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Relatório Agrupamento de Escolas de Arouca AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Norte 2014 2015

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Relatório

Agrupamento de Escolas

de Arouca

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Norte

2014 2015

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Agrupamento de Escolas de Arouca

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CONSTITUIÇÃO DO AGRUPAMENTO

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB ES

Escola Secundária de Arouca • •

Escola Básica de Paço, Alvarenga, Arouca • •

Escola Básica n.º 1 de Arouca • •

Escola Básica do Burgo, Arouca • •

Escola Básica de Canelas, Arouca • •

Escola Básica de Paços, Arouca • •

Escola Básica de Paço, Rossas, Arouca • •

Escola Básica de Boavista, Arouca • •

Escola Básica de Ponte de Telhe, Arouca •

Escola Básica de Arouca •

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Agrupamento de Escolas de Arouca

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1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos

jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa do Agrupamento de Escolas de

Arouca realizada pela equipa de avaliação, na

sequência da visita efetuada entre 13 e 16 de

abril de 2015. As conclusões decorrem da análise

dos documentos fundamentais do Agrupamento,

em especial da sua autoavaliação, dos

indicadores de sucesso académico dos alunos, das

respostas aos questionários de satisfação da

comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para o

Agrupamento, constituindo este documento um

instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao

identificar pontos fortes e áreas de melhoria,

este relatório oferece elementos para a

construção ou o aperfeiçoamento de planos de

ação para a melhoria e de desenvolvimento de

cada escola, em articulação com a administração

educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

-sede do Agrupamento, as escolas básicas com

jardim de infância de Alvarenga, do Burgo e de

Rossas e a escola básica de Arouca.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração

demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2014-2015 está disponível na página da IGEC.

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Agrupamento de Escolas de Arouca

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2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Arouca resulta da agregação do anterior Agrupamento de Escolas de

Arouca com a Escola Secundária de Arouca, ocorrida em junho de 2012. Situa-se no concelho de Arouca,

distrito de Aveiro e abrange onze freguesias. É constituído por nove escolas básicas, das quais sete com

educação pré-escolar, e pela Escola Secundária de Arouca (escola-sede). No âmbito do primeiro ciclo da

avaliação externa das escolas, o anterior agrupamento foi avaliado em 2009 e a escola secundária em

2007.

No ano letivo 2014-2015, a população escolar é constituída por 2412 crianças, alunos e formandos

encontrando-se assim distribuída: 294 crianças na educação pré-escolar (13 grupos); 610 alunos no 1.º

ciclo (33 turmas); 305 no 2.º ciclo (13 turmas); 557 no 3.º ciclo (23 turmas); 60 nos cursos vocacionais dos

2.º e 3.º ciclos (três turmas); 18 no curso de educação formação, Tipo 2 (uma turma); 31 no curso de

educação e formação de adultos, nível básico (uma turma); 318 no ensino secundário cursos científico-

humanísticos (13 turmas); 198 nos cursos profissionais (11 turmas) e 21 no curso vocacional, nível

secundário (uma turma).

Das crianças e alunos que frequentam o Agrupamento, 2% não são de nacionalidade portuguesa e 55,4%

não usufruem de auxílios económicos no âmbito da ação social escolar. Têm computador e internet em

casa 42,7% dos alunos do ensino básico e 56,8% no secundário.

Relativamente às habilitações académicas dos pais e encarregados de educação dos alunos do ensino

básico, verifica-se que 10,7% têm habilitações de nível superior e 15,3% o ensino secundário. No ensino

secundário, 6,1% dos pais e encarregados de educação têm habilitações de nível superior e 10,3% o

ensino secundário. No que concerne às profissões, 13,7% dos pais e encarregados de educação dos alunos

do ensino básico e 12,2% do ensino secundário exercem atividades profissionais de nível superior e

intermédio.

Exercem funções no Agrupamento 217 docentes, dos quais 88,9% são do quadro. A experiência

profissional é significativa, pois 93% lecionam há 10 ou mais anos. O pessoal não docente é constituído

por 106 trabalhadores, dos quais 62,3% têm 10 ou mais anos de serviço.

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência relativamente ao ano letivo de 2012-2013, os valores das variáveis de contexto do Agrupamento,

quando comparadas com os dos outros agrupamentos/escolas públicos do país, são bastantes

desfavoráveis embora não seja dos mais desfavorecidos. Refere-se, em particular, a percentagem de

alunos que não beneficiam da ação social escolar e a média do número de anos da habilitação dos pais e

das mães.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

A avaliação das crianças da educação pré-escolar considera as áreas de conteúdo constantes nas

Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar e os domínios previstos nas Metas de

Aprendizagem. São elaborados registos descritivos das aprendizagens realizadas pelas crianças e são

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Agrupamento de Escolas de Arouca

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monitorizados e documentados os seus progressos, possibilitando o acompanhamento adequado da sua

evolução, a fundamentação da intervenção educativa e a informação periódica aos pais e encarregados

de educação. São estrategicamente estabelecidos momentos de articulação com o departamento

curricular do 1.º ciclo de forma a assegurar que a transição das crianças em ambiente educativo

favorável.

No ano letivo 2012-2013, quando comparados os resultados do Agrupamento com os das

escolas/agrupamentos com variáveis de contexto análogas, verifica-se que a percentagem das

classificações positivas nas provas finais de português e matemática dos 4.º, 6.º e 9.º anos, bem como a

taxa de conclusão dos 1.º e 2.º ciclo estão acima dos respetivos valores esperados. Ao invés, a taxa de

conclusão no 12.º ano está aquém daquele indicador. Por sua vez, a taxa de conclusão no 9.º ano e a

média das classificações no exame nacional do 12.º ano de matemática A, português e história A situam-

se em linha com o valor esperado.

No mesmo ano, a comparação dos resultados internos e externos com os das escolas/agrupamentos

públicos evidencia que, maioritariamente, se situam próximos da mediana, sendo que a percentagem de

classificações positivas nas provas finais de matemática do 4.º ano e português do 9.º ano se situam

acima da mediana.

Considerando os diversos indicadores dos resultados internos e externos dos alunos, são de destacar,

pela positiva, os resultados das classificações das provas finais do ensino básico e a taxa de conclusão

dos 1.º e 2.º ciclos. Pelo contrário, destacam-se pela negativa os resultados internos no 12.º ano. Em

síntese, os resultados académicos observados, para os quais existem valores de referência, situam-se,

globalmente, acima dos valores esperados para as escolas/agrupamentos de contexto análogo e próximos

ou acima da mediana relativamente ao universo dos agrupamentos/escolas públicos do país.

Nos anos letivos de 2010-2011 a 2013-2014, funcionaram 10 cursos de educação formação tendo

concluído 170 alunos o que corresponde a uma taxa de conclusão de 83,3%, destacando-se os cursos de

Instalação e Operação de Sistemas Informáticos e de Organização de Eventos com 100% de sucesso.

No que concerne aos cursos profissionais, nos três últimos ciclos de formação (2009-2010 a 2011-2012,

2010-2011 a 2012-2013 e 2011-2012 a 2013-2014), frequentados por 82, 98 e 74 alunos, respetivamente,

apresentam taxas de conclusão de 80,5%, 73,5% e 63,5%. Nestes cursos realça-se a taxa de conclusão de

100% dos cursos de Técnico Multimédia e de Técnico de Análises Laboratoriais no ciclo de formação

2009-2010 a 2011-2012 e a taxa de empregabilidade de 61,5 % na respetiva área de formação do curso

de Técnico de Eletrónica e Telecomunicações no último ciclo de formação. De referir ainda, o curso

vocacional do 3.º ciclo, em 2013-2014, em que, dos 19 alunos que iniciaram, 18 concluíram, o que

corresponde a uma taxa de conclusão de 94,7%.

A análise dos resultados académicos, quer internos quer externos, realiza-se de forma sistemática

utilizando-se, para o efeito, múltiplos métodos de análise. Este processo está plenamente consolidado e é

assumido pelos diferentes órgãos e estruturas educativas como fundamental para a obtenção de

elementos concretos para a reflexão, discussão e consequente construção de planos de melhoria.

De facto, quer em conselho de turma, quer nos departamentos curriculares ou nas suas subestruturas

pedagógicas, a análise dos resultados académicos é concretizada considerando diversos indicadores, o

que tem possibilitado a definição de um conjunto de ações eficazes na melhoria dos resultados e das

aprendizagens. A oferta educativa/formativa tem, igualmente, um papel fundamental destacando-se no

presente ano a turma de ensino vocacional de nível secundário. Apesar de se reconhecer uma dinâmica

proativa em prol do sucesso académico, é ao nível do ensino secundário que emergem algumas

debilidades, em particular no que se refere aos processos de acompanhamento dos alunos.

Relativamente ao abandono e desistência escolares, é no ensino secundário que se verifica alguma

incidência, em particular no ano letivo 2013-2014 (5,25%).

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RESULTADOS SOCIAIS

O Agrupamento promove o desenvolvimento de competências sociais e de cidadania de forma integrada

ao processo educativo. Dinamiza um conjunto de ações intencionais com forte impacto na formação

integral das crianças e alunos, constituindo, deste modo, os princípios e valores transmitidos uma

referência compartilhada pela comunidade educativa. Neste âmbito, relevam-se: o Projeto Promoção da

Cidadania na Escola, Formação de Jovens Lideres, o Gabinete de Promoção do Sucesso (GPS), a Aula de

Convivência, a eleição mensal dos alunos com melhor comportamento (sendo agraciados com um almoço

no Restaurante Pedagógico) e a Prevenção e Intervenção na Problemática do Bullying.

Os valores da cidadania integram várias dimensões. No domínio do combate à exclusão, com particular

atenção aos alunos provenientes de contextos vulneráveis, desenvolve-se no Agrupamento o mais

recente projeto do Instituto Padre António Vieira - Vidas Ubuntu. Neste programa, os jovens

estruturam e apresentam, na primeira pessoa, as suas histórias de vida, através da metodologia de

personal storytelling. A solidariedade, a multiculturalidade, a saúde, o ambiente, a cultura científica e o

desporto representam, igualmente, eixos estruturantes do quotidiano educativo, sendo evidente pelas

ações desenvolvidas, como a denominada intervenção Jorge sem fronteiras, a construção de

acessibilidades na casa de um ex-aluno com mobilidade condicionada, o protocolo estabelecido com a

Câmara de São Tomé e Príncipe e os vários projetos desenvolvidos (Educação para a Saúde, Pais com

Ciência, Oficina da Ciência, Célula Ecológica, Projeto Rios, Projeto Mil Escolas, Eco-Escolas, Natação

Adaptada, Boccia).

As ocorrências disciplinares são devidamente monitorizadas e analisadas, o que permite a identificação

de problemas no domínio do comportamento dos alunos. De imediato, desenvolvem-se um conjunto de

ações concertadas dos profissionais, alunos e pais e encarregados de educação, plasmado na Carta de

Conduta, que define os papéis de todos os membros da comunidade educativa através de códigos de

conduta relativos aos diversos espaços e contextos educativos. No Gabinete de Promoção do Sucesso,

espaço para onde são encaminhados os alunos com problemas comportamentais, estabelece-se o

equilíbrio relacional e constroem-se soluções eficazes para a resolução dos conflitos e da indisciplina. A

instituição de mecanismos céleres de comunicação do diretor de turma com os pais e encarregados de

educação e a diretora tem facilitado o controlo das taxas de ocorrências das medidas disciplinares

corretivas e sancionatórias (23,5%, 16,5% e16,7% no último triénio).

Nas rotinas diárias do Agrupamento são visíveis a criatividade, a capacidade interventiva e a assunção

de responsabilidades pelos alunos quer através da adesão aos diferentes projetos e clubes, quer das

atividades desenvolvidas por iniciativa própria, em particular pela associação de estudantes. Releva-se,

no âmbito da promoção da educação para a cidadania, a participação de um aluno na Sessão Nacional

do Parlamento dos Jovens na Assembleia da República.

O estudo do percurso dos alunos após a escolaridade é uma área que necessita de um maior

investimento para que o Agrupamento, através do seguimento dos que continuam os seus estudos e dos

que se integraram no mercado de trabalho, possa ajustar a sua ação educativa e formativa.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

Os questionários de satisfação aplicados no âmbito do presente processo de avaliação externa deixam

claro o agrado que os vários respondentes manifestam relativamente à atuação do Agrupamento. Os

alunos mostram-se satisfeitos pelo facto de terem muitos amigos na escola e manifestam o seu

desagrado com a frequência de utilização do computador em sala de aula. Os docentes e não docentes

evidenciam a abertura da escola ao exterior e, como menos positivo, aspetos relacionados com o

comportamento dos alunos. Os pais e encarregados de educação valorizam a comunicação escola-família

e a disponibilidade dos docentes titulares de grupo/turma e do diretor de turma.

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Os sucessos dos alunos são divulgados interna e externamente, utilizando-se para o efeito os meios e

suportes disponíveis, como sejam, a rádio e jornais escolares, a página Web e blogues do Agrupamento, a

colocação de outdoors e a comunicação social regional. A entrega de diplomas não se limita à cerimónia

pública do Dia do Diploma, constituindo uma ação contínua de reconhecimento das prestações dos

alunos nos vários concursos, projetos e atividades de dimensão literária, artística, saúde, científica,

ambiental ou desportiva. A valorização dos sucessos das crianças e alunos está ainda presente na

frequente exposição dos seus trabalhos.

O envolvimento da comunidade é fortemente incrementado. São promovidas várias atividades

destinadas a incluir as famílias no quotidiano educativo (palestras, workshops, sarau de final ano,

iniciativas das bibliotecas, projeto Pais com Ciência). As associações de pais e encarregados de educação

dinamizam várias iniciativas e colaboram com a direção na resolução dos problemas.

É também reconhecido o contributo do Agrupamento para o desenvolvimento da comunidade, pela

diversidade da oferta formativa, cultural, artística, ambiental e científica, pela relação próxima que

estabelece com as instituições e associações locais e pelo seu envolvimento em questões sociais. É

igualmente visível a sua forte ligação ao meio pela multiplicidade de parcerias com entidades locais que

asseguram a formação em contexto de trabalho aos formandos dos cursos profissionais e garantem os

prémios pecuniários a atribuir aos alunos que se destacam.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Resultados.

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Os documentos estruturantes definem com clareza as orientações educativas gerais e são coerentes

entre si e conhecidos da comunidade escolar. O plano anual de atividades e a oferta educativa e

formativa evidenciam a contextualização do currículo e a abertura ao meio, integrando um conjunto de

iniciativas que têm em conta as especificidades e os recursos locais, sendo de destacar a oferta de vias

profissionais ajustadas aos interesses dos alunos e às necessidades locais e regionais.

Os planos de grupo/turma obedecem a um esquema concetual comum, integram informação acerca da

criança/aluno e do seu desempenho escolar e estabelecem linhas orientadoras para o trabalho a

desenvolver no grupo/turma, embora evidenciem uma débil articulação interdisciplinar dos conteúdos

programáticos, não refletindo, portanto, o trabalho que se realiza nesse âmbito.

As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica asseguram a gestão do currículo,

nomeadamente no que respeita ao planeamento, à articulação curricular, às modalidades de apoio e ao

processo de avaliação. O estabelecimento de seis departamentos curriculares e a criação de grupos de

trabalho por áreas disciplinares promovem a prestação de um serviço educativo orientado para as

aprendizagens e para a melhoria do sucesso escolar. A criação do conselho de articulação interciclos

estabelece melhor articulação entre os vários níveis de educação e ensino e os diversos anos de

escolaridade, assim como, a promoção da interdisciplinaridade. Também as orientações estabelecidas

pelos coordenadores dos diretores de turma e a ação desenvolvida pelos conselhos de turma têm um

papel importante no apoio e harmonização dos procedimentos a exercer pelos professores.

O trabalho cooperativo entre docentes objetiva-se, também, na análise dos resultados dos alunos, na

identificação das dificuldades de aprendizagem, na operacionalização das medidas de promoção do

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sucesso escolar, na dinamização de projetos e atividades do plano anual e em práticas generalizadas de

criação coletiva e de partilha de recursos didáticos e de instrumentos de avaliação.

As diferentes modalidades de avaliação e os critérios articulam-se entre si e existem práticas avaliativas

das aprendizagens que se harmonizam com o ensino. Contudo, a prática da avaliação formativa, como

contributo da regulação do ensino e da aprendizagem, tem um impacto ainda ténue na reformulação dos

planos de trabalho das turmas e no planeamento pedagógico.

O serviço de psicologia e orientação programa e desenvolve um conjunto diversificado de atividades e,

em articulação com os docentes, as famílias e vários parceiros da comunidade educativa, assegura a

orientação escolar e vocacional dos alunos do 9.º ano, os apoios psicológico e psicopedagógico e o

esclarecimento relativamente ao ingresso no ensino superior para os alunos do ensino secundário.

PRÁTICAS DE ENSINO

O ensino e as atividades educativas revelam-se adequados aos ritmos de aprendizagem dos alunos,

sendo objeto de planificações de curto prazo, onde se encontram estabelecidas as prioridades e as

capacidades a desenvolver. Existem algumas práticas de diferenciação pedagógica dentro e fora da sala

de aula, apoiadas na proposta de tarefas diversificadas, nos apoios educativos, nas tutorias, na oferta

educativa e nas iniciativas que visam proporcionar aos alunos contextos diferentes de ensino e de

aprendizagem (e.g. a metodologia do Programa Mais Sucesso Escolar, alargada aos alunos do 2.º ciclo e

a algumas disciplinas do ensino secundário e o Núcleo de Exames - preparação para as provas finais e

exames nos 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos). Estas medidas são avaliadas pelos conselhos de turma e

departamentos curriculares, verificando-se que têm impacto na melhoria do sucesso.

No que se refere aos alunos que revelam mais capacidades e apresentam melhores resultados, o

Agrupamento oferece algumas atividades estimulantes que lhes permitem explorar as suas

potencialidades. Merecem referência as atividades desenvolvidas no âmbito dos projetos de ciências,

como a Oficina da Ciência; o DELF (Diploma de Estudos de Língua Francesa) Scolaire; a Hora ESA

(Programa radiofónico semanal na Rádio Regional de Arouca) e os concursos em que o Agrupamento

participa e obtém bons resultados com atribuição de menções honrosas e prémios (e.g. Concurso

Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores; Concurso Youth Science Meeting, na Universidade de

Aveiro; Concurso Ciência na Escola, promovido pela Fundação Ilídio Pinho). Refira-se, com especial

destaque, que o Agrupamento foi vencedor do European Contest for Young Scientists 2014, em Biologia

com o projeto Smart Snails.

Existe uma unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e

surdocegueira congénita (no 1.º ciclo) e, ainda, uma sala adaptada (na escola-sede), onde é dado apoio

aos alunos com mais idade que provêm da unidade, sendo-lhes assegurado o direito de participação nas

atividades constantes do plano anual.

Aos restantes alunos com necessidades educativas especiais são garantidas as necessárias respostas

educativas, de acordo com as medidas inscritas nos seus programas educativos individuais e

mobilizados os recursos da comunidade (e.g. AICIA – Associação para a Integração de Crianças

Inadaptadas de Arouca; Santa Casa da Misericórdia de Arouca; Centro Paroquial de Promoção Social

Rainha Santa Mafalda), por forma a permitir a sua ocupação, integração e cumprimento dos planos

individuais de transição, sempre com uma boa articulação dos serviços de educação especial com os

professores e educadores, os assistentes operacionais e as famílias. Para além dos apoios

proporcionados, existe um trabalho de acompanhamento e de inclusão que tem contribuído para níveis

elevados de sucesso destes alunos.

As metodologias ativas no ensino e nas aprendizagens estão asseguradas, incluindo nos cursos

profissionais. O conhecimento científico é muito valorizado, em resultado da atividade laboratorial

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realizada pelos alunos (com maior relevância no ensino secundário) e do envolvimento do Agrupamento

em projetos relevantes, como por exemplo, projetos de ciências, como a Célula Ecológica, o Eco-Escolas e

a Oficina da Ciência. Essas práticas também ocorrem em ações constantes no plano anual de atividades

(e.g. Olimpíadas da Matemática, da Biologia e da Geologia) e em outras iniciativas, como a Praça da

Ciência, na zona histórica da vila.

A valorização da componente artística assume bastante relevância, não só pela existência desta

dimensão na oferta do curso científico-humanístico de artes visuais, na oferta de escola (expressões

plásticas), nas atividades de enriquecimento curricular (expressão musical e expressão plástica no1.º

ciclo) e nas turmas do ensino especializado de música, desenvolvido em parceria com a Academia de

Música de Arouca, mas também pela prevalência dos clubes de artes e de teatro na promoção de

concertos, desfiles, saraus e eventos teatrais, que visam dar a conhecer a toda a comunidade uma parte

do trabalho desenvolvido pelos alunos nesta área, com impacto muito positivo no reconhecimento das

suas capacidades e na valorização da imagem do Agrupamento.

Os meios tecnológicos existentes (quadros interativos, projetores de vídeo e computadores) são

parcialmente rendibilizados para promover novas práticas e metodologias apelativas de abordagem dos

conteúdos programáticos. A utilização do computador na sala de aula pelos alunos e a otimização das

funcionalidades dos quadros interativos, enquanto recursos educativos, não constituem, ainda, uma

prática regular e generalizada.

As bibliotecas escolares desenvolvem um plano de ação muito relevante na dinâmica geral do

Agrupamento (exposições temáticas frequentes e encontros com escritores), na exploração de dimensões

específicas, como o desenvolvimento da leitura e das literacias (concurso nacional de leitura) e no apoio

ao desenvolvimento curricular dos departamentos curriculares (como estruturar um trabalho, fazer

referências bibliográficas, aplicar a metodologia de projeto). O blogue da biblioteca revela-se um meio

eficaz de divulgação das atividades junto da comunidade.

A monitorização da prática letiva é feita principalmente nas reuniões de departamento curricular e dos

conselhos de turma, designadamente através da aferição do planeamento, do cumprimento dos

programas, da aplicação de critérios/instrumentos de avaliação e da análise de resultados da avaliação.

Estes procedimentos assumem também um papel preventivo no tratamento dos problemas em contexto

de sala de aula, sendo rara a intervenção dos coordenadores de departamento, com apoio da direção, na

sua resolução. A observação de aulas, enquanto estratégia de acompanhamento e desenvolvimento

profissional dos docentes, não é considerada, excetuando no 1.º ciclo do ensino básico, que se realiza por

iniciativa dos docentes, embora não constitua ainda um procedimento utilizado com caráter regular.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os critérios gerais e específicos de avaliação foram divulgados no início do ano letivo e são do

conhecimento dos alunos e dos encarregados de educação, incluindo, ainda, o Guia Auxiliar do Processo

de Avaliação dos Alunos que constitui um documento orientador de todo o processo de avaliação. No

final de cada período letivo, são preenchidas grelhas que permitem monitorizar a aplicação dos referidos

critérios. As práticas de autoavaliação dos alunos ocorrem preferencialmente por trimestre.

A avaliação formativa é concretizada no quadro do processo avaliativo e, apesar de articulada com as

diferentes modalidades de avaliação, ainda não surge como elemento determinante na generalidade dos

processos de ensino e aprendizagem. A avaliação diagnóstica, construída colaborativamente por

docentes dos diferentes níveis de educação e ensino, é de aplicação generalizada, daí resultando um

conhecimento mais sustentado dos conhecimentos e capacidades das crianças e alunos.

De relevar, ainda, neste âmbito o trabalho realizado, em sede de conselho de articulação interciclos, com

a elaboração do relatório da avaliação diagnóstica, onde se identificam os pontos fortes e os

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constrangimentos/dificuldades sentidos e as estratégias de melhoria em todos os níveis de educação e

ensino, sendo estes dados cruzados, pelos departamentos curriculares e conselhos de turma, com os

resultados obtidos pelos alunos nas provas de conhecimento de entrada de ciclo do Programa AVES –

Avaliação Externa de Escolas. A confiança na avaliação sumativa interna é assegurada através da

elaboração de matrizes comuns para os instrumentos de avaliação e da adesão aos testes intermédios do

Instituto de Avaliação Educativa, I.P. (IAVE) nos 1.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário.

Periodicamente, os resultados e a qualidade do sucesso são monitorizados, implicando diversos

intervenientes e sedes de análise e reflexão, sendo, ainda, disponibilizados e discutidos em reuniões com

os encarregados de educação. Estes processos reflexivos produzem conclusões sobre as práticas

pedagógicas e a eficácia das medidas de promoção do sucesso escolar que se consubstanciam nos

relatórios interciclos, periódicos e final, com vista à (re)definição das linhas orientadores da ação

educativa em ordem à melhoria dos resultados escolares.

Como estratégia de prevenção da desistência e do abandono, o Agrupamento estabelece uma relação

muito estreita com os encarregados de educação dos alunos em situação de risco, numa dinâmica que

envolve os docentes, os diretores de turma e a comissão de proteção de crianças e jovens. O alargamento

da oferta educativa, nomeadamente a criação do curso vocacional do ensino secundário, integra-se nessa

estratégia de inclusão, para garantir que todos os alunos concluam a escolaridade obrigatória.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

Os documentos estruturantes evidenciam coerência interna e pertinência, enquanto instrumentos

clarificadores e orientadores da missão do Agrupamento, principalmente o projeto educativo e o

regulamento interno. São demonstrativos de uma visão estratégica, de um reforço do sentido de

pertença e de identificação com o Agrupamento, com os seus valores e com a ligação à comunidade

educativa. Contudo, para melhor apreensão dos documentos pela comunidade, a sua estrutura carece de

ser simplificada.

Apesar de recente constituição, o Agrupamento conseguiu congregar as ideias, objetivos e práticas dos

estabelecimentos que lhe deram origem, de uma forma consolidada e em perfeita sintonia. A construção

de áreas de intervenção prioritárias, como linha integradora de ação, orienta e responsabiliza os

diversos intervenientes e as estruturas educativas com a objetividade necessária para promover a sua

sustentabilidade e progresso.

O plano anual de atividades apresenta-se consistentemente orientado, organizando-se de acordo com os

objetivos traçados no projeto educativo, com uma oferta abrangente de atividades e projetos. Associado a

um clima acolhedor e familiar, favorecendo o trabalho com respeito pelo outro e valorizando a sua

opinião, convida à participação de todos os atores escolares, envolve a comunidade local e desenvolve

uma cultura participativa e crítica, propícia à inclusão.

A direção é uma equipa motivada, com experiência de gestão, revelando um conhecimento profundo das

diferentes dimensões e objetivos organizacionais e educacionais do Agrupamento. A liderança da

diretora é reconhecida pela comunidade educativa, pela capacidade de intervenção célere e próxima na

resolução dos problemas identificados, fomentando reuniões, com regularidade, com os docentes, com os

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assistentes técnicos e operacionais, com as associações de pais e de estudantes e, ainda, com os alunos

delegados de turma, no intuito de identificar dificuldades e obter propostas de solução que reúnam

consensos e envolvam todos os intervenientes. Contudo, falta que esta realidade potencie uma maior

participação dos diferentes elementos da comunidade educativa na construção dos documentos

estruturantes, o que até aqui não tem sido, efetivamente, generalizado.

As lideranças intermédias, em articulação com a direção, têm um papel relevante na prestação do

serviço educativo, padronizando um conjunto de procedimentos e orientando a sua ação para a melhoria

dos resultados escolares. É claro o compromisso partilhado entre as várias lideranças e os restantes

profissionais com a missão do Agrupamento, demonstrando índices motivacionais que elevam a

qualidade do serviço prestado. Sublinhe-se que as iniciativas que envolvem os diferentes trabalhadores

em momentos de convívio têm contribuído para criar coesão, estimular o trabalho em equipa e

aumentar a motivação.

O Agrupamento promove o desenvolvimento de parcerias, assumindo particular importância a câmara

municipal, as instituições culturais e de solidariedade, as empresas e as universidades. Estas parcerias,

estrategicamente estabelecidas, permitem a mobilização de recursos significativos para estágios e

formação em contexto de trabalho dos formandos dos cursos profissionalizantes e para o

desenvolvimento de projetos, dos quais se destacam, os ligados às Ciências da Natureza e ao Geoparque

de Arouca.

A utilização dos espaços é adequada ao desenvolvimento da ação educativa. São mobilizados os recursos

necessários, quer internamente, quer com a câmara municipal e as associações de pais e encarregados

de educação, para a renovação, o reaproveitamento e a otimização do património escolar. Os espaços

evidenciam boas práticas de conservação, higiene e limpeza.

GESTÃO

A gestão dos recursos humanos tem em conta perfis individuais e considera os percursos profissionais e

a estabilidade, em benefício da missão do Agrupamento. A distribuição do serviço assenta em princípios

orientadores explícitos e obedece a regras que visam a adequação do perfil e da formação dos envolvidos

ao cargo ou tarefa a desempenhar. No que respeita aos recursos materiais, as opções de gestão revelam

um enfoque nas pessoas e no seu bem-estar, valorizando os contributos e as expetativas numa relação

direta com as necessidades identificadas.

O plano de distribuição de serviço docente assume particular importância na organização e gestão de

recursos e na transparência da distribuição do serviço docente nas suas várias valências. Está garantido

o princípio de continuidade pedagógica em paralelo com o perfil de competências do profissional.

A distribuição de serviço dos trabalhadores não docentes é feita sob proposta da coordenadora técnica e

do encarregado operacional. Privilegia-se a relação com o cargo, a formação e, quando possível, os

interesses pessoais. No caso dos assistentes operacionais considera-se ainda a mobilidade dentro das

escolas do Agrupamento de forma a suprir dificuldades de funcionamento momentâneo em qualquer dos

estabelecimentos. De salientar a valorização da dimensão educativa das funções destes profissionais e o

reconhecimento dos seus contributos para a consecução dos objetivos do projeto educativo.

A constituição de turmas salvaguarda a heterogeneidade cultural e obedece, em conjunto com a

elaboração dos horários, a critérios definidos e aprovados pelos órgãos competentes. Sublinhe-se que,

face às distâncias que os alunos têm que percorrer no trajeto escola-casa, a estruturação dos seus

horários é realizada de forma a racionalizar a gestão do tempo de permanência nas escolas,

considerando, para o efeito, os horários dos transportes escolares específicos para cada freguesia e os

horários das empresas de transporte da região.

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O desenvolvimento profissional dos trabalhadores constitui um objetivo operacional do projeto

educativo. O plano de formação de docentes e não docentes foi construído considerando as necessidades

diagnosticadas e as que decorrem do projeto educativo. Com recurso a formadores internos e externos

são dadas respostas em várias áreas, quer científicas e pedagógicas quer, no caso do pessoal não

docente, os conteúdos funcionais das respetivas carreiras.

Os circuitos de informação e comunicação são globalmente eficazes. São utilizados vários canais de

comunicação interna e externa desde os mais tradicionais às tecnologias de informação e comunicação,

como sejam, a página Web, blogues, jornais e plataformas digitais e o correio eletrónico. Refira-se que a

qualidade da comunicação tem proporcionado a dinamização do trabalho colaborativo entre os

elementos da comunidade, em particular no que respeita a partilha de materiais didáticos e de boas

práticas. A Hora ESA (Programa radiofónico semanal na Rádio Regional de Arouca) assume especial

importância na projeção regional da imagem do Agrupamento.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

O Agrupamento tem práticas de autoavaliação consolidadas e sistematizadas, as quais desenvolve com

carácter regular, o que lhe tem permitido a identificação de potencialidades e fragilidades consequentes

com os planos de melhoria traçados. É evidente uma cultura enraizada nos processos de autoavaliação

como suporte para a definição de estratégias e para a reorganização escolar. Aderiu em 2012-2013 ao

Programa Avaliação Externa de Escolas (AVES), daí resultando, para além da formação inicial e da

aplicação de questionários de opinião, a possibilidade de comparação com os demais agrupamentos

envolvidos neste programa e o conhecimento sobre o valor acrescentado alcançado pelos seus alunos.

A equipa de autoavaliação, criada em 2012, é constituída por docentes dos diferentes níveis de educação

e ensino. De forma a garantir a representatividade e a participação da comunidade educativa, a equipa

agrega, para o desenvolvimento da sua atividade, um grupo consultivo (grupos de focagem), que coopera

e participa no processo de avaliação. Promove, ainda, contactos com o amigo crítico que colabora na

orientação da ação. Mantém na sua constituição elementos de anteriores equipas, cruciais na dinâmica

que implementa, quer pela sua capacidade interventiva, quer pela experiência adquirida.

Demonstrativo da relevância do processo, as competências da equipa estão devidamente

regulamentadas e são consideradas as sinergias a explorar no confronto da avaliação interna com o

processo de avaliação externa das escolas. De facto, os relatórios do anterior ciclo de avaliação externa

foram objeto de análise e valorizado o seu conteúdo na construção dos planos de melhoria consequentes.

A equipa tem seguido o modelo conceptual da Inspeção-Geral da Educação e Ciência, sendo responsável

pela recolha e tratamento de dados, e utiliza diversas fontes (pautas de classificação, atas, relatórios,

inquéritos por questionário). As áreas de intervenção são significativamente abrangentes, como sejam,

os resultados escolares, a satisfação com os serviços, a problemática do comportamento e disciplina, as

medidas de promoção do sucesso escolar e as atividades de enriquecimento curricular, entre outras.

Organizados os dispositivos de autoavaliação de forma articulada com o programa AVES,

consubstanciam as suas conclusões num relatório pormenorizado, evidenciando os pontos

fracos/oportunidades de melhoria e boas práticas/potencialidades e indicando caminhos para a melhoria

contínua.

A comunidade conhece as principais conclusões do processo de autoavaliação e valoriza a importância do

trabalho da equipa pela qualidade dos resultados obtidos, pela implicação dos atores educativos na

concretização das apostas que constituem as prioridades dos planos de melhoria do Agrupamento e

pelos contributos para a eficácia da ação educativa e consequente melhoria dos resultados académicos.

No entanto, identifica a necessidade de diminuição da extensão dos documentos para facilitar a leitura e

interpretação.

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A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Liderança e Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

A análise dos resultados académicos de forma sistemática e consolidada utilizando-se, para o

efeito, múltiplos métodos de análise com impacto na obtenção de elementos concretos para a

reflexão, discussão e consequente construção de planos de melhoria.

O desenvolvimento de competências sociais e de cidadania de forma integrada ao processo

educativo, o que tem contribuído para a assunção de princípios e valores pelas crianças e

alunos.

O contributo do Agrupamento para o desenvolvimento cultural e social da comunidade com

uma forte mobilização e envolvimento dos intervenientes.

O trabalho cooperativo entre os docentes na gestão do currículo, na produção de materiais

pedagógicos e na implementação de práticas e estratégias facilitadoras da aprendizagem, que

se reflete no sucesso escolar das crianças e dos alunos.

A valorização das dimensões artística e científica como áreas centrais para o desenvolvimento

da formação integral dos alunos.

A existência de uma liderança forte e motivadora que corresponsabiliza e fomenta a

participação, com impacto positivo no clima e progresso do Agrupamento.

A gestão eficaz dos recursos, com enfoque nas pessoas e no seu bem-estar, sustentada na

autoavaliação e com repercussões na qualidade do serviço prestado.

O impacto da autoavaliação na gestão e organização escolar e na melhoria das práticas

profissionais.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus

esforços para a melhoria são as seguintes:

O aprofundamento da análise do percurso dos alunos após a escolaridade para que o

Agrupamento possa ajustar a sua intervenção formativa e melhorar a qualidade do serviço

educativo prestado.

A observação das práticas letivas, no contexto da supervisão pedagógica, tendo em vista a

reflexão sobre o trabalho, a difusão das melhores práticas pedagógicas e a melhoria da

qualidade do ensino.

A rentabilização e otimização dos recursos tecnológicos existentes no Agrupamento, de forma a

potenciar o desenvolvimento das aprendizagens.

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A simplificação da estrutura dos documentos do Agrupamento para melhor apropriação pela

comunidade educativa.

02-07-2015

A Equipa de Avaliação Externa: Francisco Pires, José Eduardo Moreira e Rui Ramalho

Concordo. À consideração do Senhor

Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar, para homologação.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar