Relatório finalissimo Liliana · 2017. 1. 17. · síndrome vertiginoso, alcoolismo, adição e...

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  • [130]      

         

    Apêndice 4

    Resultados do registo do evento de queda  

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  • [131]      

    Resultados da consulta dos registos do evento de queda entre de 01-01-2012 a 01-09-2012 em doentes com mais de 65 anos (consultados registos a 04-10-2012) 1- Sexo

    Gráfico 1 – Sexo dos clientes idosos que sofreram quedas

    Resultados: Conforme podemos constatar pela observação do gráfico, 67% dos clientes

    idosos que sofreram quedas neste período de internamento foram do sexo masculino,

    sendo os restantes do sexo feminino.  

    2- Idade

    Idades

    0102030405060708090

    100

    Doentes

    Idades

     

    Gráfico 2 – Idades dos clientes idosos que sofreram quedas  

    Resultados: A média de idades dos clientes idosos que sofreram quedas é de 73,6%.

  • [132]      

    3- Turnos

    Quedas

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    Manha Tarde Noite

    Turnos

    Quedas

     

    Gráfico 3 – Turnos em que os clientes idosos sofreram quedas

    Resultados: Constata-se que 4 das 6 quedas do cliente idoso ocorreram no turno da noite.

    4- Lotação do serviço

    92%

    93%

    94%

    95%

    96%

    97%

    98%

    99%

    100%

    101%

    Quedas

    Lotação  do  serviço

     

    Gráfico 4 – Lotação do serviço aquando do incidente de quedas da pessoa idosa  

    Resultados: Verifica-se que o serviço estava com lotação de 100% nos 3 casos de queda

    e nos restantes 3 a 95%.  

  • [133]      

    5- Número de Enfermeiros prestadores de cuidados

     

    Gráfico 5 – Nº de Enfermeiros prestadores de cuidados aquando do incidente de quedas  

    Resultados: O número de enfermeiros em cada um dos turnos apresenta-se como rácio

    de segurança para as necessidades em cuidados dos doentes.

    6- Queda presenciada

     

    Gráfico 6 – Quedas presenciadas/não presenciadas

    Resultados: Verifica-se que nenhuma das quedas foi presenciada.

  • [134]      

    7- Motivo

    Motivo

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    A B C D

    Motivo

    Gráfico 7 – Motivo de quedas

    Resultados: Constata-se que 5 das 6 quedas nos clientes idosos foram motivadas pelo

    estado de saúde do cliente (alteração do estado mental, da mobilidade, necessidades

    fisiológicas, défices sensoriais, patologias especificas como Parkinson, demências,

    síndrome vertiginoso, alcoolismo, adição e situações de pós operatório). Estas são

    consideradas causas intrínsecas.

    A- Estado de Saúde: quedas

    relacionadas com o estado de

    saúde do doente (alteração do

    estado mental, da mobilidade,

    necessidades fisiológicas, défices

    sensoriais, patologias especificas

    como Parkinson, demências,

    síndrome vertiginoso, alcoolismo,

    adição e situações de pós

    operatório).

    B-Resposta ao tratamento,

    medicação ou anestesia

    C-Factores ambientais ou físicos:

    quedas relacionadas com as

    condições adversas do ambiente e

    equipamento (calçado e vestuário

    inadequados, piso molhado,

    iluminação insuficiente e

    equipamento deteriorado,

    inexistente ou mal utilizado)

     

  • [135]      

    8- Escala de Glasgow

    Escala  de  Glasgow

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    4

    4,5

    14 15

    Escala  de  Glasgow

     

    Gráfico 8 – Avaliação da consciência da pessoa idosa que sofreu quedas através do instrumento de avaliação da Escala de Glasgow  

    Resultados: Verificamos que 4 dos 6 clientes idosos que sofreram quedas apresentavam

    score 15 na escala de Glasgow e os restantes 14.

    9- Origem

    Origem

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    Deambulação Cama Cadeirão

    Origem

     

    Gráfico 9 – Origem da queda

    Resultados: 4 das 6 quedas ocorreram no leito do doente.

  • [136]      

    10- Consequências do evento de queda

    Consequencias

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    1 2 3 4 5

    Consequencias

    Gráfico 10 – Consequências das quedas

    Resultados: Verificamos que todas as quedas tiveram consequências, sendo que 4 delas

    foram de grau ligeiro: consequências sintomáticas/sintomas ligeiros/perda de

    funções/danos mínimos ou intermédios de curta duração sem intervenção ou com

    intervenções mínima. 2 das quedas foram de grau moderado - consequências

    sintomáticas/requer intervenção, aumento do período de internamento, ou causou danos

    permanentes ou a longo prazo ou perda das funções.

    1-Nenhum: consequência

    assintomática/sem sintomas

    detectados, não necessita de

    tratamento

    2-Ligeiro: consequências

    sintomáticas/sintomas

    ligeiros/perda de funções/danos

    mínimos ou intermédios de curta

    duração sem intervenção ou com

    intervenções mínimas

    3-Moderado: consequências

    sintomáticas/requer intervenção,

    aumento do período de

    internamento, ou causou danos

    permanentes ou a longo prazo ou

    perda das funções

    4-Grave: Consequência

    sintomática/requer intervenção para

    salvar a vida ou grande intervenção

    médica/cirúrgica, encurta a

    esperança de vida ou causa

    grandes danos permanentes ou a

    longo prazo ou perda de funções

    5-Morte: No balanço das

    probabilidades a morte foi causada

    ou antecipada a curto prazo pelo

    incidente

     

  • [137]      

    11- Intervenções

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    Intervenções de Enfermagem

    Exame fisico

    Avaliação dos sinais vitais

    Comunicação ao médico

    Ensino e orientação dodoenteAdequação do espaço fisico

    Aplicação de gelo

    Realização de penso

    Contenção farmacológica

    Contenção fisica

    Observação médica

    Outras

     

    Gráfico 11 – Intervenções realizadas após quedas

    Resultados: Observamos que após o registo de quedas foi avaliado a todos os clientes os

    sinais vitais. Em 5 dos clientes foi feito um exame físico e, a aplicação de gelo. A

    comunicação ao médico do evento de queda, o ensino e a orientação do cliente e a

    observação médica foram realizados em 4 indivíduos. Foi feita adequação do espaço

    físico em 3 doentes. Houve necessidade de realizar contenção física em 2 idosos, bem

    como a realização de penso.

  • [138]      

    12- Avaliação prévia do risco de queda

     

     

    Gráfico 12 – Avaliação do risco de queda previamente

    Resultados: Constatou-se que em todos os clientes idosos que sofreram quedas neste

    período tinha-se efetuado uma avaliação prévia através do instrumento de avaliação do

    risco de queda preconizado para o hospital (Escala de Morse).

    13- Grelha de avaliação do Risco de Queda

     

     

    Gráfico 13 – Score da avaliação do risco de queda através da Escala de Morse

  • [139]      

    Resultados: Através do gráfico constata-se que 60% dos clientes idosos que sofreram

    quedas neste período de tempo apresentavam, segundo o instrumento de avaliação do

    risco de queda (Escala de Morse), alto risco de queda.

    14- Reavaliação de complicações após 48h

    Gráfico 14 – Reavaliação de complicações após 48h

    Resultados: Constatamos que 5 das 6 quedas dos clientes idosos não foram reavaliados

    após 48h.

    Principais ilações: A média de idades dos clientes idosos que sofreram quedas durante esse período foi de 73,6%.A idade avançada aumenta o risco de quedas (Lakatos et al,

    2009). Estas são um problema significativo, especialmente em clientes mais velhos

    (Deutsches Netzwerk für Qualitätsentwicklung in der Pflege, 2005).  

    Constatou-se que 4 das 6 quedas do cliente idoso ocorreram no turno da noite. Williams

    et al. (2007) refere que no estudo que efetuou, 28% das quedas ocorreram durante o

    turno da noite (das 22h ás 7h), bem como Schwendimann et al. (2006) que nos diz que os

    idosos caíram mais no turno noturno (35 quedas, 42,7%) em comparação com turnos

    diurno (30 quedas, 36,6%).

  • [140]      

    Verificou-se que nenhuma das quedas foi presenciada. Estes resultados vão ao encontro

    do estudo realizado por Fonda et al. (2006), em que durante 2 anos que durou a sua

    investigação num hospital em Melbourne, Austrália, verificou que da totalidade das

    quedas ocorridas, 82% não foram observadas.

    Cinco das seis quedas nos clientes idosos foram motivadas pelo estado de saúde do

    cliente (alteração do estado mental, da mobilidade, necessidades fisiológicas, défices

    sensoriais, patologias especificas como Parkinson, demências, síndrome vertiginoso,

    alcoolismo, adição e situações de pós operatório). Estas são consideradas causas

    intrínsecas. De acordo com Evans et al., (2001) os fatores de risco para quedas em

    clientes hospitalizados mais comuns são os intrínsecos.

    Das 6 quedas 4 ocorreram no leito do cliente, o que vai ao encontro do estudo de Williams

    et al. (2007) que relata que o local do hospital onde ocorreram mais quedas foi nos

    quartos dos clientes (76%), e na casa de banho (11%).

    Verificámos que todas as quedas tiveram consequências, sendo que 4 delas foram de

    grau ligeiro: consequências sintomáticas/sintomas ligeiros/perda de funções/danos

    mínimos ou intermédios de curta duração sem intervenção ou com intervenções mínima.

    Foram de grau moderado 2 das quedas – consequências sintomáticas/requer intervenção,

    aumento do período de internamento, ou causou danos permanentes ou a longo prazo ou

    perda das funções.

    Observámos que após o registo de quedas foram avaliados a todos os clientes os sinais

    vitais. Em 5 dos clientes foi feito um exame físico e, a aplicação de gelo. A comunicação

    ao médico do evento de queda, o ensino, a orientação do cliente e a observação médica

    foram realizados em 4 indivíduos. Foi feita adequação do espaço físico em 3 clientes.

    Houve necessidade de realizar contenção física em 2 idosos, bem como a realização de

    penso.

    A análise de todos estes dados revelou-se extremamente importante, pois o enfermeiro

    especialista na pessoa idosa deve recolher e analisar toda a informação de modo a

    aumentar a segurança das práticas, nas dimensões ética e deontológica.

  • [141]      

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  • [142]      

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Apêndice 5

    Questionário realizado aos enfermeiros  

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  • [143]      

    Questionário No âmbito do Mestrado em Enfermagem Médico-cirúrgica – vertente A Pessoa Idosa está a ser realizado um projeto na área da “Prevenção de quedas na pessoa idosa hospitalizada: parceria como intervenção de enfermagem para a promoção do cuidado de Si.”

    Assim, peço a vossa colaboração para o preenchimento do seguinte questionário:

    Parte I: Caracterização da amostra

    1- Sexo Masculino □

    Feminino □

    2- Idade ____ 3- Nível mais elevado da sua formação em Enfermagem: • Bacharelato em Enfermagem ou equivalência □

    • Licenciatura em Enfermagem □

    • Mestrado □

    • Doutoramento □

    4- Categoria Profissional: • Enfermeiro □

    • Enfermeiro Graduado □

    • Especialista □

    5- Experiência na prestação direta de cuidados de Enfermagem (nº de anos) _______ Parte II – Auto Percepção

    6- Indique qual o grau de importância que atribui á avaliação do risco de queda: • Muito importante □

    • Importante □

    • Relativamente importante □

    • Pouco importante □

    • Nada importante □

    7- Qual a importância que atribui à existência de uma norma de procedimento de Prevenção e Monitorização das quedas, como instrumento orientador das boas práticas?

    • Muito importante □

    • Importante □

    • Relativamente importante □

    • Pouco importante □

    • Nada importante □

  • [144]      

    Parte III – Auto avaliação 8- Conhece e analisou a Norma nº3 – Prevenção e monitorização de quedas do CHLN?

    Sim □

    Não □

    Se respondeu sim a esta questão deverá responder às questões 9 e 10

    Se respondeu não a esta questão não deverá responder às questões 9 e 10

    9- Na sua prática diária tem em conta as intervenções preconizadas na norma nº3 para doentes de Baixo e Médio Risco?

    • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

    10- Na sua prática diária tem em conta as intervenções preconizadas na norma nº3 para doentes de Elevado Risco?

    • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

    11- Utiliza o instrumento de avaliação (Escala de Morse) para avaliar o risco de queda do doente nas primeiras 24horas do internamento?

    • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

    12- Efetua uma reavaliação do risco de queda com uma periodicidade máxima de 7 em 7 dias? • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

  • [145]      

    13- Efetua uma reavaliação do risco de queda sempre que a situação clínica do doente o justifique? • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

    14- Efetua uma reavaliação do risco de queda no momento da alta (excepto em caso de óbito)? • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

    15- Faz registo de todas as intervenções que realiza? • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

    16- Quando ocorre uma queda utiliza o impresso de registo de incidente de queda preconizado na instituição onde desempenha funções?

    • Sempre □

    • Quase sempre □

    • Algumas vezes □

    • Poucas vezes □

    • Nunca □

    17- Necessita de formação na área da avaliação do risco de queda? Sim □

    Não □

    18- Necessita de formação na área da prevenção do risco de queda da pessoa idosa? Sim □

    Não □

    19- Indique sugestões para melhorar a intervenção na área da prevenção do risco de queda na pessoa idosa

    ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________  

     

  • [146]      

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Apêndice 6

    Resultados dos questionários realizados aos enfermeiros

  • [147]      

    Resultados dos questionários realizados aos Enfermeiros

    Parte I - Caracterização da Amostra

    1.1- Sexo

    O total de enfermeiros é 22, 17 do sexo feminino e 5 do sexo masculino.

    1. 2 – Idade

  • [148]      

    A média de idades dos Enfermeiros que exercem funções no Serviço de Pneumologia II –

    Unidade de Insuficiência Respiratória é de 32,18 anos. O mais velho com 51 e o mais novo com 24 anos.

    1. 3 - Nível mais elevado de formação em Enfermagem

    Todos os Enfermeiros que exercem funções neste serviço possuem licenciatura em

    Enfermagem.

    1.4 - Categoria profissional

  • [149]      

    Um enfermeiro tem a categoria profissional de enfermeiro especialista, sete de

    enfermeiro graduado e 14 de enfermeiro.

    1.5 - Número de anos de experiência profissional na prestação direta de

    cuidados de enfermagem

    A Média do número de anos de experiência profissional na prestação direta de

    cuidados de Enfermagem é de 10,40 anos.

  • [150]      

    Parte II – Auto - Percepção

    2.1 - Grau de importância que atribui à avaliação do risco de queda

    12 Enfermeiros consideram que a avaliação do risco de queda é muito importante e

    10 Enfermeiros consideram que é importante

    2.2 – Grau de importância que atribui à existência de uma norma de

    procedimento de prevenção e monitorização das quedas, como instrumento

    orientador das boas práticas

  • [151]      

    12 Enfermeiros consideram importante a existência de uma norma de

    procedimento de prevenção e monitorização das quedas, como instrumento

    orientador das boas prática e 10 Enfermeiros consideram-na muito importante.

    Parte III – Auto- avaliação

    3.1 – Conhecimento e análise da Norma número 3 do CHLN – Prevenção e

    monitorização de quedas

    18 Enfermeiros responderam que conheciam e tinham analisado a Norma nº3 –

    Prevenção e monitorização de quedas e 4 Enfermeiros responderam que não conheciam

    a norma.

  • [152]      

    3.2 – Implementação na prática diária das intervenções preconizadas na

    norma nº3 do CHLN em doentes com baixo e médio risco de queda

    3 Enfermeiros responderam que na sua prática diária implementam sempre as

    intervenções preconizadas na norma nº3 nos doentes de baixo e médio risco, 11

    responderam quase sempre e 4 Enfermeiros responderam que algumas vezes

    implementam as intervenções preconizadas na norma.

    3.3 – Implementação na prática diária das intervenções preconizadas na

    norma nº3 do CHLN em doentes com alto risco de queda

  • [153]      

    9 Enfermeiros referem que na sua prática diária têm quase sempre em conta as

    intervenções preconizadas na norma nº3 para doentes de Elevado Risco, 5

    referem que as têm sempre em conta e 4 referem tê-las em conta algumas vezes.

    3.4 - Utilização do instrumento de avaliação de risco de queda (Escala de

    Morse) nas primeiras 24h.

    12 Enfermeiros referem que utilizam sempre o instrumento de avaliação (Escala de

    Morse) para avaliar o risco de queda do doente nas primeiras 24h, 9 referem quase

    sempre e 1 algumas vezes.

    3.5- Reavaliação do risco de queda com uma periocidade máxima de 7 em 7

    dias

  • [154]      

    8 Enfermeiros relatam que efetuam uma reavaliação do risco de queda com uma

    periocidade máxima de 7 em 7 dias, 7 referem que efetuam sempre, bem como 7

    referem que efetuam quase sempre.

    3.6- Reavaliação do risco de queda sempre que a situação clínica do

    doente o justifique

    1 Enfermeiro menciona que poucas vezes efetua uma reavaliação do risco de

    queda quando a situação clínica do cliente o justifique, 1 Enfermeiro menciona que

    algumas vezes, 8 refere que sempre e 12 que quase sempre.

  • [155]      

    3.7- Reavaliação do risco de queda no momento da alta (excepto em caso

    de óbito)

    11 Enfermeiros mencionam que efetuam sempre uma reavaliação do risco de queda no

    momento de alta, 8 referem quase sempre, 2 poucas vezes e 1 algumas vezes.

    3.8- Registo de todas as intervenções que realiza

    12 Enfermeiros mencionaram que fazem quase sempre registo de todas as

    intervenções que realizam, 7 algumas vezes, 2 sempre e 1 poucas vezes.

  • [156]      

    3.9- Utilização do impresso de registo de incidente de queda preconizado

    na instituição onde desempenha funções

    19 Enfermeiros indicam que quando ocorre uma queda utiliza o impresso de registo

    de incidente de queda preconizado na instituição e 3 referem quase sempre.

    3.10- Necessidade de formação na área de avaliação do risco de queda

    12 Enfermeiros consideram que necessitam de formação na área de avaliação do

    risco de queda.

  • [157]      

    3.11- Necessidade de formação na área da prevenção do risco de queda da

    pessoa idosa

    18 Enfermeiros referem que necessitam de formação na área da prevenção do risco de

    queda na pessoa idosa.

    3.12- Sugestões para melhorar a intervenção na área da prevenção do risco

    de queda na pessoa idosa - Incentivo a uma vida ativa;

    - Adequação dos registos de Enfermagem á avaliação do risco de queda

    (linguagem CIPE);

    - Adequar Escala de Morse aos doentes dos Cuidados Intermédios;

    - Contenção física;

    - Contenção química;

    - Auxiliares de marcha aos idosos com dependência na marcha;

    - Uso de calçado antiderrapante adequado;

    - Retirar precocemente todos os “fios” que atrapalhem a mobilidade/actividade do

    doente.  

  • [158]      

    Apêndice 7

    Grelha de avaliação dos registos de enfermagem

  • [159]      

    1º  Fase  do  Modelo  de  Parceria  (Gomes,  2009)  –  Revelar-‐se  

    Dimensão: Identidade da pessoa idosa/contexto de vida (situação sócio-familiar) Registado Não

    registado

    Nome

    Idade

    Habilitações literárias

    Profissão

    Estado civil

    Hobbies

    Crenças Religiosas

    Vive com

    Pessoa de referência

    Condições habitacionais

    Situação familiar indicadora de problemas

    Rede de apoio

    Apoio domiciliário (enfermagem ou social)

    Frequenta Centro de dia

    Encontra-se Institucionalizado

    Dimensão: avaliação da dimensão física e funcionalidade da pessoa idosa incidindo nos aspectos que interferem na avaliação do risco de queda

    Registado Não registado

    Avalia a existência de quedas anteriores

    Avaliar a existência de alterações na acuidade auditiva e/ou visual do doente

    Avaliar o estado de consciência/orientação

    Atividade motora (dependente/ajuda parcial/ independente)

    Avalia o que a pessoa idosa sabe das suas limitações

     Dimensão:  Contexto  da  doença Registado Não

    registado

  • [160]      

    Motivo de internamento

    Antecedentes Pessoais

    Alergias

    Medicação habitual

    Hábitos e estilos de vida (nutricionais, alcoólicos, tabágicos, estupefacientes, actividade física)

    Impacto da doença na sua vida

    2º  Fase  do  modelo  de  Parceria  (Gomes,  2009)  –  Envolver-‐se    

    Indicador: Conhece o cliente idoso/cuidador face ao seu risco de queda

    Registado Não registado

    O Enfermeiro regista qual o risco de queda da pessoa idosa (tendo em conta o score da escala de Morse)

    O enfermeiro informa a pessoa idosa sobre qual o seu risco de queda (tendo em conta o score da escala de Morse);

    O enfermeiro informa o cuidador sobre o risco de queda da pessoa idosa (tendo em conta o score da escala de Morse);

    3º  Fase  do  modelo  de  Parceria  (Gomes,  2009)  –              Possibilitar/Capacitar  

    Indicador: Partilha o poder/construção de uma acção conjunta

    Registado Não registado

    O Enfermeiro partilha informação com o cliente idoso acerca dos diferentes tipos de ajuda para prevenir quedas (ex. uso de sapatos com sola antiderrapante, uso de dispositivo de mobilização)

    O Enfermeiro partilha informação com o cuidador acerca dos diferentes tipos de ajuda para prevenir quedas (ex. ex. uso de sapatos com sola antiderrapante, uso de dispositivo de mobilização)

    O Enfermeiro informa a pessoa idosa sobre principais sinais e

  • [161]      

    sintomas que podem levar a uma queda (ex: desequilíbrio, tonturas)

    O Enfermeiro informa o cuidador sobre principais sinais e sintomas que podem levar a uma queda (ex: desequilíbrio, tonturas)

    4º  Fase  do  modelo  de  Parceria  (Gomes,  2009)  –  Comprometer-‐se  Indicador: Desenvolver competências para atingir os objectivos comuns

    Registado Não registado

    A pessoa idosa utiliza os meios de apoio necessários para prevenção de quedas no internamento (ex. uso de sapatos com sola antiderrapante, uso de dispositivo de mobilização)

    O cuidador conhece os meios necessários para prevenção de quedas da pessoa idosa no internamento (ex. uso de sapatos com sola antiderrapante, uso de dispositivo de mobilização)

    A pessoa idosa conhece os principais sinais e sintomas que podem levar a uma queda (ex: desequilíbrio, tonturas)

    O cuidador conhece os principais sinais e sintomas que podem levar a uma queda (ex: desequilíbrio, tonturas)

                         5º  Fase  do  modelo  de  Parceria  (Gomes,  2009)  –  Assumir  o  controlo  de  

    Si/Assegurar  o  cuidado  do  outro  

    Indicador: Assumir ou assegurar o cuidado de Si

    Registado Não registado

    O Enf.º garante que a pessoa idosa e família são detentoras de informação que lhes permita prevenir quedas

    A pessoa idosa demonstra conforto

  • [162]      

    e bem-estar

    O Enf.º valida com a pessoa idosa e família o conhecimento de que se mantém como recurso, caso necessite

  • [163]      

    Apêndice 8

    Análise da observação inicial dos registos de enfermagem

  • [164]      

    Resultados

    Realizado nos dias 18 e 19 de Outubro; baseado na análise da colheita de dados e nos

    registos dos diários de enfermagem.

    1ª Fase: Revelar-se Dimensão: Identidade da pessoa idosa/contexto de vida (situação sócio-familiar)

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Nome

    Idade

    Habilitações

    Profissão

    Estado

     civil

    Hobb

    ies

    Crenças  R

    eligiosas

    Vive  com

    Pessoa  de

    Cond

    ições

    Situação  familiar

    Rede  de  apoio

    Apoio  do

    miciliário

    Frequenta  Centro

     Institu

    cion

    aliza

    do

    Registados

    Não  registados

    Gráfico 1 – Identidade da pessoa idosa e contexto de vida

    De acordo com o gráfico nº1 pudemos constatar que na 1º fase do modelo de Parceria –

    Revelar-se, em relação á identidade da pessoa idosa e contexto de vida, a maior parte

    dos indicadores estão registados, sendo que as principais falhas se encontram nos

    indicadores estado civil, hobbies e condições habitacionais

  • [165]      

    Dimensão: avaliação da dimensão física e funcionalidade da pessoa idosa incidindo nos aspectos que interferem na avaliação do risco de queda

    Gráfico nº 2 – avaliação da dimensão física e funcionalidade da pessoa idosa incidindo nos aspectos que

    interferem na avaliação do risco de queda

    No que diz respeito á avaliação da dimensão física e funcionalidade da pessoa idosa

    incidindo nos aspectos que interferem na avaliação do risco de queda, constatamos que é sempre avaliada a existência de quedas anteriores bem como o estado de

    consciência/orientação. Dos 10 processos consultados só 1 não tinha registo da atividade

    motora e 2 não apresentava registo da avaliação da existência de alterações na acuidade

    auditiva e/ou visual. Apenas se verificou registo em 2 processos da avaliação do que a

    pessoa idosa sabe das suas limitações.

    Dimensão: Contexto da doença

  • [166]      

    Gráfico nº 3 – contexto da doença Em relação á dimensão contexto da doença observamos que todos os indicadores se

    encontravam registados exceto 2: hábitos e estilos de vida (1 dos processos consultados

    não apresentava nenhum registo) e impato da doença na vida (não havia nenhum registo

    relativamente a este indicador).

    2º Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Envolver-se

    Gráfico nº4- 2º Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Envolver-se

  • [167]      

    Conforme pudemos constatar todos os enfermeiros registam qual o risco de queda da

    pessoa idosa, mas apenas um informa a pessoa idosa sobre esse resultado e nenhum

    informa o cuidador sobre qual o risco de queda da pessoa idosa hospitalizada.

    3ª Fase do Modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Possibilitar/Capacitar

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    O  Enfermeiropartilha

    informação  com  ocliente  idosoacerca  dos

    diferentes  tipos  deajuda  para

    prevenir  quedas

    O  Enfermeiropartilha

    informação  com  ocuidador  acercados  diferentestipos  de  ajudapara  prevenir

    quedas

    O  Enfermeiroinforma  a  pessoa

    idosa  sobreprincipais  sinais  esintomas  quepodem  levar  auma  queda  

    O  Enfermeiroinforma  o  cuidadorsobre  principaissinais  e  sintomasque  podem  levar  a

    uma  queda

    Registado

    Não  registado

    Gráfico nº5 – 3ª Fase do Modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Possibilitar/Capacitar

    Após a análise do gráfico notamos que apenas 1 enfermeiro partilha informação com o

    cliente idoso acerca dos diferentes tipos de ajuda disponíveis para prevenir quedas;

  • [168]      

    nenhum enfermeiro partilha com o cuidador essa informação; não há registo de qualquer

    enfermeiro que informe a pessoa idosa sobre os principais sinais e sintomas que podem

    levar a uma queda, bem como nenhum enfermeiro informa o cuidador sobre esses

    principais sinais e sintomas.

    4ª Fase do Modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Comprometer-se

    02468

    1012

    A  pessoa  idosautiliza  os  meios

    de  apoionecessários

    para  prevençãode  quedas  nointernamento

    O  cuidadorconhece  os

    meiosnecessários

    para  prevençãode  quedas  da

    pessoa  idosa  nointernamento

    A  pessoa  idosaconhece  os

    principais  sinaise  sintomas  quepodem  levar  auma  queda  

    O  cuidadorconhece  os

    principais  sinaise  sintomas  quepodem  levar  auma  queda

    Registados

    Não  registado

    Gráfico nº 6 – 4ª Fase do Modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Comprometer-se

    Em relação á 4ª fase do modelo de parceria só um enfermeiro regista que a pessoa idosa

    utiliza os meios de apoio necessários para a prevenção de quedas no internamento; não

    existe qualquer registo em relação ao conhecimento do cuidador sobre os meios

    necessários para prevenção de quedas no idoso hospitalizado; verificamos também que

    não existe qualquer registo em relação a se a pessoa idosa e o cuidador conhecem os

    principais sinais e sintomas que podem levar a quedas.

    5ª Fase do Modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Assumir o controlo de Si/assegurar

    o cuidado do outro

    Os indicadores referentes á ultima fase do Modelo de Parceria permitiram percepcionar

    que a nível dos registos de enfermagem não lhes é dada qualquer visibilidade, sendo por

    isso uma área a desenvolver com a equipa de enfermagem na aquisição de

    competências.

  • [169]      

    Apêndice 9

    Notas de campo

  • [170]      

    Observação das práticas

    1

    Data – Novembro de 2011

    Turno – Manha

    Interação – Prestação de cuidados de higiene e conforto

    Objetivo – Observação da prestação de cuidados da enfermeira tendo em conta o Modelo

    de Parceria de Gomes

    Descrição da situação:

    Enfª- Bom dia Sr.A.

    SrªA- Bom dia Srª enf.

    Enfª- Então como se sente?

    SrªA- Mais ou menos… ainda me canso muito se faço qualquer esforço…

    Enfª- Mas sente-se melhor desde ontem ou acha que está na mesma?

    SrªA- Estou um bocadinho melhor… este cansaço é que não me larga!

    Enfª- Mas parece-me que já no último internamento se cansava quando fazia algum esforço… não me parece que esteja pior.

    SrªA- Pois… sabe é que não me consigo habituar a este cansaço…

    Enfª- Sim, eu percebo que não seja fácil. Mas, como já conversamos várias vezes sobre esse assunto, com a doença que tem, vai sentir sempre algum cansaço quando faz uma

    atividade que requer um certo esforço. Tem que tentar é fazer tudo com calma e controlar

    esse cansaço.

    SrªA- Isso é muito fácil falar! Mas só eu sei o que custa!

  • [171]      

    Enfª- Pois, eu compreendo que sim. Então e quer ir até á casa de banho tomar um duche?

    SrªA- Sim, pode ser.

    Enfª- Então vou buscar o andarilho.

    SrªA- Ai Srª enfª eu preferia que me levassem na cadeira de rodas…

    Enfª- Mas não consegue andar?

    SrªA- Consigo… mas estou com pouca força nas pernas e tenho medo de cair…

    Enfª- Desde a queda que deu em casa ficou sempre receosa, o que é normal. Mas tem que tentar continuar a movimentar-se pois quanto menos andar menos força vai ter nas

    pernas… sabe, os músculos vão atrofiando… e não tem que ter medo de cair, eu vou

    estar sempre ao pé de si.

    SrªA - Quando caí em casa foi porque escorreguei na banheira e desde ai tenho tanto medo de ir tomar banho!

    Enfª- Compreendo que sim. Mas não tem um tapete anti derrapante na banheira?

    SrªA- Não tinha, mas o meu marido já foi comprar um.

    Enfª- E estes são os chinelos que usa em casa?

    SrªA- Sim.

    Enfª- Mas olhe que não são os mais indicados. Deviam ter também sola anti derrapante, assim evita escorregar.

    SrªA- Ai não? Então também vou dizer ao meu marido para comprar uns para mim e outros para ele. Sabe a nossa reforma é pequena, mas para nós os dois chega bem.

    Estamos habituados a viver com pouco.

    Enfª- Então posso ir buscar o andarilho para ver se consegue ir a andar até á casa de banho?

    SrªA- Sim, se a SrªEnfª diz que fica sempre comigo podemos tentar.

  • [172]      

    A enfermeira traz o andarilho.

    Enfª- Vamos lá! Coloque as mãos firmes no andarilho e faça força nas pernas. Vê como consegue tão bem!

    SrªA- Realmente com este “ajudante” é mais fácil. Eu em casa vou-me agarrando ao que aparece…

    Enfª- Pois, mas isso é perigoso, as “coisas” que aparecem podem não ter estabilidade…Vamos avaliar como é que vai evoluir ao longo do internamento e depois

    vemos se é melhor tentar arranjar uma bengala ou até mesmo um andarilho como este

    para levar para casa.

    SrªA- Mas eu não sei se vamos ter dinheiro para comprar essas coisas SrªEnfª! Isso já deve ser muito caro!

    Enfª- Temos que avaliar e se houver necessidade contacta-se a assistente social.

    SrªA- Está bem. Então vamos lá tomar o banhinho para refrescar!

    Análise e reflexão da situação:

    Após a interação entre enfermeira e cliente considero que esta mostrou tentar

    compreender o que a pessoa pensa, não desvalorizando o conhecimento que a pessoa

    idosa tem de si, da sua doença e dos efeitos que implica algum esforço. De acordo com o

    Modelo de Parceria de Gomes (2009) está implícito, no conceito de ver a pessoa idosa

    como um ser de projeto de cuidados, o querer da pessoa e que esta é um ser de direitos.

    Torna-se imprescindível conhecer o património individual da pessoa, o que ela é, o que

    ela pensa e o que sente. A enfermeira já tinha uma relação de confiança, já a conhecia de

    outros internamentos e já tinham conversado bastante sobre a sua doença e as

    implicações desta na sua vida. Assim, segundo a 1ª fase do Modelo de Parceria, a

    enfermeira revela conhecimentos sobre a pessoa idosa que está a cuidar.

    Pode-se constatar que no decorrer desta intervenção a enfermeira demonstra

    desenvolver os cuidados num ambiente seguro, no entanto para proteger a pessoa idosa

    de danos não implica que haja um paternalismo. Ou seja, a enfermeira poderia ter dito

    logo que a cadeira de rodas era mais cómoda, mais segura e mais rápida para a senhora,

    contudo estava a por em causa a autonomia desta. Pressupõe-se que a enfermeira já

  • [173]      

    sabia quais eram as capacidades e limitações da Srª A e assim, sabendo que ela

    conseguia andar encorajou-a e estimulou-a de modo a incentivá-la a fazer pequenos

    progressos. Informou-a das vantagens de se movimentar, no entanto partilhou o poder

    com a pessoa idosa, o que pressupõe logo a partida o respeito por esta, permitindo a

    promoção da sua autonomia. Deste modo envolveu-se com a doente -2ª fase do Modelo de parceria. De acordo com a 3ª fase do Modelo de parceria – Capacitar/Possibilitar a enfermeira sensibilizou a cliente para a importância de se movimentar. Informou a Sr.ªA.

    em função das suas preocupações e do seu bem estar e ainda mostrou disponibilidade

    para a cliente esclarecer dúvidas. Depois de esclarecida a cliente aceitou ir a andar até á

    casa de banho, contudo ficou combinado que estaria sempre ao lado dela. Houve aqui

    uma negociação, a enfermeira sugeriu o cuidado a prestar mais adequado, sendo que

    como a Sr.A mostrou alguma relutância estabeleceu-se um compromisso (4ª fase do Modelo de Parceria – Compromete-se). Nada foi imposto, foi feita uma negociação, dando poder de decisão de escolha á pessoa idosa. Assim, visto que a pessoa idosa tinha

    capacidade de decisão, estava informada acerca da sua doença, das suas limitações e do

    que fazer para conseguir ultrapassar as suas limitações, consegue assumir o Cuidado de Si – 5ª Fase do Modelo de parceria.

    Observação das práticas

    2

    Data – Novembro de 2011

    Turno – Manha

    Interação – Auxiliar a pessoa idosa a conseguir ir até á casa de banho

    Objetivo – Observação da prestação de cuidados da enfermeira tendo em conta o Modelo

    de Parceria de Gomes

    SrºJ- Srª Enfª. eu quero ir á casa de banho, mas estou com estes fios todos…

    Enfª- Acabei de lhe colocar o antibiótico. Tem mesmo que ser agora ou pode aguardar um bocadinho até que o antibiótico acabe?

    SrºJ- Tenho mesmo que ir já.

  • [174]      

    Enfª- Então vou-lhe buscar um suporte de soros com rodas e assim já consegue ir.

    SrºJ- Está bem.

    Enfermeira traz o suporte de soros e afasta o cadeirão e a mesa de apoio que estão junto

    á cama.

    Enfª- Aqui está. Onde estão os seus chinelos?

    SrºJ- Não tenho, estou a usar os do hospital.

    Enfª- Mas olhe que estes não são os mais indicados…

    SrºJ- Sim, a sua colega ontem já me disse…

    Enfª- E já pediu á sua esposa para lhe trazer os seus?

    SrºJ- Ainda não… ontem esqueci-me. Isso também não é muito importante.

    Enfª- Pode não parecer importante mas olhe que é Srº J. Se não tiver uns chinelos adequados pode escorregar e cair…

    SrºJ- O que me preocupa neste momento é ficar bom desta infeção.

    Enfª- Compreendo que sim (toca levemente no ombro do Sr. J) mas tem que estar prevenido para evitar outras complicações. Imagine que cai, já viu os problemas que

    poderia ter?

    SrºJ- Pois, isso é verdade… não convêm nada… e eu já tive mais força nas pernas… agora às vezes parece que me faltam as forças…

    Enfª – E os seus óculos Srº J?

    SrºJ- Ah, pois é…estão ai na mesinha de cabeceira, pode chegar-mos por favor? Sem eles não vejo quase nada…

    Enfª- Por isso não se pode esquecer deles quando se vai levantar. E convêm colocá-los sempre num local perto de si para saber onde estão e conseguir chegar a eles.

    SrºJ- Em casa faço isso, mas aqui…sabe…não estou no meu ambiente…

    Levanta-se e vai a caminhar, sem aparente dificuldade até á casa de banho

  • [175]      

    Análise e reflexão da situação:

    Para o enfermeiro construir uma relação de parceria com o cliente idoso não se pode

    reger pelos estereótipos associados á idade, em que estes são vistos como (…) “pessoas

    frágeis e incompetentes, com necessidades que é preciso suprir (…)” (Gomes, 2009, p.

    152). Logo torna-se indispensável ver o cliente idoso com um ser de projeto de cuidados

    para que seja possível construir com ele um processo de parceria. “Os enfermeiros são

    desafiados a desenvolver os seus próprios valores sobre o envelhecimento como um

    ponto de partida para trabalhar com pessoas idosas” (Gomes, 2009, pág. 97).

    Através da observação desta situação foi possível percecionar que a enfermeira conhece

    bem o cliente, sabe quais são os seus hábitos e quais as suas limitações. É importante

    reconhecer a pessoa idosa como (…) “um ser complexo, na qual as várias dimensões

    físicas, biológicas, espirituais, culturais, sociológicas, estão interligadas (…)” (Gomes,

    2009, p. 155) e só depois de se conseguir ter todas essas dimensões em consideração é

    que é possível ver a pessoa como um ser de projetos e de cuidados, necessário para a

    construção de um processo de parceria. Assim, a enfermeira encontra-se bem situada na

    fase de Revelar-se. A enfermeira mostrou disponibilidade e tempo para que a pessoa idosa transmitisse os seus sentimentos e esclarecesse as suas dúvidas. É notável

    também que já existia uma relação de confiança entre enfermeiro e o cliente, esta é

    essencial para que o cliente acarrete a informação e considere que esta possa a vir a ser

    muito útil no seu dia a dia – 2ª fase do Modelo de Parceria – Envolver-se. É necessário que o enfermeiro realize intervenções no sentido de partilhar conhecimentos, informações,

    de modo a que o cliente esteja esclarecido. Neste caso, além disso, a enfermeira

    promoveu momentos que levaram a pessoa idosa a refletir um pouco acerca das

    consequências que pode ter uma queda e de que é fundamental ter certas medidas de

    prevenção. A enfermeira conhece as capacidades e as limitações do SrªJ. e conseguiu,

    valorizando os conhecimentos que a pessoa tem, capacitá-lo de modo a melhorar o seu

    projeto de vida – Capacitar.

    Existe uma negociação em que o cliente compreende o que a enfermeira lhe está a

    transmitir e compromete-se a para a próxima ter em conta as suas sugestões.

  • [176]      

     

     

  • [177]      

    Apêndice 10

    Estudo de caso

  • [178]      

    Estudo de caso

    Decorrente da minha prestação de cuidados diretos á pessoa idosa senti necessidade de

    elaborar vários estudos de caso de modo a que me permitissem um diagnóstico de

    enfermagem rigoroso e um planeamento de um conjunto de intervenções adequadas à

    sua situação clínica.

    Assim procurei efetuar uma avaliação multidimensional, com recurso a instrumentos de

    avaliação direcionados á especificidade de cada cliente idoso a que eu prestei cuidados.

    1- Objetivos 1.1-Objetivo geral

    Desenvolver competências como enfermeira Especialista na avaliação multidimensional

    da pessoa idosa e, na implementação de estratégias de intervenção de enfermagem ao

    nível da prevenção, tratamento e recuperação que, em parceria com a pessoa

    idosa/família contemplem as suas necessidades em saúde, o seu contexto de vida, o seu

    projeto de vida, bem como, visem a sua dignidade e qualidade de vida.

    1.2- Objetivos específicos

    • Conhecer a pessoa idosa e família, com elevado risco de queda;

    • Conhecer o contexto de vida e situação de cuidados da pessoa idosa e família;

    • Efetuar uma avaliação multidimensional da pessoa idosa;

    • Efetuar o levantamento dos problemas identificados;

    • Efetuar uma fundamentação teórica que suporte e explicite a situação de doença e

    de cuidados à pessoa idosa;

    • Efetuar uma prescrição de enfermagem individualizada, validá-la com o cliente,

    avaliá-la e, se necessário, reformulá-la após avaliação.

    2- Metodologia: Foi efetuada uma entrevista estruturada, a observação física, a aplicação de

    instrumentos de avaliação (escalas) e a consulta dos processos hospitalares, como

    forma de analisar os problemas e necessidades e adequar as intervenções às

    mesmas e ao seu contexto de vida particular;

  • [179]      

    3- Modelo da Parceria de Cuidados

    3.1- 1º Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) - Revelar-se Nesta fase inicial é fundamental conhecer a identidade da pessoa idosa, os seus

    valores, o sentido de vida desta pessoa, bem como as suas necessidades. Para tal

    é necessário conseguir momentos de diálogo, mostrando disponibilidade e

    estimulando o idoso a participar, partilhando o seu património singular nas suas

    várias dimensões: físicas, biológicas, culturais, sociológicas e espirituais.

    Assim procedi á:

    • Identificação da pessoa idosa, família e contexto de vida;

    • Genograma;

    • Ecomapa;

    • Informação clínica;

    • Observação física.

    Identificação da Pessoa idosa, família e contexto de vida

    • Identificação pessoal

    - Sexo feminino;

    - Data de nascimento: 15-06-1930, 82 anos;

    - Viúva há cerca de 5 meses (marido faleceu com Neoplasia do pulmão);

    - Não sabe ler nem escrever;

    - Foi vendedora de peixe durante “mais de 40 anos e depois empregada doméstica ”

    (SIC);

    - Reformada há “mais de 20 anos” (SIC);

    - Nascida em Lisboa;

    - Reside em Benfica – Lisboa.

    • Identificação sócio familiar

    - Teve três filhos, um dos quais faleceu há 18 anos por Enfarte agudo do miocárdio;

    - 1 Deles vive fora de Lisboa (Barreiro) e com o qual não tem muito contacto;

  • [180]      

    - O outro vive perto da Srª L. e tem contacto praticamente diário. No entanto, a Srª L.

    refere que este filho só ultimamente se aproximou dela e que foi por uma questão de

    interesse, pois ele pede-lhe ajuda económica.

    - Situação familiar indicadora de problemas; por possível situação de abuso financeiro.

    - Na perspetiva da Srª L. a sua família, apresenta um APGAR familiar de o, o que sugere

    uma família severamente disfuncional.

    - Apresenta, segundo a Escala geriátrica de depressão, um score de 20, o que representa

    uma depressão ligeira.

    Passa a maior parte do dia a ver televisão e quando está bom tempo passa as tardes na

    varanda a “ver o movimento”(SIC).

    Por vezes vai passar o serão a casa da vizinha. Não mantém contacto com os filhos,

    exceto um, e que, segundo ela não lhe dá muita atenção.

    - Refere ser católica, mas não praticante.

    • Genograma

  • [181]      

    • Ecomapa

    • Informação Clínica

    Diagnóstico principal: Insuficiência Respiratória Global

    Antecedentes Pessoais e cirúrgicos:

    - Síndrome apneia obstrutiva do sono (SAOS);

    - Síndrome de Obesidade hipoventilatória (SOH);

    - Diabetes Mellitus não insulino dependente (DMNID);

    - Obesidade;

    - Hipertensão (HTA);

    - Arritmia;

    - Dislipidémia;

    - Insuficiência cardíaca congestiva (ICC).

  • [182]      

    Vigilância de saúde:

    - Refere não possuir médico de família;

    - Seguida em consulta de Pneumologia e de cardiologia no HPV;

    - Subsistema: Segurança social

    Intervenções cirúrgicas: não;

    Vigilância de saúde: sim;

    Alergias: desconhece;

    Medicação habitual: aldactone; ácido acetilsalicílico 500mg; metformina

    1000mg;moduretic; varfine

    Estilos de vida/comportamentos aditivos:

    Tabaco – não;

    Álcool – não;

    Droga - não.

    • Observação física

    Comunicação:

    Audição - diminuída bilateral;

    Visão - diminuída bilateral (usa óculos);

    Fala – normal.

    Estado de consciência:

    Estado - consciente;

    Orientação – orientada no espaço, pessoa e tempo.

    Realizada avaliação cognitiva, através do instrumento de avaliação de Mini Mental State

    (Anexo 2): score de 24 – não apresenta déficit cognitivo.

  • [183]      

    Auto conhecimento: emoção

    Calma

    Atividade motora

    Apresenta dificuldades na marcha, no levante e nas transferências; apresenta

    desequilíbrio acentuado. Não possui nenhum auxiliar de marcha.

    Refere que desde o início do ano já caiu 3 vezes, mas “felizmente sem me ter magoado

    muito” (SIC).Segundo a Srª L. apresenta desequilíbrio pelo que se segura aos objectos

    mais próximos para se movimentar (ex. armários, cadeiras). O que acontece é que estes

    por vezes estão distantes e ao tentar chegar a eles cai, ou então quando se segura neles

    como não são fixos escorregam e também cai.

    Apresenta um score de 100 na escala de Morse, pelo que tem um elevado risco de

    queda. De acordo com a escala de Tinetti , que avalia a marcha e o equilíbrio, apresenta

    um score 18, o que indica um risco de quedas 5 vezes maior.

    Segundo a escala da força muscular de Council apresenta um score 4 – movimentos

    ativos contra a gravidade e resistência, força menor que o esperado.

    Não efetua nenhum tipo de atividade física.

    Faz as atividades domésticas em casa e sai cerca de 2 vezes por semana para fazer

    compras ali no bairro. Vive no 4º andar, mas o prédio tem elevador.

    Apresenta um score de 95 na escala de Barthel, o que significa que tem uma

    dependência muito leve nas atividades de vida diárias.

    De acordo com o índice de Lawton-Brody apresenta um score 12, ou seja é independente

    nas actividades instrumentais de vida.

    Tegumentos

    Características da pele: corada e hidratada;

    Alterações da integridade cutânea: não

    Características da mucosa: coradas e hidratadas;

    Alterações da integridade das mucosas: não.

    Respiração

    Cliente há cerca de 2 meses, por história de cansaço a mínimos esforços, começa a ser

    seguida na consulta de Pneumologia, sendo diagnosticado SAOS e SOH, tendo iniciado

  • [184]      

    Cpap com indicação para realizar enquanto estivesse a dormir. Cliente refere que

    percebeu a necessidade do uso do Cpap, no entanto por má adaptação só colocou nas

    três primeiras noites e depois desistiu.

    Encontra-se eupneica em repouso e apresenta uma dispneia funcional, Grau III, de

    acordo com a Escala da dispneia do Medical Research Council (Anexo 3) – anda mais

    lentamente que as pessoas da mesma idade devido à dispneia, ou necessidade de parar

    para respirar quando anda no seu passo normal.

    Apresenta esporádicos acessos de tosse produtiva com eliminação de expectoração

    mucosa em moderada quantidade.

    Circulação – sem edemas

    Alimentação

    Pesa 96kg e mede 1,55m, pelo que possui um IMC de 40 (Obesidade) e um perímetro

    abdominal de 98cm.

    Refere ter perdido cerca de 3kg desde há 3 meses, altura em que por se sentir mais

    cansada começou a ter alguns cuidados.

    Efetua 3 refeições diárias autonomamente, não apresenta qualquer dificuldade na

    deglutição e mastigação, embora não possua a dentição completa.

    Apresenta um score de 25,5 no Mini Nutricional Assessment (Anexo 4), pelo que o seu

    estado nutricional é normal.

    Efetua as compras para a casa sozinha, saindo cerca de 2 vezes por semana. Quando

    precisa de alguma coisa extra pede ajuda a um casal vizinho que lhe dá muita

    assistência. Decide e planeia as refeições e confeccioná-las autonomamente.

    Nega hábitos alcoólicos e refere ingerir aproximadamente 1 litro de água por dia. É

    autónoma na toma da terapêutica oral, pelo que conhece os medicamentos, os seus

    efeitos, horários e cumpre as suas tomas. Desconhece alergias alimentares e

    medicamentosas.

  • [185]      

    Eliminação

    É continente tanto a nível vesical como intestinal. Sem alterações queixas urinárias ou

    intestinais.

    Sono e repouso

    Dorme bem, sem necessidade de ansiolíticos.

    Auto cuidado

    É a própria que escolhe e cuida da sua roupa; usa roupa adequada à época do ano.

    É autónoma nos cuidados de higiene, que realiza diariamente.

    2ª Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Envolver-se

    • Conhece o cliente idoso/cuidador face ao seu risco de queda

    A cliente refere já ter tido várias quedas, mas sem consequências graves. Apresenta um

    elevado risco de quedas.

    Foi estabelecida uma relação de confiança com a pessoa idosa, após vários momentos

    de escuta, aproveitando para partilhar informação, nomeadamente em relação á

    prevenção de quedas; foi imprescindível mostrar disponibilidade, sentando-me junto á

    cliente, ouvindo-a, compreendendo-a e procurando ir ao encontro das suas necessidades.

    Foi essencial que eu mostrasse total disponibilidade para a ouvir e partilhar com ela

    sentimentos e experiências em relação a casos semelhantes de pessoas idosas que já

    tiveram quedas no domicílio.

    Assim, a cliente conseguiu comunicar que não valorizava muito as quedas que já sofreu

    porque nenhuma teve grandes danos aparentes. Foi identificado essa falta de

    conhecimentos em relação ás consequências que uma queda pode ter na pessoa idosa e

    a não consciência das suas limitações. Perante este problema foi sugerido a utilização de

  • [186]      

    uma bengala para poder se apoiar e assim prevenir quedas e todas as possíveis

    consequências que daí possam advir.

    No que diz respeito ao filho, inicialmente este não estabeleceu uma relação com a equipa

    de Enfermagem, não nos procurava, não apresentava dúvidas e quando lhe era feita

    alguma pergunta respondia sempre que não sabia. Foi necessário despender de algum

    tempo para conversar com ele, explicar-lhe os riscos e as consequências possíveis das

    quedas, para que este começasse a confiar e referisse que não tinha conhecimento que a

    mãe havia já caído algumas vezes. Este fato veio confirmar que este filho não era muito

    presente e ele, perante este confronto, também admitiu isso. Assim, conseguimos que ele

    contasse que nos últimos anos não via muito a mãe porque existiam conflitos entre esta e

    a mulher e ele preferiu afastar-se. Agora estava arrependido pelo que estava a tentar

    aproximar-se. No entanto, segundo a SrªL. esta aproximação era só porque estavam com

    dificuldades económicas.

    3ª Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) Possibilitar/Capacitar Após estabelecido um diálogo, ouvindo a pessoa idosa e valorizando os conhecimentos

    que esta detém da situação, bem como a partilha das experiências de quedas anteriores

    foi identificado o motivo destas, que terá sido o desequilíbrio acentuado da cliente. Foi

    fundamental promover a reflexão deste assunto com a Srª L. e o seu filho, aguardando e

    respeitando o tempo destes, não impondo soluções. Sugeri a necessidade da utilização

    de um dispositivo de mobilização, que neste caso poderia ser uma bengala. Após vários

    momentos de diálogo consegui perceber que a Srª L. não tinha vontade de usar a bengala

    pois considerava que ao admitir essa necessidade estava a mostrar aos outros a sua

    vulnerabilidade devido á evolução do envelhecimento. Foram necessários vários

    momentos de escuta e partilha para se conseguir desmistificar esses medos e

    preconceitos de modo a que a senhora conseguisse atingir o cuidado de Si. Assim, a

    senhora foi capaz de dizer o que sentia, participando e solicitando informação, decidindo

    que o melhor caminho para si seria começar a utilizar a bengala.

    4ª Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Comprometer-se

    Nesta fase foi feito um esforço para que a cliente conseguisse atingir os objetivos

    definidos, de modo a que possa prosseguir na sua trajectória de vida. Senti necessidade

  • [187]      

    de realizar um plano de cuidados após a avaliação multidimensional realizada a pessoa

    idosa.

    Para a elaboração de um plano de cuidados é necessário, após a realização da colheita

    de dados inicial, com levantamento de problemas do indivíduo, a construção de

    diagnósticos e intervenções de Enfermagem, com vista a atingir resultados sensíveis aos

    nossos cuidados.

    Este plano foi realizado com linguagem CIPE, visto ser esta a utilizada no serviço.

    4-Plano de cuidados

    4.1- Diagnóstico de Enfermagem: Risco de queda Intervenções de Enfermagem Concretização de

    intervenção

    Fundamentação

    Baixar plano da cama Utilização do comando para

    baixar o plano da cama no nível

    mais baixo

    Permite, caso o indivíduo caía da

    cama, minimizar danos

    Envolver membro da família Estabelecida uma relação de

    parceria com o indivíduo e

    família (filho)

    Para que o indivíduo e família

    possam ter o direito de participar

    no seu próprio projeto de saúde e

    serem parceiros ativos nos

    cuidados, é indispensável haver

    uma partilha e reciprocidade

    entre enfermeiro, indivíduo e

    família

    Gerir (ambiente físico) do indivíduo Mantida a zona envolvente do

    indivíduo o mais livre de

    obstáculos possível

    Permite evitar quedas por não

    ser necessário contornar elevado

    número de obstáculos

    Monitorizar risco de queda Utilizada Escala de Morse como

    instrumento de avaliação do

    risco de queda (score inicial

    100- elevado risco de queda)

    A vigilância do risco de queda

    com recurso ao instrumento da

    Escala de Morse permite avalia

    os indivíduos de baixo, médio e

    alto risco.

    Promover (uso de sapatos com sola

    antiderrapante) no indivíduo

    Pedido à família que providencie

    sapatos com sola antiderrapante

    Possibilita prevenir quedas por

    escorregamento

    Providenciar uso de meios auxiliares de

    marcha – bengala

    Pedido à família que providencie

    uma bengala

    Previne quedas por desequilíbrio

    e auxilia na marcha

    Informar sobre necessidade de consulta

    de oftalmologia

    Informada sobre a necessidade

    de adequar os óculos às suas

    necessidades

    Uma boa visão permite

    prevenção de que quedas

    Providenciar uma iluminação adequada Verificar e possibilitar a

    iluminação adequada ao espaço

    Uma iluminação adequada

    possibilita uma boa observação

    de todo o espaço envolvente

  • [188]      

    Proximidade da campainha Confirmar com o indivíduo o uso

    correto da campainha

    Possibilita ajuda rápida

    Providenciar panfletos de educação Distribuído panfleto de

    prevenção de quedas da pessoa

    idosa

    Complementa ensinos sobre a

    prevenção de quedas na pessoa

    idosa

    4.2- Diagnóstico de Enfermagem: Ventilação espontânea, comprometida

    Intervenções de Enfermagem Concretização de

    intervenção

    Fundamentação

    Monitorizar sinais vitais Registada tensão arterial,

    temperatura timpânica,

    frequência cardíaca, frequência

    respiratória, saturação periférica

    de O2 e dor

    A análise do registo contínuo dos

    SV contribui para a avaliação

    hemodinâmica do indivíduo,

    permitindo fazer ajustes na

    terapêutica farmacológica e

    ventilatória;

    A dor surge habitualmente

    associada à utilização de

    interfaces, pelo que a

    monitorização deste sinal

    possibilita pequenos ajustes do

    interface à face do indivíduo ou

    mesmo a seleção de outro

    interface.

    Vigiar (respiração) do indivíduo Avaliado tipo de respiração,

    amplitude, localização e ruídos

    pulmonares

    A vigilância da respiração

    complementa a avaliação do

    indivíduo relativamente à sua

    adaptação ventilatória e à

    necessidade de alteração de

    parâmetros.

    Adequar (interface da VNI) ao indivíduo Escolhido o tipo de interface de

    forma a adequar o modelo e o

    tamanho do mesmo à face do

    indivíduo

    Tem que ter em conta a carga

    horária garantindo a tolerância e

    o controlo de fugas, o conforto e

    a adaptação ventilatória do

    indivíduo;

    Outro aspeto a ter em conta é a

    fisionomia do indivíduo, o seu

    estado de pele e nutricional

    Supervisionar a adaptação do indivíduo

    ao ventilador

    Verificado se o individuo é

    autónomo na colocação do

    interface, no ligar/desligar do

    ventilador, na gestão da

    oxigenoterapia e na

    higienização do interface

    A continuidade da VNI no

    domicílio pressupõe a

    capacidade de utilização do

    material e equipamento por parte

    do indivíduo.

    Envolver membro da família Estabelececida uma relação de Para que o indivíduo e família

  • [189]      

    parceria com o indivíduo e

    família

    possam ter o direito de participar

    no seu próprio projeto de saúde e

    serem parceiros ativos nos

    cuidados, é indispensável haver

    uma partilha e reciprocidade

    entre enfermeiro e doente

    Monitorizar (parâmetros ventilatórios) do

    indivíduo

    Verificado se os parâmetros

    prescritos estão colocados no

    ventilador

    Para a eficácia da VNI o

    indivíduo tem que estar bem

    adaptado

    Monitorizar respiração Registada frequência

    respiratória

    Contribuir para a avaliação

    clínica do indivíduo permitindo

    efetuar ajustes na terapêutica

    farmacológica, ventilatória e

    oxigenoterapia

    Vigiar pele Observada coloração e

    hidratação e integridade

    cutânea da face, especialmente

    as zonas de contacto desta com

    a interface

    A integridade cutânea das zonas

    de contacto com o interface

    permite a continuidade da VNI

    com conforto

    Resultado de Enfermagem:

    Ventilação espontânea melhorada: indivíduo com estabilidade ventilatória e

    hemodinâmica, com necessidade de suporte ventilatória com frequência e duração

    variáveis em função do seu estado clínico.

    4.3- Diagnóstico de Enfermagem: Dispneia, atual Intervenções de Enfermagem Concretização de

    intervenção

    Fundamentação

    Monitorizar SV Registada tensão arterial,

    temperatura timpânica,

    frequência cardíaca., frequência

    respiratória, saturação periférica

    de O2 e dor

    A análise do registo contínuo dos

    SV contribui para a avaliação

    hemodinâmica do indivíduo,

    permitindo fazer ajustes na

    terapêutica farmacológica e

    ventilatória;

    A dor surge habitualmente

    associada à utilização de

    interfaces, pelo que a

    monitorização deste sinal

    possibilita pequenos ajustes do

    interface à face do indivíduo ou

    mesmo a seleção de outro

    interface.

    Vigiar (respiração) do indivíduo Avaliado tipo de respiração,

    amplitude, localização e ruídos

    pulmonares

    A vigilância da respiração

    complementa a avaliação do

    indivíduo relativamente à sua

  • [190]      

    adaptação ventilatória e à

    necessidade de alteração de

    parâmetros.

    Vigiar expetoração Observada e registada a

    quantidade, cor, aspeto e cheiro

    da expetoração

    Possibilita perceber a evolução

    da situação clínica e ajustar

    terapêutica, técnicas de

    reabilitação respiratória, bem

    como outras intervenções de

    Enfermagem

    Vigiar indivíduo a tossir Observado e registado o tipo, a

    intensidade, frequência e

    eficácia da tosse

    Permite definir estratégias de

    intervenção dirigidas ao estado

    clínico do indivíduo

    Identificar (fatores desencadeantes) da

    dispneia em repouso, funcional e

    ortopneia

    Observado e registado fatores

    que desencadeiam dispneia em

    repouso, funcional e ortopneia

    (fatores endógenos e exógenos)

    Permite adaptar a atividade às

    suas capacidades, possibilitando

    ao mesmo a adequação na

    gestão da atividade.

    Monitorizar (SpO2) do indivíduo Avaliada a saturação periférica

    de O2

    A saturação periférica de O2

    pretendida está de acordo com a

    patologia e situação clínica do

    indivíduo

    Monitorizar (respiração) Registada frequência

    respiratória

    Contribui para a avaliação clínica

    do indivíduo permitindo efetuar

    ajustes na terapêutica

    farmacológica, ventilatória e

    oxigenoterapia

    Monitorizar dispneia (Medical Research

    Council dyspnea Questionnaire)

    Aplicado o instrumento de

    avaliação da dispneia –

    apresenta dispneia funcional

    grau III

    As atividades a serem realizadas

    pelo indivíduo devem ser

    adaptadas também, em função

    do seu grau de dispneia, a par

    com outras avaliações;

    A análise comparativa do score é

    um indicador auxiliar para a

    definição do plano terapêutico

    Resultado de Enfermagem: dispneia melhorada

    4.4- Diagnóstico de Enfermagem: Conhecimento sobre a saúde, diminuído

    Intervenções de Enfermagem Concretização de

    intervenção

    Fundamentação

    Ensinar o indivíduo Explicadas estratégias

    interventivas ao indivíduo sobre:

    prevenção do risco de queda,

    VNI e Diabetes

    Garante-se a continuidade dos

    cuidados quando o indivíduo

    e/ou cuidador consegue efetuar

    de forma autónoma a atividade

  • [191]      

    alvo de ensino.

    Identificar o alvo de ensino Confirmado que o indivíduo tem

    capacidades cognitivas para

    apreender e executar o/s

    ensino/s;

    A continuidade de cuidados só é

    possível quando o indivíduo tem

    capacidade e conhecimentos

    para dar continuidade ao plano

    de cuidados, ou na

    impossibilidade deste, deve

    identificar-se um cuidador que

    seja competente para assegurar

    a continuidade de cuidados

    Explicar sobre estado de saúde Informado o indivíduo acerca do

    seu estado de saúde e as

    intervenções de enfermagens

    realizadas ou a realizar

    A informação transmitida acerca

    do estado de saúde e dos

    tratamentos, minimiza a

    ansiedade e promove a

    colaboração do indivíduo,

    assegurando o envolvimento no

    processo terapêutico bem como

    a continuidade de cuidados

    Resultado de Enfermagem: Conhecimento para a saúde efetivo – indivíduo demonstra

    competências na área de ensino, nomeadamente sabe quais são as principais medidas

    de prevenção de quedas, que lhe permite ser autónomo a nível de conhecimentos e

    realização de práticas de saúde.

    4.5- Diagnóstico de Enfermagem: Mobilidade, comprometida

    Intervenções de Enfermagem Concretização de

    intervenção

    Fundamentação

    Estimular a mobilidade (ativa) Incentivado a andar pelo

    corredor

    Quando incentivado e com

    conhecimento das suas

    capacidades fica capacitado de

    manter uma mobilidade ativa

    Gerir (ambiente físico) do indivíduo Mantida a zona envolvente do

    indivíduo o mais livre de

    obstáculos possível

    Permite evitar quedas por não

    ser necessário contornar elevado

    número de obstáculos

    Solicitar (apoio de) Encaminhado o individuo para

    Enfermeiro de reabilitação e /ou

    fisioterapeuta

    O encaminhamento irá permitir

    uma complementaridade na

    intervenção de forma a otimizar

    os cuidados prestados e

    consequentemente o resultado

    obtido

    Supervisionar técnica de marcha Verificada que a capacidade

    para marcha em segurança se

    A confirmação da técnica de

    marcha em confiança é essencial

  • [192]      

    encontra mantida para prevenir quedas no

    indivíduo

    Vigiar (força muscular) do indivíduo

    (Council)

    Aplicado o instrumento de

    avaliação da força muscular –

    apresenta dispneia funcional

    grau III

    As atividades a serem realizadas

    pelo indivíduo devem ser

    adaptadas em função da sua

    força muscular, a par com outras

    avaliações;

    A análise comparativa do score é

    um indicador auxiliar para a

    definição do plano terapêutico

    Resultado de Enfermagem: Mobilidade melhorada – indivíduo demonstra mobilidade

    melhorada que lhe permite prevenir risco de quedas.

    4.6- Diagnóstico de Enfermagem: Desenvolver (parceria) com família para continuidade

    de cuidados, comprometida

    Intervenções de Enfermagem Concretização de

    intervenção

    Fundamentação

    Envolver prestador de cuidados Estabelecida uma relação de

    parceria com o filho

    Para que a família possa ter o

    direito de participar e ser parceira

    ativa nos cuidados, é

    indispensável haver uma partilha

    e reciprocidade entre enfermeiro,

    indivíduo e família

    Avaliar a capacidade do prestador de

    cuidados

    Avaliada capacidade do filho de

    apoiar a mãe quando

    necessário

    O apoio familiar torna-se

    imprescindível para uma eficaz

    continuidade de cuidados

    Resultado de Enfermagem: Atual desenvolvimento de parceria com a família para

    continuidade de cuidados

    4.7- Diagnóstico de Enfermagem: Solidão, atual

    Intervenções de Enfermagem Concretização de

    intervenção

    Fundamentação

    Aumentar atividade executada pela

    própria durante o dia

    Realizado um plano de

    atividades a executar durante o

    dia, aquando da alta

    De modo a incentivar o aumento

    da atividade diária o

    planeamento destas permite uma

    maior adesão

  • [193]      

    Envolver membro da família Estabelecida uma relação de

    parceria com o filho

    Para que a família possa ter o

    direito de participar e ser parceira

    ativa nos cuidados, é

    indispensável haver uma partilha

    e reciprocidade entre enfermeiro,

    indivíduo e família

    Solicitar (apoio de) Encaminhado o indivíduo para

    psicóloga

    O encaminhamento irá permitir

    uma complementaridade na

    intervenção de forma a otimizar

    os cuidados prestados e

    consequentemente o resultado

    obtido

    Resultado de Enfermagem: Solidão diminuída

    5ª Fase: Assumir o controlo de Si próprio/assegurar o cuidado do outro

    Na última fase do modelo de parceria pretende-se que o cliente consiga ter controlo sobre

    p seu projeto de vida e saúde, que se mantenha informado e com capacidade de decisão

    acerca do que é melhor para ele e lhe traz mais conforto e bem-estar; ou quando a família

    adquire a capacidade para ajudar e cuidar do cliente, tendo em conta, as decisões

    partilhadas com o mesmo (GOMES, 2009).

    Foram identificadas algumas lacunas que em conjunto com a Sr.ª L. e o seu filho foram

    negociadas estratégias para se atingirem objetivos comuns, tendo existido partilha de

    poder nessas decisões. Foi também partilhada informação assim como foram validados

    os conhecimentos decorrentes da experiência tanto da Sr.ª L. como dos seus cuidadores

    permitindo desta forma que a mesma possa prosseguir com o seu projeto de vida e

    saúde.

    A Sr.ª L. e o seu filho demonstram competências na área de ensino, nomeadamente

    sabem quais são as principais medidas de prevenção de quedas. Pretende-se no

    momento anterior á alta avaliar os progressos efetuados pela Sr.ª L. e o seu filho, com o

    objetivo de verificar se o assumir o cuidado de Si ou o assegurar o cuidado do Outro foi

    atingido e no caso de não o ser, delinear novas estratégias em parceria com a Sr.ª L. e

    seu filho para que se atinja esse objetivo.

  • [194]      

     

  • [195]      

    Apêndice 11

    Formação em serviço 1ª

  • [196]      

  • [197]      

  • [198]      

  • [199]      

  • [200]      

  • [201]      

  • [202]      

  • [203]      

  • [204]      

  • [205]      

  • [206]      

  • [207]      

  • [208]      

     

     

     

  • [209]      

    Apêndice 12

    Visita domiciliária

  • [210]      

    Experiência de Visita domiciliária:

    Na medida em que muitos dos idosos que tem alto risco de quedas é por já terem quedas

    anteriores senti necessidade de perceber se essas quedas foram no domicílio e porquê.

    Embora o meu projeto incida sobretudo nas quedas da pessoa idosa a nível hospitalar,

    considerei importante realizar uma visita ao domicílio para poder encontrar estratégias

    interventivas aquando da alta de modo a conseguir prevenir quedas no domicílio.

    Assim, fui assistir durante um dia às consultas de Geriatria onde fazem uma avaliação

    multidimensional do idoso, nomeadamente ao nível da manutenção de um ambiente

    seguro.

    De entre os vários idosos que foram observados na consulta, uma delas, Srª M., referiu

    história de uma queda recente em casa, no quarto, e que não sabia explicar porque é que

    tinha ocorrido. Foi considerado um caso de risco pelo que mereceu uma marcação de

    visita domiciliária por enfermeira e assistente social.

    A Sr.ª é uma idosa de 82 anos, orientada e bastante comunicativa; é autónoma nas

    atividades básicas e instrumentais de vida diária.

    Assim, dia 12-01 fomos até a casa da Sr.ª M. Vive no 4º andar de um prédio antigo, com

    elevador. Ao entrar em casa apercebemo-nos logo da imensidão de objetos que

    apresenta, o que torna os locais de passagem repletos de obstáculos.

    Fomos muito bem recebidas, e encaminhadas para a sala da casa, onde a Sr.ª M. nos

    contou as principais vivências do seu passado, sendo que este continua ainda muito

    presente. Foi dada oportunidade, mostrando disponibilidade, para ela poder partilhar as

    suas vivências de modo a ser possível conhecer a sua identidade e os seus valores.

    Através da promoção de uma escuta ativa, promovendo a afetividade, demonstrando

    carinho e simpatia e mostrando respeito pela pessoa foi possível que esta tivesse vontade

    de conversar, solicitasse informação e participasse no seu projeto de vida. Após cerca de

    2 horas de diálogo a Sr.ª M. foi-nos mostrar todas as divisões da sua casa.

    Foi feita uma lista do que deveria ser mudado:

    Sala/ Corredor /Quarto

    Fios de telefone a deixarem de passar pelo chão e debaixo de tapetes;

  • [211]      

    Retirar alguns obstáculos em todos os locais de passagem;

    Tomar duche no polivan;

    Para tomar duche usar uma cadeira de plástico, fina e resistente com cerca

    de 40cm;

    Colocar um tapete anti-derrapante dentro e fora do polivan;

    Colocar barras de apoio em ambos os lados da sanita;

    Não usar chinelos largos ou sapatos com solas lisas;

    Não caminhar em casa apenas com meias;

    Eliminar os tapetes de casa ou garantir que estão fixos ao chão com fitas

    antiderrapantes;

    Foram comunicadas algumas dessas alterações directamente a Sr.ªM., no entanto terá

    que ser efetuado um trabalho continuado para que ela possa e queira alterar alguns

    desses aspectos.

    Tendo ela capacidade para decidir torna-se bastante difícil modificar alguns

    comportamentos, pois estes estão diretamente ligados às suas rotinas do dia a dia. Por

    exemplo todos os objectos espalhados pela casa têm para ela um significado muito

    especial, pelo que ela disse logo que não os ia poder colocar num sítio onde não os visse

    diariamente, pois eram esses objectos que a faziam recordar todo o seu passado e

    mantê-la viva e com vontade de continuar a viver.

    Em relação a alguns aspetos mais práticos de alterações foi pedido á filha para ir á

    próxima consulta de modo a poderem ser expostas as necessidades de modificações.

    Considero que esta experiência foi bastante importante para o desenvolvimento do meu

    projeto, bem como para a minha prestação de cuidados diária á pessoa idosa. O

    ambiente em que a pessoa idosa vive revela-se essencial para a prevenção de quedas, e

    muitas vezes nós, os profissionais de saúde, e os próprios idosos não tem essa perceção.

    O tempo de internamento proporciona momentos em que é possível conhecer a pessoa

    idosa e o seu ambiente de modo a partilhar conhecimentos relacionados com a prevenção

    de quedas tanto a nível hospitalar como no domicílio.

  • [212]      

     

     

  • [213]      

    Apêndice 13

    Proposta de alterações aos registos informáticos da CIPE

  • [214]      

    Proposta de intervenções relacionadas com o diagnóstico de risco de queda  

    1- Monitorizar risco de queda (Escala de Morse) Perguntas Avaliações

    História de quedas (últimos 3

    meses)

    Não

    Sim

    Diagnóstico Secundário Não

    Sim

    Ajuda na mobilização Nenhuma

    Com ajuda

    Acamado/Repouso no leito

    Bengala

    Andarilho

    Canadiana

    Apoia-se no mobiliário

    Terapêutica Endovenosa Não

    Sim

    Marcha Normal

    Acamado/repouso no leito

    Cadeira de rodas

    Lenta

    Alterada

    Cambaleante

    Estado mental Orientado/Tem consciência das

    suas limitações

    Desorientado/Confuso

    Não tem consciência das suas

    limitações

  • [215]      

    2- Explicar medidas de prevenção de quedas: - Técnicas de levante/transferência;

    - Importância de manter as grades elevadas;

    - Rever com o indivíduo/cuidador os episódios anteriores de quedas e identificar

    estratégias de prevenção futura;

    - Disponibilizar o folheto informativo.

    3- Aplicar dispositivo: grades da cama elevadas;

    4- Providenciar dispositivo de mobilização: - andarilho;

    - cadeira de rodas;

    - canadianas;

    - tripé;

    - bengala;

    5- Treinar com o doente a utilização de: - luz;

    - campainha;

    - dispositivo de eliminação (urinol/arrastadeira);

    Em relação á colheita de dados, acrescentar:

    Atividade motora:

    História de quedas anteriores:

    Se sim,

    Avaliar detalhadamente as circunstâncias em que ocorreram quedas anteriores

  • [216]      

       

  • [217]      

    Apêndice 14

    Análise da observação final dos registos de enfermagem

  • [218]      

    Resultados Realizado nos dias 24 e 25 de Janeiro; baseado na análise da colheita de dados e nos

    registos dos diários de enfermagem.

     

    1ª  Fase:  Revelar-‐se  

    Dimensão: Identidade da pessoa idosa/contexto de vida (situação sócio-familiar)  

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Nom

    e

    Idade

    Habilitações

    Profissão

    Estado

     civil

    Hob

    bies

    Cren

    ças

    Vive  com

    Pessoa  de

    Cond

    içõe

    s

    Situação  familiar

    Rede

     de  apoio

    Apoio  do

    miciliário

    Freq

    uenta  Ce

    ntro

     Institucionalizado

    Registados

    Não  registados

     Gráfico  1  –  Identidade da pessoa idosa e contexto de vida  

    De acordo com o gráfico nº1 pudemos constatar que na 1ª fase do modelo de Parceria –

    Revelar-se, em relação á identidade da pessoa idosa e contexto de vida, a maior parte

    dos indicadores estão registados, sendo que a principal falhas se encontram no indicador

    estado civil.

  • [219]      

    Dimensão: avaliação da dimensão física e funcionalidade da pessoa idosa incidindo nos aspectos que interferem na avaliação do risco de queda

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Avalia  a  existên

    cia  de

    qued

    as  anteriores

    Avaliar  a  existência  de

    alterações  na  acuidade

    auditiva  e/ou  visual  do

    doen

    te

    Avaliar  o  estado

     de

    consciên

    cia/orientação

    Atividade  motora

    (dep

    ende

    nte/ajud

    aparcial/  in

    depe

    nden

    te)

    Avalia  o  que

     a  pessoa

    idosa  sabe

     das  suas

    limitaçõe

    sRegistado

    Não  registado

    Gráfico nº 2 – avaliação da dimensão física e funcionalidade da pessoa idosa incidindo nos aspectos que

    interferem na avaliação do risco de queda

    No que diz respeito á avaliação da dimensão física e funcionalidade da pessoa idosa

    incidindo nos aspectos que interferem na avaliação do risco de queda, constatamos que é sempre avaliada a existência de quedas anteriores, o estado de consciência/orientação e

    a atividade motora. Dos 10 processos consultados só 1 não tinha registo da avaliação da

    existência de alterações na acuidade auditiva e/ou visual. Apenas se verificou registo em

    4 processos da avaliação do que a pessoa idosa sabe das suas limitações.

  • [220]      

    Dimensão: Contexto da doença

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Motivo  de

    internam

    ento

    Antecede

    ntes

    Pessoais

    Alergias

    Med

    icação

    habitual

    Hábitos  e  estilo

    sde

     vida

    (nutricion

    ais,

    Impacto  da

    doen

    ça  na  sua

    vida

    Registado

    Não  registado

    Gráfico nº 3 – contexto da doença

    Em relação á dimensão contexto da doença observamos que todos os indicadores se

    encontravam registados, excepto o impacto da doença na vida da pessoa idosa, sendo

    que na fase inicial não havia nenhum registo e agora existiam 2.

    2º Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Envolver-se

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    O  Enfermeiroregista  qual  orisco  de  quedada  pessoa  idosa  

    O  enfermeiroinforma  a  pessoaidosa  sobre  qualo  seu  risco  de

    queda  

    O  enfermeiroinforma  o

    cuidador  sobre  orisco  de  quedada  pessoa  idosa

    Registado

    Não  registado

     

    Gráfico nº4- 2º Fase do modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Envolver-se

  • [221]      

    Conforme pudemos constatar todos os enfermeiros registam qual o risco de queda da

    pessoa idosa, sendo que 7 deles registam que informam a pessoa idosa sobre esse

    resultado (melhoria franca em relação á avaliação inicial que apenas 1 informava) e 5

    enfermeiros informam o cuidador sobre qual o risco de queda da pessoa idosa

    hospitalizada (na avaliação anterior nenhum informava).

    3ª Fase do Modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Possibilitar/Capacitar

    0123456789

    O  Enfermeiropartilha

    informaçãocom  o  clienteidoso  acercados  diferentestipos  de  ajudapara  prevenir

    quedas

    O  Enfermeiropartilha

    informaçãocom  o  cuidadoracerca  dos

    diferentes  tiposde  ajuda  para

    prevenirquedas

    O  Enfermeiroinforma  a

    pessoa  idosasobre

    principaissinais  e

    sintomas  quepodem  levar  auma  queda  

    O  Enfermeiroinforma  o

    cuidador  sobreprincipaissinais  e

    sintomas  quepodem  levar  auma  queda

    Registado

    Não  registado

     

    Gráfico nº5 – 3ª Fase do Modelo de Parceria (Gomes, 2009) – Possibilitar/Capacitar

    Após a análise do gráfico notamos que 7 enfermeiros partilham informação com