RENÉ DESCARTES REGRAS PARA A DIREÇÃO DO ESPÍRITO E DISCURSO DO MÉTODO

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RENÉ DESCARTES REGRAS PARA A DIREÇÃO DO ESPÍRITO E DISCURSO DO MÉTODO PPGD UFBA - Mestrado Metodologia da Pesquisa em Direito Profs. Rodolfo Pamplona e Nelson Cerqueira Mestrando: Vitor Soliano

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RENÉ DESCARTES REGRAS PARA A DIREÇÃO DO ESPÍRITO E DISCURSO DO MÉTODO. PPGD UFBA - Mestrado Metodologia da Pesquisa em Direito Profs. Rodolfo Pamplona e Nelson Cerqueira Mestrando: Vitor Soliano. Quem foi René Descartes?. Nasce no dia 31 de março de 1596 em La Haye , França. - PowerPoint PPT Presentation

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RENÉ DESCARTES

REGRAS PARA A DIREÇÃO DO ESPÍRITO

E

DISCURSO DO MÉTODO

PPGD UFBA - MestradoMetodologia da Pesquisa em

DireitoProfs. Rodolfo Pamplona e Nelson

CerqueiraMestrando: Vitor Soliano

Page 2: RENÉ DESCARTES REGRAS PARA A DIREÇÃO DO ESPÍRITO E DISCURSO DO MÉTODO

Quem foi René Descartes?

Nasce no dia 31 de março de 1596 em La Haye, França.

Recebe o bacharelado e licenciatura em Direito pela Universidade de Poitiers (mesma Universidade de Francis Bacon) em 1616.

Em 1619, recluso em um vilarejo da Alemanha, concebe a possibilidade de construir um método para solução de qualquer problema posto pelo espírito humano. Adia sua formulação para período em que tenha mais maturidade

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Quem foi René Descartes?

Redige boa parte de sua metafísica em 1628.

Redige Regras para a orientação do espírito em 1628. A obra só é publicada após a sua morte em 1701.

Deixa de publicar sua Física em 1633 por temer a perseguição da Igreja – o que acontece com Galileu.

Publica Discurso do método em 1637. Texto não tem grande acolhida.

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Quem foi René Descartes? Contexto do pensador

Transição para o fim do feudalismo Renascença. Idade Moderna. Construção da modernidade Crença na razão e no homem – humanismo Contemporâneo de diversos pensadores e

artistas da modernidade: Francis Bacon, Pascal, Hugo Grócio, Espinosa, Locke, Galileu, Hobbes, etc.

Obra do pensador Forte influência da matemática. Um dos pais do pensamento moderno Construção do método científico moderno e do

dedutivismo

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Regras para a direção do espírito

Obra escrita em 1628, mas publicada após a morte de Descartes, em 1701. Ficou incompleta

Conjunto de 21 regras destinadas a guiar o comportamento do investigador científico.

Regras iniciais (regras I a IV) – premissas: O conhecimento verdadeiro só pode ser

alcançado através de um método que deve procurar o que pode ser conhecido, afim de emitir juízos sólidos e verdadeiros sem dar alta relevância àquilo que já foi dito

Page 6: RENÉ DESCARTES REGRAS PARA A DIREÇÃO DO ESPÍRITO E DISCURSO DO MÉTODO

Regras para a direção do espírito Regras de atuação inicial (regras V a VIII):

Deve-se organizar o pensamento a partir das coisas mais simples, identificando e enumerando todas as relações existentes entre elas. O que não for intuído de forma suficiente deve ser aprofundado.

Regra de treinamento do espírito (regra IX): O espírito deve, a partir das verdades encontradas,

se acostumar em vê-la (a verdade). Regras de atuação secundária (regras X a XII):

Além de conhecer o que já foi dito por outros é preciso que aquele que procura a verdade e o conhecimento destrinche ao máximo o que foi intuído e deduzido, retendo tudo o que pode ser retido valendo-se de todos os recursos disponíveis (imaginação, sentido, memória, etc.)

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Regras para a direção do espírito

Regras de catalogação e esquematização (regras XIII a XVI): Tudo o que foi intuído, deduzido e descoberto

deve ser esquematizado e enumerado a partir de das coisas mais simples. Deve-se utilizar de imagens que facilitem a compreensão.

Regras de conclusão (regras XVII a XXI): Tratam da forma de resolução de problemas

encontrados nos passos anteriores. As dificuldades devem ser relacionadas umas às outras. A especificação do funcionamento das regras restou incompleta

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Regras para a direção do espírito

Observações: A obra objetiva a construção de um “passo-a-

passo”, de uma metodologia que guie o investigador na descoberta da verdade.

É perceptível o rigor que Descartes exigia para a produção do conhecimento e o alcance da verdade.

A obra, segundo Étienne Gilson, foi posteriormente descartada por Descartes que substituiu as regras pelas 4 regras presentes em O discurso do método

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Discurso do método Escrita depois da decisão de não publicar a

obra Mundo por medo da perseguição da Igreja.

Obra publicada em 1637 como prefácio a outras três: Dióptrica, Meteoros e Geometria.

É escrita no contexto de apresentação da metafísica do autor.

É dividida em seis partes: Considerações gerais sobre as ciências; Estabelecimento das regras de seu método; Estabelecimento de uma moral provisória extraída

do método; Metafísica; Física; Caminhos a serem tomados pela ciência.

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Discurso do método Primeira parte – Considerações gerais sobre as

ciências Descartes parte da premissa de que todos os homens

são dotados de razão na mesma medida. O que os diferencia é a forma de usá-la

Sua proposta é explicar o método que utilizou para alcançar o que alcançou e não ensinar a forma de conduzir a razão de cada um ≠ Regras para a direção do espírito.

Decepção em relação à escola e à universidade: pouco conhecimento.

Crítica à filosofia: muito dissenso e pouca contribuição

Ceticismo. “aprendia a não crer com muita firmeza em nada do que só me fora persuadido pelo exemplo e pelo costume; e assim desvencilhava-me pouco a pouco de muitos erros, que podem ofuscar nossa luz natural e nos tornar menos capazes de ouvir a razão”

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Discurso do método Segunda parte – Estabelecimento das regras

do método As melhores obras são as produzidas por uma

única mão. Supressão das ideias até então recebidas.

Princípio da dúvida. “Construir um terreno que é todo meu”.

Formulação do método (quatro regras) a partir da articulação dos preceitos da lógica, da álgebra e da geometria: Nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem

que não a conhecesse clara e distintamente; Dividir as dificuldades examinadas em tantas

parcelas quanto possíveis Partir do mais simples em direção ao mais

complexos; Fazer enumerações e revisões completas

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Discurso do método

Segunda parte – Estabelecimento das regras do método (continuação) Descartes “enxuga” as regras propostas em

Regras para a direção do espírito. Assume que todo o conhecimento é, de

alguma forma, concatenado. Aplica o método primeiramente à matemática. Acredita ser possível a aplicação nas demais

ciências.

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Discurso do método Terceira parte – estabelecimento de uma

moral provisória A supressão de todas as ideias anteriores

acarreta no problema de como agir no dia-a-dia Estabelece três máximas que o guiam

moralmente: Seguir as leis e os costumes de sua terra. Manter a

religião em que foi criado. Seguir as opiniões moderadas e proferidas por pessoas sensatas.

Ser firma e resoluto em suas ações. Tentar vencer a si mesmo ao invés da fortuna. Não

tentar mudar o mundo, mas antes tentar mudar a si mesmo

Escolha da ocupação: a filosofia e a busca do conhecimento – justificativa para as máximas

Se desfazer de todas as opiniões.

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Discurso do método Quarta parte – a metafísica

Princípio da dúvida. Para duvidar é preciso pensar. Aquele que

pensa, existe – penso, logo existo. Evidência clara e distinta. Primeiro princípio da filosofia.

O ser é um pensamento que existe independentemente do mundo material – comprovação da existência da alma.

Critério da verdade: clareza e distinção. Dúvida como imperfeição – busca pela

perfeição. Ideia de perfeição vem de ser perfeito –

comprovação da existência de Deus. Tudo que é perfeito existe – segunda

comprovação da existência de Deus.

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Discurso do método Quinta parte – a física

Resumo da obra Mundo. Deduções do mundo natural a partir de seu

método. Diferença entre homens e animais.

Homens têm alma e razão. Os animais não as têm.

Animais não falam, logo não têm razão. Relaciona a razão com a comunicação (logos).

A alma dos homens é totalmente independente do corpo – imortalidade da alma.

Page 16: RENÉ DESCARTES REGRAS PARA A DIREÇÃO DO ESPÍRITO E DISCURSO DO MÉTODO

Discurso do método Sexta parte – caminhos a serem tomados

pela ciência O conhecimento pode contribuir para melhoria

da vida dos homens. A ciência precisa evoluir. Controle da natureza. As experiências são altamente necessárias

para o desenvolvimento da ciência Inutilidade das oposições. As melhores

respostas são aquelas que se alcança sozinho.