Resenha.livro Oque Nos Faz Humano Matt Ridley
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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DO CONE SUL-ASSECS
FACULDADE DE CIENCIAS CONTABEIS DE NOVA DE ANDRADINA
FACINAN
CURSO DE DIREITO
ELISANGELA MARCELINO DE SOUZA
RESENHA CRITICA
NOVA ANDRADINA
2012
Resenha critica
apresentada a disciplina de
psicologia como obtenção
de nota de 8ª semestre nº
29 trabalho 2º bimestre sob
avaliação da profº. Ângela
Zaia
1. Obra:
RIDLEY, Matt O que nos faz humanos Genes, natureza e experiência 2ª Ed. Rio de
janeiro, 2008.
2. CREDENCIAIS DO AUTOR
Matt Ridley, PhD. EM Zoologia pela Universidade de Oxford, foi editor de Ciências da
revista The Economist. Preside o international Center for life, em Newcastle,na Inglaterra, e
é professor visitante no Gold Spring Harbor Laboratory.Publicação: Genoma, As origens da
virtude e The Red Queen
3. SÍNTESE DA OBRA:
O livro se chama ‘O Que nos Faz Humanos’. Na edição brasileira, estampada em sua
capa a um desenho estilizado da molécula de DNA O livro é constituído por dez capitulo,
Em uma folheada rápida, parece que a obra irá discorrer sobre quão determinantes os
genes são para a definição da natureza e dos comportamentos humanos, certo? Certo. É
isso o que a obra faz. Mas não exatamente. “O que nos faz humanos”, Matt Ridley passeia
pelas ideias de 12 grandes nomes da ciência, suas fontes e influências, para apresentar ao
leitor uma abordagem diferente desta antiga discussão. De uma forma bastante expressiva,
Ridley repassa ideias e experimentos de ambos os lados, demonstrando que, na maioria das
vezes, o defensor de um dos lados da disputa enxerga o outro lado de modo extremista,
quando, na verdade, é moderado. Isto quer dizer que uma verdade não exclui a outra, e que
vários aspectos podem estar corretos ao mesmo tempo. Ridley afirma, por exemplo, que “os
genes não tornam você inteligente, eles aumentam a possibilidade de você desfrutar do
aprendizado”. Em outras palavras, os genes determinam o comportamento das pessoas,
desde as características físicas até a personalidade e as aptidões, mas esses elementos,
em variados graus, são influenciados pelo ambiente - que altera a maneira como os genes
são ativados.
A ideia não é nenhuma grande novidade. Até o próprio Ridley reconhece isso quando
agradece a David Lykken, que cunhou a expressão alternativa ‘nature via nurture’, por ter
autorizado seu uso como título para o livro. E é difícil para qualquer pessoa de bom senso,
mesmo antes de ler o livro, renegar essa postura conciliadora em favor de um extremismo.
O conteúdo, distribuído num prólogo, dez capítulos e um epílogo, raras vezes mostra fluidez
nos assuntos tratados, e vez por outra surge a sensação de que Ridley está repetindo a
mesma coisa de novo e de novo.
Convencimento pela repetição às vezes parece ser uma de suas metas.
O livro supostamente seria norteado por 12 personagens históricos da discussão ‘natureza
versus criação’, retratados por Ridley em uma fotografia imaginária ao estilo daquela que
reuniu os grandes físicos no início do século 20, com Albert Einstein, Niels Bohr, Max
Planck, Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg e Paul Dirac.
Os ‘12 barbudos’, como Ridley os chama, escalados para seu acirrado debate sobre a
natureza humana e apresentados logo no prólogo, seriam Charles Darwin, Francis Galton,
William James, Hugo de Vries, Ivan Pavlov, John Watson, Emil Kraepelin, Sigmund Freud,
Emile Durkheim, Franz Boas, Jean Piaget e Konrad Lorenz. Embora todos eles venham a
figurar no livro de uma maneira ou de outra ao longo dos dez capítulos seguintes, a forma
como aparecem é muitas vezes periférica e um pouco distante do que se poderia supor pela
apresentação espetaculosa oferecida logo de cara. Sua visão de toda a questão é
demasiado mecanicista e, em alguns casos, ele presume demais. Antes de correto,
equilibrado e imparcial, ele é, sobretudo divertido. Suas anedotas históricas e seu modo de
contá-las dão sabor especial ao livro, um que Pinker não consegue imprimir com muita
frequência.
Ao final das contas, a sensação é a de que Ridley se declara defensor de uma ideia
totalmente equilibrada e imparcial, mas acaba tendendo aos mesmos desequilíbrios
argumentativos de muitos dos defensores dos lados ‘natureza’ e ‘criação’.Ele passa o livro
todo dizendo que o determinismo ambiental -a posição mais extrema da teoria da ‘tábula
rasa’, segundo a qual a mente é desprovida de elementos inatos e será totalmente moldada
pelo ambiente- é uma posição tão perigosa de defender quanto o determinismo genético e
deixa a sensação de que não há de fato para onde correr, se alguém quiser preservar de
algum modo os elementos mais essenciais do livre-arbítrio. Ao final, entretanto, usa de
recursos filosóficos em poucas linhas para justificar que o livre-arbítrio continua defensável.·.
Ele diz: ‘O livre-arbítrio é inteiramente compatível com um cérebro primorosamente pré-
especificado pelos genes e regido por eles’. Mas admite: ‘Não posso fingir que dei uma
descrição refinada do livre-arbítrio, porque não acho que exista alguma’.
Numa forma sugestiva de sua própria dificuldade de realmente dirimir a polêmica, Ridley
encerra com os 12 barbudos com quem começou, sugerindo que nem eles, com sua
capacidade extraordinária reunida, possivelmente teriam resolvido a dicotomia entre
natureza e criação. ‘Mesmo que tivessem conseguido, as hostilidades teriam aparecido com
bastante rapidez entre os partidários de diferentes teorias: é da natureza humana.
’Extrovertido, racional, sensitivo, intuitivo, sentimental ou introvertido. Dezenas de influências
formam a personalidade de uma pessoa e a exclusividade de cada ser neste universo é um
mistério. Em todo o planeta terra, não existe sequer um individuo igual ao outro. A genética
determina o comportamento? Segundo Matt Ridley, autor do livro O Que nos Faz Humanos
a resposta é não. O nosso DNA favorece e possibilita alguns tipos de comportamento, mas
não determina nada. Desta forma, ele presume que a genética não é um destino e sim algo
que oferece predisposições, traços de personalidade são ideias e conceitos culturais. Cada
pessoa, de acordo com sua maneira de visualizar o mundo exterior Crenças, valores,
interesses e experiências pessoais, tem um tipo de comportamento diferente e por isso não
dá para encontrar uma personalidade pura somente no DNA. Muito mais do que é possível
imaginar, desde nossos pais até os amigos mais íntimos influenciam em nossa
personalidade. Por exemplo, uma pessoa pode ser aberta, descontraída, enquanto a outra é
tímida e fechada. A explicação para essas diferenças pode estar na maneira com que seus
pais lhe ensinaram estes sentimentos. A questão é: você consegue mudar seu jeito de ser?
Na verdade mudamos a personalidade a todo instante. Conforme idade, sexo ou posição
social, nosso comportamento se diferencia. Indo além, nossa personalidade pode variar de
uma pessoa para outra: para um você pode ser antipático e para outro que te conhece
melhor, ser confiável e extrovertido. Mudar um hábito, comportamento ou atitude não é tão
difícil quanto parece. Como somos enraizados em referências dos pais e da infância - que se
transformam em nossa identidade – fica complicado reconhecer o modo de se comportar. O
caminho de nos conhecer, de ter consciência da própria personalidade, desde os pontos
fracos até os fortes, pode vencer as derrotas, apegos e qualquer outro sentimentalismo.
Mudar o que for possível e ser feliz com que o que sua personalidade já tem de positivo,
pode ser um grande enigma para você descobrir e desafiar.
4. CRÍTICA DO RESENHISTA:
Eu prefiro pensar nas características comportamentais e de personalidades herdadas
como se fosse um recipiente, que cada um enche da forma como quiser através do
aprendizado, mas da mesma forma que alguns podem colocar apenas algumas gotas, é
impossível adicionar mais do que a sua capacidade. A conclusão de que o ambiente
interage com o DNA na formação humana é resultado da análise dos mais recentes estudos
genéticos. Estudos que alteraram a maneira como entendemos o genoma. Sai a ideia de
uma planta de edifício que descreve todo o projeto humano e entra uma espécie de receita
de bolo, que pode ser alterada de acordo com a manipulação dos “ingredientes”. Descobrir
até que ponto pode ir o improviso dos fatores ambientais na receita genética é o objetivo de
Ridley, que também reconstitui historicamente a longa guerra científica entre natureza e
cultura.
5. INDICAÇÕES DO RESENHISTA
Esta resenha tem por pressuposto despertar da atenção do leitor para o livro em questão,
objetivo, é informar, divulgar o fato e servir ao seu leitor como uma bússola em meio a tantas
questões norteadas a respeito do o que nos faz humanos genes, natureza e experiência tão
discutida hoje, a intenção é que o leitor tende a sentir-se mais confortável se já leu uma
resenha a respeito de tal livro, pois nesta resenha se tem por intenção a compressão
superficial do assunto tratado tão brilhantemente por Matt Ridley em seu livro.