Resenha do livro falo ou não falo - psicologia - correta

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O livro falo? Ou não falo? Expressando Sentimentos e Comunicando ideias, 198 páginas, possui no centro do livro um questionário, o qual você pode verificar o quanto se considera assertivo. Tem como Autoras: Fátima Cristina de Souza Conte e Maria Zilah da Silva Brandão tem a sua 2ª edição revisada e ampliada em 2007, publicado em Londrina, PR pela Editora Mecenas. Segundo as Autoras, cujo livro, não se trata de mais um de auto-ajuda, mas que o objetivo principal e dar ao público leitor um instrumento para que possam eles mesmos, fazer a análise do próprio comportamento. De forma que o autor descreve as características de cada uma, assim como as pessoas se comportam quando assumem tais posturas. Quero ser assertivo, buscando um posicionamento sincero. Mas às vezes nos vemos em dúvida quanto a dizer ou não o que pensamos quando alguém nos provoca algum tipo de reação, o fato é que tanto falar o que é bom, ou não, pode não ser muito agradável, e comportar-se assertivamente, como vimos, ser assertivo é muito importante. Pois quem é assertivo aprendeu a ser assim por seguir regras porque observou as consequências de seus atos. No entanto é importante vencer essas barreiras, pois quando não somos assertivos, tendemos a desenvolver comportamentos passivos ou agressivos, perante situações ou pessoas. Assim como o comportamento agressivo e o passivo não criam oportunidades para nos sentirmos melhor, as pessoas nos olham como alguém descontrolado ou emocionalmente perturbado, ou, no caso da passividade, como inexpressivos e sem personalidade. De maneira que ser assertivo deve ter a função, de atingir um objetivo que é construir relações entre as pessoas que tenham um mínimo de assertividade. Também é abordado, quando você não fala o quer, ouve o que não gosta. Pois, quando uma pessoa não sabe dizer não, ela acaba por perder o respeito por si mesma, e dessa forma permite que outras pessoas definam o seu papel e como deve agir. E não dizer o se pensa, pode estar associado ao sentido de punição, pois quando crianças devem ter colocado a sua vontade onde eram criticadas ou

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O livro falo? Ou não falo? Expressando Sentimentos e Comunicando ideias, 198 páginas, possui no centro do livro um questionário, o qual você pode verificar o quanto se considera assertivo. Tem como Autoras: Fátima Cristina de Souza Conte e Maria Zilah da Silva Brandão tem a sua 2ª edição revisada e ampliada em 2007, publicado em Londrina, PR pela Editora Mecenas.

Segundo as Autoras, cujo livro, não se trata de mais um de auto-ajuda, mas que o objetivo principal e dar ao público leitor um instrumento para que possam eles mesmos, fazer a análise do próprio comportamento. De forma que o autor descreve as características de cada uma, assim como as pessoas se comportam quando assumem tais posturas.

Quero ser assertivo, buscando um posicionamento sincero. Mas às vezes nos vemos em dúvida quanto a dizer ou não o que pensamos quando alguém nos provoca algum tipo de reação, o fato é que tanto falar o que é bom, ou não, pode não ser muito agradável, e comportar-se assertivamente, como vimos, ser assertivo é muito importante. Pois quem é assertivo aprendeu a ser assim por seguir regras porque observou as consequências de seus atos. No entanto é importante vencer essas barreiras, pois quando não somos assertivos, tendemos a desenvolver comportamentos passivos ou agressivos, perante situações ou pessoas. Assim como o comportamento agressivo e o passivo não criam oportunidades para nos sentirmos melhor, as pessoas nos olham como alguém descontrolado ou emocionalmente perturbado, ou, no caso da passividade, como inexpressivos e sem personalidade. De maneira que ser assertivo deve ter a função, de atingir um objetivo que é construir relações entre as pessoas que tenham um mínimo de assertividade.

Também é abordado, quando você não fala o quer, ouve o que não gosta. Pois, quando uma pessoa não sabe dizer não, ela acaba por perder o respeito por si mesma, e dessa forma permite que outras pessoas definam o seu papel e como deve agir. E não dizer o se pensa, pode estar associado ao sentido de punição, pois quando crianças devem ter colocado a sua vontade onde eram criticadas ou mandadas ficarem quietas. De maneira que quando crescem, não expressam as suas opiniões, acreditando que assim, evitarão críticas. Frenquentemente as pessoas que agem passivamente dizem que fazem por medo de rejeição ou de não se sentirem competente, sentir-se vítima ou injustiçada quando as coisas não acontecem como gostaria, e, também os pensamentos negativos podem gerar a passividade. Porém ao perceber este autoconceito baixo, o comportamento se repete fechando o círculo, e de maneira que agir passivamente gera feedbacks negativos, o que acarreta uma atitude de autodepreciação e a repetição da passividade. Mas feedbacks positivos contribuem para uma avaliação satisfatória de si mesma. Contudo, admitir os nossos limites é o primeiro passo para uma efetiva mudança.

Da mesma maneira que devo falar ou me calar é melhor? Entretanto, devemos perceber que sempre o conflito é algo negativo, de maneira que para solucionar o seu problema, é preciso tomar uma decisão. “O que devo fazer? Expresso os meus sentimentos? Falo o que estou pensando?

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Falo tudo? Fico quieto? O primeiro passo é examinar a situação, selecionar critérios, é importante que se conheça a pessoa com quem se está interagindo, pensar no conteúdo a ser transmitido, e, também pensar na forma como iremos nos expressar, assim como devemos estar cientes que tudo o que fazemos gera uma consequência, ou seja, gera uma reação no outro. E certamente a expressão, respeito é bom e eu gosto, demonstra uma condição essencial para o bom relacionamento interpessoal, assim como é importante conhecer os próprios limites.

As autoras narram como reagir a agressões, quando contar até dez não basta. Alerta que, lembrar de comportamentos alheios em situações similares funciona como fonte de inspiração, tira a pessoa “do mato sem cachorro”, e que neutralizar o comportamento agressivo do interlocutor e retomar a comunicação com a pessoa são objetos desejáveis, também adverte que as mudanças nos relacionamentos exigem persistência, aliada à capacidade de identificar sinais de progresso. Assim como não existe um jeito certo de tomar decisões, pois depende muito da situação, da mesma forma que muitas pessoas param na hora de decidir, e, de outras que tomam decisões tão rápidas que parecem não pensar. Porém adverte que em qualquer uma das duas decisões, se pode acertar ou se pode errar, e que às vezes é bom parar para pensar.

Observa-se um guia para jovens. Visto que a cada momento temos que encarar situações novas, então saiba que não é só você. Aqueles que pensam o melhor de si são mais auto confiantes, tem menos receio de encarar as atividades, são pessoas assertivas, aquelas que defendem suas opiniões, mas respeitam as opiniões dos outros. Pessoas assertivas sentem-se livres para expressar ao outro o que sentem. Ao contrário disso, também conhecemos pessoas que agem de forma agressiva, aquelas que precisam se valorizar depreciando os demais, não respeitam opiniões, e expressam-se de forma rude. Todavia existe a forma de comportamento, daqueles que são os não-assertivos ou passivos, os quais evitam os confrontos, mesmo que pequenos. Nunca tomam decisão, repassando a outros a tarefa.

De a mesma forma dizer “eu te amo” também é assertivo. Pois na nossa cultura, é importante observar que uma declaração de amor, um elogio, assim como uma crítica, ou discordância, pode não ter necessariamente um impacto positivo ou negativo sobre o outro, tudo dependerá do contexto em que tal comportamento ocorre. No entanto é importante haver espaço tanto para declarações de amor, quanto para as manifestações das discordâncias e insatisfações nas relações afetivas, pois declarações de amor que não condizem com outros comportamentos na relação, poderão soar ineficazes e favorecer a assertividade negativa.

Saber falar e saber ouvir, a comunicação entre casais, onde este capítulo esclarece ao leitor a respeito das características do comportamento assertivo na vida de casal, com análise das dificuldades e aspectos do relacionamento, para que um casal converse de maneira saudável. Neste contexto o casamento é considerado como a união entre duas pessoas que decidiram viver juntas e quase sempre sob o mesmo teto. Podem ou não ter

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passado por cerimônias religiosas, podem ser pessoas do sexo oposto ou não, e, quando se julgam casadas, estão casadas. Após passarem a viver juntos, muitos casais entram numa fase boa da vida, outros começam a ter dificuldades de relacionamento, as complicações que surgem fazem parte da necessidade de adaptação à nova realidade. Mas a arte de negociar é uma habilidade verbal que precisa fazer parte da interação dos casais, é uma arte aprendida, e um dos pré-requisitos para a boa negociação é a comunicação eficaz.

A assertividade nas relações familiares e na educação dos filhos. De modo que à ascensão da mulher no mercado de trabalho produziu e continua produzindo mudanças sociais, no que se refere à criação dos filhos. Os pais do passado eram firmes, os pais de hoje se sentem confusos. O que nós especialistas, podemos dizer para os pais, que possam ajudá-los na tarefa de criar os filhos? A importância da família na construção, do jeito de cada criança se comportar nos contextos de relacionamento interpessoal é ampla, e, estabelece-se aqui uma intrincada rede de relações em que a conduta de uma das partes age sobre a outra, assim nas primeiras relações sociais que se estabelecem dentro da família, a criança tem suas primeiras experiências do que é viver em grupo. Este contexto social também vai ensinar a criança uma habilidade que é de suma importância: o comportamento verbal, o qual torna o possível o autoconhecimento. Quando os pais e o contexto reagem ao comportamento das crianças de modo consistente, estão preparando-as para viverem em sociedade. É por meio de interações de seu ambiente físico e social, que a criança vai construindo a imagem de si mesma.A capacidade da criança de se expressar nas relações interpessoais, é fundamental para o seu bem estar e a evolução emocional saudável em suas interações com o ambiente. Portanto é de responsabilidade dos pais, e, de toda sociedade no desenvolvimento de respostas assertivas na criança. Pois crianças assertivas são, fruto de um processo no qual tanto os pais, professores, outras pessoas existentes no contexto da criança, tornam-se peças fundamentais.

Especialmente podemos ensinar a criança várias formas de se defender, dentre elas, mostrar que raramente é preciso bater. Uma vez que o comportamento social envolve interação entre indivíduos. A assertividade é uma forma de interação; e pode ser descrita como a forma que a pessoa defende a si e aos seus direitos, trata-se de um comportamento socialmente habilidoso. Porisso ser assertivo envolve respeitar-se e respeitar ao outro, e na assertividade, a criança ou o adulto demonstram respeito mútuo. Sendo assim para o respeito ser recíproco a criança terá que aceitar que outro possa pensar e sentir diferente dela.“Um jeito interessante de pensar na diferença entre comportamento assertivo, agressivo e passivo é imaginar que existe uma mosca irritante a nossa volta. A ação passiva seria ficar quieto, esperando-a ir embora. A agressiva, dar um tiro de canhão, demolir a parede e nem sempre acertar a mosca e a assertiva seria observar, pegar um mata-moscas e dar um saque pontual que espanta e não suja ou estraga”.

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Quem deseja uma criança que expressa opiniões? No início do século vinte a criança não é mais vista como um adulto. Ela deixa de ser vista como um objeto de compaixão e passa a ser um indivíduo detentor de direitos. Entretanto, nos dias atuais, ainda observamos o poder de certas teorias que incapacitam e rotulam as crianças. A atribuição de rótulos tem resultado em uma limitação das oportunidades de aprendizagem ao indivíduo. Porisso ao rotularmos uma criança ou jovem, estamos contribuindo para que ele aprenda a se comportar de maneira consistente com tais rotulações, pois o processo de rotulação quando fortalecido pode gerar violência. A personalidade de uma criança e a expressão de opiniões, porém tem sido associada a diferentes tipos de personalidade que nascem com a criança. Entretanto, a personalidade é formada ao longo da vida. A auto-estima, valorização e confiança são desenvolvidas na interação da criança com uma comunidade que respeita e incentiva suas opiniões e seus sentimentos.

Conversas difíceis ou conversando é que a gente se entende, estar em boa companhia, junto de pessoas que nos amam, é uma das coisas boas da vida, onde a troca de ideias são formas de entretenimento, mas também de oportunidades de aprendizagem. Contudo, conversas pode ser ocasião para criar problemas, e, reconhecer conversas difíceis, supõem interlocutores e sempre que converso, converso com o outro e, portanto, dependo dele, ao menos naquele momento. Para todos, existem conversas difíceis, portanto não deve ser difícil só para mim, meu interlocutor também está em dificuldade, e cada um tem as suas explicações para as suas divergências. É de praxe, achar que o outro é a fonte do problema, em contrapartida o outro acha que somos nós.

O ‘‘silêncio’’ uma lição de escola que muitos não esquecem. Segundo Hubner é na escola em que começam muitas vezes uma punição que o individuo acaba levando para a vida toda, silenciando- se pelo simples medo de fazer perguntas, pois quando feitas são alvos de humilhações pelos colegas ou ignorados pelo professor, essa situação torna pessoas antes sedentas por conhecimentos em pessoas apáticas e cheias de duvidas.De forma que essas atitudes contribuem drasticamente na formação intelectual do individuo, são raros os que frente às primeiras humilhações conseguem ser perseverantes e se arriscam em novas investidas, porém a maioria se cala e jamais voltam a se expor novamente.

Neste capítulo os especialistas trazem exemplos do quanto à apatia dos funcionários pode ser dispendiosa para as empresas, diminuindo muitas vezes sua competitividade, sua capacidade de sobrevivência e sua perpetuação, várias ocorrências contribuem para isso: muitas vezes os lideres tem atitudes que inibem seus comandados a relatarem sugestões para melhorias nos processos, outra vezes os lideres apesar de não coibirem também não incentivam seus comandados a serem assertivos, por outro lado muitos funcionários não expressão suas opiniões baseando- se em experiências passadas.

Os Del Prette enfocam a influência das crenças especialmente

religiosas sobre os padrões de interação social que podem afetar a qualidade

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dos relacionamentos e a saúde psicológica. A família a escola e a religião são as principais, embora as duas primeiras sejam alvos de estudos de longa data, de modo que a religião tem recebido nos últimos tempos especial atenção dos estudiosos de psicologia. A prova disso foi que numa recente pesquisa sob estilo de comportamento, foi apurado que noventa por cento dos indivíduos que procuram atendimento terapêutico identificam com alguma religião, 86% crêem em Deus e 49% são frequentadores assíduos de alguma igreja. Contudo as crenças religiosas são assimiladas de maneira que algo de ruim pode ocorrer se a prática religiosa for desobedecida, as pessoas tentam se orientar por um único trecho da bíblia usando, por exemplo, a expressão ‘‘devo ser manso e dócil como Jesus foi’’ e se esquecem que Jesus também foi firme, enérgico e corajoso frente a seus adversários, ou seja, cada momento e a cada situação exige uma atitude e uma postura que se adéqua a ela. Dentre esses lideres Jesus é considerado o mais extraordinário, dividindo a historia em antes e depois de sua vinda, ele foi assertivo, jamais impôs suas idéias por força ou agressão por isso o desafio para os especialistas é explicar porque muitos que se dizem cristãos adotam postura agressiva ou passiva.

Saber expressar sentimentos, não só parte do comportamento assertivo, mas também um sinal indicativo do nível que a pessoa tem em relação à intimidade e com relação a si próprio, como um ser que sente que sofre e que curte a vida, de maneira que é importante demonstrar os sentimentos, para a saúde física e mental. Entretanto, saber lidar com críticas melhora a auto-estima e diminui a probabilidade de ocorrência de episódios depressivos, pois pessoas com dificuldades em expressar suas opiniões e sentimentos podem se colocar em situação de risco para a saúde.

Ser assertivos sempre dá certo? Se comportar de modo assertivo é a melhor forma de agir nas relações com os outros, porém o comportamento assertivo depende do momento e das circunstancias para que seja reforçador ou punitivo, um exemplo claro é quando um supervisor precisa dar feedbacks a um de seus subordinados; se isso for feito em particular, as chances de ter consequências reforçadoras são bem grandes, no entanto se for feita em uma reunião com varias pessoas o risco de consequências punitivas é eminente. É preciso minimizar as conseqüências punitivas que podem ser produzidas pelo comportamento assertivo, uma das formas é estabelecer um equilíbrio entre respostas assertivas negativo e assertivas positivas. É preciso atentar para o fato de que muitas pessoas são capazes de contradizer e criticar e defender, no entanto são completamente incapazes de aprovação e elogios voluntários, ou até mesmo de expressar amor e afeição. Quando mostramos ao outro que valorizamos sua assertividade também aumentamos a probabilidade de que nossa assertividade seja bem recebida. O livro o qual foi abordado traz uma linguagem simples, e, de fácil acesso, apesar de ser um pouco repetitivo. Assim sendo, é indicado para todos aqueles que desejam que o seu relacionamento com as pessoas, resulte de forma cada vez mais prazerosa. Certamente que o assunto acerca da assertividade será de grande utilidade para o nosso trabalho como futuras assistentes sociais, visto que podemos utilizar algumas técnicas para controlar os sentimentos e afirmar uma posição mais precisa.