Resenha-Critica-TCC

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Documentário Ilha das Flores, Resenha Critica . Referências: Furtado,J. Ilha das flores. Porto Alegre: Casa do cinema, 1989. Curta metragem (13:07s) disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=e7sD6mdXUyg Acesso em: 22 de Junho 2012 O curta-metragem inicia com a colheita, compra e descarte de um tomate, que vai parar na ilha, junto com outros alimentos que foram descartados por milhares de pessoas na cidade. Alimentos que são destinados aos porcos do dono do terreno em questão e, depois, são deixados lá para que os moradores de Ilha das Flores possam recolher o que puderem. Em grupos de 10, em cinco minutos. Irônico e ácido, o curta metragem em seus 13 minutos retrata o desperdício oriundo dos processos de produção e consumo atuais e como o capitalismo gera desigualdade social, interferindo na liberdade e nas condições de vida do cidadão. O curta exibe dois temas principais: os padrões de produção e consumo das sociedades e a influência do dinheiro (e a falta dele) na vida das pessoas. Sobre o primeiro, fica bem evidente como produzimos e consumimos em demasia, para em seguida descartarmos os resíduos de forma inadequada. Fica evidente que não sabemos como lidar com o lixo de forma sustentável. Desaparecer da frente de casa parece ser o meio mais funcional, porém não significa desaparecer do planeta. Pelo contrário, quanto mais lixo depositarmos fora de casa sem nos importamos com o fim que ele terá, mais sujo o planeta fica. E muita do que descartamos ainda poderia ser reciclada. O outro tema que ficou evidente no curta, são as conseqüências e efeitos do capitalismo na sociedade. “Poucos com muito e muitos com pouco”. A liberdade tão sonhada e apreciada pelos seres humanos é posta à prova quando envolve dinheiro, que pode ser uma algema para

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Documentário Ilha das Flores, Resenha Critica .

Referências: Furtado,J. Ilha das flores. Porto Alegre: Casa do cinema, 1989. Curta metragem (13:07s) disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=e7sD6mdXUyg Acesso em: 22 de Junho 2012

O curta-metragem inicia com a colheita, compra e descarte de um tomate, que vai parar na ilha, junto com outros alimentos que foram descartados por milhares de pessoas na cidade. Alimentos que são destinados aos porcos do dono do terreno em questão e, depois, são deixados lá para que os moradores de Ilha das Flores possam recolher o que puderem. Em grupos de 10, em cinco minutos. Irônico e ácido, o curta metragem em seus 13 minutos retrata o desperdício oriundo dos processos de produção e consumo atuais e como o capitalismo gera desigualdade social, interferindo na liberdade e nas condições de vida do cidadão.

O curta exibe dois temas principais: os padrões de produção e consumo das sociedades e a influência do dinheiro (e a falta dele) na vida das pessoas. Sobre o primeiro, fica bem evidente como produzimos e consumimos em demasia, para em seguida descartarmos os resíduos de forma inadequada. Fica evidente que não sabemos como lidar com o lixo de forma sustentável. Desaparecer da frente de casa parece ser o meio mais funcional, porém não significa desaparecer do planeta. Pelo contrário, quanto mais lixo depositarmos fora de casa sem nos importamos com o fim que ele terá, mais sujo o planeta fica. E muita do que descartamos ainda poderia ser reciclada.

O outro tema que ficou evidente no curta, são as conseqüências e efeitos do capitalismo na sociedade. “Poucos com muito e muitos com pouco”. A liberdade tão sonhada e apreciada pelos seres humanos é posta à prova quando envolve dinheiro, que pode ser uma algema para uns e um passaporte para outros. Sobretudo o curta propõe uma reflexão partir do poder que o dinheiro tem na vida das pessoas, a ponto de tirar a sua liberdade. Esta é outra situação com a qual as sociedades e os governos não sabem lidar. Assim como o lixo é excluído, essas pessoas também são. Vivem à margem, sem oportunidades, devido à falta de dinheiro. Isto, pois o dinheiro é rei no mundo capitalista. Como o dinheiro foi criado pela humanidade, temos aqui um exemplo perfeito da máxima do filósofo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”. 

Relacionando conflitos sociais, ambientais, econômicos e culturais, Ilha das flores sai da zona de conforto para provocar reflexões sobre individualidade, liberdade, opressão, exageros, desperdício, sonhos. Com uma narrativa rápida que não muda de tom, o filme questiona a racionalidade da espécie humana.