Relatório de Biodiversidade...Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 6 c) í ì (cem)...
Transcript of Relatório de Biodiversidade...Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 6 c) í ì (cem)...
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016
Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig
Relatório de Biodiversidade
2016 Tema: Flora - Avaliação dos últimos 30 anos do
projeto de implantação de matas ciliares da Cemig Estudo de caso: UHE Volta Grande
Reservatório da UHE Volta Grande
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016
Sumário
1 Introdução ............................................................................................................................. 2
2 Aspectos legais ....................................................................................................................... 3
3 Implantação das matas ciliares no reservatório da Usina Hidrelétrica Volta Grande .......... 7
3.1 Histórico - o início de tudo ................................................................................................ 7
3.2 Caracterização das áreas de plantio ................................................................................. 10
3.3 Origem das mudas utilizadas............................................................................................ 11
4 A implantação do projeto de restauração das matas ciliares ............................................. 13
5 P&D 484 ............................................................................................................................... 14
Situação atual da implantação das matas ciliares no reservatório de Volta Grande . 14 5.1
6 Serviços ecossistêmicos prestados pelas matas ciliares da UHE Volta Grande .................. 21
7 Conclusão ............................................................................................................................ 27
8 Bibliografia .......................................................................................................................... 28
9 Autores ................................................................................................................................ 38
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 1
Mensagem da Superintendência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão
A Cemig em seus 64 anos consolidou-se como empresa reconhecida nacional e
internacionalmente tornando-se referência no setor de energia elétrica, em todas as suas
áreas de atuação.
A marca Cemig é uma referência de qualidade para toda a sociedade. Também no âmbito do
meio ambiente e sustentabilidade, a Cemig é uma empresa pioneira e com um robusto
portfólio de realizações, que a tornam uma das líderes mundiais, o que se comprova com sua
presença há 17 anos consecutivos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade e há 12 anos
consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE/BM&Ibovespa.
Antes mesmo da legislação ambiental ser implantada no Brasil, a Cemig já desenvolvia ações
vinculadas à proteção do meio ambiente e da biodiversidade, como projetos de resgate de
fauna quando do enchimento de reservatórios, e implantação voluntária de unidades de
conservação como a de Peti, local onde as metodologias de estudos ambientais foram
desenvolvidas em conjunto com professores de diversas instituições e constitui a base de
geração de conhecimentos hoje adotados no licenciamento ambiental.
A Cemig é uma das maiores geradoras de conhecimento científico ambiental em sua área de
atuação. Ao elaborar os estudos ambientais previstos no licenciamento, sempre em parceria
com instituições de ensino e pesquisas e empresas especializadas, a Cemig estuda o ambiente
em seus aspectos sociais, físicos e bióticos, disponibilizando a toda a sociedade, valiosas
informações sobre o mundo em que vivemos.
Ao implantar unidades de conservação, protegemos importantes ecossistemas e preservamos
a biodiversidade local.
Ao desenvolver as mais diversas ações e programas ambientais, além de recuperar e conservar
os ecossistemas, melhoramos as condições socioambientais locais e regionais.
E, ao trabalhar estas questões em interação com todos os segmentos sociais interessados,
praticamos cidadania.
Enio Marcus Brandão Fonseca
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 2
1 Introdução
As matas que recobrem as margens dos rios e de suas nascentes recebem o nome
popular de matas ciliares, são também conhecidas como formações florestais
ribeirinhas, matas de galeria, florestas ciliares e matas ripárias. No Brasil, as matas
ciliares estão presentes em todos os biomas: cerrado, mata atlântica, caatinga, floresta
amazônica, pantanal e pampa. Portanto, é de se imaginar a imensa diversidade de
plantas e animais que compõem tais matas ciliares nos diferentes biomas (Kuntschik,
et al., 2014).
Com a formação dos grandes reservatórios das usinas hidrelétricas, cria-se às suas
margens, um grande perímetro normalmente desprovido de formações florestais.
Quando existentes estas formações são constituídas por espécies adaptadas a um
ambiente mais seco e, portanto, pouco adaptadas à alta umidade do solo em função
da elevação do nível do lençol freático e oscilações do nível do reservatório (Botelho,
1995). Esta nova conformação do ambiente cria a necessidade da implantação,
recuperação e conservação das matas ciliares do entorno dos reservatórios para
manutenção dos processos ecológicos.
Há quase 30 anos a Cemig
vem desenvolvendo, em
parceria com instituições de ensino
superior, diversas pesquisas que têm
dado suporte aos programas de
implantação de matas ciliares no entorno
de seus reservatórios. Os primeiros estudos
neste sentido foram desenvolvidos no âmbito do
convênio CEMIG/UFLA/FAEPE e tratavam prioritariamente das técnicas de implantação
dos projetos de recuperação de matas ciliares, bem como do comportamento das
diferentes espécies utilizadas (Davide et al., 1991; Davide, Scolforo e Faria, 1993 a; b;
c; d; Davide et al., 1993; Davide, Faria e Prado, 1994; Davide, 1994; Faria, Davide e
Botelho, 1994).
As matas ciliares são fonte
importante para o estoque de águas
subterrâneas, pelo seu papel de
facilitar a infiltração de água no solo.
Essa relação também se reflete na
vazão das nascentes, pois essa
depende das flutuações no volume
do lençol freático. (Kuntschik et al.,
2014)
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 3
Desde sua origem, o Programa de Reflorestamento Ciliar se baseou no
desenvolvimento de estudos no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) da Cemig. Os programas de P&D visam incentivar a busca constante por
inovações e fazer frente aos desafios tecnológicos do setor elétrico. Neste contexto, a
Lei 9.991, de julho/2000, estabelece que concessionárias e permissionárias de
distribuição, geração e transmissão de energia elétrica apliquem anualmente parte da
sua receita operacional líquida no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor
de Energia Elétrica, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O P&D
484, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP, avalia a
“Efetividade e sustentabilidade das matas ciliares do Reservatório da UHE Volta
Grande na conservação de processos ecológicos e Biodiversidade”. O P&D 456, em
parceria com a Universidade Federal de Lavras – UFLA, está desenvolvendo um
“Modelo fitogeográfico como base para revitalização das áreas de preservação
permanente da Bacia do Rio Grande”. Resultados destes projetos, publicados em
artigos científicos e anais de eventos, estão listados no item “Bibliografia” ao final
deste relatório.
A implantação ou recomposição de matas ciliares requer emprego de técnicas
adequadas que serão definidas em função da avaliação detalhada das condições do
local. Desta avaliação, depende a seleção das espécies, métodos de preparo do solo,
calagem, adubação, técnicas de plantio, manutenção e manejo da vegetação.
Para isto, abordaremos primeiramente a questão legal, o Novo Código Florestal, que
disciplina a recuperação das matas ciliares no Brasil.
2 Aspectos legais
A legislação brasileira possui diversas normas e regulamentos que tem por objetivo
disciplinar a ação antrópica, a preservação e a recuperação de áreas de preservação
permanente - APPs, incluindo as matas ciliares.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 4
O Novo Código Florestal Brasileiro (Lei Nº 12.651) foi aprovado em 25/05/2012 e
substitui o anterior (Lei Nº 4.771) que datava de 1965. A Lei 12.651 dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa e define em seu artigo 3º que Área de Preservação
Permanente – APP é toda área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas.
O art. 4º considera como APP, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,
excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de
largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os
cursos d’água que tenham
de 10 (dez) a 50 (cinquenta)
metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos
d’água que tenham de 50 (cinquenta) a
200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água
que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a
600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20
(vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)
metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
As matas ciliares são, em
conjunto, classificadas como
qualquer vegetação que
ocupe as margens de corpos
d’água. (Antonini, Yasmine et al.,
2016)
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 5
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença
ambiental do empreendimento; (...).
Seguindo os preceitos da Lei Federal, foi aprovada em Minas Gerais, no ano de 2013 a
nova lei florestal mineira (Lei Nº 20.922), em substituição à anterior que datava do ano
de 2002 (Lei Nº 14.309). Em seu artigo 8º a Lei 20.922 considera APP a área, coberta
ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas. A descrição destas áreas é apresentada no artigo 9º e seguiu a maioria das
definições da Lei 12.651/2012.
Art. 9º Para os efeitos desta Lei, em zonas rurais ou urbanas, são APPs:
I - as faixas marginais de cursos d’água naturais perenes e intermitentes, excluídos os
efêmeros, medidas a partir da borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de
largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água de 10 (dez) a 50 (cinquenta)
metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água de 50 (cinquenta) metros a 200
(duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água de mais de 600 (seiscentos)
metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa de proteção, com largura
mínima de:
a) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
b) 50 (cinquenta) metros, em zonas rurais cujo corpo d’água seja inferior a 20
(vinte) hectares de superfície;
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 6
c) 100 (cem) metros, em zonas rurais cujo corpo d’água seja superior a 20 (vinte)
hectares de superfície;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa de proteção definida
na licença ambiental do empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, no raio mínimo de
50 (cinquenta) metros; (...).
Com o objetivo de direcionar os projetos de recuperação de áreas de preservação
permanente o CONAMA aprovou em 28 de fevereiro de 2011, a Resolução 429, que
dispõe sobre a metodologia de recuperação das APPs.
É possível perceber que nos últimos anos houve uma atualização na legislação
concernente a este assunto visando, sobretudo reduzir as perdas de vegetação nos
estados e municípios e realizar a recuperação das áreas de preservação permanente,
com destaque para as matas ciliares.
A implementação plena destas determinações legais, entretanto, muitas vezes esbarra
em questões sociais, principalmente quando nascentes e cursos de água se localizam
em pequenas propriedades. Em muitos casos, as propriedades estão localizadas em
áreas de solos pobres e com alto risco de degradação, e os proprietários não têm
condições financeiras para implementar um
processo de recuperação da mata ciliar
(Santos et. al., 2008).
As matas ciliares têm grande
importância para a
manutenção da qualidade
dos corpos d’água.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 7
3 Implantação das matas ciliares no reservatório da Usina
Hidrelétrica Volta Grande
3.1 Histórico - o início de tudo
As matas ciliares do rio Grande foram alteradas muito antes da implantação do
reservatório da UHE Volta Grande, uma
vez que, não havia leis específicas que
previam a preservação desses
ecossistemas. Mesmo antes da
implantação do reservatório, as matas
ciliares já estavam sob o impacto da
agricultura, restando poucos
remanescentes naturais.
Com a Lei nº 4.771, de 1965, vigente na ocasião da construção da UHE Volta Grande,
as florestas existentes ao redor de lagos, lagoas ou reservatórios naturais ou artificiais
passaram a ser reconhecidas como de preservação permanente. Apesar dessa lei não
especificar a extensão da faixa a ser preservada, contemplava a recuperação e
indenização pela empresa gestora da hidrelétrica. No cumprimento da legislação, a
Cemig, que tem a concessão do aproveitamento da UHE Volta Grande desde 1967,
iniciou a restauração de parte desse ecossistema, às margens do reservatório.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 8
O Programa de Recuperação de Matas Ciliares da Cemig teve início em 1990, por meio
de um convênio com a Universidade Federal de Lavras – UFLA, e teve como objetivo
principal a geração de tecnologia em recomposição de matas ciliares às margens do
reservatório. Era ainda objetivo do Programa de Recuperação de Matas Ciliares, a
contenção dos processos erosivos às margens de reservatórios, devido ao embate de
ondas.
Os projetos de recuperação no reservatório de Volta Grande se iniciaram em 1991,
com a priorização do desenvolvimento de tecnologia para a produção de mudas
nativas no viveiro da usina. A universidade contribuiu muito na escolha e definição das
espécies que melhor se adaptariam às
condições deste reservatório.
Vencida a etapa do domínio das técnicas de
produção de mudas, as novas dificuldades
estavam em adquirir as sementes, uma vez
que na região foram identificadas poucas
matrizes para a coleta. A solução encontrada na época foi o fornecimento de sementes
de espécies nativas pelo laboratório de
sementes da UFLA. Posteriormente, a Cemig
implantou um laboratório de sementes em
Belo Horizonte, garantindo o fornecimento e
aumentando as metas anuais de produção
de mudas, variando ainda a genealogia das
espécies, uma vez que, a coleta das
sementes era realizada em diversas regiões de Minas. Dessa forma, foi implantado
também o viveiro de mudas da UHE Volta Grande, com excelente infraestrutura e uma
quantidade suficiente de mudas disponíveis para iniciar o desafio de restaurar as Áreas
de Preservação Permanentes – APP, ao longo do reservatório.
A partir desse momento, foi preciso realizar um trabalho de conscientização dos
proprietários das terras às margens do reservatório, buscando envolvê-los no processo
e a na adesão. Para isto, foram realizados diversos “Dias de Campo”, nos quais a
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 9
participação dos proprietários, sindicatos rurais, Emater, IEF e escolas da região, foi
primordial.
Foram implantadas duas unidades
demonstrativas de matas ciliares (em
Água Comprida – MG e Miguelópolis – SP)
fundamentais para mostrar aos
proprietários a importância e a
veracidade do projeto. Nesta parceria, a
Cemig elaborava os projetos, fornecia as mudas e prestava assistência técnica,
deixando para os produtores a responsabilidade de executar o plantio e a manutenção
das mudas.
Os desafios enfrentados ao longo do tempo foram inúmeros. Diversos plantios foram
impactados por incêndios e pelo gado que pisoteava e comia as mudas. Porém, com
muita persistência, os obstáculos foram superados e em poucos anos formou-se um
corredor verde ao longo do reservatório da usina, em áreas onde anteriormente se via
agricultura e pecuária.
Em 25 anos de projeto, foram plantadas
aproximadamente um milhão de mudas, e
hoje muitas espécies já fornecem
sementes para recompor outras áreas.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 10
3.2 Caracterização das áreas de plantio
O trabalho de recuperação das matas ciliares desenvolvido pela Cemig foi realizado às
margens da represa de Volta Grande, na região do médio rio Grande, nos estados de
Minas Gerais e São Paulo (Figura 1). Os projetos de recuperação de matas ciliares no
reservatório de Volta Grande começaram a ser implantados em 1991.
Figura 1 – Localização do reservatório da UHE Volta Grande.
A área da usina apresenta altitude de média de 510 metros. O solo predominante é do
tipo latossolo roxo eutrófico. Este tipo de solo geralmente apresenta elevada
fertilidade (Nardy, 1995). As áreas reflorestadas foram utilizadas anteriormente para
plantio de cana-de-açúcar desde 1983 e, atualmente, as áreas adjacentes ainda são
utilizadas para este fim (Souza, 2002).
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 11
3.3 Origem das mudas utilizadas
O viveiro de mudas da Estação Ambiental de Volta Grande é o principal fornecedor de
mudas de espécies nativas para
aplicação no Programa de Recuperação
das Matas Ciliares. Este viveiro atende
ainda ao Programa de Arborização
Urbana da Cemig em parceria com as
prefeituras municipais da região, com o
objetivo de compatibilizar a
manutenção da arborização com a manutenção das redes de distribuição de energia
elétrica, reduzindo assim, o risco de acidentes e interrupções no fornecimento de
energia elétrica. Em alguns casos, o viveiro fornece mudas a proprietários parceiros
que desejam recuperar alguma área, que
seja de interesse mútuo, ou seja, tanto da
Cemig, quanto do proprietário.
A capacidade de produção do viveiro é de
450.000 mudas/ano, sendo que hoje são
produzidas 130 mil para atender ao
plantio de matas ciliares, como também à arborização urbana. As tecnologias utilizadas
são a produção em tubetes e em sacolas plásticas, de acordo com a espécie e o porte
da muda que se pretende produzir.
A produção em tubetes proporciona uma
melhor formação das raízes, reduz o
custo da muda e facilita o plantio da
muda. Já a produção em sacolas é mais
apropriada para sementes das espécies
utilizadas na arborização urbana, com
mudas maiores, que demandam maior
sistema radicular.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 12
Para atender às especificações do Programa de Recuperação de Matas Ciliares, as
espécies nativas foram produzidas por grupos ecológicos, sendo 50% Pioneiras, 40%
Secundárias e 10% Clímax.
As principais espécies produzidas no viveiro de Volta Grande, para implantação do
programa são:
Tamboril (Enterolobium contortisiliquum), Eritrina (Erythrina falcata), Pitanga (Eugenia
uniflora), Genipapo (Genipa americana), Jacaraná-mimoso (Jacaranda mimosifolia), Aroeira
(Lithraea molleoides), Bico-de-pato (Machaerium nictitans), Moreira (Maclura tinctoria), Ingá
(Inga affinis), Jequitibá (Cariniana strellensis), Óleo-de-bálsamo (Myroxylum balsamum),
Peroba (Aspidosperma polyneuron), Ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), Ipê-amarelo (Tabebuia
serratifolia), Óleo-de-copaíba (Copaifera langsdorffii), Angico-vermelho (Anadenanthera
peregrina), Cedro (Cedrela fissilis), Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra).
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 13
4 A implantação do projeto de restauração
das matas ciliares
Os espaçamentos utilizados nos plantios mais antigos foram de 3,0 x 2,0 m, enquanto
que nos plantios mais novos foram de 3,0 x 3,0 m, majoritariamente em quincôncio,
com base nos princípios da sucessão secundária, utilizando espécies pioneiras e
climácicas. Para todos os plantios a adubação inicial
consistiu da aplicação de 150 g de 4-14-8
incorporados na cova de plantio. As faixas
de plantio adotadas foram de 13,6 a 98,6m.
No período de 1992 a 2005, foram plantadas 705.263
(setecentas e cinco mil, duzentos e sessenta e três)
mudas, em um total de 480,00 ha, em parceria com
proprietários rurais do entorno do reservatório.
Quincôncio - plantação de
elementos vegetais (árvores,
arbustos, etc.) em grupos de
cinco, de modo a que quatro
ocupem os vértices de um
quadrado e outro o centro
desse quadrado.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 14
5 P&D 484
Situação atual da implantação das matas ciliares no reservatório 5.1
de Volta Grande
Entre os anos de 2012 e 2016, foi desenvolvido, por meio de parceria entre a
Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP e a Cemig, um Projeto de Pesquisa e
Desenvolvimento com o objetivo de avaliar a efetividade e a sustentabilidade das
matas ciliares da UHE Volta Grande, na conservação de processos ecológicos e
biodiversidade (P&D 484).
Neste projeto foram selecionados para estudo faixas de reflorestamento mais estreitas
(30 m) e mais largas (100 m) e ainda avaliou-se o efeito da idade (tempo após
implantação dos reflorestamentos – 10 e 20 anos) nas características da floresta no
entorno do reservatório da UHE Volta Grande. Como referência, foi também
inventariada uma área chamada de “Nativa”, a qual não possui histórico de impactos
ambientais nos últimos 60 anos. Foram inventariados os indivíduos arbóreos com
circunferência na altura do peito maior ou igual a 10 cm.
Figura 2. Áreas objeto de estudo do P&D 484.
Nativa
Noboro
Santa Bárbara
Figueira Delta
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 15
A seguir estão descritas as áreas reflorestadas no entorno do reservatório da UHE Volta Grande
Tabela 1 – Áreas reflorestadas no entorno do reservatório da UHE Volta Grande
Área 1 - Projeto Noboro Município: Água Comprida Largura da faixa: 30m Plantio 1993/1994 Replantio em 1994 Número de espécies: 35 a 40 Preparo do solo: Aração, gradagem e sulcamento Espaçamento: 3,0 x 2,0m Adubação: 150 gramas de 04-14-08
Área 2 - Projeto Raízen-Figueira Município: Igarapava Largura da faixa: 100m Plantio 1995 a 1996 Replantio: Não houve necessidade Número de espécies: 35 a 40 Preparo de solo: Gradagem, sulcamento Espaçamento: 3,0 x 2,0m Adubação: 150 gramas de 04-14-08
Área 3 - Projeto Santa Bárbara Município: Miguelópolis Largura da Faixa: 30m Plantio: 1999 a 2000 Replantio: 2001 Número de espécies: 30 a 35 Preparo de solo: Aração, gradagem e sulcamento Espaçamento: 3,0 x 3,0m Adubação: 150 gramas de 04-14-08
Área 4 - Projeto Ponte de Delta Município: Igarapava Largura da faixa: 100m Plantio: 2000/2001 Replantio: Não houve necessidade Número de espécies: 30 a 35 Preparo de solo: Gradagem e sulcamento Adubação: 150 gramas de 04-14-08
Área 5 - Projeto Nativa: Área de referência
A composição das áreas foi comparada com aquela previamente utilizada na
implantação dos reflorestamentos. As espécies inventariadas foram também
classificadas de acordo com sua
categoria sucessional
(pioneira/não pioneira) como
sugerido por Gandolfi (1991) e
Leitão Filho et al. (1993), pela
síndrome de dispersão, ou seja,
forma pela qual dispersam seus
frutos ou sementes (autocórica,
zoocórica, anemocórica) e
quanto a sua origem (nativa ou exótica). Estes estudos foram baseados em dados
disponíveis na literatura e em observações feitas durante os trabalhos de campo.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 16
Foram identificadas 136 espécies agrupadas em 31 famílias (Tabela 2). A família com o
maior número de espécies foi Leguminosae, com 31, seguida por Anacardiaceae (8),
Malvaceae e Sapindaceae (6) e Apocynaceae, Bignoniaceae, Lauraceae, Moraceae e
Myrtaceae com 5 espécies cada. A diversidade encontrada supera bastante a média
encontrada normalmente para o cerrado, o que é um indicativo dos benefícios da
implantação das matas ciliares nestas áreas.
Tabela 2. Espécies arbóreas identificadas nos reflorestamentos no entorno do reservatório de Volta Grande,
Minas Gerais e São Paulo.
Família Espécie Estágio Sucessional
Síndrome de dispersão
Origem Plantio
Anacardiaceae Anacardiaceae 1 Anacardiaceae Anacardiaceae 2 Anacardiaceae Astronium fraxinifolium Schott Pioneira Anemocórica Nativa Sim Anacardiaceae Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Anacardiaceae Mangifera indica L. Exótica Zoocórica Exótica Sim Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Allemão Secundária
tardia ou Clímax
Zoocórica Nativa Sim
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Pioneira Zoocórica Nativa Sim Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. Pioneira Zoocórica Nativa Sim
Annonaceae Annonaceae 1 Annonaceae Annonaceae 2 Annonaceae Annonaceae 3 Annonaceae Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Apocynaceae Apocynaceae 1 Apocynaceae Apocynaceae 2 Apocynaceae Aspidosperma parvifolium A.DC. Secundária
tardia ou Clímax
Anemocórica Nativa Sim
Apocynaceae Aspidosperma sp. 1 Apocynaceae Aspidosperma sp. 2 Aquifoliaceae Ilex cerasifolia Reissek Secundária Zoocórica Nativa Não
Araliaceae Didymopanax sp. Pioneira Zoocórica Nativa Não Arecaceae Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd.
ex Mart. Pioneira Zoocórica Nativa Não
Arecaceae Bactris gasipaes Kunth Pioneira Zoocórica Nativa Não Arecaceae Euterpe edulis Mart. Secundária Zoocórica Nativa Não
Bignoniaceae Bignoniaceae 2 Bignoniaceae Bignoniaceae 3 Bignoniaceae Handroanthus cf. chrysotrichus
(Mart. ex DC.) Mattos Secundária
tardia Anemocórica Nativa Sim
Bignoniaceae Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Secundária Anemocórica Nativa Sim
Bignoniaceae Jacaranda mimosifolia D. Don Secundária Anemocórica Nativa Sim Boraginaceae Boraginaceae 1 Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume Pioneira Zoocórica Nativa Sim
Ebenaceae Diospyros brasiliensis Mart. ex Miq. Secundária Zoocórica Nativa Não Erythroxylaceae Erythroxylum daphnites Mart. Pioneira Zoocórica Nativa Não
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 17
Erythroxylaceae Erythroxylum sp.1 Não Euphorbiaceae Mabea sp.1 Não Euphorbiaceae Mabea sp.2 Não Euphorbiaceae Sapium glandulosum (L.) Morong Pioneira Zoocórica Nativa Sim
Lauraceae Lauraceae 1 Não Lauraceae Lauraceae 2 Não Lauraceae Lauraceae 3 Não Lauraceae Lauraceae 4 Não Lauraceae Lauraceae 5 Não
Leguminosae Acacia auriculiformis A. Cunn. ex Benth.
Exótica Autocórica Exótica Sim
Leguminosae Acacia mangium Willd. Exótica Autocórica Exótica Sim Leguminosae Albizia niopoides (Spruce ex Benth.)
Burkart Pioneira a Secundária
Autocórica Nativa Sim
Leguminosae Anadenanthera peregrina (L.) Speg. Pioneira Autocórica Nativa Sim Leguminosae Bauhinia sp.1 Autocórica Sim Leguminosae Bauhinia sp.2 Autocórica Não Leguminosae Clitoria fairchildiana R.A.Howard Secundária Autocórica Nativa Sim Leguminosae Copaifera langsdorffii Desf. Secundária Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Dipteryx alata Vogel Secundária Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Erythrina falcata Benth Autocórica Nativa Sim Leguminosae Hymenaea courbaril L. Secundária Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Hymenaea stigonocarpa Mart. ex
Hayne Secundária Zoocórica Nativa Sim
Leguminosae Inga sp. Zoocórica Nativa Leguminosae Inga uruguensis Hook. & Arn. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Leguminosae Leguminosae 1 Leguminosae Leguminosae 2 Leguminosae Leguminosae 3 Leguminosae Machaerium opacum Vogel Pioneira Anemocórica Nativa Sim Leguminosae Machaerium sp.1 Anemocórica Nativa Leguminosae Machaerium sp.2 Anemocórica Nativa Leguminosae Machaerium sp.3 Anemocórica Nativa Leguminosae Machaerium sp.4 Anemocórica Nativa Leguminosae Mimosa caesalpiniifolia Benth. Pioneira a
Secundária Autocórica Nativa Sim
Leguminosae Mimosa sp. Nativa Sim Leguminosae Myrocarpus frondosus Allemão Pioneira a
Secundária Anemocórica Nativa Sim
Leguminosae Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan
Secundária Autocórica Nativa Sim
Leguminosae Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.
Pioneira Autocórica Nativa Sim
Leguminosae Plathymenia reticulata Benth. Pioneira Autocórica Nativa Sim Leguminosae Schizolobium parahyba (Vell.) Blake Pioneira a
Secundária Anemocórica Nativa Sim
Leguminosae Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose
Pioneira a Secundária
Autocórica Nativa Sim
Leguminosae Senna multijuga (Rich.) H.S.Irwin & Barneby
Pioneira Autocórica Nativa Sim
Malvaceae Apeiba tibourbou Aubl. Pioneira Autocórica Nativa Sim Malvaceae Guazuma ulmifolia Lam. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Malvaceae Luehea paniculata Mart. & Zucc. Pioneira Zoocórica Nativa Sim Malvaceae Malvaceae 1 Malvaceae Malvaceae 2 Malvaceae Pachira aquatica Aubl. Secundária Zoocórica Nativa Sim
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 18
inicial Meliaceae Cedrela fissilis Vell. Secundária Anemocórica Nativa Sim Moraceae Ficus christianii Carauta Pioneira Zoocórica Nativa Sim Moraceae Ficus sp. Moraceae Maclura tinctoria (L.) D.Don ex
Steud. Pioneira a Secundária
Zoocórica Nativa Sim
Moraceae Moraceae 1 Moraceae Morus nigra L. Exótica Zoocórica Exótica Sim Myrtaceae Myrtaceae 1 Myrtaceae Myrtaceae 2 Myrtaceae Myrtaceae 3 Myrtaceae Psidium guajava L. Exótica Zoocórica Exótica Sim Myrtaceae Syzygium cumini (L.) Skeels Exótica Zoocórica Exótica Sim Piperaceae Piper sp.1 Piperaceae Piper sp.2
Polygonaceae Triplaris americana L. Pioneira Anemocórica Nativa Sim Primulaceae Myrsine umbellata Mart. Secundária Zoocórica Nativa Sim Primulaceae Primulaceae 1 Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum Reissek Pioneira Zoocórica Nativa Sim
Rubiaceae Alibertia sp.1 Rubiaceae Genipa americana L. Secundária Zoocórica Nativa Sim Rubiaceae Rubiaceae 2 Não Rubiaceae Rubiaceae 3 Não Rutaceae Rutaceae 1 Rutaceae Zanthoxylum rigidum Humb. &
Bonpl. ex Willd. Secundária Zoocórica Nativa Sim
Salicaceae Casearia sp.1 Nativa Não Salicaceae Casearia sp.2 Nativa Não Salicaceae Casearia sp.3 Nativa Não Salicaceae Salicaceae 1 Não
Sapindaceae Cupania sp.1 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 1 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 2 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 3 Nativa Não Sapindaceae Sapindaceae 4 Nativa Não Sapindaceae Sapindus saponaria L. Secundária
tardia Zoocórica Nativa Sim
Siparunaceae Siparuna brasiliensis (Spreng.) A.DC.
Secundária inicial
Zoocórica Nativa Não
Solanaceae Acnistus arborescens (L.) Schltdl. Pioneira Zoocórica Nativa Não Urticaceae Cecropia hololeuca Miq. Pioneira Zoocórica Nativa Não Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul Pioneira Zoocórica Nativa Sim
Vochysiaceae Qualea grandiflora Mart. Pioneira Anemocórica Nativa Não Indeterminada Indeterminada 1 Indeterminada Indeterminada 2 Indeterminada Indeterminada 3 Indeterminada Indeterminada 4 Indeterminada Indeterminada 5 Indeterminada Indeterminada 6 Indeterminada Indeterminada 7 Indeterminada Indeterminada 8 Indeterminada Indeterminada 9 Indeterminada Indeterminada 10
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 19
Apenas seis espécies exóticas foram identificadas: Psidium guajava L. (goiabeira),
Mangifera indica L. (mangueira), Syzygium cumini (L.) Skeels (jambolão), Morus nigra L.
(amoreira), Acacia auriculiformis A. Cunn. ex Benth. e Acacia mangium Willd. (ambas
conhecidas como acácias). Todas elas foram plantadas durante a implantação do
projeto de reflorestamento. Apesar de até o momento não haver evidências de
invasão desordenada, é importante que se mantenha o monitoramento das áreas no
intuito de averiguar qualquer aumento inadequado de espécies exóticas. Estas podem
ser extremamente danosas ao competirem com as espécies nativas, alterando
processos de sucessão ou mesmo de competição de recursos para a fauna.
Apesar deste levantamento ter incluído apenas espécies arbóreas, observou-se que a
invasão por gramíneas limitou o recrutamento de espécies em algumas áreas, ou até
mesmo o sucesso do plantio,
sendo necessário o seu
controle para garantia de êxito
do reflorestamento. Grande
parte das espécies possui
síndrome de dispersão
zoocórica (56%), provendo
recursos para a fauna regional
que é bastante diversa. Nas demais espécies, ocorrem síndromes autocórica e
anemocórica (22% cada).
Do total das 136 espécies identificadas, apenas 52 foram plantadas no
reflorestamento. Observa-se o recrutamento de diversas espécies, oriundas da matriz
florestal circundante e, em especial, de espécies de cerrado.
Atualmente, a ideia de copiar um modelo de floresta madura em reflorestamentos foi
abandonada (Rodrigues et al. 2009). Ao invés disso, busca-se a restauração dos
processos ecológicos responsáveis pela reconstrução da floresta. Das espécies cuja
categoria sucessional foi identificada, mais da metade (55%) são pioneiras, 38% são
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 20
secundárias iniciais e 7% são secundárias tardias ou clímax. A presença de espécies de
categorias sucessionais mais tardias evidenciam a efetividade do reflorestamento
mesmo sendo considerado ainda bastante jovem.
Espera-se que a longo prazo, caso as condições de sucessão sejam mantidas, que os
ecossistemas ciliares no entorno do
reservatório da UHE Volta Grande
evoluam para o desenvolvimento de
ecossistemas mais complexos e
biodiversos. Para este fim é
necessário que seja mantido o
monitoramento, reavaliações e
possíveis intervenções para fazer
garantir o sucesso previsto nas ações de restauração.
Segundo Antonini (2016), as áreas reflorestadas do entorno do reservatório da UHE
Volta Grande, apesar de não terem sido restauradas com o propósito específico de
recuperar a biodiversidade, processos ecológicos e serviços ecossistêmicos
apresentam hoje esse conjunto de elementos, importantes para sua “sobrevivência”.
Essas áreas abrigam uma biodiversidade relativamente alta, se comparada a outros
fragmentos na mesma região, embora a similaridade da composição, a estrutura e a
dinâmica estejam abaixo do que seria considerado ideal. Antonini (2016) concluiu
ainda que os resultados dos estudos indicam que o processo de recuperação das matas
ciliares já alcançou diversos benefícios. Dentre eles, podem ser citados a melhoria do
ambiente físico, controle de erosão, manutenção da fertilidade do solo e de ciclos
hidrológicos. Além disso, é marcante o aumento da biodiversidade vegetal e da fauna,
da biodiversidade de invertebrados aquáticos, da produtividade da vegetação e da
fixação de carbono, trazendo benefícios diretos para a vida humana.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 21
6 Serviços ecossistêmicos prestados pelas
matas ciliares da UHE Volta Grande
A sobrevivência do homem no planeta depende do seu acesso a fontes renováveis e
suficientes de água e de alimento e a materiais que possam ser transformados em
tecidos, remédios, abrigos e outras edificações e produtos que confiram proteção e
certo controle sobre a produção e exploração dos bens anteriormente citados.
Pensando na sobrevivência humana em termos de qualidade de vida, podemos dizer
na demanda de bens e serviços que são ofertados pelos ecossistemas naturais, entre
os quais citamos os ambientes agradáveis à recreação, prática de esportes ao ar livre,
meditação e de aqueles que proporcionam interação entre o homem e outros
organismos, por exemplo, pássaros, flores, árvores, líquens, etc., cuja diversidade e
beleza nos fascina.
Referindo especificamente às matas ciliares do reservatório da UHE Volta Grande, nos
deparamos claramente com os serviços ecossistêmicos prestados neste e por este
ambiente. Existe uma íntima relação entre a qualidade de vida humana, a conservação
de ecossistemas naturais, a
oferta de bens e serviços,
como água e alimento, e a
necessidade de ampliar a
extensão de áreas florestais
por meio da recuperação de
áreas degradadas. Além da
madeira fornecida pela
floresta, ela ainda fornece
as sementes, os frutos, plantas medicinais e ornamentais, fibras e corantes. Ainda,
abrigam organismos que desempenham importantes funções na própria manutenção
do ambiente. Também realizam outros serviços de imensa influência sobre o clima,
ciclos hidrológicos, biodiversidade, qualidade da água e da atmosfera e fertilização do
solo. A este conjunto de benefícios ofertados direta ou indiretamente pelo
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 22
funcionamento dos ecossistemas às populações humanas chamamos de “serviços
ecossistêmicos” (Daily, 1997; Constanza et al., 1997; MEA, 2005; Figura 2).
Os serviços ecossistêmicos são organizados, em geral, em categorias de provisão de
bens de consumo, de local para práticas de lazer, cultura e atividades espirituais, de
controle sobre o clima e a qualidade da água, do solo e do ar e, consequentemente, da
saúde humana, e de suporte, ou seja, de funções que mantêm o funcionamento da
própria floresta, sendo portanto, a base de todos os demais serviços ecossistêmicos
(MEA, 2005). Vale lembrar, entretanto, que os serviços ecossistêmicos são
responsáveis pela manutenção e sustentação da vida como um todo na Terra, não
somente das populações humanas. Bons exemplos disso são o ar que respiramos e a
água que bebemos. Setenta por cento do oxigênio que respiramos vem dos oceanos,
por meio do processo fotossintético de pequenas algas que flutuam na superfície do
mar.
Figura 2 – Funções ecossistêmicas organizadas nas categorias de suporte, provisão, regulação e cultural. Fonte: Restauração e Conservação de Matas Ciliares em Reservatórios Hidroelétricos (2016)
PROVISÃO Alimento
Água Fibras e madeira
Combustível
REGULAÇÃO Do clima
Das enchentes Das doenças
Purificação da água, ar e solo
CULTURAL Recreação
Estética Educacional
Espiritual
SUPORTE Ciclagem de nutrientes, formação do solo, produtividade primária.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 23
Dentre os inúmeros serviços ecológicos prestados pelos organismos que habitam as
florestas, destacam-se:
a polinização
a dispersão de frutos e sementes
e o controle biológico de espécies consideradas pragas.
A polinização realizada principalmente por abelhas é extremamente importante, pois
além de garantir a reprodução das plantas, garante também a produção de alimentos,
já que várias espécies de plantas nativas e cultivadas dependem da polinização para a
produção de frutos. As matas ciliares do reservatório de Volta Grande estão
contribuindo para a manutenção desse importante serviço ambiental, já que foram
encontradas várias espécies de abelhas que polinizam plantas nativas.
A dispersão de frutos e sementes se dá pela ação do vento, da água e pelos animais
chamados frugívoros. A dispersão é o processo de transporte das sementes para longe
da planta mãe, alcançando locais onde a possibilidade de germinação e sobrevivência
sejam maiores, em função da menor pressão de predação e a competição. Ao
consumir os frutos, ocorre o processo de transporte das sementes pelos animais,
assim, muitas sementes caem ou são defecadas, ou ainda, regurgitadas, sendo então
disseminadas por toda a área utilizada pelos animais que as consumiram. Essa
interação entre fauna e flora é a base para a manutenção e regeneração das matas
ciliares. Embora vários animais sejam considerados frugívoros, notadamente as aves e
os mamíferos são os mais eficientes.
Um bom exemplo de estudo de
frugivoria e dispersão de sementes nas
matas ciliares replantadas do
reservatório da UHE Volta Grande
demonstrou a importância da embaúba
como espécie chave para a manutenção de grande número de aves frugívoras na
região (Faria, 2015). A embaúba é uma espécie pioneira, com grande número de
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 24
indivíduos nas matas ciliares amostradas e que frutifica durante todo o ano. Nesse
estudo, foram identificadas 34 espécies de aves consumindo os frutos da embaúba,
sendo 14 espécies consideradas boas dispersoras das sementes, baseado em seu
comportamento de coleta e mandibulação das infrutescências, bem como no número
alto de visitas com consumo do fruto. O sabiá-do-campo (Mimus saturninus), o bem-te-
vi (Pitangus sulphuratus) e o sanhaço-cinzento (Tangara sayaca) estão entre as espécies
com boa capacidade de dispersão.
As matas ciliares que foram replantadas no entorno do de Volta Grande ainda
desempenham importantes serviços ecossistêmico relacionados à qualidade da água
no reservatório. A cobertura vegetal dos fragmentos florestais protege o solo contra a
ação erosiva do vento e da chuva, diminuindo o carreamento de partículas de solo
para o reservatório. Enquanto que, em parcelas sem vegetação, a erosão foi de cerca
de 1 kg/mês no período chuvoso, no interior dos fragmentos de mata a erosão foi
diminuída em até três vezes.
A importância dessas áreas recuperadas é tão grande para o reservatório que, em
áreas onde não existe floresta, foi possível identificar um menor número de
invertebrados planctônicos. O zooplâncton - parte animal do plâncton é um elo crucial
na cadeia alimentar aquática. As espécies que formam o zooplâncton são responsáveis
pelo “controle” das microalgas, pois se alimentam delas, ao mesmo tempo em que são
consumidos por larvas de peixes e outros invertebrados. Nas áreas de reflorestamento
onde a mata ciliar estava presente, o número de espécies do zooplâncton foi pelo
menos 2 vezes maior do que nas áreas onde não existia nenhuma mata ciliar – áreas
de pasto, cana e soja no entorno do reservatório.
Segundo os resultados do P&D 484, os fragmentos de floresta ciliar do reservatório de
Volta Grande abrigam hoje uma diversidade de espécies variada, sendo que em alguns
fragmentos esse valor é alto, por exemplo, na área Nativa, próximo de áreas naturais,
mas por outro lado, outros fragmentos apresentam valores bem baixos, por exemplo,
Delta e Figueira. Isso denota a necessidade de estudos e monitoramento das áreas,
acompanhando o processo de sucessão e realizando interferências como
enriquecimento de algum grupo funcional ou supressão de espécies exóticas.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 25
Em relação à fauna terrestre, o P&D classificou as espécies em dezoito grupos
funcionais. A riqueza de espécies em cada grupo funcional pode ser considerada alta
para reflorestamentos tão jovens. Importante notar que nas categorias estão incluídas
espécies de vertebrados e invertebrados, que podem estar desempenhando a mesma
função nos ecossistemas, mas com diferentes estratégias. Na categoria “carnívoro”,
por exemplo, foram incluídos tanto mamíferos de grande porte, como a onça parda,
quanto as aranhas. Ambos os grupos são predadores, regulando a população de suas
presas. Ainda nessa categoria estão as vespas, que são predadoras de insetos
consideradas pragas agrícolas. Na categoria frugívoros, a riqueza também foi alta.
Nessa categoria estão muitas espécies de aves, que ao se alimentarem dos frutos,
dispersão as sementes.
Tabela 3 – Riqueza em espécies dos principais grupos funcionais da fauna terrestre encontrados nos reflorestamentos do entorno do reservatório de Volta Grande
Grupo funcional
Abundância
Riqueza
Invertebrado carnívoro 3251 35
Invertebrado Nectarivoro 1859 40
Invertebrado predador de semente 254 3
Invertebrado Detritívoro 30177 12
Invertebrado Hematófago 169 2
Invertebrado Herbívoro 20650 10
Invertebrado Micofaga 1658 8
Vertebrado Carnívoro 118 11
Vertebrado Frugívoro 190 16
Vertebrado Frugívoro/Predador de sementes 9 4 Vertebrado Granívoro 19 4 Vertebrado Insetívoro 857 74 Vertebrado Malacófago 4 1 Vertebrado Necrófago 1 1 Vertebrado Onívoro 353 38 Vertebrado Pscívoro 11 4 Vertebrado Frugívoro/granívoro 267 3 Vertebrado Nectarivo 40 6
Fonte: Restauração e Conservação de Matas Ciliares em Reservatórios Hidroelétricos (2016)
Quanto ao ecossistema aquático, foi observado durante os estudos que se apresentava
“em equilíbrio” de todas as características funcionais, apenas nas áreas onde havia a
presença das matas ciliares em Volta Grande. Espécies como rotíferos Brachionus
angulares, Brachionus calyciflorus, os microcrustáceos Alonna affinis, Chydorus
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 26
specious e outros, que representam os micrófagos e os raspadores, foram abundantes
nas áreas onde a vegetação ciliar estava presente. Em contrapartida, nas áreas do
reservatório onde havia supressão da mata ciliar, a diversidade funcional do
zooplâncton foi baixa, tendo sido encontrados apenas pequenos micrófagos, aqueles
capazes de filtrar pequenas quantidades de água. O estudo da diversidade funcional,
seja no ambiente terrestre, seja no ambiente aquático, é uma ferramenta poderosa na
avaliação da efetividade de recuperação de áreas degradadas.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 27
7 Conclusão
Considerando o objetivo primordial do P&D 484 que era avaliar a “efetividade e
sustentabilidade das matas ciliares do reservatório da UHE Volta Grande na
conservação de processos ecológicos e biodiversidade”, podemos dizer que:
as áreas reflorestadas do entorno do reservatório, apesar de não terem sido
recuperadas com o propósito específico de recuperar a biodiversidade,
processos ecológicos e serviços ecossistêmicos apresentam hoje esse conjunto
de elementos, importantes para a sua "sobrevivência” e longevidade;
essas áreas abrigam uma biodiversidade relativamente alta, se comparada a
outros fragmentos na mesma região, embora a similaridade da composição, a
estrutura e a dinâmica estejam abaixo do que seria considerado ideal;
o processo de recuperação das matas ciliares já alcançou diversos benefícios,
dentre eles podemos citar: controle da erosão, manutenção da fertilidade do
solo e ciclos hidrológicos;
é marcante o aumento da biodiversidade vegetal e da fauna, da biodiversidade
de invertebrados aquáticos, da produtividade da vegetação e da fixação de
carbono, o que traz benefícios diretos a vida humana;
algumas áreas precisam de intervenção, pois estão seguindo exatamente pelo
caminho contrário ao que se pretendia , ou seja a autossustentabilidade;
para a fauna e flora, em geral, duas áreas – Delta e Figueira, especificamente,
apresentam uma comunidade muito pobre e algumas espécies dominantes, o
que significa que o número de indivíduos de uma ou duas espécies é muito
superior ao encontrado para as demais. Isso demonstra tendência à
homogeneização e ao empobrecimento biótico. Nesse caso, poderá ocorrer em
curto prazo a dominância de uma espécie, fazendo com que outras não
permaneçam na área;
a presença de um maior número de espécies da fauna pode ser considerada
uma importante ferramenta para a conservação e restauração dos fragmentos
de mata ciliar, devido aos serviços ecossistêmicos prestados por estes animais,
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 28
os estudos evidenciaram que várias espécies de aves, mamíferos e de
invertebrados como as formigas e besouros atuam como dispersores de frutos
e sementes e como decompositores, contribuindo para o enriquecimento da
flora.
E os estudos também recomendam para futuros reflorestamentos de matas ciliares:
reflorestamento contínuo do entorno do corpo d’água, aumentando assim a
eficiência deste fragmento como corredor ecológico;
plantar faixas com largura maior que 30 metros, diminuindo o efeito de borda,
o que gera áreas diferenciadas de borda e interior, criando uma maior
diversidade de ambientes e, por fim,
manter a conectividade com matas ciliares nativas e remanescentes florestais,
permitindo a ligação das matas reflorestadas com ambientes que podem atuar
como fonte de espécies típicas de mata ciliar.
Os estudos realizados no P&D 484 evidenciaram que o “Programa de Recuperação de
Matas Ciliares da Cemig” foi muito bem sucedido. Porém, para que se torne em longo
prazo autossustentável, é necessário o monitoramento e a parceria constantes com a
comunidade do entorno do reservatório, facilitando assim, a implementação das
recomendações elencadas anteriormente.
8 Bibliografia
ALVES, G. T. P.; SCOLFORO. J. R. S.; GOMIDE, L. R.; FONSECA, P. B. M.; CARVALHO, M. C.;
SANTOS, R. M. Análise descritiva da volumetria de árvores pertencentes às Florestas
Semideciduais na Bacia do Rio Grande-MG. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da
UFLA. Lavras - MG. Anais. Lavras - MG. UFLA, 2015.
ANDRADE, T. M.; GOMIDE, L.; ALTOE, T. F.; MENDES, M. A. S.; SANTOS, R. M.; MELLO, J. M.
Caracterização de populações arbóreas remanescentes da Bacia hidrográfica do Rio Grande –
MG. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. Lavras - MG.
UFLA, 2015.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 29
ANDRADE, T. M.; GOMIDE, L. G.; MENDES, M. A. S.; OLIVEIRA, A. S.; SCOLFORO, J. R. S. Análise
comparativa da diversidade e florística entre fragmetos florestais nativos. In: XXVII Congresso
de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. Lavras - MG. UFLA, 2014.
ANTONINI, Yasmine. Restauração e conservação de matas ciliares em reservatórios
hidroelétricos – importância para a conservação da biodiversidade e processos ecológicos.
Ouro Preto: DEBIO – DEGEO/UFOP, 2016. 164 p.
ARANTES, T. B; FARIA R. A. V. B.; Souza, L. M.; BOTELHO. S. A.; BOTELHO. S. A.; Guimarães,
J.C.C Avaliação da regeneração natural como processo de recuperação do entorno de nascente
perturbada. Enciclopédia Biosfera, v. 8, p. 1019-1041, 2012.
ARANTES, T. B.; CARVALHO, L. M. T.; AGUIAR. P. T.; FARIA, R. A. V. B.; SOUZA, C. G.; SANTOS,
M. C. N.; ZANELLA, L. Monitoramento da recuperação das áreas degradadas utilizando índices
de vegetação multitemporais derivados de sensoriamento remoto. In: X Seminário de
atualização em sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas aplicadas à
engenharia florestal, 2012, Curitiba. X Seminário de atualização em sensoriamento remoto e
sistemas de informações geográficas aplicadas à engenharia florestal, 2012.
ARANTES, T. B.; CARVALHO, L. M. T.; AGUIAR, P. T.; FARIA R. A. V. B.; SOUZA, C. G.; SANTOS, M.
C. N.; ZANELLA, L. Monitoramento de recuperação de áreas degradadas utilizando índices de
vegetação multitemporais derivados de sensoriamento remoto. 2012. (Apresentação de
trabalho / Simpósio).
ARANTES, T. B.; BOTELHO, S. A.; FARIA, R. A. V. B.; SOUZA L.M. de. Análise da regeneração
natural e do processo de sucessão ecológica em uma nascente perturbada. In: XX Congresso
de Pós-Graduação. Congresso de Iniciação Científica. Congresso de Extensão, 2011, Lavras
(MG). XX Congresso de Pós-Graduação. Congresso de Iniciação Científica. Congresso de
Extensão, 2011.
ARANTES, T. B.; BOTELHO, S. A.; FARIA R. A. V. B.; SOUZA, L.M. de. Análise da regeneração
natural e do processo de sucessão ecológica em uma floresta perturbada. 2011. (Apresentação
de trabalho / Simpósio).
ARANTES, T. B.; Ferreira, W. C.; BOTELHO, S. A.; FARIA, R. A. V. B.; Gonçalves, J.C. Avaliação das
espécies plantadas e da regeneração natural na recuperação de matas ciliares em diferentes
idades. In: VIII Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas, 2010, Guarapari,
ES. VIII Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas. Reabilitação e
Restauração dos Biomas Brasileiros. Paraná: SOBRADE, 2010.
ARANTES, T. B.; FERREIRA, W. C.; BOTELHO, S. A.; FARIA, R. A. V. B. Estimativa de estoque de
biomassa e carbono em plantios de recuperação de mata ciliar. In XVIII CONGRESSO DE PÓS-
GRADUAÇÃO DA UFLA, 2009, Lavras - MG. XVIII CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA,
2009.
ARAÚJO, G; ANTONINI, Y, 2016. Hotéis na floresta. Revista Ciência Hoje. Maio de 2016.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 30
ARAÚJO, E.J.G.; SILVA, R.A.; FARIA, R. A. V. B.; SOUZA, L.M. de; MORAIS, V. A. Uso de
Delineamentos Amostrais na Análise Fitossosiológica de Um Fragmento de Floresta
Semidecidua. In: Reunião Regional da SBPS, 2010, Lavras XXIII CIUFLA, 2010.
ASSIS; BOTELHO, S. A.; FARIA R. A. V. B. Modelos de plantio para a implantação de mata ciliar.
2009. (Apresentação de trabalho / Simpósio).
BATISTA, M. C. A.; GOMIDE, L.R.G.; ALTOE, T. F.; TRINDADE, L.S.; SANTOS R. M.; SCOLFORO, J.
R. S. Quantificação dos comportamentos de folha e galho fino de árvores nativas de uma
Floresta Estacional Semidecidual. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras -
MG. Anais. Lavras - MG. UFLA, 2015.
BOTELHO, S. A., DAVIDE, A. C., PRADO, N. S., FONSECA, E. M. B. Implantação de Mata Ciliar.
Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, Belo Horizonte; Universidade Federal de
Lavras – UFLA, Lavras, 1995, 28 p.
BRASIL. Lei Federal Nº 20.922, de 16 de outubro de 2013. Dispõe sobre as políticas florestal e
de proteção à biodiversidade no Estado.
BRASIL. Lei Federal Nº 12.561, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação
nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e
dá outras providências.
BRASIL. Resolução CONAMA Nº 429, de 02 de março de 2011. Dispõe sobre a metodologia de
recuperação das Áreas de Preservação Permanente - APPs.
BRASIL. Lei n° 9.991 de 24 de julho de 2000. Dispõe sobre realização de investimentos em
pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas
concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras
providências. [Brasília: 2000]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9991.htm. Acesso em: 28 de novembro 2016.
CACHAPUZ, Paulo Brandi de Barros (Coordenador). Usinas da Cemig – A história da eletricidade
em Minas e no Brasil. Rio de Janeiro: Centro da Memória da Eletricidade no Brasil, 2006, 304 p.
CARDOSO, F. S.; SCOLFORO. J. R. S.; PÁSCOA, K. J. V.; PEDROSO W. S.; GOMIDE, L. R.; MELLO, J.
M. Ajuste e seleção de equação hipsométrica para um fragmento de Floresta Estacional
Semidecidual. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. Lavras -
MG. UFLA, 2015.
CARVALHO, M. C.; MARTINS, T. V.; MENDONÇA, N.P.; GOMIDE, L. R.; SANTOS, R. M.; MELLO, J.
M. Modelagem da distribuição potencial de espécies arbóreas na Bacia do Rio Grande para
programas de revitalização. In: XLVII Simpósio Brasileiro de Pesquisa Operacional. Porto de
Galinhas - PE. Anais. Porto de Galinhas - PE. 2015.
CUNHA, G. T.; ALVES, G. T. P.; SALES, A.D.; FELICIANO. M. E.; GOMIDE, L. R.; SCOLFORO, J. R. S.
Análise da diversidade e florística entre fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 31
Montana na Bacia Do Rio Grande. In: XXVII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras -
MG. Anais. Lavras - MG. UFLA, 2014.
CRUZ, A.J.R.; MARTINS, J.P.V.; MAGALHÃES, A.P.; CORRÊA, M.J.; PIRES, M.R.S.; ANTONINI, Y.
2015. Fauna de répteis associada a áreas de mata ciliar reflorestadas de uma hidrelétrica,
situada na região do triangulo mineiro, Minas Gerais. In: VII Congresso Brasileiro de
Herpetologia. Gramado, RS.
CRUZ, E.; BOTELHO, S. A.; FARIA, R. A. V. B.; SOUZA, L. M. Proporção e classificação de espécies
quanto a grupo ecológico e restauração ecológica. In: Congresso de Ecologia do Brasil, Porto
Seguro,2013.
DAVIDE, A. C.; FARIA, J. M. R.; PRADO, N. J. S. Recuperação de uma área ocupada por voçoroca
através de reflorestamento misto. In: SIMPÓSIO SUL AMERICANO, I e SIMPÓSIO NACIONAL
SOBRE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, 2, Foz do Iguaçu, 1994. Anais... Foz do Iguaçu,
1994. p. 111-122.
DAVIDE, A. C. Seleção de espécies vegetais para recuperação de áreas degradadas. In: In:
SIMPÓSIO SUL AMERICANO, I e SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS
DEGRADADAS, 2, Foz do Iguaçu, 1994. Anais... Foz do Iguaçu, 1994. p. 111-122.
DAVIDE, A. C.; SCOLFORO, J. R. S.; FARIA, J. M. R. Adaptação de 12 espécies florestais em área
de empréstimo. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, I e CONGRESSO FLORESTAL
BRASILEIRO, 7; Curitiba, 1993. Anais... Curitiba: SBS/SBEF, 1993. p. 767.
DAVIDE, A. C.; SCOLFORO, J. R. S.; FARIA, J. M. R. Comportamento Silvicultural de 7 espécies
florestais em área de empréstimo. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, I e
CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 7; Curitiba, 1993. Anais... Curitiba: SBS/SBEF, 1993. p.
756.
DAVIDE, A. C.; SCOLFORO, J. R. S.; FARIA, J. M. R. Opção de revegetação de áreas de encosta.
In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, I e CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 7;
Curitiba, 1993. Anais... Curitiba: SBS/SBEF, 1993. p. 756.
DAVIDE, A. C.; SCOLFORO, J. R. S.; FARIA, J. M. R. Uma estratégia para recuperação de área
degradada. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, I e CONGRESSO FLORESTAL
BRASILEIRO, 7; Curitiba, 1993. Anais... Curitiba: SBS/SBEF, 1993. p. 767.
DAVIDE, A. C.; OLIVEIRA, L. E. M.; ALVARENGA, A. A.; PRADO, N. J. S.; FARIA, J. M. R.
Comportamento de 6 espécies florestais em área de depleção da Usina Hidrelétrica de
Camargos – MG. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, 1 e CONGRESSO FLORESTAL
BRASILEIRO, 7; Curitiba, 1993. Anais... Curitiba: SBS/SBEF, 1993. p. 412-415.
DAVIDE, A. C.; OLIVEIRA, L. E. M.; ALVARENGA, A. A.; PRADO, N. J. S.; FARIA, J. M. R.
Implantação de florestas nativas em áreas degradadas às margens da represa de Camargos –
MG. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL “O desafio das florestas neotropicais”. Anais... Curitiba,
1991. p. 385.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 32
ESKINAZI-SANT'ANNA, E.M.; LEITE, M.G.; FUJACO, M.A.; MOREIRA, F.W.A.; ANTONINI, Y. 2015.
Effectiveness of Riparian Forest Restoration on Water Quality and Zooplankton Community in
an Impacted Reservoir (Volta Grande Reservoir, Brazil). In: Conference of the Society for
Ecological Restoration: Towards Resilient Ecosystems: Restoring the Urban, the Rural and the
Wild, Manchester. Conferences of the Society for Ecological Restoration.
FARIA, C.M.; MAFIA, P.O.; AZEVEDO, C.S. 2014. Aves como potenciais dispersoras de sementes
de embaúba (Cecropia pachystachia, Urticaceae) em áreas de mata ciliar do Triângulo Mineiro.
In: XXI Congresso Brasileiro de Ornitologia, Rio de Janeiro, RJ.
FARIA, R. A. V. B. ; BOTELHO, S. A. ; MELLO, José Márcio de ; GARCIA, P. O. Restoration success
in secondary forests at the margin of the hydroelectric reservoir (Minas Gerais, Brazil).
Australian Journal of Basic and Applied Sciences, v. 8, p.25-34, 2014.
FARIA, R. A. V. B. ; MELLO, José Márcio de ; BOTELHO, S. A. ; SILVA, C. A. Spatial analysis and
quantification of carbon stock in the forest ecosystems in restoration process. Australian
Journal of Basic and Applied Sciences, v. 8, p. 46-53, 2014.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J. M.; GARCIA, P. O. Distribution of tree species in
an edaphic gradient in reforestation process with diferent levels of disturbance. Enciclopédia
Biosfera, v. 9, p.802-812, 2013.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J.M.; GARCIA, P. O.; TEIXEIRA, S.; NOGUEIRA, M. M.
Distribuição de espécies arbóreas em ecossistemas florestais em processo de restauração. In:
Congresso de Ecologia do Brasil, Porto Seguro, 2013.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; SOUZA, L. M. Diagnostico ambiental de áreas do entorno de
51 nascentes localizadas no município de Lavras, MG. Enciclopédia Biosfera, v. 8, p.648-661,
2012.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, José Márcio de. Parâmetros fitossociológicos e
estimativa de volume, biomassa e estoque de carbono em floresta estacional semidecidual.
Enciclopédia Biosfera, v. 8, p.1269-1278, 2012.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J. M.; ARAÚJO, E.J.G. Comportamento das variáveis
volume, biomassa florestal seca e estoque de carbono em áreas de reflorestamento ambiental
com níveis de perturbação diferenciados. In: XV Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental, 2012, Belo Horizonte, MG.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A. Estudo do perfil socioeconômico e ambiental de
proprietários rurais da Bacia Hidrográfica do Jaguara (MG) como ferramenta para propostas de
recuperação. In: XV Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2012, Belo
Horizonte, MG.
FARIA R. A. V. B.; BOTELHO, S. A. Estudo do perfil sócio econômico e ambiental de
proprietários rurais da Bacia Hidrográfica do Jaguara (MG) como ferramenta para propostas de
recuperação. 2012. (Apresentação de trabalho / Simpósio).
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 33
FARIA R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELO, E. Comportamento das variáveis volume, biomassa
florestal seca e estoque de carbono em áreas de reflorestamento ambiental com níveis de
perturbação diferenciados. 2012. (Apresentação de trabalho / Simpósio).
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J. M.; ARAÚJO, E.J.G. Fitossociologia de uma área de
floresta estacional semidecidua a margem do Rio Grande, na Usina Hidrelétrica de Camargos,
MG. In: X Congresso de Ecologia do Brasil. I Simpósio de Sustentabilidade, 2011, São Lourenço,
MG.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J. M.; ARAÚJO, E.J.G. Distribuição da vegetação
arbustivo-arbórea e composição florística em áreas de plantios de recomposição de matas
ciliares. X Congresso de Ecologia do Brasil. I Simpósio de Sustentabilidade, 2011, São Lourenço,
MG.
FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J. M.; ARAÚJO, E.J.G. Fitossociologia de uma área de
floresta estacional semidecídua a margem do Rio Grande, na Usina Hidrelétrica de Camargos,
MG. In: X Congresso de Ecologia do Brasil. I Simpósio de Sustentabilidade, 2011, São Lourenço,
MG.
FARIA, A. L. R.; Pereira FILHO, G.; FARIA R. A. V. B.; BOTELHO, S. A. Avaliação de atributos do
solo no entorno de duas nascentes em processo de recuperação no sul de Minas Gerais. In: XX
Congresso de Pós-Graduação. Congresso de Iniciação Científica, 2011, Lavras (MG).
FARIA, A. L. R.; FARIA R. A. V. B.; RIDOLFI, S. D.; MELLO, E.; BOTELHO, S. A. Caracterização
florística e fitossociológica da mata ciliar de uma nascente em processo de recuperação
localizada em Carrancas, MG. In: XX Congresso de Pós-Graduação. Congresso de Iniciação
Científica. Congresso de Extensão, 2011, Lavras (MG).
FARIA R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J. M.; ARAÚJO, E.J.G. Distribuição da vegetação
arbustivo-arbórea e composição florística em plantios de recomposição de matas ciliares à
margem do Rio Grande na Usina Hidrelétrica de Camargos, MG. 2011. (Apresentação de
trabalho / Simpósio).
FARIA R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; MELLO, J. M.; ARAÚJO, E.J.G. Fitossociologia de uma área de
floresta estacional semidecídua a margem do Rio Grande, na Usina Hidrelétrica de Camargos,
MG. 2011. (Apresentação de trabalho / Simpósio).
FARIA A. L. R.; PEREIRA FILHO, G. M.; FARIA R. A. V. B.; MELLO, E. A.; BOTELHO, S. A. Avaliação
de atributos do solo no entorno de duas nascentes em processo de recuperação no Sul de
Minas Gerais. 2011. (Apresentação de trabalho / Simpósio).
FARIA A. L. R.; FARIA R. A. V. B.; RIDOLFI, S. D.; MELO, E. A.; BOTELHO, S. A. Caracterização
florística e fitossociológica da mata ciliar de uma nascente em processo de recuperação
localizada em Carrancas, MG. 2011. (Apresentação de trabalho / Simpósio).
FARIA, R. A. V. B.; SOUZA L.M. de; BOTELHO, S. A. Modelo de caracterização de nascentes
quanto ao estado de conservação. In: Congresso Iberoamericano e do Caribe sobre
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 34
Restauração Ecológica, 2009, Curitiba. Congresso Iberoamericano e do Caribe sobre
Restauração Ecológica, 2009.
FARIA, J. M. R.; DAVIDE, A. C.; BOTELHO, S. A. Comportamento do Guapuruvu (Schizolobium
parahyba – Leguminose-Caesalponoideae) em área degradada, em área degradada, sob dois
regimes de nutrição. In: SIMPÓSIO SUL AMERICANO, I e SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, 2, Foz do Iguaçu, 1994. Anais... Foz do Iguaçu, 1994.
p. 499-508.
FELICIANO, M. E.; GOMIDE, L. R.; SCOLFORO, H. F.; ABREU, E. C. R.; CUNHA, G. T.; SCOLFORO, J.
R. S. Análises Descritivas de Atributos Dendrométricos de Remanescentes Florestais Nativos na
Bacia do Rio Grande. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Anais. Lavras - MG.
UFLA, 2014.
FONSECA, P.B.M.; PÁSCOA, K. J. V.; GOMIDE, L. R.; CARVALHO, M. C.; ALVES, G. T. P.; FERRAZ
FILHO, A. C. Estatísticas gerais da cubagem rigorosa para o domínio Cerrado na bacia do Rio
Grande, MG. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. Lavras -
MG. UFLA, 2015.
GANDOLFI, S. 1991. Estudo florístico e fitossociológico de uma floresta residual na área do
Aeroporto Internacional de São Paulo, município de Guarulhos, SP. Dissertação de Mestrado.
Campinas: UNICAMP, 232 p.
HERMES, M.G.; ARAÚJO, G; ANTONINI, Y. 2015. On the nesting biology of eumenine wasps yet
again: Minixi brasilianum (de Saussure) is a builder and a renter- at the same time!
(Hymenoptera, Vespidae, Eumeninae). Revista Brasileira de Entomologia (Impresso), v. 59, p.
141-142.
KUNTSCHIK, Daniela Petenon, EDUARTE, Marina, UEHARA, Thiago Hector Kanashiro. Cadernos
de Educação Ambienta 7 – Matas Ciliares. Secretaria de Meio Ambiente, Coordenadoria de
Biodiversidade e Recursos Naturais, São Paulo, 2 ed., 2014, 80 p.
LEITÃO FILHO, H.F. et al. 1993. Ecologia da Mata Atlântica em Cubatão. Editora UNESP, São
Paulo.
LEITE, M. G., OLIVEIRA, L. R. R., SILVA, P. O. 2015. Eficiência dos projetos de reflorestamento de
matas ciliares no controle dos processos erosivos no entorno de reservatórios: o caso do
reservatório Volta Grande (SP/MG). In: XXIII SNPTEE - Seminário Nacional de Produção e
Transmissão de Energia Elétrica, Foz do Iguaçu, PR.
MAFIA, P.O.; AZEVEDO, C.S. 2014. Avifauna em matas ciliares e áreas adjacentes no Baixo Rio
Grande, Minas Gerais / São Paulo: estrutura e conservação. In: XXI Congresso Brasileiro de
Ornitologia, Rio de Janeiro, RJ.
MAFIA, P.O.; CORREA, M.R.J.; CRUZ, A.J.R. ; AZEVEDO, C.S. 2014.. Rodent predation by Turdus
leucomelas Vieillot, 1818 (Passeriformes: Turdidae). Revista Brasileira de Ornitologia (Online),
v. 22, p. 408-410.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 35
MARTINS, R; ANTONINI, Y. 2016. Can pollination syndromes indicate ecological restoration
success in tropical forests? Restoration Ecology, v. 24, p. 373-380.
MARTINS, R; ANTONINI, Y. 2015. Can pollination syndromes indicate ecological restoration
success in tropical forests. In: Conference of the Society for Ecological Restoration: Towards
Resilient Ecosystems: Restoring the Urban, the Rural and the Wild, Manchester. Conferences
of the Society for Ecological Restoration.
MARTINS, J.P.V.; CRUZ, A.J.R.; MAFIA, P.O.; MAGALHAES, A. P.; CLAUDINO, R.M.; CORREA,
M.R.J.; PIRES, M.R.S. 2015. Comportamento de predação de Machetornis rixosa
(Passeriformes: Tyrannidae) sobre Scinax fuscovarius (Anura: Hylidae) em uma área
antropizada do Cerrado. Atualidades Ornitológicas. Atualidades Ornitológicas (Online), v. 186,
p. 22.
MARTINS, R; MONTEIRO, G.F.; COSTA, F.M.; ANTONINI, Y. 2015. First Record of Anopheles
darlingi Root (Diptera, Culicidae) in the Volta Grande Environmental Reserve, Conceição das
Alagoas Municipality, Minas Gerais, Brazil. EntomoBrasilis (Vassouras), v. 8, p. 82-84.
MARTINS, J.P.V.; MAGALHÃES, A.P.; CRUZ, A.J.R.; CORRÊA M.R.J.; PIRES, M.R.S. 2015.
Homogeneização biótica: anurofauna de áreas reflorestadas do entorno do reservatório da
usina de Volta Grande, MG-SP. In: VII Congresso Brasileiro de Herpetologia. Gramado, RS.
MARTINS, J.P.V.; MAGALHÃES, A.P.; CRUZ, A.J.R.; CORRÊA M.R.J.; PIRES, M.R.S. 2014. The
predominant features of anurans in reforested forest galleries. In: Simpósio Internacional de
Ecologia e conservação, Belo Horizonte, MG.
MENDES, M. A. S.; SCOLFORO. J. R. S.; GOMIDE, L.; REIS, N. C.; ALTOE, T. F.; FERRAZ FILHO, A. C.
Análise do comportamento de modelos volumétricos para o cerrado na Bacia do Rio Grande.
In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA, 2015.
MENDES, M. A. S.; GOMIDE, L. R.; SCOLFORO, J. R. S.; ANDRADE, T. M.; MARQUES, E. R.; SALES,
A. D. Análise fitossociológica de um fragmento de floresta estacional semidecidual na Bacia do
Rio Grande. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA,
2014.
MESSIAS, M.C.T.B; TONACO. A.C.; MARTINS, M.B. CASTRO, H.C. SOUSA, R. FIORINE, A.R.
KOZOVITS. 2015. Vegetation structure and composition across different sizes and ages of
recovered riparian forests, Southeastern Brazil. In: SER's 6th World Conference on Ecological
Restoration. Annals. Manchester.
MESSIAS, M.C.T.B; TONACO. A.C.; MARTINS, M.B. CASTRO, H.C. SOUSA, R. FIORINE, A.R.
KOZOVITS. 2015. Vegetation structure and composition across different sizes and ages of
recovered riparian forests, Southeastern Brazil. In: SER's 6th World Conference on Ecological
Restoration. Annals. Manchester.
MESSIAS, M.C.T.B; TONACO. A.C.; MARTINS, M.B. CASTRO, H.C. SOUSA, R. FIORINE, A.R.
KOZOVITS. 2015. Vegetation structure and composition across different sizes and ages of
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 36
recovered riparian forests, Southeastern Brazil. In: SER's 6th World Conference on Ecological
Restoration. Annals. Manchester.
MESSIAS, M. C. T. B.; TONACO, A.C.; RAMOS, M. B. C.; SOUSA, H.C. 2014. Avaliação
fitossociológica de quatro áreas de reflorestamento de mata ciliar na represa da usina de Volta
Grande, em Minas Gerais e São Paulo. In: XI Congreso Latinoamericano de Botanica, Salvador,
BA.
MONTEIRO, GF; MARTINS, R; ANTONINI, Y. 2014. Effect of recovery of riparian forest in the
assembly of Camponotus (Hymenoptera; Formicidae) surrounding the Volta Grande Reservoir.
II International Symposium of Ecology and Evolution.
NARDY, A. J. R. Geolofia e petrologia do vulcanismo masozóico da região central da Bacia do
Paraná. 1995, 316 f. Tese (Doutorado em Geociências). Instituto de Geociências e Exatas,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
NOGUEIRA, M. O.; BOTELHO, S. A.; SILVA, C. A.; FARIA, R. A. V. B. Estoque de carbono em solos
de fragmentos florestais nativo e em recuperação. In: VII Simpósio de pós-graduação em
Ciências Florestais, 2013, Viçosa. VII Simpósio de pós-graduação em Ciências Florestais, 2012.
NOGUEIRA, M. M.; BOTELHO, S. A.; SILVA, C. A.; FARIA, R. A. V. B. Estoque de carbono em solos
de fragmentos florestais nativos e em recuperação. In: VII Simpósio de Pós Graduação em
Ciências Florestais, 2012, Viçosa. Anais do VII Simpósio de Pós Graduação em Ciências
Florestais, 2012.
NOGUEIRA, M. M.; BOTELHO, S. A.; SILVA, C. A.; FARIA R. A. V. B. Estoque de carbono em solos
de fragmentos florestais nativos e em recuperação, 2012. (Apresentação de trabalho /
Simpósio).
OLIVEIRA, A. S.; GOMIDE, L. R.; ALTOE, T. F.; Oliveira, A. P.; FERRAZ FILHO, A. C.; SCOLFORO. J.
R. S. Estudo da modelagem de área de copa de árvores do Bioma Cerrado. In: XXVIII Congresso
de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. Lavras - MG. UFLA, 2015.
OLIVEIRA, A. P.; PÁSCOA, K. J. V.; GOMIDE, L. R.; OLIVEIRA, A. S.; FERRAZ FILHO, A. C.
SCOLFORO. J. R. S. Estudo da modelagem volumétrica em uma área de Floresta Estacional. In:
XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA, 2015.
OLIVEIRA, A. S.; GOMIDE, L. R.; ALVES, G. T. P.; ANDRADE, T. M.; CUNHA, G. T.; SCOLFORO, J. R.
S. Análise da distribuição diamétrica de uma Floresta Estacional Semidecidual Montana. In:
XXVII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. Lavras - MG. UFLA, 2014.
REIS, N. C.; GOMIDE, L. R.; CARVALHO, M. C.; MELLO, J. M.; SCOLFORO. J. R. S.; FERRAZ FILHO,
A. C. Volumetria e teor de carbono em fragmentos de florestas ombrófilas na Bacia do Rio
Grande. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA, 2015.
ROCHA, N. Z.; SCOLFORO, J. R. S.; CARVALHO, M. C.; SANTOS, L. F.; GOMIDE, L. R.; MELLO, J. M.
Quantificação dos estoques de carbono e volume em remanescentes de Florestas
Semideciduais na Bacia do Rio Grande. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA.
Lavras - MG. Anais. UFLA, 2015.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 37
RODRIGUES, R. R., Brancalion, P.H.S. Isernhagen, 2009. Pacto pela restauração da mata
atlântica: referencial dos conceitos e ações de restauração florestal. São Paulo: LERF/ESALQ:
Instituto BioAtlântica.
SALES, A. D.; CUNHA, G. T.; CARDOSO, F. S.; MENDES, M. A. S.; GOMIDE, L. R.; SCOLFORO, J. R.
S. Correlação entre valores de NDVI e parâmetros populacionais de fragmentos inequiâneos
pertencentes a Bacia do Rio Grande. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA.
Lavras - MG. Anais. UFLA, 2015.
SANTOS, L. F.; SCOLFORO. J. R. S.; GOMIDE, L. R.; ROCHA, N. Z.; CARVALHO, M. C.; SANTOS, R.
M. Análise descritiva da biomassa e carbono em fragmentos de cerrado no triângulo mineiro e
sul de minas. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA,
2015.
SANTOS, A. P.; ALTOE, T. F.; TEIXEIRA, B. I.; GOMIDE, L. R.; SANTOS, R. M. Análise descritiva das
variáveis ambientais na distribuição das espécies Croton floribundus e Copaifera langsdorffii.
In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA, 2015.
SANTOS, L. F.; SCOLFORO, J. R. S.; GOMIDE, L. R.; abreu, e. C. R. Análise fitossociológica de um
fragmento de floresta estacional semidecidual na Bacia do Rio Grande. In: XXVIII Congresso de
Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA, 2014.
SANTOS, D. G.; DOMINGOS, A. F.; GISLER, C. V. T.: Gestão de Recursos Hídricos na Agricultura:
O Programa Produtor de Água. IN: Manejo e conservação da água no contexto e mudanças
ambientais. XVII REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA. Rio
de Janeiro: 10 a 15 de agosto de 2008.
SOUZA, L. M.; FARIA, R. A. V. B.; BOTELHO, S. A.; FONTES, M. A. L.; FARIA, J. M. R. Potencial de
regeneração natural como método de restauração do entorno de nascente perturbada. CERNE
(UFLA), v. 18, p.128-138, 2012.
SOUZA, L. C. Efeito do espaçamento no estabelecimento de florestas ciliares. Dissertação de
Mestrado em Manejo Ambiental. Lavras, 2002, 97 p.
TONACO, A.C; RAMOS, M.B.C; Messias, M.C.T.B; SOUSA, H.C. 2014. Florística e Fitossociologia
de um fragmento de mata ciliar no cerrado, no Triângulo Mineiro, Brasil. In: XI Congresso
Latinoamericano de Botânica. Salvador, BA.
TEIXEIRA, B. I.; SCOLFORO. J. R. S.; GOMIDE, L. R.; SANTOS, A. P; CARVALHO, M. C.; MELLO, J.
M. Descrição ambiental da ocorrência das espécies Casearia sylvestris e Tapirira guianensis em
Minas Gerais. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA,
2015.
TRINDADE, L. S.; ALTOE, T. F.; BATISTA, M. C. A.; GOMIDE, L. R.; SANTOS, R. M.; FERRAZ FILHO,
A. C. Análise descritiva do peso de galhos finos e folhas para árvores do Cerrado de Minas
Gerais. In: XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras - MG. Anais. UFLA, 2015.
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 38
9 Autores
Andréa Cássia Pinto Pires de Almeida
Especialista em Gestão Ambiental
Especialista em Gestão Integrada de Território
Bióloga
Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais
Luciana Aparecida Magalhães
Doutora em Ciências Ambientais
Especialista em Meio Ambiente e Gestão de Recursos Hídricos
Bióloga
Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais
Rafael Augusto Fiorine
Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical
Especialista em Análise Ambiental
Engenheiro Agrônomo
Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais
Relatório de Biodiversidade Cemig - 2016 Página 39