Relatorio - Velocidade Do Som

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA 90112 – GUILHERME LUCAS DE OLIVEIRA DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DO SOM

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

90112 – GUILHERME LUCAS DE OLIVEIRA

DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DO SOM

MARINGÁ

2014

Page 2: Relatorio - Velocidade Do Som

90112 - Guilherme Lucas de Oliveira

DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DO SOM

Trabalho da disciplina Física Experimental II

apresentado ao curso de Engenharia Mecânica

como requisito parcial para obtenção de nota

do Segundo Semestre.

MARINGÁ

2014

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SUMÁRIO

1 OBJETIVOS..................................................................................................................3

1.1 Objetivo Geral.................................................................................................................3

1.2 Objetivos específicos.......................................................................................................3

2 INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

3 MONTAGEM DO SISTEMA......................................................................................7

4 MATERIAIS UTILIZADOS........................................................................................8

5 PROCEDIMENTO.......................................................................................................9

6 DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE.....................................................10

7 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS..............................................................11

8 ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................................................13

9 CONCLUSÃO.............................................................................................................14

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1 OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Determinar a velocidade do som.

1.2 Objetivos específicos

Gerar ondas estacionárias no ar contido em um tubo;

Determinar a velocidade do som no ar, à temperatura ambiente, a partir de medidas do

comprimento de onda, para uma dada frequência.

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2 INTRODUÇÃO

As ondas sonoras são ondas longitudinais, que podem se propagar em sólidos, líquidos

e gases.

As partículas do meio oscilam paralelamente à direção de propagação da onda, de

modo que, quando a onda sonora se propaga em um meio material, como o ar, ou um gás

qualquer, produzem neste, zonas de compressão e rarefação, enquanto a onda passa.

As ondas sonoras se propagam em todas as direções a partir da fonte, no entanto, é

mais fácil tratar da propagação em uma dimensão.

A velocidade com qual uma onda sonora percorre em um meio, quando a variação da

pressão não é muito grande, é dada por:

v=√ βρ

(1.1)

onde, ρ é a densidade e β, o módulo volumétrico de elasticidade do meio, que se define como

a razão entre a variação de pressão (p) e a variação relativa de volume (V), ou seja:

β=−Δ pΔVV

(1.2)

A Eq. (1.1) é válida para qualquer meio, seja ele um gás, um liquido ou um sólido,

entretanto, para sua dedução, é assumido que o meio esteja confinado em um tubo, de modo

que a onda se mova em uma só direção. Esta condição é geralmente satisfeito para um gas ou

um liquido. Para um solido, é necessário substituir β por Y – módulo longitudinal de Young.

Podemos modificar a Eq. (1.1), apresentando-a de uma forma, que mostra claramente,

que a velocidade da onda sonora depende da temperatura absoluta T (Kelvin) do meio, onde

ela se propaga. Para isso a partir da Primeira Lei da Termodinâmica, aplicada a um gás ideal,

em um estado de equilíbrio termodinâmico, obtenha para a velocidade da onda sonora a

equação:

v=√ γRTM

(1.3)

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Onde: γ=c❑p

cV é a razão entre o calor especifico do gás, a pressão constante, e o seu calor

específico, a volume constante (para o ar γ ≈1,402); M – massa molecular (para o ar M=

29,0x10-3 Kg/mol); R – constante universal dos gases ideais (R = 8+.31J/mol K) e T –

temperatura absoluta.

Com base na Eq. (1.3) encontramos que a velocidade do som no ar, a 0°C é

aproximadamente 331,5 m/s.

A Eq. (1.3) nos mostra que a velocidade do som, em qualquer gás, diretamente

proporcional à raiz quadrada da temperatura absoluta. Assim a razão entre as velocidade a

temperatura T1 e T2 fornece a equação:

v1

v2=√T 1

T 2(1.4)

Neste experimento (Figura 1.1), as ondas percorrem a coluna de ar, sendo refletidas no

nível da água (extremidade fechada do tubo), com uma defasagem de 180º retornando à

extremidade aberta, onde são novamente refletidas, porém, sem inversão de fase. A

interferência dessas ondas dá origem a ondas estacionárias, sempre que a coluna de ar de

comprimento L satisfizer a condição de ressonância, isto é vibrar com a mesma frequência do

gerador.

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Figura 1.1 - Figura esquemática do experimento. Constituído por 1- alto-falante; 2 – tubo de

vidro; 3 – reservatório de água, 4 – suporte; e do amplificador e gerador de função ou ferrador

de áudio.

Para um tubo com uma extremidade aberta e outra fechada, a condição é:

Ln=(2n−1 ) λ4 (1.5)

onde n = 1,2,3...representa o número de ventre.

A Eq. (1.5) nos mostra que só estarão faltando presentes os harmônicos de ordem impar e a

configuração da onda estacionária, consiste de um nodo na superfície da agua e de um

antinodo próximo a extremidade aberta, como mostra a figura (1.2).

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Figura 1.2 – Figura esquemática dos tubos com uma extremidade fechada – Ondas de

deslocamento.

Na prática, os antinodos de pressão (nodos de deslocamento) são percebidos pelo aumento da

intensidade do som. Assim, se medirmos a distância entre dois antinodos sucessivos, que

equivale a meio comprimento de onda (formula), e conhecendo-se a frequência (f) do gerador,

podemos determinar a velocidade do som, à temperatura ambiente, através da Eq. (1.6), a

seguir:

v=λf (1.6)

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3 MONTAGEM DO SISTEMA

Utiliza-se um tubo de vidro que encerra uma coluna de ar à temperatura ambiente, limitada na

parte interior por uma coluna de água que se comunica com um reservatório de água. Dessa forma, o

comprimento “L” da coluna de ar pode ser variado pelo movimento (para cima e para baixo) do

reservatório, enviadas para o interior do tubo, através de um alto-falante acoplado a um gerador de

funções de frequência conhecida.

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4 MATERIAIS UTILIZADOS

Tubo de vidro;

Reservatório de água;

Mangueira de conexão entre os reservatórios e o tubo de vidro;

Alto-falante;

Fios conectores para o amplificador;

Gerador de funções

Amplificador;

Recipiente com água;

Caneta (3 cores);

Trena

Termômetro

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5 PROCEDIMENTO

Posicionou-se o reservatório na sua posição mais baixa e colocou-se água no mesmo.

Acrescentou-se água até que o tubo de vidro estivesse quase cheio.

Ligou-se o gerador de funções, o amplificador e escolheu-se uma frequência entre 700

a 1000 hz.

Lentamente, elevou-se o reservatório, isso fez com que o nível da água fosse

abaixando no tubo de vidro. Conforme o nível variou, procurou-se identificar os

antinodos de pressão, através do aumento da intensidade do som nesses pontos. Com a

caneta marcou-se a posição desses pontos no tubo.

Com a trena mediu-se a distância entre cada par de antinodos consecutivos e anotou-se

na tabela 1.

Repetiu-se os procedimentos para mais duas frequências e anotou-se na tabela 1;

Anotou-se a temperatura ambiente na tabela 1.

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6 DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE

Tabela 1 – Medidas do comprimento de onda

f 1=(700±10 ) Hz

λ2(m) (110 ± 5) x 10-3

(350 ± 5) x 10-3

(590 ± 5) x 10-3

(830 ± 5) x 10-3

T= 24,4 ±0,1° C

Tabela 2 – Medidas do comprimento de onda

f 2=(800±10 ) Hz

λ2(m) (100 ± 5) x 10-3

(310 ± 5) x 10-3

(520± 5) x 10-3

(730 ± 5) x 10-3

T= 25,2 ±0,1° C

Tabela 3 – Medidas do comprimento de onda

f 3=(900±10 ) Hz

λ2(m) (80 ± 5) x 10-3

(270 ± 5) x 10-3

(460 ± 5) x 10-3

(650 ± 5) x 10-3

(840 ± 5) x 10-3

T= 24,3 ±0,1° C

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7 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Para obter o desvio do comprimento de onda fez-se:

2 (−l 1+l 4 )3

=L

Onde L = λ

σ l12 +σ l4

2 =σ L2

σ L≈7∗10− 4m

a)

Tabela 4 – Medidas do comprimento médio de onda para diferentes frequências (média)

f 1=(700±10 )Hz f 2 (800±10 )Hz f 3 (900±10 ) Hz

λ (m) (480±7 ) x 10-3 (420±7 ) x 10-3 (380±7 ) x 10-3

b) Utilizando a equação (1.6) encontre a velocidade (v) do som, à temperatura ambiente,

para cada uma das frequências utilizadas;

Para obter o desvio da velocidade, aplica-se o logaritmo neperiano na equação 1.6.

ln v=lnλ+ lnf

σvV

=σλλ

+ σff

σv=V ( σλλ

+ σff

)

Para a frequência 700 Hz a temperatura de 24,4ºC tem-se:

v1=λf

v1=¿(480 * 10-3)*700

v1=¿ 336 m/s

σ v1=¿9,7 m/s

v1=¿336 ±9,7 m/s

Para a frequência 800 Hz a temperatura de 25,2ºC tem-se:

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v2=¿(420 * 10-3)*800

v2=¿336 ± 9,8 m/s

Para a frequência 900 Hz a temperatura de 24,3°C tem-se:

v3=¿(380 * 10-3)*900

v3=¿ 342 ± 10,1 m/s

c) Com o auxílio da Eq. 1.4 encontre também a velocidade do som a 0°C

Tabela 5 – Velocidade de propagação da onda à temperatura ambiente e na absoluta de onda

para diferentes frequências.

O desvio para a velocidade a 0°C é:

σ v1=v1

(2σ v2 )v2

+σ T1

T 1+σ T 2

T2

2

f 1=700±10 Hz f 2=800±10Hz f 3=900±10Hz

va(m /s) 336 ±9.7 m/s 336 ± 9.8 m/s 342 ± 10.1 m/s

v0(m /s) 322±9,4 m/s 321±9,4 m/s 328 ±10,2 m/s

d) Comparando os resultados da questão c) com o valor tabelado ( v = 331.5 m/s),

escolha a melhor determinação para a velocidade do som;

O melhor resultado foi o da terceira frequência (900 Hz) pois é o que mais se

aproxima do valor tabelado.

e) Calcule o desvio percentual

D=|valor teórico−valor experimentalvalor teórico |100 %

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D=¿1.06%

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8 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Com os dados obtidos e anotados na Tabela 1, verificou-se o comprimento de onda

para cada frequência e assim com auxílio da equação 1.6 calculou-se a velocidade do som a

temperatura ambiente com seus respectivos desvios já apresentados na Tabela 5. Utilizando a

equação 1.4 calculou-se a velocidade do som à 0°C com seus respectivos desvios,

apresentados na Tabela 5. Comparou-se os resultados da velocidade do som com o valor

tabelado e verificou-se que o mais próximo foi a velocidade obtida a partir da frequência de

900Hz com um desvio percentual de 1.06%.

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9 CONCLUSÃO

Conclui-se que a velocidade do som é influenciada pela temperatura ambiente,

aumentando proporcionalmente com a mesma, de acordo com a Equação 1.4.

Os objetivos foram alcançados, pela determinação da velocidade do som no ar e pela

geração de ondas estacionárias no ar contido em um tubo. Os valores se mostraram plausíveis,

já que estão muito próximos do valor teórico, mostrando um erro porcentual de apenas 1.06%

para o valor mais próximo, na frequência de 900Hz. Esse erro pode ser explicado pela

imprecisão da medida, já que o traço da caneta e o erro da pessoa que estava ouvindo

influenciam no cálculo, tanto é que o erro para a medida das distâncias foi considerado 0,5

cm, justamente para considerar a espessura da caneta.

Também a partir da equação 1.4, pode-se determinar a velocidade do som a 0ºC

atingindo todos os objetivos do experimento.