Relatório do Segundo Semestre de 2004solidariedade e do compromisso com o grupo. Dessa forma, se...

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exercício”, “simbólico”, “de constru- ção” ou “de regras”, continua sendo fonte inesgotável de aprendizagem e prazer. MÚSICA Começamos o semestre em clima de Olimpíadas. Aproveitamos este contexto para fazermos uma aprecia- ção do Hino Nacional. As crianças ouviram oito versões diferentes do hino, cada uma delas apresentando um arranjo diferente. Pudemos ob- servar como uma mesma música po- de inspirar variados ritmos e forma- ções instrumentais e como o trata- mento que cada arranjo recebeu re- mete a diferentes emoções e climas. Na seqüência, retomamos à “história sonorizada” iniciada no final do primeiro semestre. Terminamos de criar a história, que foi inspirada por experimentações com os instru- mentos da sala, e as “recheamos” de som. A turma funcionou como uma verdadeira orquestra, onde cada um fez a sua participação com consciên- cia da hora de entrar e sair, vivenci- ando noções de dinâmica, regência e prática de conjunto. A história foi batizada de “Viagem à lua”. Depois de apresentarmos a histó- ria, iniciamos uma “olimpíada musi- cal”. As turmas foram divididas em equipes, cada equipe escolheu seu nome e começamos, através de j o- gos e brincadeiras, uma animada jor- nada. Os conteúdos aprofundados foram: apresentação das figuras rít- micas e suas pausas, leitura e escri- ta rítmica e melódica e prática de conjunto. Projeto: Tânia Maria Velozo Matemática: Flávia Renata F. L. Coelho Inglês: Gabriela A. Irigoyen Expressão Corporal: Ana Cecília P Guimarães Educação Física: Carla Cristina Soares Música: Manoela Marinho Rego Teatro: Rodrigo Maia Artes: Sabrina Romeiro Tribo: Mariana Fiori Orientação: Maria Cecília J. A. Moura Coordenação e Direção : Maria Teresa J. A. Moura e Maria Cecília J. A. Moura Relatório do Segundo Semestre de 2004 Ensino Fundamental Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434 Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected] TRIBO A Tribo se configura como lugar pri- vilegiado para trabalhar com as crian- ças o sentimento de pertencimento ao grupo. Sentimento esse esvaziado de sentido numa sociedade que prima pe- lo individualismo, pela esperteza de uns sobre outros, que gera formas si- lenciosas de violência. Nesse sentido, é um espaço onde as crianças podem reconhecer suas possibilidades, suas responsabilidades no coletivo, compr e- endendo as conseqüências que tem a ação individual na construção de um projeto que os aproxime ao máximo da solidariedade e do compromisso com o grupo. Dessa forma, se apropriam da percepção de suas formas de inserção e, portanto, de suas contribuições com a comunidade escolar, atribuindo signi- ficado às suas vivências, dimensionan- do o valor da troca com o outro e crian- do, através do diálogo, a autonomia individual e do grupo. Um espaço a serviço da transmissão dos valores e regras da escola, que busca a constru- ção de instrumentos para um cotidiano escolar cada vez mais saudável, cola- borando no aprendizado da escuta do outro e das situações de conflito que as crianças vivenciam. Intervimos no Primeira Série Tarde Alice Balleste Lemme / Bernardo Mello Queiroz / Carolina Venancio Magalhães / Cecília Campos Figueiredo / C lara Gitahy Falcão Faria / Fernanda Thomaz Rodrigues / Flora Schneider Mendes Alcure Pereira / Gabriel Capella Cosenza / Gabriel Capobianco Villa Nova Diniz / Isabela Canellas da Motta / Joana de Medina Barbalho / João Manuel Tui Tavares Piedrafita / Lara da Silva Tremouroux / Luca Nicolo Dobal Cucco / Lucca Attademo Liberal / Maira Kalume Barbosa Cirne / Manuela Carpenter Mode / Nina Castro A. Barronin e Mello / Rafaella Saioro Bezerra Batista / Rodrigo Castilho Barros / Sofia Dantas Seda / Thiago Marques Accioli de Vasconcelos

Transcript of Relatório do Segundo Semestre de 2004solidariedade e do compromisso com o grupo. Dessa forma, se...

  • exercício”, “simbólico”, “de constru-ção” ou “de regras”, continua sendo fonte inesgotável de aprendizagem e prazer. MÚSICA

    Começamos o semestre em clima de Olimpía das. Aproveitamos este contexto para fazermos uma aprecia-ção do Hino Nacional. As crianças ouviram oito versões diferentes do hino, cada uma delas apresentando um arranjo diferente. Pudemos ob-servar como uma mesma música po-

    de inspirar variados ritmos e forma-ções instrumentais e como o trata-mento que cada arranjo recebeu re-mete a diferentes emoções e climas.

    Na seqüência, retomamos à “história sonorizada” iniciada no final do primeiro semestre. Terminamos de criar a história, que foi inspirada por experimentações com os instru-mentos da sala, e as “recheamos” de som. A turma funcionou como uma verdadeira orquestra, onde cada um fez a sua participação com consciên-cia da hora de entrar e sair, vivenci-

    ando noções de dinâmica, regência e prática de conjunto. A história foi batizada de “Viagem à lua”.

    Depois de apresentarmos a histó-ria, iniciamos uma “olimpíada musi-cal”. As turmas foram divididas em equipes, cada equipe escolheu seu nome e começamos, através de jo-gos e brincadeiras, uma animada jor-nada. Os conteúdos aprofundados foram: apresentação das figuras rít-micas e suas pausas, leitura e escri-ta rítmica e melódica e prática de conjunto.

    Projeto: Tânia Maria Velozo Matemática: Flávia Renata F. L. Coelho Inglês: Gabriela A. Irigoyen Expressão Corporal: Ana Cecília P Guimarães Educação Física: Carla Cristina Soares Música: Manoela Marinho Rego Teatro: Rodrigo Maia Artes: Sabrina Romeiro Tribo: Mariana Fiori

    Orientação: Maria Cecília J. A. Moura Coordenação e Direção : Maria Teresa J. A. Moura e Maria Cecília J. A. Moura

    Relatório do Segundo Semestre de 2004 Ensino Fundamental

    Rua Capistrano de Abreu, 29 - Botafogo Tel 2535-2434

    Rua Cesário Alvim, 15 - Humaitá Tel 3239-0950 www.sapereira.com.br / [email protected]

    TRIBO A Tribo se configura como lugar pri-

    vilegiado para trabalhar com as crian-ças o sentimento de pertencimento ao grupo. Sentimento esse esvaziado de sentido numa sociedade que prima pe-lo individualismo, pela esperteza de uns sobre outros, que gera formas si-lenciosas de violência. Nesse sentido, é um espaço onde as crianças podem reconhecer suas possibilidades, suas responsabilidades no coletivo, compr e-endendo as conseqüências que tem a ação individual na construção de um projeto que os aproxime ao máximo da solidariedade e do compromisso com o grupo. Dessa forma, se apropriam da percepção de suas formas de inserção e, portanto, de suas contribuições com a comunidade escolar, atribuindo signi-ficado às suas vivências, dimensionan-do o valor da troca com o outro e crian-do, através do diálogo, a autonomia individual e do grupo. Um espaço a serviço da transmissão dos valores e regras da escola, que busca a constru-ção de instrumentos para um cotidiano escolar cada vez mais saudável, cola-borando no aprendizado da escuta do outro e das situações de conflito que as crianças vivenciam. Intervimos no

    Primeira Série Tarde Alice Balleste Lemme / Bernardo Mello Queiroz / Carolina Venancio Magalhães / Cecília Campos Figueiredo / Clara Gitahy Falcão Faria / Fernanda Thomaz Rodrigues / Flora Schneider Mendes Alcure Pereira / Gabriel Capella Cosenza / Gabriel Capobianco Villa Nova Diniz /

    Isabela Canellas da Motta / Joana de Medina Barbalho / João Manuel Tui Tavares Piedrafita / Lara da Silva Tremouroux / Luca Nicolo Dobal Cucco / Lucca Attademo Liberal / Maira Kalume Barbosa Cirne / Manuela Carpenter Mode / Nina Castro A. Barronin e Mello /

    Rafaella Saioro Bezerra Batista / Rodrigo Castilho Barros / Sofia Dantas Seda / Thiago Marques Accioli de Vasconcelos

  • Ano de Olimpíadas, jornais, revistas e televisão noticiavam esse grande evento. Começamos a recolher notí-cias e fizemos um “mural-jornal”, onde ficaram registrados os acontecimen-tos mais marcantes. Começamos, en-tão, a colher informações... Quantos e quais países estariam participando? Quais as modalidades esportivas? Quem seriam os atletas? De que lu-gares longínquos do planeta viríam? Quantas perguntas! Que gente mais curiosa! Tínhamos muito para pesqui-sar e saber.

    Assim, em parceria com os amigos da manhã, deslocamos o planeta Terra do nosso sistema solar e o penduramos na nossa sala, feito de jornal, revestido com várias imagens de seres vivos e com o mapa de todos os continentes. Arrumamos as malas e partimos para mais viagens.

    Em cada continente, uma paradi-nha para procurar e localizar diferen-tes países, pesquisar suas bandei-ras, conhecer um pouco das suas culturas e, principalmente, conhecer e se encantar com suas histórias. Com o atlas nas mãos foram apren-dendo a ler, analisar e interpretar o que os mapas lhes contavam. Traba-lharam em grupos, em duplas, troca-ram idéias e muito se ajudaram.

    Enfim, depois de tantas paradas, de tantas informações e curiosidades, chegamos à Ásia e resolvemos ficar. Passamos pela China e pelo Tibet. Pe-lo Japão, Irã, Iraque... Mas nos encan-tamos pelas Arábias e pelos contos das “Mil e uma noites”. Por Sherazade e o Califa, pelas histórias dentro das histórias... Nesse clima mágico fica-mos e nos dedicamos em saber mais sobre a cultura árabe e ler e ouvir algu-mas de suas histórias fantásticas.

    Na Biblioteca ampliaram suas es-colhas e aproveitaram ao máximo

    sentido de ajudá-los a compreender o que seja o problema instaurado e a levantar soluções possíveis, reconhe-cendo na diferença o fator chave para a transformação das relações.

    Procuramos vincular as vivências específicas da Tribo às demais ins-tâncias da comunidade escolar e às questões do mundo atual. O trabalho em parceria com a Educação Física foi rico nas discussões acerca das Olimpíadas, ressaltando sempre a importância de uma conduta solidária, do jogar com o outro e não contra o outro, desconstruindo a visão do que representa ser vencedor, ressaltando a amizade e a diversão como o princi-pal nesse momento proporcionado pela escola.

    Trabalhamos no sentido de estrei-

    tar as relações com o Projeto Institu-cional e com os projetos de cada tur-ma, colaborando com uma parcela no entendimento de seus desdobra-mentos e procurando, junto com as crianças, relações que possam a-crescentar o repertório de significa-ções que elas atribuam ao projeto que desenvolvem.

    Acreditamos que esse trabalho te-nha dado suporte ao prazer de conhe-cer e de viver nesse mundo, mesmo com todas as dificuldades que ele traz. PROJETO

    Com vontade e saudade, todos re-tornaram das férias. Muitas falas, no-vidades, assuntos diversos. Devagar-zinho, entre uma conversa e outra, começamos, juntos, a imaginar e a traçar um caminho de novos estudos.

    universo dessas histórias, começ a-mos a trabalhar os jogos do início do ano como atividade preparatória e or-ganizadora para um bom ensaio.

    Nesse momento de integração en-tre jogo e cena, inúmeras descober-tas vêm ocorrendo em favor de uma maior compreensão e conscientiza-ção sobre a linguagem teatral.

    Em seguida mergulhamos de cor-po e alma na peça de final de ano através dos mitos de criação e das histórias dos povos e países traba-lhados durante o ano, presentes na música composta para o carnaval “Gregos, Árabes, Andinos, Africanos, Egípcios, Chineses”. Com a peça pronta demos início aos ensaios vi-venciando a maioria dos persona-gens, até decidirmos qual será o time oficial para o dia da apresentação.

    E com essa mesma alegria e entu-siasmo, pretendemos apresentar um espetáculo que celebre numa grande festa o final de mais um ano letivo. EXPRESSÃO CORPORAL

    Começamos o semestre nos sensi-bilizando com o tema das olimpíadas que iam ser iniciadas na Sá Pereira através das competições por equipes. Abordamos os elementos da ginásti-ca rítmica, trabalhando primeiro as possibilidades de movimento do solo e em seguida, introduzindo uma a-daptação dos aparelhos para improvi-sações criativas que encantaram a todos. Carla, professora de Educação Física, veio fazer uma demonstração dos possíveis movimentos de circun-dações e de balancês pelo espaço, utilizando a massa, a corda, a fita e o arco. Depois de uma introdução so-bre o assunto, nos mostrou as dife-rentes formas de serem utilizados. Esse aprendizado enriqueceu o grito de guerra das equipes. Coreografa-

    mos, também, uma versão bem ani-mada do hino nacional, interpretado pelo grupo baiano Olodum.

    Em seguida ensaiamos uma core-ografia para a música “Planeta Blue”, de Miltom Nascimento e Fernando Brant, que foi apresentada na Festa Pedagógica. O processo de monta-gem dessa dança foi bem interes-sante, tanto pela participação efetiva da turma, que demonstrou organiza-ção espacial e memória corporal, co-mo pelo sentimento de união, alegria e cooperação que esteve sempre presente.

    Em novembro começamos os en-saios para a Festa de encerramento e coreografamos uma linda dança árabe que envolveu bastante a tur-ma. A qualidade dos movimentos foi ficando cada vez mais aprimorada com uma clara intenção das crianças em viver o universo que representa-vam. EDUCAÇÃO FÍSICA

    O semestre teve início, como é de praxe, cheio de expectativas por con-ta das crianças que ficam muito ansi-osas aguardando nosso torneio anu-al. Imbuídos do espírito olímpico que tomou conta de todos neste ano e totalmente engajados no nosso proje-to institucional “Catando Sonhos no Tempo”, conseguimos, enfim, realizar um desejo antigo: fazer uma grande Olimpíada na Sá Pereira.

    Foram três dias de muita diversão, muita garra e muito empenho das crianças e de toda a equipe da esco-la, pois foi preciso muita cooperação mútua para que tudo saísse a con-tento.

    As equipes foram formadas por crianças de todas as turmas, o que fez desta olimpíada um momento ím-par de integração, de socialização,

    de aprendizado e de grande confra-ternização, tendo “o respeito ao ou-tro” como ponto fundamental.

    Além de uma belíssima abertura, com direito a performance criada nas aulas de expressão corporal, Hino Nacional e hino da olimpíada traba-lhados nas aulas de Música e jura-mento do atleta com versão em In-glês estudados nas aulas de inglês e Teatro; tivemos várias modalidades de jogos e esportes, como: pique-bandeira, queimado, futebol, ping-pong, cabo-de-guerra, corrida do sa-co, estafetas (competições por equi-pes), pular corda, ginástica artística e salto em distância, onde os peque-nos atletas colocaram todas as suas habilidades à prova.

    Também participaram de uma gin-cana cultural muito bacana abordan-do “condutas solidárias” (que foi tema das aulas da Tribo), “conhecimentos gerais sobre esportes e Olimpíadas” e um belíssimo concurso de “grito de guerra”, no qual as crianças esbanja-ram criatividade tocando, dançando e cantando com muita disposição e a-legria.

    As Olimpíadas foram, sem dúvida, o ponto máximo do semestre, um e-vento muito enriquecedor e gratifican-te tanto para nós, que a idealizamos, como para as crianças que participa-ram efetivamente e tiveram seus va-lores a todo o momento sendo testa-dos, remexidos e até modificados.

    No decorrer do semestre segui-mos com nossos jogos e atividades pré-desportivas, aprendendo novas regras, modificando outras, discutin-do condutas, descobrindo novas ha-bilidades e aprimorando as já adqui-ridas. Tudo isso nos divertindo a va-ler, como sempre. Acreditamos que o “jogo”, dentro de qualquer uma de suas classificações, quer seja “de

  • Na ocasião da festa pedagógica, as crianças estiveram empenhadas com a pintura de bandeiras nas ca-misetas. O tecido foi então um novo tipo de suporte que ofereceu desafi-os diferentes dos enfrentados anteri-ormente. Utilizaram produção como figurino da coreografia da festa pe-dagógica.

    Por fim, assistimos a cenas do po-ético filme iraniano Gabeh. O filme, além de oferecer as paisagens irani-anas para o nosso deleite, apresenta o processo de produção dos tapetes orientais. Para continuar nossa via-gem pelas arábias, apreciamos ou-tras paisagens na revista Geográfica

    Universal. A partir daí, o fazer se deu pela apreciação e produção de tan-tas imagens que caracterizam esse universo. O resultado desse trabalho pôde ser visto no vídeo da peça “Catando Sonhos no Tempo”, quan-do outros significados puderam ser atribuídos, dando novos sentidos às produções dessa meninada. TEATRO

    Começamos o semestre de olho nas Olimpíadas. Alguns jogos que a-prendemos no 1° semestre foram a-daptados outros foram criados espe-cificamente para trabalharmos a reali-dade das Olimpíadas. Os jogos visam

    estimular atitude, solidariedade, res-peito, entre outros aspectos. São e-les: Corrida em câmera lenta com obstáculos, Congela e Máscara com temas de esporte, Jogo do Passo, cri-ação de esquetes baseados em notí-cia de jornais, situações de bastido-res e familiares, tudo em torno dos “Jogos Olímpicos”.

    Após o encerramento das Olimpía-das, a P1 vem se esbaldando com mil e uma histórias e tentando desvendar mais de mil enigmas. Todos contados em nome da sobrevivência das perso-nagens que habitam um mundo cheio de mistérios e curiosidades.

    Estando bastante afinados com o

    Com a imaginação. Não uso o coração (...)”

    Fernando Pessoa Nesse semestre aproveitamos al-

    guns eventos que aconteceram para passear.

    Foram ao CCBB visitar a exposi-ção “Antes – Histórias da Pré- histó-ria no Brasil”. Participaram também do 6º Salão de Livros para jovens e Crianças no MAM. Foi muito bom po-der sair por aí, participar dos aconte-cimentos da nossa cidade, apreciar, debater e se divertir.

    O tempo passou rápido. Todos cresceram, amadureceram. Cada um, em seu tempo, realizou várias conquistas. Foi bom demais traba-lhar com esse grupo e compartilhar tantos momentos. Vamos sentir sau-dade.

    “Não mate tuas saudades Deixa viver as tuas saudades Saudade é a certeza do reencontro Estar saudoso é estar junto.”

    Huberto Rohden

    MATEMÁTICA Neste segundo semestre o traba-

    lho com Resolução de Problemas continuou ocupando lugar de desta-que. A Família Gorgonzola esteve ausente por um período para entrar em cena Uma História com Mil Maca-cos, de Ruth Rocha. A história de um cientista que passa a receber inúme-ros macacos para suas experiências nos trouxe a possibilidade de elabo-rar uma série de situações–problema. As crianças foram convi-dadas a criar estratégias de resolu-ção para descobrir a quantidade de macacos que haviam chegado a ca-da semana, quantas bananas eram necessárias para alimentar a maca-cada e toda a despesa do Dr Quares-ma com a sua pesquisa.

    Pouco a pouco, os desenhos e os

    todas as possibilidades de leitura. Também escutaram muitas histórias. De encantamento e as de fadas, as que dão uma pontinha de medo, as de aventura, as de esperteza e algu-mas que nos fazem rir ou pensar. Os livros “Lá Vem História”, “Lá Vem História Outra Vez” e “Volta ao Mun-do em 52 Histórias” estiveram sem-pre presentes nesses momentos; a-lém de outros trazidos pelas próprias crianças.

    Adotamos também alguns livros da Coleção “Contos Populares” que, recontados por Tatiana Belinky, nos proporcionaram momentos de dis-cussão sobre as diferentes culturas, apreciação das diferentes técnicas de ilustração e ainda dramatizações. Nessas atividades, os pequenos pre-cisaram se organizar com autonomia para criar suas apresentações. As-sim pudemos ver o quanto cresce-ram e amadureceram. Foi um pro-cesso bonito de se acompanhar e perceber o quanto foram capazes de

    dividir, ouvir, ceder e vivenciar um verdadeiro trabalho em equipe.

    “Quem lê muito, lê tudo.” Tatiana Belinky

    Em meio a tantas histórias, tam-bém escreveram bastante. Fizeram recontos e inventaram outras tantas. O prazer de escrever cresce a cada dia. Uns gostam mais, outros menos, mas não se recusam, trabalham com vontade querendo sempre comparti-lhar seus registros com as professo-ras e com os amigos. Agora, já utili-zam a letra cursiva, feita com cuida-do e atenção. Os textos se ampliam e se tornam mais elaborados. Come-çam a questionar a grafia correta das palavras e já conhecem os sinais de pontuação. É preciso tempo e ama-durecimento, tarefas e lembretes pa-ra que não esqueçam de utilizar os recursos que já possuem.

    “Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto

  • procedimentos mais longos vão dan-do lugar aos numerais e as crianças passam a fazer uso da contagem em intervalos regulares (de 5 em 5, 10 em 10, entre outros), para realizar as operações de forma mais objetiva e econômica. Socializar as estraté-gias eficientes é um de nossos obje-tivos e com essa finalidade elabora-mos uma nova apostila. Nela as cri-anças, após resolverem cada proble-ma, eram convidadas a mostrarem para o grupo a sua maneira de cal-cular. Nesse momento, cada uma deveria escolher um procedimento, dentre os apresentados pela turma, que lhe parecesse interessante para anotar ao lado da sua resolução.

    Nossa intenção é trazer para as crianças a compreensão de que há inúmeras maneiras para se resolver um mesmo problema. Em geral, to-das estão corretas, mas à medida em que as situações vão se comple-xificando ou trabalhamos em um

    campo numérico mais amplo, muitas vezes precisamos de mais que uma operação para resolver um problema e o melhor é buscar procedimentos

    mais objetivos. Jogo é tarefa! Essa atividade ale-

    gra as crianças e costuma deixá-las à vontade para expressarem como pensam e fazem contas. Neste se-mestre os jogos vieram acompanha-dos de desafios mais complexos, nos quais as crianças precisavam operar mentalmente utilizando a adi-ção, e a subtração, além de experi-mentarem fazer cálculos aproxima-dos com o nosso sistema monetário.

    Para aproximar as crianças das características do nosso sistema de numeração, concluímos o ano letivo trazendo para nossas aulas uma an-tiga máquina de calcular. O ábaco torna visível a questão da posiciona-lidade e dos agrupamentos de dez em dez. Para nossos alunos e alu-nas que têm experimentado inúme-ras formas de operar, compondo e decompondo numerais em diferentes contextos e utilizando diversos mate-riais, não foi difícil a apropriação das

    what’s missing? (o que está faltan-do?), pathgame (jogo de trilha), me-mory game (jogo da memória), hang-man (forca) e sharp eye (lince). ARTES

    Envolvidos com as Olimpíadas, começamos o semestre com muito entusiasmo, apreciando imagens de David Hocker: “Existem, na figura, partes brancas que foram deixadas para representar o reflexo!” “O artista utilizou vários tons de azul para re-presentar a água!”; “O artista fez um esboço da pintura, marcou as áreas a serem pintadas!” Através do traba-lho de Hocker, envolvido com estu-dos óticos, chamamos a atenção das crianças para uma forma diferente de representação – imagens refleti-das na água e nas lentes. Utilizando a aquarela, cada criança criou uma cena com a modalidade esportiva aquática de sua preferência, procu-rando fazer uso das estratégias utili-zadas pelo artista para representar o meio aquoso. Foi desafiante, mas, com empenho, buscaram também conhecer outras formas de represen-tação.

    Em outro momento estivemos en-volvidos com releituras da bandeira do Brasil. Partimos da apreciação das releituras de diferentes artistas, encontradas na revista de designer gráfico da Faculdade da Cidade. A apreciação foi seguida de muitos co-mentários sobre a situação do país. Salientamos a necessidade de pen-sar na nossa diversidade para repre-sentar algo que fizesse sentido para uma nação, extrapolando a realidade social de cada criança. Os resulta-dos foram composições de recorte e colagem que exploravam, com mui-ta criatividade, as diversas cores que a cartolina oferece.

    Demos continuidade ao semestre dedicando-nos à localização no atlas dos países que têm o inglês como língua oficial ou uma das línguas ofi-ciais. As crianças vivenciaram as no-ções de país e continente e, além de localizá-los e situá-los, perceberam que o inglês faz parte da vida cultural e econômica de países diversos es-palhados pelos cinco continentes.

    Terminamos o semestre com as histórias de Mulá Nasrudim, perso-nagem do folclore persa. As crianças ouviram sete contos, nos quais Mulá é o personagem principal, em versão bilingüe, reunidos e ilustrados por Cristina Millet da coleção holandesa Children of the World (Crianças do Mundo). Escolhemos 10 palavras de cada conto para praticar a sua pro-núncia e grafia. A partir dessas pala-vras as crianças construíram jogos para praticá-las e jogar entre eles:

    regras para trabalhar com esse ma-terial. No início parecia mágica e as crianças conferiam os cálculos men-talmente. Mas logo, logo passaram a confiar nas bolinhas coloridas e que-riam “contas mais difíceis”.

    Concluímos o ano com a bagagem cheia de aprendizagens que em mui-to contribuirão para a próxima série. INGLÊS

    Iniciamos o segundo semestre com o tema Olimpíadas. Pudemos nos familiarizar com os nomes das modalidades olímpicas em inglês e em português, desenhando as favori-tas, escrevendo suas legendas, brin-cando de mímica e bingo para prati-car o vocabulário aprendido e obser-vando um livro de fotografias da e-quipe olímpica dos Estados Unidos de 1996 (Olimpíadas de Atlanta), fo-tografadas por Annie Leibovitz.