Relatório & Contas - Angola Cables

Relatório& Contas

RELATÓRIO E CONTAS

2018

Relatório e Contas 2018

Índice

Mensagem do Presidente Executivo

1. Síntese da actividade

Principais indicadores

Resultados

Perspectivas para 2019

Riscos

2. A Angola Cables

Governo da sociedade

Negócio

Estratégia

3. Análise da actividade

Factos relevantes

Comercial

Visibilidade internacional

Talentos humanos

Responsabilidade corporativa

4. Análise financeira

5. Demonstrações financeiras

6. Glossário e abreviaturas

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25

34

80

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Mensagemdo PresidenteExecutivo

Senhores Accionistas,

Concluiu-se, em 2018, o ciclo de grandes investimentosiniciado em 2014, com a entrada em serviço dos novoscabos submarinos Monet (em Fevereiro) e SACS (emSetembro). A conclusão do AngoNAP Fortaleza, previstapara o primeiro trimestre de 2019, completará oconjunto de infra-estruturas operacionais no Brasil.

Apesar das vicissitudes relacionadas com ofinanciamento dos projectos, a empresa cumpriu o planode investimento, o qual atingiu grande complexidadeface à dimensão da empresa. Foi uma prova muitoexigente da nossa maturidade e capacidade de realizaçãoe orgulhamo-nos do resultado.

Durante os últimos quatro anos a empresa construiu osnovos cabos submarinos enquanto assegurava ocrescimento do seu negócio, procurando gerir umequilíbrio difícil entre a alocação de recursos a objectivosde curto e de médio/longo prazos. Pela primeira vez, nasua curta história, a empresa estará, em 2019, focadaexclusivamente no desenvolvimento da sua actividadecomercial.

Muito foi feito, desde 2017, para entrar e ganhar quotaem mercados fora de Angola. A empresa terminou 2018com mais clientes fora do que no mercado doméstico(com mais clientes no Brasil do que em Angola) e serãoos mercados externos a fonte de crescimento futuro,baseado em dois pilares: África e Brasil. As dificuldadessão imensas, não só devido à concorrência nos mercadosmais desenvolvidos, mas também devido aos desafiosque coloca o crescimento orgânico acelerado emultinacional.

A empresa está preparada para grandes desafios, comodemonstrou no ciclo de investimento, e olha comentusiasmo para o novo ciclo de crescimento do negócio(que cresceu 63% em 2018) e do lucro operacional (quecresceu 81%).

Mas a estrutura de capital coloca uma enorme pressão sobre aliquidez em 2019 e 2020, devido às obrigações do serviço dadívida. O suporte dos Senhores accionistas para aultrapassagem deste obstáculo é fundamental para o sucessoda empresa.

Saúdo o novo Conselho de Administração e recomento o maiorempenho deste novo grupo de trabalho, para se garantir acontinuidade e estabilidade da empresa, neste momentocrucial de mudança, tantos dos factores económicos nacionaiscomo internacionais. Ao membros do Conselho deAdministração cessante agradeço o seu desempenho e apoiodurante a fase estruturante da empresa.

Agradeço a toda a Equipa da Angola Cables por mais um anode bons resultados, tanto no campo financeiro como decredibilidade da marca nos mercados onde actuamos.

Agradeço aos Senhores Accionistas a confiança depositada naComissão Executiva.

Unidos vamos longe.

António Nunes

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Relatório& Contas

Síntese da actividade


Principais indicadores

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Proveitos 2018

11 952Milhões de Akz

+ 63%relativamente a 2017

Investimento 2018

31 543Mil Milhões de Akz

2x investimento 2017

EBITDA 2018

Milhões de Akz3 768+ 81% relativamente a 2017

32%Margem EBITDA 2018

+4 p.p.relativamente a 2017

Milhões de Akz / TH

Produtividade

115Volume de negócio / TH

+94%relativamente a 2017

104 no final de 2018

relativamente a 2017

Talentos Humanos

+11%

Capacidade vendida

822+774%

Gbps


Circuitos

96+269%

Gbps


IP Trânsito


Resultados

6

1 925,212 622,61

4 3295 568

7 354

11 952

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Proveitos

-44244

1 311981

2 079

3 768

2013 2014 2015 2016 2017 2018

EBITDA

-450-196

551122

741

-4 634

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Resultado Líquido

1 414 1 373

14 55515 728

31 543

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Investimento

12 05216 635 17 169

30 911

52 454

98 278

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Activo

7 519

11 063 11 624 11 75012 491

8 104

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Capital Próprio



DESENVOLVIMENTODO NEGÓCIO

GANHAR QUOTA DE MERCADO

Para além do mercado doméstico, em 2018 aempresa esteve presente e conquistou clientesnos mercados do Brasil, da África do Sul e daNigéria. Adicionalmente, embora sem umapresença permanente, a empresa continuou aprocurar e a ganhar oportunidades em outrosmercados Africanos, em especial nos países dacosta Ocidental.

O crescimento nestes três mercados externosserá o foco da actividade comercial em 2019.Contudo a empresa continua a pesquisar novosmercados, onde possa aumentar a sua receita,tanto em África tomando em conta o facto de seestar a aumentar a consciência de negocio entreos agentes africanos, como na América do Sul,onde se está tentar desenvolver negócios com aArgentina e Chile.

O melhor conhecimento do mercado, a maiornotoriedade da marca, a melhoria da qualidadeda nossa oferta e o aumento de subprodutoscriados para a oferta de serviços permitirãoganhar novas quotas de mercado, aliviando apressão sobre os preços de venda.

Sendo a escala um factor determinante decompetitividade neste negócio, o início daactividade comercial no Brasil contribuiu, já em2018, para uma melhoria significativa da posiçãocompetitiva da empresa em África, visto que nosposiciona como um verdadeiro tier Iinternacional, pela presença simultânea nestemercados tão distintos. Por outro lado e no Brasila nossa posição melhora também face aosgrandes concorrentes, por termos ofertasexclusivas para estes mercados Americanos.

MELHORAR O POSICIONAMENTOESTRATÉGICO NO BRASIL

O Brasil é um mercado desenvolvido, com forteconcorrência, incluindo grandes operadoresnacionais e norte-americanos, mas muitocomplexo de se operar. Desde os processos detaxas e impostos até ás relações trabalhistas,este mercados traz desafios muito próprios deser gerido de forma eficiente. Contudo opotencial de crescimento é grande

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A empresa tem de continuar a procurar factoresdiferenciadores e segmentos da procura que lhepermitam crescer rapidamente com uma boarentabilidade. Temos neste momento produtosúnicos e por isso estamos a explora-los.

A entrada ao serviço do data center em Fortalezaserá um importante factor diferenciador, para aoferta da empresa. Ao potenciarmos o ecossistemadigital em torno do AngoNAP de Fortaleza irãosurgir novas oportunidades de negocio, tanto deuso do IP Transito comercializado pela empresacomo de conectividade internacional. Para alémdestes factores, a empresa procura já desenvolverserviços em nuvem, que estarão activos no iniciodo ano de 2019.

Sendo o Brasil um pais de grandes dimensões, adiversificação dos pontos de presença da AngolaCables tende a aumentar de forma a podermosencontrar os clientes que estão em crescimento eprocurado os produtos que oferecemos. Estasituação coloca-nos desafios difíceis, pois nãotemos rede terrestre nos diferentes estados doBrasil. Para tal a empresa continuará a procurarsoluções criativas de forma a desenvolver a suarede optimizando ao máximo os seusinvestimentos na mesma, com soluções de partilhade infra-estruturas ou desenvolvimento deparcerias estratégicas de desenvolvimentoeficientes.

CRIAR PROCURA PARA O SACS

Enquanto o WACS é o “cavalo de batalha” donegócio na costa ocidental Africana e o Monet é oequivalente na rota Brasil-EUA, o SACS, pelo seupioneirismo, não encontrou uma procura jáexistente.

O SACS tem de ganhar clientes desviando tráfegode rotas estabelecidas há muitos anos e, para isso,a empresa tem de continuar a procurar segmentosde mercado para os quais a proposta de valor doSACS é superior aos custos de mudança.

O SACS precisa de “early adopters”, principalmentenos mercados Sul-Africano e Norte-Americano, quecriem o “mercado SACS”.

Há uma janela de oportunidade da entrada emserviço do cabo submarino que a empresa precisade explorar sistematicamente em 2019.

Exploração dos factores

diferenciadores SACS e data

center de Fortaleza. Crescimento

em todos os mercados.


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RISCOSNo final de 2018, a Angola Cables enfrentava trêsriscos principais que, a materializarem-se, poderão terum impacto significativo nos resultados de 2019:

• Risco macroeconómico, relacionado com asincertezas quanto às perspectivas de evolução daseconomias Angolana e Brasileira, nomeadamenteao crescimento do Produto Interno Bruto,evolução cambial, pagamentos em moedaestrangeira e controlo da inflação.

• Risco do mercado, relacionado com a capacidadede crescimento nos mercados do Brasil, da Áfricado Sul, e da Nigéria.

• Risco de incumprimento do serviço da dívida,devido ao desequilíbrio da estrutura de capital e aopico de esforço do serviço da dívida em 2019.


Relatório& Contas

A Angola Cables


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ESTRUTURA ACCIONISTA

A estrutura acionista da Angola Cables é constituídapelos cinco principais operadores nacionais detelecomunicações. A empresa é maioritariamentedetida pela empresa pública Angola Telecom (51%). Osrestantes Accionistas são a operadora móvel Unitel(31%), o operador fixo MSTelcom (9%), a operadoramóvel Movicel (6%) e o operador fixo Startel (3%).

ASSEMBLEIA GERAL

A Assembleia Geral da Angola Cables representa osAccionistas e delibera sobre as matérias previstas nosEstatutos da Sociedade e sobre todos os assuntos quenão são da responsabilidade de outros órgãos sociais. AMesa da Assembleia Geral conduz os trabalhos daassembleia e é composta pelo Presidente, por um Vice-Presidente e por um Secretário.


CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal fiscaliza a responsabilidade fiduciáriados órgãos de administração e é constituído por doismembros efectivos e dois membros suplentes.

COMISSÃO DE REMUNERAÇÃO

A Comissão de Remuneração é um órgão consultivo da Assembleia Geral, é composta por três elementos e foi nomeada pela primeira vez em 30 de Outubro de 2018.

Composição do Conselho Fiscalaté 30 de Outubro de 2018

João Salvador Presidente

Diamantino Carvalho Vogal Suplente

Yolanda Guerreiro Vogal Suplente

Composição da Mesa da Assembleia Gerala partir de 31 de Outubro de 2018

Diogo da Silva Manuel Presidente

Osvaldo MancocaVice-Presidente

Tidiane dos Santos Secretária

Composição do Conselho Fiscala partir de 31 de Outubro de 2018

Fernando Sebastião Presidente

Rosângela Ferreira da Silva Vogal

Conselho de Administração

Assembleia Geral

Conselho Fiscal

Comissão Executiva

Órgãos Sociais

Comissão de Remuneração

Composição da Mesa da Assembleia Geralaté 30 de Outubro de 2018

Manuel AntónioPresidente

Gianvittorio MaselliVice-Presidente

Tidiane dos Santos Secretária

Composição da Comissão de Remuneraçãoa partir de 31 de Outubro de 2018

João Dias Presidente

Fernando Sebastião Vogal

Hebell Gomes Afonso Vogal


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COMISSÃO EXECUTIVA

A Comissão Executiva tem a responsabilidade dagestão corrente da empresa, nos termos dascompetências delegadas pelo Conselho deAdministração, informando regularmente esteútlimo da evolução do negócio e do desempenhoda actividade da empresa. A Comissão Executivatem também a iniciativa de apresentação depropostas ao Conselho de Administração que criemvalor para a empresa.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é constituído porrepresentantes dos Accionistas da empresa e temcomo funções a representação, definição daestratégia e gestão da empresa no quadro dascompetências que lhe são delegadas pelaAssembleia Geral.

Em 30 de Outubro de 2018, a Assembleia Geralnomeou os novos órgãos sociais para o triénio2018-2021. Comissão Executiva da Angola Cables

Composição do Conselho de Administração

até 30 de Outubro de 2018

Naiole Santos Guedes Presidente

António Nabais Nunes Vice-Presidente

Pedro José Manuel Vogal

João Melão Dias Vogal

Roger Alexandre Ferreira Vogal

Paulo Santos Abreu Vogal

Laura Ferreira Carneiro Vogal

António Nunes

Presidente da Comissão Executiva

Administrador responsável pelos pelourosda Direcção Comercial e de Marketing, doGabinete de Talentos Humanos e doGabinete de Planeamento e Reporting edo Gabinete Jurídico (desde 31 deOutubro de 2018). Licenciou-se em EngªElectrotécnica pela Universidade Técnicade Dresden, na Alemanha, formação quecompletou em 1992.

Laura Carneiro

Administradora

Administradora responsável pelospelouros da Direcção Administrativa eFinanceira. Licenciou-se em GestãoFinanceira, pela Universidade Católica deAngola, formação que completou em2007.

Pedro Manuel

Administrador

até 30 de Outubro de 2018

Administrador responsável pelos pelourosda Direcção Técnica e do GabineteJurídico. Licenciou-se em Direito, pelaFaculdade de Direito da UniversidadeAgostinho Neto, tendo-se especializadoem Ciências Jurídico-Económicas,formação que completou em 2007.


Composição do Conselho de Administração

a partir de 31 de Outubro de 2018

Eduardo Domingos Sebastião Presidente

N´silu Ferreira Vice-Presidente

Solange Nunes Vogal

Adalberto Fernando Nhinguica Vogal

António Nabais Nunes CE

Laura Ferreira Carneiro CE

Ângelo Pereira da Gama CE

Ângelo Gama

Administrador

a partir de 31 Outubro 2018

Administrador responsável pelos pelourosda Direcção Técnica. Licenciou-se em….


OFERTA DE SERVIÇOSO negócio principal da Angola Cables (carrier)consiste na venda de capacidade de transmissãointernacional a operadores de telecomunicaçõespara encaminhar o tráfego de voz e dados geradoou terminado nas suas redes.

A Angola Cables comercializa circuitosmaioritariamente com base na capacidade quedetém em três cabos submarinos complementarese interligados:

▪ o WACS (West Africa Cable System), entre aÁfrica do Sul e o Reino Unido, com ligação avários pontos da Costa Oeste de África;

▪ o Monet, entre o Brasil (Santos e Fortaleza) e osEstados Unidos da América (Miami); e

▪ o SACS (South Atlantic Cable System), entreAngola (Sangano) e Brasil (Fortaleza).

O serviço de capacidade de transmissãointernacional inclui, frequentemente, circuitos deacesso às instalações do cliente, alugados aoperadores locais. Assim, maioritariamente commeios próprios mas podendo integrar meios deoutros operadores, a empresa oferece aos seusclientes um serviço completo com elevado padrãode qualidade.

O serviço de Trânsito IP fornece o acessointernacional à Internet aos ISPs e outrosoperadores de telecomunicações. Mas a empresaoferece outros serviços de conectividade baseadaem tecnologia IP da sua rede internacional de PoPs:

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▪ VLANs/VPNs IP/MPLS, serviço que permite oestabelecimento de circuitos dedicados IPponto-a-ponto ou ponto-multiponto;

▪ ACloud Connect, serviço de acesso aplataformas de cloud services da Microsoft e daAmazon; e

▪ Remote peering, serviço de ligação remota aoAngoNIX e a grandes IXPs europeus, brasileirose americanos.

O AngoNIX (Internet Exchange Point Angolano) é oprincipal ponto de interligação das redes dos ISPsnacionais para troca de tráfego de Internetdoméstico. A empresa promove internacionalmenteo AngoNIX para que venha a assumir um papelrelevante de interligação de ISPs regionais (SADC),aumentando a atractibilidade da distribuiçãoregional de conteúdos digitais a partir de Angola.

A oferta de serviços de data center consiste emserviços de alojamento de equipamentos de TIC(Colocation), de serviços de interligação (Cross-Connect) e de serviços de operação e manutençãodos equipamentos dos clientes.

Esta oferta tem como alvo principal operadores detelecomunicações, produtores/distribuidores deconteúdos digitais nacionais e estrangeiros,distribuidores de aplicações na “nuvem” (cloudcomputing) e empresas com modelo de negóciodigital.

Os serviços de Trânsito IP permitem aosoperadores e ISPs nacionais a troca de tráfegoInternet doméstico e a ligação a ISPs Tier-I/II,melhorando a qualidade e tornando maiseficiente o acesso a conteúdos internacionais.

TRÂNSITO IP

Os Circuitos permitem estabelecercomunicações de grande volume deinformação entre dois pontos, à velocidadeda luz, sobre o sistema de fibra ópticaWACS (cabo submarino).

CIRCUITOS

SERVIÇOS

Os serviços de Data Center consistem noalojamento de equipamento TIC e deconteúdos digitais (Colocation), nainterligação de clientes (Cross-connect) e naprestação de serviços de operação emanutenção associados.

DATA CENTER

Negócio


Estratégia

CRESCIMENTOO negócio da Angola Cables é um negócio deeconomias de escala, em que o volume de capacidadevendida é um factor fundamental de competitividadee de rentabilidade.

Os novos cabos submarinos Monet e SACS, bem comoo aumento da capacidade instalada do WACS, vieram,em 2018, criar um potencial de salto de escala que aempresa procura materializar nos próximos anos.

Enquanto o WACS e o Monet servem rotas comprocura consolidada ao longo de vários anos, o SACS éum cabo pioneiro que precisa de atrair procura atéaqui servida por rotas menos eficientes ou criar umanova procura. A Angola Cables tem de desenvolver onovo “mercado SACS”, isto é, o mercado decomunicações intercontinentais no Atlântico Sul, paraexplorar as vantagens de ser primeira.

A empresa abriu, em 2018, 15 novas rotas baseadasna combinação virtuosa WACS-SACS-Monet, comdestaque para as rotas Johannesburg - Miami eJohannesburg - São Paulo, com latências inigualáveis.A Angola Cables é o único carrier capaz de fornecercapacidades da ordem do Tbps entre os EstadosUnidos da América e a África do Sul, com a menorlatência.

A rota São Paulo - Lisboa (com extensão a outrascidades europeias) tem igualmente um bom potencial,devido à obsolescência dos cabos submarinos actuaisentre o Brasil e a Europa.

A presença nos dois lados do Atlântico Sul criatambém grandes sinergias para o negócio IP Trânsito.Tais sinergias traduziram-se já na melhoria significativada posição da Angola Cables em vários rankingsinternacionais e do poder negocial para interligaçãocom operadores de redes maiores (Tier-1). Outroefeito importante é o desenvolvimento de umacarteira de conteúdos digitais cuja exportação edistribuição constitui um factor diferenciador e umafonte de criação de valor.

2018 foi um ano em que a empresa reforçousubstancialmente a sua carteira de activos físicos, masfoi igualmente um ano de grande acumulação deconhecimento dos mercados em que opera. Esteactivo (know-how), intangível e moroso dedesenvolver, será o grande investimento dos próximosanos e o principal motor de crescimento.

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A estratégia de crescimento sustentável da AngolaCables assenta em 4 pilares principais.

Primeiro, a diversificação das fontes de receitas.Diversificação da oferta, capitalizando sinergias dosactivos tecnológicos e intangíveis para integrar aolongo da cadeia de valor da indústria (transmissãoóptica por cabo submarino, IP, IXP, Data Center).Alargamento da base de clientes, aumentandosubstancialmente o peso relativo dos clientesinternacionais. Diversificação geográfica, para reduzirriscos de mercado e servir clientes globais.

Segundo, a expansão em África. O continente Africanotem grandes assimetrias entre mercados nacionaisque podem proporcionar rendas generosas, quandoultrapassadas as barreiras à entrada. A Angola Cablescontinuará a promover a conectividade África-Américas e a fazer uma avaliação prudente de novasoportunidades de desenvolvimento do Hub Africanode telecomunicações em Angola.

Terceiro, consolidação da relação de confiança com osClientes, minimizadora de custos de aquisição e detransacção e geradora de novas oportunidades denegócio.

Finalmente, a inovação. A empresa tem sidoinovadora em todos os mercados em que actua(cadeia de fornecimento, oferta, qualidade de serviço,relacionamento comercial). A capacidade de antecipara mudança, de se adaptar, inovar e de se transformar,num ambiente em contínua mutação, serão atributosessenciais para que a Angola Cables continue acrescer.

Diversificação das fontes de

receitas. Expansão em África.

Consolidação da relação de

confiança com Clientes. Qualidade

de serviço. Inovação da oferta

comercial.

Relatório& Contas

Análise da actividade


Factos relevantes

MONETO MONET é um sistema de cabo submarino de fibraóptica entre os Estados Unidos da América e o Brasil,construído pela Angola Cables em conjunto com aGoogle (EUA), Algar Telecom (Brasil) e a Antel(Uruguai).

O cabo submarino tem uma extensão de 10 556 km etermina nas estações de Boca Raton (EUA), Fortalezae Santos (Brasil). Tem 6 pares de fibra óptica ecapacidade de transmissão com tecnologia instaladade 64 Tbps.

A Angola Cables é proprietária de dois pares de fibra,com capacidade de 24 Tbps.

A construção foi iniciada em 8 de Outubro de 2014 e aentrada em serviço do sistema foi dividida em duasfases:

- A primeira fase, constituída pelo tronco São Paulo– Santos - Boca Raton, foi concluída em Dezembrode 2017.

- A segunda fase, de ligação do cabo a Fortaleza,concluiu-se em Fevereiro de 2018.

A operação comercial do sistema iniciou-se emFevereiro de 2018, após a atribuição de todas aslicenças.

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MONET FORTALEZA CLS

A Angola Cables é responsável pela construção,operação e manutenção da estação de amarraçãodo Monet em Fortaleza.

No início de 2018 foi instalado o equipamentoterminal do cabo submarino em Fortaleza e foiconcluído o segmento terrestre, entre a caixa deamarração do segmento submerso e a estação.

A construção da estação ficou concluída no segundotrimestre de 2018.

A Monet Fortaleza CLS está certificada Tier-III peloUptime Institute.


SACS CLS SANGANO

A estação de Sangano, onde amarra também o WACS,foi beneficiada, em 2017, com algumas melhorias paraacolher o SACS, nomeadamente o reforço dascondutas desde a praia até a estação e o aumento dacapacidade de geração de energia e de climatizaçãopara suportar o novo equipamento.

SACS CLS FORTALEZA

A estação SACS está integrada no AngoNAP Fortaleza.

Foi dada prioridade às infra-estruturas e à construçãodas áreas técnicas directamente relacionadas com ainstalação e operação do equipamento SACS, de modoa estarem disponíveis no primeiro trimestre de 2018.

O AngoNAP Fortaleza foi concluído no 1º trimestre de2019.

Factos relevantes

SACSSouth Atlantic Cable System (SACS) é a designação docabo submarino com 6.165 km, propriedade exclusivada Angola Cables, que liga Angola (Sangano) e Brasil(Fortaleza) com quatro pares de fibra óptica e umacapacidade de 40 Tbps.

É o primeiro cabo submarino intercontinental noAtlântico Sul, abrindo rotas pioneiras para ascomunicações África-Américas.

Em Fortaleza, o SACS interliga-se com o Monet, parachegar à América do Norte.

O projecto iniciou-se em Abril de 2016 e terminou emSetembro de 2018. A instalação marítima do cabo foiiniciada em Agosto de 2017, com a amarração na praiade Sangano, e ficou concluída em Fevereiro de 2018com a amarração na Praia do Futuro, em Fortaleza.

Os testes de aceitação do sistema decorreram entreMarço e Agosto de 2018 e a entrada em serviçoocorreu em Setembro de 2018.

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Factos relevantes

WACSO West African Cable System (WACS) é um cabosubmarino de 14.500 km entre a África do Sul(Yzerfontein) e o Reino Unido (Londres), ligando 14países ao longo da costa ocidental Africana.

A Angola Cables é um dos quatro maiores investidoresdo WACS e detém actualmente 11,2% dos direitoseconómicos do sistema.

O sistema WACS entrou em serviço em Maio de 2012e beneficiou, desde então, de dois aumentos dacapacidade instalada para um total atual de 14,5 Tbps.

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O primeiro aumento de capacidade foi concluído emNovembro de 2015.

O contrato do segundo aumento de capacidade foiassinado em 28 de Fevereiro de 2018 com a HuaweiMarine Networks (HMN) e concluído em menos de 9meses, um tempo recorde para um sistema com adimensão e a complexidade do WACS.

O segundo aumento de capacidade entrou em serviçoem 16 de Outubro de 2018.

A Angola Cables tem actualmente 20 vezes mais decapacidade do que tinha inicialmente.

A reunião inicial do projecto do segundo aumento decapacidade foi realizada entre 12 e 16 de Março de2018 em Talatona, Luanda, a convite da AngolaCables.


Comercial

O Brasil foi o maior desafio comercial em 2018. Aatribuição da licença de operação do Monet, no iníciodo ano, e a conclusão dos PoPs de São Paulo e deFortaleza e da infra-estrutura IP associada, no final dosegundo trimestre, permitiram a assinatura dosprimeiros contratos de serviços IP no início doterceiro trimestre. No final do ano, dois terços dacapacidade vendida era de Trânsito IP. Aaprendizagem, pela prática, das especificidades dociclo de relacionamento com o cliente no Brasil, bemdiferente da experiência Africana, e da reacçãoconcorrencial à entrada da Angola Cables tempermitido à empresa adaptar-se e conquistar quotade mercado.

Na África do Sul, a empresa consolidou a sua posiçãode grande fornecedor de capacidade internacional eganhou quota no mercado IP. A presença local foireforçada, foram ultrapassadas as dificuldades com ainfra-estrutura de interligação dos PoPs e a marcaganhou notoriedade positiva. A entrada em serviçodo SACS, em Setembro, despertou a atenção para asrotas pioneiras do Atlântico Sul para os EUA e para oBrasil.

A dedicação aos mercados do Brasil e da África do Suldiminuiu a atenção ao mercado da Nigéria. A empresamelhorou o PoP em Lagos e ganhou clientes e quotade mercado, embora menos do que seria de esperarse tivesse uma presença local permanente, àsemelhança da África do Sul.

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O volume de negócio no mercado domésticocontinuou a crescer, assim como nos restantesmercados Africanos, globalmente.

Face ao ano de 2017, em 2018 onúmero de clientes da AngolaCables fora do mercadodoméstico cresceu 184%.

CONSOLIDAÇÃO DO MERCADO DOMÉSTICO

E DESENVOLVIMENTO DOS NOVOS MERCADOS


A base de clientes cresceu 56% em 2018 eaumentou a sua diversificação geográfica.

O mercado nacional continuou a ser aquele commaior volume de vendas, mas são de salientar asprimeiras vendas no mercado brasileiro e ocrescimento do mercado africano.

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Comercial

VENDASA capacidade de IP Trânsito vendida aumentou269% em 2018. Apesar de este serviço só terficado disponível no Brasil em Agosto de 2018, nofinal do ano a capacidade vendida era já superiorà capacidade total em África.

A capacidade de transmissão internacional(Circuitos) aumentou 774%, graças a um fortecrescimento da capacidade vendida no sistemaWACS (mais do que duplicou) mas também àentrada em serviço do Monet e do SACS e à vendados primeiros contratos de longo prazo (IRUs) nosdois novos cabos submarinos.

As vendas de Circuitos continuaram a ser oprincipal negócio da empresa, embora o negócioIP tenha sido aquele que mais cresceu (em África,cresceu mais 16 pontos percentuais do que onegócio de Circuitos).

Distribuição do valor das vendas de 2018 por serviço

Evolução Circuito da capacidade vendida transmissão

(Circuitos) 2017 - 2018 (Gbps)

Distribuição do valor das vendas de 2018 por mercado

71%

28%

1%

Circuitos Trânsito IP Data Center

77%

8%

11%4%

Angola

Resto de África

Brasil

Resto do Mundo

35 29

19

55

2017 2018

Mercado Nacional Mercado Internacional

Clientes Nacionais e Internacionais 2017 - 2018

2646

50

2017 2018AC ACB

Evolução da capacidade vendida de IP Trânsito 2017 -

2018 (Gbps)

94 197

105

520

2017 2018WACS SACS Monet


Visibilidade internacional

Em 2018, a Angola Cables deu continuidade aos

seus projectos, a fim de cumprir com as datas a que

se tinha proposto concretizá-los. Foi um ano de

grandes emoções, com a chegada do cabo SACS à

Praia do Futuro – Fortaleza. 2018 foi igualmente o

ano em que o projecto foi totalmente concluído

com a assinatura do contrato “ready for service”

do SACS que assim iniciou sua operação comercial.

Neste evento contamos com a presença dos nossos

Accionistas e representantes do governo Angolano,

bem como do nosso principal parceiro na

implementação, a japonesa NEC a par da equipa

Angola Cables envolvida neste projecto.

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A companhia participou em diversos eventos aolongo do ano, marcou presença nas maioresconferências internacionais de telecomunicaçõesem debates e palestras o que originou mais de2400 notícias.

Firmamos parcerias com algumas das maioresempresas do sector nomeadamente Fiber lightLLX, IOX , Silica Networks, LINX, BroadbandInfraco, Etice bem como novos acordos depeering na Africa do Sul, São Paulo e Fortaleza.Com a Equinix em Miami, NIIX e De-Cix em NovaIorque. Fechamos igualmente com a RedeNacional de Ensino e Pesquisa (RNP) do Brasiluma parceria para a construção de um ponto detroca de tráfego (PTT) da América Latina afuncionar no AngoNAP Fortaleza entre outrosacordos com de investimento para a conexão deinstituições de pesquisa e educação,nomeadamente com a WACREN.

2018 foi ainda marcado pela entrada da Angola

Cables como membro da reputada organização

World Economic Forum, a primeira empresa

Angolana a representar o país neste fórum restrito.

E fizemos a nossa primeira apresentação na sessão

de First Friday Club, que acontece todas as

primeiras sexta feiras do mês, estreitando a nossa

relação institucional com a Câmara do Comércio

EUA-Angola (USACC).


COLABORADORES DA ANGOLA CABLESA empresa terminou o ano de 2018 com um total de 97colaboradores, mais 3 colaboradores do que oregistado no fim do ano de 2017.

DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA FUNCIONAL

Em 2018, a Angola Cables apresenta uma estruturaorganizacional dividida em três Direcções (Técnica,Comercial e Marketing, Administrativa e Financeira),quatro Gabinetes (Talentos Humanos, Jurídico,Desenvolvimento do Negócio, Gestão de Projectos) eum Secretariado Executivo.

A Direcção Técnica, composta por 5 unidades(Engenharia, Operações, Service Delivery, infra-estruturas, Sistemas de Informação) continua a ser aárea funcional com maior número de colaboradores,representando 43% do total da empresa.

Talentos humanos

21

Evolução do número de colaboradores da Angola Cables

8094 94 97

2015 2016 2017 2018

18% 0%3%

3

43

20

13

52

623

43

1917

42

7

2

Secre

tari

ad

o E

xec

uti

vo

Dir

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Dir

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óc

io

Gab

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estã

o d

eP

roje

cto

s

2017 2018

Distribuição do número de colaboradores da Angola Cables

por Área Funcional

PERFILA Angola Cables é uma organização jovem e qualificada,apta a desempenhar com sucesso a missão que lhe estáatribuída.

IDADE

A faixa etária com maior preponderância de colaboradoresé entre os 25 e os 35 anos, seguida da faixa 40-50 anos. Aidade média dos colaboradores ronda os 34 anos de idade,o que mostra um grande potencial de desenvolvimento.

GÉNERO

A Angola Cables apresenta um universo de colaboradorescomposto maioritariamente pelo género masculino (63%),o que reflecte a natureza técnica da maior parte dasfunções. Nas funções administrativas, o equilíbrio degéneros é mais notório.

• NACIONALIDADE

A Angola Cables aposta fundamentalmente em quadrosnacionais de elevadas qualificações. Mesmo sendo umaempresa de alta tecnologia com necessidade deexperiência internacional, a empresa tem apenas 8 quadrosestrangeiros na sua estrutura no final de 2018.

Distribuição dos colaboradores da Angola Cables por faixa

etária, 2018

1

3136

137 5 2 21

25

37

188

3 1 4

< 25 25-30 30-35 35-40 40-45 45-50 50-55 >55

2017 2018

Distribuição dos colaboradores da Angola Cables por

género, 2018

3562

Feminino

Masculino

91

6

Nacional

Estrangeiro

Distribuição dos colaboradores da Angola

Cables por nacionalidade, 2018



A Angola Cables desenvolve a sua actividade mantendo

uma estreita ligação com as comunidades onde está

inserida, respeitando e protegendo o ecossistema.

Assumimos uma preocupação constante com a

responsabilidade social, dando visibilidade e apoio aos

projectos de sustentabilidade, assentes nomeadamente

em 3 pilares, Ambiental, Social e Económico.

Trabalhamos para atingir a excelência no que tange à

qualidade e eficiência dos nossos serviços, facilitando o

acesso à comunicação e especialmente à internet, e assim

obter a satisfação dos nossos clientes e Accionistas.

A empresa está cada vez mais próxima das comunidades

onde está inserida através de acções e projectos

realizados com a participação dos colaboradores da

empresa, a fim de consciencializar a todos, a contribuir

para o desenvolvimento sustentável e deixar o legado às

gerações futuras de um mundo melhor, e também

adoptando projectos que visam o desenvolvimento

educacional e cultural.

22



SOLIDARIEDADE

Na comunidade de Sangano, que acolhe a nossa estação de cabos

submarinos, continuamos a desenvolver acções de solidariedade para

com a população local, especialmente na entrega de condições de

suporte básico de vida e educação às crianças, com o envolvimento dos

colaboradores da empresa.

Em 2018 abastecemos os tanques de água da comunidade e da escola

primária, implementámos o projecto o “Regresso às aulas” (oferta de

material didático) e organizámos uma Festa no dia de África para as

crianças da escola de Sangano, onde as mesmas participaram em desfiles

com trajes africanos e os manequins foram maquilhados, fizemos

também a Festa de Natal com as crianças da comunidade onde

oferecemos cestas básicas às famílias e todos foram beneficiados com

direito a um lanchinho para todas as crianças . Fizemos um intercâmbio

com os Universitários que apoiam o projecto Kitabanga onde enviámos

dois alunos para o Projecto Tamar (um dos maiores projectos do mundo

de protecção as Tartarugas e outras espécies marinhas na praia do forte

na Bahia/Brasil). Ainda no quadro da sua Responsabilidade Social, a

Angola Cables continuou a apoiar o Clube Náutico de Luanda (CNIL) em

actividades diárias de aprendizagem para alunos de Vela e Canoagem

onde realizámos o Torneio Angola Cables , e patrocinámos a logística de

deslocação de dois atletas de alta competição ao campeonato mundial de

vela que decorreu na Alemanha. Realizámos ainda uma Campanha de

Plantação de árvores na comunidade de Sangano onde participaram

todos os alunos da escola local.

No Brasil patrocinámos a colónia de férias e o torneio de Surf com o IPOM

(Instituto do Povo do Mar) em Fortaleza.

O apoio à vela e outras actividades náuticas reflectem a forte ligação que

o nosso negócio tem ao mar.

23



CONSERVAÇÃO DA

BIODIVERSIDADE

A política de sustentabilidade adoptada pela Empresainclui a aplicação de soluções amigas do ambiente naconstrução das suas infra-estruturas, como porexemplo eficiência do consumo de energia e água,utilização de materiais não poluentes ou escolha dasrotas dos cabos (marítimas e terrestres) com o menorimpacto ambiental.

As actividades e o desenvolvimento económico daregião costeira são uma das principais ameaças para astartarugas marinhas, uma vez que alteram as áreas denidificação e impedem a reprodução desta espécieanimal. Enfrentando actualmente a espécie um riscoelevado de extinção, a Angola Cables patrocina oprojecto Kitabanga, promovido pela Faculdade deCiências da Universidade Agostinho Neto, dedicado aoconhecimento e protecção de tartarugas marinhas aolongo da costa de Angola.

Complementarmente, a Angola Cables tem feito umtrabalho de sensibilização junto das comunidadeslocais, nomeadamente os pescadores da região deSangano, realçando a importância para a própriacomunidade da preservação das espécies autóctones.

MONET E SACS E A PRESERVAÇÃO

DE ESPÉCIES PROTEGIDAS

Os projectos Monet e SACS estão sujeitos a exigentesnormas internacionais de protecção do ambiente e àconcessão de licenças de instalação pelas autoridadescompetentes em Angola, no Brasil e nos EUA.

Por exemplo, em Boca Raton (EUA) o cabo Monetutiliza uma conduta de acesso à praia já existente, paraevitar o impacto na barreira de coral.

Por seu turno, a rota do cabo SACS foi estudada paraevitar qualquer impacto no habitat e no percurso dedesova das tartarugas de Couro e das tartarugas Olivasna praia de Sangano.

24

25

Análise financeira


Resultados financeiros

Os Proveitos Operacionais totalizaram 11 951,73milhões de Akz no exercício de 2018, o sexto anode actividade comercial da Angola Cables.

O crescimento dos Proveitos foi de 63% face ao anoanterior.

Os Custos Operacionais, excluindo amortizações,registaram um aumento de 55% face ao ano de2017, maioritariamente devido ao início daoperação dos cabos Monet e SACS e à expansão darede de PoPs.

Com o crescimento dos Proveitos superior ao dosCustos Operacionais, o EBITDA aumentou 81% para3 767,92 milhões de Akz.

26

O Resultado Operacional foi de 2 366,76 milhões deAkz, 62% superior ao do ano anterior.

A Margem EBITDA foi de 32%, superior em 4pontos percentuais à registada no ano anterior. Amelhoria da Margem EBITDA, num ano em que oscustos fixos cresceram substancialmente e asreceita do Monet e do SACS foram aindaincipientes, reflecte ganhos de eficiência.

Milhões de Kwanzas 2018 ∆ 2017 ∆ 2016

Proveitos Operacionais 11 951,73 63% 7 353,73 32% 5 567,92

Custos Operacionais antes de amortizações (8 183,81) 55% (5 274,42) -16% (4 535,54)

Resultado antes de amortizações (EBITDA) 3 767,92 81% 2 079,31 112% 980,88

Amortizações (1 401,15) 125% (622,26) -12% (553,13)

Resultado Operacional 2 366,76 62% 1 457,05 241% 427,38

Margem EBITDA 32% 4 pp. 28% 10 pp. 18%

ANÁLISE ECONÓMICA



Em 2018, a empresa teve um Resultado Líquidonegativo, de -4 633,75 milhões de Akz, comoconsequência do aumento substancial deamortizações e do impacto da dívida relativos aoinvestimento nos cabos submarinos Monet e SACS.

O Resultado Financeiro agravou-se em -6 361,58milhões de Akz, devido ao início do serviço da dívida eà actualização cambial de passivos e activosdenominados em moeda estrangeira.

27

O Resultado Não Operacional agravou-se em -412,83milhões de Akz, pelo aumento de provisões relativasa retenções na fonte de imposto industrial sobreaquisição de serviços ao estrangeiro, inerentesprincipalmente à construção dos novos cabossubmarinos.

Milhões de Kwanzas 2018 ∆ 2017 ∆ 2016

Proveitos Operacionais 11 951,73 63% 7 353,73 32% 5 567,92

Custos Operacionais antes de amortizações (8 183,81) 55% (5 274,42) 16% (4 535,54)

Amortizações (1 401,15) 125% (622,26) 12% (553,13)

Resultado Operacional 2 366,76 62% 1 457,05 241% 427,38

Resultado Financeiro (6 517,12) 4090% (155,54) 70% (91,37)

Resultado Não Operacional (483,39) 585% (70,56) -67% (214,18)

Resultado Líquido do Exercício (4 633,75) -725% 741,01 508% 121,83

RESUMO



Os Proveitos realizados no mercado nacionalcresceram 59%, com um forte crescimento de todosos serviços mas, sobretudo, do serviço de TrânsitoIP.

Os Proveitos realizados no mercado internacionalregistaram um aumento de 51% relativamente aoano anterior, fruto do foco comercial em mercadosexternos. Os proveitos internacionais, incluindo osserviços de LSP, corresponderam em 2018 a 16% dototal de Proveitos.

28

A venda de capacidade de transmissão internacional(circuitos) no sistema WACS continuou a ser aprincipal fonte de receitas, correspondendo a 57%dos proveitos totais. No entanto, o serviço deTrânsito IP foi aquele que mais cresceu em 2018(73%), tendo atingido um peso de 28% no total deproveitos. Os serviços Data Center, nomeadamenteColocation, cresceram 26 % mas mantiveram umaexpressão reduzida nas receitas devido às limitaçõesde espaço disponível no AngoNAP.

Evolução dos Proveitos entre 2016 e 2018 Distribuição dos proveitos de 2018

Milhões de Kwanzas 2018 ∆ 2017

Prestação de Serviços

Proveitos do mercado nacional 9 980,86 59% 6 257,98

Proveitos do mercado internacional 1 309,56 51% 868,93

Landing Service Provider (Sangano) 661,32 192% 226,81

Proveitos Operacionais 11 951,73 63% 7 353,73

5 568

7 354

11 952

2016 2017 2018

29%

32% 64%

28%

2%6%

Circuitos Internet Data Center LS Provider

PROVEITOS OPERACIONAIS


29

Os Custos Operacionais em 2018 cresceram 63%relativamente ao ano anterior, tendo atingido omontante de 9 584,97 milhões de Akz.

As amortizações aumentaram 125% face ao anoanterior, devido maioritariamente ao início daamortização do cabo submarino Monet e do segundoaumento de capacidade do cabo submarino WACS.


Custos com o pessoal (2 333,00) 39% (1 673,31)

Amortizações (1 401,15) 125% (622,26)

Outros custos e perdas operacionais (5 850,82) 62% (3 601,11)

Custos Operacionais (9 584,97) 63% (5 896,68)

CUSTOS OPERACIONAIS E AMORTIZAÇÕES


Os Outros custos e perdas operacionais cresceram 62%,em conjunto. Os Fornecimentos e serviços de terceiros,que representam 42% dos custos operacionais antes deamortizações, cresceram 52%, consequência sobretudodo início da manutenção dos cabos submarinos Monete SACS. Os Subcontratos, correspondentes a infra-estruturas de telecomunicações alugadas a outrosoperadores nacionais e estrangeiros, cresceram 79%,devido maioritariamente ao reforço da capacidadeinstalada e ao aumento de circuitos revendidos aclientes (last mile).


Subcontratos 2 171,53 79% 1 215,70

Fornecimentos e serviços de terceiros

3 465,44 52% 2 287,35

Impostos 213,85 118% 98,07Outros Custos e Perdas Operacionais

5 850,82 62% 3 601,11


30


O Resultado Operacional em 2018 foi de 2 367 milhõesde Akz, 62% superior ao do ano anterior. Estecrescimento é significativo tendo em conta o forteaumento das amortizações no exercício.

Evolução do Resultado Operacional entre 2015 e 2018

830

427

1 457

2 367

2015 2016 2017 2018

RESULTADO OPERACIONAL

O Resultado Líquido de 2018 foi negativo, em -4 634milhões de Akz. O bom desempenho económico,reflectido no aumento do Resultado Operacional, foiinsuficiente face ao impacto da desvalorização damoeda nacional na reavaliação do Passivo denominadoem moeda estrangeira (principalmente os empréstimosbancários para financiamento dos cabos submarinosMonet e SACS).

551122

741

-4 634

2015 2016 2017 2018

-78%508%

-725%

RESULTADO

LÍQUIDO


31

Em 31 de Dezembro de 2018, a estrutura de capital da Angola Cables era formada por 8% de Capital Próprio e 92%de Capital Alheio. Relativamente ao ano de 2017, o peso do Passivo na estrutura de capital aumentou 16 pontospercentuais, como reflexo do modelo de financiamento dos novos cabos submarinos, maioritariamente porfinanciamento bancário denominado em moeda estrangeira.



CAPITAL PRÓPRIO 8 104,43 -35% 12 490,98

PASSIVO 90 173,78 126% 39 962,95TOTAL 98 278,21 87% 52 453,92

Evolução da Estrutura de Capital entre 2015 e 2018

11 624,00 11 750,00 12 491,00 8 104,00 5 545,00

19 161,0039 963,00

90 174,00

17 169,00

30 911,00

52 454,00

98 278,00

2015 2016 2017 2018

Capital Próprio Passivo Total

ESTRUTURA DE CAPITAL



COMPOSIÇÃO DO PASSIVO

O Passivo da Angola Cables no final do exercício de 2018 era de 90 174 milhões de Akz, superior em 50 211 milhões de Akz ao registado no ano anterior.

O montante dos Empréstimos de médio e longo prazo aumentou com a utilização das linhas de crédito parapagamento dos projectos Monet e SACS.

As Provisões para outros riscos e encargos correspondem a encargos fiscais relativos a projectos de investimento,sobretudo os novos cabos submarinos, pendentes da concessão de isenção fiscal solicitada à Administração GeralTributária.

Das contas a pagar, 57% dizem respeito aos últimos pagamentos ao fornecedor do cabo submarino SACS.

Outros passivos correntes incluem juros dos empréstimos bancários para a construção dos cabos submarinosMonet e SACS, proveitos a repartir por exercícios futuros decorrentes da venda de IRUs, rendas a pagar ao INACOMsegundo o plano acordado em 2016, pagamentos a efetuar a fornecedores por serviços prestados mas nãofacturados em 2018 e uma provisão para remuneração variável a pagar ao Pessoal em função da avaliaçãoindividual de desempenho.

32

PASSIVO (Milhões de Kwanzas) 2018 ∆ 2017

Empréstimos de médio e longo prazo 65 014,72 98% 32 912,93

Provisões para outros riscos e encargos 2 464,34 44% 1 706,02

Contas a pagar 6 119,29 194% 2 082,16

Parte corrente dos empréstimos a médio e longo prazo 8 324,10 -

Outros passivos correntes 8 251,33 153% 3 261,83

TOTAL DO PASSIVO 90 173,78 126% 39 962,95

ESTRUTURA DE CAPITAL


33

O Activo da Angola Cables no final do exercício de 2018 era de 98 278 milhões de Akz, tendo-se verificado umaumento de 87% face a 2017. A sua composição era conforme a tabela que se segue:

As Imobilizações corpóreas aumentaram 75%, principalmente devido à conclusão dos projectos dos cabossubmarinos Monet e SACS.

O Investimento em subsidiárias e associadas reflecte a capitalização da subsidiária brasileira Angola Cables HoldingLtda, para financiamento dos projectos relativos à instalação e operacionalização, no Brasil, dos cabos submarinosMonet e SACS.


Evolução do Activo entre 2015 e 2018

ACTIVO 2018 ∆ 2017

Activos não correntes

Imobilizações corpóreas 70 920,08 75% 40 597,06

Imobilizações incorpóreas 643,16 2% 629,86

Investimentos em subsidiárias e associadas 14 654,54 267% 3 997,68

TOTAL DOS ACTIVOS NÃO CORRENTES 86 217,78 91% 45 224,61

Activos correntes

Contas a receber 4 987,59 37% 3 651,42

Disponibilidades 5 970,64 88% 3 175,48

Outros activos correntes 1 102,20 174% 402,42

TOTAL DOS ACTIVOS CORRENTES 12 060,43 67% 7 229,32

TOTAL DO ACTIVO 98 278,21 87% 52 453,92

11 93026 485

45 225

86 218

5 240

4 425

7 229

12 060

17 17030 911

52 454

98 278

2015 2016 2017 2018

Activos Não Correntes Activos Correntes Total

COMPOSIÇÃO DO ACTIVO

34

Demonstrações financeiras


DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017(MONTANTES EXPRESSOS EM KWANZAS)

Balanço

35

Exercício

Designação Notas 2018 2017

ACTIVO

Activos não correntes

Imobilizações corpóreas 4 70 920 078 577 40 597 064 165

Imobilizações incorpóreas 5 643 155 980 629 859 829

Investimentos em subsidiárias e associadas 6 14 654 541 590 3 997 682 780

TOTAL DOS ACTIVOS NÃO CORRENTES 86 217 776 147 45 224 606 774

Activos correntes

Contas a receber 9 4 987 593 703 3 651 422 788

Disponibilidades 10 5 970 639 575 3 175 475 962

Outros activos correntes 11 1 102 199 966 402 417 197

TOTAL DOS ACTIVOS CORRENTES 12 060 433 244 7 229 315 947

TOTAL DO ACTIVO 98 278 209 391 52 453 922 721

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital 12 13 392 606 741 13 145 406 741

Reservas 13 78 000 000 78 000 000

Resultados transitados 14 (732 430 104) (1 473 439 027)

Resultado do exercício (4 633 747 339) 741 008 923

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 8 104 429 298 12 490 976 637

Passivo não corrente

Empréstimos de médio e longo prazo 15 65 014 722 610 32 912 932 850

Provisões para outros riscos e encargos 18 2 464 342 239 1 706 018 021

TOTAL DOS PASSIVOS NÃO CORRENTES 67 479 064 849 34 618 950 871

Passivo corrente

Contas a pagar 19 6 119 289 481 2 082 162 058

Empréstimos de curto prazo 20 8 324 096 150 -

Outros passivos correntes 21 8 251 329 613 3 261 833 155

TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 22 694 715 244 5 343 995 213

TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 98 278 209 391 52 453 922 721


Demonstração dos resultados

36


Exercício


Prestações de Serviço 23 11 290 413 640 7 126 915 629

Outros proveitos e ganhos operacionais 24 661 315 974 226 814 703

11 951 729 614 7 353 730 332

Variações nos produtos acabados e produtos em vias de fabrico 25

Trabalhos para a própria empresa 26

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 27

Custos com o pessoal 28 (2 332 998 032) (1 673 308 825)

Amortizações 29 (1 401 151 359) (622 257 389)

Outros custos e perdas operacionais 30 (5 850 816 009) (3 601 111 331)

(9 584 965 400) (5 896 677 546)

RESULTADOS OPERACIONAIS 2 366 764 214 1 457 052 786

Resultados financeiros 31 (6 517 118 219) (155 542 154)

Resultados não operacionais 33 (483 393 334) (70 562 943)

RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS (4 633 747 339) 1 230 947 689

Imposto sobre o rendimento 35 - (489 938 766)

RESULTADOS LÍQUIDOS DAS ACTIVIDADES CORRENTES (4 633 747 339) 741 008 923

Resultados extraordinários 34

Imposto sobre o rendimento 35

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (4 633 747 339) 741 008 923


Demonstração dos fluxos de caixa

37


Exercício


Fluxo de caixa das actividades operacionais

Recebimentos (de caixa) de clientes 23 12 519 001 838 7 710 257 782

Pagamentos (de caixa) a fornecedores e empregados 30 (9 307 118 978) (4 807 458 932)

CAIXA GERADA PELAS OPERAÇÕES 3 211 882 860 2 902 798 850

Juros pagos

Impostos s/ os lucros pagos (1 345 581 215) (823 544 465)

Outros recebimentos/Pagamentos 353 600 524 (39 732 547)

CAIXA LÍQUIDA PROVENIENTE DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 2 219 902 169 2 039 521 838

Fluxo de caixa das actividades de investimento

Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas 4

Imobilizações incorpóreas

Investimentos financeiros

Subsídios ao investimento

Juros e proveitos similares

Dividendos ou lucros recebidos

Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas 4 (457 770 678) (16 140 835 120)

Imobilizações incorpóreas 5 (188 475 086) (82 300 563)

Investimentos financeiros 6 (6 238 524 808) (2 836 640 780)

CAIXA LÍQUIDA USADA NAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (6 884 770 572) (19 059 776 463)

Fluxo de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios 15

Vendas de acções ou quotas próprias

Cobertura de prejuízos

Empréstimos obtidos 5 768 500 000 19 490 986 035

Outras Operações de Financiamento 31

Juros e proveitos similares recebidos 117 565 782 7 316 138

Pagamentos respeitantes a:

Reduções de capital e prestações suplementares

Compras de acções ou quotas próprias

Dividendos ou lucros pagos

Empréstimos obtidos (774 633 904) -

Amortizações de contratos de locação financeira

Juros e custos similares pagos 31 (472 642 226) -

CAIXA LÍQUIDA USADA NAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO 4 638 789 652 19 498 302 173

Efeito das diferenças de câmbio 2 821 242 365 -

AUMENTO LÍQUIDO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 2 795 163 615 2 478 047 548

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 3 175 475 961 697 428 413

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 5 970 639 575 3 175 475 961


Notas às demonstrações financeiras

Introdução

1 ACTIVIDADE

2 POLÍTICAS CONTABILISTICAS ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

3 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Notas ao Balanço

4 IMOBILIZADO CORPÓREO

5 IMOBILIZADO INCORPÓREO

6 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS

9 CONTAS A RECEBER

10 DISPONIBILIDADES

11 OUTROS ACTIVOS CORRENTES

12 CAPITAL

13 RESERVAS

14 RESULTADOS TRANSITADOS

15 EMPRÉSTIMOS CORRENTES E NÃO CORRENTES

18 PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS

19 CONTAS A PAGAR

20 EMPRÉSTIMOS A CURTO-PRAZO

21 OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Notas à Demonstração de Resultados

23 PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

24 OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS

28 CUSTOS COM O PESSOAL

29 AMORTIZAÇÕES

30 OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS

31 RESULTADOS FINANCEIROS

33 RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

35 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Outras Notas relacionadas com a Posição Financeira e os Resultados das Operações

38 ACONTECIMENTOS OCORRIDOS APÓS A DATA DO BALANÇO

40 SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS

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DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017(MONTANTES EXPRESSOS EM KWANZAS)


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Introdução

1. ACTIVIDADE

1.1 BREVE DESCRIÇÃO DA EMPRESA

A Angola Cables, SA (doravante designada por “Angola Cables” ou “Empresa”), é uma sociedade anónima, que foiconstituída, por escritura pública datada a 4 de Junho de 2009 em Luanda, no Cartório Notarial do Guiché Único daEmpresa. A Empresa é detida, em 51% pela Angola Telecom, em 31% pela Unitel, em 9% pela MS Telecom, em 6%pela Movicel, e em 3% pela Mundo Startel, conforme divulgado na nota 12.

O objecto social da Empresa consiste na participação como membro no consórcio internacional para a construçãooperação e manutenção do projecto WACS, exploração comercial de telecomunicações através de cabo submarinoe de acesso aos países vizinhos, bem como o exercício de todas as actividades conexas anteriormente descritas.

A Empresa no 1º trimestre de 2018 concluiu a instalação do cabo MONET, tendo iniciado a sua actividade comercialem Maio de 2018. Adicionalmente a empresa encontra-se à data na fase final de investimento do cabo submarinoSouth Atlantic Cable System (“SACS”) sendo que a conclusão está prevista para o 3º semestre de 2019.

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As Demonstrações Financeiras foram preparadas em conformidade com o Plano Geral de Contabilidade, aprovadopelo Decreto n.º 82/01 de 16 de Novembro, aplicável às sociedades comerciais e empresas públicas que exerçamactividades em Angola ou em outros países e tenham a sua respectiva sede em Angola.

As demonstrações financeiras que incluem o balanço, a demonstração dos resultados por natureza, ademonstração de fluxos de caixa, e as notas às contas foram preparadas de acordo com os pressupostos dacontinuidade e do regime de acréscimo no qual os itens são reconhecidos como activos, passivos, capital próprio,proveitos e custos quando satisfaçam as definições e os critérios de reconhecimento para esses elementos contidosno PGC, em conformidade com as características qualitativas da relevância, fiabilidade, representação fidedigna,substância económica, neutralidade, prudência e plenitude em todos os aspectos materiais.

As demonstrações financeiras foram ainda preparadas em obediência aos princípios contabilísticos da consistência,materialidade, não compensação de saldos e comparabilidade. Não foram feitas derrogações às disposições doPGC. Nas matérias em que o PGC seja omisso ou quando resulte em informação financeira mais fiável, são usadassupletivamente as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).



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As Notas constantes nas Demonstrações Financeiras foram numeradas de acordo com o plano oficial, podendo nãoser sequenciais. No caso da sua não aplicabilidade as mesmas foram omissas, dado a sua apresentação não serrelevante para a leitura das Demonstrações Financeiras.

2.2 BASES DE VALORIMETRIA ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partirdos livros e registos contabilísticos da Empresa, e tomando por base o custo histórico.

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com o PGC requer que o Conselho de Administraçãoformule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dosactivos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiênciahistórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para osjulgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Osresultados reais podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior grau de julgamento oucomplexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados nanota 2.2.2 - Estimativas e julgamentos contabilísticos relevantes.

2.2.1 CRITÉRIOS DE RECONHECIMENTO E BASES DE VALORIMETRIA ESPECÍFICAS

Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas compreendem os imobilizados tangíveis, móveis ou imóveis, que a Empresa utiliza nasua actividade operacional que não se destinem a ser vendidos ou transformados, com carácter de permanênciasuperior a um ano.

As imobilizações corpóreas adquiridas encontram-se apresentadas ao custo de aquisição que compreende o seupreço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos de compra não reembolsáveis (nos quais seincluem responsabilidades / provisões estimadas pela Gestão relativamente a eventuais encargos com retençõesna fonte em sede de imposto industrial), após dedução dos descontos e abatimentos, quaisquer custosdirectamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condição necessárias, para o mesmo ser capaz defuncionar da forma pretendida, deduzido de depreciações acumuladas e amortizações extraordinárias.Especificamente sobre os investimentos realizados no cabo submarino WACS, os valores registados nasimobilizações corpóreas correspondem à quota-parte da Empresa nos investimentos globais efectuados peloConsórcio.

Os custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidas como activos separados,conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a Empresa e orespectivo custo possa ser mensurado com fiabilidade.



Os sobressalentes principais e equipamentos de reserva são classificados como activos fixos quando a Empresaespera usá-los durante mais do que um período.

• Os melhoramentos só são reconhecidos como activos quando o dispêndio melhorar a condição do activo paraalém do seu nível de desempenho originalmente avaliado, nomeadamente:

• Modificação de um elemento de uma instalação para prolongar a sua vida útil, incluindo um aumento decapacidade;

• Actualização das peças de uma máquina para se conseguir uma melhoria significativa na qualidade de produção;

• Adopção de novos processos de produção que facilitem uma redução substancial nos custos operacionaisanteriormente avaliados.

Os dispêndios em manutenção e reparação são reconhecidos como um gasto na demonstração de resultados setiverem sido feitos para restaurar ou manter os benefícios económicos futuros do activo. Os dispêndios emmanutenção e reparação que são feitos para repor os benefícios económicos futuros do activo, cujas perdas, nadata do registo inicial, já haviam sido consideradas, são capitalizados desde que a quantia registada:

• Não exceda o valor recuperável do activo;

• Possa ser recuperada do uso futuro do activo.

Os dispêndios com substituições são reconhecidos como um gasto na demonstração de resultados por sedestinarem a manter os benefícios económicos futuros do activo.

A Empresa procede à análise da imparidade dos activos do imobilizado corpóreo sempre que eventos oucircunstâncias indiciem que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista,reconhecida em resultados, excepto quando o activo tenha sido anteriormente reavaliado. Nesse caso, aimparidade identificada consome em primeiro lugar a reserva de reavaliação constituída.

As imobilizações corpóreas em curso reflectem os activos fixos ainda em fase de construção, encontrando-seregistados ao custo de aquisição, sendo transferidos para imobilizações corpóreas e iniciada a sua depreciação apartir do momento em que os projectos de investimentos estejam disponíveis para uso. Os encargos financeirosrelacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso, assim como as diferençasde câmbio desfavoráveis apuradas relativamente a passivos monetários directamente relacionados com osinvestimentos em curso, são capitalizados na sua totalidade até à sua disponibilização de uso.

A vida útil de um imobilizado é o período durante o qual se espera que um activo depreciável seja utilizado pelaEmpresa. Os terrenos não são depreciados por terem uma vida útil ilimitada.

Os montantes relevados na rubrica Terrenos que correspondem à aquisição de direitos de superfície encontram-sea ser depreciados pelo período da duração dos respectivos contratos associados.

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As depreciações das imobilizações corpóreas são calculadas segundo o método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens, conforme a legislação em vigor em cada período económico:

As perdas resultantes da retirada de um elemento das imobilizações corpóreas são determinadas pela quantia pela qual se encontra registado (valor bruto deduzido das correspondentes depreciações e amortizações extraordinárias registadas) e são reconhecidas na demonstração de resultados.

As perdas ou ganhos provenientes da alienação de um elemento das imobilizações corpóreas são determinados pela diferença entre o produto líquido estimado das alienações e a quantia pela qual o activo se encontra registado, sendo reconhecidos como perdas ou ganhos na demonstração de resultados, consoante o apropriado.

Imobilizações Incorpóreas

As imobilizações incorpóreas da Empresa encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das respectivasamortizações acumuladas e das amortizações extraordinárias.

A Empresa procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

Os activos intangíveis são amortizados de forma linear pelo período de duração dos mesmos, o qual em média é de 7 anos, excepto a licença de exploração de serviços de telecomunicações que tem a duração de 15 anos, conforme emissão regulamentar.

Investimentos em filiais subsdiárias e associadas

As participações financeiras em subsidiárias em que a Empresa exerce o controlo directo e indirecto são registadas pelo seu custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas contingentes. Presume-se a existência de controlo quando a Empresa detém mais de metade dos direitos de voto ou quando detém o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma Empresa ou de uma actividade económica a fim de obter benefícios da mesma, mesmo que a percentagem que detém seja inferior a 50%.

Os investimentos financeiros em associadas são registados pelo seu custo de aquisição. As associadas são entidadesnas quais a Empresa tem influência significativa mas não exerce controlo sobre as suas políticas financeiras eoperacionais. Presume-se que a Empresa exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de20% dos direitos de voto da associada. Caso a Empresa detenha menos de 20% dos direitos de voto, presume-seque não exerce influência significativa, excepto quando essa influência possa ser claramente demonstrada.

A existência de influência significativa é normalmente demonstrada por uma ou mais das seguintes formas:• Representação no Conselho de Administração ou órgão de direcção equivalente;• Participação em processos de definição de políticas, incluindo a participação em decisões sobre

dividendos ou outras distribuições;• Existência de transacções materiais entre a Empresa e a participada;• Intercâmbio de quadros de gestão;• Fornecimento de informação técnica essencial.


Bens Vida útil

Edifícios e outras construções 20 - 25

Equipamento básico 4 -10

Equipamento de carga e transporte 4

Equipamento administrativo 3 - 10

Outras imobilizações corpóreas 3 - 10


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Contas a receber

As contas a receber incluem os saldos a receber de clientes e outros devedores, e os créditos que a Empresa detémperante o Estado relativos a retenções e pagamentos provisórios.

As contas a receber são inicialmente reconhecidas pelo menor entre o seu valor nominal e o seu valor realizávellíquido, sendo apresentadas em balanço deduzidas das provisões para cobranças duvidosas que lhe estejamassociadas.

As provisões para cobranças duvidosas identificadas são registadas quando existe uma evidência objectiva de que atotalidade dos montantes em dívida, conforme as condições originais das contas a receber, não será recebida, porcontrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução domontante da perda estimada, num período posterior.

Especificamente sobre os saldos a receber de clientes Accionistas, a Empresa entende que a existência deantiguidade de saldos não se traduz num risco efectivo de crédito, razão pela qual não são constituídas quaisquerprovisões para cobranças duvidosas sobre os referidos saldos.

Disponibilidades

As disponibilidades englobam o dinheiro em caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo,com maturidade até 3 meses, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas dedinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

Saldos e transacções expressas em moeda estrangeira

Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbioem vigor na data do balanço. As cotações de câmbio utilizadas para a conversão dos saldos a receber e a pagar emmoeda estrangeira, existentes à data do Balanço foram as seguintes:

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e/ou custos na demonstração de resultados do exercício na rubrica de ganhos/perdas cambiais.

Relativamente aos itens não monetários, quando um ganho ou uma perda é reconhecido nos resultados, qualquer diferença de câmbio incluída nesse ganho ou perda é reconhecida nos resultados, quando um ganho ou perda é reconhecido directamente em capital próprio as diferenças de câmbio correspondentes são igualmente reconhecidas no capital próprio.


Moeda 2018 2017

Dólares dos Estados Unidos da América 316 172

Euro União Europeia 362 192

Libra Esterlina do Reino Unido 400 213

Real do Brasil 82 51

Rand Africa do Sul 22 12



Outros activos correntes

Os outros activos correntes incluem montantes referentes a encargos a repartir por exercícios futuros. Estaconta regista os encargos que devem ser reconhecidos apenas no ou nos exercícios seguintes, de forma a darcumprimento ao principio da especialização dos exercícios.

Provisões para outros riscos e encargos

As provisões são registadas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante deum acontecimento passado, e é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursose o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As quantias registadas em provisões resultamda melhor estimativa efectuada pela Gestão, na data de relato, dos recursos necessários para liquidar aobrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados a cadaobrigação e baseiam-se nos pressupostos considerados mais adequados pela Gestão. Numa base semestral,as provisões para outros riscos e encargos são sujeitas a uma revisão, de acordo com a estimativa dasrespectivas responsabilidades futuras. Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras..

Financiamentos Obtidos / Juros e gastos similares suportados

Os financiamentos são reconhecidos no passivo pelo valor nominal recebido sendo que os custos financeirosde financiamentos obtidos relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos tangíveissão capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes custos começa após o início dapreparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida com o final daprodução ou da construção do activo, ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

Contas a pagar

As contas a pagar incluem dívidas a fornecedores e ao Estado e são valorizadas ao custo histórico dastransacções. Os credores em moeda estrangeira são registados pelo seu valor em Kwanzas, utilizando a taxade câmbio efectiva em 31 de Dezembro. As transacções em moeda estrangeira são registadas pelo seu valorem Kwanzas, usando a taxa de câmbio em vigor na data da transacção.

Outros passivos correntes

Os outros passivos correntes incluem encargos a pagar por conta de despesas cujo documento vinculativoainda não foi recepcionado à data de fecho das contas e são valorizados ao custo histórico. A rubrica incluiainda rendimentos relativos a contratos de prestação de serviços os quais em determinadas situaçõescobrem diferentes exercícios económicos, sendo que nessas situações, tendo em vista o cumprimento doprincípio da especialização do exercício, a Empresa difere os rendimentos que não se reportam ao exercícioem análise.

Rédito

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de resultados comreferência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço quando o desfecho de umatransacção possa ser fiavelmente estimado. O desfecho de uma transacção pode ser fiavelmente estimadoquando todas as condições seguintes forem satisfeitas:

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• A quantia de rédito possa ser fiavelmente mensurada;

• Seja provável que os benefícios económicos associados à transacção fluam para a Empresa;

• A fase de acabamento da transacção à data do balanço possa ser fiavelmente mensurada;

• Os custos incorridos com a transacção e os custos para concluir a transacção possam ser fiavelmentemensurados.

Os juros recebidos são reconhecidos pelo princípio da especialização do exercício, tendo em consideração omontante em dívida e a taxa efectiva durante o período até à maturidade.

As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes custos e proveitos gerados, resultantesda especialização de exercícios, são registados nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivoscorrentes”.

Não são reconhecidos se existirem dúvidas quanto à cobrabilidade do produto ou da prestação de serviços.

Benefícios dos empregados (curto prazo)

Os benefícios de curto prazo dos empregados incorporam os salários, contribuições para a Segurança Social,subsídio de alimentação, faltas autorizadas e remuneradas, subsídio de férias e de natal e quaisquer outrasretribuições decididas pontualmente pelo Órgão de Gestão.

As obrigações decorrentes dos benefícios de curto prazo são reconhecidas como custo no exercício temporal emque o empregado prestou serviço, numa base não descontada por contrapartida de um passivo que se extinguecom o respectivo pagamento.

De acordo com a legislação laboral aplicável, o direito a férias e subsídio de férias relativo ao exercício, por estecoincidir com o ano civil, vence-se em 31 de Dezembro de cada ano. A Empresa opta por liquidar asresponsabilidades aos seus empregados no próprio exercício a que respeitam, razão pela qual não regista qualquerresponsabilidade a 31 de Dezembro.

Os benefícios decorrentes da cessação de emprego, quer por decisão unilateral da Empresa, quer por mútuoacordo, são reconhecidos como custos no exercício em que ocorrem.

Impostos

A Empresa encontra-se sujeita aos seguintes impostos:

• Segurança Social: esta contribuição corresponde a 11% das remunerações dos empregados, sendo que 3% sãoda responsabilidade dos trabalhadores.

• Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT): este imposto é retido pela empresa no momento doprocessamento dos ordenados dos trabalhadores, sendo calculado com base nas remunerações destes. Aoabrigo da Lei n.º 18/14 de 22 de Outubro, foram definidos 13 escalões progressivos, sendo a taxa máxima de17%.

• Imposto do Selo: este imposto é liquidado mensalmente, correspondendo a 1% sobre a facturação das vendas eprestações de serviços. O cálculo do imposto a pagar é baseado nos recebimentos.

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• Imposto Industrial – Lei sobre a tributação das empreitadas: A Lei 19/14 de 22 de Outubro estabelece o regime tributário de liquidação e pagamentos provisórios antecipados em sede de Imposto Industrial pelos contratos de prestação de serviços (6,5%), operando por retenção na fonte.

• Imposto Industrial: este imposto corresponde a 30% do lucro tributável, com base no resultado económico, ajustado de acordo com a legislação fiscal em vigor. A Empresa tem de entregar a Declaração de Rendimentos da Colecta do Exercício (Modelo 1 – Grupo A) que se encontra sujeita a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais por um período de cinco anos.

• Imposto de Consumo: os serviços de telecomunicações prestados pela empresa estão sujeitos a tributação em sede de Impostos de Consumo, a uma taxa de 5%, ao abrigo do Decreto Executivo n.º 41/99, de 10 de Dezembro, revisto pelo Decreto Legislativo Presidencial nº7/11, de 30 de Dezembro.

• Imposto Predial Urbano: este imposto corresponde a 15% sobre os valores de rendas e alugueres de imóveis contratados pela sociedade , ao abrigo da Lei nº 18/11 de 21 de Abril;

• Contribuição Especial sobre Operações Cambiais de Invisíveis Correntes: este imposto de 10%,aprovado sob o Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/15 de 29 de Junho, incide sobre as transferências efectuadasno âmbito dos contratos de prestação de serviços de assistência técnica ou de gestão estrangeira

É convicção do Conselho de Administração que não existem quaisquer responsabilidades fiscais relevantes, reais ou contingentes, que não tenham sido escrituradas e de que não ocorrerão correcções à matéria colectável, por parte das autoridades fiscais, com efeito relevante nas contas da empresa.

Impostos sobre os lucros

Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final do imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal dos negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente dos impostos sobre os lucros correntes, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela Empresa, durante um período de cinco anos. Desta forma, é possível que ocorram correcções à matéria colectável, resultantes de diferenças na interpretação da legislação fiscal.

A Empresa reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam ser provenientes de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final destas estimativas é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento, no período em que tais diferenças são identificadas.

Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à datado balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Caso existam eventos materialmente relevantes após adata do balanço, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

2.2.2 ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTABILÍSTICOS RELEVANTES

A preparação de demonstrações financeiras exige que o Conselho de Administração efectue julgamentos eestimativas no âmbito da tomada de decisão sobre alguns tratamentos contabilísticos com impactos nos valoresreportados no total do activo, passivo, capital próprio, proveitos, custos, e divulgações à data do balanço. Osresultados e os efeitos reais na data de desfecho das operações, podem diferir das estimativas e julgamentos eestimativas efectuados, nomeadamente no que se refere ao efeito dos custos e proveitos reais.

As estimativas efectuadas são determinadas pelos julgamentos da gestão, sendo baseados:

• Na melhor informação e conhecimento de eventos presentes, disponível à data, complementada emalguns casos, por relatos de peritos independentes;

• Nas acções que a Empresa considera poder vir a desenvolver no futuro relativamente às situaçõesobjecto da estimativa.

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As principais estimativas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos são discutidos nestanota com o objectivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados pelaEmpresa e a sua divulgação. Uma descrição detalhada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela Empresaé efectuada na nota 2.2.1 deste Anexo.

Considerando que em algumas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pela Empresa,os resultados reportados poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. O Conselhode Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeirasapresentam de forma adequada a posição financeira da Empresa e o resultado das suas operações em todos osaspectos materialmente relevantes. Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenaspara assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outrasalternativas são mais apropriadas.

Imparidade dos activos não correntes

As imobilizações corpóreas são revistas para efeitos de imparidade sempre que existam factos ou circunstânciasque indiquem que o seu valor líquido poderá não ser recuperável. O Conselho de Administração entende que àdata de 31 de Dezembro de 2018, não existem, quaisquer eventos ou circunstâncias que possam conduzir àexistência de indicadores de imparidade, nomeadamente no que concerne ao projecto de investimento em curso(SACS).


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Notas ao Balanço

4. IMOBILIZADO CORPÓREO

4.1 COMPOSIÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica de “Imobilizações corpóreas” decompõe-se como se segue:


Rubricas Valor bruto Amortizaçõesacumuladas

Valor líquido

Período findo em 31.12.2018

Terrenos e recursos naturais 347 168 029 18 347 695 328 820 334

Edifícios e outras construções 32 819 326 870 2 722 969 279 30 096 357 592

Equipamento básico 774 034 634 317 749 437 456 285 197

Equipamento de carga e transporte 89 863 640 60 663 291 29 200 349

Equipamento administrativo 461 764 403 310 799 965 150 964 439

Outras imobilizações corpóreas 419 984 665 44 756 066 375 228 599

Imobilizado em curso 39 483 222 067 - 39 483 222 067

Total 74 395 364 309 3 475 285 732 70 920 078 577


Terrenos e recursos naturais 180 419 029 14 678 156 165 740 873

Edifícios e outras construções 8 279 240 930 1 713 503 006 6 565 737 925

Equipamento básico 683 954 498 243 820 703 440 133 796

Equipamento de carga e transporte 147 052 225 129 938 138 17 114 087

Equipamento administrativo 421 571 921 216 895 567 204 676 354

Outras imobilizações corpóreas 232 496 096 14 604 193 217 891 904


Total 42 930 503 927 2 333 439 762 40 597 064 165



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4.2 COMPOSIÇÃO POR CRITÉRIO DE VALORIMETRIA ADOPTADOS

Rubricas Custo históricoValor de

reavaliaçãoTotal


Terrenos e recursos naturais 347 168 029 - 347 168 029

Edifícios e outras construções 32 819 326 870 - 32 819 326 870

Equipamento básico 774 034 634 - 774 034 634

Equipamento de carga e transporte 89 863 640 - 89 863 640

Equipamento administrativo 461 764 403 - 461 764 403

Outras imobilizações corpóreas 419 984 665 - 419 984 665


Total 74 395 364 309 - 74 395 364 309


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4.3 MOVIMENTOS, OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO

No decurso do período findo em 31 de Dezembro de 2018, o movimento ocorrido no valor bruto das imobilizações corpóreas foi conforme segue:

Os aumentos ocorridos no período respeitam, na sua larga maioria, a investimento nos cabos submarinos sendo que são detalhados no quadro seguinte:


Rubricas Saldo inicial AumentosAlienações/

AbatesTransferências Saldo Final

Período findo em 31.12.2018Terrenos e recursos naturais 180 419 029 166 749 000 - - 347 168 029 Edifícios e outras construções 8 279 240 930 6 512 276 777 - 18 027 809 163 32 819 326 870 Equipamento básico 683 954 498 6 409 665 (478 500) 84 148 971 774 034 633 Equipamento de carga e transporte 147 052 225 20 695 315 (77 883 900) 89 863 640 Equipamento administrativo 421 571 921 40 192 482 - - 461 764 403 Outras imobilizações corpóreas 232 496 097 187 488 569 - - 419 984 665

Imobilizado em curso 32 985 769 227 24 609 410 974 -(18 111 958

133)39 483 222 067

Total 42 930 503 927 31 543 222 782 (78 362 400) - 74 395 364 309

Rubricas Saldo inicial AumentosAlienações/

AbatesOutros

ajustamentosSaldo Final

Período findo em 31.12.2017Terrenos e recursos naturais 180 419 029 - - - 180 419 029

Edifícios e outras construções 8 358 778 463 34 853 726 - (114 391 259) 8 279 240 930

Equipamento básico 678 940 010 5 014 488 - - 683 954 498 Equipamento de carga e transporte

142 174 450 4 877 775 - - 147 052 225

Equipamento administrativo 339 419 272 82 152 649 - - 421 571 921 Outras imobilizações corpóreas 27 878 954 204 617 143 - - 232 496 097 Imobilizado em curso 16 751 118 503 16 234 650 725 - - 32 985 769 227

Total 26 478 728 680 16 566 166 506 - (114 391 259) 42 930 503 927

Bem Rubricas % sobre o total

SACS 22 066 797 571 70%

Monet 7 873 862 296 25%

WACS 1 017 650 172 3%

Outros Bens 584 912 743 2%

Total 31 543 222 782 100%


51

A rubrica de “Edifícios e outras construções” inclui os investimentos no cabo submarino de fibra óptica WACS (WestAfrica Cable System), AngoNAP e na estação de Sangano. Em Maio de 2018 verificou-se a entrada emfuncionamento do cabo submarino MONET, investimento que constituí o principal montante relativo àtransferência de investimento em curso para investimento firme ocorrida no período, no montante de16.400.847.563 Kwanzas.

A rubrica de “Equipamento básico” diz respeito ao investimento em equipamento de transmissão, para aconstrução de “POPs” (Points of Presence) com o objectivo de melhorar a rede de IP da Empresa.

O “Equipamento administrativo” consiste maioritariamente em computadores, armários, impressoras e outromobiliário e hardware, afectos ao funcionamento operacional corrente da empresa.

A rubrica de “Outras imobilizações corpóreas” respeita, essencialmente, à aquisição de material de sinalizaçãomarítima para praia de Sangano, base das estações dos cabos WACS e SACS.

Em 31 de Dezembro de 2018 a rubrica de “Imobilizado em Curso” era composta totalmente pelo investimento noCabo SACS (custos incorridos com a concepção e projecção inicial, gestão de projecto e execução).

4.4 MOVIMENTOS, OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS,

31 DE DEZEMBRO DE 2018


Rubricas Saldo inicial ReforçoAbates/ transf.

Transferência Saldo final

Período findo em 31.12.2018Terrenos e recursos naturais 14 678 156 3 669 539 - - 18 347 695 Edifícios e outras construções 1 713 503 006 1 009 466 273 - - 2 722 969 279 Equipamento básico 243 820 702 73 928 734 - - 317 749 436 Equipamento de carga e transporte

129 938 138 8 609 053 (77 883 900) - 60 663 291

Equipamento administrativo 216 895 567 93 904 398 - - 310 799 965 Outras imobilizações corpóreas 14 604 193 30 151 873 - - 44 756 066

Total 2 333 439 762 1 219 729 870 (77 883 900) - 3 475 285 732

Rubricas Saldo inicial ReforçoAbates/ transf.

Transferência Saldo final

Perido findo em 31.12.2017

Terrenos e recursos naturais 11 008 617 3 669 539 - - 14 678 156

Edifícios e outras construções 1 366 051 520 347 451 486 - - 1 713 503 006

Equipamento básico 168 431 793 75 388 909 - - 243 820 702

Equipamento de carga e transporte 123 509 452 6 428 686 - - 129 938 138

Equipamento administrativo 123 734 890 93 160 678 - - 216 895 567

Outras imobilizações corpóreas 2 155 884 12 448 309 - - 14 604 193

Total 1 794 892 156 538 547 607 - - 2 333 439 762


52

O montante registado em “Terrenos e recurso naturais” diz respeito aos direitos de superfície do terreno daestação de Sangano e do terreno da estação da AngoNAP em Talatona. As amortizações registadas correspondemao número de anos concedidos nos respectivos direitos de superfície.

No primeiro semestre de 2018 foram abatidas viaturas no montante de 41.322.130 Kwanzas sendo queposteriormente em Dezembro de 2018 foram abatidas viaturas no montante de 36.569.900 Kwanzas.

Estas viaturas encontravam-se completamente amortizadas e foram alvo de venda a colaboradores da empresaatravés de concurso interno, endereçado através de carta fechada, devidamente avaliado por uma equipa mistacomposta por elementos das áreas financeira, jurídica e de capital humano.

4.5 CUSTOS FINANCEIROS (DIFERENÇAS DE CÂMBIO E CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS),

CAPITALIZADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2018


Rubricas Anos anteriores No ano Total

Imobilizado

MONET 2 464 842 280 9 156 749 896 11 621 592 176

SACS 894 356 770 12 151 630 849 13 045 987 619

Total 3 359 199 050 21 308 380 745 24 667 579 795


53

5. IMOBILIZADO INCORPÓREO

5.1 COMPOSIÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica de “Imobilizações incorpóreas” decompõe-secomo se segue:

5.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O PERIODO NO VALOR BRUTO

Movimentos ocorridos até 31 de Dezembro de 2018:


Rubricas Valor bruto Amortizações

acumuladas Valor líquido

Período findo em 31.12.2018Outras imobilizações incorpóreas 1 213 881 563 570 725 583 643 155 980

Total 1 213 881 563 570 725 583 643 155 980

Rubricas Valor bruto Amortizaçõesacumuladas

Valor líquido


Outras imobilizações incorpóreas 815 572 586 201 204 094 614 368 492

Imobilizado em curso 15 491 337 - 15 491 337

Total 831 063 923 201 204 094 629 859 829

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuição Saldo final


Outras imobilizações incorpóreas 1 003 672 586 193 860 731 16 348 246 1 213 881 563

Imobilizado em curso 15 491 337 16 348 246 (31 839 582) -

Total 1 019 163 923 210 208 976 (15 491 337) 1 213 881 563



Outras imobilizações incorpóreas 758 064 348 57 508 239 - 815 572 587

Imobilizado em curso - 24 792 324 (9 300 987) 15 491 337

Total 758 064 348 82 300 563 (9 300 987) 831 063 924


54

5.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS, DURANTE O PERIODO, NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2018, o movimento ocorrido nas amortizações acumuladasfoi o seguinte:

6. INVESTIMENTOS EM SUBSIDÍARIAS E ASSOCIADAS

6.1 COMPOSIÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2018, a rúbrica de “Investimentos em subsidiárias e associadas” decompõe-se como sesegue:

A rubrica “Partes de capital” respeita à participação (99,99% equivalente a 627.842.000 Kwanzas) que a Empresadetém na sociedade Angola Cables Holdings LTDA (“ACH”), a qual foi constituída no final do ano de 2014, no âmbitodos projectos de investimento nos cabos submarinos Monet e SACS, e à participação (100% equivalente a 933.600Kwanzas (50.000 SEK),) na TeleCables Sweden AB, constituída a 13 de Março de 2017.



Período findo em 31.12.2018 - - - -


Total 389 304 094 181 421 489 - 570 725 583


Período findo em 31.12.2017 - - - -


Total 117 494 311 83 709 783 - 201 204 094

Rubricas Valor bruto Aumento Diminuição Valor líquido

Período findo em 31.12.2018Subsidiárias:

Partes de capital 628 775 600 - - 628 775 600,00

Empréstimos 3 368 907 180 10 656 858 810 - 14 025 765 990

Total 3 997 682 780 10 656 858 810 - 14 654 541 590


55

Por outro lado, os “Empréstimos” respeitam ao financiamento (remunerado) dos projectos em curso por parte quer da ACH quer da ACB (Angola Cables Brasil), sendo esta última detida em 99,99% por parte da ACH (ver Nota 40).

A sociedade Angola Cables Holdings LTDA é uma sociedade de responsabilidade limitada, com sede na Avenida Presidente António Carlos, nº615, Sala 904 e 905, Rio de Janeiro, CEP: 20020-010 (Brasil).

A sociedade TeleCablesSweden AB, é uma sociedade de responsabilidade limitada, com sede na AdvokatfirmanGlimstedt, Box 2259, 403 14 Goteborg (Suécia), detida a 100% pela Angola Cables S.A.


Parte Relacionada 31/12/2018 31/12/2017

Angola Cables Brasil 1 385 389 635 596 555 782

Angola Cables Holding 12 633 794 071 2 772 351 398

TeleCables Sweden AB 6 582 284 -

Total 14 025 765 990 3 368 907 180



56

9. CONTAS A RECEBER

9.1 COMPOSIÇÃO

A rubrica “Contas a receber” tem, em 31 de Dezembro de 2018, a seguinte composição:

Os valores incluídos na rubrica “Outros devedores – Entidades grupo” respeita aos montantes dos proveitos referentes ao contrato de venda a grosso efectuado com os accionistas Mundo Startel e Movicel, que vigorou entre 2012 e 2014.

Rubricas CorrenteNão corrente

Total Não Corrente Vencível até 5 anos

Vencível a mais de 5 anos

Período findo em 31.12.2018Valor Bruto:

Clientes - correntes (Grupo) 3 344 175 179 - - -

Clientes - correntes (Não Grupo) 1 679 427 479 - - -

Fornecedores - saldos devedores 8 886 906 - - -

Pessoal 39 084 973 - - -

Outros devedores 4 519 380 - - -

Entidades grupo (Nota 40) 48 121 279 - - -

Provisões para cobranças duvidosas (136 621 492) - - -

Total 4 987 593 703 - - -

Rubricas Corrente

Não corrente

Total Não Corrente

Vencível até 5 anos



Valor bruto:Clientes – correntes

Clientes - não Grupo 938 024 801 - - -

Clientes - Grupo (Nota 40) 2 220 222 679 - - -

Fornecedores - saldos devedores 852 000 - - -

Entidades não grupo 343 125 807 - - -

Entidades grupo (Nota 40) 149 197 501 - - -

Provisões para cobranças duvidosas - - - -

Total 3 651 422 788 - - -



57

10. DISPONIBILIDADES

10.1 COMPOSIÇÃO

Para a rubrica “Disponibilidades” concorrem, essencialmente, depósitos (a prazo e à ordem) detidos pela Empresa em instituições bancárias em 31 de Dezembro de 2018, e que se decompõem da seguinte forma

11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

11.1 COMPOSIÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2018, a rubrica “Outros activos correntes” apresenta a seguinte composição:

Os valores incluídos em “Proveitos a facturar” respeitam a proveitos de juros de suprimentos concedidos à Angola Cables Holding e a Angola Cables Brasil Ltda.– ver Nota 6 e Nota 40.

A rubrica “Encargos a repartir por exercícios futuros” diz respeito aos montantes pagos antecipadamentereferentes a despesas com rendas de imóveis, seguros e outros, cujos custos serão reconhecidos em períodosfuturos.

Rubricas 31/12/2018 31/12/2017

Proveitos a facturar 934 827 531 394 448 948

Encargos a repartir por exercícios futuros 167 372 435 7 968 249

Total 1 102 199 966 402 417 197

Rubricas 31/12/2018 31/12/2017

Depósitos a prazo 1 549 269 410 214 883 159

Depósitos à ordem 4 421 214 384 2 959 384 914

Caixa 155 782 1 207 888

Provisões - -

Total 5 970 639 575 3 175 475 961


58

12. CAPITAL

12.1 COMPOSIÇÃO CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro 2018, o capital social da Empresa, no montante de 390.000.000 Kwanzas, equivalente a5.000.000 USD, encontrava-se integralmente subscrito e realizado. O capital da Empresa decompõe-se da seguinteforma:

O capital está dividido em 1.000.000 de acções, no valor de 390 Kwanzas cada, conforme segue:

12.2 COMPOSIÇÃO PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES

Em 31 de Dezembro de 2018, a rúbrica de “Prestações suplementares” detalhava-se conforme segue:


Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Capital 390 000 000 - - 390 000 000

Prestações suplementares 12 755 406 741 247 200 000 - 13 002 606 741

Total 13 145 406 741 - - 13 392 606 741

Entidades % detida Número de acções Valor Kwanzas

Angola Telecom - E.P. 51% 510 000 198 900 000

Unitel, S.A. 31% 310 000 120 900 000

Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. 9% 90 000 35 100 000

Movicel - Telecomunicações, Lda. 6% 60 000 23 400 000

Mundo Startel, S.A. 3% 30 000 11 700 000

Total 100,00% 1 000 000 390 000 000

Entidades 31.12.2018 31.12.2017

Angola Telecom - E.P 6 691 200 000 6 691 200 000

Unitel, S.A. 4 067 200 000 4 067 200 000

Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. 1 180 800 000 1 180 800 000

Movicel - Telecomunicações, Lda. 787 200 000 540 000 000

Mundo Startel, S.A. 276 206 741 276 206 741

Total 13 002 606 741 12 755 406 741


59

12.3 COMPOSIÇÃO PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES

No decurso do período findo em 31 de Dezembro de 2018, ocorreram os seguintes movimentos na rubrica de“Prestações Suplementares”:

O montante global de “Prestações Suplementares” corresponde ao compromisso de participação no financiamentodo cabo submarino WACS, até ao limite do equivalente em Kwanzas de 90.000.000 dólares norte-americanos, e doscabos submarinos SACS e MONET, até ao limite do equivalente em Kwanzas de 40.000.000 de dólares norte-americanos.

A 31 de Dezembro de 2018 a variação verificada na rubrica, respeita a um pagamento efectuado pela Movicel nomontante de 247.200.000 Kwanzas referente a prestações suplementares. À data ainda se encontraram porrealizar prestações suplementares no valor de 121 393 259 Kwanzas pelo accionista Mundo Startel no âmbito docompromisso de participação no financiamento do cabo submarino WACS.

13. RESERVAS

13.1 Composição


Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final


Reserva legal 78 000 000 - - 78 000 000

Total 78 000 000 - - 78 000 000

Entidades Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Angola Telecom - E.P 6 691 200 000 - - 6 691 200 000

Unitel, S.A. 4 067 200 000 - - 4 067 200 000

Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. 1 180 800 000 - - 1 180 800 000

Movicel - Telecomunicações, Lda. 540 000 000 247 200 000 - 787 200 000

Mundo Startel, S.A. 276 206 741 - - 276 206 741

Total 12 755 406 741 247 200 000 - 13 002 606 741



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14. RESULTADOS TRANSITADOS

Em 31 de Dezembro de 2018, a rubrica “Resultados transitados” apresenta a seguinte composição:

O único movimento contabilístico ocorrido durante o período respeita à aplicação de resultados do exercício findoem 31 de Dezembro de 2017, conforme decisão dos accionistas a 27 de Abril de 2018.

15. EMPRÉSTIMOS CORRENTES E NÃO CORRENTES

15.1 COMPOSIÇÃO

Em 30 Junho de 2018, a rubrica de “Empréstimos de médio/longo prazo” detalhava-se conforme segue:

A rubrica de “Empréstimos bancários” corresponde a empréstimos contraídos no âmbito de uma linha de crédito estabelecida entre o banco BDA e entidades financeiras japonesas (JBIC e SMBC) para financiamento do desenvolvimento do cabo SACS, e um financiamento bancário estabelecido com o BDA no montante total de 130.000.000 USD.

A Empresa não procedeu ao reembolso, devido em Outubro de 2018, da primeira prestação do empréstimo obtido junto do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) para a construção do cabo SACS, a qual, de acordo com as condições contratualizadas seria devida em dólares dos Estados Unidos (USD).

Rubricas Corrente

Não correnteTotal Não Corrente Vencível até 5 anos


Empréstimos bancários 8 324 096 150 33 197 674 450 27 681 180 400 60 878 854 851

Empréstimos por obrigações - - - -

Empréstimos por título de participação - - - -

Outros empréstimos - - 4 135 867 759 4 135 867 759

Total 8 324 096 150 33 197 674 450 31 817 048 160 65 014 722 610

Rubricas Saldo inicial AumentosDiminui

çõesSaldo final

Transferência dos resultados do exercício anterior

(1 473 439 027) 741 008 923-

(732 430 104)

Total(1 473 439 027) 741 008 923

-(732 430 104)



61

Esta situação de incumprimento encontra-se relacionada com as actuais restrições de obtençãode moeda estrangeira, que impossibilitaram a Empresa de converter em USD o correspondentemontante em Kwanzas. À data de assinatura das demonstrações financeiras, encontram-se emcurso negociações entre a Empresa e o BDA com vista à resolução desta situação deincumprimento, através da liquidação da prestação na moeda nacional (Kwanzas), não sendoexpectável que venham a decorrer impactos significativos para a operação da Empresa.

A Empresa submeteu a 31 de Outubro de 2018, um pedido formal de esclarecimento aosupervisor das instituições financeiras, Banco Nacional de Angola (BNA) acerca da possibilidadede liquidação da referida prestação em moeda nacional de acordo com o previsto no Aviso4/2014 publicado por esta entidade, que à data de assinatura das demosntrações financeiras nãofoi alvo de resposta.

Por outro lado, os valores respeitantes à rubrica “Outros empréstimos” dizem respeito aosmontantes pagos pelos accionistas em adição à sua quota-parte do limite máximo das prestaçõessuplementares de 9.000.000.000 Kwanzas (WACS), reconhecidos como “Suprimentos”.

A divisão entre capital e juros, por accionista, a 31 de Dezembro de 2018 é apresentada daseguinte forma:

Estes suprimentos têm um prazo de vencimento superior a 5 anos e vencem juros à taxa anualcorrespondente à taxa de referência Libor a 6 meses acrescida de 3%, conforme preconizado noacordo parassocial da Empresa.

Descrição 31.12.2017 Aumentos Diminuições 31.12.2018

Capital

Angola Telecom - E.P. 708 663 403 - - 708 663 403

Unitel, S.A. 1 408 779 690 - - 1 408 779 690

Mercury -Serviços de Telecomunicações, S.A. 581 453 327 - - 581 453 327

Movicel - Telecomunicações, Lda. 621 476 047 - - 621 476 047

3 320 372 467 - - 3 320 372 467

Juros

Angola Telecom - E.P. 170 500 959 18 955 500 - 189 456 459

Unitel, S.A. 279 338 647 90 668 897 - 370 007 544

Mercury -Serviços de Telecomunicações, S.A. 118 432 467 5 675 061,26 124 107 528

Movicel - Telecomunicações, Lda. 73 302 638 58 621 123 - 131 923 761

641 574 711 173 920 581 - 815 495 292

Total 3 961 947 178 173 920 581 - 4 135 867 759



62

15.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O PERIODO

Em 31 de Dezembro de 2018, os movimentos ocorridos nesta rubrica detalham-se conformesegue:

O montante de 40.251.964.966 Kwanzas, inscrito em “Aumentos” de empréstimos bancários reparte-se da seguinte forma:

I. 12.941.305.989 em Kwanzas em desembolsos de capital ocorridos no exercício de 2018, associados aos dois financiamentos em curso (SACS e MONET) e;

II. 27.310.658.976 em Kwanzas, referentes a perdas cambiais por reavaliação dos passivos monetários.

15.3 CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO

Os financiamentos possuem as seguintes condições:

Rubricas 31.12.2017 Aumentos Diminuições 31.12.2018

Empréstimos bancários 28 950 986 035 40 251 964 966 - 69 202 951 001

Empréstimos por obrigações - - - -

Empréstimos por título de participação - - - -

Outros empréstimos 3 961 946 815 173 920 581 - 4 135 867 396

Total 32 912 932 850 40 425 885 547 - 73 338 818 397

RubricasPrazo de

ReembolsoTaxa de

JurosLimite máximo

(USD)Limite máximo

(Kwanzas)Valor utilizado

(Kwanzas)

Empréstimos bancários

MONET 24 meses 7% 130 000 000 41 126 930 000 41 126 930 000

SACS 24 meses 4,52% / 2,52% 109 795 000 34 734 855 932 28 076 021 001

Outros empréstimos Libor 6M + 3% 13 073 253 4 135 867 396 4 135 867 396

Total 252 868 253 79 997 653 328 73 338 818 397



63

18. PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS

18.1 MOVIMENTOS, OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NESTAS PROVISÕES

Em 31 de Dezembro de 2018 a rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” detalhava-seconforme o quadro seguinte:

Estas provisões respeitam ao reconhecimento, por parte da Empresa, da responsabilidadeintegral relativa às retenções na fonte em sede de imposto industrial sobre aquisição de serviçosao estrangeiro, inerentes fundamentalmente à construção dos cabos. De referir que parte doreforço do exercício (159.665.366 Kwanzas) foi capitalizado na rubrica de Imobilizaçõescorpóreas considerando que se tratam de custos directamente relacionados com a construção docabo SACS. O montante remanescente (598.658.853 Kwanzas) foi registado na rubrica deResultados não operacionais.

Rúbricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final


Outras provisões 1 706 018 021 758 324 218 - 2 464 342 239

Total 1 706 018 021 758 324 218 - 2 464 342 239


Outras provisões 1 409 807 869 325 957 023 29 746 871 1 706 018 021

Total 1 409 807 869 325 957 023 29 746 871 1 706 018 021


19. CONTAS A PAGAR

19.1 COMPOSIÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2018, a rubrica “Contas a pagar” respeita a saldos correntes e decompõe-se como se segue:

O rubrica “Fornecedores – não grupo, é constituída por saldos a pagar conforme detalhe seguinte:

Os montantes em aberto na rubrica de “Contas a Pagar “ pertencentes ao fornecedor NEC Corporation referem-seaos valores pendentes de liquidação pelo BDA referente às BM’s (Billing Milestones) números 7 e 8 do projectoSACS (Nota 15).


64




Período findo em 31.12.2018Fornecedores - conta correnteFornecedores - "não grupo" 4 830 547 366 - - -Fornecedores - grupo (Nota 40) 231 647 837 - - -Estado e outros entes públicos 744 031 767 - - -Pessoal 1 417 678 - - -Clientes credores - "não grupo" 8 483 061 - - -Outros credores 303 161 773 - - -Total 6 119 289 481 - - -





Período findo em 31.12.2017Fornecedores - conta correnteFornecedores - "não grupo" 885 720 435 - - -Fornecedores - grupo (Nota 40) 127 608 808 - - -Estado e outros entes públicos 1 055 017 686 - - -Pessoal 10 771 449 - - -Clientes credores - "não grupo" 2 546 280 - - -

Total 2 081 664 658 - - -

Fornecedor Montante %

NEC Corporation 3 472 413 810 72%

OSI - Ocean Specialists, Inc. 294 074 904 6%

Inacom - Instituto Angolano das Com 199 496 283 4%

Monet CBP 120 027 191 2%

Outros 744 535 179 15%

Total 4 830 547 366 100%


65

19.2 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2018, a rubrica de “Estado e outros entes públicos” apresentava o seguinte detalhe:

O valor inscrito sob OI – Contribuição especial refere-se a um crédito fiscal registado na 4.ª Repartição Fiscal sobre pagamento de contribuição especial de operações cambiais invisíveis correntes.

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

21.1 COMPOSIÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2018 a rubrica “Outros passivos correntes” decompõe-se como se segue:

A rubrica “Proveitos a repartir por períodos futuros” diz respeito a valores debitados a clientes por serviços a serem prestados, incluindo a venda de IRU (“Indefeasible Right of Use”) cujos proveitos são diferidos pelo período de duração do contrato.


Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Encargos a pagar

Remunerações 342 657 241 323 279 793

Juros (Nota 15) 4 896 195 097 626 898 419

Proveitos a repartir por exercícios futuros 2 279 488 886 1 064 760 885

Encargos com fornecedores 732 988 388 1 246 894 059

Total 8 251 329 613 3 261 833 155

Estado e outros entes públicos 31.12.2018 31.12.2017

Imposto sobre o rendimento (Nota 35) 146 981 627 479 949 083

Retenção Lei 19/14 393 229 029 341 522 131

Imposto de consumo 140 489 844 96 810 579

Imposto de rendimento de trabalho 41 001 112 13 852 645

Contribuições para a segurança social 4 652 574 4 331 171

Imposto de selo 33 882 942 3 023 524

Imposto predial urbano - 1 123 879

OI - Contribuição especial (16 205 361) 114 404 674

Total 744 031 767 1 055 017 686


66

A rubrica “Encargos com fornecedores” diz respeito a valores acrescidos, respeitantes a custos incorridos noperíodo findo em 31 de Dezembro de 2018, e cujas facturas não foram recepcionadas ou se encontravam processode conferência/aprovação pela Empresa após a data de balanço.

As estimativas incluem essencialmente encargos a pagar ao INACOM relativos a rendas de concessão e contribuiçãopara o serviço universal, bem como custos com subcontratos com a Angola Telecom, tal como, e ainda custos deconservação, reparação e outros serviços diversos, conforme quadro seguinte:

23. PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

23.1 COMPOSIÇÃO DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS

Os montantes da rubrica de “Prestações de Serviços” para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2018 e 31 deDezembro de 2017 apresentam a seguinte composição:

23.2 COMPOSIÇÃO DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADES

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017, esta rubrica detalhava-se comosegue:


Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

WACS 6 871 051 839 4 805 852 307

Internet 3 325 670 226 1 920 506 033

SACS 486 771 078 -

Co-location 259 535 966 205 746 193

Last-mile 97 813 457 30 748 041

Backhaul 94 283 439 95 176 200

Outros 155 287 636 68 886 855

Total 11 290 413 640 7 126 915 629

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Mercado Interno 9 980 858 637 4 189 125 636

Mercado Externo 1 309 555 004 394 039 417

Total 11 290 413 640 4 583 165 054

Fornecedor 31.12.2018

INACOM 486 508 978

Angola Telecom 174 217 464

Outros 72 261 946

Total 732 988 388


67

24. OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS

A rubrica “Outros proveitos e ganhos operacionais” regista o proveito relacionado com a cedência da EstaçãoTerminal de Sangano ao Consórcio WACS para amarração do cabo submarino de fibra óptica. Os montantescorrespondem à comparticipação nos custos operacionais da estação, aprovados anualmente pelo consórcio.

28. CUSTOS COM O PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2018, a rubrica “Custos com Pessoal” decompõe-se como segue:

O número de funcionários (incluindo Órgãos Sociais) em 31 de Dezembro de 2018 era de 102.

29. AMORTIZAÇÕES

Em 31 de Dezembro 2018 e 31 de Dezembro de 2017 as amortizações decompõe-se como seguem:


Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Remunerações - Pessoal 1 633 087 440 1 201 378 080

Remunerações - Órgãos sociais 270 449 550 232 939 403

Ajudas de Custo 107 383 184 -Formação 105 441 385 33 487 396

Seguro de Saúde 96 684 086 -Encargos sobre remunerações 66 154 090 61 497 488

Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 7 662 775 24 345 804

Outras despesas com o pessoal 46 135 522 119 660 655

Total 2 332 998 032 1 673 308 826

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Landing provider no WACS (Sangano) 661 315 974 226 814 703

Total 661 315 974 226 814 703


68

30. OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS

30.1 COMPOSIÇÃO

Em 31 de Dezembro 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Outros custos e perdas operacionais” decompõe-se como segue:

A rubrica “Subcontratos” respeita a serviços de conectividade, a qual engloba custos incorridos com o aluguer demeios de transmissão da propriedade de outras entidades, necessários para garantir a prestação de serviços daempresa aos seus clientes, nomeadamente o aluguer de fibra escura entre Sangano e o AngoNAP e o aluguer decircuitos de acesso local (last mile) no país e no estrangeiro.

30.2 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS

Em 31 Dezembro 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Fornecimentos e serviços de terceiros” decompõe-secomo segue:


Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Subcontratos 2 171 530 685 1 215 696 994

Fornecimentos e serviços de terceiros (Nota 30.2) 3 465 436 826 2 287 346 897

Impostos 213 848 498 98 067 439

Outros custos e perdas operacionais - 66 000

Total 5 850 816 009 3 601 177 331

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Imobilizações corpóreas (Nota 4)

Edifícios e outras construções 991 118 578 347 451 486

Equipamento administrativo 93 904 398 93 128 683

Equipamento básico 73 902 900 75 388 909

Equipamento de carga e transporte 8 609 053 6 428 686

Terrenos e recursos naturais 18 347 695 3 057 950

Outras imobilizações corpóreas 33 847 246 13 091 893

1 219 729 870 538 547 607

Imobilizações incorpóreas (Nota 5)

Outras imobilizações incorpóreas 181 421 489 82 300 563

181 421 489 82 300 563

Total 1 401 151 359 622 257 389



69

A rubrica “Conservação e reparação” diz respeito a custos incorridos com a manutenção da

operacionalidade das infra-estruturas da empresa, nomeadamente a estação de Sangano e o AngoNAP,

bem como com a manutenção e reparação do cabo submarino de fibra óptica WACS, e decompõem-se

conforme segue:

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Conservação e reparação 1 243 792 906 728 635 314Trabalhos especializados 581 550 632 340 292 498Deslocações e estadas 278 681 806 119 878 726Assistência técnica 273 169 201 140 697 130Publicidade e propaganda 264 941 796 117 317 552Licenças (INACOM) 231 201 331 171 134 669Rendas e alugueres 230 980 561 190 473 150

Combustíveis e outros fluídos 86 397 758 100 448 184

Comunicação 44 949 747 62 485 794Vigilância e segurança 37 721 205 52 327 057Limpeza, higiene e conforto 17 316 996 19 160 727Material de escritório 17 276 197 10 522 750Seguros 15 232 778 34 878 088Água 10 104 067 10 785 750Despesas de representação 6 506 747 3 967 608

Material de protecção, segurança e conforto 4 535 746 857 400

Livros e documentação técnica 3 039 095 77 769

Contencioso e notariado 1 762 509 2 453 680Comissões a intermediários 1 207 066 25 620 789

Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 831 070 1 625 514

Electricidade - 80 000Outros serviços 102 735 909 142 750 127Outros fornecimentos 11 808 815 10 876 623

Total 3 465 743 938 2 287 346 898

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Conservação e reparação

- WACS / Data Center 745 141 661 392 950 427

- SACS 154 636 867 -

- Monet 133 813 172 -

- Edifícios 105 585 680 195 058 275

- Outros 58 038 286 11 141 948

- Viaturas 30 200 843 25 127 206

- Materiais 16 376 397 104 357 457

Total 1 243 792 906 728 635 314



70

A rubrica “Trabalhos especializados” diz respeito a custos incorridos com serviços de consultorias de diversasnaturezas, entre as quais estratégica, comercial, jurídica, técnica e especializada e auditoria financeira, necessáriospara o desenvolvimento da actividade e estruturação interna da empresa.

A rubrica “Outros serviços” diz respeito a licenças / direitos, os quais, pela sua natureza, não são capitalizáveis:

A rubrica “Deslocações e estadas” diz respeito a custos incorridos com viagens e alojamento, por parte doscolaboradores da empresa, referentes a todas as suas deslocações em serviço.

A rubrica “Publicidade e propaganda” diz respeito a custos com a promoção dos serviços e da imagem da empresa,nomeadamente com participações diversas em feiras internacionais de telecomunicações.

A rubrica “Assistência técnica” diz respeito a custos incorridos com serviços técnicos especializados de manutençãoe gestão de infra-estruturas, nomeadamente do AngoNAP e da estação de Sangano.

31. RESULTADOS FINANCEIROS

Em 31 de Dezembro 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Resultados Financeiros” decompõe-se comosegue31 de Dezembro 2017, a rubrica “Resultados Financeiros” decompõe-se como segue:

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Outros serviços

- Licenças Software 84 271 812 132 352 058

- Outros 18 464 097 10 398 070

Total 102 735 909 142 750 128

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Proveitos e ganhos financeiros

Diferenças de câmbio favoráveis 17 885 043 468 35 755 191Juros de aplicações financeiras 103 487 307 7 316 138

Outros 116 263 811 -

Rendimentos de participações de capital - -

Investimentos financeiros (Nota 40) 567 220 060 90 025 713

18 672 014 647 133 097 042

Custos e perdas financeiros

Diferenças de câmbio desfavoráveis 22 771 855 845 106 584 704

Juros de suprimentos accionistas (Nota 40) 173 920 944 117 986 674

Juros de Financiamento 2 224 420 836 -

Serviços bancários 18 935 241 64 067 820

25 189 132 866 288 639 198

Total (6 517 118 219) (155 542 156)



71

A rubrica “Juros de Financiamentos” diz respeito a custos incorridos com juros dos dois financiamentos obtidosjunto de entidades bancarias (Nota15).

As rubricas de “Diferenças de câmbio desfavoráveis” e “Diferenças de câmbio favoráveis” respeitam a perdas eganhos, respectivamente, decorrentes da actualização cambial de passivos e activos denominados em moedaestrangeira (maioritariamente EUR e USD).

A rubrica “Investimentos Financeiros (Nota 40)” diz respeito a proveitos resultantes de participações de capitalconcedido à subsidiária Angola Cables Holdings (“ACH”) – ver nota 6.

A rubrica “Juros de suprimentos accionistas” diz respeito a juros de empréstimos Accionistas decorridos noperíodo, a título de suprimentos (ver Nota 15).

33. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

Em 31 de Dezembro 2018 e 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Resultados não operacionais” decompõe-se comosegue:

As correcções relativas a exercícios anteriores respeitam, essencialmente, a custos com serviços prestados porfornecedores à Empresa e serviços prestados pela Empresa a clientes, os quais não foram devidamente registadosem exercícios anteriores. O impacto líquido destas correcções é de 15.477.706 Kwanzas.

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Proveitos e ganhos não operacionais

Correcções relativas a exercícios anteriores 657 624 119 209 327 587

Outros proveitos não operacionais 238 237 154 4 304 327895 861 273 213 631 914

Custos e perdas não operacionaisProvisões

Outros riscos e encargos (Nota 18) 598 658 853 41 663 806

Dívidas incobráveis 136 621 492 45 279 401

Multas e penalidades contratuais 1 349 349 1 651 798

Correcções relativas a exercícios anteriores 642 146 413 195 599 853

Outros custos não operacionais 478 500 -

1 379 254 607 284 194 858

Total (483 393 334) (70 562 943)



72

35. IMPOSTO DOBRE RENDIMENTO

No período findo em 31 de Dezembro de 2018, não foi apurada uma provisão para o pagamento de impostoindustrial, uma vez que a empresa apresenta prejuízo fiscal para o período de 2018.

Este prejuízo fiscal possui um prazo de utilização de 3 anos após o fecho do exercício de 2018.

Rubricas 31.12.2018 31.12.2017

Resultado contabilístico (antes de imposto) (5 246 275 825) 1 230 947 689

Correcções para efeitos fiscais:

Custos e perdas não aceites para efeitos fiscais

Juros de suprimentos (Nota 31) 173 920 944 117 986 674

Correcções de exercícios anteriores (Nota 33) 642 146 413 195 599 853

Provisões não previstas

Outros riscos e encargos (Nota 33) 598 658 853 41 663 806

Dívidas incobráveis (Nota 33) 136 621 492 45 279 401

Multas (Nota 33) 1 349 349 1 651 798

Proveitos e ganhos

Juros de Financiamento (Nota 31 e Nota 40) (786 971 178) -

Prejuízo fiscal (4 480 549 952) 1 633 129 221

Matéria colectável (4 480 549 952) 1 633 129 221

Taxa nominal de imposto 30% 30%

Imposto sobre os lucros - 489 938 766

Taxa efectiva de imposto 0% 40%

Total - 489 938 766


Outras notas relacionadas com a posição financeira e os resultados das operações

73

Outras notas relacionadas com a posição financeira e osresultados das operações

38. ACONTECIMENTOS OCORRIDOS APÓS A DATA DO BALANÇO

Após a data de Balanço, a Empresa, continua a aguardar resposta formal por parte do regulador das instituiçõesfinanceiras (BNA) com vista à resolução da situação relatada na (Nota 15).

40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS

Em 31 de Dezembro de 2018, a Empresa mantém saldos significativos com empresas do grupo e entidadesrelacionadas. O detalhe destes saldos era o seguinte naquelas datas:

31 de Dezembro de 2018

Entidade

Saldos Activos Saldos passivos

Outros devedores(Nota 9)

Clientes contas correntes (Nota 9)

Total de saldos activos

Fornecedores contas correntes (Nota 19)

Empréstimos de médio e longo prazo (Nota 15)

Acréscimos de juros (Nota 15)

Saldos credores de clientes (Nota 19)

Total de saldos passivos

Angola Telecom - E.P - 394 763 748 394 763 748 - 708 663 403 189 456 459 - 898 119 861

Unitel, S.A. - 643 154 857 643 154 857 59 889 086 1 408 779 690 370 007 544 - 1 838 676 320

Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. - 848 848 842 848 848 842 - 581 453 327 124 107 528 - 705 560 856

Movicel - Telecomunicações, Lda. - 979 665 371 979 665 371 - 621 476 047 131 923 761 - 753 399 808

Mundo Startel, S.A. 48 121 279 315 107 498 363 228 777 - - - - -

Intercompany TeleCab - 162 634 863 - - - - - -

Angola Cables Brasil - - - 171 758 751 - - - 171 758 751

Total 48 121 279 3 344 175 179 3 229 661 595 231 647 837 3 320 372 467 815 495 292 - 4 367 515 596


Entidade

Saldos Activos Saldos passivos

Outros devedores (Nota 9)

Clientes contas correntes (Nota 9)

Total de saldos activos

Fornecedores contas correntes (Nota 19)

Empréstimos de médio e longo prazo (Nota 15)

Acréscimos de juros (Nota 15)

Saldos credores de clientes (Nota 19)

Total de saldos passivos

Angola Telecom - E.P - 504 929 917 504 929 917 3 056 324 708 663 403 170 500 959 - 882 220 686

Unitel, S.A. 101 076 222 525 702 154 626 778 376 12 189 380 1 408 779 690 279 338 647 420 000 1 700 727 717

Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. - 828 999 511 828 999 511 104 393 050 581 453 327 118 432 104 - 804 278 481

Movicel - Telecomunicações, Lda. - 279 786 896 279 786 896 621 476 047 73 302 638 - 694 778 685

Mundo Startel, S.A. 48 121 279 80 804 201 128 925 480 3 886 319 - - - 3 886 319

Total 149 197 501 2 220 222 679 2 369 420 180 123 525 074 3 320 372 467 641 574 348 420 000 4 085 891 889


Outras notas relacionadas com a posição financeira e os resultados das operações

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O detalhe das transacções ocorridas nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2018 e 31 de Dezembro de 2017 são conforme seguem:

31 de Dezembro de 2018Capital Próprio

EntidadesCapital Social(Nota 12.1)

Prestações Suplementares (Nota 12.2)

Total

Angola Telecom - E.P 198 900 000 6 691 200 000 6 890 100 000

Unitel, S.A. 120 900 000 4 067 200 000 4 188 100 000

Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. 35 100 000 1 180 800 000 1 215 900 000

Movicel - Telecomunicações, Lda. 23 400 000 787 200 000 810 600 000

Mundo Startel, S.A. 11 700 000 276 206 741 287 906 741

Total 390 000 000 13 002 606 741 13 392 606 741

31 de Dezembro de 2018 Transacções ocorridas durante o exercicio

EntidadesPrestações de

serviçosSubcontratos

Fornecimentos e serviços

Juros de suprimentos

Angola Telecom - E.P 1 573 760 108 1 573 369 990 - 3 681 368Unitel, S.A. 1 399 259 603 98 455 688 27 651 817 51 605 433Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. 381 699 732 120 973 015 243 481 -12 252 219Movicel - Telecomunicações, Lda. 12 790 242 - - 39 414 053Mundo Startel, S.A. 18 186 652 5 564 255 - -

Total 3 385 696 337 1 798 362 949 27 895 298 82 448 636

31 de Dezembro de 2017Transacções ocorridas durante o exercicio

EntidadesPrestações de

serviçosSubcontratos

Fornecimentos e serviços

Juros de suprimentos

Angola Telecom - E.P 338 724 174 967 516 678 - 24 803 219Unitel, S.A. 2 367 732 859 - 136 795 953 49 307 389Mercury - Serviços de telecomunicações, S.A. 795 729 784 222 407 828 - 20 350 867Movicel - Telecomunicações, Lda. 441 290 168 - - 21 751 662Mundo Startel, S.A. 70 334 938 4 159 317 - -

Total 4 013 811 923 1 194 083 823 136 795 953 116 213 137



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Adicionalmente, os saldos e transacções com subsidiárias, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2018 e 31 deDezembro de 2017, são conforme seguem:


Entidade

Saldos Transacções

Capital social Empréstimos Total de saldos activosRendimentos de

participações de capitalOutros proveitos

Custos (Subcontratos / Fornecimentos e Serviços)

ANGOLA CABLES HOLDING LTDA 627 842 000 12 633 794 071 13 261 636 071 567 220 060 - 81 123 153

ANGOLA CABLES BRASIL LTDA - 1 385 389 635 1 385 389 635 172 015 909 - -

TeleCablesSweden AB 933 600 6 582 284 7 515 884 - 162 634 863 -

Total 628 775 600 14 025 765 990 14 654 541 590 739 235 969 162 634 863 81 123 153


Entidade

Saldos Transacções

Capital social Empréstimos Total de saldos activosRendimentos de

participações de capitalOutros proveitos

Custos (Subcontratos / Fornecimentos e Serviços)

ANGOLA CABLES HOLDING LTDA(ACH)

627 842 000 2 772 351 398 3 400 193 398 90 025 713 - -

ANGOLA CABLES BRASIL LTDA(ACB)

- 596 555 782 596 555 782 - - -

TeleCablesSweden AB 933 600 - 933 600 - - -

Total 628 775 600 3 368 907 180 3 997 682 780 90 025 713 - -


Notas às demonstrações de fluxos de caixa

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43. POLÍTICAS ADOPTADAS

Para a determinação dos componentes de Caixa e seus equivalentes no final do período findo em 31 de Dezembrode 2018, foi adoptado o método directo, através da identificação dos itens de liquidez em todas as operações decaixa, mediante o qual foi possível espelhar os principais componentes dos recebimentos e pagamentos,permitindo compreender o modo como a empresa gerou e utilizou os seus fundos.

47. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Rúbricas 31.12.2018 31.12.2017

Caixa

Numerário 155 782 1 201 788

Saldos em Bancos, imediatamente imobilizáveis (Dep. à Ordem) 4 421 214 384 2 959 384 914

Depósitos a Prazo 1 549 269 410 214 883 149

Total 5 970 639 575 3 175 469 851


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Certificaçãodas Contas 2018


78

Relatório do Auditor Externo


79

Relatório do Auditor Externo

Relatório& Contas

Glossário e abreviaturas


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Exabyte – unidade igual a 1.000 Petabytes(Petabyte – unidade igual a 1.000 Terabytes;Terabyte – unidade igual a 1.000 Gigabytes); byte é aunidade de 8 bits utilizada em comunicações digitais.

IP (Internet Protocol) – tecnologia de comunicaçõesutilizada pela Internet.

ISP (Internet Service Provider) – fornecedor deserviço de acesso à Internet.

ISP Tier I – nível mais elevado de interligação(peering) de ISPs.

ISP Tier II – ISP que pratica peering, normalmentecom outros do mesmo nível, mas também compratrânsito de outros ISPs, normalmente de nívelsuperior.

IXP (Internet Exchange Point) – infra-estrutura quepermite a troca de tráfego entre ISPs.

Main One – cabo submarino entre Portugal e Áfricado Sul.

Mbps – Megabits por segundo, unidade develocidade (ou largura de banda) de comunicaçõesdigitais.

MPLS (Multi Protocol Label Switching) – tecnologiaque aumenta a eficiência de uma rede decomunicações digitais, combinando várias normas(protocolos) de comunicações e permitindo a gestãodiferenciada da qualidade do serviço.

NOC (Networking Operations Center) – centro degestão e operação de uma rede de telecomunicações.

OECD (Organisation for Economic Co-operation andDevelopment) – Organização de Cooperação e deDesenvolvimento Económico, com sede em Paris.

Peering – interligação de duas redes para troca detráfego, normalmente gratuita.

PIB – Produto Interno Bruto

POP (Point of Presence) – Infra-estrutura através daqual os clientes e outros operadores acedem à redede telecomunicações de um operador.

ACE – cabo submarino Africa Coast to Europe que ligaFrança à África do Sul

Backhaul – sistema de transmissão em fibra óptica entreo ponto de interligação à rede principal (backbone) e oponto de acesso de clientes (por exemplo, entre a estaçãode Sangano e o AngoNAP).

Backbone – elemento central de uma rede detelecomunicações, com grande capacidade detransmissão, através do qual outros segmentos da rede seinterligam.

Colocation – categoria de serviços prestados num datacenter para alojamento de equipamentos e conteúdos.

CDN (Content Delivery Network) – Rede de distribuiçãode conteúdos digitais.

CLS (Cables Landing Station) – Estação de cabossubmarinos.

Data Center – infra-estrutura para alojamento deequipamento de TIC, assegurando níveis elevados decapacidade, conectividade, disponibilidade e segurança.

Download – transferência de dados de um servidorremoto para um computador local.

DWDM (Dense Wavelength-Division Multiplexing) –tecnologia para aumentar o volume de comunicações(largura de banda) de um meio de transmissão óptica.

EASSY (Eastern Africa Submarine Cable System) – cabosubmarino de fibra óptica que liga a África do Sul aoSudão.

EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciationand Amortization) - Lucros antes de juros, impostos,depreciações e amortizações.

Economias Desenvolvidas – países com um nível dedesenvolvimento económico e social superior à média,segundo critérios geralmente aceites (ex. produto percapita, nível de desenvolvimento de industrialização eíndice de desenvolvimento humano).

ERP (Enterprise Resource Planning) – sistema deinformação contabilística, financeira e de recursoshumanos.

Ethernet – tecnologia de redes locais de computadores.


p.p. – pontos percentuais.

PTC – Pacific Telecommunications Council.

RFS (Ready For Service) – data em que um novo sistema detelecomunicações é declarado pronto para entrar em serviço.

Root Server – servidor que traduz nomes de sítios emendereços IP.

SACS (South Atlantic Cable System) - cabo submarino de fibraóptica entre Sangano (Angola) e Fortaleza (Brasil), pertencenteà Angola Cables.

SADC (Southern African Development Community) –comunidade económica de países da África Austral.

SAP – empresa líder no mercado de software e aplicaçõesempresariais, nomeadamente ERPs.

SAT-3 (South Atlantic 3/West Africa Submarine Cable) – cabosubmarino que liga a Europa à Ásia através da África do Sul.

Tbs – Terabytes por segundo, unidade de velocidade (oulargura de banda) de comunicações digitais (igual a 1 milhão deMbps).

TIC – Tecnologias de Informação e Comunicações.

WACS (Western Africa Submarine Cable) – Cabo submarinoque liga a África do Sul a Portugal, com extensão ao ReinoUnido.

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Relatório& Contas

Sede

Lote Cellwave, 2º andar

Via AL5, Zona XR6B - Talatona

Luanda - Angola

CLS Sangano

Praia de Sangano,

Município da Kissama, Luanda – Angola

CLS Fortaleza

Praia do Futuro

Ceará, Brasil

AngoNAP Luanda

Avenida Pedro Castro Van Dúnem Loy – Talatona

Luanda – Angola

Contactos / Contacts

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