Representação Multi-Dimensional de Arquitecturas Empresariais
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Representação Multi-Dimensional de Arquitecturas Empresariais
Mário Alexandre da Cruz Maçarico
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre emEngenharia Informática e de Computadores
JúriPresidente: Prof. Alberto Manuel Rodrigues da SilvaOrientador: Prof. José Manuel Nunes Salvador TriboletCo-Orientador: Prof. Pedro Manuel Moreira Vaz Antunes de SousaVogal: Prof. Diogo Manuel Ribeiro Ferreira
Agosto 2007
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Agradecimentos
Quero utilizar este espaço para dirigir algumas palavras de gratidão às pessoas cuja ajuda foi
essencial durante, não só o decorrer deste trabalho, mas também ao longo de todo o curso.
Para a minha mãe toda a minha gratidão, apesar de não existir gratidão suficiente que possa
recompensar todos os sacrifícios que realizou por mim e todos os maus momentos que eu passei que
foram sem dúvida tão dolorosos para ela como para mim.
Quero agradecer aos meus orientadores, o professor Tribolet e o professor Pedro Sousa, pelas
suas opiniões e conselhos que muito contribuíram para o enriquecer deste trabalho.
À Carla Pereira um muito obrigado pela sua completa disponibilidade, pela ajuda muito
necessária e pela sua orientação ao longo desta dissertação.
Quero também agradecer ao meu irmão e aos meus amigos pelos bons momentos de distracção
tão preciosos para recarregar baterias. Ao Valter pela sua continua boa disposição e pelo vício que temos
no karting (da próxima vez ganho eu). À Estela e Leonora, as amigas e colegas com quem mais vezes fiz
trabalhos de grupo. Ao Nuno, cujo sentido de humor é único no mundo (só um no mundo é o suficiente) e
os meus desejos de melhoras ao joelho recentemente operado. À Heike um obrigado por aturar todas as
minhas palermices (não deve ter sido fácil) e à telepatia que temos que por vezes assusta-me. Ao João
Mendes pela sua atitude sempre positiva. Ao Luís pelo apoio que deu nos maus momentos. E a todos
estes e mais alguns por serem bons amigos.
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ResumoEste trabalho tem como objectivo introduzir um conjunto de regras aplicáveis a conceitos
empresariais. Estas regras têm como função garantir a rastreabilidade entre modelos empresariais. A
rastreabilidade entre modelos permite visualizar a arquitectura empresarial através das várias dimensões
que a constituem, podendo também funcionar como um filtro de forma a visualizar somente os elementos
relevantes numa determinada situação. Também é pretendido com este trabalho a preservação da
sintaxe utilizada na arquitectura empresarial. Isto significa a elaboração de um outro conjunto de regras
aplicáveis aos conceitos empresariais que possibilitem a detecção de potenciais problemas na
modelação.
Para atingir estes objectivos foi utilizada a framework de Zachman devido à divisão dos modelos
que constituem uma arquitectura empresarial em dimensões. Neste trabalho as dimensões What, How,
When, Where, Why e Who são associadas a conceitos empresariais. O conceito de processo de negócio
é aqui definido como o elemento agregador dos restantes conceitos empresariais. Isto possibilita a
rastreabilidade entre modelos e a visualização da arquitectura através das suas dimensões.
A introdução de níveis hierárquicos nos conceitos associados às dimensões permite a criação de
níveis de granularidade, utilizáveis na visualização da arquitectura. Esses níveis de granularidade
possibilitam a visualização da arquitectura conforme o grau de abstracção desejado. Adicionalmente,
podem ser aplicadas regras aplicáveis aos conceitos de níveis de granularidade diferentes, essas regras
permitem auxiliar a modelação e detectar erros de modelação.
As regras foram implementadas no programa System Architect, o qual funcionará como um
repositório de processos. De forma a validar o trabalho, o meta-modelo do programa foi estendido. Foi
também criada uma extensão ao programa que implementa as regras definidas e utilizado um caso de
estudo real para validar a implementação.
Palavras-Chave: Arquitectura, Processo de negócio, Zachman, Dimensões, Consistência, Interligação,
Representação
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AbstractThis work aims to introduce a set of rules to be used with organizational concepts. These rules
are meant to maintain rastreability between enterprise models. The rastreability between models allows
representing the enterprise architecture by its several dimensions, and can be used as a filter to only
visualize the relevant elements in a concrete situation. Another goal of this work is to preserve the syntax
used in the enterprise architecture. This means the elaboration of another set of rules with the objective of
detecting potential modelling problems.
The Zachman Framework was used in this work to achieve these goals. This was due to its
division of the modelling models by several dimensions. In this work the dimensions What, How, When,
Where, Why and Who are related to modelling concepts. The business process modelling concept is
defined where as the glue between other modelling concepts. This aggregation allows the rastreability
between models and the visualization of the architecture through its dimensions.
The addition of hierarchical leveling in modelling concepts allows the creation of abstraction
levels. These levels can also be used to visualize the architecture, depending on the detail level desired.
Also, rules can be applied between abstraction levels with the aim to help the modelling effort and detect
modelling errors.
These rules where implemented in the program System Architect. To validate this work the
System Architect was used as a process repository. Its meta-model was extended and a macro that
implemented the rules was written. Afterwards the work was validated with a real case study.
Key-words: Architecture, Business Process, Zachman, Dimensions, Inter-connection, Rules,
Representation
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ÍndiceAGRADECIMENTOS.................................................................................................................................................. 3
RESUMO........................................................................................................................................................................ 5
ABSTRACT....................................................................................................................................................................6
ÍNDICE IMAGENS....................................................................................................................................................... 9
ÍNDICE TABELAS..................................................................................................................................................... 10
1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................................12
1.1.CONTEXTO..............................................................................................................................................................121.2.OBJECTIVOS............................................................................................................................................................ 13
2.ESTADO DA ARTE................................................................................................................................................. 14
1.1 ARQUITECTURAS EMPRESARIAIS................................................................................................................................142.1.FRAMEWORK DE ZACHMAN....................................................................................................................................... 152.2.PROCESSO DE NEGÓCIO............................................................................................................................................ 172.3.PROCESSOS DE NEGÓCIO E DIMENSÕES......................................................................................................................... 19
3.REPRESENTAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DE ARQUITECTURAS EMPRESARIAIS...........................22
3.1.META-MODELO....................................................................................................................................................... 223.1.2.Níveis de Granularidade.............................................................................................................................25
3.2.REPRESENTAÇÃO DOS PROCESSOS E DAS DIMENSÕES...................................................................................................... 263.2.1.Representação dos Processos..................................................................................................................... 263.2.2.Representação dos Actores, Entidades Informacionais, Objectivos, Tempos e Localizações................... 283.2.3.Tipos de representações..............................................................................................................................28
3.3.REGRAS................................................................................................................................................................. 303.3.1.Regras Tipo 1.............................................................................................................................................. 303.3.2.Regras Tipo 2.............................................................................................................................................. 33
4.VALIDAÇÃO DO TRABALHO............................................................................................................................. 37
4.1.ANÁLISE DOS DIAGRAMAS EXISTENTES NO “SYSTEM ARCHITECT”................................................................................... 384.2.DIAGRAMAS UTILIZADOS.......................................................................................................................................... 42
4.2.1.Diagrama de processo de negócio (Diagrama BPMN)..............................................................................424.2.2.Diagrama Business Process Hierarchy...................................................................................................... 434.2.3.Diagrama Organization Chart................................................................................................................... 434.2.4.Diagrama Enterprise Direction.................................................................................................................. 44
4.3.DIAGRAMAS CRIADOS............................................................................................................................................... 454.3.1.Diagrama Informação................................................................................................................................ 454.3.2.Diagrama Actores....................................................................................................................................... 464.3.3.Diagrama Tempo........................................................................................................................................ 46
4.4.DEFINIÇÕES UTILIZADAS NO SYSTEM ARCHITECT..........................................................................................................474.5.IMPLEMENTAÇÃO..................................................................................................................................................... 48
4.5.1.Meta-modelo do System Architect...............................................................................................................484.5.2.Construção dos modelos............................................................................................................................. 484.5.3.Implementação da macro............................................................................................................................49
5.CASO DE ESTUDO INATEL................................................................................................................................. 61
5.1.INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................................615.2.CONTEXTO..............................................................................................................................................................625.3.EXTENSÕES AO TRABALHO.........................................................................................................................................64
5.3.1.Dimensão Sistema....................................................................................................................................... 64
7
5.3.2.Representação da transição do “As Is” para o “To Be”........................................................................... 655.4.REGRAS................................................................................................................................................................. 69
5.4.1.Substituição de dimensões usadas nos processos por dimensões de mais alto nível................................. 695.4.2.Balanceamento de Processos......................................................................................................................695.4.3.Processos de negócio folha com dimensões não folha............................................................................... 705.4.4.Processos equivalentes detectados............................................................................................................. 715.4.5.Processos sem inputs, processos sem outputs, processos sem actores, processos sem localizações, processos sem tempos.......................................................................................................................................... 755.4.6.Processos sem Objectivos........................................................................................................................... 755.4.7.Processos folha com duas ou mais dimensões do mesmo tipo (excluindo a dimensão What)................... 75
6.CONCLUSÕES......................................................................................................................................................... 79
7.OBJECTIVOS ATINGIDOS...................................................................................................................................80
8.TRABALHO FUTURO............................................................................................................................................81
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................................82
ANEXO A – MANUAL DO UTILIZADOR............................................................................................................. 84
1.1.PREPARAR ENCICLOPÉDIA PARA A MACRO.....................................................................................................................841.2.DEFINIÇÃO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO...................................................................................................................... 841.3.DEFINIÇÃO DOS ACTORES, ENTIDADES INFORMACIONAIS, LOCALIZAÇÕES, OBJECTIVOS, TEMPOS E SISTEMAS............................. 851.4.REPRESENTAÇÃO VISUAL DAS DIMENSÕES E DOS PROCESSOS............................................................................................85
1.4.1.Processo...................................................................................................................................................... 851.4.2.Actor............................................................................................................................................................851.4.3.Localização................................................................................................................................................. 861.4.4.Objectivo..................................................................................................................................................... 861.4.5.Tempo..........................................................................................................................................................861.4.6.Entidade Informacional.............................................................................................................................. 861.4.7.Sistema........................................................................................................................................................ 87
1.5.INTERFACE REPRESENTAÇÃO MULTI-DIMENSIONAL...................................................................................................... 871.5.1.Representação das dimensões.....................................................................................................................891.5.2.Visualização do “As-Is” e do “To-Be”...................................................................................................... 901.5.3.Regras......................................................................................................................................................... 901.5.4.Pesquisa...................................................................................................................................................... 91
1.6.AUXILIO VISUAL À TRANSIÇÃO DO “AS-IS” E “TO-BE” NOS PROCESSOS.......................................................................... 931.6.1.Visualização das relações dos processos no diagrama actual................................................................... 931.6.2.Explorador “As-Is” “To-Be”..................................................................................................................... 941.6.3.Visualização das dimensões........................................................................................................................95
1.7.ANALYTICS.............................................................................................................................................................961.7.1.Dimensão não utilizada em processos........................................................................................................ 971.7.2.Actor não associado a localizações............................................................................................................ 971.7.3.Localização sem actores associados.......................................................................................................... 98
1.8.EXPORTAR MATRIZES................................................................................................................................................98
ANEXO B – USERPROPS..........................................................................................................................................99
2.1.INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................................992.2.CONFIGURAÇÃO UTILIZADA........................................................................................................................................99
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Índice Imagens– REPRESENTAÇÃO DE UM PROCESSO ATRAVÉS DAS DIMENSÕES......................................................20
META-MODELO........................................................................................................................................................ 22
– REPRESENTAÇÃO DOS PROCESSOS...............................................................................................................27
– REPRESENTAÇÃO DE UM PROCESSO COM DIMENSÕES........................................................................ 27
– REPRESENTAÇÃO DE UM ACTOR................................................................................................................... 28
– INCONSISTÊNCIA ENTRE PROCESSOS, ACTORES E LOCALIZAÇÕES................................................31
– PROCESSO PAI COM DIMENSÃO MENOS GENÉRICA............................................................................... 33
– BALANCEAMENTO DAS DIMENSÕES USADAS............................................................................................ 34
– BALANCEAMENTO NOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS...................................................................................... 34
– DECOMPOSIÇÃO DE UM PROCESSO.............................................................................................................. 35
– DIAGRAMA BPMN COM A NOTAÇÃO DE INPUTS E OUTPUTS............................................................... 42
– BUSINESS PROCESS HIERARCHY....................................................................................................................43
– ORGANIZATION CHART.....................................................................................................................................44
– ENTERPRISE DIRECTION...................................................................................................................................45
– DIAGRAMA DE INFORMAÇÃO..........................................................................................................................46
– VISUALIZAÇÃO DOS PROCESSOS E SUBPROCESSOS DE NEGÓCIO ATRAVÉS DA MACRO.........50
– VISUALIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIOS TENDO EM CONTA TODAS AS DIMENSÕES.. 51
– VISUALIZAÇÃO DE UM ACTOR ATRAVÉS DA DIMENSÃO WHEN, WHAT, WHERE, E WHO........ 52
– PROCESSOS FOLHA COM 2 OU MAIS DIMENSÕES DO MESMO TIPO.................................................. 53
– LOCALIZAÇÕES FOLHA SEM ACTORES....................................................................................................... 54
– PROCESSOS EQUIVALENTES............................................................................................................................ 55
– PESQUISA DE PROCESSOS SEM DIMENSÕES TIPO....................................................................................56
– PESQUISA DE PROCESSOS POR ELEMENTOS ESPECÍFICOS..................................................................57
– TRANSIÇÃO DO MODELO AS-IS PARA O MODELO TO-BE DE UM ACTOR.........................................59
– REPRESENTAÇÃO VISUAL DA TRANSIÇÃO DO MODELO AS-IS PARA O MODELO TO-BE DOS PROCESSOS................................................................................................................................................................60
– VISIO CRIADO POR FUNCIONÁRIOS DO INATEL.......................................................................................63
– META-MODELO COM SISTEMA....................................................................................................................... 65
– DIAGRAMA DE SISTEMAS..................................................................................................................................65
– TRANSIÇÃO DE UM ACTOR "AS IS" PARA O "TO BE" E A RELAÇÃO COM OS PROCESSOS....... 67
– PROCESSOS "AS IS" RELACIONADOS COM O PROCESSO "TO BE".....................................................67
- EXPLORADOR "AS-IS" "TO-BE"....................................................................................................................... 68
– REPRESENTAÇÃO DOS PROCESSOS...............................................................................................................85
– REPRESENTAÇÃO DOS ACTORES................................................................................................................... 86
9
– REPRESENTAÇÃO DAS LOCALIZAÇÕES.......................................................................................................86
– REPRESENTAÇÃO DOS OBJECTIVOS.............................................................................................................86
– REPRESENTAÇÃO DOS TEMPOS......................................................................................................................86
– REPRESENTAÇÃO DAS ENTIDADES INFORMACIONAIS..........................................................................87
– REPRESENTAÇÃO DE INPUTS...........................................................................................................................87
– REPRESENTAÇÃO DE OUTPUTS...................................................................................................................... 87
– REPRESENTAÇÃO DE SISTEMAS..................................................................................................................... 87
– MENU PRINCIPAL................................................................................................................................................. 88
– VISUALIZAÇÃO DA ARQUITECTURA ATRAVÉS DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO............................89
– VISUALIZAÇÃO DA ARQUITECTURA ATRAVÉS DOS ACTORES........................................................... 90
– PESQUISA DE PROCESSOS DE NEGÓCIO ATRAVÉS DE DIMENSÕES TIPO........................................92
– PESQUISA DE PROCESSOS DE NEGÓCIO ATRAVÉS DE ELEMENTOS CONCRETOS....................... 93
– PROCESSO DE NEGÓCIO NÃO UTILIZADO NO "TO-BE"......................................................................... 94
– PROCESSO NOVO NO "TO-BE"......................................................................................................................... 94
– PROCESSO REUTILIZADO..................................................................................................................................94
- EXPLORADOR "AS-IS" "TO-BE"....................................................................................................................... 95
– TRANSIÇÃO DO ACTOR "PESSOA_1-AS-IS"..................................................................................................96
– ACTOR NÃO USADO NOS PROCESSOS E NÃO ASSOCIADO A NENHUMA LOCALIZAÇÃO............97
– DIMENSÃO NÃO UTILIZADA............................................................................................................................. 97
– ACTOR NÃO ASSOCIADO A LOCALIZAÇÕES.............................................................................................. 98
– LOCALIZAÇÃO SEM ACTORES ASSOCIADOS............................................................................................. 98
Índice Tabelas
TABELA 1 DIMENSÕES DA FRAMEWORK DE ZACHMAN (SOUSA 2006).................................................16
TABELA 2 RELAÇÕES ENTRE PRIMITIVAS E DIMENSÕES........................................................................ 24
TABELA 3 MAPEAMENTO DOS DIAGRAMAS E DEFINIÇÕES DO “SYSTEM ARCHITECT” ÀS CÉLULAS DA FRAMEWORK DE ZACHMAN (PERSPECTIVA CONCEPTUAL)........................................38
TABELA 4 – ANÁLISE DOS DIAGRAMAS EM RELAÇÃO ÀS DIMENSÕES............................................... 40
TABELA 5 – SUBIR O NÍVEL GRANULARIDADE DAS PRIMITIVAS UTILIZADAS.................................69
TABELA 6 – BALANCEAMENTO ENTRE PROCESSOS E DIMENSÕES...................................................... 70
TABELA 7 – PROCESSOS COM DIMENSÕES NÃO FOLHA........................................................................... 71
TABELA 8 – PROCESSOS EQUIVALENTES.......................................................................................................72
TABELA 9 – PROCESSOS SEM CONCLUSÃO NA EQUIVALÊNCIA.............................................................74
TABELA 10 – PROCESSOS DE NEGÓCIO FOLHA COM DUAS OU MAIS DIMENSÕES DO MESMO TIPO..............................................................................................................................................................................78
TABELA 11 – OBJECTOS E RESPECTIVOS DIAGRAMAS..............................................................................85
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11
1.Introdução
1.1.Contexto
Devido à complexidade das organizações é necessário utilizar métodos que permitam lidar com
essa complexidade. Normalmente para se lidar com a complexidade das empresas, utilizam-se métodos
que decompõem essa complexidade em partes ou domínios menos complexos.
Uma arquitectura empresarial específica como a organização, como um todo, pode ser
decomposta em componentes individuais. A decomposição desses componentes, a sua definição e o
modo como interagem uns com os outros constitui a arquitectura empresarial (Iyer B. 2004). A
arquitectura empresarial é um método que tenta fornecer uma abstracção sobre como um negócio
funciona. Esta simplificação da organização possibilita uma melhor compreensão da organização, e
através dela, a identificação de oportunidades para melhorar o negócio (Eriksson 2001, página 3).
Para representar arquitecturas empresariais são utilizados modelos empresariais. Um modelo
empresarial permite representar uma parte da organização, e desta forma reduzir a complexidade
referida anteriormente. Com modelos suficientes é possível representar todas as partes existentes da
organização. O problema reside em saber como os vários elementos, existentes nos múltiplos modelos
organizacionais, funcionam entre si. Para se conseguir obter uma representação completa da
organização não basta possuir todas as peças do puzzle que constituem a organização. É também
necessário saber como essas peças encaixam entre si, de forma a se obter uma imagem completa da
organização.
Para tal é necessário introduzir um modelo que permita interligar os elementos básicos da
arquitectura empresarial. É necessário referir que os modelos empresariais não possuem essa
informação incutida. Como consequência, as interacções entre elementos têm de ser obtidas na própria
organização.
A interligação dos elementos básicos permite visualizar a arquitectura empresarial através de
vistas lógicas. Estas vistas representam a forma como os elementos interagem entre si. Tomemos como
exemplo a vista com foco na segurança (que pessoas têm acesso a que objectos?). A informação
necessária para responder a esta questão está na forma como os elementos dos modelos interagem
entre si. Neste caso, trata-se do modelo que contem a informação dos objectos existentes na
organização, e do modelo que contem as pessoas existentes na organização. Ao relacionar os elementos
destes dois modelos obtém-se a resposta à questão atrás referida.
Outra vantagem em fazer a interligação entre modelos é a possibilidade de introduzir regras à
forma como os modelos interagem entre si. Estas regras visam em auxiliar a modelação da organização
12
e têm como objectivo detectar erros na modelação da organização. Caso a modelação esteja correcta, as
regras permitem detectar pontos de ineficiências na própria organização.
A framework de Zachman é uma framework que permite construir arquitecturas empresariais.
Possui um esquema em matriz que fornece uma divisão lógica dos modelos empresariais necessários
para representar uma organização. Utiliza um conjunto de dimensões (Who, What, How, Where, Why e
When) e perspectivas para realizar a divisão da arquitectura empresarial.
1.2.Objectivos
Este trabalho foi elaborado com os seguintes objectivos principais:
• Elaborar um modelo que permita visualizar arquitecturas empresariais através de uma
das dimensões que a constitui, ou através da combinação de várias dimensões de forma
a criar uma representação da arquitectura empresarial com foco numa preocupação
específica de um stakeholder.
• Garantir rastreabilidade entre os modelos empresariais empregues numa arquitectura
empresarial. O modelo deve também permitir representar a organização em várias
camadas de abstracção, e desta forma controlar o nível de detalhe pelo qual se deseja
visualizar a organização.
• Definição de um conjunto de regras que garantem a preservação da sintaxe numa
arquitectura empresarial. Estas regras devem portanto, garantir que a arquitectura
empresarial construída é consistente e detectar problemas de modelação e problemas
existentes na própria organização.
Foi definido o seguinte objectivo secundário:
• Definir uma representação para a transição do modelo “As-Is” para o modelo “To-Be” de
forma a auxiliar esta etapa.
13
2.Estado da arte
1.1 Arquitecturas Empresariais
Devido à crescente complexidade das organizações é necessário utilizar métodos que permitam
reduzir a essa complexidade para se melhor compreender e melhorar o funcionamento da organização.
As arquitecturas empresariais são utilizadas com esse objectivo. As arquitecturas permitem uma
representação simplificada da organização, um rápido redesenho de processos e conceitos empresariais,
garantir rastreabilidade desde o nível estratégico até ao nível tecnológico e identificar potenciais
problemas e pontos para aumento de desempenho e produtividade.
De acordo com (Towers S 2005) uma arquitectura empresarial é utilizada para:
• Suportar a implementação da estratégia, de acordo com vários níveis.
• Clarificar as responsabilidades de todos dentro da organização, e permitir a definição de
objectivos colaborativos em vez de partilhados.
• Definir uma framework da qual se pode analisar a situação “AS IS” de cada processo.
Para representar a vasta complexidade existente nas típicas organizações, é necessário
apresentar as arquitecturas, não no seu todo, mas nas suas partes. As arquitecturas consistem num
conjunto de modelos que representam várias partes da organização. Perspectivas (ou vistas) sobre a
arquitectura empresarial permitem representar parte da organização na qual estão ocultos elementos não
relevantes sob um determinado aspecto. Várias frameworks definem ou recomendam a utilização de
determinadas perspectivas. Porém estas perspectivas estão muitas vezes associadas aos vários
stakeholders (por exemplo, administração/perspectiva visão de negócio), ou então a elementos
individuais do negócio (como exemplo, perspectiva de recursos). Têm como objectivo detalhar todas as
estruturas relevantes da organização, tais como negócio, aplicações, tecnologia e informação, entre
outras.
Rittgen propõe modelar a multidimensionalidade de uma arquitectura empresarial em cinco vistas
(Rittgen página 76):
Arquitectura organizacional. Lida com aspectos da organização que não estão directamente
relacionados com o negócio nem com os mecanismos utilizados para criar valor. Inclui conceitos de
missão, visão de negócio e estratégia e a definição de unidades organizacionais.
14
Arquitectura de negócio. Resulta da implementação das estratégias de negócio e da definição
de processos. Nesta vista o conceito fundamental é o de processo de negócio, o qual adiciona valor à
organização e opera através de inputs e outputs.
Arquitectura informacional. Descreve os objectos que a organização necessita para executar
os processos descritos na arquitectura de negócio. É estruturada numa colecção de entidades
informacionais.
Arquitectura de aplicações. Define as aplicações necessárias à gestão da informação e ao
suporte ao negócio.
Arquitectura tecnológica. Representa a tecnologia utilizada na implementação das aplicações.
Define também a infraestrutura necessária à execução dos sistemas de suporte aos processos de
negócio.
Dado que as arquitecturas são compostas por vistas/perspectivas de modelos cujas interacções
com outros modelos não estão definidas, não é possível garantir rastreabilidade entre estas. Conforme já
foi referido, para se conseguir uma completa representação da organização também é necessário saber
as relações entre os elementos que constituem a organização. É neste aspecto que este trabalho se foca.
2.1.Framework de Zachman
Desenvolvida por Zachman em 1987, a framework de Zachman fornece um esquema para a
classificação dos modelos das arquitecturas empresariais (Zachman, 2003).
A framework é composta por seis (6) perspectivas e seis (6) dimensões. Uma perspectiva pode
ser definida como a observação da arquitectura empresarial na óptica de vários stakeholders (Rittgen
2006, página 74).
As perspectivas são:
• Scope (Contextual). Relacionada com aspectos estratégicos da organização e contexto
ambiental.
• Business model (Conceptual). Relacionada com a perspectiva de negócio da
organização, como produz valor e como é utilizada.
• System Model (Lógico). Relacionada com os sistemas da organização.
• Technology model (Físico). Relacionada com a tecnologia utilizada para suportar os
sistemas e negócio da organização.
• Detailed representation (subcontractor’s perspective). Relacionado com as
especificações dos componentes do sistema que será sub-contratado internamente ou
por terceiros.
• Functioning enterprise
Neste trabalho trabalhou-se essencialmente com a perspectiva Business model (Conceptual).
15
A framework é representada por uma matriz cujas colunas correspondem às dimensões, e as
linhas às perspectivas. Esta combinação entre perspectivas e dimensões permitem a divisão lógica de
toda a arquitectura empresarial. Uma célula da tabela representa portanto uma preocupação de um
determinado stakeholder. De notar que a framework não impõe qualquer restrição quanto à construção
dos modelos, apenas define a estrutura necessária para a classificação dos elementos que constituem a
arquitectura empresarial.
As dimensões da framework de Zachman são interrogativas básicas pelas quais os utilizadores
podem interrogar a arquitectura.
Neste trabalho as dimensões escolhidas para a representação multi-dimensional de arquitecturas
foram as dimensões as dimensões da framework de Zachman. (Zachman, 2003) . Estas são
• What
• How
• Where
• Why
• Who
• When
A tabela 1 explica as várias dimensões da framework de Zachman e como se relacionam com o
negócio.
Dimensão Focos PropósitoWhat Dados Os dados da organização e como são utilizados.How Função O processo de traduzir a missão da organização para
negócios.Who Pessoas Quem está relacionado com os “major artifacts” da
organização: processos de negócio, informação e IT. Células de alto nível referem-se a unidades organizacionais. As de baixo nível aos utilizadores dos sistemas.
When Tempo A forma como os artefactos da organização se relacionam e evoluem ao longo do tempo.
Why Motivação A tradução dos “goals” para acções e objectivosWhere Network A distribuição geográfica das actividades e artefactos
da organização.Tabela 1 Dimensões da framework de Zachman (Sousa 2006)
Apesar de a framework contemplar qualquer aspecto de uma arquitectura empresarial através
das suas dimensões e perspectivas, verifica-se que a framework não define um meta-modelo para a
integração da informação de cada célula1 (Rittgen 2006, página 75).
1 Intercepção entre uma dimensão e uma perspectiva da framework de Zachman
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Neste trabalho o termo “primitiva” é definido como um conceito empresarial fundamental à
construção de um modelo empresarial. Para cada célula da framework de Zachman existe uma primitiva
concreta (Locke).
A framework assume possuir todas as primitivas necessárias à classificação da organização.
Elementos primitivos não explícitos são elementos implícitos (Zachman, 2007).
O capítulo 2 apresenta mais detalhes sobre a interligação destas primitivas.
2.2.Processo de Negócio
O conceito de processo de negócio é fundamental na elaboração deste trabalho. Este conceito permite
representar as várias acções que uma organização desempenha para realizar o seu negócio. Todas as
organizações executam processos, sendo o número de processos dependente da dimensão e da
complexidade da própria organização.
Existem várias definições para o termo “processo de negócio”. Algumas destas definições são:
• (Smith 2006) afirma que “A business process is the complete and dynamically coordinated set of
collaborative and transactional activities that deliver value to customers”.
• “An approach to doing something that consists of a number of activities, each of which will
produce and/or consume some sort of artifact. Each of these activities is the responsibility of a
single stakeholder” (Holt 2005)
• (Rittgen 2006) apresenta um conjunto de definições encontradas para processo de negócio:
o “The set of internal activities performed to serve a customer. The purpose of each business
process is to offer each customer the right product or service, with a high degree of
performance measures against cost, longevity, service, and quality.”
o “A set of coherent activities that creates a result with some value for an internal or external
customer; it is a meaningful whole of value-adding activities.”
o “The manner in which work is organized, coordinated, and focused to produce a valuable
product or service.”
o “A collection of activities that takes one or more kinds of inputs and creates an output that is of
value to the customer.”
Destas definições o factor comum é “a business process is a coordinated set of activities that is able to
add value to the customer and achieve business goals”.
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• (Marshall, 1999) classifica processo de negócio como: “A series of coherent activities that creates
a result with some value for an external or internal customer; It is a meaningful whole of value
adding activities. A kind of process that supports and/or is relevant to business organizational
structure and policy for the purpose of achieving business objectives. This includes both manual
processes and/or workflow processes.”
(Eriksson, 2001, página 68) define processo de negócio como:
• Tem um objectivo.
• Tem um input específico.
• Tem um output específico.
• Usa recursos.
• Tem um numero de actividade que são executadas numa ordem, dependendo das condições e
eventos que podem ocorrer durante a execução do processo. As actividades dentro do processo
podem ser vistas como sub-processos.
• Afecta mais que uma unidade organizacional. É horizontal à organização.
• Cria valor para um determinado tipo de cliente. O cliente pode ser interno ou externo ao negócio.
(Sousa, 2006) possui a definição de processo de negócio que mais interessa a este trabalho.
Esta é:
• “A business process can be inferred as a set of connected activities with inputs and outputs,
which interact with people, contribute to achieving business goals, take place in a specific location
and occur during a period of time”.
Destas definições pode-se afirmar que um processo possui as seguintes características:
• É transversal à organização.
• Cria valor à organização.
• É constituído por actividades ou sub-processos
Outras características dos processos de negócio de especial interesse neste trabalho são
aqueles definidas por (Sousa, 2006) :
• Possuem inputs e outputs.
• Interagem com pessoas (actores no contexto deste trabalho).
• Contribuem para atingir objectivos de negócio.
• Ocorrem num local específico.
• Ocorrem durante um período de tempo.
18
Devido a estas características, o processo de negócio é a escolha lógica para ser o conceito
fundamental na modelação e representação de arquitecturas empresariais. O processo de negócio é o
principal conceito de “business process modelling”, devido à sua produção de valor para a organização e
à sua horizontalidade em relação ao negócio, o que permite modelar vários aspectos da organização
através da sua observação.
Também o é no contexto deste trabalho pois as suas características permitirem uma boa
interligação entre primitivas organizacionais. São estas primitivas que irão ter uma correspondência com
as dimensões utilizadas neste trabalho. O processo de negócio é, no contexto deste trabalho, o elemento
principal e unificador entre as dimensões, e é através dele que as interligações entre as várias dimensões
serão realizadas.
2.3.Processos de negócio e dimensões
Conforme referido, a framework de Zachman não define as relações entre as primitivas de cada
célula da framework. Para tal ser possível, pode-se utilizar elemento que possua relações com essas
primitivas.
Das definições de processo de negócio referidas na secção Processo de Negócio, página 17,
verifica-se através das características dos processos de negócio que estes são facilmente mapeáveis às
primitivas das células na perspectiva conceptual da framework de Zachman. Isto levou à utilização do
processo de negócio como o conceito que agrega as primitivas da perspectiva conceptual.
Portanto, na perspectiva conceptual da framework de Zachman, é possível estabelecer uma
relação entre o conceito de processo de negócio e as dimensões.
Para se concretizar essa integração entre primitivas e processos de negócio, é necessário
recolher essa informação da organização quando se efectua o levantamento dos processos da
organização.
A Imagem 1 mostra a representação de um processo (Processo X) através de dimensões, e
como estas podem facilitar a visualização dos vários elementos que constituem a organização, bem como
a forma como estão relacionados entre si. De acordo com (Sousa, 2006), as dimensões permitem aplicar
o conceito de “camada” a cada objecto existente no repositório de processos de negócio. (Sousa, 2006)
propõe seis camadas, com cada camada associada a uma dimensão, de forma a aumentar a capacidade
de extracção de informação do repositório de processos de negócio.
19
Imagem 1 – Representação de um processo através das dimensões
A associação entre dimensões permite a representar a arquitectura através das ligações de
interesse para um stakeholder. Por exemplo, um stakeholder interessado com a segurança de
determinada entidade informacional pode visualizar onde essa entidade informacional é utilizada e por
quais actores, (dimensão What, Where e Who). A própria actividade de modelação da organização é
auxiliada através da inclusão de regras definidas na associação de processos de negócio e primitivas, ver
secçãoRegras página 30. Adicionalmente, esta integração entre elementos de vários modelos
organizacionais introduz uma grande componente de rastreabilidade em toda a arquitectura.
20
21
3.Representação Multidimensional de Arquitecturas Empresariais
A representação multidimensional de arquitecturas empresariais tenta estabelecer relações entre
as dimensões de uma organização (Who, What, Where, Why, How, When). Normalmente um modelo
empresarial representa apenas uma das dimensões, porém possuir modelos de todas as dimensões não
é o suficiente para possuir a representação completa da organização. É necessário também obter
informação da organização sobre como cada dimensão se relaciona com as restantes.
Para se obter uma interligação entre as dimensões foi utilizado um conceito empresarial com
características que possibilitam a sua relação com cada uma das dimensões, e como consequência a
interligação entre uma dimensão e as restantes deste elemento agregador. Esse conceito empresarial foi
o de “processo de negócio”.
3.1.Meta-modelo
Processo Entidade InformacionalActor
Objectivo Tempo
Localização
* **
*
*
1
**
*
*
1
*
1*
1*
**
1*1
*
**
Input
Output*
*
Imagem 2 Meta-modelo
O meta-modelo criado para a representação multidimensional de arquitecturas empresariais é um
modelo que necessita relacionar primitivas. Para tal foi criado o meta-modelo representado na Imagem 2.
Ao processo de negócio está associado um conjunto de primitivas, cada primitiva por sua vez
está relacionada com uma dimensão de Zachman. Desta forma um processo de negócio está associado
a entidades informacionais, localizações, objectivos, actores e tempos. Estas primitivas (entidades
informacionais, localizações, objectivos, actores, processos e tempos) estão directamente associadas às
22
várias dimensões descritas pela framework de Zachman. Estas relações permitem representar o negócio
através das várias dimensões da framework de Zachman.
Conforme pode-se observar no modelo, todas estas primitivas são definidas de forma
hierárquica. Deste modo são modelados vários níveis de granularidade na arquitectura empresarial.
3.1.1.1.Primitivas
3.1.1.1.1.Processo de Negócio
A dimensão How representa como se executa uma determinada tarefa ou processo. Esta
dimensão está associada ao próprio conceito processo de negócio. Uma vez que os processos de
negócio são decompostos em sub-processos, esta dimensão permite visualizar em vários níveis de
granularidade o “como” se executa o negócio, desde os macro-processos até às actividades ou
processos folha.
3.1.1.1.2.Tempo
A dimensão When está associada à primitiva Tempo. Esta primitiva indica uma frequência de
execução. Um tempo associado a um processo revela a frequência de realização do processo (por
exemplo, uma vez por dia, ou 3 vezes por ano, uma vez por programa).
3.1.1.1.3.Entidade Informacional
A dimensão What está associada com Entidades Informacionais. Entidades informacionais
representam os objectos utilizados, consumidos ou criados num processo (por exemplo, uma factura),
(Macedo 2005). A sua associação com um processo pode ser de duas formas:
• Input: São entidades informacionais que processos de negócio necessitam para serem
executados.
• Output: São entidades informacionais resultantes da execução de um processo de
negócio.
3.1.1.1.4.Localização
A dimensão Where está associada a Localizações (podem ser por exemplo, departamentos de
uma organização ou localizações geográficas). Estas indicam a localização onde o processo é realizado.
As localizações também são locais onde actores executam as suas tarefas. Por consequência o
meta-modelo utilizado reflecte essa associação. Esta associação permite introduzir mais algumas regras
de consistência às dimensões.
23
3.1.1.1.5.Actor
Actores são capazes de desempenhar um conjunto de serviços que definem um papel. Estes
serviços estão relacionados com as competências, capacidades e outros atributos ligados à pessoa que
são relevantes no contexto de uma actividade (Rittgen 2006, página 88).
A dimensão Who está associada a actores. Os actores representam funções específicas numa
organização (por exemplo, chefe de departamento) e indicam quem é responsável e quem realiza o
processo de negócio. No meta-modelo está definida uma relação entre os actores e as localizações, dado
que a estes devem estar alocados a sítios de trabalho.
3.1.1.1.6.Objectivo
Objectivos são metas estabelecidas com o intuito de expressar como se deve atingir uma
estratégia.
Um objectivo pode ser decomposto em sub-objectivos. Atingir o objectivo superior é dependente
de atingir os sub-objectivos. Também alguns sub-objectivos podem substituir ou compensar sub-
objectivos falhados (Eriksson 2001, página 79).
A dimensão Why está associada a objectivos, os quais estão associados aos processos de
negócio que os atingem.
3.1.1.2.Relações entre as primitivas e dimensõesCada dimensão está directamente relacionada com uma primitiva organizacional. As relações
entre as dimensões e as primitivas estão representadas no meta-modelo e na Tabela 2.
Objecto DimensãoEntidade Informacional What
Localização WhereProcesso de negócio How
Actor WhoObjectivo Why
Tempo WhenTabela 2 Relações entre primitivas e dimensões
24
3.1.2.Níveis de Granularidade
A estrutura definida pelo meta-modelo permite a decomposição dos elementos em sub-elementos
do mesmo tipo.
Esta decomposição dos processos de negócio, objectivos, actores, localizações, tempos e
entidades informacionais permite definir modelos numa estrutura hierárquica.
Os processos de negócio, conforme já referido na sua definição, podem ser decompostos em
sub-processos que mostram como este é realizado.
Os objectivos, também pela sua definição, podem ser decompostos em sub-objectivos que
devem ser atingidos de forma a atingir o objectivo pai.
Um actor pode ser também visto como um papel que alguém desempenha na organização, a
esse actor podem estar relacionados sub-papéis. Por este motivo os actores podem ser definidos
hierarquicamente.
As localizações que representam as localizações ou departamentos existentes na organização. A
definição das localizações é feita de forma hierárquica.
Também os tempos são elementos que podem ser definidos em hierarquias. Desde uma
hierarquia cuja frequência de execução está dependente do tempo (por exemplo, uma vez por semana,
duas vezes por semana…) ou de qualquer evento (exemplo, uma vez por programa).
Estas estruturas hierárquicas dos elementos permitem a construção de arquitecturas empresarias
com várias camadas de granularidade. Isto significa que a arquitectura pode ser visualizada consoante a
nível de detalhe desejado por parte do stakeholder. Níveis de granularidade grandes permitem visualizar
a arquitectura com um elevado grau de abstracção, nos quais se encontram omitidos detalhes
irrelevantes. Níveis de granularidade baixos mostram o máximo de detalhes da arquitectura.
Os níveis de granularidade e a interligação das primitivas entre si permitem construir regras com
o objectivo de garantir que a informação é correctamente modelada e possui a granularidade apropriada.
(Ver regras página 30).
25
3.2.Representação dos processos e das dimensões
A interligação das dimensões aos processos, e a definição hierárquica das primitivas permite a
representação da arquitectura através de composições e combinações de dimensões. Isto significa,
conforme já foi referido, que além de se poder representar a arquitectura conforme cada dimensão,
podem-se também criar vistas muito específicas (Sousa, 2006). Exemplo disso é obter uma vista da
arquitectura cuja preocupação é visualizar as permissões existentes na organização. Para tal poder-se-ia
utilizar a dimensão Who e a dimensão What para representar a interacção entre actores e entidades
informacionais, e portanto visualizar que pessoas que lidam com que objectos da organização. Pode-se
restringir ainda mais a representação de forma a ver as interacções existentes para um determinado
elemento. Se imaginarmos que a função de uma pessoa específica é alterada (dimensão Who) podemos
representar a arquitectura empresarial na vista dessa pessoa e observar quais os outros elementos da
arquitectura que irão ser afectados (processos de negócio, entidades informacionais, localizações,
objectivos e tempos).
3.2.1.Representação dos Processos
3.2.1.1.Representação hierárquica dos processos de negócio
Pode-se visualizar os processos existentes na arquitectura empresarial pela dimensão “How”, ou
seja, pelos seus próprios sub-processos. Esta representação revela as várias camadas hierárquicas dos
processos de negócio. Esta representação indica o “como” se realiza um processo de negócio (através
dos seus sub-processos).
26
Processo 1
Processo 1-1
Processo 1-2
Processo 1-3 Processo 1-3-1
Processo 1-3-2
Imagem 3 – Representação dos processos
3.2.1.2.Representação dos processos com outras dimensões
Uma vez que aos processos estão associadas todas as outras dimensões, os processos podem
ser visualizados não só pelos seus sub-processos, mas também pelos seus inputs, outputs, actores,
localizações e objectivos e tempos associados. Esta representação devolve o máximo de informação
sobre um processo específico.
Processo 1-1
Actor 1 Unidade Organizacional X Entidade
Informacional 1
Processo 1-2
Processo 1
Actor 2 Unidade Organizacional Y Entidade
Informacional 2
Imagem 4 – Representação de um processo com dimensões
27
3.2.2.Representação dos Actores, Entidades Informacionais, Objectivos, Tempos e Localizações
3.2.2.1.Representação hierárquica das dimensõesO meta-modelo permite a representação de qualquer dimensão através da sua estrutura
hierárquica conforme realizado para nos processos de negócio.
3.2.2.2.Representação das dimensõesAs dimensões Who, Where, When, Why e What podem ser visualizadas através dos processos
de negócio que suportam ou através das suas relações com as outras dimensões. Por exemplo, os
processos de negócio que uma primitiva actor executa, as entidades informacionais que manipula, os
objectivos de que é responsável ou as localizações onde trabalha.
Através dos processos de negócio podemos relacionar uma dimensão com qualquer outra
dimensão. Tomemos o seguinte exemplo: um actor que é responsável por vários processos. Podemos
visualizar quais as entidades informacionais que ele manipula, ver os tempos que o actor dispende, as
localizações onde ele trabalha, quais os actores com quem interage ou os objectivos que estão
indirectamente dependentes dele.
Processo 1-1
Actor 1
Unidade Organizacional X Entidade
Informacional 1
Processo 2Entidade Informacional 3
Imagem 5 – Representação de um actor
3.2.3.Tipos de representações
De forma resumida, a aplicação das dimensões aos processos permite as seguintes
visualizações dos conceitos empresariais.
• Actores de um processo. Os responsáveis pela execução do processo.
• Entidades informacionais de um processo. Os dados necessários para a
execução do processo ou resultantes da execução do processo.
• Tempos de um processo. A frequência com que o processo é executado.
• Objectivos de um processo. Os objectivos que o processo de negócio deve
satisfazer.
28
• Localizações de um processo. As localizações físicas onde ocorre o processo.
• Sub-Processos de um processo. Os sub-processos necessários para a
realização do processo.
• Processos de um actor. Os processos de que um actor é responsável pela sua
execução.
• Processos de uma entidade informacional. Os processos onde a informação é
utilizada.
• Processos de um tempo. Os processos que ocorrem com um determinada
frequência temporal.
• Processos de um Objectivo. Os processos que contribuem para atingir um
determinado objectivo.
• Processos de uma localização. Os processos que ocorrem num local
específico.
• Dimensão versus dimensão. Quais são os objectos de qualquer dimensão que
se relacionam com um determinado objecto de qualquer dimensão,
• Processos com um conjunto de actores, entidades informacionais, tempos, objectivos e / ou localizações. Os processos que utilizam um conjunto
específico de dimensões.
• Processos com um ou mais tipos de dimensões. Os processos que estão
relacionados com uma ou mais dimensões.
• Processos sem um ou mais tipos de dimensões. Os processos que não estão
relacionados com uma ou mais dimensões.
• Processos sem inputs. Os processos que não recebem inputs na sua
execução.
• Processos sem outputs. Os processos que não produzem outputs resultantes
da sua execução.
29
3.3.Regras
A integração das várias dimensões com os processos permite aplicar regras para a detecção
automática de algumas inconsistências na arquitectura.
As regras descritas neste capítulo podem ser classificadas em dois tipos:
• Tipo 1: Regras baseadas num conjunto de restrições na interligação entre os processos
de negócio e as primitivas de cada dimensão.
• Tipo 2: Regras baseadas nas interligações entre processos e primitivas, e nos níveis de
granularidade de cada dimensão.
Estas regras procuram auxiliar a construção da arquitectura empresarial em tempo real, ao
fornecer um conjunto de avisos relacionados com os modelos.
Não faz parte deste trabalho a elaboração de regras com base no significado da própria primitiva.
Isto significa, por exemplo, que não detecta a utilização de uma entidade informacional num processo de
negócio que nada está relacionado na realizada. Como tal, as regras resultantes deste trabalho não
utilizam a semântica/significado dos objectos empresariais.
As regras criadas estão fortemente baseadas na definição de processo de negócio (Processo de
Negócio, página 17).
Nota: Imagens com linhas contínuas indicam interligações realizadas
Imagens com linhas tracejadas indicam avisos / sugestões de interligações.
3.3.1.Regras Tipo 1
São emitidos avisos para os seguintes casos:
3.3.1.1.Dimensão não associada aos processos• Uma dimensão (actor, localização, objectivo, ocorrência, entidade informacional ou
tempo) não está associada a qualquer processo (Sousa, 2003). Isto pode por um de dois
motivos:
1. Um erro na modelação organizacional, na qual a arquitectura não representa
fielmente a realidade organizacional e onde a dimensão em causa é na realidade
utilizada.
2. O modelo organizacional está correctamente modelado e a organização não
utiliza ou não possui processos de negócio definidos para a dimensão em causa.
Neste caso a dimensão não possui qualquer finalidade na organização e pode
ser considerada a hipótese da sua eliminação.
30
3.3.1.2.Actor não associado a localizações• Um actor ao qual não está nenhuma localização associada não está correctamente
modelado ou a posição do actor na organização não está definida. É gerado um aviso
para alertar o modelador desta situação.
3.3.1.3.Localização folha sem actores associados• Uma localização folha sem nenhum actor associado não está correctamente modelada
ou é uma localização cuja existência e função na organização é uma incógnita. Por este
motivo é gerado um aviso a alertar o modelador da situação.
3.3.1.4.Inconsistência entre actores e localizações de um processo
• Quando a associação entre os actores de uma localização não coincide com os actores
desse processo existe uma inconsistência na modelação ou na própria execução do
processo de negócio. Ou o processo em causa é executado também nas localizações
associadas ao actor, ou as localizações associadas ao actor devem incluir pelo menos
um das localizações do processo.
Imagem 6 – Inconsistência entre processos, actores e localizações
3.3.1.5.Processos sem outputsPor definição, processos produzem outputs, isto significa que quando um processo não possui
qualquer tipo de output associado, ou levantamento desse processo está incompleto ou o processo não
possui utilidade para a organização. Esta regra encontra-se implementada na zona de pesquisa da
ferramenta desenvolvida.
31
3.3.1.6.Processos sem inputsNa definição de processo de negócio utilizada neste trabalho um processo de negócio necessita
de inputs para a sua execução. Como tal, para a correcta modelação de processos é necessário pelo
menos um input no processo de negócio para este ser correctamente representado e executado, caso
contrário é gerado um aviso. Esta regra encontra-se implementada na zona de pesquisa da ferramenta
desenvolvida.
3.3.1.7.Processos sem objectivosProcessos sem objectivos associados não possuem uma clara indicação da sua funcionalidade e
do seu contributo para a organização. É gerado um aviso para os processos de negócio que não
possuem objectivos atribuídos. Esta regra encontra-se implementada na zona de pesquisa da ferramenta
desenvolvida.
3.3.1.8.Processos sem temposProcessos sem tempos associados não fornecem informação sobre a sua frequência de
execução. Processos de negócio são caracterizados por ocorrerem num período de tempo. Esta regra
encontra-se implementada na zona de pesquisa da ferramenta desenvolvida.
3.3.1.9.Processos sem actoresO actor é um conceito necessário para uma correcta definição de um processo de negócio.
Actores associados a processos de negócio definem “quem” executa os processos. Mesmo em
processos automáticos / mecanizados é necessário definir actores de forma a atribuir responsabilidades.
Esta regra encontra-se implementada na zona de pesquisa da ferramenta desenvolvida.
3.3.1.10.Processos sem localizaçõesUm processo de negócio é necessariamente realizado num determinado local da organização.
Quando tal informação não existe nos modelos, está-se numa situação em o processo descrito está
incompleto. Esta regra encontra-se implementada na zona de pesquisa da ferramenta desenvolvida.
3.3.1.11.Processos de negócio equivalentesProcessos de negócio com as mesmas dimensões associadas podem ser considerados
processos equivalentes. Esta situação pode ocorrer por dois motivos: uma incorrecta modelação da
organização; ou a organização executar vários processos com o mesmo fim. Compete ao modelador
verificar em que situação se encontra estes processos e agir de forma apropriada.
Pode-se visualizar os processos equivalentes através de todas as dimensões, ou através de um
conjunto restrito de dimensões. Por exemplo, se não se considerar a dimensão Where na identificação
32
dos processos equivalentes, visualizamos os processos idênticos que ocorrem em locais distintos.
Quando se realiza uma procura de processos de negócio equivalentes e os processos não possuem
dimensões pelas quais a procura está a ser realizada, então não é possível concluir a sua equivalência.
Esta regra não só detecta possíveis problemas na modelação da organização, mas fornece
também um método pelo qual se pode extrair informação da organização que pode ser utilizada na
identificação de pontos críticos e de optimização na empresa.
3.3.2.Regras Tipo 2
São considerados erros os seguintes casos:
3.3.2.1.Dimensões dos processos filhos mais genéricas
• Os casos de sub-processos com dimensões mais genéricas que o processo pai são
considerados erros (ver Imagem 7). Um sub-processo não pode estar associado a uma
dimensão mais genérica que a do seu processo pai, o que significa que a modelação da
dimensão ou do processo está incorrecta.
Entidade 1
Entidade 1-1
Entidade 1-2
Processo1
Processo1-1 Processo1-2
Imagem 7 – Processo pai com dimensão menos genérica.
3.3.2.2.Processo com todas sub-dimensões• Um processo que possua todas as sub-dimensões de um tipo de dimensão pode
substituir estas pela dimensão pai (ver Imagem 8). Isto é realizado para manter um
balanceamento no nível entre processos e as dimensões. Caso o processo necessite de
especificar concretamente as sub-dimensões deve-se considerar a hipótese em
decompor o processo em sub-processos que utilizem essas sub-dimensões.
33
Entidade 1
Entidade 1-1
Entidade 1-2
Processo1
Imagem 8 – Balanceamento das dimensões usadas.
3.3.2.3.Balanceamento das dimensões entre níveis• Um processo cujos sub-processos utilizam todas as sub-dimensões de uma dimensão
(ver Imagem 9). Neste processo pai pode estar associado essa dimensão pai.
Entidade 1
Entidade 1-1
Entidade 1-2
Processo1
Processo1-1 Processo1-2
Imagem 9 – Balanceamento nos níveis hierárquicos.
3.3.2.4.Processo folha com dimensão genérica• Um processo folha (isto é, um processo sem sub-processos), utiliza dimensões que não
são folha (dimensões possuem sub-dimensões) (ver Imagem 10). Se um processo folha
possui dimensões não folha, então é possível uma melhor decomposição do processo de
forma a usar dimensões folha e melhorar a compreensão e representação do processo.
34
Entidade 1
Entidade 1-1
Entidade 1-2
Processo1
Processo1-1 Processo1-2
Imagem 10 – Decomposição de um processo.
3.3.2.5.Processo folha com múltiplas dimensões do mesmo tipo
Quando um processo folha possui n dimensões do mesmo tipo (actores, objectivos, localizações
ou tempos), em que n é igual ou superior a 2, esse processo poderia ser decomposto em n sub-
processos, cada um associado com uma dessas dimensões (Sousa, 2006). Um processo que usa várias
dimensões do mesmo tipo é um processo cuja informação representada é inferior nas representações
com vários processos de negócios com essas mesmas dimensões.
Se considerarmos o processo “Arranjar Porta” que utiliza dois actores (“Pintor” e “Serralheiro”).
Neste processo de negócio não é possível obter informação sobre o tempo que demora o “Pintor” e o
tempo que demora o “Serralheiro”. Porém se decompormos o processo “Arranjar Porta” em “Pintar Porta”,
atribuído ao actor “Pintor”, e em “Montar Porta”, atribuído ao actor “Serralheiro”, podemos então obter os
tempos que cada um utiliza no processo pai “Arranjar Porta”.
Processo1
Processo1-1 Processo1-2
Actor X Actor Y
35
36
4.Validação do trabalhoA ferramenta escolhida para realizar a validação deste trabalho foi o “System Architect” da
Telelogic.
O “System Architect” é uma ferramenta utilizada para a modelação e construção de arquitecturas
empresariais. Possui um vasto conjunto de diagramas que permitem a modelação dos vários domínios
arquitecturais: negócio; informação; sistemas; tecnológico.
Um dos aspectos importantes da ferramenta é esta possuir poderosos mecanismos de extensão.
Permite a extensão do seu meta-modelo onde se pode adicionar e alterar diagramas, símbolos e
definições, bem como as suas propriedades. A ferramenta também possui suporte para Visual Basic for
Applications que permite a construção de macros para a ferramenta.
A validação do trabalho passou pelas seguintes etapas:
• Análise dos diagramas do “System Architect”.
• Adaptação dos diagramas, símbolos e definições do “System Architect”.
• Desenvolvimento de uma macro que implementa as regras definidas no trabalho.
• Validação das regras definidas com dados de um caso de estudo real.
37
4.1.Análise dos diagramas existentes no “System Architect”
Antes de se iniciar a implementação da macro para validar o trabalho realizado, efectuou-se um
estudo aos diagramas fornecidos pela ferramenta “System Architect” para se determinar como estes
poderiam ser utilizados e relacionados com as dimensões.
O “System Architect” classifica os seguintes diagramas como pertencendo à perspectiva
conceptual da framework de Zachman (Tabela 3).
What How Where Who When WhyEnterprise ModelConceptualRole: Owner
-Conceptual Data Model-Process Hierarchy
-Functional Hierarchy or-IDEF0 Diagrams-BPMN Diagram or-Process Chart or-IEDF3 Process Flow or-UML Activity Diagram-Process Decomposition-Relationship Map
-Business Concept Diagram-Organization Chart and
-Decision Chart and-BPMN Diagram (swinlanes) or-Process Chart (swinlanes) or-IDEF3 Process Flow (swinlanes) or-UML Activity Diagram (swinlanes)
-Process Events (Definition)-Process Results (Definition)-IDEF3 Object State Transition
-Requirements (Enterprise) (Definition)
Tabela 3 Mapeamento dos diagramas e definições do “System Architect” às células da framework de Zachman (perspectiva Conceptual)
A Tabela 4, apresentada em baixo, mostra uma análise dos diagramas que existem na
ferramenta “System Architect” e como os elementos que os constituem podem ser relacionados com as
dimensões da framework de Zachman. Os diagramas marcados a azul claro são diagramas que estão
directamente relacionados com o segundo nível da framework de Zachman (nível conceptual) no qual
este trabalho está a ser realizado. Diagramas marcados a cinzento são diagramas utilizados na
modelação de outros níveis (por exemplo, nível tecnológico) e como consequência não são relevantes no
contexto deste trabalho. Os restantes diagramas, apesar de não serem directamente relacionados com o
nível conceptual, podem ser úteis na modelação e representação das várias dimensões.
Diagramas \ Dimensões What How Where Who When WhyActivity Action State Org Unit Auto-Decomposition Functions Org UnitAV-01 High Level Operational Concept Org. Unit GoalsAV-02 Integraded DictionaryBusiness Architecture
Business Concept Locations
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Business Process (BPMN)
Data Object / Message flow Process
Pool Lane
Pool Lane Event
Business Process Hierarchy ProcessCollaboration X ObjectsConceptual Data Model X
Data Flow Gane & SarsonData Store Process External
Data Flow Ward & Mellor
Data StoreData transform
Decision Chart Unit
Decomposition Entity
Function Org. Function Org Unit
Enterprise Direction(Relacionado com a perspectiva planner) Org. Unit
Objective
Functional Hierarchy
EBPOrg. Function
IDEF0 InputsFunctionActivity
IDEF3 Object State transition Estados
EstadosTransições
IDEF3 Process Flow UOB Lane Organization Chart Org Unit
OV-01 Highlevel Op. Concept AssetsLocations
Organization
OV-02 Op. Node Connectivity Activities Op. Node
OV-03 Information exchange MatrixInformation Flow Activities
Op. Elements
OV-04 Org. Chart Org UnitOV-05 Activity Model Activities
OV-06a Op Rules ModelUnit of Behaviour
OV-06b Op State Transition State Event
OV-06c Operation Event/Trace(Interacções / mensagens entre operational nodes) Op NodeOV-07 Logical Data Model (IDEF1x) Entities
Process Chart Process Org Unit / Lane
Event Result
Process Decomposition Process EBP Process Hierarchy Object DLP
Process Map Process Org UnitEventResult
Relationship Map
Function Process Thread
Stakeholder RelationshipsOrg. Unit
Stakeholder
State StateState Transition StateState Transition Ward & Mellor State
Strategy Map (For organization Unit)Org Unit
BSC Objective
UML Activity Diagram Activity Lane
39
Use Case Use Case ActorSequence X XService Reference Model
SV-05 System Function to Op. Activities (Relevante?)Materials
Automatic Activities
Business Process Reference Model Character Screen Component Deployment Entity Relation Flow Flow Chart Graphic Screen Menu Meta model Network Concept Performance Reference Model Physical Data Model PRM Line of Sight Structure Chart SV-01 Systems Interface SV-02 Systems Communication SV-04 Data Flow SV-04 Functional Decomposition SV-10B State Transition SV-10C System Event/Trace SV-11 Physical Data Model System Architecture System Area Map System Context System/Subsystem Structure Technical Architecture Technical Reference model Legenda:Diagramas pertencentes ao nível 2 da framework de ZachmanEnterprise Model/Conceptual/Role:Owner.
Diagramas não relevantes para a modelação empresarial no contexto deste trabalho.
Tabela 4 – Análise dos diagramas em relação às dimensões
Desta tabela pode-se verificar que existem poucos diagramas para apresentar a dimensão “Why”.
Dos diagramas existentes, optou-se por utilizar o diagrama “Enterprise Direction” para realizar a
hierarquia dos objectivos.
Em relação à dimensão What, verifica-se que alguns destes diagramas permitem a
representação desta dimensão com os processos, estes são:
• BPMN Diagram, na qual permite associar “Data Objects” aos processos.
• Decomposition, na qual objectos do tipo “Entitiy” podem representar recursos.
• IDEF0, através dos inputs.
40
• O V-03 Information exchange Matrix, com “information flows”.
• Process Hierarchy, na qual os recursos podem ser representados por “Objects”.
Porém destes diagramas, nenhum permite a decomposição hierárquica desejada para as
entidades informacionais. Como consequência decidiu-se criar um diagrama novo na
ferramenta para este fim, designado “Diag. Informacao”.
O conceito de Unidade Organizacional é definido neste trabalho como pertencente à dimensão
Where e o conceito Actor será utilizado na representação da dimensão Who nos processos. Actor é
definido como o papel da pessoa que desempenha a actividade em causa. Para cada o objecto Actor,
criou-se um novo diagrama hierárquico para a definição hierárquica deste. O objecto Unidade
Organizacional e o diagrama “Organization Chart” permitem modelar a dimensão localização da forma
pretendida visto o diagrama ser do tipo hierárquico.
Em relação à dimensão tempo, decidiu-se criar um novo objecto chamado Tempo, e um novo
diagrama hierárquico designado “Diag. Tempo”, pois a ferramenta não possui as definições, símbolos e
diagramas necessários a esta dimensão.
Para representar o processo utilizou-se os diagramas BPMN da ferramenta e os objectos
“Process” a eles associados.
41
4.2.Diagramas Utilizados
Os diagramas utilizados neste trabalho não possuem qualquer influência na componente téorica
do trabalho. Isto significa que poderiam ser utilizados outros diagramas sem que fosse necessário realizar
alterações profundas à implementação deste trabalho.
4.2.1.Diagrama de processo de negócio (Diagrama BPMN)
O diagrama de processo de negócio é um tipo de diagrama específico para a modelação de
processos. Possui o elemento “Process” (dimensão “How”), o elemento “ Event” (dimensão tempo),
“swinlanes” representam “Participant”. Utiliza vários tipos de conectores para modelar o fluxo entre
processos (messagem, associação, sequencia). Informação (dimensão What) pode ser representada por
“Data Objects”.
Decidiu-se utilizar este tipo de diagrama para modelar os processos. Utilizou-se também o
diagrama BPMN hierárquico para definir a hierarquia dos processos, bem como a criação de “filhos” nos
processos dos diagramas BPMN.
Definiu-se uma notação para a representação das entidades informacionais nestes diagramas
(Imagem 11).
• Entidades informacionais do tipo input são representadas no topo respectivo símbolo tipo
processo de negócio, com uma ligação do tipo associação no sentido da entidade
informacional para o processo de negócio.
• Entidades informacionais do tipo output são representadas na zona inferior do respectivo
símbolo tipo processo de negócio, com uma ligação do tipo associação no sentido do
processo para a entidade informacional.
Imagem 11 – Diagrama BPMN com a notação de inputs e outputs
42
4.2.2.Diagrama Business Process Hierarchy
O diagrama Business Process Hierarchy é um diagrama hierárquico. É utilizado para representar
os vários níveis da dimensão How, e regra geral é utilizado para os macro-processos. A transição entre
estes diagramas para os diagramas BPMN é feita pela criação de um filho no respectivo processo para
um diagrama BPMN.
Imagem 12 – Business Process Hierarchy
4.2.3.Diagrama Organization Chart
Este diagrama é utilizado para modelar as localizações (dimensão Where) da organização. É
estruturalmente idêntico ao diagrama Business Process Hierarchy. Com estes diagramas são construídos
os organogramas das organizações.
43
Imagem 13 – Organization Chart
4.2.4.Diagrama Enterprise Direction
Este diagrama é utilizado para modelar os objectivos (dimensão Why) da organização. É um
diagrama que permite a associação da visão de negócio, os “business Goals” e os objectivos de negócio
de forma hierárquica.
44
Imagem 14 – Enterprise Direction
4.3.Diagramas criados
Após a análise dos diagramas existentes na ferramenta System Architect, decidiu-se utilizar o
mecanismo de extensão da ferramenta para criar novos diagramas quando as soluções fornecidas pela
ferramenta não iam ao encontro do que era pretendido. Desta forma foram criados três novos tipos de
diagramas: o diagrama de informação; o diagrama de actores; e o diagrama de tempo.
4.3.1.Diagrama Informação
Este diagrama foi criado para modelar as entidades informacionais (dimensão What) utilizadas na
organização. É um diagrama hierárquico no qual é criada uma estrutura com níveis entre as várias
entidades informacionais utilizadas na organização.
45
Imagem 15 – Diagrama de Informação
4.3.2.Diagrama Actores
O diagrama actores foi criado para modelar os actores (dimensão Who) existentes na
organização. Também este diagrama é hierárquico e utilizado para definir uma estrutura com níveis entre
os actores da organização. A estrutura do diagrama de actores é conceptualmente idêntica ao diagrama
de informação (Imagem 15).
4.3.3.Diagrama Tempo
O diagrama tempo foi criado para modelar a componente temporal (dimensão When) dos
processos da organização. É um diagrama hierárquico que permite a definição de níveis entre as
frequências da organização. A estrutura do diagrama tempo é conceptualmente idêntica ao diagrama de
informação (Imagem 15).
46
4.4.Definições utilizadas no System Architect
O System Architect utiliza “definições” para definir os símbolos utilizados como blocos de
construção dos diagramas. Para utilizar a multi-dimensionalidade foi necessário seleccionar os blocos de
construção a utilizar nos modelos. Isto para, posteriormente, possibilitar a definição das relações entre si.
Na implementação deste trabalho as definições utilizadas correspondem às primitivas definidas
na página 23.
Das definições já existentes no System Architect foram utilizadas as definições:
• BPMN Process. Representa a primitiva “Processo de Negócio”. Esta definição é utilizada
nos diagramas Business Process Hierarchy e nos diagramas de processos de negócio
(Diagrama BPMN)
• Data Object. Representa a primitiva “Entidade Informacional”. Esta definição é utilizada
nos diagramas de Informação. Também é utilizada nos diagramas BPMN para
representar a forma de utilização das entidades informacionais pelos processos de
negócio.
• Organizational Unit. Representa a primitiva “Localização”. Esta definição é utilizada nos
diagramas Organization Chart.
• Role. Representa a primitiva “Actor”. Esta definição é utilizada nos diagramas de Actores.
• Business Objective. Representa a primitiva “Objectivo”. Esta definição é utilizada nos
diagramas Enterprise Direction.
Verificou-se a necessidade de criar uma definição com correspondência à primitiva Tempo. O
meta-modelo do programa System Architect foi portanto estendido com uma nova definição “frequência”.
Esta nova definição é utilizada nos diagramas de Tempo.
47
4.5.Implementação
4.5.1.Meta-modelo do System Architect
Conforme já referido, a ferramenta System Architect possui poderosos mecanismos de extensão.
Para adicionar os diagramas, símbolos e definições inexistentes na ferramenta foi utilizado o
ficheiro USRPROPS.TXT, encontrado no anexo C. Este mecanismo de adaptação do meta-modelo do
System Architect permite também definir as “propriedades” das definições. Através destas propriedades é
possível especificar relações entre objectos do System Architect. Este mecanismo permitiu implementar o
meta-modelo definido na página 22.
Desta forma foram adicionadas propriedades à definição “BPMN process” que permitem a ligação
dos processos a outras definições. Estas propriedades foram:
Actores, nos quais permite a associação dos actores do processo de negócio;
Objectivos, nos quais se encontram os objectivos que o processo de negócio deve atingirem;
Localizações, indicando os sítios onde o processo de negócio ocorre;
Input Entidade Informacional, com as entidades informacionais necessárias à execução do
processo de negócio;
Output Entidade Informacional, com as entidades informacionais resultantes da execução do
processo de negócio;
Tempo, o que indica com que frequência é realizado o processo de negócio.
O processo de negócio é o elemento unificador entre os objectos com correspondência às
dimensões. As relações existentes entre os objectos das várias dimensões são sempre derivadas a partir
das relações definidas nos processos de negócio.
Também foram adicionados duas outras propriedades. À definição “Role” foi adicionada a
propriedade “Related Locations”, e à definição “Organizational Unit” foi adicionada a propriedade “Related
Actor”. Estas propriedades permitem a associação directa entre actores e localizações.
4.5.2.Construção dos modelos
A construção dos modelos arquitecturais é realizada através dos diagramas definidos na página
42. Cada diagrama permite modelar uma das dimensões e definir a estrutura dos elementos que os
constituem.
No momento do levantamento dos processos de negócio é necessário recolher os actores que
realizam os processos, as localizações onde os processos são executados, os objectivos que os
processos de negócio devem atingir, os tempos de execução dos processos, os inputs que os processos
48
de negócio necessitam para a sua execução, e os outputs resultantes da execução dos processos de
negócio. É necessário também recolher informação acerca das estruturas hierárquicas de cada elemento.
A definição hierárquica dos actores, localizações, objectivos, tempo, e informação é realizada em
diagramas hierárquicos. No caso dos processos de negócio, estes podem ser definidos num diagrama
hieráquico do tipo Business Process Hierarchy. Em alternativa pode-se definir a hierarquia através de
diagramas BPMN, com o uso da funcionalidade do System Architect “add children”. Os elementos são
modelados da seguinte forma:
Os actores são modelados nos diagramas de Actores.
Os objectivos são modelados nos diagramas Enterprise Direction.
Os tempos são modelados nos diagramas de Tempo.
As entidades informacionais são modeladas nos diagramas de Informação.
As localizações são modeladas nos diagramas Organization Chart.
Os processos de negócio são modelados nos diagramas BPMN e nos diagramas Business
Process Hierarchy.
Com esta informação, é possível construir os modelos com correspondência às dimensões. Uma
vez que o processo de negócio é o elemento agregador entre elementos, é este que irá permitir realizar
as interligações entre as dimensões. A interligação das dimensões é realizada através do processo de
negócio. Para tal é necessário adicionar às propriedades de cada definição de processo de negócio, a
respectiva dimensão.
Nos diagramas BPMN, utilizou-se a seguinte convenção para representar a ligação entre
entidades informacionais e processos de negócio:
• Os inputs são associados aos processos de negócio através de uma ligação de
associação no sentido input – processos de negócio.
• Os ouputs são associados aos processos de negócio através de uma ligação de
associação no sentido processo de negócio – output.
Durante a modelação e construção dos modelos deve-se também obter a forma as localizações
dos actores na empresa. Esta informação deve ser adicionada através de uma matriz que interligue as
propriedades “Related Actors” e “Related Locations” das localizações e actores respectivamente. Isto
permite posteriormente cruzar esta informação com as relações entre actores e localizações existentes
através do processo de negócio.
4.5.3.Implementação da macro
Para realizar a representação multi-dimensional da arquitectura na ferramenta, foi utilizado outro
mecanismo de extensão do System Architect. Este mecanismo foi o de macros, o qual permite utilizar e
49
adicionar novas funcionalidades ao System Architect. A macro foi escrita em Visual Basic For
Applications.
A macro realizada permite o acesso à base de dados dos elementos que constituem a
arquitectura empresarial. Esta funcionalidade permite implementar os objectivos principais deste trabalho,
a representação da arquitectura através de dimensões, e introduzir regras na associação entre elementos
de diferentes dimensões.
4.5.3.1.Representação da arquitectura através da macro
Foi decidido implementar a visualização dos elementos que constituem a arquitectura num
esquema em árvore. O motivo desta escolha está baseado no facto de que os modelos utilizados são
modelos hierárquicos, e portanto, com múltiplas camadas de granularidade. O esquema em árvore
permite representar de forma simples esses vários níveis de abstracção.
Imagem 16 – Visualização dos processos e subprocessos de negócio através da macro
Através da macro pode-se visualizar a arquitectura por qualquer das dimensões definidas neste
relatório. As dimensões são How (Processos), What (Entidades Informacionais), Who (Actores), When
(Tempo), Why (Objectivos) e Where (Localizações). Na Imagem 16 está apresentada a representação
somente na dimensão relacionada com os processos de negócio. Conforme se pode observar, o
50
esquema em árvore mostra os processos de maior nível e os seus sub-processos até às actividades.
Pode-se especificar o processo de negócio para ser visualizado com maior detalhe. Para tal utiliza-se a
lista, observável no canto superior direito na imagem, ou selecciona-se o processo desejado na
representação em árvore em clica-se em “Ver Dimensão Seleccionada”.
Imagem 17 – Visualização dos processos de negócios tendo em conta todas as dimensões
No canto inferior direito da interface, encontra-se a área na qual se pode seleccionar as
dimensões pelas quais se deseja visualizar a arquitectura. No caso da Imagem 17, todas as dimensões
estão seleccionadas. Conforme se pode observar, são devolvidos os sub-processos e os actores,
objectivos, localizações, tempos, entidades informacionais que o processo utiliza.
51
Imagem 18 – Visualização de um actor através da dimensão When, What, Where, e Who.
Na Imagem 18 a actora “Albertina Martins” (dimensão Who) está representada com as relações
que possui com os restantes actores (com quem interage), com as localizações (onde realiza as suas
tarefas), com os tempos (quando realizada as tarefas) e entidades informacionais (a informação com que
lida).
4.5.3.2.RegrasEsta funcionalidade da macro procura implementar a maioria das regras pormenorizadas na
página 30.
Conforme se pode observar na Imagem 19, as regras encontram-se divididas em três categorias.
Regras nos níveis de granularidade. Nas quais as se encontram regras que se aplicam aos
objectos com vários níveis de granularidade, de forma a verificar se a modelação destes se encontra
normalizada e consistente.
Regras nas interligações. Nesta categoria estão regras que verificam somente as associações
existentes entre objectos de dimensões distintas.
Processos equivalentes. Nesta categoria encontra-se a funcionalidade que devolve os
processos equivalentes, isto é, com as mesmas dimensões.
52
Imagem 19 – Processos folha com 2 ou mais dimensões do mesmo tipo
4.5.3.2.1.Regras nos níveis de granularidade
Na categoria “regras nos níveis de granularidade” encontram-se quatro regras. Estas são:
Dimensões dos processos balanceados? Esta funcionalidade implementa a regra “Processo
com todas as sub-dimensões”.
As funcionalidades “Processos Balanceados?” e “Verificar subida das dimensões nos processos pai” implementam a regra “Balanceamento das dimensões entre níveis”. O que distingue a
funcionalidade “Verificar subida das dimensões nos processos pai” é esta verificar as dimensões dos sub-
processos e caso todos os sub-processos estejam associados à mesma dimensão, sugere passar essa
associação para o processo pai.
Verificar dimensões nos processos folha. Esta funcionalidade implementa a regras “Processo
folha com dimensão genérica”.
Processos folha com duas ou mais dimensões do mesmo tipo. Esta funcionalidade
implementa a regras “Processo folha com múltiplas dimensões do mesmo tipo”.
53
Imagem 20 – Localizações folha sem actores.
4.5.3.2.2.Regras nas Interligações
Na categoria “Regras nas interligações” existem quatro funcionalidades. Estas são:
Ver actores não associados a localizações. Implementa a regra “Actor não associado a
localizações”.
Ver localizações folha sem actores. Implementa a regra “Localização folha sem actores
associados”.
Verificar localizações dos actores com localizações dos processos. Implementa a regra
“Inconsistência entre actores e localizações de um processo”.
Colocar Analytics nas dimensões não utilizadas. Esta funcionalidade abre os diagramas que
possuem dimensões não associadas a processos. Aos símbolos que correspondem a dimensões não
utilizadas nos processos de negócio são então colocadas representações gráficas a indicar esta situação.
Identifica as dimensões que se encontram nas situações detectada pela regra “Dimensão não associada
aos processos”.
4.5.3.2.3.Processos equivalentes
A categoria “Processos equivalentes” implementa a regra “Processo de negócio equivalentes”.
54
Imagem 21 – Processos Equivalentes
A Imagem 21 ilustra a interface utilizada para implementar esta regra. A secção “Filtro
Dimensões” é utilizada para obter os processos equivalentes na óptica dessas dimensões. No exemplo
na imagem, os processos são equivalentes somente quando possuem actores e tempos iguais.
Quando um processo possui todas as dimensões iguais mas que não possui elementos
associados numa das dimensões em pesquisa, então não é possível concluir se é equivalente. Um
exemplo de processos cuja equivalência não pode ser concluída pode ser encontrada na Imagem 21.
Os processos de negócio: BP-Process02-01, BP-Process02-02 e BP-Process02-03 poderão ser
equivalentes pois todos partilham o actor “Pessoa_1_1” através da dimensão “Who”. Porém a procura de
processos equivalentes está também a ser realizada pela dimensão “When” e dado que nenhum destes
processos possui elementos nessa dimensão, não é possível concluir se de facto são equivalentes. Os
processos nesta situação são devolvidos numa outra lista.
4.5.3.2.4.Regras executadas automaticamente
A regra “Dimensões dos processos filhos mais genéricas” é executada automaticamente no
arranque da macro. Caso seja detectada alguma destas situações, a execução da macro é interrompida e
é devolvido um erro que identifica o problema de forma ser corrigido pelo utilizador.
É gerado um aviso quando a representação dos processos de negócio com os inputs e outputs
não coincidem com a associação definida nas propriedades do processo de negócio. Compete ao
utilizador corrigir a situação pois não é possível determinar automaticamente a correcta associação.
55
4.5.3.3.PesquisaFoi criada na macro uma funcionalidade com o intuito de facilitar a procura de processos de
negócio que se encontram em determinadas situações. As situações podem ser:
• Associados a um conjunto de dimensões (por exemplo, com actores, inputs, e
localizações).
• Não associados a um conjunto de dimensões (por exemplo, sem objectivos e sem
localizações).
Imagem 22 – Pesquisa de processos sem dimensões tipo
A Imagem 22 demostra uma pesquisa de processos de negócio sem objectivos e sem actores.
Com esta funcionalidade obtém-se os processos que não se encontram com pelo menos uma
dimensão associada, e como tal, satisfaz as seguintes regras:
• Processos sem objectivos.
• Processos sem actores.
• Processos sem localizações.
• Processos sem tempos.
• Processos sem inputs.
• Processos sem outputs.
56
Outra funcionalidade fornecida pela pesquisa na macro, é a de devolver os processos que
utilizam elementos específicos.
Imagem 23 – Pesquisa de processos por elementos específicos
A Imagem 23 ilustra este tipo de pesquisa. Neste caso são procurados os processos que utilizam
como actores a “Albertina Martins” e as entidades informacionais “CVs”. Este tipo de pesquisa é útil
quando o modelador necessita de informação detalhada sobre como um conjunto de elementos estão
relacionados na organização. Alterações nas organizações implicam alterações nos diferentes tipos de
entidades da organização (Mendes, 2003).
4.5.3.4.Representação dos modelos As-Is e dos modelos To-Be
Verificou-se que o meta-modelo utilizado na representação multi-dimensional de arquitecturas
pode ser utilizado para um segundo propósito. Os elementos utilizados podem ser associados a um tipo
de modelo, As-Is ou To-Be. O modelo As-Is representa o estado actual da organização. O modelo To-Be
representa a organização que se deseja alcançar no futuro. Pretende-se com esta parte do trabalho,
representar a transição do modelo As-Is para o modelo To-Be.
Para realizar esta representação foi necessário:
• Associar os objectos da organização ao modelo As-Is, ou ao modelo To-Be.
57
• Obter a correspondência de um objecto de um modelo, com os objectos do mesmo tipo
do modelo oposto.
Para tal foi utilizado uma vez mais o mecanismo de extensão do System Architect. Foram
adicionadas as seguintes propriedades às definições:
• Propriedade “As Is or To Be”, que identifica a que modelo pertence um objecto da
arquitectura.
• Para a definição “Role” foi criada a propriedade “Actores Associados”, utilizada para
estabelecer as relações entre actores do modelo As-Is e do modelo To-Be.
• Para a definição “Organizational Unit” foi criada a propriedade “Localizações
Associadas”, utilizada para estabelecer as relações entre localizações do modelo As-Is e
do modelo To-Be.
• Para a definição “Frequência” foi adicionada a propriedade “Tempos Associados. Esta
propriedade é utilizada para estabelecer as relações entre tempos do modelo As-Is e do
modelo To-Be.
• Para a definição “Business Objective” foi adicionada a propriedade “Objectivos
Associados”. Esta propriedade é utilizada para estabelecer as relações entre objectivos
do modelo As-Is e do modelo To-Be.
• Na definição “BPMN Process” foi adicionada a propriedade “Processos Associados”. Esta
propriedade permite estabelecer as relações entre processos do modelo As-Is e do
Modelo To-Be.
Aos diagramas utilizados também foram adicionadas propriedades para a sua atribuição ao
modelo As-Is ou To-Be. Foi estabelecido que os objectos possuem o mesmo tipo de modelo que o
modelo dos seus diagramas.
Quando se deseja visualizar a transição de, por exemplo, um determinado actor do modelo As-Is,
a macro realiza a seguinte operação:
Obtém os processos de negócio que o actor do modelo As-Is é responsável.
Obtém os actores do modelo To-Be com correspondência ao actor do modelo As-Is.
Obtém os processos de negócio dos actores do modelo To-Be.
Compara as correspondências dos processos do actor do modelo As-Is com os processos dos
actores do modelo To-Be.
Os resultados podem ser os seguintes:
• Os processos de negócio do modelo As-Is que não possuem correspondência com os
processos de negócio do modelo To-Be são considerados processos de negócio
58
obsoletos. Isto significa que são processos que deixam de ser realizados por aquele
actor no futuro da organização.
• Os processos de negócio do modelo As-Is possuem correspondência com os processos
de negócio do modelo To-Be. É devolvida informação sobre como os processos de
negócio do modelo As-Is são realizados no futuro da organização.
• Os processos de negócio do modelo To-Be não possuem correspondência com os
processos de negócio do modelo As-Is. Quer isto dizer que os processos de negócio
nesta situação são processos completamente novos na organização.
Imagem 24 – Transição do modelo As-Is para o modelo To-Be de um actor.
A Imagem 24 ilustra o exemplo anterior. Neste caso o papel do actor Pessoa_1_As-Is passa a
ser desempenhado por dois actores (Pessoa_1-To-Be e Pessoa_2-To-Be). O processo de negócio
“Process_Novo-ToBe” é um processo novo. O processo de negócio “Process_2-AS-IS” deixa de ser
executado no modelo To-Be. A funcionalidade do processo de negócio “Process_1-AS-IS” é distribuída
pelo “Process_1_To-Be” e pelo “Process_3-To-Be”. A funcionalidade dos processos “Process1_AS-IS” e
“Process_3-AS-IS” passa a ser desempenhada pelo “Process_3-To-Be”.
59
Imagem 25 – Representação visual da transição do modelo As-Is para o modelo To-Be dos processos.
A Imagem 25 mostra a transição de um processo de negócio do modelo As-Is (processo azul)
para o modelo To-Be. Neste caso a funcionalidade do processo de negócio no modelo As-Is é repartida
em dois processos processo de negócio (os processos a verde). Esta funcionalidade pretende melhorar a
compreensão desta transição na vida da organização.
60
5.Caso de Estudo INATEL
5.1.Introdução
Fundado em 1935 como Fundação Nacional para Alegria no Trabalho (FNAT), o INATEL hoje
tutelado pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, afirma-se como um grande prestador de
serviços sociais, nas áreas do turismo social e sénior, do termalismo social e sénior, da organização dos
tempos livres, da cultura e do desporto populares, com profundas preocupações de humanismo e de
qualidade, estando presente em todo o Continente e Regiões Autónomas com uma rede de 21
delegações e subdelegações.
É seu actual Presidente, José Alarcão Troni e Vices-Presidentes, Vitor Hugo da Rocha Ventura e
Luis Ressano Garcia Lamas.
A obra do INATEL abrange uma massa associativa que ronda os 250 mil associados individuais e
os 3 500 associados colectivos; uma rede de hotelaria social com 14 Centros de Férias, três Parques de
Campismo, três Casas de Turismo Rural e dois balneários termais - representando uma oferta global de 4
200 camas - e uma estrutura permanente de turismo social e sénior e de organização das férias dos
associados e suas famílias; um Teatro – o Teatro da Trindade; dois Parques desportivos - o Estádio 1º de
Maio, em Lisboa, e o Parque de Ramalde, no Porto, além de estruturas de apoio à cultura popular e ao
desporto amador que, designadamente, promovem a assistência técnica e financeira do movimento
associativo, cultural, desportivo, etnográfico, folclórico ou recreativo, de base empresarial ou local, no
Continente e nas Regiões Autónomas.
No âmbito da Cultura, através da rede de delegações e subdelegações por todo o país, o INATEL
oferece uma vasta actividade cultural aos seus associados como é exemplo a formação cultural dada a
dirigentes associativos, executantes artísticos e para todos através das Escolas do Lazer.
São levados a efeito diferentes concursos de criatividade artística; apoiados os CCD’s
dinamizando e divulgando as suas iniciativas culturais; organizados Planos de Apoio Nacionais para as
vertentes de Etnografia, Música e Teatro amadores e editada dramaturgia portuguesa contemporânea.
São ainda produzidos e apoiados espectáculos quer de raiz rural ou urbana, um pouco por todo o
país.
61
No âmbito do Desporto, apoiando-se numa ampla rede de instalações e em colaborações
estratégicas com diversas entidades, o INATEL oferece um leque variado de actividades de lazer,
integradas em quatro programas específicos, que abrangem diversas modalidades, a nível nacional:
actividades regulares, individuais e colectivas, com calendário competitivo (Provas Regulamentares);
actividades regulares, de manutenção física, orientadas por profissionais qualificados, em classes
semanais (Actividades Básicas); actividades pontuais, abertas à generalidade da população, organizadas
em estreita colaboração com as associações locais (Desporto para Todos); e actividades pontuais,
igualmente abertas a todos, organizadas em contextos naturais, associadas ao conceitos de Natureza e
Aventura. (Informação acerca do Inatel retirada de - http://www.inatel.pt/fazemos.htm)
5.2.Contexto
“Inatel DigitalNa sequência da audição de prestigiados consultores externos, com especial destaque para o
INA – Instituto Nacional de Administração, a Direcção, a quem tenho a honra de presidir, deliberou, na
sessão de 29 de Dezembro de 2005, o upgrading do software informático do INATEL, com a progressiva
substituição do actual sistema Bann pelo SAP, generalizadamente adoptado pelo sector público e
empresarial do Estado.
Sistema SAP. Espero que o novo sistema venha introduzir expressiva melhoria qualitativa nos
procedimentos administrativos e na capacidade de resposta do INATEL – independentemente do seu
figurino estatutário definitivo – melhorando o desempenho e competividade institucionais, com o objectivo
final da progressiva substituição da actual “paper admistration” – a gestão com base em suporte físico –
pela futura e desejável “no paper administration”, a gestão digital.
É óbvio que a introdução do sistema SAP será acompanhada pela generalizada formação dos
utilizadores.
A subsequente carteira de modernização administrativa, tecnológica e procedimental do INATEL
– em especial os projectos INATEL – Melhor Serviço e INATEL – Melhor Gestão – será preparada no ano
em curso, em ordem à sua candidatura aos fundos estruturais da União Europeia, através dos actual e
próximo Quadro Comunitários de Apoio.
Entretanto, o INATEL seleccionará uma Universidade ou Instituto de Investigação de referência
como seu consultor estratégico para a Inovação e Desenvolvimento, nas áreas da Modernização
Administrativa e dos Sistemas e Tecnologias de Informação.”
62
O Inatel encontra-se numa fase de mudanças profundas. Os processos e sistemas de informação
da organização vão ser alterados no âmbito do projecto “Inatel Digital”, o qual procura melhorar a
qualidade dos procedimentos organizacionais.
O actual sistema do Inatel, o Bann, irá ser substituído por sistemas SAP.
No contexto deste trabalho, os processos recolhidos e utilizados para a validação deste trabalho
pertencem na sua maioria ao departamento do Turismo Sénior. Esses dados são introduzidos no
repositório de processos “System Architect” e a ferramenta desenvolvida é executada sobre esses dados
de forma a efectuar-se uma validação do trabalho com base nos resultados obtidos. Dos resultados
obtidos com esses dados serão realizados os ajustes vistos necessários e a própria validação dos dados
levantados do Inatel.
O resultado do levantamento é obtido na forma de documentos Visio, de forma exemplificada na
Imagem 26 – Visio. Estes documentos Visio são construídos pelos funcionários do Inatel com base em
logs (registos) das suas actividades, também por eles elaborados.
Um aspecto fundamental deste levantamento de processos é o de extrair a informação
necessária para a interligação das várias células da framework de Zachman. Conforme se pode verificar
na Imagem 26, os processos trazem consigo informação associada às primitivas de cada célula (actores,
inputs, outputs, tempos e localizações). É esta informação que permitirá a interligação entre primitivas.
É necessário referir que a recolha de informação nesta organização não contemplou os
objectivos de negócio, e como tal as primitivas do tipo objectivo e as suas relações com os processos não
estão presentes nesta validação.
DTS
Mapa Detalhado de Viagens
Actualizar as Datas dos Grupos no Mapa Detalhado das Viagens
Equ
ipa
de P
RO
GR
AM
AÇ
ÃO
( com base no Mapa Detalhado de Viagens existente, é efectuada a actualização das datas do Programa em causa)
EXCELMapa Detalhado das Viagens antigo
1 V ez p/P rogra m a(1 por Fas e no TS )
EXCELMapa Detalhado das Viagens actualizado
Coordenação da Programação
Actualizar as Unidades Hoteleiras no Mapa Detalhado das Viagens
EXCELMapa Detalhado das Viagens actualizado
(no referido mapa são actualizadas as vár ias Unidades Hoteleiras que vão trabalhar no Programa em causa e respectivas datas dos Grupos)
EXCELMapa Detalhado das Viagens actualizado
Coordenação da Programação
Actualizar as Unidades Hoteleiras no Mapa Detalhado das Viagens
(com base no “Grupos Delegações”, é efectuada a distr ibuição dos Grupos. Tentando que os Grupos por Delegação não tenham muitas datas coincidentes)EXCEL
Quadro Grupos Delegações
EXCELMapa Detalhado das Viagens actualizado
EXCELMapa Detalhado das Viagens para aprovação superior
Coordenação da Programação
Submeter a Autorização Superior o Mapa Detalhado de Viagens
(a proposta do Mapa Detalhado é submetida à consideração Superior. Se for aprovada este Mapa será base para a elaboração do Quadro de Viagens. Se não for, são efectuadas as alterações em causa, até aprovação)
EXCELMapa Detalhado das Viagens
Coordenação da Programação
Chefia de Divisão
Mapa Detalhado aprovado?
Não
Efectuar Alterações Indicadas Superiormente
SimMapa Detalhado de Viagens
Final e Base de Trabalho para o Quadro de Viagens
Enviar para Aprovação
EXCEL
Quadro de Viagens
Imagem 26 – Visio criado por funcionários do Inatel
63
5.3.Extensões ao trabalho
Neste caso de estudo utilizaram-se algumas extensões cujos objectivos não se enquadram
directamente com os objectivos principais deste trabalho. Porém, considerou possível a utilização dos
conceitos definidos neste trabalho e adapta-los. Como consequência foram definidos os seguintes
objectivos secundários:
• Levantar o modelo “As-Is”.
• Auxiliar a transição do modelo “As-Is” para o modelo “To-Be”.
De forma a auxiliar a transição do “As Is” para o “To Be” decidiu-se implementar na ferramenta
uma visualização mais simplificada dessa transição. Esta representação irá utilizar como base o trabalho
realizado no âmbito da representação multi-dimensional.
Para tal ser realizado, foi atribuído às várias dimensões e diagramas um campo adicional que
identifica os objectos da arquitectura como sendo do tipo “As Is” ou do tipo “To Be”. Adicionalmente cada
dimensão pode ser relacionada com outras dimensões do seu tipo, através da utilidade “matrix browser”
da ferramenta. Esta relação irá descrever o relacionamento da respectiva dimensão com o “As Is” e com
o “To Be”.
5.3.1.Dimensão Sistema
O meta-modelo utilizado na página 22 pode ser facilmente adaptado de forma a satisfazer outras
necessidades de modelação. Tendo em consideração o processo de negócio como o conceito agregador,
foi adicionado a dimensão “Sistema”. Esta nova dimensão tem correspondência no nível lógico da
framework de Zachman, (contrariamente às restantes dimensões, que pertencem ao nível conceptual), e
irá modelar e representar os sistemas de informação utilizados nos processos de negócio. O conceito de
“Sistema” está directamente relacionado com a dimensão “How” do nível lógico da framework de
Zachman.
O meta-modelo foi necessariamente estendido de modo a reflectir esta alteração (Imagem 27).
64
Processo Entidade InformacionalActor
ObjectivoTempo
Localização
* **
*
*
1
**
*
*
1
*
1*
1*
**
1*1
*
**
Input
Output*
*
Sistema*
* 1*
Imagem 27 – Meta-modelo com sistema
Para tal foi utilizada a definição “Application”, já existente no System Architect e criado um novo
diagrama (Diagrama de Sistemas) para modelar a estrutura dos sistemas. Este diagrama é idêntico aos
diagramas criados para restantes dimensões, sendo portanto hierárquico. Este diagrama é utilizado na
modelação dos sistemas utilizados na organização do Inatel.
Imagem 28 – Diagrama de Sistemas
5.3.2.Representação da transição do “As Is” para o “To Be”
Uma arquitectura “As-Is” de uma organização pode ser definida como uma representação da
realidade actual dos seus processos e conceitos fundamentais. Por outro lado, arquitecturas “To-Be” de
organizações são definidas como representações dos processos e conceitos fundamentais à empresa no
futuro, isto é, o estado futuro da organização. Estes dois tipos de arquitecturas são utilizados aquando de
65
uma fase de transição/remodelação da organização, tal como é no caso do Inatel. A arquitectura “As-Is” é
usada para saber como os processos são conduzidos. Quando se trata também de identificar, melhorar e
corrigir ineficiências, são utilizados os modelos “To-Be” em conjunto com os modelos “As-Is”. Estes
modelos “To-Be” reflectem o funcionamento optimizado da organização.
Uma das fases mais importantes no processo de mudança de uma organização é, precisamente,
a transição entre o funcionamento da organização “As-Is” para o “To-Be”.
Assume-se que entre os dois modelos existem elementos comuns, isto é, cuja funcionalidade na
organização é idêntica, mesmo que não sejam conceptualmente iguais. Pode-se afirmar segundo a
afirmação anterior, que estes elementos estão relacionados entre si.
Esta funcionalidade vai de encontro com o objectivo de auxiliar a transição “As-Is” para o “To-Be”.
As dimensões e processos são classificados como pertencentes ao modelo “As-Is” ou ao modelo “To-Be”.
Podem-se associar dimensões da mesma classe às classes, de forma a representar como a dimensão
está relacionada com o modelo “To-Be”, ou quais são os modelos “As-Is” da dimensão em causa. Por
exemplo, o actor “Pessoa_1-As-Is” do modelo “As-Is” está relacionado com o actor “Pessoa_1-To-Be” e
“Pessoa_2-To-Be” do modelo “To-Be”. Isto implica que o actor “Pessoa_1-As-Is” é substituído por dois
actores no modelo “To-Be” (o actor “Pessoa_1-To-Be” e o actor “Pessoa_2-To-Be”).
A transição do “As-Is” para o “To Be” é facilitada da seguinte forma:
Uma dimensão (por exemplo, actor) “As Is” é substituída pela dimensão ou dimensões “To Be”
respectivas. Os processos de negócio do actor “As Is” são substituídos por processos “To Be” ou deixam
de ser realizados. Os processos de negócio dos actores “To Be” que não tenham nenhuma relação com o
“As Is” são considerados processos novos.
66
Imagem 29 – Transição de um actor "As Is" para o "To Be" e a relação com os processos
Na Imagem 29 está representada uma transição de actores. Este exemplo pode ser estendido
para as localizações, objectivos, tempos e entidades informacionais. Neste exemplo, o papel da
“Pessoa_1-As-Is” passa a ser desempenhado por dois novos actores no To-Be, a “Pessoa_1-To-Be” e a
“Pessoa_2-To-Be”. Dos processos realizados anteriormente pela “Pessoa_1-As-Is” (“Process_1-As-Is”,
“Process_2-As-Is”, “Process_3-As-Is”), o “Process_2-As-Is” deixa de ser realizado, o “Process_1-As-Is”
passa a ser realizado por dois processos To-Be (“Process_1-To-Be” e “Process_3-To-Be”) e o
“Process_3-As-Is” está integrado no “Process_3-To-Be”.
Imagem 30 – Processos "As Is" relacionados com o processo "To Be"
67
No caso dos processos de negócio, estes estão directamente relacionados uns com os outros.
Processos de negócio do tipo “As Is” que deixam de ser realizados não possuem qualquer ligação com os
processos de negócio pertencentes ao “To Be”. De igual forma, processos de negócio do “To Be” que são
completamente novos não possuem qualquer tipo de relação com os processos de negócio do “As Is”. No
exemplo da Imagem 30, o “Process_3-To-Be” substitui os processos de negócio “Process_1-AS-IS” e o
“Process_3-AS-IS”.
De forma a melhorar a visualização do “As-Is” e do “To-Be” dos processos, foi criado um
explorador, no qual a selecção de um processo resulta na visualização do processo de negócio e dos
processos de negócio relacionados nos diagramas BPMN.
Na Imagem 31 está representado o explorador “As-Is” “To-Be”. O processo de negócio
seleccionado para visualização (neste caso é um processo “As-Is”) encontra-se com o fundo azul e os
processos de negócio relacionados (processos “To-Be”) com fundo verde.
Imagem 31 - Explorador "As-Is" "To-Be"
Infelizmente, os modelos “To-Be” do caso de estudo Inatel não se encontram suficientemente
detalhados de forma a utilizar esta funcionalidade. Como tal, esta funcionalidade foi testada
essencialmente com modelos construídos com esta funcionalidade em mente.
68
5.4.Regras
5.4.1.Substituição de dimensões usadas nos processos por dimensões de mais alto nível
Esta funcionalidade implementada na ferramenta pesquisa as dimensões dos processos (actores,
localizações, inputs, outputs, objectivos, sistemas e tempos) e caso o processo de negócio em causa
possuir todas as dimensões irmãs, sugere a substituição dessas dimensões pela respectiva dimensão
pai, isto é subir o nível de abstracção.
No caso de estudo foram detectados dois (2) processos com dimensões que podiam subir no
nível de abstracção.
Processo: Dimensões a substituir: Subir Nível para:Recepção da Aprovação • Relatório Animadores Aprovado Relatórios AnimadoresSeleccionar tipo de Contrato (To Be)
• Contrato em Quantidade (To Be)• Contrato em Valor (To Be)
Contrato (To Be)
Tabela 5 – Subir o nível granularidade das primitivas utilizadas
5.4.2.Balanceamento de Processos
O balanceamento de processos procura colocar as dimensões nos processos de negócio pai de
acordo com as dimensões associadas nos seus sub-processos.
Se todos os sub-processos de um determinado processo de negócio X estiverem associados à
mesma dimensão Y, então o processo de negócio X pode estar associado à dimensão Y.
Por outro lado se uma dimensão D se decompor nas dimensões D1 e D2, e os sub-processos do
processo de negócio P estiverem associados às dimensões D1 e D2, então o processo de negócio P
pode estar associado à dimensão D. Isto é realizado para conseguir níveis de abstracção entre as
hierarquias dos processos de negócio e as suas dimensões.
No caso de estudo da Inatel, esta operação resultou no balanceamento descrito na Tabela 6.
Processo DimensõesContratação de Guias ViagemElaborar Conteúdos da Brochura BrochuraAderir Programa Sénior Célia Tapadas
Equipa de ProgramaçãoAnalisar e Avaliar desempenho dos Animadores Equipa de OperaçõesAnalisar Necessidade de Contratar Animadores Coordenação de Animadores
69
Equipa de OperaçõesApresentar aos Animadores as Unidades Hoteleiras e Prestadores de Serviços Coordenação de Animadores
Equipa de ProgramaçãoCalendarizar Programas Coordenação da ProgramaçãoDirectores Clínicos C. Moura
Equipa de ProgramaçãoDistribuir Brochuras nos Pontos de Venda Divisão Turismo SéniorElaborar e Enviar Contratos Ana Trindade
Equipa de OperaçõesElaborar Horários de Viagens Equipa de ProgramaçãoElaborar Quadro de Viagens Equipa de ProgramaçãoEnviar Material Gráfico Equipa de ProgramaçãoGestão das Agências de Viagens já Existentes nos Programas Seniores Célia Tapadas
Equipa de ProgramaçãoProposta Governamental Chefia DTS
Coordenação da ProgramaçãoEquipa de ProgramaçãoDirectora do Departamento
Receber Propostas dos Fornecedores Equipa de ProgramaçãoPropostas FornecedoresPropostas Fornecedores
Receber Textos e Fotos para Concurso e Apurar Premiados Equipa de ProgramaçãoVerificar a necessidade de Material para as Unidades Hoteleiras Divisão Turismo Sénior
Quadro com distribuição das Viagens para Unidades Hoteleiras
Tabela 6 – Balanceamento entre Processos e Dimensões
5.4.3.Processos de negócio folha com dimensões não folha
Quando um processo de negócio folha está associado a uma dimensão não folha, existe a
possibilidade de que esse processo de negócio está demasiado genérico ou abstracto, e portanto pode
ser decomposto em sub-processos que utilizem dimensões folhas, de forma a melhor detalhar o
funcionamento da organização.
No caso de estudo, a vasta maioria dos processos de negócio e dimensões detectadas nesta
situação estão relacionadas com a localização “Divisão de Turismo Sénior”, uma vez que esta é
decomposta nas dimensões “Equipa de Programação” e “Equipa de Operações”. Isto significa que os
processos de negócio do Inatel não possuem o detalhe suficiente para se observar o modo de
funcionamento das localizações “Equipa de programação” e “Equipa de Operações”.
70
Processos Dimensões Não FolhaAcompanhar os Trabalhos de Embalamento/Etiquetagem Divisão Turismo SéniorAcompanhar os Trabalhos de Entrega dos CTT nos Pontos de Venda Divisão Turismo SéniorAssociar Hotéis e Tipos de Quartos (To Be) SAP (To Be)Associar Partidas (To Be) SAP (To Be)
Conferir os Serviços e Valores PrestadosInformação das Operações referente à realização dos Grupos
Criação da solicitação de cotação (To Be) SAP (To Be) Criar registo específico Contrato (To Be)Elaborar Quadro dos Passeios Relatórios AnimadoresEnvio de Material Divisão Turismo SéniorLeitura do Relatório Final Relatórios AnimadoresNecessidade de Material para as Unidades Hoteleiras Divisão Turismo SéniorRecepção de Questionários e Relatórios Relatórios AnimadoresRegistar factura (To Be) SAP (To Be)Registo de Pedido de Compra (To Be) SAP (To Be)Relatório Semanal Relatórios AnimadoresSeleccionar tipo de Contrato (To Be) Contrato (To Be)Acompanhar Preparação dos Trabalhos de Entrega dos CTT Divisão Turismo Sénior
Tabela 7 – Processos com dimensões não folha
5.4.4.Processos equivalentes detectados
Processos Equivalentes DimensõesCom Passagem Aérea Célia TapadasConferir Horários C. Maximino
C. MouraEquipa de ProgramaçãoHistórico BrochurasHorários Transportadora AéreaMichelinQuadro ViagensQuadro de Viagens com Horários Indicados
Analisar Necessidades de Contratação de Guias Profissionais Equipa de OperaçõesContactar os Guias Profissionais Albertina Martins
Ana DitzaCVsProcesso
71
Informar Agência Viagem Célia TapadasActualizar Quadro de Agências Equipa de Programação
Quadro de Agências
Ordenar Informação do Quadro de Viagens Por Origem, Unidade Hoteleira e Data Equipa de ProgramaçãoOrdenar Informação do Quadro de Viagens por Áreas de Destino Mapa Viagens Conferido
Mapa Viagens Ordenado
Informar Coordenação de Animadores Coordenação de AnimadoresReajustar Programa Equipa de Programação
Equipa de ProgramaçãoQuadro Passeios Turísticos Final
Contactar os Directores Clínicos C. MouraReceber Confirmações dos Directores Clínicos Equipa de ProgramaçãoEnviar Confirmações para a Contabilidade Quadro Datas Palestras
Enviar Contrato Ana TrindadeReceber Contrato Equipa de OperaçõesReenviar Contrato Contrato
Relatório Semanal Coordenação de AnimadoresLeitura do Relatório Final Equipa de Operações
Relatórios Animadores
Tabela 8 – Processos equivalentes
Esta procura foi realizada com foco nas dimensões Who, What e What.
Estes processos sem dimensões encontram numa das duas situações:
• A sua modelação encontra-se incompleta.
• Não possuem qualquer utilidade na organização.
Os processos:
• Enviar Contrato
• Receber Contrato
• Reenviar Contrato
elaborados pelos actores “Ana Trindade” e “Equipa de programação”, cuja entidade informacional
“Contrato” resulta do processo, podem ser reconsiderados e representados como apenas um processo
de negócio. A alteração foi validada e realizada.
Também os processos:
• Ordenar Informação do Quadro de Viagens por Áreas de Destino
72
• Ordenar Informação do Quadro de Viagens Por Origem, Unidade Hoteleira e Data
realizados pelo actor “Equipa de Programação” e com o “Mapa Viagens Ordenado” como
entidade informacional resultante, foram alterados para só um processo: “Ordenar Informação Quadro de
Viagens”.
Outros processos também podem ser considerados semelhante ou integrados num só processo.
É o caso dos processos:
• Enviar Contrato
• Receber Contrato
• Reenviar Contrato
dos processos:
• Ordenar Informação do Quadro de Viagens Por Origem, Unidade Hoteleira e Data
• Ordenar Informação do Quadro de Viagens por Áreas de Destino
dos processos
• Analisar Necessidades de Contratação de Guias Profissionais
• Contactar os Guias Profissionais
e dos processos:
• Com Passagem Aérea
• Conferir Horários
Aos restantes processos sugeridos como semelhantes falta informação para verificar se são de
facto idênticos. Em concreto as informações mais relevantes para uma correcta comparação entre
processos são os inputs e outputs dos processos, como se pode observar nos processos acima
descritos.
Informar Agência Viagem Célia TapadasActualizar Quadro de Agências Equipa de Programação
Quadro de Agências
Alguns destes processos de negócio são claramente distintos (se considerarmos o significado
dos nomes dos processos). É o caso dos processos “Informar Agência Viagem” e “Actualizar Quadro de
Agências”.
Os processos que não foram considerados iguais por falta de dimensões do tipo What, Who ou
Where foram os seguintes:
Processos DimensõesAcompanhar os Trabalhos de Embalamento/Etiquetagem Divisão Turismo Sénior
73
Acompanhar Preparação dos Trabalhos de Entrega dos CTT Lista Agências
Contactar RH Equipa de OperaçõesContratação de GuiasConfirmação das Actividades Com Prestadores de Serviços
Criação de Viagens (To Be)Gestor de Viagens (To Be)
Associar Hotéis e Tipos de Quartos (To Be)Associar Partidas (To Be)
Criar um Artigo Viagem por Template (To Be) Artigo Viagem (To Be)Criar um Artigo Viagem de raíz (To Be)
Efectuar Alterações Indicadas Superiormente Equipa de Programação
Efectuar Alterações Indicadas Superiormente Q. Proposta CFériasDocumento com Indicações
Planificar Viagens Divisão Turismo SéniorDirectores Clinicos
Alterar Reserva Equipa de ProgramaçãoReceber Pedido de autorização Superior para Gozar Prémio noutro Período Processo de ReservaPedido das novas Datas ao Centro de Férias
Enviar Proposta de Reservas para os Administradores dos Respectivos C. Férias Equipa de ProgramaçãoInformação das Delegações Célia TapadasRecepção da Informação das DelegaçõesDesactivar Agência de Viagens
Registo de Contrato (To Be) Contrato (To Be)Criar registo específico
Determinar Horários de Viagens Equipa de ProgramaçãoAnalisar Quantidade de Viagens por DelegaçãoReservar Grupos nos Centros de FériasElaborar Mapa Detalhado das ViagensReenviar E-Mail à Delegação em Falta
Retirar Agência de Viagens da Brochura Equipa de ProgramaçãoDevolução de Correio C. Moura
Célia Tapadas
Visita e Apresentação dos Animadores à Administração das Unidades Hoteleiras
Coordenação de Animadores
Conhecimento dos Vários Prestadores de Serviços Equipa de Programação
Tabela 9 – Processos sem conclusão na equivalência
Nestes processos de negócio pode-se verificar a ausência de informação suficiente (falta de
dimensões associadas) para se poder concluir se são de facto equivalentes. Os processos de negócio
74
que possuem somente a dimensão “Equipa de Programação” são de facto distintos. Porém a informação
necessária para diferenciar esses processos não foi obtida e portanto os processos de negócio estão
incompletos na sua modelação.
5.4.5.Processos sem inputs, processos sem outputs, processos sem actores, processos sem localizações, processos sem tempos
Existiram vários processos cuja modelação não relacionava processos com entidades
informacionais, actores e tempos
A lista destes processos é demasiada extensa para ser inserida neste relatório, mas desses
processos, muitos foram esclarecidos em reuniões com o Inatel e alterados. O resultado foi a
identificação e interligação de objectos do tipo da dimensão que se encontrava ausente aos processos de
negócio. Os processos de negócio não resolvidos encontram-se ainda sujeitos a uma análise mais
detalhada de forma a resolver estas questões e possibilitar uma modelação mais precisa da organização.
5.4.6.Processos sem Objectivos
O caso de estudo não contemplou a modelação de objectivos, como consequência a interligação
dos processos com os objectivos não foi alvo nos levantamentos dos processos de negócio. Desta forma,
não foi possível utilizar esta regra na validação do caso, dado não existir a modelação de objectivos na
arquitectura.
5.4.7.Processos folha com duas ou mais dimensões do mesmo tipo (excluindo a dimensão What)
Processo de Negócio Folha: Dimensões a utilizar nos sub-processos:Colocar Animador Coordenação de Animadores
Chefia DTSCom Passagem Aérea Célia Tapadas
C. MaximinoC. Moura
Conferir Horários Célia TapadasC. MaximinoC. Moura
Contactar os Guias Profissionais Albertina MartinsAna Ditza
Decisão de Anulação de Viagens Chefia DTSEquipa de Operações
Definir Programa Diário dos Grupos Coordenação de AnimadoresEquipa de Programação
Determinar Quantidades dos Vários Material Gráficos Equipa de ProgramaçãoEquipa de Promoção Vendas
Devolução de Correio C. Moura
75
Célia TapadasElaborar Inf. para Autorização Superior da Contratação dos Serviços de D. C. Chefia DTS
C. MouraDirectora do Departamento
Elaborar Informação Minuta de Oficio para remeter Proposta para o Ministério Chefia DTSCoordenação da ProgramaçãoDirectora do Departamento
Elaborar Informação para enviar Proposta à Exma. Direcção Chefia DTSCoordenação da ProgramaçãoDirectora do Departamento
Elaborar Minuta de Oficio para remeter Proposta para o Ministério Chefia DTSCoordenação da ProgramaçãoDirectora do Departamento
Elaborar Orçamento Chefia DTSCoordenação da ProgramaçãoDirectora do Departamento
Elaborar Proposta Chefia DTSCoordenação da ProgramaçãoDirectora do Departamento
Elaborar Proposta da Distribuição dos Grupos por Delegação Chefia DTSCoordenação da Programação
Elaborar Proposta para Reserva de Grupos nos Centros de Férias Chefia DTSCoordenação da Programação
Enviar Ficheiros Informáticos da Minuta e Restantes Peça para o Ministério Chefia DTSCoordenação da ProgramaçãoDirectora do Departamento
Enviar Proposta de Passeios Turísticos Para Análise e Parecer Coordenação de AnimadoresEquipa de Programação
Enviar Requisição à Consideração Superior Chefia DTSCoordenação da Programação
Envio de Informação para Boletim Informativo Chefia DTSIsabel SaboiaColaboradores da DTS
Formalizar Contratação dos Guias Profissionais Albertina MartinsAna Ditza
Informar Coordenação de Animadores Coordenação de AnimadoresEquipa de Programação
Informar Premiados do Respectivo Prémio Chefia DTSEquipa de Programação
Inserir Horários no Sistema Célia TapadasIsabel Saboia
Numerar Requisição Equipa de ProgramaçãoApoio Serviços Jurídicos
Planear Formação Coordenação de AnimadoresDivisão de PessoalChefia DTS
Preparar Contrato Coordenação de AnimadoresChefia DTSAna Trindade
Reajustar Programa Coordenação de AnimadoresEquipa de Programação
76
Receber Provas da Brochura enviadas pela Gráfica Chefia DTSEquipa de ProgramaçãoDirectora do Departamento
Receber Questionários Equipa de ProgramaçãoEquipa de Operações
Receber Relatório Do Guia Profissional Equipa de ProgramaçãoEquipa de OperaçõesColaboradores da DTSAlbertina Martins
Retirar Agência de Viagens da Brochura C. MouraCélia Tapadas
Sem Passagem Aerea Célia TapadasC. MaximinoC. Moura
Sistematizar Informação Chefia DTSEquipa de ProgramaçãoEquipa de Operações
Validar Prova Final da Brochura Chefia DTSEquipa de ProgramaçãoDirectora do Departamento
Verificar e Enviar os Processos Cartas-Convite Para os Vários Fornecedores Chefia DTSApoio Serviços Jurídicos
Verificar Provas dos Materiais Gráficos Equipa de ProgramaçãoEquipa de Promoção Vendas
Actualizar Conteúdo da Brochura Célia TapadasC. MaximinoC. Moura
Actualizar no Sistema Informático Célia TapadasIsabel Saboia
Alterar Horários e/ou Datas de Voos ou de Viagem (na 1ª semana) Célia TapadasC. MaximinoC. Moura
Analisar Calendário Chefia DTSCoordenação da ProgramaçãoDirectora do Departamento
Analisar Necessidades de Contratação de Guias Profissionais Albertina MartinsAna Ditza
Receber Aprovação D.C. Equipa de ProgramaçãoContabilidade Chiado
Vendas de Viagens (To Be) Divisão Turismo Sénior (To Be)Agências de Viagens (To Be)Delegações (To Be)
Confirmação das Actividades Com Prestadores de Serviços 1 vez por semanaPor Prestador de Serviço
Elaborar Requisição para Serviços de Hotelaria 1 Vez p/ Programa1 p/ Fase no TS
Entregar Brochura à Empresa Gráfica 2 Vezes p/ Programa1 p/ Fase no TS3 Vezes p/ Programa
Enviar Calendário para Elaboração da Brochura e Campanha Publicitária do Prog. 1 Vez p/ Programa1 p/ Fase no TS
77
Enviar Informação os Animadores Início do ProgramaMudança Animador
Actualizar Conteúdo da Brochura 1 Vez p/ Programa1 p/ Fase no TS
Alterar Reserva 1 vez p/ ano2 vezes p/ ano
Tabela 10 – Processos de negócio folha com duas ou mais dimensões do mesmo tipo
Os processos de negócio folha detectados com duas ou mais dimensões do mesmo tipo (Tabela
10) vieram reforçar a ideia prévia de que a maioria dos processos levantados no caso de estudo não se
encontram com o nível de detalhe desejado. Apesar de alguns destes avisos serem falsos (caso do
Alterar Reserva, com as dimensões 1 ver p/ ano e 2 vezes p/ ano, que significa que o processo é
realizado uma ou duas vezes por ano), muitos dos outros processos de negócios são de facto
merecedores de foco e de um esforço para os decompor em sub-processos. Isto deve ser realizado para
melhor compreender a sua forma de execução e como utilizam as dimensões relacionadas. De notar que
o tipo de dimensão mais encontrada por esta regra é a Who. Os actores que realizam os processos de
negócio folha, de facto não realizam a mesma tarefa na realidade, mas sim partes do processo. São
esses sub-processos que se desejam representados para melhor detalhar a arquitectura empresarial.
78
6.ConclusõesOs principais conceitos utilizados nas arquitecturas empresariais aqui detectados neste trabalho
correspondem às primitivas relacionadas com as dimensões da framework de Zachman. Estes são
“actor”, “entidade informacional”, “localização”, “objectivo”, “tempo” e “processo”. Estes conceitos
utilizados encontram-se situados na perspectiva conceptual da framework. Porém o meta-modelo pode
ser facilmente alterado de forma a modelar outros aspectos empresariais. Foi o caso com conceito de
“sistema”, pertencente ao nível lógico da framework de Zachman. Este conceito representa os sistemas
de informação utilizados nas organizações. O conceito de “sistema” foi utilizado no caso de estudo Inatel
e mostrou-se importante na modelação dos sistemas de informação existentes nesta.
A definição destes conceitos em níveis hierárquicos permite atribuir vários níveis de
granularidade aos modelos. Isto permite a visualização dos modelos consoante o detalhe desejado. Esta
estrutura de camadas permitiu a definição de regras, algumas com o objectivo de manter a consistência
entre os vários níveis de abstracção, outras com o objectivo de manter as camadas hierárquicas
balanceadas entre si.
O meta-modelo utilizado provou ser especialmente eficaz na representação dos modelos
arquitecturais e na interligação de conceitos. Isto deve-se, especialmente, ao facto de se ter utilizado o
processo de negócio como elemento agregador dos conceitos, e devido ao facto de este ser horizontal à
organização. Através dos processos de negócio, é possível visualizar a arquitectura empresarial sobre
qualquer ponto de vista. A representação pode ser efectuada sobre qualquer actor, entidade
informacional, localização, tempo, objectivo, processo e sub-processos ou sistema, ou qualquer
combinação entre estes conceitos. Isto significa que é possível criar representações concretas. Essas
representações podem estar relacionadas com a segurança (quem lida com o quê, através da associação
actor e entidade informacional), ou com implementação de um novo standard que exige a resolução de
alguns objectos específicos num período de tempo específico (entidades informacionais versus tempo). A
representação da arquitectura empresarial através das dimensões mostrou-se uma ferramenta importante
para o modelador obter rapidamente as interacções existentes na organização, e muito importante na
definição de regras para auxiliar o processo de modelação da organização.
A combinação entre dimensões e associação aos processos permitiram também detectar
possíveis problemas de modelação. Alguns desses problemas deparam-se com a modelação incompleta
dos processos, modelação incorrecta ou pontos ineficazes na organização. Destes problemas e com a
validação com o caso de estudo, verificou-se que as questões que exigiram maior atenção foram:
processos sem inputs, processos sem outputs e processos sem actores associados. Estas questões
tratavam-se essencialmente de falta de informação no momento da modelação. Outros problemas
encontrados deparavam-se com actores não associados a localizações, localizações sem actores
associados, associação das localizações de um processo inconsistente com os actores do processo. A
detecção destes erros através das regras implementadas permitiram auxiliar o processo de modelação.
79
A associação entre processos e as dimensões permite a interligação entre vários modelos
organizações de várias perspectivas. Esta interligação, bem como as regras e condições definidas neste
trabalho, introduzem um elevado grau de rastreabilidade entre os conceitos empresariais utilizados neste
trabalho.
Já fora do contexto inicial do trabalho, surgiu uma tentativa de representar a transição do modelo
“As-Is” para o modelo “To-Be”. Cada objecto utilizado na arquitectura pode ser definido como pertencente
ao modelo “As-Is” ou ao modelo “To-Be”. Ao associar objectos com a sua representação correspondente
no modelo oposto é então possível extrair informação sobre como é realizado o salto do modelo “As-Is”
para o modelo “To-Be”. Isto, associado com a interligação das dimensões, permite derivar como um
objecto e os seus processos de negócio são afectados (quais são os processos novos, os processos que
deixam de ser realizados e os processos substituídos pelos processos do modelo oposto). Infelizmente
não foi possível desenvolver o modelo “To-Be” do caso de estudo. Acredito que esta área precise de um
maior foco, não só devido ao impacto que pode ter nas empresas em processos de mudança, mas
porque o tema foi somente ligeiramente abordado neste trabalho.
7.Objectivos atingidosO objectivo da rastreabilidade entre modelos organizacionais é conseguido através da definição
dos processos de negócio e das suas relações com os restantes aspectos da organização. Através dos
processos de negócio pode-se então derivar as relações que cada objecto possui com os restantes
objectos relacionais.
A rastreabilidade conseguida no objectivo anterior permite a visualizar a arquitectura empresarial
através das dimensões. O utilizador pode, através da combinações de dimensão, visualizar as
interacções existentes nos elementos da organização. Desta forma fornece-se um método construir vistas
da arquitectura que procuram satisfazer uma preocupação específica dos stakeholders.
As regras definidas na página 30 atingem o objectivo de manter a sintaxe dos modelos ao impor
um conjunto de aspectos nas definições das interligações entre primitivas. Desta forma consegue-se que
os modelos construídos respeitam um conjunto de propriedades que procuram aumentar ao máximo o
nível de detalhe da arquitectura e que esta se encontre coerente.
Em relação ao objectivo secundário de representar a transição do modelo “As-Is” para o modelo
“To-Be” de uma organização, foi utilizado como base, o mesmo conceito de interligações entre primitivas
usado no objectivo da rastreabilidade. Foram definidas relações entre as primitivas de um modelo (“As-Is”
ou “To-Be”) com as primitivas do mesmo tipo mas do modelo oposto. Com isto, e com a rastreabilidade já
referida anteriormente, consegue-se extrair o “salto” que acontece quando se passa do modelo “As-Is”
para o modelo “To-Be”. Consegue-se portanto visualizar como é a primitiva afectada no modelo oposto e
como os seus processos de negócio são alterados.
80
8.Trabalho futuroDa elaboração deste trabalho surgiu alguns aspectos que julgo ser de interesse para trabalhos
futuros.
Na dimensão tempo, neste trabalho associada à frequência de execução de um processo,
poderiam ser adicionados conceitos como o da restrição de tempos de execução dos processos,
normalmente encontrado nas “object constrain languages”. Apesar de ser um aspecto relacionado com
simulação, penso que seria de interesse adicionar essa informação de forma a cruzar com outros
elementos, tais como entidades informacionais e actores, e desta forma identificar objectos e cargos de
uso intensivo e portanto críticos nas actividades da organização. Isto seria um aspecto de maior
importância nas organizações cujas actividades dependem fortemente de componentes e restrições
temporais.
Outro aspecto que julgo ser de interesse focar no futuro é na associação entre entidades
informacionais e processos de negócio. A representação dos processos de negócio através da notação
“Business Process Modelling Notation” relaciona os processos de negócio com as entidades
informacionais através de ligações de associação. Durante a validação do trabalho, e em particular
quando lidei com as entidades informacionais, comecei a questionar se faria mais sentido realizar esta
associação, não com a própria entidade informacional, mas com um dos estados da entidade
informacional. Uma vez que o processo actua, ou altera, a própria entidade informacional, julgo que a
gestão e modelação documental beneficiaria de tal associação. Tornaria também as consequências dos
processos de negócio mais transparentes ao modelador.
Porque o aspecto da transição dos modelos “As-Is” para os modelos “To-Be” foi levemente
abordado neste trabalho, acredito que esta seja uma área que mereça uma maior dedicação daquela que
dediquei neste trabalho. Apesar de estar convencido da sua importância devido ao impacto que tem a
fase de transição nas organizações, reforçar a minha afirmação que esforços que procurem representar
essa etapa na vida das organizações só podem trazer benefícios no próprio desenho do “modelo To-Be”,
bem como tornar mais compreensível a forma como essa transição deve ser realizada.
Deste trabalho resultou um conjunto de regras aplicáveis às interligações entre primitivas das
células da framework de Zachman. Porém, não foi alvo deste trabalho a elaboração de regras a aplicar às
próprias primitivas. Quero dizer com isto que associações entre primitivas com diferentes finalidades não
são detectadas. Inconsistências como a seguinte não são detectadas:
O processo de negócio “Construir carro” com uma relação com a entidade informacional
“Factura”, a qual indica que o processo “Construir carro” utiliza o objecto “Factura”.
81
Seria muito mais lógico o processo de negócio “Construir carro” utilizar entidades informacionais
relacionadas com carro (rodas, motor, chassi...). Para detectar esta inconsistência entre elementos
deveria ser criada meta-informação comum entre os elementos processo de negócio “Construir carro” e
as entidades informacionais “rodas”, “motor”, “chassi” e “factura”. Creio que a meta-informação
necessária esteja relacionada com o propósito dos objectos. Apesar de ser um problema complicado,
julgo que seja possível, com um esforço adicional na modelação da organização, criar regras aplicáveis à
própria semântica dos modelos.
Referências• (Towers S 2005) Towers S, Burlton R. In Search Of BPM Excellence: Straight From
The Thought Leaders, Meghan Kiffer Pr, 2005, (Capítulo 10).
• (Smith 2006) Smith, Howard & Fingar, Peter. Business Process Management, The
Third Wave, Meghan-Kiffer Press, 2006, (página 47).
• (Holt 2005) Holt, John. A pragmatic guide to Business Process Modelling, BCS, 2005.
(página 4).
• (Rittgen 2006) Rittgen, Peter. Enterprise Modeling and Computing with UML, IDEA
GROUP Publishing, 2006.
• (Marshall, 1999) Marshall, Chris. Enterprise Modeling with UML, Addison Wesley,
1999, (página 271).
• (Sousa, 2006) Sousa, Pedro, et all. Applying the Zachman Framework Dimensions to
Support Business Process Modeling, 3rd International CIRP Conference on Digital
Enterprise Technology, 2006.
• (Eriksson, 2001) Eriksson, Hans-Erik & Penker, Magnus. Business Modeling with
UML. Business Patterns at Work, OMG PRESS, 2001, (página 87 a 89).
• (Zachman, 2003) Zachman, The Framework for Enterprise Architecture, Cell
Definitions, The Zachman Institute for framework Advancement, 2003.
• (Macedo 2005) Macedo, Patricia & Tribolet, José. Análise de Conformidade de
Modelos Organizacional com a Norma ISO 14258 - Concepts and Rules for
Organizational Models, 6ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de
Informação, Oct. 2005.
82
• (Iyer B 2004)Iyer B. & Gottlieb R. The Four-Domain Architecture: An approach to
support enterprise architecture design, IBM systems journal, vol 43, no 3, 2004.
• (Locke) Locke, Stan. Zachman Classification, Implementation & Methodology.
Zachman Frameowork Associates, 2005.
• (Zachman, 2007) Zachman, J., Zachman on the Framework, Zachman Internacional
Inc, 2003.
• (Sousa, 2003) Sousa, Pedro & Pereira, Carla. Getting into the misalignment between
Business and Information Systems, 10th European Conference On Information
Technology Evaluation, 2003.• (Mendes, 2003) Mendes, Ricardo; Mateus, João; Silva, Eduardo & Tribolet, José. Applying
Business Process Modeling To Organizational Change. American Conference on Information
Systems (AMCIS) 2003, 2003.
83
1.Anexo A – Manual do Utilizador
1.1.Preparar enciclopédia para a macro
Para utilizar a macro com as funcionalidades descritas neste trabalho é necessário realizar 3
passos.
Passo 1:
Importar o ficheiro usrprops.txt definido neste trabalho para a enciclopédia desejada. O ficheiro
pode ser importado através da ferramenta SAEM (SQL Server) ou através da própria interface do System
Architect.
Passo2:
Através da ferramenta SAEM (SQL Server) adicionar as imagens na enciclopédia a usar:
Actor.bmp
Actor.wmf
EntInf.bmp
EntInf.wmf
FaltaActor.wmf
FaltaLoc.wmf
NaoUsado.wmf
Sistema.bmp
Sistema.wmf
Tempo.bmp
Tempo.wmf
As imagens devem ficar com o path images/<nome da imagem>. Para tal as imagens deve estar
dentro da pasta “images” no momento da importação.
Passo 3:
Adicionar a macro através da interface do System Architect, menu Macros, e re-abrir a
enciclopédia.
1.2.Definição dos processos de negócioA modelação dos processos de negócio é realizada em dois tipos de diagramas. Os diagramas
Business Process Hierarchy são utilizados para definir uma estrutura hierárquica dos processos de
negócio de alto nível. Os diagramas BPMN são utilizados para modelar os processos de negócio de baixo
nível e a fluxo de execução entre eles.
A transição entre diagramas Business Process Hierarchy para os diagramas BPMN é realizada
através da funcionalidade da ferramenta System Architect “add children”. Esta funcionalidade também é
realizada para criar os níveis de granularidade nos processos BPMN.
84
Os processos de negócio que utilizem entidades informacionais (inputs e outputs) devem
representar essa informação. Os inputs devem ser adicionados ao diagrama BPMN (através do objecto
Data Object) e relacionados com os processos através de uma ligação de associação no sentido Data
Object -> Business Process. De forma semelhante, os outputs devem ser relacionados com os processos
de negócio com uma ligação de associação no sentido Business process -> Data Object.
1.3.Definição dos actores, entidades informacionais, localizações, objectivos, tempos e sistemas.
A definição de cada um destes objectos é realizada em diagramas hierárquicos específicos.
A Tabela 11 indica os diagramas utilizados para a definição de cada objecto.
Objecto DiagramaActor Diagrama de ActoresEntidade Informacional Diagrama InformaçãoObjectivo Enterprise DirectionLocalização Organization ChartTempo Diagrama TempoSistema Diagrama Sistemas
Tabela 11 – Objectos e respectivos diagramas
1.4.Representação visual das dimensões e dos processos
1.4.1.ProcessoNos diagramas “BPMN” e “Business Process Hierarchy” os símbolos utilizados na representação
dos processos de negócio são os da própria ferramenta.
Na interface RMD, os processos são representados pela Imagem 32.
Imagem 32 – Representação dos processos
1.4.2.ActorOs actores são representados pela Imagem 33, tanto nos diagramas do tipo “Actor” como na
interface RMD.
85
Imagem 33 – Representação dos actores
1.4.3.LocalizaçãoOs símbolos do tipo “Localização” nos diagramas “Organization Chart” são representados pela
imagem por omissão da ferramenta “System Architect”.
Na interface RMD é utilizada a Imagem 34 para representar localizações.
Imagem 34 – Representação das localizações
1.4.4.ObjectivoOs símbolos do tipo “Objectivo” no diagrama “Enterprise Direction” são representados pela sua
imagem por omissão da ferramenta do “System Architect”.
Na interface RMD é utilizada a Imagem 35 para representar objectivos.
Imagem 35 – Representação dos objectivos
1.4.5.TempoA dimensão tempo é representada pela Imagem 36 nos diagramas do tipo “Tempo” e na interface
RMD.
Imagem 36 – Representação dos tempos
1.4.6.Entidade InformacionalAs entidades informacionais são representadas pela Imagem 37 nos diagramas de informação
nos diagramas do tipo BPMN e na interface RMD.
86
Imagem 37 – Representação das entidades informacionais
1.4.6.1.Tipo InputQuando na interface RMD as entidades informacionais estão associadas aos processos de
negócio como inputs, estes são representados com a Imagem 38.
Imagem 38 – Representação de Inputs
1.4.6.2.Tipo OutputQuando na interface RMD as entidades informacionais estão associadas aos processos de
negócio como outputs, estes são representados com a Imagem 39Imagem 38.
Imagem 39 – Representação de Outputs
1.4.7.SistemaOs sistemas possuem a representação da Imagem 40 nos diagramas de sistemas e na
representação RMD.
Imagem 40 – Representação de Sistemas
1.5.Interface Representação Multi-Dimensional
87
Imagem 41 – Menu principal
A Imagem 41 representa a interface do menu principal da macro realizada para o System
Architect. Os seis botões no topo representam os conceitos da perspectiva conceptual da framework de
Zachman, cada um com relação a uma das dimensões da framework de Zachman.
• O botão “Ver processos” representa a arquitectura pela dimensão How.
• O botão “Ver actores” representa a arquitectura pela dimensão Who.
• O botão “Ver localizações” representa a arquitectura pela dimensão Where.
• O botão “Ver Entidades Informacionais” representa a arquitectura pela dimensão What.
• O botão “Ver Objectivos” representa a arquitectura pela dimensão Why.
• O botão “Ver Ocorrências” representa a arquitectura pela dimensão When.
• O botão “Ver Sistemas” representa a arquitectura pela dimensão How mas na
perspectiva lógica da framework de Zachman.
• O botão “Perquisar” permite pesquisar processos com algumas características (com ou
sem dimensões tipo, ou relacionados com um conjunto de dimensões específicas).
• O botão “As-Is To-Be” permite visualizar a transição dos elementos As-Is To-Be.
• O botão “Regras” permite executar regras de auxílio à modelação e regras que garantem
a consistência da arquitectura.
• O botão “Exportar Matrizes” permite criar ficheiros “xls” com matrizes das interligações
entre dimensões.
88
1.5.1.Representação das dimensões
A arquitectura empresarial pode ser visualizada através das dimensões da framework de
Zachman. A Imagem 42 mostra a interface utilizada para visualizar a arquitectura, neste caso através da
dimensão How. A Imagem 43 mostra a mesma interface mas visualizada pela dimensão Who.
A dimensão How mostra-nos os processos de negócio, os seus sub-processos e as outras
dimensões relacionadas com os processos de negócio. A dimensão Who mostra os processos de
negócios realizados pelos actores, e através desses processos, as interacções com outros actores, as
entidades informacionais utilizadas, os sistemas utilizados, as localizações onde ocorrem, os objectivos
associados e os tempos de execução.
Imagem 42 – Visualização da arquitectura através dos processos de negócio
89
Imagem 43 – Visualização da arquitectura através dos actores
1.5.2.Visualização do “As-Is” e do “To-Be”
Indica a que modelos pertencem os vários objectos definidos na arquitectura (modelo As-Is ou
modelo To-Be).
1.5.3.Regras
Nesta área pode-se executar as regras que auxiliam a modelação da organização. As regras são:
• Obter Processos equivalentes.
• Obter dimensões não associadas a processos de negócio.
• Verificar possíveis subidas na granularidade dos objectos associados aos processos de
negócio.
• Verificar balanceamento dos níveis dos processos de negócio.
• Obter processos de negócio folha associados a dimensões não folha.
• Obter actores não associados a localizações.
• Obter localizações sem actores associados.
• Verificar compatibilidade entre localizações dos processos e localizações dos actores
associados ao processo.
• Obter processos folha com duas ou mais dimensões do mesmo tipo.
• Colocar Analytics.
90
A funcionalidade “Processos equivalentes” devolve os processos com dimensões associadas
iguais. Deve-se seleccionar os tipos de dimensões pelas quais a procura será realizada. Se por exemplo,
desejar-se obter os processos equivalentes somente através dos seus actores e localizações deverá
seleccionar-se a dimensão Who e Where (Actores e Localizações) e a funcionalidade apenas considerá
estas duas dimensões na comparação de processos.
Quando se realiza uma procura de processos equivalentes com um conjunto de dimensões e um
processo não possui uma dimensão nesse conjunto de dimensões, então não é possível concluir se esse
processo é equivalente aos restantes. Estes processos de negócio são devolvidos numa lista à parte com
essa mesma informação. Por exemplo, se executar-se a função com as dimensões do tipo actor,
localização e objectivo seleccionadas, não se pode concluir a equivalência dos processos de negócio só
com o actor “João” e a localização “Lisboa”.
1.5.4.PesquisaEsta opção permite uma visualização da arquitectura empresarial mais específica. Encontra-se
dividida em duas partes.
Uma dessas partes (Imagem 44) permite pesquisar processos com ou sem determinada
dimensão relacionada. Esta funcionalidade de procura de processos de negócio permite obter:
• Processos de negócio sem actores.
• Processos de negócio sem localizações.
• Processos de negócio sem inputs.
• Processos de negócio sem outputs.
• Processos de negócio sem sistemas.
• Processos de negócio sem objectivos.
• Processos de negócio sem tempos.
De forma semelhante é possível obter os processos que possuem relações com qualquer tipo de
dimensão, isto é:
• Processos com actores.
• Processos com localizações.
• Processos com inputs.
• Processos com outputs.
• Processos com sistemas.
• Processos com objectivos.
• Processos com tempos.
91
Imagem 44 – Pesquisa de processos de negócio através de dimensões tipo
A segunda parte da funcionalidade “pesquisa” devolve os processos de negócio associados a
objectos concretos das dimensões. No exemplo da Imagem 45 é efectuada uma pesquisa pelos
processos de negócio cuja pessoa que os executa / responsável é a Célia Tapadas através do sistema
SCG. O resultado foi o processo de negócio “Introduzir Horários no Sistema”.
92
Imagem 45 – Pesquisa de processos de negócio através de elementos concretos
Qualquer destas pesquisas podem devolver informação adicional sobre os processos de
negócios encontrados através da selecção das dimensões na área “Filtro Dimensões”.
1.6.Auxilio visual à transição do “As-Is” e “To-Be” nos processos
1.6.1.Visualização das relações dos processos no diagrama actual
De forma a auxiliar a visualização dos processos novos, dos processos que deixam de ser
realizados e dos processos que possuem uma relação com outros processos da outra representação “As-
Is” ou “To-Be”, adicionou-se uma funcionalidade que altera a cor de fundo dos símbolos, de forma a
reflectir essas características.
Símbolos do tipo “processo de negócio” com a cor de fundo vermelha (Imagem 46) representam
processos de negócio da arquitectura “As-Is” obsoletos (que deixam de ser realizados na arquitectura
“To-Be”).
93
Imagem 46 – Processo de negócio não utilizado no "To-Be"
Símbolos do tipo “processo de negócio” com a cor de fundo verde (Imagem 47) representam
processos de negócio da arquitectura “To-Be” que não possuem qualquer tipo de relação com processos
da arquitectura “As-Is”, como tal, são completamente novos na organização.
Imagem 47 – Processo novo no "To-Be"
Símbolos do tipo “processo de negócio” com a cor de fundo amarelo fosco (Imagem 48)
representam processos de negócio com correspondência a outros processos de negócio do modelo
oposto.
Imagem 48 – Processo reutilizado
Esta opção é activada para o diagrama de processos de negócio aberto através do menu Multi-
Dim → Mostrar Cores.
Esta opção é desactivada para o diagrama de processos aberto através do menu Multi-Dim →
Reset Cores.
1.6.2.Explorador “As-Is” “To-Be”O explorador “As-Is” “To-Be” permite seleccionar um processo de negócio e comparar esse
processo de negócio com os processos de negócio do modelo oposto.
94
Imagem 49 - Explorador "As-Is" "To-Be"
A Imagem 49 representa o explorador. No lado direito do ecrã encontra-se o explorador com os
processos de negócio existentes na arquitectura. Após seleccionar o processo, o diagrama onde se
encontra o processo seleccionado é aberto. Também são abertos os diagramas dos processos
relacionados. No processo de negócio seleccionado para visualização é colocado o fundo do símbolo a
azul. Nos processos de negócio relacionados os símbolos são colocados com fundo verde.
Esta representação facilita a visualização entre a transição entre os modelos “As-Is” e os
modelos “To-Be”.
O comando para executar o explorador encontra-se no menu Multi-Dim → Explorador As-Is To-
Be.
1.6.3.Visualização das dimensõesPara os actores, entidades informacionais, localizações, tempos, objectivos e sistemas a
visualização do “As-Is” “To-Be” é feita de forma diferente. Dado que a principal associação destas
dimensões são com os processos de negócio, é necessário considerar os processos de negócio nestas
visualizações.
Esta visualização fornece informação das dimensões associadas, informação sobre quais os
processos onde a dimensão era executada, os processos novos que irão ser realizados pelas dimensões
associadas, e os processos relacionados com os antigos processos.
A Imagem 50 exemplifica com a dimensão actor “Pessoa_1-As-Is”. Neste exemplo, o actor
“Pessoa_1-As-Is” passa a ser desempenhado pelos actores “Pessoa_1-To-Be” e “Pessoa_2-To-Be”.
Os processos desempenhados pela “Pessoa_1-As-Is”:
• “Process_1-As-Is”
95
• “Process_2-As-Is”
• “Process_3-As-Is”
passam a ser desempenhados no “To-Be” da seguinte forma:
• O “Process_1-As-Is” é decomposto em dois processos, o “Process_1_To-Be” e o
“Process_3-To-Be”.
• O “Process_2-As-Is” não tem qualquer associação com os processos do “To-Be” e
portanto deixa de ser executado no “To-Be”.
• O “Process_3-As-Is” passa a estar integrado com o “Process_3-To-Be”.
Imagem 50 – Transição do actor "Pessoa_1-As-Is"
1.7.AnalyticsA funcionalidade “Analytics” do “System Architect” permite executar métricas na informação dos
diagramas e associar representações visuais aos símbolos dos diagramas.
Foram utilizadas analytics para as seguintes situações:
• Dimensão não utilizada em processos.
• Actor não associado a localizações.
• Localizações sem actores associados.
Estas funcionalidades são activadas para o diagrama aberto através do menu Multi-Dim →
Mostar Analytics Actual.
96
Estas funcionalidades também podem ser activadas para todas as dimensões através do
comando no menu Multi-Dim → Mostrar Analytics todos diagramas. Em alternativa, pode-se aceder a
esta funcionalidade através da interface RMD → Regras → Botão “Mostrar Analytics”.
Quando se deseja colocar as analytics nos simbolos do diagrama em utilização deve-se utilizar o
comando no menu Multi-Dim → Mostrar Analytics diagrama actual.
Para que as analytics dos símbolos sejam visíveis nos diagramas é necessário activar a opção
do System Architect “Show Analytics”. Para tal, basta clicar em qualquer local do diagrama com o botão
direito do rato e seleccionar essa opção.
Imagem 51 – Actor não usado nos processos e não associado a nenhuma localização
1.7.1.Dimensão não utilizada em processosQuando uma dimensão (actor, entidade informacional, localização, tempo ou objectivo) não está
presente em nenhum processo, significa que não é utilizada no modelo arquitectural ou que é somente
utilizada para uma representação lógica das suas sub-dimensões.
A Imagem 52 mostra a representação gráfica quando esta situação ocorre a alguma dimensão.
?Imagem 52 – Dimensão não utilizada
1.7.2.Actor não associado a localizaçõesOcorre quando um actor não possui qualquer associação aos objectos do tipo localizações. Isto
indica que a definição do actor na estrutura da organização não está bem definida.
A representação gráfica para esta situação está representada na Imagem 53.
97
?Imagem 53 – Actor não associado a localizações
1.7.3.Localização sem actores associadosQuando uma localização não possui qualquer actor associado, é uma indicação de que a
localização em causa não representa fielmente a realidade da organização.
A representação para os símbolos localizações nesta situação é a da Imagem 54.
?Imagem 54 – Localização sem actores associados
1.8.Exportar matrizes
A funcionalidade “Exportar matrizes” no menu principal da interface Representação Multi-
dimensional permite criar ficheiros no formato “xls” com as matrizes de interligações entre primitivas.
Permite exportar as interligações de qualquer tipo de primitivas (Actores, Entidades Informacionais,
Tempos, Sistemas, Objectivos e Localizações). O ficheiro gerado pode ser aberto por Excel, contendo
seis (6) folhas, uma para cada dimensão. Nas linhas encontram-se os objectos da dimensão exportada,
nas colunas os objectos da dimensão da folha em causa. Uma relação entre dois objectos é representada
por um “x”.
98
2.Anexo B – Userprops
2.1.Introdução
O ficheiro userprops permite adaptar o meta-modelo da ferramenta System Architect. É através
deste ficheiro que se implementou o meta-modelo definido neste trabalho, de forma a permitir relacionar o
processo de negócio com os restantes elementos e chegar à representação multi-dimensional. Foi
também neste ficheiro que se adicionou os novos diagramas, símbolos e definições, necessários à
representação multi-dimensional.
Neste ficheiro foram incluídos:
● O diagrama de Informação.
● O diagrama de Tempo.
● O diagrama de Sistemas.
Foram incluídos os símbolos:
● Pessoa.
● Informação.
● Tempo.
● Sistema.
Também foi criada a definição de Frequência, utilizada na dimensão When.
2.2.Configuração utilizada
REM "USRPROPS.TXT"REM "1986-2006 Copyright Telelogic AB"
REM "Instructions for modifying this file are in the on-line help."
RENAME Diagram "User 1" to "Actores"RENAME Diagram "User 2" to "Diag. Informacao"RENAME Diagram "User 3" to "Diag. Tempo"RENAME Diagram "User 4" to "Diag. Sistemas"
RENAME Symbol "User 1" to "Pessoa"
99
RENAME Symbol "user 2" to "Informacao"RENAME Symbol "User 3" to "Tempo"RENAME Symbol "User 4" to "Sistema"
RENAME Definition "User 1" to "Role/BPMN Process"RENAME Definition "User 2" to "Frequencia"
List "Analytic Loc" fixed 50{
Value "Sem Actor" depictions {bottom "images\FaltaActor.wmf"}Value "OK"
}
List "Analytic Act" fixed 50{
Value "Sem Loc" depictions {bottom "images\FaltaLoc.wmf"}Value "OK"
}
List "Analytic Usado" fixed 50{
Value "Nao Usado" depictions {right "images\NaoUsado.wmf"}Value "OK"
}
DIAGRAM "Actores"{
HIERARCHICALPROPERTY "Hierarchical Numbering"{ EDIT Boolean LENGTH 1 DEFAULT "F" }PROPERTY "First Node Number"{ EDIT Text Length 20 DEFAULT "1" }PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
}
DIAGRAM "Diag. Informacao"{
HIERARCHICALPROPERTY "Hierarchical Numbering"{ EDIT Boolean LENGTH 1 DEFAULT "F" }PROPERTY "First Node Number"{ EDIT Text Length 20 DEFAULT "1" }PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
100
}
DIAGRAM "Business Process Hierarchy"{
PROPERTY "As Is or To Be"{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" HELP "Does this diagram represent
how things are now or how they will be?"}}
DIAGRAM "Enterprise Direction"{
PROPERTY "As Is or To Be"{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" HELP "Does this diagram represent
how things are now or how they will be?"}}
DIAGRAM "Organization Chart"{
PROPERTY "As Is or To Be"{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" HELP "Does this diagram represent
how things are now or how they will be?"}}
DIAGRAM "Diag. Tempo"{
HIERARCHICALPROPERTY "Hierarchical Numbering"{ EDIT Boolean LENGTH 1 DEFAULT "F" }PROPERTY "First Node Number"{ EDIT Text Length 20 DEFAULT "1" }PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
}
DIAGRAM "Diag. Sistemas"{
HIERARCHICALPROPERTY "Hierarchical Numbering"{ EDIT Boolean LENGTH 1 DEFAULT "F" }PROPERTY "First Node Number"{ EDIT Text Length 20 DEFAULT "1" }PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
}
101
DEFINITION "BPMN Process"{
LAYOUT { COLS 2 TAB ALIGN OVER }CHAPTER "AS-IS ou TO-BE"
PROPERTY "As Is or To Be"{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" READONLY HELP "Does this diagram
represent how things are now or how they will be?"}PROPERTY "Processos Associados"{ZOOMABLE EDIT ListOf "BPMN Process" LENGTH 1200 READONLY}
CHAPTER "Dimensoes"PROPERTY "Actores"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Role" LENGTH 1200 DISPLAY {FORMAT String LEGEND
"" }}PROPERTY "Objectivos"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Business Objective" LENGTH 1200 DISPLAY {FORMAT
String LEGEND "" }}PROPERTY "Localizacoes"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Organizational Unit" LENGTH 1200 DISPLAY {FORMAT
String LEGEND "" }}PROPERTY "Input Entidade Informacional"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Data Object" LENGTH 1200}PROPERTY "Output Entidade Informacional"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Data Object" LENGTH 1200}PROPERTY "Tempo"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Frequencia" LENGTH 1200 DISPLAY {FORMAT String
LEGEND "" }}PROPERTY "Sistemas"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Application" LENGTH 1200 DISPLAY {FORMAT String
LEGEND "" }}}
SYMBOL "Pessoa"{
DEFINED by "Role"ASSIGN TO "Actores"
DEPICTIONS { DIAGRAM RETAIN STYLE "images\Actor.wmf" }
DEPICTIONS { Menu "images\Actor.bmp" }
PROPERTY "Analytic Loc"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Act" DEFAULT "OK" LENGTH 15}PROPERTY "Prop Analytic Usado"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Usado" DEFAULT "OK" LENGTH 15}
}
102
SYMBOL "Informacao"{
DEFINED by "Data Object"ASSIGN TO "Diag. Informacao"
DEPICTIONS { DIAGRAM RETAIN STYLE "images\EntInf.wmf" }
DEPICTIONS { Menu "images\EntInf.bmp" }PROPERTY "Prop Analytic Usado"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Usado" DEFAULT "OK" LENGTH 15}
}
SYMBOL "Tempo"{
DEFINED by "Frequencia"ASSIGN TO "Diag. Tempo"
DEPICTIONS { DIAGRAM RETAIN STYLE "images\Tempo.wmf" }
DEPICTIONS { Menu "images\Tempo.bmp" }PROPERTY "Prop Analytic Usado"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Usado" DEFAULT "OK" LENGTH 15}
}
SYMBOL "Organizational Unit" in "Organization Chart"{
PROPERTY "Analytic Actor"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Loc" DEFAULT "OK" LENGTH 15}PROPERTY "Prop Analytic Usado"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Usado" DEFAULT "OK" LENGTH 15}
}
SYMBOL "Objective" in "Enterprise Direction"{
PROPERTY "Prop Analytic Usado"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Usado" DEFAULT "OK" LENGTH 15}
}
SYMBOL "Sistema"{
DEFINED by "Application"ASSIGN TO "Diag. Sistemas"
103
DEPICTIONS { DIAGRAM RETAIN STYLE "images\sistema.wmf" }
DEPICTIONS { Menu "images\sistema.bmp" }PROPERTY "Prop Analytic Usado"{EDIT TEXT ListOnly List "Analytic Usado" DEFAULT "OK" LENGTH 15}
}
DEFINITION "Role"{
PROPERTY "Related BPMN Processes"{ZOOMABLE EDIT ListOf "BPMN Process" LENGTH 1200 READONLY}PROPERTY "Related Locations"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Organizational Unit" LENGTH 1200 READONLY}CHAPTER "AS-IS ou TO-BE"PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" READONLY HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
PROPERTY "Actores Associados"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Role" LENGTH 1200 READONLY}
}
DEFINITION "Organizational Unit"{
PROPERTY "Related Actors"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Role" LENGTH 1200 READONLY}CHAPTER "AS-IS ou TO-BE"PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" READONLY HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
PROPERTY "Localizacoes Associadas"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Organizational Unit" LENGTH 1200 READONLY}
}
DEFINITION "Frequencia"{
CHAPTER "AS-IS ou TO-BE"PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" READONLY HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
PROPERTY "Tempos Associados"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Frequencia" LENGTH 1200 READONLY}
}
DEFINITION "Data Object"{
CHAPTER "AS-IS ou TO-BE"
104
PROPERTY "As Is or To Be"{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" READONLY HELP "Does this diagram
represent how things are now or how they will be?"}PROPERTY "Entidades Informacionais Associadas"
{ZOOMABLE EDIT ListOf "Data Object" LENGTH 1200 READONLY}}
DEFINITION "Business Objective"{
CHAPTER "AS-IS ou TO-BE"PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" READONLY HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
PROPERTY "Objectivos Associados"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Business Objective" LENGTH 1200 READONLY}
}
DEFINITION "Application"{
CHAPTER "AS-IS ou TO-BE"PROPERTY "As Is or To Be"
{ EDIT Text ListOnly LIST "AS-IS-TO-BE" READONLY HELP "Does this diagram represent how things are now or how they will be?"}
PROPERTY "Sistemas Associados"{ZOOMABLE EDIT ListOf "Application" LENGTH 1200 READONLY}
}
105