REPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICA

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Parlêtre maio de 2014 Os destinos da repetição Alexandre Simões na clínica psicanalítica

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Apresentação realizada na IX Jornada do Parlêtre (Divinópolis, maio de 2014)

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Parlêtre maio de 2014

Os destinos da repetição

Alexandre Simões

na clínica psicanalítica

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Repetição, em Psicanálise, não é exatamente o que usualmente se reconhece como repetição, em nossa vida cotidiana

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Ou seja: não está em jogo a reprodução do idêntico

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há sempre algo pouco claro na repetição:

“A repetição aparece primeiro numa forma que não é clara, que não é

espontânea, como uma reprodução, ou uma presentificação, em ato.” (Jacques Lacan, Seminário 11, p. 52)

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Em Freud, ao menos 2 grandes perspectivas acerca da repetição

Repetição como um certo estorvo à rememoração

Repetição como um aspecto pulsional

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Wiederholung:

repetição

Situações nas quais os pacientes (por meio de lembranças, atos, ideias, sonhos, sintomas, relações amorosas) se

mostram embaraçados com um sofrimento que, a despeito de ser tomado como tal, não cede facilmente.

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Uma manifestação clínica bastante reconhecida deste Wiederholung:

pacientes que nos relatam circunstâncias ou impasses distintos

ocorridos em suas vidas e que trazem uma sensação de familiaridade

fronteiriça com o déjà-vu:

mudam-se os cenários e pessoas, todavia, mantém-se a trama

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Uma outra cena usual da repetição na clínica analítica: o ato de reviver episódios que não são

recobertos inteiramente pelo prazer

fazer prazer

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Na experiência clínica da psicanálise, é bastante comum nos depararmos com tal circunstância: a

irredutibilidade do fazer ao prazer.

Em nossa atualidade, ela está cada vez mais envelopada pela atmosfera ora do acidente, ora da

inevitabilidade:

os recorrentes acidentes (por exemplo, através dos meios de transporte) protagonizados pelo paciente, as constantes fraturas em seu corpo, as intercorrências médicas que agora fazem parte de sua vida, o encontro – tal qual uma goteira que não cessa - com a droga, com os cuidados

com o peso corporal, etc.

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Voltemos a um aspecto: tem algo pouco claro na repetição ... algo inassimilável

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Fort – da e o

objeto

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Hoje, a clínica do ato

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Fragmento Clínico

a repetição ...

... a compulsão ...

... o objeto ....

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compras

o upgrade das marcas o objeto-

pele o objeto-voz

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Temos, assim:

falta do objeto/objeto que falta

objeto da falta

dimensão da insistência:automaton

dimensão da indução do objeto:tyché

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ALEXANDRE SIMÕES

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