Relatório do Segundo Semestre de 200 4 - Escola Sá · PDF filelão e...

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foi descortinado e vivenciado com muito pra- zer pelas crianças: andaram de formas varia- das (frente, lado, costas, ponta dos pés, cal- canhares, quatro apoios); correram; rasteja- ram; saltaram; sacudiram, torceram e aperta- ram (o próprio corpo e objetos); equilibraram e rolaram (a si mesmos e objetos); quicaram; enfim, trouxeram todo seu vocabulário motor e foram estimuladas a experimentar novas possibilidades e solucionar corporalmente vários desafios propostos. Exploramos, ainda, o lado rítmico, expres- sivo e criativo das crianças, utilizando mús i- cas, instrumentos musicais ou ainda jogos cantados, através dos quais, experimenta- mos várias movimentações e pausas – para- das bruscas (estátua), mudanças de direção (lateralidade e orientação espaço tempo- ral) – e vivenciamos expressões dramatiza- das, passos de dança, posturas, modo de sentar, etc. dos chineses. Trabalhamos tam- bém o esquema corporal: localizamos, mos- tramos, nomeamos e manipulamos partes diferenciadas do corpo. Com tudo isso, nos preparamos muito bem para o próximo proje- to: a festa de encerramento. Desta forma nosso objetivo maior se cum- priu com sucesso e isto só foi possível por conta das relações maravilhosas que se es- tabeleceram. O afeto é o melhor dos recur- sos pedagógicos, daí esta deliciosa sens a- ção de fechar o semestre com a missão cumprida! MÚSICA Nosso segundo semestre teve um come- ço emocionante. Em plena Olimpíada, o es- pírito dos jogos contagiou a todos nós. Nas aulas de música, desenferrujamos o peito e tratamos de cantar o Hino Nacional. Pude- mos ainda apreciar algumas versões instru- mentais, como as de Rafael Rabelo no vio- lão e Robertinho do Recife na guitarra, en- quanto o nosso hino passeava pelos ritmos brasileiros e o rock. Assim, quando pudemos dar início à nossa Olimpíada, o espírito es- portivo permitiu que as crianças se diverti s- sem um bocado com os inúmeros jogos e brincadeiras musicais. Um grande tabuleiro foi criado, contendo um circuito de atividades em forma de clave de sol. Como num jogo de trilha, a turma dividida em três ou mais grupos, representa- dos por peões, jogava no dado a sorte de serem desafiados à cumprir as tarefas mus i- cais propostas. Buscando unir percepção sonora, memória musical, criatividade e mo- vimentação corporal, criamos regras para a competição e concluímos que o mais impor- tante não era ganhar, e sim nos divertir. Para tal, imitávamos estátua no final da música Upa, Upa Cavalinho. Distinguíamos o som grave do som agudo, no Morto e Vivo Mus i- cal. Descobríamos as melodias da flauta- doce, no Qual é a Música? Reproduzíamos variadas frases rítmicas, no Eco-Rítmico. Nos lembrávamos das letras musicais, quan- do nos era dada uma palavra-chave, em Cante a Música. Reconhecíamos o timbre dos instrumentos dentro de uma caixa cober- ta, em Que instrumento é esse? Descobría- mos quem estava propondo sons corporais, em Quem é o Maestro? E, também, na brin- cadeira do Senhor Caçador. Além de inven- tar música, a criançada tinha que tomar cui- dado para não derrapar nas músicas cumu- lativas, como a da Moça e a Mosca e a Cur- va da Estrada. Dessa forma o grupo que concluísse a trilha primeiro era o vencedor. Essas brincadeiras, além de terem trabalha- do ludicamente nossos objetivos musicais, serviram também para lidarmos com alguns sentimentos que acompanham geralmente as competições. Tanto as euforias da vitória, como as frustrações da derrota fazem parte do jogo... No final todos ganhamos nos con- fraternizando e nos divertindo à valer. A Turma do Morcego teve como desdo- bramento pedagógico do seu projeto o traba- lho com o conto chinês O Pote Vazio. Na ocasião, trouxemos para a escola uma mo- ringa sonora e mostramos às crianças a im- portância do vazio e da caixa de ressonância nos modelos de instrumentos acústicos. “Fui à China na / Saber o que era China na / Todos eram China na / Ligue, ligue, li- gue China na” (D.P.) Com esse brinquedo rítmico interpretado com as mãos pudemos nos divertir em duplas ou em roda. Aprovei- tamos a ocasião para trabalharmos ritmica- mente a música com os nossos instrumentos de percussão. E ainda, descobrimos que a escala pentatônica chinesa poderia ser re- produzida nas teclas pretas do piano ou do metalofone, em exercícios de experimenta- ção melódica. Vamos ver o que as crianças são capazes de preparar, do outro lado do mundo, para a Festa de Encerramento. Professor da Turma: Alessandra Rabello Auxiliar da Turma: Denise Aguiar Expressão Corporal: Carla Cristina Soares Música: Jean Philippe Trindade Coordenação: Paula Lacombe Direção: Maria Teresa Moura e Maria Cecília Moura Relatório do Segundo Semestre de 2004 Educação Infantil Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434 Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected] Gostaríamos de iniciar este relato contan- to um pouco deste movimentado e intenso semestre para nós e para estas dezoito cri- anças tão queridas em suas particularida- des. Descobertas, novidades, muito envolv i- mento e curiosidade permearam nossos dias e nossos projetos. O começo das aulas foi marcado pelas o desempenho do Brasil em Atenas. A medalha de ouro conquistada pelo iati s- mo brasileiro na Grécia nos levou ao Iate Clube do Rio de Janeiro para conhecer a l- guns barcos à vela. Fomos na companhia do Roberto, pai do Ian, que é iatista. O dia estava lindo e a turma pôde ver ou- tras crianças navegando em barcos peque- “Olimpíadas da Pereirinha”. Todas as crianças ficaram envolvidas pelas propostas e durante uma semana suaram a camisa pedalando, correndo, arremessando saquinhos e jogando muitas bolinhas no campo adversário (Pipoca). Através da leitura de jornais e revistas conhe- ceram vários esportes e vários atletas. Com entusiasmo acompanharam as notícias sobre Turma do Morcego Ana Carolina Paiva Chaves Gallindo / Antonio Gitahy Falcao Faria / Arthur Roxo Py / Beatriz Passos Guimarães de Uzêda / Carolina Coimbra Mercês / Clarisse Dessaune Fiche de Almeida / Francisco Kalume Barbosa Santana Alves / Gloria Saback Saint' Clair / Guilherme Araújo Mello de S. Andrade / Ian Sá Freire Birkeland / João Pedro Lima Muniz / Julia Ribeiro Matta de Almeida / Juliana Lacerda Catharino / Lola Fiuza da Cunha / Matias Teixeira Vaisman / Pedro Couto Rodrigues de Souza / Pedro de Amorim Macedo Rodrigues / Vitor Pires da Silva

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foi descortinado e vivenciado com muito pra-zer pelas crianças: andaram de formas varia-das (frente, lado, costas, ponta dos pés, cal-canhares, quatro apoios); correram; rasteja-ram; saltaram; sacudiram, torceram e aperta-ram (o próprio corpo e objetos); equilibraram e rolaram (a si mesmos e objetos); quicaram; enfim, trouxeram todo seu vocabulário motor e foram estimuladas a experimentar novas possibilidades e solucionar corporalmente vários desafios propostos.

Exploramos, ainda, o lado rítmico, expres-sivo e criativo das crianças, utilizando mús i-cas, instrumentos musicais ou ainda jogos cantados, através dos quais, experimenta-mos várias movimentações e pausas – para-das bruscas (estátua), mudanças de direção (lateralidade e orientação espaço tempo-ral) – e vivenciamos expressões dramatiza-das, passos de dança, posturas, modo de sentar, etc. dos chineses. Trabalhamos tam-bém o esquema corporal: localizamos, mos-tramos, nomeamos e manipulamos partes diferenciadas do corpo. Com tudo isso, nos preparamos muito bem para o próximo proje-to: a festa de encerramento.

Desta forma nosso objetivo maior se cum-priu com sucesso e isto só foi possível por conta das relações maravilhosas que se es-tabeleceram. O afeto é o melhor dos recur-sos pedagógicos, daí esta deliciosa sensa-ção de fechar o semestre com a missão cumprida!

MÚSICA Nosso segundo semestre teve um come-

ço emocionante. Em plena Olimpíada, o es-pírito dos jogos contagiou a todos nós. Nas aulas de música, desenferrujamos o peito e tratamos de cantar o Hino Nacional. Pude-mos ainda apreciar algumas versões instru-mentais, como as de Rafael Rabelo no vio-lão e Robertinho do Recife na guitarra, en-quanto o nosso hino passeava pelos ritmos brasileiros e o rock. Assim, quando pudemos dar início à nossa Olimpíada, o espírito es-portivo permitiu que as crianças se diverti s-sem um bocado com os inúmeros jogos e brincadeiras musicais.

Um grande tabuleiro foi criado, contendo um circuito de atividades em forma de clave de sol. Como num jogo de trilha, a turma

dividida em três ou mais grupos, representa-dos por peões, jogava no dado a sorte de serem desafiados à cumprir as tarefas musi-cais propostas. Buscando unir percepção sonora, memória musical, criatividade e mo-v imentação corporal, criamos regras para a competição e concluímos que o mais impor-tante não era ganhar, e sim nos divertir. Para tal, imitávamos estátua no final da música Upa, Upa Cavalinho. Distinguíamos o som grave do som agudo, no Morto e Vivo Musi-cal. Descobríamos as melodias da flauta-doce, no Qual é a Música? Reproduzíamos variadas frases rítmicas, no Eco-Rítmico. Nos lembrávamos das letras musicais, quan-do nos era dada uma palavra-chave, em Cante a Música. Reconhecíamos o timbre dos instrumentos dentro de uma caixa cober-ta, em Que instrumento é esse? Descobría-mos quem estava propondo sons corporais, em Quem é o Maestro? E, também, na brin-cadeira do Senhor Caçador. Além de inven-tar música, a criançada tinha que tomar cui-dado para não derrapar nas músicas cumu-lativas, como a da Moça e a Mosca e a Cur-va da Estrada. Dessa forma o grupo que concluísse a trilha primeiro era o vencedor. Essas brincadeiras, além de terem trabalha-

do ludicamente nossos objetivos musicais, serviram também para lidarmos com alguns sentimentos que acompanham geralmente as competições. Tanto as euforias da vitória, como as frustrações da derrota fazem parte do jogo... No final todos ganhamos nos con-fraternizando e nos divertindo à valer.

A Turma do Morcego teve como desdo-bramento pedagógico do seu projeto o traba-lho com o conto chinês O Pote Vazio. Na ocasião, trouxemos para a escola uma mo-ringa sonora e mostramos às crianças a im-portância do vazio e da caixa de ressonância nos modelos de instrumentos acústicos.

“Fui à China na / Saber o que era China na / Todos eram China na / Ligue, ligue, li-gue China na” (D.P.) Com esse brinquedo rítmico interpretado com as mãos pudemos nos divertir em duplas ou em roda. Aprovei-tamos a ocasião para trabalharmos ritmica-mente a música com os nossos instrumentos de percussão. E ainda, descobrimos que a escala pentatônica chinesa poderia ser re-produzida nas teclas pretas do piano ou do metalofone, em exercícios de experimenta-ção melódica. Vamos ver o que as crianças são capazes de preparar, do outro lado do mundo, para a Festa de Encerramento.

Professor da Turma: Alessandra Rabello Auxiliar da Turma: Denise Aguiar Expressão Corporal: Carla Cristina Soares Música: Jean Philippe Trindade Coordenação: Paula Lacombe Direção: Maria Teresa Moura e Maria Cecília Moura

Relatório do Segundo Semestre de 2004 Educação Infantil

Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434

Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected]

Gostaríamos de iniciar este relato contan-to um pouco deste movimentado e intenso semestre para nós e para estas dezoito cri-anças tão queridas em suas particularida-des. Descobertas, novidades, muito envolv i-mento e curiosidade permearam nossos dias e nossos projetos.

O começo das aulas foi marcado pelas

o desempenho do Brasil em Atenas. A medalha de ouro conquistada pelo iatis-

mo brasileiro na Grécia nos levou ao Iate Clube do Rio de Janeiro para conhecer al-guns barcos à vela. Fomos na companhia do Roberto, pai do Ian, que é iatista.

O dia estava lindo e a turma pôde ver ou-tras crianças navegando em barcos peque-

“Olimpíadas da Pereirinha”. Todas as crianças ficaram envolvidas pelas propostas e durante uma semana suaram a camisa pedalando, correndo, arremessando saquinhos e jogando muitas bolinhas no campo adversário (Pipoca). Através da leitura de jornais e revistas conhe-ceram vários esportes e vários atletas. Com entusiasmo acompanharam as notícias sobre

Turma do Morcego Ana Carolina Paiva Chaves Gallindo / Antonio Gitahy Falcao Faria / Arthur Roxo Py / Beatriz Passos Guimarães de Uzêda / Carolina Coimbra Mercês / Clarisse Dessaune Fiche de Almeida / Francisco Kalume Barbosa Santana Alves / Gloria Saback Saint' Clair / Guilherme Araújo Mello de S. Andrade /

Ian Sá Freire Birkeland / João Pedro Lima Muniz / Julia Ribeiro Matta de Almeida / Juliana Lacerda Catharino / Lola Fiuza da Cunha / Matias Teixeira Vaisman / Pedro Couto Rodrigues de Souza / Pedro de Amorim Macedo Rodrigues / Vitor Pires da Silva

nos como o Optimist. A criançada entrou na garagem que guardava os barcos Lasers, iguais aqueles do campeão Robert Scheidt e passou embaixo dos barcos grandes que tinham até lugar para dormir.

Na sala de artes confeccionaram as me-dalhas de ouro para todas as turmas da es-cola receberem, pois foram vencedores a-queles que tiveram “coragem” para participar e compartilhar suas emoções num clima de respeito e amizade. Neste espaço também fizeram colagem com as cores e as formas da bandeira do Brasil.

Com orgulho e dedicação criaram um gri-to de “guerra” para as torcidas, cantaram o hino nacional e treinaram no pátio as diferen-tes modalidades presentes em nossa “semana olímpica”.

Esta experiência de poder brincar, dançar, cantar e fazer bagunça junto com amigos de diferentes turmas foi muito significativa para a turma do Morcego.

“ Lá vem o seu china na ponta do pé Lig,lig,lig,lig,lig,lig,lé...”

Depois de participarmos das Olimpíadas na Pereirinha e de conhecermos um pouco mais sobre a Grécia, viajamos para a China do tempo dos imperadores. Para dar início a nossa viagem escolhemos a lenda “O pote vazio” de Demi. Esta história, que conta um pouco da trajetória do imperador Ping foi dramatizada pela Turma do Morcego em sua Festa Pedagógica.

Através do livro “Crianças como você”, da Unicef, conhecemos a Guo Shuang, uma menina chinesa de nove anos que foi nossa guia nessa expedição pelo Oriente. Com ela, descobrimos que a escrita chinesa é feita com desenhos, diferente das letras que usa-mos para escrever e pudemos brincar de copiar os ideogramas e de tentar descobrir seus significados.

Para ilustrar ainda mais o projeto, assisti-mos em vídeo a duas lendas chinesas: “A menina e o cervo” e o “Lobo e a raposa”. A primeira, toda feita em aquarela, arrancou suspiros das crianças. A animação tinha a-penas um fundo musical que foi logo identifi-cado pelas crianças: “Parece o som do me-talofone que tocamos música chinesa na aula do Jean”. A segunda suscitou questões relacionadas à amizade e fez com que todos chegassem à seguinte conclusão: “Mentir para um amigo pode dar muita confusão e isso não é bom”.

Procuramos contribuir para a formação da sensibilidade das crianças, o que significou incentivar e criar oportunidades para que elas se expressassem, ampliassem e enriqueces-sem suas experiências, aumentando suas possibilidades de interlocução e entendimento das diferentes realidades que os cercam.

Em nossas rodas de conversa contamos

“A nossa festa foi muito boa. Nós partic i-pamos dançando e fazendo teatro. Para o teatro nós vestimos a fantasia de Ping, que é um menino chinês. A Denise estava ves-tida de imperador e a Alê era quem cont a-va a história. Depois de tudo nós brinc a-mos no parquinho do Jardim Botânico”.

Texto Coletivo

uma novidade que deixou o grupo em alvoro-ço: “Os avós do Matias fizeram há pouco tem-po uma viagem à China!”. Então, muitas per-guntas começaram a surgir a partir desta in-formação: “Será que eles encontraram o Ping e a Guo Shuang lá?” “Eles sabem falar chi-nês?” “Eles viram algum dragão colorido?”

Para responder a estas questões convida-mos os avós do Matias para virem à escola. Eles mostraram fotos da China “da época do Ping” e da China atual. Contaram muitas his-tórias interessantes como a da festa da lua e a do pato pescador. Para alegrar o nosso encontro, as crianças cantaram a música da “Lua”, da Ana Moura e “Fui à China”, uma brincadeira cantada.

Nosso objetivo de socializar os bens cul-turais e familiarizar as crianças com a produ-ção artística deste país aconteceu de forma lúdica e prazerosa. Preparamos até um chá chinês! Neste dia as crianças vieram vesti-das como orientais, trouxeram suas xícaras e experimentaram diversos chás, arroz colo-rido e biscoitinhos da sorte. Comeram com pauzinhos em um ambiente de mesas baixas e esteiras no chão. Uma delícia!

Também tivemos a oportunidade de co-nhecer no Espaço Cultural dos Correios a exposição “Tesouros da China”. Lá vimos esculturas, porcelanas, tapetes e outras pe-ças chinesas.

Pensando na função dos números e em sua utilidade, proporcionamos situações em que puderam colocar em jogo seus conhec i-

go e muito curioso que vem conquistando, a cada dia, mais autonomia.

A Turma do Morcego termina o ano fe-chando os olhos para sonhar. Vamos ver o que esta turminha vai aprontar para a Festa de Fim de Ano.

Um beijo saudoso em cada morcego que encheu nossas tardes de alegria e harmonia.

EXPRESSÃO CORPORAL Ter um “ótimo contato inicial” e “conhecer

o grupo” passou a ser o objetivo maior deste curto espaço de tempo que tivemos juntos. Aprender os nomes, saber quem é quem, perceber como se relacionam, observar a desenvoltura corporal de cada um, fornecer o contato necessário para estabelecer uma relação de carinho e respeito foi também muito importante. Todo o conteúdo trabalha-do até o momento esteve sempre imbuído da premissa de uma efetiva adaptação com a turma e de uma avaliação diagnóstica.

Procuramos tratar da mitologia oriental, a China, através da utilização de materiais vari-ados e, acreditando que o faz-de-conta é uma condição básica para adentrar o universo in-fantil, não foi difícil transformar um tecido grande em vestimentas chinesas e circuitos em grandes florestas ou vales chineses. Logo, bambolês viraram pedras, cordas delimitavam rios centenários, planos mais altos ou em de-clive transformaram-se em pontes, túnel de pano virou caverna, sempre procurando imitar e explorar o gestual do universo chinês.

Desta forma, um grande leque de ações

mentos matemáticos, confrontá-los com os dos amigos e elaborar novas hipóteses. Es-sas situações foram vivenciadas através dos jogos, anotações no calendário e fatos do cotidiano.

Através das fichas dos nomes, as crianças experimentaram a escrita de forma contextua-lizada e formularam hipóteses sobre a quanti-dade de letras e o desenho das mesmas.

Este grupo é assim, muito empreendedor, unido em suas semelhanças e diferenças. Um grupo que, aos poucos, foi ampliando o conhecimento acerca de si mesmo, dos ou-tros e do mundo em que vive. Um grupo ami-