RelatorioCompleto jan-abr 2011 - UFRJ · 82% da energia foi proveniente de fontes renováveis,...

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1 Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico: JANEIRO-ABRIL 2011 Adriana Maria Dassie RIO DE JANEIRO

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Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica

Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:

JANEIRO-ABRIL 2011

Adriana Maria Dassie

RIO DE JANEIRO

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ÍNDICE

ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................................................3 ÍNDICE DE GRÁFICOS......................................................................................................................4 SUMÁRIO EXECUTIVO ....................................................................................................................5 INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO..........................................................................................8

1 CAPACIDADE INSTALADA ........................................................................................................8 2 MATRIZ ELETRICA....................................................................................................................16 3 LEILÕES......................................................................................................................................19

3.1 Leilões de Ajuste....................................................................................................................19 4 – GERAÇÃO ................................................................................................................................21

4.1 – Geração Hídrica.................................................................................................................21 4.2 – Geração Térmica................................................................................................................23 4.3 – Geração Nuclear ................................................................................................................25 4.4 – Itaipu..................................................................................................................................26

5 – FLUXOS DE ENERGIA.............................................................................................................28 5.1 – Geração de Energia pelo Sistema Interligado Nacional.......................................................28

6 – NÍVEIS DOS RESERVATÓRIOS ..............................................................................................31 6.1 – Energia armazenada por subsistema ...................................................................................31

6.2 – ENERGIA NATURAL AFLUENTE POR SUBSISTEMA ........................................................................33 7.3 – Carga de Energia no Sistema Interconectado ......................................................................34

8 CONSUMO ..................................................................................................................................37 8.1 Evolução do Consumo Total ..................................................................................................37 8.2 Consumo Faturado por Classe...............................................................................................41 8.2.1 Consumo Faturado - Janeiro a Abril de 2011......................................................................41 8.3 Consumo Faturado por Região ..............................................................................................44 8.3.1 Consumo Faturado na Região Sudeste ................................................................................44 8.3.2 Consumo Faturado na Região Sul .......................................................................................46 8.3.3 Consumo Faturado na Região Nordeste ..............................................................................47 8.3.4 Consumo Faturado na Região Norte ...................................................................................49

9 MERCADO SPOT ........................................................................................................................53 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................................................56 GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS .......................................................................................57

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ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em MW)................................................................................................................................... 10 Tabela 2: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009*............... 12 (número índice 1990 = 100) ........................................................................................ 12 Tabela 3: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em %) .. 13 Tabela 4: Matriz de Energia Elétrica (maio de 2011)................................................... 17 Tabela 5: Resultado do 10º Leilão de Ajuste ............................................................... 20 Tabela 6: Geração Mensal de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2008 a Abr-2011.. 22 (em GWh)................................................................................................................... 22 Tabela 7: Geração Mensal de Energia Térmica por Subsistema. Jan-2008 a Abr-2011.24 (em GWh)................................................................................................................... 24 Tabela 8: Geração Mensal de Energia Nuclear. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh) ........ 25 Tabela 9: Geração Mensal de Energia pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Abr-2011....... 27 (em GWh)................................................................................................................... 27 Tabela 10: Energia gerada pelo Sistema Interligado Nacional por fonte de energia. Jan-2009 a Abr-2011. (em GWh)....................................................................................... 29 Tabela 11: Armazenamento mensal de energia por subsistema. Jan-2008 a Abr-2011. 31 (em GWh)................................................................................................................... 31 Tabela 12: Energia Natural Afluente por Região. Jan-2008 a Abr-2011....................... 33 (em MW médios) ........................................................................................................ 33 Tabela 13: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh) .......................................................................................................... 35 Tabela 14: Consumo Faturado no Brasil (jan-abr 2009, 2010 e 2011), em GWh.......... 38 Tabela 15: Consumo Faturado pó Classe, Janeiro a Abril de 2011 (GWh) ................... 42 Tabela 16: Consumo Faturado na Região Sudeste, 2010 e 2011 (em GWh)................. 45 Tabela 17: Consumo Faturado na Região Sul, 2009 e 2010 (em GWh......................... 47 Tabela 18: Consumo Faturado na Região Nordeste, 2010 e 2011 (em GWh) ............... 48 Tabela 19: Consumo Faturado na Região Norte, 2010 e 2011 (em GWh) .................... 50 Tabela 20: Consumo Faturado na Região Centro Oeste, 2010 e 2011 (em GWh)......... 51 Tabela 21: Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Janeiro de 2008 a Abril de 2011 (em R$/MWh................................................................................................. 55

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ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1: Oferta Interna de Eletricidade por Fonte, 2009 ............................................. 8 Gráfico 2: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento de Serviço Público e/ou Produtores Independentes por Fonte de Geração, 2009 (em %)............................ 14 Gráfico 3: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento dos Autoprodutores. por Fonte de Geração, 2008 (em %) ............................................................................ 15 Gráfico 4: Geração de energia hídrica por subsistema. Jan-2000 a Abr-2011............... 23 (em GWh)................................................................................................................... 23 Gráfico 5: Geração de energia térmica por subsistema. Jan-2000 a Abr-2011. ............. 24 (em GWh)................................................................................................................... 24 Gráfico 6: Geração de Energia Nuclear. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh) ................... 26 Gráfico 7: Energia Gerada pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh)..... 27 Gráfico 8: Energia Gerada pelo SIN por tipo de geração. Jan-2009 a Abr-2011........... 29 (em GWh)................................................................................................................... 29 Gráfico 9: Brasil. Armazenamento de energia mensal por subsistema. Jan- 2000 a Abr-2011 (em GWh) .......................................................................................................... 32 Gráfico 10: Energia Natural Afluente por Região. Maio-2001 a Abr-2011. ................. 34 (em MW médios) ........................................................................................................ 34 Gráfico 11: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh) .......................................................................................................... 35 Gráfico 12: Evolução do Consumo Total Anual, 2000 a 2010 (GWh) ......................... 37 Gráfico 13: Consumo Total por Segmento, Jan-Abr 2011 (em GWh) .......................... 39 Gráfico 14: Participação do Consumo de Cada Região no total do Brasil, Jan-Abr 2011 (%).............................................................................................................................. 40 Gráfico 15: Participação de cada Classe de Consumo no Consumo Total do Brasil, Janeiro a Abril de 2011 (em %)................................................................................... 41 Gráfico 16: Consumo Total na Região Sudeste, por classe, jan-abr 2011 (em GWh) ... 45 Gráfico 17: Consumo Total da Região Sul e por Classe, jan-abr 2011 (em GWh)........ 46 Gráfico 18: Consumo Total na Região, por classe, jan-abr 2011 (em GWh.................. 48 Gráfico 19: Consumo Total na Região Norte, jan-abr 2011 (em GWh ......................... 49 Gráfico 20: Consumo Total na Região Centro Oeste e por Classe, jan-abr e 2011 (em GWh........................................................................................................................... 51 Gráfico 21: Evolução do Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Maio de 2003 a Abril de 2011 (em R$/MWh) ........................................................................... 53

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SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório tem como objetivo central sistematizar e analisar os principais

indicadores do setor elétrico brasileiro. Para isso foram selecionados o que a literatura

especializada no setor considera como os principais e mais importantes dados e

indicadores. Este conjunto de informações está apresentado no formato de tabelas e

gráficos.

A estrutura do relatório Indicadores Nacionais do Setor Elétrico está dividida em

nove seções: Capacidade Instalada; Matriz Energética; Leilões; Geração; Fluxo de

Energia; Nível dos Reservatórios; Carga de Energia; Consumo Faturado e Mercado

Spot. Em cada seção são apresentadas as análises dos principais resultados verificados

no setor elétrico brasileiro, no período que abrange os meses de janeiro a abril de 2011,

comparando com o período homólogo dos anos anteriores.

O primeiro item, sobre Capacidade Instalada, trata da capacidade total de energia

instalada, assim como o número de usinas térmicas, hídricas, nucleares ou de outras

fontes de energia. Estes dados são apurados do último Balanço Energético Nacional,

publicado pela EPE e, que neste caso trás os valores de 2009.

Já a seção Matriz Energética apresenta um quadro geral dos empreendimentos

que estão em operação. Estão disponibilizados dados sobre a capacidade total de

geração das unidades em operação, e a participação de cada fonte de energia no total.

A terceira seção analisa os Leilões de Energia ocorridos no período analisado,

que para este período foi o leilão de ajuste, ocorrido no dia 17 de fevereiro de 2011.

A quarta e quinta seções analisam o volume de energia gerado no Sistema

Interligado Nacional, provenientes das principais fontes de energia no país: Hídricas,

Térmicas e Nucleares. Os dados apresentados também contemplam de que forma os

subsistemas (Sudeste/Centro-Oeste; Sul; Norte e Nordeste) participam do volume total

de energia geral e os resultados dos intercâmbios de energia realizados entre eles. Pela

importância no quadro geral do SIN, a Hidrelétrica Binacional de Itaipu será tratada

individualmente em uma das subseções.

O comportamento dos reservatórios das hidrelétricas que compõem o sistema

elétrico brasileiro será tratado na sexta seção. Estão disponíveis dados sobre

armazenamento total de energia nos reservatórios por subsistema; percentual de

capacidade máxima dos reservatórios; energia natural afluente por subsistema.

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A carga de energia, registrada no Sistema Interligado Nacional, é importante

indicador sobre a demanda de energia elétrica no país e, está na sétima seção do

presente relatório.

O oitavo tópico do relatório é referente ao consumo faturado por classes de

consumo e por subsistemas. E a última seção apresenta os preços médios mensais da

energia comercializada no mercado spot nos quatro subsistemas do SIN.

O Setor Elétrico Brasileiro apresentava, em fins de 2008, capacidade geradora

instalada de 103.961 MW, de acordo com os dados do Balanço Energético Nacional

2009 (BEN), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A capacidade

instalada cresceu a uma taxa média de 3,49% na década dos 90 e de 4,53% entre 2000 e

2008. A capacidade instalada total aumentou entre 1990 e 2009 em uma taxa média

anual de 3,83%.

O Brasil detinha, até maio de 2011, 2.393 usinas, de diferentes fontes de energia.

A energia hidrelétrica representava 66,28% do total do país, com uma capacidade total

de geração de aproximadamente 81.152.147 KW. O gás natural participava com 10,71%

do total. As usinas abastecidas por biomassa participavam com 6,59% e eólica com

0,76%.

Em termos de geração, o volume total de energia gerado no Sistema Interligado

Nacional durante os meses de janeiro a abril de 2011 foi de 191.380,38 GWh, sendo que

as fontes hídricas, representaram 79,69% do total. A geração térmica no segundo

quadrimestre de 2010 foi responsável por apenas 3,37% de energia gerada. Já a geração

nuclear foi responsável por 2,70% do total gerado no SIN.

O montante de energia armazenada no SIN durante o ano de 2010, totalizou

621.676,06 GWh, o que representou variação negativa de 1,77% em relação ao mesmo

período de 2010. Já a energia afluente registrada nos rios com hidroelétricas do Sistema

Interligado Nacional, durante o ano, totalizou 415.225,69 MW médios. Neste caso,

houve elevaçao de 19,07% em relação à energia afluente registrada no período

homônimo de 2010.

A Carga de Energia demandada no âmbito do Sistema Interligado Nacional

durante janeiro a abril de 2010 alcançou o patamar de 164.345,74 GWh, o que

representou aumento de 3,03% em relação ao mesmo quadrimestre do ano de 2010.

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O consumo faturado de energia no Brasil durante o primeiro quadrimestre de

2011 foi de 142.744 GWh, o que representou aumento de 4,1% em relação ao mesmo

período do ano de 2010 (137.180 GWh). A região Sudeste foi responsável pela maior

parcela do consumo, detendo quase 53,9% (76.969 GWh) do total consumido durante

2011, uma expansão de 5,2% em comparação com o montante consumido pelo

subsistema no mesmo período em 2010. (Ver Seção 8.1 e 8.2).

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INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO 1 CAPACIDADE INSTALADA

Segundo dados do último Balanço Energético Nacional (BEN) de 2010, a oferta

total interna de energia elétrica (importações somadas a geração interna) em 2009

chegou ao patamar de 506,1 TWh, o que representou um acréscimo de 0,2% em relação

ao montante de eletricidade ofertado no país durante o ano de 2008 (505,3 TWh).

Do total de eletricidade ofertada internamente (sem importação), pouco mais de

82% da energia foi proveniente de fontes renováveis, dentre as quais estão incluídas:

hidráulica, biomassa e eólica. As fontes não-renováveis (gás natural, derivados de

petróleo, carvão e derivados e nuclear) foram responsáveis por 9% e as importações

pelos 8% restantes da oferta interna de energia elétrica. Em função do elevado nível

observado nos reservatórios das hidrelétricas, principalmente no segundo semestre de

2009, houve significativa redução de 53,7% (em relação a 2008) na geração térmica a

gás natural. Além dos recuos de 19% na geração por derivados do petróleo e de 16% na

geração por carvão mineral. O Gráfico 1 a seguir apresenta a estrutura da oferta interna

de eletricidade, no Brasil em 2009.

Gráfico 1: Oferta Interna de Eletricidade por Fonte, 2009

77%

8%

5%0%3%3%3%1%

Hidráulica Importação B iomassa (2) Eó licaGás natural Derivados do petró leo Nuclear Carvão e derivados (1)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010 (1) Inclui gás de coqueria. (2) Biomassa inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações.

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No caso da biomassa o destaque fica pelo aumento da geração a bagaço de cana.

De acordo com o BEN, o setor sucroalcoleiro gerou 14.1 TWh em 2009, sendo 5,9 TWh

destinados ao mercado e 8,2 TWh destinados ao consumo próprio. Em 2008 a geração

do setor tinha sido12 TWh e, apenas 4,4 TWh destinados ao mercado. A geração eólica

passou de 1.183 GWh em 2008 para 1.238 GWh em 2009, crescimento de 4,7%.

A Tabela 1 apresenta a evolução da capacidade instalada de geração elétrica no

Brasil no período de 1974 a 2009. A Tabela desagrega a capacidade geradora por fonte

hídrica, térmica e nuclear. Além disso, dentro de cada tipo de fonte os empreendimentos

instalados estão divididos em serviço público e/ou produtores independentes e

autoprodutores. Pode-se verificar que a capacidade instalada no Brasil teve um aumento

de aproximadamente 486% nesse período, crescendo a uma média de 5,3% a.a. no

período em questão.

Na matriz elétrica brasileira, no que se refere à participação das diversas fontes

de geração de energia, as usinas hidrelétricas são as que têm participação majoritárias

entre os empreendimentos em operação. Em 2009 mais de 74% da energia gerada no

país era proveniente de fonte hidráulica (ver Tabela 3). Neste mesmo ano a capacidade

instalada de geração em território brasileiro era de 106.215 MW (ver Tabela1), deste

total 79.291 MW era de fonte hídrica.

Em relação à fonte térmica as usinas em operação em 2009 correspondiam a

pouco menos de 27.000 MW, sendo a segunda maior fonte de geração de energia

elétrica do país. Em 2000 a fonte térmica respondia com menos de 15% das fontes de

geração no país, em 2009 a participação foi de aproximadamente 23%. Este crescimento

ocorreu principalmente em razão do aumento de usinas térmicas a base de combustíveis

fósseis (gás natural) e biomassa.

A energia eólica somente entrou na matriz elétrica brasileira em 2005 (29 MW).

Em 2009, a potencia instalada para geração eólica no país aumentou 45,3%. De acordo

com o BEN o parque eólico nacional cresceu 187,8 MW, em decorrência da

inauguração de três parques eólicos, todos no estado do Ceará.

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Tabela 1: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em MW) NUCLEAR

SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE SP e/ou PIE APE TOTAL1974 13.224 500 13.724 2.489 1.920 4.409 - - - - 15.713 2.420 18.1331975 15.815 501 16.316 2.436 2.216 4.652 - - - - 18.251 2.717 20.9681976 17.343 561 17.904 2.457 2.223 4.680 - - - - 19.800 2.784 22.5841977 18.835 561 19.396 2.729 2.214 4.943 - - - - 21.564 2.775 24.3391978 21.104 561 21.665 3.048 2.259 5.307 - - - - 24.152 2.820 26.9721979 23.667 568 24.235 3.573 2.411 5.984 - - - - 27.240 2.979 30.2191980 27.081 568 27.649 3.484 2.339 5.823 - - - - 30.565 2.907 33.4721981 30.596 577 31.173 3.655 2.441 6.096 - - - - 34.251 3.018 37.2691982 32.542 614 33.156 3.687 2.503 6.190 - - - - 36.229 3.117 39.3461983 33.556 622 34.178 3.641 2.547 6.188 - - - - 37.197 3.169 40.3661984 34.301 622 34.923 3.626 2.547 6.173 - - - - 37.927 3.169 41.0961985 36.453 624 37.077 3.708 2.665 6.373 - - - 657 40.818 3.289 44.1071986 37.162 624 37.786 3.845 2.665 6.510 - - - 657 41.664 3.289 44.9531987 39.693 636 40.329 3.910 2.665 6.575 - - - 657 44.260 3.301 47.5611988 41.583 645 42.228 4.025 2.665 6.690 - - - 657 46.265 3.310 49.5751989 44.172 624 44.796 4.007 2.665 6.672 - - - 657 48.836 3.289 52.1251990 44.934 624 45.558 4.170 2.665 6.835 - - - 657 49.761 3.289 53.0501991 45.992 624 46.616 4.203 2.665 6.868 - - - 657 50.852 3.289 54.1411992 47.085 624 47.709 4.018 2.665 6.683 - - - 657 51.760 3.289 55.0491993 47.967 624 48.591 4.127 2.847 6.974 - - - 657 52.751 3.471 56.2221994 49.297 624 49.921 4.151 2.900 7.051 - - - 657 54.105 3.524 57.6291995 50.680 687 51.367 4.197 2.900 7.097 - - - 657 55.534 3.587 59.1211996 52.432 687 53.119 4.105 2.920 7.025 - - - 657 57.194 3.607 60.8011997 53.987 902 54.889 4.506 2.920 7.426 - - - 657 59.150 3.822 62.9721998 55.857 902 56.759 4.798 2.995 7.793 - - - 657 61.312 3.897 65.2091999 58.085 912 58.997 5.217 3.309 8.526 - - - 657 63.959 4.221 68.1802000 60.095 968 61.063 6.567 4.075 10.642 - - - 2.007 68.669 5.043 73.7122001 61.551 972 62.523 7.559 4.166 11.725 - - - 2.007 71.117 5.138 76.2552002 64.146 1.165 65.311 10.654 4.486 15.140 - - - 2.007 76.807 5.651 82.4582003 66.587 1.206 67.793 11.693 5.012 16.705 - - - 2.007 80.287 6.218 86.5052004 67.572 1.427 68.999 14.529 5.198 19.727 - - - 2.007 84.108 6.625 90.7332005 69.274 1.583 70.857 14.992 5.272 20.264 27 2 29 2.007 86.300 6.857 93.1572006 71.767 1.666 73.433 14.285 6.672 20.957 235 2 237 2.007 88.294 8.340 96.6342007 73.622 3.249 76.871 14.270 7.055 21.325 245 2 247 2.007 90.144 10.306 100.4502008 74.546 3.742 78.288 15.291 7.961 23.252 413 1 414 2.007 92.257 11.704 103.9612009 75.501 3.790 79.291 15.611 8.704 24.315 600 2 602 2.007 93.720 12.496 106.215

TOTAISANO

EÓLICAHIDRO TERMO

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010 SP – Serviço Público PIE – Produtores Independentes APE - Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu

A tendência de crescimento da participação do segmento da autoprodução,

especialmente com relação à energia hidroelétrica foi mantida. Esta modalidade de

produção vem crescendo significativamente desde 2001. Deste ano até 2009, houve

aumento de 143% no total instalado proveniente de autoprodução. A geração própria

respondia em 2007 por 35,4 TWh do consumo. Em 2012 deve alcançar 63,8% e até

2017, 102,3%. Com isso a velocidade de crescimento será de 11,2% TWh por ano nessa

década, contra 8% ao ano no período 1991-2006.

De 2008 para 2009, houve aumento de 1,28% no total de capacidade instalada de

empreendimentos de autoprodução no Brasil utilizando fontes hídricas, inferior ao

verificado no período 2007/2008 que havia sido de 15,7%. O mesmo crescimento de

1,28% foi verificado nos empreendimentos de serviço público. Na análise de todas as

fontes agregadas, houve aumento 6,8% da capacidade dos empreendimentos de

autoprodução, enquanto que os serviços públicos e/ou produtores independentes tiveram

aumento bem inferior, de 1,6%.

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A Tabela 2 apresenta a evolução da capacidade geradora instalada em número-

índice, partindo-se de 1990 como ano-base. A utilização deste índice oferece uma

melhor dimensão do crescimento da capacidade instalada, que passou de 100, em 1990,

para 200,2 em 2009, o que significou crescimento de 100,2% no total de capacidade

nesse período. A capacidade de energia hidroelétrica instalada total atinge 174 em 2009,

o que representou crescimento de 74% frente ao ano de 1990.

Já a capacidade de energia termoelétrica instalada partindo do mesmo patamar

cronológico atingiu 355,7 em 2009, um expressivo crescimento de 255,7% do total

térmico instalado no Brasil entre 1990 e 2009.

As fontes nucleares, representadas pelas Usinas de Angra 1 e 2, apresentam

estabilidade no total de capacidade instalada desde 2000, quando houve a última

expansão de capacidade nas usinas e significou acréscimo de 205,5% em relação ao

instalado desde 1985.

A capacidade instalada total aumentou entre 1990 e 2009 em uma taxa média

anual de 3,83%. Para uma análise histórica, na década de 1970, no período entre 1974 e

1980, o crescimento foi de 10,76% a.a. e na década de 1980 foi de 4,0% a.a. O resultado

da década de 1990 aponta crescimento médio anual de 3,49%.

A participação da Autoprodução no total de capacidade instalada no país

alcançou 11,73% em 2009, apresentando pequena variação positiva relação ao ano de

2008, cuja participação foi de 11,3%.

12

Tabela 2: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (número índice 1990 = 100)

NUCLEAR

SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE APE TOTAL SP e/ou PIE SP e/ou PIE APE TOTAL1974 29,4 80,1 30,1 59,7 72,0 64,5 - 31,6 73,6 34,2

1975 35,2 80,3 35,8 58,4 83,2 68,1 - 36,7 82,6 39,51976 38,6 89,9 39,3 58,9 83,4 68,5 - 39,8 84,6 42,6

1977 41,9 89,9 42,6 65,4 83,1 72,3 - 43,3 84,4 45,9

1978 47,0 89,9 47,6 73,1 84,8 77,6 - 48,5 85,7 50,81979 52,7 91,0 53,2 85,7 90,5 87,5 - 54,7 90,6 57,0

1980 60,3 91,0 60,7 83,5 87,8 85,2 - 61,4 88,4 63,1

1981 68,1 92,5 68,4 87,6 91,6 89,2 - 68,8 91,8 70,31982 72,4 98,4 72,8 88,4 93,9 90,6 - 72,8 94,8 74,2

1983 74,7 99,7 75,0 87,3 95,6 90,5 - 74,8 96,4 76,11984 76,3 99,7 76,7 87,0 95,6 90,3 - 76,2 96,4 77,5

1985 81,1 100,0 81,4 88,9 100,0 93,2 100,0 82,0 100,0 83,1

1986 82,7 100,0 82,9 92,2 100,0 95,2 100,0 83,7 100,0 84,71987 88,3 101,9 88,5 93,8 100,0 96,2 100,0 88,9 100,4 89,7

1988 92,5 103,4 92,7 96,5 100,0 97,9 100,0 93,0 100,6 93,4

1989 98,3 100,0 98,3 96,1 100,0 97,6 100,0 98,1 100,0 98,31990 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1991 102,4 100,0 102,3 100,8 100,0 100,5 100,0 102,2 100,0 102,11992 104,8 100,0 104,7 96,4 100,0 97,8 100,0 104,0 100,0 103,8

1993 106,7 100,0 106,7 99,0 106,8 102,0 100,0 106,0 105,5 106,0

1994 109,7 100,0 109,6 99,5 108,8 103,2 100,0 108,7 107,1 108,61995 112,8 110,1 112,8 100,6 108,8 103,8 100,0 111,6 109,1 111,4

1996 116,7 110,1 116,6 98,4 109,6 102,8 100,0 114,9 109,7 114,61997 120,1 144,6 120,5 108,1 109,6 108,6 100,0 118,9 116,2 118,7

1998 124,3 144,6 124,6 115,1 112,4 114,0 100,0 123,2 118,5 122,9

1999 129,3 146,2 129,5 125,1 124,2 124,7 100,0 128,5 128,3 128,52000 133,7 155,1 134,0 157,5 152,9 155,7 305,5 138,0 153,3 138,9

2001 137,0 155,8 137,2 181,3 156,3 171,5 305,5 142,9 156,2 143,7

2002 142,8 186,7 143,4 255,5 168,3 221,5 305,5 154,4 171,8 155,42003 148,2 193,3 148,8 280,4 188,1 244,4 305,5 161,3 189,1 163,1

2004 150,4 228,7 151,5 348,4 195,0 288,6 305,5 169,0 201,4 171,02005 154,2 253,7 155,5 359,5 197,8 296,5 305,5 173,4 208,5 175,6

2006 159,7 267,0 161,2 342,6 250,4 306,6 305,5 177,4 253,6 182,2

2007 163,8 520,7 168,7 342,2 264,7 312,0 305,5 181,2 313,3 189,32008 165,9 599,7 171,8 366,7 298,7 340,2 305,5 185,4 355,9 196,02009 168,0 607,4 174,0 374,4 326,6 355,7 305,5 188,3 379,9 200,2

TOTAISANO

HIDRO TERMO

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do BEN 2010 SP – Serviço Público PIE – Produtores Independentes APE - Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu

A Tabela 3 apresenta a participação percentual por tipo de fonte no total da

capacidade instalada. Destaca-se a diminuição gradativa da participação da capacidade

instalada de hidrelétricas desde 1996, quando esta fonte representava 87,4% do total

instalado no país. Segundo dados do ano de 2009 (BEN 2010), a participação hídrica é

de 74,7%. A partir do racionamento, ocorrido em 2001, a participação hídrica na matriz

elétrica brasileira vem diminuindo, isto porque vem ocorrendo uma diversificação na

matriz. A diversificação acontece para diminuir o risco de novos racionamentos, já que

as novas usinas hidrelétricas, que estão sendo construídas, já não podem ter grandes

reservatórios, o que diminui a sua capacidade de armazenamento de água

comprometendo sua capacidade de gerar nos períodos secos.

13

Tabela 3: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2009* (em %)

Hidro Term o Eólica Nuclear Hidro Termo Eólica Hidro Termo Eólica Nuclear1974 84,2 15,8 - - 20,7 79,3 - 75,7 24,3 - -

1975 86,7 13,3 - - 18,4 81,6 - 77,8 22,2 - -1976 87,6 12,4 - - 20,2 79,8 - 79,3 20,7 - -

1977 87,3 12,7 - - 20,2 79,8 - 79,7 20,3 - -1978 87,4 12,6 - - 19,9 80,1 - 80,3 19,7 - -

1979 86,9 13,1 - - 19,1 80,9 - 80,2 19,8 - -

1980 88,6 11,4 - - 19,5 80,5 - 82,6 17,4 - -1981 89,3 10,7 - - 19,1 80,9 - 83,6 16,4 - -

1982 89,8 10,2 - - 19,7 80,3 - 84,3 15,7 - -1983 90,2 9,8 - - 19,6 80,4 - 84,7 15,3 - -

1984 90,4 9,6 - - 19,6 80,4 - 85,0 15,0 - -

1985 89,3 9,1 - 1,6 19,0 81,0 - 84,1 14,4 - 1,51986 89,2 9,2 - 1,6 19,0 81,0 - 84,1 14,5 - 1,5

1987 89,7 8,8 - 1,5 19,3 80,7 - 84,8 13,8 - 1,41988 89,9 8,7 - 1,4 19,5 80,5 - 85,2 13,5 - 1,31989 90,4 8,2 - 1,3 19,0 81,0 - 85,9 12,8 - 1,3

1990 90,3 8,4 - 1,3 19,0 81,0 - 85,9 12,9 - 1,21991 90,4 8,3 - 1,3 19,0 81,0 - 86,1 12,7 - 1,2

1992 91,0 7,8 - 1,3 19,0 81,0 - 86,7 12,1 - 1,21993 90,9 7,8 - 1,2 18,0 82,0 - 86,4 12,4 - 1,21994 91,1 7,7 - 1,2 17,7 82,3 - 86,6 12,2 - 1,1

1995 91,3 7,6 - 1,2 19,2 80,8 - 86,9 12,0 - 1,1

1996 91,7 7,2 - 1,1 19,0 81,0 - 87,4 11,6 - 1,11997 91,3 7,6 - 1,1 23,6 76,4 - 87,2 11,8 - 1,01998 91,1 7,8 - 1,1 23,1 76,9 - 87,0 12,0 - 1,01999 90,8 8,2 - 1,0 21,6 78,4 - 86,5 12,5 - 1,0

2000 87,5 9,6 - 2,9 19,2 80,8 - 82,8 14,4 - 2,7

2001 86,5 10,6 - 2,8 18,9 81,1 - 82,0 15,4 - 2,62002 83,5 13,9 - 2,6 20,6 79,4 - 79,2 18,4 - 2,42003 82,9 14,6 - 2,5 19,4 80,6 - 78,4 19,3 - 2,3

2004 80,3 17,3 - 2,4 21,5 78,5 - 76,0 21,7 - 2,22005 80,3 17,4 0,0 2,3 23,1 76,9 0,0 76,1 21,8 0,0 2,2

2006 81,3 16,2 0,3 2,3 20,0 80,0 0,0 76,0 21,7 0,2 2,12007 81,7 15,8 0,3 2,2 31,5 68,5 0,0 76,5 21,2 0,2 2,02008 80,8 16,6 0,4 2,2 32,0 68,0 0,0 75,3 22,4 0,4 1,9

2009 80,6 16,7 0,6 2,1 30,3 69,7 0,0 74,7 22,9 0,6 1,9

ANOSP e/ou PIE APE TOTAIS

Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do BEN 2010 SP - Serviço Público PIE - Produtor Independente APE – Autoprodutor (*) Inclui metade da Usina de Itaipu

Por outro lado, ocupando a maior parte desta participação perdida pelas fontes

hídricas, as usinas térmicas registraram acréscimo expressivo na participação da

capacidade instalada total do país de 2001 para o atual ano. Em 2001, estas fontes

registraram 15,4% do total instalado. Já em 2009, as usinas térmicas representaram

22,9% do total instalado no Brasil, o que significa um aumento acumulado de 7,5

pontos percentuais. Comparando com a participação de 1996, quando a parcela térmica

instalada era relativa a 11,6%, houve aumento ainda mais expressivo, de 11,3 pontos

percentuais. As fontes nucleares são responsáveis por 1,9% do total instalado, enquanto

que as usinas eólicas representam 0,6%.

Na análise do segmento de serviço público e/ou produtores independentes, há

uma maciça participação de fontes hídricas, com 80,6% do total instalado em 2009,

enquanto que as térmicas representam 16,7% e as nucleares participam com 2,1%. Já as

14

usinas eólicas tiveram participação de apenas 0,6% no mesmo ano, conforme observado

no Gráfico 2.

Gráfico 2: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento de Serviço Público e/ou Produtores Independentes por Fonte de Geração, 2009 (em %)

80,6%

16,7%0,6

%2,1

%

Hidro Termo Eólica Nuclear

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010

Houve ligeiro decréscimo da participação hídrica neste segmento, saindo de uma

parcela de 80,8% em 2008 para o atual nível de 80,6% em 2009. Coube às fontes

térmicas ocupar a maior parte deste nicho deixado pelas hídricas, indo de uma

participação de 16,6% em 2008 para 16,7% em 2009. As eólicas saíram do patamar zero

em 2005 para 0,6% em 2009.

O decréscimo da participação hídrica também ocorreu entre os autoprodutores,

cuja participação em 2009 foi de 30,3%. As fontes térmicas mantiveram a liderança

neste segmento, com 69,7% e a fonte eólica continua com participação de zero,

conforme o Gráfico 3.

15

Gráfico 3: Capacidade Instalada de Energia Elétrica no Segmento dos Autoprodutores. por Fonte de Geração, 2008 (em

%)

30,3% 0,0%

69,7%

Hidro Termo Eólica

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2010

16

2 MATRIZ ELETRICA

O Brasil possuía, até 05 de maio de 2011, 2.393 usinas em operação totalizando

uma capacidade instalada de aproximadamente 122.443.004 kW, segundo dados da

ANEEL para todo o sistema elétrico nacional, incluindo o Sistema Interligado Nacional

e os Sistemas Isolados.

Observa-se um aumento de 0,25%, ou 309.012 kW em número absoluto, no

volume total de potência instalada em operação no país em maio de 2011, quando

comparado com a matriz energética de março de 2011, quando a capacidade instalada

em operação registrada foi de 122.133.992 kW. Houve o acréscimo de 25 novas usinas

na matriz brasileira.

As usinas instaladas no Brasil são responsáveis por 93% do total da potência em

operação na matriz energética, somando aproximadamente 114.273.004 kW. O

montante de potência restante que compõe a matriz energética, 8.170.000 kW,

representa 6,69% do total e é importada de países vizinhos da América do Sul

(Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela).

A potência instalada proveniente de fontes hídricas representa 66,28% do total

do país, somando aproximadamente 81.152.147 kW. As usinas abastecidas por gás

representam 10,71% do total, subdividido em gás natural (9,26% do total da matriz

energética) e processado (1,45% também do total da matriz). A energia nuclear

representa 1,64% da matriz energética brasileira, com duas usinas instaladas (Angra 1 e

2), conforme a Tabela 4. A biomassa registra participação de 6,59%, enquanto que as

Eólicas correspondem a 0,76% da potência instalada no país. As fontes mais poluentes,

petróleo e carvão, registram, respectivamente, 5,76% e 1,59% da capacidade instalada,

em maio de 2011.

Em comparação com a Matriz Elétrica de março de 2011, observa-se a inserção

de 11 novos empreendimentos de fontes hídricas representando um acréscimo de

211.490 kW de capacidade instalada em operação. Houve, portanto, um pequeno

aumento de 0,26% da potência instalada referente às fontes hídricas. A participação dos

empreendimentos de fonte hídrica na matriz nacional datado de maio de 2011 registrou

um pequeno acréscimo de 0,01 pontos percentual em comparação com a matriz

apresentada em março do mesmo ano.

17

O segmento de gás manteve estável sua participação na matriz brasileira na

participação da capacidade instalada total do país. Houve a inserção de duas novas

unidades de geração, as duas por gás natural.

Tabela 4: Matriz de Energia Elétrica (maio de 2011)

N.° de Usinas (kW) Hidro 908 81.152.147 66,28

Natural 97 11.340.594 9,26Processo 36 1.781.283 1,45

Total 133 13.121.877 10,71Óleo Diesel 855 3.923.722 3,20

Óleo Residual 32 3.132.207 2,56

Total 887 7.055.929 5,76Bagaço de

Cana 328 6.365.536 5,20

Licor Negro 14 1.245.198 1,02Madeira 41 359.527 0,29Biogás 13 69.942 0,06

Casca de Arroz 6 18.908 0,02

Total 402 8.059.111 6,59 Nuclear 2 2.007.000 1,64

 Carvão Mineral 10 1.944.054 1,59 Eólica 49 928.986 0,76

Paraguai 5.650.000 5,46Argentina 2.250.000 2,17Venezuela 200.000 0,19Uruguai 70.000 0,07

Total 8.170.000 6,672.393 122.443.004 100Total

 Gás

 Petróleo

 Biomassa

Importação

Empreendimentos em Operação

TipoCapacidade Instalada Participação

em (%)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados da ANEEL

As usinas movidas à biomassa e eólicas representaram, respectivamente, 6,59%

e 0,76% do montante total de potência instalada. As usinas à biomassa registraram

aumento de 0,04 pontos percentuais na participação da matriz energética em maio de

2011 na comparação com março do mesmo ano. Já as eólicas mantiveram estável sua

participação.

Em números absolutos, foram instaladas 4 novas usinas movidas à biomassa,

totalizando 75.880 kW de nova capacidade instalada. Com esta inserção, estão em

operação 402 usinas à biomassa, que representam capacidade instalada total de

8.059.111 kW. Entre as principais fontes de biomassa, destacaram-se as usinas movidas

a bagaço de cana, com entrada em operação de 4 novas unidades geradoras, totalizando

18

6.365.536 kW de potência nova instalada. A participação desse tipo de fonte subiu de

5,16% em março de 2011 para 5,20% em maio de 2011.

As fontes de energia abastecidas por carvão mineral e por petróleo correspondia,

respectivamente, a 1,59% (1.944.054 kW) e 5,76% (7.055.929 kW) da matriz energética

brasileira, em maio de 2011. Nenhuma nova unidade de geração utilizando como fonte

petróleo ou carvão foi adicionada a matriz no período analisado.

19

3 LEILÕES

É por meio de licitação na modalidade de leilões que as concessionárias, as

permissionárias e as autorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica do

Sistema Interligado Nacional (SIN), devem garantir o atendimento a totalidade de seu

mercado no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), de acordo com o Decreto nº

5.163/2004, artigo 11º e Lei nº 10.848/2004, artigo 2º.

3.1 Leilões de Ajuste

Os Leilões de Ajuste são a última oportunidade para as distribuidoras

contratarem a energia necessária para o atendimento da totalidade de suas cargas no

Ambiente de Contratação Regulada para cada período de suprimento. Após o mesmo as

diferenças remanescentes entre a carga e o montante contratado são liquidadas no

mercado de curto prazo da CCEE ao preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

Este foi o único leilão de energia que ocorreu no primeiro quadrimestre de 2011.

Ele foi realizado no dia 17 de fevereiro. Foram comercializados 310,5 MW médios (621

lotes), totalizando a contratação de 1.607 GWh de energia a ser entregue entre 1º de

março e 30 de junho (produtos “P04M”)1 ou entre 1º de março e 31 de dezembro

(produtos “P10M”)2.

O preço médio ponderado foi de R$109,84/MWh. O preço médio ponderado dos

lotes comercializados para o período de quatro meses foi de R$106,06/MWh, enquanto

o de dez meses foi de R$111,29/MWh.

A maior parte da energia comercializada foi vendida por comercializadores de

energia. A Coomex responde por 43% da energia vendida no leilão, seguida pela Chesf

(25%), Cemig Geração (16%), Comerc (7%) e CPFL Brasil (5%). A maior parte da

energia comercializada destina-se ao submercado Sudeste/Centro-Oeste (62%), seguido

pelos submercados Sul (24%), Nordeste (8%) e Norte (6%). O resultado final do 10º

Leilão de Ajuste pode ser visto na Tabela 5 abaixo.

1 Contratos de suprimento de quatro meses. 2 Contratos de suprimento de dez meses.

20

Tabela 5: Resultado do 10º Leilão de Ajuste

ProdutosLotes (0,5

MW médios)

Energia Contratada

(MWh)

Preço (R$/MWh)

Vendedor

4 5.856 110,00 Enertrade D10 14.640 108,39 NC Energia G34 49.776 103,16 Comerc D12 17.568 94,83 Delta Energia D10 14.640 105,50 Coomex G24 35.136 103,49 Comerc D4 5.856 107,98 Tec D

170 248.880 108,00 Cemig Geração G20 29.280 105,50 Coomex G7 10.248 104,99 Safira Com C8 11.712 101,16 MPX Com G2 2.928 97,68 Bio Energia G

P10M-N 26 95.459 105,00 Coomex GP10M-NE 29 106.474 108,37 Chesf G

4 14.686 111,18 Comerc D20 73.430 112,98 CPFL Brasil D60 220.290 115,99 Coomex G80 293.720 108,38 Chesf G4 14.686 111,18 Comerc D

89 326.764 113,00 Coomex G4 14.686 114,99 Bio Energia G

Total 621 1.606.715 109,84

P10M-SE

P04M-NE

P04M-S

P04M-SE

P10M-S

Fonte: GESEL-IE-UFRJ com base nos dados da CCEE

21

4 – GERAÇÃO

A presente seção apresenta o quadro geral de Geração de Energia no Sistema

Interligado Nacional desde o ano 2000, para se ter um panorama de como se comportou

o sistema frente à crise energética de 2001 e se já houve a recuperação dos níveis de

geração registrados no período anterior a crise. Neste relatório, em especial, a análise

será centrada no período de janeiro a abril de 2011.

Esta seção está dividida em quatro tópicos com dados sobre o volume de energia

gerado pelas fontes: Hídricas, Térmicas e Nucleares, além da energia proveniente da

Usina Binacional de Itaipu. Quando possível, os dados serão apresentados para cada

subsistema (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste).

O Sistema Interligado Nacional (SIN) gerou 191.380,38 GWh de energia elétrica

entre janeiro e abril de 2011. Este volume de energia representou expansão de 16,48%

em relação ao montante gerado no SIN no mesmo período de 2010, quando o volume de

energia foi de 164.301,0 GWh. A energia hídrica foi responsável por 79,69% do total

gerado no âmbito do SIN no decorrer de janeiro a abril de 2010. Já as fontes térmicas

foram responsáveis por 3,37% do total gerado, enquanto que as fontes nucleares

representaram 2,70% do volume gerado no sistema interligado. Em relação aos dados

do ano anterior, no mesmo período, houve retração de aproximadamente 13,5 pontos

percentuais da participação das fontes hídricas no total de energia gerado no âmbito do

SIN. Em relação as fontes térmicas tiveram redução de 0,03 pontos percentuais. Já as

fontes nucleares tiveram redução de 0,6 pontos percentual em relação a 2010, quando a

parcela foi de 3,3%.

4.1 – Geração Hídrica

O SIN gerou 152.517,38 GWh de energia hídrica de janeiro a abril de 2011,

conforme a Tabela 6. O montante representou avanço de 2,81% em relação ao total

gerado no mesmo período de 2010, quando o montante total foi de 148.352,7 GWh. Na

comparação com o ano de 2009, o volume gerado em 2011 foi 11,94% superior.

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 41,1% do volume total

de energia hídrica gerada no SIN entre janeiro e abril de 2011. O montante de 62.724,27

GWh foi 5,4% inferior ao registrado em 2010, quando foi registrada geração de

22

66.299,5 GWh. Em relação ao ano de 2009 (61.553,7 GWh), se observou crescimento

na ordem de 1,9%.

Já o Subsistema Sul teve participação de 18,63% do total gerado por fontes

hídricas durante janeiro e abril de 2011. Esta foi a maior participação do subsistema no

volume de energia gerada no âmbito do Sistema Interligado desde 2005. O volume de

28.413,47 GWh representou aumento de 13,68% em relação ao total gerado pelo

subsistema no mesmo período em 2010, quando a geração alcançou 24.995,1 GWh. Em

comparação com o montante de energia gerada no mesmo período em 2009 (14.098,1

GWh), a elevação foi de 49,62%.

Tabela 6: Geração Mensal de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2008 a Abr-2011. (em GWh)

2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011Janeiro 14.438,8 14.760,9 17.714,4 16.551,82 5.723,8 5.056,0 6.201,4 6.624,61 2.660,1 3.705,3 3.965,9 3.735,43 2.849,8 3.346,5 4.256,5 4.246,05 32.988,1 33.428,9 37.586,5 38.783,35

Fevereiro 13.045,7 14.735,6 15.691,8 14.039,48 4.831,8 3.452,3 6.217,8 7.682,48 4.036,7 3.993,0 4.367,1 4.247,77 2.393,7 3.534,0 4.036,0 3.938,05 30.905,8 32.374,2 35.431,9 36.723,85

Março 15.717,6 16.320,1 17.120,2 16.372,34 3.130,5 3.466,5 6.572,7 7.463,76 4.718,8 5.056,2 5.400,0 4.659,19 2.698,9 4.052,7 4.257,5 4.279,20 33.831,6 36.724,7 39.299,2 39.240,35

Abril 15.497,7 15.737,1 15.773,1 15.760,63 2.473,7 2.123,3 6.003,2 6.642,62 4.726,3 4.361,1 5.034,1 4.986,97 3.061,1 3.972,2 3.505,3 4.036,05 33.205,3 33.722,8 36.035,1 37.769,83

Maio 14.624,2 14.939,0 14.573,6 - 3.658,1 1.386,1 6.709,2 - 4.924,4 4.667,6 4.489,1 - 3.027,9 5.080,2 3.506,1 - 33.842,8 32.879,2 35.750,9 -

Junho 14.369,9 14.024,0 13.244,3 - 5.155,7 1.378,9 6.928,7 - 3.145,2 4.665,0 2.964,0 - 3.066,4 4.474,7 3.090,5 - 33.278,7 31.430,6 33.115,4 -

Julho 14.446,3 14.250,0 14.729,6 - 5.734,9 3.981,4 7.216,8 - 2.596,1 3.384,3 2.678,5 - 3.307,2 4.716,1 3.481,6 - 33.237,6 34.111,6 35.346,3 -

Agosto 14.788,0 13.458,0 14.229,4 - 4.689,9 7.545,2 6.986,7 - 2.174,9 2.722,6 2.357,9 - 4.294,7 4.354,3 3.364,6 - 34.105,8 35.524,8 33.902,3 -

Setembro 14.393,5 13.837,4 14.692,3 - 5.625,7 7.732,2 5.660,7 - 2.038,3 2.077,7 1.909,9 - 4.120,4 4.135,3 3.622,1 - 32.954,1 34.795,0 32.438,2 -

Outubro 14.349,3 14.682,4 14.935,9 - 6.107,5 7.970,9 6.106,1 - 1.944,4 1.755,3 1.508,8 - 4.865,2 4.761,5 4.255,9 - 34.885,6 36.134,9 34.026,5 -

Novembro 12.618,2 16.350,6 15.812,2 - 7.385,6 7.379,7 5.019,7 - 1.633,6 1.906,3 1.596,3 - 4.593,9 5.082,2 3.781,1 - 32.992,1 37.787,1 33.564,2 -

Dezembro 13.207,1 16.525,2 16.256,4 - 5.577,0 6.536,9 6.273,8 - 2.060,6 3.102,6 1.803,0 - 3.978,5 4.523,1 4.505,3 - 31.474,2 36.772,3 36.396,9 -

Total 171.496,3 179.620,3 184.773,2 62.724,27 60.094,2 58.009,2 75.896,6 28.413,47 36.659,2 41.397,0 38.074,5 17.629,36 42.257,6 52.032,8 45.662,4 16.499,35 397.701,7 415.686,2 422.893,4 152.517,38

MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste SIN

Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

O Nordeste gerou 16.499,35 GWh durante janeiro a abril de 2011. Este montante

foi 2,77% superior ao total gerado no mesmo período do ano anterior, cuja contribuição

foi de 16.055,2 GWh.

A análise dos resultados do Subsistema Norte, entre janeiro e abril de 2011

mostra retração de 6,06% em relação ao mesmo período do ano passado. O Norte gerou

17.629,36 GWh, o que representou participação de 11,56% do total produzido no SIN,

conforme o Gráfico 4. Em relação ao ano de 2009, o volume de energia gerada pela

região Norte registrou crescimento de 3,0%.

23

Gráfico 4: Geração de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2000 a Abr-2011. (em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

Por fim, a usina Binacional de Itaipu foi responsável por 17,87% do total de

energia hídrica gerada no âmbito do SIN entre janeiro e abril de 2011. A usina gerou

27.250,96 GWh de energia no período, o que representou acréscimo de 22,55% em

comparação o período homólogo do ano anterior, quando foi gerado um volume de

22.235,84 GWh.

4.2 – Geração Térmica O Sistema Interligado Nacional gerou 4.219,55 GWh de energia térmica ao

longo do de janeiro a abril de 2011, o que representou crescimento de 34,18% em

comparação com o mesmo período de 2010. O aumento é conseqüência da estiagem

registrada nos principais subsistemas, o que influiu na capacidade de geração hídrica no

período e tornou necessária a geração térmica para garantir o suprimento de energia no

país. A estiagem foi conseqüência do efeito climático La Niña, com chuvas abaixo da

media, provocou uma seca recorde nos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, o país

precisou lançar Mao de geração térmica.

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 65,38% de toda a

energia térmica gerada durante os primeiros quatro meses de 2011. O subsistema

registrou geração de 4.219,55 GWh, um expressivo avanço de 34,18% em relação ao

24

mesmo período de 2010, quando foram gerados 3.144,8 GWh de energia térmica,

conforme a Tabela 7.

Tabela 7: Geração Mensal de Energia Térmica por Subsistema. Jan-2008 a Abr-2011. (em GWh)

2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011Janeiro 1.677,2 866,4 666,4 1.117,29 992,7 540,4 397,4 388,75 824,8 201,2 97,4 232,77 3.494,7 1.607,9 1.163,2 1.738,89

Fevereiro 2.244,6 571,1 1.006,3 1.191,53 913,8 600,7 429,4 470,14 763,8 53,8 112,5 131,88 3.922,2 1.225,5 1.556,9 1.793,56

Março 2.348,3 955,7 898,4 1.033,71 839,2 640,5 459,3 272,86 615,5 74,9 64,4 283,91 3.803,1 1.671,0 1.422,0 1.590,49

Abril 2.086,0 573,6 573,7 877,02 602,0 561,4 392,5 317,6 288,4 91,5 343,5 136,17 2.976,4 1.226,5 1.309,6 1.330,79

Maio 1.871,3 1.455,8 1.189,8 - 762,1 902,6 462,5 - 309,7 29,5 441,8 - 2.943,1 2.387,9 2.094,1 -

Junho 1.955,8 947,4 1.776,6 - 835,5 861,4 607,5 - 324,9 255,7 725,4 - 3.116,2 2.064,6 3.109,5 -

Julho 1.930,9 386,7 1.746,2 - 601,9 541,1 507,2 - 152,9 345,1 726,7 - 2.685,6 1.272,9 2.980,2 -

Agosto 2.036,6 380,6 2.925,2 - 675,0 437,4 1.007,0 - 135,7 196,7 812,6 - 2.847,3 1.014,6 4.744,8 -

Setembro 2.077,4 262,7 3.290,4 - 452,5 305,8 1.059,3 - 117,9 304,8 1.116,4 - 2.647,8 873,4 5.466,1 -

Outubro 2.166,7 367,7 2.892,3 - 645,2 391,3 896,3 - 152,2 225,3 1.100,1 - 2.964,2 984,3 4.890,2 -

Novembro 1.774,8 477,6 3.186,7 - 288,9 380,7 960,5 - 166,2 107,5 1.095,5 - 2.229,9 965,8 5.243,1 -

Dezembro 2.024,3 501,8 2.196,3 - 651,2 384,3 692,1 - 183,6 126,9 629,0 - 2.859,0 1.012,9 3.517,3 -

Total 24.193,8 7.747,0 22.348,3 4.219,55 8.260,0 6.547,5 7.870,9 1449,35 4.035,5 2.013,0 7.265,1 784,73 36.489,3 16.307,5 37.496,9 6.453,73

MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Nordeste SIN

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

O subsistema Sul gerou 1.449,35 GWh entre janeiro e abril de 2011. Este

volume representou uma participação de 22.46% do total gerado por fontes térmicas ao

longo de 2010. Houve redução de 3,55% na participação deste subsistema em relação a

2010, conforme o Gráfico 5. O volume de energia térmica produzida significou redução

de 13,66% em comparação com o ano de 2010.

Gráfico 5: Geração de energia térmica por subsistema. Jan-2000 a Abr-2011. (em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

25

O Nordeste registrou forte expansão de 27,04% no montante de energia elétrica

gerada entre janeiro e abril de 2011 na comparação com o período homólogo do ano

anterior. O volume total de energia gerada pelo subsistema foi de 784,73 GWh. Este

volume representou 12,16% do total de energia térmica gerada no SIN, o que

representou retração frente à parcela do Nordeste registrada durante o ano de 2009, de

17,6%.

4.3 – Geração Nuclear

O Setor Nuclear Brasileiro possui duas Usinas em operação atualmente, as

usinas de Angra 1 (657 MW) e Angra 2 (1.350 MW), ambas localizadas na região

Sudeste, no município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. A Usina de

Angra 3 começou a ser construída em 2010, o que aumentará a capacidade instalada

nuclear brasileira para 3.412 MW de potência.

As duas usinas nucleares já instaladas e em operação produziram 5.158,3 GWh

entre janeiro e abril de 2011, conforme a Tabela 8. Este montante significou 3,38% de

toda a energia gerada no SIN durante o período de 2011 e representou redução de 3,37%

em comparação com o total gerado no período homônimo de 2010, quando foram

gerados 5.338,3 GWh de energia em Angra.

Tabela 8: Geração Mensal de Energia Nuclear. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Janeiro 418,6 993,3 1.268,0 1.174,4 1.359,8 364,6 325,6 1.001,4 1.302,2 1266,7 1463,7 1.378,4

Fevereiro 400,6 1.116,3 1.204,5 1.070,5 1.140,6 360,4 884,4 726,8 1.121,9 904,2 1279,7 1.197,4

Março 400,2 1.265,7 642,0 1.182,4 730,7 0,5 1.275,5 688,9 998,4 997,8 1464,7 1.373,4

Abril 358,9 825,3 1.146,8 737,9 895,1 834,3 1.179,2 577,6 1.089,8 951,1 1130,3 1.209,3

Maio - 788,7 1.370,7 985,8 698,4 1.169,7 1.130,6 1.077,6 737,2 1004,1 1275,0 -

Junho 0,0 1.170,4 1.308,1 1.326,1 888,2 1.221,8 1.005,8 977,2 567,5 1259,1 1424,9 -

Julho 67,9 1.433,5 1.215,9 1.378,4 884,1 1.039,6 1.322,5 993,3 1.459,6 1346,6 1222,7 -

Agosto 672,4 1.414,4 963,5 1.089,0 1.049,9 1.188,6 1.328,8 1.321,3 1.367,8 484,6 1072,7 -

Setembro 781,2 1.401,3 1.157,3 976,8 1.323,1 1.207,7 1.323,8 1.205,5 1.345,0 1162,1 1332,3 -

Outubro 537,5 1.430,4 1.191,6 823,8 1.108,5 1.171,5 1.362,0 1.217,8 1.360,2 1069,9 1125,4 -

Novembro 1.121,2 1.070,0 1.139,9 1.227,4 1.107,8 965,4 1.253,2 1.295,5 1.314,7 1178,7 434,4 -

Dezembro 1.221,3 1.369,5 1.241,2 1.385,6 396,6 331,2 1.361,9 1.223,6 1.342,3 1332,2 1289,3 -

Total 5.979,6 14.278,7 13.849,5 13.357,9 11.582,6 9.855,2 13.753,3 12.306,5 14.006,3 12.957,1 14.515,1 5.158,3

MêsSistema Interligado Nacional

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

Através do Gráfico 6 observa-se que a geração de energia nuclear em Angra

apresenta oscilação constante, A exceção fica por conta dos períodos nos quais existem

eventos extraordinários, como a necessidade do desligamento das usinas para troca de

reatores ou então para troca das pastilhas de urânio, que servem como combustível.

26

Gráfico 6: Geração de Energia Nuclear. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

4.4 – Itaipu

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior hidrelétrica em operação no mundo, é

um empreendimento binacional desenvolvido em conjunto pelo Brasil e pelo Paraguai.

A capacidade instalada da usina é de 14.000 MW, com 20 unidades geradoras de 700

MW cada.

A Hidrelétrica de Itaipu gerou 27.250,96 GWh de energia hídrica durante o

período de janeiro a abril de 2011, como observado na Tabela 9, o que representou

17,87% do total de energia hídrica gerada no SIN no período de análise. O volume foi

22,55% superior ao total gerado no mesmo período de 2010, quando a usina de Itaipu

registrou geração de 22.235,84 GWh.

27

Tabela 9: Geração Mensal de Energia pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Abr-2011. (em GWh)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Janeiro 6.523,8 6.936,2 6.574,8 6.898,4 6.957,8 7.435,1 7.676,3 7.572,6 7.315,7 6.560,3 5.448,3 7.625,44

Fevereiro 6.362,8 6.360,8 5.188,2 6.555,4 6.381,0 6.603,8 6.745,7 6.341,6 6.597,9 6.659,3 5.119,2 6.816,08

Março 7.593,3 6.952,5 6.741,3 6.216,8 6.953,0 7.166,1 7.303,4 7.627,4 7.565,8 7.829,3 5.948,8 6.465,87

Abril 7.128,3 6.897,1 7.076,8 7.011,8 6.590,4 7.365,8 7.034,4 7.294,9 7.446,5 7.529,0 5.719,6 6.343,57

Maio 6.815,0 6.814,0 6.987,3 7.048,1 7.240,5 6.940,9 7.237,3 6.414,8 7.608,2 6.806,3 6.473,0 -

Junho 6.928,0 5.590,6 6.319,2 6.713,5 7.172,0 6.351,0 7.058,1 6.415,3 7.541,5 6.887,7 6.888,0 -

Julho 7.423,1 5.592,8 5.927,3 6.698,8 7.165,4 6.601,5 7.346,0 6.954,1 7.153,1 7.779,7 7.239,9 -

Agosto 7.431,3 4.881,7 6.310,4 6.672,1 6.943,8 6.624,9 7.275,5 6.894,7 8.158,4 7.444,3 6.963,8 -

Setembro 8.093,2 5.146,9 6.231,3 6.733,9 6.638,0 6.159,3 6.873,2 6.825,0 6.776,2 7.012,5 6.553,5 -

Outubro 7.495,7 5.737,5 6.518,3 7.484,8 6.996,3 6.672,2 6.940,1 6.843,9 7.619,2 6.964,9 7.219,8 -

Novembro 7.448,2 5.741,9 6.426,2 7.211,5 7.105,6 6.471,4 6.912,4 7.084,2 6.760,8 7.068,3 7.354,9 -

Dezembro 7.787,4 6.082,1 6.598,8 7.762,1 7.644,6 7.330,2 7.198,3 7.055,3 6.651,1 6.084,6 7.558,4 -

Total 87.030,2 72.733,9 76.899,8 83.007,2 83.788,3 81.722,2 85.600,8 83.323,8 87.194,5 84.626,1 78.487,1 27.250,96

MêsSistema Interligado Nacional

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

No Gráfico 7 pode-se observar a evolução do montante de energia gerada na

Usina Binacional de Itaipu a partir de janeiro de 2000 até o mês de abril de 2011.

Gráfico 7: Energia Gerada pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh)

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

28

5 – FLUXOS DE ENERGIA A presente seção analisa a participação das fontes de energia no Sistema

Interligado Nacional, ou seja, o quanto de energia hídrica, térmica e nuclear são

gerados. Como se comportaram essas fontes de energia no período compreendido entre

janeiro de 2000 e abril de 2011, e qual o percentual de participação de cada uma no

SIN.

O segundo tópico presente nesta seção trata do intercâmbio de energia existente

entre os subsistemas que compõem o Sistema Interligado Nacional. A análise

compreenderá o período de janeiro a abril de 2011, em comparação com o período

equivalente do ano anterior.

Deve-se ressaltar que as comparações são realizadas frente períodos homólogos

de anos passados em virtude da sazonalidade existente no regime de chuvas no país, o

que contribui para que determinadas regiões registrem períodos de maior umidade

enquanto que outras passam por um regime pluviométrico mais seco. Desta forma, não

se pode fazer comparações entre meses ou quadrimestres sucessivos, pois os dados

podem ser prejudicados pela sazonalidade.

5.1 – Geração de Energia pelo Sistema Interligado Nacional O Sistema Interligado Nacional gerou 164.129,4 GWh em energia elétrica entre

janeiro e abril de 2011, conforme observado na Tabela 10. Houve expansão de 3,13%

no total de energia gerado pelo SIN, quando comparando com o resultado do mesmo

período de 2010, quando a geração totalizou 159.142,8 GWh. Este avanço se deve

principalmente pela expansão da atividade econômica, em especial por conta da

atividade industrial brasileira.

Do volume total de energia gerada no SIN nos primeiros quatro meses de 2011,

as usinas de fontes hídricas tiveram uma parcela de 92,93%, referente a uma geração

total de 152.517,4 GWh, o que representou crescimento de 2,81% em relação ao total

gerado durante o mesmo período de 2010, quando o volume produzido foi de 148.352,7

GWh.

29

Tabela 10: Energia gerada pelo Sistema Interligado Nacional por fonte de energia. Jan-2009 a Abr-2011. (em GWh)

2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011Janeiro 33.428,9 37.586,5 38.783,4 1.607,9 1.163,2 1.738,9 1.266,7 1.463,7 1.378,4

Fevereiro 32.374,2 35.431,9 36.723,9 1.225,5 1.556,9 1.793,6 904,2 1.279,7 1.197,4Março 36.724,7 39.299,2 39.240,4 1.671,0 1.422,0 1.590,5 997,8 1.464,7 1.373,4Abril 33.722,8 36.035,1 37.769,8 1.226,5 1.309,6 1.330,8 951,1 1.130,3 1.209,3Maio 32.879,2 35.750,9 - 2.387,9 2.094,1 - 1.004,1 1.275,0 -

Junho 31.430,6 33.115,4 - 2.064,6 3.109,5 - 1.259,1 1.424,9 -Julho 34.111,6 35.346,3 - 1.272,9 2.980,2 - 1.346,6 1.222,7 -

Agosto 35.524,8 33.902,3 - 1.014,6 4.744,8 - 484,6 1.072,7 -Setembro 34.795,0 32.438,2 - 873,4 5.466,1 - 1.162,1 1.463,7 -Outubro 36.134,9 34.026,5 - 984,3 4.890,2 - 1.069,9 1.279,7 -

Novembro 37.787,1 33.564,2 - 965,8 5.243,1 - 1.178,7 1.464,7 -Dezembro 36.772,3 36.396,9 - 1.012,9 3.517,3 - 1.332,2 1.130,3 -

Total 415.686,1 422.893,4 152.517,4 16.307,3 37.497,0 6.453,7 12.957,1 15.672,1 5.158,3

Geração Hidráulica Geração Térmica Geração NuclearMês

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

Houve elevação da participação das fontes hídricas no volume de energia total

gerado no âmbito do SIN na comparação com o mesmo período de 2009, quando a

geração foi de 136.250,6.

A geração térmica foi responsável por 3,93% da energia total produzida no

sistema interligado de janeiro a abril de 2011, o que representou avanço de 18,38 pontos

percentuais com relação à parcela de energia gerada por tais fontes durante o período

homônimo do ano passado.

Gráfico 8: Energia Gerada pelo SIN por tipo de geração. Jan-2009 a Abr-2011.

(em GWh)

0,0

5.000,0

10.000,0

15.000,0

20.000,0

25.000,0

30.000,0

35.000,0

40.000,0

45.000,0

Jane

iro

Feve

reiro

Mar

ço

Abr

il

Mai

o

Junh

o

Julh

o

Ago

sto

Set

embr

o

Out

ubro

Nov

embr

o

Dez

embr

o

Jane

iro

Feve

reiro

Mar

ço

Abr

il

Mai

o

Junh

o

Julh

o

Ago

sto

Set

embr

o

Out

ubro

Nov

embr

o

Dez

embr

o

Jane

iro

Feve

reiro

Mar

ço

Abr

il

Geração Hidráulica Geração Térmica Geração Nuclear

Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS

No período de janeiro a abril de 2011, o Complexo Nuclear de Angra dos Reis

totalizou geração de 5.158,3 GWh. Este montante foi 3,37% inferior ao gerado no

mesmo período do ano anterior, quando as duas usinas somaram 5.338,4 GWh. A

30

participação das fontes nucleares registrou pequena redução na participação na geração

total, saindo de 3,3% em 2010 para 3,14% no atual período analisado.

31

6 – NÍVEIS DOS RESERVATÓRIOS Este tópico aborda a evolução das condições dos reservatórios das hidrelétricas

do sistema hidrelétrico brasileiro no período de janeiro a abril de 2011, desagregando-os

pelos quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste.

Esses indicadores visam oferecer elementos para a análise da disponibilidade de

energia nos reservatórios e do nível máximo possível em cada subsistema. A partir

destes dados, pode-se avaliar, com mais precisão, para o curto e médio prazo, a

capacidade de geração de energia das hidrelétricas nacionais.

6.1 – Energia armazenada por subsistema A energia armazenada é a valoração energética do volume armazenado de água

em um reservatório pela produtividade das usinas hidrelétricas localizadas à sua jusante.

A importância deste dado é a possibilidade de analisar a capacidade de geração em um

determinado subsistema.

O total de energia armazenada no Sistema Interligado Nacional durante o

período de janeiro a abril de 2011 foi de 621.676,06 GWh, conforme a Tabela 11. Este

montante representou retração de 1,77% em comparação com o período homônimo do

ano de 2010, quando o SIN registrou 632.894,20 GWh de energia total armazenada.

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou 435.387,68 GWh de energia

armazenada entre janeiro e abril de 2011, ou 70,03% do total armazenado no SIN, o que

significou um pequeno aumento de 0,53% em relação ao armazenamento de energia em

2010.

Tabela 11: Armazenamento mensal de energia por subsistema. Jan-2008 a Abr-2011. (em GWh)

2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011

Janeiro 71.823,0 93.768,55 109.307,74 92.919,65 8.681,0 8.333,54 13.200,79 11.439,00 2.769,0 3.724,46 8.253,94 4.925,28 11.780,0 24.197,86 27.490,06 23.118,31

Fevereiro 86.796,0 97.411,78 100.279,20 90.678,34 6.124,0 6.694,46 12.058,37 11.369,57 3.838,0 4.858,56 8.201,09 7.225,34 17.369,0 26.827,58 23.550,24 21.238,56

Março 103.918,0 114.503,09 117.850,34 122.205,72 5.484,0 6.489,17 12.695,62 12.668,83 7.466,0 8.538,14 9.134,09 9.129,62 23.832,0 32.800,73 28.074,84 29.268,96

Abril 108.826,0 118.517,71 112.900,32 129.583,97 6.245,0 5.284,63 12.279,72 12.234,34 8.201,0 9.074,57 8.879,04 9.131,11 29.456,0 37.926,89 28.738,80 34.539,46

Maio 117.227,0 116.592,98 112.137,17 8.862,0 5.216,93 13.101,84 8.825,0 9.114,74 9.167,57 31.588,0 37.696,99 28.293,58

Junho 112.547,9 111.568,75 104.294,88 9.410,1 5.921,50 11.992,32 8.387,1 8.966,69 8.136,00 30.220,5 35.862,29 26.114,40

Julho 103.376,6 108.015,41 98.348,62 7.679,6 9.251,64 12.221,69 7.187,0 7.805,30 7.015,18 28.185,0 32.652,67 24.419,57

Agosto 93.864,5 102.701,02 86.120,98 8.499,5 11.615,33 10.932,34 5.860,5 6.185,62 5.480,30 24.747,7 29.629,06 21.570,05

Setembro 81.793,9 99.615,65 70.138,80 7.387,2 12.942,62 8.546,40 4.368,8 4.937,18 4.049,00 21.201,0 26.582,38 17.991,36

Outubro 73.505,7 97.972,72 61.305,84 12.511,4 13.094,63 6.885,36 2.985,4 4.343,58 3.226,32 16.783,6 24.280,50 14.927,76

Novembro 70.417,4 95.850,26 57.814,56 12.815,4 13.418,78 5.373,36 2.302,7 4.579,32 2.800,80 13.991,7 23.708,30 14.804,64

Dezembro 79.184,7 102.945,79 63.644,40 10.227,8 13.317,60 9.600,48 3.221,5 5.037,62 3.618,72 17.136,6 25.202,26 16.869,60

Total 1.103.280,6 1.259.463,7 1.094.142,9 435.387,68 103.926,9 111.580,8 128.888,3 47.711,74 65.412,0 77.165,8 77.962,1 30.411,35 266.291,0 357.367,5 272.844,9 108.165,29

MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

32

O Subsistema Sul registrou em seus reservatórios, entre janeiro e abril de 2011,

o total de 47.711,74 GWh em energia, mantendo o 3º maior volume armazenado do país

com 7,67% do total, o que significou uma leve diminuição na participação do

subsistema em relação ao ano anterior, quando a participação ficou em 7,94%. Este

volume armazenado apresentou diminuição de 5,02% em comparação com o total

armazenado no mesmo período em 2010.

Gráfico 9: Brasil. Armazenamento de energia mensal por subsistema. Jan- 2000 a Abr-

2011 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

O Nordeste, por exemplo, foi responsável por 17,40% do total armazenado, com

um volume de energia total de 108.165,29 GWh, entre janeiro e abril de 2011. Com este

montante, que representou o 2º maior volume de energia armazenada no âmbito do SIN.

A participação do subsistema sofreu uma pequena queda de 0,29%, em relação ao

mesmo período de 2010.

No subsistema Norte, o volume de energia armazenada no período totalizou

30.411,35 GWh, representando 4,89% do total armazenado no país. Em comparação

com o mesmo período do ano anterior, que registrou armazenamento total de 34.468,16

GWh, houve redução na participação em 11,77%.

33

6.2 – Energia natural afluente por subsistema

O conceito de Energia Natural Afluente se refere à energia que se obtém quando

a vazão natural afluente a um ponto de observação é turbinada nas usinas situadas à

jusante do ponto. A energia natural afluente a uma bacia é a soma das energias naturais

afluentes a todos os pontos de observação existentes na bacia.

Entre os meses de janeiro e abril de 2011, o Sistema Interligado Nacional

registrou energia natural afluente total da ordem de 415.225,69 MW Médios, conforme

a Tabela 12 o que representou aumento de 19,07% em comparação com o mesmo

período de 2010 (348.724,7 MW Médios).

Durante os quatro meses, a região Sudeste registrou variação positiva de 20,79%

em relação ao mesmo período do ano anterior. O montante de energia afluente totalizou

263.004,48 MW Médios. A participação da região em relação ao total afluente no país

foi de 63,34%.

Entre janeiro e abril do ano corrente, o Sul registrou energia natural afluente

total de 52.659,57 MW Médios, o que significou redução de 4% em relação ao mesmo

período de 2010. A participação da região saiu de 15,73% no ano anterior para uma

parcela de 12,68% no ano corrente.

Tabela 12: Energia Natural Afluente por Região. Jan-2008 a Abr-2011. (em MW médios)

2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011Janeiro 35.285,3 52.078,0 68.114,0 75.144,77 6.178,0 4.470,9 14.754,0 11.054,81 3.710,1 6.420,9 9.901,0 7.486,23 5.493,4 16.191,4 10.401,0 13.089,48

Fevereiro 60.319,6 63.115,1 55.109,8 48.286,68 4.105,6 3.911,4 13.444,0 18.834,50 8.301,3 9.062,4 10.258,9 11.227,11 11.243,3 14.533,9 5.713,9 8.829,75

Março 60.959,0 45.433,6 51.983,0 85.018,03 3.574,0 3.594,5 8.895,0 12.010,26 12.128,0 11.291,3 10.454,0 16.420,65 12.645,0 10.115,7 7.742,0 11.159,42

Abril 49.297,6 46.142,3 42.538,5 54.555,00 4.758,5 1.521,3 17.759,6 10.760,00 14.578,5 13.687,3 13.325,1 15.817,00 14.613,5 13.548,4 8.330,9 15.532,00

Maio 34.970,8 29.672,5 27.593,2 8.114,4 2.151,2 21.395,5 10.181,7 16.615,8 5.751,4 6.062,2 8.536,2 3.634,7

Junho 27.197,9 24.698,3 22.815,5 8.138,7 3.256,2 9.696,7 3.721,4 7.166,4 2.656,6 3.404,8 4.636,9 3.057,3

Julho 20.276,1 27.191,3 20.069,4 5.705,2 10.341,7 10.295,7 1.915,1 2.957,2 1.526,5 2.896,0 3.825,4 2.607,5

Agosto 21.855,4 23.592,0 15.562,8 7.735,6 15.449,0 8.261,9 1.213,3 1.693,0 1.059,9 2.459,8 3.189,0 2.138,2

Setembro 15.596,0 30.724,0 13.650,3 6.750,6 24.803,0 5.962,0 929,3 1.389,0 841,6 2.114,1 3.248,0 1.784,4

Outubro 20.244,2 36.397,9 21.537,0 18.258,8 21.493,3 6.001,2 926,4 1.713,7 1.043,4 2.221,0 4.079,0 2.242,4

Novembro 25.113,0 35.882,4 28.495,0 16.381,5 12.452,6 5.002,8 1.369,3 3.394,9 1.937,9 2.600,3 7.956,3 5.227,0

Dezembro 36.358,0 62.197,9 42.874,9 4.165,0 10.342,0 14.914,1 4.359,0 5.317,9 3.882,5 7.057,0 7.340,8 9.038,6

Total 407.473,1 477.125,2 410.343,3 263.004,48 93.865,7 113.787,0 136.382,5 52.659,57 63.333,4 80.709,9 62.639,0 50.950,99 72.810,2 97.201,0 61.917,8 48.610,65

MêsSudeste Sul Norte Nordeste

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

Entre janeiro e abril de 2011 o Norte registrou 50.950,99 MW Médios de energia

afluente. Este total foi 15,96% superior ao registrado no mesmo período de 2010 e

significou uma parcela de 12,27%, o que foi inferior à participação do ano anterior, que

ficou em 12,60%.

34

Gráfico 10: Energia Natural Afluente por Região. Maio-2001 a Abr-2011. (em MW médios)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

Por último, a participação do Nordeste registrou um forte crescimento de

33,78% de 2010 para 2011, no período analisado, ao registrar um montante de energia

afluente de 48.610,65 MW Médios durante os quatro meses do ano de análise. Por conta

deste volume, a região foi responsável por 11,71% do total.

6.3 – Carga de Energia no Sistema Interconectado A Carga de Energia refere-se à quantidade de energia requisitada pelo Sistema

num determinado período de tempo. A carga de energia do Sistema Interligado

Nacional registrou, entre janeiro e abril de 2011, 164.345,74 GWh, o que representou

um aumento de 3,03 % em comparação com o mesmo período de 2010, quando a carga

de energia do SIN foi de 159.505,73 GWh, conforme a Tabela 13.

35

Tabela 13: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh)

2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011Janeiro 23.205,6 22.005,0 24.979,6 25.942,41 6.513,4 6.208,6 6.616,2 7.275,78 2.580,0 2.655,8 2.762,9 2.822,42 5.561,5 5.438,3 5.942,1 5.932,63 37.860,5 36.307,7 40.300,8 41.973,24

Fevereiro 21.957,7 21.081,7 23.750,3 25.022,28 6.275,8 6.012,2 6.478,6 6.708,29 2.462,7 2.344,9 2.562,0 2.600,42 5.234,7 4.967,9 5.588,8 5.439,77 35.930,9 34.406,7 38.379,6 39.770,89

Março 23.959,5 24.014,8 25.962,6 26.006,82 6.524,6 6.767,0 7.030,7 7.162,29 2.646,4 2.656,2 2.907,2 2.930,14 5.501,8 5.674,5 6.394,0 6.168,63 38.632,2 39.112,5 42.294,5 42.267,88

Abril 23.221,8 21.726,8 23.662,2 25.100,64 6.146,8 6.147,1 6.207,6 6.418,74 2.596,2 2.557,9 2.764,5 2.907,41 5.387,2 5.302,4 5.896,5 5.906,94 37.352,1 35.734,2 38.530,9 40.333,73

Maio 22.939,5 22.156,7 23.983,8 5.958,4 6.100,4 6.128,3 2.709,6 2.633,4 2.892,3 5.559,6 5.310,8 6.195,4 37.167,2 36.201,2 39.199,8

Junho 22.479,3 20.928,2 22.961,7 5.960,5 5.948,8 6.096,3 2.616,3 2.608,9 2.730,5 5.204,1 5.119,8 5.777,0 36.260,2 34.605,7 37.565,5

Julho 23.313,4 22.401,3 24.130,2 6.230,1 6.100,5 6.389,1 2.696,7 2.654,9 2.810,1 5.327,7 5.377,5 5.843,8 37.567,8 36.534,2 39.173,2

Agosto 24.045,8 22.836,9 24.458,4 6.130,2 5.940,5 6.393,5 2.748,0 2.668,9 2.872,8 5.485,1 5.463,3 5.763,0 38.409,1 36.909,6 39.422,3

Setembro 23.102,9 23.028,6 24.504,3 5.932,5 5.793,3 6.189,1 2.693,9 2.617,4 2.835,4 5.517,4 5.586,5 5.761,0 37.246,7 37.025,9 39.289,8

Outubro 24.480,1 23.750,1 24.670,0 6.198,0 6.081,3 6.344,9 2.785,8 2.685,7 2.899,4 5.814,3 5.914,3 6.220,0 39.278,2 38.431,4 40.134,3

Novembro 22.273,1 24.219,8 24.068,2 6.014,0 6.281,3 6.531,5 2.658,4 2.629,2 2.810,0 5.649,4 5.741,4 5.991,7 36.594,9 38.871,7 39.401,4

Dezembro 21.461,2 24.148,3 25.663,3 6.136,9 6.384,5 6.796,6 2.692,6 2.723,2 2.865,7 5.482,5 5.962,9 6.025,4 35.773,1 39.218,9 41.351,0

Total 276.439,7 272.298,2 292.794,7 102.072,15 74.021,3 73.765,5 77.202,3 27.565,10 31.886,6 31.436,3 33.712,8 11.260,39 65.725,3 65.859,6 71.398,6 23.447,97 448.072,9 443.359,6 475.043,0 164.345,74

MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste SIN

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou uma carga de energia de

102.072,15 GWh no período analisado, em 2011, o que representou aumento de 3,78%

em relação ao período homônimo de 2010, quando a carga ficou em 98.354,7 GWh. A

participação da região na carga total do SIN ficou em 62,11%, um leve aumento frente a

participação registrada no mesmo período do ano anterior (61,66%).

Já o Subsistema Sul fechou os quatro primeiros meses de 2011 com uma carga

de energia de 27.565,10 GWh, um crescimento de 4,68% em relação ao período

homólogo de 2010, quando a carga total foi de 26.333,1 GWh. A parcela da região em

relação ao SIN foi de 16,77%.

Gráfico 11: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Abr-2011 (em GWh)

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS

36

No Nordeste, a carga de energia entre janeiro e abril de 2011 ficou em 23.447,97

GWh, o que significou redução de 1,57% em comparação com o mesmo período do ano

anterior. A carga registrada representou participação de 14,27% do total do SIN.

Na região Norte houve aumento de 2,4% da carga de energia nos primeiros

quatro meses do ano de 2011 em comparação com o período homólogo do ano anterior.

A carga de 11.260,39 GWh registrada no período significou uma parcela de 6,85% do

total.

37

8 CONSUMO

A importância deste indicador, que mede o consumo faturado por classe e por

região, está na possibilidade de uma análise mais desagregada das tendências e

características do consumo de energia elétrica no Brasil. Ele também indica as

necessidades de investimentos. Este tópico está organizado da seguinte forma: primeiro,

serão apresentadas as tabelas e gráficos de consumo faturado total e por classe. Em

segundo lugar, serão apresentadas as tabelas de consumo faturado por região; seguidas

de seus gráficos.

8.1 Evolução do Consumo Total

O consumo faturado de energia elétrica no Brasil, de janeiro a abril de 2011,

totalizou 143.158 GWh. Este volume representou aumento de 3,4% em relação ao

mesmo período do ano anterior, quando o consumo faturado total foi de 138.464 GWh,

conforme pode ser observado no Gráfico 12.

Gráfico 12: Evolução do Consumo Total Anual, 2000 a 2010 (GWh)

307.529 283.257 290.405 300.645 320.952 334.564 357.529 378.362 392.687 388.204419.016

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

O avanço significativo do nível de consumo faturado no país durante o ano de

2010 é a confirmação da recuperação da economia brasileira, principalmente do setor

industrial, após o baixo resultado registrado no ano de 2009, quando o consumo foi

bastante afetado pelos impactos negativos da crise. Os dados de consumo funcionam

38

como um importante indicador da atividade econômica do país, especialmente do

segmento industrial.

Através da Tabela 14, é possível analisar a evolução do consumo faturado por

classe de consumo no Brasil, nos quatro primeiro meses de 2009, 2010 e 2011. O

segmento industrial que havia sido o segmento mais afetado pela crise econômica, ao

registrar forte retração do consumo faturado nos oito primeiros meses de análise de

2009, voltou a registrar expansão em 2010 e no primeiro quadrimestre de 2011

apresentou pequena redução, 3,1%, em relação ao primeiro quadrimestre de 2010. Os

demais segmentos apresentaram expansão do consumo para o mesmo período de

comparação.

Tabela 14: Consumo Faturado no Brasil (jan-abr 2009, 2010 e 2011), em GWh

2009 2010 2011 Var. % 2009 2010 2011 Var. % 2009 2010 2011 Var. % 2009 2010 2011 Var. % 2009 2010 2011 Var. %

Janeiro 31.326 34.605 35.812 3,5 8.188 8.719 9.834 12,8 13.357 15.411 14.632 -5,1 5.248 5.660 6.254 10,5 4.533 4.815 5.091 5,7

Fevereiro 31.104 34.570 35.357 2,3 7.909 8.663 9.427 8,8 13.606 15.658 14.628 -6,6 5.031 5.422 6.335 16,8 4.558 4.826 4.968 2,9

Março 31.712 35.166 36.154 2,8 8.106 9.151 9.500 3,8 13.998 14.860 15.243 2,6 4.997 6.155 6.373 3,5 4.612 5.000 5.038 0,8

Abril 32.677 35.006 35.835 2,4 8.403 8.781 9.236 5,2 14.477 15.852 15.353 -3,1 5.128 5.444 6.302 15,8 4.669 4.929 4.944 0,3

Total 126.819 139.347 143.158 2,7 32.606 35.314 37.997 7,6 55.438 61.781 59.856 -3,1 20.404 22.681 25.264 11,4 18.372 19.570 20.041 2,4

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

Na análise do período com os dados agregados, o consumo faturado no setor

industrial registrou, em 2011, redução de 3,1% em relação ao ano anterior. Já o setor

residencial registrou crescimento de 7,6%, conforme os dados do Gráfico 13, onde estão

os resultados do consumo faturado no Brasil durante os primeiros quatro meses de

2011, por setor. O segmento comercial também registrou crescimento de 11,4%. Já a

categoria outros apresentou pequena variação positiva de 2,4% também no mesmo

período de comparação.

39

Gráfico 13: Consumo Total por Segmento, Jan-Abr 2011 (em GWh)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

Janeiro Fevereiro Março Abril

Residencial Industrial Comercial Outros

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

Na análise do 1º quadrimestre, o volume consumido no segmento industrial

entre janeiro e abril de 2011 foi de 59.856 GWh, enquanto que no mesmo período em

2010 o setor consumiu um total de 58.537 GWh, o que representou crescimento de

4,25%, na comparação dos dois períodos. No segmento residencial, o consumo no

período totalizou 37.997 GWh, um aumento de 2,25% em relação ao mesmo período de

2010, quando o consumo faturado total foi de 36.449 GWh. O segmento comercial

registrou consumo de 25.564 GWh no mesmo período em 2011, o que significou

avanço de 5.65% frente ao período homônimo de 2010, enquanto que a classe outros

registrou consumo faturado total de 20.041 GWh entre janeiro e abril de 2011, o que

representou aumento de 2,44% frente o ano anterior. O total consumido no país durante

o 1º quadrimestre de 2011 foi de 143.158 GWh, um aumento de 3,4% frente o consumo

faturado de 138.464 GWh registrado no mesmo período de 2010.

No tocante às regiões do país, o Sudeste foi responsável por 54% do total

consumido no país ao longo do primeiro quadrimestre de 2011, conforme o Gráfico 14.

Este percentual significou 76.969 GWh de energia faturada no período de análise, o que

representou expansão de 5,2% em comparação com o ano anterior, quando o consumo

faturado foi de 73.138 GWh.

40

Gráfico 14: Participação do Consumo de Cada Região no total do Brasil, Jan-Abr 2011 (%)

54%

17%

6%

17%6%

Sudeste Sul Norte Nordeste Centro Oeste

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

As regiões Sul e Nordeste foram responsáveis por 17%, cada uma, do consumo

faturado total do país em 2011. O consumo registrado na região Sul foi de 24.694 GWh,

o que representou aumento de 3,3% na comparação com o total consumido em 2010

(23.912 GWh), no mesmo período. No caso da região Nordeste, foi registrado

crescimento de 0,4% no consumo faturado em 2011 na comparação com o ano anterior.

O Nordeste consumiu 23.428 GWh em 2011, enquanto que no ano anterior o total foi de

23.330 GWh.

O consumo da região Norte representou 6% do total faturado no país durante o

primeiro quadrimestre do ano de 2011. A região registrou consumo de 8.698 GWh, o

que significou aumento de 4,8% em comparação com o ano anterior, quando o total de

consumo faturado na região foi de 8.300 GWh.

O consumo na região Centro-Oeste apresentou crescimento de 5,3% durante o

período analisado do ano de 2011 na comparação com o período homônimo de 2010. O

consumo foi de 8.955 GWh e significou participação de 6%, deixando o Centro-Oeste

como o quarto maior consumidor de eletricidade do país.

No 1º quadrimestre de 2011, a região Sudeste totalizou 76.969 GWh, o que

representou avanço de 5,2% em relação ao mesmo quadrimestre de 2010, cujo consumo

foi de 73.138 GWh. O Sul registrou consumo faturado total até abril de 2011 de 24.694

GWh, Centro Oeste 8.955 GWh, Norte 8.698 GWh e Nordeste 23.428 GWh.

41

8.2 Consumo Faturado por Classe

Este tópico diz respeito ao crescimento do consumo de energia elétrica por

classe de consumo (Residencial, Industrial, Comercial e Outros) durante o período de

janeiro a dezembro dos anos de 2010 e 2011. Além da análise do consumo nacional,

também será analisado o consumo por classe de cada uma das cinco regiões do país

(Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste).

8.2.1 Consumo Faturado - Janeiro a Abril de 2011

A classe Residencial registrou consumo faturado até abril de 37.990 GWh, o que

representou uma participação de 26,61% no consumo faturado total do Brasil no

período de análise, conforme observado no Gráfico 15. A Indústria foi responsável pela

maior participação, com 41,65% do total consumido no país, em função do consumo

faturado de 59.451 GWh.

Gráfico 15: Participação de cada Classe de Consumo no Consumo Total do Brasil, Janeiro a Abril de 2011 (em %)

27%

41%

18%

14%

Residencial Industrial Comercial Outros

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A classe Comercial registrou consumo faturado total de 25.262 GWh durante o

1º quadrimestre de 2011, o que significou participação de 17,7%. Já a categoria Outros,

que engloba o consumo rural, do poder público, iluminação pública e serviço público,

registrou consumo relativo a 14,04% do total faturado no país, relativo a um consumo

faturado de 20.041 GWh no mesmo período de 2011.

42

O segmento Residencial obteve crescimento de 4,2% em comparação com o

período homônimo de 2010, conforme a Tabela 15. Na região Sudeste, o consumo

faturado deste segmento totalizou 20.407 GWh, o que significou crescimento de 4,9%

na comparação com o ano anterior, quando o consumo faturado foi de 19.453 GWh.

A região Nordeste foi responsável pela segunda parcela de consumo no

segmento Residencial, totalizando 6.732 GWh. Este montante representou aumento de

4,7% em relação ao ano anterior, quando o consumo foi de 6.429 GWh

Tabela 15: Consumo Faturado pó Classe, Janeiro a Abril de 2011 (GWh)

2010 2011 Var % 2010 2011 Var % 2010 2011 Var % 2010 2011 Var % 2010 2011 Var %Sudeste 73.138 76.969 5,24% 19.453 20.407 4,90% 31.721 33.510 5,64% 13.308 14.105 5,99% 8.655 8.947 3,37%Sul 23.912 24.694 3,27% 5.997 6.126 2,15% 9.452 9.892 4,66% 4.249 4.470 5,20% 4.214 4.206 -0,19%Nordeste 23.330 23.428 0,42% 6.429 6.732 4,71% 9.675 9.238 -4,52% 3.419 3.583 4,80% 3.807 3.876 1,81%Centro Oeste 8.500 8.955 5,35% 2.714 2.829 4,24% 2.113 2.233 5,68% 1.844 1.978 7,27% 1.829 1.914 4,65%Norte 8.300 8.698 4,80% 1.857 1.896 2,10% 4.228 4.578 8,28% 1.088 1.126 3,49% 1.128 1.097 -2,75%Brasil 137.180 142.744 4,06% 36.450 37.990 4,22% 57.189 59.451 3,96% 23.908 25.262 5,66% 19.633 20.041 2,08%

OutrosRegião

Consumo Total Residencial Industrial Comercial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

Na região Sul, foi registrada a terceira maior participação do consumo do

segmento Residencial, totalizando 6.126 GWh. O aumento do consumo nessa região foi

de 2,15%. A região Centro-Oeste registrou crescimento de 5,35% no consumo faturado

total de janeiro a abril de 2011 na comparação com o ano anterior, com um volume total

de 8.955 GWh, o que significou.

Na região Norte, a classe Residencial, consumiu 1.896 GWh entre janeiro e abril

de 2011, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período em 2010. O segmento

Industrial registrou crescimento de 8,3% no período analisado em comparação com o

consumo faturado aferido no ano anterior.

A região Sudeste foi responsável por 77,4% do total consumido pelo segmento

industrial entre janeiro e abril de 2011, consumindo 33.510 GWh. O total consumido

pelo setor industrial foi de 59.451GWh, o que representou expansão de 4,0% em relação

ao período homólogo de 2010, quando o consumo faturado foi de 57.189 GWh.

A região Sul registrou crescimento de 4,7% no consumo industrial ao longo do

ano do 1º quadrimestre de 2011 na comparação com a mesma base do ano anterior. O

43

consumo industrial saiu de 9.452 GWh registrados em 2010 para 9.892 GWh em 2011.

A participação da região no total do consumo faturado do país foi de 16,6%.

O consumo faturado das indústrias na região Nordeste somou 9.238 GWh, ou

15,5% do total durante o ano. O volume consumido foi 4,5% inferior ao registrado em

2010, quando totalizou 9.675 GWh.

A região Centro-Oeste, mais voltada para a pecuária e agricultura, registrou

consumo industrial de 2.233 GWh de janeiro a abril de 2011, um aumento de 5,7% em

relação ao mesmo período de 2010. A participação da região foi de apenas 3,7%.

No Norte, o consumo industrial totalizou 4.578 GWh, o que significou avanço

de 8,3% em relação ao ano anterior. Este montante levou a região a ter uma parcela de

7,7% do consumo total no segmento no período de janeiro a abril de 2011.

O segmento Comercial registrou consumo faturado total de 25.262 GWh durante

o 1º quadrimestre de 2011, o que representou crescimento de 5,7% na comparação com

o ano anterior, que teve consumo de 23.908 GWh.

A região Sudeste registrou 55,8% do consumo faturado total no segmento

Comercial no período de análise. O consumo totalizou 14.105 GWh, o que significou

crescimento de 6,0% em relação ao consumido durante o ano de 2010.

O Sul registrou a segunda maior parcela, com 17,7,% do total, relativo a um

consumo de 4.470 GWh e que representou crescimento de 5,2% frente ao mesmo

período de 2010, quando o consumo ficou em 4.249 GWh. Já a região Nordeste

registrou parcela de 14,2% do total consumido, o que significou aumento em relação ao

ano anterior, quando a participação ficou em 3.419 GWh. O total consumo foi de 3.583

GWh, o que representou aumento de 4,8%. As regiões Norte e Centro-Oeste registraram

participação de 4,5% e 7,9%, respectivamente.

O consumo total no segmento Outros durante janeiro a abril de 2011 foi de

20.041 GWh. Houve crescimento de 2,1% na comparação com o mesmo período de

2010.

44

A região Sudeste registrou 44,6% do consumo total neste segmento durante o 1º

quadrimestre de 2011. O montante consumido pela região foi de 8.947 GWh, o que

significou aumento de 3,4% em relação ao ano anterior. A região Sul teve ligeira

retração de 0,2% e saiu de uma participação de 21,4% em 2010 para 20,9% em 2011. A

região Nordeste cresceu 1,8% em comparação com o registrado em 2010, sendo assim a

maior variação do período. Desta forma, a região ficou com a 3ª maior parcela no

período, com 19,3% do total. O Norte e o Centro-Oeste registraram participação de

5,5% e 9,5%.

8.3 Consumo Faturado por Região

Nesta seção serão apresentados os dados de consumo faturado referentes aos

meses de janeiro a abril nas cinco regiões (Sudeste, Sul, Nordeste, Norte e Centro-

Oeste) por classe de consumo.

8.3.1 Consumo Faturado na Região Sudeste

O consumo faturado registrado na Região Sudeste totalizou 76.969 GWh ao

longo do período analisado em 2011, o que representou aumento de 5,5% em relação

ao total consumido na região durante o ano anterior, quando o consumo registrado foi

73.138 GWh, conforme a Tabela 16.

A classe Residencial foi responsável por um consumo faturado total de 20.407

GWh na região Sudeste, o que representou aumento de 4,9% em relação ao mesmo

período do ano anterior, quando o consumo foi de 19.453 GWh.

45

Tabela 16: Consumo Faturado na Região Sudeste, 2010 e 2011 (em GWh)

2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %

Jan 17.950 19.216 7,1 4.941 5.256 6,4 7.596 8.273 8,9 3.290 3.483 5,9 2.122 2.204 3,9

Fev 18.424 19.192 4,2 4.844 5.085 5,0 8.159 8.332 2,1 3.293 3.569 8,4 2.129 2.206 3,6

Mar 18.648 19.277 3,4 4.849 5.129 5,8 8.228 8.306 0,9 3.408 3.547 4,1 2.163 2.294 6,1

Abr 19.169 19.316 0,8 4.877 4.937 1,2 8.731 8.632 -1,1 3.348 3.506 4,7 2.213 2.242 1,3

Mai 18.542 -100 4.600 -100 8.646 -100 3.116 -100 2.180 -100

Jun 18.615 -100 4.525 -100 8.965 -100 2.949 -100 2.176 -100

Jul 18.474 -100 4.391 -100 9.076 -100 2.818 -100 2.189 -100

Ago 18.958 -100 4.680 -100 9.002 -100 2.997 -100 2.280 -100

Set 19.244 -100 4.720 -100 9.006 -100 3.112 -100 2.405 -100

Out 19.072 -100 4.728 -100 8.933 -100 3.128 -100 2.283 -100

Nov 18.970 -100 4.677 -100 8.989 -100 3.170 -100 2.133 -100

Dez 19.581 -100 4.948 -100 8.890 -100 3.519 -100 2.223 -100

Total 148.780 77.001 -48,2 37.707 20.407 -45,9 68.403 33.543 -51,0 25.219 14.105 -44,1 17.452 8.946 -48,7

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

No segmento Industrial, o Sudeste registrou consumo de 33.510 GWh entre

janeiro e abril de 2011, o que representou crescimento de 5,6% em comparação com o

período homônimo do ano de 2010.

O Gráfico 16 apresenta os resultados do consumo faturado na Região Sudeste

durante os anos de 2010 e 2011, em cada um dos segmentos de consumo: consumo

total, residencial, industrial, comercial e outros, respectivamente.

Gráfico 16: Consumo Total na Região Sudeste, por classe, jan-abr 2011 (em GWh)

02.0004.0006.0008.000

10.00012.00014.00016.00018.00020.000

Janeiro Fevereiro Março Abril

Residencial Industrial Comercial Outros

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

46

O segmento Comercial registrou consumo de 14.105 GWh, o que representou

aumento de 6,0% em comparação com o ano de 2010. A categoria Outros foi

responsável por 18,3% do total consumido pelo Sudeste durante o 1 º quadrimestre do

ano de 2011. O montante de 8.947 GWh de energia consumida foi 3,4 % superior aos

8.655 GWh registrados no mesmo período em 2010.

8.3.2 Consumo Faturado na Região Sul

O Subsistema Sul registrou consumo de 24.694 GWh de janeiro a abril de 2011,

o que representou avanço de 3,3% na comparação com o ano anterior, quando o

consumo faturado foi de 23.912 GWh. Na classe Residencial, o consumo faturado

totalizou 6.126 GWh, o que representou avanço de 2,1% em relação ao total consumido

em 2010, conforme o Gráfico 17.

Gráfico 17: Consumo Total da Região Sul e por Classe, jan-abr 2011 (em GWh)

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

Janeiro Fevereiro Março Abril

Residencial Industrial Comercial Outros

Fonte: GESEL/IE/UFRJ, com base nos dados da EPE

No segmento Industrial, o consumo durante o 1º quadrimestre do ano de 2011

totalizou 24.694 GWh de energia. Este montante representou aumento de 3,3% em

comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o consumo faturado

totalizou 23.912 GWh, conforme a Tabela 17. O segmento Comercial registrou

consumo de 4.470 GWh durante o período em 2011. Este montante representou avanço

de 5,2% em relação ao ano anterior.

47

Tabela 17: Consumo Faturado na Região Sul, 2009 e 2010 (em GWh)

2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %

Jan 5.911 6.222 5,3 1.573 1.603 1,9 2.222 2.382 7,2 1.048 1.111 6,0 1.068 1.125 5,3

Fev 6.071 6.431 5,9 1.486 1.599 7,6 2.464 2.580 4,7 1.061 1.149 8,3 1.060 1.103 4,1

Mar 6.296 6.385 1,4 1.484 1.491 0,5 2.604 2.726 4,7 1.091 1.130 3,6 1.116 1.037 -7,1

Abr 6.041 6.012 -0,5 1.438 1.433 -0,3 2.588 2.559 -1,1 1.044 1.079 3,4 970 940 -3,1

Mai 5.819 -100,0 1.344 -100,0 2.653 -100,0 928 -100,0 894 -100,0

Jun 5.727 -100,0 1.382 -100,0 2.603 -100,0 894 -100,0 847 -100,0

Jul 5.768 -100,0 1.388 -100,0 2.665 -100,0 888 -100,0 827 -100,0

Ago 5.834 -100,0 1.450 -100,0 2.660 -100,0 912 -100,0 812 -100,0

Set 5.758 -100,0 1.397 -100,0 2.584 -100,0 936 -100,0 841 -100,0

Out 5.701 -100,0 1.353 -100,0 2.612 -100,0 914 -100,0 822 -100,0

Nov 5.799 -100,0 1.366 -100,0 2.616 -100,0 960 -100,0 857 -100,0

Dez 6.079 -100,0 1.418 -100,0 2.624 -100,0 1.032 -100,0 1.004 -100,0

Total 47.467 25.050 -47,2 11.545 6.126 -46,9 20.459 10.247 -49,9 7.866 4.469 -43,2 7.594 4.205 -44,6

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A categoria Outros registrou consumo de 4.206 GWh, o que representou queda

de 0,2% frente ao consumo aferido em 2010, que totalizou 4.214 GWh.

8.3.3 Consumo Faturado na Região Nordeste

A Região Nordeste totalizou 23.428 GWh em consumo faturado entre janeiro e

abril de 2011, o que representou pequeno crescimento de 0,4% em comparação com o

ano anterior, quando o consumo foi de 23.330 GWh, conforme o Gráfico 18.

O Nordeste registrou consumo Residencial de 6.732 GWh no período analisado

em 2011, o que representou aumento de 4,7% em comparação com o ano anterior. O

segmento Industrial registrou consumo faturado de 9.238 GWh no período em 2011.

Este montante representou queda de 4,5% em relação ao ano anterior.

48

Gráfico 18: Consumo Total na Região, por classe, jan-abr 2011 (em GWh)

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

Janeiro Fevereiro Março Abril

Residencial Industrial Comercial Outros

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

O consumo faturado no segmento Comercial teve crescimento de 8,8% de 2010

para 2011. O consumo totalizou 10.289 GWh durante ano, representando 14,49% do

total.

Tabela 18: Consumo Faturado na Região Nordeste, 2010 e 2011 (em GWh)

2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %

Jan 5.734 5.987 4,4 1.577 1.756 11,4 2.388 2.300 -3,7 834 901 8,0 935 1.030 10,2

Fev 5.577 5.498 -1,4 1.521 1.599 5,1 2.308 2.103 -8,9 817 864 5,8 931 933 0,2

Mar 6.091 5.995 -1,6 1.671 1.706 2,1 2.519 2.426 -3,7 907 913 0,7 994 950 -4,4

Abr 5.858 5.957 1,7 1.660 1.679 1,1 2.388 2.408 0,8 861 906 5,2 949 964 1,6

Mai 5.946 -100,0 1.616 -100,0 2.483 -100,0 875 -100,0 972 -100,0

Jun 5.897 -100,0 1.602 -100,0 2.468 -100,0 843 -100,0 984 -100,0

Jul 5.832 -100,0 1.543 -100,0 2.516 -100,0 805 -100,0 969 -100,0

Ago 5.822 -100,0 1.513 -100,0 2.492 -100,0 809 -100,0 1.008 -100,0

Set 5.883 -100,0 1.551 -100,0 2.478 -100,0 823 -100,0 1.031 -100,0

Out 6.118 -100,0 1.609 -100,0 2.570 -100,0 868 -100,0 1.071 -100,0

Nov 6.128 -100,0 1.702 -100,0 2.449 -100,0 909 -100,0 1.067 -100,0

Dez 6.111 -100,0 1.720 -100,0 2.359 -100,0 938 -100,0 1.093 -100,0

Total 46.757 23.437 -49,9 12.703 6.740 -46,9 19.562 9.237 -52,8 6.751 3584 -46,9 7.742 3.877 -49,9

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A categoria Outros registrou aumento de 1,8% em relação a janeiro a abril de

2010 ao registrar um consumo faturado total de 3.876 GWh. No mesmo período em

2010 o consumo registrado foi de 3.807 GWh.

49

8.3.4 Consumo Faturado na Região Norte

O consumo faturado na Região Norte durante janeiro a abril de 2011 foi de

8.698 GWh, o que significou crescimento de 4,8% em relação ao total consumido

durante o mesmo período em 2010, que registrou consumo faturado total de 8.300

GWh.

O segmento industrial registrou a maior participação do total consumido na

região Norte. O segmento teve consumo total de 4.578 GWh no período, o que

significou avanço de 8,3% na comparação com o período homônimo de 2010,

conforme o Gráfico 19.

Gráfico 19: Consumo Total na Região Norte, jan-abr 2011 (em GWh)

0

500

1000

1500

2000

2500

Janeiro Fevereiro Março Abril

Residencial Industrial Comercial Outros

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

O consumo Residencial totalizou 1.896 GWh no 1º quadrimestre de 2011, o que

representou crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior, quando foi registrado

consumo de 1.857 GWh. A Região Norte também registrou crescimento de 3,4% no

consumo Comercial durante janeiro a abril de 2011, totalizando 1.896 GWh de

consumo, quando comparado com o mesmo período do ano de 2010, conforme a Tabela

19.

50

Tabela 19: Consumo Faturado na Região Norte, 2010 e 2011 (em GWh)

2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %

Jan 2.053 2.199 7,1 461 494 7,2 1.053 1.138 8,1 268 287 7,1 271 281 3,7

Fev 1.953 2.061 5,5 442 455 2,9 991 1.072 8,2 259 271 4,6 261 263 0,8

Mar 2.101 2.227 6,0 467 477 2,1 1.091 1.198 9,8 277 281 1,4 267 271 1,5

Abr 2.137 2.212 3,5 487 470 -3,5 1.075 1.171 8,9 286 287 0,3 286 284 -0,7

Mai 2.128 -100,0 479 -100,0 1.079 -100,0 285 -100,0 285 -100,0

Jun 2.152 -100,0 497 -100,0 1.065 -100,0 295 -100,0 295 -100,0

Jul 2.145 -100,0 490 -100,0 1.083 -100,0 287 -100,0 286 -100,0

Ago 2.178 -100,0 492 -100,0 1.107 -100,0 294 -100,0 286 -100,0

Set 2.279 -100,0 530 -100,0 1.139 -100,0 311 -100,0 299 -100,0

Out 2.316 -100,0 541 -100,0 1.153 -100,0 317 -100,0 305 -100,0

Nov 2.253 -100,0 525 -100,0 1.123 -100,0 308 -100,0 297 -100,0

Dez 2.222 -100,0 509 -100,0 1.109 -100,0 305 -100,0 299 -100,0

Total 16.847 8.699 -48,4 3.815 1896 -50,3 8.544 4.579 -46,4 2.251 1126 -50,0 2.237 1099 -50,9

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

No segmento “Outros”, o Norte teve consumo de 1.098 GWh no período

analisado em 2011, o que representou queda de 2,6% em comparação com o período de

2010.

8.3.5 Consumo Faturado na Região Centro Oeste

O consumo faturado registrado entre janeiro e abril de 2011 na região Centro-

Oeste alcançou o montante de 8.955 GWh. Houve crescimento de 5,3% em comparação

com o volume de energia consumido no mesmo período do ano anterior (8.500 GWh),

como observado no Gráfico 20.

51

Gráfico 20: Consumo Total na Região Centro Oeste e por Classe, jan-abr e 2011 (em GWh)

0

500

1000

1500

2000

2500

Janeiro Fevereiro Março Abril

Residencial Industrial Comercial Outros

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

A classe Residencial registrou consumo de 2.829 GWh, o que representou

crescimento de 4,2% na comparação com o ano anterior, quando o total consumido foi

de 2.714 GWh.

A classe Industrial registrou consumo de 2.233 GWh no período em 2011, o que

correspondeu a um aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Tabela 20: Consumo Faturado na Região Centro Oeste, 2010 e 2011 (em GWh)

2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %

Jan 2.070 2.188 5,7 685 726 6,0 514 539 4,9 436 472 8,3 436 450 3,2

Fev 2.041 2.175 6,6 640 689 7,7 517 540 4,4 441 482 9,3 443 463 4,5

Mar 2.178 2.270 4,2 681 697 2,3 558 587 5,2 472 500 5,9 468 486 3,8

Abr 2.161 2.338 8,2 666 716 7,5 545 583 7,0 472 524 11,0 479 514 7,3

Mai 2.169 -100,0 680 -100,0 550 -100,0 457 -100,0 483 -100,0

Jun 2.180 -100,0 657 -100,0 556 -100,0 442 -100,0 525 -100,0

Jul 2.163 -100,0 637 -100,0 576 -100,0 421 -100,0 529 -100,0

Ago 2.214 -100,0 647 -100,0 590 -100,0 433 -100,0 543 -100,0

Set 2.301 -100,0 705 -100,0 578 -100,0 461 -100,0 557 -100,0

Out 2.299 -100,0 712 -100,0 564 -100,0 478 -100,0 544 -100,0

Nov 2.229 -100,0 700 -100,0 549 -100,0 476 -100,0 505 -100,0

Dez 2.195 -100,0 692 -100,0 541 -100,0 483 -100,0 479 -100,0

Total 17.176 8.971 -47,8 5.293 2828 -46,6 4.406 2249 -49,0 3.574 1978 -44,7 3.906 1913 -51,0

Comercial Outros Mês

Consumo Total Residencial Industrial

Fonte: GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados da EPE

52

A classe Comercial registrou consumo total 1.978 GWh, o que representou

crescimento de 7,3% em comparação com o consumo registrado no ano anterior (1.844

GWh).

O consumo da categoria Outros registrou consumo de 1.914 GWh. Houve

crescimento de 4,6% na comparação com o consumo do segmento no mesmo período

ano de 2010.

A região Centro-Oeste apresenta um perfil de consumo bem distinto das demais

regiões, com predominância do consumo Residencial e praticamente uma divisão bem

linear entre os outros três segmentos.

53

9 MERCADO SPOT

O cálculo da média mensal do preço MAE por submercado considera os preços

semanais por patamar de carga leve, médio e pesado, ponderado pelo número de horas

em cada patamar e em cada semana do mês.

Durante o primeiro quadrimestre de 2011, os preços da energia do Mercado Spot

registraram flutuação em todos os submercados, como observado no Gráfico 21. Os

preços estiveram no mês de janeiro na casa dos R$20; em fevereiro este valor

ultrapassou a casa dos R$40; em março os preços caíram e, em abril o preço médio

mensal caiu ainda mais e ficou em R$12,20 para todos os submercados.

Gráfico 21: Evolução do Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Maio de 2003 a Abril de 2011 (em R$/MWh)

050

100150200250300350400450500550

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte

Fonte: Gesel-IE-UFRJ, com base nos dados da CCEE

No submercado Sudeste/Centro-Oeste, por exemplo, o preço spot da energia

comercializada em janeiro de 2011 foi R$28,71 por MWh, mais do que o dobro do

preços médios praticados no mês de janeiro do ano anterior (R$12,91). Porém, em

relação ao mês anterior, dezembro, a queda no preço foi superior a 50%. Já nos anos

anteriores, havia ocorrido forte elevação durante o primeiro mês do ano, como em

janeiro de 2008 quando o preço atingiu R$502,45. A redução apresentada em janeiro de

2011, foi ocasionada principalmente devido à previsão de afluências otimistas em todos

os submercados. Porém as previsões otimistas não se confirmaram, com exceção do

submercado Sul, elevando os preços em todos os submercados no mês de fevereiro.

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Em fevereiro, ainda usando o subsistema Sudeste/Centro-Oeste como base para

a análise, o preço médio do mercado spot subiu aproximadamente 67,33% frente o mês

de janeiro, alcançando o patamar de R$ 48,04 por MWh. Na comparação com o mesmo

mês do ano anterior (2010), a variação foi muito mais considerável, com aumento de

24,86%. Em março o preço caiu ficando em R$ 25,50 por MWh e, em abril o preço

continuou a cair atingido o valor de R$ 12,20 por MWh para todos os submercados

No subsistema Sul o preço spot de fevereiro de 2011 foi inferior ao dos demais

subsistemas devido à previsão positiva de afluências. Nos demais submercados as

afluências ocorridas em fevereiro foram inferiores a media histórica, principalmente nos

submercados Sudeste e Nordeste, influenciando na elevação dos preços em todas as

regiões.

A elevação do nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, o

aumento das afluências e a queda na carga motivada pelo feriado de carnaval,

provocaram na segunda semana de março uma forte redução no PLD. Este cenário se

manteve e o PLD médio mensal de março foi de R$ 25,50 para três submercados. No

Nordeste o PLD foi de R$ 27,62 devido a previsões de afluências menos otimistas do

que nos demais submercados.

Em abril de 2011 o PLD médio mensal foi o mesmo para todos os submercados

(R$ 12,20). Pois as previsões de afluências se mantiveram otimistas. Este valor é

43,49% inferior ao praticado em abril de 2010, quando o PLD foi de R$ 21,59 para os

subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte e R$24,96 para o subsistema Nordeste.

A evolução do PLD desde janeiro de 2008 até abril de 2011 pode ser acompanhada na

Tabela 21 abaixo.

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Tabela 21: Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Janeiro de 2008 a Abril de 2011 (em R$/MWh)

Mês/Ano Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte

jan-08 502,45 502,45 497,61 502,45fev-08 200,42 200,65 214,37 200,43mar-08 124,70 127,41 123,24 117,67abr-08 68,80 72,12 71,92 50,97mai-08 34,18 34,19 34,42 27,61jun-08 76,20 76,20 75,34 75,34jul-08 108,42 108,42 108,42 108,42

ago-08 109,93 109,40 109,91 109,93set-08 109,93 109,40 109,91 109,93out-08 92,43 92,17 92,43 92,43nov-08 106,14 93,77 106,14 106,14dez-08 96,97 96,93 96,97 96,97jan-09 83,64 83,66 77,77 77,82fev-09 52,08 66,15 27,41 27,41mar-09 90,87 91,28 84,25 24,96abr-09 46,46 48,73 27,79 16,31mai-09 39,00 39,10 30,17 16,31jun-09 40,84 40,84 30,00 23,14jul-09 30,43 30,43 25,55 25,55

ago-09 16,31 16,31 16,31 16,31set-09 16,31 16,31 16,31 16,31out-09 16,31 16,31 16,31 16,31nov-09 16,31 16,31 16,31 16,31dez-09 16,31 16,31 16,31 16,31jan-10 12,91 12,91 12,91 12,91fev-10 13,85 13,85 16,06 13,85mar-10 27,74 27,74 30,19 27,56abr-10 21,59 21,59 24,96 21,58mai-10 32,45 30,25 34,60 32,45jun-10 67,99 67,99 69,70 69,70jul-10 89,58 89,58 95,30 95,30

ago-10 116,66 116,66 123,56 123,55set-10 132,10 131,78 189,37 189,37out-10 137,78 137,78 232,48 232,48nov-10 116,68 116,68 115,05 116,68dez-10 71,62 71,62 68,69 71,62jan-11 28,71 28,71 29,76 28,69fev-11 48,04 40,52 49,75 48,04mar-11 25,50 25,50 27,62 25,50abr-11 12,20 12,20 12,20 12,20

Fonte: Gesel-IE-UFRJ, com base nos dados da CCEE

Mesmo com a previsão de afluências acima da media, ao contrario do ocorrido

nas demais semanas de abril, para a última semana o modelo Decomp não previu mais a

ocorrência de vertimentos, e os Custos Marginais Médios (CMOs) de todos os

submercados e de todos os patamares saíram de seu valor mínimo, ficando em R$ 7,42.

Considerando que o PLD é calculado com base no CMO, limitado pelos preços

máximos e mínimos homologados pela Aneel, o PLD da última semana de abril de 2011

foi registrado com o valor mais baixo do ano.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS [1] Capacidade Instalada https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2010.pdf [2] Matriz Elétrica http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.asp [3] Leiloes http://www.acendebrasil.com.br/archives/files/20110217_AnalisePos_LeilaodeAjuste_v1.pdf http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=2ca4bd4bef08d210VgnVCM1000005e01010aRCRD [4] Geração http://www.ons.org.br/historico/geracao_energia.aspx [5] Fluxo de energia http://www.ons.org.br/historico/geracao_energia.aspx [6] Reservatorios http://www.ons.org.br/historico/energia_armazenada.aspx [7] Carga de Energia http://www.ons.org.br/historico/carga_propria_de_energia.aspx [8] Consumo http://www.epe.gov.br/ResenhaMensal/Forms/EPEResenhaMensal.aspx [9] Mercado Spot http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=6e6596f102913210VgnVCM1000005e01010aRCRD http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=8110a5c1de88a010VgnVCM100000aa01a8c0RCRD

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GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS

Abrate – Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de

Energia Elétrica

Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica

Carga de um Sistema Elétrica - Montante total dos requisitos de demanda de

potência associados a uma empresa ou subsistema em determinado instante.

Carga Própria de Demanda - Montante total dos requisitos de demanda de

potência associados a uma empresa ou subsistema integralizada em um período

predeterminado.

Carga Própria de Energia - Montante total de energia requisitado por uma

empresa ou subsistema em determinado período.

EAR - Energia Armazenada do Sistema (em % da capacidade máxima de

armazenamento).

ENA - Energia Natural Afluente (em % da média do registro histórico para o

mês).

Energia Armazenada - Valoração energética do volume armazenado em um

reservatório pela produtividade das usinas hidroelétricas à sua jusante.

Energia Natural Afluente - Valoração energética da afluência natural a um

reservatório pela produtividade das usinas hidroelétricas à jusante.

GW - Gigawatt = 109 watts (Potência ativa).

GWh - Gigawatt Hora = 109 watts por hora (Energia).

Hz - Hertz (Freqüência).

Instalações - Usinas, subestações e linhas de transmissão.

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Intercâmbio - Fluxo de energia elétrica entre áreas do sistema, quando não

explicitado refere-se a energia ativa.

kV - Quilovolt = 103 volts (Tensão).

Limite de Confiabilidade - Valor de uma ou mais grandezas a partir do qual

estão esgotados todos os recursos para atendimento com segurança, do sistema ou de

uma área.

MLT - Média de Longo Termo.

MVA - Megavolt Ampère (Potência aparente).

Mvar - Megavar (Potência reativa).

MW - Megawatt = 106 watts (Potência Ativa).

MWh - Megawatt Hora = 106 watts x hora (Energia).

MWh/h - Megawatt Hora por Hora (Potência média na hora).

MWmed - Megawatt Médio : 1 MWmed-ano = 8.760 MWh/ano (Energia média

no intervalo de tempo considerado).

MWmês - Megawatt Mês : 1 MW mês =730 MWh/mês (Medida de

armazenamento).

Operador - Designação genérica dos operadores de sistema e de instalações.

ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Ponta de Carga - Valor máximo de carga durante um intervalo de tempo

especificado.

Produção Hidráulica/Térmica - Total de energia elétrica gerada (hidráulica,

térmica ou ambas), medida nas saídas dos geradores de uma usina, durante um intervalo

de tempo especificado.

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Rede Básica - Instalações pertencentes ao Sistema Interligado identificadas

segundo regras e condições estabelecidas pela ANEEL.

Rede Complementar - Rede fora dos limites da rede básica, cujos fenômenos

que nela ocorrem têm influência significativa na rede básica.

Rede de Operação - União da rede básica com a rede complementar e as Usinas

Integradas, em que o ONS exerce a coordenação, a supervisão e o controle da operação

dos Sistemas interligados Brasileiros, atuando diretamente através de um dos Centros de

Operação, ou via Centro da empresa proprietária das instalações.

Reservatório Equivalente - Agregação da capacidade de armazenamento de

todos os reservatórios de uma região.

SIN - Sistema Interligado Nacional.

Sistema Interligado - Instalações responsáveis pelo suprimento de energia

elétrica a todas as regiões do país eletricamente interligadas.

Unidade Geradora Hidráulica (UGE) - Cada um dos grupos geradores

constituídos pelo conjunto dos equipamentos e dos componentes existentes entre a

tomada de água e o tubo de sucção e entre o gerador e a bucha de baixa

tensão(exclusive) do transformador elevador.

Unidade Geradora Térmica (UGT) - Cada um dos grupos geradores

constituídos pelo conjunto dos equipamentos e dos componentes existentes entre o

sistema de suprimento de combustível e a bucha de baixa tensão (exclusive) do

transformador elevador.

Usina Hidrelétrica - Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por

conversão da energia gravitacional da água.

Usina Termelétrica - Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por

conversão de energia térmica.

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Vazão Afluente - Vazão que chega a um reservatório, em um determinado

intervalo de tempo.