Resenha crítica sobre o Sistema de Custeio Baseado em Atividades

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RESENHA CRÍTICA DADOS GERAIS Disciplina Gestão de Custos Professor Edna G.V.Parente Acadêmico(a) Marcos Roberto Rosa Turma 5ª fase Telefone 9941-4114 e-mail [email protected] ANÁLISE DO TEXTO Título do Artigo O IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ABC NO CONTROLE ESTRATÉGICO: O CASO D'O BOTICÁRIO. Autor (es) SILVA, Eduardo Damião da PALAVRAS-CHAVES DO TEXTO CUSTOS CONTROLE MUDANÇA ATIVIDADE DESCRIÇÃO DO ASSUNTO O trabalho estuda o Sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC), e seu relacionamento com os sistemas de controle, destacando a importância deste para o sucesso daquele, apontando as mudanças operadas no controle estratégico da empresa após a implantação do Sistema ABC. Apesar dos benefícios apontados após a implantação de Sistema ABC, ficam implícitas no texto as dificuldades encontradas pelas organizações durante o processo de mudança de sistema de custeio, onde alguns departamentos perdem a exclusividade sobre algumas informações e outros tem acesso a dados antes não fornecidos, fazendo com que alguns gerentes sintam-se ameaçados ou incomodados com a situação. ENQUADRAMENTO TEÓRICO DAS IDÉIAS DO AUTOR O autor começa o trabalho por uma análise dos sistemas de controle de gestão ao longo do tempo, desde Taylor (1906), Emerson (1912), Church (1913) e Fayol (1916). Segue nesta análise temporal explicitando o processo na década de 50, 70 e 80 do século XX, citando como exemplo os constructos teóricos de Anthony (1965/73), Lorange e Morton (1974), Hofstede (1975/81) e Flamholtz (1979), analisados por Amat (1995). A seguir é feita uma análise das necessidades de controle de gestão, embasado nas idéias de Stoner (1995) e Amat (1995), seguido pelos Tipos e Métodos de Controle tratados por Stone (1995), Gomes (1995) e Ansari (1977). Finalmente, o autor define Sistema ABC apoiando-se nos conceitos de Nakagawa (1994), Ching (1995), Samuel Cogan (1994) e Julie Mabberley (1992), autores que exaltam as qualidades do sistema e defendem sua implantação como forma de levar a organização a excelência em controles de custos e gestão estratégica. APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA A necessidade crescente das organizações na produção e utilização de dados cada vez mais precisos tornou-se, em alguns casos, questão de sobrevivência no mercado, haja vista que para obter sucesso em seus empreendimentos elas necessitam de informações rápidas, exatas e necessárias às tomadas de decisão. Neste sentido o Sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC) veio ao encontro destas necessidades, pois permite que as informações de custos permeiem toda a organização de forma rápida e descomplicada, levando aos gestores e tomadores de decisão toda uma gama de dados necessários para a definição dos rumos estratégicos das empresas. O pressuposto principal do Sistema ABC é o de que são atividades que consomem recursos, enquanto produtos, serviços ou departamentos consomem atividades. Desta forma, a análise efetuada pelo Sistema ABC independe do volume de produção, uma vez que aloca os custos indiretos com base em diversos critérios não relacionados com volume, diminuindo as distorções provocadas pelo sistema tradicional, que não considera as economias de escala. Por sua característica descentralizadora, o Sistema ABC permite que as informações de custos façam parte do dia-a-dia dos departamentos, influenciando as decisões tomadas por estes departamentos, que passam a ser mais precisas uma vez que desnuda qual atividade está impactando mais fortemente na formação do custo de produção dos produtos, permitindo, desta forma, tomadas de decisões mais eficientes no momento de definir qual produto deve ser melhorado ou eliminado. Apesar das vantagens apresentadas pelo Sistema ABC, sua implantação nem sempre é fácil, sendo impossível em alguns casos. Sua realização depende em grande parte do envolvimento de gerentes e diretores, sendo as definições estratégicas as mais importantes neste processo.

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O trabalho estuda o Sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC), e seu relacionamento com os sistemas de controle, destacando a importância deste para o sucesso daquele, apontando as mudanças operadas no controle estratégico da empresa após a implantação do Sistema ABC.

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RESENHA CRÍTICA DADOS GERAIS Disciplina Gestão de Custos Professor Edna G.V.Parente Acadêmico(a) Marcos Roberto Rosa Turma 5ª fase Telefone 9941-4114 e-mail [email protected] ANÁLISE DO TEXTO Título do Artigo O IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ABC NO CONTROLE

ESTRATÉGICO: O CASO D'O BOTICÁRIO. Autor (es) SILVA, Eduardo Damião da PALAVRAS-CHAVES DO TEXTO

CUSTOS CONTROLE MUDANÇA ATIVIDADE DESCRIÇÃO DO ASSUNTO O trabalho estuda o Sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC), e seu relacionamento com os sistemas de controle, destacando a importância deste para o sucesso daquele, apontando as mudanças operadas no controle estratégico da empresa após a implantação do Sistema ABC. Apesar dos benefícios apontados após a implantação de Sistema ABC, ficam implícitas no texto as dificuldades encontradas pelas organizações durante o processo de mudança de sistema de custeio, onde alguns departamentos perdem a exclusividade sobre algumas informações e outros tem acesso a dados antes não fornecidos, fazendo com que alguns gerentes sintam-se ameaçados ou incomodados com a situação.

ENQUADRAMENTO TEÓRICO DAS IDÉIAS DO AUTOR O autor começa o trabalho por uma análise dos sistemas de controle de gestão ao longo do tempo, desde Taylor (1906), Emerson (1912), Church (1913) e Fayol (1916). Segue nesta análise temporal explicitando o processo na década de 50, 70 e 80 do século XX, citando como exemplo os constructos teóricos de Anthony (1965/73), Lorange e Morton (1974), Hofstede (1975/81) e Flamholtz (1979), analisados por Amat (1995). A seguir é feita uma análise das necessidades de controle de gestão, embasado nas idéias de Stoner (1995) e Amat (1995), seguido pelos Tipos e Métodos de Controle tratados por Stone (1995), Gomes (1995) e Ansari (1977). Finalmente, o autor define Sistema ABC apoiando-se nos conceitos de Nakagawa (1994), Ching (1995), Samuel Cogan (1994) e Julie Mabberley (1992), autores que exaltam as qualidades do sistema e defendem sua implantação como forma de levar a organização a excelência em controles de custos e gestão estratégica. APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA A necessidade crescente das organizações na produção e utilização de dados cada vez mais precisos tornou-se, em alguns casos, questão de sobrevivência no mercado, haja vista que para obter sucesso em seus empreendimentos elas necessitam de informações rápidas, exatas e necessárias às tomadas de decisão. Neste sentido o Sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC) veio ao encontro destas necessidades, pois permite que as informações de custos permeiem toda a organização de forma rápida e descomplicada, levando aos gestores e tomadores de decisão toda uma gama de dados necessários para a definição dos rumos estratégicos das empresas. O pressuposto principal do Sistema ABC é o de que são atividades que consomem recursos, enquanto produtos, serviços ou departamentos consomem atividades. Desta forma, a análise efetuada pelo Sistema ABC independe do volume de produção, uma vez que aloca os custos indiretos com base em diversos critérios não relacionados com volume, diminuindo as distorções provocadas pelo sistema tradicional, que não considera as economias de escala. Por sua característica descentralizadora, o Sistema ABC permite que as informações de custos façam parte do dia-a-dia dos departamentos, influenciando as decisões tomadas por estes departamentos, que passam a ser mais precisas uma vez que desnuda qual atividade está impactando mais fortemente na formação do custo de produção dos produtos, permitindo, desta forma, tomadas de decisões mais eficientes no momento de definir qual produto deve ser melhorado ou eliminado. Apesar das vantagens apresentadas pelo Sistema ABC, sua implantação nem sempre é fácil, sendo impossível em alguns casos. Sua realização depende em grande parte do envolvimento de gerentes e diretores, sendo as definições estratégicas as mais importantes neste processo.

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Ao mesmo tempo em que facilita e agiliza o acesso às informações o Sistema ABC expõe algumas mazelas administrativas que nem sempre são aparentes de outra forma. Departamentos ineficientes e gerentes que não administram bem seus recursos são as principais vítimas da disseminação das informações. Desta forma, os gestores que não se sentem totalmente seguros de si tendem a dificultar a implantação do Sistema ABC, uma vez que sentem-se ameaçados pela socialização das informações que outrora eram de domínio exclusivo seu. Por outro lado, gestores interessados e comprometidos com o sucesso da organização buscam o aprimoramento de suas atividades e de seus subordinados através da obtenção de informações precisas e confiáveis e vê no Sistema ABC um grande aliado, trabalhando exaustivamente para o sucesso de sua implantação. O fato é que todos os departamentos sofrem mudanças significativas na utilização das informações de custos, principalmente no tocante a definição das estratégias de atuação de cada um deles. As contribuições do Sistema ABC para estas mudanças podem ser definidas como o término da exclusividade de acesso às informações pelas áreas que a produzem ou manipulam e a capacidade de prover informações sobre benefícios, ou malefícios, potenciais de determinados projetos ainda na fase de planejamento. A velocidade do aperfeiçoamento do aprendizado organizacional proporcionado pelo Sistema ABC torna transparente as relações na organização, proporcionando o conhecimento necessário para possibilitar a aplicação de medidas corretivas nos projetos de investimentos, seja pela redução de custos ou pela melhoria dos processos produtivos. A grande dificuldade das organizações com relação aos critérios para distribuição dos recursos orçamentários é a falta de planejamento das empresas. Acaba prevalecendo o critério histórico, ou seja, baseado no consume de recursos do departamento nos exercícios anteriores é feita a previsão orçamentário para o próximo exercício, com acréscimo ou cortes de acordo com a situação da empresa. Esse procedimento acaba provocando algumas distorções e limitando muitas vezes as ações dos administradores, pois no cenário de mudanças que estamos enfrentando as atividades dos departamentos podem ser modificadas, ou alterada a sua estrutura de consumo de recursos, uma vez que são as atividades que consomem recursos numa organização. Com a utilização do ABC pode-se avaliar as atividades existentes nas diversas áreas da empresa, bem como a quantidade de recursos que estão sendo consumidos, o que facilita a previsão de recursos para cada área. Desta forma o ABC pode impactar significativamente os critérios para distribuição de recursos. É importante lembrarmos que ainda não significa um orçamento baseada em atividades, pois para isso é necessário um período maior de acompanhamento das atividades, para se ter uma base histórica de atividades, não esquecendo a necessidade de definir através do planejamento estratégico as ações a serem desenvolvidas ao longo do exercício futuro. Certamente o Sistema de Custeio Baseado em Atividades influencia o Controle Estratégico da empresa, uma vez que é capaz de afetar a definição de objetivos e estratégias, modificando a forma de análise de posições competitivas da organização. O Sistema ABC apesar de ser uma ferramenta pouco conhecida e de difícil aplicação, com inúmeras dificuldades a serem superadas no processo de implantação e de operacionalização, é uma ferramenta imprescindível para as organizações que buscam uma metodologia de controle que possibilite uma análise aprofundada de toda a estrutura envolvida em um projeto ou produto bem como quais, e porque, impactam significativamente na composição do custo de produção. RELAÇÃO COM A GESTÃO DE CUSTOS (CONCLUSÃO) A relação do Sistema de Custeio Baseado em Atividades com a Gestão de Custos é total, pois aquele apresenta-se como uma ferramenta fantástica para o bom desempenho deste. Os ganhos com velocidade e confiabilidade das informações obtidos após a implantação do Sistema ABC podem significar a diferença entre o sucesso ou fracasso de um projeto ou produto. A disseminação das informações de custos apresentadas pelo Sistema ABC é a principal característica a ser destacada com relação à benesse à Gestão de Custos, pois auxilia na superação de uma das etapas mais difíceis enfrentadas pelos gestores de custos: fazer com que todos na organização empenhem-se e se sintam responsáveis pelas informações geradas pelo sistema de custos, e trabalhem para que estas informações sejam as mais fiéis possíveis.