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Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig Relatório de Biodiversidade 2016 Tema: Flora - Avaliação dos últimos 30 anos do projeto de implantação de matas ciliares da Cemig Estudo de caso: UHE Volta Grande Reservatório da UHE Volta Grande

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Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016

Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig

Relatório de Biodiversidade

2016 Tema: Flora - Avaliação dos últimos 30 anos do

projeto de implantação de matas ciliares da Cemig Estudo de caso: UHE Volta Grande

Reservatório da UHE Volta Grande

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Sumário

1 Introdução ............................................................................................................................. 2

2 Aspectos legais ....................................................................................................................... 3

3 Implantação das matas ciliares no reservatório da Usina Hidrelétrica Volta Grande .......... 7

3.1 Histórico - o início de tudo ................................................................................................ 7

3.2 Caracterização das áreas de plantio ................................................................................. 10

3.3 Origem das mudas utilizadas............................................................................................ 11

4 A implantação do projeto de restauração das matas ciliares ............................................. 13

5 P&D 484 ............................................................................................................................... 14

Situação atual da implantação das matas ciliares no reservatório de Volta Grande . 14 5.1

6 Serviços ecossistêmicos prestados pelas matas ciliares da UHE Volta Grande .................. 21

7 Conclusão ............................................................................................................................ 27

8 Bibliografia .......................................................................................................................... 28

9 Autores ................................................................................................................................ 38

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Mensagem da Superintendência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão

A Cemig em seus 64 anos consolidou-se como empresa reconhecida nacional e

internacionalmente tornando-se referência no setor de energia elétrica, em todas as suas

áreas de atuação.

A marca Cemig é uma referência de qualidade para toda a sociedade. Também no âmbito do

meio ambiente e sustentabilidade, a Cemig é uma empresa pioneira e com um robusto

portfólio de realizações, que a tornam uma das líderes mundiais, o que se comprova com sua

presença há 17 anos consecutivos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade e há 12 anos

consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE/BM&Ibovespa.

Antes mesmo da legislação ambiental ser implantada no Brasil, a Cemig já desenvolvia ações

vinculadas à proteção do meio ambiente e da biodiversidade, como projetos de resgate de

fauna quando do enchimento de reservatórios, e implantação voluntária de unidades de

conservação como a de Peti, local onde as metodologias de estudos ambientais foram

desenvolvidas em conjunto com professores de diversas instituições e constitui a base de

geração de conhecimentos hoje adotados no licenciamento ambiental.

A Cemig é uma das maiores geradoras de conhecimento científico ambiental em sua área de

atuação. Ao elaborar os estudos ambientais previstos no licenciamento, sempre em parceria

com instituições de ensino e pesquisas e empresas especializadas, a Cemig estuda o ambiente

em seus aspectos sociais, físicos e bióticos, disponibilizando a toda a sociedade, valiosas

informações sobre o mundo em que vivemos.

Ao implantar unidades de conservação, protegemos importantes ecossistemas e preservamos

a biodiversidade local.

Ao desenvolver as mais diversas ações e programas ambientais, além de recuperar e conservar

os ecossistemas, melhoramos as condições socioambientais locais e regionais.

E, ao trabalhar estas questões em interação com todos os segmentos sociais interessados,

praticamos cidadania.

Enio Marcus Brandão Fonseca

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1 Introdução

As matas que recobrem as margens dos rios e de suas nascentes recebem o nome

popular de matas ciliares, são também conhecidas como formações florestais

ribeirinhas, matas de galeria, florestas ciliares e matas ripárias. No Brasil, as matas

ciliares estão presentes em todos os biomas: cerrado, mata atlântica, caatinga, floresta

amazônica, pantanal e pampa. Portanto, é de se imaginar a imensa diversidade de

plantas e animais que compõem tais matas ciliares nos diferentes biomas (Kuntschik,

et al., 2014).

Com a formação dos grandes reservatórios das usinas hidrelétricas, cria-se às suas

margens, um grande perímetro normalmente desprovido de formações florestais.

Quando existentes estas formações são constituídas por espécies adaptadas a um

ambiente mais seco e, portanto, pouco adaptadas à alta umidade do solo em função

da elevação do nível do lençol freático e oscilações do nível do reservatório (Botelho,

1995). Esta nova conformação do ambiente cria a necessidade da implantação,

recuperação e conservação das matas ciliares do entorno dos reservatórios para

manutenção dos processos ecológicos.

Há quase 30 anos a Cemig

vem desenvolvendo, em

parceria com instituições de ensino

superior, diversas pesquisas que têm

dado suporte aos programas de

implantação de matas ciliares no entorno

de seus reservatórios. Os primeiros estudos

neste sentido foram desenvolvidos no âmbito do

convênio CEMIG/UFLA/FAEPE e tratavam prioritariamente das técnicas de implantação

dos projetos de recuperação de matas ciliares, bem como do comportamento das

diferentes espécies utilizadas (Davide et al., 1991; Davide, Scolforo e Faria, 1993 a; b;

c; d; Davide et al., 1993; Davide, Faria e Prado, 1994; Davide, 1994; Faria, Davide e

Botelho, 1994).

As matas ciliares são fonte

importante para o estoque de águas

subterrâneas, pelo seu papel de

facilitar a infiltração de água no solo.

Essa relação também se reflete na

vazão das nascentes, pois essa

depende das flutuações no volume

do lençol freático. (Kuntschik et al.,

2014)

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Desde sua origem, o Programa de Reflorestamento Ciliar se baseou no

desenvolvimento de estudos no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento

(P&D) da Cemig. Os programas de P&D visam incentivar a busca constante por

inovações e fazer frente aos desafios tecnológicos do setor elétrico. Neste contexto, a

Lei 9.991, de julho/2000, estabelece que concessionárias e permissionárias de

distribuição, geração e transmissão de energia elétrica apliquem anualmente parte da

sua receita operacional líquida no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor

de Energia Elétrica, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O P&D

484, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP, avalia a

“Efetividade e sustentabilidade das matas ciliares do Reservatório da UHE Volta

Grande na conservação de processos ecológicos e Biodiversidade”. O P&D 456, em

parceria com a Universidade Federal de Lavras – UFLA, está desenvolvendo um

“Modelo fitogeográfico como base para revitalização das áreas de preservação

permanente da Bacia do Rio Grande”. Resultados destes projetos, publicados em

artigos científicos e anais de eventos, estão listados no item “Bibliografia” ao final

deste relatório.

A implantação ou recomposição de matas ciliares requer emprego de técnicas

adequadas que serão definidas em função da avaliação detalhada das condições do

local. Desta avaliação, depende a seleção das espécies, métodos de preparo do solo,

calagem, adubação, técnicas de plantio, manutenção e manejo da vegetação.

Para isto, abordaremos primeiramente a questão legal, o Novo Código Florestal, que

disciplina a recuperação das matas ciliares no Brasil.

2 Aspectos legais

A legislação brasileira possui diversas normas e regulamentos que tem por objetivo

disciplinar a ação antrópica, a preservação e a recuperação de áreas de preservação

permanente - APPs, incluindo as matas ciliares.

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O Novo Código Florestal Brasileiro (Lei Nº 12.651) foi aprovado em 25/05/2012 e

substitui o anterior (Lei Nº 4.771) que datava de 1965. A Lei 12.651 dispõe sobre a

proteção da vegetação nativa e define em seu artigo 3º que Área de Preservação

Permanente – APP é toda área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a

função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade

geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e

assegurar o bem-estar das populações humanas.

O art. 4º considera como APP, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,

excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de

largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os

cursos d’água que tenham

de 10 (dez) a 50 (cinquenta)

metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos

d’água que tenham de 50 (cinquenta) a

200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água

que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a

600 (seiscentos) metros;

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20

(vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)

metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

As matas ciliares são, em

conjunto, classificadas como

qualquer vegetação que

ocupe as margens de corpos

d’água. (Antonini, Yasmine et al.,

2016)

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III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de

barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença

ambiental do empreendimento; (...).

Seguindo os preceitos da Lei Federal, foi aprovada em Minas Gerais, no ano de 2013 a

nova lei florestal mineira (Lei Nº 20.922), em substituição à anterior que datava do ano

de 2002 (Lei Nº 14.309). Em seu artigo 8º a Lei 20.922 considera APP a área, coberta

ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos

hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo

gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações

humanas. A descrição destas áreas é apresentada no artigo 9º e seguiu a maioria das

definições da Lei 12.651/2012.

Art. 9º Para os efeitos desta Lei, em zonas rurais ou urbanas, são APPs:

I - as faixas marginais de cursos d’água naturais perenes e intermitentes, excluídos os

efêmeros, medidas a partir da borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de

largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água de 10 (dez) a 50 (cinquenta)

metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água de 50 (cinquenta) metros a 200

(duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água de 200 (duzentos) a 600

(seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água de mais de 600 (seiscentos)

metros;

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa de proteção, com largura

mínima de:

a) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

b) 50 (cinquenta) metros, em zonas rurais cujo corpo d’água seja inferior a 20

(vinte) hectares de superfície;

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c) 100 (cem) metros, em zonas rurais cujo corpo d’água seja superior a 20 (vinte)

hectares de superfície;

III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de

barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa de proteção definida

na licença ambiental do empreendimento;

IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, no raio mínimo de

50 (cinquenta) metros; (...).

Com o objetivo de direcionar os projetos de recuperação de áreas de preservação

permanente o CONAMA aprovou em 28 de fevereiro de 2011, a Resolução 429, que

dispõe sobre a metodologia de recuperação das APPs.

É possível perceber que nos últimos anos houve uma atualização na legislação

concernente a este assunto visando, sobretudo reduzir as perdas de vegetação nos

estados e municípios e realizar a recuperação das áreas de preservação permanente,

com destaque para as matas ciliares.

A implementação plena destas determinações legais, entretanto, muitas vezes esbarra

em questões sociais, principalmente quando nascentes e cursos de água se localizam

em pequenas propriedades. Em muitos casos, as propriedades estão localizadas em

áreas de solos pobres e com alto risco de degradação, e os proprietários não têm

condições financeiras para implementar um

processo de recuperação da mata ciliar

(Santos et. al., 2008).

As matas ciliares têm grande

importância para a

manutenção da qualidade

dos corpos d’água.

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3 Implantação das matas ciliares no reservatório da Usina

Hidrelétrica Volta Grande

3.1 Histórico - o início de tudo

As matas ciliares do rio Grande foram alteradas muito antes da implantação do

reservatório da UHE Volta Grande, uma

vez que, não havia leis específicas que

previam a preservação desses

ecossistemas. Mesmo antes da

implantação do reservatório, as matas

ciliares já estavam sob o impacto da

agricultura, restando poucos

remanescentes naturais.

Com a Lei nº 4.771, de 1965, vigente na ocasião da construção da UHE Volta Grande,

as florestas existentes ao redor de lagos, lagoas ou reservatórios naturais ou artificiais

passaram a ser reconhecidas como de preservação permanente. Apesar dessa lei não

especificar a extensão da faixa a ser preservada, contemplava a recuperação e

indenização pela empresa gestora da hidrelétrica. No cumprimento da legislação, a

Cemig, que tem a concessão do aproveitamento da UHE Volta Grande desde 1967,

iniciou a restauração de parte desse ecossistema, às margens do reservatório.

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O Programa de Recuperação de Matas Ciliares da Cemig teve início em 1990, por meio

de um convênio com a Universidade Federal de Lavras – UFLA, e teve como objetivo

principal a geração de tecnologia em recomposição de matas ciliares às margens do

reservatório. Era ainda objetivo do Programa de Recuperação de Matas Ciliares, a

contenção dos processos erosivos às margens de reservatórios, devido ao embate de

ondas.

Os projetos de recuperação no reservatório de Volta Grande se iniciaram em 1991,

com a priorização do desenvolvimento de tecnologia para a produção de mudas

nativas no viveiro da usina. A universidade contribuiu muito na escolha e definição das

espécies que melhor se adaptariam às

condições deste reservatório.

Vencida a etapa do domínio das técnicas de

produção de mudas, as novas dificuldades

estavam em adquirir as sementes, uma vez

que na região foram identificadas poucas

matrizes para a coleta. A solução encontrada na época foi o fornecimento de sementes

de espécies nativas pelo laboratório de

sementes da UFLA. Posteriormente, a Cemig

implantou um laboratório de sementes em

Belo Horizonte, garantindo o fornecimento e

aumentando as metas anuais de produção

de mudas, variando ainda a genealogia das

espécies, uma vez que, a coleta das

sementes era realizada em diversas regiões de Minas. Dessa forma, foi implantado

também o viveiro de mudas da UHE Volta Grande, com excelente infraestrutura e uma

quantidade suficiente de mudas disponíveis para iniciar o desafio de restaurar as Áreas

de Preservação Permanentes – APP, ao longo do reservatório.

A partir desse momento, foi preciso realizar um trabalho de conscientização dos

proprietários das terras às margens do reservatório, buscando envolvê-los no processo

e a na adesão. Para isto, foram realizados diversos “Dias de Campo”, nos quais a

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participação dos proprietários, sindicatos rurais, Emater, IEF e escolas da região, foi

primordial.

Foram implantadas duas unidades

demonstrativas de matas ciliares (em

Água Comprida – MG e Miguelópolis – SP)

fundamentais para mostrar aos

proprietários a importância e a

veracidade do projeto. Nesta parceria, a

Cemig elaborava os projetos, fornecia as mudas e prestava assistência técnica,

deixando para os produtores a responsabilidade de executar o plantio e a manutenção

das mudas.

Os desafios enfrentados ao longo do tempo foram inúmeros. Diversos plantios foram

impactados por incêndios e pelo gado que pisoteava e comia as mudas. Porém, com

muita persistência, os obstáculos foram superados e em poucos anos formou-se um

corredor verde ao longo do reservatório da usina, em áreas onde anteriormente se via

agricultura e pecuária.

Em 25 anos de projeto, foram plantadas

aproximadamente um milhão de mudas, e

hoje muitas espécies já fornecem

sementes para recompor outras áreas.

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3.2 Caracterização das áreas de plantio

O trabalho de recuperação das matas ciliares desenvolvido pela Cemig foi realizado às

margens da represa de Volta Grande, na região do médio rio Grande, nos estados de

Minas Gerais e São Paulo (Figura 1). Os projetos de recuperação de matas ciliares no

reservatório de Volta Grande começaram a ser implantados em 1991.

Figura 1 – Localização do reservatório da UHE Volta Grande.

A área da usina apresenta altitude de média de 510 metros. O solo predominante é do

tipo latossolo roxo eutrófico. Este tipo de solo geralmente apresenta elevada

fertilidade (Nardy, 1995). As áreas reflorestadas foram utilizadas anteriormente para

plantio de cana-de-açúcar desde 1983 e, atualmente, as áreas adjacentes ainda são

utilizadas para este fim (Souza, 2002).

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3.3 Origem das mudas utilizadas

O viveiro de mudas da Estação Ambiental de Volta Grande é o principal fornecedor de

mudas de espécies nativas para

aplicação no Programa de Recuperação

das Matas Ciliares. Este viveiro atende

ainda ao Programa de Arborização

Urbana da Cemig em parceria com as

prefeituras municipais da região, com o

objetivo de compatibilizar a

manutenção da arborização com a manutenção das redes de distribuição de energia

elétrica, reduzindo assim, o risco de acidentes e interrupções no fornecimento de

energia elétrica. Em alguns casos, o viveiro fornece mudas a proprietários parceiros

que desejam recuperar alguma área, que

seja de interesse mútuo, ou seja, tanto da

Cemig, quanto do proprietário.

A capacidade de produção do viveiro é de

450.000 mudas/ano, sendo que hoje são

produzidas 130 mil para atender ao

plantio de matas ciliares, como também à arborização urbana. As tecnologias utilizadas

são a produção em tubetes e em sacolas plásticas, de acordo com a espécie e o porte

da muda que se pretende produzir.

A produção em tubetes proporciona uma

melhor formação das raízes, reduz o

custo da muda e facilita o plantio da

muda. Já a produção em sacolas é mais

apropriada para sementes das espécies

utilizadas na arborização urbana, com

mudas maiores, que demandam maior

sistema radicular.

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Para atender às especificações do Programa de Recuperação de Matas Ciliares, as

espécies nativas foram produzidas por grupos ecológicos, sendo 50% Pioneiras, 40%

Secundárias e 10% Clímax.

As principais espécies produzidas no viveiro de Volta Grande, para implantação do

programa são:

Tamboril (Enterolobium contortisiliquum), Eritrina (Erythrina falcata), Pitanga (Eugenia

uniflora), Genipapo (Genipa americana), Jacaraná-mimoso (Jacaranda mimosifolia), Aroeira

(Lithraea molleoides), Bico-de-pato (Machaerium nictitans), Moreira (Maclura tinctoria), Ingá

(Inga affinis), Jequitibá (Cariniana strellensis), Óleo-de-bálsamo (Myroxylum balsamum),

Peroba (Aspidosperma polyneuron), Ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), Ipê-amarelo (Tabebuia

serratifolia), Óleo-de-copaíba (Copaifera langsdorffii), Angico-vermelho (Anadenanthera

peregrina), Cedro (Cedrela fissilis), Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra).

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4 A implantação do projeto de restauração

das matas ciliares

Os espaçamentos utilizados nos plantios mais antigos foram de 3,0 x 2,0 m, enquanto

que nos plantios mais novos foram de 3,0 x 3,0 m, majoritariamente em quincôncio,

com base nos princípios da sucessão secundária, utilizando espécies pioneiras e

climácicas. Para todos os plantios a adubação inicial

consistiu da aplicação de 150 g de 4-14-8

incorporados na cova de plantio. As faixas

de plantio adotadas foram de 13,6 a 98,6m.

No período de 1992 a 2005, foram plantadas 705.263

(setecentas e cinco mil, duzentos e sessenta e três)

mudas, em um total de 480,00 ha, em parceria com

proprietários rurais do entorno do reservatório.

Quincôncio - plantação de

elementos vegetais (árvores,

arbustos, etc.) em grupos de

cinco, de modo a que quatro

ocupem os vértices de um

quadrado e outro o centro

desse quadrado.

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5 P&D 484

Situação atual da implantação das matas ciliares no reservatório 5.1

de Volta Grande

Entre os anos de 2012 e 2016, foi desenvolvido, por meio de parceria entre a

Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP e a Cemig, um Projeto de Pesquisa e

Desenvolvimento com o objetivo de avaliar a efetividade e a sustentabilidade das

matas ciliares da UHE Volta Grande, na conservação de processos ecológicos e

biodiversidade (P&D 484).

Neste projeto foram selecionados para estudo faixas de reflorestamento mais estreitas

(30 m) e mais largas (100 m) e ainda avaliou-se o efeito da idade (tempo após

implantação dos reflorestamentos – 10 e 20 anos) nas características da floresta no

entorno do reservatório da UHE Volta Grande. Como referência, foi também

inventariada uma área chamada de “Nativa”, a qual não possui histórico de impactos

ambientais nos últimos 60 anos. Foram inventariados os indivíduos arbóreos com

circunferência na altura do peito maior ou igual a 10 cm.

Figura 2. Áreas objeto de estudo do P&D 484.

Nativa

Noboro

Santa Bárbara

Figueira Delta

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A seguir estão descritas as áreas reflorestadas no entorno do reservatório da UHE Volta Grande

Tabela 1 – Áreas reflorestadas no entorno do reservatório da UHE Volta Grande

Área 1 - Projeto Noboro Município: Água Comprida Largura da faixa: 30m Plantio 1993/1994 Replantio em 1994 Número de espécies: 35 a 40 Preparo do solo: Aração, gradagem e sulcamento Espaçamento: 3,0 x 2,0m Adubação: 150 gramas de 04-14-08

Área 2 - Projeto Raízen-Figueira Município: Igarapava Largura da faixa: 100m Plantio 1995 a 1996 Replantio: Não houve necessidade Número de espécies: 35 a 40 Preparo de solo: Gradagem, sulcamento Espaçamento: 3,0 x 2,0m Adubação: 150 gramas de 04-14-08

Área 3 - Projeto Santa Bárbara Município: Miguelópolis Largura da Faixa: 30m Plantio: 1999 a 2000 Replantio: 2001 Número de espécies: 30 a 35 Preparo de solo: Aração, gradagem e sulcamento Espaçamento: 3,0 x 3,0m Adubação: 150 gramas de 04-14-08

Área 4 - Projeto Ponte de Delta Município: Igarapava Largura da faixa: 100m Plantio: 2000/2001 Replantio: Não houve necessidade Número de espécies: 30 a 35 Preparo de solo: Gradagem e sulcamento Adubação: 150 gramas de 04-14-08

Área 5 - Projeto Nativa: Área de referência

A composição das áreas foi comparada com aquela previamente utilizada na

implantação dos reflorestamentos. As espécies inventariadas foram também

classificadas de acordo com sua

categoria sucessional

(pioneira/não pioneira) como

sugerido por Gandolfi (1991) e

Leitão Filho et al. (1993), pela

síndrome de dispersão, ou seja,

forma pela qual dispersam seus

frutos ou sementes (autocórica,

zoocórica, anemocórica) e

quanto a sua origem (nativa ou exótica). Estes estudos foram baseados em dados

disponíveis na literatura e em observações feitas durante os trabalhos de campo.

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Foram identificadas 136 espécies agrupadas em 31 famílias (Tabela 2). A família com o

maior número de espécies foi Leguminosae, com 31, seguida por Anacardiaceae (8),

Malvaceae e Sapindaceae (6) e Apocynaceae, Bignoniaceae, Lauraceae, Moraceae e

Myrtaceae com 5 espécies cada. A diversidade encontrada supera bastante a média

encontrada normalmente para o cerrado, o que é um indicativo dos benefícios da

implantação das matas ciliares nestas áreas.

Tabela 2. Espécies arbóreas identificadas nos reflorestamentos no entorno do reservatório de Volta Grande,

Minas Gerais e São Paulo.

Família Espécie Estágio Sucessional

Síndrome de dispersão

Origem Plantio

Anacardiaceae Anacardiaceae 1 Anacardiaceae Anacardiaceae 2 Anacardiaceae Astronium fraxinifolium Schott Pioneira Anemocórica Nativa Sim Anacardiaceae Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Anacardiaceae Mangifera indica L. Exótica Zoocórica Exótica Sim Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Allemão Secundária

tardia ou Clímax

Zoocórica Nativa Sim

Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Pioneira Zoocórica Nativa Sim Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. Pioneira Zoocórica Nativa Sim

Annonaceae Annonaceae 1 Annonaceae Annonaceae 2 Annonaceae Annonaceae 3 Annonaceae Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Apocynaceae Apocynaceae 1 Apocynaceae Apocynaceae 2 Apocynaceae Aspidosperma parvifolium A.DC. Secundária

tardia ou Clímax

Anemocórica Nativa Sim

Apocynaceae Aspidosperma sp. 1 Apocynaceae Aspidosperma sp. 2 Aquifoliaceae Ilex cerasifolia Reissek Secundária Zoocórica Nativa Não

Araliaceae Didymopanax sp. Pioneira Zoocórica Nativa Não Arecaceae Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd.

ex Mart. Pioneira Zoocórica Nativa Não

Arecaceae Bactris gasipaes Kunth Pioneira Zoocórica Nativa Não Arecaceae Euterpe edulis Mart. Secundária Zoocórica Nativa Não

Bignoniaceae Bignoniaceae 2 Bignoniaceae Bignoniaceae 3 Bignoniaceae Handroanthus cf. chrysotrichus

(Mart. ex DC.) Mattos Secundária

tardia Anemocórica Nativa Sim

Bignoniaceae Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Secundária Anemocórica Nativa Sim

Bignoniaceae Jacaranda mimosifolia D. Don Secundária Anemocórica Nativa Sim Boraginaceae Boraginaceae 1 Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume Pioneira Zoocórica Nativa Sim

Ebenaceae Diospyros brasiliensis Mart. ex Miq. Secundária Zoocórica Nativa Não Erythroxylaceae Erythroxylum daphnites Mart. Pioneira Zoocórica Nativa Não

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Erythroxylaceae Erythroxylum sp.1 Não Euphorbiaceae Mabea sp.1 Não Euphorbiaceae Mabea sp.2 Não Euphorbiaceae Sapium glandulosum (L.) Morong Pioneira Zoocórica Nativa Sim

Lauraceae Lauraceae 1 Não Lauraceae Lauraceae 2 Não Lauraceae Lauraceae 3 Não Lauraceae Lauraceae 4 Não Lauraceae Lauraceae 5 Não

Leguminosae Acacia auriculiformis A. Cunn. ex Benth.

Exótica Autocórica Exótica Sim

Leguminosae Acacia mangium Willd. Exótica Autocórica Exótica Sim Leguminosae Albizia niopoides (Spruce ex Benth.)

Burkart Pioneira a Secundária

Autocórica Nativa Sim

Leguminosae Anadenanthera peregrina (L.) Speg. Pioneira Autocórica Nativa Sim Leguminosae Bauhinia sp.1 Autocórica Sim Leguminosae Bauhinia sp.2 Autocórica Não Leguminosae Clitoria fairchildiana R.A.Howard Secundária Autocórica Nativa Sim Leguminosae Copaifera langsdorffii Desf. Secundária Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Dipteryx alata Vogel Secundária Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Erythrina falcata Benth Autocórica Nativa Sim Leguminosae Hymenaea courbaril L. Secundária Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Hymenaea stigonocarpa Mart. ex

Hayne Secundária Zoocórica Nativa Sim

Leguminosae Inga sp. Zoocórica Nativa Leguminosae Inga uruguensis Hook. & Arn. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Leguminosae 1 Leguminosae Leguminosae 2 Leguminosae Leguminosae 3 Leguminosae Machaerium opacum Vogel Pioneira Anemocórica Nativa Sim Leguminosae Machaerium sp.1 Anemocórica Nativa Leguminosae Machaerium sp.2 Anemocórica Nativa Leguminosae Machaerium sp.3 Anemocórica Nativa Leguminosae Machaerium sp.4 Anemocórica Nativa Leguminosae Mimosa caesalpiniifolia Benth. Pioneira a

Secundária Autocórica Nativa Sim

Leguminosae Mimosa sp. Nativa Sim Leguminosae Myrocarpus frondosus Allemão Pioneira a

Secundária Anemocórica Nativa Sim

Leguminosae Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan

Secundária Autocórica Nativa Sim

Leguminosae Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.

Pioneira Autocórica Nativa Sim

Leguminosae Plathymenia reticulata Benth. Pioneira Autocórica Nativa Sim Leguminosae Schizolobium parahyba (Vell.) Blake Pioneira a

Secundária Anemocórica Nativa Sim

Leguminosae Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose

Pioneira a Secundária

Autocórica Nativa Sim

Leguminosae Senna multijuga (Rich.) H.S.Irwin & Barneby

Pioneira Autocórica Nativa Sim

Malvaceae Apeiba tibourbou Aubl. Pioneira Autocórica Nativa Sim Malvaceae Guazuma ulmifolia Lam. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Malvaceae Luehea paniculata Mart. & Zucc. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Malvaceae Malvaceae 1 Malvaceae Malvaceae 2 Malvaceae Pachira aquatica Aubl. Secundária Zoocórica Nativa Sim

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inicial Meliaceae Cedrela fissilis Vell. Secundária Anemocórica Nativa Sim Moraceae Ficus christianii Carauta Pioneira Zoocórica Nativa Sim Moraceae Ficus sp. Moraceae Maclura tinctoria (L.) D.Don ex

Steud. Pioneira a Secundária

Zoocórica Nativa Sim

Moraceae Moraceae 1 Moraceae Morus nigra L. Exótica Zoocórica Exótica Sim Myrtaceae Myrtaceae 1 Myrtaceae Myrtaceae 2 Myrtaceae Myrtaceae 3 Myrtaceae Psidium guajava L. Exótica Zoocórica Exótica Sim Myrtaceae Syzygium cumini (L.) Skeels Exótica Zoocórica Exótica Sim Piperaceae Piper sp.1 Piperaceae Piper sp.2

Polygonaceae Triplaris americana L. Pioneira Anemocórica Nativa Sim Primulaceae Myrsine umbellata Mart. Secundária Zoocórica Nativa Sim Primulaceae Primulaceae 1 Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum Reissek Pioneira Zoocórica Nativa Sim

Rubiaceae Alibertia sp.1 Rubiaceae Genipa americana L. Secundária Zoocórica Nativa Sim Rubiaceae Rubiaceae 2 Não Rubiaceae Rubiaceae 3 Não Rutaceae Rutaceae 1 Rutaceae Zanthoxylum rigidum Humb. &

Bonpl. ex Willd. Secundária Zoocórica Nativa Sim

Salicaceae Casearia sp.1 Nativa Não Salicaceae Casearia sp.2 Nativa Não Salicaceae Casearia sp.3 Nativa Não Salicaceae Salicaceae 1 Não

Sapindaceae Cupania sp.1 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 1 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 2 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 3 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 4 Nativa Não Sapindaceae Sapindus saponaria L. Secundária

tardia Zoocórica Nativa Sim

Siparunaceae Siparuna brasiliensis (Spreng.) A.DC.

Secundária inicial

Zoocórica Nativa Não

Solanaceae Acnistus arborescens (L.) Schltdl. Pioneira Zoocórica Nativa Não Urticaceae Cecropia hololeuca Miq. Pioneira Zoocórica Nativa Não Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul Pioneira Zoocórica Nativa Sim

Vochysiaceae Qualea grandiflora Mart. Pioneira Anemocórica Nativa Não Indeterminada Indeterminada 1 Indeterminada Indeterminada 2 Indeterminada Indeterminada 3 Indeterminada Indeterminada 4 Indeterminada Indeterminada 5 Indeterminada Indeterminada 6 Indeterminada Indeterminada 7 Indeterminada Indeterminada 8 Indeterminada Indeterminada 9 Indeterminada Indeterminada 10

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Apenas seis espécies exóticas foram identificadas: Psidium guajava L. (goiabeira),

Mangifera indica L. (mangueira), Syzygium cumini (L.) Skeels (jambolão), Morus nigra L.

(amoreira), Acacia auriculiformis A. Cunn. ex Benth. e Acacia mangium Willd. (ambas

conhecidas como acácias). Todas elas foram plantadas durante a implantação do

projeto de reflorestamento. Apesar de até o momento não haver evidências de

invasão desordenada, é importante que se mantenha o monitoramento das áreas no

intuito de averiguar qualquer aumento inadequado de espécies exóticas. Estas podem

ser extremamente danosas ao competirem com as espécies nativas, alterando

processos de sucessão ou mesmo de competição de recursos para a fauna.

Apesar deste levantamento ter incluído apenas espécies arbóreas, observou-se que a

invasão por gramíneas limitou o recrutamento de espécies em algumas áreas, ou até

mesmo o sucesso do plantio,

sendo necessário o seu

controle para garantia de êxito

do reflorestamento. Grande

parte das espécies possui

síndrome de dispersão

zoocórica (56%), provendo

recursos para a fauna regional

que é bastante diversa. Nas demais espécies, ocorrem síndromes autocórica e

anemocórica (22% cada).

Do total das 136 espécies identificadas, apenas 52 foram plantadas no

reflorestamento. Observa-se o recrutamento de diversas espécies, oriundas da matriz

florestal circundante e, em especial, de espécies de cerrado.

Atualmente, a ideia de copiar um modelo de floresta madura em reflorestamentos foi

abandonada (Rodrigues et al. 2009). Ao invés disso, busca-se a restauração dos

processos ecológicos responsáveis pela reconstrução da floresta. Das espécies cuja

categoria sucessional foi identificada, mais da metade (55%) são pioneiras, 38% são

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secundárias iniciais e 7% são secundárias tardias ou clímax. A presença de espécies de

categorias sucessionais mais tardias evidenciam a efetividade do reflorestamento

mesmo sendo considerado ainda bastante jovem.

Espera-se que a longo prazo, caso as condições de sucessão sejam mantidas, que os

ecossistemas ciliares no entorno do

reservatório da UHE Volta Grande

evoluam para o desenvolvimento de

ecossistemas mais complexos e

biodiversos. Para este fim é

necessário que seja mantido o

monitoramento, reavaliações e

possíveis intervenções para fazer

garantir o sucesso previsto nas ações de restauração.

Segundo Antonini (2016), as áreas reflorestadas do entorno do reservatório da UHE

Volta Grande, apesar de não terem sido restauradas com o propósito específico de

recuperar a biodiversidade, processos ecológicos e serviços ecossistêmicos

apresentam hoje esse conjunto de elementos, importantes para sua “sobrevivência”.

Essas áreas abrigam uma biodiversidade relativamente alta, se comparada a outros

fragmentos na mesma região, embora a similaridade da composição, a estrutura e a

dinâmica estejam abaixo do que seria considerado ideal. Antonini (2016) concluiu

ainda que os resultados dos estudos indicam que o processo de recuperação das matas

ciliares já alcançou diversos benefícios. Dentre eles, podem ser citados a melhoria do

ambiente físico, controle de erosão, manutenção da fertilidade do solo e de ciclos

hidrológicos. Além disso, é marcante o aumento da biodiversidade vegetal e da fauna,

da biodiversidade de invertebrados aquáticos, da produtividade da vegetação e da

fixação de carbono, trazendo benefícios diretos para a vida humana.

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6 Serviços ecossistêmicos prestados pelas

matas ciliares da UHE Volta Grande

A sobrevivência do homem no planeta depende do seu acesso a fontes renováveis e

suficientes de água e de alimento e a materiais que possam ser transformados em

tecidos, remédios, abrigos e outras edificações e produtos que confiram proteção e

certo controle sobre a produção e exploração dos bens anteriormente citados.

Pensando na sobrevivência humana em termos de qualidade de vida, podemos dizer

na demanda de bens e serviços que são ofertados pelos ecossistemas naturais, entre

os quais citamos os ambientes agradáveis à recreação, prática de esportes ao ar livre,

meditação e de aqueles que proporcionam interação entre o homem e outros

organismos, por exemplo, pássaros, flores, árvores, líquens, etc., cuja diversidade e

beleza nos fascina.

Referindo especificamente às matas ciliares do reservatório da UHE Volta Grande, nos

deparamos claramente com os serviços ecossistêmicos prestados neste e por este

ambiente. Existe uma íntima relação entre a qualidade de vida humana, a conservação

de ecossistemas naturais, a

oferta de bens e serviços,

como água e alimento, e a

necessidade de ampliar a

extensão de áreas florestais

por meio da recuperação de

áreas degradadas. Além da

madeira fornecida pela

floresta, ela ainda fornece

as sementes, os frutos, plantas medicinais e ornamentais, fibras e corantes. Ainda,

abrigam organismos que desempenham importantes funções na própria manutenção

do ambiente. Também realizam outros serviços de imensa influência sobre o clima,

ciclos hidrológicos, biodiversidade, qualidade da água e da atmosfera e fertilização do

solo. A este conjunto de benefícios ofertados direta ou indiretamente pelo

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funcionamento dos ecossistemas às populações humanas chamamos de “serviços

ecossistêmicos” (Daily, 1997; Constanza et al., 1997; MEA, 2005; Figura 2).

Os serviços ecossistêmicos são organizados, em geral, em categorias de provisão de

bens de consumo, de local para práticas de lazer, cultura e atividades espirituais, de

controle sobre o clima e a qualidade da água, do solo e do ar e, consequentemente, da

saúde humana, e de suporte, ou seja, de funções que mantêm o funcionamento da

própria floresta, sendo portanto, a base de todos os demais serviços ecossistêmicos

(MEA, 2005). Vale lembrar, entretanto, que os serviços ecossistêmicos são

responsáveis pela manutenção e sustentação da vida como um todo na Terra, não

somente das populações humanas. Bons exemplos disso são o ar que respiramos e a

água que bebemos. Setenta por cento do oxigênio que respiramos vem dos oceanos,

por meio do processo fotossintético de pequenas algas que flutuam na superfície do

mar.

Figura 2 – Funções ecossistêmicas organizadas nas categorias de suporte, provisão, regulação e cultural. Fonte: Restauração e Conservação de Matas Ciliares em Reservatórios Hidroelétricos (2016)

PROVISÃO Alimento

Água Fibras e madeira

Combustível

REGULAÇÃO Do clima

Das enchentes Das doenças

Purificação da água, ar e solo

CULTURAL Recreação

Estética Educacional

Espiritual

SUPORTE Ciclagem de nutrientes, formação do solo, produtividade primária.

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Dentre os inúmeros serviços ecológicos prestados pelos organismos que habitam as

florestas, destacam-se:

a polinização

a dispersão de frutos e sementes

e o controle biológico de espécies consideradas pragas.

A polinização realizada principalmente por abelhas é extremamente importante, pois

além de garantir a reprodução das plantas, garante também a produção de alimentos,

já que várias espécies de plantas nativas e cultivadas dependem da polinização para a

produção de frutos. As matas ciliares do reservatório de Volta Grande estão

contribuindo para a manutenção desse importante serviço ambiental, já que foram

encontradas várias espécies de abelhas que polinizam plantas nativas.

A dispersão de frutos e sementes se dá pela ação do vento, da água e pelos animais

chamados frugívoros. A dispersão é o processo de transporte das sementes para longe

da planta mãe, alcançando locais onde a possibilidade de germinação e sobrevivência

sejam maiores, em função da menor pressão de predação e a competição. Ao

consumir os frutos, ocorre o processo de transporte das sementes pelos animais,

assim, muitas sementes caem ou são defecadas, ou ainda, regurgitadas, sendo então

disseminadas por toda a área utilizada pelos animais que as consumiram. Essa

interação entre fauna e flora é a base para a manutenção e regeneração das matas

ciliares. Embora vários animais sejam considerados frugívoros, notadamente as aves e

os mamíferos são os mais eficientes.

Um bom exemplo de estudo de

frugivoria e dispersão de sementes nas

matas ciliares replantadas do

reservatório da UHE Volta Grande

demonstrou a importância da embaúba

como espécie chave para a manutenção de grande número de aves frugívoras na

região (Faria, 2015). A embaúba é uma espécie pioneira, com grande número de

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Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 24

indivíduos nas matas ciliares amostradas e que frutifica durante todo o ano. Nesse

estudo, foram identificadas 34 espécies de aves consumindo os frutos da embaúba,

sendo 14 espécies consideradas boas dispersoras das sementes, baseado em seu

comportamento de coleta e mandibulação das infrutescências, bem como no número

alto de visitas com consumo do fruto. O sabiá-do-campo (Mimus saturninus), o bem-te-

vi (Pitangus sulphuratus) e o sanhaço-cinzento (Tangara sayaca) estão entre as espécies

com boa capacidade de dispersão.

As matas ciliares que foram replantadas no entorno do de Volta Grande ainda

desempenham importantes serviços ecossistêmico relacionados à qualidade da água

no reservatório. A cobertura vegetal dos fragmentos florestais protege o solo contra a

ação erosiva do vento e da chuva, diminuindo o carreamento de partículas de solo

para o reservatório. Enquanto que, em parcelas sem vegetação, a erosão foi de cerca

de 1 kg/mês no período chuvoso, no interior dos fragmentos de mata a erosão foi

diminuída em até três vezes.

A importância dessas áreas recuperadas é tão grande para o reservatório que, em

áreas onde não existe floresta, foi possível identificar um menor número de

invertebrados planctônicos. O zooplâncton - parte animal do plâncton é um elo crucial

na cadeia alimentar aquática. As espécies que formam o zooplâncton são responsáveis

pelo “controle” das microalgas, pois se alimentam delas, ao mesmo tempo em que são

consumidos por larvas de peixes e outros invertebrados. Nas áreas de reflorestamento

onde a mata ciliar estava presente, o número de espécies do zooplâncton foi pelo

menos 2 vezes maior do que nas áreas onde não existia nenhuma mata ciliar – áreas

de pasto, cana e soja no entorno do reservatório.

Segundo os resultados do P&D 484, os fragmentos de floresta ciliar do reservatório de

Volta Grande abrigam hoje uma diversidade de espécies variada, sendo que em alguns

fragmentos esse valor é alto, por exemplo, na área Nativa, próximo de áreas naturais,

mas por outro lado, outros fragmentos apresentam valores bem baixos, por exemplo,

Delta e Figueira. Isso denota a necessidade de estudos e monitoramento das áreas,

acompanhando o processo de sucessão e realizando interferências como

enriquecimento de algum grupo funcional ou supressão de espécies exóticas.

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Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 25

Em relação à fauna terrestre, o P&D classificou as espécies em dezoito grupos

funcionais. A riqueza de espécies em cada grupo funcional pode ser considerada alta

para reflorestamentos tão jovens. Importante notar que nas categorias estão incluídas

espécies de vertebrados e invertebrados, que podem estar desempenhando a mesma

função nos ecossistemas, mas com diferentes estratégias. Na categoria “carnívoro”,

por exemplo, foram incluídos tanto mamíferos de grande porte, como a onça parda,

quanto as aranhas. Ambos os grupos são predadores, regulando a população de suas

presas. Ainda nessa categoria estão as vespas, que são predadoras de insetos

consideradas pragas agrícolas. Na categoria frugívoros, a riqueza também foi alta.

Nessa categoria estão muitas espécies de aves, que ao se alimentarem dos frutos,

dispersão as sementes.

Tabela 3 – Riqueza em espécies dos principais grupos funcionais da fauna terrestre encontrados nos reflorestamentos do entorno do reservatório de Volta Grande

Grupo funcional

Abundância

Riqueza

Invertebrado carnívoro 3251 35

Invertebrado Nectarivoro 1859 40

Invertebrado predador de semente 254 3

Invertebrado Detritívoro 30177 12

Invertebrado Hematófago 169 2

Invertebrado Herbívoro 20650 10

Invertebrado Micofaga 1658 8

Vertebrado Carnívoro 118 11

Vertebrado Frugívoro 190 16

Vertebrado Frugívoro/Predador de sementes 9 4 Vertebrado Granívoro 19 4 Vertebrado Insetívoro 857 74 Vertebrado Malacófago 4 1 Vertebrado Necrófago 1 1 Vertebrado Onívoro 353 38 Vertebrado Pscívoro 11 4 Vertebrado Frugívoro/granívoro 267 3 Vertebrado Nectarivo 40 6

Fonte: Restauração e Conservação de Matas Ciliares em Reservatórios Hidroelétricos (2016)

Quanto ao ecossistema aquático, foi observado durante os estudos que se apresentava

“em equilíbrio” de todas as características funcionais, apenas nas áreas onde havia a

presença das matas ciliares em Volta Grande. Espécies como rotíferos Brachionus

angulares, Brachionus calyciflorus, os microcrustáceos Alonna affinis, Chydorus

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specious e outros, que representam os micrófagos e os raspadores, foram abundantes

nas áreas onde a vegetação ciliar estava presente. Em contrapartida, nas áreas do

reservatório onde havia supressão da mata ciliar, a diversidade funcional do

zooplâncton foi baixa, tendo sido encontrados apenas pequenos micrófagos, aqueles

capazes de filtrar pequenas quantidades de água. O estudo da diversidade funcional,

seja no ambiente terrestre, seja no ambiente aquático, é uma ferramenta poderosa na

avaliação da efetividade de recuperação de áreas degradadas.

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7 Conclusão

Considerando o objetivo primordial do P&D 484 que era avaliar a “efetividade e

sustentabilidade das matas ciliares do reservatório da UHE Volta Grande na

conservação de processos ecológicos e biodiversidade”, podemos dizer que:

as áreas reflorestadas do entorno do reservatório, apesar de não terem sido

recuperadas com o propósito específico de recuperar a biodiversidade,

processos ecológicos e serviços ecossistêmicos apresentam hoje esse conjunto

de elementos, importantes para a sua "sobrevivência” e longevidade;

essas áreas abrigam uma biodiversidade relativamente alta, se comparada a

outros fragmentos na mesma região, embora a similaridade da composição, a

estrutura e a dinâmica estejam abaixo do que seria considerado ideal;

o processo de recuperação das matas ciliares já alcançou diversos benefícios,

dentre eles podemos citar: controle da erosão, manutenção da fertilidade do

solo e ciclos hidrológicos;

é marcante o aumento da biodiversidade vegetal e da fauna, da biodiversidade

de invertebrados aquáticos, da produtividade da vegetação e da fixação de

carbono, o que traz benefícios diretos a vida humana;

algumas áreas precisam de intervenção, pois estão seguindo exatamente pelo

caminho contrário ao que se pretendia , ou seja a autossustentabilidade;

para a fauna e flora, em geral, duas áreas – Delta e Figueira, especificamente,

apresentam uma comunidade muito pobre e algumas espécies dominantes, o

que significa que o número de indivíduos de uma ou duas espécies é muito

superior ao encontrado para as demais. Isso demonstra tendência à

homogeneização e ao empobrecimento biótico. Nesse caso, poderá ocorrer em

curto prazo a dominância de uma espécie, fazendo com que outras não

permaneçam na área;

a presença de um maior número de espécies da fauna pode ser considerada

uma importante ferramenta para a conservação e restauração dos fragmentos

de mata ciliar, devido aos serviços ecossistêmicos prestados por estes animais,

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Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 28

os estudos evidenciaram que várias espécies de aves, mamíferos e de

invertebrados como as formigas e besouros atuam como dispersores de frutos

e sementes e como decompositores, contribuindo para o enriquecimento da

flora.

E os estudos também recomendam para futuros reflorestamentos de matas ciliares:

reflorestamento contínuo do entorno do corpo d’água, aumentando assim a

eficiência deste fragmento como corredor ecológico;

plantar faixas com largura maior que 30 metros, diminuindo o efeito de borda,

o que gera áreas diferenciadas de borda e interior, criando uma maior

diversidade de ambientes e, por fim,

manter a conectividade com matas ciliares nativas e remanescentes florestais,

permitindo a ligação das matas reflorestadas com ambientes que podem atuar

como fonte de espécies típicas de mata ciliar.

Os estudos realizados no P&D 484 evidenciaram que o “Programa de Recuperação de

Matas Ciliares da Cemig” foi muito bem sucedido. Porém, para que se torne em longo

prazo autossustentável, é necessário o monitoramento e a parceria constantes com a

comunidade do entorno do reservatório, facilitando assim, a implementação das

recomendações elencadas anteriormente.

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9 Autores

Andréa Cássia Pinto Pires de Almeida

Especialista em Gestão Ambiental

Especialista em Gestão Integrada de Território

Bióloga

Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais

Luciana Aparecida Magalhães

Doutora em Ciências Ambientais

Especialista em Meio Ambiente e Gestão de Recursos Hídricos

Bióloga

Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais

Rafael Augusto Fiorine

Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical

Especialista em Análise Ambiental

Engenheiro Agrônomo

Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais

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