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    TERRITRIOS CONTESTADOS: o currculo e os novos mapas polticos e

    culturais

    SILVA, Tomaz Tadeu da; MOREIRA, Antonio Flavio B. (orgs.). Territrios

    contestados: o currculo e os novos mapas polticos e culturais. Petrpolis: Ed. Vozes,

    1995. (Cap. 1;3;4;5;e6)

    O CURRICULO COMO POLITICA CULTURAL E A FORMAO DOCENTE cap.

    1

    H um movimento pela reformulao dos cursos de formao de profissionais da

    educao, que carece de vontade poltica.

    Giroux, recomenda uma a apropriao crtica e seletiva dos conceitos bsicos do ps-

    modernismo e do ps-estruturalismo alertando para um aproveitamento dessas

    contribuies no desvie a ateno de poder e poltica, o currculo deve ser visto como

    uma forma de poltica cultural, assim como a escola, onde experincias e subjetividades

    so contestadas e ao mesmo tempo se produz atividades para se lutar a favor de uma

    transformao contra a dominao e opresso. Assim o currculo deve acentuar como

    expresso poltica cultural, abordagem da teoria curticular crtica.

    A preparao dos professores deve contribuir pra formar sujeitos autnomos, crticos,

    criativos e comprometidos com a democracia e a justia social, que como pesquisadores

    em ao, lutem pela transformao educacional, fortalecimento do poder individual e

    coletivo, ou seja, de uma sociedade mais ampla.

    A funo social dos professores enquanto intelectuais e transformadores se entendem

    em atividades fundamentadas em discurso moral e tico, preocupado com o sofrimento

    e as lutas dos oprimidos, deve veicular a memria perigosa, trazendo luz a

    ensinamentos do currculo oficial por exemplo sobre grupos subordinados, trabalhando

    o poltico-pedaggico, unindo linguagem crtica a linguagem de possibilidades para

    novas formas de culturas, prticas sociais, modos de comunicaes e condies

    materiais.

    O conhecimento-em-ao, constitudo no dia a dia, e a reflexo-em-ao, interrupes

    para perguntas dos alunos envolvem um parar e pensar, o que transforma o professor

    num pesquisador-em-ao, produzindo conhecimento, fundamentais a partir doengajamento da investigao reflexiva de sua prpria prtica.

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    A DISNEYZAO DA CULTURA INFANTIL CAP 3

    Henry A. Giroux

    A cultura infantil uma esfera onde o entendimento, a defesa de idias polticas e o

    prazer se encontram pra construir concepes do que significa ser criana uma

    combinao de posies de gnero, raciais e de classes definem a relao a uma

    diversidade de outros.

    Os filmes infantis fornecem um espao visual onde se encontram fantasio, porem no

    so inocentes, esto numa esfera comercial de consumismo e mercantilizao, no so

    diverses transparentes.

    Jack Zipes, um importante terico dos contos de fada argumenta que os filmes da

    Disney celebram um tipo masculino de poder reproduzindo um tipo de esteretipo de

    gnero... que tem um efeito adverso sobre as crianas, em contrate com o que os pais

    pensam, que so inofensivos.

    O racismo reproduzido atravs de uma linguagem e sotaque racialmente carregado,

    so antidemocrticos, as relaes scias da natureza e reino animal fornecem

    mecanismos para a apresentar e legitimar a casa, a realeza e a desigualdade estrutural

    como fazendo parte da ordem natural.

    Trabalhadores culturais, educadores, pais e mes podem discutir criticamente a

    influncia da Disney na formao do ambiente simblico, no qual nossos filhos nascem

    e no qual todos nos vivemos nossas vidas.

    O domnio popular que a Disney utiliza, para ensinar valores e vender produtos devem

    ser incorporados s escolas como objetos de conhecimento social e de analise crtica.

    Pensar atravs da imagem, pedagogica e politicamente no discurso de entretenimento,

    transformando numa discusso intelectual, como uma cultura popular funciona pra

    mobilizar o desejo, estimular a imaginao e produzir formas de identificao que

    podem se tornar objetos de dialogo e investigao crtica.

    CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL CAP 4

    J. Gimeno Sacristan

    O problema do currculo multicultural diz respeito as minorias culturais, raciais e

    religiosas e um problema que afeta a representatividade cultural do currculo comum,

    este deveria expressa os interesses de todos, democraticamente. Para isso depende uma

    estrutura curricular diferente dos dominantes e uma mentalidade diferente por parte deprofessores, pais, administradores e agentes que confeccionam os materiais escolares..

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    A cultura escolar mais que contedos multicultural. Devem cobrir realidades

    diferenciadas, que se projetam em formas de anlises e concebem a prtica, dando

    sentido as estratgias e polticas pra mudar a realidade.

    O currculo a soma de todo tipo de aprendizagens e de ausncias que os aluno obtm

    como conseqncia de estarem sendo escolarizados. A cultura vivida em sala de aula, o

    conhecimento concretizado no processo de conhecer, os intercmbios e interaes

    estabelecidas no dilogo da transmisso-assimilao de toda experincia de aquisio se

    entrecruzam com a bagagem previa, significados, crenas, aptides, valores, atitudes e

    comportamentos,adquiridos fora da escola, porque so sujeitos reais que lhes do

    significados a partir de suas vivencias como pessoas, manifestam diferentes culturas. O

    currculo multicultural no ensino implica mudar as intenes do que queremos

    transmitir, que processos internos so desenvolvidos na educao.

    preciso criar materiais especficos com objetivos concretos e revisar o contedo que

    costumam ser fonte de vises etnocntricas e desvalorizadas da experincia cultural de

    outros grupos.

    O currculo extra-escolar, cinema, TV, os quadrinhos, literatura, imprensa a fala

    cotidiana dos adultos e dos grupos de amigos deve servir pra os educadores moldarem e

    intervir a partir da escola, fazendo uma perspectiva multicultural formulando

    coordenadas mais amplas que o currculo escolar, propondo estratgias didticas que

    vinculem o conhecimento da escola .

    O termo multiculturalismo ambguo e enganador, ele pode instrumentalizar a partir de

    uma cultura dominante para assimilar uma cultura minoritria, como instrumento para

    reduzir preconceitos, formular programas diferenciados ou ser entendido como uma

    viso no etnocntrica. Sob este rotulo a pratica engloba: programas dirigidos a grupos

    tnicos ou de imigrantes; atividades que proporcionam conhecimentos de culturas de

    grupos tnicos minoritrios que estimulam tolerncia e estimulam uma visoetnocntrica no mundo. Estes fundamentos intervm como modo de integrar as massas

    num currculo comum que evite rejeies as minorias e por outro lado, uma motivao

    democrtica e tica que leva a um relativismo cultural que combata o etnocentrismo, so

    pulses contraditrias e complementares em busca de programas pluriculturais.

    O currculo multicultural se coloca entre o conflito e a diversidade entre culturas,

    passando pela pluralidade que h na cultura. O primeiro problema sensibilizar as

    pessoas sobre as condies de um currculo dominante para modific-lo, j que no representativo de todas as culturas da sociedade que surge no sistema escolar. Ele

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    valoriza componentes em relao a outros e oculta dos alunos aspectos da cultura que

    rodeia a escola; h uma falta de uma correspondncia na seleo de contedos, entre a

    universalizao da escolarizao e a falta de transformao que acolha a diversidade

    heterognea do sistema escolar, afetando a possibilidade de perceber a pluralidade do

    mundo que relaciona a multiculturalidade interna; uma cultura unilateral, j cultiva

    certas dimenses do individuo em detrimento de outras; prope pensamentos e

    comportamentos ticos e de intercmbio social regulando a interao entre os sujeitos; a

    cultura transmitida na escola a ser assimilada e a cultura dominante de herana que

    impe uma homogeneizao, no pluralista.

    O currculo assim, devido ao taylorismo, padronizao e homogeneizao, quando se

    percebe a ordenao em series e graus, nveis e caminhos de passagem de uns para

    outros; na atribuio de contedos a professores diferentes e matrias especficos; a

    fragmentao de escolas para crianas com deficincias, outras pra os bem dotados,

    outros pra trabalahdores manuais; o trabalhado com a homogeneidade da classe; seleo

    de contedos de forma homogeneizada e padronizao dos rendimentos aos estudantes;

    fontes de informao massivas como livros didticos idnticos a todos.

    A cultura homognea do currculo escolar torna pouco verossmil o objetivo de

    adminitir interesses, estilos, ritmos de aprendizagem e formas de trabalhar diferentes

    dentro de um esmo grupo de alunos.

    Para a elaborao de um currculo multicultural, deve se vincular democracia e

    tolerncia, algo que os meios de comunicao tem influenciado e tem conscintizado

    dessa pluralidade entre indivduos. fundamental uma reforma na formao de

    professores, no planjemanto dos currculos , no desenvolvimento de materiais

    apropriados e nas analises e reviso das praticas, sem descuidar da conexo entre escola

    e o meios social.

    Deve se introduzir no planejamento curricular, contedos e matrias dedicados a paises,crenas e sistemas culturais distantes do prprio, elementos interculturais, pluralismo

    cultural em todos os componenetes do currculo, conect-lo a filosofia que fundamenta

    a educao geral capacitando os indivduos com uma serie de conhecimentos,

    habilidades e valores que permitam entender a sociedade e a cultural na qual vivem.

    Trabalhar com variantes culturais, grupando temas, problemas e diferenciaes internas

    da cultura ou do contrastes com outras, usando fotos, descrio de cidades ou culturas;

    depois ordenar finalidades educativas importantes aos alunos. So variantes culturais

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    sistemas: social, econmico, de comunicao, racionalidade, tecnolgico, moral,

    crenas, esttico e de maturao.

    No currculo emancipatrio, deve se levar em conta a questo dos americanos de origem

    africana que constituem a maioria da populao brasileira, mas so excludos dos bens

    materiais e culturais de cuja produo participaram, neste currculo deve se

    comprometer com a construo de uma identidade perdida nos tempos, no perverso

    processo de dominao. Na questo racial, h um processo de embranquecimento que,

    vem forado os afro-brasileiros a romper as barreiras da excluso, discriminao, se

    representar como brancos.

    Para mudar isso, seria preciso introduzir na escola a discusso sobre a nossa histria,

    sobre a construo e a manuteno da hegemonia branca e sobre as lutas contra-

    hegemnicas, com uma nova pedagogia que rompa com as verdades, contrubuindo para

    uma incluso de afro-brasileiros como trabalhadores com identidade cultural.

    O uso de carteiras em crculos, grupos diferentes, dar voz as crianas afro-brasileiras

    com o uso diferentes linguagens, como a msicas, expresses corporais, linguagem oral,

    deve estar incorporado no contedo pedaggicos, assim como pontos de vista do

    colonizado, escravizado e explorado e de suas lutas de emancipao. So atitudes que

    coloca a escola a servio de todos.

    Disponvel em: http://lidialindislay.blogspot.com.br/2010/03/resumo-de-livros-silva-e-

    moreira.html

    http://lidialindislay.blogspot.com.br/2010/03/resumo-de-livros-silva-e-moreira.htmlhttp://lidialindislay.blogspot.com.br/2010/03/resumo-de-livros-silva-e-moreira.htmlhttp://lidialindislay.blogspot.com.br/2010/03/resumo-de-livros-silva-e-moreira.htmlhttp://lidialindislay.blogspot.com.br/2010/03/resumo-de-livros-silva-e-moreira.htmlhttp://lidialindislay.blogspot.com.br/2010/03/resumo-de-livros-silva-e-moreira.html