Liliana Maria. Avaliação e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sujeitos com Transtornos Globais do Desenvolvimento Através do Uso de Inventários. RETEME - Revista de Tecnologias e Mídias na Educação, v. 2, p. 60-79, 2012.

BEZ, M. R.; PASSERINO, Liliana Maria. 2.0: software de comunicação alternativa para web. Revista Avances Investigación en Ingeniería , v.9 n. 1 2012, p.120-127.

Capítulos de livros publicados

PASSERINO, Liliana Maria. Comunicação alternativa, autismo e tecnologia: estudos de caso a partir do SCALA. In: Theresinha Guimarães Miranda; Teófilo Alves Galvão Filho. (Org.). O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. 1ed.Salvador/BA: Editora da Universidade Federal da Bahia, 2012, v. 1, p. 217-240.

BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M.; VICARI, R. M. SCALAndo em Tablets : comunicação alternativa em foco. In.: Educação e Contemporaneidade: contextos e singularidades. Salvador: EDUFBA, 2012, v.1, p 223-248. ISBN nº 978-85-232-1040-3. PASSERINO,L. M.; BEZ, M. R. Building an Alternative Communication System for Literacy of Children with Autism (SCALA) with Context-Centered Design of Usage. Book Chapter. Autism (INTECH). ISBN 980-953-307-737-1 Book edited by: Prof. Michael Fitzgerald. Department of Psychiatry, Trinity College, Dublin, Ireland 2012 [Prelo]

Trabalhos completos publicados em anais de congressos

FOSCARINI, A. C.; PASSERINO, Liliana Maria. Mediação e Desenvolvimento no Atendimento Educacional Especializado através do uso de artefatos tecnológicos. In: ANPED SUL Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - A Pós-Graduação e suas interlocuções com a Educação Básica, 2012, Caxias do Sul/RS. X ANPED SUL Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - A Pós-Graduação e suas interlocuções com a Educação Básica, 2012. v. 1. p. 1-15.

BEZ, Maria Rosangela; PASSERINO, Liliana Maria; VICARI, Rosa Maria. Proyecto SCALA: comunicación alternativa en tablets. In: Congreso Tecnología Educativa, 2012, Cartagena/ES. VII - TECNONEET: Respuestas flexibles en contextos educativos diversos. Cartagena/ES: Imprenta QDH, 2012. v. 1. p. 1-7.

BEZ, Maria Rosangela; PASSERINO, Liliana Maria. Dispositivo móvel Tablet na educação especial: pesquisa exploratória. In: Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2012, Cartagena das Indias/CO. Actas IV Congreso

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248

Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles - CAVA 2012, 2012. v. 1. p. 1-7.

COUTINHO, K. S.; Foscarini, A. C.; PASSERINO, Liliana Maria. A Afetividade na Construção dos Processos de Comunicação em Crianças com Autismo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL; ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2012, São Carlos/SP. Anais V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) e VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial, 2012. v. 1. p. 1-10. SOUZA, M. D.; AXT, Margarete; PASSERINO, Liliana Maria. A Tecnologia Assistiva como Potencializadora da Inclusão escolar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL; ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2012, São Carlos/SP. Anais V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) e VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial, 2012. v. 1. p. 1-10. RODRIGUES, G. F.; PASSERINO, Liliana Maria. Sala de recursos Multifuncionais e Comunicação Alternativa: desafios de ir além. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL; ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2012, São Carlos/SP. Anais V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) e VII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação Especial, 2012. v. 1. p. 1-10. Resumos publicados em anais de congressos

SOUZA, M. D.; AXT, Margarete; PASSERINO, Liliana Maria. O Apoio da Tecnologia Assistiva na reaproximação de um aluno do território escolar.. In: Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão, 2012, São José dos Campos. Anais 5º Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão (CONADI 2012). v. 1. p. 54-54.

Patentes e registros

PASSERINO, Liliana Maria; BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; MELO, J. P. M.. SCALA-WEB. 2012. Patente: Programa de Computador. Número do registro: 016120006172, título: "SCALA-WEB" , Instituição de registro: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: Comunicação alternativa; Autismo; tecnologia assistiva; déficits de comunicação. Referências adicionais: Brasil/; Finalidade: Tecnologia Assistiva de Comunicação Alternativa para autismo e déficits de comunicação com apoio de uma metodologia; Plataforma: PHP; JAVA SCIRPT; Ambiente: Aplicativos desenvolv. sist. de acordo com determ. metodologia; Inst. promotora/financiadora: CAPES; CNPQ; FAPERGS.

Editora Associada

PASSERINO, Liliana Maria. Editora Associada. Revista: Informática na educação: teoria & prática Número: Deficiência, Educação e Tecnologias Assistivas. Porto Alegre: UFRGS. v.15, n. 2, 252p., 2012. e-ISSN: 1982-1654 Inst. promotora/financiadora: PPGIE/CINTED/UFRGS. PASSERINO, Liliana Maria. Editora Associada. Revista: Informática na educação: teoria & prática Número: Comunicação Alternativa, Tecnologias Assistivas, Práticas Sociais e Pedagógicas. Porto Alegre: UFRGS. v.16, n. 2, 252p., 2013. e-ISSN: 1982-1654 Inst. promotora/financiadora: PPGIE/CINTED/UFRGS Demais tipos de produção

BEZ, Maria Rosangela; PASSERINO, Liliana Maria. Abordagem centrada em Contextos: Autismo e Tecnologia. 2012. (Curso de curta duração ministrado/Extensão). PASSERINO, Liliana Maria; Foscarini, A. C.; RODRIGUES, G. F.; BONOTTO, R. C. S.; SITOE, S. A. . LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA (CA). 2012. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).

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249

PASSERINO, Liliana Maria; RODRIGUES, G. F.; BEZ, Maria Rosangela. AUTISMO: PELOS CAMINHOS DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA. 2012. (Curso de curta duração ministrado/Extensão). 9.2 Produção em 2013

Artigos completos publicados em periódicos

PASSERINO, Liliana Maria; BEZ, M. R.; BEZ, M. R.; VICARI, R. M. Formação de Professores em Comunicação Alternativa para crianças com TEA: contextos em ação. Revista Educação Especial (UFSM), v. 26, p. 619-637, 2013. ÁVILA, B. G; PASSERINO, L. M.; TAROUCO, L. M. R. Usabilidade em tecnologia assistiva: estudo de caso num sistema de comunicacao alternativa para crianças com autismo. Revista Latinoamericana de Tecnología Educativa – RELATEC. v 12, n. 2, 2013, p. 115-129. BEZ, M. R.; RICO, Aline; PASSERINO, Liliana Maria. Desenvolvimento de narrativas visuais no SCALA: estudo de caso turma de inclusão da Educação Infantil. Revista Informática na Educação Teoria e Prática (Impresso), v16, n.2, 2013, p. 77-88. PEREZ, CLAUDIA C. C.; GLUZ, J. C. Sistema de busca semântica para o SCALA. Revista Informática na Educação Teoria e Prática (Impresso), v16, n.2, 2013, p. 105-116. Livros publicados/organizados ou edições

PASSERINO, Liliana Maria; BEZ, Maria Rosangela; PEREIRA, A. C. C.; PERES, A.; Comunicar para Incluir. 1. ed. Porto Alegre: CRBF, 2013. v. 1. 476p . Capítulos de livros publicados

BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. Viajando pelos caminhos da comunicação: Tecnologia móvel SCALA com crianças com autismo incluídas na educação infantil. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre: CRBF, 2013, v. 1, p. 173-193. PASSERINO, Liliana; BEZ, Rosangela,. Building an Alternative Communication System for Literacy of Children with Autism (SCALA) with Context-Centered Design of Usage. In: Michael Fitzgerald. (Org.). Recent Advances in Autism Spectrum Disorders - Volume I. 1ed.Croatia: InTech, 2013, v. 1, p. 655-670. PASSERINO, Liliana Maria. Anjos Tecnológicos na Torre de Babel: reflexões sobre o uso da Comunicação Alternativa em dispositivos móveis. In: Maria Claudia Brito;Andréa Regina Nunes Misquiatti. (Org.). TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO E FONOAUDIOLOGIA: atualização multiprofissional em saúde e educação. 1ed.Curitiba: EDITORA CRV, 2013, v. 1, p. 209-228. SOUZA, M. D.; PASSERINO, Liliana Maria . A Comunicação Alternativa na Escola Inclusiva: possibilidades e prática docente. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre/RS: CRBF, 2013, v. 1, p. 99-117. RODRIGUES, G. F.; PASSERINO, Liliana Maria. "Comunicar Sim, Mas Como?" Os sentidos produzidos sobre a Comunicação Alternativa por professores de Educação Especial. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez; Ana Cristina Cypriano Pereira; Adriana Peres. (Org.). Comunicar para Incluir. 1ed.Porto Alegre/RS: CRBF, 2013, v. 1, p. 221-238. Trabalhos completos publicados em anais de congressos

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BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M.; SITOE, S. A.. AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA DA TECNOLOGIA ASSISTIVA SCALA: SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA LETRAMENTO DE PESSOAS COM AUTISMO. In: Colóquo Educação Especial e Pesquisa, 2013, Canela/RS. Anais I Colóquio Educação Especial e pesquisa: História, política, formação e práticas pedagógicas, 2013. v. 1. p. 1-11. BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; POLO, L. F.; PASSERINO, L. M. Dispositivo móvel SCALA: Desenvolvimento técnico e metodológico. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para Incluir, 2013. v. 1. p. 1-16. BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; PASSERINO, L. M. SCALAWEB: Desenvolvimento módulo narrativas visuais. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: Comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-15. COUTINHO, K. S.; BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. Análise de Contexto em Interações com o SCALA Tablet Mediando a Comunicação de Alunos Incluídos com Autismo. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-15. BEZ, M. R.; CHARAO, P. S.; ANDRIOTTI, I. C. C.; PASSERINO, L. M.. Relato experiência: uso do SCALA em turma inclusiva. In: Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-16. BEZ, M. R.; RICO, A.; PEREIRA, E. C.; PASSERINO, L. M. Desenvolvimento de narrativas visuais no SCALA: estudo de caso turma de inclusão da Educação Infantil. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. Anais V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. v. 1. p. 1-14. BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. SCALA: Tecnologia Assistiva de Comunicação Alternativa. In: GAMEPAD - Seminários de Games e Tecnologia, 2013, Novo Hamburgo/RS. Anais VI GAMEPAD - Seminário de Games e Tecnologia, 2013. v. 1. p. 1-15. BEZ, M. R.; ZAMPERETTI, B. F.; POLO, L. F.; PASSERINO, L. M. Desenvolvimento do aplicativo de comunicação alternativa SCALA para dispositivo móvel tablet. In: Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013, San Juan/AR. Actas V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013. v. 1. p. 1-6. SITOE, S. A.; MASCHKE, G.; PASSERINO, L. M. SCALA COM SISTEMA DE VARREDURA: POSSIBILIDADES FUNCIONAIS. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. v. 1. p. 1-16. PIOVESAN, S. D.; MEDINA, R. D. PASSERINO, L. M. Sistema de Comunicação Alternativa para Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho. In: V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado. Anais do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. RODRIGUES, G; PASSERINO, L. M. A comunicação alternativa na escola: um convite a (re)pensar a prática pedagógica. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013. WAGNER, R.; PIOVESAN, S. D.; PASSERINO, L. M.; LIMA, J. V. Integrando mundos de realidade virtual em busca da acessibilidade e inclusão digital. In: V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013, San Juan - Argentina. Anais V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013.

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251

PIOVESAN, S. D.; WAGNER, R.; PASSERINO, L. M.; MEDINA, R. D. Virtual Learning Environment Adapted According the User Context. In: V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013, San Juan - Argentina. Anais V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013. PIOVESAN, S. D.; WAGNER, R.; MEDINA, R. D.; PASSERINO, L. M. Sistema Imersivo para Pessoas com Deficiência. In: 24o Simpósio Brasileiro de Informática na Educação SBIE 2013, 2013, Campinas - SP. Anais 24o Simpósio Brasileiro de Informática na Educação SBIE 2013, 2013. PIOVESAN, S. D.; WAGNER, R.; PASSERINO, L. M. Development and Implementation of an Immersive Environment in Higher Education. In: IEEE Educom 2013, 2013, Berlin. Proceedings IEEE Educom 2013, 2013. PASSERINO, L. M.; BEZ, M. R.;GLUZ, J. C.; GARCIA, E.; RAMIREZ, J. M.; CASTRO, C. SCALA e Siesta Cloud: uma integração para aplicações homeschooling visando a inclusão. Anais do XXIV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. São Paulo: 2013, p. 961-965. PASSERINO, L. M.; GLUZ, J. C.; RAMIREZ, J. M.; GARCIA, E.; CASTRO, C. Accesibilidad a la TVDi para descapacitados. II Jornadas Iberoamericanas sobre aplicaciones y usabilidade de la tv digital interactiva, Córdona/ES, 2013. GLUZ, J. C.;PASSERINO, L. M.; RAMIREZ, J. M.; GARCIA, E.; CASTRO, C. Distribuición de contenidos multimídia de juegos basados en el paradigma de social TV sobre redes IP. II Jornadas Iberoamericanas sobre aplicaciones y usabilidade de la tv digital interactiva, Córdona/ES, 2013.

Resumos expandidos publicados em anais de congressos

MORRUDO FILHO, C. A. R.; BEZ, M. R.; PASSERINO, L. M. Reflexões acerca do uso da Comunicação Alternativa (C.A) em crianças com autismo na fase triádica da comunicação. In: Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2013, Gramado/RS. V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa: comunicar para incluir, 2013. v. 1. p. 1-3. PIOVESAN, S. D.; MEDINA, R. D.; PASSERINO, L. M. Realidade Virtual Aplicada à Educação de Pessoas com Deficiência. In: V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013, San Juan - Argentina. Anais V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Accesibles, 2013. Resumos publicados em anais de congressos

BEZ, M. R.; RICO, A.; PASSERINO, L. M. SCALA: Criação de história, em turma inclusiva de criança com TEA. In: Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013, San Juan/AR. Actas V Congreso Internacional de Ambientes Virtuales de Aprendizaje Adaptativos y Acesibles, 2013. v. 1. p. 1-5. Demais tipos de produção

BEZ, M. R. Sistema SCALA: Autismo e Comunicação Alternativa. Porto Alegre, 2013. (Curso de curta duração).

Editora Associada

PASSERINO, Liliana Maria. Editora Associada. Revista: Informática na educação: teoria & prática Número: Comunicação Alternativa, Tecnologias Assistivas, Práticas Sociais e Pedagógicas. Porto Alegre: UFRGS. v.16, n. 2, 252p., 2013. e-ISSN: 1982-1654 Inst. promotora/financiadora: PPGIE/CINTED/UFRGS

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9.3 Produção em 2014

Artigos completos publicados em periódicos

; ; . Análise de Contexto em Interações com o SCALA Tablet Mediando a Comunicação de Alunos Incluídos com Autismo. Informática na Educação (Online), v. 17, p. 221-231, 2014. ; PASSERINO, Liliana Maria ; VERGUTZ, A. ; WAHLBRINCK, K. A. ; . Utilização de shell script e interfaces gráficas para construção de software educacional livre. RENOTE. Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 12, p. 1-9, 2014. ; ; ; Cuterer, Patricia . Autoria nos Mundos Virtuais: um novo desafio ao docente. RENOTE. Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 14, p. 1-10, 2014. Capítulos de livros publicados

de Oliveira Dias, Cristiani ; Passerino, Liliana Maria ; de Castro Lozano, Carlos ; Salcines, Enrique García . TAC-ACCESS - Technologies to Support Communication from Interfaces Accessible and Multimodal for People with Disabilities and Diversity: Context-Centered Design of Usage. Lecture Notes in Computer Science. 0ed.: Springer International Publishing, 2014, v. 8520, p. 141-151. ; PASSERINO, L.M. ; . Conhecendo o Sistema SCALA: comunicação alternativa para dispositivos móveis. In: Néstor Darío Duque Méndez; Demetrio Ovalle Carranza;Julián Moreno Cadavid.. (Org.). Objetos de Aprendizaje, Repositorios y Federaciones... Conocimiento para todos. 1ªed.Manizales / Colombia: Sección de Publicaciones e Imagen. Universidad Nacional de Colombia. Sede Manizales, 2014, v. 1, p. 137-147. SCHNEIDER, F. C. ; PASSERINO, L.M. . Diferentes Olhares de uma Comunidade Escolar sobre a sua Sala de Integração e Recursos. In: SANTAROSA, Lucila Maria Costi; CONFORTO, Debora; VIEIRA, Maristela Compagnoni.. (Org.). Tecnologia e acessibilidade: passos em direção à inclusão escolar e sociodigital. 1ªed.Porto Alegre: Evangraf, 2014, v. 1, p. 62-73. ; PASSERINO, L.M. . Mediação e desenvolvimento no Atendimento Educacional Especializado por meio do uso de artefatos tecnológicos. In: SANTAROSA, Lucila Maria Costi; CONFORTO, Debora; VIEIRA, Maristela Compagnoni.. (Org.). Tecnologia e acessibilidade: passos em direção à inclusão escolar e sociodigital. 1ªed.Porto Alegre: Evangraf, 2014, v. 1, p. 51-61. Trabalhos completos publicados em anais de congressos

; PASSERINO, Liliana Maria ; . Formação de professores na modalidade a distância para atuarem no ensino profissionalizante. In: 2º Congresso Nacional de Professores e 12º Congresso Estadual sobre Formação de Educadores, 2014, Águas de Lindóia. Anais 2º Congresso Nacional de Professores e 12º Congresso Estadual sobre Formação de Educadores, 2014. p. 801-812. ; ; PASSERINO, Liliana Maria . PRONATEC E FORMAÇÃO DOCENTE: INTERLOCUÇÕES POSSÍVEIS A PARTIR DA TECNOLOGIA. In: X ANPED Sul, Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - Reunião Científica Regional da ANPED, 2014, Florianópolis. X ANPED Sul, Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul - Reunião Científica Regional da ANPED, 2014. p. 1-21. ; ; ; ; SELLI, M. S. ; ; . Práticas Inclusivas promovidas pelas Tecnologias. In: XVII ENDIPE A Didática e a Prática de Ensino nas relações entre escola, formação de professores e sociedade, 2014, Fortaleza. XVII ENDIPE A Didática e a Prática de Ensino nas relações entre escola, formação de professores e sociedade. Fortaleza: EDUECE, 2014. v. 17. p. 404-404.

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Resumos expandidos publicados em anais de congressos

; ; ; ; Passerino, Liliana Maria . COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA EM CRIANÇAS COM AUTISMO: DO CONCRETO AO TABLET. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, 2014. v. 1. p. 1-4. BONOTTO, R. C. S. ; MONTE, B. T. ; Passerino, Liliana Maria . Alternative Communication and Children Literature: Mediation for Literacy of ASD students. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. v. 1. ; ; Passerino, Liliana Maria ; MEDINA, R. D. . Realidade Virtual aplicada como Ferramenta de Comunicação Alternativa. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; ; Passerino, Liliana Maria ; . Novas perspectivas tecnológicas utilizadas na formação profissional de pessoas com deficiência. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; ; MORRUDO FILHO, C. A. R. . CONTRIBUIÇÕES DO SCALA NA INCLUSÃO E LETRAMENTO DE UMA ALUNA COM PARALISIA CEREBRAL. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; FONTOURA, D. ; Passerino, Liliana Maria . O EFEITO DAS CORES EM CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA: CRIAÇÃO DE CENÁRIOS PARA O SCALA. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. PEREZ, C. C. C. ; Passerino, Liliana Maria ; . Perspectivas para Busca Semântica para Comunicação Alternativa: o caso SCALA. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; RICO, A. ; Passerino, Liliana Maria . SCALA em sala de aula: estudo de caso em turma inclusiva da Educação Infantil. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; . Análise de Aplicativos de Acessibilidade desenvolvidos para Dispositivos Móveis baseados em Android. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; Passerino, Liliana Maria . COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA A ACESSIBILIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O V CONGRESSO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA ? ISAAC BRASIL 2013. In: 16th Biennial Conference of the International Society

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for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa. 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014. ; Passerino, Liliana Maria ; ; . A Tecnologia Assistiva na Escola Inclusiva. In: 16th Biennial Conference of the International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC), 2014, Lisboa/Portugal. DISCOVER COMMUNICATION - 16th Biennial Conference of ISAAC, 2014. p. 1-5. Patentes e registros - Programa de computador

; ; PASSERINO, L.M. . Seg- Moodle - Verificador de Segurança para Moodle em Servidores Linux Ubuntu. 2014. Patente: Programa de Computador. Número do registro: BR5120140006190, data de registro: 06/06/2014, título: "Seg- Moodle - Verificador de Segurança para Moodle em Servidores Linux Ubuntu" , Instituição de registro:INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. 9.4 Produção em 2015

Artigos completos publicados em periódicos

WAGNER, ROSANA ; PIOVESAN, SANDRA ; PASSERINO, LILIANA ; DE LIMA, JOSÉ VALDENI ; de Castro Lozano, Carlos . MOOCs of Inclusive Technology in Teacher Education for Vocational Education. Creative Education, v. 06, p. 1832-1840, 2015. Livros publicados/organizados ou edições

; (Org.) . Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala.. 1. ed. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015. v. 1. 323p . Capítulos de livros publicados

A Tecnologia Assistiva na Política Pública Brasileira e Formação de Professores: que relação é essa?. In: Claudio Roberto Baptista. (Org.). Escolarização e Deficiência: configurações nas políticas de inclusão escolar. 1ªed.São Carlos: Marquezine & Manzini, 2015, v. 1, p. 189-204. ; PASSERINO, L.M. Perspectiva histórica do Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala.. 1ed.Passo Fundo: Universidade Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 13-19. ; . Sobre comunicação e linguagem. Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 20-33. ; . Mediação e tecnologia. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 34-43. ; ; Proposta metodológica de ação mediada e atenção conjunta para déficits de comunicação. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 44-58. ; PASSERINO, L.M. . Metodologia das Ações mediadoras. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 59-63. ; PASSERINO, L.M. . Metodologia do Design centrado em contextos de uso (DCC). In: Liliana

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Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 65-69. ; PASSERINO, L.M. . Aspectos técnicos. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 70-99. FONTOURA, D. S. ; ; PASSERINO, L.M. . A utilização das cores na criação dos cenários para o Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 100-110. ; PASSERINO, L.M. . Sistema Web Scala em números. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 111-. RICO, A. ; ; PASSERINO, L.M. . Estudo investigativo: emprego do Scala, no módulo Narrativas Visuais, em contexto de turma inclusiva da educação infantil. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 123-134. ; PASSERINO, L.M. . Aquisição de gestos e intencionalidade comunicativa em crianças com autismo. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 135-149. ; ; ; PASSERINO, L.M. . Comunicação, interação e afeto: uma tríade basilar. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 150-169. ; PASSERINO, L.M. ; . O Scala no contexto da educação infantil: desafios e possibilidades nas ações docentes. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 170-182. ; PASSERINO, L.M. ; ; MORRUDO FILHO, C. A. R. . Desenvolvimento do sistema de varredura no Scala e uso do Scala com uma aluna com paralisia cerebral. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 183-205. ; PASSERINO, L.M. ; . A Comunicação alternativa e a construção de recursos comunicacionais com o software Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 206-221. MONTE, B. T. ; MIRANDA, H. ; PASSERINO, L.M. . Dos personagens aos livros: processos e estratégias do contar histórias. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 222-237. SUDER, A. L. ; PASSERINO, L.M. ; . Aplicando sistema multiagente no comunicador livre do Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 238-250. ; GARCIA, E. ; ; ; RAMIRO, M. ; CASTRO, C. . O desafio da acessibilidade multimodal: integração do Scala na plataforma Siesta Cloud. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela

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256

Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 251-278. PEREZ, C. C. C. ; PEIXOTO, B. N. ; PASSERINO, L.M. . Criação de contextos de uso para proposição de solução de busca semântica para o Scala. In: Liliana Maria Passerino; Maria Rosangela Bez. (Org.). Comunicação Alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. 1ed.Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2015, v. 1, p. 279-292. ; MORAIS, M. S. . Apropriação de tecnologia no desenvolvimento e aprendizagem de sujeitos com deficiência visual: uma análise dialética. In: Adriano Pasqualotti; Henrique Gil; Fausto Amaro.. (Org.). Tecnologias de informação no processo de envelhecimento humano. 1ªed.Passo Fundo: UPF EDITORA, 2015, v. , p. 134-159. Trabalhos completos publicados em anais de congressos

; ; Passerino, Liliana Maria . DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL À INCLUSÃO LABORAL: PROCESSOS INCLUSIVOS EM DIÁLOGO. In: II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas, 2015, Sorocaba. II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas - Anais do Evento, 2015. v. 2. p. 1-11. MONTE, B. T. ; Passerino, Liliana Maria . OS PICTOGRAMAS NA LITERATURA INFANTIL: ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. In: II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas, 2015, Sorocaba. II Colóquio de Educação Especial e Pesquisa: história, política, formação e práticas pedagógicas - Anais do Evento, 2015. p. 1-11. ; PASSERINO, L.M. . APONTANDO E COMUNICANDO: INTENCIONALIDADE COMUNICATIVA EM CRIANÇAS COM AUTISMO NÃO ORALIZADAS. In: VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa, 2015, Campinas. VI Congresso ISAAC - BR VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa. Marília: ABPEE, 2015. p. 1-9. MONTE, B. T. ; MIRANDA, H. ; CEZAR, J. B. ; PASSERINO, L.M. . Era uma vez...os pictogramas na literatura infantil: estratégias de inclusão. In: VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - ISAAC Brasil, 2015, Campinas. Anais do VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa ISAAC - Brasil. Marília: ABPEE, 2015. p. 1-9. ; PASSERINO, L.M. . MOMENTOS DE ATENÇÃO CONJUNTA E O USO DO SISTEMA SCALA ACOMPANHAMENTO EM CRIANÇAS COM AUTISMO NÃO ORALIZADAS. In: VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - ISAAC Brasil, 2015, Campinas. Anais do VI Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa ISAAC - Brasil. Marília: ABPEE, 2015. p. 1-16. FRANCISCATTO, ROBERTO ; ; PASSERINO, LILIANA . Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo SCALA Tablet. In: IV Congresso Brasileiro de Informática na Educação, 2015, Maceió, 2015. p. 248-255. ; ; PASSERINO, L.M. ; . Análise quantitativa de uso do Sistema SCALA. In: GAMEPAD VII Seminário de Games e Tecnologia, 2015, Novo Hamburgo. Anais [do] GamePad VIII : upgrades para novos profissionais [recurso eletrônico]. Novo Hamburgo: Editora Feevale, 2015. p. 1-18. Patentes e registros - Programa de computador

; ; ; FRANCISCATTO, ROBERTO ; FRANCISCATTO, ROBERTO . SCALA Tablet. 2015. Patente: Programa de Computador. Número do registro: BR5120150015435, data de registro: 11/12/2015, título: "SCALA Tablet" , Instituição de registro:Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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257

9.5 Produção em 2016

Capítulos de livros publicados

BEZ, M. R. ; PASSERINO, L.M. . Recursos de Comunicação Alternativa: da escolha ao uso.. In: BASTOS A. R. B.. (Org.). Cozinha para todos: comunicação alternativa para forno e fogão. 1ed.Curitiba: Nova Letra, 2016, v. 1, p. 14-30. GLUZ, J. C. ; VICARI, R. M. ; PASSERINO, L.M. . The Socio-Cultural Approach to Software Engineering and its Application to Modeling a Virtual Learning Environment. In: Koch, F.; Koster, A.; Primo, T.. (Org.). Social Computing in Digital Education. 1ed.Switzerland: Springer International Publishing Switzerland, 2016, v. 1, p. 83-103. Trabalhos completos publicados em anais de congressos

FRANCISCATTO, ROBERTO ; PASSERINO, L.M. ; FRANCISCATTO, M. H. . Solassist - Biblioteca virtual de tecnologias assistivas: estudo de caso com foco na usabilidade. In: Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología - TE&ET, 2016, Buenos Aires. XI Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología: Libro de Actas TE&ET 2016. Buenos Aires, 2016. v. 1. p. 341-350. FRANCISCATTO, R. ; PEREZ, C. C. C. ; BEZ, M. R. ; PASSERINO, L.M. ; VOLPATTO, D. R. . Scala - Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo: implementação de um sistema de busca avançada. In: Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología - TE&ET, 2016, Buenos Aires. XI Congreso de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología: Libro de Actas TE&ET 2016, 2016. v. 1. p. 384-393. LIMA, R. P. ; BERCHT, M. ; PASSERINO, L.M. ; VICARI, R. M. ; GLUZ, João Carlos . SCALA on the Internet of Things: an Exploratory Research. In: International Workshop Series: Social Computing & Education, 2016, Zagreb. Intelligent Tutoring Systems -13th International Conference - Proceedings. New York: Springer International Publishing, 2016. v. 9684. p. 28-38.

Síntese de produção Tipo produção TOTAL

Prêmios 8

Artigos completos publicados em periódicos 11

Livros publicados/organizados ou edições 2

Capítulos de livros publicados 34

Trabalhos completos publicados em anais de congressos 37

Resumos expandidos publicados em anais de congressos 13

Resumos publicados em anais de congressos 2

Demais tipos de produção 4

Programa computador c/registro 3

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Editoração especial revista 2

PUBLICAÇÕES COM PREVISÃO PARA 2016/2017

Título: Intencionalidade comunicativa em crianças com autismo Autores: Foscarini, AC; Passerino, Liliana. Revista: Revista Lusófona de Educação

Título: SCALA na Internet das Coisas: uma pesquisa exploratória Autores: Lima-P, Roceli; Bercht, Magda; Passerino, Liliana. Revista: Tecnologia na Educação () Qualis: B1. Período para submeter: 1º a 30 de Abril de 2016. Título: "Tecnologias tangíveis na mediação da aprendizagem de criança com TEA" Autores: Lima-P, Roceli; Bercht, Magda; Passerino, Liliana. Revista: CLEI 2016 - XLII Conferência Latinoamerica de Informática Período para submeter: May 15, 2016. Título: Busca Semântica de imagens no SCALA: uma abordagem baseada em ontologia Cláudia Camerini Corrêa Pérez, Liliana Maria Passerino Revista: Tecnologia na Educação () Qualis: B1.

Título: Design Centrado em Contexto de Uso: metodologia de desenvolvimento de tecnologia assistiva com enfoque no autismo Maia Rosangela Bez, Liliana Maria Passerino Revista: Computers & Education

Título: CENAS DE UM PROCESSO DE INCLUSÃO: ENTRE O IMAGINAR E O NARRAR HISTÓRIAS Autores: Barbara Terra do Monte e Liliana Maria Passerino Revista: cuadernos de Pedagogia - B1 / cadernos de Educação (UFPel) - B1

Título: As Narrativas Visuais e o Processo de Inclusão (título provisório) Autores: Barbara Terra do Monte e Liliana Maria Passerino Revista: Educação (UFSM) - B1 9.6 ORIENTAÇÕES

Orientações de Iniciação Científica Concluídas

Leonardo Batecini Ramos Período: 01/09/2011 a 29/02/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Paula Albrecht Corrêa Período: 01/10/2010 a 31/07/2011. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Manuela Arcos Machado Período: 01/09/2011 a 31/03/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo.

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Carlos Alberto Rodrigues Morrudo Filho Período: 01/02/2012 a 31/07/2012 e 01/08/2012 a 31/07/2013. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Bernardo de Freitas Zamperetti Período: 01/03/2012 a 31/07/2012 e 01/10/2012 a 31/10/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Áurea Altenhofen Período: 01/10/2012 a 28/02/2013. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo.

Bernardo de Freitas Zamperetti Período: 01/03/2013 a 31/07/2013 Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com

Autismo. Gabriel Maschke Ferreira Período: 01/03/2013 a 31/11/2015 Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo. Luís Felipe Polo Período: 01/04/2013 a 31/07/2013 e 01/08/2013 a 31/07/2012. Projeto SCALA : Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas com Autismo.

Teses e dissertações concluídas

Sheila António Sitoe. Sistema scala e deficiência motora : contribuições na inclusão de uma aluna com paralisia cerebral na rede regular de ensino. 2014. Dissertação (Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU)) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Liliana Maria Passerino. Maria Rosangela Bez. SCALA - Sistema de comunicação alternativa para processos de inclusão em autismo: uma proposta integrada de desenvolvimento em contextos para aplicações móveis e web. 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Liliana Maria Passerino. Magali Dias de Souza. Dos trajetos costumeiros e errantes que compõem um exercício docente em sala de recursos: o atendimento pedagógico domiciliar e a tecnologia assistiva. 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, . Coorientador: Liliana Maria Passerino. Ana Carla Foscarini. Estudo sobre o processo de aquisição de gestos comunicativos em sujeitos com autismo a partir do uso de um sistema de comunicação alternativa: 2013. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador). Trabalhos TCC e Iniciação Científica Concluído

BERNARDO DE FREITAS ZAMPERETTI. SCALAweb PROMOVENDO A COMUNICAÇÃO DE

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260

CRIANÇAS COM AUTISMO : um sistema de comunicação alternativa on-line. XXI FEIRA DE INICIAÇÃO À INOVAÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO –FINOVA, 2012.

Trabalhos TCC e Iniciação Científica Concluído

Leonardo Batecini Ramos. Um Chat Pictográfico para o SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de pessoas com Autismo) INSTITUTO DE INFORMÁTICACURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 2013 BERNARDO DE FREITAS ZAMPERETTI. SCALA – Web e Android, nos módulos prancha e narrativas visuais. Salão UFRGS 2013: Feira de Inovação Tecnológica UFRGS – FINOVA, 2013. ÁUREA ALTENHOFEN. Jurisprudência dos Tribunais Brasileiros para os Direitos Essenciais no Desenvolvimento de Pessoa com Autismo: Tensões na Educação Inclusiva e Estudo de Caso em Escolas da Rede Municipal de Porto Alegre. Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. Carlos Alberto Rodrigues Morrudo Filho. FASE TRIÁDICA DE DESENVOLVIMENTO COM FOCO NO AUTISMO: POSSÍVEIS DISCUSSÕES NO CONTEXTO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA. Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. GABRIEL MASCHKE FERREIRA. SCALA - Sistema de Varredura Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. LUÍS FELIPE POLO. Sistema SCALA – desenvolvimento dispositivo móvel Tablet. Salão UFRGS 2013: SIC - XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013. Kely Kisielevski. A gestão na inclusão: estudo de caso na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Pedagogia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientador: Liliana Maria Passerino. Desiree Marcelo. A ESCOLA EM MINHA VIDA: A influência escolar nos processos de formação de um sujeito com deficiência.. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Pedagogia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientador: Liliana Maria Passerino. Orientações de outra natureza Bárbara Terra do Monte. Estágio Docência da Pós-Graduação. 2014. Orientação de outra natureza. (Curso de Pedagogia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Liliana Maria Passerino. Teses e dissertações em andamento

Cláudia Camerini Corrêa Pérez. Sistema de busca semântica de imagens no SCALA: uma abordagem baseada em ontologia. Início: 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (Orientador). Ana Carla Foscarini. A simbolização de pessoas com deficiência intelectual através da comunicação alternativa. Início: 2014. Tese (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU)) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador). Martha Barcellos Vieira. Elementos da Computação Afetiva em Recursos Tecnológicos Assistivos para Inclusão de Pessoas com Deficiência Intelectual no Mercado de Trabalho. Início: 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (Coorientador).

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261

Renata Costa de Sá Bonotto. Mediação e Afetividade no Desenvolvimento da Linguagem e da Comunicação em Pessoas Com Autismo. Início: 2013. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador) Roceli Pereira Lima. Tecnologia Tangível no apoio a interação Social de criança autista. Início: 2014. Tese (Doutorado em Pós-Graduação em Informática na Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Coorientador)

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10 PRÊMIOS RELACIONADOS AO PROJETO SCALA

• 2a melhor tese doutorado do co-orientando Roberto Rabello (Simpósio Brasileiro de

Informática na Educação) de 2010 organizado pela SBC - Sociedade Brasileira de

Computação

• 2a melhor dissertação de mestrado da orientanda Barbara G. Ávila, SBIE (Simpósio

Brasileiro de Informática na Educação) de 2011 organizado pela SBC - Sociedade

brasileira de Computação.

• Destaque FINOVA 2012 (Feira de Inovação Tecnológica), orientando Bernardo de

Freitas Zamperetti, SEDETEC/UFRGS.

• 3o Melhor artigo do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar

para Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013.

• 5o Melhor artigo V Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar para

Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013.

• 2o Melhor Pôster V Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar para

Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013.

• Destaque Salão de Iniciação Científica UFRGS 2013 (PROPESQ). Carlos Alberto

Rodrigues Morrudo Filho. Fase Triádica De Desenvolvimento Com Foco No Autismo:

Possíveis Discussões No Contexto Da Comunicação Alternativa. Salão UFRGS 2013: SIC

- XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGS, 2013.

• Menção Honrosa - Melhores artigos publicados na Categoria Protótipo no I Concurso

Integrado Apps.Edu, evento integrante do IV Congresso Brasileiro de Informática na

Educação - CBIE 2015, SBC - Sociedade, IV Congresso Brasileiro de Informática na

Educação - CBIE 2015, SBC - Sociedade Brasileira de Comput.

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11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente projeto de pesquisa previu uma forte integração entre as áreas da

educação, TA e TIC. A convergência destas áreas através do desenvolvimento do software

(web e móvel), bem como, as técnicas avançadas empregadas, provém um avanço

significativo no que diz respeito a softwares voltados para o Autismo. O que diferencia o

sistema SCALA dos demais sistemas de CAA, não é somente o público alvo, mas pelos

processos de avaliação, a proposição de uma metodologia de uso numa perspectiva sócio-

histórica testada, a abrangência do estudo em ambientes naturalísticos (família e escola), a

ampla formação realizada como retorno para a comunidade, a formação interdisciplinar de RH

numa área crítica (TA), os prêmios e reconhecimentos obtidos, a ampla produção científica

disponível (e-book, periódicos) e o impacto social que um sistema gratuito e livre pensado

para educação infantil e anos iniciais com 700 usuarios. O impacto não se restringe ao

Autismo, uma vez que o SCALA é utilizado também com outros públicos (deficiência

intelectual, PC, etc.) Outros projetos estão em andamento como sistema de busca semântica

de pictogramas, integrado ao banco de dados local, personalizado (do usuário) e externo (de

outros sistemas abertos colaborativos), aliado a tecnologias abertas. Outros fatores de impacto

para o avanço na área de conhecimento em questão são a utilização de metodologias de

desenvolvimento de software, baseadas no contexto do usuário, que abrangem a

interdisciplinaridade de áreas, bem como, de profissionais envolvidos na construção do

mesmo; os padrões do governo de usabilidade que garantem maior e melhor utilização; as

tecnologias de software (back-end e front-end) que proporcionam novas funcionalidades ao

mesmo. O impacto maior do projeto se reflete na utilização do produto final, como TA de

mediação, utilizada no dia-a-dia de crianças com TEA e o acompanhamento de seu

desenvolvimento ao utilizar a ferramenta como suporte ao seu processo de alfabetização.

Dessa forma, o SCALA foi desenvolvido não somente para um perfil de usuário, mas sim para

seu contexto educacional, com diferentes atores dentro de um novo paradigma, que ultrapassa

o Design Centrado no Usuário (DCU), para um Design Centrado no Contexto (DCC). Salienta-

se que, embora este sistema de CA tenha sido desenvolvido com foco no Transtorno do

Espectro do Autismo, pode ser utilizado para atender a outros déficits de oralidade ou,

inclusive, para o uso com crianças que não apresentam tais distúrbios, sendo uma ferramenta

útil no processo de comunicação e de letramento. Os dados coletados em estudos de casos

recentes mostram a aplicabilidade do SCALA para utilização com crianças com deficiência

motora e para utilização em processos de alfabetização e letramento em geral. Outros projetos

já estão em andamento para incrementar a próxima versão do sistema, incluindo uma

ferramenta para a comunicação síncrona, sistema inteligente de busca de imagens, uso de

agentes/avatares para a mediação, etc

Com referência à inovação de produtos o projeto em questão já possui dois registros de

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softwares, através da licença GPL, uma para a versão web (SCALA-WEB BR016120006172) e

outra para a versão móvel (Android BR5120150015435), sendo que estas licenças permitem a

qualquer pessoa alterar, modificar e redistribuir livremente este software, podendo a qualquer

momento construir a sua própria ferramenta de software, através da estrutura atual. Ainda,

através de convênios de internacionalização a estrutura do mesmo tem sido utilizada em

conjunto com outras ferramentas de tecnologia assistiva na Espanha, bem como, o software

Scala possui interfaces de interação com softwares abertos de outros países com é o caso da

integração de pictogramas existentes com o sistema ARASAAC (http://arasaac.org/). Com

relação à inovação de processos foi criada uma metodologia de desenvolvimento para a TA

SCALA, denominada Design Centrado em Contexto de Uso (DCC) e aperfeiçoada uma

metodologia de aplicação com sujeitos com TEA denominada de Ação Mediadora

fundamentada em pressupostos da teoria sócio-histórica.

Com relação às políticas públicas O SCALA foi apresentado para MEC e hoje está na lista

de TA gratuitas distribuídas nas escolas. Além disso, diversos municípios adotaram o sistema e

a metodologia de aplicação para utilização nos seus serviços de AEE. E foi inserido no curso

nacional de formação de professores para AEE desenvolvido pela SECADI em parceria com a

Universidade Federal do Ceará na Especialização em Educação Especial - Formação Continuada

de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Desta forma, como maior

contribuição deste projeto está sua característica social, uma vez que é utilizado no processo

de comunicação, letramento e alfabetização de crianças com TEA, possuindo notável inserção

na vida destas crianças e em seu processo de aprendizagem, além de envolver a participação

de pais, cuidadores, professores, pedagogos, entre outros tantos profissionais. Cabe ainda

salienta que no transcorrer do projeto foi criada uma metodologia de desenvolvimento para a

tecnologia assistiva SCALA, com foco não somente para um perfil de usuário, mas sim para

seu contexto educacional, com diferentes atores dentro de um novo paradigma, que ultrapassa

o Design Centrado no Usuário (DCU), para um Design Centrado no Contexto (DCC). Assim

como foi desenvolvida uma metodologia de uso: Ação mediadora fundamentada em

pressupostos da teoria sócio-histórica.

No que concerne a contribuição do projeto para formação de recursos humanos, o

projeto permitiu a formação de dois doutorados, quatro mestrados, um graduado quatro

doutorandos em andamento, um pós-doutorado junior, nove orientações de IC/IT; 3 DTI, 2

AT. Workshops, formações continuadas e atualizações de tecnologia com outros grupos,

ocorrem de forma constante. Durante a execução do projeto foram promovidas mais de 25

formações continuadas para professores, pesquisadores, estudantes, familiares e profissionais

em municípios como:Porto Alegre, Novo Hamburgo, Guaíba, Gramado, Farroupilha, Alegrete,

São Leopoldo, Bagé, Vacaria, e em outros estados: São Paulo/SP, São Luis /MA,

Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Recife/PE, Uberlândia/MG, entre outros. A internacionalização

do SCALA e dos estudos de pós-graduação que envolve o projeto, estão acontecendo a partir

de convênios e parcerias entre elas com Espanha (Universidad de Córdoba, de Zaragoza, Esp,

de Girona ) Com Portugal (Universidade do Porto, de Lisboa), Com Argentina (Universidad Nac.

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de San Juan, de Rosário) Com Colômbia ( Universidad Nac. de Colômbia/Manizales, e Pontificia

Javeriana) e com Uruguai Universidad Nac. de La república. No âmbito nacional existem

parcerias com: UEPA, UFBA, UFPE, UFPA, UFMA, UFCE, UNIPAMPA, UFRJ, IFFluminense, UFSM,

UFSC, UDESC, IFSC, IF Catarinense, IFSUL, IFFarroupilha, e Cátedra de Tecnologias na

Educação da Unesco. O projeto teve como objetivos a formação de recursos humanos em

diferentes níveis, contando hoje com 1900 usuários ativos no Brasil e em outros países uma

vez que possui versões para inglês e espanhol. O número de alunos de graduação, mestrado,

doutorado e pós-doutorado já envolvidos no projeto superou as expectativas e contribuíram de

forma significativa, com trabalhos premiados. Os resultados, análises, formações, publicações,

equipe, entre outras informações do projeto, podem ser consultados em sua página oficial,

http://scala.ufrgs.br e no relatório anexo a este processo.

Pode-se constatar, através do crescente número e diversidade das

publicações nacionais e internacionais do grupo de pesquisa, que o projeto teve uma ampla

divulgação no meio cientifico. Dentre estão 11 artigos publicados em periódicos, 02 livros

publicados, participações em 34 capítulos de livros, 34 artigos completos publicados em anais

de eventos, 13 resumos, expandidos e 2 resumos. O reconhecimento dos trabalhos já se torna

evidente em função das 08 premiações em eventos que envolveram tanto o sistema SCALA em

si, como as teses e dissertações resultantes das pesquisas realizadas no âmbito do projeto.

Dentre estas destaca-se: Menção Honrosa - Melhores artigos publicados na Categoria Protótipo

no I Concurso Integrado Apps.Edu, evento integrante do IV Congresso Brasileiro de

Informática na Educação - CBIE 2015, SBC; destaque Salão de Iniciação Científica UFRGS

2013, 3o Melhor artigo do V Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar

para Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013. 5o Melhor artigo V Congresso brasileiro de

Comunicação Alternativa - Comunicar para Incluir, ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013. 2o

Melhor Pôster V Congresso brasileiro de Comunicação Alternativa - Comunicar para Incluir,

ISAAC Brasil, UFRGS e UFCSPA, 2013. Além disso, ocorreu a difusão do conhecimento através

de diversas palestras ministradas por integrantes do SCALA, no âmbito nacional e

internacional, assim como, na promoção de variados cursos de curta duração, contemplando

professores principalmente, com o intuito de apoiar processos inclusivos e disseminar o uso de

tecnologias assistivas, e o conhecimento em torno do Transtorno do Espectro Autista. Estas no

âmbito nacional e internacional conforme descrito no item anterior e no projeto anexado a este

processo. Finalmente, a internacionalização do SCALA e dos estudos de pós-graduação que

envolve o projeto, estão acontecendo a partir de diversos convênios e parcerias em

andamento ou em vias de confirmação, entre as principais podemos destacar: Universidad de

Córdoba, Espanha, Universidad de Zaragoza, Espanha, Universidade do Porto, Portugal,

Universidad de Girona, Espanha, Universidad Nacional de San Juan, Argentina, Universidad

Nacional de Rosário, Argentina, Universidad Nacional de Colômbia/Manizales, Colômbia. Não

menos importantes são as parcerias com as universidades nacionais: Universidade Estadual do

Pará, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Federal

Fluminense, Universidade Federal de Santa Maria, Univer. Fed. de Santa Catarina, Univer.

Page 258: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

266

Federal do Pampa, bem como apoio da Cátedra de Tecnologias na Educação da Unesco.

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267

12 AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao CNPq pelo apoio e financiamento fornecido que possibilitou o

desenvolvimento desta pesquisa pioneira no Rio Grande do Sul e que beneficia toda a

sociedade brasileira.

Page 260: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

268

13 REFERÊNCIAS ALMEIDA, M; BAX, M. Uma visão geral sobre ontologias: pesquisa sobre definições, tipos, aplicações, métodos de avaliação e de construção. Revista Ciência da Informação, 2003. V. 32 n. 3. AVILA, Bárbara G. Comunicação Aumentativa e Alternativa para o Desenvolvimento da Oralidade de Pessoas com Autismo. 2011. Dissertação de mestrado em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil, 2011. BARAKOVA, E.; GILLESSEN, J.; FEIJS, L. Social training of autistic children with interactive intelligent agents. Journal of Integrative Neuroscience, v. 8, n. 1, p. 23–34, 2009. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BARTH, C; PASSERINO, L.M.; SANTAROSA, L. M. C. Descobrindo emoções: software para estudo da teoria da mente em sujeitos com autismo. CINTED. Porto Alegre, v.3, n.1, 2005. Disponível em: <http://www.cinted.ufrgs.br/>. Acesso em: 20 de maio. 2007. BAUER, Martin; GASKELL, George; ALLUM, Nicholas. Qualidade, quantidade e interesses do conhecimento. In: BAUER, Martin; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2002. BERNERS-LEE, T; HENDLER, J; LASSILA, O. The Semantic Web. Scientific American, May 2001. p. 29-37. BRASIL, RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. MEC, SEESP, 2009. BEZ, M. R. Comunicação aumentativa e alternativa para sujeitos com transtornos globais do desenvolvimento na promoção da expressão e intencionalidade por meio de ações mediadoras. Dissertação de Mestrado em Educação. UFRGS. Porto Alegre, RS, Brasil, 2009. _____. Comunicação Aumentativa e Alternativa no Letramento de Sujeitos com Transtornos Invasivos do Desenvolvimento: Um Estudo de Caso em Escolas Inclusivas. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre, RS, Brasil, 2010. CAMPOS, Ana Maria Camelo. Observando a Conexão Afetiva em Crianças Autistas Dissertação (Mestrado em Psicologia)–Departamento de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008, 111p. DEVMEDIA. Introdução ao formato JSON. 2014. Disponível em: http://www.devmedia.com.br/introducao-ao-formato-json/25275. Acesso em: março de 2016. DONDIS, A Donis. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2008. GOETZ, J. P. Etnography and qualitative design in educational research. Orlando, EUA: Academic Press, 1984. Lopes, C.F. (2005) ESQUIZENCEFALIAS: Características Clínicas e de Neuroimagem. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual de Campinas.Faculdade de Ciências Médicas.Campinas.2005.

Page 261: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

269

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Page 262: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

270

Paulo: Martins Fontes, 2003. TORREZZAN, C. A. W. Parâmetros para a construção de materiais educacionais digitais do ponto de vista do design pedagógico. In: BEHAR (Orgs.). Modelos Pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2009. WALTER, C. C. de F. Efeitos da Adaptação do PECS Associada ao Curriculum Funcional Natural em Pessoas com Autismo Infantil. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil, 2000. WALTER, C. C. de F. Avaliação de um Programa de Comunicação Alternativa e Ampliada para Mães de Adolescentes com Autismo. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil, 2006. WERTSCH, J. La mente en acción. Buenos Aires, Argentina: Aique, 1999. VIGOTSKY, Lev Semenovich. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução: Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000. _________. Obras Escogidas: Fundamentos de defectologia. Tomo V. Madrid: Visor, 1997. YIN, R. K. Case study research: design and methods. 3rd ed. Newbury Park: Sage Publications, 2003. _____. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

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Anexo A - Aprovação do Comitê de Ética

Page 264: Relatório SCALA: Terceira fase do projeto

ANEXO B - Scala Server

O presente documento expõe o processo de desenvolvimento do Software ScalaServer. O referido software têm por finalidade criar uma interface de controle e administração das imagens pranchas publicadas do software Scala, a qual busca:

1. Administração e publicação de categorias e imagens incluindo os referidos arquivos

2. Administração e publicação das pranchas39 criadas pelo usuário e exportada publicamente

Na primeira fase do projeto, inicialmente foi realizada a análise de negócio para as imagens e categorias do Scala, a qual será usada como referência para as versões Tablet, Web e Desktop. A figura a seguir apresenta o diagrama de classes da camada de modelo do projeto:

Em seguida foram definidos o projeto e arquitetura estabelecendo as tecnologias usadas para o desenvolvimento do software ScalaServer e comunicação Web Services. Para a escolha de tal tecnologia, levou-se em conta os seguinte quesitos:

• padrões e tecnologias atualmente utilizadas no mercado;

• integração e compatibilidade com as plataformas já desenvolvidas;

• integração e compatibilidade com as plataformas que serão desenvolvidas;

• qualidade da tecnologia em relação à usabilidade, estabilidade, acabamento gráfico;

39 Prancha: Ambiente de utilização do Scala, incluindo o layout escolhido pelo usuário, imagens utilizadas e definições de posicionamento, vozes e textos sobrepostos.

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273

• facilidade de desenvolvimento/manutenção.

Aderências aos padrões atualmente utilizados (Orientação à Objetos, MVC e etc) Avaliando as tecnologias disponíveis no mercado, a tecnologia Java foi escolhida como base de desenvolvimento, sendo esta, a mesma utilizada em todas as versões do Scala (Desktop, Tablet e Web). Foi definido o uso de uma tecnologia Web por ser uma tendência tecnológica e por facilitar seu uso de forma que qualquer usuário habilitado necessite apenas de um navegador de Internet para acessa-la. O quadro abaixo demostra as tecnologias e versões utilizadas:

Descrição Tecnologia Versão Tecnologia base Java para Web Java EE 6

Servidor de Aplicação Apache Tomcat 7 Framework de Persistência JPA 2 Framework Web JSF/Facelets 2 Framework UI Primefaces 3 Banco de Dados PostgreSQL 9 Tecnologia Web Services JAX-WS 2

Após definição e validação da estrutura, o desenvolvimento da aplicação iniciou-se com a estrutura básica em ambiente seguro (controle por login/senha administráveis no próprio software) e administração das imagens do Scala. O objetivo deste módulo é possibilitar de maneira simples a inclusão, alteração e exclusão das categorias e imagens que estarão disponíveis para uso. O software, ao enviar as imagens, reconhece automaticamente os nomes através do nome do arquivo, a qual se torna o nome e dentro do Scala será usado também para o reconhecimento de voz do sistema. Após esta etapa, as alterações serão avaliadas e publicadas.

Uma vez publicada, cada software do Scala irá verificar por atualizações e caso tenha, baixar e implantar tais modificações, fazendo com que todos os aplicativos scala possam facilmente se manter atualizados quanto às categorias e imagens. Esta sincronização é realizada através de Web Services.

A segunda etapa contempla o recebimento e publicação das pranchas gravadas pelos usuários em seus software Scala. A funcionalidade permite o recebimento de uma prancha por WebService e, após aprovado por um administrador, a publicação da mesma também por Web Services. O armazenamento das pranchas segue os padrões de arquitetura definidos pelo CINTED incluindo meta-dados que permitem a busca e localização para outros usuários.

O cronograma de desenvolvimento incluiu reuniões mensais presenciais e virtuais com a equipe do Scala coordenada por Liliana Passerino e troca de informações por telefone e email, buscando reduzir diferenças entre as necessidade e as soluções desenvolvidas.

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Apêndice A – Termos de consentimento e concordância

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Pesquisador: Liliana Maria Passerino

Título da pesquisa: Scala – Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento com Austismo)

Nome do participante:

Caro participante:

Gostaríamos de convidá-lo a instaurar parceria como voluntário da pesquisa intitulada: Projeto SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento com Autismo), que refere-se a um projeto de doutorado da participante Maria Rosangela Bez, a qual pertence ao Programa de Pós graduação em Informática na Educação (PGIE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os objetivos deste estudos são desenvolver e aplicar um sistema que possibilite a comunicação de sujeitos com espectro do autismo, com a finalidade de produzir narrativas e comunicações sejam orais ou simbólicas a partir do uso do sistema com crianças que apresentem déficits de comunicação.

Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa o que garante seu anonimato

Não será cobrado nenhum valor monetário; não haverá gastos na sua participação neste estudo; não estão previstos ressarcimentos ou indenizações; não haverá benefícios imediatos na sua participação. Os resultados contribuirão para o processo de inclusão e comunicação do aluno XXXXXX, assim como através da tese que será disponibilizada na biblioteca da UFRGS para futuras pesquisas e, para o aprimoramento do desenvolvimento de um software de um sistema de comunicação alternativa que está em processo de construção pelos integrantes do projeto.

Se, no decorrer da pesquisa o(a) participante resolver não mais continuar terá toda a liberdade de o fazer, sem que isso lhe acarrete qualquer prejuízo.

Os pesquisadores responsáveis por esta pesquisa são a Professora Liliana Maria Passerino (Faculdade de Educação/UFRGS) e sua equipe, que se comprometem a esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida que eventualmente o participante e/ou responsável legal venha a ter no momento da pesquisa ou posteriormente através dos telefones (051) 3308.3778 ou por email [email protected].

Eu confirmo que estou ciente dos objetivos desta pesquisa, bem como, a forma de participação. As alternativas para minha participação também foram discutidas. Eu li e compreendi este termo de consentimento, portanto eu concordo em dar meu consentimento para participar como voluntário desta pesquisa.

_________________________________

Assinatura dos participante

________________,__________de ______.

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TERMO DE CONCORDÂNCIA DA INSTITUIÇÃO

PROJETO - SCALA/UFRGS

A nome da instituiçao, sediada a endereço, Porto Alegre/RS, por meio deste Termo de

Adesão, concorda em participar da pesquisa do Projeto SCALA (Sistema de Comunicação

Alternativa para o Letramento com Autismo), coordenado pela professora Liliana Maria Passerino

e sua equipe, que se compromete a esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida que

eventualmente o participante e/ou responsável legal venha a ter no momento da pesquisa ou

posteriormente através dos telefones (051) 3308.3778 ou por e-mail [email protected]. Se,

no decorrer da pesquisa a escola resolver não mais continuar terá toda a liberdade de o fazer,

sem que isso lhe acarrete qualquer prejuízo.

Este projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Faculdade de Educação da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Todos os cuidados serão tomados para garantir o

sigilo e a confidencialidade das informações, preservando a identidade dos participantes. Os

procedimentos utilizados nesta pesquisa obedecem aos Critérios de ética na Pesquisa com Seres

Humanos conforme Resolução no 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos

procedimentos realizados oferece riscos à dignidade do participante. Todo material desta

pesquisa ficará sob responsabilidade da pesquisadora coordenadora do estudo, Profa. Liliana

Maria Passerino e, após 5 anos será destruído. Dados individuais dos participantes coletados ao

longo do processo não serão informados às instituições envolvidas ou aos familiares, mas deverá

ser realizada uma devolução dos resultados, de forma coletiva, para a escola, se for assim

solicitado.

A escola pode optar pelo anonimato ou não do nome da instituição nas publicações

decorrentes da pesquisa que forem elaboradas pela equipe SCALA.

( ) Concordo que o nome da instituição apareça nas publicações

( ) Há preferência pelo anonimato do nome da instituição.

Porto Alegre, ____ de ________ de 2012.

_________________________________

Representante da Instituição

Nome da Instituição

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Apêndice B - Requisitos funcionais e não funcionais do sistema SCALA Requisitos funcionais do sistema ScalaWeb – Prancha

REQF01- Fazer login: ao entrar no software primeiro abrirá uma pagina solicitando que efetue. o login, digitando o nome de identificação no local especificado e uma senha. Após clicar no botão “Login” e entrará na pagina do software. Se o usuário digitar nome ou senha incorreto aparecerá uma janela com mensagem.

REQF02- Cadastrar usuário: Para o usuário efetuar o cadastro deverá preencher os seguintes campos: nome, senha, cidade, profissão, email, local de acesso; se é usuário de comunicação alternativa; se concorda com os termos de uso do scala. Para finalizar o cadastro clicar no botão “Cadastrar”.

REQF03- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao clicar no botão layout abrirá janela contendo miniaturas dos quatro tipos de layouts disponíveis. Ao clicar em um dos tipos a tela deve se adequar ao tipo escolhido. o tipo 1 corresponde a uma prancha dividida em 12, o tipo 2 corresponde a uma prancha dividida em cinco quadros. O tipo 3 corresponde a uma prancha dividida em oito quadros e a tipo quatro a uma prancha dividida em sete quadros O software inicia com layout do tipo 1. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768.

REQF04- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (pessoas, objetos, natureza, ações, alimentos, sentimentos, qualidades, minhas imagens) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando na mesma. Esta fica selecionada até que o usuário efetue um novo clique no local desejado (quadro) quando a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens”. REQF05- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou prancha toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, após clicar sobre o quadro escolhido ou no ambiente da prancha. Se for o quadro, este é limpo e ficará em branco. Se for o ambiente da prancha, toda a prancha será excluída, permanecendo somente um quadro branco. Ambiente é considerado a parte do layout onde se encontram as pranchas. REQF06- Enviar som: Permite ao usuário enviar um som para o software, que será executado no lugar da legenda da imagem do quadro. O usuário clia no quadro e depois no ícone de som para abrir a caixa de upload do som. REQF07- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia a legenda existente no quadro. O usuário clica no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz ou do som enviado pelo próprio usuário no REQF06 . REQF08- Salvar Prancha: permite salvar a prancha construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a prancha e escolhido se a prancha ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A prancha será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma prancha salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a prancha. E quando salvar a prancha privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF09- Abrir prancha: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou pranchas públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a prancha, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de pranchas públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As pranchas existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF10- Imprimir prancha: permite que o usuário imprima a prancha aberta no sistema. O usuário clica no ícone imprimir e a prancha aberta na tela principal será impressa. REQF11- Reproduzir Prancha: Permite que o usuário veja a prancha em um quadro e possa

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reproduzi-la inteiramente com o sintetizador de voz. REQF12- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças na elaboração da prancha. Para desfazer, clicar no botão do ícone desfazer, e a última ação será desfeita na prancha, até dez vezes. REQF13- Importar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem dentro de seu computador e armazená-la em seu banco de imagens. Após esta imagem estará na categoria “minhas Imagens”.. REQF14- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF15- Exportar: permite que o usuário exporte sua prancha para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde quer salvar, depois clica com o mouse em salvar(a prancha é salva no formato PDF). REQF16- Editar legenda imagem: permite que o usuário alterar a legenda da imagem na sua prancha. Requisitos não funcionais do sistema

REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (exceto no exportar prancha). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas. Diagrama de casos de uso do Scala Web – Tela Inicial

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Diagrama de casos de uso do Scala Web – Módulo Prancha

Requisitos funcionais do sistema ScalaWeb – História

REQF01- Escolher layout de tela: corresponde a escolha do layout de tela. Ao abrir o software uma janela com as quatro opções de layout existentes é automaticamente aberta. Ao clicar sobre uma das opções, a tela é redefinida de acordo com a opção escolhida. O usuário poderá escolher entre as três opções disponíveis, que são: uma tela dividida em quatro quadros; uma tela em branco; uma a tela dividida em 3 quadros e uma tela dividida em 6 quadros . Iniciar com quadro branco na tela principal do sistema. A resolução sugerida para melhor visualização do site será de 1024 por 768

REQF02- Carregar imagem: Permite carregar as imagens do banco de dados do software para formar os quadros. O usuário realiza a escolha entre as categorias (ícones-botões-imagens próprias, etc) de imagens disponíveis. Abre uma janela com as imagens da categoria selecionada e escolhe a imagem desejada, clicando com o mouse na mesma. Depois o usuário deverá clicar na tela de edição e então a imagem aparecerá na tela do quadro. Se uma imagem for selecionada do sistema operacional, essa deverá ser gravada no banco de ícones “minhas Imagens” REQF03- Carregar cenário: Permite carregar as imagens de cenário do banco de dados do software para formar o fundo dos quadros. Quando o usuário desejar colocar um cenário ou cor no quadro de sua história, este deverá clicar no ícone-cenários ou na paleta de cores, dentro da janela de Alterar Cenário. Abre uma janela com os cenários/cores e após escolha, o usuário clica com o mouse no cenário/cor escolhido. O cenário/cor ocupará o tamanho do quadro e ficará fixo. REQF04- Aumentar imagem: Permite aumentar o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “aumentar imagem”. Esta aumenta 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até no máximo 90% do tamanho do quadro. REQF05- Diminuir imagem: Permite diminuir o tamanho da imagem contida no quadro. O usuário clica com o mouse na imagem desejada, e após, no ícone de Diminuir Imagem, esta diminuirá 20% seu tamanho. A cada clique, a imagem será redimensionada, até 20 pixels de altura por 20 pixels de largura aproximadamente. REQF06- Rotacionar imagem: Permite rotacionar a imagem em 90 graus para a direita. O usuário clica com o mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “rotacionar”, então a imagem é rotacionada em 90 graus no sentido horário a cada clique. REQF07- Enviar imagem para frente: permite trazer a imagem para a frente das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para frente”,

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após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para frente das demais imagens existentes no quadro. REQF08- Enviar imagem para trás: permite enviar a imagem para a trás das demais imagens existentes no quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “enviar para trás”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta vai para trás das demais imagens existentes no quadro. REQF09- Apagar imagem (borracha): permite excluir uma imagem do quadro. O usuário clica com o mouse no ícone “apagar”, após clicar sobre a imagem escolhida e esta é apagada (excluída). REQF10- Limpar (lixeira): permite limpar o quadro desejado ou historia toda. O usuário clica com o mouse no ícone “lixeira”, então é aberta uma janela de confirmação, se aceita, o quadro ou a história toda é apagada, dependendo da tela atual que o usuário se encontra. REQF11- Definir narrativa: Permite definir a narrativa do quadro. O usuário terá um espaço para texto para que possa escrever acima do quadro criado. O espaço da narrativa ficará disponível para edições/alterações dentro do quadro em que se encontra. REQF12- Escolher Balão: Permite a escolha de balões de fala, pensamento, descrição. Quando clicar com o mouse no ícone balão, abrirá uma janela com diversos balões e o usuário clica sobre o desejado, da mesma forma que imagens, e então clica no quadro de edição, no lugar onde deseja posicioná-lo. O texto do balão poderá ser alterado clicando sobre ele, e então no ícone de edição de texto. REQF13- Inverter imagem: Permite Inverter a direção de uma imagem. Ao clicar com mouse na imagem desejada e posteriormente no ícone “inverter”, a imagem será invertida, espelhada. REQF15- Executar som: executa o sintetizador para que ele leia as narrativas existentes nos quadros. O usuário clica com o mouse no ícone “Executar som”, após no quadro. O som é reproduzido através do sintetizador de voz. REQF16- Salvar história: permite salvar a história construída, posteriormente, esta poderá ser aberta e reeditada. O usuário clica no ícone salvar. Na primeira vez, abre-se uma janela onde é solicitado um nome a história e escolhido se a história ficará pública ou privada, ou salva no computador, depois clica em Salvar. A história será salva dentro do login do usuário. Limite máximo de 200megas por usuário. Uma história salva como pública fica disponível para que qualquer usuário do sistema tenha acesso para visualizar ou editar a história. E quando for privada, fica disponível somente para o usuário que a criou. No momento da abertura de uma historia deve haver um controle de versão da mesma, evitando que dois usuários editem e salvem a mesma historia pública de forma concorrente. Deverão ser gravadas em espaços separados as historias públicas e privadas. REQF17- Abrir história: permite que o usuário abra arquivos anteriormente salvos em seu login (ou histórias públicas), ou arquivos do computador, e que seja possível continuar a história, se desejar. Clicando com botão do mouse no ícone abrir, abrirá uma janela com a lista de historias públicas e privadas. Ao clicar na opção escolhida, abre-se duas opções (públicas e privadas). As histórias existentes serão apresentadas e o usuário selecionará a desejada, e o sistema abrirá a mesma, tornando disponível para visualização. REQF18- Imprimir história: permite que o usuário imprima a história aberta no sistema. O usuário clica com mouse no ícone imprimir e a história aberta na tela principal será impressa. REQF19- Animar história: permite que o usuário assista a história de forma animada. Ao clicar no botão “animar” o usuário irá visualizar a história criada em forma de um livro, quadro por quadro. A capa deverá conter o título da história (nome do arquivo salvo), nome do autor (mesmo nome do login) e a data da ultima edição. Pressionando a tecla ESC(cancelar visualização) ou terminando a animação, deverá voltar a tela de edição. REQF20- Reproduzir: permite que o usuário assista a animação da História. REQF21- Desfazer operação: permite que o usuário desfaça alterações realizadas por ele. O usuário deverá poder desfazer até suas dez últimas mudanças. Para desfazer, clicar no botão do mouse no ícone desfazer, e a última ação será desfeita na tela principal do software, até dez vezes. REQF22- Arrastar imagem: permite que o usuário mude a posição de uma imagem contida em um quadro. O usuário deverá clicar sobre a imagem e então sobre a posição desejada, e a imagem mudará de lugar. REQF23- Armazenar imagem: permite que o usuário escolher uma imagem e armazená-la em seu banco de imagens (minhas imagens). REQF26- Solicitar ajuda: permite que o usuário solicite ajuda ao sistema. Ao clicar no ícone

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ajuda, abrirá um manual de utilização do sistema. REQF27- Exportar: permite que o usuário exporte sua historia para seu computador. Ao clicar no ícone exportar, abre-se uma janela e o usuário poderá escolher onde que salvar, depois clica com o mouse em ok. A história será salva num arquivo em extensão .pdf para que o usuário possa ver a historia salva sem internet. Requisitos não funcionais do sistema REQNF01- Compatibilidade de sistema operacional: a ferramenta deverá se compatível com todos os tipos de navegadores existentes, de forma a ser acessada de qualquer sistema operacional: Windows, Linux, entre outros, além de sistemas operacionais de dispositivos móveis como: palms, smartphones, iphones entre outros, REQNF02- Tempo de resposta: os tempos de resposta e funcionamento de interações com a ferramenta deverão corresponder com os recursos de máquina disponíveis e, em condições normais de funcionamento não poderão ultrapassar 5 segundos (com exceção do exportar história). REQNF03- Acessibilidade: a ferramenta deverá estar em conformidade com os padrões de usabilidade e acessibilidade, para que o usuário possa operá-la e controlá-la de forma prática e segura. REQNF04- Confiabilidade: a ferramenta deverá ser confiável, falhas e mau funcionamento do software não poderão ocorrer. Caso ocorram falhas ou problemas, o sistema deverá ser capaz de restabelecer seu funcionamento, de forma a não perder os dados em edição pelo usuário. REQNF04- Ajuda interativa: a ferramenta deverá ter opções de ajuda interativa, de forma que o usuário tenha onde buscar recursos em casos de dúvidas.

Diagrama de casos de uso do ScalaWeb Módulo História

Scala – Dispositivos móveis - Módulo Prancha

Os requisitos funcionais e não funcionais do sistema foram levantados pela equipe de pesquisa do projeto e passados à Maguis para análise e desenvolvimento do sistema, tendo como principais requisitos não funcionais e aplicação dos mesmos:

equisito não functional Tecnologia Atendida Versão Utilização em Tablets de 10'' com resposta rápida Android 3.0

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aos comandos solicitados Armazenamento dos dados de figuras, categorias e pranchas

Banco de Dados Sqlite 3

Integração com servidor ScalaServer WebServices Rest Exportação das pranchas em formato visualizável Formato de saída JPG

Reprodução do sons das palavras Sintetizador de voz padrão Android TTS

O software foi desenvolvido seguindo os padrões de projeto (Design Pattern) recomendados pela equipe de Desenvolvimento Google, desenvolvedora da plataforma Android SDK. Dentre os principais padrões utilizados destacam-se:

• Model-View-Controller (MVC), • Intenacionalização, • Utilização de Api padronizadas ◦ Text-to-Sprech (TTS) ◦ Compartilhamento de recursos

para exportação de imagens ◦ Web Services REST ◦ Interpretação e geração de arquivos XML

Casos de Uso

O diagrama de Casos de Uso abaixo apresenta as funcionalidades esperadas para este módulo e suas características funcionais e não funcionais, sendo as mesmas descritas a seguir:

O Ator principal do sistema é a criança ou adulto que irá manipular o Tablet, podendo realizar todos os casos de uso previstos pelo sistema.

Escolher Layout da Prancha

O software prevê quatro tipos de layout para a criação da prancha, sendo que o tamanho e disposição das imagens inseridas será de acordo com o layout escolhido. Quando um novo layout for escolhido, todas as imagens serão removidas, executando ação semelhante ao Limpar Prancha. Uma mensagem de confirmação será apresentado ao usuário antes de trocar o layout.

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Inserir Imagem na Prancha

O software possui categorias que ordenam os vários tipos de imagens, e dentro de cada categoria há um número ilimitado de imagens. Esta estrutura é importada durante o processo de instalação e do ServidorScala utilizando a tecnologia REST, descrito no caso de uso Atualizar Imagens via WebService.

Para inserir uma imagem na prancha, o usuário deve selecionar a imagem desejada (pressionando e soltando o dedo na mesma), ficando esta com uma borda de destaque, e depois pressionar o dedo na posição do layout desejada. Caso haja uma imagem nesta posição, a nova imagem irá substituir a imagem antes inserida.

Jundo da imagem é mostrado o texto correspondendo ao nome dela (atributo do banco de dados), podendo o mesmo ser alterado para a presente prancha.

Reposicionar imagem

A selecionar uma imagem (pressionando o dedo sobre ela na prancha), é possível reposicioná-la pressionando o dedo na posição de destino.

Excluir Imagem da Prancha

Para excluir uma imagem da pracha deve-se selecionar a mesma e pressionar o botão excluir, localizado no canto inferior direito junto aos demais botões de manipulação da imagem. A imagem excluída perde suas configurações específicas de nome e som, caso tenha sido alterada. Porém a mesma continuará disponível no menu de categorias.

Gravar som para uma Imagem

Quando inserida na prancha, a imagem irá por padrão sintetizar seu nome para gerar o som correspondente. Caso se deseje alterar o som, pode-se gravar uma voz para a mesma. Este som será armazenado e vinculado apenas à imagem da prancha, mantendo-se inalterada a original.

Para gravar o som, irá selecionar a imagem e pressionar sobre o botão Gravar Som, após terminar a gravação deve pressionar o botão parar mostrado numa janela de diálogo.

Reproduzir som das imagens

Ao selecionar a imagem pode-se reproduzir seu som de acordo com o seguinte padrão:

• Caso haja um som gravado para a imagem, reproduz este som (Caso de uso “Gravar som para uma Imagem”)

• Senão, caso tenha sido alterado o texto da imagem, sintetiza o texto alterado

• Senão, sintetiza o texto original da imagem.

Visualizar Prancha

Ao selecionar a opção de Visualizar Prancha, uma nova janela será aberta apresentando a prancha construída. Nesta janela há a opção de reproduzir toda a prancha em sequência reproduzindo o som de cada imagem iniciando pela imagem inserida no canto superior direito e reproduzindo da esquerda para direita linha-a- linha.

É possível também pressionar sobre uma imagem e a mesma reproduzirá o som correspondente. Ambas ações executam o caso de uso “Reproduzir som das Imagens”.

Abrir Prancha

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Esta caso de uso abre uma prancha previamente salva no bando de dados do Tablet. Esta ação irá carregar o layout salvo assim como as imagens e suas possíveis alterações (nome e som).

Este comando também poderá importar uma prancha exportada (arquivo zip). Neste caso irá importar todas as configurações da prancha e das imagens e gravar no banco de dados interno, podendo ser aberta em outras ocasiões.

Salvar Prancha

Esta caso de uso salva uma prancha construída no bando de dados do Tablet. Esta ação irá salvar o layout assim como as imagens e suas possíveis alterações (nome e som).

Além de salvar, pode-se exportar a prancha para uma arquivo externo, através do caso de uso “Exportar prancha”.

Exportar Prancha

Esta caso de uso cria uma arquivo no formato Zip com todas as informações da prancha criada, podendo ser importada em outros tablets.

O arquivo Zip contém um arquivo XML com a descrição da prancha e das imagens: layout, posicionamento das imagens e possíveis alterações. Caso seja usado uma imagem importada na prancha, esta imagem será salva dentro do Zip. Caso seja gravado sons para as imagens, estes também irão junto com o Zip.

Excluir Pranchas Salvas

Ao selecionar a opção de abrir uma prancha, é possível excluí-la do banco de dados. Esta operação é irreversível e irá excluir todas as informações referente à prancha.

Atualizar imagens por WebServices

Ao iniciar o sistema o Scala irá diariamente buscar por novas atualizações no servidor ScalaServer. O usuário poderá aceitar ou não as novas atualizações que irá baixar as novas imagens e/ou excluir imagens previamente selecionadas no ScalaServer.

Importar Imagem

Este caso de uso prevê a importação de imagens contidas no Tablet para o software Scala. As imagens importadas ficarão numa categoria especial chamada Minhas Imagens e poderá ser usada normalmente pelo sistema. Para excluir uma imagem importada, deve-se ficar pressionando a mesma por 2 segundos, abrindo assim uma janela de diálogo confirmando a exclusão.

Exportar/Enviar Imagem

Este caso de uso deve exportar uma prancha no formato JPG e permitir o envio desta imagem para outros dispositivos. O recursos usado para enviar a imagem é a opção compartilhar do Tablet, que permitirá enviá-la por vários métodos dependendo do software instalado. As opções padrão são: Enviar por Bluetooth e Enviar por e-mail.

Uso do Software

O diagrama de atividades a seguir apresenta o processo padrão de utilização do sistema, podendo neste haver mudanças de acordo com o interesse do usuário:

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