Resenha-O Carro Dos Milagres

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O texto O Carro dos Milagres uma narrativa que faz parte de um grupo de sete narrativas do livro de mesmo nome, O carro dos Milagres, do autor Benedicto Wilfred Monteiro.Benedicto foi um grande escritor, jornalista, advogado e poltico brasileiro.A obra relata a histria de um Caboclo (protagonista da histria), que veio da mata, e que se encontra na capital, Belm, onde est espera da passagem do Crio de Nossa Senhorade Nazar para depositar um pequeno barco a vela de miriti, feito como promessa, no Carro dos Milagres, carro que percorre todo o Crio recolhendo as promessas dos devotos. Tal promessa que foi jurada aos ps da Nossa Senhora do Retiro pela me do prprioCaboclo por ter se salvado de uma desventura que ocorreu em alto mar.O referido texto inicia-se com uma conversa entre dois caboclos (a personagem central e seu Compadre), os quais se encontram sentados em sua canoas tomando cachaa e o personagem central (o Caboclo) conta a histria do seu pequeno barco, que tem que ser colocado no Carro dos Milagres por suas prprias mos e na hora da procisso do Crio, e da promessa de sua me. Ele tambm conta a seu Compadre detalhes da procisso, onde e como o Criocomea e termina, elementos que compem a procisso, conta at as figuras que viu no carro dos milagres quando estava parado no Largo da S.Quando a procisso do Crio se aproxima e a multido aumenta, o caboclo convida seu Compadre a se levantar e o acompanhar, porque chegou a hora de enfrentar a multido e depositar o pequeno barco no Carro dos Milagres. Mas, infelizmente, ocorre uma srie de acontecimentos inesperados com o pobre caboclo. Primeiro ele se perde de seu Compadre; depois a vela de seu pequeno barco enrola-se em alguns bales coloridos de gs, os quais se soltam e levam a vela para o cu; e mais adiante, como a multido muito grande e densa no Crio de Nossa Senhora de Nazar e o caboclo j se encontra um pouco bbado, ele deixa escapuliro pequeno barco de suas mos que acaba sendo pisoteado pelos inmeros ps que ali se encontram.Com todos esses acontecimentos e com o caboclo bbado, ele se perde no meio da multido e adormece em uma calada. Quando j madrugada, ele acorda com o barulho dos fogos de artifcios explodindo no cu. Como est prximo Baslica de Nazar, imagina que o Carro dos Milagres possa estar l dentro e que deve, ao menos, chegar perto do carro, j que no conseguiu colocar seu barco dentro.Ao entrar na Baslica,fica impressionado com o tamanho do lugar, com os santos, os anjos, as vidraas, as luzes, tudo. Avista, em uma sala, o Carro dos Milagres parado e cheio de promessas de outras pessoas. Mas, no momento em que est admirando o Carro, surpreendido por trssenhoras que o comparam com um ladro e chamam a polcia.A polcia leva o caboclo para a delegacia, onde misturado com muitos outros delinquentes de todo pas e tambm do exterior. Porm, como o caboclo no possua ficha, foi levado direto para o gabinete do chefe, l se deparou com outro compadre seu, que estava ali porque, ironicamente, no tinha completado uma promessa e que, mas ironicamente ainda, era a de soltar bales coloridos no Crio.O tal compadre que estava na delegacia comeou ento a darseu depoimento sobre a histria, disse que mandou seu filho comprar os bales, s que o menino demorou em voltar com os bales para companhia dos pais, ento o compadre saiu procura de seu filho juntamente com sua mulher.Quando, mais adiante, escutaramuma exploso, era uma bomba, que enche de gs os bales, que havia explodido. Logo a mulher (comadre) se desespera e agarra o primeiro corpo que encontra estirado no cho desfigurado e morto, pensando que fosse seu menino, pois usava o mesmo uniforme escolar que seu filho.Ento o casal leva o corpo para casa de parentes e comea a fazer o velrio juntamente com seus familiares. Eis que por volta das trs horas da tarde, na hora da sesta, surge por cima das pontes que do acesso a casa, um menino cantando,sorrindo, cambaleando e bbado, o filho do compadre e da comadre vivinho-da-silva. Por causa deste fato que o Compadre do Caboclo estava ali na delegacia, para poder explicar todo o acontecido.O texto se encerra com o Caboclo (protagonista da histria) ouvindo tudo aquilo, e imaginando consigo mesmo que poderia contar toda sua histria para a polcia, s que achava meio difcil de acreditarem que a vela do seu pequeno barco de miriti que seria depositado no Carro dos Milagres teria sido levada pelosmesmos bales coloridos que o filho de seu Compadre soltou descuidadamente.

A obra muito interessante porque nos possibilita conhecer um pouco sobre a cultura paraense, o Crio de Nossa Senhora de Nazar, os lugares em que acontece a histria, as expresses contidas no texto, etc.Benedicto Monteiro utiliza bastante as figuras de linguagem, as redundncias, fazendo com que as expresses da personagem-narrador (o Caboclo) nos deixem a entender e imaginar as cenas que esto acontecendo, os locais, o tempo.O autor tambm utiliza muitas lembranas da personagem central, isso faz com que tenhamos uma melhor percepo do texto.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARFACULDADE DE LETRAS

O CARRO DOS MILAGRES

BRAGANA-PA2012FREDERICO SANTANA DE CARVALHO

O CARRO DOS MILAGRES

Trabalho apresentado como requisito avaliativo da disciplina Oficina de Produo e Compreenso de Textos I ministrado pela professora Roseli da Silva Cardoso

BRAGANA-PA2012REFERNCIASMONTEIRO, Benedicto W.O Carro dos Milagres.MONTEIRO, Benedicto W.O Carro dos Milagres.2 ed. Rio de Janeiro: Novacultura; PGL Comunicao, 1980MONTEIRO, Benedicto W.O Carro dos Milagres.disponvelemhttp://www.http://benedictomonteiro.blogspot.com.br/2011/06/sinopse-da-novela-o-carro-dos-milagres.html.Acessado em 01/10/2012