Renascimento, Humanismo e Classicismo
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, Movimento cultural que s e des envolveu na Europa ao longo dos s éculos XV e XVI com reflexos
, .nas artes nas c iênc ias e em outros ramos da actividade humana
; O Renas c imento não s urgiu em todos os pontos da Europa ao mesmo tempo as c idades italianas
, foram pione iras nes te movimento inte lec tual que em alguns país es s e es tendeu até ao s éculo
. .XVII O Renas c imento teve um outro grande centro na reg ião da Flandres
- No centro da trans formação inte lec tual renas centis ta encontra s e a pas s agem de uma mentalidade
( , ) teocêntrica is to é que co locava Deus no centro da reflexão humana a uma mentalidade
( ). antropocêntrica que tinha o homem como centro Es ta propos ta corres pondia a um
, reconhec imento e a uma crença optimis ta nas capac idades e no valor do s er humano
- .contrapondo s e à vis ão medieval do mundo
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
, , O termo Renas c imento es tá ligado ao facto de nes te período os eruditos europeus terem voltado
, a s ua atenção para as grandes obras da antiguidade c lás s ica que cons ideravam terem s ido
. es quec idas durante a Idade Média Nelas encontravam as raízes das ques tões bás icas que
. ( pretendiam des envolver e res pos tas a alguns dos s eus problemas As obras c lás s icas na
, ) .arquitec tura na literatura eram também modelo para as obras que pretendiam criar
O interes s e pe la cultura c lás s ica es tá fortemente ligado ao facto de o Renas c imento ter tido iníc io
, , em Itália uma vez que nes s e país os ves tíg ios das antigas c ivilizações eram mais do que noutros
, . , locais da Europa abundantes Ao mesmo tempo as c idades comerc iais italianas alcançaram um
; , grau e levado de riqueza os s eus prínc ipes criaram gos to pe lo luxo pretendendo rivalizar entre s i
, no embelezamento das c idades e no brilho e animação das cortes chamando a s i artis tas e figuras
. inte lec tuais importantes A es tes apoiantes do des envolvimento cultural s e deu o nome de
.mecenas
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
Do ut r ina c ent r ada no s int e r e s s e s e val o r e s humano s , s o br epo ndo -s e e s t e s a
val o r e s r e l ig io s o s o u t r ans c endent ais .
Num s ent ido mais r e s t r it o , o t e r mo des ig na t ambém um mo vimento int e l e c tual
eur o peu do Renas c imento , q ue inf l uenc io u a c ul t ur a da épo c a nas ve r t ent e s
l it e r ár ia e ar t ís t ic a. Car ac t e r izo u-s e pe l a valorização do es pírito humano e po r uma
atitude cres centemente individualis ta e inquiridora, a par de um g r ande interes s e pe la
redes coberta das obras artís ticas e literárias da antiguidade c lás s ica. Es t abe l ec eu-s e
ent ão o ideal do ho mem r enas c ent is t a, q ue dever ia s e r s imul t aneament e um
po et a, um er udit o e um g uer r e ir o . Er as mo é um exempl o do humanis t a
r enas c ent is t a.
Nes t a ac epç ão , o humanis mo t eve o r ig em no s e s tudo s l it e r ár io s l evado s a c abo
no s s éc ul o s XIII e XIV po r ho mens de l e t r as c o mo Pet r ar c a. Na épo c a, o
humanis mo g anho u maio r pe s o c o m o s e s tudo s de t ext o s l it e r ár io s do pas s ado ,
r e s ul t ando na r edes c o ber t a, par a o o c ident e , do g r ande ac e r vo da l it e r atur a
g r eg a c l ás s ic a. Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
Ter mo c uj a ut il izaç ão s e g ener al izo u, ao l o ng o do s éc ul o XIX, par a des ig nar uma
tendênc ia es té tica, g er al ment e po r o po s iç ão ao mane ir is mo e ao bar r o c o , e , mais
t ar de , ao mo der nis mo . O t e r mo c l as s ic is mo é ainda, s o b uma per s pec t iva
his t ó r ic a mais a l ar g ada, t ido c o mo abar c ando t ambém o bar r o c o e o
mane ir is mo , c o ns ide r ando -s e q ue apenas o Ro mant is mo int r o duz c o nc epç õ es
ar t ís t ic as r adic al ment e dif e r ent e s . , O clas s ic ismo toma por modelos as formas
-regras e temas da arte da antiguidade greco romana (ar t e c o mo imit aç ão da natur eza;
c âno nes de pr o po r ç ão e medida, s imet r ia, eq uil íbr io ; impo r t ânc ia da mit o l o g ia).
A s ua l ing uag em f o r mal , de s envo l vida ao l o ng o do s éc ul o XVI e at é f inais do
s éc ul o XVIII, enc o nt r a par al e l is mo s na pintur a, na ar q uit ec tur a e na
l it e r atur a, s em, no ent anto , c o r r e s po nder a um mo vimento unit ár io o u
c o nc er t ado no t empo o u no e s paç o .
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
Po ema nar r at ivo o u c ic l o de po emas
c uj o t ema é um g r ande f e it o -
f r eq uent ement e a f undaç ão de uma
naç ão o u a c o ns t r uç ão da unidade
nac io nal -, q ue ut il iza muit as veze s t emas
r e l ig io s o s e c o s mo l ó g ic o s .
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
E ’ s trutura d Os Lus íadas
Es trutura externa, is t o é , a ar q uit ec tur a, o
mo do c o mo f o i c o ns t r uído e s t e vas t o
po ema.
O po ema e s t á dividido em 10 partes , q ue
Camõ es int it ul a de cantos .
Cada c anto t em um númer o médio de 110 es trofes , s endo o s Lus íadas c o mpo s t o na
s ua int eg r a po r 1 1 0 2 e s t r o f e s .
As e s t r o f e s s ão oitavas , is t o é ,
c o ns t it uídas po r 8 ve r s o s ; c ada ve r s o é
c o mpo s t o po r 10 s ílabas métricas , c o m
ac ento r ítmic o na 6 ª e 1 0 ª s íl abas .
As e s t r o f e s apr e s ent am o s eg uint e
: es quema rimático abababcc , o u s e j a, t r at a-s e
de r ima c r uzada no s 6 pr ime ir o s ve r s o s e
empar e l hada no s 2 úl t imo s .
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
Es trutura Interna: Camõ es s eg uiu f ie l ment e o s ens inamento s da ant ig uidade
g r ec o -l at ina no q ue s e r e f e r e à e s t r utur a de uma epo pe ia.
Temo s ent ão :
- Propos ição
- Invocação
- Dedicatória
- Narração (in ic iada in media Re s)
A nar r aç ão inc l ui: - Int er venç ão do Mar avil ho s o :
∙ O c o ns íl io do s Deus es no Ol impo - C I
∙ O c o ns íl io do s Deus es no Mar - C VI
∙ A il ha do s amo r es – C IX / X
- Epis ó dio s (nar r at ivas meno r es )
- Nar r aç õ es r e t r o s pec t ivas , r e t r o c es s o no t empo em r e l aç ão
à ac ç ão c ent r al , i.e , 1 4 9 8 , ano em q ue e f ec tuo u a pr imeir a viag em de
Vas c o da Gama par a Í ndia:
∙ De Vas c o da Gama ao Re i de Mel inde , c o ntando a his t ó r ia de Po r tug al
des de a s ua f undaç ão l endár ia – c ant o s III e IV∙
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
∙ De Vas c o da Gama ao Re i de Mel inde , c o nt ando a viag em de Lis bo a a
Mo ç ambiq ue , j á q ue no c anto I a nar r aç ão c o meç a in media re s – c ant o
V
- Pr o f ec ias , avanç o s no t empo em r e l aç ão à ac ç ão c ent r al :
∙ Pr o f ec ia de Júpit e r a Vénus – c ant o II
∙ Pr o f ec ia do s Rio s Indo e Gang es a D. Manue l – c ant o IV, e t c .
∙∙ Narradores : - o pr ó pr io po eta
- Vas c o da Gama
- Paul o da Gama
- :· Quatro Planos Fundamentais entrecruzam s e na narrativa
Plano da Viagem - ; ; ; s obretudo nos cantos I II V VI e VIII
Plano dos Deus es - ; s obretudo nos cantos III IV e VIII
Plano das cons iderações do Poeta: .s obretudo nos cantos finais
Plano da His tória de Portugal: .s obretudo nos cantos III e IV
Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
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Língua Portuguesa – 9º ano Teresa Pombo
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