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7/23/2019 resenha61Resenha5 http://slidepdf.com/reader/full/resenha61resenha5 1/6 144 • RESENHAS sabe se pertencem à natureza da mulher. A isso respondo: tanto faz. De qualquer maneira elas estão aí e tornaram-se uma segunda natureza e devem ser valorizadas como uma segunda natureza” (p. 20-21). Se Marcuse procede da mesma ma- neira em sua aposta na vitória de Eros, da vida e do amor, através do estabeleci- mento de uma sociedade emancipada, é  por conceber uma história aberta, em que esta aposta pode ser feita – uma lição importante nestes tempos de passivida- de e conformismo. Sua antropologia é a única que, incorporando o legado de Freud sem traí-lo, permite que visualize- mos uma ordem social que deixe de se  basear na repressão, uma sociedade fun- dada no tempo livre no qual as potencia- lidades humanas possam ser desenvolvi- das e realizadas. 1  Neste caso específico é fundamental a referência ao livro de Ângela de Castro Gomes. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Vértice, 1989. Adalberto Paranhos O roubo da fala – origens da ideologia do trabalhismo no Brasil. Boitempo Editorial, 1999. Lucília de Almeida Neves (professora da PUC, Minas Gerais) A produção historiográfica brasilei- ra sobre o período do Estado Novo é  bastante ampla. Na verdade, não só his- toriadores, mas cientistas políticos, so- ciólogos e antropólogos têm se dedica- do a interpretar o período sob os mais variados ângulos. Proliferam títulos que abordam a referida conjuntura através de análises que tratam do pensamento auto- ritário gestado e consolidado nos anos Vargas, da questão nacional, da censura, da literatura, do projeto cultural do gover- no, do planejamento e intervencionismo econômico do Estado, da relação do gover- no com as diferentes classes sociais, da  propaganda estado-novista, da atuação do aparelho coercitivo do Estado, dentre tan- tos outros temas que compõem um insti- gante caleidoscópio de realidades múlti-  plas e integrantes de um período histórico essencial ao entendimento da realidade republicana brasileira no presente século. Portanto, escrever sobre o primeiro governo Vargas e, em especial, sobre o Estado Novo, é um desafio real. Corre- se, no mínimo, o risco de a abordagem se constituir em um texto recorrente, se não repetitivo. Paranhos não se recusou a enfrentar esse desafio. E o fez com es-  pecial renovação e consistência analíti- ca. Seu livro O roubo da fala – origens da ideologia do trabalhismo no Brasil, revisita um tema já explorado, inclusive  por algumas obras que se tornaram clás- sicas. 1  Sua abordagem, contudo, é cria- tiva, instigante e polêmica, trazendo nova contribuição para um melhor e mais embasado conhecimento histórico sobre a obra de Vargas e sobre seu legado para os tempos históricos que sucederam seu  primeiro governo como presidente da República brasileira.

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sabe se pertencem à natureza da mulher.A isso respondo: tanto faz. De qualquer maneira elas estão aí e tornaram-se umasegunda natureza e devem ser valorizadascomo uma segunda natureza” (p. 20-21).

Se Marcuse procede da mesma ma-neira em sua aposta na vitória de Eros,da vida e do amor, através do estabeleci-mento de uma sociedade emancipada, é por conceber uma história aberta, em que

esta aposta pode ser feita – uma liçãoimportante nestes tempos de passivida-de e conformismo. Sua antropologia é aúnica que, incorporando o legado deFreud sem traí-lo, permite que visualize-

mos uma ordem social que deixe de se basear na repressão, uma sociedade fun-dada no tempo livre no qual as potencia-lidades humanas possam ser desenvolvi-das e realizadas.

1 Neste caso específico é fundamental a referência ao livro de Ângela de Castro Gomes. A invenção 

do trabalhismo. Rio de Janeiro: Vértice, 1989.

Adalberto ParanhosO roubo da fala – origens da ideologia do trabalhismo no Brasil.Boitempo Editorial, 1999.Lucília de Almeida Neves (professora da PUC, Minas Gerais)

A produção historiográfica brasilei-ra sobre o período do Estado Novo é bastante ampla. Na verdade, não só his-toriadores, mas cientistas políticos, so-

ciólogos e antropólogos têm se dedica-do a interpretar o período sob os maisvariados ângulos. Proliferam títulos queabordam a referida conjuntura através deanálises que tratam do pensamento auto-ritário gestado e consolidado nos anosVargas, da questão nacional, da censura,da literatura, do projeto cultural do gover-no, do planejamento e intervencionismoeconômico do Estado, da relação do gover-

no com as diferentes classes sociais, da propaganda estado-novista, da atuação doaparelho coercitivo do Estado, dentre tan-tos outros temas que compõem um insti-gante caleidoscópio de realidades múlti- plas e integrantes de um período históricoessencial ao entendimento da realidade

republicana brasileira no presente século.Portanto, escrever sobre o primeiro

governo Vargas e, em especial, sobre oEstado Novo, é um desafio real. Corre-

se, no mínimo, o risco de a abordagemse constituir em um texto recorrente, senão repetitivo. Paranhos não se recusoua enfrentar esse desafio. E o fez com es- pecial renovação e consistência analíti-ca. Seu livro O roubo da fala – origens

da ideologia do trabalhismo no Brasil,

revisita um tema já explorado, inclusive por algumas obras que se tornaram clás-sicas.1 Sua abordagem, contudo, é cria-

tiva, instigante e polêmica, trazendo novacontribuição para um melhor e maisembasado conhecimento histórico sobrea obra de Vargas e sobre seu legado paraos tempos históricos que sucederam seu primeiro governo como presidente daRepública brasileira.

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São duas as melhores surpresas do tex-to, sem excluir, além disso, a limpidez, oestilo e a fluência da redação que tornama leitura do livro bastante agradável.

Em primeiro lugar, há que se aludir 

ao referencial teórico que sustenta do princípio ao fim as análises que com- põem o conjunto do livro. Retomandoautores e conceitos clássicos do marxis-mo, Paranhos leva-os a dialogar comnovos conceitos criados pela renovaçãohistoriográfica que marcou o século XX.Dessa forma, seu campo teórico princi- pal é o do marxismo, traduzido pela pre-

sença constante desde a introdução dolivro até as suas considerações finais deconceitos tais como: estado, classes so-ciais, lutas de classes, hegemonia, ideo-logia. Na verdade, o suporte teórico prin-cipal do texto é gramsciano. Incorpora deGramsci aquilo que ele tem de mais ino-vador em relação ao próprio marxismo,ou seja, uma abordagem que elege o ter-reno da política como sendo um espaçofundamental de conflitos, de construçãode consensos, de realização da hege-monia e de reprodução da ideologia.

Quanto aos autores cujo campo deanálise não é prioritariamente marxista, busca contribuições em Roger Chartier,Roland Barthes, Michel Foucault e CarloGinsburg. Desses autores destacam-se principalmente duas contribuições: so-

 bre o conceito de mito, buscada emBarthes, e sobre o de circularidade cul-tural, fortemente inspirada em Ginsburg.

Em segundo lugar, cabe destacar autilização criativa de metáforas, a co-meçar pelo próprio título – O roubo da

 fala – e de letras de músicas da época.São palavras ou versos musicais que re-tratam, através da arte popular, o proces-

so de grande transformação por que pas-

sava o Brasil nos anos trinta: moderni-zação, industrialização, disciplinarizaçãodo trabalho, forte sentimento de hierarquia,construção de um projeto de forte identi-dade nacional... Tudo isso alimentando

um processo histórico dinâmico, que serecriava dialeticamente no cotidiano dahistória, e que considerava como um deseus sujeitos históricos mais ativos asdiferentes classes sociais que se relacio-navam naquela conjuntura específica.Classes sociais que terão no Estado nãosó um arguto interlocutor, mas principal-mente um ágil sujeito, capaz de incor-

 porar às políticas públicas a voz dos tra- balhadores. De fato, para Paranhos, ogoverno Vargas reconheceu e considerouas reivindicações operárias, mas delas seapropriou, “redirecionando-as” – comoelementos integrantes a um projetoeconômico que não foi espelho fiel desuas reivindicações.

Após as considerações tecidas, quetratam de aspectos constantes de todo olivro, cabe analisar o que se constitui no ponto nevrálgico, central da hipótese deParanhos, em torno da qual constrói umagama de argumentações destinadas a dar-lhe maior consistência. Em resumo, aidéia central do autor refere-se à ques-tão ideológica, que por si mesma se cons-titui uma tarefa árdua em sua abordagem, pois o terreno da ideologia pode se tor-

nar fluido e escorregadio, caso não ve-nha a ser tratado com a consistência teó-rica que um assunto tão complexo econtrovertido requer.

Para o autor, a ideologia do trabalhis-mo, fundamento maior da construção domito varguista, não surgiu como um pas-se de mágica na década de 30. Muito me-nos se constituiu a partir de um ímpeto

criativo de Vargas e dos intelectuais or-

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gânicos autoritários que alimentaram ogovernante de novas idéias sobre nação,hierarquia, disciplina, centralização,antiliberalismo, valor do trabalho e mo-dernização. Sua origem, como já ante-

riormente afirmado por Gomes, em obracitada nesta resenha, retoma décadasanteriores. Cabe lembrar que, entre 1910e 1914, os anarquistas tiveram forte pre-sença nas lutas do nascente operariado brasileiro, e que na década de 20, os co-munistas, embalados pelo êxito daRevolução Russa de 1917, tornaram-seespecialmente reivindicativos. Em decor-

rência, em ambos os períodos as lutasdo movimento operário, apesar derestritas a algumas cidades do país, al-cançaram efetiva repercussão. Além dis-so, trabalhadores, que se inspiravam notrabalhismo inglês e na possibilidade deuma terceira via, também levantaram,mesmo que de forma mais suave, sua voz.Paranhos, conseguiu captar muito bemo significado histórico desses movimen-tos e concluiu que a ideologia dotrabalhismo, que foi elaborada e reela- borada, conforme o movimento da his-tória, ao longo dos quinze anos do pri-meiro governo Vargas, incorporou e seapropriou do discurso ideológico dasclasses dominadas, tanto no período que precedeu a chegada de Getúlio Vargas ao poder, quanto no decorrer do próprio

governo Vargas.Dessa forma, como afirma Caio

 Navarro de Toledo no Prefácio ao livro,a ideologia do trabalhismo é identificada pelo autor como “uma fala roubada aostrabalhadores na medida em que é o re-sultado de um processo de assimilação/apropriação/ressignificação da produçãosimbólica e ideológica das classes traba-

lhadoras”. Todavia, Paranhos não apre-

senta um entendimento simplista e linear de que ideologia é tão-somente manipu-lação e apropriação. Entende que o “tra- balhismo é um eco distorcido do movi-mento operário”, visando alcançar a paz

social necessária à implementação do pro-cesso de modernização industrializanteque o governo projetava para o Brasil na-queles anos. Mas entende também que semganhos efetivos, sem materialização deconquistas que signifiquem melhorias nascondições de vida, não há como se conso-lidar ideologias na mente da população tra- balhadora e muito menos não há como se

reproduzir a própria ideologia, ou até mes-mo torná-la hegemônica.Para desenvolver esse raciocínio, bus-

ca inspiração no conceito de circulari-dade de Ginsburg e afirma que há uma permanente influência das ideologias dasclasses dominadas na produção dasideologias dominantes. Não só no terrenoda apropriação de conceitos, mas tam- bém no de atendimento a determinadasdemandas. Com certeza, em nossso en-tendimento, somente assim é possívelconstruir-se algum tipo de legitimidadegovernamental junto aos governados. As-sim o foi com Vargas. Na verdade, o mitoda doação, fundamento maior do que se pode denominar de trabalhismo getulis-

ta, só alcançou eficácia pois, como bemdiz Paranhos, não atuou no vazio. Direi-

tos foram concedidos, mesmo que o go-verno tenha buscado, e muitas vezes con-seguido, transformá-los em instrumentode tutela.

O autor abre a introdução de seu livrocom um belo cartão de visita: a letra damúsica Três apitos, de Noel Rosa. Trata-se de um poema da música popular brasi-leira que aparentemente fala sobre um

amor pouco correspondido, mas que na

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verdade retrata com maestria o cotidianode urbanização e industrialização do paísnos anos 30. Retrata também a hierar-quização e a disciplinarização integrantesdessa nova faceta industrializada do país.

Um país que não está à deriva, que “ga-nhou” novas leis de proteção ao trabalho,leis que, além de sua eficácia econômica,têm um efetivo poder de sedução sobreuma população até então desamparada esujeita às oscilações do mercado.

 Na própria introdução, Paranhosapresenta uma visão do movimento dahistória bastante perspicaz: a de um pro-

cesso permeado por conflitos e em per-manente construção. Dessa forma, otrabalhismo gestado ao longo dos anos30 alcançará, para o autor, eficácia maior nos primeiros anos da década de 40, apósum período em que se constituiu comouma “obra aberta”, esculpida pelo mo-vimentar incessante do próprio processohistórico. Essa proposição é retomadacom maior densidade no capítulo II, queé precedido, no capítulo I, por um beloestudo sobre a ideologia autoritária (diga-se a obra de Azevedo Amaral e outrosintelectuais orgânicos do autoritarismo). No capítulo III o autor analisa o caráter mobilizador/imobilizador da ideologiatrabalhista e no capítulo IV desenvolveo que se pode considerar a essência desua argumentação, ou seja, analisa os

 princípios e fundamentos da ideologiatrabalhista.

Como se não bastasse, tece, nas con-siderações finais, através de uma análi-se da bibliografia sobre o tema, densascríticas a alguns autores, que incorremno que considera os principais equívo-

cos presentes em inúmeras obras que sededicaram a analisar o trabalhismo e oEstado Novo. Ou seja, Paranhos discor-da de historiadores e cientistas políticosque identificam a classe operária dosanos 30 e 40 como silenciosa, presa àmanipulação governamental, incapaz deesboçar qualquer resistência, marcada por uma ausência de história própria. Em

suma, podemos concluir que, ao finali-zar seu livro, destaca uma interpretação,com a qual compartilhamos integral-mente, de que a classe operária, atravésda circularidade/troca de influênciascom o Estado, foi sujeito histórico pre-sente no cenário político nacional. Emdecorrência, foi altamente considerada por um governo que, paradoxalmente,teve como sua marca maior o auto-ritarismo.

Por fim, vale ressaltar que as análisesde Paranhos vêm acrescentar novas luzesao que de melhor se tem publicado sobreos anos 30 e sobre o trabalhismo, des-tacando-se os trabalhos de Maria CéliaPaoli2, Jorge Ferrreira3, Maria HelenaCapelato4  e o já citado livro,  A invenção

do trabalhismo de Ângela de Castro

Gomes.Para finalizar, retomaremos análise

2 Paoli, Maria Célia. “Os trabalhadores urbanos na fala dos outros” in Lopes, José Sérgio Leite (coord.)Cultura e identidade operária. São Paulo, Rio de Janeiro: Marco Zero, 1987.

3 Ferreira, Jorge. Trabalhadores do Brasil. O imaginário popular. Rio de Janeiro: Getúlio Vargas, 1997.

4 Capelato, Maria Helena. Multidões em cena – propaganda política no varguismo e no peronismo.

Campinas: Papirus, 1998.

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do próprio Paranhos sobre o trabalhismo.O autor considera que por sua dimensão erepercussão constituiu-se como uma “re-

ligião civil”. Marcada por paradoxos, aideologia do trabalhismo apresentava

duplicidade: imobilizava e chamava àmobilização. Marcou, todavia, de forma peculiar um tempo histórico no qual oEstado não pôde fechar seus ouvidos àsvozes do trabalho.

Carlos Eduardo Jordão MachadoUm capítulo da história da modernidade estética: debate sobre o expressionismo . São Paulo,Fundação Editora da UNESP, 1998.Fernanda Pitta (doutoranda do IFCH, Unicamp).

O livro de Carlos Eduardo JordãoMachado faz uma reconstrução esmera-da do debate em torno do expressionismoalemão, ocorrido nos anos de ascensãodo nazismo imediatamente precedentesà eclosão da II Guerra Mundial. A partir das posições e argumentos de seu maisimportante crítico, Georg Lukács, dedefensores como Ernest Bloch, além de partidários das vanguardas como BertoltBrecht, e de Walter Benjamin, o autor expõe em detalhes as ambigüidades e pontos cegos deste que é um dos maissignificativos movimentos das vanguar-das históricas – talvez aquele que me-lhor expressa a complicada relação en-tre arte e política na modernidade.

 No Expressionismo, propostas esté-ticas e ideológicas opostas se mesclaram

num caldo explosivo. O que Machadofaz, apoiado em textos que traduziu aten-tamente (que, por sua importância, jávaleriam o livro), é um ótimo trabalhode reconstrução histórica, preocupando-se em explicar conceitos e posições es-téticas e teóricas, evitando tratar o mo-mento histórico em que eles surgemcomo mero “contexto” decorativo.

A posição desses autores foi orques-

trada por Machado para explicar os an-tecedentes da polêmica em torno doexpressionismo na revista Das Vort , ini-ciada em 1937 por Klaus Mann, com oartigo intitulado o “Caso Benn”. Nessadisputa, que se estende por vários nú-meros da revista e conta com diversosinterlocutores, alguns representantes daesquerda alemã condenaram o expressio-nismo por acreditarem que ele comparti-lhava o mesmo espírito do fascismo. Ou-tros repreenderam especificamente astentativas feitas por intelectuais alemães,especialmente Gottfried Benn, mas tam- bém Stefan George, de aproximar o ex- pressionismo ao nazismo, justamente nomomento em que a arte expressionista eraestigmatizada como “arte degenerada”.

Outra ala da esquerda sai em defesa

do movimento ou por considerá-lo es-sencialmente antifascista, lembrando que participantes como Brecht, Wolf e Zechtornaram-se antifascistas radicais, afir-mando que o expressionismo não poderiaser pensado fora do contexto das vanguar-das européias ou separado de sua oposi-ção à guerra e sua luta pela democracia.Faz-se também a defesa de seu anticapi-

talismo, do espírito de revolta e crítica.

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NEVES, Lucília de Almeida. Resenha de: PARANHOS, Adalberto. O roubo da fala – origens

da ideologia do trabalhismo no Brasil. São Paulo: Boitempo, 1999. Crítica Marxista, São

Paulo, Boitempo, v.1, n. 11, 2000, p. 144-148.

 Palavras-chave: Estado Novo; Governo Vargas; Trabalhismo.