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Até o final do século XIX, o abastecimento de água em São Paulo era feito principalmente por meio da coleta direta em rios, córregos e fontes que brotavam nos declives da paisagem. Também eram utilizados poços e cisternas.

Nas cidades, havia os aguadeiros, pessoas que percorriam as ruas vendendo água. Os escravos também eram utilizados no serviço de coleta e transporte de água até as casas. Posteriormente, foram construídos chafarizes para abastecimento da população.

A higiene pessoal era feita nas casas de banho, e para a maioria da população, especialmente os escravos e os pobres, nos banhos de rio. As necessidades fisiológicas eram feitas nas fossas ou nas matas e o esgotamento sanitário era depositado nos rios mais próximos.

História do saneamentoem São Paulo

O vertiginoso aumento populacional da cidade de São Paulo fez com que o abastecimento de água se transformasse em um grave problema social e, em 1877, organizou-se a Companhia Cantareira de Água e Esgotos com o propósito de explorar os serviços de água e esgotos na capital. Em 12 de maio de 1881 foram concluídas as obras capazes de abastecer o dobro da população existente, que era de 30 mil habitantes.

Mas São Paulo continuou a crescer de forma acelerada, e novas aduções foram necessárias. O governo da Província auxiliou no desenvolvimento de sistemas de saneamento nas cidades do interior e litoral e, em 1892, assumiu os serviços da capital.

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História do saneamento em são Paulo

Séc. XIX

1863Elaboração de um plano geral de abastecimento de água e coleta e disposição dos esgotos para a capital, pelos engenheiros James Brunless, Hooper e Daniel Makinson Fox. Levantamento da planta topográfica da cidade. Esse estudo indicou a adução das águas da Serra da Cantareira para o abastecimento de São Paulo.

1892A Companhia Cantareira de Água e Esgoto foi encampada pelo governo do Estado devido a uma série de problemas e deficiência no atendimento, sendo criada em seu lugar a Repartição de Água e Esgotos da Capital (RAE).A partir da atuação da RAE, a rede de esgotos foi estendida a toda a área povoada da cidade, assim como foram feitas ampliações nas aduções dos mananciais da Serra da Cantareira para abastecimento de água.

1895-1897Construção da Estação Elevatória da Ponte Pequena, com o objetivo de elevar os esgotos do Brás, Mooca e Pari – regiões baixas da cidade – e despejá-los no Rio Tietê. Nesse período foram completadas as aduções de todos os recursos hidráulicos da Serra da Cantareira e foi construído um novo reservatório na Consolação, com capacidade para 19 milhões de litros.

1842Apresentação do primeiro projeto oficial de adução e distribuição de água ao governo da província, pelo tenente de engenharia José Joaquim da Costa Henriques. Esse projeto não foi posto em prática.

1897O governo do Estado de São Paulo outorgou à empresa The City of Santos Improvements Co. Ltd. a responsabilidade pelos serviços de abastecimento de água da cidade de Santos e seus arredores.

Ângelo Agostini faz uma crítica à má qualidade da água servida àpopulação pela bica Miguel Carlos. Charge de O Cambrião, publicadoentre 1865 e 1867

1886Implantação do sistema da rede de da rede coletora de esgotos dos bairros de Santa Ifigênia, Luz, Liberdade, Bexiga, Bráse Mooca.

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1877Organizou-se a empresa Companhia Cantareira de Água e Esgoto por meio da iniciativa de empresários, que entraram em parceria com o Poder Público no ano seguinte com o propósito de implantar e explorar os serviços de água e esgotos da capital.

1881Foram concluídas as obras capazes de abastecer o dobro da população existente, que era de 30 mil habitantes, com as águas da Serra da Cantareira. Também foram utilizadas as águas das fontes do Ipiranga para abastecimento dos bairros do Brás, Água Funda, Ipiranga e Mooca.Apenas quatro cidades possuíam sistemas de abastecimento de água: São Paulo, Campinas, Santos e Guaratinguetá.

1882Alguns chafarizes da cidade já recebiam as águas dos mananciais da Serra da Cantareira.

1883Os moradores de 71 prédios do bairro da Luz passaram a receber água em casa. Foram inaugurados o reservatório velho da Consolação – para abastecimento do centro da cidade – e a primeira rede de esgotos estabelecida segundo o sistema americano de circulação contínua, em que o despejo do esgoto no rio é feito in natura, sem desinfecção prévia.

1898Início do aproveitamento das sobras do córrego Engordador, da ala esquerda da Cantareira, e execução de obras de emergência para a adução de 3 mil metros cúbicos por dia das águas do Rio Tietê, para abastecimento dos bairros do Belenzinho, Brás e Mooca.

1900Dr. Antonio Cândido Rodrigues, secretário da Agricultura, propôs a desapropriação da bacia do Ribeirão Cotia, acima da Cachoeira Pedro Beicht, para utilização desse manancial para abastecimento. A proposta é baseada no anteprojeto realizado por Theodoro Sampaio, chefe da Repartição de Água e Esgotos da Capital.

Tanque de acumulação na Serra da Cantareira. As estruturas do tanque construído pela Companhia Cantareira, a partir de 1877, eram muito simples,em alvenaria de pedra. S.d. Acervo Memória Sabesp

Usina Elevatória de Esgotos da Ponte Pequena, construída entre os anos de 1895 e 1897.S.d. Acervo Memória Sabesp

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Reservatório da Consolação, que teve sua construção iniciada em 27 de setembro de 1878. Trata-se da primeira caixa de abastecimento de água da cidade. 1900, Acervo Fundação Energia e Saneamento

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História do saneamento em são Paulo

1902Criação da Comissão de Saneamento de Santos, encarregada de encaminhar obras de construção e conservação da rede de esgotos da cidade e de fiscalizar os serviços de abastecimento de água sob responsabilidade da The City of Santos Improvements Co. Ltd.

1904Elaboração de plano de adução das águas do Rio Tietê para abastecimento, feito por José P. Rebouças, primeiro diretor da Repartição de Água e Esgotos da Capital. As águas foram captadas a montante da Penha. Saturnino de Brito assumiu o cargo de engenheiro-chefe da Comissão de Saneamento de Santos. Nesse cargo, elaborou um sistema de esgotos e águas pluviais em projeto que previu a construção de nove canais

de drenagem e captação das águas da chuva.O secretário da Agricultura determinou a realização de estudos hidrológicos sobre o Rio Claro visando por utilizar suas águas para o abastecimento público.

1906Início das obras da represa do Rio Guarapiranga pela The São Paulo Tramway, Light and Power Co. Ltd., empresa que se instalou em 1900 na cidade de São Paulo com o objetivo de explorar os serviços de produção e distribuição de energia elétrica, iluminação e transporte coletivo. A represa foi criada com o intuito de regularizar a vazão do Rio Tietê e aumentar a capacidade de geração de energia na Usina de Santana de Parnaíba

Anos 1900

Construção da represa Guarapiranga, que posteriormente se tornará importante manancial para abastecimento de água em São Paulo. 1906, Acervo Fundação Energia e Saneamento

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(1901), que tinha sua produção comprometida em épocas de estiagem.O engenheiro Euclides da Cunha mediu pela primeira vez a vazão do Rio Claro.

1907Início das obras da adutora do Cabuçu. Os ribeirões Cabuçu e Barrocada foram, captados para abastecimento das regiões baixas da cidade, nos bairros de Santana, Luz, Bom Retiro e Brás.Inauguração do Canal 1, primeira obra do projeto de Saturnino de Brito para drenagem urbana da cidade de Santos.

1912Foram iniciados os estudos para a adução do Rio Cotia.O senador e engenheiro José Mattoso Sampaio Corrêa, assessorado pelo engenheiro Henrique Novaes, propôs a adução de 60 mil metros cúbicos de água do Rio Claro, cujas nascentes se encontravam em terras de sua propriedade.

1914Depois de diversos estudos e pareceres, discussões e consultas a engenheiros e médicos sanitaristas, o governo do Estado iniciou as obras de adução do Rio Cotia, com o objetivo de abastecer as zonas alta e altíssima da cidade deSão Paulo.Criação da Repartição de Saneamento de Santos pela Lei Estadual no 1.455, que extinguiu a Comissão de Saneamento de Santos e criou essa repartição para ocupar o seu lugar.

No início do século XX, o Rio Tietê possuía diferentes e importantes usos, servindo para o abastecimento de água, escoamento dos esgotos, navegação, prática de esportes e geração de energia elétrica. Na foto vê-se a Ponte da Vila Maria sobre o Rio Tietê. 1922, Acervo Fundação Energia e Saneamento

Anos 1910

1918Inauguração da Estação de Tratamento de Água Morro Grande, do Sistema Alto Cotia, que funcionava com o emprego de sulfato de alumínio e cal, seguido de decantação e filtração.

Obras do Sistema Alto Cotia, na Avenida Brasil, em São Paulo (SP). Início do século XX, Acervo Memória Sabesp

Construção da Estação de Tratamento do Sistema Alto Cotia, cujas obras foram iniciadas em 1914. S/d, Acervo Memória Sabesp

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1920Início das obras da segunda etapa do Sistema Alto Cotia, visando aumentar a captação de água.

1923Inauguração da nova linha adutora do Sistema Alto Cotia.

1925O senador Sampaio Corrêa apresentou anteprojeto atualizado de aproveitamento do Rio Claro e em dezembro as obras de adução foram iniciadas.

Início da construção da represa Billings, com a barragem de Pedreira, no curso do Rio Grande (também denominado Rio Jurubatuba). A represa foi feita com o objetivo de abastecer a Usina Hidrelétrica de Cubatão (atual Henry Borden) e aumentar o fornecimento de energia elétrica para a cidade de São Paulo.

1927Início das obras da barragem Pedro Beicht, com o objetivo de regular a vazão de água aduzida do Rio Cotia em épocas de estiagem. As obras foram concluídas em 1933, sendo formado um lago artificial denominado Reservatório Pedro Beicht, com capacidade de armazenamento de 15 milhões de metros cúbicos de água.

Início dos estudos e acordos com a Light, empresa detentora do manancial da Guarapiranga, para a

Anos 1920

Vista da Usina Henry Borden, com 700 metros de desnívelna Serra do Mar. Março de 1948,Acervo Fundação Energiae Saneamento

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captação de suas águas visando ao abastecimento.Formação da represa Billings, com a inundação de uma grande área no topo da Serra do Mar. A represa estava ligada a um complexo sistema de infraestrutura que permitia receber as águas do Rio Tietê, bombeadas através do canal do Rio Pinheiros, daí sendo conduzidas por gravidade à barragem reguladora do Rio das Pedras, de onde se precipitam pela Serra do Mar, gerando energia na Usina de Cubatão (atual Henry Borden).

1927-1929Prosseguiram as obras do Rio Claro, mas com o projeto mais uma vez modificado.

1929Inauguração da adução das águas da represa Guarapiranga para abastecimento público. Nesta primeira etapa foi aduzido um metro cúbico por segundo.

1930-1933As obras da Adutora Rio Claro foram paralisadas e retomadas. Em 1933 foi fixado um projeto definitivo de adução, e as obras prosseguiram até 1941.

1933Inauguração da Estação Experimental de Tratamento da Ponte Pequena.

1936Inauguração da Estação de Tratamento de Esgotos do Ipiranga.

1937Devido ao grande déficit de abastecimento que assolava São Paulo, decidiu-se por uma adução de emergência do Ribeirão Vargem Grande, que cruza com a Adutora Rio Claro.

1938Concluídas as obras da Estação de Tratamento de Água de Casa Grande, assim como a canalização principal até esse local.

1939Inauguração da Adutora Rio Claro entre os quilômetros 0 e 78. Prosseguiram as obras da adutora superior até o quilômetro 86 em Poço Preto.

Barragem construída para represamento do Rio das Pedras, constituindo a Represa Billings. Julho de 1932, Acervo Fundação Energia e Saneamento

Anos 1930

Obras de construção do aqueduto 3, pertencente ao Sistema Rio Claro. Outubro de 1933, Acervo Sabesp

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1941Inauguração da Adutora Rio Claro, do trecho que vai do quilômetro 77 ao 86, conduzindo as águas por gravidade de Poço Preto até São Paulo, depois de 15 anos do início das obras.Nesse ano, 178 cidades do Estado de São Paulo possuíam sistemas de abastecimento de água.

1948O governador do Estado, em companhia do secretário de Viação e Obras Públicas, presidiu a solenidade de início das obras da nova adutora da Represa Guarapiranga. As obras foram concluídas em 1958, passando o sistema Guarapiranga a contribuir com 52,5% do consumo de água da capital.

Estação de Tratamento de Água Alto da Boa Vista, Sistema Guarapiranga. S.d. Acervo Memória Sabesp

Torre de captação de água do Poço Preto, pertencente à Adutora Rio Claro,

localizada a 86 quilômetros de São Paulo. S.d. Acervo Memória Sabesp

Anos 1940

1961Início da construção da Estação de Tratamento de Esgotos de Pinheiros, baseada no Relatório produzido pela firma Greeley & Hansen.

1963Entrou em operação o Sistema Baixo Cotia, localizado poucos quilômetros abaixo do Rio Cotia. Esse sistema foi criado com o intuito de aproveitar o excedente hídrico não utilizado pelo Sistema Alto Cotia.Apresentação de um anteprojeto de Reversão do Capivari-Monos para a Guarapiranga, com o intuito de aumentar o volume de água para o consumo público.

1964Início dos estudos visando à contratação de obras relativas à realização da primeira etapa do aproveitamento das águas do Rio Juqueri, que iria formar o Sistema Cantareira atual. O projeto previa um esquema de aproveitamento das águas do Rio Juqueri, que em etapas futuras receberia a contribuição dos rios Atibainha, Cachoeira e Jaguari, com adução prevista para 17 metros cúbicos por segundo.

1964-1968Execução do Plano Hibrace, a partir de um consórcio de três empresas nacionais: Hidroservice, Brasconsult e Cesa, contratadas pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), para propor soluções e planos de ação para a questão do esgotamento sanitário na Região Metropolitana de São Paulo.

Anos 1960

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1952Após estudos e entendimentos, a RAE assinou contrato com a firma Greeley & Hansen, de Chicago (EUA), para elaboração de estudos relacionados ao sistema de esgotos de São Paulo e elaboração de um plano geral para tratamento de esgotos e resíduos industriais na área metropolitana.

1954Após uma longa campanha dos engenheiros da Repartição de Água e Esgotos da Capital, a RAE se transformou em uma entidade autárquica, com personalidade jurídica e autonomia administrativa e financeira para melhor gerir os serviços públicos de saneamento. Em seu lugar foi criado o Departamento de Água e Esgotos da Capital (DAE).

1957 – Foi contratada a execução da Estação de Tratamento de Esgotos de Vila Leopoldina, baseada nas indicações produzidas pelo Relatório produzido pela firma Greeley & Hansen.

1958Início do aproveitamento do Rio Grande, formando o sistema Billings, com a utilização de 500 litros por segundo para atendimento das cidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano do Sul.

Anos 1950

Ponto de captação de água na Represa Billings pela Sabesp, nas proximidades da Rodovia Anchieta. O manancial começou a ser utilizado para abastecimento público em 1958. S/d, Acervo Sabesp

1965-1967O Projeto Hazen & Sawyer foi contratado pelo Departamento de Água e Esgotos da Capital, para elaboração de um Plano de Esgotos para a Região Metropolitana.Criada a Companhia Metropolitana de Águas de São Paulo (Comasp), encarregada de captar, tratar e vender água potável no atacado a 37 municípios que constituem a Região Metropolitana, inclusive ao próprio DAE, na capital. A Comasp assumiu os trabalhos em andamento do Sistema Cantareira.

1969Criação do Fundo Estadual de Saneamento Básico (Fesb), com o objetivo de levantar recursos financeiros, em fontes internas e externas, assim como constituir um sistema eficiente e dinâmico para proporcionar a melhor destinação desses recursos.Constituição da Companhia de Saneamento da Baixada Santista (SBS), responsável pelos serviços de saneamento das cidades de Santos,

São Vicente, Praia Grande, Cubatão e Guarujá. A empresa expandiu seus serviços, assinando convênios

Construção da Estação de Tratamento de Água do Guaraú, obra integrante do Sistema Cantareira. S/d, Acervo Sabesp

com os municípios de Mongaguá, Ilhabela, Ubatuba, São Sebastião e Caraguatatuba.

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1970Criação do Projeto Solução Integrada, plano de captação e tratamento de esgotos para a Região Metropolitana de São Paulo, concebido dentro do primeiro Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado (PMDI).

Criada a Sanesp, em 6 de maio de 1970 (Decreto-Lei no 239), com o objetivo de executar e operar o sistema de afastamento, tratamento e disposição final de esgotos na área abrangida pelos municípios

que constituem a Região Metropolitana de São Paulo.

Criação da Superintendência de Água e Esgotos da Capital (Saec), em 26/5/1970 (Decreto no 52.457). A Saec tinha o objetivo de planejar, projetar, ampliar, manter e operar o sistema urbano de distribuição de água e coleta de esgotos da Capital.

1973 – Criação da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Lei no 119), com o objetivo de planejar, executar e operar serviços públicos de saneamento básico em todo o território do Estado de São Paulo, respeitando a autonomia dos municípios. A Sabesp resultou da fusão de vários órgãos que atuavam na prestação de serviços de água e esgotos: Companhia Metropolitana de Água de São Paulo (Comasp), Companhia Metropolitana

Anos 1970

de Saneamento de São Paulo (Sanesp) e da absorção da totalidade do patrimônio da Superintendência de Água e Esgotos da Capital (Saec), além de parte dos patrimônios da Companhia de Saneamento da Baixada Santista (SBS), Companhia Regional de Água e Esgotos do Vale do Ribeira (Sanevale) e do Fomento Estadual do Saneamento Básico (Fesb). Com a criação da Sabesp, houve uma reformulação dos projetos e políticas em andamento.

Estação de Tratamento de Água do Guaraú, obra integrante do Siste-ma Cantareira, inaugurado em 1974. S.d. Acervo Memória Sabesp

Diagrama ilustrativo da fusão das empresas que originaram a Sabesp. 1973, Acervo Memória Sabesp