Relatório Trimestral de Renda Fixa · além de aumento da volatilidade. Essa piora levou Trump a...

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1 Cenário Econômico Cenário Econômico Dezembro2015 Relatório Trimestral de Renda Fixa Índice Cenário Econômico Estratégias de Renda Fixa CDI Crédito CDI Inflação Crédito Inflação Quadro de Desempenho 3° Tri 2019

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Cenário Econômico

Cenário Econômico

Dezembro2015

Relatório Trimestral de Renda Fixa

Índice

Cenário Econômico

Estratégias de Renda Fixa

CDI

Crédito CDI

Inflação

Crédito Inflação

Quadro de Desempenho

3° Tri 2019

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Cenário Econômico

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Cenário Econômico

Cenário Econômico

Após um início de trimestre favorável para os

ativos de risco globais, eventos políticos

marcaram o mês de agosto, o que gerou estresse

no mercado e elevou ainda mais a incerteza, em

meio ao processo de desaceleração global da

atividade econômica. Ao longo do trimestre, os

estímulos monetários continuaram nas

economias desenvolvidas, levando as taxas de

juros nominais a novas mínimas.

O Banco Central Europeu cortou a taxa de juros

em 0,10% na reunião de setembro e anunciou

um novo programa de compra de títulos que

vigorará até que a inflação esteja próxima à

meta. Novos estímulos são esperados, dada a

contínua piora nos dados de atividade europeus,

com forte contribuição da indústria alemã,

principal economia industrial da Europa. Soma-

se a isso o aumento da incerteza com o

andamento do Brexit. Com a aproximação da

data limite para que haja um acordo, o primeiro

ministro Boris Johnson segue esquematizando a

saída da União Europeia custe o que custar, o

que tem afetado bastante os ativos europeus.

O Federal Reserve (Fed) realizou dois cortes de

0,25% na taxa básica americana, como já era

esperado, nas reuniões de julho e setembro, mas

permanece mantendo uma postura

conservadora diante da resiliência dos dados

americanos de consumo, que sustentam o

crescimento em ritmo sólido, ainda que a

indústria e os investimentos estejam sendo

afetados pelo enfraquecimento da atividade

global. Diante disso, o dólar continua se

fortalecendo.

A guerra comercial entre EUA e China sofreu

altos e baixos. Após iniciar o trimestre com certa

tranquilidade, a situação foi agravada no início

de agosto com o anúncio da imposição de 10%

em tarifas sobre produtos chineses que ainda

não tinham sido tarifados. A China respondeu

negativamente, ao adicionar tarifas a produtos

americanos e iniciar um processo de

desvalorização do renmimbi contra o dólar, o

que levou os Estados Unidos a declarar

formalmente a China como “manipuladora da

taxa de câmbio”. O mercado reagiu aos eventos

com aumento dos prêmios de risco, queda dos

índices de bolsa e das taxas de juros globais,

além de aumento da volatilidade. Essa piora

levou Trump a suspender barreiras de

importação e adiar a elevação de algumas

tarifas. No final do trimestre, as tensões

comerciais arrefeceram. Houve sinalizações

positivas dos dois lados e as expectativas de um

acordo aumentaram. Ainda assim, um acordo

definitivo está longe de ser concretizado e os

efeitos continuam. Portanto, os riscos

relacionados à guerra comercial permanecem no

radar.

Gráfico 1

Fonte: Cboe, Bloomberg, Macrobond. Elaboração: Icatu

Vanguarda.

Outros eventos contribuíram para a volatilidade

do preço de ativos, como o resultado das

eleições primárias na Argentina, que mostrou

desempenho forte de Alberto Fernández e

trouxe nova perspectiva de a esquerda retornar

ao poder, o que levou a uma forte desvalorização

do peso e também gerou efeito para outros

países emergentes. Outro destaque foi o ataque

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às instalações de petróleo na Arábia Saudita, que

aumentou as tensões no Oriente Médio e trouxe

riscos para o mercado de petróleo, de extrema

importância para a atividade global.

A fraqueza generalizada observada na Indústria

parece ter começado a contaminar os Serviços,

como mostra o PMI do setor (gráfico 2), ao passo

que o do setor manufatureiro parou de cair e

mostrou alguma recuperação, ainda que

permaneça em terreno de contração. É

necessário destacar, no entanto, que esse

movimento de acomodação foi influenciado

pelas economias emergentes. As principais

economias desenvolvidas seguem apresentando

dados industriais cada vez piores, o que é

preocupante e gera dúvida em relação à

capacidade de os bancos centrais estimularem

suas economias.

Gráfico 2

Fonte: JP Morgan, Bloomberg, Macrobond. Elaboração: Icatu

Vanguarda.

Além dos bancos centrais dos países

desenvolvidos, diversos países emergentes

também anunciaram cortes na taxa básica de

juros ao longo do trimestre, como o Brasil.

Com a ociosidade elevada por conta da

estagnação da atividade doméstica e as medidas

de inflação subjacentes em níveis baixos, não há

pressões inflacionárias. A inflação deverá

permanecer abaixo do centro da meta ao longo

do horizonte relevante para a política monetária,

o que abre espaço para mais cortes de juros. A

depreciação cambial, reflexo do agravamento

das tensões globais, não foi repassada à inflação,

pois o movimento de queda de preços das

commodities mais do que compensou a alta do

dólar. Dessa forma, o ambiente global

permanece desinflacionário, sem afetar o ciclo

de queda de juros.

A lentidão da recuperação da atividade

doméstica continua sendo o principal entrave. A

fraqueza industrial interna permaneceu no

terceiro trimestre e o ambiente externo também

vem contribuindo para um desempenho

negativo da Indústria no ano. A piora da

economia argentina agrava ainda mais a situação

do setor manufatureiro. Mas há esperança à

frente. A divulgação do PIB do segundo trimestre

surpreendeu positivamente (gráfico 3), com os

investimentos apresentando melhora. O

mercado de trabalho mostra alguns sinais

positivos de recuperação, apesar da ociosidade

ainda muito elevada, e o crescimento

consistente do crédito ajudará a impulsionar o

consumo.

Gráfico 3

Fonte: IBGE. Elaboração: Icatu Vanguarda.

O PIB deverá crescer em maior ritmo a partir do

segundo semestre, em relação ao primeiro, com

grande parte do crescimento descendente do

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consumo, que terá a contribuição dos recursos

do FGTS, liberados para saque desde setembro.

As sinalizações para a atividade nos próximos

meses são positivas e indicam que o crescimento

deverá ser mais consistente a partir do 4º

trimestre de 2019.

O cenário de melhora gradual da atividade para

os próximos trimestres está diretamente

relacionado à expectativa de andamento da

agenda de reformas do governo. Acreditamos na

evolução das medidas anunciadas e no avanço

de novos projetos. Os leilões de áreas de

exploração de petróleo, além das concessões e

privatizações, são bastante relevantes nesse

processo. Após a aprovação da Reforma da

Previdência, esperamos que a agenda

microeconômica caminhe, juntamente com

outras medidas de ajuste fiscal, o que elevará a

confiança e estimulará o investimento privado

doméstico e externo, favorecendo o Brasil

ciclicamente e atenuando os efeitos

desfavoráveis do ambiente externo.

A expectativa de retomada da atividade e o

ambiente oportuno para as reformas, aliado ao

cenário inflacionário favorável contribuirá

favoravelmente para os ativos domésticos em

termos relativos. O Banco Central do Brasil fez

dois cortes de 0,50% na taxa Selic, em julho e

setembro, e deixou sinais claros de cortes

adicionais para as próximas reuniões ao divulgar

suas projeções de inflação, o que levou o

mercado a mudar a trajetória esperada para a

Selic. Acreditamos em mais dois cortes de 0,50%,

nas reuniões de outubro e dezembro, e outro de

0,25% na de fevereiro, o que levaria a taxa Selic

a 4,25%. Não descartamos a possibilidade de um

ciclo de cortes maior.

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Gestão Renda Fixa

FVFixaVariávelVariável

O trimestre foi marcado pelo acirramento da

guerra comercial entre China e EUA. A tensão

entre as duas potências aumentou e prejudicou

o desempenho dos ativos de risco,

principalmente o Real. A moeda brasileira

desvalorizou cerca de 8% no trimestre e gerou

desconforto nos juros, que teve um movimento

de abertura no mês de agosto. Naquele mês, o DI

F23 abriu cerca de 50 bps do low.

No entanto, o repasse dessa desvalorização

cambial para a inflação brasileira se mostrou

limitado por conta dos preços das commodities.

Além disso, as projeções divulgadas pelo Banco

Central, tanto no RTI quanto na ata,

surpreenderam para baixo, abrindo espaço para

mais afrouxamento da política monetária. O

cenário de inflação vem se confirmando benigno

e o BCB se sentiu confortável em indicar mais um

corte de juros para a reunião de outubro.

Ao longo do trimestre, fizemos algumas

alterações em nossos portfólios. Primeiramente,

finalizamos a posição comprada em inflação

implícita, pois os meses subsequentes indicavam

uma inflação mensal muito baixa, tornando-se

muito custoso manter esse hedge.

Além disso, entendemos que o BCB passou uma

mensagem mais dovish que o esperado no

comunicado da reunião de agosto e suas

projeções indicavam espaço para mais cortes de

juros que o precificado. Dessa forma, fomos

adicionando risco através de NTN-B 2022 e DI

F23.

No fim do trimestre, a parte curta ficou muito

bem precificada e o risco/retorno ficou mais

atrativo no miolo da curva. Alongamos, então, a

NTN-B 2022 para NTN-B 2026 e 2028. No

entanto, para continuar com apostas específicas

de política monetária, compramos algumas

estruturas de opções de juros com vencimento

em abril de 2020 que se valorizam no cenário de

continuidade do ciclo de afrouxamento. Essas

estruturas estavam com uma boa alavancagem e

complementavam bem nosso book.

As perspectivas de inflação e a recuperação

gradual da economia respaldam o afrouxamento

monetário e a compressão da curva de juros e

justificam mantermos posição aplicada nos

juros. Por outro lado, os riscos seguem sendo a

continuidade da agenda de reformas

econômicas e a manutenção de um ambiente

externo favorável aos mercados emergentes,

com políticas fiscal e monetária expansionistas

por parte dos países desenvolvidos, mas sem

nenhuma ruptura dos mesmos.

Fonte: Bloomberg, Icatu Vanguarda

Renda Fixa - Estratégias CDI

IV Gold FI Renda Fixa LP

(Benchmark: CDI)

IV Renda Fixa FI Plus LP

(Benchmark: CDI)

dez/18 jul/19 ago/19 set/19

F21 7,36% 5,50% 5,53% 4,95%

F23 8,53% 6,35% 6,58% 6,05%

F25 9,10% 6,90% 7,11% 6,67%

NTN-B 2022 4,08% 2,45% 2,55% 1,96%

NTN-B 2026 4,57% 3,12% 3,20% 2,79%

NTN-B 2050 4,97% 3,69% 3,79% 3,56%

Taxa de Juros

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Gestão Renda Fixa

FVFixaVariávelVariável

O Icatu Vanguarda Crédito Privado foi

negativamente impactado pela abertura dos

spreads de crédito no último trimestre.

Fonte: Icatu Vanguarda

No ano o fundo se beneficiou do fechamento dos

spreads de crédito, dos 22 bpts de alpha gerados

em relação ao CDI em 2019 aproximadamente

14 bpts vieram de ganho de capital e o restante

do carrego da carteira de crédito.

Fonte: Icatu Vanguarda

No trimestre a abertura de spreads teve impacto

negativo na rentabilidade, fazendo o fundo

performar abaixo da rentabilidade esperada

para a carteira de crédito.

Fonte: Icatu Vanguarda

O fundo encerrou o trimestre com uma carteira

de crédito correspondente a 83,7% do

patrimônio líquido (PL) e 16,3% em caixa.

O spread médio do portfólio de crédito

aumentou de 0,58% para 0,62% no trimestre,

uma combinação de dois movimentos: A troca

de ativos da carteira por ativos de maior spread

e a abertura de spreads dos ativos em carteira.

Ao longo do trimestre fizemos ajustes pontuais

na carteira com o objetivo de reduzir o duration,

principalmente vendendo ativos que julgamos

estar mal precificados pelo mercado. Como

resultado o duration da carteira de crédito

reduziu para 2,60 anos frente a 3 anos no

trimestre anterior.

Abaixo podemos verificar o comportamento dos

spreads de crédito da indústria ao longo deste

período.

Fonte: ANBIMA Elaboração: Icatu Vanguarda

Crédito CDI

IV Crédito Privado FIRF LP

(Benchmark: CDI)

Rentabilidade Alpha % CDI

3 meses 1,55% 1bpts 100,79%

9 meses 4,89% 22bpts 104,69%

12 meses 6,73% 43bpts 106,76%

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Gestão Renda Fixa

FVFixaVariávelVariável

Vale destacar o crescente volume de emissões

do mercado. Essa expansão está ocorrendo em

volume financeiro e em número de emissores,

possibilitando uma maior diversificação do

fundo, em empresas e setores.

Fonte: ANBIMA. Elaboração: Icatu Vanguarda

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Gestão Renda Fixa

FVFixaVariávelVariável

O cenário de inflação permaneceu benigno no

terceiro trimestre de 2019. No período, o IPCA

acumulou alta de 0,26% e, no ano de 2,49%. Os

números indicam um cenário muito favorável

para a inflação, que deve encerrar 2019 muito

abaixo da meta definida pelo CMN., de 4,25%.

Por outro lado, as NTN-Bs se beneficiaram de um

fechamento da curva de juros reais ao longo do

trimestre, gerando ganhos de capital relevantes.

Como exemplo, é possível citar a NTN-B com

vencimento em 2022 que fechou 73 bps no

período.

Existem três fatores principais que justificam a

compressão da curva de juros reais no período.

O primeiro, no âmbito externo, é o

afrouxamento monetário de diversas

economias, principalmente dos países

desenvolvidos, em consequência dos riscos da

desaceleração econômica de suas economias

que estão sendo impactadas diretamente pela

guerra comercial entre EUA x China.

O segundo, no âmbito doméstico, tem sido o

andamento das reformas micro e macro

necessários para retomada da atividade

econômica e para a solvência fiscal do Brasil.

Essas reformas são fundamentais para a melhora

de percepção de risco pais e consequente

diminuição de prêmio de risco.

Por último, as expectativas de inflação abaixo da

meta para 2019 e 2020 permitiram o BCB iniciar

um novo ciclo de afrouxamento monetário.

Em relação aos acontecimentos deste mercado,

vale destacar que em agosto houve o pagamento

de cupom das NTN-Bs com vencimentos em anos

pares, no valor de R$95,65 por papel, totalizando

aproximadamente R$16,2 bilhões pagos pelo

Tesouro Nacional. O montante recebido pelos

cupons foi reinvestido nos fundos de forma

proporcional. Além disso houve a conclusão da

migração da NTN-B 2024 do índice IMA-B 5+ para

o IMA-B 5, com as duas etapas finais em julho e

agosto.

Durante o trimestre, nos leilões de títulos do

Tesouro Nacional, continuamos observando

dificuldade por parte do mesmo em colocar a

totalidade dos papéis do grupo II – NTN-B 2035 e

2055 - com oferta média de aproximadamente

135 mil títulos e colocação de 71,4%, enquanto

os papéis do grupo I – NTN-B 2024 e 2028 - a

oferta média foi de 821 mil títulos e colocação de

96,5%.

Em termos de estratégia, tanto nos fundos de

inflação curta como inflação longa, mantivemos

over em duration contra seus respectivos

benchmarks. Além disso, em função de nossas

projeções de IPCA mais baixas para o trimestre,

mantivemos os fundos under em NTN-Bs de

vencimentos mais curtos e over nos mais longos,

além de aplicar juros pré com vencimentos em

2021 e 2023 nos fundos de inflação curta e

inflação longa, respectivamente. Dessa forma,

reduzimos a indexação dos fundos e mantivemos

posição mais concentrada na parte longa das

NTN-Bs, onde acreditamos ter mais prêmio de

risco.

Inflação

IV FI Inflação Curta Renda Fixa

(Benchmark: IMA-B 5)

IV FIC FI Inflação Curta Renda Fixa

(Benchmark: IMA-B 5)

IV FI Inflação Longa Renda Fixa

(Benchmark: IMA-B 5+)

IV FIC FI Inflação Longa Renda Fixa

(Benchmark: IMA-B 5+)

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Gestão Renda Fixa

FVFixaVariávelVariável

Os fundos de inflação curta no final do mês de

setembro estavam com uma duration de 2,77

anos e yield médio de 1,98%. Já os fundos de

inflação longa, fecharam com uma duration de

13,77 anos e yield médio de 3,39%.

Fonte: Icatu Vanguarda

Data dez/18 jul/19 ago/19 jun/19Variação

YTD

NTN-B 2020 3,04 2,04 2,11 1,54 -150 bps

NTN-B 2022 4,08 2,45 2,55 1,96 -212 bps

NTN-B 2026 4,57 3,12 3,2 2,79 -178 bps

NTN-B 2050 4,97 3,69 3,79 3,56 -141 bps

Data - jul/19 ago/19 set/19Variação

YTD

IPCA - 0,19% 0,11% -0,04% 2,49%

IPCA

Taxa de Juros do final do mês

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Gestão Renda Fixa

FVFixaVariávelVariável

O Icatu Vanguarda Crédito Privado Inflação

apresentou retorno líquido de 2,61% no

trimestre, 10,11% no ano e 15,06% no

acumulado dos últimos 12 meses.

O fundo encerrou o primeiro semestre com uma

exposição a crédito de 51,7% do seu patrimônio,

uma das menores exposições a crédito do seu

histórico. Ao longo do terceiro trimestre

aumentamos gradativamente essa exposição à

medida que os spreads do mercado foram

abrindo, atingindo um patamar de 70,6% do

patrimônio em crédito.

Os ativos adquiridos ao longo do trimestre

tiveram spread médio de 0,71%, aumentando o

spread médio da carteira de crédito para 0,62%.

Na parcela de risco de mercado, mantivemos a

indexação do fundo ao IPCA próxima de 70% do

PL e 30% em CDI e aumentamos a duration de

2,50 para 2,75 anos.

O cenário de inflação permaneceu benigno no

terceiro trimestre de 2019. No período, o IPCA

acumulou alta de 0,26% e, no ano de 2,49%. Os

números indicam um cenário muito favorável

para a inflação, que deve encerrar 2019 abaixo

da meta definida pelo CMN, de 4,25%.

Além disso, o fundo se beneficiou de um

fechamento da curva de juros que gerou ganhos

de capital relevantes. Como exemplo, é possível

citar a NTN-B com vencimento em 2022 que

fechou 73 bpts no período.

Existem três fatores principais que justificam a

compressão da curva de juros reais no período.

O primeiro, no âmbito externo, é o

afrouxamento monetário de diversas

economias, principalmente dos países

desenvolvidos, em consequência dos riscos da

desaceleração econômica de suas economias

que estão sendo impactadas diretamente pela

guerra comercial entre EUA x China. O segundo,

no âmbito doméstico, tem sido a evolução das

reformas micro e macroeconômicas necessárias

para retomada da atividade e para a solvência

fiscal do Brasil. Essas reformas são fundamentais

para a melhora de percepção de risco pais e a

consequente diminuição de prêmio de risco.

Por último, as expectativas de inflação abaixo da

meta para 2019 e 2020 permitiram ao BCB iniciar

um novo ciclo de afrouxamento monetário.

Em termos de alocação, optamos por concentrar

nossa exposição em juros real e também em

juros nominais na parte intermediária da curva,

onde entendemos haver melhor risco/retorno.

Para complementar o portfólio, adicionamos

algumas estruturas de opção, que possuem

perdas limitadas, e que estavam com uma boa

alavancagem. Elas se valorizam no cenário de

continuidade do ciclo de queda de juros.

Crédito Inflação

IV FI RF Inflação Crédito Privado (Benchmark: IMA-B 5)

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Quadro de Desempenho

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Últimos 12

Meses*

Últimos 24

Meses

Últimos 36

Meses

Últimos 60

MesesAcum. 2019 2018 2017 2016 set/19 ago/19 jul/19 Patrimônio Líquido

Tx Adm.

(a.a.)Tx Perf. (a.a.)**

ICATU VANGUARDA SIMPLES SOBERANO FI RF 01/03/2016 5,86% 12,58% 25,50% - 4,34% 5,99% 9,72% 11,17% 0,41% 0,47% 0,53% 9.936.483R$ 0,25% -

% CDI 93,04% 93,28% 94,99% - 92,99% 93,21% 97,71% 95,99% 88,70% 92,92% 93,24%

Icatu Vanguarda Renda Fixa FI Plus 03/11/2003 7,01% 14,33% 28,67% 64,00% 5,14% 6,71% 10,75% 15,05% 0,59% 0,45% 0,54% 250.455.774R$ 0,30% 20% s/CDI

% CDI 111,37% 106,24% 106,83% 101,83% 110,24% 104,53% 107,98% 107,49% 126,82% 88,88% 95,14%

Icatu Vanguarda Crédito Privado RF LP 17/05/2006 6,73% 13,94% 27,87% 65,30% 4,89% 6,57% 10,25% 14,59% 0,46% 0,51% 0,57% 667.082.275R$ 0,35% 20% s/CDI

% CDI 106,83% 103,32% 103,84% 103,90% 104,78% 102,26% 102,97% 104,17% 100,03% 101,00% 100,72%

Icatu Vanguarda Multiestratégia RF Fic Fi 03/09/2012 10,05% 17,45% 32,27% 69,97% 7,00% 7,80% 11,13% 14,69% 1,01% 0,30% 0,69% 71.964.618R$ 0,01% -

% CDI 159,61% 129,33% 120,23% 111,32% 150,05% 121,50% 111,81% 104,90% 217,26% 59,39% 121,19%

Icatu Vanguarda Inflação Curta FI Renda Fixa 23/07/2009 15,18% 23,04% 39,85% 85,34% 10,13% 9,86% 12,61% 15,54% 1,74% 0,02% 0,92% 517.681.504R$ 0,25% -

Versus IMA - B 5 -0,08% -0,21% -0,19% -0,46% -0,14% -0,01% 0,03% 0,06% 0,00% -0,03% -0,05%

ICATU Vanguarda FIC Inflação Curta Renda Fixa 02/12/2010 14,50% 21,56% 37,39% 80,06% 9,66% 9,17% 11,97% 14,90% 1,70% -0,03% 0,88% 140.991.748R$ 0,50% -

Versus IMA - B 5 -0,76% -1,68% -2,65% -5,74% -0,61% -0,69% -0,60% -0,58% -0,04% -0,08% -0,10%

Icatu Vanguarda FIRF Inflação Crédito Privado 25/04/2014 15,06% 24,01% 43,44% 95,56% 10,11% 10,54% 14,28% 19,10% 1,61% 0,12% 0,87% 459.018.351R$ 0,40% 20% s/ IMA-B 5

Versus IMA-B 5 -0,20% 0,77% 3,40% 9,76% -0,16% 0,67% 1,70% 3,62% -0,13% 0,07% -0,11%

Icatu Vanguarda Pré Fixado FIRF LP 11/04/2014 26,99% 32,23% 59,71% 102,53% 14,35% 14,52% 17,15% 33,00% 2,25% -0,24% 1,45% 283.831.152R$ 0,30% 20% s/ IRFM1+

Versus IRFM 1+ 6,54% 4,59% 7,05% 3,27% 2,46% 2,26% 0,48% 3,36% 0,38% -0,34% 0,18%

ICATU Vanguarda Inflação Longa FI Renda Fixa 26/06/2009 44,04% 42,98% 69,28% 128,80% 26,16% 15,17% 12,49% 31,03% 3,73% -0,81% 1,44% 1.123.670.922R$ 0,25% -

Versus IMA - B 5+ -0,44% -0,83% -1,39% -2,90% -0,39% -0,23% -0,26% -0,01% 0,01% -0,04% -0,07%

ICATU Vanguarda FIC Inflação Longa Renda Fixa 23/05/2007 43,19% 41,37% 66,49% 122,66% 25,61% 14,55% 11,88% 30,36% 3,69% -0,85% 1,40% 692.756.996R$ 0,50% -

Versus IMA - B 5+ -1,29% -2,44% -4,18% -9,04% -0,94% -0,86% -0,87% -0,68% -0,04% -0,08% -0,11%

ICATU VANGUARDA MACRO FIM 21/08/2015 7,04% 15,03% 30,79% - 6,19% 6,63% 11,03% 14,96% 0,76% -0,03% 0,28% 101.408.660R$ 2,00% 20% s/CDI

% CDI 111,70% 111,43% 114,71% - 132,70% 103,26% 78,81% 309,32% 164,60% -6,36% 49,73%

ICATU VANGUARDA ESTRATEGIA FIM 28/12/2016 5,71% 12,52% - - 4,62% 6,18% 0,09% - 0,59% 0,03% 0,34% 98.173.359R$ 1,00% 20% s/CDI

% CDI 90,60% 92,79% - - 99,10% 96,22% 89,12% - 128,24% 6,92% 60,04%

ICATU VANGUARDA MULTIESTRATÉGIA MODERADO FIC FIM 01/03/2002 22,51% 28,41% 46,97% 78,94% 14,53% 11,29% 12,83% 18,18% 2,04% 0,20% 0,95% 278.876.822R$ 0,01% -

- - - - - - - - - - - - - - - -

ICATU VANGUARDA MULTIESTRATÉGIA ARROJADO FIC FIM 30/06/2009 29,86% 35,30% 56,77% 83,61% 18,56% 13,66% 14,42% 20,46% 2,46% 0,30% 1,15% 26.208.873R$ 0,01% -

- - - - - - - - - - - - - - - -

Icatu Vanguarda Ações IBX FI 18/05/2004 37,11% 46,81% 79,90% 85,74% 21,72% 21,07% 19,84% 35,35% 3,43% 0,21% 0,93% 164.145.223R$ 0,55% 20% s/ IBrX100

Versus IBX Fechamento 3,31% 4,41% 0,17% -2,79% 1,22% 5,65% -7,70% -1,35% 0,22% 0,37% -0,24%

Icatu Vanguarda Dividendos FI em Ações 24/10/2006 56,75% 60,81% 89,69% 116,94% 29,63% 21,64% 21,23% 25,02% 2,64% 1,47% 2,32% 1.581.305.324R$ 2,00%

- - - - - - - - - - - -

CDI 6,30% 13,49% 26,84% 62,85% 4,66% 6,42% 9,95% 14,00% 0,46% 0,50% 0,57% - - -

IMA - C (Ref : IGPM) 23,46% 39,91% 51,50% 106,42% 17,25% 18,38% 10,98% 18,65% 1,74% -0,10% 1,78% - - -

IMA-B (Ref : IPCA) 31,12% 34,95% 57,50% 110,91% 19,55% 13,06% 12,79% 24,81% 2,86% -0,40% 1,29% - - -

IMA-B 5 (Ref : IPCA) 15,26% 23,24% 40,04% 85,81% 10,27% 9,87% 12,58% 15,48% 1,74% 0,05% 0,97% - - -

IMA-B 5 + (Ref.: IPCA) 44,48% 43,81% 70,67% 131,70% 26,55% 15,41% 12,75% 31,04% 3,73% -0,77% 1,51% - - -

IRFM 1+ 20,45% 27,64% 52,66% 99,26% 11,89% 12,27% 16,67% 29,64% 1,87% 0,10% 1,27% - -

Dólar Comercial 3,87% 32,57% 30,08% 74,46% 7,47% 17,13% 1,50% -16,54% 0,63% 9,92% -1,76% - - -

IBX 33,80% 42,39% 79,73% 88,53% 20,50% 15,42% 27,55% 36,70% 3,21% -0,16% 1,17% - - -

Ibovespa 30,93% 40,70% 77,55% 84,35% 19,18% 15,03% 26,86% 38,94% 3,57% -0,67% 0,84% - - -

* Para o cálculo da Rentabilidade nos últimos 12 meses, foram considerados os últimos 252 dias úteis.

Renda Fixa

Multimercados

Ações

Indicadores Financeiros

Este documento foi elaborado pela Icatu Vanguarda com fins meramente informativos. Apesar do cuidado utilizado tanto na obtenção quanto no manuseio das informações apresentadas, a Icatu Vanguarda não se responsabiliza pela publicação acidental de informações incorretas, nem tampouco por decisões de investimentos tomadas com base nas informações contidas neste

documento, as quais podem inclusive ser modif icadas sem comunicação. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Para avaliação da performance dos

fundos é recomendável uma análise de período mínimo de 12(doze) meses. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo ao aplicar seus recursos. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos.

Data de Início

RENTABILIDADE ACUMULADA RENTABILIDADE ANUAL RENTABILIDADE MENSAL INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Page 12: Relatório Trimestral de Renda Fixa · além de aumento da volatilidade. Essa piora levou Trump a suspender barreiras de importação e adiar a elevação de algumas tarifas. No final

Quadro de Desempenho

12

O Boletim Financeiro é desenvolvido pela Icatu Vanguarda Gestão de Recursos LTDA para fins de circulação privada e com propósito

meramente informativo. As análises contidas neste documento foram realizadas em caráter de estrita boa-fé a partir de informações e dados

obtidos de fontes consideradas confiáveis e, dessa forma, as opiniões ora demonstradas podem ser modificadas a qualquer tempo, sem previa

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