Reportagem: Educação Popular em saúde na prática. É possível? · em 2011 no Instituto...

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Médicos estrangeiros: Marco Da Ros conta o que você ainda não sabe Conheça o projeto de Educação Popular “Revolução dos Baldinhos” Reportagem: Educação Popular em saúde na prática. É possível? páginas 4 e 5 páginas 8 e 9 páginas 6 e 7 edição 22 | junho de 2013

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Médicos estrangeiros: Marco Da Ros conta o que

você ainda não sabe

Conheça o projeto de Educação Popular

“Revolução dos Baldinhos”

Reportagem: Educação Popular em saúde na prática. É possível?

páginas 4 e 5 páginas 8 e 9 páginas 6 e 7

edição 22|junho de 2013

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A participação no Telessaúde SC será

premiada com R$ 5 mil no VI Encontro Es-

tadual de Saúde da Família. O evento é or-

ganizado pela Gerência de Coordenação

da Atenção Básica (GEABS) e acontecerá

em novembro de 2013, em Florianópolis, momento

em que as equipes receberão o prêmio.

A melhor participação por Equipe de Saúde da

Família (no período de maio a setembro de 2013) de

cada macrorregião, será a vencedora. Para concorrer,

é necessário ter uma participação mínima, que consis-

te em: uma webconferência mensal pela Equipe de

Saúde da Família; um workshop mensal por médicos,

enfermeiros e dentistas da Equipe de Saúde da Famí-

lia; e duas teleconsultorias (clínica ou de processo de

trabalho, on-line ou off-line) mensais, por médicos, en-

fermeiros ou dentistas da Equipe de Saúde da Família.

Os critérios de desempate são: maior número to-

tal de teleconsultorias de maio a setembro de 2013 e

maior participação no Telessaúde SC durante 2012.

Você pode acessar o edital completo em: http://

migre.me/eywNR

Participem!

Premiação Encontro de Saúde da Família

edição 22 junho 2013telessaúde informa2Disponível pelo link: http://capu.pl/node/271?page=3

Instrumento de autoavaliação está disponível para as equipes

E m junho começa a etapa de Desenvolvimento do Progra-ma de Melhoria do Acesso e

da Qualidade (PMAQ), logo após a conclusão da fase de Contratua-lização e Recontratualização, que termina no dia 14. O Desenvolvi-mento inclui a autoavaliação, com o preenchimento do instrumento de Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica (AMAQ), e as ações de Edu-cação Permanente e apoio institu-cional, para as quais vocês podem contar com a Gerência de Coorde-nação da Atenção Básica e com o Telessaúde SC.

O AMAQ de 2013 está disponí-vel, com cadernos voltados para a

Equipe de Saúde da Família e para a Equipe de Saúde Bucal. Acesse o instrumento em: http://migre.me/eRdf2. Os cadernos para o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) devem ser di-vulgados em junho.

Sobre a importância das novas etapas do PMAQ, Eduardo Alves Melo, coordenador Geral de Ges-tão da Atenção Básica do Ministé-rio da Saúde, afirma: “sabemos que o desafio de qualificar e manter viva a Atenção Básica é algo per-manente e que depende muito do que acontece em cada município, em cada unidade, bem como das possibilidades de apoio e coopera-

ção que as equipes e gestores mu-nicipais recebem. Esperamos que inovações nas práticas de cuidado, gestão, participação e educação aconteçam ou ganhem mais visibi-lidade e que várias ofertas de apoio e colaboração estejam disponíveis ou sejam construídas, para dimi-nuir o isolamento que muitos pro-fissionais e gestores sentem”.

A fase de Desenvolvimento vai até o final de agosto e em setem-bro começa a Avaliação Externa. Você encontra mais informações sobre como fazer a Contratuali-zação na webconferência sobre o assunto chamada “PMAQ”, do dia 15/05, disponível no site do Teles-saúde, o telessaude.sc.gov.br.

destaques

Telessaúde

Fonte Timeless

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Protagonismo Juvenil: um caminho para a educação dos jovens em saúdeUma abordagem diferente para trabalhar conscientização sobre saúde com adolescentes

Uma aula um pouco diferente: os próprios estudantes foram os responsáveis por conduzir a cons-trução do conhecimento com seus colegas. Foi o que aconteceu em 2011 no Instituto Estadual de Educação (IEE), maior escola da rede pública de Santa Catarina, em Florianópolis. A ideia surgiu depois que um professor de biolo-gia promoveu uma atividade em que duas equipes de alunos ela-boravam perguntas e respostas sobre sexualidade segura. Com esse material em mãos, uma estu-dante ficou responsável por apre-sentar o resultado da atividade em uma vivência. “A direção viu essa experiência e pediu para que as adolescentes a replicassem. Assim, a oficina de duas aulas foi repetida em vinte turmas por três jovens protagonistas”, explica a assistente técnico-pedagógica do IEE Sandra Dartora.

Esse é um exemplo de como a capacitação de adolescentes edu-cadores entre pares tem se mos-trado uma alternativa eficiente no trabalho com temas tabus. Essa forma de atuação também é vali-da para os profissionais de saúde, que, segundo a coordenadora estadual do Programa Saúde na Escola, Jane Laner Cardoso, tam-bém têm dificuldades ao tocar nesses temas, às vezes levantan-do demandas que não são o que realmente interessam aos ado-lescentes, com uma abordagem equivocada. Jane também desta-ca que o protagonismo e o ativis-mo juvenil estão entre as estraté-gias mais eficientes para trabalhar as duas ações prioritárias do PSE para adolescentes: saúde sexual,

reprodutiva, e abordagem das doenças sexualmente transmissí-veis; e controle ao uso e abuso de drogas.

Para Sandra, que também é coordenadora do Nepre (Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às violências na Escola) no IEE, a eficácia dos jo-vens multiplicadores está ligada à construção de um projeto de vida para o adolescente. “Eles fazem algo por eles e pelos colegas, se sentem importantes assim. É uma espécie de objetivo e perspecti-vas.”

Um desses projetos foi o de In-grid Sant’Ana, estudante do IEE e integrante do grupo de protago-nismo Identidades, que em 2012 elaborou atividades voltadas a temas como família, identidade,

sexualidade, drogas e violência. Para a jovem de 15 anos, partici-par dessas ações foi algo inspira-dor: “hoje sou mais responsável, trabalho melhor em equipe, con-sigo lidar melhor com pessoas mais velhas e mais novas, traba-lhando com vários temas e dife-rentes pontos de vista”.

Ingrid acredita que o adoles-cente chama mais a atenção quando é ele quem fala para os seus colegas, facilitando o diálogo e a aprendizagem. A coordenado-ra Sandra acrescenta dizendo que um jovem troca conhecimento com outro de forma simples, cla-

ra e objetiva, na sua linguagem e gírias próprias, sem preconceitos.

O primeiro passo para a forma-ção de protagonistas é lançar a ideia aos adolescentes, convidá--los a se capacitar. O papel dos profissionais, segundo Sandra, é oferecer suporte para essa capa-citação: incentivar, dar base teó-rica aos assuntos que eles elegem para discussão. “Você ouve o jo-vem, a experiência de suas vivên-cias com os pares, depois agrega o seu conhecimento científico, formatando oficinas de capacita-ção para eles”, explica Sandra. A coordenadora também lembra que é importante motivar e deixar que os jovens busquem sua pró-pria fórmula, permitindo fluir sua criatividade, para que se sintam seguros e autônomos, “senão não é protagonismo, é alguém falan-do por você”, completa.

Na saúde, a formação de jo-vens multiplicadores é uma ação prevista pelo PSE. Aos profissio-nais das unidades interessados em trabalhar com essa formação, é necessário procurar uma esco-la parceira, identificar os jovens que exercem liderança e capacitá--los. “Essa experiência ainda está começando a ser construída na saúde, mas tem um grande po-tencial”, garante Jane.

cotidiano

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Font

e: IE

E

Atividade sobre sexualidade feita em 2011

“A eficácia dos jovens multiplicadores está

ligada à construção de um projeto de vida”

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Mitos e receios sobre a vinda de médicos estrangeiros ao Brasil

O governo brasileiro anunciou a intenção de trazer seis mil médicos estrangeiros - cuba-nos, mas também espanhóis e portugueses -, para atuar na Estratégia de Saúde da Família nos municípios onde há carên-cia desses profissionais (interior e periferia). Um dos principais argumentos contra a iniciativa é de que o país não precisa de mé-dicos. Isso é verdade, nós não precisamos de médicos?Marco Da Ros - Precisamos e pre-cisamos muito. O Brasil tem hoje 1,8 médicos por mil habitantes, o que significa uma defasagem de 168 mil médicos novos para che-gar ao número preconizado como ideal, que é o da Alemanha [3,5/mil hab]. E há uma má distribui-ção. Nós temos regiões em que o número já está igual ao que se quer, como a cidade de São Paulo e o estado do Rio de Janeiro. Mas mesmo a periferia desses lugares é desassistida. Então nós temos áreas totalmente descobertas: 13 estados têm menos de um mé-dico por mil habitantes e outros seis tem um. Isso corresponde a 20 milhões de brasileiros que não têm nenhuma assistência médica. São pessoas que moram em cida-des do interior, na Amazônia, no Nordeste e mesmo em periferias de cidades grandes. Uma descul-pa que eu tenho ouvido de alguns médicos é que não tem infraestru-tura nessas cidades, mas que tipo de infraestrutura? Ah, não tem shopping, não tem cinema, como eu vou educar meus filhos? Então

vamos dizer pra esses 20 milhões de brasileiros que quando tiver shopping lá, os médicos irão. Qual é o padrão de atenção médica que se pretende para esse país?

Então faltam médicos, existe uma má distribuição e há tam-bém uma questão de formação desses médicos? Eles se formam e estão preparados para traba-lhar na saúde da família? Marco Da Ros - Não, esse é justa-mente o X da questão e que não está sendo discutido. Há faculda-des privadas de péssima qualida-de no Brasil. Por um lado, temos um modelo de formação privatis-ta, e por outro lado há uma ques-tão epistemológica, de como se forja o estilo de pensamento de um médico. Nós copiamos, infe-lizmente, o modelo norte-ameri-cano do século XX, o flexneriano. Esse modelo vem embutido na ló-gica do capitalismo, ou seja, a do-ença passou a ser objeto de lucro. A doença como objeto de lucro vai usar o hospital, o medicamen-to, o exame e o seguro saúde, são

os quatro pés que a gente chama de complexo médico industrial. Esse complexo se instalou no Bra-sil com o golpe militar. Depois de 21 anos, terminou a ditadura, nós fizemos o SUS e a faculdade con-tinua forjando os médicos do jeito norte-americano de pensar. Mas no interior da Amazônia isso fica complicado: não se sabe mais fa-zer uma medicina pública com exame físico, que precise de boa semiologia, eles sabem é fazer exames pedidos em laboratórios e esses exames não estão dispo-níveis lá. A gente tem estatísticas mostrando que um médico geral, um médico de família formado, consegue resolver 90% dos pro-blemas. Bom, uns 10% ele vai ter que encaminhar. Então nós pode-mos minimizar pelo menos 90% dos problemas fazendo uma boa clínica, que os estudantes de me-dicina não estão sabendo fazer mais, o modelo de formação deles tem sido outro.

Outro argumento forte contra a vinda dos médicos estrangeiros se refere à formação, que é a va-lidação do diploma dos estran-geiros. O Revalida, exame que avalia os diplomas, aprovou no ano passado 8,7% do total dos diplomas que foram avaliados e, de 182 médicos cubanos inscri-tos, 20 foram aprovados, o que corresponde a quase 11%. Em Portugal, na última avaliação, 60 médicos cubanos prestaram o exame e 44 foram aprovados, o que significa 73,3. Por que a

Marco Aurelio Da Ros, médico sanitarista e professor aposentado da Universidade Federal de Santa Catarina, posiciona-se com relação à polêmica do “Programa mais médicos para o Brasil”, que deve ser assinado em junho pela presidenta Dilma Rousseff

entrevista

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avaliação brasileira tem sido tão rígida e tem reprovado tan-tos médicos?Marco Da Ros - Eu me lembro das primeiras provas do Revalida. Não se queria que os médicos estran-geiros validassem o diploma, aí, convidavam-se alguns professo-res que faziam a prova o mais difí-cil possível. As provas do Revalida não assustam tanto os médicos cubanos, o percentual que re-prova é menor dos cubanos que dos outros. Eles normalmente têm uma formação maior, porque eles têm os seis anos de medicina e mais dois anos de medicina de família. E a pergunta que a gente fazia era: por que não se aplica também a mesma prova para os médicos das redes privadas? E aí respondiam: ah, aí não pode, aí é sacanagem. Sacanagem é a gen-te formar esses médicos e fingir que eles são bons. Temos bons médicos, mas a proposta das uni-versidades é de formação do es-pecialista do dedo mindinho do pé direito. Quanto mais especia-lizado, mais se tem a fantasia de ser um bom médico. E esse mé-dico que faz especialidade e fica na cidade grande vai trabalhar com convênio de plano de saú-de e vai ganhar muito menos do que ganharia no interior. Então, o problema não é salarial. Eles se sentem inseguros em trabalhar num lugar que não tenha toda in-fraestrutura moderna do mode-lo norte-americano, que é como eles aprenderam medicina. Aí nós vamos precisar de gente que sai-ba trabalhar no interior.

Países com sistemas de saúde reconhecidos como Portugal e Inglaterra têm índices de mé-dicos estrangeiros em atuação

altos, na Inglaterra quase 40% e em Portugal mais de 10%. Mas no Brasil é menor que 1%. Então, é só uma reserva de mer-cado? Por que existe esse medo todo?Marco Da Ros - É engraçado que a xenofobia veio em cima dos médicos cubanos. O “Programa mais médicos para o Brasil” pre-vê também mais residências em medicina de família, abertura de faculdades no interior, então tem um monte de coisas que está se

fazendo. Um dos programas é a vinda de médicos do exterior, nunca se pensou que eles fossem revalidar para ficar aqui o tempo todo. Os cubanos não querem ser médicos brasileiros, não querem trabalhar um tempo na Amazô-nia para depois vir para a cidade grande, esse é o sonho do brasi-leiro. Os médicos cubanos que viriam para cá seriam médicos com experiência internacional, com residência em medicina de família, com mestrado, inclusive. O problema é a crise europeia. Os médicos espanhóis e portu-gueses querem vir para ganhar dinheiro no Brasil. Nós temos que tomar alguma providência, vai ter que ser provisório. E qual é a so-lução que o CFM [Conselho Fede-ral de Medicina] ou as categorias médicas dão pra isso? Então, é hi-pócrita essa discussão, e eu sinto um cheiro do tempo da Ditadura Militar. Eu vi e-mails de médicos

do partido democratas que di-ziam que temos que prender as pessoas que apoiarem. Outros médicos da sociedade brasileira de medicina de família dizendo que “são agentes castristas que vêm doutrinar a população brasi-leira, para ensinar marxismo para eles”. Nós estamos tentando, pelo menos nos últimos 10 anos, tudo para que os médicos vão para o interior: mudança de currículo, criamos o Telessaúde, os UnaSus, bolsa pra médico que vai para o interior, ampliamos o salário, o Provab, e nós não conseguimos porque os médicos brasileiros não querem ir. Então, “médicos cubanos: sim!”, “médicos estran-geiros: sim!”. Isso como solução paliativa, pois nós vamos precisar resolver isso em médio prazo.

É uma solução paliativa, mas o que está se fazendo na base re-almente? Marco Da Ros - Com o financia-mento que se tem hoje não se consegue sustentar um sistema universal, então vai se fazer um sistema meia boca. Nós precisa-mos de orçamento, nós preci-samos de gestores capacitados. Além de um problema de gestão, nós temos um problema de fi-nanciamento e um ideológico, de formação. Nós temos um quarto problema: na constituição está previsto o controle social do SUS, se nós tivéssemos o controle so-cial eficiente, nós poderíamos reverter as três coisas. O médico cubano, o médico estrangeiro no Brasil, com diploma provisório, significa que nós ganhamos tem-po e assistência a essa população desassistida, enquanto a gente monta uma proposta definitiva, senão é só paliativa.

“Nós precisamos resolver um

problema de saúde. A categoria médica

deu resposta?”

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entrevista

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A revolução que mudou uma comunidade

click

“Eu sou gaúcha, teve a Revolução Farroupilha, por que não fazer a Revolução dos Baldinhos?” Foi assim que Rose Helena Oliveira Rodrigues, a Lene, nomeou o projeto ini-ciado por ela há cinco anos na comunidade Monte Cristo, em Florianópolis. A revolução dos Baldinhos surgiu para acabar com a epidemia de ratos no lugar e também para dar oportunidade de trabalho aos moradores. Após cur-sos de capacitação com o agrônomo e coordenador do projeto, Marcos de Abreu, Lene teve a ideia de trabalhar com compostagem. Para isso, orienta e conscientiza as pessoas a separarem em uma bombona - antes baldi-nhos - os resíduos orgânicos que podem ser aproveita-dos. Além da ajuda dos moradores, ela recebe coletas de material entregues pela Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), empresa responsável pela coleta de resíduos sólidos e limpeza pública de Florianópolis.

Dia a dia do projeto:Segunda e Quinta: Lene vai às casas dos moradores

para fazer uma conscientização e fiscalização, além de sensibilizá-los a separarem o lixo;

Terça e Sexta: É dia da coleta dos resíduos orgânicos das bombonas da comunidade e da Comcap;

Quarta: Acontece uma capacitação pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), através de cursos e reuniões.

Visitamos o projeto na terça-feira, dia da coleta.Confira o processo passo a passo:

Após a entrega do material pela Comcap (1) e do reco-lhimento das bombonas na comunidade, os resíduos são depositados em um espaço já preparado (2 e 3). Depois

de misturado (4), o material é coberto com palha e lascas (raspas) de madeira, o cepilho (5, 6 e 7). Enquanto isso, as bombonas são lavadas para serem entregues nova-

mente à comunidade (8). Após três meses, o material se decompõe e vira adubo orgânico, que é distribuído para

os moradores do Monte Cristo. Essa prática já é feita há cinco anos e, por isso, tem estru-tura e organização. Mas vocês também podem começar

a separar os resíduos orgânicos nas suas cidades.

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“A partir de hoje vocês vão mudar o jeito de usar o lixo.” Com esse objetivo, Lene começou a conscientização e sensibiliza-ção nas casas dos moradores da comuni-dade. Hoje, o projeto tem a participação de 250 famílias e oito pessoas trabalham na cooperativa.

click

“Mudou a minha vida em muita coisa. Eu voltei a estudar, estou fazendo o primeiro e o segundo ano. Através do projeto eu vi também a limpeza da comunidade, o reconhecimento das famílias ao enxergarem a melhoria do ambiente, a au-toestima dos meninos que eu consegui resgatar do crime e a oportunidade dada para as pesso-as trabalharem. Muita coisa boa”, conta Lene (fotos ao lado).

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“A gente não quer só comida”A referência à música do Titãs “Comida” traz a reflexão sobre a Educação Popular em saúde. Como construir uma nova realidade social a partir das necessidades da sua comunidade?

Em 2013, Santa Catarina deixou de ser livre da dengue. Antes, tínhamos apenas casos de trans-

missão isolada e contraídos fora do estado, mas agora a situação é outra: só neste ano (até o fecha-mento desta edição do Telessaúde Informa), tivemos 808 suspeitas de dengue e 223 casos confirma-dos - 300% a mais do que no ano passado. Isso quer dizer que ago-ra o vírus circula no estado, o que aumenta o número de focos e o risco de trasmissão da doença.

A Diretoria de Vigilância Epide-miológica (DIVE) é a responsável técnica pelo programa de contro-le da dengue em Santa Catarina e está implementando ações à ro-tina de prevenção, como o refor-ço de pessoal e outras iniciativas intersetoriais, com organizações de fora da área da saúde, como a educação, o planejamento ur-bano e outras. “Tornar a situação

pública é fundamental para que ela seja assumida por todos. A po-pulação é estimulada a fazer seu papel, cada um no seu espaço, e os profissionais de saúde preci-sam ser agentes nesse momento: o médico, quando atende, deve aproveitar para orientar, assim como os agentes comunitários de saúde nas visitas, e nas salas de

espera das unidades também se pode trabalhar com informações”, propõe Suzana Zeccer, gerente de vigilância de zoonoses da DIVE.

Essa forma corresponsável de abordar a dengue pode ser vista a partir do conceito da educação popular em saúde. Para Paulo Freire, professor que na década de 50 desenvolveu a educação popular (veja mais sobre o assun-to no box), é a partir da vivência de experiências significativas que se transforma o contexto, produ-zindo conhecimento e cultura. Essas dimensões da educação po-pular em saúde são abordadas na Política Nacional de Educação Po-pular (PNEP), instituída em julho de 2012.

A PNEP foi criada com base na crença de que o desafio de mu-dar o modelo de atenção à saúde ainda existe. Parte da ideia de que, apesar de haver políticas públicas de saúde voltadas à valorização de princípios como equidade, parti-cipação e humanização, ainda vi-

vemos um conceito de saúde bio-médico, em que as as pessoas são vistas como simples portadoras de doenças e por isso precisam de muitos exames e medicamentos. Assim, a PNEP aponta a educa-ção popular como elemento que contribui para a superação desses desafios: “a Educação Popular em Saúde tem construído sua singu-laridade a partir da contraposição aos saberes e práticas autoritárias, distantes da realidade social e orientadas por uma cultura medi-calizante imposta à população”.

Parece difícil de compreender? Sim, realmente é, principalmente porque, em princípio, é bastan-te teórico. Então, façamos como Paulo Freire, partamos do con-texto prático para chegarmos ao teórico.

Contexto práticoHá cerca de cinco anos, a comu-

nidade Monte Cristo, em Florianó-polis, enfrentou uma epidemia de ratos que ocasionou doenças e mortes. Para reverter a situação, moradores, responsáveis pela Unidade Básica de Saúde, líderes comunitários e o Centro de Estu-dos de Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro) se mobiliza-ram. Eles notaram que a sepa-ração de resíduos orgânicos para compostagem - trabalho que já era realizado em escolas da região - retirava da rua restos de comida e não alimentava os ratos. A partir da constatação, algumas famílias começaram a separar o lixo orgâ-nico em pequenos recipientes (os baldinhos), que eram coletados, e os resíduos transformados em Voluntário Lucas despeja resíduo coletado

“A Educação Popular não se faz ‘para’ o povo, mas se faz ‘com’ o povo”

reportagem

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composto orgânico, que depois de três meses estava pronto para ser usado. Então, as famílias retira-vam o composto e usavam para plantar suas próprias ervas e ver-duras em casa. Hoje, eles coletam 15 toneladas de resíduos orgâni-cos por mês, iniciativa que atinge 250 famílias. O problema inicial dos ratos foi resolvido, a produção de alimentos aumentou muito na região, as ruas estão mais limpas e até a criminalidade diminuiu (veja a reportagem fotográfica nas pá-ginas anteriores).

Essa experiência é exemplo da mudança concreta de um contex-to, uma mentalidade, a partir do enfrentamento de uma situação concreta, de vivência. “A Edu-cação Popular não se faz ‘para’ o povo, ao contrário, se faz ‘com’ o povo, tem como ponto de partida o processo pedagógico, o saber desenvolvido no trabalho, na vida social e na luta pela sobrevivên-cia e procura incorporar os mo-dos de sentir, pensar e agir dos grupos populares, configurando--se assim, como referencial bási-co para gestão participativa em saúde“, diz o texto da PNEP. Etel Matielo, nutricionista e mestre em Saúde Pública, completa que a educação popular está relacio-nada aos movimentos populares, processo em que existe igualda-de entre educador e educando: ambos aprendem e ensinam. “As ações na unidade não dão conta de resolver os problemas de saú-de das pessoas, existe a questão social e a percepção da realidade de cada um, e a educação popular trabalha com a ideia de olhar nos-sa realidade a partir desse viés, e a partir disso construir uma nova realidade”.

Em Itajaí, a equipe Praia Brava sentiu necessidade de trabalhar

algumas questões com a prática de educação popular. A equipe está junta há 10 anos, mas apenas há cinco convive com os profissio-nais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e desde então surgiram divergências quanto ao entendimento de saúde. A mé-dica da unidade, Samara Graf do Prado, conduziu o processo que começou com entrevistas abertas sobre a concepção de saúde de cada profissional, e culminou em uma oficina em que grupos cria-ram categorias analíticas sobre saúde a partir das entrevistas. De-pois, eles conseguiram sintetizar, problematizar e pensar no que poderia ser melhorado e como fa-zê-lo. “Já começamos a ter alguns resultados no trabalho: um gru-po de patologias crônicas deixou de ter o foco na prevenção e os participantes já sugeriram temas como a autonomia do sujeito. A população também tem voz ativa para pedir o que quer“, relata Sa-mara.

“Não há um único jeito de fazer, é mais um movimento e uma arti-culação de movimentos e práticas do que teorização”, completa Etel.

O projeto “Revolução dos Baldinhos” mudou a realidade da comunidade Monte Cristo com o trabalho desenvolvido pelos moradores e voluntários

Evolução histórica do conceito

A Educação Popular foi constru-ída a partir de experiências entre intelectuais e classes populares, nas décadas de 50 e 60, como a alfabetização de jovens e adultos camponeses. No final da década de 60, Paulo Freire publica a obra “Pedagogia do Oprimido”.

Durante a Ditadura Militar, a Educação Popular foi assumindo o sentido de resistência ao regi-me. É nesse período que se come-ça a pensar na Educação Popular em saúde, no contexto da inaces-sibilidade das camadas populares aos precários serviços públicos. O conceito também se fez presente em todo movimento político da Reforma Sanitária, que culminou na criação do SUS, em 1988.

Com a redemocratização, a Educação Popular ganha dinâmi-ca própria em espaços privilegia-dos como universidades, serviços de saúde e movimentos sociais populares.

Acesse a Política Nacional de Educação Popular em Saúde em: http://migre.me/eMDeG

reportagem

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A equipe Horizonte do mu-nicípio de Cocal do Sul buscou as teleconsulto-

rias para desenvolver ações vol-tadas à Saúde do Homem (item 4.25 do PMAQ). O problema re-latado pela equipe foi de que os homens, entre 20 e 59 anos, não procuravam a UBS para consul-tas individuais ou atividades coletivas, visando a prevenção de agravos e morbidades.

A teleconsultora Cláudia Carraro orientou as ACS, ini-cialmente, a convidarem os homens a ir conhecer a UBS Horizonte e os serviços que es-tavam à disposição. Cada ACS oferecia 10 convites nominais, sendo cinco para o período da manhã e cinco à tarde.

O dia destinado para a Saúde do Homem acontece uma vez por semana e consiste em uma consulta de enfermagem, para verificar os sinais vitais e as me-didas antropométricas, uma mi-ni-palestra temática (na sala de espera), uma consulta médica e uma odontológica. Além disso, agenda-se o retorno para 15 dias a fim de dar continuidade nos cuidados propostos pela equipe, segundo Rosimari Citadin.

Pelo sucesso alcançado em 2012, já que os homens com-pareciam em peso às consultas agendadas, a equipe decidiu dar continuidade a estas ativi-dades específicas na Saúde do Homem no ESF Horizonte em 2013. Segundo Janaina Crepal-di (ACS), o projeto trouxe resul-tados positivos e está na “boca dos homens” nos locais nos quais eles se encontram, como nos bares. Eles agora pergun-

tam quando e como podem participar das atividades ofere-cidas.

Além disso, estão empenha-dos e participando das ativida-des da Saúde do Homem, pois reconheceram que se trata de uma ação que os ajuda a cuidar da própria saúde.

Integrantes da ESF Horizon-te de Cocal do Sul: Maria Lui-za Consoni (odonto), Maria Aparecida de Moraes, Mariele Polita (téc. odonto), Mislene Zeferino (téc. enfermagem), Rosimari Citadin, Mônica de

Barros (odonto), Cleo Gama Pinheiro (médico), Marlei Mendes, Janaina Crepaldi, Paula Evangelista, Maria Apa-recida Graciano e Zenir Zug-nali (ACS).

Saúde do homem na ESF Horizonte

A ESF de Horizonte criou o dia para a Saúde do Homem com a ajuda da teleconsultora

teleconsultoria de processo de trabalho

Os homens reconheceram a importância da ação e participam das atividades da unidade

Eles têm direito à consulta odontológica

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Pergunta destaque do mês: uso da insulina

teleconsultoria clínica

Q uais são as complica-ções do uso de insuli-na?

O efeito adverso mais comum da insulina é a hipoglicemia. Sua detecção deve ser feita aos primeiros sintomas (sudorese, taquicardia, tremores, dormên-cia na língua), e o tratamento instalado imediatamente (1). O paciente deve ser previamente orientado sobre a ocorrência da hipoglicemia, os cuidados que pode e deve ter, e sobre a ne-cessidade de procura por apoio da equipe.

Outro efeito indesejável é a lipodistrofia, prevenível e tra-tável com cuidados especiais. As lipodistrofias ocorrem nos locais de aplicação da insulina e podem ser hipertróficas (mas-sas ou nódulos subcutâneos, detectados facilmente por meio de palpação) ou atróficas (de-pressões visualizadas com uma simples inspeção da pele). A hi-pertrofia decorre de injeções re-petidas no mesmo local. A pro-filaxia e o tratamento consistem na rotatividade dos sítios de in-jeção. A lipoatrofia se relaciona às impurezas da insulina, sendo tratada com injeção de insulina altamente purificada na área atrófica. Para a detecção pre-coce dessas reações adversas, recomenda-se realizar inspeção e palpação das áreas de admi-nistração de insulina (1).

Técnica correta para apli-cação de insulina:

A insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo, com agulha de comprimento adequado. Os locais indicados são: face ante-rior e posterior do braço, abdô-

men, face anterior da coxa e su-perior do glúteo. O rodízio nos locais de aplicação se torna im-portante para prevenir danos. É recomendado que se utilize um local para o rodízio antes de ini-ciar a aplicação da insulina em um local diferente. Por exem-plo o abdômen, respeitando a distância de 3 cm do umbigo, e evitando a variabilidade da ab-sorção de insulina (2). Ou seja, fazer o rodízio primeiro em toda a área do abdômen para depois seguir para a outra área de apli-cação.

A velocidade de absorção da insulina depende do local de aplicação (abdômen>braços> pernas>glúteo). Ao selecionar um local é importante considerar a atividade física, pois esta pode levar ao aumento da absorção de insulina. Deve-se planejar o rodízio nos locais de apli-cação de acordo com as atividades que a pessoa re-aliza durante o dia, evitando um membro que o pa-ciente vá utilizar no trabalho, para a aplicação no mo-mento anterior ao mesmo. Quando a injeção for muito dolorosa ou vol-tar sangue após a aplicação, o por-tador de diabetes deve pressionar o local de cinco a oito segundos, sem esfregá-lo,

pois o ato de esfregar pode au-mentar a velocidade de absor-ção da insulina, gerando risco de hipoglicemia (2).

Evidências e Referências:Profissional solicitante: Enfer-meiroTeleconsultor: Equipe Telessaú-de SCBibliografia selecionada: 1. Duncan BB, Schmidt MI, Giu-gliani ERJ. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2004. Ca-pitulo 69, pag.685.2. Brasil, Ministério da Saúde. Nota técnica 24/2012. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Mar/13/insulinaaspar-teNovorapid.pdf.

Fonte: Brasil, Ministério da Saúde, Departamento de At-enção Básica. Caderno de Atenção Básica nº16 – Diabetes mellitus. Brasília, 2006.

Locais de aplicação da insulina para o rodízio de aplicação:

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edição 20 abril 2013telessaúde informa1212

junho/2013

edição 22 junho 2013telessaúde informa12

Se você tem interesse no debate sobre a construção e gestão do SUS, o 2º Congres-so Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde vai analisar os rumos da saúde no Brasil, articular conhecimentos científicos com a formulação de políticas e elaborar propostas com ações coletivas. O evento só ocorre em outubro, mas os tra-

balhos podem ser inscritos até o dia 17 deste mês. A tabela de preços de inscrições tem valores bem diferenciados para quem o fizer até o dia 31 de julho.Quando? De 01/10 a 03/10 de 2013Onde: Minascentro/BHMais informações: http://www.politicaemsaude.com.br

Eventos

Saneamento Básico (2007)Os moradores da fictícia vila Linha Cristal se reúnem para tomar providências a respeito da construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Para receberem o dinheiro disponível pela prefeitura, elaboram um filme, mesmo sem terem experiência. Através do humor, faz uma reflexão sobre a participação da sociedade nas questões de política e de comunidade.

Filme de animação que conta a história de um robô chamado WALL-E, criado para limpar a Terra coberta por lixo em um futuro distante. Ele se apaixona por um outro robô chamado EVA, e a segue para o espaço em uma aventura que irá mudar seu destino e o destino da humanidade. Traz uma crítica à sociedade, sua forma de organização, valores e hábitos.

WALL-E (2008)

Filmes

Melhorar a qualidade do atendimento aos usuários do sistema, formar e qualificar mais médicos e outros profissionais da saúde e combater o desperdício de recur-sos e aprimorar a gestão. Esses são os compromissos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para o cidadão. A publicação “Ministério da Saúde e Municípios” apre-senta às cidades as principais ações em execução no SUS a fim de alcançar seus objetivos.Dividida em três seções - tempo de saúde, cuidado especial e gestão - a revista aborda a diminuição da espera para o atendimento no SUS, o acesso à saúde ao público mais carente e em situação de risco, além da otimização de recursos para evitar desperdícios e dar maior controle e transparência aos gastos com saúde.A publicação está disponível no link: http://189.28.128.178/sage/apresenta-coes/arquivos/revista_ms_e_municipios_2013.pdf

Livros

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edição 22junho 2013 telessaúde informa 13

agenda

Expediente: Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, redação, diagramação e edição: Marina Veshagem, Thaine Teixeira e Camila Peixer Design e iIustração: Vanessa de Luca Orientação: Luise Lüdke, Luana Gabriele Nilson e Thaís Titon de Souza Reportagem fotográfica: Thaine Teixeira e Camila Peixer Revisão: Camila Peixer

Programação de webs de Junho

12/06

19/06

05/06

26/06Adesão ao Programa Saúde na Escola - 15hPalestrante: Jane Laner Cardoso / Coordenadora Estadual do Programa Saúde na EscolaResumo: Será apresentada a importância da adesão dos municípios ao Programa Saúde na Escola (PSE). Serão abordados o processo de ação, as ações a serem desenvolvidas pelas equipes de Saúde da Família e considerações à respeito do registro das ações no sistema e-SUS.

Plano de Ação Regional da Rede Cegonha - 15hPalestrante: Carmem Delziovo / GEABSResumo: Nesta webconferência será discutido o Plano de Ação Regional da Rede Cegonha que está em construção nas 13 regiões de saúde de Santa Catarina que ainda não aderiram a esta rede.

Situação Epidemiológica da dengue em Santa Catarina - 15hPalestrante: Suzana Zeccer / Gerente de Vigilância e Zoonoses da Diretoria de Vigilância EpidemiológicaResumo: Aborda o tema “dengue” e o papel da equipe de Saúde da Família e outros profissionais da saúde na prevenção da dengue com controle do vetor (A. aegypti), bem como situação epidemiológica de Santa Catarina.

Suplementação de Vitamina A – Uma estratégia da ação Brasil Carinhoso - 15hPalestrante: Silvana Helena de Oliveira Crippa / GEABSResumo: Será abordada a importância da Vitamina A no crescimento e desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida, a necessidade de suplementação e a gestão do Programa Nacional de Suplementação da Vitamina A nos municípios prioritários do Plano Brasil Sem Miséria em SC.

Cuidado de feridas - 16hPalestrante: Sandra Joseane F. Garcia / Enfermeira obstetra

20/06 - enfermeiros 27/06 - médicosProblemas de coluna - 16h

Palestrante: Alexandre Borges Fortes / Médico de Família e Comunidade

WORKSHOP

Vídeo em parceria com Telessaúde SC vence mostra nacional

O vídeo “Fitoterapia: reconhecendo plantas medicinais” ganhou o primeiro lugar na mostra de vídeos do 12º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, que aconteceu no final de semana do dia 01/06 em Belém (PA). Ele foi criado com o apoio técnico da teleconsultora Gisele Damian Antonio e produzido pela estagiária de jornalismo Thaine Teixeira Machado, ambas do Telessaúde SC. O vídeo apresenta o curso “Fitoterapia: Reconhecendo as Plantas Medicinais”, promovido pela Comissão de Práti-cas Integrativas e Complementares da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis em parceria com o Horto Didático de Plantas Medicinais da UFSC e com o Telessaúde SC.

Para assistir ao vídeo, acesse: http://migre.me/eS028