Renato da Cunha - Intercâmbio de Sucesso€¦ · Por aqui, já exerci a maioria das profissões...

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O site IntercambiodeSucesso.com nasceu com uma missão: desmistificar a ideia do intercâmbio.

Estamos aqui para simplificar a sua vida e mostrar que o sonho de morar fora do Brasil é muito mais fácil e contagiante do que você pode imaginar.

E como pretendemos fazer isso?Mostrando histórias de pessoas que

assim como você, um dia sonharam em viajar pelo mundo mas, que pelos mais diversos contratempos não o faziam... Sendo então que quando conseguiram, fizeram dessa a melhor experiência de suas vidas.

Esperamos que de alguma forma esse ebook possa te ajudar e auxiliar nessa tomada de decisão. Se isso ocorrer, nem que seja em 1%, nosso objetivo será cumprido.

Desafie-se. Acredite em si mesmo. Na próxima edição desse ebook, queremos contar a sua história por aqui.

Design e Ilustração: Renato da CunhaTexto: João Marcos

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........................................................... 05 ..........................................................De lixeiro a Youtuber com milhares de inscritos em seu canal Mario Bortoletto do canal Marião na Europa compartilha o – nada fácil – início do seu intercâmbio na Irlanda.

........................................................... 10 ..........................................................O show tem que continuarEdi do Cavaco conta como é possível viver de música fora do Brasil.

........................................................... 15 ..........................................................Da bola à tesouraSaul, o ex-jogador de futebol que concretizou o sonho de morar fora do Brasil e descobriu na experiência um novo dom: o de cabeleleireiro.

........................................................... 20 ..........................................................A rainha menino Gabriel Ferreira, o brasileiro de 20 anos que descobriu na Irlanda que ser Drag Queen é sua profissão e maior motivo de orgulho.

........................................................... 25 ..........................................................A menina que queria uma malaHistória de Netania Gomes, a pernambucana que aos dez anos descobriu que o mundo era seu país, e preparou sua viagem mesmo sem apoio nenhum.

........................................................... 30 ..........................................................O rei da tapioca na IrlandaHenrique Pesquetto é hoje o principal fornecedor de goma de tapioca na cidade de Dublin e nem pensa em voltar ao Brasil.

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Bom, para você que ainda não me conhece, me chamo Mario Bortoletto e tenho um canal sobre intercâmbio em Dublin no Youtube, o Marião na Europa, e a frase acima é presença constante no início dos meu vídeos. Fico imensamente feliz em poder compartilhar minha história com você e, se possível, de alguma forma te mostrar o quão transformador e intenso são os dias na vida de quem opta por fazer um intercâmbio. Incentivar pessoas, é minha missão diária.

Dublin nunca foi uma unanimidade ou um grande desejo que nutria desde a minha infância, na verdade minha vinda pra cá em 2011 se deu por uma série de acontecimentos na época que acabaram me trazendo pra cidade. Até costumo

brincar com meus alunos dizendo que ninguém está aqui por acaso pois, não é você quem escolhe Dublin. É ela quem escolhe você.

Meu primeiro contato com a cultura local foi de fato com a Guinness. Tomei conhecimento por conta da cerveja e fui me interessando pela história celta. Li, reli, pesquisei e por coincidência (ou não) um amigo meu tinha acabado de vir morar na Irlanda, e mantínhamos contato sempre. Foi então que percebi que fazer um intercâmbio e morar fora do Brasil era algo muito mais fácil do que eu imaginava.

O começo nunca é fácil, e como é comum entre quem decide morar em um outro país, ao chegar por aqui eu não

FALA AÍ RAPAZIADINHA,TRANQUILIDADE TOTAL?

MARIO BORTOLETTO

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falava absolutamente nada do idioma. Mas como falei em um vídeo outrora: “a última coisa que importa quando você vem fazer um intercâmbio é aprender um idioma. Você tem que vim, pra virar gente. Pois é nessa hora que ao se deparar com uma corda bamba, você olha pra baixo e percebe que não tem ninguém para te segurar, é só você E O MUNDO.”

O meu primeiro emprego em Dublin foi como gari em um show, que na verdade foi por engano. Mas eu explico a história para vocês, no anúncio dizia cleaner e na minha cabeça, eu iria apenas limpar alguma coisa por lá antes ou durante o evento... Mas quando percebi, estava recolhendo o lixo feito após o show em uma área de aproximadamente uns 10 campos de futebol!

Foi pesado, foi cansativo mas em contrapartida, foi muito bom. Foi bom para sentir que o intercâmbio é um aprendizado que como citei antes, vai muito além do inglês.

Por aqui, já exerci a maioria das profissões que um intercambista normalmente exerce quando chega na Irlanda. Já fui kitchen porter, floor staff e cleanner. Os famosos subempregos, que estão longe de serem as melhores experiências do mundo, mas te ensinam

que um pouco de humildade e força de vontade nunca fará mal pra ninguém (e ainda dá pra fazer uma graninha legal para se manter e garantir as pints do mês).

Tá, mas e nesse momento você deve estar se perguntando como foi que eu tive o start e decidi iniciar meu canal no Youtube, certo?

Então, vamos lá. Não acredito que houve um momento específico da minha vida em que me imaginei fazendo isso, nem tampouco imaginava que seria reconhecido por isso no futuro.

Eu sempre produzi conteúdo para a internet, desde a época do fotolog em sempre tive blogs de assuntos variados. Gostava de ficar conectado e interagir com as pessoas, mesmo que isso se limitasse a minha roda de amigos, familiares e nada mais.

Ao chegar aqui em criei o Marião

NÃO É VOCÊQUEM ESCOLHEDUBLIN.É ELA QUEMTE ESCOLHE.

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na Europa também no formato de blog e ao chegar aqui, nunca pensei em fazer vídeos. Pode parecer clichê mas quem me conhece sabe como eu sempre fui tímido e me sentiria desconfortável produzindo conteúdo nesse formato.

Mas acontece que sempre tive muitos amigos youtubers que nas rodas de bar sempre me incentivavam a fazer vídeos dizendo que eu levava jeito pra coisa. Eis então que em um belo dia no gélido inverno de Dublin, um hater leitor comentou em um dos meus posts corrigindo um erro de português então pensei “ah é? Então você vai me corrigir? Quero ver corrigir quando eu falar errado em um vídeo!”

E foi aí que o Marião na Europa entrou no Youtube e mudou completamente minha vida. Aliás, obrigado meu caro amigo hater.

O primeiro vídeo foi totalmente despretensioso, sem roteiro, sem estrutura e sem o menor conhecimento de edição. Pois bem, parece que deu certo, não é mesmo? Hoje meu canal já conta com mais de 180 vídeos que

Mário Bortoletto em uma de suas viagens pelo mundo.

juntos, totalizam mais de 1.470.000 visualizações graças aos mais de 25mil inscritos que acompanham esse que aqui vos fala.

Hoje, com minha cidadania europeia em mãos não tenho planos de voltar tão cedo para o Brasil. É até

QUERO VER CORRIgIR QUANDO EU fALAR ERRADO EM UM VíDEO!

meio louco pensar dessa forma, mas é a realidade. Não há nada que me faça pensar o quão legal seria estar por lá.

É óbvio que sinto (e muito) a falta dos meus amigos e familiares. Se pudesse trazer todos para cá, eu poderia dizer que o mundo é perfeito. Mas bom, todos sabemos que de perfeito ele não tem nada. Não é mesmo?

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A história de Edi Nunes - ou Edi do Cavaco, como gosta de ser chamada – nos mostra que, durante um intercâmbio não só podemos como devemos acreditar e mirar em nossos sonhos, pois quando menos esperarmos, com toda certeza eles irão se tornar realidade.

A musicista conta que desde criança, por influência dos pais e familiares, sempre esteve envolvida com música e não ser uma musicista, nunca foi uma opção:

A minha relação com a arte começou desde pequena. Isso porque, cresci em uma casa que respirava música e canto. Via meu avô e meu tio tocando e cantando todos os dias. Além disso, tenho primas atrizes e quase todo mundo sabe cantar ou tocar algum instrumento. Então era uma questão de tempo para que eu me envolvesse com

música. E foi o que aconteceu. Aos 15 anos, eu não largava do meu violão e ficava sempre tirando músicas de revistinhas.

Quis o destino que Edi se envolvesse e apaixonasse pelo som que mais identifica a música brasileira fora do país: o samba.

Foi uma amiga minha que me convidou um dia para ir em um ensaio de um grupo de samba, para eu conhecer um pouco esse universo. Foi preciso apenas eu pisar no local para me apaixonar pelo ritmo e querer trazer ele para minha vida.

Após um curto período de aulas e adaptação sobre o estilo (e mais precisamente o cavaco, instrumento hoje que carrega como um sobrenome) ela montou o grupo Samba de Saia. Grupo esse que abriu as portas do mundo para ela:

EDI NUNES

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O Samba de Saia, me abriu muitas portas, inclusive um convite para tocar em uma feira de música em Dubai. Acabei ficando 3 meses nos Emirados Árabes, vivendo de música. Foi aí que pensei: Se isso aconteceu comigo agora, o que mais pode acontecer? Então comecei a me imaginar vivendo realmente em outro país e me sustentando de música.

Foi aí que a Edi teve o grande estalo para o intercâmbio e se apaixonou pela ideia de morar fora do Brasil e viver da profissão que escolheu pra vida.

Após meses de pesquisa, seu coração bateu forte pela Irlanda (mais precisamente Dublin) não só pela possibilidade de trabalhar com um visto de estudante, mas também por ter uma comunidade brasileira grande por lá e, consequentemente, amantes da música brasileira.

Pouco antes de embarcar, eu comecei a conversar com um amigo que tocava em Dublin. Já era uma ponte para eu começar a tocar por lá. Cheguei na ilha em abril de 2015 e na segunda semana em solo irlandês comecei a me envolver e começar a tocar com o pessoal dos grupos de samba que tocavam em bares bem conhecidos da comunidade

brasileira na cidade. Como viver de música não é fácil para ninguém, tive que me dividir entre fazer alguns sons e trabalhar como cleanner. Mas aos poucos as coisas foram fluindo.

Dois meses após a chegada em Dublin, a quantidade de shows que Edi e seus grupos faziam pela cidade só aumentaram e ela começou a espalhar sua arte por bares que agora, não eram tão frequentados pela comunidade brasileira mas que, gostavam da nossa cultura.

Hoje, além de tocar com o Coisa D´Preto, faço parte do grupo Pagode Fora de Casa e do projeto Festival de MPB. Percebi que meu sonho estava começando a virar realidade e que iria conseguir viver de música até o final do intercâmbio.

UM CONVITEPARA TOCAREM UMA fEIRADE MÚSICAEM DUBAI.

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Agora após mais de um ano do início da sua jornada na Irlanda, Edi do Cavaco deixa um importante recado para você que sonha em morar fora do Brasil mas continua criando desculpas e barreiras invisíveis para tal:

Se você tem um sonho, você só precisa acreditar em você e correr atrás dele. Em 12 meses, eu tirei meu plano do papel e sobrevivo da minha arte e talento

em Dublin, coisa que antes jamais tinha imaginado que pudesse acontecer.

A música também mudou os planos de Edi que no início tinha ideia de fazer apenas um intercâmbio de curta duração, hoje renovou seu vínculo na Ilha Esmeralda e já entrou no seu segundo ano de experiência fora do Brasil afinal: o show tem que continuar.

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Edi em uma de suas viagens, desta vez no Marrocos

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Vivendo e crescendo no país do futebol, que criança nunca imaginou em ser um jogador profissional? Saul Roberto, de 29 anos chegou bem próximo da realização desse sonho. Na verdade, ele o viveu por 10 anos, onde atuou por diversos clubes amadores e profissionais do Brasil, mas uma cirurgia na perna interrompeu bruscamente sua carreira nos gramados:

Depois de jogar futebol por mais de 10 anos no Brasil e passar por nove Estados diferentes, passei por algumas cirurgias na minha perna, que fizeram eu me “aposentar” mais cedo do que planejava. Entre os Estados em que joguei, São Paulo e Goiás foram os que fiquei por mais tempo, sendo quatro anos no primeiro e três anos no segundo. Em São Paulo, eu cheguei a jogar no Comercial, de Ribeirão Preto, minha cidade natal. Eu ganhava bem

e isso me possibilitou ter um pé de meia para essa aposentadoria forçada.

Como quis o destino que a carreira de jogador fosse interrompida, Saul aproveitou o dinheiro que havia guardado e abriu um estacionamento em Ribeirão Preto. Mas paralelo a vida de empresário no próprio negócio, ele foi aprendendo e aperfeiçoando um dote até então inimaginável (e que mudaria sua vida anos depois): o de cabeleireiro.

Sua mãe exerce a profissão há anos e, espelhado no sucesso dela, começou a imaginar um novo futuro no ramo. Paralelo a isso, Saul começou a pensar em viver fora do Brasil e almejar um futuro do outro lado do mundo.

Canadá e Estados Unidos eram as primeiras opções que logo foram descartadas pelo fato de que não o dava

ROBERTO MUNIZ

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a oportunidade de trabalhar legalmente em sua condição de brasileiro. Foi então que a Irlanda entrou nos planos e ganhou força com o passar dos tempos:

Comecei a cogitar fazer o intercâmbio para Dublin, na Irlanda. Todo mundo falava muito bem da cidade e a decisão de me mudar para lá ganhou mais peso quando soube que tinha bastante brasileiro. Isso me fez pensar que seria uma boa forma de conquistar clientes cortando cabelo. Conversa vai, conversa vem, decidi que Dublin seria mesmo o meu destino.

Com medo de chegar num país onde não domina a língua e sem emprego, Saul começou a divulgar seu

trabalho mesmo antes de chegar na ilha, nas páginas de Classificados no Facebook, fóruns online e por meio de pessoas influentes que ele conhecia na Irlanda.

Quando cheguei em Dublin eu já tinha aproximadamente 600 amigos que moravam ou moraram na Irlanda. Também pesquisei bastante sobre os tipos de corte de cabelo usados na Europa.

Não demorou muito para a carreira deslanchar na Europa e os primeiros clientes começarem a solicitar seus serviços. Então a partir daí, foi só uma questão de tempo para as coisas se encaixarem e agora, o ex-jogador adotar a alcunha de Cabeleireiro Saul na Ilha Esmeralda.

COMECEI A fAZERPROPAgANDA DOMEU TRAMPO ANTES MESMO DECHEgAR NA ILHA.

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Roberto curtindo a linda paisagem dos Cliffs na Irlanda

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Hoje trabalho no salão Bela Brazil, que fica na Capel Street, uma das principais e mais movimentadas ruas da capital irlandesa e chego a atender mais de 10 clientes por dia no estabelecimento.

Mas Saul não parou por aí e, paralelo ao trabalho de cabeleireiro, ele quis se aventurar pelos chamados subempregos (muito comum entre a comunidade brasileira que vive na Europa) para entender como era viver dessa forma e porque não, agregar um dinheiro extra no orçamento.

Trabalhei como rickshaw (aquelas pessoas que transportam passageiros numa espécie de Tuc-Tuc misturado com bicicleta). Apesar do frio e da gripe, eu tive momentos muito legais e engraçados. Teve uma vez que meu pneu furou três vezes no mesmo dia e eu lembro que em uma das vezes, a garagem ficava muito longe de onde o pneu havia furado. Tive que fazer uma peregrinação, com a aquela bicicleta pesadíssima morro acima. E é por essas e outras que eu respeito e muito as pessoas que exercem essa profissão por aqui. Só quem já sentiu isso na pele sabe como é.

VIAjEI NOVE PAíSES,COMPREI UM CARRO, CONQUISTEI UMACLIENTELA MUITOBOA E fIZ MUITOSAMIgOS.

Hoje estabilizado com uma carreira reconhecida e uma clientela fiel, Saul não tem vontade de mudar de país e agradece por ter sido acolhido tão bem pela Ilha Esmeralda:

A Irlanda me deu a oportunidade de viver muito bem e viajar. Por aqui, você faz muita coisa com uma quantia relativamente pequena de dinheiro. Consegui realizar muitos dos meus sonhos, conheci 9 países, comprei um carro, adquiri uma clientela muito boa e fiz muitos amigos. Cheguei até a passear de helicóptero!

Confesso a vocês que, quando você vê a Irlanda lá de cima, você entende porque chamam esse lugar de Ilha Esmeralda. Jamais me esquecerei dos momentos que passei por aqui, acredito que esse tenha sido de longe o gol mais importante da minha carreira.

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Quem visita Dublin percebe o quanto a cidade é artística e como é aberta para novas expressões culturais. É possível encontrar artistas de todos os cantos do mundo apenas andando por algumas ruas da cidade. E foi neste clima receptivo que Gabriel Ferreira, 20 anos, encontrou na Ilha Esmeralda um lugar para transformar em profissão uma parte de si mesmo: ser drag queen.

Tudo começou aos 13 anos, quando Gabriel resolveu contar para a sua família que era gay. A recepção foi natural e tranquila. Segundo sua mãe, toda a família já sabia e não havia problema nenhum nisso, afinal, eles queriam a felicidade do filho.

Sou gay desde o útero e isso é natural para minha família. Nunca me questionaram, me policiaram ou tentaram ‘me corrigir’.

Eu gosto do meu corpo. Eu me sinto bem com meu gênero. Sou homem. Não tenho vontade de ser mulher, mas sou drag queen.

Gabriel está há um ano e meio em Dublin, e a escolha começou quando largou a faculdade de Relações Públicas, em Santos.

Me perdi na faculdade. Minha família sempre me deu liberdade para tudo. Drogas e sexo, sempre foram assuntos conversados. Nunca foi tabu na minha casa. Mas de repente, naquele ambiente de faculdade, eu me vi mais livre ainda e não deu certo. Fora que a faculdade não era o que eu queria, então tranquei o curso.

Foi a partir daí que ele começou a pensar em sair do Brasil e resolveu ir para a Irlanda. Gabriel já falava o inglês razoavelmente bem, mas queria aprimorar o idioma.

GABRIEL FERREIRA

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Além disso, foi em Dublin que sua personagem chamada Angelinna Lovelace – que apareceu primeiro quando ele tinha entre 17 e 18 anos – veio à tona com mais força. Ele conta que nunca pensou nisso como profissão, era mais uma brincadeira, uma brincadeira esporádica.

Aqui, eu faço tudo que quero e tenho vontade, inclusive ser drag queen. Foi em Dublin que a personagem surgiu como uma profissão. Foi aqui que eu levei a Angelinna a sério e comecei a usá-la como um catalizador da minha arte. Nunca havia trabalhado na vida, ela é meu primeiro emprego, e tenho muito orgulho disso. Ser drag queen é ser artista.

Gabriel conta que se apresenta em um dos principais palcos da cidade, onde todas as quartas mostra para o público a Angelinna. Para ele, a experiência o enche de orgulho, pois não é qualquer um hoje que pode fazer um show como ele faz.

ENCONTREI NA ILHA ESMERALDA UM LUgAR PARA TRANSfORMAR EM PROfISSÃO UMA PARTE DE MIM MESMO: SERDRAg QUEEN.

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Acho muito legal ter nela minha profissão, principalmente para desfazer a ideia que as pessoas têm sobre as drag em geral. Sei que o que estou vivendo hoje com vinte anos é algo muito forte.

Em breve, seus pais desembarcam em Dublin para visitá-lo, e poderão ver o filho atuar pela primeira vez. Eles nunca viram a Angelina no Brasil, mas Gabriel tem certeza que eles irão adorar.

Graças a eles estou aqui, consigo viver com a minha arte. Vim para ser artista, e é isso que sou hoje.

TODAS ÀS QUARTASEU MOSTRO PARA OPÚBLICO A ANgELINNA,E ISSO É ALgO QUEME ENCHE DE ORgULHO

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Gabriel atuando comoAngelinna, em uma boatena Irlanda

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Um dos passos importantes para realizar um sonho, seja qual ele for, é o de aproveitar as oportunidades que a vida oferece. E quando falamos em morar fora do país, isso fica ainda mais evidente. É preciso ter coragem e tomar decisões. Netania Gomes aproveitou a oportunidade, seguiu seu coração e deixou uma cidade pequena para morar em Dublin, seu lar há seis anos.

Netania saiu de Itapissuma, uma cidade que fica a quarenta minutos de Recife, com vinte mil habitantes. Desde pequena ela sonhava em viajar, e esse pensamento começou aos 10 anos, após participar de uma palestra do Rotary Club.

Eu não me lembro nada da palestra. Eu só me lembro que ele falava de sair,

conhecer novas culturas. Eu não entendia nada, mas eu fiquei com aquilo na cabeça. É possível sair do Brasil? Eu posso sair? Que legal! Eu quero isso! Eu quero sair de Itapissuma.

Netenia sabia que queria viajar, queria sair, mas não sabia para onde, nem o porquê. Chegando em casa, disse para sua mãe: “Se prepara que eu vou sair do Brasil e arruma uma mala para mim. Eu vou sair daqui, eu vou sair do Brasil.”

Ela não foi embora aos 10 anos e também não ganhou a mala na época. A mala veio depois, quando concluiu a graduação no curso de turismo.

Eu achava um anel de formatura uma coisa muito cara. Minha mãe queria me dar um, e eu pedi ela me desse uma mala, seria

NETANIA GOMES

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melhor que um anel. A mala, inclusive, eu tenho até hoje.

Os pais de Netania sempre deram apoio à filha, sem dizer não, sem colocar barreiras. Porém, eles não podiam dar apoio financeiro, mas ela sabia que conseguiria se virar.

Segundo ela, a vontade de desistir nunca apareceu, nem passou perto, apesar das dificuldades. Além do desejo de viajar, ela também sentia que precisava estudar inglês, fazendo com que ela pegasse oito vans e um ônibus por dia para poder conciliar trabalho, faculdade e o curso inglês na ponte aérea Itapissuma/Recife.

O inglês me abriu portas, foi meu diferencial para mais tarde trabalhar na Secretaria de Turismo do Recife e foi aí que a Irlanda começou a aparecer.

Ela já estava trabalhando na secretaria e por meio de amigos em comum conheceu seu um Letão chamado Viktor, que morava na Irlanda. “Foi amor a primeira vista? Foi. Foi apenas um beijo em um aniversário de uma amiga de trabalho, mas marcou”,

relembra.Naquela semana, Netania tinha

uma entrevista de emprego, então quando Viktor sentou do seu lado na festa, começou a conversar com ele, falou da entrevista, e ele sugeriu para que os dois treinassem.

Precisava do inglês na ponta da língua. Conversamos muito e uma hora ele levantou para ir ao banheiro. Meu amigo disse que ele havia gostado de mim. Eu falei: Deixa de brincadeira. Onde já se viu? Ele vem da Europa. Vai se interessar por mim?

Netania mal sabia que ali sua vida começaria a mudar. Naquela noite rolou um beijo, um beijo que demoraria um ano para acontecer novamente. Ali, foi o start para realmente pensar no seu projeto de sair do país.

Após alguns meses Viktor chamou Netania para morar junto com ele na Irlanda. Disse que se ela quisesse sair do Brasil ele ajudaria.

Eu não perco oportunidade. Pedi ajuda para meu pai e parcelei as passagens em 10x no cartão dele (tudo isso com

VONTADE DEDESISTIR NEMPASSOU PERTO.NUNCA DESISTO.

A OPORTUNIDADEAPARECIA, E EUAPROVEITAVA.

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minha mãe achando que era uma loucura), peguei dinheiro com uma amiga e em 2009 embarquei para Dublin, para estudar na Seda College.

No seu primeiro ano em Dublin ela trabalhou em todos os empregos que os recém chegados do Brasil trabalham. Foi kitchen porter, au pair, housekeeper e arrumadeira de hotel. Até que no seu primeiro verão na Seda College surgiu uma oportunidade de cobrir as férias de uma pessoa.

Neste trabalho, ela não deveria vender cursos, apenas ajudar os alunos, ser um pós venda de cursos. Acontece que acabou tentando vender cursos e foi um sucesso. Vendeu vários, somente em três semanas de trabalho. E aí surgiu mais uma oportunidade: a convidaram para ficar.

Hoje, ela não sabe se trocaria a Irlanda por outro país, talvez sim, mas sabe que seu desejo de voltar para o Brasil é quase inexistente.

Aqui sou feliz, realizada profissionalmente. Tenho consciência que mesmo trabalhando no que amo (como faço aqui) no Brasil eu não teria condições de dar aos meus pais o conforto que posso dar trabalhando aqui de Dublin.”

Netania afirma que tudo isso só aconteceu com ela porque ela não pensava muito. A oportunidade aparecia, e ela aproveitava.

Por isso que eu sempre digo e repito: não percam suas oportunidades.

COMO LIDAR COMUMA MENINA DEDEZ ANOS QUE DEREPENTE DESCOBREQUE O MUNDOÉ O SEU LUgAR?

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Ainda no século XV o filósofo inglês Kevin Bacon disse: o homem deve criar as oportunidades, e não somente encontra-las.

E é com essa citação que apresentamos a vocês a história de Henrique Pasquetto, o jovem paulistano que deixou o ABC paulista em busca de novas oportunidades e um futuro próspero para ele e sua família.

Aprender inglês na minha cabeça não era meu foco. Porque eu achava que já falava. Eu queria muito trabalhar e melhorar de vida. Tinha feito quatro anos de inglês no Brasil, acreditava que já falava um pouco. Morando fora é que percebi que não sabia nada. Então, o primeiro objetivo que antes era trabalhar, passou a ser o segundo. Precisava aprender a falar inglês e logo.

A vontade de morar em outro país sempre foi grande na vida de Henrique, e quando virou meta, ele começou a

pesquisar diversos locais pelo globo e o sonho americano sempre foi quem fez o coração dele bater mais forte.

O Estados Unidos sempre foram minha primeira opção mas as dificuldades de green card, valor do visto, dificuldades para trabalhar legalmente no país e minha pressa em sair logo do Brasil me fizeram adiar o famoso sonho americano. Foi aí que comecei a pesquisar sobre a Irlanda e percebi que era um ótimo (e viável) plano b viável.

Ao definir a Irlanda como destino certo, Henrique começou a trabalhar duro para transformar o sonho em realidade e, após um ano e dois meses já embarcava rumo a Ilha Esmeralda. Rumo ao incerto.

Sua aventura irlandesa começou no pequeno condado de Kildare, que fica a aproximadamente 50km da capital Dublin e o pensamento que tinha desde que pisou em terra firme foi:

HENRIqUE PASqUETTO

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Não posso ficar sem trabalhar!Henrique viveu na cidade de Santo

André e contou que nunca soube ficar a toa, mesmo enquanto morava com seus pais vivia bolando algo, inventando alguma coisinha aqui ou ali, desenvolvendo uma atividade. Apesar dos 25 anos, sempre se sentiu muito responsável por tudo que fazia pois, além dele, tinha dois filhos com quem se preocupar no Brasil.

Fui barman no Brasil, achei que seria fácil continuar trabalhando na minha área na Europa, já que ela se enquadra nos chamados subempregos que, na maioria das vezes, são designados para estrangeiros. Sempre gostei da cultura e me identificava com muitas coisa da Irlanda antes mesmo de desembarcar por lá. Via os irlandeses como um povo acolhedor, amável e amigável, assim como nós brasileiros. E nisso eu acertei em cheio, talvez seja por esse motivo que os dois povos mantém um relacionamento tão saudável.

Mas morar no interior da Irlanda estava complicado por questões financeiras e a distância, já que sua escola

ficava na capital. Foi aí que Henrique se mudou e sua vida seguiu o barco, mudando drasticamente após a decisão.

Ao chegar em Dublin ele percebeu que a comunidade brasileira na cidade era de fato muito grande, e foi aí que sua pluga empreendedora começou a coçar e ele, teve uma brilhante ideia.

Eu queria começar a investir em meu próprio negócio e, ao ver a quantidade de brasileiros que tinha na capital fiquei realmente empolgado em começar a trabalhar com o ramo alimentício por aqui e pensei: Por que não vender tapioca aqui?

Brasileiro sente falta de comida brasileira! E isso é um fato confirmado por 99% dos conterrâneos espalhados pelo mundo.

Ninguém comia tapioca aqui. Fui o primeiro a produzir e vender o produto em Dublin. Antes quem quisesse comer tapioca, tinha que importar a goma do Brasil.

Como Dublin é uma cidade preparada para receber e abrigar pessoas do mundo inteiro, seu comércio acabou se acostumando e se moldando com essa realidade, então não é difícil você encontrar mercados especializados nas necessidades de cada população e foi em um desses que Henrique encontrou a

SOU INQUIETO, SOUEMPREENDEDOR,A ALTERNATIVA?INVESTIR EM MEUPRÓPRIO NEgÓCIO.

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Page 33: Renato da Cunha - Intercâmbio de Sucesso€¦ · Por aqui, já exerci a maioria das profissões que um intercambista normalmente exerce quando chega na Irlanda. Já fui kitchen porter,

matéria-prima para o seu produto:Não era difícil achar mandioca em

Dublin. Nos muitos mercados indianos que tem na cidade era fácil achar a raiz.

Então comecei a comprar a mandioca (que na Europa é conhecida como casava) e comecei a fazer a goma em casa afinal, empreendedor que se prese arregaça as mangas e faz acontecer. Na minha cozinha minúscula eu processava a mandioca, fazia a farinha, transformava em goma, hidratava e deixava pronta para o consumo.

Henrique era a fábrica, o marketing, o vendedor, a distribuição e também o cozinheiro do produto. E ainda toda quarta fazia um rodizio de tapiocas em um restaurante da cidade.

Meu cliente é, em grande parte, brasileiro. Mas tem muito estrangeiro que vem experimentar meu produto e vira um consumidor fiel. Eles sempre voltam depois de experimentarem a minha tapioca e uma vez por semana, pego o ferry boat (uma espécie de balsa), aqui em Dublin e vou até o País de Gales distribuir meu produto.

EU SOU A fÁBRICA,O MARKETINg,O VENDEDOR,A DISTRIBUIÇÃOE TAMBÉM,O COZINHEIRODO PRODUTO.

Tenho até um cliente inglês que vem com frequência em Dublin e sempre compra comigo. Franceses, Poloneses, Ucranianos e Indianos gostam e compram a “Tapioca do Henrique” também.

Hoje o jovem empreendedor vive na Europa apenas com o dinheiro da empresa que montou e, apesar da saudade constante dos filhos e família, não pensa em voltar tão cedo para o Brasil e sonha um dia ter condições suficientes para levar seus filhos para morar com ele na Europa.

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Henrique unindo duas das coisas que mais gosta na vida,

trabalhar e viajar.

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Todos são peças importantes no trabalho feito nos bastidores do Intercâmbio de Sucesso, cada um dos membros, do administrativo ao criativo, representa uma pequena parcela do resultado final que com muita honra e imensa alegria apresentamos à vocês em forma desse ebook e do nosso site.

É com muito prazer que apresentamos os nomes de todos os envolvidos nesse projeto.

• Bruno Fraga • Danilo Veloso • João Marcos • Kevin Cardoso• Léo Pinheiro • Lucas Xavier • Márcio Apolinário

• Mário Bortoletto • Renato da Cunha • Savana Caldas• Tiago Mascarenhas

Como falamos lá no início, esperamos de coração que esse ebook tenha te auxiliado na sua tomada de decisão sobre o planejamento do seu Intercâmbio de Sucesso. Se isso ocorreu, nem que seja em 1% apenas plantando uma sementinha, é sinal de que nosso objetivo foi cumprido.