Reposicionamento da Petrobras em refino · 2018. 4. 19. · A busca de parcerias na área de refino...
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Reposicionamento
da Petrobras em refino
Refinaria Landulpho Alves – Mataripe, BA
Modelo preliminar
2
Considerações sobre esse documento
Com vistas a subsidiar a sua proposta final de parcerias na área de refino, a Petrobras realizou, em 19 de
abril, um seminário com a participação do Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional do Petróleo
(ANP), Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP) e outras entidades interessadas,
com o objetivo de conhecer a visão desses atores sobre o tema e apresentar o seu modelo preliminar para as
parcerias no setor.
Trata-se de um evento de caráter técnico, sem o objetivo de anunciar uma decisão sobre o assunto. Nesse
sentido, a Petrobras esclarece que o modelo preliminar que irá apresentar não conta com a aprovação
formal de seus órgãos de governança (Diretoria Executiva e Conselho de Administração).
A busca de parcerias na área de refino foi aprovada no Planejamento Estratégico (PE) da Petrobras e no
Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2017-2021, reforçada no PNG 2018- 2022, conforme indicado na estratégia
de “reduzir o risco da Petrobras, agregando valor na atuação em E&P, Refino, Transporte, Logística,
Distribuição e Comercialização por meio de parcerias e desinvestimentos”.
Esse documento contém na íntegra a apresentação feita pela Petrobras no evento.
3
Mudanças estruturais da indústria e do país requerem recomposição
do portfólio de modo a preparar o futuro da Petrobras
—
Preparar a empresa para as oportunidades
e desafios que se apresentam
• Indústria passa por desafios tanto de demanda como de oferta
• Transição para a matriz de baixo carbono é tendência, com efeitos
disruptivos múltiplos para as quais as empresas de óleo e gás se têm
que preparar
• Novas tecnologias continuarão a transformar a indústria
• Governo tem buscado criar condições para atrair
investidores privados para atuar no setor de refino e
logística primária no Brasil
Na indústria de
Óleo & Gás
No Brasil
2%
84%
5%2%
7%
Terceiros
27%
3%
19%
20%
31%
Outros
99%
1%
Nota: Em 2016, o consumo de derivados no Brasil foi de 778 milhões de barris equivalentes de petróleo. Desse total, 674 milhões foram produzidos localmente, 178 milhões foram importados e
74 milhões foram exportados. Fonte: Produção: ANP, Anuário Estatístico 2016, considera apenas produção de óleo em '16; Refino: ANP, dados referentes a '16 coletados em Março '17;
Distribuição: Sindicom, considera todos combustíveis, dados '16 coletados em Maio '17
Produção de derivados é o único elo da cadeia do petróleo
onde poucas empresas competem com a Petrobras
—Exploração e Produção Refino e Importação Distribuição
51%
49%
Refino ImportaçãoOutros
4
5
Sétimo maior
consumidor de
derivados de
petróleo do mundo
2.3 Mbpd em 2017
#7
Tendência de
crescimento, ao
contrário de mercados
mais maduros
+1.8%/ano até 2030
Exportador de petróleo e
importador de derivados cuja
internalização encontra
restrições logísticas
Margens elevadas
Mercado no Brasil tem condições estruturais privilegiadas
para a indústria de refino
—
Fonte: ANP, Santander, Petrobras – Estimativa com base no Cenário Correnteza
6
Hegemonia da Petrobras traz compulsoriedade de
investimento e baixa previsibilidade desse mercado
—
Dificuldade de previsibilidade do mercado
devido à falta de dinâmica competitiva
Único investidor em refino e
logística primária no Brasil
jul/04
jul/05
jul/06
jul/07
jul/08
jul/09
jul/10
jul/11
jul/12
jul/13
jul/14
jul/15
jul/16
jul/17
Paridade de
importação
Preço de combustíveis vs. PPI (R$/m3)Investimento da Petrobras em abastecimento no Brasil
(US$ Bn, valores reais)
26
67
17
6
2013 a 20162008 a 20122002 a 20071997 a 2001
Fonte: MME, Santander
7
2.9
2.3
2.2
2030
Em Mbpd
2017
2.4
+1.8%
Evolução da demanda de derivados no Brasil
Capacidade atual
+ COMPERJ & 2º RNEST
Crescimento
anual
Fonte: Petrobras – Estimativa com base no Cenário Correnteza
Crescimento futuro
da demanda de
derivados no Brasil
requererá novos
investimentos
8
Desde 2010, o crescimento explosivo da dívida exigiu estratégia de
desalavancagem para permitir seu programa de investimentos
Redução do endividamento
Dívida líquida / EBITDA ajustado
3.2
4.3
5.4
4.9
2.5
3Q15 1Q174Q161Q15 3Q173Q162Q161Q162Q15
3.21
4Q15 1Q18 2Q18 4Q183Q184Q172Q17
• Política de preços: aderência a preços internacionais,
com ajustes mais frequentes
• Capex: maior eficiência na aplicação de capital
• Custos: gastos operacionais gerenciáveis reduziram 10%
em relação a 2016
• Parcerias & desinvestimentos: US$ 6,4 Bn de entrada
de caixa em 2017
• Objetivo até 22 de convergir o indicador de alavancagem
para a média mundial das principais empresas de óleo e
gás classificadas como investment grade
Principais entregas:
Esforços se mantêm no PNG 18-22:
1. Excluindo acordo de ação coletiva
Precificação atual baseada em dinâmica competitiva e no balanço importação/produção local
1
3
2
0
jan
abr
jan
ou
t
jul
jul
abr
abr
5%
jan
ou
t
12%
ou
t
janjul
jan
Importações de diesel por terceiros (M m3)
abr
ou
t
jul
Fonte: MME, ANP, Central Bank, UBS, Santander
2014
Preços abaixo da PPIPetrobras inicia nova
politica de preços
Investimentos em infraestrutura para
suporte à importação
Competição fortalecida,redução do premium
9
2015 2016 2017
No refino, primeiro passo foi consolidar uma política de
preços competitivos
O plano estratégico da Petrobras estabelece que parcerias em
refino e logística são o segundo passo desse reposicionamento
Suporte à desalavancagem e
geração de liquidez
Contribuição para a dinâmica competitiva
de mercado
Compartilhamento da responsabilidade do
investimento
Estabelecimento de novas referências de
eficiência de operação
10
11
...e abrem espaço para discutir dois
caminhos complementares para o futuro
Revitalização do parque remanescente
Preparação para transição para baixo carbono
Modelo proposto para parcerias em refino
—
Refinaria Presidente Getúlio Vargas – Araucária, PR
13
Uma reflexão interna longa e que hoje tem a maturidade
suficiente para ser debatida com agentes da indústria
—
2 anos de reflexão
interna e
construção do
modelo
Discussão com
agentes
da indústria
para teste e
enriquecimento
do modelo
Alinhamento
de visões e
adaptação
do modelo
de parcerias
Anúncio do
projeto
Hoje
Nada está decidido – objetivo de hoje é apresentar a proposta para ouvir e recolher opiniões
“Uma empresa integrada de energia com foco em óleo e gás que evolui com a sociedade, gera alto
valor e tem capacidade técnica única"
Energia,com foco em
óleo e gás
Evolui coma sociedade
Integraçãoeficiente
Empresadeterminada
a gerarvalor
Capacidadetécnica
Nossa visão:
Para lidar com essas questões, precisamos partir de nosso
Plano Estratégico
—
Umas das estratégias vinculadas:
“Reduzir o risco da Petrobras, agregando valor na
atuação em E&P, Refino, Transporte, Logística,
Distribuição e Comercialização por meio de
parcerias e desinvestimentos”
14
15
...e responder às
seguintes questões
relevantes para a
decisão
Parcerias em todo o parque, ou apenas em
parte dele?
Parceria somente no refino, somente na
logística, ou, de forma integrada, em refino e
logística?
Nos ativos definidos para a parceria, a
Petrobras deve manter o controle ou vender o
controle?
1
2
3
16
Blocos geográficos garantem dinâmica de
mercado reduzindo risco de competição
predatória
Parceria em todo o parque mantém
condição hegemônica e não permite criação
de mercado competitivo
Modelo foi desenhado a partir de blocos regionais para
introduzir dinâmica competitiva e maximizar captura de valor
—
1 Parcerias em todo o parque, ou apenas em parte dele?
Modelo mais atrativo
17
Desenho buscou preservar lógica de integração, protegendo
a condição privilegiada de valor do mercado brasileiro
—
Preço
Margens
Acesso ao mercado
Incentivo a
investimento
Somente logística
Dependente de acesso à rede de
distribuição e posição no mercado
Dependendo de tarifa e
volume
Acesso sustentado
Apenas em logística
Somente refino
Poder de precificação
limitado vs. Petrobras
Limitada à margem do
processo de refino
Dependente de acesso à
logística de terceiros
Sem grande incentivo
Polos integrados
Poder de precificação
regional
Captura da margem
integrada
Acesso privilegiado ao
mercado regional
Logística e refino
Modelo mais atrativo
ConcorrênciaExposto às variações da
demanda local vs.
importações
Exposto à concorrência de
um incumbente com alta
participação
Exposto à concorrência de
um incumbente com alta
participação (porém menor)
2 Parceria somente no refino, somente na logística, ou, de forma integrada, em refino e logística?
Modelo com transferência do controle parece mais atrativo
para atingir os objetivos estratégicos
—
Dinâmica
de mercado
competitiva
Manutenção
da dinâmica atual
Inclusão
de 2 novos
operadores
Risco de
competição
predatória
Geração
de caixaSem prêmio
de controle
Prêmio de
controle
Captura de
upsides em EBTIDA
Prêmio de
controle
Sem captura
de upsides futuros
Captura de
sinergias
operacionais
Coordenação E&P,
BR e clusters
levemente reduzida
Integração vertical
reduzida e
competição entre
clusters moderada
Integração vertical
muito reduzida
e competição entre
clusters elevada
Majoritária Minoritária Sem participação
Participação da Petrobras
Modelo mais atrativo
Dim
ensã
o
3 Nos ativos definidos para a parceria, a Petrobras deve manter o controle ou vender o controle?
18
Nordeste Sul
Refinarias RNEST e RLAM REPAR e REFAP
Capacidade de
processamento430 kbpd 416 kbpd
% da capacidade
de refino total19% 18%
Dutos principais2 de petróleo
13 de derivados9 dutos Petrobras
Terminais 3 terrestres
2 aquaviários
3 terrestres
4 aquaviários
Outros aspectos 2º trem de RNEST Mercado maduro
Proposta da Petrobras consiste na realização de parcerias
em 2 blocos regionais com dimensão relevante no mercado
—
19
Nessa proposta, parceiro controla a operação, enquanto
Petrobras continua com participação em 75% do mercado
—
2 refinarias
5 terminais
9 refinarias
36 terminais
2 refinarias
7 terminais
Demais refinarias e ativos logísticos associados
Parceiro
Empresa A
2 refinarias e ativos logísticos associados
Parceiro
Empresa B
2 refinarias e ativos logísticos associados
Parceria Nordeste Parceria SulPetrobras
20
100%
100%
40%60% 40%60%
100%
21
Modelo garante oportunidades de parceria
estruturalmente sólidas em mercado dinâmico e atrativo
—
Dimensão relevante
no mercado
Gestão das
alavancas de valor
Acesso a polos
integrados
22
• Processo competitivo com
divulgação ao mercado
• Ida ao mercado simultânea dos
dois blocos
• Parceiros diferentes por bloco
Garantir competitividade
Privilegiar transparência
alinhado com nova
sistemática de
desinvestimento
Busca dos parceiros via processo competitivo
e transparente, alinhado com a nova sistemática de desinvestimentos
—
Objetivos Processo para parceria
23
Ambiente de negócios está em evolução, exigindo atenção
para temas chave
—
Combate a fraude
e posturas
anticompetitivas
Simplificação
tributária
Harmonização
da cadeia de
óleo & gás e
biocombustíveis
Estabilidade
regulatória e
fiscal
Obrigado!
Refinaria Landulpho Alves – Mataripe, BA