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Relatório final Estágio Profissionalizante de 6º ano Francisco Branco Caetano Turma 5 | 2011323 | ano lectivo 2016/2017

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Relatório final Estágio Profissionalizante de 6º ano

Francisco Branco Caetano Turma 5 | 2011323 | ano lectivo 2016/2017

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Índice

I. Introdução 3

II. Descrição das actividades desenvolvidas 4

A. Pediatria 4

B. Ginecologia e Obstetrícia 5

C. Saúde Mental 6

D. Medicina Geral e Familiar 6

E. Medicina Interna 6

F. Cirurgia 7

G. Estágio opcional 8

D. Actividades de formação extracurricular 8

III. Análise crítica 9

IV. Anexos 11

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Introdução

O estágio parcelar do 6º ano, cuja análise é objecto deste relatório, desafia aos alunos do Mestrado

Integrado em Medicina (MIM) da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (NMS|UNL),

Universidade Nova de Lisboa, para o contacto directo com a prática clínica, visando consolidar os

conhecimentos adquiridos ao longo do percurso, enfatizando uma progressiva autonomia e a aquisição

de competências necessárias a um clínico, facilitando a transição da condição de aluno de hoje para o

médico de amanhã. Este relatório tem como objectivo apresentar, de forma sistemática e crítica as

actividades, tarefas e aprendizagens desenvolvidas ao longo das 32 semanas passadas nos locais de

ensino teórico e prático, fazendo ainda breve referência ao estágio opcional. Após respectiva 1)

Introdução, seguir-se-á uma 2) Descrição das actividades desenvolvidas ao longo do ano e uma 3)

Análise crítica do mesmo, onde almejarei a perspectivação face ao início deste ano, no que toca a

objectivos definidos (explicitados infra) e futuros.

Destarte, defini para este ano como objectivos 1) a familiarização com as patologias mais prevalentes na

nossa população, as suas apresentações, diagnóstico e terapêutica; 2) o aperfeiçoamento técnico da

colheita de uma história clínica auto-suficiente, assim como a sua transmissão a outros profissionais; 3)

a autonomização clínica gradual; 4) o estabelecimento de relações médico-doente positivas e

empáticas, fortalecendo técnicas de comunicação o doente e familiares; 5) a integração no dia-a-dia dos

serviços, contribuindo para um funcionamento fluido do mesmo (“ser mais um par de mãos”); 6)

complementar a minha formação graduada com actividades que potenciem a minha futura prática.

Aproveito ainda esta justaposição introdutória para referir algumas da experiências que

complementaram o meu percurso académico, contribuindo para a formulação do médico que ambiciono

ser. Com um percurso já duradouro na música, ao entrar na NMS|UNL, ingressei também no Grupo de

Teatro Miguel Torga (GTMT), onde ao longos dos 6 anos desempenhei funções de actor e membro da

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equipa de encenação, tendo sido membro da direção entre 2013 e 2015. Foi no GTMT que fiz ainda

parte da Comissão Organizadora da primeira edição do Festival Académico de Teatro Estudantil de

Lisboa e Arredores, em 2015. Fui colaborador do departamento de Saúde Sexual e Reprodutiva da

Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas entre 2013 e 2014, tendo assumido

funções de Coordenador do referido departamento no Mandato de 2014/2015. Completei o 5º ano do

MIM na Faculté de Médecine de l’Université Paris-Sud, através do programa Erasmus, tendo tomado

contacto com uma nova realidade de aprendizagem da medicina, experiência que, no seu todo, ajudou a

definir os objectivos que trouxe para o 6º ano e que, agora re-estruturados, levo para o futuro.

Descrição das actividades desenvolvidas

O Estágio Profissionalizante encontra-se organizado em 6 estágios parcelares, permitindo ao aluno

completar rotações pelas áreas basilares da medicina: Pediatria (coordenado pelo Prof. Doutor Luís

Varandas), Ginecologia e Obstetrícia (coordenado pela Prof. Doutora Teresa Ventura), Saúde Mental

(coordenado pelo Prof. Doutor Miguel Xavier), Medicina Geral e Familiar (MGF)(coordenado pela Prof.

Doutora Isabel Santos), Medicina Interna (coordenado pelo Prof. Doutor Fernando Nolasco) e Cirurgia

(coordenado pelo Prof. Doutor Rui Maio). Terminarei este capítulo abordando o estágio realizado em

regime opcional (no Serviço de Endocrinologia do Centro Hospitalar Lisboa Central, sob tutela da Dra.

Ana Agapito) e as actividades extracurriculares realizadas.

Pediatria | Hospital D. Estefânia (HDE), Serviço de Pediatria Médica 5.1, Dr. António Bessa Almeida |

Realizado no período compreendido entre 12 de setembro e 7 de outubro de 2016, o estágio parcelar de

Pediatria permitiu-me acompanhar 12 crianças internadas, tendo predominado a patologia infecciosa e

neurológica (5 e 4 casos, respectivamente), com uma média de idades de 6 meses. Tendo cumprido 18

horas no Serviço de Urgência (SU), observei 34 crianças, em que a patologia predominante tornou a ser

a infecciosa (38%). Já em ambiente de consulta externa, tive a oportunidade de percorrer múltiplas sub-

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especialidades da área da Pediatria (Imunoalergologia, Consulta do viajante, Adolescente, Infecciologia,

Endocrinologia), perfazendo um total de 40 crianças observadas. Pude ainda visitar o Serviço de

Cardiologia Pediátrica, no Hospital de Santa Marta. Frequentei reuniões de passagem de doentes,

sessões clínicas, sessões de formação para internos de pediatria (SOFIA), aulas de imunoalergologia e

as Jornadas do Desenvolvimento. Em contexto de seminário de alunos, desenvolvi e apresentei um

trabalho com o tema da enurese nocturna.

Ginecologia e Obstetrícia | Hospital de Vila Franca de Xira, Dras. Paula Ambrósio, Paula Tapadinhas |

As 4 semanas de estágio (entre 10 de outubro e 4 de novembro de 2016) foram divididas

equitativamente entre as duas sub-especialidades. Com a Dra. Paula Tapadinhas, na área da

Obstetrícia, acompanhei os casos de 6 grávidas e 26 puérperas internadas, com uma média de 29,5

anos. Pude ainda assistir a técnicas, tal como a ecografia obstétrica. Assisti, semanalmente, à consulta

de alto risco, onde observei 19 grávidas e onde prevaleceu a patologia endocrinológica, assim como à

consulta de interrupção da gravidez, onde observei 6 grávidas. Já na área da Ginecologia, observei 10

doentes em consulta de gineco-oncologia e de patologia do colo uterino, tendo podido treinar a técnica

da colposcopia e de colheita de material para citologia cervico-uterina. Pude observar a realização de 4

intervenções no âmbito da cirurgia de ambulatório do colo uterino, tendo participado em 2 procedimentos

cirúrgicos no bloco operatório. Na enfermaria de ginecologia, treinei a colheita de história clínica em 5

doentes internadas, a maioria em contexto de pós-histerectomia. Finalmente, observei a realização de

técnicas tais como a ecografia ginecológica e a histeroscopia. No SU, onde perfiz 54 horas, observei 14

doentes em trabalho de parto e assisti a 5 partos (3 deles via cesariana segmentar transversa),

participando num deles. Fora do bloco de partos, observei 24 mulheres na urgência, 15 delas grávidas,

em que a dor pélvica (4 casos), foi a mais frequente, tendo ainda auxiliado em 2 aspirações cirúrgicas no

contexto de aborto retido. No seminário final, apresentei uma revisão teórica sobre a mole hidatiforme.

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Saúde Mental | HDE, Departamento de Psiquiatria da Infância e Adolescência, Dra.Maria Antónia Silva |

Entre 7 de novembro e 2 de dezembro de 2016, experienciei a actividade profissional de um

pedopsiquiatra. O estágio decorreu maioritariamente em ambiente de internamento, onde acompanhei

21 jovens, com uma idade média de 14 anos, e uma predominância do sexo feminino (2/3). A

perturbação depressiva foi a mais prevalente (1/3) (vide anexo II). Esta distribuição demográfica foi

concordante com a do SU, onde vi 7 crianças, maioritariamente raparigas, sendo as queixas depressivas

as mais frequentes. Assisti diariamente à reunião do serviço, onde se discutia o plano para cada doente,

e semanalmente à reunião do comportamento disciplinar, um momento de frutífero trabalho

multidisciplinar entre médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas. Ainda semanalmente, ocorrem

sessões de formação para internos da formação específica, às quais pude assistir.

Medicina Geral e Familiar | USF Vale do Sorraia, Dr. Carlos Ceia |

Entre 5 de dezembro de 2016 e 13 de janeiro de 2017, tive o privilégio de vivenciar a prática da

medicina fora de um grande centro. Ao longo destas semanas, terei observado perto de 200 doentes,

tanto nas consultas oferecidas por este USF (Saúde do Adulto, Diabetes Mellitus, Hipertensão,

Planeamento Familiar, Saúde Materna e Saúde Infantil e Juvenil), como em consultas domiciliares e em

contexto de Serviço de Atendimento Permanente (SAP). As consultas foram marcadas por uma

prevalência da patologia cardiovascular e metabólica, sendo que no SAP, a patologia infecciosa (muitas

vezes descompensado patologia crónica de base), foi predominante. O estágio foi marcado por uma

autonomia crescente na condução de consultas e nos registos SOAP.

Medicina interna | Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Serviço de Medicina III, Dr. Arturo Botella |

O estágio realizado no Serviço de Medicina III, sob Direção do Dr. Luís Campos, realizado entre 23 de

janeiro e 17 de março de 2017 foi aquele onde mais autonomia me foi concedida. Ao longo dos 2 meses

de estágio, contribuí para um funcionamento fluido do serviço de internamento, tendo acompanhado 40

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doentes (em 43 internamentos) que diariamente observei, e dos quais redigi notas de entrada, diários

clínicos e notas de alta. Também fui responsável pela sua apresentação em visita, requisição de exames

complementares de diagnóstico (ECD) e respectiva interpretação, e realização de técnicas que fossem

necessárias (punções arteriais e venosas, electrocardiograma). Destes doentes, 55% eram do sexo

feminino, tendo uma idade média de 77,9 anos. O tempo médio de internamento foi de 14,1 dias, tendo

o principal diagnóstico sido o de pneumonia adquirida na comunidade/traqueobronquite aguda (31%). A

insuficiência cardíaca descompensada ocorreu de forma também bastante prevalente (18%), tendo

metade destas descompensações ocorrido em contexto infeccioso. A hipertensão arterial, ocorrendo em

30 dos 40 doentes internados, foi a co-morbilidade mais comum. Já na consulta externa, que frequentei

de forma semanal, observei 23 doentes, aos quais pude apurar detalhes da história clínica e praticar o

exame objectivo. 61% destes eram provenientes do internamento e tinham uma média de duração de

seguimento de 30,3 meses. No SU, acompanhei 29 doentes, com uma média de idades de 65,8 anos

em que apenas 34% eram do sexo feminino. 31% dos motivos de recurso ao SU tinham uma causa

infecciosa, seguindo-se as causas neurológicas (23%) (vide anexo I). No final do estágio, apresentei um

caso clínico de uma apresentação atípica de dermatomiosite.

Cirurgia | Hospital Beatriz Ângelo (HBA), Dra. Rita Garrido |

Abarcando o período compreendido entre 20 de março e 19 de maio de 2017, o último estágio parcelar

incluiu 4 semanas de contacto com o Serviço de Cirurgia do HBA, uma semana de aulas teóricas, uma

no SU e duas no Serviço de Gastrenterologia. Nas semanas em que fiz parte da equipa da Dra. Rita

Garrido, observei 18 cirurgias, das quais a mais frequente foi a colecistectomia videolaparoscópica e

tendo apenas participados em actos cirúrgicos minor, tais como a excisão de quistos sebácios. A

patologia neoplásica surgiu como diagnóstico principal em 38,9% dos casos. Na enfermaria,

acompanhei 21 doentes, a maioria dos quais internados no contexto pós-operatório. 47,6% dos doentes

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internados eram do sexo feminino, com uma média de idades de 60,9 anos. Já na consulta externa,

assisti a 41 actos, sendo que a patologia neoplásica voltou a surgir como diagnóstico principal em 24,4%

dos casos. Dentro desta, a neoplasia do estômago prevaleceu (vide anexo III). Já no SU, frequentei

semanalmente a pequena cirurgia, onde, de forma essencialmente observacional, acompanhei 28

doentes, com patologia quase exclusivamente traumática. Na rotação de gastrenterologia, assisti a

consultas externas e à execução de várias técnicas tais como a endoscopia digestiva alta, a

colonoscopia, ou a ecoendoscopia. No final do estágio, inserido no Congresso de alunos, apresentei um

curioso caso clínico sobre colecistite xantogranulomatosa e hidrópsia vesicular.

Estágio opcional | Centro Hospitalar Lisboa Central, Serviço de Endocrinologia, Dra. Paula Bogalho |

Dado o meu interesse na área e o facto de não ter feito estágio de endocrinologia no 5º ano (devido a

constrangimentos de planos de estudo de Erasmus) optei por completar o meu estágio no Hospital Curry

Cabral, na área da Endocrinologia. Observei doentes essencialmente em contexto de consulta externa:

46 ao todo, com uma média de idades de 55,6 anos. 67,4% dos doentes eram do sexo feminino, com

uma particular prevalência de Diabetes mellitus do tipo 2, bócio multinodular e obesidade.

Actividades de formação extracurricular (vide anexos de IV a XII)

✴ Jornadas do Desenvolvimento, realizadas no dia 22 de setembro de 2016, pelo HDE;

✴ iMed Conference - Workshop de emergências obstétricas, dia 13 de outubro de 2016, pela AEFCM;

✴ iMed Conference 8.0, entre os dias 14 e 16 de outubro de 2016, pela AEFCM;

✴ Workshop “Técnicas de abordagem da sexualidade”, no dia 25 de outubro de 2016, pela AEFCM;

✴ Reunião Materno-Infantil “Ser ao nascer”, no dia 22 de outubro de 2016, pela Joaquim Chaves Saúde;

✴ Ciclo de Workshops “Risco de Contágio”, realizado no dia 22 de novembro de 2016, pela AEFCM;

✴ Palestra “Infertilidade”, no dia 23 de novembro de 2016, pela AEFCM;

✴ Jornadas da Saúde Solidária, nos dias 25 e 26 de novembro de 2016, pela Associação VOX Lisboa;

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✴ Congresso “Leaping Forward Oncology”, entre 9 e 13 de maio de 2017, pelo Hospital da Luz;

✴ Membro da equipa técnica e de encenação do GTMT, entre setembro de 2016 e abril de 2017;

✴ Cursos de preparação para a Prova Nacional de Seriação, Academia da Especialidade: Hematologia

(28H), Cardiologia (34H), Pneumologia (18H), Gastrenterologia (30H) e Nefrologia (22H).

Análise crítica

O balanço final deste ano que assume como escopo uma transição teorico-clínica é largamente positivo.

Olhando em retrospectiva para o começo do estágio profissionalizante, considero que, de uma forma

geral, atingi os objectivos que defini. Senti que consegui uma boa integração na maioria dos serviços por

onde passei, tendo contribuído positivamente no seu dia-a-dia. Tanto a aquisição de novas

competências como a consolidação de um processo de autonomia progressiva, iniciado durante o meu

ano de intercâmbio, terão sido, talvez, os objetivos que com mais agrado vejo alcançados. É, a meu ver,

a colocação do aluno numa posição autónoma, de responsabilidade, que lhe permite reconhecer as

suas principais lacunas, assinalando aquilo em que deve trabalhar, e que, em última análise, o faz

crescer enquanto aluno e humano. Considero, portanto, a autonomia como a força motriz da exigência:

a exigência que o próprio deve colocar na sua aprendizagem, no ensino, na sua progressão académica.

O estágio profissionalizante permitiu ademais reforçar a ideia de que o doente deve ser abordado de

forma integrada e holística, transversal a todas as especialidades. O estágio de Pediatria, apesar de

mais observacional, permitiu-me explorar as sub-especialidades pediátricas, mundo onde pondero vir a

trabalhar. Já em Ginecologia e Obstetrícia, pude treinar alguns gestos base a qualquer médico

generalista, explorando outra das minhas áreas de interesse. Com o estágio de Pedopsiquiatria, tive

contacto com uma área completamente nova para mim. Pude observar de perto a mestria com que a

equipa médica leva as consulta, estabelecendo estreitas relações com os doentes, valiosas lições que

podem ser aplicadas em qualquer especialidade. O estágio de MGF, um daqueles de onde obtive um

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balanço mais positivo, tratou-se de uma enriquecedora experiência do que é fazer medicina na periferia,

para além de ter sido um dos estágios onde desfrutei de mais autonomia. O estágio de Medicina Interna

foi, sem dúvida, o mais bem conseguido do ano, senão de todo o MIM. A integração na equipa foi total,

assim como a responsabilização que considero tão fundamental. Neste estágio foi exercida uma

verdadeira preparação para o internato de ano comum. Já o de Cirurgia permitiu-me obter noções base

de assépsia e desinfecção, tendo sido aquele em que o excesso de alunos (equipas grandes, presença

de alunos de outras instituições) mais aproximou o Serviço das sua máxima capacidade formativa e

onde a autonomia e a componente prática menos foram apreciadas. Contudo, na maioria dos estágios,

o rácio de 1:1 foi respeitado, algo que considero uma grande mais valia do ensino médico da NMS|FCM.

Devo ainda fazer notar o trabalho de excelência que vi ser realizado pela maioria dos profissionais que

durante este ano contribuíram para o meu desenvolvimento pessoal e enquanto aluno. Fortaleceram a

imagem do médico enquanto humanista, que implica o doente nas escolhas de ECD e de terapêutica.

Também a minha incursão pelo teatro, através do GTMT, me permitiu explorar técnicas de

comunicação, que se provaram importantes em momentos de avaliação e exposição orais. Já na

AEFCM, explorei uma das áreas de maior interesse pessoal, independentemente da especialidade onde

escolha fazer carreira, que é a da saúde reprodutiva, uma área onde, a nível de saúde pública, muito

ainda pode e deve ser feito.

Termino esboçando um agradecimento não só à NMS|FCM mas também a todos os Coordenadores e

Tutores que me acompanharam ao longo deste ano. Muitos não foram apenas exemplos de

profissionalismo ou de excelência clínica, mas sim verdadeiros exemplos de humanismo e dedicação;

exemplos que apenas almejo poder vir a alcançar.

“Quando era novo, costumava admirar os inteligentes; à medida que envelheço, admiro os generosos.”

Abraham Joshua Heschel

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AnexosAnexo I — Análise casuística do casos observados no estágio de medicina interna

Anexo II — Análise da patologia observada no estágio de pedopsiquiatria (de acordo com o DSM-5)

Anexo III — Análise da patologia observada em consulta externa de cirurgia geral

Anexo IV — Certificado de participação no iMed Conference 8.0 - workshops

Anexo V — Certificado de participação no iMed Conference 8.0 - workshops

Anexo VI — Certificado de participação no workshop “Técnicas da abordagem da sexualidade”

Anexo VII — Certificado de participação na Reunião Materno-infantil “Do nascer ao ser”

Anexo VIII — Certificado de participação no ciclo de workshops “Risco de contágio”

Anexo IX — Certificado de participação na palestra “Infertilidade”

Anexo X — Certificado de participação nas Jornadas da Saúde Solidária

Anexo XI — Certificado de participação no “Leaping Forward Oncology”

Anexo XII — Certificado de participação no Grupo de Teatro Miguel Torga no ano lectivo de 2016/2017

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Anexo I — Análise casuística do casos observados no estágio de medicina interna

Serviço de Medicina III, Hospital São Francisco Xavier, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, tira do Dr.

Arturo Botella, entre 23 de janeiro e 17 de março de 2017

1. Internamento

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2.

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Consulta externa

3. Serviço de urgência

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Anexo II — Análise da patologia observada no estágio de pedopsiquiatria (de acordo com o DSM-5)

Departamento de Psiquiatria da Infância e Adolescência, Hospital D. Estefânia, de 7 de novembro a 2 de

dezembro de 2016

Anexo III — Análise da patologia observada em consulta externa de cirurgia geral

Serviço de cirurgia, Hospital Beatriz Ângelo, consultas da Dra. Rita Garrido e do Dr. Gonçalo Luz, de 20

de março a 19 de maio de 2017

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Legenda:

PHDA: perturbação de hiperactividade e

défice de atenção

PCA: perturbação do comportamento

alimentar

PEA: perturbação do espectro do autismo

Patologia #(%)

NeoplásicaEstômago 6 (14,6%)

10 (24,4%)Cólon 4 (9,8%)

Colorrectal 8 (19,5%)

Herniária 6 (14,6%)

Biliar 5 (12,2%)

Quistos e lipomas 4 (9,8%)

Obesidade 2 (4,9%)

Perianal 2 (4,9%)

Outra 4 (9,8%)

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Anexo IV — Certificado de participação no iMed Conference 8.0 - workshops

Anexo V — Certificado de participação no iMed Conference 8.0 - workshops

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Anexo VI — Certificado de participação no workshop “Técnicas da abordagem da sexualidade”

Anexo VII — Certificado de participação na Reunião Materno-infantil “Do nascer ao ser”

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Anexo VIII — Certificado de participação no ciclo de workshops “Risco de contágio”

Anexo IX — Certificado de participação na palestra “Infertilidade”

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Anexo X — Certificado de participação nas Jornadas da Saúde Solidária

Anexo XI — Certificado de participação no “Leaping Forward Oncology”

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Anexo XII — Certificado de participação no Grupo de Teatro Miguel Torga no ano lectivo de 2016/2017

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